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Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumorais
Cancro e marcadores tumoraisCancro –É um termo geral que engloba todas as neoplasias malignas.
Neoplasia –É uma massa anormal (tumor) de células benignas ou malignas que não têm uma função útil e que crescem de uma forma descontrolada dentro do tecido saudável.
Neoplasias benignas (adenomas) –Crescem, geralmente, lentamente e não se disseminam para outros locais longínquos através de metástases. Contudo, podem crescer bastante ao ponto de perturbar o normal funcionamento dos tecidos subjacentes.
Neoplasias malignas (carcinomas, sarcomas, leucemias) –Crescem mais rapidamente, invadem os tecidos adjacentes, podem metastizar, e estão associados com um elevada taxa de mortalidade.
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisCarcinomas –São cancros que surgem em células epiteliais. Estas células constituem a unidade funcional em diferentes orgãos como as glândulas secretoras, a superfície externa do corpo, o revestimento das superfícies internas do corpo e dos tubos e das passagens para o exterior.
Adenocarcinoma –São carcinomas de tecidos glandulares.
Sarcomas –São cancros de tecidos mesenquimais que inclui fibrosarcomas (tecido fibroso), osteosarcomas (osso) e angiosarcomas (vasos sanguíneos) .
Tumores malignos do Sistema reticuloendotelial –Incluem leucemias (proliferação anormal dos glóbulos brancos) e linfosarcomas (cancro do tecido linfático).
Cancro e marcadores tumoraisCarcinogenese (produção do cancro)–Envolve uma alteração por várias etapas do material genético iniciada pela exposição a carcinogénicos.
Carcinogénico –É um agente ou um processo que aumenta significativamente a incidência de neoplasias. Existem 3 principais tipos de agentes carcinogénicos:
• Radiações ionizantes (isotopos radioactivos; raios-X; luz ultravioleta)
• Certos químicos (tabaco;...)• Certos vírus
A alteração do material genético produzido pelo carcinogénico perturba os sistemas reguladoras que controlam a replicação e a longevidade das células afectadas. Essas alterações levam a que a célula:
- se multiplique de uma forma descontrolada; - escape à morte celular programada e, eventualmente, - invada outras partes do corpo (metástases)
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisNa ausência de uma intervenção eficaz, esta progressão (a qual se pode desenrolar por um longo período de tempo, que pode atingir vários anos) é a causa de morte pelo cancro.
O risco aumentado entre indivíduos com história familiar de cancro mostra uma forte evidência da existência de factores determinados geneticamente associados com um aumento do risco de cancro.
Cancro e marcadores tumoraisAs principais causas de morte
No ano 2000, registaram-se em Portugal 105 813óbitos.
A maioria dos óbitos resultaram, como vem sucedendo nos últimos vinte anos, dos dois seguintes grupos de causas de morte:
- Doenças do aparelho circulatório (doenças cárdio-vasculares), que continuam a permanecer como a primeira grande causa de morte em Portugal – 40 994 óbitos (39% do total); e
- Tumores malignos, responsáveis por 21 461óbitos (20% do total).
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumorais
Instituto Nacional de Estatística - Portugal (24 Janeiro de 2002)
As principais causas de morte
60,726,4
8,5 4,4
36,5
38,7
20,34,5
1960
2000
Aparelho circulatório
Tumores malignos
Causas externas
Outras doenças
Cancro e marcadores tumorais
Causas de morte (Brasil):
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisPORTUGAL
Grosso modo pode afirmar-se que, em Portugal, como nos restantes países da UE. o risco que temos de vir a desenvolver um cancro durante a vida é de cerca de 50% e de vir a morrer de cancro de cerca de 25%.
Em Portugal diagnosticam-se, anualmente, entre 40 a 45 mil novos casos de cancro, com um ligeiro predomínio nos doentes do sexo masculino. Esta incidência (mais de 400 novos casos por 100 000 habitantes por ano) é semelhante à observada nos restantes países da União Europeia (UE) e tem vindo a aumentar, moderadamente, nas últimas décadas como consequência do progressivo aumento da esperança de vida.
Como os cancros são o resultado da complexa interacção entre agressões ambientais(tabaco, infecções, dietas desadequadas, …) e susceptibilidade genética, compreende-se que sejam mais frequentes à medida que as populações vão envelhecendo.
(http://www.ipatimup.pt/medprev/paper3.pdf)
Cancro e marcadores tumoraisPORTUGAL
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisPORTUGAL
Cancro e marcadores tumoraisDIAGNÓSTICOA iniciação do tratamento durante a fase inicial do cancro resulta, geralmente, numa melhoria.
Processos para detecção:
• exame físico (lesões na pele,..., nódulos,...)
• imagiologia (raios X, ressonância,...)
• testes laboratoriais como marcadores tumoraisImportante na detecção mas, principalmente, na monitorização de situações cancro após a sua detecção e o tratamento iniciado
• Histológico
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisPrevenção do cancro
Cancro colorectalPesquisa de sangue ocultorealizado cada 5 anos nos homens e mulheres com idade igual ou superior a 50 anos (simultaneamente realizar uma endoscopia do cólon cada 10 anos)
Cancro cervicalTeste de papanicolaurealizar anualmente em mulheres sexualmente activas com idade igual ou superior a 18 anos
Cancro da mamaMamografia realizar anualmente a mulheres com idade igual ou superior a 40 anos
Exame clínico profissional da mamarealizar anualmente em mulheres com idade igual ou superior a 40anos e cada três anos em mulheres com idades entre 20 e 39
Auto-exame da mamarealizar todos os meses em mulheres com idade igual ou superior a 20
Cancro e marcadores tumoraisPrevenção do cancro
Auto-exame da mamaO QUE É O AUTO-EXAME?É o exame das mamas efectuado pela própria mulher. É conhecendo suas mamas que você pode verificar qualquer alteração.
QUANDO FAZER?Faça o auto-exame uma vez por mês. A melhor época é logo após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o auto-exame deve ser feito num mesmo dia de cada mês, como por exemplo todo dia 15.
O QUE PROCURAR? Diante do espelho: Deformações ou alterações no formato das mamas Abalamentos ou retracçõesFerida ao redor do mamilo
No banho ou deitada:Caroços nas mamas ou axilasSecreções pelos mamilos
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisPrevenção do cancro
Auto-exame da mamaCOMO EXAMINAR SUAS MAMAS?Diante do espelho:
Eleve e abaixe os braços.Observe se há alguma anormalidade na pele, alterações no formato, abalamentos ou retracções.
Cancro e marcadores tumoraisPrevenção do cancro
Auto-exame da mamaCOMO EXAMINAR SUAS MAMAS?Durante o banho:
Com a pele molhada ou ensaboada, eleve o braço direito e deslize os dedos da mão esquerda suavemente sobre a mama direita estendendo até a axila.Faça o mesmo na mama esquerda.
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisPrevenção do cancro
Auto-exame da mamaCOMO EXAMINAR SUAS MAMAS?Deitada:
Coloque um travesseiro debaixo do lado esquerdo do corpo e a mãoesquerda sob a cabeça. Com os dedos da mão direita, apalpe a parte interna da mama. Inverta a posição para o lado direito e apalpe da mesma forma a mama direita.
Com o braço esquerdo posicionado ao lado do corpo, apalpe a parte externa da mama esquerda com os dedos da mão direita.
Cancro e marcadores tumoraisPrevenção do cancro
Cancro próstataDoseamento do antigénio específico da próstata (PSA) no sangue e examinação rectal digital (palpação)realizar o doseamento do PSA e exame rectal anualmente em homenspertencentes a grupos de risco, incluindo homens com idade igual ou superior a 50 e homens com dois ou mais familiares afectados.
Estes procedimentos de rastreio são utilizados para identificar casos suspeitos, que necessitam de um diagnóstico mais extensivo. Resultados positivos não significam um diagnóstico de cancro. O diagnóstico definitivo é baseado na evidência histológica obtida do exame microscópico de biópsias do tumor.
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisFASES DO CANCROA taxa de sobrevivência é maior entre indivíduos cujo cancro se mantêm localizado, comparado com aqueles cujo cancro se espalhou.
Fase de induçãoTransformação de células normais em células cancerosas
Fase situAs células cancerosas permanecem localizadas no local de origem
Fase invasivaAs células cancerosas movem-se até aos tecidos circundantes profundos, tendo acesso aos vasos sanguíneos e canais linfáticos
Fase de disseminaçãoAs células cancerosas moveram-se para outras partes do corpo, distantes do local inicial
A localização da fase do cancro ajuda o médico no prognóstico da doença e na escolha do regime de tratamento.
Cancro e marcadores tumoraisTRATAMENTOO objectivo do tratamento é remover e/ou destruir o tumor bem como das células cancerígenas que possam ter-se deslocado para outros locais, fora do tumor primário.
Principal regime de tratamento:
1. remoção cirúrgica (excisão) do tumor
2. radiação altamente energética (raios X, radiação gama ou feixe de electrões)
3. quimioterapiaeste termo refere-se ao uso de drogas citotóxicas de forma a maximizar a destruição das células do tumor e minimizar a destruição dos tecidos saudáveis.
Todas estas formas de tratamento têm um certo risco/benefício. A decisão acerca do tipo de tratamento e da agressividade do mesmo é determinada considerando o balanço entre a morbilidade associada com o tratamento e os seus potenciais benefícios.
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisO QUE É UM MARCADOR TUMORAL?É uma substâncias bioquímicas que, tal como o nome sugere, estáassociada com a carcinogénese. Estes marcadores podem ser produzidos pelas células cancerígenas ou pelo indivíduo em resposta ao cancro. Existem 3 tipos principais de marcadores tumorais que são libertados na circulação e medidos, normalmente em amostras de sangue:Tipo de marcador
tumoral Exemplo
EnzimaAntigénio específico da próstata (PSA; uma protease serina); Fosfatase ácida prostática (PAP)
HormonaGonadotrofina coriónica humana (HCG); Calcitonina;Hormona adenocorticotrópica (ACTH)
Glicoproteínas oncofetal
Alfa-fetoproteína (AFP);Antigénio carcino embrionário (CEA);Antigénio polipéptico (específico); tecidular (TPA, TPS, Citoqueratina 18)
Outras glicoproteínas
Antigénio do cancro da mama CA 15-3;Antigénio do cancro do ovário CA 125;Antigénio do cancro do pâncreas e colorectal CA 19-9
Cancro e marcadores tumoraisCOMO E PORQUÊ SÃO DOSEADOS OS MARCADORES TUMORAIS?Os marcadores tumorais são geralmente doseados no laboratório de análises clínicas com imunoensaios específicos:
- os anticorpos são dirigidos para determinados locais (epítopes) do marcador tumoral a ser medido
A detecção do marcador tumoral no sangue ou secreções corporais em concentrações que são significativamente superiores à população saudável de referência pode ser sugestivo da presença de um tumor.
Aplicações:• detecção do tumor• diagnóstico diferencial• avaliação da fase• prognóstico• monitorização para detecção de um cancro residual • recorrência do cancro após o tratamento se ter iniciado
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisCOMO E PORQUÊ SÃO DOSEADOS OS MARCADORES TUMORAIS?O marcador tumoral deveria ser produzido apenas pelas células do tumor e não em condições benignas. Contudo existem limitações quanto àespecificidade (falsos positivos) e sensibilidade (falsos negativos). Esta limitação faz com que os marcadores não sejam usados no despiste de situações iniciais de cancro na população aparentemente saudável. São usados em conjunto com outros meios de diagnóstico:• PSA com exame rectal da próstata
Importância principal da utilização dos marcadores tumorais é a monitorização de situações em que se diagnosticou e se iniciou o tratamento.
Cancro e marcadores tumoraisCancro Marcador tumoral
Mama Glicoproteína CA 15-3
Ovário Glicoproteína CA 125
Próstata Antigénio específico da próstata (PSA)Fosfatase ácida prostática (PAP)
PâncreasGastrointestinal Glicoproteína CA 19-9
ColorectalGastrointestinal
PulmãoMama
Antigénio carcino embrionário (CEA)
FígadoTestículo Alfa-fetoproteína
Placenta (tumor trofoblástico)Testículo Gonadotrofina coriónica humana (HCG)
Tiróide Tiroglobulina (TG)
Tiróide medular (células C) Calcitonina
MistoCitoqueratina 18
Antigénio polipeptídico específico tecidular (TPS)
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3• A CA 15-3 é uma glicoproteína heterogénea de elevado peso molecular• Existe na membrana epitelial mamária e é expressa nas células normais e
cancerígenas• É encontrada no soro • Valores anormalmente elevados:
• 60% dos indivíduos pré-operativos com cancro da mama• 80% dos indivíduos com cancro da mama metastizado
• O cancro da mama é um dos mais comuns cancros da mulher. Melhor marcador que o CEA• Importante indicador não invasivo de:
• Prognóstico• Recorrências• Doença residual • Remissão
• Intervalo de referência –Normal < 25 kU/L
Cancro e marcadores tumoraisANTIGÉNIO CARCINO EMBRIONÁRIO (CEA)• Consiste num grupo de glicoproteínas relacionadas com a superfície das
células. Está presente no tecido embrionário. É um gene oncofetal.• Os níveis séricos entre fumadores está aumentado relativamente à
população não fumadora• Níveis elevados estão associados com diversas condições benignas como
cirrose, efisema pulmonar, pólipos rectais, doença pulmonar e colite ulcerosa
• Está também aumentado em diversos cancros como carcinomas do cólon, pulmão, mama, pâncreas, ovários e útero
• Elevados níveis antes do tratamento são indicativos de:• Elevada taxa de recorrências• Diminuição taxa de sobrevivência
• São usados:• Monitorizar tratamentos (cólon, mama, pulmão, gástrico e
pancreático)• Detectar recorrência de cancros
• Tem sido substituído por outros marcadores mais específicos (mama,..)
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisANTIGÉNIO CARCINO EMBRIONÁRIO (CEA)• O CEA continua a ser utilizado na monitorização de indivíduos tratados de carcinomas gastro-intestinais, particularmente o cancro do cólon. Após uma terapia inicial de sucesso, os níveis de CEA baixam e depois permanecem estáveis. Um aumento dos níveis são indicadores da recorrência da doença, com um avanço de aproximadamente 5 meses sob os sinais clínicos.
Cancro e marcadores tumoraisANTIGÉNIO CARCINO EMBRIONÁRIO (CEA)• Método –
ELFA (Enzyme Linked Fluorescent Assay)
Amostra: soro ou plasma (heparina)
• Intervalos de referência –
0 – 3 ng/mL 3 – 5 ng/mL .... > 10 ng/mLNão fumadores 92,5% 5,5% .... 0,3%Fumadores 88,4% 8,5% .... 0%
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3N.º Processo: 111950 – Carcinoma mama direita, diagnosticado por biopsia após ter sido detectada por mamografia no programa de rastreio.- RH positivos em cerca de 80% das células. C-erb B2 negativo. Iniciou hormonoterapia adjuvante com Tamoxifeno em 18/12/02. Em 6/05 em consulta de seguimento e em face da verificação da elevação de CEA solicitou-se TAC mantendo Tamoxifeno. - A 24/07/05 doente recorreu ao SE por dores abdominais, ecografia revelou acentuada hepatomegalia com metastização difusa em ambos os lobos hepáticos. - 26/05/05 - Perante uma aparente estabilidade imagiologica das lesões de metastização hepática difusa com diminuição gradual do CEA decidimos pela continuação de QT paliativa de 2ª linha com a associação Myocet + ciclofosfamida prevê-se a realização de mais 6 ciclos. 111950
0
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400
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1000
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Data de realização da análise
Valo
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CEA
(ng/
mL)
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1804-MAY-05 01-AUG-05 19-SEP-05 28-OCT-05 21-Nov-05 05-Jan-06 26-Jan-06 10-Mar-06 20-APR-06 26-MAY-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 14,6 1074,3 398,1 136 81,9 48,9 41,2 25 20,7 19,8
C.A.15.3 10,3 14,9 13,3 13,7 16 15,2 15,4 12,9 14,8 15,8
Cancro da mama
mucinoso
Cancro da mama
mucinoso
Cancro da mama -
quimioterapia
Cancro da mama -
quimioterapia
Cancro da mama -
quimioterapia
Cancro da mama -
quimioterapia
Cancro da mama -
quimioterapia
Cancro da mama
mucinoso
Cancro da mama -
quimioterapia
Cancro da mama
mucinoso
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3N.º Processo: 99027739 - Seguida desde 26/10/99 por carcinoma da mama intraductal tipo comedocarcinoma em 11/10/99 foi submetida a quadrantectomia com esvaziamento axilar fez depois 6 ciclos de QT adjuvante com CMF e RT mamaria a que se seguiu HT com Tamoxifeno. Em 5/02 ecografia abdominal revelou múltiplas metástases hepáticas. Iniciou QT paliativa com docetaxel + carboplatina e posteriormente apenas com Docetaxel de que fez 13 ciclos até 5/03.
99027739
0
20
40
60
80
100
120
140
Data de realização da amostra
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
0
100
200
300
400
500
600
700
80001-Mar-05 31-MAY-05 26-AUG-05 18-OCT-05 15-Nov-05 13-DEC-05 10-Mar-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 21 112,8 131 82,2 67,5 70,4 53,7
C.A.15.3 146,2 748,5 715 543,1 465,5 486,3 388,4
Neoplasia da mama em vigilância
Neoplasia da mama em vigilância
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
6/01/06 - OMS-O. Doente em progressão da neoplasia da mama. Vai iniciar nova linha de QT com Myocet + ciclofosfamida.
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3N.º Processo: 63302 - Óbito em 200611/00 palpou nódulo não doloroso no QSE da mama direita. 3/01/01 Quadrantectomia da mama direita mais esvaziamento axilar- Carcinoma ductal invasor com 3,5 cm com metástases em 1/11 gânglios excisados.
63302
0
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Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
0
500
1000
1500
2000
2500
300018-MAY-05 11-Jul-05 20-Jul-05 05-SEP-05 17-OCT-05 07-Nov-05 02-Jan-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 3,8 7,4 8,6 31,7 86,2 132,6 640,1
C.A.15.3 59,2 109,8 126,8 325 652,8 687,7 2685
Cancro da mama Neoplasia da mama em vigilância
Neoplasia da mama em vigilância
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama mucinoso
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3N.º Processo: 69379 - Metastização óssea e pulmonar de neoplasia da mama-Carcinoma mamário invasor com 5,7 cm com metástases em 6 dos 10 gânglios axilares isolados e imagens sugestivas de invasão venosa. RH positivos, c-erbB2 negativo. Iniciou QT adjuvante com protocolo CMF em 1/02/06 por ceroma recidivante no pós-operatório.11/05/06 - Vai iniciar Spidifen 600 em SOS 69379
0
1
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5
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Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
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12013-Jan-06 25-Jan-06 08-FEB-06 29-Mar-06 11-MAY-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 3,6 3,8 5 3,3 3,2
C.A.15.3 45 56,5 64,5 82,1 99,4
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia Cancro da mama Cancro da mama Cancro da mama -
quimioterapia
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3N.º Processo: 102230 - ÓbitoEm 10/01 começou a sentir-se nauseada, sem vómitos nem anorexia. Recorre medico assistente. Apresenta adenopatia dolorosa quer espontaneamente quer a palpação. Biopsia gânglio axilar positiva para adenocarcinoma, com receptores hormonais positivos fortemente sugestiva de metástase de carcinoma da mama.
102230
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Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
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mL)
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300
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500
60019-APR-05 17-MAY-05 14-Jun-05 22-AUG-05 28-OCT-05
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 7,3 8,3 8,4 9,4 8,5
C.A.15.3 462,4 437,1 473,1 507,9 534,1
Neoplasia da mama em vigilância
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3N.º Processo: 111916 - Óbito9/02 carcinoma inflamatório da mama. 7 a 8 anos atrás notou nódulo mamário à direita móvel e duro não doloroso. Lesão aumentou muito de dimensões surgiram sinais inflamatórios marcados e tornou-se dolorosa foi ao medico de família que realizou CBA que estabeleceu diagnostico de carcinoma. Iniciou QT primária. Fez FEC 75 x 4 com ausência de resposta. Mastectomia e esvaziamento axilar realizado a 23/01/03. Exame histológico identificou nódulo 5,8 cm com invasão musculo-esquelética. Carcinoma ductal invasor grau II, um gânglio metastizado. RH negativos. Completou o tratamento com RT seguida de QT com taxanos. Recusou prosseguir QT após RT. 111916
3,84
3,86
3,88
3,9
3,92
3,94
3,96
3,98
4
4,02
Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
0
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30
40
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6002-SEP-05 21-OCT-05 17-FEB-06 17-Mar-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 3,9 3,9 4 4
C.A.15.3 41,8 35,2 54,7 47,6
Cancro da mama - quimioterapia Cancro da mama Cancro da mama em hormonoterapia e bifosfonados Cancro da mama
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 N.º Processo: 99003847 - Óbito 12/07/06Primeira consulta 25/02/04. Carcinoma da mama esquerda operado em 21/09/01 no HGSA, mastectomia radical modificada. Não fez QT nem RT adjuvantes.Iniciou QT em 3/04 com remissão completa dos nódulos cutâneos tendo ficado em vigilância. Por reaparecimneto da doença reiniciou QT em 01/05 tendo mudado para esquema de 2ª linha por progressão da doença.19/04/06 - Vem para reavaliação. Pele e mucosas descoradas, desidratação. Lesões cutâneas refere obstipação. Progressão doença???18/05/06 - Vem para reavaliação. Aumento ligeiro das lesões cutâneas vai manter Arimidex. Vai fazer novamente Tramal. Passar a cuidados suporte.
99003847
0
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Data de realização da análise
Valo
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CEA
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7015-APR-05 03-Jun-05 01-SEP-05 19-OCT-05 03-FEB-06 03-Mar-06 19-APR-06 18-MAY-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 12,4 15,4 38,9 55,3 39,1 40,7 225,8 317,5
C.A.15.3 25,9 13,9 26 35,4 25,5 27,8 59,3 64
Cancro da mama metastizado
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia Cancro da mama Cancro da mama
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 Processo: 39783 - 18/12/00 Prováveis metástases intestinais de carcinoma da mama.9/87 Mastectomia radical modificada à mama direita no IPO por neoplasia tendo feito Tamoxifeno durante 3 anos. Pai falecido com tumor no baço, um irmão falecido por melanoma, tios paternos falecidos com tumor na barriga. Mama esquerda com nódulo com cerca de 3 cm no QSE, móvel, duro e não doloroso. 5/05/05 - Vem para iniciar QT com Taxotere. 13/12/05 - Vem para 6º ciclo Vinorrelbina/gencitabina. Cancro mama com metastização abdominal. Opções terapêuticas??? 23/05/06 - Vem para continuação QT refere alguma sensibilidade mãos. Faz 4º ciclo.
39783
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0,5
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2,5
3
Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
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45005-MAY-05 01-Jul-05 16-SEP-05 13-DEC-05 10-Jan-06 06-Mar-06 02-MAY-06 23-MAY-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 2 2,2 1,8 2,4 2,2 1,6 2,4 2,6
C.A.15.3 264,4 312 70,2 125,1 116,8 333,8 358,6 396,7
Cancro da mama Cancro da mama - quimioterapia Cancro da mama Cancro da mama -
quimioterapiaCancro da mama -
quimioterapiaCancro da mama -
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quimioterapiaCancro da mama -
quimioterapia
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 N.º Processo: 39605 - Historia de nódulo da mama direita em 8/04. Ecografia mama 26/04/05 revela nódulo com 20cm compatível com fibroadenoma.30/06/05 exérese de nódulo com verificação histológica de retalho de mama ocupado em grande parte por carcinoma mucinoso, G2. RH positivos e c-erb2 positivo. A técnica complementar de FISH revelou-se no entanto negatina para amplificação do gene HER- 2/neu. 24/08/05 doente submetida a quadrantectomia da mama esquerda com esvaziamento axilar. Menarca aos 13 anos, ciclos irregulares, pré menopausa 32 anos, 2 filhos.13/01/06 - Faz hoje 5º ciclo de QT
39605
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Data de realização da análise
Valo
r do
CEA
(ng/
mL)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1816-SEP-05 21-Nov-05 13-Jan-06 03-FEB-06 22-FEB-06 16-MAY-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 2,7 1,7 2,4 2,2 2,8 3,3
C.A.15.3 10,4 10,9 13,6 14,5 17 9,8
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia + hormonoterapia
Cancro da mama mucinoso + laqueação
Cancro da mama c/ castração química
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 N.º Processo: 140758 - Recidiva de neoplasia da mama operada em 92. A fazer Pamidronato e Femara por metástases ósseas. Fez mastectomia direita seguido de RT fez 5 anos de Tamoxifeno, sem evidencia de recidiva no entanto o Ca 15.3 aumentou progressivamente. Melhoria dos valores de CA 15.3 após iniciar Pamidronato e Femara. Cintilograma ósseo revela múltiplas metástases. Programa-se RT bacia que inicia a 8/8/05.9/05/06 - Estado geral mantido. Refere melhoria da sensação de calor referida aos membros inferiores. Mantem Femara.
140758
2,2
2,3
2,4
2,5
2,6
2,7
2,8
2,9
3
3,1
Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
5015-Mar-05 05-Jul-05 30-AUG-05 10-FEB-06 09-MAY-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 3 2,8 2,5 2,8 2,6
C.A.15.3 46,9 37,5 29,4 29,8 25,6
Neoplasia da mama em vigilância
Cancro da mama - quimioterapia
Neoplasia da mama em vigilância Follow-up Neoplasia da mama em
vigilância
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 N.º Processo: 172647 - Carcinoma inflamatório da mama esquerda previamente submetida a 6 ciclos de QT neo- adjuvante e a mastectomia simples de limpeza em 26/01/06. RT pós operatória que terminou 4/04/06. Efectuou ainda tratamento na cadeia ganglionar da mama interna homolateral. Realizou citologia aspirativa ecoguiada em 22/07/05 que revelou malignidade a exigir exerese cirúrgica com realização de exame extemporâneo carcinoma mamário invasor de alto grau de malignidade G3. A neoplasia atinge a pele. RH positivos e c-erbB2 negativo. Menarca aos 15 anos, menopausa aos 53 anos, nulipara. Mãe falecida aos 90 anos com historia de mastectomia aos 85 anos. Prima direita do lado materno com neoplasia da mama aos 40 anos. Realizou tratamento primário com QT com protocolo FEC 75 1º ciclo 29/08/05 e ultimo em 14/12/05.
172647
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
160
170
180
190
200
210
22024-AUG-05 10-OCT-05 28-OCT-05 14-DEC-05 28-APR-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 17,4 21 22,2 25,7 34,6
C.A.15.3 181,2 200,3 187,7 191,9 213,4
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama mucinoso
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro da mama - quimioterapia
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 N.º Processo: 157667 -Neoplasia da mama metastizada. 16/12/05 - Vem para continuação QT. Adia QT por neutropenia.27/03/06 - Faz QT24/04/06 - 4/4 suspende QT, vai iniciar HT com Arimidex. Vem para continuação bifosfonados. Faz Pamidronato.
157667
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Data de realização da análise
Valo
r de
CEA
(ng/
mL)
0
20
40
60
80
100
120
14020-SEP-05 14-OCT-05 29-Nov-05 16-DEC-05 27-Jan-06 27-Mar-06 24-APR-06
Valor de C.A
. 15.3 (ng/mL)
CEA 1,8 1,6 1,9 2 3,3 3,4 4,6
C.A.15.3 73,4 129 105,9 100,5 82,6 113,5 95,4
Cancro da mama -quimioterapia
Cancro da mama -quimioterapia
Cancro da mama -quimioterapia
Cancro da mama -quimioterapia Cancro da mama Cancro da mama -
quimioterapiaCancro da mama -
quimioterapia
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 e CEA
Cancro da mama - importância cada vez maior como problema de saúde pública.
Sexo feminino, principal causa de morte por cancro.No estudo efectuado, dos 403 processos, 397 mulheres e 6 são
homens.Frequência com que ocorre esta associada à idade (maior a
partir dos 45 anos). O nosso estudo está de acordo com estes dados.
Marcadores do soro utilizados para monitorizar pacientes com doença diagnosticada
Marcadores teciduais destinam-se a determinar prognóstico e a prever reacção à terapêutica
Marcadores serológicos mais eficazes no cancro da mama: CEA e CA 15.3
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 15-3 e CEA
Marcadores tumorais serológicos:– Diagnóstico e prognóstico: Constatamos que não são
importantes (de acordo com a literatura)– Monitorização: são importantes
12 processos estudados: - 11 têm alteração do CA 15.3 (12 com alteração em
termos relativos)- 6 têm alteração do CEA
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 125• A CA 125 é uma glicoproteína de elevado peso molecular• Valores anormalmente elevados:
• Carcinoma não invasivo, incluíndo tumores do endométrio, pâncreas, pulmão, mama e gastro-intestinais
• Fase folicular do ciclo menstrual, início da gravidez e em condições benígnas como cirrose, hepatite, endometrite e pericardite
• O CA125 não pode ser utilizado para o diagnóstico diferencial de cancro do ovário• Valores anormalmente elevados têm sido observados:
• 50% dos indivíduos com cancro do ovário na fase I• > percentagem com o avançar da doença: >90% nos cancros de
fase III e IV
• Importante indicador não invasivo de:• Recorrências precoce• Presença de doença residual • Prognóstico
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA CA 125• Método –
ELFA (Enzyme Linked Fluorescent Assay)
• Intervalos de referência –
U/mLPessoas sãs 0 – 35 Patologias malignas 36,9 - 93
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisANTIGÉNIO ESPECÍFICO DA PRÓSTATA• É uma enzima glicoproteína, estando a maioria complexada com um
inibidor da protease (alfa1-antitripsina) ou com alfa2-macroglobulina (de difícil detecção)
• É uma marcador específico da próstata• É encontrado no tecido prostático normal, benigno e maligno; no fluído
seminal e, em baixas concentrações, no soro de um homem assimptomático
• É uma enzima proteolítica cuja função é dissolver o gel seminal formado após ejaculação.
• Aplicações:• Detecção do cancro da próstata• Avaliação da fase do cancro• Monitorização do tratamento
• Doseamento – Imunoensaios:• Anticorpos de reconhecimento “equimolar” do complexo PSA-
alfa1-antitripsina e do PSA livre – PSA total• Anticorpos contra o PSA livre – PSA livre
Cancro e marcadores tumoraisANTIGÉNIO ESPECÍFICO DA PRÓSTATA• Valores moderadamente elevados não distingue entre uma hiperplasia
benigna da próstata e cancro da próstata
• Idade e intervalos de referência• intervalos de referência menores para os homens jovens e
maior para homens mais velhosAumenta a detecção entre os homens jovens e reduz o número de falsos positivos entre os mais velhos
TPSA (ELFA):Anos ng/mL< 40 0,21 – 1,7240 – 49 0,27 – 2,1950 – 59 0,27 – 3,4260 – 69 0,22 – 6,16> 69 0,21 – 6,77
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisANTIGÉNIO ESPECÍFICO DA PRÓSTATA
• Relação PSA livre/PSA total• > 0,12 ou 0,20 – hiperplasia benigna da próstata• < 0,12 ou 0,20 – cancro da próstata
tudo isto de forma a evitar a realizar desnecessária de biópsias
• Importância:• Avaliação da fase do cancro• Ajuda na decisão quando é necessário procedimentos mais
invasivos para avaliação da presença de metástases • Monitorização do tratamento
Cancro e marcadores tumoraisFOSFATASE ÁCIDA PROSTÁTICA (PAP)
• É uma enzima glicoproteína secretada pela glândula prostática. Estápresente em elevada concentração no sémen.
• Catalisa a quebra dos estéres de fosfato a pH ácido
• Antes da introdução do PSA, o PAP era o marcador de escolha em situações de cancro da próstata. Contudo, o PSA é significativamente mais sensível para a detecção precoce de cancro da próstata.
• O PAP continua a ser utilizado ocasionalmente, conjuntamente com o PSA, para a confirmação de metástases do cancro da próstata; e como ajuda na determinação da fase do cancro
• Intervalo de referência (RIA; amostra: soro) –Adulto < 2,5 µg/L
Imunoensaios:Homem com hiperplasia benigna < 0,3 µg/L
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisGLICOPROTEÍNA 19-9• É uma glicoproteína de elevado peso molecular• É expressa pelas células normais pancreáticas e dos ductos biliares e pelo
epitélio gástrico, cólon, endométrio e salivar• Aproximadamente 5% da população tem genótipos que não expressam CA
19-9
• Valores significativamente elevados do que aqueles observados na população saudável tem sido observado em:
• Pancreatite (80%)• Cancro hepatobiliar (67%)• Outros cancros (menor percentagem)
• No cancro pancreático, os níveis de CA 19-9 relacionam-se com a fase do cancro
• No cancro pancreático e colorectal, os seus níveis são considerados muito úteis como indicadores não invasivos de situações recorrentes recentes; doença residual; remissão contínua ou mau prognóstico
• Intervalo de referência –Normal < 37 kU/L
Cancro e marcadores tumoraisALFA-FETOPROTEÍNA (AFP)• A AFP é uma glicoproteína sintetizada em elevada quantidade durante o
desenvolvimento embrionário pelo saco fetal e fígado, e é uma das principais proteínas na circulação do feto.
• Normalmente, 18 meses após o nascimento apenas se detectam vestígios da AFP.
• Elevados níveis de AFP nos adultos reaparecem durante a gravidez; em associação com outras doenças malignas que incluem a testicular, fígado, ovário e pulmão; e em doenças hepáticas benignas como cirrose e hepatite.
• Determinação de AFP:• Diagnóstico e monitorização de cancro hepático e testicular
• Intervalo de referência –ng/mL
Adulto < 15Feto 200 – 400 (1º trimestre)
< 5 (cordão umbilical)1 ano < 30
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisHORMONA CORIOGONADOTRÓPICA (HCG)• A HCG é uma hormona glicoproteíca secretada por células
sinciotrofoblásticas, que formam a placenta durante a maturação do embrião.
• A HCG é encontrada normalmente no sangue e urina durante a gravidez, a velocidade de aumento ocorre rapidamente após a concepção, com pico de concentração a ocorrer no 1º trimestre. Durante esta fase, o HCG estimula o corpo amarelo a produzir as hormonas necessárias para a manutenção da gravidez. Depois baixa a sua concentração e estabiliza, e finalmente passa para níveis indetectáveis após o parto.
• HCG é usado:• Detectar e monitorizar a gravidez• Tumor trofoblástico e certos tumores nos testículos
• Intervalo de referência –mIU/mL
Homem e Mulher não grávida < 5
Cancro e marcadores tumoraisTIROGLOBULINA (TG)• Apesar de 95% dos tumores da tiróide serem benignos, têm aparecido
muitos novos casos de cancro da tiróide• As células da tiróide têm uma função especializada de sintetizar
tiroglobulina iodada (TG) – forma de armazenamento da hormonas da tiróide
• Capacidade de concentração de iodo permite a realização de scanningradioactivo de forma a localizar qualquer tecido tiroideio e, em elevadas doses, para destruir o tecido remanescente.
• Para retirar a tiróide a indivíduos com cancro da tiróide, é necessário a existência de hipotiroidismo em associação com elevados níveis de TSH. Após tiroidectomia, os níveis de TG devem regressar ao normal (níveis não detectáveis). Se não diminuir pode ser sinal de que o tumor não foi completamente retirado ou que existem metástases. Monitorização dos níveis de TG para detectar possíveis recorrências
• Anticorpos anti-tiroglobulina constituem uma potencial interferência nos ensaios para a TG (>30% dos indivíduos com cancro têm autoanticorpos anti-TG)
• Intervalo de referência –Adulto 3 – 42 ng/mL
Cristina V. Almeida
Cancro e marcadores tumoraisCALCITONINA• É uma hormona polipeptídica produzida pelas células C localizadas na
glândula tiróide, em resposta a um aumento de cálcio
• Níveis anormalmente elevados de calcitonina estão muitas vezes associados com carcinoma medular da tiróide, embora níveis elevados tem também sido observado em outros cancros (pulmão, mama, rim e fígado) e outros problemas não malignos (doença do pulmão, doença de paget,...)
• Nas situações de carcinoma medular da tiróide, os níveis de calcitonina parecem correlacionar-se com o volume e fase do cancro
• Níveis de calcitonina são úteis na monitorização ao longo do tratamento e detecção de recidivas
• Intervalo de referência – amostra: soro ou plasma (heparina ou EDTA)
ng/LHomem < 100Mulher < 30
aumenta na gravidezconcentração diminui com a idade