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ALCANCES E LIMITES DO CAPITAL SOCIAL E ASSOCIATIVISMO CIVIL EM CASCAVEL PR Resultados Preliminares do Projeto PIBIC/UNIOESTE: índices de capital social e desenvolvimento em cascavel – associativismo e cooperativismo, vinculado a Linha de Pesquisa em Comportamento Político e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (NUPEACE) Susana Baldisseraki (UNIOESTE - Bolsista do PIBIC UNIOESTE/ CNPq 2004/2005, graduanda em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE Rua Universitária 2069, Jardim Universitário. Cascavel - Paraná, CEP 85.819.110). [email protected] João Guilherme de oliveira Carminati (UNIOESTE - Bolsista do PIBIC UNIOESTE/ CNPq 2004/2005, Curso de Ciências Econômicas). [email protected] Rosana Kátia Nazzari (UNIOESTE - GPCP – NUPEACE – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares) [email protected] . Geysler Rogis Flor Bertolini (UNIOESTE – GPCP - Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares) [email protected] . Mirian Terezinha Nazzari (FADEC) - Administração Rural [email protected] Elizabeth Maria Lazzarotto (UNIOESTE - GPCP – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares) [email protected] . RESUMO: O presente estudo busca entender as implicações dos estoques de capital social sobre o desenvolvimento de Cascavel no Paraná. No plano teórico, busca-se revisar os conceitos de capital social, associativismo, comportamento político e desenvolvimento socioeconômico. No âmbito empírico, trata-se de medir os índices de capital social (níveis de confiança, cooperação e solidariedade) dos cidadãos e suas repercussões na organização de uma sociedade cooperativa, bem como dimensionar a influência do capital social para a estruturação da democracia e do desenvolvimento econômico. Pprocura fazer um levantamento do número de associações cooperativas existentes no município.O pressuposto básico é de que, a ampliação dos índices de capital social pode colaborar com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. PALAVRAS-CHAVE: capital social; associativismo; desenvolvimento; Cascavel. INTRODUÇÃO Observa-se que são os níveis de participação e de organização de uma sociedade que denotam os estoques de capital social desta. Se a sociedade não está organizada e não tem iniciativa, se não existe confiança social entre os grupos não se pode ter desenvolvimento ou implementação de qualquer projeto que possa levar a ampliação do bem público e da felicidade coletiva. Portanto, se a sociedade não for organizada e seus níveis de confiança

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ALCANCES E LIMITES DO CAPITAL SOCIAL EASSOCIATIVISMO CIVIL EM CASCAVEL PR

Resultados Preliminares do Projeto PIBIC/UNIOESTE: índices de capital social e desenvolvimento emcascavel – associativismo e cooperativismo, vinculado a Linha de Pesquisa em Comportamento

Político e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (NUPEACE)

Susana Baldisseraki(UNIOESTE - Bolsista do PIBIC UNIOESTE/ CNPq 2004/2005, graduanda em Ciências Econômicas pela

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE Rua Universitária 2069, Jardim Universitário.Cascavel - Paraná, CEP 85.819.110).

[email protected]ão Guilherme de oliveira Carminati

(UNIOESTE - Bolsista do PIBIC UNIOESTE/ CNPq 2004/2005, Curso de Ciências Econômicas)[email protected]

Rosana Kátia Nazzari

(UNIOESTE - GPCP – NUPEACE – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares) [email protected].

Geysler Rogis Flor Bertolini(UNIOESTE – GPCP - Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares)

[email protected] Terezinha Nazzari

(FADEC) - Administração [email protected]

Elizabeth Maria Lazzarotto

(UNIOESTE - GPCP – Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares)[email protected].

RESUMO: O presente estudo busca entender as implicações dos estoques de capital socialsobre o desenvolvimento de Cascavel no Paraná. No plano teórico, busca-se revisar osconceitos de capital social, associativismo, comportamento político e desenvolvimentosocioeconômico. No âmbito empírico, trata-se de medir os índices de capital social (níveisde confiança, cooperação e solidariedade) dos cidadãos e suas repercussões naorganização de uma sociedade cooperativa, bem como dimensionar a influência do capitalsocial para a estruturação da democracia e do desenvolvimento econômico. Pprocurafazer um levantamento do número de associações cooperativas existentes no município.Opressuposto básico é de que, a ampliação dos índices de capital social pode colaborar como desenvolvimento socioeconômico das comunidades.

PALAVRAS-CHAVE: capital social; associativismo; desenvolvimento; Cascavel.

INTRODUÇÃOObserva-se que são os níveis de participação e de organização de uma sociedade que

denotam os estoques de capital social desta. Se a sociedade não está organizada e não teminiciativa, se não existe confiança social entre os grupos não se pode ter desenvolvimentoou implementação de qualquer projeto que possa levar a ampliação do bem público e dafelicidade coletiva. Portanto, se a sociedade não for organizada e seus níveis de confiança

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forem baixos, as pessoas não vão confiar umas nas outras, não vão se associar, cooperar enem participar das questões políticas emergentes para o desenvolvimento das comunidadesem que vivem (NAZZARI, 2003).

No estudo de Putnam (1996) observou-se que onde a democracia funcionava bem ehavia prosperidade econômica e bons governos em algumas localidades italianas e emoutras não. Descobriu-se que as comunidades bem sucedidas tinham uma história deorganização social, ou seja, possuíam um estoque maior de capital social. Quanto menor onível de organização e participação de uma sociedade, mais pobre e incapaz de afirmar suaidentidade.

Os relacionamentos entre os membros individuais das associações e redes (aspectosestruturais do capital social) e os valores individuais e atitudes (aspectos culturais do capitalsocial). A honestidade, a confiança e observância da lei são fatores cruciais para a elevaçãodos estoques de capital social.

A existência de lacunas nas ciências sociais no que compete aos temas decapital social, associativismo e cooperativismo justificam a realização de estudosque visem buscar alternativas para o problema da cooperação social e para odesenvolvimento e consolidação democrática no Brasil.

Daí a importância de investigar fenômenos que causam a obstrução daação coletiva, entre eles: a ausência de transparência na política, o faccionismo olegado histórico de clientelismo e patrimonialismo. Fenômenos que, por suarecorrência, geram o isolamento dos cidadãos da vida pública, comprometem asua participação política e a construção da democracia no Brasil.

Tendo em vista o cenário descrito anteriormente, o objetivo geral desteestudo é verificar os estoques de capital social, por meio da caracterização dosíndices de associativismo civil e cooperativismo em Cascavel/Paraná. Os objetivosespecíficos são:q Identificar os efeitos da globalização sobre os índices de capital social;q Verificar o número de associações e cooperativas em Cascavel;

METODOLOGIAPara operacionalizar os objetivos propostos utilizou-se no plano teórico, revisar os

conceitos de capital social, desenvolvimento e associativismo. No âmbito empírico, trata-sede medir os índices de capital social (associações e números de associados) dos cidadãos esuas repercussões no desenvolvimento local e fortalecimento democráticas.

O capital social, por sua vez, é a variável interveniente. Isto porque pode ou nãomodificar as percepções e a leitura que os cascavelenses fazem da globalização e doprocesso de democratização do país, pois quanto maior o capital social maior a discussãosobre os temas de interesse da comunidade. Essas variáveis servirão para implementar umestudo comparativo, tentando identificar e medir as diferenças dos níveis de capital socialnos locais examinados.

Os indicadores levam em conta modernidade socioeconômica, isto é, asconseqüências da Revolução Industrial, que envolve, a urbanização, padrões de vida,classes sociais, capital físico e humano, níveis de educação, padrões sanitários e capacidadeeconômica e tecnológica; a comunidade cívica, isto é, os padrões de participação cívica,igualdade política e solidariedade social, confiança e tolerância, bem como a quantidade deassociações ou estruturas sociais de cooperação. As variáveis do capital social (confiança,

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cooperação, participação política) contribuem para se detectar os índices de associativismocivil em Cascavel.

ASSOCIATIVISMO CIVILO associativismo civil encontra-se na pauta dos estudos e debates nas ciências

humanas e sociais. As pesquisas no tema trazem várias contribuições para as análises dopapel das associações civis no início do século XXI. No entanto, a difusão doassociativismo é uma manifestação da sociedade moderna, complexa e interdependente.Suas causa principais estão no processo de industrialização, urbanização e instauração doregime democrático.

A necessidade de companhia entre os homens levou a formação de todos os tipos deassociações, tais como: econômico-comerciais, sindicais, de saúde, cooperativa deprodutores e consumidores, como garantia de segurança pessoal no mercado capitalista.

Tocqueville foi um dos primeiros autores que verificou a conexão entre democracia,participação e associativismo, duas obras importantes tiveram acentuado destaque:Democracia na América, publicada em 1834 e O Antigo Regime e a Revolução, publicadaem 1856.

Ao que parece, em suas duas grandes obras – particularmente em Democracia naAmérica – Tocqueville teve pelo menos três preocupações básicas ao tratar daparticipação dos cidadãos nos processos de tomadas de decisões políticas. Em umprimeiro momento, Tocqueville esteve preocupado em demonstrar como os anglo-americanos, desde a fundação das colônias, participavam dos processos de decisõespolíticas. Em um segundo momento, perplexo diante da ampla liberdade políticados anglo-americanos e da instituição da soberania do povo, Tocqueville procuramostrar como a participação dos cidadãos na vida comunitária poderia contribuirpara afastar o perigo da tirania da maioria. Por fim, Tocqueville se ocupa emmostrar por que a participação dos cidadãos – não só nos canais institucionais departicipação, mas também na vida cotidiana da comunidade – é importante para aconsolidação da democracia nas sociedades modernas (SILVA, 2005, p. 14).

Tocqueville (1969) se ocupa em mostrar a importância para a consolidação dademocracia nas sociedades modernas da participação dos cidadãos na vida cotidiana dacomunidade e não só nos canais institucionais de participação.

Para Silva (2005) a liberdade de associação, segundo Tocqueville (1969), poderiacontribuir com o combate à tirania da maioria, na medida em que, em seu processoorganizatório, as associações pudessem acumular um poder moral capaz de contrapor-se aopoder instituído.

Como se vê, o conceito mais próximo do associativismo civil é a participação. Aparticipação política tem efeito catalisador de envolvimentos nas demais questões dacomunidade. A participação em associações civis varia no âmbito das comunidades, emgeral as associações mais organizadas são as dos grupos de pessoas que ocupam posiçõessociais mais elevadas na esfera socioeconômica e aumentam esta participação no decorrerda vida, enquanto as classes sociais excluídas diminuem cada vez mais sua participaçãocom o aumento da idade. No âmbito socioeconômico, creio que esta relação da propensãoao associativismo tem uma ligação direta com a classe social, o que corrobora com apossibilidade de inclusão social por meio de projetos relacionados ao cooperativismoassociativo.

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No âmbito político e cultural as organizações associativas são uma forma essencialde capital social. Quanto mais desenvolvidas forem numa comunidade, maior será aprobabilidade de que seus cidadãos sejam capazes de cooperar em benefício mútuo. Assim,o associativismo civil gera a participação cívica, que colabora, no caso dos países daAmérica Latina, para diminuir a força negativa das relações clientelistas de permuta verticale obrigações assimétricas. Desta forma, o capital social pleiteia confiança interpessoal eobrigações recíprocas entre os membros das associações e grupos da comunidade.

O ASSOCIATIVISMO CIVIL NO BRASILO associativismo civil da comunidade, com característica horizontal, pode indicar o

fortalecimento da democracia no país. Os estudos sobre capital social podem forneceralternativas para a ampliação da participação dos cidadãos no processo político edesenvolvimento. O amadurecimento da sociedade e do Estado requer o acréscimo dasorganizações associativas, mobilização social e participação política. Para Viana (2005, p. 2) “[...] o associativismo civil brasileiro têm sido consideradopor muitos estudiosos um fenômeno que vem trabalhando, em sua maioria, na contribuiçãodo crescimento do processo democrático no Brasil”. Diversos atores e movimentos sociaisinspiraram novas estratégias de convivência social e ações coletivas e formas deorganizações da sociedade civil.

No Brasil, o interesse sobre a importância do associativismo cooperativo foiaprofundado com a democratização da política e abertura econômica nos anos de 1970. Apartir de então, as novas formas reivindicatórias da sociedade civil brasileira apontam parao incremento do associativismo cooperativo, que crescentemente substituem as agências derepresentação política tradicional (partidos e sindicatos), por associações comunitárias,culturais, tradicionalistas, ambientalistas, entre outras com características por vezes locais epor outras globais.

[...] No processo de democratização há significativas alterações na sociedadecivil, uma delas, é o aparecimento de novos atores e intérpretes sociais na lutapelos seus direitos, como os movimentos ecológicos, de mulheres, étnicos, etc.Estes movimentos são uma forma de luta alternativa que substituiu arepresentatividade falida dos partidos políticos (SCHERER-WARREN, 1996, p.19).

Nesta direção, o presente estudo busca analisar o perfil do associativismo civil emCascavel, no sentido de verificar as tendências da vida associativa local, para relacionar osdiferentes tipos de associações civis com suas práticas políticas e sociais.

ASSOCIATIVISMO CIVIL EM CASCAVELEm relação ao perfil demográfico de Cascavel, pode-se observar que a cidade

apresentou uma evolução acentuada entre as décadas de 1960 e 1980. Segundo dados daPrefeitura Municipal de Cascavel (2005, p. 2) “[...] sendo o crescimento verificado noperíodo de 1960 a 1970 de 127,08% e 81,78% no período de 1970 e 1980,” conformedemonstra a Figura 1, a seguir:

FIGURA 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NO MUNICÍPIO DECASCAVEL

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Fonte: IBGE/2004

Pode-se observar que no final da década de 1960, com a modernização conservadorada agricultura e com a urbanização acelerada, Cascavel passa de cidade com economiaessencialmente do setor primário, para o terciário de prestação de serviços. Nesta direção,pode-se destacar a mudança no perfil urbano e rural descrita a seguir:

FIGURA 2 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO - MUNICÍPIO DE CASCAVEL

ANO URBANO RURAL TOTAL1960 5.274 34.324 39.5981970 34.961 54.960 89.9211980 123.698 39.761 163.4591990 177.766 15.224 192.9902000 228.673 16.696 245.369*2003 261.505

Fonte: IBGE/2004 *Estimativa IBGE

Ao mesmo tempo em que a cidade se expandia, aumentava também, o número dehabitantes e de bairros. Assim, segundo dados da prefeitura Municipal de Cascavel (2005,p. 3), a divisão de bairros (Lei Municipal nº 2.205/91) e o Censo IBGE do ano 2000, “[...] amaior densidade demográfica ocorre no bairro Guarujá com 6.200 habitantes porquilômetro quadrado, seguido do bairro Floresta com 5.110 habitantes por quilômetroquadrado.”

Nesta direção, percebe-se que os bairros Canadá e Esmeralda, são os queconcentram maior contingente populacional, “[...] com 540 e 620 habitantes por quilômetroquadrado, respectivamente”, destaque da Figura 3 a seguir:

FIGURA 3 - POPULAÇÃO DE CASCAVEL POR BAIRROS

Bairro População/2000 Densidade Demográfica(hab/Km²)

1. 14 de Novembro 3.892 2.4602. Alto Alegre 7.817 2.9903. Brasília 9.743 3.9004. Brasmadeira 5.448 2.3005. Canadá 2.547 5406. Cancelli 4.225 3.5807. Cascavel Velho 6.904 3.2608. Cataratas 5.621 1.9409. Centro 22.013 3.96010. Ciro Nardi 1.715 2.50011. Claudete 4.969 2.10012. Coqueiral 6.695 4.19013. Country 2.459 1.39014. Esmeralda 1.358 62015. Floresta 12.088 5.110

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

1960

1970

1980

1991

2000An

o

População UrbanaPopulação Rural

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16. Gramado 1.531 3.41017. Guarujá 6.914 6.20018. Independência 1.601 1.92019. Interlagos 10.588 4.03020. Maria Luiza 4.732 2.83021. Morumbi 4.059 1.03022. Neva 3.774 4.47023. Nova Cidade 3.944 3.07024. Pacaembu 1.896 1.55025. Parque São Paulo 8.572 3.43026. Parque Verde 4.746 2.99027. Periollo 9.681 4.61028. Pioneiros Catarinenses 2.810 1.25029. Presidente 3.541 1.07030. Recanto Tropical 2.922 1.94031. Região Do Lago 5.189 1.04032. Santa Cruz 11.672 3.58033. Santa Felicidade 7.635 2.74034. Santo Onofre 3.219 2.26035. Santos Dumont 1.819 1.25036. São Cristóvão 10.163 3.36037. Universitário 9.479 1.69038. Vila Tolentino 6.786 4.340

Fonte: População IBGE 2000/Densidade Seplan 2004 citado pela Prefeitura Municipal de Cascavel (2004).

Juntamente com a expansão demográfica de ampliação das atividades econômicas,observou-se que a ampliação no número de associações filiadas a UCAM (UniãoCascavelense de Associações Municipais), segundo a entidade são 104 associações,registradas são 98, com baixos índices de participação dos membros, na maioria das vezes aatuação, quando existe, fica a critério da diretoria, que conta em média com dez pessoas,uma estimativa de 980 pessoas que participam efetivamente.

Comparando-se este número ao de habitantes do perímetro urbano temos índices deassociativismo civis extremamente baixos, ou seja, apenas 0,43% da população participa dealguma atividade associativa. Estes elementos apontam para índices extremamente baixosde capital social no município de Cascavel. Os índices reduzidos de capital social nãofavorecem programas institucionais eficazes para o desenvolvimento sustentável, e emtampouco o envolvimento da comunidade em redes de confiança e cooperação quepoderiam colaborar para diminuição da desigualdade e exclusão social, podendo contribuircom soluções para os problemas relacionados ao emprego e a renda, bem como, aampliação de futuros investimento na cidade está aliada aos índices de confiança, quecontribuem para a promoção da cooperação e de perspectivas de novos investimentos quetendem a crescer com a cidade, dentro de uma ótica mais igualitária e humana. CONCLUSÃO

O objetivo deste estudo foi examinar os índices de associativismo civil e capitalsocial em Cascavel. Para nortear as análises, foi sugerido que o associativismo civil podeoferecer sua parcela de contribuição com o desenvolvimento sustentável das comunidades.

Neste sentido foram observados índices muito baixos de capital social eassociativismo no município de cascavel, tendo em vista a participação em associações. Naspróximas análises da pesquisa pretende-se avaliar os índices de confiança, cooperação eparticipação política da mostra investigada pela pesquisa do GPCP (Grupo de Pesquisa emComportamento Político), em 2004.

Sabe-se que o capital social e o associativismo são fatores de desenvolvimento

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econômico e servem como instrumento de combate à exclusão social. Nesta direção, não sepode dizer que a prática associativa, em si mesma, seja fator de integração social, isto é,fator gerador de mais capital social, de mais confiança mútua e de mais predisposição paramais cooperação, vai depender também da boa governança local e envolvimento daspessoas e instituições públicas e privadas.

No entanto, Cascavel cresceu muito nas décadas de 80 e 90, no entanto detectaram-se problemas de distribuição da renda. Nesta direção, o incentivo ao associativismo eenvolvimento comunitário pode contribuir para ampliar a qualidade de vida dos seuscidadãos em geral, como forma de canal representativo para demandas sociais junto àsinstituições públicas, para ampliar a organização civil, e conjugar esforços e parceria comas instituições privadas vislumbrando o desenvolvimento igualitário e sustentável dacidade.

BIBLIOGRAFIA

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados Municipais. Disponível em:<www.ibge.gov.br >. Acesso em 30 de dez de 2004.PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL. Dados Estatísticos. Disponível em:<www.cascavel.pr.gov.br/ - 24k>. Acesso em: 15 de mai de 2005.NAZZARI, Rosana Kátia. Capital Social, Cultura e Socialização Política: A JuventudeBrasileira. Porto Alegre, 2003. Tese de doutorado em Ciência Política. UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul, 330 p.SCHERER-WARREN, Ilse (NPMS). Organizações voluntárias de FlorianópolisFloriarianopolis: Insular, 1996. SILVA, José Otacílio da. Tocqueville: Estado e participação política. Paper , 2005, p. 21.TOCQUEVILLE, Alexis de. Democracia na América. São Paulo: Nacional, 1969, p. 363.VIANA,http://64.233.179.104/search?q=cache:EisFd9YwiTcJ:www.iuperj.br/Lusofonia/papers/thereza%2520cristina%2520bertazzo%2520silveira%2520viana.pdf+associativismo+civil+formas&hl=pt&lr=lang_pt Thereza Cristina BertazzoSilveira. Da dádiva ao Estado nascente: um novo olhar sobre o associativismo civil emFlorianópolis. Artigo apresentado no Congresso Luso-Afro-Brasileiro de CiênciasSociais. Realizado no Rio de Janeiro no período de 02 a 06 de setembro de 2002.Disponível em: Acesso em 2005.