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Composição, plantio, colheita e recebimento da cana - de - açúcar UTFPR Campus Campo Mourão Docente: Camila Ortiz Martinez

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CANA DE AÇUCAR

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Page 1: CANA DE AÇUCAR

Composição, plantio, colheita e recebimento da cana-de-açúcar

UTFPR – Campus Campo Mourão

Docente: Camila Ortiz Martinez

Page 2: CANA DE AÇUCAR

Introdução

Gramíneas mais cultivada - contribuição sócio-econômica (sacarose)

açúcar, aguardente e álcool

(M-P)

M-P que apresenta a > relação Kg açúcar/ha plantado e L etanol/ha plantado + bagaço

Apenas + um produto? (no), o principal tipo de biomassa energética = base para todo o agronegócio sucroalcooleiro

+ 350 indústrias de açúcar e álcool

Cerca de 1.000.000 empregos diretos e indiretos

A cana como M-P: colmos (maturação, sadios, recém-cortados...)

Page 3: CANA DE AÇUCAR

Composição

A composição química da cana-de-açúcar é muito variável, em função...

74,5% água, 25% matéria orgânica e 0,5% em matéria mineral

Fibra e caldo (M-P)

Fibra: definição, teor depende (10-16%), energia mas

1% de aumento = 1,5% na extração ( embebição)

Caldo: definição (80% água e 20% sólidos solúveis).

Sacarose, glicose e frutose.

Compostos orgânicos: substâncias nitrogenadas, gorduras, ceras, pectinas, ácidos e matérias corantes.

C. inorgânicos: cinzas (sílica, potássio, fósforo, cálcio, sódio, magnésio, enxofre, alumínio, cloro e outros). Fab. açucar

Page 4: CANA DE AÇUCAR

Composição da cana-de-açucar

Composição média da cana-de-açúcar

Composição Teor

Água 65 - 75

Açúcares 11 - 18

Fibras 8 - 14

Sólidos solúveis 12 - 23

Page 5: CANA DE AÇUCAR

Principais constituintes da cana-de-açúcar

Constituintes Sólidos solúveis (%)

Açúcares 75 a 93

Sacarose 70 a 91

Glicose 2 a 4

Frutose 2 a 4

Sais 3,0 a 5,0

De ácidos inorgânicos 1,5 a 4,5

De ácidos orgânicos 1,0 a 3,0

Proteínas 0,5 a 0,6

Amido 0,001 a 0,05

Gomas 0,3 a 0,6

Ceras e graxas 0,05 a 0,15

Corantes 3 a 5

Page 6: CANA DE AÇUCAR

Variedades

Rentabilidade ao setor sucroalcooleiro: elevada

produtividade melhoramento genético (tipos)

PUI: Industrialização de:

Início – maio/junho

Meio – julho/agosto

Fim de safra – setembro/novembro

Plantio + manejo (campo e indústria) = maximizar lucros

Page 7: CANA DE AÇUCAR

Variedades

Há muitas variedades

conhecimento produtor (condições locais)

Proliferação de praga ou doença

Page 8: CANA DE AÇUCAR

Variedades mais plantadas na região Centro-Sul

Planalsucar-Ridesa (RB)Copersucar (SP),

CTC (CTC), IAC (IAC).

Page 9: CANA DE AÇUCAR

EXIGÊNCIA DE SOLOS

Muito exigentesSP77-5181, SP87-396, SP87-344, SP83-5073, RB85-5546.

ExigentesRB85-5453, RB85-5036, SP80-1816, SP80-1842, SO87-365, SP80-3280, RB85-5536, SP86-155, SP79-

1011, SP81-320, SP-911049.Pouco exigentes

RB85-5156, RB83-5053, RB83-5486, RB84-5210, RB85-5113, SP86-42.Não exigentes

RB72-454, RB92-8064, RB83-5089, RB86-7515, RB86-5230, SP83-2847, RB85-5035, SP85-5077.

MATURAÇÃO

Super-precoceRB85-5156, SP87-396.

PrecoceRB83-5054, RB85-5453, SP77-5181, RB85-5035, RB83-5486, SP83-5073, SP80-1842, SP86-155, IAC86-

2210.Média

SP81-3250, SP80-1816, RB84-5210, RB85-5536, SP87-365, RB86-5230, RB85-5113, RB92-8064, SP85-3877, SP86-42, SP83-2847.

TardiaRB72-454, RB83-5089, RB86-7515.

RENDIMENTO DE TRANSPORTE

PéssimoRB83-5486, SP80-1842, RB83-5089, RB83-5054,RB85-5156.

RegularRB84-5210, SP80-1816.

BomSP79-1011, SP77-5181, RB72-454, RB85-5113, RB85-5536, RB84-5257, RB85-5453, SP79-2233, RB86-

7515, RB92-8064, SP81-3250.

Page 10: CANA DE AÇUCAR

COLHEITA MECÂNICA

PéssimoRB83-5054, RB85-5156, RB83-5089.

RuimRB83-5486.

BoaSP79-1011, RB85-5453, SP80-3280, SP80-1816, SP81-3250, RB85-5113, RB72-454, SP-2233, RB86-

7515, RB92-8064.

BROTAÇÃO DE SOCA

Sem restriçãoRB82-5336, RB82-5536, RB85-5156, SP79-1011, SP79-2233, SP80-1842, SP80-1816, SP80-3280, SP81-

3250, RB86, 5230, SP86-155, SP83-2847, RB92-8064.Boa

RB84-5210, RB85-5113, RB83-5486, RB83-5089, RB85-5453, RB85-5546, RB86-7515, RB85-5035, SP87-365.

OBS: RB72-454: Não colher em épocas secas (solos pesados) e em épocas frias se queimar.SP77-5181: Lenta e irregular. Não suporta pisoteio.

BROTAÇÃO DE SOCA COM PALHA

ExcelenteRB85-5536, SP80-1842, SP79-1011, SP80-1816, SP86-155, SP80-3280, IAC87-3396, SP81-3250, RB85-

5453, SP86-42, SP87-365, RB86-7515, RB92-8064, RB86-5230, RB82-5336.Boa

RB83-5054, RB85-5113, RB85-5546, RB83-5486.Regular

RB72-454, RB80-6043, SP85-3877.

Page 11: CANA DE AÇUCAR

FECHAMENTO DE ENTRELNHAS

BomRB82-5336, RB85-5113, RB85-5536, SP81-3250, SP80-3280, RB93-8064, RB86-5230, SP86-155, SP87-

365.Regular

RB83-5486, RB85-5546, SP80-1816, RB86-7515, RB84-5210.Fraco

RB83-5054, SP79-1011, SP80-1842.

SENSIBILIDADE A HERBICIDAS

Muito sensívelRB85-5036, RB85-5113, SP87-365, RB86-5230, SP85-3877.

SensívelRB83-5089, RB84-5210, SP80-1816, SP80-1842.

NEMATÓIDES

SuscetívelSP-801842, SP81-3250, RB72-454, RB80-6043, RB85-5113, RB84-5210.

ToleranteSP86-42, SP83-2847, RB92-8064, RB84-5197, RB85-5156.

Page 12: CANA DE AÇUCAR

FLORESCIMENTO

Todos os anosRB85-5035, RB85-5156, RB85-5453, RB84-5197, RB86-5230, SP83-2847.

RegularmenteSP80-1842, SP80-3280, RB83-5486, SP81-3250, SP87-365.

RaroRB83-5089, RB80-6043, RB72-454, SP80-1816, RB86-7515, SP85-3877.

Não floresceRB83-5054, RB85-5113, RB85-5536, RB84-5210, RB92-8064, SP79-1011, SP83-5073.

MATURADORES

Resposta instávelSP81-3250.

Excelente respostaRB85-5156, RB85-5453, RB85-5536, RB83-5486, SP86-42, RB86-7515.

TOLERÂNCIA A SECA

RB86-7515, RB75-8540, SP79-1011, RB83-5054, SP80-1842, RB85-5002, RB85-5156, SP83-5073.

EXIGENTES EM ÁGUA

SP79-2233, RB85-5453, RB80-1816, RB85-5536, SP87-344, SP85-3877.

Page 13: CANA DE AÇUCAR

Plantio:

Região Centro-Sul: Setembro-outubro; janeiro a março

Espaçamento = 0,9 m a 1,4 m entre plantas

8 a 15 toneladas de mudas por hectare

Sulcos de 30 cm cobertas com terra 5 a 10 cm

Page 14: CANA DE AÇUCAR

Vídeo

Plantio de cana de açúcar mecanizado

Colheita de cana de açúcar mecanizado

Page 15: CANA DE AÇUCAR

Colheita

Amadurecimento (sacarose): umidade, luminosidade.

Corte manual: rendimento médio de 5 a 6 toneladas/homem/dia

Mecanicamente:

para cana inteira: 20 t/hora

cana picada: 15 a 20 t/hora.

Page 16: CANA DE AÇUCAR

Colheita Manual...

- Queimada controlada seguida docorte: das 20 as 6 horas.Rendimento e impureza

- Extinta em 2017: > 150 hectares

- Vantagens- Emprego- Trabalho manual- limpeza

Page 17: CANA DE AÇUCAR

EXSUDAÇÃO (2%)

Page 18: CANA DE AÇUCAR

COLHEITA MECANIZADA

Page 19: CANA DE AÇUCAR

Grandes áreas

Tempo

Limpeza

Perda do colmo (1 palmo) –sacarose

Toletes: processar rapidamente

Declive

Page 20: CANA DE AÇUCAR

Recepção na indústria

Pesagem: produtividade, pagamento,

rendimento industrial

Descarga e estocagem

Processamento ou depósito (24 h, noite, domingo)

Descarregadores laterais (Hillo) pontes rolantes (com garras hidráulicas) mesa alimentadora

2 dias: cana inteira. 1 dia: cana em toletes

Ressecamento, microor.

Metabolismo

Inversão: acidez, temp., invertase

Page 21: CANA DE AÇUCAR
Page 22: CANA DE AÇUCAR

Qualidade da matéria-prima – Fatores responsáveis

Remuneração – amostragem e avaliação

Maturação: importante rendimento ind. depende...

Períodos de formação. Determinação

Matéria estranha: corte e carregamento (o que são? Clima)

5% de M.E.: corte – carregamento semi-mecânico. 16% no mecânico

Deterioração

falha de coordenação das operações, e clima.

Tecnológica, fisiológica e microbiológica (processos)

14 horas de det.: 93% das perdas por microor., 5,7% por reações enzimáticas, e 1,3% por reações químicas.

Sanidade: complexo broca-podridão resulta em...

Page 23: CANA DE AÇUCAR

Controle da qualidade

Análise em condições padronizadas

Qualidade = características físico-químicas e microbiológicas (afetam...)

Aspectos importantes: riqueza da cana em açúcares e o potencial de recuperação

Page 24: CANA DE AÇUCAR

Indicadores da qualidade e valores recomendados

Momento colheita

: extração: corte, mic,vento, água

Tempo:Manual ou mecânica

POL/brixx 100

Sacarose aparente

Page 25: CANA DE AÇUCAR

Polarímetro: medir o desvio da luz polarizada (velocidade)

- Uso: colocar a amostra e olhar pela ocular tendo de rodar o analisador de um ângulo α correspondente ao desvio que a solução produziu no feixe de luz, polarizada pelo polarizador, para voltar a obter um máximo de intensidade luminosa.- Aparelho óptico que divide o campo em duas ou mais partes adjacentes. Ponto final. A rotatividade específica nas condições padrão é uma propriedade característica de uma substância

Page 26: CANA DE AÇUCAR

Qualidade

Pesquisas e parcerias:

Dimensionar o impacto da qualidade sobre o rendimento industrial, sobre as perdas, insumos e qualidade do açúcar produzido

Baseadas em números, as usinas podem fixar metas e tomar decisões em busca da melhoria dos resultados tanto para a área agrícola como para a industrial

Page 27: CANA DE AÇUCAR

Lavagem da cana-de-açucar

Objetivo (terra, fuligem... Equipamentos, clarificação e inversão). 8-12%

Volume é variável. Mínimo necessário: 5 m3/t cana/h (12-15)

Água dos condensadores

Pressão

Efluente: peneiramento, floculação, decantação

Lavagem a seco

Page 28: CANA DE AÇUCAR
Page 29: CANA DE AÇUCAR

Recebimento

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Preparo para a moagem

Objetivos

capacidade das moendas (10-30%): massa compacta e homogênea

Estrutura celular

Bagaço q permita embebição eficaz

Facas rotativas, desintegradores (desfribadores), e niveladores

Importância

capacidade da usina

consumo de energia, desgaste e manutenção

Homogeneização do teor de fibras no bagaço

100%

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Page 32: CANA DE AÇUCAR

ETAPAS DO PROCESSAMENTO

Fonte: Conab dez 2014

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