cefalÉias na sala de emergÊncia - anm.org.br curso capacitação em urgência... · cefalÉias...
TRANSCRIPT
CEFALÉIAS
• HIPÓCRATES DESCREVEU A ENXAQUECA HÁ 2500 ANOS
• 76% DAS MULHERES E 57% DOS HOMENS TÊM ALGUM TIPO DE HOMENS TÊM ALGUM TIPO DE CEFALÉIA
• 10% DA POPULAÇÃO SOFRE DE ENXAQUECA
• CEFALÉIA DE TENSÃO É A MAIS COMUM
CEFALÉIAS PRIMARIAS
• ENXAQUECA• EM SALVAS• TENSÃO• CERVICOGÊNICA• CERVICOGÊNICA• HEMICRANIA PAROXÍSTICA CRONICA• HEMICRANIA CONTINUA• CRONICA DIÁRIA
45505560657075808590
primária secundária
CEFALÉIAS NAS SALAS DE EMERGÊNCIA
05
1015202530354045
menor de 10 10 a 49 50 ou mais
primária secundária
Tabela II: Epidemiologia do atendimento de cefaléias agudas em UE
Bigal, Bordini & Speciali.*(1996)
Dhospesh et al.** Dickman & Masten.***
Consultas anuais. 133356 34000 30000
Consultas por cefaléias.
1254 872 496
Percentual de consultas por cefaléias.
0,9% 2,6% 1,7%
Percentual de internações.
5,1% 4,7% 6,8%
Relação feminino/masculino.
1,7% 1,9% 1,6%
*UE de Ribeirão Preto, **Medical College of Pensylvania, ***Bufallo Medical School Hospital.
RECOMENDAÇÕES DE ATENDIMENTO NA EMERGÊNCIA SEGUNDO A SBCe
• Proporcionar pronto atendimento;• Dispor de um ambiente de repouso com pouca
luminosidade e silêncio;• Equipe médica e pessoal de apoio adestrado• Equipe médica e pessoal de apoio adestrado
para atendimento de emergências;• Capacidade de realizar exames laboratoriais
básicos, radiografias simples, tomografiacomputadorizada e exame do líquidocefalorraquiano.
CEFALÉIAS NA EMERGÊNCIACEFALÉIAS NA EMERGÊNCIA
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA• características da cefaléia• sinais de alarme
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA• características da cefaléia• sinais de alarme• sinais de alarme
2.EXAME NEUROLÓGICO• anormalidades
3.EXAMES COMPLEMENTARES• anormalidades
• sinais de alarme
2.EXAME NEUROLÓGICO• anormalidades
3.EXAMES COMPLEMENTARES• anormalidades
CEFALÉIAS NA EMERGÊNCIACEFALÉIAS NA EMERGÊNCIA
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA
• localização da dor
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA
• localização da dor• localização da dor• freqüência• duração• caráter• intensidade
• localização da dor• freqüência• duração• caráter• intensidade
CEFALÉIAS NA EMERGÊNCIACEFALÉIAS NA EMERGÊNCIA
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA
• agravamentos
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA
• agravamentos• agravamentos• acompanhamentos• auras• fatores deflagradores das crises• resposta anterior a medicamentos
• agravamentos• acompanhamentos• auras• fatores deflagradores das crises• resposta anterior a medicamentos
CEFALÉIAS NA EMERGÊNCIACEFALÉIAS NA EMERGÊNCIA
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA
• historia familiar de cefaléias
DIAGNÓSTICO
1.HISTÓRIA CLÍNICA
• historia familiar de cefaléias• historia familiar de cefaléias• abuso de medicamentos• doenças coexistentes
• historia familiar de cefaléias• abuso de medicamentos• doenças coexistentes
Paciente com cefaléia
Paciente com cefaléia
Características usuais ?
Características usuais ?
SIMSIM
NÃONÃO
FATORES DE ALARME ?
FATORES DE ALARME ?
SIMSIMExcluir
cefaléias secundárias com exames
complementares apropriados
Excluircefaléias secundárias
com exames complementares
apropriados
SIMSIM
CEFALÉIAS NA EMERGÊNCIACEFALÉIAS NA EMERGÊNCIA
FATORES DE ALARME
• a primeira ou pior cefaléia• início súbito ou recente• início após os 50 anos
FATORES DE ALARME
• a primeira ou pior cefaléia• início súbito ou recente• início após os 50 anos• início após os 50 anos• intensidade e freqüência progressiva e persistentemente maiores
• história de câncer ou SIDA• alterações no exame neurológico
• início após os 50 anos• intensidade e freqüência progressiva e persistentemente maiores
• história de câncer ou SIDA• alterações no exame neurológico
CEFALÉIAS NA EMERGÊNCIACEFALÉIAS NA EMERGÊNCIA
FATORES DE ALARME
• febre e/ou outros sinais de doença sistêmica / sinais meníngeos
• traumatismo craniano
FATORES DE ALARME
• febre e/ou outros sinais de doença sistêmica / sinais meníngeos
• traumatismo craniano• traumatismo craniano• mudança nas características• cefaléia relacionada com esforço• cefaléias persistentemente unilaterais• refratariedade ao tratamento
• traumatismo craniano• mudança nas características• cefaléia relacionada com esforço• cefaléias persistentemente unilaterais• refratariedade ao tratamento
Paciente com cefaléia
Paciente com cefaléia
Características usuais ?
Características usuais ?
SIMSIMExcluirExcluir
NÃONÃO
FATORES DE ALARME ?
FATORES DE ALARME ?
SIMSIMExcluir
cefaléias secundárias com exames
complementares apropriados
Excluircefaléias secundárias
com exames complementares
apropriados
SIMSIM
Exame neurológico normal ?
Exame neurológico normal ?
NÃONÃO
NÃONÃO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADATOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
“ Não são necessários exames de neuroimagemde rotina em pacientes adultos com cefaléiasrecorrentes que preencham os critérios deenxaqueca da Sociedade Internacional deCefaléia, incluindo aquelas com aura visual,
“ Não são necessários exames de neuroimagemde rotina em pacientes adultos com cefaléiasrecorrentes que preencham os critérios deenxaqueca da Sociedade Internacional deCefaléia, incluindo aquelas com aura visual,Cefaléia, incluindo aquelas com aura visual,sem mudança de padrão recente, sem históriade convulsões e sem outros sinais e sintomasneurológicos focais.”
Neurology, 1994; 44:1353-1354
Cefaléia, incluindo aquelas com aura visual,sem mudança de padrão recente, sem históriade convulsões e sem outros sinais e sintomasneurológicos focais.”
Neurology, 1994; 44:1353-1354
EXAME DO LIQUOREXAME DO LIQUOR
• detectar a presença ou ausência de sangue e/ou células inflamatórias
• diferenciar hemorragia subaracnóide de
• detectar a presença ou ausência de sangue e/ou células inflamatórias
• diferenciar hemorragia subaracnóide de • diferenciar hemorragia subaracnóide de meningite
• determinar o agente etiológico nas meningites
• diferenciar hemorragia subaracnóide de meningite
• determinar o agente etiológico nas meningites
PUNÇÃO LOMBAR / SUB-OCCIPITALPUNÇÃO LOMBAR / SUB-OCCIPITAL
• exame de fácil acesso e baixo custo, porém invasiva e desconfortável
• pode causar confusão diagnóstica (pessoa mais experiente disponível)
• exame de fácil acesso e baixo custo, porém invasiva e desconfortável
• pode causar confusão diagnóstica (pessoa mais experiente disponível)mais experiente disponível)
• a pressão liquórica deve ser sempre medida e o líquor deve ser examinado imediatamente sob microscopia
mais experiente disponível)
• a pressão liquórica deve ser sempre medida e o líquor deve ser examinado imediatamente sob microscopia
PUNÇÃO LOMBAR / SUB-OCCIPITALPUNÇÃO LOMBAR / SUB-OCCIPITAL
• líquor sangüinolento: colher em três tubos paracontagem de células em cada um deles ecentrifugação imediata (avaliação dexantocromia)
• líquor sangüinolento: colher em três tubos paracontagem de células em cada um deles ecentrifugação imediata (avaliação dexantocromia)
• neuroimagem anterior mandatória em pacientescom alteração de consciência, sinaisneurológicos focais, papiledema ou SIDA
• neuroimagem anterior mandatória em pacientescom alteração de consciência, sinaisneurológicos focais, papiledema ou SIDA
ELETROENCEFALOGRAMAELETROENCEFALOGRAMA
Não há indicação em cefaléias
• alteração ou perda da consciência• há sintomas neurológicos transitórios sem
cefaléia
Não há indicação em cefaléias
• alteração ou perda da consciência• há sintomas neurológicos transitórios sem
cefaléiacefaléia• suspeita de encefalopatia• deficit neurológico residual persistente• registro anterior à instituição de medicações e/ou
realização de procedimentos potencialmente indutores de convulsões
cefaléia• suspeita de encefalopatia• deficit neurológico residual persistente• registro anterior à instituição de medicações e/ou
realização de procedimentos potencialmente indutores de convulsões
MAPEAMENTO CEREBRALMAPEAMENTO CEREBRAL
Não há qualquer indicação em cefaléiasNão há qualquer indicação em cefaléias
Paciente com cefaléia
Paciente com cefaléia
Características usuais ?
Características usuais ?
SIMSIMExcluir
cefaléias secundárias Excluir
cefaléias secundárias
NÃONÃO
FATORES DE ALARME ?
FATORES DE ALARME ?
cefaléias secundárias com exames
complementares apropriados
cefaléias secundárias com exames
complementares apropriados
SIMSIM
Exame neurológico normal ?
Exame neurológico normal ?
NÃONÃO
NÃONÃO
Tratar como cefaléia primária
Tratar como cefaléia primária
SIMSIM
TRATAMENTOTRATAMENTO
DOR ACOMPANHAMENTOSMEDICAÇÃO
PRÉVIA
LEVE OU MODERADA
_ _
AAS (1000 mg) ou PARACETAMOL (1000 mg) ouNAPROXENO (825 a 1100 mg) ou NARATRIPTANO (2,5mg) ou SUMATRIPTANO (50 mg) OU RIZATRIPTANO(10 mg) ou ZOLMITRIPTANO (2,5 mg), VO
OU
DIPIRONA 1 grama, diluído em água destilada, EV
AAS (1000 mg) ou PARACETAMOL (1000 mg) ouNAPROXENO (825 a 1100 mg) ou NARATRIPTANO (2,5mg) ou SUMATRIPTANO (50 mg) OU RIZATRIPTANO(10 mg) ou ZOLMITRIPTANO (2,5 mg), VO
OU
DIPIRONA 1 grama, diluído em água destilada, EV
TRATAMENTOTRATAMENTO
DOR ACOMPANHAMENTOSMEDICAÇÃO
PRÉVIA
MODERADA NÁUSEAS E/OU VÔMITOS _
DIPIRONA 1 grama, diluído em água destilada, EV +DIPIRONA 1 grama, diluído em água destilada, EV +DIPIRONA 1 grama, diluído em água destilada, EV +BROMOPRIDA 10 mg EV
OUTENOXICAN 20 mg, diluído em água destilada, EV +BROMOPRIDA 10 mg EV
OUSUMATRIPTANO (50 mg) ou RIZATRIPTANO (10 mg) ouZOLMITRIPTANO (2,5 mg), VO
DIPIRONA 1 grama, diluído em água destilada, EV +BROMOPRIDA 10 mg EV
OUTENOXICAN 20 mg, diluído em água destilada, EV +BROMOPRIDA 10 mg EV
OUSUMATRIPTANO (50 mg) ou RIZATRIPTANO (10 mg) ouZOLMITRIPTANO (2,5 mg), VO
TRATAMENTOTRATAMENTO
DOR ACOMPANHAMENTOSMEDICAÇÃO
PRÉVIA
INTENSA NÁUSEAS E/OU VÔMITOS _
TENOXICAN 20 mg, diluído em água destilada, EV +BROMOPRIDA 10 mg EV
OU
SUMATRIPTANO (6 mg) SC
TENOXICAN 20 mg, diluído em água destilada, EV +BROMOPRIDA 10 mg EV
OU
SUMATRIPTANO (6 mg) SC
STATUS ENXAQUECOSOSTATUS ENXAQUECOSO
• internar• excluir cefaléias secundárias• determinar hidratação e reposição eletrolítica• Dexametasona 10 mg iniciais e 4 mg de 6/6
horas (até 48 horas) + Clorpromazina 0,1 mg/kg
• internar• excluir cefaléias secundárias• determinar hidratação e reposição eletrolítica• Dexametasona 10 mg iniciais e 4 mg de 6/6
horas (até 48 horas) + Clorpromazina 0,1 mg/kg horas (até 48 horas) + Clorpromazina 0,1 mg/kg EV, em 3 minutos, mantendo infusão de SF 0,9% e repetindo a cada 4 horas, se necessário ou
• Meperidina 2 ml (100 mg) diluídos em 10 ml a cada 30 minutos até a dor ceder ou HALOPERIDOL Alta com profilático
horas (até 48 horas) + Clorpromazina 0,1 mg/kg EV, em 3 minutos, mantendo infusão de SF 0,9% e repetindo a cada 4 horas, se necessário ou
• Meperidina 2 ml (100 mg) diluídos em 10 ml a cada 30 minutos até a dor ceder ou HALOPERIDOL Alta com profilático
CEFALÉIA EM SALVASCEFALÉIA EM SALVAS
• inalação de O2 – 100% - 7 a 10 L/min (15 min)
• Sumatriptano 6 mg SC
• inalação de O2 – 100% - 7 a 10 L/min (15 min)
• Sumatriptano 6 mg SC
• DHE 0,1 mg IM ou EV
• Lidocaína nasal
• orientar tratamento profilático
• DHE 0,1 mg IM ou EV
• Lidocaína nasal
• orientar tratamento profilático
1.Cefaléia associada à hipertensão arterial, na qual hemorragiasubaracnóidea não é lembrada.
ERROS FREQUENTES EM SALA DE EMERGENCIA
subaracnóidea não é lembrada.2.Associação entre cefaléia e ingesta alcoólica, na qual seconsidera o rebaixamento da consciência como decorrente doalcoolismo e a cefaléia como “ressaca”. Pacientes alcoolizados ecom cefaléia devem ser reavaliados repetidamente pelo risco dehematomas intracranianos ou de trauma cranioencefálicoinaparente.3.Cefaléia em idosos, na qual lesões estruturais ou arteritetemporal não são cogitadas.
Cefaléia em idosos, com rigidez nucal erroneamente interpretada como secundária a artrose cervical.
Cefaléia em gestantes nas quais hipertensão intracraniana benigna e pré-eclâmpsia podem assemelhar-se à enxaqueca.
ERROS FREQUENTES EM SALA DE EMERGENCIA
pré-eclâmpsia podem assemelhar-se à enxaqueca.Odontalgia ou pulpite diagnosticada como neuralgia do trigêmio.
Lembrar de realizar o exame da cavidade oral.Glaucoma agudo não diagnosticado. Lembrar que tal afecção
caracteriza-se como urgência oftalmológica que, às vezes, se inicia com cefaléia.
Sinusite esfenoidal diagnosticada como cefaléia primária. A sinusite esfenoidal apresenta quadro clínico polimórfico, mas, caracteristicamente,
cursa com dor em vértice craniano.
ANOTEANOTE
São sinais de alerta:• a primeira ou pior cefaléia
• início súbito ou recente
São sinais de alerta:• a primeira ou pior cefaléia
• início súbito ou recente
• intensidade e freqüência progressiva e persistentemente maiores
• história de câncer e/ou SIDA
• alterações no exame neurológico
• intensidade e freqüência progressiva e persistentemente maiores
• história de câncer e/ou SIDA
• alterações no exame neurológico
• febre e/ou outros sinais de doença sistêmica / sinais meníngeos
• traumatismo craniano
• febre e/ou outros sinais de doença sistêmica / sinais meníngeos
• traumatismo craniano
ANOTEANOTESão sinais de alerta:São sinais de alerta:
• mudança nas características
• cefaléia relacionada com esforço
• cefaléias persistentemente unilaterais
• refratariedade ao tratamento
• mudança nas características
• cefaléia relacionada com esforço
• cefaléias persistentemente unilaterais
• refratariedade ao tratamento
ANOTEANOTE
Na presença de sinais e/ou sintomas de alarme realizar exames complementares apropriados:
1.sinais e/ou sintomas de disfunção no SNC:a.TC sem contraste
Na presença de sinais e/ou sintomas de alarme realizar exames complementares apropriados:
1.sinais e/ou sintomas de disfunção no SNC:a.TC sem contrastea.TC sem contrasteb. exame de LCR
2.sinais e/ou sintomas gerais:a.exames laboratoriais e de radiologia simplesb.TC de crânioc.exame de LCR
a.TC sem contrasteb. exame de LCR
2.sinais e/ou sintomas gerais:a.exames laboratoriais e de radiologia simplesb.TC de crânioc.exame de LCR