casa-museu medeiros e almeida como é que os … · 1350 1450 1550 1650 1750 1850 1400 1500 1600...

2
Porcelana Jade Leques Lacas Textéis Artes decorativas 18 11 12 13 14 14 15 23 22 25 25 24 26 27 9 2º Andar 16 16 16 17 18 19 20 21 R/C 1 2 2 4 3 5 5 7 8 29 6 28 30 2 1. Bilheteira/informações 2. WC 3. Cafetaria 4. Loja 5. Salas de Exposições Temporárias 6. Antecapela 7. Capela 8. Átrio 28. Galeria de baixo 29. Sala dos Relógios 30. Sala das Porcelanas 9. Galeria Nova 10. Sala do Piano 11. Sala Luís XIV 12. Quarto 13. Corredor Dona Catarina de Bragança 14. Salão A e B 15. Corredor 22. Sala da Pratas 23. Sala de Jantar 24. Escritório 25. Salão C e D 26. Galeria de cima 27. Sala do lago 16. Serviço Educativo 17. Corredor 18. Salinha 19. Casa de Banho 20. Escritório 21. Quarto CASA-MUSEU MEDEIROS E ALMEIDA Rua Rosa Araújo, 41 1250-194 LISBOA Tel: 213 547 892 [email protected] www.casa-museumedeirosealmeida.pt BILHETEIRA: Bilhete Adulto: 5€ Bilhete Sénior (+65 anos): 3€ Bilhete Criança (até 18 anos): gratuito Sábado 10h-13h: gratuito HORÁRIOS - MUSEU / LOJA: De 2ª feira a 6ª feira - 13h00 às 17h30m Sábados - 10h00 às 17h30m Última admissão de visitantes às 17h00 Encerrado: Domingos © Márcia Lessa/FMA PALESTRAS 8 de Out. 18h30, Sala do Lago Como é que os chineses nos chamavam? Embaixador João de Deus Ramos 1 de Out. 18h30, Sala do Lago O chá, a planta divina – história e cerimonial João Micael, especialista em protocolo Entrada livre, reservada à capacidade da sala (80 lugares sentados) Admissão por ordem de chegada VISITAS COMENTADAS a partir de 3 de Out. 5ªs feiras - 13h30, Gratuito Durante a exposição, as visitas do programa “PAUSA PARA A ARTE”, agora (temporariamente) renomeado “PAUSA PARA A CHINA”, versarão sobre temas relacionados com a exposição temporária Duração: 20 minutos VISITAS GUIADAS a partir de 25 de Set. Por marcação - 6€ / pax* As visitas focam a chegada dos Portugueses à China e as mudanças culturais e no comércio com o Ocidente que daí decorreram. Duração: 1h30 minutos *Grupo mínimo: 6 pax

Upload: lamquynh

Post on 12-Nov-2018

229 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CASA-MUSEU MEDEIROS E ALMEIDA Como é que os … · 1350 1450 1550 1650 1750 1850 1400 1500 1600 1700 1800 1900 DINASTIA MING DINASTIA QING Hongwu 1368 - 1398 D. João I 1385 - 1433

Porcelana

Jade

Leques

Lacas

Textéis

Artes decorativas

18 11 12

13 14

14 15 23

22

25

25 2426

27

9

2º Andar

16 16

1617

1819

20

21

R/C

1

224

35

5

7

8

296

28

30 2

1. Bilheteira/informações2. WC3. Cafetaria4. Loja5. Salas de Exposições Temporárias6. Antecapela7. Capela8. Átrio28. Galeria de baixo29. Sala dos Relógios30. Sala das Porcelanas

9. Galeria Nova10. Sala do Piano11. Sala Luís XIV12. Quarto13. Corredor Dona Catarina de Bragança14. Salão A e B15. Corredor22. Sala da Pratas23. Sala de Jantar24. Escritório25. Salão C e D26. Galeria de cima27. Sala do lago

16. Serviço Educativo17. Corredor18. Salinha19. Casa de Banho20. Escritório21. Quarto

CASA-MUSEU MEDEIROS E ALMEIDARua Rosa Araújo, 41 1250-194 LISBOA Tel: 213 547 892 [email protected] www.casa-museumedeirosealmeida.pt BILHETEIRA:Bilhete Adulto: 5€Bilhete Sénior (+65 anos): 3€Bilhete Criança (até 18 anos): gratuitoSábado 10h-13h: gratuito HORÁRIOS - MUSEU / LOJA: De 2ª feira a 6ª feira - 13h00 às 17h30m Sábados - 10h00 às 17h30m Última admissão de visitantes às 17h00 Encerrado: Domingos

© M

árci

a Le

ssa/

FMA

PALESTRAS

8 de Out. 18h30, Sala do LagoComo é que os chineses nos chamavam? Embaixador João de Deus Ramos

1 de Out. 18h30, Sala do LagoO chá, a planta divina – história e cerimonial João Micael, especialista em protocolo

Entrada livre, reservada à capacidade da sala (80 lugares sentados) Admissão por ordem de chegada

VISITAS CoMENTADAS a partir de 3 de Out. 5ªs feiras - 13h30, GratuitoDurante a exposição, as visitas do programa “PAUSA PARA A ARTE”, agora (temporariamente) renomeado “PAUSA PARA A CHINA”, versarão sobre temas relacionados com a exposição temporáriaDuração: 20 minutos VISITAS GUIADAS a partir de 25 de Set.Por marcação - 6€ / pax*As visitas focam a chegada dos Portugueses à China e as mudanças culturais e no comércio com o Ocidente que daí decorreram.Duração: 1h30 minutos*Grupo mínimo: 6 pax

Page 2: CASA-MUSEU MEDEIROS E ALMEIDA Como é que os … · 1350 1450 1550 1650 1750 1850 1400 1500 1600 1700 1800 1900 DINASTIA MING DINASTIA QING Hongwu 1368 - 1398 D. João I 1385 - 1433

1350

1450

1550

1650

1750

1850

1400

1500

1600

1700

1800

1900

DIN

ASTIA

MIN

GD

INA

STIA Q

ING

Hongwu 1368 - 1398

D. João I 1385 - 1433

D. Duarte I 1433 - 1438

D. Sebastião 1557 - 1578

D. Henrique 1578 - 1580

D. João IV 1640 - 1656

D. Afonso VI 1656 - 1683

D. Pedro II 1683 - 1706

D. João V 1706 - 1750

D. José I 1750 - 1777

D. Maria I 1777 - 1816

Jianwen 1399 - 1402

Yongle 1403 - 1424

Hongxi 1425

Zhengtong 1436 - 1449

Jingtai 1450 - 1456

Tianshun 1457 - 1464

Chenghua 1465 - 1487

Hongzhi 1488 - 1505

Zhengde 1506 – 1521

Jiajing 1522 - 1566

Longqing 1567 - 1572

Wanli 1573 - 1620

Taichang 1620

Tianqi 1621 - 1627

Chongzhen 1628 - 1644

Shunzhi 1644 - 1661

Kangxi 1662 - 1722

Yongzheng 1723 - 1735

Qianlong 1736 - 1795

Jiaqing 1796 - 1820

Daoguang 1821 - 1850

Xianfeng 1851 - 1861

Tongzhi 1862 - 1874

Guangxu 1875 - 1908

Xuantong 1909 - 1911

Xuande 1426 - 1435

D. António 1580

Filipe I 1581 - 1598

Filipe II 1598 - 1621

Filipe III 1621 - 1640

DIN

ASTIA

DE AVIZ

DIN

ASTIA

FILIPINA

DIN

ASTIA

DE BRA

GA

NÇA

D. João VI 1816 - 1826

D. Pedro V 1853 - 1861

D. Carlos I 1889 - 1908

D. Manuel II 1908 - 1910

D. Maria II 1834 - 1853 (2º reinado)

D. Maria II 1826 - 1828 (1º reinado)

D. Miguel I 1828 - 1834

D. Pedro IV 1826

D. Luís I 1861 - 1889

D. João II 1481 - 1495

D. Manuel I 1495 - 1521

D. João III 1521 - 1557

D. Afonso V 1438 - 1481

Chins e Ta Xi Yang Guo500 anos da chegada dos portugueses à China

Para comemorar o 500º aniversário da chegada dos Portugueses à China em 1513, a coleção de arte Chinesa da Casa-Museu vai levá-lo numa viagem empreendida pelos ‘Ta Xi Yang Guo’, à terra dos ‘Chins’.

“Os Chins são gente branca, “da nosa altura”, vestindo-se com roupas pretas de algodão, forradas de pe-les, e calçando “capatos framçeses De pomta De ladrilho”. Na cabeça usam umas coifas de rede de seda, “Redomdas como peneiras pretas de nosso Portugall”(...) Comem carne de porco (ideia que os distingue de imediato dos povos islâmicos), e são grandes bebedores porque “gabam mujto noso vinho (…) embebeda-mse gramdememte...”

in: LOUREIRO, Rui Manuel; Fidalgos, Missionários e Mandarins Portugal e a China no século XVI, Lisboa: Fundação Oriente, 2000, p.171, citando a Suma Oriental de Tomé Pires

“...os Jesuítas ao entrarem na China no último quartel do século XVI, conceberam uma es-tratégia para a cristianização do Império do Meio em que uma das facetas importantes era a transmissão da ciência ocidental. O ob-jetivo era o de levar os chineses a valorizarem a doutrina cristã uma vez constatada a supe-rioridade científica e tecnológica europeia. De entre as várias ciências, a geografia e a carto-grafia permitiram aos Inacianos mostrar de onde vinham. Dada a íntima ligação, à épo-ca existente entre o Padroado Português do Oriente e a Companhia de Jesus, pôde então fixar-se para Portugal a designação de «Grande Reino do Mar Ocidental», o Ta Xi Yang Guo.(...)”

in: RAMOS, João de Deus; Designações dadas pela China a Portugal, p.4

TamãoGoa

Malaca

Cabo Verde

Lisboa

Design: pauloemiliano

A exposição percorre seis núcleos. Núcleos de artes tradicionais chinesas compostos por peças em exposição e peças das reservas da Casa-Museu.

1513 Chegada de Jorge Álvares a Tamão

1517 Embaixada oficial de Tomé Pires chega a Cantão

1557 Estabelecimento oficial dos Portugueses em Macau

Período de Transição 1620-1640

PoRCELANASEmbora a produção de porcelana remonte no Oriente a mais de um milénio antes de Cristo, o seu conhecimento na Europa foi mínimo até ao século XVI. Com a chegada dos Portugueses à China em 1513, a porcelana tomou o caminho da Europa desencadeando-se um comércio em grande escala com todo o Ocidente. Pelas suas caraterísticas estéticas e utilitárias, a porcelana suscitou uma paixão que se alastrou a monar-cas, fidalgos e comerciantes de todo o Ocidente, que chega aos nossos dias.

LACASA laca - resina produzida pela Rhus Vernicifera, árvore chamada pelos chineses ch’ishu (árvore da laca) - é um produto natural que provavel-mente foi usado desde tempos pré-históricos no Este Asiático como revestimento protector sobre madeira, cestaria e têxteis. As imensas possibilidades decorativas que a laca oferece promoverão também posteriormente o seu uso ornamental, o que rapidamente faz com que os objectos em laca sejam muito apreciados e pro-curados tanto dentro como fora da China.

JADESJade (yu) é um material natural cuja denomi-nação gemológica engloba dois minerais qui-micamente diferentes mas semelhantes nas características e utilização: a jadeíte, o mais raro e valioso, e a nefrite. O jade é usado na China desde o Neolítico, sendo considerado a pedra mais importante de todas. Desde cedo associa-do ao poder e ao status social, os artefactos em jade foram sendo produzidas ao longo dos anos e adquirindo funções e significados diversos: ar-tefactos de guerra/caça, amuletos mitológicos,

atributos imperiais, artefactos rituais, formas simbólicas, artigos utilitários e objectos do quo-tidiano erudito e de ornamentação pessoal.

ARTES DECoRATIVASA necessidade de os Manchus da dinastia Qing (1644-1911) legitimarem a sua dinastia estrangei-ra, aliada ao seu tradicional gosto por uma deco-ração cheia e colorida, gerou um movimento ar-tístico riquíssimo que cruzou diferentes técnicas e matérias, que se traduziu em objectos de ex-ceção tanto à larga escala como a nível das artes decorativas que vão povoar o quotidiano chinês, do mais humilde ao mais magnífico dos lares.

TEXTéISA palavra ‘China’ deriva do nome chinês para um tipo de seda; sí. Tal é a importância da seda, inventada e produzida no país desde o período Neolítico. Reza a lenda que Hsi Ling Shi, noiva do Imperador Amarelo (2698 a.C.-2599 a.C.), inven-tou a sericultura quando, tomando chá debai-xo de uma amoreira, ao cair um casulo de um bicho da seda na sua chávena, verificou que a água quente fazia soltar os filamentos que en-volviam o casulo, originando um fio.

LEQUESO leque chinês (shan zi) mais antigo que se conhece data do século VII a.C., mas a tradição chinesa remonta a sua origem a datas muito an-teriores. A partir do século XV, em meados da dinastia Ming, populariza-se o leque dobrável que, com a chegada dos Portugueses à China, começará a ser exportado para a Europa, che-gando a existir, como no caso das porcelanas ou das lacas, peças feitas para o comércio interno e peças específicas para exportação.