capítulo 4 – cinemática dos...
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1
Capítulo 4 – Cinemática dos FluidosComo na física básica, estudaremos os movimentos departículas fluidas sem nos preocuparmos com as suascausas. Isto é, sem nos preocuparmos com as forças quecausam o movimento.
4.1 Campo de velocidades
► Como os fluidos tratados aqui são considerados meioscontínuos, decorre que podemos considerar que aspartículas fluidas são compactas.
► Significa que sua pressão, velocidade, aceleração emassa específica, entre outras, podem ser descritas emfunção da posição da partícula e do tempo.
► Isto leva à noção de campo, como discutido anterior-mente (capítulo 2 e na revisão de cálculo vetorial).
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2
► A representação dos parâmetro de um fluido escoando emfunção das suas coordenadas espaciais é denominadarepresentação do campo de escoamento.
► Uma das variáveis mais importantes é a velocidade de umcampo de escoamento, cuja forma geral é
V = u(x,y,z)i + v(x,y,z)j + w(x,y,z)k
u, v e w são as componentes do vetor velocidade.
► u, v e w são funções das coordenadas espaciais do pontoconsiderado no escoamento.
► 222 wvuV V
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3
► Por definição
é a velocidade instantânea de uma partícula fluida A.
► é a aceleração da partícula A
provocada por umamudança de veloci-dade ( direção oumagnitude) no tem-po.
dtd A
ArV
dtd A
AVa
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4
Exemplo 4.1
O campo de velocidade de um escoamento é dado por
Onde Vo e l são constante. Determine o local no campo deescoamento onde a velocidade é igual a Vo e construa umesboço do campo de velocidade no primeiro quadrante(x ≥ 0 e y ≥ 0).
)(0 jiV yxV
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5
Solução
►Se
►Para termos V = V0, x2 + y2 = l2. Esta é a equação de umacircunferência (lugar geométrico dos pontos que estão auma distância l da origem).
220
20
2022
00
0
),(,),(
,,),(),()(
yxVV
yVxVvuV
eyVyxvxVyxu
entãoyxvyxuyxV
jijiV
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6
► A direção do vetor velocidade é tal que:
► Ilustração do campo,
xy
xy
xVyV
uv
1
0
0
tan
//tan
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7
Exercício 4.1
O campo de velocidade de um escoamento é dado por
Onde x, y e z. São medidos em metros. Determine avelocidade do fluido na origem (x = y = z = 0) e no eixo y,(x = z = 0).
)/(5)8()23( smzxy kjiV
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8
Solução
i) Velocidade na origem, x = y = z = 0.
jiV
kjiVkjiV
82
05)80()203(5)8()23(
zxy
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9
ii) Velocidade no eixo y, x = z = 0.
jiV
kjiVkjiV
8)23(
05)80()23(5)8()23(
y
yzxy
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4.1.1 Descrições Euleriana e Lagrangeana
► Leonard Paul Euler (lê-se Óilã) (Basiléia 1707 – SãoPetersburgo 1783).
Método de Euler
• Utiliza o conceito de campo;
• O movimento do fluido é descrito pela especificaçãodos parâmetros necessários em função das coordenadasespaciais:
- Pressão, p = p(x,y,z,t);- Velocidade, V = V(x,y,z,t);- Massa específica, ρ = ρ(x,y,z,t).
• Informações sobre o escoamento a partir de pontosfixos em instantes diferentes.
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► Joseph-Louis Lagrange (Turim 1736 – Paris 1813).
Método de Lagrange
• Identifica a partícula fluida no escoamento;
• O movimento do fluido é descrito pela especificaçãodos parâmetros necessários em função do tempo:
- Pressão, p = p(t);- Velocidade, V = V(t);- Massa específica, ρ = ρ(t);- Posição, P = P(x,y,z,t)
• Informações sobre o escoamento correspondem aosvalores determinados durante o movimento.
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12
Duas maneiras de ver o mundo dos fluidos
Euleriano• Usa o conceito de campo.
• Especificação completa:– Pressão (x,y,z,t),– Massa específica
(x,y,z,t),– Velocidade (x,y,z,t).
• Informações sobre o escoamento em pontos fixos no espaço.
Lagrangeano• Segue as partículas fluidas.
• Especificação da partícula:– Pressão (t)– Massa específica (t),– Velocidade (t),– Posição (x,y,z).
• Informações sobre o que acontece com a partícula ao longo do tempo.
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Exemplo
► Temperatura de gás saindo de uma chaminé
Instalar um termômetro num ponto
fixo!
Acompanhar a temperatura de uma partícula
fluida!
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Método de Euler► O termômetro instalado perto da abertura indicaria atemperatura de diversas partículas em instantes diferentes.Assim, obtém-se a variação da temperatura, T, nesse ponto,em função de suas coordenadas e do tempo, t.
► Vários termômetros instalados em pontos fixos doescoamento forneceria seu campo de temperatura.
Método de Lagrange► Um termômetro seria instalado em uma partícula fluidae, assim, registraria sua temperatura ao longo domovimento, isto é, T = T(t).
► Um conjunto de dispositivos para medir a variação datemperatura de várias partículas forneceria a história datemperatura do escoamento. Isto só seria possível se alocalização de cada partícula fosse conhecida em função dotempo.
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4.1.2 Escoamentos Uni, bi e tridimensionais
► Em geral, um campo de velocidade de um escoamento étridimensional, ou seja
► Em alguns casos, entretanto, uma ou duas componentessão muito menores que a(s) outra(s),
► Se u >> w e v >> w, então, temos um escoamentobidimensional.
► Se u >> v e u >> w, então, temos um escoamentounidimensional (não existem, mas pode ser usados paramodelar muitos escoamentos importantes).
kjiV ),,(),,(),,( zyxwzyxvzyxu
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4.1.3 Escoamentos em regime permanente e transitório
Regime permanente
► Velocidade não varia no tempo, , na prática.
Escoamento transitório
► Velocidade varia com o tempo de maneira aleatória. Isto é,não existe uma seqüência regular para a variação.
0/ tV0/ tV
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4.1.4 Linhas de corrente, de emissão e trajetórias
Linhas de corrente (streamline)
► Linha contínua que é sempre tangente à velocidade numponto do escoamento.
► Num escoamento permanente, nada muda com o temponum ponto fixo, nem o vetor velocidade, portanto, as linhasde corrente são fixas.
► Para escoamentos bidimensionais,
Esta equação pode ser integrada para fornecer as equaçõesdas linhas de corrente, desde que o campo de velocidadeseja dado em função de x, y e z, e t, se o regime fortransitório.
tanuv
dxdy
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Exemplo
Determine as linhas de corrente para o escoamentobidimensional em regime permanente cujo campo develocidades é,
)/()( smyxVo jiV
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19
Solução
xy
dxdy
xy
xVyV
vu
dxdy
correntedelinhasasPara
yVxV
yxV
o
o
)/()/(
,
)(
00
0
jiV
jiV
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20
► Integrando
► xy = C, ou xy = Ψ, representa uma família de curvas noplano xy (Figura).►Ψ é chamada função de corrente.
yxouCyxCCCyx
CxyconstCCxy
Logo
xdx
ydx
xy
dxdy
,)(lnln)ln(
)ln()ln(.)()ln()ln(
,
1
1
11
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21
Linhas de emissão (streakline)
► Consiste de todas as partículas do fluido que passam porum determinado ponto do escoamento.
► Se o regime de escoamento for permanente, a linhas deemissão coincidem com as linhas de corrente.
Trajetória (Pathline)
► É o caminho traçado por uma dada partícula que escoade um ponto para outro. É um conceito Lagrangeano e podeser visualizada a partir de uma fotografia de longaexposição.
► Se o regime de escoamento for permanente, a trajetóriae a linha de emissão coincidem com as linhas de corrente.
► Para regimes transitórios, nenhum destes três tipos delinha são necessariamente coincidentes.
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22
Exemplo
Um dispersor oscilante produz um fluxo de água cujo campode velocidades é dado por
onde u0, v0 e w são constantes.
Obtenha:a) A linha de corrente que passapela origem em t = 0 e t = π/2w.b) A trajetória da partícula que pas-sa pela origem em t = 0 e t = π /2w.c) A linha de emissão que passa pelaorigem.
jiV ˆˆ0
00 v
vytsenu
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23
a) A linha de corrente que passa pela origem em t = 0e t = π/2w.
.
cos
,
:
ˆˆ
00
000
00
00
0
00
0
00
0
integraçãodeconstanteumaéConde
Cxvvytvudxvdy
vytsenu
Integrando
vytsenu
vuv
dxdyAssim
vvevytsenuu
Temos
vvytsenu
jiV
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► A linha de corrente que passa pela origem em t = 0.
)()/cos()/cos(:
1cos,0cos
,
)0(cos
00cos0
cos
00,0
00
0
000
0
000
0000
0
000
0
000
parfunçãovyvyseLembre
vyuxou
wvu
vyvuxv
LogowvuCvuC
vvuCv
vytvuCxv
teyx
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25
► A linha decorrente quepassa pelaorigem emt = π/2w.
0
0
0
0
0
000
00
0
000
0
000
sen
2cos
2cos
,
02
cos
02
cos0
cos
2/0,0
vyux
vyu
vyvuxv
Logo
CvuC
vvuCv
vytvuCxv
teyx
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26
► Análise: de acordo com os resultados anteriores, as linhasde corrente não são as mesmas em t = 0 e t = π/2w, exata-mente, porque o escoamento é transitório.
0
0
vysenux
1cos
0
0
vyux
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27
b) A trajetória da partícula que passa pela origem em t = 0e t = π /2w.
00
0
00
0
00
0
,
ˆˆ
vdtdye
vytsenu
dtdx
equaçõesassãopartidadepontonossoAssim
dtdyve
dtdxu
vvevytsenuu
vvytsenu
jiV
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28
0
10
0
100
00
110
0
sen
,
sensen
,
)(
,
vCu
dtdx
Assim
vCtvtu
vytu
dtdx
Daí
integraçãodeconstanteumaéCCtvy
quevemvdtdyequaçãoaIntegrando
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29
)(sen
sen
,sen
,
220
10
0
10
0
10
integraçãodeconstanteCCtvCux
dtvCudt
dtdx
quevem
vCu
dtdx
equaçãoaintegrandoAgora
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30
► A trajetória da partícula que passa pela origem em t = 0.
000
,0
0sen0
sen
,
00
110
10
2
20
10
20
10
CCvCtvy
emdosubstituinSegundoC
CvCu
CtvCux
emdosubstituinPrimeiro
teyx
asparamétricequaçõestvy
x
sãotemorigemnaemstrajetóriaasAssim
0
0
,0,
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31
► A trajetória dapartícula que passapela origem emt = π/2w.
2
2)2/(sen0
sen
,22
0
,2/0
02
20
00
20
10
0110
10
uC
Cvvu
CtvCux
emdosubstituinSegundo
vCCv
CtvyemdosubstituinPrimeiro
teyx
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32
xuvyescreverpodemosaindaacimaequaçõesDas
asparamétricEquações
tvvtvy
e
tuutux
utv
v
senux
étemorigempelapassaquepartículadatrajetóriaaAssim
0
0
00
0
00
0
0
0
0
0
,,
22
22
22
2/,
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33
► Análise: de acordo com os resultados anteriores, as traje-tórias não são as mesmas em t = 0 e t = π/2w.
0
00
vyxt
xuvy
t
0
0
2/
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34
c) A linha de emissão que passa pela origem.
Como o escoamento é transitório, V = V(t), as linhas de corrente,Trajetória e emissão não são coincidentes.
► A linha de emissão que passapela origem é o lugar geométricodas partículas que passaram pelaorigem.
► São obtidas coma projeção dastrajetórias sobre as linhas de cor-rente.
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35
4.2 Campo de Aceleração
► Dado o campo de velocidades de uma partícula fluida A,
► Sua aceleração é, por definição,
► Lembrando que,
► Vem que
)),(),(),((),( ttztytxt AAAAAA VrVV
dtdz
zdtdy
ydtdx
xtdtdt AAAAAAAA
A
VVVVVa )(
dtdzwe
dtdyv
dtxdu A
AA
AA
A ,
zw
yv
xu
tt A
AA
AA
AA
A
VVVVa )(
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36
► Removendo o índice A da equação,
► Podemos generalizar a equação da aceleração paraqualquer partícula fluida do fluido,
zw
yv
xu
tt A
AA
AA
AA
A
VVVVa )(
zw
yv
xu
tt
VVVVa )(
Velocidade e posiçãode uma partícula fluidaA num instante t.
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37
► As componentes do campo aceleração
dtdz
zdtdy
ydtdx
xtt
VVVVa )(
zw
yv
xu
tt
VVVVa )(
zww
ywv
xwu
twa
zvw
yvv
xvu
tva
zuw
yuv
xuu
tua
z
y
x
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38
Derivada Material ou Substantiva
► O resultado,
► É muitas vezes escrito como
onde,
Sendo,
É denominada derivada material ou substantiva.
tDDt Va )(
)()()()()()()(
Vtz
wy
vx
utDt
D
zw
yv
xu
tt
VVVVa )(
z
wy
vx
u
)()()()(V
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39
Exemplos
1) A figura abaixo mostra um escoamento incompressível,invísicido e de regime permanente de um fluido ao redor deuma esfera de raio a. De acordo com uma análise maisavançada deste escoamento, a velocidade do fluido aolongo da linha de corrente entre os pontos A e B é dada por
Onde V0 é a velocidade longe daesfera. Determine a aceleraçãoimposta numa partícula fluidaenquanto ela escoa ao longo dadessa linha de corrente.
iiV
3
3
0 1)(xaVxu
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40
Solução
ia
iiiVVa
iiV
4
320
4
320
4
3
03
3
0
3
3
0
)/()/(13
,)/(
)/(13310
,
,
01)(
xaxa
aV
Assimxa
xaaV
xaV
xaV
xuue
tu
nteSeparadamexuu
tu
xuu
tu
xu
t
Daí
vxaVxu
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41
Continuando
► O gráfico a seguir mostra a variação da aceleração aolongo do eixo x. É possível verificar que a aceleraçãomáxima ocorre para x = -1,205a, e seu maior valor emmódulo é
0,)/(
)/(13)/(
)/(134
320
4
320
zyx aa
xaxa
aVa
xaxa
aVSe ia
20max
61,0 Va
a
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42
2) Considere o campo de escoamento bidimensional, e emregime permanente, cujo campo de velocidade é dado por,
Determine o campo de aceleração deste escoamento.
)(0 jiV yxV
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43
Solução
)(
,
00,,
)(
2
20
2
2000
2
2000
00
jiajjV
iiV
VVVVa
yxVyVyV
yyV
yv
xVxVx
xVx
u
Assim
tVewyVvxVu
zw
yv
xu
tt
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44
Continuando,
xy
aa
x
y tan
)(2
20
2
20
2
20
jiaj
iyxV
yVa
xVa
y
x
► a é radial!
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45
4.2.2 Efeitos transitórios
► A aceleração de uma partícula fluida A,
► O termo é chamado de aceleração local e encerraos efeitos da transitoriedade do escoamento.
zw
yv
xu
tt
VVVVa )(
Estes termos envolvem derivadas espaciais.
Este termo envolve derivadas temporais
tV /
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46
4.2.2 Efeitos Convectivos
► A aceleração de uma partícula fluida A,
► A aceleração convectiva está relacionada com a variaçãodos parâmetros devido à convecção, ou movimento dapartícula no campo de escoamento no qual há um gradientedeste parâmetro.
zw
yv
xu
tt
VVVVa )(
Corresponde à porção da aceleração denominada de convectiva.
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47
Exemplos
1) Aquecedor de água.
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48
2) Escoamento em um tubo (unidimensional).
fixodiâmetroxuuax 0
diâmetrodoreduçãoxuuax 0
diâmetrodoaumentoxuuax 0
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49
4.2.4 Coordenadas da Linha de Corrente.
► Muitas vezes é conveniente escrever a aceleração deuma partícula fluida A no sistema de coordenadas (s,n)definido em função das linhas de corrente do escoamento.
► Neste caso,
sV V
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50
► A aceleração de um escoamento bidimensional e queocorre em regime permanente pode ser, então, escrita emfunção das componentes s e n, que, de acordo com a seção3.1 do capítulo 3, é
► Em componentes,
representa a aceleração convectiva aolongo da linha de corrente.
representa a aceleração centrífuga normal àlinha de corrente.
sasVV
nsaR
VsVV
2
naR
V 2
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51
4.3 Sistemas e volumes de controle
► Sistema de controle:É Certa quantidade de materialcom identidade fixa, que podese mover, escoar e interagircom o meio.
► Volume de controle:Um volume no espaço fixo, cujasPropriedades são estudadas no tempo.
![Page 52: Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidosengenhariaaeroespacial.ufabc.edu.br/old/profs/cristiano/Cap4.pdf · 1 Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidos Como na física básica, estudaremos](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022051206/5b7ba0577f8b9a004b8cfce6/html5/thumbnails/52.jpg)
52
► Nas investigações das interações de um fluido sobre umobjeto (ventilador, avião, automóvel, etc), práticaimportante da Mecânica dos Fluidos, sempre é necessárioidentificar um volume associado ao corpo.
► Portanto, a análise de um escoamento a partir de umvolume de controle é, em geral, mais adequada.
Exemplos
► Vamos discuti-los...
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53
► Escoamento de um fluido emum tubo. O volume de controle éformado pela superfície internado tubo e pelas seções (1) e (2).É um volume de controle fixo
► Escoamento ao redor de uma turbina de avião. O volumede controle engloba toda a turbina (linha tracejada). Se oavião está se movimentando, o volume de controle é fixopara um observador solidário ao avião, e móvel para umobservador fixo à terra.
![Page 54: Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidosengenhariaaeroespacial.ufabc.edu.br/old/profs/cristiano/Cap4.pdf · 1 Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidos Como na física básica, estudaremos](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022051206/5b7ba0577f8b9a004b8cfce6/html5/thumbnails/54.jpg)
54
► Escoamento de ar de umbalão esvaziando. O volumede controle é a superfícieinterna do balão, que dimi-nui com o tempo.É um volume de controledeformável.
► Todas as leis matemáticas que modelam o movimentodos fluidos foram formuladas para a abordagem desistemas. Por exemplo,
• Conservação da massa de um sistema;• Taxa de variação do momento linear igual à
Resultante das forças sobre um sistema;• Etc.
► Por esse motivo, é importante converter esses modelos(e suas equações) para a abordagem via volumes decontrole.
![Page 55: Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidosengenhariaaeroespacial.ufabc.edu.br/old/profs/cristiano/Cap4.pdf · 1 Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidos Como na física básica, estudaremos](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022051206/5b7ba0577f8b9a004b8cfce6/html5/thumbnails/55.jpg)
55
4.4 Teorema da transformação de Reynolds
► Princípio fundamental do teorema,
Modelos Matemáticos Modelos Matemáticosp/ abordagem de p/ abordagem deescoamentos via escoamentos viasistemas volume de controle
Definições importantes
► Em geral, as leis físicas são formuladas em função de váriosparâmetros físicos. Por exemplo, seja B um parâmetro físico eb a quantidade deste parâmetro por unidade de massa. Então,
B = mb
Onde m é a massa do sistema.
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56
Propriedades extensivas e intensivas
► Propriedade intensiva, b: não depende do tamanho dosistema. Por exemplo, densidade, calor específico, tempera-tura.
► Propriedade extensiva, Bsis: depende do tamanho dosistema. Por exemplo, massa, volume, momento angular.
► Em geral, uma propriedade extensiva de um sistema, Bsis, édeterminada pela somatória da quantidade intensiva, b,associada a cada partícula de volume δV e a massa ρδV. Istoé,
► O volume de integração cobre todo o sistema, usualmente,um volume de controle.
i sis
iiiVsis bdVVbB
)(lim0
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57
Teorema de Reynolds
► “A taxa de variação de uma propriedadeextensiva, B, de um fluido em um volumede controle é expressa em termos daderivada material.”
► Estabelece uma ligação entre os conceitos ligados aosvolumes de controles àqueles ligados aos sistemas.
Modelos Matemáticos Modelos Matemáticosp/ abordagem de p/ abordagem deescoamentos via escoamentos viasistemas volume de controle
Osborne Reynolds (1842–1912)
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58
Dedução do Teorema
► Análise de um escoamento unidimensional através de umvolume fixo.
Considerações:
• O volume de controle é estacionário;
• O sistema é o fluido que ocupa o volume no instante t;
• As velocidades são normais às superfícies (1) e (2).
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59
► Após um intervalo de tempo δt, o sistema se desloca para direita.
• A seção (1) se desloca de δl1 = V1 δt;
• A seção (1) se desloca de δl2 = V2 δt;
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60
► O escoamento para fora do volume de controle em t + δt é denominado volume II.
► O escoamento para dentro do volume de controle em t + δt é denominado volume I.
► Assim, o sistema no instante t consiste no volume VC(linha pontilhada azul). No instante t + δt é (VC – I) + II.
► O volume de controle permanece VC o tempo todo.
![Page 61: Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidosengenhariaaeroespacial.ufabc.edu.br/old/profs/cristiano/Cap4.pdf · 1 Capítulo 4 – Cinemática dos Fluidos Como na física básica, estudaremos](https://reader033.vdocuments.net/reader033/viewer/2022051206/5b7ba0577f8b9a004b8cfce6/html5/thumbnails/61.jpg)
61
► Seja B uma propriedade extensiva do sistema. Então,teremos:
• Antes:
• Depois:
• A variação de B durante t vale:
)()( VCSIS tBtB
)()()()( IIIVCSIS ttBttBttBttB
ttBttBttBttB
ttBttB
tB
)()()()(
)()(
SISIIIVC
SISSISSIS
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62
► Daí,
► Como , então,
► Tomando o limite quando δt -> 0,
ttBttBttBttB
tB
)()()()( SISIIIVCSIS
)()( VCSIS tBtB
tttB
tttB
ttBttB
tB
)()()()( IIIVCVCSIS
VCtbdV
ttB
ttBttB
VCVCVC
0
)()(lim
É a taxa com a qual o parâmetro extensivo B escoa do volume de controle através da superfície de controle.
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63
► Obtemos, portanto,
►E as taxas com que essas grandezas variam no tempo:
tVAbVbttB 1111I11I )(
tVAbVbttB 2222II22II )(
1111I
0
)(lim VAbt
ttBBt
entra
2222II
0
)(lim VAbt
ttBBt
sai
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64
►Finalmente,
entrasai BBt
BDt
DB
VCSIS
11112222VCSIS VAbVAbt
BDt
DB
“A taxa de variação de uma propriedade
extensiva, B, de um fluido em um volume
de controle é expressa em termos da derivada
material.”
► É importante notar que não é necessário que
saientra BB
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65
Exemplo
Considere o escoamento descarregado do extintor deincêndio mostrado na figura abaixo. Admita que apropriedade extensiva de interesse seja a massa dosistema (B = m é a massa do sistema, logo, b = 1). Escrevaa forma apropriada do teorema de Reynolds para esteescoamento.
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66
Solução
► Em t = 0, o volume de controle coincide com o sistema.Além disso, não existe seção de alimentação. Portanto,
► Aplicando o teorema de Reynolds
► Como BSis = m e b = 1
2222222 VAdVt
VAbt
mDt
Dm
VC
VCSIS
01111 bVA
11112222VCSIS VAbVAbt
BDt
DB
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67
► Levando em conta que a quantidade de massa de umsistema é constante (sistema = todas as partículas dofluido), tem-se que,
► Interpretação: A taxa de variação temporal da massa notanque (extintor) é igual à vazão em massa na seção dedescarga.
► A unidade dos dois lados da equação é kg/s.
22222
0
QVAdVt
DtDm
VC
SIS
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68
► Se existisse uma seção de alimentação, teríamos,
► Se o regime de escoamento for permanente,
► Corresponde a uma das formas do princípio daconservação da massa. Outras formas serão discutidas nocapítulo 5.
0
0
111222
VAVAdVt
DtDm
VC
SIS
1112220 VAVAdVt VC
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69
Um pouco mais sobre o teorema de Reynolds
► A equação,
Corresponde a uma forma simplificada do teorema deReynolds.
► É possível derivar uma versão mais abrangente doteorema.
► A idéia básica é considerar uma propriedade extensiva dofluido, B, e procurar determinar a taxa de variação de Bassociada ao sistema e relacioná-la, em qualquer instante,com a taxa de variação de B no volume de controle.
11112222VCSIS VAbVAbt
BDt
DB
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► Seguindo os mesmos passos semelhantes aos anteriores,chega-se a uma versão mais abrangente do teorema, dadapor,
Interpretações físicas
Representa a taxa de variação temporal de umparâmetro extensivo num sistema (massa, Q.movimento, etc.).
► Como o sistema está se movendo, e o volume de controle éestacionário, a taxa de variação da quantidade B no volumede controle não é necessariamente igual àquela do sistema.
SCVC
dAbbdVtDt
DB nVSIS
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DBSIS
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Representa a taxa de variação temporal de Bnum dado instante.
Representa a vazão líquida do parâmetro Batravés de toda a superfície de controle. SeV.n > 0, a propriedade B é transportadapara fora do volume de controle. E se V.n<0,a propriedade entra no volume de controle.Se V.n = 0, tanto porque b = 0 ou V é nula,ou paralela à superfície de controle.
Observações finais► O volume de controle, a princípio, pode ser qualquer –finito ou infinito, mas uma escolha adequada pode simplificaro problema.
► Recomenda-se a leitura da seção 4.3 da referência - Young.
CV
bdVt
dAbSV
nV