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Café com SustentabilidadeVoluntariado Empresarial
O encontro do Café com Sustentabilidade de julho de 2011 teve como tema a “Voluntariado Empresarial”. O objetivo do encontro era discutir os desafios e as oportunidades para tornar os programas de voluntariado mais eficientes, envolvendo o maior número possível de funcionários e trazendo maiores benefícios para as 3 partes envolvidas: empresa, funcionário-voluntário e comunidade beneficiada.
O encontro começou com uma breve apresentação da consultoria sobre os encontros - qual o objetivo, metodologia e resultados esperados - e, em seguida, a gestora do Instituto Solví, Claudia Sérvulo da Cunha Dias, fez uma apresentação sobre o programa de voluntariado do instituto, que envolve os funcionários das várias empresas do grupo, elencando as atividades realizadas, os sucessos, as dificuldades e os resultados atingidos até o momento.
Após a apresentação, foi iniciada a discussão do tema, com base nas perguntas a seguir:
• Que argumentos ajudam a “vender o voluntariado internamente”?
• Considerando as etapas de implantação de um programa de voluntariado. Na sua opinião, quais os principais desafios em cada uma delas? Diagnóstico, Planejamento, Comunicação, Implantação e Monitoramento, Avaliação e Reconhecimento.
• Compartilhe estratégias de mobilização de pessoas bem sucedidas que deram certo na sua empresa
• Qual o objetivo geral e os objetivos específicos do programa de voluntariado da sua empresa? Que contribuições ele gera para cada uma das 3 partes envolvidas (empresa, funcionários voluntários e comunidade)
Divididos em dois grupos, os participantes do Café com Sustentabilidade, tiveram a oportunidade de, por meio das experiências individuais, sugerir respostas para as perguntas citadas anteriormente. Após a discussão interna, um representante de cada grupo resumiu os pontos debatidos para os demais participantes do Café. A seguir veremos as principais conclusões dos participantes sobre as questões:
Que argumentos ajudam a “vender o voluntariado internamente”?
O Grupo definiu que a “venda” do programa de voluntariado deve ocorrer em três estâncias: alta direção, grupo gerencial e colaboradores.
Para alta direção os argumentos devem remeter a benefícios diretos e indiretos ao negócio; alinhamento às principais estratégias da empresa e aderência aos valores da companhia, mesmo que no curto, médio ou longo prazos. A abordagem
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também deve considerar aspectos mercadológicos, posicionamento da concorrência, indicadores e dados estatísticos.
Considerando o grupo gerencial, os argumentos devem indicar os benefícios qualitativos e quantitativos em relação ao desempenho e desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores. A abordagem deve acontecer considerando-se possibilidades de melhorias em clima organizacional, trabalho em equipe, desenvolvimento de competências específicas relacionadas à função, como por exemplo, técnicas de apresentação em público, etc.
Em relação aos colaboradores, a “venda” acontece principalmente quando estes reconhecem a importância da “causa” envolvida, da atuação dele no cenário que se pretende transformar, na possibilidade do exercício da cidadania de forma orientada e estruturada.
Considerando as etapas de implantação de um programa de voluntariado. Na sua opinião, quais os principais desafios em cada uma delas? Diagnóstico, Planejamento, Comunicação, Implantação e Monitoramento, Avaliação e Reconhecimento.
O Grupo definiu por refletir primeiramente sobre em qual das etapas citadas de implantação cada programa encontra-se atualmente. A partir daí concluiu-se que os maiores desafios estão nas etapas de diagnóstico, planejamento e comunicação.
Na etapa de diagnóstico, o Grupo relatou os desafios de se elaborar uma pesquisa que resulte e reflita de fato os objetivos de cada um no processo de voluntariado (empresa, colaborador, assistidos), estando o programa em qualquer fase de maturação.
Avaliou ainda que os principais desafios estão na etapa de planejamento onde as estratégias de motivação, sensibilização, engajamento, monitoramento, implantação, alinhamento
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de expectativas muitas vezes não refletem a realidade e dia a dia do programa, levando-os a um permanente processo de replanejamento.
Compartilhe estratégias de mobilização de pessoas bem sucedidas que deram certo na sua empresa
O grupo considera que contextualizar a ação de voluntariado dentro de um cenário maior dá significado e aumenta a chance de engajamento do voluntário.
Foi discutido também, que quando a comunicação toca o lado afetivo do voluntariado, também contribui para mobilizar mais pessoas para a ação proposta e, neste sentido, a forma de passar a mensagem é muito importante. Ser transparente no momento de comunicar o tipo de atividade que o voluntário irá realizar evita frustrações com o programa de voluntariado.
Outra estratégia de mobilização muito eficaz é a criação de um comitê de multiplicadores do assunto nas áreas, principalmente para empresas com a estrutura muito pulverizada, com voluntários espalhados em diferentes localidades. Nesse caso é possível capacitar pessoas nas localidades que já são multiplicadores de outros assuntos na sua unidade, ou, sensibilizar lideranças da alta gestão.
A estratégia mais comum de mobilização descrita pelos presentes é o boca a boca, por isso, é fundamental que o voluntário tenha uma experiência positiva no programa para se sentir impelido a falar no assunto com seus colegas de trabalho.
Preparar um calendário fixo de atividades pode ser uma boa estratégia, pois o voluntário terá mais condições de avaliar se sua agenda é compatível com o calendário sugerido.
Qual o objetivo geral e os objetivos específicos do programa de voluntariado da sua empresa? Que contribuições ele gera para cada uma das 3 partes envolvidas (empresa, funcionários voluntários e comunidade)
Os principais objetivos gerais apontados para um Programa de Voluntariado foram:
• Atender demanda dos funcionários
• Contribuir e desenvolver a Sociedade
• Estimular a cultura do voluntariado
• Estimular sensibilidade e pro atividade dos funcionários
Já os objetivos específicos, considerando cada um dos públicos mencionados foram os seguintes:
Funcionários – Do ponto de vista dos voluntários o programa pode ter como objetivo desenvolver nos participantes
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habilidades específicas como trabalho em equipe, engajamento à marca, ampliação da visão de mundo, etc.
Comunidade – Por parte da comunidade, o programa deve buscar atender suas necessidades específicas, compartilhar conhecimento com seu entorno e dentro de uma ação estruturada é possível inclusive capacitar e absorver mão de obra local para trabalhar na empresa.
Empresa – Do ponto de vista da empresa o programa pode ter como objetivos para o programa ampliar o sentimento de pertencimento do seu público interno, melhorar a retenção, integração entre as áreas e pessoas, melhoria na percepção da imagem pelo público interno e clientes.
Um consenso interessante que surgiu no Grupo foi a importância da qualidade da pesquisa da etapa de diagnóstico e em todas as demais etapas do programa. Este cuidado com a escuta pode refletir em sucesso ou fracasso imediatos. E cuidar desta “escuta” não significa necessariamente se comprometer com o for levantado, mas sim com a análise das informações coletadas.
Ao final do encontro, os participantes foram convidados a indicar palestrantes, assim como textos ou cases, para o próximo encontro (17/08/2011), cujo tema será “Logística reversa”.
Participaram deste encontro: Andrea Goldschmidt, APOENA Sustentável; Andressa V. Viçoso Bristotti, Hcor; Barbara Cortes, Apoena Sustentável; Bruna Machado Marastoni, Tozzini Freire Advogados; Célio Tavares de Araújo, Santander; Cláudia Sérvulo, Instituto Solví; Elizia Silva, Serasa Experian; Erica Kinuta, Instituto BM&FBOVESPA; Julia Miranda, Roche; Katia Sanchez, Aumento; Marcelo Tadeu da Silva Cardoso, Nycomed; Marina Borrelli, TAM Linhas Aéreas S/A; Pamela Castilho, Apoena Sustentável; Renata de Toledo Rodovalho, Apoena Sustentável; Renata Macedo, Apoena Sustentável; Saide Sami Boulos, Brasilprev; Selene Valentini, TAM Linhas Aéreas S/A; Suzana Barros, CIEE; Talita Feliciano, Instituto EDP; Vanessa Andrade, Serasa Experian; Vanessa Nascimento de Sousa, Fund Alphaville.
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