Cento e setenta anos de Santa Isabel

Este ano, 2017, comemoramos os 170 anos de fundação da Colônia Santa Isabel, aquela que é considerada a primeira comunidade Luterana de Santa Catarina e a segunda colônia alemã deste estado. Portanto, a exemplo do que fiz dias atrás, quando escrevi um artigo falando sobre a Colônia Vargem Grande, hoje vou comentar um pouco a respeito de Santa Isabel, fundada em 1847, quando chegaram a esta localidade, 256 colonos enviados pelo imperador Dom Pedro II para ocupar suas terras e, assim, proteger, com sua presença constante, o recém-criado “Caminho das Tropas”, uma estrada mesmo que precária, que ligava Lages, no planalto da Província de Santa Catarina, à Desterro, no litoral. Embora a data de fundação remonte a 19 de novembro de 1846, mas somente em 1847 é que chegaram as primeiras famílias de colonos que deram início ao povoamento desta localidade, cujo nome é uma homenagem à princesa Isabel, que havia nascido em 1846, menos de um ano depois de o casal imperial, Dom Pedro II e sua esposa, Teresa Cristina, ter visitado as famosas Caldas do Cubatão, atual Caldas da Imperatriz, em outubro de 1845.

Para quem conhece a história de Santa Isabel, sabe das inúmeras dificuldades enfrentadas por seus primeiros habitantes. Longe da civilização, foram eles lançados à própria sorte, em meio a uma floresta densa e povoada de animais ferozes e índios pouco amistosos, constituindo-se assim, num cenário digno de medo e desânimo. Mas os alemães eram destemidos e imbuídos de uma força e de uma coragem a altura das dificuldades que os aguardava neste sertão onde tudo estava por ser feito, e eles fizeram. E certamente os descendentes destes destemidos pioneiros que hoje aí residem, percebem que não foi em vão os esforços de seus ancestrais e sua teimosia em transformar a então Colônia Santa Isabel no que ela é hoje: um vilarejo de beleza ímpar, organizado e de gente ordeira e dedicada aos seus afazeres. Há os que se dedicam a lavoura, especialmente hortaliças, com destaque para a plantação de morangos; os que se dedicam a educar, os que se dedicam a evangelizar, os que se dedicam ao ramo da construção civil, os que se dedicam a fabricar artesanato e há quem se dedica a fabricar vinho, diga-se de passagem, de muito boa qualidade.

Santa Isabel é hoje uma comunidade constituída de 150 famílias, distribuídas entre os credos luterano e católico, cujas capelas se defrontam no centro do vilarejo em que os seus filhos comungam da mesma beleza, do mesmo amor pela terra que os acolheu, do mesmo cheiro do mato que ainda os cerca (mas agora, em vez de temido e selvagem, os encanta com sua beleza), e do mesmo burburinho das águas do pequeno riacho, o Rio dos Bugres, nome que por muito tempo foi usado como referência do lugar, atualmente denominado Santa Isabel, em que os seus moradores acham-se confortavelmente guiados pelo pastor Adamir Simon e pelo diácono Wilibaldo Kirchner.

Dona Selma Scheidt Rassweiler, uma pessoa de grande conhecimento dessas dificuldades pelas quais passaram seus antepassados, escreveu um pequeno esboço sobre a vida desses heróis e seus descendentes, muito rico em detalhes, do qual aqui transcrevo alguns trechos: “Os imigrantes viajavam em veleiros sobre o oceano numa viagem que às vezes chegava a durar até 120 dias para chegar ao Brasil. 120 dias sem ver terra, aprisionados num espaço pequeno, centenas de pessoas. A água potável estava

podre, fedia e estava cheia de larvas, a comida ruim, o pão tão duro que precisavam parti-lo com um martelo. Surgiam epidemias e muitos morreram e foram sepultados no mar. Tem um provérbio que diz: ‘à primeira geração, a morte; à segunda, a miséria e à terceira, o pão’. Quantas vezes estes imigrantes se sentavam debaixo do céu estrelado, quando no firmamento brilhava o Cruzeiro do Sul, e choravam de saudades da pátria, distantes dos seus parentes que não podiam esquecer, mas que também não podiam voltar porque não tinham mais dinheiro para a passagem. Quantas se suicidaram por desespero ou morreram de saudades!”.

Pastor Rudolph Osvald Hesse (1860-1861), primeiro pastor a atuar em Santa Isabel, chegou ao Brasil no ano de 1857, provavelmente esteve em Santa Isabel duas ou três vezes. Ele fez os primeiros registros de ofícios eclesiásticos nos livros de ofícios, que ainda estão preservados. O Pastor Hesse atuou em Blumenau de 1957 até sua morte em 1879. Em suas visitas pastorais a Santa Isabel ele viajava de barco costeiro até Desterro (Florianópolis) e de lá a cavalo para Santa Isabel.

Pastor Adamir Simon, natural do Rio Grande do Sul, que desde de 17 de agosto

de 2014 atua na comunidade luterana de Santa Isabel, é o responsável por conduzir a Paróquia luterana desta localidade.

Wilibaldo Kirchner e sua esposa, Emília Prim. Ele é filho de Benedito Kirchner e de Anna Maria Hillesheim, e nasceu no dia 21 de maio de 1937, na localidade de Santa Isabel, município de Águas Mornas, SC. Casou-se com Emilia Prim, no dia 20 de setembro de 1958, com a qual teve 12 filhos. O Sr. Wilibaldo Kirchner ordenou-se diácono permanente no dia 28 de fevereiro de 1982, foi o primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Águas Mornas, em 1972, quando exerceu provisoriamente a função por um ano. Posteriormente foi eleito presidente por duas legislaturas consecutivas: de 1973 a 1979. Ele foi também candidato a prefeito de Águas

Mornas em 1968, numa eleição que teve quatro candidatos ao cargo de prefeito. Os outros três foram: Ivo Zimmermann, Jaime Paulo Probst e Balduino Weber, que acabou se elegendo.

Princesa Isabel (1846-1921), que emprestou seu nome à colônia fundada em Águas Mornas, um ano depois de seu nascimento.

Johann Philipp Scheidt em 1858 construiu em suas terras e com recursos próprios a 1ª igreja evangélica de Santa Catarina. Era um homem muitas posses. Ele era dono de moinho de fubá, engenho de farinha de mandioca, olaria, cervejaria, hotelaria e era o grande comerciante, que comprava os produtos dos colonos e com dezenas de cargueiros de mulas e cavalos transportava esses produtos para a capital da Província.

Embora não tenha nascido em Santa Isabel (ele é natural de Rio Embiras), mas foi esta localidade que o Sr. Reinaldo Hausmann escolheu para criar os filhos, quando se mudou para cá em 1974, quando sua filha mais velha tinha apenas dois anos. Ele nasceu em 1928 e era filho de Teodoro Carlos Hausmann e de Penilda Heinz. Em 1951 casou-se com Leonely Müller, filha de Alfredo Müller e Emily Ana Elisabete Hausmann, com que teve cinco filhas. O Sr. Reinaldo Hausmann foi eleito vereador por Águas Mornas no dia 15 de novembro de 1972, para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, durante a quarta legislatura, com 144 votos e reeleito nas eleições municipais de 1976, com 155 votos. Praticante da confissão evangélico-luterana, o Sr. Reinaldo Hausmann faleceu no dia 2 de novembro de 2011, e está sepultado no cemitério luterano de Santa Isabel. Nesta imagem ele sua esposa, d. Leonely, foram fotografados enquanto o casal visitava a antiga residência em Rio Embiras, que hoje encontra-se desabitada.

Roberto Weingartner e sua esposa Guilhermina Beppler, são os pais do pastor Lindolfo Weingartner.

Silvino Weingartner nasceu em Santa Isabel no dia 02 de agosto de 1928. Era filho de Avelino Weingartner e de Lídia Hausmann. Silvino Weingartner casou-se no dia 26 de julho de 1951 com Hilma Hausmann, filha de Augusto Carlos Nicolau Hausmann e de Elize Heinz, ambos naturais de Rio Miguel, município de Águas Mornas. Foi vereador por Águas Mornas na primeira e na segunda legislaturas: 1963 a 1967 e de 1967 a 1970).

Virto Rassweiler nasceu na localidade de 1ª Linha, no município de Águas Mornas, no dia 07 de abril de 1945. É filho de Lindolfo Rassweiler e de Adélia Schütz. O Sr. Virto Rassweiler casou-se com Nelsi Weingartner, nascida em 04 de dezembro de 1948, filha de Ervino Weingartner e de Olga Bauer. Foi vereador por Águas Mornas no período de 1970 a 1973. Além de vereador, por sete anos, o Sr. Virto Rassweiler ocupou o cargo correspondente ao de Secretário de Transportes e Obras, na prefeitura de Águas Mornas, durante as gestões dos ex-prefeitos Lauri Thiesen (1993-1996) e de Valdecir José Sens (1997-2000).

Nelson Rassweiler nasceu na Linha Bauer ou Primeira Linha, no dia 09 de outubro de 1943. Era filho de Lindolfo Rassweiler e de Adélia Schütz. O Sr. Nelson era casado com Ilsa Weingartner, filha de Avelino Weingartner e de Lídia Hausmann, e irmã do ex-vereador por Águas Mornas, Silvino Weingartner e do pastor Nelso Weingartner. O Sr. Nelson Rassweiler foi vereador por Águas Mornas nos períodos de 1973 a 1977 e de 1983 a 1988.

José Vandir da Silva nasceu no município de Rancho Queimado no dia 23 de março de 1963. É filho de Valmor da Silva, natural de Angelina, SC, e de Arnilda Schmitz, natural de Águas Mornas. José Vandir teve seis irmãos, sendo que um deles, Claudir da Silva (já falecido), também foi vereador por Águas Mornas na nona legislatura, que compreende o período de 1997 a 2000. Como vereador José Vandir é o vereador que até o momento alcançou o maior número de legislaturas, num total de cinco, abrangendo os seguintes períodos: de 1993 a 1996; de 2001 a 2004; de 2005 a 2008; de 2009 a 2012 e de 2013 a 2016. Foi também candidato a vice-prefeito em 2016. Embora seja natural de Santa Isabel mas é um dos líderes comunitários mais ativos da comunidade, sempre envolvido com as questões religiosas, educacionais e sociais da localidade.

José Nazir Lofi nasceu em Santa Isabel, município de Águas Mornas, no dia 11 de novembro de 1966. É filho de Amando Lofi (1937-2013) e de Elizabeth Thiesen. Casou-se com Tânia Weingartner, filha de Silvino Weingartner e de Hilma Hausmann. Foi vereador por três legislaturas: de 1997 a 2000, de 2001 a 2004, de 2005 a 2008 foi vice-prefeito e de 2009 a 2012 foi novamente vereador. Também foi candidato a vice-prefeito nas eleições municipais de 2012.

Cleber Thiesen, filho de Lorival Thiesen e de Neli Müller, embora tenha nascido no município de Palhoça, mas é considerado como filho de Santa Isabel, pois seus pais e avós são naturais desta localidade e ele mesmo foi criado em Santa Isabel, onde residiu por muitos anos, tendo passado toda a sua infância e juventude na terra de seus ancestrais. Foi eleito vereador por Águas Mornas em 2016.

Nelson Müller, filho de Alfredo Müller e Emily Ana Elizabete Hausmann, nasceu na localidade de Rio Cedro, Águas Mornas-SC, no dia 15 de setembro de 1937. Com 18 anos de idade mudou-se para Santa Isabel e, um ano depois casou-se com Nilsa Popinga, filha de Leopoldo Popinga e Helga Gerber. Foi eleito vice-prefeito de Águas Mornas nas eleições municipais de 1972. Esta foto, inclusive é de um baile realizado em Santa Isabel, por ocasião da vitória nas eleições daquele ano. De confissão luterana e dedicado à família, era, além de lavrador, zelador do Centro Evangélico de Santa Isabel até o ano de 2010, quando, no dia 18 de março daquele ano, sofreu um derrame cerebral que o deixou impossibilitado de trabalhar, devido a algumas sequelas.

Rodrigo Thiesen, também considerado um aguasmornense, filho de Santa Isabel. Atuou em diversos times pelo Brasil, atualmente jogando em São Paulo. É filho de Lorival Thiesen e de Neli Müller e irmão do vereador, Cleber Thiesen.

Lauri Thiesen nasceu em 19 de junho de 1957, na localidade de Santa Isabel, município de Águas Mornas. É filho de Antônio Pedro Thiesen e de Leoni Weingartner, e neto de Pedro Thiesen Júnior, um dos participantes do processo de emancipação política de Águas Mornas e também ex-vereador por Palhoça, na primeira legislatura (1947-1951), quando Águas Mornas ainda era um distrito daquele município. É casado Maria Lúcia Vanbömmel, filha do ex-vereador, Albertino Vanbömmel e irmã do também ex-vereador e ex-candidato a prefeito, Jonas Vanbömmel. Lauri também é primo de Ivone Thiesen Hillesheim, que foi vereadora por três legislaturas e de José Nazir Lofi, que foi vereador e vice-prefeito. Em 1992, ao candidatar-se para prefeito de Águas Mornas, pelo PDS, foi eleito com o slogan: “Águas Mornas vivendo melhor”. Atualmente reside em Santo Amaro da Imperatriz.

Pedro Thiesen Jr. nasceu em 1900 e faleceu em 1962. Era filho de Pedro Thiesen e de Catharina Kuhnen. Foi casado com Maria Kirchner, filha de Hermann Kirchner e de Vitória Kuhnen. Pedro Thiesen Jr. foi vereador por Palhoça (de 1947 a 1951), e provavelmente o primeiro dos Thiesen da nossa região a se dedicar à vida pública. Depois dele vieram muitos outros Thiesen que exerceram funções no campo da política, tais como vereadores e prefeitos. Nesta imagem Pedro Thiesen Jr. e sua esposa, Maria Kirchner, com os filhos.

Embora tenha vivido boa parte de sua vida na localidade de Fazenda Sacramento II (Lourdes), mas Benedito Pedro Thiesen nasceu em Santa Isabel em 17 de dezembro de 1926, e era filho de Pedro Thiesen Junior e Maria Kirchner e teve onze irmãos. Como nessa época o município de Águas Mornas ainda não havia sido emancipado, Santa Isabel possuía o título de Distrito e pertencia ao município de Palhoça. Em 1945, com dezoito anos de idade, ainda solteiro, Benedito Pedro Thiesen deixou sua terra natal, sozinho, e foi residir na Fazenda Sacramento II, também conhecida como Fazenda de Lourdes onde, em 1948, casou-se com Ida Lofi, filha de Augusto Lofi e de Catarina Stüpp. Foi eleito vereador por Águas Mornas nas eleições municipais de 1966. Ele também é pai da ex-vereadora, Ivone Thiesen Hillesheim e sogro do ex-vereador, Nelson Hillesheim.

Osvaldo Prim nasceu em junho de 1943 na localidade de Santa Isabel. É filho de Norberto Prim e de Maria Brück. Foi um dos responsáveis pela criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Águas Mornas, tendo sido, inclusive, eleito seu presidente em duas ocasiões: em 1978 e 1881. Em 1976 deixa sua terra natal e se estabelece em Santa Cruz da Figueira, onde continua residindo até hoje. Nesse mesmo ano, 1976, foi eleito vereador e, em 1982, foi candidato a prefeito, mas não se elegeu. Em 1996 foi eleito vice-prefeito e, em 2008 foi ordenado Diácono Permanente de Santa Cruz da Figueira. Foi casado duas vezes: primeiramente com Maria Horr, filha de José Horr e de Fridolina Lückmann. Com o falecimento da primeira esposa, em 1969, o Sr. Osvaldo casou-se com Teresinha Kirchner, filha de José Kirchner e de Ana Lofi. Ele também é pai de Omero Prim, que foi vereador, Secretário Municipal de Saúde e atualmente é prefeito de Águas Mornas.

Omero Prim nasceu em fevereiro de 1973 em Santa Isabel. Em 1976, muda-se com a família para Santa Cruz da Figueira, onde reside atualmente. É filho do diácono Osvaldo Prim e de sua segunda esposa, Teresinha Kirchner. Casou-se com Andréia Steinbach, filha de José Nilton Steinbach e de Salete Pfleger. Foi eleito vereador por duas ocasiões: em 2008 e 2012. Em 2014 assumiu o cargo de Secretário Municipal de Saúde, permanecendo no cargo até julho de 2016, quando candidata-se a prefeito municipal, tendo sido eleito para exercer este cargo no período de 2017 a 2020.

Banda de música de Santa Isabel, comandada pelo Sr. Luiz Carlos Philipp Scheidt (1886-1969), o Sr. de casacão, segundo músico do lado direito. Ele era pai de d. Selma Scheidt Rassweiler, senhora muito culta e líder da comunidade luterana de Santa Isabel.

Inauguração da rede de energia em Santa Isabel em 1977. À direita, de calça xadrez, o pastor Waldair Hofstätter, no centro o ex-governador de Santa Catarina, Antônio Carlos Konder Reis e ao seu lado o ex-prefeito de Águas Mornas, Mário José Koerich. Aos fundos da imagem, à esquerda, aparece parte da igreja católica, em sua versão antiga.

Nelso Weingartner nasceu em Santa Isabel em 1937. É filho de Avelino Weingartner e de Lídia Hausmann, foi pastor em sua terra natal, depois Blumenau e Timbó, entre outras localidades. Além de pastor, o Sr. Nelso é escritor e importante pesquisador da imigração alemã. Atualmente, aposentado de suas funções religiosas, reside em Timbó, SC.

Antigo Instituto Educacional de Santa Isabel, hoje, Centro Paroquial Evangélico Pastor Christian Zluhan. Ele funcionou como escola de 1865 a 1910. Hoje, em seu lugar, funciona um lar de retiros.

Raimar Scheidt e seu dom de converter madeira em arte. Sofreu um acidente em 1988, quando reformava a igreja católica de Teresópolis e ficou paraplégico. Hoje é uma referência de superação, vivendo em meio à bucólica paisagem de Santa Isabel onde, ao lado da filha e do genro, produz um artesanato de qualidade.

O Sr. Roberto Rassweiler, famoso na região pela produção de excelentes vinhos artesanais, arte que aprendeu com seu pai, o também vinicultor e professor Cristiano Rassweiler.

Alunos do Instituto Educacional de Santa Isabel, no ano de 1936 ou 1937.

Coral Luterano de Santa Isabel no início da década de 1953, no dia da inauguração da igreja luterana da Linha Scharf, em Rancho Queimado. No centro da imagem, de blusa escura com listras claras, d. Selma Scheidt Rassweiler, uma líder da comunidade luterana de Santa Isabel.

Pastor Charles Werlich, também natural de Santa Isabel, que atualmente reside no Rio Grande do Sul. Ele é filho de Osvaldo Werlich e de Tânea Thiesen.

Alunos de Santa Isabel com o professor José Carlos.

Este é mais um casal, filho de Santa Isabel, que merece ser mencionado por ocasião de seus 170 anos de fundação. O professor Christiano Rassweiler e sua esposa, Selma Scheidt Rassweiler. Dona Selma traduziu vários livros do alemão gótico para o português. Exemplo disso são os livros de registro da Paróquia Evangélica Luterana de Santa Isabel. Ela era filha de Luiz Carlos Felipe Scheidt e de Sophia Quint. Ele era filho de Roberto Carlos Rassweiler e de Ana Filipina Scheidt.

Igreja luterana de Santa Isabel e residência do pastor.

Monumento aos Imigrantes da Colônia Santa Isabel.

Igreja católica de Santa Isabel dedicada à Santa Isabel da Hungria.

Centro de Santa Isabel, onde as duas igrejas se contemplam, uma de frente para a outra quando, desde seus primórdios que remonta à década de 1840, quando a localidade passou a ser habitada pelas duas religiões.

Pastor Lindolfo Weingartner, natural de Santa Isabel, Águas Mornas, onde nasceu em 1923. É filho de Carl Joahnn Robert Weingartner e de Guilhermina Beppler, foi pastor em Timbó, Ituporanga, Itoupava Central, Brusque e Joinville, além de professor e diretor no colégio de Panambi e na Faculdade de Teologia de São Leopoldo e autor de 34 livros. É aposentado e reside na cidade de Brusque (SC). Foi casado, primeiramente com Margarida Elisabeth Hatzky, com quem teve quatro filhos. Ao ficar viúvo em 1989, casou-se com Erna Jönk.

Antônio Prim, autor do Hino de Águas Mornas. Embora tenha nascido em Vargem Grande, em agosto de 1939, mas mudou-se, aos sete anos de idade, para a localidade de Santa Isabel, onde viveu por muitos anos com a família.

Este fragmento abaixo é de um relatório apresentado pelo então Presidente da Província de Santa Catarina, Francisco Carlos de Araújo Brusque, comentando sobre os progressos alcançados pela colônia Santa Isabel até aquela data, ou seja, 1860.

Abaixo, parte do relatório apresentado à Assembleia Legislativa Provincial de Santa Catarina, em 1867, pelo então presidente desta Província, Adolfo de Barros Cavalcanti de Albuquerque Lacerda, onde ele tece um interessante retrato da então colônia Santa Isabel, em que o mesmo critica a escolha do lugar para a implantação da Colônia. Fala das dificuldades dos colonos quanto ao provento de suas necessidades, pois as terras são muito acidentadas, sendo as mesmas mais apropriadas para pastagens do que para a lavoura. Diz o mesmo que naquele ano (1867), havia na colônia seis moinhos de fubá (atafonas), oito engenhos de farinha, movidos à água, duas fábricas de cervejas, uma olaria e dois curtumes. Comenta de forma elogiosa a existência do Internato e de uma escola particular bem dirigida e muito frequentada.