ced santa catarinajornal ced santa catarina ced santa catarina | junho 2016| ano v – nº2 | trÊs...
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JORNAL CED SANTA CATARINA
CED SANTA CATARINA | Junho 2016| ANO V – Nº2 | TRÊS EDIÇÕES ANUAIS
BREVES
NOTÍCIAS
ABERTURA DE NOVO AA
P/8
LAÇOS E AFETOS P/3
LAÇOS E AFETOS—PENSAMOS EM TI P/3
A VIDA P/3
LAÇOS E AFETOS—UMA CONQUISTA P/4
AMORES E AFETOS P/4
VIVEMOS DE SENTIMENTOS P/5
PERCURSO DOS AFETOS P/6
LAÇOS, AFETOS E RELAÇÕES P/7
OBJETIVO DE GRUPO SI
P/8
VISITA A MUSEUS CA AB
P/9
2
EDITORIAL
Laços & Afetos que desafio inten-so! Ah! Mas as nossas crianças e jovens agarraram-no de imedia-to, com um resultado surpreen-
dente!
A iniciar as DT de SCT brindam-nos com um “bordado de pala-vras” como presença, ausência,
cuidado, confiança, segurança, paixões, amores, porque tu CRIANÇA/JOVEM és inspirador de todas elas,
tu és central nas nossas vidas!
Os jovens da Autonomia continuam a “bordar laços” na cumplicidade, na admiração e através da conquis-ta, paulatinamente, chegam ao afeto. Nuns e noutros tem de haver reciprocidade, pois consideram que os afetos são a face visível dos sentimentos e emoções. E aí, laços e afetos podem ser guardados também numa aguarela “vermelho vivo” como uma força motriz que nos estimula a confiar, acreditar e mudar, como diz o
nosso Ricardo da AB.
A CAT, neste “bordado de palavras” assumiu que as emoções centrais da vida são o amor, a raiva, a triste-za e a alegria, assim, sucessivamente, como uma es-
trada com um oásis no final.
O mimo, a brincadeira, o saborear um delicioso gela-do, mas também o quanto é bom andar na carrinha nova do CED, sem esquecer o aconchego da família ao fim de semana, é este o mundo dos afetos dos mais pequeninos da CJS, onde a Educadora Isabel não é es-quecida porque “é quem faz melhor os bolos”. O na-moro, o amor a despertar na adolescência, como sím-bolo dos laços, dos afetos, presentes no desenho da
Márcia e nas fotos do Kyrylo da JJB.
Os laços e afetos são o lastro, a marca deixada pelos pares e adultos que vão passando pelas nossas vidas, dizem-nos os jovens da pré-autonomia JJA, sendo que a AMIZADE e o AMOR, ficam bordados no coração por pontos que se aproximam e se afastam pelo “nó do nosso laço”. Já os de SI assumem que os laços e os afetos são a luz/guia da alma, o espelho a mostrar-nos quem gosta de nós e a ensinar-nos a dar, a gostar tam-
bém…
Os amigos são a família que escolhemos, dizem-nos os jovens de SFS, com a convição de que nem sempre os laços e os afetos se estreitam se não cultivarmos as
nossas atitudes.
Para terminar, deixam-nos o registo, bordado para memória futura, de quem os marcou na CPL, pares e
adultos.
Obrigada!
DE CED SCT Leonor Fechas
ÍNDICE
EDITORIAL 2
LAÇOS E AFETOS 3
LAÇOS E AFETOS—PENSAMOS EM TI 3
A VIDA 3
LAÇOS E AFETOS—UMA CONQUISTA 4
AMORES E AFETOS 4
VIVEMOS DE SENTIMENTOS 5
PERCURSO DOS AFETOS 6
SEM LAÇOS E AFETOS NÃO EXISTE FELICI-
DADE...
6
LAÇOS, AFETOS E RELAÇÕES 7
BREVES 8
ABERTURA DE NOVO AA 8
FOMOS À PRAIA—CA CJS 8
OBJETIVO DE GRUPO—CAPPA SI 8
PARTICIPAÇÃO CRONGRESSO—JOVENS SCT 9
VISITA A MUSEUS—CA AB 9
VISITA ESQUADRÃO A CAVALO—CAPA JJA 9
JORNAL DO CED DE SANTA CATARINA Casa Pia de Lisboa Largo de São João Nepomuceno, N.º 1, Porta 7 1200-414 Lisboa Tel: 213 224 540 Fax: 213 224 549 www.casapia.pt
FICHA TÉCNICA DIREÇÃO Leonor Fechas ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Ilda Pissarra, Luís Ribeiro, José Costa, Leonor Fechas, Otilia Gama e representantes das crianças/jovens de cada Casa de Acolhimento COM A PARTICIPAÇÃO DE COLABORADORES DE Leonor Fechas; DT’s Dina Macedo, Elisabete Almeida e Raquel Afonso; SSE dos AA CRIANÇAS/JOVENS dos AA, da CAT, das CA Areia Branca, Clemente José dos Santos, Joaquim José Branco e S. Francisco de Sales e das CAPPA JJAguiar e Santa Isabel
PAGINAÇÃO E GRAFISMO Ilda Pissarra e Luís Ribeiro
3
LAÇOS E AFETOS
LAÇOS E AFETOS—PENSAMOS EM TI
Lançado o desafio para mais um jornal do CED de Santa Catarina, fomos enlaçadas pelos laços e apertadas pelos afectos, tema difícil! Mas, surge como uma oportunida-de para um reexame crítico, para passar em revista a nossa realidade, exercício que convidamos todos aque-les que pararem para ler este arti-
go, a fazer.
Assim, no imediato, nascem as
palavras presença e au-sência. A palavra presença liga-
da às crianças e aos jovens que nos preenchem com as suas roti-nas, com as suas necessidades, com as suas histórias, com os seus sentimentos, perdas, lutos e ale-grias. A palavra presença ligada aos nossos Colaboradores que dia-riamente se esgotam, porque dão o melhor de si, permitindo as for-tes ligações existentes nas nossas casas. A palavra ausência vai para todos aqueles que passaram pelas nossas vidas e que de alguma for-ma deixaram as suas marcas e sau-
dades.
Conscientes que o papel que nos
cabe é o de cuidar, papel
complementar ao comportamento de liga-ção, de estar disponível e pronto para atender quando
solicitado. Conscientes que só deste modo conseguimos um bom desenvolvimento das crianças, dos jovens e de
todos nós.
Surge, então, a palavra confiança, resultado das
relações de qualidade só possível quando con-
fiamos e só confiamos quando cumprimos os com-
promissos que negociamos.
E foi neste bordado de palavras, de-
senhadas com várias cores, que re-
matamos o nosso desafio com a pala-
vra segurança, pois é a que nos
permite proteger, crescer e explorar,
nas nossas casas de acolhimento e no
dia a dia das nossas vidas.
Foi com agrado que partilhamos histórias e recordamos episódios
de verdadeiras paixões (quando descrevemos com entusi-asmo o acolhimento “daquela criança” e/ou da integração “daquele colega”), de verdadei-
ros amores (quando relatamos
com entusiasmo a “magia” de ver crescer alguém) e foi neste exer-cício de nos apaixonarmos e de
amarmos que PENSAMOS EM TI.
DT`s Dina Macedo, Elisabete Sambuci, Raquel Afonso
A VIDA A Vida não se caracteriza por quatro letras, se eu a pu-
desse caracterizar, seria por quatro emoções: Amor,
Raiva, Tristeza e Alegria.
A Vida é uma expressão que se coloca em cada um des-
ses sentimentos.
É triste ver que uma criança sofre em casa sozinha e não
tem ninguém para a apoiar, nem a própria mãe, só um
simples gatinho que do nada, em cinco anos, se tornou
tudo.
Depois de ver que nem a própria mãe a apoia ganha-se
uma raiva enorme e fica-se a pensar “porque é que eu
tive que vir da barriga desta desconhecida?”.
Passado um tempinho vemos que só dissemos isso da
boca para fora e que só precisamos de amor, pois se não
o tivermos, acabamos por fazer asneira e aí vêm as ins-
tituições. Ao início existem pessoas más que descarre-
gam o seu sentimento em cima dos outros que acabam
por não ter culpa de nada, o que dá muita tristeza. Mas
depois de se habituarem fazem harmonia entre todos e,
até alguns, uma família com
muito amor que faz causar
uma alegria enorme.
CAT Nádia (14 anos)
4
LAÇOS E AFETOS (CONT.)
LAÇOS E AFETOS—UMA CONQUISTA Os laços são diferentes de pessoa para pessoa. Tem que
haver uma cumplicidade muito grande e admiração.
Os afetos só existem quando as pessoas são muito im-
portantes para nós e além disso tem de haver uma con-
fiança estável, e que nos faça sentir muito bem junto de
alguém.
Conclusão: Laços e Afetos são palavras muito fortes.
Nem com todas as pessoas que falamos todos os dias
temos que ter afeto. Achamos que os afetos devem ser
conquistados.
Jovens AA1
Podemos criar Laços com muitas pessoas, não quer dizer
que tenhamos afeto por elas.
Os afetos dependem dos tipos de amizade.
Na vida podemos ter afetos por pessoas
que queremos bem e laços que pertencem
ao nosso núcleo familiar.
Jovens AA2
Podemos ter afetos por amigos e laços
com a família, mas também pode suceder
o inverso, tudo depende dos sentimentos
de cada um e daquilo que nos transmitem.
Jovens AA3
Laços e afetos são sentimentos que o ser humano neces-
sita para se relacionar com os outros. Para criar laços e
afectos temos que ter algumas qualidades na nossa ma-
neira de ser, como a humildade, respeito, socializar e
ser divertido com a s pessoas que nos rodeiam.
Afeto é um sinonimo para sentimento, por quem pode-
mos ter, pode ser especial, ou apenas ser uma amizade
com um amigo. Laços e afetos é criar amizades com as
pessoas mais próximas.
Jovens AA5
Laços e afetos é o que sentimos e demonstramos aos
outros ou mesmo com objetos, sentimentos positivos.
Os laços são algo que se adquire ao longo do tempo, por
exemplo laços de família.
Afetos são a demonstração
de sentimentos e emoções,
não é necessário terem laços
afetivos.
Jovens AA6
AMORES E AFETOS A vida é importante
E o amor também
Eu gosto de amar
As pessoas que me querem bem
Gosto de pessoas
Mas também gosto de animais
Bekas chama-se o meu cão
Que eu amo de coração
A minha mãe gosta de mim
Tal como eu gosto dela
Ela é importante para mim
Como eu sou para ela
A educadora Isabel é bondosa
É quem faz melhor os bolos
Amiga e carinhosa
Gosta muito de nós todos.
CA CJS David (12 anos)
Os Laços afetivos não são necessariamente comprar ou
adquirir grandes presentes, não! São sim pequenas coi-
sas e gestos que diariamente damos de coração aos ou-
tros.
Devemos aproveitar enquanto andamos neste belo pla-
neta Terra, a companhia de todas as pessoas que esti-
mamos e assim fortalecer os laços de afeto que nos
unem, sejam eles de sangue ou de amor...
Os Laços afetivos são deveras importantes na nossa vi-
da... há laços de amor, harmonia e perdão.
CA CJS
5
LAÇOS E AFETOS (CONT.)
VIVEMOS DE SENTIMENTOS Nós vivemos de sentimentos, laços de união e afetos, e eu que o diga. Posso às vezes não o conseguir demons-trar da melhor maneira, porque passamos por tanta coisa na nossa vida, que temos medo de dizer o que sentimos por outra pessoa, por que não sabemos a sua resposta, ou então o quanto essa pessoa nos pode desi-
ludir.
A vida é feita de tristezas, mágoas e quebras de união, mas neste mo-mento eu sinto que te-
nho as pessoas ao meu la- do, que me apoiam, que me fazem abrir os olhos e acordar para a realidade e sa-bem-me dizer quando não estou a agir bem. Eu às ve-zes não ligo ao que essas pessoas me dizem e acabo sempre a discutir com elas e depois acordo para a rea-lidade e vejo que essas pessoas tinham razão. Tento sempre pedir-lhes desculpa, mas como me diz uma gran-de amiga a quem eu considero uma segunda mãe, as
desculpas não se pedem, evitam-se!
Tenho uma grande união com a minha família, especi-almente com a minha mãe que me ajuda, que me compreende, que me faz ver o que está certo e o que está errado, mas não é só com ela. Ao longo do tempo que estou na Casa Pia de Lisboa tenho conhecido pesso-as com quem simpatizei mais, e outras menos o que é normal. Neste percurso de vida exis-tem três pessoas muitos
importantes na minha passa-gem pela Casa
Pia de Lisboa, pre- firo não referir nomes sem a permissão das mesmas, mas aqui não interessa saber o nome dessas pessoas que sabem bem quem são e sabem a admiração que tenho por elas. São pessoas com quem eu tenho muita confian-ça para desabafar, para falar, elas são o meu Pilar… o tempo passa, mas essas pessoas permanecem no meu coração, que às vezes parece estar negro, mas quando
falo com elas essa cor transforma-se NUM VERMELHO
VIVO, que é onde estão os nossos sentimentos.
Obrigado a todos por fazerem parte da minha vida!!!
CA AB Ricardo
Laços e afetos permitem ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emo-ções a outro ser ou obje-tos. Pode também ser considerado o laço criado entre humanos, que, mesmo sem característi-cas sexuais, continua a ter uma parte de “amizade" mais aprofun-
dada.
Para mim, o mais impor-tante é ter afetos com os amigos, namorado, famí-lia e animal estimação, isto tudo é importante porque devemos ter afe-
tos.
CA AB Dora
Para mim laços e afetos é uma relação especial com alguém
que gostamos muito, pode ser de amor, amizade, tam-bém pode ser relações menos boas em que odiamos e destetamos, mas mesmo assim não deixam de ser pesso-as como nós, com sentimentos que não deixam de ter ligações connosco, essas pessoas farão sempre parte da
nossa vida.
CA AB Tiago
São muito importantes e estruturantes para todos nós, seja com os familiares, amigos, ou com os profissionais que vão passando pelas nossas vidas, professores, edu-cadores, médicos, etc., todos os que de alguma forma cuidam de nós e nos deixam um pouco de si. Os laços e afectos dão-nos suporte, tornam-nos mais fortes, confi-antes, ajudam-nos a sentirmo-nos mais seguros e ampa-rados, dão-nos sentimento de pertença. Por isso é tão importante cultivá-los e promove-los diariamente, mos-trar que amamos, que gostamos, que cuidamos. Estes laços são o suporte, o “esqueleto” nas relações inter-
pessoais saudáveis, na interacção com os outros.
CA AB Fernanda
Foto Kyrylu CA JJB
“O valor das coisas não está no tempo que elas
duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Fernando Pessoa
Afetos são os mimos que recebemos.
Ruben
Afeto é ir a casa ao fim de Semana.
Catarina
Afeto é irmos todos comer um gelado.
Telmo
6
LAÇOS E AFETOS (CONT.)
PERCURSO DOS AFETOS A vida não é mais do que uma viagem: com embarques
e desembarques, acidentes, surpresas agradáveis ou
profundas tristezas.
Encontramo-nos com algumas pessoas que acreditamos
que estarão sem- pre connosco:
os nossos pais, amigos,
professores,
educadores e
outros.
Mas durante
o percurso,
deixam-nos ou
órfãos, ou sós do seu ca-
rinho, amizade e da sua compa-
nhia insubstituível. Apesar disto, nada im-
pede que passem outras pessoas que serão muito es-
peciais para nós, como a nossa família, amigos e essas
outras pessoas especiais.
A vida é cheia de desafios, sonhos, fantasias, tropeços e
despedidas, amores e desamores…
Então, façamos esta viagem da melhor maneira possí-
vel… Tratemos de nos relacionar bem com os outros,
procurando em cada um, o melhor deles.
Esperamos que haja sempre alguém que nos ouça e
compreenda, e que nos estenda a mão.
Trabalho realizado jovens CAPPA JJA
“Dou-te um abraço de ternura… Um beijo com emoção… Um laço de amizade que está gravado no meu coração”
“Juntos brincamos, damos
as mãos, seguimos no ca-
minho que nos leva até à
liberdade.
Sorrimos porque não há
nada mais belo do que a
amizade.”
“Às vezes aperto com força o nó do nosso
laço para te sentir mais perto do meu coração.
Outras vezes não sei o que faço
Mas parece que o nó se solta da minha
mão. Fico triste, choro, até chego a desesperar!
Seguro as pontas do nosso laço,
Com firmeza puxo devagarinho
O nosso amor faz-nos aproximar
E juntos seguimos o nosso caminho”
SEM LAÇOS E AFETOS NÃO EXISTE FELICIDADE...
Sentimentos que nem sempre conseguimos explicar…
Uma ligação ao outro muito forte que define as nossas
escolhas nas amizades…
Sem laços e afectos não existe felicidade…
Os laços e afectos conduzem a alma como os pés condu-
zem o nosso corpo…
Sensação boa, única e inesquecível, que se deve cuidar
e aproveitar ao máximo…
Os laços e afectos são a melhor coisa que temos na vi-
da…
Os laços e afectos vão sendo criados ao longo dos tem-pos, não somos obrigados a gostar, gostamos de alguém somente por gostar, mas também aprendemos a gostar
de quem gosta de nós…
Trabalho realizado jovens da CAPPA de Santa Isabel
7
LAÇOS E AFETOS (CONT.)
LAÇOS, AFETOS E RELAÇÕES
As relações e laços criados pelo afecto não são basea-
dos somente em sentimentos, mas Nós não nascemos a
gostar de determinada pessoa. Não nascemos a gostar
da nossa mãe, do nosso pai, ou dos nossos irmãos. Quan-
to aos amigos - a família que
escolhemos - vamos criando
laços com eles à medida que
o tempo passa e dando-lhes a
oportunidade de continuarem
ou não nas nossas vidas.
Com a família passa-se exac-
tamente a mesma coisa. Va-
mos criando laços e afectos
ao longo do tempo e algumas
vezes esses laços e afectos
nunca se estreitam.
O afecto reforça o ser humano a revelar os seus senti-
mentos em relação a outros seres e objectos. Graças ao
afecto que, as pessoas conseguem criar laços de amiza-
de entre elas também em atitudes. Isso significa que
num relacionamento existem várias atitudes que preci-
sam ser cultivadas, para que o relacionamento cresça.
Afecto é uma atitude, e não somente um sentimento, de
amizade ou de amor, precisam ser cultivadas.
Na educação a abordagem deve ser construtivista, a
preocupação com a forma de ensinar passa a ser tão
importante quanto o conteúdo a ser ensinado.
O afecto também é concebido como o conhecimento
construído através da vivência, não se limitando ao con-
tacto físico, mas à interacção que se estabelece entre
as partes envolvidas, na qual todos os actos comunicati-
vos, por demonstrarem comportamentos, intenções,
crenças, valores, sentimentos e desejos, afectam as re-
lações e, naturalmente, o processo de aprendizagem.
Pesquisa das Crianças/jovens CA SFS
Foto Kyrylu CA JJB
Sinto-me bem no Lar. Gosto de todos, mas gosto mais do Sandro, da educadora Bela e do educador Paulo. Porque o Sandro brinca comigo, a educa-dora Bela é simpática e o Paulo é o educador
mais fixe de todos.
Denílson 11 anos
As pessoas que mais marcaram foram: a Diana, por me ter recebido desde o primeiro dia que entrei neste Lar. A outra pessoa é o Ailton, foi o melhor amigo que eu tive desde o meu primeiro dia na Casa Pia. E só mais uma pessoa me marcou, foi a
Odete, também foi uma boa amiga.
Galileu 14 anos
As pessoas que mais me marcaram foram: a Odete porque sempre esteve lá para mim. O Diogo é um miúdo fixe. O Iaia porque me faz rir e quando pre-ciso, ele está cá. O Galileu porque é um miúdo fixe e divertido. A Marta é uma miúda que me marcou muito. A Dr.ª Joana, educadora Isabel Cos-ta e Eugénia; as educadoras São e Ludovina; os educadores Luciano, Bento e Paulo; as educadoras Isabel Dias e Bela. Os melhores momentos foram
as Colónias do Arrife e da Areia Branca.
Diana 17 anos
Sinto-me um pouco triste porque preferia estar com a minha família, mas pensei melhor e acho que me vou portar bem e cumprir aquilo que os educadores dizem. Penso que devo lutar pela
minha vida. O meu melhor amigo é o Iaia.
Júlio 14 anos
Gosto de estar no Lar. Gosto dos meus colegas e dos educadores. Gosto muito da educadora Isabel Costa e de ir passar o fim de semana com a mi-nha mana. Também gosto do Iaia e da Odete,
tenho pena que ela se tenha ido embora.
Marta 17 anos.
Gosta de estar no Lar. As pessoas são fixes, mas
do que gosto mais é das Colónias.
Diogo 17 anos
8
BREVES
No dia 5 de Junho fomos à Praia, neste dia continu-
amos a comemorar o dia da Criança, com muito sol,
alegria e boa disposição.
Foi um dia muito divertido, o tempo estava óptimo e a
água estava um espectáculo.
Comemos um gelado de fazer crescer água na boca.
Na nossa casa quando a calor aperta gostamos muito de
fazer estes programinhas.
Que venham
mais dias de
calor, esta-
mos à sua
espera.
Crianças/jovens da CA CJS
FOMOS À PRAIA ABERTURA DE NOVO AA
Na sequência do
10º aniversário
celebrado em
Julho de 2015 a
resposta social
Apartamentos
de Autonomiza-
ção conta agora com mais um equipamento, apar-
tamento Maria Trindade, destinado à promoção de
percursos de inserção social de jovens que se en-
contram em acolhimento residencial.
O novo Apartamento de Autonomização começou a
funcionar no passado dia 31 de Maio, situa-se no
Estoril e apresenta uma capacidade total para
quatro jovens do género feminino.
SSE dos Apartamentos de Autonomização
OBJETIVO DE GRUPO—CAPPA SANTA ISABEL
No início do ano lectivo 2015/2016, os jovens da CAPPA de Santa Isabel foram desafiados a criar um objectivo de
grupo que consistia em todos passarem de ano lectivo, e com empenho e dedicação conseguiram superá-lo.
Com as poupanças por eles realizadas e a ajuda da Casa Pia de
Lisboa foram no primeiro fim-de-semana de Junho festejar o
sucesso numa ida para o Algarve com partida no dia 03 de Ju-
nho e regresso a dia 05 de Junho. A viagem de ida e volta foi
feita de comboio.
Os jovens foram acompanhados pelos SSE e ficaram instalados
no Resort Balaia Golf Village em Albufeira desde sexta-feira à
hora do almoço disfrutando das sete piscinas existentes no
Resort.
Durante o fim-de-semana as actividades foram muitas, desde passear por Albufeira e por Olhos de Agua para co-
nhecer e comprar lembranças, deliciarem-se com gelados, passarem um dia no parque aquático do Aquashow,
jantarem num restaurante italiano, e claro dar um mergulho na praia. Uma experiencia única que o pior de todo
o fim-de-semana foi sem dúvida o regresso a Lisboa.
Jovens CAPPA Santa Isabel
9
BREVES (CONT.)
Nos dias 24 e 25 de Maio realizou-se na Fundação Calouste Gulbenkian o I Congres-
so Europeu Sobre Uma Justiça Amiga das Crianças, organizado pela Comdignitatis -
Associação Portuguesa para a Promoção da Dignidade Humana. Este evento assen-
tou nas Diretrizes do Comité de Ministros do Conselho da Europa sobre uma Justiça
Amiga das Crianças. Objectivou cuidar do papel da criança nos processos judiciais
e extrajudiciais nos quais esteja implicada.
Contou com a participação de crianças e jovens que deram voz às suas experiên-
cias de vidas, olhares e sentires. Uma dessas jovens foi convidada a assumir um
papel representativo de entre os seus pares tendo integrado a Comissão de Honra
do Congresso. A Nádia, encontra-se a ser acompanhada em Fase de Transição pela
equipa dos Apartamentos de Autonomização e, com autenticidade partilhou, mo-
mentos da sua história de vida marcada por um longo percurso institucional pela
CPL, entidade à qual se dirige com muita gratidão e afecto.
A jovem foi convidada formalmente a estar presente na Sessão de Abertura e a participar no Programa Social do
Congresso que teve lugar no Palácio Nacional de Mafra. Deu o seu testemunho ao vivo no painel que contou com a
comunicação da nossa Directora Executiva Dr.ª Leonor Fechas e, de modo espontâneo e poético integrou a sessão
de encerramento de forma articulada com o Dr. Paulo Guerra, Juiz desembargador e Director Adjunto do CEJ.
Equipa Técnica Apartamentos Autonomização
VISITA A MUSEUS VISITA AO ESQUADRÃO A CAVALO
No passado dia 21 de junho de 2016, a CA da Areia
Branca, foi visitar, na parte da manhã, o Museu da Ma-
rinha e, na parte da tarde, o Museu da Presidência da
República.
No Museu da Marinha tivemos o Dr. João Soveral que,
foi o nosso guia durante a visita. Aprendemos algumas
coisas novas, outras já sabíamos mas foi uma manhã
divertida.
Almoçamos nos jar-
dins de Belém e de-
pois comemos um
gelado do Mc Donalds.
No Museu da Presi-
dência da República
tivemos o Sr. Alexandre Tojal como guia, que nos mos-
trou os Presidentes da República até à atualidade, ex-
plicou-nos como funcionava a Residência e também o
que era necessário para se candidatar a Presidente da
República. Gostamos bastante de ambas as visitas, só
tivemos pena de não pudermos ter o privilégio de estar
com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Esperemos
que, o vejamos numa próxima visita à Residência da
Presidência.
No passado dia 24 de Março, os jovens da CAPPA JJA
teveram a oportunidade
de visitar o 4º Esquadrão a
Cavalo da GNR, situado na
Calçada da Ajuda.
A visita foi acompanhada
pelos Sargentos Feliz e
Nuno Viana que de forma
acolhedora nos mostraram
as instalações do esquadrão, elucidaram quanto às con-
dições de acesso à carreira e áreas disponíveis, e possi-
bilitaram o contacto com os cavalos. Para além disso,
teve-se a oportunidade de conhecer o trabalho desen-
volvido pelo veterinário do esquadrão.
É consensual que a parte mais interessante da visita foi
a possibilidade de estar em contacto e de alimentar os
cavalos, sendo que foi surpreendente a forma afectuo-
sa e confiante como os jovens interagiram com este
animal. Alguns destes educandos mostraram inclusive
algum conhecimento e vocação para a carreira militar,
bem como aptidão para lidar com cavalos.
E assim se encontrou uma boa parceria!
Jovens CAPPA JJA
PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSO-JOVENS CED SCT