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Ministrio da Cincia e Tecnologia Coordenao de Apoio Tecnolgico a Micro e Pequena Empresa - CATE

MINERAIS DE PEGMATITOS

Francisco Wilson Hollanda Vidal Jos de Arajo Nogueira Neto

Rio de Janeiro Dezembro/2005 CT2005-174-00 Contribuio Tcnica elaborada para o Livro Rochas e Minerais Industriais do Cear, pginas 67-81.i67

MINERAIS DE PEGMATITOSFRANCISCO WILSON HOLLANDA VIDAL JOS DE ARAJO NOGUEIRA NETO

O termo pegmatito usualmente empregado no sentido textural, segundo a definio de Jahns (1955): rochas holocristalinas que apresentam, pelo menos em parte, uma granulao muito grosseira, contendo como maiores constituintes minerais queles encontrados tipicamente em rochas gneas comuns, mas com a caraterstica de apresentarem extremas variaes no que se refere ao tamanho dos gros. Alm do aspecto textural (granulao muito grosseira), a designao de pegmatito tambm aplicada para nomear o corpo de rocha. Em situaes mais especficas, para melhor indicar a composio mineralgica, so freqentes os termos: pegmatito grantico, pegmatito granodiortico, etc. Com a deflagrao da Segunda Guerra Mundial, surgiu o interesse pelo estudo dos pegmatitos da provncia do Nordeste do Brasil. Assim que Leonardo (1942), Johnston (1945a) e (1945b) descreveram os pegmatitos do Cear, detalhando zonas internas e tecendo consideraes sobre as paragneses de minerais. Com o final da guerra, diminuiu gradativamente o interesse pelos pegmatitos no Cear. Somente em 1970, Rolff retomou o estudo desses pegmatitos com a pesquisa sobre cassiterita no Vale do Jaguaribe, seguido, posteriormente, por Marinho (1971), Marinho e Sidrim (1981), Barbosa (1982) e Souza et al (1985). Souza et al. (1973) tecem consi-

deraes sobre geologia regional, compreendendo litologia e estrutura; notam que os pegmatitos mais importantes tm forma tabular e so discordantes; descrevem 58 pegmatitos com detalhes, omitindo descrio pormenorizada de corpos de substituio e mineralizao por zonas. Esse trabalho representou um marco no estudo de pegmatitos do Estado do Cear. Seguiram-se outros trabalhos que ofereceram grandes contribuies ao conhecimento desses depsitos minerais, tais como Souza (Tese 1985), Marques Jnior. (Dissertao 1992), Marques Jnior e Nogueira Neto (1992), Silva (Tese 1993), Lima (Dissertao 2002) e Leal Neto (Dissertao 2004). Nesta publicao, a denominao de pegmatito refere-se ao pegmatito grantico, termo mais amplamente divulgado mundialmente, e compatvel com as ocorrncias no Estado do Cear. Um pegmatito de composio grantica constitudo essencialmente por elementos como Si, Al, K, Na e Ca. Entretanto, certos elementos que esto dispersos nas rochas granticas podem-se concentrar nos pegmatitos sob a forma de minerais particulares, tais como berilo (Be), ambligonita e espodumnio (Li), tantalita-columbita (Nb-Ta), apatita e monazita (P, terras raras, Zr, Th, U, etc.). A possibilidade de tais concentraes torna os pegmatitos fontes naturais importantes de elementos qumicos aplicveis a vrios processos de beneficiamento industrial.

Quanto CETEM 1 Doutor em Engenharia de Mineral e Pesquisador do Centro de tecnologia Mineral origem dos corpos de pegmatitos, a despeito do diversas teorias MODO DEGeologia e Professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Cear UFC OCORRNCIA Doutor em existentes durante o perodo de 1940 a 1960, existe hoje uma convergncia de

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idias no sentido de que a gnese destes depsitos minerais estaria relacionada a fuses silicatadas. Entretanto permanecem divergncias referentes aos mecanismos que originaram tais fuses, ou seja, se decorrentes de processos magmticos de fracionamento ou pela anatexia de rochas metamrficas de alto grau. O principal questionamento, relacionado gnese dos pegmatitos do Cear, diz respeito filiao (ou no) dos corpos pegmatticos aos granitos aflorantes em toda a extenso das regies mineralizadas. Na regio de Berilndia, os dados geoqumicos dos granitos, considerando a relao Rb-Ba-Sr, sugerem que nenhuma destas rochas pertena aos termos de granitos diferenciados, os quais so potencialmente geradores de pegmatitos mineralizados em elementos raros (Marques Jnior, 1992; Marques e Nogueira Neto, 1992). Tais granitos foram classificados como peraluminosos devido aos elevados teores de Al2O3 e quando somados aos valores de Na2O e K2O, situam-se como ricos em sdio, sugerindo, assim, baixo grau de diferenciao. Os teores de Rb relacionados ao grau de diferenciao dos granitos so baixos e, adicionalmente, os elevados valores das relaes Na2O/K2O e os baixssimos contedos de Nb, Y, F, Sr e Zr indicam que os granitos do Campo Pegmattico de Berilndia exibem alto grau de esterilidade metalogentica, e no poderiam corresponder a granitos a partir dos quais os pegmatitos seriam gerados. Dessa forma, os pegmatitos encontrados na citada regio seriam provenientes da fuso de rochas do embasamento gnissico (Marques Jnior, 1992). O mesmo comportamento pode ser atribudo grande parte dos pegmatitos da Provncia da Borborema (pegmatitos do Rio Grande do Norte e Paraba), segundo Silva (1993). Estudo detalhado do pegmatito Vrzea Torta, regio de Solonopole, envolvendo o comportamento geoqumico

de elementos (Rb, Ba, Sr, K, Nb, etc.) deste corpo e dos granitos de anatexia adjacentes, demonstra relao gentica entre ambos, sugerindo ser o pegmatito um termo evoludo dos granitos (Leal Neto, 2004). Considerando o modo de ocorrncia, Johnston (1945) classificou os pegmatitos do Nordeste brasileiro em trs diferentes tipos, homogneos, heterogneos e mistos. Os pegmatitos homogneos caraterizam-se por seus minerais essenciais, quartzo, feldspato e micas serem distribudos regularmente ao longo do corpo, com granulometria que varia de centmetros a decmetros, com freqente intercrescimento grfico entre quartzo e feldspato. So raramente mineralizados, e quando exibem mineralizaes, elas ocorrem de forma disseminada. Possuem formatos tabulares ou dmicos, por vezes atingem quilmetros de extenso, mantendo larguras mtricas e contatos bruscos com as rochas encaixantes. Os pegmatitos heterogneos caracterizam-se por seus minerais essenciais apresentarem uma forma geomtrica em zonas, composta basicamente por quatro distintas zonas dispostas simetricamente em relao ao centro do pegmatito, descritas como Zona 1, Zona 2, Zona 3 e Zona 4 (Jahns, 1955). Zona 1, marginal ou de borda, apresenta espessura fina, variando de alguns centmetros at cerca de um metro, podendo apresentar descontinuidade. Muitas vezes de difcil reconhecimento, pelo carter transicional entre as rochas encaixantes e as zonas mais externas dos pegmatitos. A textura preferencialmente apltica, constituda por feldspato, quartzo e placas bem desenvolvidas de moscovitas. Os minerais acessrios so comumente afrisita, cassiterita, e mais raramente, granada. Em algumas ocorrncias essa zona mais desenvolvida quando o pegmatito est alojado em xisto.

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A Zona 2, mural ou de parede, pode ser bem desenvolvida em muitos pegmatitos e ausentes em outros. Assemelhase a um pegmatito homogneo em sua granulao, composio e estrutura, ocupando o maior volume do corpo, passando gradativamente para Zona 3. A Zona 3, intermediria, notvel pela sua variedade mineralgica, caracterizada pela presena de feldspatos em cristais gigantes, e diversificados mineraisminrios como ambligonita, berilo, columbita-tantalita, espodumnio e outros minerais acessrios. A poro axial do corpo pegmattico ocupada pela Zona 4, constituda por um ncleo de quartzo macio de cores variadas, disposto simetricamente ou no em relao s outras zonas. O quartzo pode ocorrer de forma regular, irregular, ou disseminado em grandes blocos. Os minerais acessrios so, em sua maioria, encontrados no ncleo ou no contato com a Zona 3. Os pegmatitos mistos, de acordo com a concepo de Rolff (Rolff, 1945 apud Lima, 2002, p.15) so intermedirios entre os homogneos e os heterogneos, e apresentam bolses de quartzo, ao contrrio de ncleos individualizados, localizados na massa pegmattica semelhante Zona 2 dos pegmatitos heterogneos. Em torno desses bolses existe uma zona semelhante Zona 3 dos pegmatitos heterogneos. As mineralizaes econmicas, nestes locais, so geralmente disseminadas. A Figura 1 apresenta a classificao estrutural dos pegmatitos, segundo Johnston (1945) e Rolff (1945). Os pegmatitos homogneos ou pegmatides, como classificados por alguns autores so atualmente extrados

em forma de blocos para fins de rochas ornamentais. Os pegmatitos heterogneos e mistos so as principais fontes de quartzo, feldspato e micas para aplicao na indstria devido sua forma de ocorrncia zonada, com grandes bolses de quartzo e feldspato. Os pegmatitos heterogneos em sua maioria, mineralizados em tantalita-columbita e berilo. Segundo Rolff (1946) os minerais acessrios, ocorrem em grande variedade e so distribudos dentro dos pegmatitos de acordo com a ilustrao da Figura 2. A Subprovncia Pegmattica do Cear est inserida na Provncia Borborema, localizada na regio Nordeste do Brasil, a qual apresenta em escala regional, diversidade estrutural, textural, mineralgica e, possivelmente de gnese. Geologicamente, a Subprovncia Pegmattica do Cear aflora associada a vrias unidades expostas do pr-cambriano. Considerando a diviso proposta por Arthaud et al (1998) para os terrenos prcambrianos do Cear, dentre os vrios blocos orogenticos com diferentes litologias e evoluo tectono-metamrfica, podemos localizar os pegmatitos nos Domnios Jaguaribe-Ors e Cear Central. O Domnio Jaguaribe-Ors corresponde ao embasamento policclico, constitudo por ortognaisses que preservam uma foliao pr-brasiliana (Neoproterozica), enquanto o Domnio Cear Central foi submetido a tectonismo tangencial, envolvendo gnaisses com diversas seqncias metassedimentares formadas por quartzitos, mrmores e pelitos. Ambos os domnios foram seccionados por grandes zonas de cisalhamentos nas quais granitos, aplitos e pegmatitos esto alojados.

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Figura 1 Classificao estrutural dos pegmatitos segundo JOHNSTON (1945) e ROLFF (1945). Fonte: Lima (2002)

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Figura 2 Posio relativa de alguns minerais de pegmatitos, segundo ROLFF (1946). Fonte: Lima (2002).

O alojamento dos corpos pegmatitos da Subprovncia do Cear teve forte influncia das zonas de cisalhamentos, possivelmente em fase transtensional, as quais condicionaram a estruturao, forma e provavelmente funcionaram como condutos de remobilizao dos elementos mineralizantes (Marques e Nogueira Neto, 1988). No campo pegmattico de Berilndia, regio de Quixeramobim, as relaes de campo entre os pegmatitos e suas encaixantes evidenciam que os corpos no mineralizados exibem orientao similar s das zonas de cisalhamentos e posicionam-se, em geral, dentro dos granitos. Por outro lado, os corpos mineralizados em elementos raros so subparalelos s

zonas de cisalhamentos e encontram-se intrudidos na seqncia supracrustal (Marques Jnior e Nogueira Neto, 1988 e 1992; Marques Jnior, 1992.). Souza (1985) dividiu a Subprovncia Pegmattica do Cear em dois grandes distritos: i - Distrito de Solonpole-Quixeramobim, englobando os municpios de Jaguaribe, Solonpole, Quixad e Milh; e ii - Distrito de Cristais-Russas, englobando os pegmatitos de Cascavel, Aracoiaba, Russas e Morada Nova. Alm destes, aquele autor, destacou distritos menores como os de Parambu, Ic e Itapina, tambm, com minerais de pegmatitos (Figura 3.).

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Decorrente do avano atual do conhecimento geolgico podem ser destacados, no Estado do Cear, trs distritos pegmatticos: (i) - Distrito de Cristais-Russas, que inclui reas dos municpios de Aracoiaba, Cascavel, Russas e Morada Nova; (ii) - Distrito de Itapina. Abrange reas dos municpios de Pacoti, Guaramiranga, Canind e Itapina; e (iii) - Distrito de Solonpole-Quixeramobim distribudo em reas dos municpios de Quixad, Quixeramobim, Solonpole, Banabui e Jaguaribe. Alm de minerais de emprego industrial, comprovada a grande variedade de ocorrncia de minerais-gemas nessas microrregies, incluindo quartzos, feldspatos, rubelitas, afrisitas, turmalinas verdes e azuis, fluoritas, ametistas, gua-marinhas, dentre outros. Outros pegmatitos isolados tambm compem o arcabouo tipolgico, e correspondem a depsitos portadores de minerais-gemas, a exemplo dos pegmatitos de Barriguda na regio de Cococi e de Boa Esperana em Tau. Merecem destaque, tambm, as vrias jazidas de ametista existentes no Cear, onde se ressalta a de Santa Quitria (Fazenda Botoque), cujo material gemolgico, no que se refere colorao, rivaliza com os melhores do Pas. Os distritos isolados de Ic e Parambu, apesar de pouco explotados, so mineralizados em minerais industriais e gemas, como gua-marinha e turmalina. O distrito pegmattico de SolonpoleQuixeramobim (DPSQ), considerado o de maior expressividade econmica, localizado na regio centro-oeste do Estado do Cear, abrange uma rea de 2.375 km2, envolvendo cinco campos pegmatticos diferentes. O primeiro destes campos, de sul para norte, corresponde ao campo de Nova Floresta-Feiticeiro, situado no muni-

cpio de Jaguaribe, ao sul de Solonpole, depositrio, principalmente, de cassiterita e tantalita. O segundo campo a NE de Solonpole representado por pegmatitos ltio-berilo-tantalferos, com ocorrncia de veios pegmatticos com fluorita. O terceiro campo pegmattico, a oeste e noroeste de Solonpole, o maior detentor de pegmatitos ltio-berilo-tantalferos do Distrito SolonpoleQuixeramobim. O quarto, denominado de campo de Berilndia-Carnaubinha, detm pegmatitos portadores de berilo industrial, em sua maioria. O quinto campo, chamado de Rinar-Banabui, detm pegmatitos ricos em turmalina e berilo, situado ao norte da cidade de Banabui. Os pegmatitos do Distrito SolonpoleQuixeramobim so de natureza grantica, a maioria heterogneos, com formas tipicamente tabulares e dimenses variveis de centenas de metros (pegmatito de Logradouro com 500 m) at dezenas de metros (espessuras raramente superiores a 10 m). So discordantes em relao s encaixantes (biotita-gnaisses e moscovitaxistos), orientados, predominantemente segundo as direes SW-NE e E-W com mergulhos verticais e subverticais. Existem cerca de 200 pegmatitos abertos no distrito de Solonpole-Quixeramobim, destacando-se os de Belm, Belo Horizonte, Bom Jesus, Logradouro, Olho dgua, Poos dos Cavalos, Soledade, Vrzea Torta e Lapinha. Este ltimo foi considerado na dcada passada um dos mais produtivos da regio. O Distrito Pegmattico SonlopoleQuixeramobim constitudo essencialmente por uma grande variedade de mineraisgemas (turmalina, gua marinha e grnada) incluindo quartzo, feldspatos e micas. Outros minerais econmicos so: berilo, cassiterita, ambligonita, tantalita,columbita, lepdolita e espodumnio. A Figura 3 mostra a localizao desse distrito pegmattico com os municpios que o constituem.

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41

40

39

38

37

3

Sobral

Itapaj Irauuba Caucaia Maranguape

Fortaleza CE0 40

4

Itapina Caridade Sta Quitria Canind

CE0 13

Cristais Russas

Tamboril Quixad CE Crateus Independncia Novo Oriente Boa Viagem0 20

5

Quixeramobim Pedra Branca Sen PompeuMilh

Limoeiro do Norte BR1 16

Solonople Mombaa Tau

BR2 26

Jaguaribe

6

Parambu

Ic

CONVENESESTRADAS FEDERAIS E ESTADUAIS CAPITAL CIDADES LIMITES ESTADUAIS DESTRITOS PEGMATTICOS 20 0 20 3 0 Km 7

Figura 3 Mapa de localizao das principais ocorrncias de pegmatitos no Estado do Cear.

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RESERVAS A Tabela 1 apresenta as reservas, do Distrito Pegmattico Solonpole-Quixeramobim, aprovadas pelo DNPM-CE. Deve se ressaltar que as reservas apresentadas so bastante modestas de baixo grau de confiabilidade, refletindo ausncia de trabalho de prospeco na regio. Um outro problema que dificulta estimar o potencial da reserva o grau de estrago em que se encontra atualmente parte dos corpos lavrados.

Tabela 1 Reservas de minerais do Distrito Pegmattico Solonpole-QuixeramobimRESERVAS (t) MEDIDA INDICADA Feldspato 38.906 25.191 Ambligonita 57 14 Lepidolita 1.707 2.716 Mica 1.893 2.568 Quartzo 1.229 1.124 Berilo 26.128 21.361 Ltio 93.519 68.124 Tantalita 365.961 542.426 Fonte: DNPM/CE - Dados atualizados at 31/03/04. SUBSTNCIA TEOR MDIO 8,8% de Li2O 1,5% de Li2O 10,9% de BeO -

ESPECIFICAES Quartzo Os pegmatitos representam uma das fontes naturais de quartzo. Em sua forma nobre de cristalizao, tal qual o cristal hialino de uso ptico ou eletrnico (cristal de rocha), o quartzo encontrado apenas em depsito de pegmatitos e veios com condies geolgicas raras e peculiares (Figura 4), mesmo assim, em reduzida proporo com relao ao todo da jazida. Entretanto, os pegmatitos, contm comumente quartzo leitoso, associado a feldspato, micas e outros minerais. Alguns constituem gemas. O quartzo leitoso proveniente de depsitos pegmatticos corresponde parcela significativa da produo total de quartzo e tem sido empregado nas indstrias de vidro, fundio e cermica, devido s condies atuais de exausto de inmeros outros tipos de depsitos. No Estado do Cear, os principais depsitos de pegmatitos mineralizados com quartzo encontram-se nos municpios de Solonpole, Russas e Crates. A pequena produo de quartzo do Cear direcionada principalmente para uma indstria de ferroligas, localizada no municpio de Banabui. Esta indstria, pertencente ao mesmo grupo da Carbomil Indstria Qumica S/A, sob a denominao de Libra do Brasil S/A, detm reas na regio para explorao do quartzo, alm de adquirir matria-prima de terceiros. tambm responsvel pela produo de ferro-slicio voltada exportao, tendo como principal comprador os Estados Unidos da Amrica. Feldspato O feldspato pertence ao grupo de silicatos de alumnio combinado com sdio, potssio, clcio e, eventualmente brio. Apesar de ser um dos minerais mais abundantes na crosta terrestre, apenas em pequeno nmero de depsitos so apropriados para explorao. O feldspato sdico que contem mais de 4% de Na2O empregado nas indstrias de vidros, esmaltes e porcelanas. Por outro lado o feldspato potssico que contem menos de 4% de teor de Na2O empregado nos diversos segmentos da indstria cermica.

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No Estado do Cear, os principais depsitos de pegmatitos com feldspatos esto distribudos ao longo do Distrito Pegmattico de Solonpole-Quixeramobim (DPSQ) em centenas de corpos pelos municpios de Quixad, Quixeramobim, Solonpole e Jaguaribe. O feldspato produzido nesta regio um subproduto de explorao do berilo, ambligonita, espodumnio, tantalita-columbita, micas e gemas. A Tabela 2 apresenta a composio de albitas e feldspatos potssicos do Pegmatito Vrzea Torta DPSQ. A Figura 4 mostra uma seo esquemtica de um dique ou veio de pegmatito cortando um gnaisse. Mica Mica o nome dado ao grupo dos silicatos de potssio hidratados com arranjo cristalogrfico em folhas. As micas so classificadas comercialmente, sob dois aspectos: (a) incluses visveis; e (b) imperfeies de estrutura e a sua potencialidade de corte em padres retangulares. Dentre os vrios tipos de micas, os minerais mais importantes deste grupo so: moscovita, flogopita, biotita, vermiculita, lepidolita, zinvaldita, roscoelita e fuchisita. No Cear, as reservas de micas esto

associadas aos pegmatitos de Solonpole e so constitudas predominantemente pelo mineral moscovita. Os pegmatitos mais aproveitados para lavra da moscovita so aqueles caracterizados por uma boa zonao concntrica, em volta da zona central do corpo. Quando o pegmatito fracamente zonado existe uma tendncia da moscovita espalhar-se por todo o depsito. A produo do Cear est localizada nos municpios de Quixeramobim, Russas e Solonpole. A Tabela 3 apresenta a composio de moscovitas do Pegmatito Vrzea TortaDPSQ. No que diz respeito ao consumo, a mica tipo folha tem sofrido pequeno decrscimo, em funo do processo de substituio do produto primrio por semiacabado para a indstria eletroeletrnica. No entanto, a produo mundial de mica do tipo fragmento ou p aumentou bastante, devido a sua larga utilizao na construo civil, como componente de argamassas e materiais de acabamento para construo. Outros dois setores que consomem expressiva quantidade de mica em p so a indstria de tinta e a petrolfera, em perfuraes de poos. No Cear, no municpio de Solonpole, o predomnio da produo de mica industrializada pertence ao grupo suo VPI-Vonroll Isola S/A.

Tabela 2 Composio de albitas e K-feldspatos do Pegmatito Vrzea Torta - DPSQMINERAL SiO2 TiO2 Albita 68.458 0.005 Albita 69.417 0 KFeldspato 64.215 0.069 KFeldspato 64.061 0 Fonte: Leal Neto (2004). COMPOSIO QUMICA (%) Al2O3 Fe2O3 MnO MgO BaO CaO Na2O K2O Total 19.732 0.013 0.033 0.018 0 0.563 11.217 0.095 100.24 19.665 0.039 0.009 0 0 0.215 11.493 0.138 101.01 18.284 18.067 0 0 0 0 0 0 0 0.782 15.39 0.657 15.4 98.77 98.37

0 0.014 0.128

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Figura 4 Perfil esquemtico transversal de um tpico dique ou veio de pegmatito (P) cortando gnaisse (G). A presena do dique da ordem de alguns metros. Fonte: Principais Depsitos Minerais do Brasil, v. IV parte C, DNPM (1997).

Tabela 3 Composio de moscovitas do Pegmatito Vrzea Torta - DPSQMINERAL COMPOSIO QUMICA (%)

SiO2Moscovita Moscovita

TiO2 Al2O3 FeO30,800 3,519 32,829 2,313

MnO MgO CaO Na2O0,070 0,116 1,431 1,125 0 0 0,383 0,252

K2O

F

Cl0

BaO Total96,9 97,34 0,153

46,575 0,30 46,796 0,24

10,83 2,702 0,003 0,288 11,02 2,492

Fonte: Leal Neto (2004).

Ambligonita A ambligonita , na regio, o principal minrio de ltio e geralmente ocorre na Zona 3, na vizinhana do feldspato potssico branco, ou inserida em corpos de substituio. Ocorre como ndulos arredondados de cor branca ou azul esverdeada. De acordo com os resultados das anlises qumicas constantes na Tabela 4, apresentam valores mdios de P2O5 de 42,85% e 7,13% de Li2O, e so pobres em Na, K e Ca. Na regio de Solonpole, os principais minerais associados a ambligonita so microclina, albita e muito co-

mumente fosfatos da srie purpuritaheterosita, alm de tantalita-columbita e algumas vezes turmalinas tipo elbaita e dravita castanho. A ambligonita, como principal minrio dos pegmatitos do DPSQ, extrada de maneira rotineira com uma mdia de produo de 1000 kg/ms/ pegmatito, com cerca de 70% dos pegmatitos produtivos. Considerando que at o momento so conhecidos 60 pegmatitos aproximadamente, conclui-se que 42 pegmatitos tm a capacidade de produzir 42.000 kg de ambligonita por ms. Entretanto, com base em dados fornecidos pelos compradores estima-se uma produo mensal de 10.000 kg.

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Tabela 4 Anlises qumicas de ambligonitas do campo pegmattico a Oeste e Noroeste de SolonpoleAMOSTRAS XIDOS (%) Al2O3 P2O5 Li2O Na2O K2O CaO MgO SiO2 Fe2O3 1 36,40 49,27 8,56 1,14 0,00 0,55 0,16 0,00 2 42,10 39,64 8,14 0,00 0,53 0,24 0,00 3 32,80 48,18 8,06 0,63 0,00 1,09 0,24 4 31,36 47,44 8,13 0,21 0,00 0,44 0,71 0,00 5 36,20 43,54 8,80 1,16 0,00 0,66 0,94 0,00 -

Fonte: Souza et al (1985). As amostras 1 e 2 so provenientes do pegmatito Algodes III e apresentam colorao azulada; Amostra 3 do pegmatito Algodes I e tambm apresenta colorao azulada; Amostra 4 do pegmatito Aroeira; Amostra 5 do pegmatito Algodes II.

Espodumnio O espodumnio encontrado no Distrito Pegmattico de Solonpole-Quixeramobim ocorre como cristais tabulares prismticos brancos, geralmente alterados, alongados segundo 001 e achatados segundo 100, com dendritos de mangans. Esses cristais se acham incrustados no ncleo de quartzo (Zona 4) ou em associao espodumnio + quartzo margeando cristais de feldspato potssico branco (Zona 2 e 4). Os teores em Li2O se situam entre 6,59 e 7,33% para quatro amostras analisadas, como mostra a Tabela 5. Berilo Praticamente todos os pegmatitos so produtores de berilo, o mesmo ocorre

geralmente nas Zonas 3 e 2, dentro de corpos de substituio, ou incrustado em quartzo e feldspato. Os berilos se apresentam em cristais prismticos hexagonais, medindo de 1 a 10 cm de comprimento, de cor azul esverdeada. A produo de berilo possui um comportamento inverso ao do espodumnio, ou seja, existe um acrscimo da produo de berilo quando diminui a de espodumnio. A paragnese mais comum corresponde a berilo + quartzo. As anlises para berilo mostraram um contedo de BeO varivel entre 10,20% e 13,30%, com baixos valores em Na, Ca e K, o que sugere a gerao em uma fase primria de cristalizao (Tabela 6.)

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Tabela 5 Anlises qumicas do espodumnio do campo pegmattico a Oeste de SolonpoleAMOSTRAS XIDOS (%) 1 2 3 4 SiO2 56,90 50,70 52,20 64,90 Al2O3 26,54 28,70 26,37 22,58 Li2O 6,90 7,33 6,70 6,59 Na2O 0,54 0,45 0,97 0,79 K2O P2O5 0,04 0,08 0,14 0,13 Fe2O3 0,20 1,65 0,06 0,09 Umidade 0,27 1,65 0,30 0,21 Fonte: Souza et al (1985). As amostras 1 e 2 so provenientes do pegmatito Soledade; As amostras 3 e 4 so proveniente do pegmatito Algodes I;

Tabela 6 Anlises qumicas de berilos do campo pegmattico a Oeste e Noroeste de SolonpoleAMOSTRAS XIDOS (%) 1 2 3 4 SiO2 59,70 54,80 60,04 62,72 Al2O3 25,50 22,30 26,50 22,60 Li2O 0,11 0,28 0,17 0,34 Na2O 0,24 0,34 0,38 0,55 K2O 0,08 0,39 0,12 0,20 BeO 11,84 10,46 10,20 13,30 Fonte: Souza et al (1985). A amostra 1 proveniente do pegmatito Americano; A amostra 2 proveniente do pegmatito Alto do Miguelino; As amostras 3 e 4 so provenientes do pegmatito Peba.

Tantalita-Columbita A tantalita-columbita ocorre associada aos corpos de substituio, dentro dos limites da Zona 3, sob forma discide de 1 a 2 mm de espessura incluso nos feldspatos, ou em gros macios de 1 a 2 cm de dimetro. Considerando-se a produo dentro do Distrito Pegmattico SolonpoleQuixeramobim, avalia-se um rendimento em torno de 10 kg/ms/pegmatito, o que totaliza para a rea NW de Solonpole, 600 kg de tantalita-columbita por ms.

MERCADO Os pegmatitos da Provncia Borborema constituem, atualmente, fonte de suprimento das seguintes substncias minerais: caulim, feldspato, mica, quartzo (slica), tantalita/columbita, microlita, espodumnio, berilo e gemas ou peas ornamentais de turmalina, gua marinha, cristal de rocha e apatita. Os minerais industriais, caulim, feldspato, mica e quartzo que vm assumindo uma posio de importncia crescente na minerao dos pegmatitos,

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so objeto de estudo de mercado na rea do Nordeste Oriental, a ttulo de suporte para manuteno e ampliao dessas atividades. O aumento acentuado na demanda de feldspato pela indstria ceramica tem incentivado o surgimento na regio de novas empresas de minerao. Segundo o Sumrio Mineral DNPM (2005), a produo brasileira de tantalita/ columbita estimada com base nas exportaes comercializadas para o mercado internacional, sob a forma de concentrados, com teores que variam entre 34 e 35% de Ta2O5. Foi exportada uma mdia de 271,6 t nos ltimos 3 anos, que renderam uma mdia de US$ FOB 4,650.30 mil. O preo mdio para estes bens atingiu US$ FOB 17,12/kg. As perspectivas para esses minerais podero se modificar, em face ao crescente uso de compostos de tntalo na indstria eletronica e a possibilidade de o Brasil desenvolver a tecnologia do metal. Os preos de exportao de berilo, em 2004, foram da ordem de 370 US$/t, na forma bruta, e de 100 US$/t, como xido, permanecendo estveis nos ltimos 3(trs) anos. A demanda do berilo poder crescer em funo do sucesso da aplicao de ligas de Cu-Be. Entretanto tero de ser superadas as duras restries da legislao ambiental americana ao seu processamento industrial, em face da gerao de gases e poeiras txicas. No se dispe de dados oficiais recentes sobre a produo dos minerais do Distrito Pegmattico Solonpole-Quixeramobim, obtida unicamente por garimpagem. A mesma observao pode ser estendida, tambm, sua comercializao. TECNOLOGIA Atualmente, para toda a Subprovncia Pegmattica do Cear na regio, o feldspato vem sendo explotado de forma tradicional, com operaes de lavra semimecanizada, por garimpeiros, alguns com situao legalizada, e outros atuando

clandestinamente. A Figura 5 mostra a frente de lavra da mina de feldspato do pegmatito de Berilndia.

Figura 5 - Mina de feldspato do pegmatito de Berilndia. A forma errtica de como muitos pegmatitos esto sendo lavrados na Regio resulta da adoo de mtodos rudimentares de extrao em busca de minerais nobres (gemas e tantalita) na qual no ocorre o desmonte integral. Segundo esse esquema, para os pegmatitos ainda intactos, os trabalhos de escavaes so iniciados a partir dos afloramentos mais visveis, normalmente nos altos topogrficos. A lavra atravs do mtodo a cu aberto atinge rapidamente profundidades de cerca de 8 m, a partir da a cava torna perigosa, com risco de desabamento, uma vez que se forma na frente da lavra um talude com ngulo de inclinao superior a 90. Em seguida, instalado um guincho e construdo um poo vertical. As dificuldades e ineficincia no transporte so grandes, principalmente no iamento do minrio. O perigo da queda de blocos ao longo das vias de acesso inviabiliza, geralmente, o prosseguimento dos trabalhos ao longo do corpo e em profundidade. O fator determinante para o sucesso da lavra dos mineiras de pegmatitos, visando seu aproveitamento integral est relacionado ao conhecimento da geologia nos trabalhos de pesquisa mineral e as condies estruturais para o desenvolvimento das frentes de lavra. Sem a

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execuo prvia de topografia e geologia bsica de detalhe torna-se impossvel o clculo das reservas e o planejamento da lavra. Uma caracterstica bastante marcante, nas operaes de extrao de feldspatos visitados, consiste na inexistncia de desenvolvimento do corpo em painis com preparao para a lavra. Com isso so criados grandes realces logo no incio do acesso ao corpo, impossibilitando a lavra integral. Outro fator quanto ao sistema de transporte consiste no uso de iamento do minrio, quando as condies topogrficas geralmente favorecem o transporte em nvel, ou mesmo descendente. A lavra seletiva e consta das seguintes operaes: perfurao e desmonte realizados com explosivos, catao e carregamento manuais, transporte para o ptio, muitas vezes com guinchos e carros de mo, estocagem de cada produto em pilhas com distintas granulometrias, de at 400 mm. A extrao de minerais de pegmatitos do distrito mineiro Baixo Jaguaribe-Apodi ocorre informalmente, por garimpagem, no havendo nenhuma rea regularizada. No municpio de Russas so conhecidos depsitos de mica e berilo, cuja produo pequena e intermitente, sendo paralisada durante o inverno. A atividade de garimpagem nos pegmatitos do Distrito Pegmattico SolonpoleQuixeramobim executada principalmente nos perodos de estiagem (junho a dezembro). Neste distrito existe um grupamento mineiro envolvendo cinco reas nas localidades da Fazenda Condado e Vrzea do Serrote, municpio de Quixeramobim, cuja concessionria a Minerao Condado Ltda. Duas concesses de lavra no municpio de Solonpole, sendo uma na Fazenda Horizonte, cuja concession-

ria a empresa Belo Horizonte Minerao, Exportao, Indstria e Comrcio Ltda., com reservas de ambligonita, berilo e tantalitacolumbita. Outra concesso est situada na localidade de Soledade, cuja concessionria a empresa Libra-Ligas do Brasil S/A, com reservas de tantalita, berilo, feldspatos, ambligonita e quartzo. A Libra a principal empresa detentora dos direitos minerrios da regio. Em 2004 produziu, 2.250 toneladas de quartzo, com teor de 97,16% de SiO2, que utilizado na produo de liga ferro-silcio. A minerao Condado tambm possui direitos minerrios de turmalina (rubelita e cascalho turmalinfero) em reas nas localidades da Fazenda Condado e Vrzea do Serrote, no municpio de Quixeramobim. A Figura 6 apresenta o processo de lavagem de cascalho para obteno de rubelita, na mina do Condado.

Figura 6 - Lavagem de cascalho para obteno de rubelita na mina do Condado.

Atualmente, por meio de informaes coletadas em campo, a produo mdia mensal de minerais de pegmatitos em regime de garimpagem, no distrito de Solonpole-Quixeramobim, pode ser estimada em 10 t/ms de ambligonita, 600 kg/ms de berilo, 200 t/ms de feldspato e 2 t/ms de tantalita-columbita alm de grande quantidade de pedras coradas, as quais mantm um mercado de gemas ativo em toda regio central do Estado do Cear.

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