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Página Inicial Artigos » Banco » Lançamentos Relançamentos Idiossincrasia Você está aqui: Home > Artigos > Literatura > Catadores de papel Catadores de papel 10 de setembro de 2008 Publicado originalmente por Bruno Dorigatti em 08/06/2006. Eloísa Cartonera, editora alternativa criada em Buenos Aires, quer exportar para o Brasil projeto pioneiro que dá voz e trabalho a quem vive de vender papelão. Tapa hecha con cartón comprado en la via pública a $1,50 el kilo. Cortado y pintado a mano e impreso con una imprenta donada por la Embajada de Suiza en Buenos Aires, en la cartonería “No hay cuchillo sin rosas”, Guarda Vieja 4237, ciudad de Buenos Aires. Eles pesam pouco mais ou menos que 200 gramas, chamam a atenção pela capa, aquele marrom pardo das caixas de papelão, pintadas uma a uma, à mão, com cores chamativas, e carregam dentro poemas, histórias, contos, enfim, um rico e crescente panorama da literatura latino-americana de ontem e de hoje. Como o texto acima informa na “ficha técnica” destes livros artesanais, suas capas são feitas com papelão comprado nas ruas ao preço de 1,50 pesos argentinos, cinco vezes mais o preço que normalmente se paga pelo papelão usado em Buenos Aires, cerca de 0,30 centavos de peso. O miolo muitas vezes é fotocopiado ou impresso na tipografia doada pela Embaixada suíça, e depois colado no papelão. E são estes livros que vêm conseguindo no país vizinho algo que muitos almejam, mas não conseguem tornar realidade: produzir livros de literatura com preço acessível, unir pessoas em torno de um projeto artístico, social e comunitário e, além disso, fazer circular uma produção contemporânea que não encontraria outra maneira de vir a público. É isto o que vem fazendo a Eloísa Cartonera, projeto que mantém uma editora que publica material inédito ou fora de circulação há algum tempo, marginal e também de vanguarda de escritores latino-americanos – argentinos, chilenos, mexicanos costa-riquenhos, uruguaios, peruanos, brasileiros –, mas não só. Nomes consagrados pelo mercado editorial, como os argentinos César Aira e Ricardo Piglia, e o brasileiro Haroldo de Campos (El ángel izquierdo de la poesía, em dois volumes, bilíngüe e inédito no Brasil) também tiveram seus contos e poemas publicados pela Cartonera. A idéia surgiu em 2003, quando o escritor Washington Cucurto e o desenhista e artista plástico Javier Barilaro começaram a desenvolver uma editora independente de poesia latino-americana. Em março daquele ano, ocorreu-lhes usar papelão para as capas das publicações. O objetivo era fazer algo mais do que livros, com a participação de cartoneros, palavra sem tradução direta, que define aqueles que trabalham recolhendo papelão, ocupação que cresceu consideravelmente na Argentina com a crise econômica de 2001. “Começamos a fabricar os livros nós mesmos, para participar de algum evento literário ou mostra de arte. Fazíamos 20, 30 livros e íamos vendê-los. Em agosto de 2003, Fernanda Laguna juntou-se a nós e com seu apoio conseguimos nossa sede. Aí sim começamos a dar trabalho a cartoneros para fabricá-los. Abrimos a Cartonera com sete títulos”, relembra Barilaro, coordenador plástico da editora. Em entrevista ao site Duplipensar , Cucurto afirma que “a situação econômica, nossa emergência social e a impossibilidade de ver todas as portas Catadores de papel http://www.literal.com.br/acervodoportal/catadores-de-papel-1487/ 1 de 3 25/01/2014 18:44

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Você está aqui: Home > Artigos > Literatura > Catadores de papel

Catadores de papel

10 de setembro de 2008

Publicado originalmente por Bruno Dorigatti em 08/06/2006.

Eloísa Cartonera, editora alternativa criada em Buenos Aires, quer exportar para o Brasil projeto pioneiro que dá voz e trabalho a quem vive devender papelão.

Tapa hecha con cartón comprado en la via pública a $1,50 el kilo. Cortado y pintado a mano e impreso con una imprenta donada por la

Embajada de Suiza en Buenos Aires, en la cartonería “No hay cuchillo sin rosas”, Guarda Vieja 4237, ciudad de Buenos Aires.

Eles pesam pouco mais ou menos que 200 gramas, chamam a atenção pela capa, aquele marrom pardo das caixas de papelão, pintadas uma a uma, àmão, com cores chamativas, e carregam dentro poemas, histórias, contos, enfim, um rico e crescente panorama da literatura latino-americana deontem e de hoje. Como o texto acima informa na “ficha técnica” destes livros artesanais, suas capas são feitas com papelão comprado nas ruas aopreço de 1,50 pesos argentinos, cinco vezes mais o preço que normalmente se paga pelo papelão usado em Buenos Aires, cerca de 0,30 centavos depeso. O miolo muitas vezes é fotocopiado ou impresso na tipografia doada pela Embaixada suíça, e depois colado no papelão. E são estes livros quevêm conseguindo no país vizinho algo que muitos almejam, mas não conseguem tornar realidade: produzir livros de literatura com preço acessível,unir pessoas em torno de um projeto artístico, social e comunitário e, além disso, fazer circular uma produção contemporânea que não encontrariaoutra maneira de vir a público.

É isto o que vem fazendo a Eloísa Cartonera, projeto que mantém uma editora que publica material inédito ou fora de circulação há algum tempo,marginal e também de vanguarda de escritores latino-americanos – argentinos, chilenos, mexicanos costa-riquenhos, uruguaios, peruanos, brasileiros–, mas não só. Nomes consagrados pelo mercado editorial, como os argentinos César Aira e Ricardo Piglia, e o brasileiro Haroldo de Campos (El

ángel izquierdo de la poesía, em dois volumes, bilíngüe e inédito no Brasil) também tiveram seus contos e poemas publicados pela Cartonera.

A idéia surgiu em 2003, quando o escritor Washington Cucurto e o desenhista e artista plástico Javier Barilaro começaram a desenvolver uma editoraindependente de poesia latino-americana. Em março daquele ano, ocorreu-lhes usar papelão para as capas das publicações. O objetivo era fazer algomais do que livros, com a participação de cartoneros, palavra sem tradução direta, que define aqueles que trabalham recolhendo papelão, ocupaçãoque cresceu consideravelmente na Argentina com a crise econômica de 2001. “Começamos a fabricar os livros nós mesmos, para participar de algumevento literário ou mostra de arte. Fazíamos 20, 30 livros e íamos vendê-los. Em agosto de 2003, Fernanda Laguna juntou-se a nós e com seu apoioconseguimos nossa sede. Aí sim começamos a dar trabalho a cartoneros para fabricá-los. Abrimos a Cartonera com sete títulos”, relembra Barilaro,coordenador plástico da editora.

Em entrevista ao site Duplipensar, Cucurto afirma que “a situação econômica, nossa emergência social e a impossibilidade de ver todas as portas

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fechadas nos levou a uma nova porta, a da frase: ‘faça você mesmo e não espere que ninguém faça por você’.”. Fernanda Laguna, artista plástica,conseguiu apoio para alugar o espaço onde hoje funciona a sede da Cartonera, uma galeria de arte chamada No Hay Cuchillo Sin Rosas, antigaverdureira, onde trabalham escritores, artistas, crianças e jovens que até então vendiam papelão pelas ruas de Buenos Aires. Artista plástica eescritora, Fernanda dirige a galeria Belleza y Felicidad e é a responsável pela gestão institucional da Cartonera e curadora das mostras na galeria-sededo projeto.

A fabricação dos livros é feita à vista do público e alguns autores também participam da confecção dos livros artesanais, cuja tiragem varia de 40 amil exemplares. Ex-cartoneros, na maioria jovens, começaram recebendo 3 pesos por hora de trabalho – valor que foi aumentando paulatinamente ehoje é de 10 pesos por hora –, pintando as capas e montando os livros, vendidos lá mesmo e em outras pequenas livrarias argentinas, que pagamantecipadamente por eles. O catálogo já conta com 85 títulos, os únicos responsáveis pelo sustento da Cartonera. Não possuem nem buscamfinanciamento de nenhum outro tipo que não a venda dos livros. “Não é que evitemos os bancos, mas tampouco os procuramos. Queremos evitar queseja um projeto ‘artificial’, que sobreviva graças a subsídios. A intenção é nos manter através da venda de livros. E tampouco damos livros ajornalistas para que nos façam resenhas. Um livro comprado é um livro apreciado. Também não trabalhamos com bancos porque não somos umaempresa, não queremos ter a obrigação de ser ‘rentável’, porque para isso deveríamos publicar somente títulos vendáveis”, conta Barilaro.

Os cartoneros tampouco têm relação com o Estado argentino. Ao contrário da Embaixada da Suíça, que doou a tipografia, da Embaixada espanhola,que ajudou com algum dinheiro, e da Embaixada brasileira, que subsidiou a impressão dos títulos de autores nacionais, como Jorge Mautner, GlaucoMattoso, Douglas Diegues, Guilherme Zarvos, Camilla do Vale.

Os títulos mais vendidos são obviamente dos autores mais conhecidos, como César Aira, Ricardo Piglia, Fabian Casas, Washington Cucurto,Lamborghini, Alan Pauls, Haroldo de Campos. O conto Mil gotas, de Aira, vendeu mais de 700 exemplares, enquanto os outros citados, na faixa de300, em média. O miolo destes livros é feito na tipografia, mas a Cartonera segue publicando em fotocópias também. Quanto aos direitos autorais, osautores concedem uma permissão para a publicação, não cedem os direitos. Um auxílio importante veio com o 1º Prêmio da Red de Artistas,oferecido pela Feira de Galerias de Arte ArteBA 2004, que cedeu à editora um espaço na feira. Foi quando seus organizadores conseguiram venderuma grande quantidade de livros e divulgar a Cartonera. Receberam também um prêmio de 5 mil pesos, investidos no projeto. E ainda criaram seupróprio prêmio, o Nuevo Sudaca Border de Narrativa Muy Breve, cuja primeira edição recebeu em torno de 500 textos e teve seis novos autorespublicados – Marcelo Guerrieri, Pedro Nalda Queral, Gonzalo Alfonsin, Toya Jackson, Dante Castiglione e Leandro Ávalos Blacha.

A idéia vem inspirando outras iniciativas pelo continente, como a Sarita Cartonera, que funciona em Lima, no Peru, desde 2004, e publicou 23títulos, com apoio da Municipalidade Metropolitana de Lima. “Na Bolívia, em Cochabamba e La Paz, também estão desenvolvendo, mas nãosabemos como anda. No Brasil, em 2005, alguns dos nossos realizaram oficinas em Niterói. Em São Paulo, estamos em contato com o escritor JocaTerron e a artista plástica Lucia Rosa, que estão armando uma mostra com artistas que trabalham com papelão. Fomos convidados pela Bienal deArtes de São Paulo, em outubro, para armar uma filial da Cartonera durante o evento, e a idéia é que continue a funcionar depois que ele acabe”, dizBarilaro.

Segundo Joca, editor da Ciência do Acidente, a idéia é fazer uma nova editora aqui nos moldes da Cartonera, envolvendo as pessoas que tocam aseditoras Amauta e Baleia, porém não as editoras propriamente. “Nós nos uniríamos para criar uma outra coisa. Também estamos tentando nosaproximar de ONGs aqui de São Paulo que atuam na área de reintegração social de crianças e de catadores de papéis para atuarmos juntos”.

A responsável pela vinda de Washington Cucurto e outros organizadores da Eloísa Cartonera para as oficinas que acontecerem no Museu de ArteContemporânea (MAC) de Niterói foi Camilla do Vale. Poeta e narradora mineira, ela mora no Rio de Janeiro há dez anos. “Cucurto veio ao Rio em2004, para um evento onde o Guilherme Zarvos juntou o pessoal do CEP 20.000 e da Cartonera. Eu o conheci num evento na Casa de Rui Barbosa,no lançamento de um livro de poesias de um diplomata, ele um peixe fora d’água. Para tentar entender o que era literatura no Brasil, naqueleambiente todo formal, o poeta de terno e gravata, algo muito empolado, a primeira pergunta que ele me fez foi: ‘Mas onde é que está a classetrabalhadora que escreve no Brasil?’. Ali acabou a formalidade entre nós, ele começou a me contar sobre como chegou à literatura, do movimentoliterário que ajudou a criar, com o Festival de Poesias Salida ao Mar. E me convidou para ir ao festival”, conta Camilla, doutora em LiteraturaPortuguesa.

Em 2005, a Prefeitura de Niterói apoiou o projeto de trazer a Cartonera para oferecer uma oficina no MAC voltada para os catadores de papel, garis,alunos de escola pública e de projetos sociais. “Chamaram-me para fazer a coordenação do projeto, sei que as pessoas da prefeitura e o presidente daCompanhia Municipal de Limpeza Urbana de Niterói (CLIN), aprovaram, mas ele ainda não começou”, completa Camilla. “É uma tentativa de fazera palavra literária circular em outros meios, com um curso de literatura e acompanhamento cultural, levá-los para freqüentar bibliotecas, exposições,shows, construir um conhecimento em torno daquilo.”

Para essa doutora em literatura, é prioritária uma política que inclua a formação do escritor, para que as pessoas comuns também possam dar seutestemunho literário, para que suas classes possam ser representadas literariamente. “A gente fala tanto em democracia participativa, temos que criarcondições para que eles possam falar por si mesmos, e não precisem que a classe média o faça”.

Porém, as diferenças entre os dois países são grandes, a começar pelo fato de que os catadores de papel na Argentina lêem. Muitos vêm da classemédia que empobreceu com a crise econômica. Além da taxa de analfabetismo (3,1% na Argentina, 13,6%, no Brasil), outra diferença gritante é aeducação pública de baixa qualidade em nosso país. “Isso gera preconceito social e uma exclusão do código literário. O Cucurto foi camelô – o paidele é camelô – até os 14 anos. Depois foi ser repositor de supermercado, trabalhou em várias coisas, inclusive já catou papel, quando teve a idéia daCartonera. Aí um dia ele se perguntou ‘o que mais eu sei fazer além de colocar biscoito na prateleira? Bom, eu seu escrever e vou ser escritor’. Elepediu demissão e começou a escrever. Claro que isso foi possível numa Argentina do final dos anos 90. Não é somente com o talento individual quese faz isso, tem toda uma produção social do papel do escritor”, conta a autora de Mecânica da distração: os aprisântempos.

Mas há autores e movimentos que já romperam essa barreira de classe – como é o caso da Literatura Marginal, cujo nome mais conhecido é Ferréz.Ou do escritor Luiz Ruffato, de origem proletária. Ou ainda, no passado, o fenômeno Carolina Maria de Jesus, catadora de papel e doméstica quevirou best-seller nos anos 50 com seu Quarto de despejo. Exceções, porém. “O fato é que estes poucos exemplos acabam por servir de alerta sobre oenorme ‘patrimônio imaterial’ que se perde todos os dias”, diz Camilla.

Ricardo Piglia, em entrevista à New Internationalist define bem esta dificuldade: “A literatura é uma indústria estranha, que movimenta muitodinheiro… mas empobrece os escritores. Uma fábrica muito moderna que se sustenta do arcaico trabalho daqueles que escrevem em um quarto. A

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Eloísa Cartonera está mais próxima desta condição arcaica, ao fazer livros muito mais baratos que os do mercado e ampliar o círculo de escritores eleitores.”

Por isso uma das propostas da Cartonera é baratear o livro, torná-lo um objeto acessível, feito com material que foi rejeitado pela sociedade e éreincorporado para se transformar em literatura.

Casa do Escritor

Camilla esteve em maio na Feira do Livro Buenos Aires, onde a Embaixada do Brasil cedeu um espaço no estande para a Cartonera produzir seuslivros. “Eu e Cucurto estamos com a idéia de construir uma Casa do Escritor em Buenos Aires, juntar um mutirão de 30, 40 escritores latino-americanos para fazer, com tijolos, cimento etc., com nossas próprias mãos, esta casa”, conta. Na feira, os dois conheceram um arquiteto de outrogrupo latino-americano, ligado ao urbanismo, arte e questões sociais, Supersudaca, que se ofereceu para se juntar ao projeto e mencionou as casasconstruídas com papelão e cimento, em Kobe, no Japão, por causa dos terremotos, que poderiam servir de inspiração. Seria um espaço onde osescritores chilenos, argentinos, mexicanos etc. eventualmente pudessem morar durante um determinado tempo. E também fazer oficinas literárias,palestras, atividades sociais.

A idéia é que a Casa do Escritor seja um ponto de encontro, de confluência de vários movimentos da América Latina. Para 2007, a intenção éaproveitar a época dos Jogos Panamericanos para fazer um Pan Cultural, com os poetas e escritores que acompanham estes festivais literários latino-americanos, como o Salida ao Mar e os outros.

Cartonera no Brasil

Existem planos de criar um projeto à semelhança da Cartonera por aqui. Mas vender livro o suficiente para manter essa estrutura, pagar aluguel,mão-de-obra é complicado. “Não sei como se faz para organizar os escritores em torno de um projeto coletivo desse tipo, porque me parece que temuma barreira ideológica também a ser atravessada: o entendimento do que é literatura no Brasil. Que ainda está muito ligada a uma determinada coisade “bom gosto”, que pode se travestir de muitas coisas. Hoje, Cidade de Deus pode ser considerado bom gosto, uma estética urbana que está namoda. Seguindo esta tendência, você está dentro, não seguindo, como criar?”.

Eloísa Cartonera, se não esconde as dificuldades e contradições da literatura, aponta um dos caminhos possíveis.

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