capacidade de cargas - aula 04

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CAPACIDADE DE CARGAS FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS AULA 04 FUNDAÇÕES PROF.: MSc. RODRIGO JUNQUEIRA MOTA 1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

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Page 1: Capacidade de Cargas - Aula 04

CAPACIDADE DE CARGASFUNDAÇÕES SUPERFICIAIS

AULA 04FUNDAÇÕES

PROF.: MSc. RODRIGO JUNQUEIRA MOTA

1

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Page 2: Capacidade de Cargas - Aula 04

CAPACIDADE DE CARGA Refere-se ao valor máximo da carga que um

terreno, a uma determinada cota, pode suportar sem que haja ruptura ou deformação excessiva, ou seja, o solo logo abaixo do elemento estrutural sofre plastificação ocorrendo um escoamento plástico;

A carga aplicada que provoca o escoamento plástico é definida como a máxima carga suportada pela fundação, ou seja, a capacidade de carga.

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Podem ser obtidas por cinco métodos: l) Ensaio de placa;

ll) Fórmulas teóricas;

lll) Ensaios em laboratório;

lV) Métodos semi-empíricos; e,

V) Métodos semi-empíricos.

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CAPACIDADE DE CARGA

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Descrito pela NBR 6489 de 1984, consiste na instalação de uma placa rígida com uma área não inferior 0,5 m², sobre o solo natural na mesma cota prevista no projeto das fundações superficiais;

Aplicam-se cargas verticalmente no centro da placa, em estágios, e medem-se as deformações simultaneamente com os incrementos de carga;

Os resultados são apresentados em gráficos de pressão x recalque.

ENSAIO DE PLACA

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ENSAIO DE PLACA

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A prova de carga é executada em estágios de carregamento onde em cada estágio são aplicados ≤ 20% da taxa de trabalho presumível do solo;

Em cada estágio de carregamento, serão realizadas leituras das deformações logo após a aplicação da carga e depois em intervalos de tempos de 1, 2, 4, 8, 15, 30 minutos, 1 hora, 2, 4, 8, 15 horas, etc..

ENSAIO DE PLACA

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Os carregamentos são aplicados até que:- ocorra ruptura do terreno- a deformação do solo atinja 25 mm- a carga aplicada atinja valor igual ao dobro da

taxa de trabalho presumida para o solo. Último estágio de carga pelo menos 12 horas, se

não houver ruptura do terreno. O descarregamento deverá ser feito em estágios

sucessivos não superiores a 25% da carga total, medindo-se as deformações de maneira idêntica a do carregamento.

ENSAIO DE PLACA

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ENSAIO DE PLACA

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Deve ocorrer com maior intensidade em terrenos cuja deformabilidade é praticamente imediata à ação das cargas, ou seja, em terrenos pedregulhosos, arenosos e silto-arenosos, em qualquer grau de saturação (Barata (1966));

Segundo Décourt e Quaresma Filho (1996), constitui a maneira mais adequada para se estabelecer as características carga-recalque para fundações (alto custo do ensaio e o longo tempo de execução);

ENSAIO DE PLACA

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Geralmente, para solos de alta resistência, prevalece o critério da ruptura, pois as deformações são pequenas;

Para solos de baixa resistência, prevalece o critério de recalque admissível, pois as deformações do solo serão sempre grandes.

ENSAIO DE PLACA

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•É aplicável para solos razoavelmente uniformes em profundidade, pois o bulbo de pressões mobilizado pela placa é bem menor (menos profundo) que o bulbo gerado pelas sapatas (Cintra et al. (2003)).

ENSAIO DE PLACA

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Se existirem, no subsolo, camadas compressíveis mais profundas que não sejam solicitadas pela placa mas que sejam solicitadas pela fundação, essa prova de carga não terá valor, a menos que se aumente o tamanho da placa.

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ENSAIO DE PLACA

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FÓRMULAS TEÓRICAS

Fórmula de Terzaghi Se o solo apresenta ruptura geral, a tensão de �

ruptura do mesmo (σR) pode ser obtida por:

Em que c é a coesão do solo; γ é o peso específico do solo onde se apóia a fundação; B é a menor largura da sapata; q a pressão efetiva do solo na cota de apoio da fundação; NC, Nγ e Nq são os fatores de carga (funções de ângulo de atrito interno, φ); e SC, Sγ e Sq são os fatores de forma.

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Conhecido o valor de σ� R, a tensão admissível σs será dada por:

Em que FS é o coeficiente de segurança.

FÓRMULAS TEÓRICAS

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Quando não se dispõem de ensaios de laboratório �em que constem c e φ, podem-se em primeira aproximação, estimar esses valores:

FÓRMULAS TEÓRICAS

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•Valores de ângulo de atrito por meio do SPT :

FÓRMULAS TEÓRICAS

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Fórmula de Skempton�

Esta fórmula só é válida para solos puramente coesivos (φ=0)

Em que c é a coesão do solo; NC é o coeficiente de capacidade de carga; e q é a pressão efetiva do solo na cota de apoio da fundação.

FÓRMULAS TEÓRICAS

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FÓRMULAS TEÓRICAS

Nc coeficiente de capacidade de carga, onde N f(H /B )

H – profundidade de embutimento da sapata.

B – menor dimensão da sapata.

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Com base nos ensaios de laboratório (ensaio oedométrico, triaxial entre outros),pode-se adotar como tensão admissível do solo o valor da pressão de pré-adensamento (pa).

ENSAIOS DE LABORATÓRIO

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MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS

Com base no valor médio do SPT (na profundidade de ordem de grandeza igual a duas vezes a largura estimada para a fundação, contando a partir da cota de apoio), pode-se obter a tensão admissível por:

A fórmula acima vale para valores de SPT ≤ 20.

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MÉTODO EMPÍRICO

São considerados métodos empíricos aqueles que pelos quais se chega a uma impressão admissível com base na descrição do terreno (classificação e determinação da compacidade ou consistência através de investigações de campo e/ou laboratoriais). Como exemplo temos a Tabela de valores fixados pela NBR 6122/ 1996.

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FATOR DE SEGURANÇA

A carga admissível é definida como o valor da relação da carga de ruptura (última) pelo fator de segurança, sendo que o valor adotado deve oferecer segurança satisfatória contra a ruptura ou o escoamento do solo ou do elemento estrutural de fundação;

Conforme NBR 6122/ 1996, quando é fornecido para o projetista da fundação um único tipo de carregamento, sem especificação das ações combinadas, aplica-se o cálculo empregando-se o fator de segurança global;

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Os valores das cargas admissíveis, em relação aos deslocamentos máximos, são obtidos por cálculo, ou experimentalmente, com aplicação de fator de segurança não inferior a 1,5.

FATOR DE SEGURANÇA

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Os solos submetidos a esforços de compressão das fundações superficiais podem apresentar três tipos de ruptura:

Ruptura generalizada;

Ruptura localizada;

Ruptura por puncionamento.

TIPOS DE RUPTURA

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Ruptura generalizada

É caracterizada por solos muito compactos ou consistentes, apresentando uma superfície de deslizamento bem definida e tendência de levantamento do solo adjacente a fundação. A ruptura é brusca e catastrófica com perda de carga e recalques baixos;

TIPOS DE RUPTURA

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Ruptura localizada

É caracterizada por um modelo que é bem definido apenas imediatamente abaixo da fundação, ocorrendo um levantamento do solo. Não haverá um colapso ou um tombamento catastrófico da fundação, que permanecera embutida no terreno, mobilizando a resistência de camadas mais profundas;

TIPOS DE RUPTURA

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Ruptura por puncionamento

É caracterizado por um mecanismo de difícil observação. À medida que a carga cresce, o movimento vertical da fundação é acompanhado pela compressão do solo imediatamente abaixo. O solo fora da área carregada praticamente não participa do processo, não há colapso visível.

TIPOS DE RUPTURA

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TIPOS DE RUPTURA

Tipos de ruptura: a) generalizada, b) localizada, e c) puncionamento.

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Na maioria dos casos, a curva pressão x recalque pode ser representada entre os dois casos extremos;

Os solos que representam curva de ruptura geral, isto é, com uma tensão de ruptura bem definida, são solos resistentes (argilas rijas ou areias compactas);

Ao contrário, os solos que apresentam curva de ruptura local, isto é, não há uma definição do valor da tensão de ruptura são solos de baixa resistência (argilas moles ou areia fofas).

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TIPOS DE RUPTURA

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TIPOS DE RUPTURA

Tipos de curvas pressão x recalque para a sapata.

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DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES NA SAPATA

As principais variáveis que regem a distribuição das tensões sobre o solo em contato com uma sapata são a natureza do solo (rocha, areia ou argila) e a rigidez da fundação (rígida ou flexível);

A distribuição real não é uniforme, mas por aproximação admite-se na maioria dos casos uma distribuição uniforme para as pressões do solo, representada pelas linhas tracejadas;

A NBR 6122:1996 indica que para efeito de cálculo estrutural de sapatas sobre rocha, o elemento estrutural pode ser calculado como peça rígida, adotando-se o diagrama bitriangular de distribuição.

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As sapatas rígidas são comumente adotadas nos projetos estruturais quando o terreno possui boa resistência em camadas próximas da superfície, as sapatas flexíveis, embora mais raras, são adotadas para pilares com força de pequena intensidade e nos casos de solos com pequena resistência;

Nas sapatas sobre solos coesivos, a distribuição uniforme de tensões não difere muito da distribuição real.

No caso de sapatas flexíveis apoiadas sobre solo arenoso, o diagrama triangular de distribuição é o mais indicado.

DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES NA SAPATA

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Distribuição de tensões nas sapatas rígidas (rocha, areia ou argila).

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DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES NA SAPATA

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Distribuição de tensões nas sapatas flexíveis (rocha, areia ou argila).

DISTRIBUIÇÃO DAS TENSÕES NA SAPATA