cartilha política para as legislativas 2011

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Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Propostas da Direcção da AEFCUP em matérias de Políticas de Juventude e de Políticas para o Ensino Superior Abril/Maio 2011 Legislativas 2011 Cartilha Política AFECUP

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Cartilha Política para as Legislativas 2011, onde constam Propostas da Direcção da AEFCUP em matérias de Políticas de Juventude e de Políticas para o Ensino Superior.

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Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Propostas da Direcção da AEFCUP em matérias de Políticas de Juventude e de Políticas para o Ensino SuperiorAbril/Maio 2011

Legislativas 2011Cartilha Política AFECUP

A segunda maior associação estudantil da maior instituição de ensino superior nacional

AEFCUP

A Associação de Estudantes da Faculdade Ciências da Universidade

do Porto é a segunda maior associação estudantil da Universidade

do Porto, representando todos os alunos da Faculdade de Ciências

e assenta a sua actuação, nos princípios da Liberdade, Igualdade

de Oportunidades, Solidariedade, Fraternidade e Laicidade,

gozando de total autonomia, relativamente a qualquer outro

organismo.

Foi legalmente constituída a 27 Janeiro de 1986, embora a sua

existência remonte aos anos 30 do século XX e tem-se pautado

pela defesa do Ensino Superior Público e pelo o apoio aos

estudantes não só de Ciências mas de todas as instituições de

ensino superior do país e, assim, continuará incessantemente,

porque só assim faz sentido a sua existência.

Nota EditorialEste documento surge no âmbito das Eleições Legislativas

de 2011, pretendendo servir de “caderno reivindicativo”

da AEFCUP junto diversas entidades, instituições e

personalidades.

Esta cartilha não pretende ser um documento exaustivo e

pormenorizado que consagre todas as políticas

necessárias a adoptar no ensino superior e em matéria

de políticas de juventude, mas deve ser concebido como

um documento de análise simples, que possa ser

explorado e discutido “à posteriori” pelas entidades

políticas e pela Direcção da AEFCUP.

Temáticas

1 Avaliação, Qualidade e Rede de Ensino Superior

2 Financiamento

3 Acção Social

4 Empregabilidade e Empreendedorismo

5 Cidadania

1 Avaliação, Qualidade e Rede de Ensino Superior

Avaliação, Qualidade e Rede de

Ensino SuperiorUm dos principais problemas do Ensino Superior é a

sua vasta rede que afecta não só a qualidade do

ensino administrado e o justo financiamento como,

também, tem graves repercussões na

empregabilidade dos jovens. Hoje, o Ensino Superior

nacional tem demasiadas instituições, demasiados

cursos, uma diversidade de nomenclaturas para uma

mesma área de estudos e um número excessivo de

vagas para sectores onde o mercado de trabalho já

está saturado.

Assim, a AEFCUP defende:

1. Criação e divulgação pública de um ranking

nacional do ensino superior discriminando

qualitativamente as diferentes IES.

2. Uma clarificação pedagógica e profissional dos

diferentes subsistemas de ensino.

3. Atribuição de valências formativas mais

generalistas (1º ciclo) para IES menos cotadas

e com carácter de proximidade.

4. Em conjunto com as IES, assumir um

compromisso para que as melhores IES se

foquem na especialização.

5. Maior poder regulador do Estado na

uniformização das diferentes nomenclaturas

de cursos com planos de estudos similares.

6. Estudo abrangente sobre as actuais e as

futuras necessidades e dinâmicas do mercado

de trabalho a nível nacional e regional e

proceder a uma reavaliação do número de

vagas de cada curso existente.

7. Discriminação positiva, pela via do

financiamento público, das IES que

estabeleçam parcerias com vista à partilha de

recursos, parcerias comerciais e de

administração de conteúdos formativos.

2 Financiamento

Financiamento

O Financiamento do Ensino Superior deve ser um

desígnio orientador da política nacional. O carácter

deve ser justo, transparente e deve cumprir a Lei de

Bases do Financiamento que consagra que as receitas

provenientes das propinas estudantis devem ser

usadas para fins de investimento e não para o

pagamento de custos fixos, como acontece,

actualmente, em claro prejuízo da qualidade

pedagógica e infra-estrutural.

Assim, a AEFCUP defende:

1. Atribuição de dotações orçamentais consoante

os objectivos plurianuais e resultados da

avaliação das IES.

2. Divulgação Pública dos critérios de

financiamento atribuídos a cada IES.

3. Maior supervisão do uso das verbas estatais,

não obstante a lei da autonomia das IES,

promovendo a boa eficiência dos recursos.

4. Limitar o valor da propina máxima de 2º ciclo,

igualando-o ao valor da propina máxima de 1º

ciclo.

5. Que o futuro governo deve comprometer-se

em não subir o valor das propinas, acima da

inflação, de qualquer ciclo de estudos.

6. Promoção da aplicabilidade das novas

tecnologias de informação e de comunicação

no ensino superior, como mecanismo gerador

de mais receitas próprias.

3 Acção Social

Acção SocialA Acção Social Escolar (ASE), quando justa e eficiente,

é um excelente “veículo” promotor de igualdade de

oportunidades e de justiça social. Esta tem um papel

fundamental na promoção de maior mobilidade

social e cria condições, a longo prazo, para um maior

desenvolvimento económico e para maior igualdade

social. Assistimos, principalmente no último ano, a

um “ataque feroz” à ASE, aos estudantes e às

famílias. Na próxima legislatura, o Governo

empossado terá que se comprometer a “reconstruir”

este importante mecanismo social.

Assim, a AEFCUP defende:

1. Criação de Normas Técnicas para próximo ano

lectivo, enquadradas na legislação da ASE

directa, tendo o objectivo aumentar o número

de abrangidos pelo sistema de acção social.

2. Não substituir a política de acção social por

uma política de empréstimos.

3. Aumentar o número de residências

académicas.

4. Assegurar que a qualidade do serviço prestado

pelas cantinas de acção social é de qualidade

5. Garantir a generalização do préstimo de

serviços de saúde nos serviços de acção social

das IES.

6. Alargamento do apoio social ao nível dos

transportes.

7. Alterar o Despacho n.º 22434/2002 (2.a série)

do Gabinete do Ministro do MCES em Outubro

de 2002, indexando ao IAS os preços das

refeições e do alojamento.

8. Lançar as bases para modelos diferenciados de

apoio à frequência universitária, como por

exemplo, pagamento de propinas após

conclusão de ciclo de estudos em sede de IRS,

o que introduziria uma maior progressividade

e justiça social.

4 Empregabilidade e Empreendedorismo

Empregabilidade e Empreendedorismo

A “nossa geração” é uma geração qualificada mas

que atravessa uma grave crise de desconfiança,

mais do que uma crise sócio-económica e

financeira. A classe governativa não tem o dever

de criar postos de trabalho que não se constituam

como estritamente úteis, mas tem o dever de

criar as condições propícias para a (re)inserção

laboral dos jovens graduados que querem mostrar

valor social e profissional.

Assim, a AEFCUP defende:

1. Juntamente com a A3ES, DGES e IES agir com

maior poder regulador, exigência e adequação

nas provas específicas de acesso ao ensino

superior.

2. Reduzir o impacto, sobretudo nos jovens mais

qualificados, da nova Portaria n.º 92/2011.

3. Discriminação fiscal positiva temporária dos

jovens graduados facilitando a inserção na

vida activa de quem se dedicou à sua

formação académica (por exemplo, redução

da taxa de retenção na fonte de IRS em 50%

para um rendimento inferior a 3 vezes o IAS

durante os 5 primeiros anos de actividade

profissional).

4. Incentivos às IES para que criem incumbadoras

de empresas.

5. Incentivar as IES para que adoptem

pedagogias que fomentem a criatividade e

espírito empreendedor.

6. Compromisso entre o Estado e as IES de

excelência para que estas possam aumentar o

número de unidades curriculares em 2º ciclo

leccionadas em inglês.

5 Cidadania

Cidadania

A AEFCUP acredita que a crise mais grave que se

abate sobre Portugal não é a económico-

financeira mas sim, a crise de valores. A Direcção

da AEFCUP e uma boa parte dos estudantes da

Faculdade de Ciências constatam que existe uma

falta de participação pública. Nesta fase mais que

o combate ao défice orçamental, devemos

combater o défice de cidadania e será importante

uma participação activa de todos os cidadãos na

vida do país.

Assim, a AEFCUP defende:

1. Os agentes político-partidários devem actuar

ao nível dos processos de consulta pública,

pelo que seria importante implementar, desde

cedo, uma formação para a cidadania política

e reforçar a democracia directa.

2. Atribuir um determinado poder decisório,

ainda que limitado, aos Conselhos Municipais

de Juventude.

3. Repensar o novo modelo eleitoral, permitindo

uma abertura a candidaturas independentes.

4. Criação de uma plataforma online de acesso

público, de actualização frequente e em

linguagem perceptível, que permita ao

contribuinte saber as receitas e despesas

exectuadas pelo Estado.

5. Iniciar uma profunda e alargada discussão

pública sobre a necessidade de discriminar

positivamente quem participa em sufrágios

eleitorais ou sobre a obrigatoriedade de voto.

6. Referendar a Regionalização.

Localização

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Instalações no Departamento de Biologia (Anfiteatro 0.41)

Morada: Rua do Campo Alegre, 1021 | Código Postal: 4150-180 Porto

GPS: 41.152497, -8.637818 ou +41° 9' 8.99", -8° 38' 16.14"http://maps.google.pt/maps/ms?source=s_q&hl=pt-PT&geocode=&aq=&ie=UTF8&hq=Faculdade+de+Ci%C3%AAncias+da+Universidade+do+Porto&hnear=&t=k&msa=0&msid=213030350541100170126.00048d0a8c5b41265dc87&ll=41.152618,-8.637802&spn=0.00223,0.004823&z=18&iwloc=00048d0a914488cf96e02

Contactos

Cláudio Carvalho

Presidente da Direcção da AEFCUP

91 988 85 57 | [email protected]

Secretaria da AEFCUP

(Dias úteis - 9:30-12:30;14:30-18:00)

Tlf.: 22 04 02 987 | Tlm.: 91 924 37 64 | [email protected]

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