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Caracterização e avaliação de diferentes espécies de leguminosas grão na região de Trás-os-Montes Maria do Rosário Barroso Maria José Magalhães Valdemar Carnide Sandra Martins Carmen Asensio Vegas Manuel Rodríguez Cachón

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Caracterização e avaliaçãode diferentes espécies

de leguminosas grão na região de Trás-os-Montes

Maria do Rosário BarrosoMaria José Magalhães

Valdemar CarnideSandra Martins

Carmen Asensio VegasManuel Rodríguez Cachón

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Caracterização e Avaliação de

Diferentes Espécies de Leguminosas

Grão na Região de Trás-os-Montes

Maria do Rosário Barroso

Maria José Magalhães

Valdemar Carnide

Sandra Martins

Carmen Asensio Vegas

Manuel Rodríguez Cachón

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

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Ficha Técnica

Título: Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies deLeguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

Autores: Maria do Rosário Barroso(DRAPN), Maria José Magalhães (DRAPN),Valdemar Carnide(UTAD), Sandra Martins(UTAD),Carmem Asensio Vegas (ITACYL), Manuel Rodríguez Cachón (ITACYL)

Propriedade: Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte

Edição: Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN)Núcleo de Documentação e Relações Públicas (NDRP)Rua da República, 1335370-347 Mirandelawww.drapn.min-agricultura.pt

Impressão: Candeias Artes Gráficaswww.candeiasag.com

Tiragem: 500 exemplares

Distribuição: DRAPN

Depósito Legal: 270703/08

ISBN: 978-972-8506-67-4

Dezembro 2007

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Índice

NOTA PRÉVIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1. GRÃO DE BICO (Cicer arietinum L.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1.1. Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121.2. Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Linhas/variedades Portuguesas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Linhas/variedades Espanholas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Linhas do ICARDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2. ERVILHA (Pisum sativum L.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

2.1. Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302.2. Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Linhas Portuguesas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Variedades Espanholas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Variedades Comerciais (testemunhas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

3. FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

3.1. Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453.2. Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Linhas/variedades Espanholas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53Variedades Locais Portuguesas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59Variedades Americanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Variedade CIAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

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Nota Prévia

A colecção “Uma Agricultura com Norte”, visa a co-

municação dos resultados de trabalhos de pesquisa e experi-

mentação desenvolvidos pela DRAP-Norte, em parceria com

outras entidades, designadamente em territórios transfron-

teiriços.

A promoção de uma informação de qualidade que sir-

va de apoio à actividade agrícola na Região Norte, é assumi-

da como uma das prioridades de intervenção da Direcção

Regional de Agricultura, quer no quadro da formação espe-

cializada quer em acções técnicas organizadas junto dos agri-

cultores e suas organizações.

Face aos novos desafios e oportunidades, que se abrem

no período de 2007/2013, os nossos empresários agrícolas

saberão contribuir para a criação de novas práticas, mais com-

petitivas e ambientalmente sustentáveis, fundamentais na evo-

lução do desenvolvimento agrícola regional.

Carlos Guerra

Director Regional de Agriculturae Pescas do Norte

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Prefácio

É hoje aceite pela comunidade científica que a dieta mediterrânea exerce efeitos

benéficos sobre a saúde pública, em que as leguminosas, consumidas em grão ou em

vagem, têm um papel fundamental. As tripas à moda do Porto e a feijoada à

transmontana, são dois famosos pratos culinários da cozinha tradicional da Região

Norte. São igualmente famosos outros pratos tradicionais onde a ervilha, fava, feijão,

feijão-frade e grão-de-bico são o ingrediente principal. Sendo as leguminosas a base

da alimentação das comunidades rurais da região, o seu cultivo é generalizado em

termos geográficos e difundido por diferentes sistemas de produção. Dentro da mesma

espécie, o seu cultivo como hortícola ou como arvense, em regadio ou em sequeiro,

em diferentes condições agro-ecológicas, criou uma diversidade genética elevada.

Após um período de grande retracção do seu cultivo, com consequências nefastas

ao nível da erosão genética, a crescente procura nos mercados internacionais, com

destino à alimentação humana ou animal, é uma janela de oportunidade para o aumento

da área destinada às leguminosas. A crescente preocupação agro-ambiental,

nomeadamente relacionada com a conservação de solos, poderá também trazer ao cultivo

destas espécies um valor acrescido pelo seu papel importante na manutenção da estrutura

e fertilidade dos solos.

Este trabalho de caracterização e avaliação de diferentes espécies de leguminosas

para grão na Região de Trás-os-Montes, estou certo, contribuirá para responder ao

desafio do aumento do cultivo destas espécies, privilegiando a utilização de variedades

tradicionais de elevado valor agronómico e em modos de produção compatíveis com o

ambiente.

José Vieira

Eng.º AgrícolaCoordenador do Projecto MEJLEG

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Introdução

As leguminosas grão fazem parte de um conjunto de espécies que pertencem àfamília Fabaceae, também conhecida como Leguminosae. Possuem uma ampla distri-buição geográfica e, embora existam algumas excepções, uma característica típica destafamília é a presença de frutos em forma de vagem. Esta família é constituída por 430géneros e cerca de 12 600 espécies e encontra-se dividida em três subfamílias, sendo asubfamília Faboideae considerada a mais importante do ponto de vista económico. Ogrão de bico, a ervilha, a fava, a lentilha, o feijão e o feijão frade são exemplos deespécies desta subfamília, as quais são interessantes pelo conteúdo proteico dos seusgrãos secos.

Estas plantas possuem a capacidade de estabelecer uma relação simbiótica, aonível das raízes, com bactérias fixadoras de azoto, envolvendo a formação de nódulos,local onde ocorre a fixação de azoto atmosférico. Dependendo da quantidade da bacté-ria Rhizobium leguminosarum no solo, estas espécies crescem bem em solos onde oazoto é factor limitante para suportar o desenvolvimento de outras espécies, necessi-tando apenas de quantidades reduzidas deste elemento, especialmente se são cultiva-das pela primeira vez num determinado terreno e no início da cultura. As leguminosasconduzem assim a uma redução da utilização de fertilizantes azotados, a um aumentoda fertilidade e a uma melhoria da estrutura dos solos. A sua introdução nos sistemasagrícolas contribui desta forma para uma gestão mais equilibrada do uso de adubosazotados nas explorações agrícolas. Uma vez que para o fabrico de adubos azotados serecorre a grandes quantidades de combustíveis fósseis, e a que o teor de nitratos nosaquíferos devido à agricultura é um problema grave em especial em algumas baciashidrográficas, a sua exploração contribui para um ambiente de melhor qualidade. Es-tas características fazem das leguminosas grão uma boa opção para o desenvolvimentode sistemas agrícolas sustentáveis, em especial em zonas onde a cultura dos cereaistem vindo a ser abandonada.

A implementação na alimentação humana de uma dieta baseada em cereais e emleguminosas de elevado teor proteico é potencialmente uma das melhores soluçõespara fazer face à má nutrição proteico-calórica, em particular nos países em desenvol-vimento (Saxena, 1993). De igual modo, nos países desenvolvidos, a produção deproteína de origem vegetal assume importância fundamental, já que a produção massivade carne e leite é feita em grande parte com base, ou pelo menos com grande participa-ção de alimentos concentrados, em que a proteína vegetal é um componente essencial.Nos últimos anos, com a proibição do uso de farinhas de carne, sangue e peixe nas I

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rações para animais, a procura de grãos de leguminosas ricas em proteína é cada vezmaior, importando a Europa grande quantidade de países americanos e asiáticos.

O aumento contínuo da produtividade nos sistemas de produção agrícola locali-zados em áreas de sequeiro, requer a incorporação de proteaginosas em sementeira deOutono nas rotações. Para isso torna-se necessário o desenvolvimento de cultivares deleguminosas para grão que sejam produtivas, mas também capazes de ultrapassar aslimitações impostas por factores abióticos (clima e solo) e por factores bióticos (doen-ças, pragas, infestantes, etc.). A sua introdução em diferentes zonas agro-ecológicas,impõe requisitos específicos na fenologia e na adaptação das cultivares a diferentesambientes. A eleição de variedades bem adaptadas às condições edafo-climáticas ecom boas produções irá permitir um aumento de rendimento dos agricultores e consti-tuir mais uma solução para a realização de uma agricultura sustentável que tenha emconta a qualidade do ambiente.

No período compreendido entre 2003 e 2007 a Direcção Regional de Agriculturae Pescas do Norte e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro caracterizaramatravés de parâmetros morfológicos e de produção um conjunto de linhas e de cultiva-res de três espécies de leguminosas grão: grão de bico (Cicer arietinum L.), ervilha(Pisum sativum L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) de diferentes origens com vista aseleccionar as linhas/cultivares com maior potencialidade para a região de Trás-os-Montes. Para esta caracterização instalaram-se ensaios em diferentes localidades daregião de Trás-os-Montes, nomeadamente em Mirandela, Vidago e Vila Real.

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1. Grão de bico (Cicer arietinum L.)

Esta espécie é oriunda daregião do Caucaso e do norteda Pérsia (Irão), situando-se oscentros de dispersão mais im-portantes no sudoeste asiático,Mediterrâneo e Etiópia. Trata-se da primeira leguminosa aser cultivada pelo homem en-tre o ano 6000 e 7000 a.C.(Cubero, 1987). Actualmente,existem dois subtipos bem di-ferenciados: tipo Kabuli, comflores brancas e sementes decor creme e com um calibrevariável entre médio a grandee o tipo Desi, com flores vio-letas e sementes de cor escura,mais ou menos angulosas e demenor calibre que o tipo ante-rior. As plantas caracterizam-se por possuir pigmentaçãoantocianínica nos caules,pecíolos e pedicelos (Figuras1.1 e 1.2).

O grão de bico é uma proteaginosa que desempenha um importante papelna alimentação humana como suplemento das necessidades em proteína, cons-tituindo uma excelente fonte deste nutriente na dieta de muitos povos. As se-mentes contêm cerca de 20% de proteína, 5% de gordura e 55% de carbohidratos.

Portugal é um país deficitário em grão de bico embora seja cultivadopraticamente um pouco por todo o País, excepto nas regiões húmidas do nortee centro litoral e nas terras mais altas das Beiras (Tavares de Sousa, 1989). OAlentejo é a principal região produtora com quase metade da produção nacio-nal, contribuindo Trás-os-Montes com cerca de 12% da produção nacional (Fi-gura 1.3).

Figura. 1.1. Plantas de grão de bico do tipo Kabuli

Figura 1.2. Plantas de grão de bico do tipo Desi

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A maior tolerância do grão de bico à secura, comparativamente com outrasespécies anuais mediterrâneas, e a disponibilidade de variedades adaptadas àsementeira de Outono, o que permite produções superiores às conseguidas coma sementeira de Primavera, fazem com que esta seja uma cultura promissora ealternativa para os sistemas agrícolas praticados em diferentes regiões do país.

1.1. Metodologia

Neste estudo caracterizaram-se por parâmetros morfológicos e de produ-ção 24 linhas/variedades de diferentes proveniências – sete linhas e quatrovariedades portuguesas, quatro linhas e quatro variedades espanholas e cincolinhas do ICARDA (International Center for Agricultural Research in DryAreas). Todos os genótipos avaliados eram do tipo Kabuli, à excepção de trêsgenótipos – Elmo, Elf e Elite – que eram do tipo Desi.

Os ensaios foram semeados no Outono (mês de Novembro) e na Prima-vera (mês de Março) na Quinta do Valongo, Mirandela, num sistema de blocoscasualizados com três repetições (Figura 1.4). A sementeira efectuou-se emlinhas afastadas de 25 cm sendo a área de cada talhão de 5,4 m2. A colheita dosensaios teve lugar durante a primeira quinzena de Julho.

Para a caracterização morfológica procedeu-se à colheita à maturação, aoacaso, de 12 plantas por talhão e repetição, em ambas as datas de sementeira,de cada uma das linhas/variedades.

Ao longo do ciclo da cultura fizeram-se vários registos como a percenta-gem de plantas nascidas, a data de início e fim de floração e o ataque de doen-ças e pragas.

Entre Douro e Minho

Trás-os-Montes

Beira Litoral

Beira Interior

Ribatejo Oeste

Alentejo

Algarve

45%

9%8%

25%

12%0% 1%

Figura. 1.3. Produção, em percentagem, de grão de bico por regiões. Fonte: INE 2004

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Nas plantas colhidas para caracterização registou-se:

– Altura da planta – altura desde o solo até ao topo da planta (cm);

– Altura da planta até à inserção da primeira vagem (cm);

– Altura de inserção da primeira flor vingada;

– Número de ramos;

– Número de vagens com grão;

– Altura de inserção da primeira flor abortada;

– Peso da parte aérea da planta;

– Número de sementes por planta;

– Peso de 100 sementes;

– Produção (kg/ha).

À colheita registaram-se a produção total do talhão e a produção de grãoo que permitiu determinar o índice de colheita – razão entre a produção degrão e a de biomassa.

1.2. Resultados

No quadro 1.1 apresentam-se os resultados relativos à produção (Kg/ha)e ao peso de 100 sementes na média dos dois anos de ensaio (2004/2005 e2005/2006) para cada uma das épocas de sementeira.

Figura. 1.4. Aspecto geral do ensaio

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Quadro 1.1. Produção e peso de 100 sementes, na média de dois anos, para o conjunto daslinhas/variedades, avaliados nas sementeiras de Outono e de Primavera

Linhas/Outono Primavera

ProveniênciaVariedades Produção Peso 100 Produção Peso 100

(kg/ha) sementes (g) (kg/ha) sementes (g)

Portugal Chk 3209 2783 cdefg 34,73 g 1607 abcd 33,83 cdChk 3226 1765 b 30,56 de 1782 abcde 30,10 fgChk 3357 2912 defgh 34,21 fg 1846 abcde 34,60 ijkChk 4198 3201 fgh 25,80 b 1992 abcde 26,83 bChk 4449 1760 b 32,20 ef 1760 abcde 31,01 ghChk 4461 2347 bcde 30,21 de 1891 abcde 28,91 bcdefgChk 4476 939 a 33,60 fg 1949 abcde 35,00 ijkElf 3562 h 22,58 a 1896 abcde 22,81 aElite 3525 gh 25,20 b 1514 ab 27,45 bcdElmo 3121 edgh 25,35 b 1240 a 27,46 bcdeElvar 2210 bcd 35,71 g 1403 ab 36,48 k

Média 2557 a 30,017 a 1716 b 30,415 a

Espanha L-25 2507 bcdef 29,33 cd 1775 abcde 29,85 cdefgL-26 3473 gh 30,43 de 1572 abc 30,06 defgL-27 1884 b 29,08 cd 1557 abc 30,08 efgZG-1 3309 gh 29,85 d 2522 e 30,76 ghCastuo 3100 efgh 26,13 b 1710 abcd 27,23 bcDuraton 2946 defgh 27,40 bc 1931 abcde 28,90 bcdefgElvira 3356 gh 25,80 b 1512 ab 28,70 bcdefgFardon 3273 fgh 29,73 d 1650 abcd 28,93 bcdefg

Média 2981 a 28,47 a 1779 b 29,317 a

ICARDA Flip 94-90C 2243 bcd 29,56 cd 2410 de 28,05 bcdefFlip 97-171C 2876 defgh 35,61 g 2337 cde 36,18 jkFlip 98-107C 1936 b 32,36 ef 1880 abcde 33,38 hiFlip 98-108C 2044 bc 34,45 fg 1754 abcde 33,15 hiFlip 99-46C 2846 defgh 35,13 g 2068 bcde 33,98 ijk

Média 2389 a 33,42 a 2090 a 32,95 a

Nota: Para as linhas/variedades, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma coluna não são significativamentediferentes entre si ao nível de 5%. Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentroda mesma linha não são significativamente diferente entre si ao nível de 5%.

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No conjunto das linhas/variedades portuguesas e espanholas a produçãode grão na sementeira de Outono foi superior e significativamente diferente(P<0,05) à obtida na sementeira de Primavera. Para o conjunto das linhas doICARDA embora a produção em sementeira de Outono tenha sido superior àregistada na sementeira de Primavera a diferença não foi estatisticamente sig-nificativa (P>0,05). Na generalidade das linhas/variedades portuguesas e es-panholas a produção foi superior na sementeira de Outono, comparativamentecom a sementeira de Primavera, à excepção da linha Chk 4476, uma vez que asua produção foi superior em sementeira de Primavera. De entre os genótiposde proveniência portuguesa destacam-se as variedades Elf, Elite e Elmo e alinha Chk 4198 todas com produções superiores a 3000 Kg/ha quando semeadasno Outono.

Considerando os genótipos de proveniência espanhola verifica-se que nasementeira de Outono as produções mais baixas foram obtidas nas linhas L-25e L-27. Nas restantes linhas/variedades obtiveram-se produções superiores oumuito próximas dos 3000 Kg/ha. Na sementeira de Primavera todas as linhas/variedades portuguesas tiveram uma produção inferior a 2000 kg/ha tendo-seregistado a produção mais elevada na linha ChK 4476 com 1949 kg/ha. Naslinhas/variedades espanholas apenas a linha ZG-1 teve uma produção superiora 2000 kg/ha.

Para as linhas provenientes do ICARDA, embora a média de produção parao conjunto das linhas tenha sido mais baixa relativamente ao conjunto das li-nhas/variedades oriundas de Portugal e Espanha, verificou-se que as diferençasde produção entre as duas datas de sementeira foram menores. Estes resultadossugerem que este conjunto de linhas de grão de bico se encontra melhor adapta-do a condições de maior secura.

Quanto ao peso de 100 sementes verifica-se que, independentemente daproveniência das linhas/variedades, ele foi semelhante nas duas datas de se-menteira. Na sementeira de Outono os valores mais elevados obtiveram-sena variedade portuguesa Elvar (35,71g) e nas linhas do ICARDA Flip 97-171C (35,61g) e Flip 99-46C (35,13g). Na sementeira de Primavera o pesode 100 sementes variou entre 36,48g na variedade Elvar e 22,81g na varieda-de Elf, ambas portuguesas. De notar, no entanto, que esta variedade é do tipoDesi. G

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Nos quadros 1.2 e 1.3 apresentam-se os resultados obtidos a partir dacaracterização morfológica das linhas/variedades de grão de bico quandosemeadas no Outono e na Primavera.

A altura da planta, o número de ramos/planta, a altura da 1ª flor aborta-da, o número de vagens/planta, o número de grãos/planta, o peso total da plan-ta, o peso total de grãos/planta e o índice de colheita foram estatisticamentesuperiores (P<0,05) na sementeira de Outono, comparativamente com a se-menteira de Primavera, enquanto que a altura da 1ª flor vingada foi estatistica-mente superior (P<0,05) na sementeira de Primavera e a altura da 1ª vagem foisemelhante nas duas datas de sementeira.

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Quadro 1.2. Caracterização das 24 linhas/variedades de grão de bicoem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Época de floração Altura da planta (cm)

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Chk 3209 28 Abril 29 Maio 54,96 37,6Chk 3226 26 Abril 23 Maio 56,53 40,26Chk 3357 26 Abril 23 Maio 51,73 38,2Chk 4198 24 Abril 23 Maio 49,7 41,36Chk 4449 26 Abril 23 Maio 54,63 42,23Chk 4461 24 Abril 23 Maio 61,38 41,83Chk 4476 28 Abril 27 Maio 53,26 44,66Elf 21 Abril 25 Maio 43,9 36,86Elite 21 Abril 25 Maio 53,13 42,23Elmo 21 Abril 25 Maio 49,46 38,6Elvar 24 Abril 23 Maio 58,73 44,63

Média 53,40 a 40,77 b

Espanha L-25 26 Abril 23 Maio 51,83 42,16L-26 28 Abril 27 Maio 51,1 36,96L-27 24 Abril 27 Maio 55,23 38,53ZG-1 26-Abril 27 Maio 53,83 42,3Castuo 26 Abril 27 Maio 53,4 44,2Duratón 24 Abril 23 Maio 54,86 42,46Elvira 26 Abril 27 Maio 58,73 37,43Fardon 26 Abril 25 Maio 67,96 49,2

Média 55,87 a 41,66 b

ICARDA Flip 94-90C 26 Abril 29 Maio 46,4 36Flip 97-171C 24 Abril 27 Maio 54,87 45,13Flip 98-107C 24 Abril 27 Maio 59,03 41,93Flip 98-108C 24 Abril 27 Maio 55,06 41,16Flip 99-46C 26 Abril 29 Maio 53,3 39,96

Média 53,73 a 40,84 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma linha não diferemsignificativamente entre si ao nível de 5%.

(continua)

Gr

ão

d

e

Bi

co

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

18

Quadro 1.2. Caracterização das 24 linhas/variedades de grão de bicoem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Número de ramos/planta Altura da 1ª flor abortada (cm)

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Chk 3209 3,26 2,8 7,17 3,65Chk 3226 3,33 3,4 3,36 4,46Chk 3357 3,6 2,93 10,3 2,2Chk 4198 3,13 2,93 7,1 6,15Chk 4449 3,26 2,06 4,53 5,8Chk 4461 2,73 2,33 6,06 4,36Chk 4476 3,13 3,06 5,16 6,96Elf 4,06 2,66 10 3,96Elite 3,26 3,13 17,83 12,36Elmo 3,66 2,53 13,63 11,86Elvar 3,33 2,73 9,26 5,85

Média 3,34 a 2,78 b 8,58 a 6,15 b

Espanha L-25 3,6 3,26 14,53 6,4L-26 3,86 3 10,66 5,26L-27 3,8 2,6 9,38 2,5ZG-1 4 2,8 13,7 4,36Castuo 3,46 2,93 6,5 5,3Duratón 3,93 2,93 5,53 4,28Elvira 3,66 2,33 6,5 6,8Fardon 3,33 3,33 12,53 2,3

Média 3,71 a 2,90 b 9,92 a 4,65 b

ICARDA Flip 94-90C 3,06 2,86 6,7 3,28Flip 97-171C 3,66 2,86 7,64 4,3Flip 98-107C 3,33 3,2 7,97 7,87Flip 98-108C 3,26 2,66 8 9,07Flip 99-46C 3,26 2,86 5,36 4,96

Média 3,31 a 2,89 b 7,13 a 5,90 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma linha nãodiferem significativamente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

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Quadro 1.2. Caracterização das 24 linhas/variedades de grão de bicoem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Altura da 1ª flor cingada (cm) Altura da 1ª vagem (cm)

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Chk 3209 12,63 18,83 27,6 27,23Chk 3226 6,6 14,43 18,06 24,2Chk 3357 16,83 19 28,26 27,2Chk 4198 12,83 23,06 24,93 28,56Chk 4449 10,46 17,8 23,06 32,63Chk 4461 13,96 17,58 21,36 29,13Chk 4476 10,63 22,3 26,47 30,03Elf 20,2 18,36 31,36 25,56Elite 28,53 17,81 38,3 31,03Elmo 25,86 22, 95 34,03 29,16Elvar 15,13 24,31 30,9 33

Média 15,79 a 17,60 b 27,67 a 28,89 a

Espanha L-25 27,76 26,1 37,2 33,4L-26 21,63 24,63 33,26 27,4L-27 16,58 23,5 28,33 26,83ZG-1 21,4 21,56 32,33 29,83Castuo 11,06 21,6 28,16 28,93Duratón 13,86 27 26,16 32,66Elvira 12,06 8,75 30,3 26,4Fardon 22,96 30,8 37,36 39,03

Média 18,41 a 22,99 b 31,64 a 30,56 a

ICARDA Flip 94-90C 11,4 13,76 24,1 22,76Flip 97-171C 18,03 19,05 30,66 31,3Flip 98-107C 13,83 18,16 28,24 28,3Flip 98-108C 11,76 18,6 28,6 28,56Flip 99-46C 10,33 22,53 24,36 29,13

Média 13,07 a 18,42 b 27,19 a 28,01 a

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesmalinha não diferem significativamente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

Gr

ão

d

e

Bi

co

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Quadro 1.2. Caracterização das 24 linhas/variedades de grão de bicoem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Número de grãos/planta Peso total da planta (g)

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Chk 3209 67,6 14,13 46,42 8,86Chk 3226 118,4 16,66 63,08 12,45Chk 3357 65,8 19,2 38,44 13,06Chk 4198 61,93 16,53 27,63 8,7Chk 4449 62,13 11,06 42,8 8,38Chk 4461 97,2 18,6 53 9,62Chk 4476 54,26 15,06 33,5 22,66Elf 44,46 28,6 18,21 10,88Elite 36,93 22,06 16,84 14,32Elmo 45,13 17,1 21,14 8,14Elvar 76,46 14,26 47,76 11,9

Média 66,39 a 17,60 b 37,17 a 11,72 b

Espanha L-25 43,06 16,33 24,5 10,44L-26 52,46 15,93 32,14 8,74L-27 72,66 15,26 40,98 8,87ZG-1 52,33 26,26 26,56 14,21Castuo 78,73 22,86 37,13 11,22Duratón 107,93 16,06 44,32 8,07Elvira 89 20,8 40,67 12,04Fardon 64,4 14,8 38,82 10,02

Média 70,07 a 18,54 b 35,64 a 10,45 b

ICARDA Flip 94-90C 56,93 21,13 27,55 10,64Flip 97-171C 73,73 16,26 36,94 12,79Flip 98-107C 74,73 20,13 53,08 16,11Flip 98-108C 76,66 25,46 50,3 17,06Flip 99-46C 59,53 17,73 36,62 13,84

Média 68,32 a 20,14 b 40,90 a 14,09 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesmalinha não diferem significativamente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

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Quadro 1.2. Caracterização das 24 linhas/variedades de grão de bicoem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Peso total grão/planta (g) Índice colheita

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Chk 3209 21,06 4,25 46,07 46,02Chk 3226 36,25 4,83 46,87 37,56Chk 3357 22,04 7,13 55,91 54,73Chk 4198 15,62 5,31 58,97 60,99Chk 4449 15,62 3,1 46,4 41,02Chk 4461 33,47 5,19 47,27 52,36Chk 4476 18,4 5,78 47,27 40,71Elf 9,82 6,65 58,17 62,58Elite 9,18 6,56 49,5 43,04Elmo 11,79 4,58 55,58 54,9Elvar 26,26 5,06 47,08 44,3

Média 19,96 a 5,31 b 50,82 a 48,93 b

Espanha L-25 12,42 5,01 48,54 43,8L-26 15,23 4,76 49,69 53,19L-27 19,51 4,88 50,88 56,02ZG-1 15,1 8,54 58,39 60,16Castuo 18,66 6,03 52,43 52,72Duratón 27,1 4,1 57,84 52,4Elvira 22,38 6,19 51,78 49,29Fardon 19,18 4,04 45,46 42,48

Média 18,70 a 5,44 b 2,11 a 51,26 b

ICARDA Flip 94-90C 16,7 6,43 61,89 62,74Flip 97-171C 24,41 6,52 57,92 51,8Flip 98-107C 23,48 6,62 42,27 41,74Flip 98-108C 25,02 8,71 49,1 49Flip 99-46C 21,06 6,64 51,11 49,18

Média 22,13 a 6,98 b 2,45 a 50,89 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesmalinha não diferem significativamente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

Gr

ão

d

e

Bi

co

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22

Linhas/variedades Portuguesas

Chk 3209 Chk 3226

Chk 3357 Chk 4198

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23

Chk 4449 Chk 4461

Chk 4476 Elf

Gr

ão

d

e

Bi

co

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

24

Elite Elmo

Elvar

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25

Linhas/variedades Espanholas

L-25 L-26

L-27 ZG-1

Gr

ão

d

e

Bi

co

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

26

Castuo Duratón

Elvira Fardon

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27

Linhas do ICARDA

Flip 98-107C Flip 97-171C

Flip 94-90C

Gr

ão

d

e

Bi

co

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28

Flip 98-108CFlip 99-46C

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2. Ervilha (Pisum sativum L.)

A ervilha é originária deuma vasta área que inclui aÁsia Central, o Próximo Ori-ente e a bacia do Mediterrâ-neo, sendo esta o principalcentro de diversidade destaespécie (Zohary e Hopf,1993). É cultivada principal-mente em países da regiãotemperada, mas tambémpode ser cultivada em regi-ões subtropicais e tropicaisem altitude.

A ervilha pode ser ex-plorada em consociação comcereais e conservada sob aforma de silagem, ou em cul-tura estreme. Neste caso oseu aproveitamento pode serem verde, consumo de va-gens imaturas para alimenta-ção humana, ou em seco. Asemente é utilizada na ali-mentação humana e na ali-mentação animal para a for-mulação de alimentos con-centrados tirando-se partidodo seu elevado teor proteico.O teor em proteína na semen-te seca da ervilha varia entre26 e 33% nas variedades desemente enrugada e 23 e 31%nas de semente lisa. O grão da ervilha é ainda rico nos aminoácidos essenciaislisina e triptofano que são normalmente baixos nos cereais (Oelke et al., 1991). E

rv

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Figura. 2.1. Planta de ervilha da subespécie sativum

Figura. 2.2. Planta de ervilha da subespécie arvense

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30

Existem duas subes-pécies de ervilha: a subespé-cie sativum, de flores bran-cas e semente de cor cremeou esverdeada, e a subespé-cie arvense com flores de corlilás e sementes coloridas(Figuras 2.1 e 2.2).

Embora sendo originá-ria de zonas temperadas su-porta temperaturas da ordemdos 3-4°C. No entanto, asgeadas podem destruir as flo-res o que leva a um atraso e a uma redução de produção. Altas temperaturas naépoca de floração e secura são factores que afectam também a produção. Aervilha pode ser semeada no Outono ou na Primavera consoante o clima e otipo de solo. Atendendo à importância que a ervilha tem para a indústria deconcentrados e ao enorme défice nacional em proteínas de origem vegetal,Portugal importou, em 2003, 3810t de grão de ervilha (INE, 2004), reverte-sede grande importância a selecção de variedades que tenham boa adaptação eque conduzam a uma boa produção.

2.1. Metodologia

Procedeu-se à avaliação do comportamento agronómico e à caracteriza-ção de 18 linhas linhas/variedades de ervilha: sete linhas portuguesas, cincovariedades espanholas e seis variedades comerciais sendo todos os genótiposda subespécie sativum. Os ensaios foram instalados em Vidago (concelho deChaves), e a sementeira realizou-se em Novembro – sementeira de Outono – eem Março – sementeira de Primavera.

A sementeira efectuou-se em linhas afastadas de 25 cm sendo a área decada talhão de 5,4m2 (Figura 2.3). A colheita do grão teve lugar durante a pri-meira quinzena de Julho.

Figura. 2.3. Aspecto geral do ensaio

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Para a caracterização morfológica procedeu-se à colheita à maturação, aoacaso, de 12 plantas de cada uma das linhas/variedades, por talhão e em ambasas datas de sementeira. Os parâmetros avaliados foram os seguintes:

– Altura da planta (cm);

– Altura da primeira flor (cm);

– Altura de inserção da primeira vagem (cm);

– Número de colmos;

– Número de vagens por planta;

– Número de sementes;

– Peso da semente por planta (g);

– Produção (Kg/ha).

2.2. Resultados

No quadro 2.1 apresenta-se a produção (Kg/ha) e o peso de 100 sementesna média de dois anos (2004/2005 e 2005/2006) para cada uma das épocas desementeira.

Na média geral do ensaio e na média dos genótipos por proveniência, aprodução obtida na sementeira de Outono foi superior à registada na sementei-ra de Primavera, tendo sido em todos os casos as diferenças estatisticamentesignificativas (P<0,05) (Quadro 2.1).

Na sementeira de Outono, os valores mínimo e máximo de produçãoforam obtidos nas variedades comerciais utilizadas como testemunhas e varia-ram entre 5113 Kg/ha na variedade Baccara e 1950 Kg/ha na variedade Ballet.Na sementeira de Primavera as produções mais baixa e mais elevada regista-ram-se em linhas portuguesas – Gp4599 com 2142 Kg/ha e Gp4583 com 4036Kg/ha, respectivamente. Na sementeira de Outono quase todos os genótiposapresentaram uma produção próxima ou superior a 4000 Kg/ha, verificando-se uma descida para valores próximos dos 3000 Kg/ha quando os mesmosforam semeados na Primavera. (Quadro 2.1) E

rv

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

32

Para o peso de 100 sementes observaram-se diferenças significativas aonível de 5% entre as datas de sementeira para o conjunto das linhas/ variedadespor proveniência e para a média geral do ensaio. Na sementeira de Outono osvalores mínimo e máximo registaram-se nas variedades comerciais Lucy(12,91g) e Baccara (23,03g), e na de Primavera na variedade espanhola Lobos(9,15g) e na variedade comercial Ballet (17,44g), respectivamente (Quadro2.1).

Quadro 2.1. Produção e peso de 100 sementes, na média de dois anos, para 18 linhas/variedadesde ervilha em sementeira de Outono e de Primavera

Linhas/Outono Primavera

ProveniênciaVariedades Produção Peso 100 Produção Peso 100

(kg/ha) sementes (g) (kg/ha) sementes (g)

Portugal Gp4509 4376 a 19,72 ef 2243 b 16,10 eGp4583 4484 b 17,09 d 4036 fg 15,22 deGp4586 5714 b 17,73 de 3579 defg 10,19 abGp4593 4948 b 16,61 d 3530 def 13,80 cdeGp4594 5105 b 16,86 efg 3881fg 15,52 eGp4599 3791 b 17,06 d 2142 a 11,02 abcGp4600 4092 b 21,95 gh 3246 bcdef 16,48 e

Média 4644 a 18,57 a 3237 b 13,94 b

Espanha Burbia 3863 ab 21,00 fgh 2733 cde 15,88 eAravalle 4438 b 14,30 bc 2888 cde 11,70 abcLobos 4530 b 13,02 ab 2686 cde 9,15 aTalanda 4580 b 19,99 fg 3361 cdef 16,43 eChico 4877 b 11,90 a 3853 fg 10,60 abc

Média 4458 a 16,04 a 3104 b 12,75 b

Variedades Cheyenne 3947 a 15,75 cd 2361 b 12,17 abcdComerciais Coomonte 3808 ab 16,55 d 3176 bcdef 13,31 bcde

Baccara 5113 b 23,03 h 3600 efg 17,00 eBallet 1950 a 19,65 ef 2550 abcd 17,44 eLucy 4229 b 12,91 ab 2496 ac 9,79 aUcero 4377 b 20,19 fg 3135 bcdef 15,04 de

Média 3891 a 17,95 a 2886 b 14,12 b

Média geral 4345 a 17,66 a 3135 b 13,78 b

Nota: Para as linhas/variedades, valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma coluna não são significativamentediferentes entre si ao nível de 5%. Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentroda mesma linha não são significativamente diferente entre si ao nível de 5%.

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33

No quadro 2.2 apresentam-se os resultados obtidos a partir da caracteri-zação morfológica das linhas/variedades de ervilha quando semeadas no Ou-tono e na Primavera.

Quer para a média geral dos genótipos quer para a média dos genótipospor local de proveniência, a altura da 1ª flor, o número de colmos/planta, onúmero de vagens/planta, o peso das sementes/planta e o número total de se-mentes/planta foram, na generalidade, menores e significativamente diferen-tes (P<0,05) na sementeira de Outono comparativamente com a sementeira dePrimavera. Para os parâmetros altura da planta e altura de inserção da vagemobservou-se, na generalidade, um comportamento semelhante entre os genótipospor grupos de proveniência.

Er

vi

lh

a

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

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Quadro 2.2. Caracterização das 18 linhas/variedades de ervilhaem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Época de floração Altura da 1ª flor (cm)

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Gp4509 21 Abril 17 Maio 78,33 110Gp4583 27 Abril 17 Maio 65,83 100Gp4586 27 Abril 17 Maio 75 103,33Gp4593 27 Abril 19 Maio 72,5 106,66Gp4594 27 Abril 19 Maio 68,33 95Gp4599 27 Abril 19 Maio 63,33 85Gp4600 21 Abril 17 Maio 60 88,33

Média 69,05 a 98,33 b

Espanha Burbia 21 Abril 21 Maio 65 96,66Aravalle 21 Abril 17 Maio 63,33 81,66Lobos 27 Abril 19 Maio 68,33 85Talanda 27 Abril 19 Maio 70,83 80Chico 24 Abril 17 Maio 76,66 81,66

Média 68,83 a 85,00 b

Variedades Cheyenne 21 Abril 21 Maio 68,33 95comerciais Coomonte 27 Abril 24 Maio 61,66 98,33

Baccara 21 Abril 24 Maio 53,33 90Ballet 21 Abril 26 Maio 58,33 95Lucy 27 Abril 24 Maio 71,66 83,33Ucero 24 Abril 19 Maio 65 80

Média 68,33 a 90,28 b

Média geral 68,74 a 91,20 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma linha não sãosignificativamente diferente entre si ao nível de 5%.

(continua)

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Quadro 2.2. Caracterização das 18 linhas/variedades de ervilhaem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Altura da planta (cm) Número de colmos por planta

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Gp4509 110,2 107,8 1,56 1,48Gp4583 99 116,06 1,66 1,73Gp4586 110,43 102,16 1,8 1,92Gp4593 113,83 103,24 1,5 1,36Gp4594 96,83 100,66 1,6 1,26Gp4599 131,2 102,68 2,4 1,96Gp4600 82,66 90,92 2,26 1,96

Média 106,31 a 103,36 a 1,83 a 1,67 a

Espanha Burbia 104,07 111,83 1,25 1,46Aravalle 106,56 96,86 1,23 1,63Lobos 123,96 128,5 1,46 2Talanda 103,23 104,06 1,83 1,73Chico 127,43 119,33 1,53 1,73

Média 113,05 a 112,12 a 1,46 a 1,71 b

Variedades Cheyenne 119,8 105,96 1,1 2,06comerciais Coomonte 129,46 119,73 1,3 2,23

Baccara 88,36 105,03 2,33 2,4Ballet 100,4 92,73 1,56 2,33Lucy 117,56 106,46 1,2 1,63Ucero 107,5 105,1 1,4 1,6

Média 119,80 a 105,84 b 1,10 a 2,04 b

Média geral 113,05 a 107,11 a 1,46 a 1,81 b 5

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma linha não sãosignificativamente diferente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

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Quadro 2.2. Caracterização das 18 linhas/variedades de ervilhaem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Altura de inser. 1ª vagem (cm) Número de vagens por planta

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Gp4509 48,16 58,56 28,32 31,6Gp4583 45 62,66 35,03 35,76Gp4586 53,2 48,68 31,9 45,96Gp4593 55,6 50,08 29,46 27,88Gp4594 49,46 57,9 28,06 30,4Gp4599 67,26 45,96 43,73 38,24Gp4600 37,5 45,16 37,73 35,04

Média 50,88 a 52,71 b 33,46 a 34,98 a

Espanha Burbia 49,03 54,8 22,85 30,06Aravalle 59,33 54,96 26,66 28,13Lobos 64,53 68 32,8 54,23Talanda 57,53 58,5 40,46 34,56Chico 57,36 63,06 35,7 35,73

Média 57,56 a 59,86 a 31,69 a 36,54 b

Variedades Cheyenne 67,3 68,33 20,5 29,66comerciais Coomonte 58 59,3 33,6 33,43

Baccara 41,1 52,93 30,5 30,33Ballet 44,63 44,76 31,76 48,26Lucy 56,6 57,36 26,12 31,26Ucero 68,73 56,43 29,83 40,93

Média 67,30 a 56,52 a 20,50 a 35,65 b

Média geral 58,58 a 56,36 a 31,14 a 35,72 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma linha não sãosignificativamente diferente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

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Quadro 2.2. Caracterização das 18 linhas/variedades de ervilhaem sementeira de Outono e de Primavera

Proveniência Linhas/ Peso da semente por planta (g) Nº total de sementes por planta

Variedades Outono Primavera Outono Primavera

Portugal Gp4509 22,91 17,51 115,12 112Gp4583 28,43 24,76 154,26 163,76Gp4586 24,84 26,67 124 180,36Gp4593 19,27 16,24 112,6 120,68Gp4594 27,2 22,43 125,83 138,43Gp4599 24,69 19,46 146,86 150,16Gp4600 39,86 25,4 174,36 146,28

Média 26,74 a 21,78 b 136,15 a 144,52 a

Espanha Burbia 19,87 18,71 83,23 113,6Aravalle 20,34 15,88 131,33 127,16Lobos 27,27 35,99 198,56 342,73Talanda 30,67 23,66 153,43 158,13Chico 28,94 22,19 200,93 195,16

Média 21,82 a 23,29 a 153,50 b a 187,36 b

Variedades Cheyenne 15,38 14,68 93,89 133,13comerciais Coomonte 19,77 20,43 112,76 153,33

Baccara 38,36 21,82 147,86 119,5Ballet 24,46 24,71 131,86 139,16Lucy 15,74 13,91 122,43 126,53Ucero 21,15 21,7 102,65 138,16

Média 15,38 a 19,54 b 93,89 a 134,97 ab

Média geral 22,51 a 21,54 b 127,85 a 155,62 b

Nota: Para as médias e para cada um dos parâmetros valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma linha não sãosignificativamente diferente entre si ao nível de 5%.

(continuação)

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Linhas Portuguesas

Gp 4509 Gp 4583

Gp 4586 Gp 4593

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Gp 4594 Gp 4599

Gp 4600

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Variedades Espanholas

Lobos Talanda

Burbia

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Aravalle Chico

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Variedades Comerciais (testemunhas)

Cheyenne Coomonte

Baccara Ballet

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Lucy Ucero

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3. Feijão (Phaseolus vulgaris L.)

O feijão é uma leguminosa grão importante a nível mundial podendo seraproveitado quer para a alimentação humana quer para a alimentação animal.

É uma espécie que apresenta elevada variabilidade, nomeadamente paracaracterísticas como o hábito de crescimento, tamanho, forma e cor da vageme da semente, permitindo estas características separar as formas selvagens dascultivadas. O tamanho da bráctea e a sua forma, o tamanho da inflorescência eda semente servem para distinguir as raças do centro andino das do centromeso-americano (Evans, 1973; Singh et al., 1988; 1991a,b). Algumas caracte-rísticas, como a cor e o tamanho da semente, estão associadas ao aproveita-mento culinário na preparação de pratos tradicionais de diferentes regiões.

Tanto a produção, como os factores que a determinam, são influenciadospelo ambiente, mas também pelo hábito de crescimento. As variedades de cres-cimento indeterminado são, normalmente, mais produtivas do que as de cres-cimento determinado.

Actualmente estão disponíveis no mercado inúmeras variedades comer-ciais bem adaptadas a um leque amplo de condições agro-ecológicas, o quepermite o seu cultivo por todo o país. Além disso, existem também muitasvariedades locais que embora menos produtivas, possuem característicasorganolépticas próprias que resultam numa mais valia para quem as produzuma vez que têm um valor económico acrescentado.

Portugal é um país deficitário na produção de feijão grão tendo importa-do em 2004 32.000 toneladas (INE, 2004). A Beira Litoral é a principal regiãoprodutora de feijão grão com 39,7% da produção nacional, logo seguida dasregiões de Entre Douro e Minho com 20,3% e de Trás-os-Montes com 16,0%(Figura 3.1).

3.1. Metodologia

Neste estudo caracterizaram-se durante dois anos (2002/03 e 2003/04)por parâmetros morfológicos e de produção três linhas (Bolita, Orbigo e Rinon),três variedades locais (PMB-0030, PMB-0049 e PMB-0128) e cinco varieda-des comerciais (Almonga, Casasola, Tremaya, Tropical e ZJ-1192) todas deorigem espanhola, cinco variedades locais portuguesas, sete variedades co- F

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merciais americanas e uma variedade do CIAT (Centro Internacional de Agri-cultura Tropical) (Quadro 3.1). Os ensaios instalaram-se na Quinta de Pradosda UTAD (Vila Real) tendo-se efectuado a sementeira no mês de Maio numsistema de blocos casualizados com três repetições. A área de cada talhão foide 3m2 e a densidade de sementeira de 250 000 sementes/ha. A distância entreplantas na linha foi de 25 cm e entre linhas de 50 cm (Figura 3.2).

A caracterização realizada teve por base os descritores do ex-IBPGR(IBPGR, 1982). De cada genótipo caracterizaram-se 15 plantas.

Figura 3.1. Produção em percentagem de feijão grão por regiões Fonte: INE 2006

20,3%

16,0%

39,7%

7,4%

3,2%

13,1%

0,2%

Entre Douro e Minho

Trás-os-Montes

Beira Litoral

Beira Interior

Ribatejo Oeste

Alentejo

Algarve

Figura. 3.2. Aspecto geral do ensaio

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3.2. Resultados

No quadro 3.1 apresentam-se os valores médios para o número de diasdecorridos desde a sementeira até ao início e fim de floração e até à data dematuração, da produção (Kg/ha) e do peso de 100 sementes.

Para os parâmetros início e fim de floração e data de maturação, a análi-se de variância demonstrou não terem existido diferenças significativas ao ní-vel de 5% entre os diferentes grupos de linhas/variedades considerados de acordocom a sua origem (Quadro 3.1). Quanto ao ciclo, avaliado pelo número de diasdesde a sementeira até à maturação, a variedade espanhola Tropical e a dosEstados Unidos da América, Harris, foram as mais precoces, necessitando ape-nas de 97 dias para atingirem a maturação. No entanto, estas variedades nãoforam significativamente diferentes (P>0,05) das variedades locais portugue-sas, à excepção da variedade PH-73 que com 117 dias decorridos entre a se-menteira e a maturação foi a mais tardia, juntamente com a variedade america-na Wilkinson e a linha espanhola Orbigo.

Para o conjunto de linhas/variedades, por origem, verificou-se que asproduções de grão foram muito semelhantes. Numa análise por genótipo cons-tata-se que apenas a variedade local portuguesa PH-75 e a variedade local es-panhola PMB-0128 tiveram produções superiores a 1200 kg/ha. As produçõesmais baixas, inferiores a 700 Kg/ha, observaram-se para os genótipos PH-74de Portugal, Rinon e Tremaya de Espanha e Edmund e Wilkinson dos EstadosUnidos da América (Quadro 3.1).

O peso médio de 100 sementes para o conjunto das variedades locaisportuguesas foi significativamente superior (P<0,05) ao registado para o con-junto das linhas/variedades americanas e para a variedade do CIAT mas signi-ficativamente inferior (P<0,05) ao registado para as linhas/variedades ameri-canas. A variedade local portuguesa PH-75 teve o peso de 100 sementes maisbaixo (26,7g) enquanto que a variedade espanhola Almonga teve o peso maiselevado (48,2g).

No quadro 3.2 apresentam-se os resultados obtidos a partir da caracteri-zação morfológica das linhas/variedades de feijão grão.

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Quadro 3.1. Datas de floração e maturação, valor médio da produção e do peso de 100 sementespara as 23 linhas/variedades de feijão grão

Origem Linhas/ Início da Fim da Data de Produção Peso 100variedades floração floração maturação (kg/ha) sementes

(dias) (dias) (dias) (g)

Espanha Bolita 56 bcde 73 abcd 99 a 869 abc 45,9 jkOrbigo 62 e 80 d 118 d 824 abc 43,9 ijkRinon 54abcd 69 abcd 113 bcd 489 a 41,7 hijPMB-0030 56 abcde 74 abcd 109 abcd 856 abc 43,3 ijkPMB-0049 55 abcde 65 abc 103 abc 1088 bc 42,7 hijkPMB-0128 57 cde 73 abcd 103 abc 1226 c 33,5 defAlmonga 53 abc 73 abcd 103 abc 760 abc 48,2 kCasasola 52 abc 67 abc 99 a 1146 bc 34,7 efgTremaya 57 cde 79 abcd 100 ab 661 ab 37,1 fghTropical 51 ab 68 abc 97 a 1085 bc 40,5 hiZJ-1192 55 abcde 72 abcd 109 abcd 1170 bc 59,9 I

Média 55 a 104 a 105 a 892 a 41,3 c

Portugal PH-71 55 abcde 70 abcd 101 ab 902 abc 40,8 hijPH-73 57 cde 77 cd 117 d 833 abc 44,6 ijkPH-74 54 abcd 70 abcd 103 abc 638 ab 39,5 ghiPH-75 60 de 76 cd 106 abcd 1288 c 26,7 bcPH-77 49 a 61a 108 abcd 681 abc 29,7 cde

Média 55 a 71 a 107 a 908 a 36,6 b

Estados Beluga 49,400 ab 62 ab 99 ab 1149 bc 39,0 fghiUnidos da Edmund 50,333 ab 68 abc 99 a 688 abc 18,3 aAmérica Harris 55 abcde 70 abcd 97 a 1034 abc 29,3 cd

Jules 60 de 74 bcd 103 abc 1003 abc 27,4 bcMatterhorn 54 abcd 70 abcd 99 a 1087 bc 31,3 cdeMontcalm 50 ab 70 abcd 98 a 820 abc 45,9 jkWilkinson 62 e 71 abcd 117 d 611 ab 23,5 ab

Média 54 a 70 a 102 a 912 a 30,4 a

CIAT Vax 57 cde 72 a 101 a 931 a 27,7 a

Média 57 a 72 a 101 a 931 a 27,7 a

Nota: Para as linhas/variedades valores seguidos pela mesma letra dentro da mesma coluna não são significativamentediferentes entre si ao nível de 5%. Para as médias e para cada um dos parâmetros, valores seguidos pela mesma letra dentroda mesma linha não são significativamente diferentes entre si ao nível de 5%.

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Quadro 3.2. Parâmetros registados nas 23 linhas/variedades de feijão grão

Origem Linhas/ Hábito de Cor do Nº vagens Peso davariedades crescimento estandarte por planta vagem (g)

Espanha Bolita Indeterminado** Branco esverdeado 13 2,53Orbigo Determinado Branco 14 2,43Rinon Determinado Branco esverdeado 9 2,47PMB-0030 Determinado Branco esverdeado 14 2,15PMB-0049 Determinado 19 1,69PMB-0128 Indeterminado** Branco 15 1,96Almonga Indeterminado** Branco 11 2,69Casasola Determinado Branco 17 1,75Corcal Determinado Branco 15 1,51Tremaya Determinado Branco 12 1,71Tropical Determinado Branco esverdeado 14 2,25

Média 14,20 a 2,14 c

Portugal PH-71 Determinado Branco esverdeado 15 1,82PH-73 Indeterminado** Branco 12 2,39PH-74 Determinado Branco esverdeado 12 2,05PH-75 Indeterminado** Branco 24 1,63PH-77 Determinado 11 1,23

Média 15,30 ab 1,87 b

Estados Beluga Determinado 12 2,01Unidos da Edmund Determinado Branco 22 1,08América Harris Indeterminado** Branco 16 1,93

Jules Indeterminado** Branco 17 1,64Matterhorn Indeterminado* Branco 17 1,93Montcalm Determinado Branco esverdeado 12 2,54Wilkinson Determinado 20 1,85

Média 16,83 b 1,85 b

CIAT Vax Indeterminado* Branco c/ margem lilás 18,07 b 1,58 a

Média 18,07bc 1,58 a

* Indeterminado com guia principal.** Indeterminado de trepar ou com guias laterais.

(continua)

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Quadro 3.2. Parâmetros registados nas 23 linhas/variedades de feijão grão

Origem Linhas/ Comprimento Largura da Curvaturavariedades da vagem (cm) vagem (cm) da vagem

Espanha Bolita 9,03 1,19 Ligeira/curvadaOrbigo 12,03 1 CurvadaRinon 12,49 1,14 Ligeira/curvadaPMB-0030 11,93 1,05 CurvadaPMB-0049 10,36 0,87 CurvadaPMB-0128 11,52 1,67 Ligeira/curvadaAlmonga 11,99 1,24 CurvadaCasasola 9,94 0,93 CurvadaCorcal 9,59 0,92 CurvadaTremaya 8,94 0,98 CurvadaTropical 11,16 0,94 Ligeira/curvada

Média 10,88 b 1,10 b

Portugal PH-71 11,58 1,11 Ligeira/curvadaPH-73 10,98 1,09 CurvadaPH-74 12,67 0,94 CurvadaPH-75 10,31 0,97 CurvadaPH-77 10,05 1 Ligeira/curvada

Média 11,12 b 1,03 ab

Estados Beluga 10,89 1,11Edmund 7,64 0,84 Ligeira/curvadaHarris 9,91 1,01 CurvadaJules 9,29 0,95 CurvadaMatterhorn 10,19 1,08 Ligeira/curvadaMontcalm 11,45 1,86 Ligeira/curvadaWilkinson 11,06 0,95 Ligeira/curvada

Média 10,01 a 1,12 b

CIAT Vax 9,90 a 0,85 a Curvada

Média 9,90 a 0,85 a

* Indeterminado com guia principal.** Indeterminado de trepar ou com guias laterais.

(continuação)

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Quadro 3.2. Parâmetros registados nas 23 linhas/variedades de feijão grão

Origem Linhas/ Nº de sementes Forma da Brilho davariedades por vagem semente semente

Espanha Bolita 4 Redonda MédioOrbigo 4 Rim MédioRinon 4 Rim MédioPMB-0030 3 Rim MédioPMB-0049 3 Rim MédioPMB-0128 5 Oval AusenteAlmonga 4 Cuboide MédioCasasola 4 Rim AusenteCorcal 4 Rim AusenteTremaya 3 Cuboide MédioTropical 4 Rim Médio

Média 3,76 a

Portugal PH-71 3 Cuboide AusentePH-73 4 Cuboide MédioPH-74 4 Rim AusentePH-75 5 Oval MédioPH-77 3 Cuboide Médio

Média 3,74 a

Estados Beluga 3 Cuboide MédioUnidos da Edmund 4 Redonda MédioAmérica Harris 5 Cuboide Médio

Jules 5 Cuboide MédioMatterhorn 5 Cuboide MédioMontcalm 4 Cuboide BrilhanteWilkinson 4 Rim Médio

Média 4,27 b

CIAT Vax 4,39 b Cuboide Brilhante

Média 4,39 b

* Indeterminado com guia principal.** Indeterminado de trepar ou com guias laterais.

(continuação)

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

52

Para as características forma da folha e cor da asa da flor verificou-seexistir total uniformidade. Todas as linhas/variedades apresentaram folhas deforma triangular e asa de cor branca. A cor do estandarte apresentou-se brancaem 12 genótipos, branca esverdeada em sete e apenas o genótipo do CIATmostrou ter o estandarte com cor branca e margem lilás. A maioria dos genótiposapresentou semente com brilho médio e em cinco verificou-se ausência debrilho. Apenas as variedades Montcalm e Vax dos Estados Unidos da Américae do CIAT, respectivamente, apresentaram sementes brilhantes. A forma dasemente foi variável tendo-se registado linhas/variedades com semente redon-da, em forma de rim, cuboide e oval.

A variedade do CIAT (Vax) teve o maior número de vagens/planta (18,07)mas não foi significativamente diferente (P>0,05) do conjunto das variedadeslocais portuguesas. A variedade do CIAT e o conjunto dos genótipos dos E.U.A.apresentaram o maior número de sementes/vagem (4,39 e 4,27, respectiva-mente), não sendo significativamente diferentes entre si (P>0,05), mas signifi-cativamente diferentes (P<0,05) do conjunto dos genótipos espanhóis e portu-gueses que tiveram, respectivamente, 3,76 e 3,74 sementes/vagem.

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53

Fe

ij

ão

Linhas/Variedades Espanholas

Bolita

Orbigo

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54

Rinon

PMB 0030

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55

Fe

ij

ão

PMB 0049

PMB 0128

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

56

Almonga

Casasola

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57

Fe

ij

ão

Tremaya

Tropical

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

58

ZJ 1192

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59

Fe

ij

ão

PH 71

PH 73

Variedades Locais Portuguesas

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

60

PH 74

PH 75

PH 77

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61

Beluga

Edmund

Variedades Americanas

Fe

ij

ão

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Caracterização e Avaliação de Diferentes Espécies de Leguminosas Grão na Região de Trás-os-Montes

62

Harris

Jules

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63

Matterorn

Montcalm

Fe

ij

ão

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64

Wilkinson

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65

Vax

Variedade CIAT

Fe

ij

ão

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67

Bi

bl

io

gr

af

ia

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Outros Volumes desta Colecção

Caracterização de Castas Cultivadas na

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Sub-regiões de Chaves,

Planalto Mirandês e Valpaços

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de Castanheiro na Área da DRAP Norte

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As leguminosas grão fazem parte de um conjunto de espécies que pertencem à família Fabaceae, também conhecida como Leguminosae. Possuem uma ampla distribuição geográfica e, embora existam algumas excepções, uma característica típica desta família é a presença de frutos em forma de vagem.

A eleição de variedades bem adaptadas às condições edafo--climáticas de uma dada região e com boas produções irá permitir um aumento de rendimento e constituir mais uma solução para a realização de uma agricultura sustentável compatível com o ambiente. Neste sentido, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro caracterizaram através de parâmetros morfológicos e de produção um conjunto de linhas e de cultivares de três espécies de leguminosas grão: grão de bico (Cicer arietinum L.), ervilha (Pisum sativum L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.) de diferentes proveniências com vista a seleccionar as linhas/cultivares com maior potencialidade para a região de Trás-os-Montes.

Caracterização e avaliação de diferentes espécies de leguminosas grão na região de Trás-os-Montes