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IDE 1 (Nº29) 2006 1 CARTA DO PROVINCIAL Queridos Confrades, estamos a viver um tempo de graça oferecido pelo nosso Pai. A vida é um dom recebido não para a própria afirmação mas dado como oblação ao Coração de Cristo a favor dos irmãos. Este número do IDE compreende: 1. A actividade do Governo Geral: nnº 13, 14, 15 2. As ACTAS da Assembleia de Janeiro 7-9/01/2006 3. Os Relatórios das Comunidades Religiosas 4. As Novas Comunidades Religiosas MZ 5. Relação da Comissão para Formação (Milevane 20 – 25 de Dezembro de 2005) Quero sublinhar três idéias: 1. A Espiritualidade Oblativa Dehoniana : Ficamos quentes no coração e com o grande desejo de conhecer melhor a figura e o espírito do nosso fundador. As novidades nos vieram pelo pregador do Curso dos Exercícios Espirituais, Pe. Rafael Gonçalves da Costa. Os que pensavam que já podiam descansar, ficaram a perceber a imensidão dos documentos, personalidade e espiritualidade do fundador. O caminho está aberto. Cada um de nós deverá tomar a vida do fundador, seus escritos, o Directório Espiritual, o Directório Provincial e as ACTAS do primeiro Capítulo Provincial e neles mergulhar. Leitura, meditação, estudo são instrumentos necessários para uma assimilação e um novo empenho de vivência da espiritualidade que nos foi transmitida e que nos distingue na Igreja. 2. Vida Fraterna em Comunidade: Temos muitos textos novos e velhos, solicitações e novas motivações para nos inteirar no tema deste ano 2006. É claro que é um caminho pessoal e comunitário. Cada um de nós é chamado ao desprendimento de si, para oferecer a própria vida em oblação aos confrades de maneira que eles possam ser o que Deus quer deles com a nossa colaboração. As comunidades, na programação e no Projecto Comunitário devem prever os meios que a sabedoria do passado nos transmitiu acerco do CONSELHO DE FAMÍLIA, RETIROS, LECTIO DIVINA, PROGRAMAÇÃO E REVISÃO, CELEBRAÇÕES e TEMPO LIVRE de convívio: devemos acreditar na presença de Cristo ressuscitado, do Pai e do Espírito na nossa vida quotidiana. 3. Cultivar o espírito de “Nós Congregação” Os novos horizontes da presença dehoniana no mundo. A diminuição numérica e efectiva incidência dos religiosos da Europa que pode ser motivo de tristeza e de imobilidade numa falsa espera de uma boa morte, é compensada pela vivacidade, explosão e vitalidade das novas presenças no Oriente e na Africa. Com grande sabedoria e fé devemos ver nisto uma nova chamada a uma vida de oblação, intercessão e descobrir novas presenças proféticas no lugar onde Deus nos coloca e acompanha. Nisto somos consolados pelos nossos confrades em Bolognano que fazem da sua vida Adoração, Oblação e Intercessão. Saberemos olhar com serenidade e confiança à tomada de consciência e de liderança dos nossos confrades mais novos aos quais queremos dar coragem, apoio sincero, conselho e colaboração incondicionada nas novas tarefas que se apresentam. Confiamos na paternidade do Pai, no tenro amor de Cristo, na vivacidade do Espírito e na intercessão de Maria e José. Quelimane 27 de Janeiro de 2006. P. Elio Greselin, scj Sup. Prov. PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com

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IDE 1 (Nº29) 2006 1

CARTA DO PROVINCIAL

Queridos Confrades, estamos a viver um tempo de graça oferecido pelo nosso Pai. A vida é um dom

recebido não para a própria afirmação mas dado como oblação ao Coração de Cristo a favor dos irmãos. Este número do IDE compreende:

1. A actividade do Governo Geral: nnº 13, 14, 15 2. As ACTAS da Assembleia de Janeiro 7-9/01/2006 3. Os Relatórios das Comunidades Religiosas 4. As Novas Comunidades Religiosas MZ 5. Relação da Comissão para Formação (Milevane 20 – 25 de Dezembro de 2005) Quero sublinhar três idéias:

1. A Espiritualidade Oblativa Dehoniana: Ficamos quentes no coração e com o grande desejo de conhecer melhor a figura e o espírito do nosso fundador. As novidades nos vieram pelo pregador do Curso dos Exercícios Espirituais, Pe. Rafael Gonçalves da Costa. Os que pensavam que já podiam descansar, ficaram a perceber a imensidão dos documentos, personalidade e espiritualidade do fundador. O caminho está aberto. Cada um de nós deverá tomar a vida do fundador, seus escritos, o Directório Espiritual, o Directório Provincial e as ACTAS do primeiro Capítulo Provincial e neles mergulhar. Leitura, meditação, estudo são instrumentos necessários para uma assimilação e um novo empenho de vivência da espiritualidade que nos foi transmitida e que nos distingue na Igreja. 2. Vida Fraterna em Comunidade: Temos muitos textos novos e velhos, solicitações e novas motivações para nos inteirar no tema deste ano 2006. É claro que é um caminho pessoal e comunitário. Cada um de nós é chamado ao desprendimento de si, para oferecer a própria vida em oblação aos confrades de maneira que eles possam ser o que Deus quer deles com a nossa colaboração. As comunidades, na programação e no Projecto Comunitário devem prever os meios que a sabedoria do passado nos transmitiu acerco do CONSELHO DE FAMÍLIA, RETIROS, LECTIO DIVINA, PROGRAMAÇÃO E REVISÃO, CELEBRAÇÕES e TEMPO LIVRE de convívio: devemos acreditar na presença de Cristo ressuscitado, do Pai e do Espírito na nossa vida quotidiana. 3. Cultivar o espírito de “Nós Congregação” Os novos horizontes da presença dehoniana no mundo. A diminuição numérica e efectiva incidência dos religiosos da Europa que pode ser motivo de tristeza e de imobilidade numa falsa espera de uma boa morte, é compensada pela vivacidade, explosão e vitalidade das novas presenças no Oriente e na Africa. Com grande sabedoria e fé devemos ver nisto uma nova chamada a uma vida de oblação, intercessão e descobrir novas presenças proféticas no lugar onde Deus nos coloca e acompanha. Nisto somos consolados pelos nossos confrades em Bolognano que fazem da sua vida Adoração, Oblação e Intercessão. Saberemos olhar com serenidade e confiança à tomada de consciência e de liderança dos nossos confrades mais novos aos quais queremos dar coragem, apoio sincero, conselho e colaboração incondicionada nas novas tarefas que se apresentam. Confiamos na paternidade do Pai, no tenro amor de Cristo, na vivacidade do Espírito e na intercessão de Maria e José. Quelimane 27 de Janeiro de 2006.

P. Elio Greselin, scj Sup. Prov.

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SUPERIOR GERAL__________________ CONGREGAÇÃO DOS SACERDOTES DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Roma, 20 de Novembro de 2005 Festa de Cristo Rei

Prot. N. 482/2005

Mensagem para o Natal e para o Ano Novo de 2006

Hoje sabeis que o Senhor vem nos salvar; Amanhã vereis sua glória.

Caros confrades, Esta é a antífona de entrada da missa da Vigília de Natal. Esta é também a nossa experiência: durante o

ano que está a terminar mais uma vez percebemos as obras do Senhor e reconhecemos que são obras de salvação, mas a visão de sua glória não é para agora.

Caminhando de bom grado na fé, à espera de Jesus Cristo, em sua glória, não queremos perder a

oportunidade de partilhar com vocês aqueles que foram, para nós, os momentos mais significativos da vida da Congregação e, ao mesmo tempo, convidar-vos a uma acção de graças e de louvor, abrindo-nos ao ano novo com um revigorado entusiasmo para trabalhar na construção do Reino.

A Beatificação de P. Dehon Este foi o ano no qual pensávamos que P. Dehon teria sido proclamado Bem-aventurado e apontado ao

povo de Deus como alguém que mostrou e percorreu um caminho de santidade. Para nós, Sacerdotes do Sagrado Coração, P. Leão Dehon já é um modelo de santidade. A Igreja reconheceu como válido o caminho por ele traçado ao aprovar o nosso Instituto. Entretanto, aguardamos ansiosamente a proclamação pública da sua santidade como modelo eclesial, um momento de comunhão e de partilha do dom que recebemos na sua pessoa.

Assim não aconteceu. Neste momento uma Comissão de peritos está avaliando, do ponto de vista

histórico, as suas afirmações que seriam a causa da inconveniência da sua beatificação. Nós aceitamos esta espera imprevista como um convite a aprofundar o conhecimento sobre P. Dehon. Vemos neste posicionamento da Igreja um serviço à verdade, no qual P. Dehon sairá beneficiado e do qual a Igreja tirará proveito, iluminando um momento da sua história.

As tantas iniciativas verificadas na Congregação em torno deste evento mostram a estima que temos

pelo nosso fundador. Neste momento, mesmo adiando a festa, somos convidados a prosseguir no estudo e na apresentação da figura deste servo de Deus e, mais ainda, somos convidados a dar testemunho da estima que nutrimos por ele imitando o seu ardor no trabalho pelo Reino de Deus

Muitas outras coisas marcaram este ano fazendo dele um ano de graça. A Igreja Junto com a Igreja acompanhamos a última profissão de fé do papa João Paulo II e acolhemos, como

um dom para o nosso tempo, a eleição do seu sucessor, o papa Bento XVI. Ao convite dele estamos unidos num caminho de aprofundamento do Mistério Eucarístico. A carta que

escrevemos por ocasião da Festa do Sagrado Coração, tinha como tema a Eucaristia. Ao exemplo da vida cristã, a nossa vida de consagrados, deve ampliar as suas raízes para haurir do Mistério Eucarístico o sentido da vida, a energia para que as nossas comunidades saibam superar as forças desagregadoras, o espírito de solidariedade que nos leva a anunciar e a testemunhar o Cristo que na Eucaristia se faz alimento e fonte de comunhão.

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O Nosso Mundo A solidariedade haurida da Eucaristia celebrada e adorada, foi desafiada neste ano, pelas grandes

calamidades que se abateram sobre o mundo, em diferentes partes do planeta. Lembramos três: o Tsunami que atingiu o sudeste asiático a 26 de Dezembro de 2004 e nos fez iniciar este ano com aquelas imagens presentes; o furacão Katrina que inundou Nova Orleans e o terremoto que devastou uma grande área do Paquistão. Nestas três ocasiões a Congregação mostrou-se solidária para com os sofredores; queremos agradecer às províncias que enviaram ajuda. Muito pouco podemos fazer nestas circunstâncias, mas não podemos permanecer de todo insensíveis a estas provas de dor e de necessidade dos nossos irmãos.

Nós fazemos continuamente a experiência do espírito de solidariedade presente na Congregação. Muitas

províncias começaram a dispor de 1% da sua disponibilidade financeira em favor do sustento de iniciativas e obras específicas, outras partilham bens e heranças recebidas de benfeitores.

Tudo isto é testemunho de quanto cresceu o estilo de comunhão dentro da Congregação e de como se

contribui para o seu desenvolvimento. Neste espírito de comunhão o lema “Nós Congregação” adquire um significado sempre mais concreto.

A Congregação Durante este ano várias iniciativas enfatizaram um caminho comum. Algumas tiveram como ideia geradora a prioridade proposta na carta-programa: a formação a todos os

níveis. Teve início aqui em Roma, em Outubro, o Curso para formadores. Nele participaram 20 confrades de 16

partes diversas da Congregação. Durante um ano, alem de aprofundar temas específicos de formação e seguir uma exposição sistemática da nossa espiritualidade, eles têm a oportunidade de fazer uma experiência de Congregação na sua diversidade cultural e na sensibilidade que um grupo assim comporta.

Temos a intenção de oferecer, nos próximos anos, na modalidade deste curso, uma oportunidade

semelhante aos confrades que trabalham na pastoral paroquial. Outra experiência internacional de formação foi o curso para ecónomos no mês de Julho, curso este

realizado na província espanhola. Vista a conveniência de tal formação, estamos programando um curso semelhante em língua inglesa para o próximo ano.

Houve ainda encontros de ecónomos por áreas geográficas. Neles, a Comissão das Finanças apresentou

a situação económica da Congregação e insistiu no Plano Financeiro Trienal. A vida nas áreas geo-culturais se fortalece sempre mais. Prova disto foram os encontros de provinciais

da Europa, em Lisboa, dos superiores da Ásia, em Jakarta, dos conselhos do Canadá e dos Estados Unidos, dos formadores da África, em Ngoya, e outras tantas iniciativas.

Este caminho terá continuidade na VIIª Conferência geral, convocada neste ano, e que se realizará no

ano que vem na Polónia. Será um momento de discernimento, de busca comum e de renovar o compromisso pelo anúncio do Evangelho ao nosso mundo.

Como Governo geral, temos procurado vivenciar este serviço de anúncio e comunhão nas várias visitas

realizadas ao longo do ano. Para nós foram oportunidades para conhecer a vida da Congregação e fizeram aumentar o nosso espírito de gratidão ao Senhor pelos fortes testemunhos de fé e de doação em tantos confrades. Esperamos que estas visitas tenham sido um serviço útil à comunhão e tenham estimulado a fidelidade à missão que o Espírito Santo nos confiou na Igreja.

A fidelidade à missão requer que se busquem também as formas mais adequadas de organização nos

tempos actuais. Assim surgiram as novas situações jurídicas no Maranhão, na Finlândia, distritos dependentes da BC e PO respectivamente; na Áustria e Croácia, distrito dependente do Governo geral. As províncias Flamenga e Holandesa optaram por uma confederação que terá início a 1 de Janeiro de 2006.

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Estas mudanças são sinais de flexibilidade e vitalidade, a mesma demonstrada através do

encaminhamento do projecto Angola, com a abertura de uma segunda comunidade naquele país e do início de uma presença estável no Vietnam.

O Hoje da Encarnação Lembramos factos e situações deste ano porque entraram a fazer parte da nossa experiência, da nossa

vida. Fazer sua memória estimula o seu desenvolvimento no ano que entra. Encontramo-nos num tempo em que nos é dado ver a Deus agindo na historia, como reza a antífona

citada acima, a construir um mundo melhor, nos irmãos mais humildes, no nosso esforço de construção de comunidades mais fraternas, no quotidiano da nossa vida, nas pequenas coisas de que é constituída.

Esta é a experiência que hoje fazemos ao celebrar o mistério da Encarnação, um mistério de dois mil

nos, mas sempre novo, mistério manifestado na humanidade. A todos vocês queremos desejar a mesma admiração dos pastores e a capacidade de ver a Deus

presente no menino mostrado pelos anjos, a sabedoria de Maria que guardava todas estas coisas em seu coração a fim de que, nestas atitudes, a Congregação possa tornar-se nova criatura, instrumento do bem para o nosso mundo neste tempo em que nos é dado viver.

Feliz Natal e um abençoado Ano Novo.

P. José Ornelas Carvalho, scj

Superior geral e membros do Conselho

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DA CÚRIA GERAL

COMUNICADO Nº 13 Actividade do Governo Geral

Prot. Nº 409/2005

Roma, 3 de Outubro de 2005 I. Novo Distrito ACR 1. O Superior geral, com o consentimento do seu Conselho, e respondendo ao pedido do Superior

regional da região Austro-Croata, mudou o estado jurídico daquela região que, a partir de 1 de Outubro de 2005 assumiu o estado de “Distrito sujeito ao Superior geral”.

2. O Superior regional da velha região ACR, P. Wladyslaw Mach, foi nomeado Administrador do novo Distrito ACR com mandato até 1 de Junho de 2006. Também os demais membros do Governo regional foram confirmados no cargo:

Administrador: P. Mach Wladyslaw 1º Conselheiro: P. Ulaczyk Antoni 2º Conselheiro: P. Šeremet Zwonko 3º Conselheiro: P. Wośko Andrzej 4º Conselheiro: P. Czulak Slawomir

Ecónomo: P. Ulaczyk Antoni

3. Os religiosos provenientes das Províncias PO e GE que pediram para pertencer ao novo Distrito são estes:

Da Província Polonesa P. Cinal Krzysztof P. Cybula Tomasz P. Czulak Slawomir P. Krištofic Marijan P. Leszczynski Stanislaw

P. Mach Wladyslaw P. Sadak Mirko P. Šeremet Zwonko P. Šop Marko P. Ulaczyk Antoni P. Wośko Andrzej

Da Província Alemã P. Freytag Wilhelm P. Mazur Jucian P. Mensik Theodor Franziskus

A mudança de Província terá efeito no dia 1 de Outubro de 2005.

4. Segundo a moção do último Capítulo Geral, desde 1 de Outubro de 2005, não existe mais a figura

jurídica de “Região dependente”. Temos agora as seguintes categorias na Congregação: - Províncias AM – AR – BC – BH – BM – BS – CH – CM – CO – EF – FL – GE – HI – IM – IN – IS – LU – MZ – NE – PO – US - Regiões equiparadas à Província: CAN – MAD – VEM

- Distritos sujeitos ao Superior geral: ACR – IND – PHI - Distritos sujeitos à uma Província: BIA (PO) – FIN (PO) – MAR (BC) – MUK (PO) URU (AR)

II. Província US Os padres Paul Kelly e Stephen Huffstetter, conselheiros provinciais dos Estados Unidos, apresentaram carta de demissão do cargo, o que foi aceite pelo Superior geral. Novos conselheiros serão nomeados em breve. III. Mudança de Província O Superior geral com o consentimento do seu Conselho, e tendo ouvido os superiores interessados, autorizou que o P. Laurentius Suwanto, passe da Província Indonésia ao Distrito das Filipinas, com data de 1 de Setembro de 2005.

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IV. Reunião do Conselho geral Lembramos que o Conselho geral estará reunido em Roma a partir de 11 de Outubro até 23 de Novembro. Todas as matérias que dependem de alguma aprovação de Roma devem ser encaminhadas dentro deste período.

P. Marek Stokłosa, scj

Secretário geral

COMUNICADO Nº 14 Actividade do Governo Geral

Prot. Nº 444/2005

Roma, 28 de Outubro de 2005 Actividade do Governo geral Terminado o período dedicado às visitas às províncias, regiões e distritos, o Superior geral e os Conselheiros encontraram-se em Roma para uma etapa de reuniões administrativas. Temos que destacar as seguintes decisões até agora tomadas. 1. Província EF O Superior geral, com o consentimento do seu conselho e considerando os resultados da consulta efectuada na Província EF, nomeou o seguinte governo para aquela Província: Superior Provincial: P. Gérard Lachivert (1º Tr.) 1º Conselheiro: P. Paul Birsens 2º Conselheiro: P. Joseph Famerée 3º Conselheiro: P. Józef Furczoń 4º Conselheiro: P. Yves Ledure O triénio tem início no dia 1 de Dezembro de 2005. 2. Província US Após a aceitação da renúncia de dois conselheiros da Província US, o Superior geral, com o consentimento do seu conselho nomeou dois novos conselheiros para aquela Província: 4º Conselheiro: P. Thoma Cassidy 5º Conselheiro: P. Joseph Thien Dinh 3. Província BH O Superior geral, considerando as razões apresentadas, na reunião de 12 de Outubro de 2005, aceitou a renúncia ao cargo de conselheiro provincial da BH apresentada pelo P. Christopher John Bosco Jenkins. Na mesma sessão o Superior geral, com o consentimento do seu conselho nomeou o P. Andrew Ryder, como 4º conselheiro da Província BH. 4. Província NE Na reunião de 13 de Outubro de 2005, o Superior geral e o seu Conselho aprovaram a supressão canónica da Comunidade territorial de Breda, na Holanda, assim como foi solicitado pelo governo provincial daquela Província. A Comunidade tinha sido erigida canonicamente no dia 13 de Março de 1974.

Bom trabalho a todos In Corde Jesu

P. Marek Stokłosa, Secretário geral

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COMUNICADO Nº 15 Actividade do Governo Geral

Prot. Nº 494/2005

Roma, 7 de Dezembro de 2005 Caríssimos confrades, Como de costume, eis algumas notícias a respeito da actividade do Governo geral, o qual, no mês de Novembro em curso, antes de iniciar o período dedicado às visitas canónicas, reuniu-se em diversas sessões do Governo geral para tomar algumas decisões a respeito da vida da Congregação, as quais em seguida vos comunicamos. 1. Cúria Geral Nomeação de uma nova Comissão O Superior geral, depois de ter obtido o voto favorável dos membros do seu Conselho, constituiu uma Comissão “Ad hoc” para a revisão da “Regra de Vida” e do NAB, nomeando como membros os seguintes padres: - P. Marek Stokłosa, Secretário geral - P. Umberto Chiarello, da Província IM - P. Jósef Wroceński, da Província PO - P. Manuel Saturino da Costa Gomes, da Província LU A constituição de tal Comissão tornou-se necessária para ir ao encontro de uma moção do último Capítulo geral de 2003, no qual se pedia, precisamente, um estudo para a revisão da nossa Regra de Vida e do NAB. 2. Províncias Província do Brasil do Norte (BS) O P. Tarcísio Pereira de Paiva, Superior Provincial da Província BS, apresentou, ao Superior geral e ao seu Conselho, com data de 28 de Novembro de 2005, as suas demissões do cargo de Superior Provincial. O Superior geral aceitou as ditas demissões durante a sessão do Conselho geral de 30 de Novembro passado. Durante esta cessão, o Superior geral com o consentimento do seu Conselho, nomeou a Administração Provincial, na pessoa do P. Carlos Alberto da Costa Silva e confirmou os actuais conselheiros provinciais: - 1º Conselheiro: P. João Meijners - 2º Conselheiro: P. Renato Maia de Ataíde - 3º Conselheiro: P. Dagnaldo Alexandre de Oliveira - 4º Conselheiro: P. Francisco Belarmino Gomes Esta administração “ad interim” iniciou o seu mandato a partir da data de 1 de Dezembro em curso e permanecera no cargo até ao dia da posse do novo Superior Provincial e do seu Conselho. As normas para a designação da nova administração provincial serão estabelecidas pelo Superior Geral num segundo momento. Província Holandesa (NE) O Superior geral, face ao pedido recebido da parte do Governo Provincial da Província Holandesa para a supressão canónica da Comunidade territorial de Breda (erecção canónica: 13.03.1974), com data de 13 de Outubro de 2005, e com consentimento do seu Conselho, procede à supressão canónica da dita comunidade.

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3. Roma II Novo conselheiro Dada a necessidade, para a comunidade de Roma, da nomeação de um novo conselheiro local, o Superior geral, considerando os resultados da consulta feita entre os membros desta comunidade, e com o consentimento do seu Conselho, nomeou o 4º conselheiro local de Roma II na pessoa do P. Gabriel Christin Dimby Rahavanolona (MAD). 4. Visitas dos membros do Conselho geral - No período entre o final de Novembro passado e o início deste mês de Dezembro, o Superior geral está de visita à Província Flândrica (FL). - Regressado desta visita, ele partiu de imediato para a Província Alemã (GE), onde efectua também aqui a visita canónica, que se prolongará até aos dias que precedem imediatamente o Natal. - Depois de uma breve pausa para as festividades natalícias, o Superior geral estará, a partir da metade do mês de Janeiro de 2006, em visita à Província da Itália do Norte (IS). A duração desta visita está prevista até à primeira metade do mês de Fevereiro de 2006. - Na segunda metade do mesmo mês de Fevereiro, e até à primeira metade de Março de 2006, será a vez da visita canónica à Província Argentina (AR); no termo desta visita, iniciará logo a visita à comunidade territorial do Equador, que terminará no final do mês de Março. Os Conselheiros farão as suas visitas canónicas às Províncias de que são acompanhadores, segundo os acordos que fizeram directamente com as próprias Províncias. Aproveito o aproximar-se dos acontecimentos natalícios, para desejar a todos vós um alegre período festivo e um voto caloroso de paz e de bem para o novo ano 2006.

In Corde Jesu,

P. Marek Stokłosa Secretário geral

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NOTÍCIAS DA PROVÍNCIA___________

ASSEMBLEIA SCJ

MILEVANE 07 – 09 JANEIRO de 2006

ACTAS

RELATÓRIO DA ASSEMBLEIA 7/ 9. 01. 2006 SACERDOTES DO CORAÇÃO DE JESUS INTRODUÇÃO Os sacerdotes do Coração de Jesus da Província MZ, pelas 8.30 horas, do dia 7 de Janeiro do presente ano, encontraram-se em Assembleia para juntos analisar o ano findo e programar o novo ano. Estavam presentes alguns Confrades vindos de longe: o Pe. Claudio Dalla Zuanna, conselheiro geral, o Pe. Rafael Gonçalves da Costa, animador dos nossos exercícios espirituais, o Pe. Sandro Capoferri, formador dos nossos estudantes em teologia na África do Sul e o Ir. Artur Duarte que estuda teologia no Brasil. Depois da invocação do Espírito Santo, foram apresentados o horário e o plano da Assembleia. Foram escolhidos os dois moderadores (Padres Sandro Capoferri e Carlos Sousa da Cunha Lobo) e os dois secretários (Padres Abel Baptista Sicanso e Messias Alberto Lopes). Foram escolhidos os confrades Aldo Marchesini, Elia Ciscato e Artur Duarte como pequena Comissão para a recolha das idéias chaves presentes nos relatórios das comunidades. 1º DIA DA ASSEMBLEIA – 7 Janeiro de 2006

1. INFORMAÇÕES 1.1. Informações do Provincial Citando o número 8 do nosso Directório Provincial “no qual está sublinhada a importância da Assembleia provincial, como momento único para se fomentar a convivência e a partilha fraterna...”, o Provincial num estilo claro e sintético saudou e desejou boas vindas a todos.

1) - Antes de mais nada comunicou oficialmente que: «Temos já o novo secretário do Conselho e da Cúria Provincial: o Pe. Francisco Bellini. Ele é também o Ecónomo provincial e já está em Quelimane. No desempenho das suas funções de ecónomo provincial, deverá programar encontros de formação para os ecónomos locais no espírito duma gestão dos bens conforme as normas dadas em Salamanca (Julho 2005). 2) - Em seguida, o Provincial agradeceu ao padre Rafael Gonçalves da Costa que nos ajudou a carregar as baterias espirituais, ao pregar-nos o Retiros sob o tema “A Vida Comunitária conforme as intuições e orientações do padre Dehon”. 3) - E, de imediato, comunicou que para o próximo ano, viria animar o Retiros anual, o Padre José Jacinto Ferreira de Faria com o tema: “A Missão segundo o Pe. Dehon”. 4) - Nesta Assembleia deve ser esclarecida uma vez mais e tão bem, a missão e as finalidades próprias da comunidade de Alto-Molócuè. A comunidade religiosa do Molócuè, tem por missão o apostolado da missão do Alto Molócuè, a animação da juventude e a promoção vocacional. 5) - Os três Provinciais Claretianos, (dois do Brasil e um do Portugal), depois duma visita prolongada às três Dioceses de Quelimane, Gurué e Nampula, de acordo com o seu Padre Geral, decidiram tomar a missão do Gilé, contando com a nossa ajuda fraterna. Para além do Gilé, eles pensam numa futura presença em Nampula. 6) – A Saúde dos Confrades Em relação à saúde dos confrades, o padre Elio referiu que o padre Manuel continuava ainda com os tratamentos em Portugal; segundo o padre Rafael, ele está recuperando bastante bem. O padre Vittorino Biasolli está ainda sob o cuidado dos médicos. Na opinião destes, ele não deve voltar para já a Moçambique, apesar da sua insistência em voltar.

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O Pe. Luigi Sabini, depois dos seus tratamentos, está bastante bem. Pediu para pertencer à Província IS; o pedido foi aceite. 7) - Outros Confrades: - O Pe. Claudino está a terminar o seu noviciado. Já fez o pedido e foi aceite, para a sua primeira profissão que será para o dia 2 de Fevereiro. Após a profissão fica ainda em Roma para um curso de pastoral na Gregoriana. - Os confrades em Bolognano (Itália), estão sempre animados e sentem-se ainda intimamente unidos a nós. Num flache rápido, o padre Elio lembrou-nos ainda mais, dos confrades que estão em diferentes pontos como: o padre Claudio que como conselheiro geral, reside em Roma na Cúria Geral, o padre Sandro que é formador de estudantes de teologia na África do Sul, o padre Marcos Paulo, que estuda sociologia em Roma, o padre José Roubo, que participa num curso para formadores também em Roma, o padre Claudino que termina o seu noviciado ainda em Roma, o ir. Artur Duarte que estuda teologia no Brasil, os nossos estudantes de teologia da África do Sul, o Carlitos e o Basílio, os estudantes de filosofia no Maputo-Fomento e os jovens noviços. - A 19 de Março de 2006 será ordenado sacerdote o Diácono Abel B. Sicanso na paróquia da S.Família pelo Bispo da Diocese, D. Bernardo Filipe Governo. O Pe. Maggiorino Madella, (Angola) não conseguiu avião para vir. Em Angola, ainda, pelo 14 de Março de 2006, são convidados os Provinciais de LU, IS, MZ para a inauguração da casa da Congregação em Luanda. 8) – Novas Comunidades: Já estão constituídas juridicamente as novas comunidades da nossa Província, para o triénio 2006-2009. A sua composição está como segue: 1 - Cúria Provincial Pe. Elio Greselin, Sup. Provincial Pe. Gabriele Bedosti, Sup.Delegado Pe. Francesco Bellini, Ecón. Prov. e da casa Pe. Aldo Marchesini Pe. Domenico Marcato Ir. Virgílio Francisco, estagiário 2 - Comunidade de Nampula Pe. Emilio Giorgi, Sup. e Pároco Pe. Elia Ciscato Ir. Giuseppe Meoni, Ecónomo 3 - Comunidade de A. Molócuè Pe. Enzo Brena, Superior Pe. Marino Bano, Ecónomo Pe. Renato Comastri Pe. Daniele Gaiola Pe. Onorino Venturini 4 - Comunidade de Milevane

Pe. Damião Nunes Manuel, Superior Pe. Abel B.Sicanso, Ecónomo Pe. Luís Vasco Monoca Ir. Claudinei Francisco, estagiário 5 - Comunidade do Noviciado-Gurué Pe. Azevedo Saraiva, Superior e mestre dos Noviços Pe. Messias A. Lopes, Ecónomo e mestre dos Postulantes 6 - Comunidade do CPLD-Gurué Pe. Ezio Toller, Superior Pe. Hilário Verri, Ecónomo Pe. Onorio Matti Pe. Giuseppe Ruffini 7 - Comunidade da “Casa C. de Jesus” Pe. Mario Angelo Gritti, Superior e Ecónomo, formador Pe. Augusto João, formador Pe. Manuel de Gouveia, director espiritual Ir. Rafael Stiz, estagiário 8 - Maputo – Casa Pe. Dehon Pe. Riccardo Regonesi, Sup. e Ecónomo Ir. Pietro Camplani 9 – Maputo – Fomento – Padres Dehonianos Pe. Carlos Sousa de Cunha Lobo, Sup. e formador Pe. Lázaro Ernesto, Ecónomo e formador Pe. José Diomário Gonçalves, Director espiritual 9) – Problemas abertos: Será preciso ver o que foi feito em relação às moções capitulares e à constituição das Comissões provinciais: “Justiça e paz” e “Espiritualidade e apostolado”. Antes de terminar o seu informe, o padre Elio comunicou à Assembleia que D. Manuel Chuanguira Machado, Bispo do Gurué, garantiu a sua presença pelo dia 8, no período da manhã. E, depois de assegurar a todos os presentes de que no fim da Assembleia seria entregue a cada um “uma carta programática sobre a vida fraterna em comunidade”, o Provincial deu por terminado o seu informe. 1.2 – Informações do P. Claudio Dalla Zuanna, (Cons. Geral) O Padre Claudio, deu início às suas informações, saudando a todos em nome do Padre Geral, o Pe. José Ornelas de Carvalho. Frisou que o Padre Geral dos Claretianos tinha ficado muito contente com a visita e decisão dos seus três Provinciais, que tinham visitado Moçambique e tinham já optado pela missão do Gilé. O Padre Claudio referiu que na Congregação em geral, o número dos religiosos parou de diminuir desde o ano 2004.

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Em 2005, houve muitos falecimentos, (aproximadamente 50 confrades) Cerca de 49.6 % dos confrades encontram-se na Europa: sinal que o 50.4% está fora da Europa. Actualmente, no nosso Colégio Internacional de Roma, estão 20 confrades vindos de 16 países, para participarem num curso de formação para formadores. Sublinhou ainda que além dos aspectos negativos que pode ter a globalização, há algo de bom: a colaboração e a corresponsabilidade em tudo. Isto reflecte-se também na Congregação: - No Brasil, há um noviciado latino-americano, que tem sido útil para muitas Províncias SCJ da América Latina. - Em África, já se pensa em criar um centro de colaboração entre as províncias SCJ. - Na Europa, já se projecta um noviciado comum para certas províncias SCJ. - Na Ásia, a Indonésia está sendo um pólo matriz para as províncias SCJ daquele continente vizinho. Esta colaboração, na óptica do padre Claudio, deve também atingir o campo económico em toda a Congregação. É uma mudança de mentalidade no seio do Instituto, a partir do penúltimo Capítulo Geral, que sublinhou a importância de “Nós Congregação”. Um outro factor é a diminuição numérica de confrades europeus e o surgimento de jovens confrades das novas realidades da Congregação. Isto implica a necessidade de entregar responsabilidades aos jovens, o que vai demandar logicamente uma boa formação e gestão a todos os níveis. A nossa presença na Ásia e no Vietname exige novos projectos em toda a Congregação, sobretudo o incremento do espírito missionário nos nossos confrades mais novos. O espírito de “Nós Congregação” e da “Refundação da espiritualidade do Fundador” estão a dar bons frutos. Com efeito, hoje mais do que nunca, já se tem consciência da importância de trabalhar em colaboração e de aprofundar o conhecimento da espiritualidade do Padre Dehon. É nesta linha da busca de “Refundação” que se deve entender a programação, por exemplo, de um ano de formação para os formadores, a decorrer em Roma. Para terminar, Pe. Claudio lembrou o projecto de uma Assembleia inter-africana, onde serão abordados diferentes temas; lembrou o curso que terá lugar em Madagáscar para a formação dos ecónomos locais. 1.3 - Perguntas ao padre Claudio: P- Pe. Onório Matti: Como se vive na Cúria Geral e porque é que saiu um conselheiro sem substituição, fazendo com que um outro conselheiro esteja sobrecarregado de trabalho? R- O clima na Cúria Geral é bastante bom. O conselheiro do Canadá deixou o seu lugar porque, para além de ter uma idade que não lhe permitia aprender facilmente o italiano, tinha também

problemas sérios de saúde. Saindo ele, fiquei a assumir a animação da região do Canadá e um pouco da dos EUA. P- Pe.Toller: Existe um plano para uma nova missão no México? R- Nada há programado para já a esse respeito. Claro que se pensa numa missão conjunta entre o Brasil e os EUA. Mas não há nada de concreto por agora. P- Pe. Carlos Lobo: Como vai a nossa Província da Holanda? R- Há trinta anos, esta Província tinha por volta de 700 confrades; agora tem apenas 150 confrades, com uma média etária de 75-76 anos. P – Ir.Artur Duarte: Como vai o processo de beatificação do nosso Fundador? R- Não há novos desenvolvimentos a esse respeito. Foi criada uma Comissão mista de peritos, que terão que analisar a pertinência histórica da questão então levantada em objecção da beatificação do padre Dehon. Nessa Comissão está presente o nosso confrade, padre Yves Ledure”. 1.3. Informações do padre Rafael Gonçalves da Costa (…doutor em dehonologia!): Pe.Rafael traz a saudação dos confrades da Cúria Geral e dos Moçambicanos…de Roma. “Quero falar-vos, caros confrades, dos resultados dos meus trabalhos no Centro de Estudos Dehonianos em Roma”. Todos despertaram os seus espíritos, para receber este lindo prato que é de interesse de todo o dehoniano. E, com efeito, a expectativa de todos não foi traída. Com uma linguagem e uma tonalidade dum verdadeiro apaixonado do padre Dehon, o padre Rafael começou por falar-nos da existência de um “site” dehoniano, no qual vão ser publicados brevemente muitos escritos do padre Dehon, como: - 7 volumes das Obras Espirituais; 7 volumes das Obras Sociais; nova edição das conferências sociais em Roma, com as notas do padre André Perroux; 5 volumes do Diário de Padre Dehon; muitas cartas de Padre Dehon, que requerem ainda uma revisão bem rigorosa. É bom que todos visitemos esse “site” que é muito documentado. É curioso referir que estão ainda em recolha os lindíssimos sermões do fundador. Esperamos que se complete a recolha para que se efectue a sua publicação. Uma outra realidade de que nos falou o padre Rafael, são os escritos das três viagens do padre Dehon: - 1ª Viagem: visita Sicília, Líbia, Argélia e regresso. Esta viagem é do ano de 1894. - 2ª Viagem: visita Marrocos, Portugal e Espanha. Esta viagem é do ano de 1899. Como resultado desta viagem, o Fundador publicou a obra “Au delà dês Pirenaux”. - 3ª Viagem: visita o Brasil nos anos 1906-07. Escreveu o famoso volume sob o título “Mil Léguas”.

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Com este aceno, o padre Rafael dava por terminado a sua intervenção, deixando o desejo de ouvir ainda mais noutro encontro. No mesmo contexto, o Pe. Claudio Dalla Zuanna lembrou a proposta da Cúria Geral em apoiar os estudos de confrades que viessem para Roma, a fim de fazer qualquer especialidade, em vista duma futura colaboração no centro dos Estudos Dehonianos. Neste tempo está em Roma um confrade Camaronês, Joseph Kuate, que está a estudar história da Igreja, em vista de trabalhar no Centro dos Estudos Dehonianos 1.4. Informações do padre Sandro Capoferri O Pe. Sandro, com o seu semblante sempre jovial e alegre, desenhou-nos um breve quadro da vida e da casa Pe. Dehon em Pietermaritzburg, para estudantes de teologia na África do Sul; estão presentes 14 membros: os estudantes são de cinco províncias SCJ: África do Sul, Moçambique, Camarões, Congo e Madagáscar. A vida económica não é nada fácil na nossa comunidade. Calcula-se em 7 mil Euros anuais por cada estudante. Na comunidade respira-se um clima multicultural. Não obstante as dificuldades, sublinha que o que mais une, são os valores dehonianos. Esta nova casa oferece apenas um espaço para 12 estudantes. Por isso, estamos a pensar em construir um bloco acessório, que, segundo o projecto, viria a custar-nos cerca de 100 mil Euros. Acerca do nosso Carlitos Miguel, o Padre referiu que teve grandes sofrimentos, causados pela operação ao nível da sua coluna. Enquanto que para o Basílio, a sua tarefa é aprender o Inglês em vista do início das aulas que está para breve. Duma forma geral, os dois moçambicanos, na nossa comunidade, gozam da estima de todos, sobretudo no que concerne à vida comunitária. O futuro da comunidade em que ele é formador, dependerá da colaboração de todos e das províncias nela implicadas em particular. a) Algumas perguntas: P- O padre Carlos Lobo interrogou ao padre Sandro sobre três pontos: - A vida económica é muito elevada na comunidade; - O que pensa o Padre sobre a experiência de outras congregações que tendo tido a formação de seus candidatos na África do Sul depois desistiram? - A aprendizagem do Inglês para os moçambicanos, não tem sido fácil. Não haverá outras possibilidades? R- A resposta do padre Sandro foi muito breve: “Estas questões são reais e por isso merecem uma reflexão, claro. Quanto ao futuro e eficácia da nossa formação na África do Sul não podemos ainda dar uma resposta; precisamos dalguns anos para constatar os benefícios. Retomamos os trabalhos pelas 14h 30, com o cântico “É tempo de ser esperança”.

O padre Toller tomou a palavra e nos informou sobre a Assembleia nacional da CIRM-CONFEREMO, que teve lugar no Maputo, nos dias 8 - 12 de Novembro de 2005. 1.5. Informações do Pe. Toller sobre a Assembleia da CIRM-CONFEREMO (8-12 Nov.2005) No dar início ao seu informe, o padre Ezio Toller, comunicou-nos que tinha participado nesta Assembleia da CIRM-CONFEREMO, como delegado dos religiosos da Diocese do Gurué. O tema da Assembleia era: “Inculturação e Formação na Vida Religiosa”. Em Moçambique existem muitos Institutos religiosos, comprometidos conforme o próprio carisma, no anúncio do Reino de Deus. Os trabalhos tiveram duas palestras orientadoras: - “A Formação e Inculturação”, pela Irmã Ester das Irmãs Vicentinas. - “A Pedagogia Iniciática”, pelo Pe. Ezequiel dos Jesuítas. Os delegados da CIRM-CONFEREMO das diversas Dioceses do País, com a excepção de Tete e Lichinga, apresentaram os relatórios das actividades desenvolvidas ao longo do ano. A CIRM-CONFEREMO nacional, pela sua Comissão para a formação, comunicou que em Julho 2005, tinha organizado um curso para formadores, que teve lugar no Maputo e que foi muito concorrido. Por fim o padre Toller informou que a CEM realizou o encontro programado com a CIRM-CONFEREMO durante toda uma tarde. Os Bispos abordaram alguns pontos: a formação do clero diocesano, que tem tido grande apoio dos religiosos; a necessidade de um diálogo prévio com os Bispos por ocasião de transferências de Religiosos duma para outra Diocese. D. Jaime sublinhou a necessidade de criar-se um Conselho Permanente no seio da CIRM-CONFEREMO, que tivesse anualmente um encontro com a CEM, que seria no mês de Abril, logo após a Páscoa. Os Bispos pediram aos Religiosos uma dedicada colaboração para a criação e acompanhamento da faculdade de filosofia e teologia na Universidade Católica e no futuro seminário filosófico-teológico de Nampula. A terminar, o Pe. Toller informou que a CIRM-CONFEREMO do norte vai organizar nos dias 20-25 de Abril de 2006, em Anchilo, um curso para formadores, no campo do “SIDA”. 1.6. Informações do padre Onório sobre as nossas obras. O último ponto, no que dizia respeito às informações, era acerca das nossas obras. E isso seria feito pelo padre Onório Matti.

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O Pe.Onório começou a sua intervenção citando o livro de Qhoélet: “Há tempo para tudo debaixo do sol: há tempo para construir e para demolir…” “No ser da nossa Igreja moçambicana em geral e da nossa Congregação em particular, houve também momentos para construir e outros para demolir”. Com o aparecer do comunismo e da guerra civil, muita estrutura eclesial sofreu uma ímpia demolição. Nestes últimos anos, estamos numa era de reconstruções a todos os níveis: Fomento-Seminário, Quelimane-Centro Dehoniano, Milevane-Centro de pastoral, Gurué-CPLD, Nampula-nova paróquia, Gurué-Noviciado e Alto Molócuè-Casa Dehoniana. Em relação à reabilitação do Noviciado, o Pe. Onorio apresentou desenhos e obras. Iniciadas em Fevereiro de 2003, vão conhecer o seu término em Fevereiro do ano corrente. Duma forma geral, o padre Matti, louvou a colaboração de todos: Voluntários, postulantes, noviços e outros, que tornaram realidade esta linda obra. Em relação ao Alto Molócuè, o padre Onório disse que as obras estavam entregues à nova equipa missionária. Em conclusão, como que a redefinir e reprecisar a importância destas duas obras “Molócuè e Noviciado”, o padre Onório sublinhou que por elas, a nossa Província exprime a sua incomensurável vontade de implantar a vida religiosa SCJ aqui em Moçambique. E, duma forma particular, falando do Noviciado, o Padre disse que foi concebida uma estrutura tão linda, que permite aos noviços um bom clima de encontro com Deus. Terminado o informe do Pe.Onório, pelas 16.40 horas, começou-se com a leitura dos relatórios das diferentes comunidades SCJ. Depois da Adoração, Vésperas e jantar a comunidade assistiu à projecção de um lindo filme pela 22.00 horas, findava o primeiro dia da nossa Assembleia.

2º DIA DA ASSEMBLEIA – 8 DE JANEIRO DE 2006 Encontro com o Sr. Bispo D. Manuel Chuanguira Machado Às 8.00 h., após o canto de invocação do Espírito Santo, o Pe. Sandro, moderador da Assembleia, apresentou-nos Dom Manuel, Bispo da Diocese do Gurúè que veio para saudar-nos e partilhar as suas preocupações pastorais. Dom Manuel, saudando a Assembleia, frisou o seu profundo agradecimento pelo imenso e frutuoso trabalho que a nossa Congregação tem prestado à Diocese do Gurúè. O Sr.Bispo fez alusão ao bárbaro assassínio do Pe. José Verde, diocesano e superior da Missão do Ile, ocorrido na sua residência na madrugada do passado dia 4 de Novembro de 2005.

Ainda na sua comunicação, Dom Manuel disse que já erigiu a Missão de Lioma-Gurúè onde já se encontra o Pe.Tarcísio como superior e que será apoiado pelo estudante Rito que já terminou hà poucos meses a teologia em Maputo. Disse ainda que vai reactivar a Missão do Ile com novo pessoal. Terminada a sua intervenção, seguiram-se várias perguntas sobre a vida da Diocese do Gurúè. - Pe. Renato perguntou: - A IVª Assembleia Nacional de Pastoral já foi realizada há um ano. A CEM nunca comunicou as conclusões operativas. - Dom Manuel disse que o problema é real e que a CEM deixou a actuação com o Arcebispo D. Francisco Chimoio e os membros do Secretariado da mesma Assembleia. - Pe. Toller perguntou sobre as perspectivas de reactivar as Missões de Naburi e Mualama. - O Bispo respondeu que a zona litoral de Pebane é pastoralmente difícil, pelo forte influxo de Muçulmanos. O projecto é de reabilitar as infra-estruturas daquelas Missões e depois iria uma equipa para assistir as duas Missões. Dom Manuel, confidenciou-nos que já fez contactos em Verona-Itália, com umas Congregações femininas para virem trabalhar na nossa Diocese e neste momento aguarda a sua chegada que está para breve e que irão trabalhar em Molumbo ou em Pebane, dado que estas Missões precisam da presença delas e já dispõem de infra-estruturas em condições para acolhê-las. - Pe. Ciscato perguntou: - Qual a atitude a tomar acerca da lei do estado que autoriza o casamento aos 16 anos? - Qual a solução para os terrenos das Missões que o povo tende a invadir? - Dom Manuel disse: em relação ao casamento nós devemos observar a lei dos 18 anos de idade; e sobre os terrenos das Missões, ocupados pelo povo, deve-se tratar toda a documentação de propriedade do terreno que achamos conveniente guardar. - Pe. Saraiva perguntou: A Comissão Diocesana da juventude acabou. Pensa reactivá-la, vistos os muitos problemas pastorais relacionados com a juventude e a família? - O Bispo respondeu: A escassez de pessoal preparado não permite de momento solucionar esta preocupação; porém realçou que essa seria a tarefa de cada Missão. Talvez no futuro possamos ter uma Comissão diocesana para tal. As 9.45 h., após um bom intervalo, retomámos os nossos trabalhos com a leitura dos relatórios das comunidades de Sococo ( Casa Coração de Jesus), da Centro Dehoniano, da Casa Padre Dehon (Salvador Allende) e da Casa Padres Dehonianos (Filosofia – Fomento). (Cfr. Anexo). As 11.00 horas teve lugar a Celebração Eucarística, como ponto ápice do dia, presidida por Dom Manuel. Este foi de facto um momento de verdadeira oração e

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comunhão, que nos convida a encontrarmo-nos com Cristo, nosso Amigo, Ir. e Salvador. Parte da Tarde As 14.30h., o Pe. Messias leu as Actas do dia anterior; houve a unânime aprovação delas. Em seguida, passou-se às observações dos balanços económicos das comunidades religiosas, apresentadas pelo Pe. Damião. Observações pontuais: há comunidades folgadas e comunidades mais regulares, comunidades que gastam demais e comunidades que poupam, comunidades responsáveis e comunidades pouco oculadas. Após o intervalo, o Pe. Bellini, ecónomo provincial, deu um detalhado informe sobre a economia da nossa Província (seja das ofertas da Província Italiana Setentrional, dos benfeitores, da Pe.M.O., da renda da casa de Maputo, etc. e dos gastos acumulados ao longo do ano). Realizada a devida prestação de contas pelo ecónomo provincial, houve momentos quentes de reflexão e partilha que incidiram sobre a necessidade dum maior rigor nas despesas; uma sábia, prévia e conjunta programação económica e maior transparência nas nossas despesas. Desta feita, ficou claro que não estamos bem financeiramente, daí que temos de rever a nossa gestão económica, o nosso estilo de vida ordinária e procurarmos caminhos viáveis para angariarmos fundos para a nossa vida. 3º DIA DA ASSEMBLEIA – 9 DE JANEIRO DE 2006 Pelas 8.00 horas demos início à sessão do terceiro e último dia da nossa Assembleia. O diácono Abel B. Sicanso procedeu à leitura das Actas do dia anterior, que depois de ligeiras correcções, foram aprovadas na sua íntegra. 1 – A Situação Económica da Nossa Província As reflexões ao longo da manhã, foram feitas em volta da situação económica da nossa província SCJ, que podemos resumir assim: “Estamos com o semáforo vermelho, no que concerne à nossa economia. Temos de apertar bem os cintos”. Feitos fortes e longos debates em busca de caminhos para uma boa gestão, o consenso foi comum: “Cada confrade e cada comunidade devem reflectir sobre o espírito de pobreza ”. Foi neste contexto que se pensou que era necessário que cada comunidade preparasse um balanço preventivo para o ano 2006. Entre outros argumentos, ficou bem claro que o fundo IOR investido, não devia ser tocado, senão nos seus juros. Uma outra discussão foi sobre a compra ou não de uma casa em Nampula. No final do debate, o Espírito Santo soprou e aceitou-se de proceder ao pagamento da casa em questão.

Um bom caminho de subsistência económica é o de criar uma secretaria dos “Benfeitores”. O Pe. Provincial concluiu com a exortação para uma maior poupança e um sadio equilíbrio da nossa economia pessoal e comunitária: “É preciso assumirmos todos uma atitude comunitária de austeridade económica”. 2 - VIIª Conferência Geral (Varsóvia: 16-23 Maio 2006) O padre Claudio Dalla Zuanna, tendo tomado a palavra, falou-nos de diferentes aspectos da Conferência que terá lugar em Varsóvia, na Polónia. - A conferência geral não deve ser confundida com um Capítulo Geral. - Participam todos os superiores maiores e alguns delegados. - O tema da Conferência: “Missio ad gentes – SCJ”. O tema da Conferência nos obriga a rever uma pastoral mais próxima do povo como continuidade e vivência da nossa espiritualidade. - Os objectivos da Conferência: • Esclarecer melhor e conforme a eclesiologia actual o sentido do termo “Missão”. • Explicar em que consiste a actividade missionária hoje. • Dar à Congregação um novo impulso missionário sobretudo às jovens províncias SCJ. • Permitir uma nova estratégia na gestão do pessoal no seio da Congregação. • Provocar nas pessoas uma sensibilidade missionária. “Lineamenta” O texto está nas nossas mãos e é fruto do questionário que todos os confrades tinham recebido para a preparação da Conferência. Nele estão presentes propostas concretas de acção, com vista à obtenção de mais propostas que darão origem ao texto final que vai guiar os trabalhos durante a Conferência. O texto actual de Lineamenta compõe-se de 6 capítulos, com os seguintes conteúdos: 1º- Explicação de certos termos, 2º -As características próprias da nossa espiritualidade, que permitam viver a missão “Ad Gentes”. 3º - Formação ao espírito missionário dentro do nosso Instituto, sobretudo nas nossas casas de formação. 4º - Animação missionária dentro da Congregação e nas comunidades cristãs. 5º - O apoio económico para a missão. 6º - Questões abertas: umas perguntas: • Quem deve procurar o pessoal para a missão? • Missionários “ad vitam vel ad tempus”? • Existe ainda a missão “Ad Gentes”? Onde? Como? Nota: Nesta Conferência, D. Tomé irá falar sobre “A Igreja local missionária”

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3 - A Nova Comunidade de Alto Molócuè O Pe. Provincial apresentou alguns pontos para a nossa Assembleia: - Queremos reflectir juntos sobre esta obra para estarmos esclarecidos sobre este projecto da Província MZ. - Os membros desta comunidade (três Padres pertencem à Prov. IS) estão totalmente inseridos na Província MZ e nos seus projectos. - A comunidade constituída deverá organizar a pastoral da Missão de Alto Molócuè. - Um dos objectivos da Comunidade será a animação juvenil e a promoção vocacional. - A presença dos Padres da Prov. IS é uma graça e uma bênção: estão inseridos totalmente na Prov. MZ. - De certeza nesta comunidade haverá presença de leigos. A espiritualidade dehoniana, o “nós Congregação” e a presença no povo e na Igreja local, guiarão a colaboração pastoral e espiritual para com os leigos, evitando perigos de invasão na vida da comunidade, numa simpática e prudente actuação que não ofenda a sensibilidade ou crie suspeitas e confusão no coração e na mente do povo. - A comunidade – scj constituída procurará regras e formas de vida concreta, que permitam a realização da sua missão. “ Nós e os leigos” será um tema ulteriormente estudado na Assembleia de Julho de 2006. PARTE DA TARDE 1. Uma Vida Partilhada Com os Leigos Às 14.30h., retomamos os nossos trabalhos sobre a questão do relacionamento com os leigos nas nossas Comunidades. Há necessidade duma reflexão sobre este facto. A vida eclesial valoriza todos os ministérios e carismas, juntamente com a própria profissão de vida religiosa. Há muitos pontos em comum: a vida espiritual, a vida eclesial, a vida apostólica e o empenho social; e cada vocação vive tudo isto numa forma carismática diferente. Devemos respeitar e favorecer o caminho de cada um. Para estes ideais devemos encontrar regras, comportamentos e atitudes, que favoreçam os próprios carismas e respeitem a sensibilidade e a cultura do povo onde vivemos. 2. Comunicação do Ir. Artur Duarte O Ir. Artur terminou o 2º ano e vai para o 3º ano de teologia. Ele manifestou o seu agradecimento ao Senhor que lhe concedeu a graça de fazer esta rica e agradável experiência.

A comunidade onde vive (Taubaté – BC) é grande, pois é formada por mais de 40 membros, entre padres, estudantes e irmãos. Cada grupo de classe tem o seu formador. A vida está cheia de trabalho, oração e estudo. A faculdade filosófico-teológica funciona hà já 4 anos e está aberta aos leigos e à formação do clero diocesano. Quanto a pastoral, há muito a fazer na saúde, catequese, juventude, pastoral da criança, etc. A Igreja do Brasil é uma Igreja rica e bem desenvolvida. A nossa espiritualidade é muito viva nas nossas paróquias; muita gente conhece a nossa espiritualidade e a vida do nosso Fundador. A economia da casa é sustentada pela Província da Alemanha. Durante as férias, os jovens religiosos fazem duas semanas de animação vocacional. A pastoral e a liturgia são muito vivas e bonitas. O Ir. Artur sente-se bem animado e quer continuar e terminar bem a teologia para poder servir melhor o povo. 3. Comissão de Análise dos Relatórios O moderador, Pe. Carlos, pediu à Comissão dos relatórios para que se pronunciasse sobre os temas que precisavam de mais consideração. O Pe. Aldo salientou os pontos que seguem: 1) O conselho de família deve ser programado e realizado por cada comunidade, pois a simples conversa à mesa durante ou após as refeições não basta. 2) Quanto à pastoral: há uma forte necessidade de reflectir sobre a formação dos ministérios e a animação dos jovens. 3) Quanto ao aspecto social: temos que ter muita delicadeza sobretudo no atendimento dos pobres e dos necessitados. Como viver a caridade e quais os meios para os recursos? 4) A Escola Básica Industrial do Gurúè não consegue encontrar uma colocação para os seus graduados. O número de alunos é demasiado reduzido e, por falta do internado, as dificuldades para os alunos aumentam. O que fazer? 4. Moções Capitulares Pe. Toller introduziu o tema das moções capitulares, apresentando as dificuldades ocorridas, por causa da considerável diminuição do pessoal activo e de votos perpétuos, seja por motivos de saúde, seja por outros empenhos ou falecimentos. Isto impediu a constituição de algumas comunidades, a realização de alguns projectos, relacionados com as moções. Eis algumas observações por cada moção do Primeiro Cape. Provincial: 1. Nestes anos fomos fiéis: à Caixa comum, à Comunidade e às Assembleias.

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2. Esta moção não foi realizada; a dificuldade foi de contactar outros Institutos de idêntica espiritualidade para um mútuo enriquecimento e a celebração dum Congresso. 3. Esta moção foi realizada: o Pe. Maggiorino U. Madella está em Angola. 4. Esta moção foi realizada parcialmente, entre os confrades que trabalham na pastoral. 5. Esta moção está a realizar-se: a família dehoniana, a família do Coração de Jesus. 6. Esta moção em parte foi realizada, pois algo se está a fazer em relação à revisão do NAB e sobre o PAP foi criada a Comissão “ad hoc”. 7. Esta moção foi realizada com a construção da casa de Alto Molócuè para o acolhimento e acompanhamento vocacional dos jovens 8. Esta moção já foi realizada em parte. 9. Nada foi feito sobre esta moção; 10 e 11. Estas moções estão sendo realizadas pela colaboração com o PMO e o serviço no Centro de Escuta dos Pobres em Quelimane. 12. Esta moção está a realizar-se, pois temos confrades que estão a especializar-se no campo da doutrina social da Igreja. 5. Comissões

As Comissões da Província são quatro: Económica, Formação, Espiritualidade e Apostolado e Justiça e Paz. As duas Comissões de Espe. e Apostolado, e de Justiça e Paz, deveriam ser instrumentos nas mãos do Directivo Prov. para problemas específicos; de facto porém não foram postas em condição de trabalhar. O Directivo compromete-se para a sua constituição. No fim da nossa Assembleia foi pedido ao Pe. Messias para que apresentasse a experiência da “Semana vocacional Dehoniana” realizada em Milevane de 15 até 20 de Dezembro de 2005; (cfr. Anexo). O Pe. Provincial dirigiu à Assembleia uma breve exortação sobre: “Vida Fraterna em Comunidade. “A vida fraterna em comunidade constrói-se no dia a dia por todos os membros da comunidade, com os seus valores e defeitos; ela é exigente e uma autêntica Escola de estima recíproca e de confiança, num estilo de correcção, perdão e amor sincero”. (Cfr.Anexo) Os secretários Pe. Messias Alberto Lopes Pe. Abel Baptista Sicanso Milevane, 9 de Janeiro de 2006

Relatórios Das Comunidades Ano 2005 Casa Padre Dehon - Maputo A comunidade da Casa Pe. Dehon, no Maputo, estava constituída por dois religiosos: Ir. Pietro Camplani e Pe. Francesco Bellini. Ao longo deste ano houve várias substituições de pessoal na comunidade para atender a diversos compromissos. Por este motivo agradecemos a disponibilidade de alguns confrades da Província que passaram uma temporada no Maputo ao serviço do acolhimento. De forma especial agradecemos ao Pe. Giuseppe Meloni da Província IS, que de Junho até Novembro de 2005, residiu na nossa comunidade e foi dando aulas de teologia no Seminário S. Pio X e no

Instituto Superior Maria Mãe de África (ISMA). Passamos aos temas do nosso RELATÓRIO ANUAL. A Vida Comunitária As actividades da comunidade têm como primeiro objectivo o acolhimento e isto foi feito com dedicação, procurando atender todos os pedidos dos nossos confrades, de outros religiosos e dos nossos leigos. Todos os hóspedes têm participado na nossa vida comunitária conforme o horário, nos momentos de oração e do convívio. O ponto central da vida comunitária é a Eucaristia. No fim da tarde temos a Adoração e as Vésperas. No princípio do mês tivemos sempre o Retiros mensal, programado com a nossa Comunidade dos estudantes de filosofia do Fomento – Matola

A Vida Eclesial A nossa presença e o nosso serviço na vida eclesial dependem da disponibilidade dos membros da comunidade. Normalmente celebramos a Eucaristia ao serviço de três comunidades de Irmãs, uma vez por semana. A actividade apostólica é realizada na paróquia do Aeroporto. Cada religioso toma pessoalmente os compromissos apostólicos de acordo com o programa semanal da equipa missionária da paróquia. Os compromissos são principalmente estes: Missa aos domingos e às vezes ao longo da semana, animação dos grupos e formação dos ministérios. Há grandes grupos de jovens e adolescentes que

precisam de acompanhamento. Pedem com frequência o Retiros Mensal. Há boa colaboração entre o Pároco, a Irmãs e outros Religiosos. A Vida Social A comunidade da Casa Pe. Dehon conhece os problemas sociais da cidade de Maputo e procura colaborar nos subúrbios onde realizamos o apostolado. São muitas as famílias em dificuldade, devido à falta de trabalho, à doença, à separação dos pais, à falta de preparação para a Escola ou para o trabalho… A Paróquia onde colaboramos tem trabalhado muito na organização de grandes escolas comunitárias. As

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Irmãs envolvidas nestas escolas dão testemunho de grande dedicação. Também o Grupo do Micro-crédito da Caritas, coordenado pelo pároco, proporciona cursos de três meses para os Voluntários e acompanha de perto as iniciativas aprovadas e apoiadas com estes fundos. Estas iniciativas estão orientadas para formas de comércio, trabalhos de machambas e criação de frangos. Centro Polivalente Leão Dehon – Gurué Neste final de 2005, o CLPD encerra mais um ano de actividades, completando assim 10 anos, desde que em 1995 foi reassumido para ser reabilitado. Dando um olhar retrospectivo a esta década, podemos dizer que foram anos de trabalho e dedicação, onde não se pouparam energias e esforços para conseguir chegar ate a realidade de hoje e alcançarmos objectivos satisfatórios a vários níveis. Reabilitação Foi concluída a reabilitação de todos os espaços internos e externos, que se apresentam aptos para proporcionar um ambiente de trabalho funcional e acolhedor, tanto no que diz respeito ao CPLD como à Escola Básica Industrial (EBIG). Equipamentos As várias oficinas estão bem equipadas e podemos contar com máquinas e equipamentos modernos (estufa para secagem de madeira, pá escavadora, caterpillar). Graças a estes resultados alcançados, conseguimos oferecer aos clientes uma prestação de serviços sempre melhor, quer quantitativamente quer qualitativamente. Trabalhadores Conseguimos garantir trabalho a mais de 100 trabalhadores contratados a tempo indeterminado, cumprindo com todas as obrigações da lei do trabalho, e a outros 30/40 em regime de ganho-ganho. Hoje, graças à eficiência e a qualidade do trabalho, o CPLD representa na realidade do Gurué um coração dinâmico e eficiente: seja no dia a dia, na prestação diária de serviços mais simples, como moagem, fotocopias, etc, seja na execução de importantes contratos de fabrico de mobiliário escolar e outros (OXFAM, ÍBIS, ACIONAID, PMO). Tudo isto foi um caminho e um trabalho realizado em conjunto com a comunidade SCJ (que além da presença fixa, eficiente e dinâmica do Chefe contou com muitos confrades que passaram e deram a sua colaboração em diversos sectores), com os trabalhadores, benfeitores e a presença de muitos Voluntários. Um pequeno parêntesis vai para

Companhia Missionaria, que depois de sete anos de valiosa colaboração, encerra agora a sua presença no CPLD e no Gurué. Neste processo também não faltaram, e não faltam problemas, devidos muitas vezes à precariedade da nossa realidade local, às falhas de pessoas e aos clientes, sobretudo Entidades públicas, que demoram muito na liquidação de dívidas. O que ainda não se conseguiu é a declaração do reconhecimento de associação de utilidade pública, para assim poder ter alguma isenção a nível de impostos e redução das taxas de desalfandegamento. Enquanto a nível teórico se reconhece que não temos finalidades lucrativas, e somos elogiados pelo papel que desenvolvemos a nível sócio educativo, já a nível oficial o caminho não é fácil, seja porque é preciso ver onde a parte produtiva pode ser encaixada na lei, seja devido à lentidão e ao “burocratismo” que continuam a dominar a nível oficial, nos vários Ministérios. Ao concluirmos este relatório não precisamos acrescentar muitas palavras: podemos só agradecer a Deus pelo caminho realizado para os que de várias formas colocaram tijolos nesta construção. Olhando para o futuro, o nosso esforço e o nosso compromisso é dar continuidade a esta presença, nesta realidade de Gurué e de Moçambique, colaborando para que a redução da pobreza e construção de uma sociedade melhor não sejam simples slogans, mas factos concretos.

Comunidade Dehoniana – Nampula A Comunidade A comunidade de Napipine, logo ao início do ano dois mil e cinco, era constituída por três confrades: Pe. Luigi Sabini, Pe. Emilio Giorgi e Pe. Augusto João. Salientamos que o Pe. Augusto, começou a residir nesta comunidade a partir do dia 11 de Janeiro de 2005; enquanto o Pe. Luigi Sabini, nunca voltou para a comunidade de Nampula, depois da assembleia de Janeiro. A comunidade ficou quase seis meses com dois membros, que são Pe. Augusto e Pe. Emilio Giorgi. Embora estando somente dois, a vida da comunidade foi à frente com todo o zelo e empenho. Os membros da comunidade tinha os seus momentos para poderem comunicar e partilhar as alegrias e tristezas, como faziam os primeiros cristãos da Igreja primitiva. Foi um período muito empenhado para a nossa comunidade, porque não havia outra coisa a pensar senão amando e confiando no confrade. No mês de Julho, recebemos o nosso confrade da Província Italiana (IS), o Ir. Giuseppe Meoni. Com a sua chegada, a nossa comunidade robusteceu-se e isso foi o dom mais belo que tivemos. De facto, para poder constituir comunidade, são necessárias pelo menos três pessoas. Ele ajudou-nos muito a quebrar a nossa monotonia, com a sua simpatia e sensibilidade para com os seus confrades.

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O Pe. Emilio Giorgi, continua sempre secretário e colaborador do nosso confrade, o Senhor Arcebispo Dom Tomé. É também pároco da Paróquia de São Pedro, com as suas respectivas comunidades: Napipine (sede), Murrapaniua, Nairuku e Nahene. O Pe. Augusto, é animador da comunidade (superior) e colaborador do pároco, no campo da pastoral, também é professor no Seminário Diocesano. O ir. José colabora muito nas diversas actividades, quer nos trabalhos da casa, quer nos serviços da Diocese, e de modo particular, no hospital de Marere. Neste ano, a nossa comunidade foi muito acolhedora, recebemos muitas visitas: pessoas que vinham da Itália e das nossas missões. A comunidade é serena e atenciosa, porém não se esquecendo que não somos anjos, mas sim homens com as suas limitações, isto para dizer que não faltaram momentos de tensão e incompreensão neste e naquele. Como sabemos a comunidade é vida e vivendo, nascem problemas, que são parte do nosso ser. A Nossa Oração No início do ano estabelecemos o nosso Projecto de Vida. Procuramos passar a nossa vida, seguindo e vivendo o nosso horário: tivemos todos os dias Laudes Comunitárias, Adoração na parte da manhã, assim como a meditação pessoal e Vésperas. Nos Retiros não fomos muito fiéis; mas muitas vezes, fomos pregar nas casas religiosas, mas nunca faltaram momentos de reflexão comunitária. Quanto à Missa, a celebramos juntos com a comunidade cristã, todos os dias, na Igreja paroquial. A nossa Vida Comunitária se manifesta na programação, no tempo das refeições, nos momentos de discussão de certos problemas da comunidade e na oração. Não sempre realizamos oficialmente o Conselho de Família; porém tivemos sempre a oportunidade de esclarecer juntos os problemas que podiam nascer. A nossa vida diária é uma verdadeira oblação, pois que cada membro da comunidade procura fazer aquilo que enriquece e dá alegria ao ir.. Nossos Empenhos Como afirmamos no início, a nossa comunidade assumiu várias funções, segundo as necessidades do nosso povo e da Igreja. Estamos colaborando em vários lugares: na Diocese, na pessoa do padre Emilio Giorgi, na Saúde, na pessoa do ir. Giuseppe, no Hospital de Marere e na formação dos futuros sacerdotes, na pessoa do padre Augusto, que deu aulas e certos encontros com os seminaristas. A nível paroquial, tentamos reorganizar e dar vida aos vários ministérios. Com a colaboração das muitas Irmãs presentes na Paróquia, cada ministério é bem enquadrado. Acompanhamos mensalmente na sua formação: os Anciãos, os Catequistas, os Ministros

Extraordinários da Sagrada Comunhão, os da Palavra, (no segundo semestre) os Acólitos, os da ajuda fraterna (Caritas). Os ministérios da Justiça e Paz, da Família, dos Jovens e das Mamãs tinham os seus encontros cada dois meses. Formamos uma equipa de futebol que este ano, ganhou o primeiro lugar, a nível das sete paróquias que estão em volta da cidade. O padre Giorgi, tem sido convidado muitas vezes para pregar os Retiros, nas casas religiosas. O ir. Giuseppe, acompanha os Voluntários que vieram para apoiar o Hospital de Marere; acolhe também os hóspedes que aparecem e mostra a sua disponibilidade aos vários pedidos das nossas missões. O Pe. Augusto, tem colaborado muito nas vocações, tem feito Retiros com os vocacionados e viagens para outras Dioceses, para dar o seu testemunho sobre a figura do nosso fundador Padre Dehon. Pensamos que, neste ano, teremos muitos jovens a entrar no nosso Seminário. Agradecemos bastante, ao Padre Gianni Nicoli, que disponibilizou o seu dinheiro, para a reestruturação dum quarto na nossa casa. Também agradecemos aqueles dois confrades que foram os artistas nesta reconstrução, o ir. Giuseppe Meoni e o Pe. Daniele Gaiola. Queremos mais uma vez agradecer a disponibilidade de Pe. Daniele em substituir o Pe. Emilio, durante as suas férias. Obras Sociais A nossa comunidade, encontra-se envolvida no aspecto da solidariedade com aqueles que precisam de ajuda, isto para dizer que estamos abertos para aquelas pessoas que precisam verdadeiramente do nosso apoio para viverem. Neste ano, colaboramos no Centro de Acolhimento “HIV – SIDA” aberto na nossa Paróquia, no início do ano. Apoiamos materialmente o Centro com um valor de dez milhões de Meticais, para a sua organização. Também conseguimos criar o “Grupo das Viúvas”. Juntaram-se em associação, mais de quarenta viúvas para tentar de resolver os seus problemas materiais. Ajudamo-las também com o apoio de uma rica soma de vinte milhões de Mt. Os resultados foram positivos. Temos feito muitos apoios segundo as possibilidades, mas sempre em nome da Província Moçambicana. Servimos também de ponto de ligação com os alunos que se beneficiam das nossas Bolsas de Estudo que estão em Nampula. A Paróquia também organizou uma Escola de alfabetização e a sexta e sétima classe para as mães que não conseguiram concluir os ses estudos. São mais de 70 alunos nas duas classes. Transitaram o 74%. Relação com as Congregações e Clero Parece tudo ir bem, existe uma boa colaboração. Durante o ano, realizaram-se alguns encontros com

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todos os religiosos da Diocese, Irmãs, Padres e Irmãos. Com os Padres Diocesanos o relacionamento é positivo. Mas não fizemos grandes coisas, se não os acolher bem quando vinham à nossa casa. Noviciado Bernardo Longo – (Milevane) Vida Comunitária Acompanhando o ritmo de nossa província MZ que nesse ano sofreu várias mudanças, também nós tivemos algumas alterações. A comunidade formativa começou com o Pe. Damião Nunes Manuel, como superior do noviciado e mestre dos postulantes, Pe. Azevedo Saraiva como mestre dos noviços e ecónomo da comunidade e Pe. José Roubo que estava a espera da sua viagem a Roma. No que diz respeito aos formandos, no dia 8 de Dezembro 2004, iniciamos o ano canónico do noviciado aqui em Milevane com a entrada de sete noviços. No dia 14 de Março 2005, dia do aniversário do nascimento do padre Dehon, foram aceites cinco candidatos para o Postulantado. No mês de Abril um noviço foi aconselhado voltar à casa, para ir se esclarecer melhor na sua vocação. Depois, dois noviços durante o mês de Maio e Outubro e dois postulantes durante o mês de Dezembro, voluntariamente sentiram-se esclarecidos que a escolha feita para a vida religiosa não estava certa. E como solução, ainda enquanto antes acharam oportuno voltar para casa sem perder tempo, a fim de se integrarem na vida social, fazendo com que no dia 8 de Dezembro 2005, fossem aceites para o Noviciado três candidatos. No dia 6 de Janeiro 2006 pela graça de Deus chegaram à primeira profissão quatro noviços. Procuramos de ser sempre fiéis aos nossos compromissos de formadores ajudando os jovens no discernimento em particular no campo espiritual, moral e intelectual. A vida comunitária foi bem vivida, não houve grandes dificuldades, a não ser desgastes, cansaço as vezes momentos de pequenas tenções entre formandos e formadores; porém numa boa sentada com abertura de coração e à luz da fé tudo se ultrapassou. A vida de oração assim como o horário foi rigorosamente observado. A liturgia foi e é sempre animada por todos. E no fim das refeições temos sempre recreios comunitários onde encontramos a ocasião de trocar as impressões do dia, jogar cartas, escutar noticiário, e por vezes temos passeios comunitários. O Conselho de Família assim como os Retiros mensais foram sempre observados. Em suma o clima do Noviciado foi de confiança e construtivo. Cada qual com seus dons e talentos foi prestativo em suas tarefas e ocupações, e essas chegaram a um bom termo. Foi uma comunidade dialogante e aberta a hospitalidade mesmo com suas limitações que se fizeram sentir durante o ano, nomeadamente na falta

de energia, comunicação e centros comerciais e hospitalares. Vida Pastoral Durante o ano, a nossa actividade pastoral teve como foco a visita às comunidades, em parceria com os padres encarregados da Missão de Nauela e de Alto Molócuè. O padre Azevedo Saraiva em colaboração com os noviços realizou cursos de formação periódicos com os responsáveis dos jovens, Retiros e as vezes peregrinações com jovens desta missão de Nauela reunidos em cinco centros. Nestas visitas às comunidades, os noviços e os postulantes nos acompanharam sempre, dando o seu contributo: no tempo das confissões, reuniam os jovens dando o tema da catequese. Temos consciência da pouca preparação e até mesmo da dificuldade no exercício do ministério de muitos encarregados de nossas comunidades. São bons cristãos, dedicados e com boa vontade, mas poucos tiveram um Curso de preparação para o ministério exercido, alguns desconhecem os materiais, documentos e subsídios da Diocese, e tem dificuldade de transmitir o que foi ensinado. Vida Social Em parceria com os padres da missão buscamos de ser prestativos com as pessoas que nos procuram, transportando doentes para o hospital ou atendendo os que chegam até nós, para fazer um pedido, um curativo, para vender produtos de suas machambas ou outra necessidade. Muitos ainda chegaram para as confissões, para conversar um pouco. Com a participação de membros da comunidade do Noviciado e apoiados por alguns leigos e simpatizantes, e amadores do futebol, sempre procuramos ser fiéis em promover esta actividade desportiva junto com nossos jovens. Como resultado a equipa nunca conheceu derrotas a não ser vitórias e empates. Sentimo-nos próximo do nosso povo e isso já é um bom começo para uma evangelização mais pessoal. A norma que temos para o uso dos meios de locomoção é o da necessidade; quando se precisa se usa. A situação dos nossos empregados é a seguinte: temos um só cozinheiro, nos fins-de-semana são os noviços e postulantes que fazem a cozinha. Em suma esta foi a vida do noviciado do ano 2005. Missão São Victor - Gilé Comunidade Religiosa A comunidade religiosa do Gilé no ano de 2005, em Janeiro, estava constituída pelos padres Onorino e Vittorino. Em Fevereiro padre Onorino passou para Alto Molócuè e Pe. Renato e o Diácono Abel vieram completar a comunidade. No final de Março Pe.

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Vittorino foi para Itália por motivo de saúde e, ate agora, não regressou. Em Novembro o diácono Abel foi transferido para Milevane, ficando a comunidade praticamente destruída, a espera de uma solução definitiva. A Equipa Missionária foi completada com a chegada, no dia 1 de Janeiro de 2005, de três Irmãs da Congregação de S. João Baptista, já presentes na Diocese de Nampula. Foi uma graça porque, desta forma, o campo do nosso apostolado alargou-se significativamente, enquanto uma Irmã é técnica de medicina, outra é professora na Escola Secundaria e a terceira além dos trabalhos domésticos interessa-se da promoção da mulher e colabora no apostolado, especialmente na animação da Legião de Maria. Há uma esperança para o futuro: a possível chegada de uma Congregação nova no Gilé, a dos Claretianos. Os seus Superiores já passaram na Zambézia e em Nampula, para ver qual seria o lugar mais propício para iniciar a sua presença missionária em Moçambique. Nós ficamos com esperança. A sua chegada em Moçambique é prevista para o mês de Março. Actividades Desenvolvidas Nos primeiros meses os trabalhos para a construção da casa das Irmãs nos ocuparam bastante, limitando assim o trabalho apostólico, especialmente o da formação. Na segunda parte do ano tivemos a possibilidade de trabalhar bastante mais. Nos dedicamos especialmente à formação, em colaboração com os padres de Alto Molócuè. Nas três missões (A. Molócuè, Muiane e Gilé) foram realizados alguns Cursos: para os responsáveis das comunidades, para preparar a Assembleia Diocesana e tomar consciência da linha da nossa Diocese por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, para os encarregados da liturgia e do canto, para os encarregados da família, para preparar um Retiros para casais em todas as comunidades. O Retiros foi tomado a sério e esperemos que dê resultados duradoiros, visto que os problemas familiares enfraquecem bastante as comunidades. Nas três missões realizou-se também um Conselho Pastoral com o tema: a catequese e a sua organização nas comunidades. Não serviu tanto para procurar caminhos novos, mas para responsabilizar mais toda a gente neste serviço tão importante. O ano de 2006 deveria ser dedicado especialmente na formação dos catequistas. A visita às comunidades cristãs foi bastante reduzida, especialmente se temos em conta o número delas que está elevado (cerca de 200 comunidades). Os dias que reservamos a isto são os sábados e os domingos. Problemas Apostólicos Salientes

No Conselho Pastoral foram apresentados alguns problemas que nos deixam preocupados e pedem uma solução: - A família: a família torna-se sempre mais instável, especialmente as famílias mais novas, mas não somente elas. O casamento de jovens é muito raro. A infidelidade e a bebedeira, com as suas consequências, são apontadas como causas principais. - A juventude: podemos dizer que nas comunidades não temos jovens, mas só adolescentes. Estes, quando crescem, abandonam a comunidade e todas as suas actividades. Umas das causas deste fenómeno podem ser: a falta de formação cristã, a mentalidade moderna e as atractivas que a sociedade actual apresenta. - A formação: para todos os ministérios, especialmente a formação dos catequistas, sempre foi uma prioridade, mas parece que estamos sempre no início. - A iniciação dos rapazes: as comunidades cristãs estão a espera de alguma decisão por parte da Diocese acerca da iniciação dos rapazes. Este é o tempo das ferias e em todo o lado se estão realizando estas cerimonias tradicionais. É urgente dar uma resposta, para libertar as consciências. - Os Retiros: levar as pessoas a rezar e a reflectir é útil e encontra por parte das pessoas um bom interesse. Talvez pudesse ser um caminho possível para o futuro. Ambiente Social O ambiente social e económico no Gilé, em geral, é bastante pobre. A terra não é muito produtiva e, neste ano de 2005, a chuva foi muito escassa. Muitos procuram pedras preciosas e semipreciosas nas montanhas ou outro nos rios. Para alguns esta actividade deu dinheiro, mas não está a trazer vantagens para a população. Também a madeira está a ser cortada e levada para fora. Em Fevereiro de 2006 também o Distrito do Gilé terá a 10ª classe. Os problemas evidentemente não faltam, mas para as estudantes esta é uma grande possibilidade de crescimento. As organizações não governamentais (ONGS) que trabalham no Distrito são: Visão Mundial (que trabalha na agricultura em favor dos órfãos e para a formação de técnicos de prevenção do SIDA), a Kulima (ultimamente com cursos prolongados sobre a doença do SIDA). Do nosso lado pouco fazemos: praticamente apoiamos os doentes no transporte quando o hospital nos pede e estamos presentes no meio do povo através da caridade cristã. As irmãs, estando presentes no hospital e na Escola, são muito mais eficazes. Nestes meses estão a apoiar a campanha contra a lepra: conhecer possivelmente todos os leprosos e garantir-lhes os remédios com regularidade.

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Para o Futuro A nossa presença no Gilé e em Alto Ligonha esta a ser posta em dúvida pela falta de pessoal em que nos encontramos. É possível que se decida sair da Missão do Gilé e que seja entregue aos Padres Claretianos. Escola Básica Industrial do Gurúè Alunos Neste ano lectivo os alunos que matricularam foram 64, dos quais 58 chegaram ate ao fim; passaram de ano 47 correspondente a 81% dos alunos. Confirmando o que sempre aconteceu, os alunos do 3º ano passaram todos nos exames, a maioria na 1ª chamada. Os que sofreram mais reprovações foram os alunos do 2º ano submetido a três exames nacionais. Isto diz-nos que os que chegam ao último ano, em geral, assumiram hábitos e metodologias de estudo e adquiriram instrumentos cognitivos básicos. O número limitado de alunos ajuda em acompanhar melhor a formação e sobretudo a ficar ao lado de todos os alunos durante as aulas de pratica, nas oficinas do Centro. É sempre problemático avaliar a sério as competências amadurecidas pelos alunos ao longo do curso: o que é que aprenderam? O que sabem agora? E sobretudo o que sabem fazer autonomamente? É um processo de avaliação que continuamente é feito pela Escola. Professores Os professores foram 8: 4 internos e 4 externos, de várias nacionalidades. De todos é extremamente apreciável o empenho, a assiduidade e competência. É pena que dois deles irão sair no fim do ano. A aprendizagem dos alunos depende em grandíssima parte dos docentes e educadores que os acompanham; são eles que fazem a mediação entre alunos e noções, programas e organização. Os nossos professores são chamados a dar ma formação técnico profissional: a competência, neste sentido é suficiente mas muito escassos são os estímulos para crescerem. Nem todos aproveitam dos livros que disponibilizamos. Não há uma colaboração organizada e sistematizada entre eles: temos em consideração que alguns não têm, cá na Escola, um colega que lecciona a mesma disciplina. Os nossos professores são chamados a dar uma formação humana; foi necessário chamar continuamente a atenção neste sentido, lembrando que antes de exigir é preciso cumprir. Gosto observar um melhoramento no cumprimento do Horário e na assiduidade, assim como na capacidade de ser justamente severos e exigentes para com os alunos; foi limitado o número de faltas.

Ainda temos que crescer na atenção recíproca (evitar barulhos inoportunos) na sinceridade e participação construtiva. Considero muito positivamente os dois breves encontros de capacitação para professores sobre alguns aspectos pedagógicos didácticos, dados no meio do ano. No futuro do corpo docente desta Escola queria ver uma possibilidade de formação sistematizada para todos os professores: chegou a altura de pensar num investimento a longo prazo para alguém? A intenção é elaborar um Projecto educativo para a nossa Escola com o objectivo de explicitar as razões que a inspiram e a consequente metodologia de concretização; isto além de favorecer Voluntários e professores que ficam num tempo breve, permite a partilha das intenções (e portanto uma linha educativa unívoca e forte), a concreta possibilidade de avaliação periódica da Escola e a declaração clara dos ideais que nos mexem. As contínuas, que também pertencem à comunidade educativa, desempenharam os próprios papéis com seriedade e atenção; demonstraram maior empenho e desejo de melhorar depois dalgumas chamadas de atenção. O Director da Escola, Pe. Ilario, foi presente não somente de maneira formal, mas informando-se nos pormenores sobre a vida escolar e partilhando as decisões do dia a dia. Foi importante para os alunos saber que ele estava disponível em ouvi-los tão como nos problemas de estudo ou familiares, assim como nas brincadeiras e alegrias dos jovens. Realço a importância duma comunidade religiosa e duma realidade produtiva ao lado de Escola: tanto uma como a outra são bem observadas pelos alunos como tudo o que de bom (e também de negativo) elas têm. É importante motivo de reflexão sobre a vida, para jovens que procuram modelos credíveis. Actividades As actividades que a nossa Escola propõe são essencialmente os Cursos de Nível Básico para a formação de Serralheiros, Mecânicos, Electricistas, em cumprimento das normas ditadas pelo Ministério da Educação. O horário está muito preenchido e não permite grandes coisas. Além disso uma márgem maior há no 3º ano, no qual podemos leccionar módulos extracurriculares de Língua inglesa e Informática. O desporto (futebol) é praticado nos sábados. Igualmente nas tardes dos sábados, às vezes, demos projecção de filmes. Ao longo do ano cresceu o grupo For Big, núcleo de Estudo sobre o SIDA, em ligação com o PMO de Quelimane. A peça teatral por ele preparada já foi apresentada 4 vezes com bom sucesso: além dos resultados visíveis, foi bom ver crescer a fidelidade destes jovens ao compromisso assumido, o desejo de

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encontrar-se e partilhar ideias, treinar-se na atenção recíproca. Não se pode esquecer a biblioteca da nossa Escola que com os seus 3000 livros acompanhou cerca de 400 estudantes da cidade. A abertura diária e a presença fixa duma pessoa (na ultima parte do ano, uma voluntária) são essenciais para uma confiança sempre maior nos livros, uma habilidade crescente de procurar informações, uma contribuição à sede de conhecimento. Estruturas O edifício onde a Escola está colocada é confortável e bastante bem organizada, apto às actividades desempenhadas. Neste ano foi enriquecido pelo Laboratório de Tecnologias eléctricas e mecânicas, apetrechado com dispositivos e simulações de instalações eléctricas e simuladores eléctrico e mecânicos, projectados e montados pelos alunos guiados pelo prof. Andrea. A outra novidade é a reorganização do campo de futebol, as grandes máquinas de movimentação de terra permitiram a ampliação do espaço para campo de futebol, de voleibol e de basquetebol. Os trabalhos foram dirigidos pelo Pe. Ruffini. Nos próximos meses será construído o muro de vedação da propriedade em rede metálica. Futuro O que já está claro, em relação ao próximo ano, é a chegada de 4 voluntárias portuguesas que irão assumir as aulas de língua portuguesa, matemática, física, inglês. É intenção delas organizar o curso de agronomia, nível básico para o ano 2007, verificando as reais condições de realização. Iremos avaliar a possibilidade de módulos formativos de contabilidade e serviços de hotelaria. Mais concreta parece a organização de estágios de alguns finalistas nas empresas locais. A prioridade é organizar o Projecto Educativo da Escola, ou seja as linhas programáticas e os ideais de referência. Gurúè, 25 de Novembro de 2005. Maria Grazia Emanuelli Centro Dehoniano – Quelimane A Comunidade No início de 2005 a nossa comunidade era constituída pelo Pe. Provincial, Pe. Elio Greselin, Pe. Domenico Marcato, Superior delegado, secretário provincial e animador do movimento laical Família do Coração de Jesus, Pe. Gabriele Bedosti, ecónomo e encarregado do acolhimento, dos pobres e da assistência espiritual aos Voluntários empenhados no campo do SIDA, Pe. Aldo Marchesini, médico a tempo pleno no Hospital Provincial de Quelimane e o ir. Basílio Wahica, em

estágio pós-filosofia, colaborador directo do Pe. Gabriele. Durante o ano o Ir. Basílio foi para a Africa do Sul a fim de aprender a língua inglesa. No mês de Setembro o Pe. Domenico Marcato foi para Itália para tratar da sua saúde. Em Dezembro chegou o Pe. Francesco Bellini, Ecónomo e secretário provincial, e agora o Ir. Pietro Galuppini para acompanhar os trabalhos da PMO. A vida da comunidade foi regular, caracterizada pelo acolhimento de confrades e de vários hóspedes. A vida desenvolve-se ao ritmo da oração comunitária e doutros momentos normais do dia. O Retiro mensal, no primeiro domingo do mês, foi feito com fidelidade em conjunto com a comunidade do Sococo. Na IIª feira tivemos normalmente a Lectio Divina e na VIª o Conselho de Família. Sinceramente podemos dizer que o clima de vida fraterna é bom, além dos momentos de discussão, também fortes que aconteceram, mas não quebraram o diálogo entre nós. Serviço Pastoral Continua a colaboração com a paróquia da Sagrada Família, com a participação do Pe. Gabriele e Pe. Elio ao Conselho Pastoral e algumas Comissões, a celebração dominical na sede e nas comunidades, a animação com formação, Retiros espirituais à Família do Coração de Jesus. O Pe. Elio dedicou-se intensamente à pregação de Retiros e Exercícios espirituais a numerosas comunidades de vida consagrada da cidade e não só. O Pe. Gabriele acompanha espiritualmente os Voluntários que assistem os doentes do SIDA e os mesmos doentes; há uma missa mensal para todos estes na catedral velha de Quelimane. O Pe. Aldo faz pastoral através do seu serviço aos doentes. Frequenta também a cadeia civil e o calabouço. Pe. Aldo e Pe. Gabriele são membros do Conselho Presbiteral. A comunidade disponibiliza-se no acompanhamento espiritual dalgumas comunidades religiosas presentes em Quelimane, através de encontros formativos, Retiros e Celebrações Eucarísticas. No salão da nossa casa continuou todo o ano a actividade de formação permanente da CIRM-CONFEREMO da Diocese de Quelimane. Os encontros foram mensais, nas primeiras IVª feiras de cada mês, tratando vários assuntos preparados antes nas comunidades, em preparação também da Conferência Nacional, e depois retomando o tema desta, a inculturação da vida religiosa, com relatórios muito bem preparados. Os trabalhos foram sempre dirigidos pelo ir. Raquel e pelo Pe. Elio. Apostolado Social A situação social da cidade de Quelimane permanece crítica. Dá a impressão que, apesar dos esforços e

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iniciativas várias, a pobreza absoluta esteja ainda a alastrar. O desemprego é a situação habitual da grande maioria dos habitantes. Neste ano associou-se o aumento considerável do custo da vida, que afectou dramaticamente também os géneros de primeira necessidade. A fome já esta a matar muitas crianças e adultos doentes. Neste ano os encarregados dos pobres das Congregações Religiosas e das Comunidades Paroquiais da cidade, começaram a ter encontros regulares, em vista duma melhor coordenação das ajudas; infelizmente estamos ainda numa fase assistencial e o entusiasmo apagou-se muito cedo. A nossa comunidade empenhou-se em várias actividades: abertura dum Centro de Escuta e acolhimento dos pobres, apoio regular em alimentação e dinheiro aos mais vulneráveis (nas sextas feiras há distribuição de farinha a mais de 250 pessoas e mensalmente um subsidio de 300.000 mt. por 40 famílias); construção de palhotas aos sem abrigo ou cuja habitação foi totalmente ou parcialmente danificada (foram construídas 75 palhotas novas e muitas outras reparadas). O problema é sempre procurar fundos económicos. O fundo da Saúde neste ano ofereceu 200 milhões para os pobres. Colaboramos habitualmente com o Hospital Provincial para facilitar o regresso aos Distritos dos doentes indigentes que chegaram de ambulância e dos presos que saíram da cadeia. No campo do SIDA há também um esforço para formar e animar Voluntários moçambicanos para um espírito de abertura e de serviço gratuito para os doentes (o resultado não é muito gratificante), para uma assistência também económica à famílias de doentes em dificuldade (35), numa estreita colaboração com o Hospital Dia e a PMO e agora com uma nova forma de colaboração com os Serviços Sociais da cidade para acompanhar e encontrar famílias que possam acolher os órfãos. Muito positiva foi a colaboração dos seminaristas de Sococo. Conclusão A nossa comunidade agradece ao Senhor neste fim do ano pelas muitas graças recebidas, pelas muitas pessoas que nos visitaram e nos manifestaram simpatia e apreço e pedimos desculpa se não sempre fomos plenamente disponíveis. Escolasticado Filosófico Dehoniano – Fomento A nossa comunidade no início do ano estava composta por dez membros, sendo sete irmãos professos e três padres formadores: José Diomário, Director espiritual; Carlos Lobo; Superior e formador; Lázaro Ernesto Ecónomo da comunidade. Os estudantes eram sete dos quais um do primeiro ano de Filosofia, nos primeiros meses foi aconselhado a

abandonar a formação para resolver questões inerentes ao seu comportamento. Chegaram ao fim do ano 6 estudantes, sendo depois dois deles aconselhados a não renovar os votos: um do segundo ano e outro do terceiro ano. Portanto, neste ano renovaram quatro professos, dos quais, um vai começar com o ano de experiência para depois ir fazer teologia na Africa do Sul. O nosso Horário diário comporta o acordar as 5 horas para a 5:30 iniciar com as Laudes, Missa e Meditação. Depois do pequeno-almoço vai-se às aulas ate as 12:15. Às 12:45 reza-se a Hora Intermédia seguida do almoço e descanso. Às 14:30 retomam-se os estudos em casa, até as 18:30, hora em que começa a Adoração seguida de Vésperas e jantar. Segue-se depois o tempo livre, momento de recreio comunitário ou noticiário TV. Às 20:45 concluímos a jornada rezando Completas e depois cada um retira-se para o seu quarto para continuar a estudar ou dormir. Este tempo tem sido também preferido por eles para o colóquio com o mestre. A nossa actividade principal é de proporcionar aos nossos professos uma experiência de vida comunitária e dos votos, conduzidos por normas próprias do Juniorado. Os nossos irmãos têm também o estudo da Filosofia que os ocupa na parte da manha no Seminário St. Agostinho e os prepara para a assunção das ordens sacras. Enquanto eles estão no Seminário, os padres se ocupam no ensino junto ao Seminário Cristo Rei e no Instituto Superior M. Mãe da Africa. Para além disso, têem acompanhado espiritualmente os seminaristas dos Seminários Cristo Rei, St. Agostinho e algumas irmãs. Os padres Carlos Lobo e Lázaro Ernesto têm-se ausentado para participar ao Conselho Provincial. Para além do que o horário jornaleiro nos oferece, temos tido como momento de formação os Colóquios, feitos o mínimo mensalmente, procurando sempre mais auscultar os irmãos a nós confiados e cultivar um verdadeiro diálogo. Temos também como ponto formativo a Direcção Espiritual mensal animada por padre José Diomário. Outro instrumento formativo é a Lectio Divina, actuada cada sábado às 18:30. Nela a comunidade se reúne em torno do Evangelho dominical, medita e partilha. Cada mês fazemos os nossos Retiros com a outra comunidade, e os pregadores somos nós mesmos em forma cíclica, tanto na animação como no lugar: uma vez no Fomento e outra na Salvador Allende. Não deixa também de ser válido, a perspectiva formativa, os Conselhos de Família, feitos mensalmente, instrumento de revisão, análise e de correcção fraterna. Fizemos ainda, durante todo ano, três Cíclos de encontros de formação, sobre os três votos pelo Pe. José Diomário, seguiu-se a Direcção Espiritual pelo padre Carlos Lobo e por fim A Vida Comunitária pelo Pe. Lázaro Ernesto. Em cada mês temos tido um passeio comunitário. A meta é escolhida por eles. O passeio comunitário é formativo mas também o processo da escolha, de

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várias propostas eles mesmos devem chegar a uma que passa a ser de todos e, se necessário, renunciando o que é próprio. Pastoralmente os nossos religiosos estão dedicados na catequese de vários grupos na paróquia de São João Baptista de Fomento. O pároco está contente com a colaboração deles e inclusive a disponibilidade que têm demonstrado em substituir qualquer catequista durante uma eventual ausência. Infelizmente, nenhum de nós está com eles para acompanhá-los mais de perto. Pensamos porém, que neste ano poderemos ter uma parte deles junto ao Pe. Lázaro e José na animação da comunidade nova, que recebeu muito nos anos passados, da dedicação e generosidade do Pe. Luigi Sabini. O Pe. Carlos dá o seu apoio aos domingos, aos párocos de São Francisco de Infulene. Temos tido também uma atenção ao social. Contribuímos monetariamente à vigilância do bairro como faz cada família; em casos de falecimento sobretudo de quem é necessitado temos participado com as outras famílias na contribuição para o funeral. Para além disso sem fazer da nossa casa uma paróquia, temos acudido muito discretamente algumas situações de pobres, para saúde, para regresso as suas terras ou mesmo para comer. Perto da nossa entrada foi reabilitado uma ponte, na qual nós como os outros demos também a nossa mão. No início do ano a visão global da situação formativa era muito positiva, até que o arrastado problema do dinheiro do bolso foi de novo evidenciado pelos estudantes. Pensamos que foi uma questão a que eles deram muito valor, criando por parte de conversa sobre o referido assunto foi tratado a vários níveis, e tendo também sido ouvido o que os formadores dehonianos reunidos nos Camarões se referiram a este respeito. Nem todos estão de acordo acerca da necessidade de apresentar as contas mensalmente, concebendo as contas como instrumento de desconfiança e de controlo e que eles o administrassem por eles mesmos, como coisa própria, ate que acabasse, poupando-lhes a fadiga de vir pedir mensalmente. O dinheiro do bolso seria mais do que vencimento… A mesma atitude também se verifica em relação à Direcção Espiritual. Quereriam liberalizar os tempos da Direcção Espiritual: apresentar-se quando tivessem necessidade sem nenhuma obrigação mensal, pois que nem sempre há coisas por dizer mensalmente, ou ainda porque a Direcção Espiritual se pode tornar repetitiva. Uma certa incompreensão foi também manifestada quando se deram as saídas de alguns colegas tanto do Fomento como do Noviciado, as vezes defendendo e difundindo ideias erróneas em torno destas saídas. Alguns mostraram-se decepcionados por algumas chamadas de atenção, manifestando desilusão pelos formadores nativos, uma vez que se esperava deles uma formação mais relaxada, onde quase nada deve

ser fixo mas quase tudo deve ser posto primeiro em discussão. A Lectio Divina foi frequentada com abertura. Alguns tinham dificuldade de partilhar, e grande maioria partilhou e, alguns casos foram de forma emotiva. Diga-se a este propósito, que temos que ter a paciência de voltar a falar disso e esperar que se perceba de que a Lectio Divina é antes de tudo o encontro pessoal com a Palavra, e não palavra arma apontada para os outros, para os criticar ou corrigir, para dizer o que se deveria ser sem nunca dizer o que se é actual e presentemente. Verificamos que os jovens durante o ano, sentiram-se livres para dizer o que pensavam. Aliás, foi a partir daí, que algumas realidades foram por nós percebidas. Algumas vezes porém, ainda que tenham direito de dizer coisas estúpidas, como alguém diz, não deixamos de nos lamentarmos da falta de educação e respeito no modo de intervir e apresentar os pareceres. Houve também escolhas feitas teimosamente abstraindo às pré-dispostas pela comunidade, pelos formadores e superiores. Pensamos que na origem disto, sem chegar ainda falar de religião, pode estar uma falta de educação de base, salvo casos patológicos, se bem que existem. Da nossa parte, queremos continuar a dialogar com os jovens, para que eles se sintam interiormente dispostos, em casa e que experimentem a vida religiosa por quanto o Senhor concede a cada um deles e a nós, colaborando uns com os outros para o bem de toda a comunidade. Comunidade Religiosa Do Centro Polivalente Leão Dehon – Guruè Vida Comunitária A Comunidade Religiosa durante o ano de 2005 ficou constituída por 4 confrades: Pe. Ezio Toller, Superior; Pe. Ilario Verri, Director do Centro Polivalente Leão Dehon, Director da Escola Básica Industrial e Ecónomo; Pe. Onorio Matti, acompanhador dos trabalhos da restauração do Noviciado e da nova residência da comunidade religiosa da Missão de Alto Molócuè, Pe. Giuseppe Ruffini, professor na Escola Básica Industrial. É de salientar que durante o ano não houve presença continuada de todos os membros da comunidade, devido às ferias do Pe. Toller e do Pe. Ilario e também por outros empenhos. Procurou-se seguir com fidelidade os pontos salientes do Horário comunitário: tempos de oração, tempos de presença no conjunto das actividades do Centro e da Escola e tempos de partilha nas refeições. Quando à vida espiritual comunitária houve sempre a celebração das Laudes e das Vésperas; a Celebração da Eucaristia com uma pequena reflexão sobre a Palavra de Deus e o tempo dedicado à Adoração, conforme o espírito e a tradição da nossa Congregação. Devido a vários motivos de actividades

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diferenciadas, não conseguimos realizar sempre os Retiros mensais. Por causa destas actividades que dificultam encontrar um tempo disponível para os encontros de partilha, só poucas vezes foi possível realizar o Conselho de Família para analisar a nossa vida comunitária, para tomar soluções partilhadas e para poder crescer em conjunto. É de salientar também que, dentro dos vários projectos nos quais esta envolvida a nossa comunidade religiosa, houve a presença continuada de outras pessoas. Em primeiro lugar, a presença do Pe. Paulo Raúl, sacerdote Diocesano da Diocese de Nacala. Ele ficou empenhado como professor de diversas disciplinas na Escola Básica e partilhou em cheio na nossa vida comunitária de oração e de convívio: a sua presença foi muito positiva e válida para ele próprio e para a nossa obra. Além do Pe. Paulo, é de pôr em evidência a presença bastante numerosa de Voluntários italianos e portugueses os quais estiveram envolvidos em várias actividades e partilharam connosco as refeições, alguns também os momentos de oração e de convívio. Em geral, a presença dos Voluntários foi positiva, dando apoio e incremento aos objectivos da nossa obra. Entre eles, é de salientar Maria Grazia Emanuelli que desenvolveu com diligência a importante actividade de Directora Didáctica da Escola Básica; também Andrea Sala, muito activo na serralheria – mecânica e em vários sectores da mesma Escola Básica. Quanto aos Voluntários, às vezes, pode acontecer que venham com projectos pré-definidos por eles próprios e que depois não encontrem a possível realização, então, isto pode criar uma certa frustração neles próprios e também no ambiente onde se encontram. Tivemos também alguns encontros da nossa comunidade e os Voluntários para partilhar em conjunto a finalidade da nossa obra, a vida diária, os vários serviços e sugestões para tornar mais positiva esta obra. Para o ano de 2006 é prevista a vinda de 4 voluntárias portuguesas para o serviço de professoras. Vida Apostólica Como religiosos e sacerdotes, toda a nossa realidade de vida e de actividade é concretização do anúncio e do testemunho do Reino de Deus. Portanto, a nossa presença e o nosso serviço nesta comunidade e nesta Obra faz parte do projecto evangélico, e tudo o que somos e tudo o que vem realizado entra no conjunto da Igreja Local na qual nos encontramos e também no caminho da nossa Província Moçambicana. Dentro desta visão global, conforme os tempos e os programas pastorais da Paroquia na qual nos encontramos, fomos sempre disponíveis aos domingos acompanhar as comunidades cristãs desta paróquia. Além disso, estivemos também diariamente disponíveis ao atendimento às confissões. Neste sentido a nossa casa é sempre procurada, porque as pessoas sabem que os padres são sempre disponíveis.

Na segunda parte do ano, o Pe. Onório atendeu aos sábados e aos domingos também às comunidades da missão de Alto Molócuè. Empenho Social Uma grande finalidade específica da nossa comunidade é o empenho no campo social através da Escola Básica Industrial e da actividade de produção nos vários sectores da carpintaria, da serralharia mecânica e oficina. A Escola, com um bom seguimento prepara os jovens para um futuro melhor, seja no aspecto humano, seja no aspecto ético-moral. Quanto ao sector da produção, além de contribuir para a autonomia económica da nossa comunidade religiosa e da Escola, é também ocasião para dar trabalho aos trabalhadores que assim podem sustentar as suas famílias e melhorar a própria condição. Além deste aspecto prático, de produção e de salários, é preciso ter em conta também a oportunidade de criar nos trabalhadores os valores da responsabilidade num serviço activo e bem feito, da atenção aos meios postos ao seu alcance para a concretização do trabalho. Portanto, esta actividade de produção é também ocasião para a formação humana e ética. Como sabemos, toda esta realidade de acompanhamento na Escola e no trabalho no qual se encontra a nossa comunidade religiosa, entra no carisma específico da nossa Congregação. Além de contribuir para o crescimento religioso do povo. Damos também a nossa disponibilidade e o serviço para um crescimento humano deste povo. Centro de Formação – Milevane Vida da Comunidade Religiosa No início do ano a comunidade era composta por três confrades: Pe. Riccardo Regonesi, Superior e Ecónomo), Pe. Elias Ciscato, responsável da Missão e pesquisador, Pe. Luís Vasco Monoca, pastoral. No mês de Fevereiro chegaram do Brasil os irmãos Claudinei Francisco de Oliveira e Rafael Stiz, para dar continuidade a uma presença e colaboração entre Províncias que teve o seu começo já faz cinco anos. O 2005 concluiu-se com um conjunto de novidades relacionadas com a prevista remodelação das comunidades, cujo início jurídico está fixado no dia 27 de Dezembro, e que será proclamada na próxima Assembleia de Janeiro. Assim, em Setembro chega o padre Onorino Venturini que, num primeiro momento, continua a assistir a Missão de Molócuè a partir de Milevane, com a ajuda do Pe. Damião, Pe. Onorio Matti, Pe. Saraiva, Pe. Elias Ciscato e, depois da chegada do Pe. Daniele Gaiola em Molócuè, fica estavelmente na nossa comunidade na espera da sua definitiva colocação. No dia 28 de Outubro chega o diácono Abel. Duas semanas mais tarde sai para

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Maputo o Pe. Riccardo, ficando com o diácono Abel o encargo da economia e do atendimento. No dia 27 de Dezembro despedimos do ir. Rafael que é destinado à Casa Coração de Jesus – Sococo. O andamento comunitário seguiu um ritmo diário normal, sem muitos momentos de encontros formais de programação de estudos e Retiros. O Pe. Riccardo, além da economia, cuidou do andamento da casa e do acolhimento aos grupos que por aqui passaram durante este ano e às pessoas dos arredores que pedem pequenos apoios para medicações de feridas. O Pe. Elias passou a maior parte do tempo com o ir. Rafael para armazenar no computador a maior quantia possível do material etnográfico e procurou de garantir o mínimo atendimento pastoral indispensável à Missão de Nauela, juntamente com Pe. Luís, com a colaboração da comunidade do Noviciado e das Irmãs do Amor de Deus. O ir. Claudinei colaborou o Pe. Riccardo e tomou conta de todas as actividades e trabalhos que estão em relação com a casa e com a área da agro-pecuária. Além disso ele e o ir. Rafael se dedicaram ao ensino na Escola da E.F.A. (Escola Família Agrária) das Irmãs do Amor de Deus. Durante o ano de 2005 recebemos o pedido de hospitalidade e de estadia da parte de pessoas e de grupos, para descanso ou para os Exercícios Espirituais, e foram organizados alguns encontros de Exercícios Espirituais de um grupo de Padres Diocesanos, dos Capuchinhos, das Irmãs do Amor de Deus, da Consolada, das Combonianas, da Companhia Missionária; um encontro da Visão Mundial, um encontro de Pastores Evangélicos e outro de um grupo evangélico de Lichinga, reuniões da Justiça e Paz de Quelimane, de Guruè e da Missão; a Assembleia Diocesana da Diocese de Guruè; encontros dos jovens da Missão, dos vocacionados, dos catequistas das crianças; apoio logístico à P.M.O. Fica ainda em suspenso a solução do problema da presença dalgumas pessoas que já deveriam ter saído da porção do nosso terreno que nos reservam. Vida Da Missão A actividade pastoral, como já dito, foi limitada ao indispensável: as visitas às comunidades; as reuniões mensais com os coordenadores para acompanhar o andamento da Missão; a administração dos sacramentos; a presença na sé da Missão todas as sextas-feiras com a celebração eucarística nas primeiras sextas-feiras de cada mês. A comunidade do Noviciado deu um valioso impulso à organização e formação dos jovens a nível da Missão. Tivemos a Visita Pastoral no mês de Outubro: o senhor Bispo administrou o sacramento do Confirmação deslocando-se em cinco centros. No próximo mês de Janeiro teremos o Conselho pastoral da missão para fortalecer a autonomia de cada comunidade e decidir acerca do reconhecimento de novas comunidades. Continuou a experiência de

disponibilizar uma sala da missão para um Curso Bíblico encaminhado pela Infortem de Mocuba. A folha da Missão (Watàna) quase parou de sair. Entre os vários trabalhos que deveriam ser tomados em consideração na antiga Missão (arranjo do telhado da Igreja; colocar os vidros que faltam, especialmente nas janelas de cima para impedir a infiltração da agua e a entrada das andorinhas e dos pássaros nocturnos; pintar a mesma Igreja por dentro e por fora; recobrir o telhado da casa dos padres, etc.) foram levados a frente só a continuação da cobertura de um dos edifícios escolares e a colocação de placas de alcatrão sobre todo o telhado do antigo hospital (que actualmente serve de secretaria da Missão) para não perder uma estrutura ainda válida mas que estava a deteriorar-se irremediavelmente. Cada ano reaparece algum problema relacionado com o terreno da Missão. Vida Social O quadro geral que esboçamos no relatório do ano anterior fica ainda válido. Acrescentamos somente mais algumas desgraças: o ano agrícola foi muito fraco, a seca prolongada, na altura da sementeira, piorou ainda mais a situação tanto que também em Nauela ouve-se falar de fome. Aqui e acolá estão aparecendo focos de cólera. Foi empossado um novo administrador da Localidade. No mês de Outubro, por órdem do Governador da Zambézia, a Missão de Mihekani foi oficialmente entregue à Igreja da União Batista. Houve uma grande festa para marcar a passagem: anteriormente a mesma Missão tinha sido atribuída à Igreja Evangélica de Cristo. Casa Coração De Jesus – Quelimane Introdução “O meu sonho era que todas as comunidades dos Oblatos, consagradas inteiramente ao Coração de Jesus, fossem autênticos e verdadeiros tabernáculos de felicidade e escolas de caridade fraterna”. É com estas singelas, mas penetrantes palavras do nosso querido fundador, o padre Dehon, ora acima parafraseadas, que ousamos, com imensa estima e como pequena comunidade de Sococo, dar início ao nosso Relatório Anual, através do qual vamos partilhar sinteticamente tudo quanto vivemos ao longo do ano findo. Mas, antes de tudo, permiti-nos saudar a toda a Assembleia na paz e amor do Coração de Jesus. Vida Comunitária A casa Coração de Jesus, habitualmente chamada Sococo, tem-se composto nestes últimos anos, por uma grande comunidade que, por obrigação lógica e por questões praticas, desdobra-se em duas, para

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além dos trabalhadores, que neste ano era 7 e que tem prestado uma ajuda útil em certas áreas da nossa vida quotidiana. A Comunidade Religiosa Ao longo do ano findo, a nossa comunidade religiosa, compunha-se de três confrades, nomeadamente: o padre Mario Gritti, que cumpria com as funções de Superior da comunidade, Ecónomo e responsável pela formação, o Pe. Manuel de Gouveia, que era o Padre espiritual da comunidade e auxiliar do ecónomo, no que dizia respeito às compras e o Pe. Messias Alberto Lopes, que colaborava com o padre Mário na formação. Os padres Manuel e Messias, davam aulas no Seminário de Santo Agostinho: o primeiro de Latim e o segundo de Francês e Introdução à Filosofia. Na ausência do Pe. Manuel, deu continuidade às aulas de Latim, o Pe. Mario. Por sermos três, dizíamos habitualmente que formávamos a trindade terrena. O amor, o diálogo, a reconciliação habitual, a correcção fraterna, a corresponsabilidade religiosa, a assiduidade à fracção do pão, à oração e liturgia quotidianas, a pratica regular da Lectio Divina e de Retiros mensais, realizados com os confrades da casa provincial, etc. tudo isto, marcava fortemente e contribuía para o bom andamento da nossa comunidade. A Nossa “Trindade Ferida” Inesperadamente, a nossa comunidade religiosa viu-se sem o seu terceiro membro, na pessoa do Pe. Manuel, que por razões ligadas à sua saúde, que estava em constante e sempre crescente degradação, teve que partir de repente, para Portugal, nos inícios de Julho, a fim de receber os cuidados médicos. O progresso do seu processo terapêutico, viemos acompanhando todos, a partir do informe que nos chegava da Província Portuguesa e a nós comunicados pelo Provincial. Ao que tudo indica, há bons sinais e os nossos votos, é que aquele confrade volte depressa e faça valer a sua posição humilde de pedra angular. Com a saída do Pe. Manuel, tivemos que ficar dois, o Pe. Gritti e eu, ate ao fim do ano. Graças ao Coração de Jesus, as forças não nos faltaram. E assim, conseguimos levar a bom termo a nossa missão, quais servos inúteis. A Comunidade dos Estudantes A vocação é sempre um dom de Deus. É um dom gratuito, que deve ser acolhido, orientado e vivido também na gratuidade. Pela graça de Deus, o ano passado, a comunidade estudantil, compunha-se de 38 jovens, repartidos em 9, 16 e 13, no primeiro, segundo o terceiro anos respectivamente e oriundos

de vários pontos do nosso pais, como: Pemba, Nampula, Zambézia, Sofala, Tete e Maputo. Todos chegaram ao fim do ano académico. Mas, como a formação é sempre formação, há os que perseveraram e querem voltar no próximo ano. Outros desistiram ou simplesmente, foram aconselhados a deixar o Seminário. Assim, pois, do que sabemos ate agora, é que dos 9 do primeiro ano, voltam somente 8, porque um desistiu por causa da sua saúde. Dos 16 do segundo ano, voltam apenas 12, pois 4 desistiram, 1 por motivos de saúde e três por causa de problemas pessoais. E por fim, dos 13 do terceiro ano, pensam vir ao Postulantado apenas 6, porque 7 saíram: 1 aconselhado para um ano de experiência, 2 pediram para um ano de experiência e 4 saíram sozinhos. Não obstante estas desistências e atritos característicos para qualquer que seja o convívio humano, temos que frisar que o clima que se vivia era bom. Como exemplo disso, gostaríamos de louvar e partilhar, a alegria que se experimentava em todos os dias de desporto, nos momentos de recreação, passados ora pela projecção de filmes, ora por momentos de musica e debates em torno de diferentes assuntos de interesse dos jovens e achados formativos, por exemplos, a vida do fundador, assuntos de política, dissertações filosóficas e culturais, etc. com o único intuito de incrementar nos jovens, o espírito crítico e de pesquisa, ajudando-os ao mesmo tempo, a sair da sua carcaça de medo e solidão, para se abrirem à beleza da partilha e da convivência fraterna. Os momentos de trabalho manual e de estudo eram bem aproveitados, o que justifica, por exemplo, no campo académico, o elevado índice de aprovações entre os nossos estudantes. Chegou-se a criar entre os estudantes, mas depois de tanta insistência por parte dos formadores, um clima lindo de silêncio e respeito recíproco. Julgamos necessário repetir que, tudo não foram jardins de rosas. Com efeito, as doenças, essas, tentaram criar um mau clima no seio dos nossos jovens, sobretudo e concretamente, quando foi detectada em alguns deles, a “Hepatite B”. Isto gerou um mal-estar, pois os jovens quiseram especular qual podia ter sido a causa do seu começo. E com frequência, encostavam-se na “Causa da alimentação”. Mas depois dum diálogo sereno, o que foi sempre o nosso meio formativo, chegamos a uma tranquilidade total e aceitação total da situação de doença, como algo normal para um homem normal. “Não é possível e ate não é bom, ficar na terra e nunca experimentar a doença”. Portanto, é bom por vezes aceitar a doença, como solidariedade com tantos dos nossos irmãos agonizantes pelo mundo fora. “Isto não era uma lição de moral, mas uma busca e procura de assimilação real duma vida real”. Duma forma geral, diríamos que, a comunidade dos estudantes, procurou viver bem a sua experiência formativa, buscando nutriu-se dos valores dehonianos

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de amor, reparação, abandono etc., então transmitidos no dia a dia, através dos encontros de formação das segunda e quartas feitas e por todos os momentos da vida ordinária dos formadores. Em relação a este testemunho de vida, foi de extrema importância, a vinda à nossa casa, do provincial, para a formação dos nossos jovens. Gostaríamos que esta iniciativa dessa continuidade regular para o próximo ano, uma vez que o provincial vive ali perto. Vida Apostólica Sendo uma comunidade formativa, a nossa tem dado uma importância equilibrada seja ao estudo, seja ao apostolado. Assim, para além da frequência do Seminário Santo Agostinho, o que constitui umas das nossas tarefas primordiais, de uma forma assídua também levamos a cabo, a pastoral e em duas facetas: 1 – A catequese da Paróquia da Sagrada Samília, para os seminaristas e a participação no Curso de Formação de catequistas, facultado pela Catedral e que no nosso caso, só era participado pelos do primeiro ano, e a animação da liturgia dominical das comunidades cristãs e que estava assim organizada: os padres Manuel e Mario colaboravam com a Paróquia da Sagrada Família e o padre Messias, com a Catedral. 2 – A visita aos doentes de SIDA, realizada pelos seminaristas e em colaboração com os da P.M.O. Nestas todas actividades procuramos, na medida do possível, ser assíduos e presentes sempre que os programas nos solicitassem. Um outro facto a frisar, no que concerne à pastoral, é este: Com a saída do padre Nico, o padre Messias assumiu a Direcção da animação da surpreendente e sempre crescente, sobretudo em número, da Família do Coração de Jesus. Para além de visitar, apenas em dois meses, quase todos os centros nos quais esta Família celebra os seus momentos fortes, o padre Messias teve a santa sorte de organizar e celebrar a primeira Assembleia desta família, que teve lugar no Sococo, nos dias 11, 12 e 13 de Novembro. Com a presença de mais de 1000 (mil) pessoas. Paralelamente a esta animação da Família do Coração de Jesus, temos que referir que a nossa Pastoral Vocacional durante o ano passado, centrou-se mais

no envio de cartas e colaboração com os diferentes animadores dos Centros Vocacionais. Isto foi a conselho do provincial As vantagens foram muitas. Entre tantas, citemos a de diminuir as saídas sem lógica. Porém, algo de novo fizemos. Ao nível da Comissão de formadores, promoção e animação vocacional, organizamos no mês de Dezembro, uma Semana Vocacional Dehoniana aqui em Milevane. A nossa preocupação é sempre a da busca de um melhor caminho e método de animação vocacional, que exclua todo o indício nefasto de individualismo e valorize mais o cunho comunitário e o espírito de equipa, em tudo o que fazemos. Quanto a isto o padre Messias tem já um breve relatório que nos pode dar os pormenores da dita Semana Vocacional Dehoniana. Problemas Sociais A nossa comunidade, embora, por constituição e finalidade próprias, esteja um tanto quanto fora do mundo, não ficou contudo, indiferente diante do choque provocado pela desastrosa questão social do nosso tempo, nas suas múltiplas formas. Seja pela TVM, seja pela Rádio ou pelo jornal, a nossa comunidade, procurou sempre interessar-se da problemática social actual. Entre tantos problemas, o mais comum foi o da presença frequente na nossa comunidade de pobres e doentes, pedindo dinheiro ou comida. Nestes todos casos, a nossa resposta, foi a de reencaminhar estes filhos de Deus sofredores, ao padre Gabriele, então encarregado do atendimento dos pobres, para lhes dar a solução que achasse oportuna. É claro que ficamos sempre marcados por esta desumana situação de pobreza do nosso povo. Como força e resposta espiritual, nos lembrávamos com frequência do dito de Mestre Jesus: “Pobres sempre os tereis”. Daqui, a adopção de uma nova atitude espiritual, que era a de “colocar no altar, em cada Celebração Eucarística, esta dor de pobreza e oferecê-la, com o pão e o vinho ao Coração de Jesus, como autêntico sacrifício de amor e de reparação”.

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STATUS CONGREGATIONIS 31.08.2005

Prov Card. Ep. Pres Diac. FVP FVT SVP SVT Tot Nov

AM 1 16 0 1 0 0 3 21 0 AR 2 34 0 1 0 0 5 42 0 BC 1/4 123 4 4 2 0 51 189 20 BH 0 25 0 3 0 0 0 28 0 BM 4 97 1 5 1 0 31 139 9 BS 0 43 3 1 1 0 5 53 0

CAN 0 21 0 0 0 2 0 23 0 CH 0 17 0 3 0 2 2 24 2 CM 0 38 5 5 3 9 28 88 7 CO 0 38 1 4 8 7 36 94 10 CU 0 8 0 0 0 0 0 8 0 EF 0 63 1 15 0 0 0 79 2 FL 0 29 0 5 0 0 0 34 0 GE 0 55 0 6 0 2 0 63 1 HI 0 77 2 18 0 10 10 117 0 IM 0 53 2 1 2 0 2 60 0 IN 2 96 2 15 4 14 28 161 17

IND 0 16 0 2 3 0 21 42 10 IS 0 171 1 17 0 1 3 193 0 LU 2 74 4 7 0 0 16 103 18

MAD 2 24 2 5 1 0 17 51 0 MZ 1 36 1 1 0 0 10 49 5 NE 0 101 1 19 0 0 0 121 0 PHI 0 15 1 1 0 0 12 29 5 PO 1/1 222 6 11 1 0 29 271 9 US 1 85 2 18 0 0 2 108 2

VEM 0 20 0 2 0 0 7 29 3

TOT 22 1.597 39 170 26 47 318 2.219 120

31.04.2005 22 1.599 40 170 26 45 320 2.222 84

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COMISSÃO DA FORMAÇÃO_______________ RELATÓRIO

“Semana Vocacional Dehoniana”

Nestes últimos anos, os Institutos Religiosos fizeram uns esforços na procura de uma “eficaz” promoção e animação vocacional. A Comissão para a formação da província MZ quis organizar, em Milevane, ad experimentum uma Semana Vocacional Dehoniana (SVD).

Objectivos • Ter um tempo de diálogo com os jovens. • Comunicar os conteúdos básicos para um discernimento vocacional scj. • Conhecer melhor e pessoalmente os jovens que querem entrar na nossa casa de Aspirantado. • Evitar viagens prolongadas durante o ano, com a convicção de estarmos a fazer promoção

vocacional, mas que não permitem de facto encontros proveitosos.

Lema da Semana: “Mestre, onde moras? Vinde e vedes”. Foi escolhido este lema porque o formador deveria ser um novo João Baptista que aponta aos jovens do

nosso tempo o Senhor Jesus presente na história e que muitas vezes passa por um “desconhecido”. Foram abordados os seguintes aspectos: 1. Vocação à vida religiosa, dom de Deus que pede uma resposta (Pe. Azevedo Saraiva). 2. O meu sim a Deus como Maria: verdadeira história de fé (ir. Lúcia Latas). 3. O mundo contemporâneo e seus impedimentos na sequela de Cristo (Pe. Augusto João). 4. Pastor do povo de Deus: uma missão exigente (Pe. Luís Ângelo Muhilonge). 5. O papel do estudo na sequela de Cristo (Pe. Augusto João). 6. O Pe. Dehon e eu: linda experiência de discipulado (Pe. Messias Alberto Lopes). 7. Apresentação sintética da nossa Congregação e da Província Moçambicana SCJ (Diácono Abel

Sicanso).

O desenvolvimento destes temas ajudou muito os jovens a penetrar mais na beleza da vocação em geral e na vocação dehoniana em particular.

Conclusões Formadores e jovens fizeram um balanço desta semana vocacional dehoniana: uma experiência muito

linda e que não deve parar apenas para esta semana. Um jovem afirmou: “Numa semana entendi muito mais do que quer dizer ser vocacionado do que nos cinco anos que fiquei no grupo vocacional”.

Devemos dizer que o custo do curso foi muito elevado (viagens, alojamento, comida) mas valeu a pena. Numa partilha com o nosso provincial a este respeito a ideia que ficou é esta: o plano de realizar uma

semana vocacional é bom porque permite um contacto directo e faz com que se possa trabalhar em equipa evitando-se viagens vocacionais fictícias e por isso inúteis. São tantos os jovens que se dizem vocacionados e vivem dispersos em vários lugares do país. Não parece conveniente chegar às casas de todos eles nesta primeira fase de discernimento. Deve existir a vontade de conhecer a família e falar com os pais dos nossos candidatos mas parece ser mais oportuno faze-lo quando o número destes jovens é mais ou menos

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consolidado e nas etapas decisivas e mais significativas do currículo formativo, como poderá ser no caso do postulantado, noviciado e juniorato. Os jovens mesmos deverão evangelizar o seus familiares ao longo do seu caminho vocacional.

No nosso trabalho é urgente criar três pólos vocacionais em Moçambique e trabalhar em conjunto mas

cada um no seu território. 1. Pólo Sul: animado pela comunidade de Fomento. 2. Pólo Centro: comunidade de Sococo. 3. Pólo Centro – Norte: (diocese de Gurue até Pemba).

Animado pela comunidade do Noviciado em colaboração com Nampula.

Um esquema de trabalho assim concebido se for actuado, será muito eficaz e irá contribuir na poupança do nosso tempo e na economia. Aliás, todo confrade scj deve sentir-se promotor vocacional.

Portanto seriam estes “Pólos” que depois de conhecerem bem os jovens que se relacionam com eles, os

encaminhariam para a comunidade de Sococo. Outra consideração importante: esta maneira de proceder exige necessariamente a constituição de uma

sólida secretaria vocacional, que prepare, envie e distribua folhetos e outros subsídios simples, breves, de fácil percepção que toquem a vida real e espiritual dos jovens. Esta seria uma das tarefas da Comissão da formação.

Em linhas gerais é isto o que a Comissão para a formação procurou fazer durante o ano passado.

Iremos continuar.

Pe. Messias Alberto Lopes, scj 27 de Dezembro de 2005

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REFLEXÃO CONCLUSIVA________________ Vida Fraterna em Comunidade É o núcleo em volta do qual todos os confrades da nossa província MZ são chamados a reflectir como

síngulos e como comunidade ao longo deste ano de 2006. Há quem pensa que o tema da fraternidade seja um tema marginal, repetitivo, opcional: mas para nós Dehonianos dos 2006 é o núcleo essencial em volta do qual se desenrola a nossa vida quotidiana.

Os Valores Vocacionais Dehonianos (carisma, votos, vida comunitária, vida de oração e vida apostólica) que abraçamos com alegria no dia da nossa profissão continuam atraentes e totalmente operantes ainda hoje. A Vida Consagrada no seu contínuo caminho de fidelidade à Igreja, está a percorrer estradas, por vezes, novas na sua manifestação concreta mas o esqueleto da vida consagrada é sempre o mesmo.

Se cada um de nós colocou Jesus Cristo como centro da sua vida, será máximo compromisso da sua vida seguir a Cristo na sua oblação ao Pai e aos homens seus irmãos.

A sequela de Cristo e a sua imitação é o valor supremo a atingir na nossa vida consagrada. Um dos meios fundamentais desta sequela de Cristo é a Vida Fraterna em Comunidade. Agora vos

convido a ler e meditar a sério quanto está escrito no nosso Directório Provincial, aprovado pelo padre Geral e seu Conselho no dia 24 de Maio de 2004. Do nº 10 até 19 são traçadas as metas e as motivações que inspiraram o início da nossa caminhada como Província MZ: caminho totalmente nosso, diverso das outras províncias e que iluminam os ideais que tínhamos naquela altura de graça e de inspiração. Os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência, a procura constante do Reino de Deus, o fazer a vontade amorosa do Pai, o Ecce Venio, o Ecce Ancilla, o Adveniat Regnum tuum, o Sint Unum, o exemplo do nosso fundador, o Carisma que nos deixou: tudo isto é colocado pelo Directório Provincial no clima da fraternidade. (Cfr. Carta Programática 2004 - 2007, nº 4 e nº 6b).

Neste breve encontro de apresentação do tema vou sublinhar somente uns pontos: 1. A Vida Fraterna em Comunidade é constitutiva da vida religiosa dehoniana. 2. Ninguém é dispensado e todos somos chamados a uma coerente acção de vivência da fraternidade. 3. A Vida Fraterna é tarefa e responsabilidade de todos. Ninguém pode ficar à margem. 4. É um dom mas um dom a construir dia após dia. Na comunidade encontram-se os religiosos jovens com os mais velhos, europeus e africanos, pessoas cansadas e pessoas entusiastas, com saúde ou frágeis de saúde, cheios de idealismo mas também revestido de individualismo, pessoas com bom carácter e pessoas complicadas, magoadas e disturbadas psicologicamente, pessoas fundamentalmente alegres e outras infelizes, umas motivadas e outras desmotivadas, pessoas sentadas e pessoas de fogo e ardor apostólico. 5. A Vida Fraterna em Comunidade não se encontra já constituída mas deve ser construída por nós que vivemos aí onde a obediência nos colocou: nós com os nossos vícios e as nossas virtudes. 6. A Vida Fraterna em Comunidade é empenho quotidiano, para sempre: cada dia devo iniciar a amar e dar a vida pelas pessoas que comigo vivem o mesmo ideal. 7. A Vida Fraterna em Comunidade é exigente, não deixa espaços livres, não deixa lugar para projectos pessoais mas querem sejam harmonizados com o projecto comunitário. 8. A Vida Fraterna em Comunidade é uma escola de estima recíproca, renovada, de olhos nos olhos, confiantes, em colaboração de programação, revisão, oração, perdão e reconciliação. 9. A Vida Fraterna em Comunidade derruba, abate todas as defesas pessoais de se candidatar como bons religiosos perante os outros, quando, ao contrário, devo estar preocupado de ter o coração transparente diante de Deus Pai. 10. A Vida Fraterna em Comunidade me faz descer do trono do tribunal onde me coloco para julgar os outros confrades e me coloca perto de todos numa atitude de imensa misericórdia e humildade.

É claro que então desaparecem todos aqueles factos que minam e fazem rebentar o medo recíproco e o julgamento recíproco. Factos como: • Não colocar na caixa comunitária o dinheiro recebido. • Uso descontrolado dos bens da comunidade (viaturas, TV, celular pessoal, telefone, despesas pessoais excessivas e não concordadas com o superior, fuga prolongada até noites e dias inteiros fora da comunidade sem esta se dar conta ou ser informada.

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• Uso descontrolado de alcoólicos e desordens sucessivas. • Falta de atenção aos hóspedes (pensa o superior!). • Atitudes por vezes racistas em palavras, gestos e mentalidades que minam a nossa profissão de pertença a uma Congregação Internacional. • Excessivas viagens por motivos fúteis e de interesse pessoal com o uso descontrolado de despesas. • Uso exagerado e autónomo de dinheiro da comunidade, não devidamente controlado e sem dar conta dele.

São factos concretos, fixados, mediante os quais, o religioso que os faz perde autoridade e a comunidade é constrangida a um suplemento de misericórdia, mas que, de facto, destrói a recíproca confiança, o respeito, favorece o nervosismo e um clima de crítica, de deixar correr. A comunidade é constrangida a gastar todas as suas energias não na procura do Reino de Deus mas no controle estúpido e estéril da sua vida interna mesquinha.

E, por ultimo, quero lembrar que as estruturas comunitárias devem ser usadas com convicção e taxativamente por todos: elaboração do Projecto Comunitário – Conselho de Família – Convívio no refeitório, na capela e nas festas dos confrades – Adesão alegre e obediente às propostas de Lectio Divina, Adorações Comunitárias, Retiros Mensais, Exercícios Espirituais e Assembleias.

Bom trabalho a todos. Enviaremos os pontos sobre os quais as comunidades reflectirão ao longo do ano.

Padre Elio Greselin, scj Milevane, 9 de Janeiro de 2006.

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ÍNDICE

CARTA DO P. PROVINCIAL pág. 01 MENSAGEM DO SUPERIOR GERAL pág. 02 DA CÚRIA GERAL pág. 05 COMUNICADO Nº 13 pág. 05 COMUNICADO Nº 14 pág. 06 COMUNICADO Nº 15 pág. 07 NOTÍCIAS DA PROVÍNCIA – ASSEMBLEIA ANUAL pág. 09 STATUS CONGREGATIONIS pág. 29 SEMANA VOCACIONAL DEHONIANA pág. 30 REFLEXÃO CONCLUSIVA pág. 32

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