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Como gerir um centro de emprego.

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  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 1.

    ndice

    I Enquadramento................................................................................................................ 2

    II Os Centros de Emprego Unidades Locais de Desenvolvimento do Emprego ............. 5

    1 A Rede ..................................................................................................................... 5

    2 Competncias .......................................................................................................... 6

    3 Orgnica e Atribuies ............................................................................................. 7

    4 Vectores de Desenvolvimento do Emprego ............................................................. 10

    III Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego.................................................... 14

    1 Caractersticas do Modelo........................................................................................ 15

    2 Componentes da Organizao do Funcionamento .................................................. 16

    2.1 Desenvolvimento do Emprego ....................................................................... 16

    2.1.1 Atendimento ....................................................................................... 17

    2.1.2 Atendimento no Centro de Emprego.................................................. 18

    Atendimento Presencial - Candidatos ................................................ 19

    Atendimento Presencial - Entidades................................................... 22

    Atendimento de Livre Servio de Emprego - LSE .............................. 23

    Fluxograma de Atendimento............................................................... 23

    2.1.3 Atendimento Distncia .................................................................... 24

    NETemprego ...................................................................................... 24

    Centro de Contacto............................................................................. 25

    SMS.................................................................................................... 26

    Submisso Electrnica de Candidaturas............................................ 26

    2.1.4 Actividades de Interaco com o Meio............................................... 27

    Interveno no Mercado de Emprego ................................................ 28

    Actividades de Articulao.................................................................. 28

    2.1.5 Articulao Centros de Emprego/Centros de Formao.................... 29

    2.1.6 Actividades Tcnicas de Suporte....................................................... 32

    2.2 Actividades de Gesto.................................................................................... 34

    IV Critrios de Qualidade ................................................................................................... 35

    V Implementao do Modelo.............................................................................................. 36

    V Avaliao e Acompanhamento ....................................................................................... 37

    Nota complementar ............................................................................................................... 38

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 2.

    I Enquadramento

    No quadro da modernizao da Administrao Pblica medida de dimenso transversal ao

    Plano Tecnolgico do Governo a modernizao dos Servios Pblicos de Emprego

    assume especial relevncia dado o papel chave que desempenham junto do mercado de

    trabalho, tanto na mediao entre a procura e oferta de emprego, como na implementao

    das medidas activas de emprego.

    O IEFP, face multiplicidade das intervenes que promove e s caractersticas de

    heterogeneidade apresentadas pelos seus utentes, tem vindo a desenvolver esforos no

    sentido de privilegiar um desempenho, enquanto Servio Pblico de Emprego, cada vez

    mais eficaz e ajustado s realidades do mercado de trabalho, assente nas seguintes linhas

    orientadoras:

    Centragem da prestao de servios nos candidatos a emprego e entidades

    empregadoras e respectivas necessidades

    Maximizao da acessibilidade e aproximao dos servios ao cidado

    Criao de canais alternativos para o contacto e a prestao de servios permitindo

    o alargamento das possibilidades de escolha do cidado quanto forma como

    pretende aceder e utilizar os servios

    Nova abordagem face aos pblicos-alvo detentores de maior autonomia assente na

    sua maior pr-actividade, com recurso a instrumentos potenciadores da

    interactividade com os servios

    Prestao de servios personalizados e especial ateno a pblicos-alvo detentores

    de menor autonomia e com maiores dificuldades de insero no mercado de trabalho

    Reforo da imagem institucional e da transparncia dos processos melhorando as

    formas de relacionamento e a confiana nos servios prestados

    Neste mbito, tem vindo a ser desenvolvido o Programa de Modernizao da rea do

    Emprego, consubstanciado num conjunto diversificado de projectos estruturais centrados

    quer na implementao de canais alternativos de acesso aos servios e na melhoria

    qualitativa dos sistemas de informao existentes quer na reorganizao da actividade

    desenvolvida e na qualificao dos recursos humanos.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 3.

    Deste modo, referem-se como projectos estruturantes, desenvolvidos ou em

    desenvolvimento, no mbito das tecnologias da informao, os seguintes:

    NETemprego

    Centro de Contacto do IEFP

    Livre Servio de Emprego - Quiosques Electrnicos

    Submisso electrnica das candidaturas e gesto das medidas de emprego

    Short Message Servio (SMS)

    Sistema de Matching suportado numa base de dados de competncias

    Sistemas de Gesto de Fluxos de Utentes e Corporate TV para a Rede de Centros

    de Emprego

    No que respeita s unidades orgnicas locais, a respectiva modernizao passa por uma

    reorganizao funcional, espacial e de imagem visando:

    Reforar uma identidade comum

    Aumentar a acessibilidade aos servios mediante o recurso a canais alternativos

    Criar condies para um atendimento mais clere e eficaz, mediante uma gesto

    flexvel do fluxo

    Melhorar a qualidade da prestao de servios e promover uma maior aproximao

    s necessidades dos candidatos a emprego e das entidades empregadoras

    Potenciar a insero no mercado de uma forma mais clere e sustentada

    Garantir o desenvolvimento de uma actividade proactiva no meio envolvente

    O Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego que agora se apresenta, na medida

    em que:

    Equaciona o funcionamento do Centro de uma forma global e integrada,

    contemplando no s o atendimento a candidatos e entidades, como as actividades

    dirigidas ao mercado de trabalho e ao meio em geral, as actividades tcnicas de

    suporte e as actividades de gesto

    Integra e articula toda a actividade de interaco entre os servios e os utentes

    (atendimento presencial no Centro de Emprego e atendimento multicanal:

    NETemprego, Centro de Contacto, LSE)

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 4.

    Redefine e revaloriza o atendimento presencial diferenciando o atendimento a

    entidades e candidatos a emprego e organizando-o segundo linhas de atendimento

    em funo do grau de complexidade da interaco

    Conta com a implementao articulada do Sistema de Gesto de Fluxos e Corporate

    TV

    Contempla a implementao de novas metodologias e instrumentos de interveno

    constitui-se como proposta de um quadro de referncia comum para a reorganizao

    funcional da rede de Centros de Emprego - sem prejuzo da sua adaptabilidade s

    caractersticas de cada unidade local -, sendo aberto a novos contributos e

    aperfeioamentos quer no que toca sua concepo global quer no que toca ao

    planeamento da sua implementao, avaliao e monitorizao quer no que respeita sua

    adopo e operacionalizao prtica.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 5.

    II Os Centros de Emprego Unidades Locais de Desenvolvimento do Emprego

    1 A REDE

    Os Centros de Emprego so as unidades orgnicas do IEFP que ao nvel local prestam

    servios na rea do Emprego.

    Actualmente a Rede de Centros de Emprego constituda

    por 86 Centros de Emprego 4 tm em simultneo a

    valncia do emprego e da formao , distribudos por todo

    o territrio continental.

    De referir que alguns Centros de Emprego cuja rea de

    interveno se situa em zonas geogrficas de maior

    disperso populacional e dificuldade ao nvel das

    acessibilidades dispem de unidades de atendimento

    Balces de Atendimento, situadas fora das instalaes dos

    Centros de Emprego que funcionam sob a superviso do Director do Centro e que procuram

    responder necessidade de maior aproximao aos utentes. Os Balces de Atendimento

    perfazem um total de 111 (dos quais 8 so Balces Permanentes e 105 so Balces No

    Permanentes), sendo a sua maior concentrao na Delegao Regional do Alentejo.

    Rede de Centros de Emprego

    C 1C 1

    3129Norte

    55Algarve 4811Alentejo 423Lisboa e Vale do Tejo

    2918Centro

    Balces de Atendimento Centros de EmpregoDelega es Regionais

    2029Norte

    95Algarve 5011Alentejo 523Lisboa e Vale do Tejo

    2718Centro

    Balces de Atendimento Centros de EmpregoDelega es Regionais

    Distribuio dos Centros de Emprego e Balces de Atendimento por Delegao Regional

    Nesta perspectiva de aproximao aos utentes os Centros podem recorrer a Unidades

    Mveis que permitem o acesso s aplicaes internas do IEFP, designadamente ao SIGAE,

    em instalaes externas em que no seja possvel utilizar a rede fixa, constituindo-se como

    um recurso verstil.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 6.

    2 COMPETNCIAS

    Os Centros de Emprego, de acordo com a Portaria n. 637/2007, de 30 de Maio, constituem-

    se como unidades orgnicas locais com as seguintes competncias:

    Incentivar e promover, a realizao das aces conducentes adequada

    organizao, gesto e funcionamento do mercado de emprego envolvente

    Potenciar o ajustamento entre a procura e a oferta de emprego e de formao

    profissional, visando a promoo do emprego

    Recolher e difundir informaes sobre a situao e perspectivas do mercado de

    emprego e proceder s anlises necessrias, considerando, em especial, o

    conhecimento e a caracterizao da procura e da oferta

    Incentivar as autarquias e demais entidades pblicas, as organizaes de

    empregadores e de trabalhadores e outras instituies vocacionadas para o

    desenvolvimento local, no sentido de que, na sua actuao, sejam consideradas as

    problemticas do emprego, da formao e da reintegrao dos grupos sociais mais

    desfavorecidos

    Colaborar na deteco de necessidades locais de formao e integrao

    profissional, propor a sua realizao e assegurar-lhes o acompanhamento e apoio

    necessrios

    Proporcionar servios de informao e orientao profissional, tendo em conta os

    pblicos prioritrios, designadamente os jovens, os desempregos de longa durao,

    as mulheres, os grupos sociais desfavorecidos e os ex-formandos

    Apoiar e dinamizar a realizao de programas de formao profissional e de criao

    de postos de trabalho

    Suscitar iniciativas inovadoras que se traduzam na integrao de grupos especficos

    de candidatos a emprego, em particular os grupos sociais mais desfavorecidos

    Assegurar um atendimento integrado e personalizado dos indivduos ou entidades

    utentes do centro, propiciando o apoio tcnico e administrativo mais adequado ao

    encaminhamento das solicitaes que lhe sejam colocadas

    Articular com os centros de formao profissional de gesto directa e participada,

    com outras entidades formadoras acreditadas e com os centros novas

    oportunidades, com vista ao encaminhamento dos seus utentes, na perspectiva da

    sua qualificao profissional para as necessidades do mercado de trabalho

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 7.

    3 ORGNICA E ATRIBUIES

    As competncias e as intervenes disponibilizadas so comuns a todos os Centros de

    Emprego, contudo os recursos humanos so dimensionados em funo, nomeadamente, do

    nmero de inscritos e da abrangncia da sua rea de interveno.

    A estrutura orgnica dos Centros de Emprego compreende a Direco do Centro e a

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do Emprego, podendo esta integrar o Ncleo de

    Gesto e o Ncleo de Desenvolvimento do Emprego, consoante o nmero de trabalhadores

    afectos a cada Centro de Emprego. Nos quadros seguintes apresentam-se os respectivos

    organogramas.

    Tipologia 1 - Menos de 20 trabalhadores

    Director do Centro

    Chefe de Servios

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do

    Emprego

    Director do Centro

    Chefe de Servios

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do

    Emprego

    Tipologia 2 - Entre 20 e 30 trabalhadores

    Director do Centro

    Chefe de Servios

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do

    Emprego

    Ncleo

    Gesto

    Director do Centro

    Chefe de Servios

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do

    Emprego

    Ncleo

    Gesto

    Ncleo

    Gesto

    Tipologia 3 - Mais de 30 trabalhadores

    Director do Centro

    Chefe de Servios

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do

    Emprego

    Ncleo

    Gesto

    Ncleo

    Desenvolvimento do emprego

    Director do Centro

    Chefe de Servios

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do

    Emprego

    Ncleo

    Gesto

    Ncleo

    Desenvolvimento do emprego

    Orgnica dos Centros de Emprego

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 8.

    Os Directores dos Centros de Emprego so responsveis pela globalidade das atribuies

    do Centro de Emprego.

    Unidade de Gesto e de Desenvolvimento do Emprego compete:

    Proceder ao atendimento dos utentes e candidatos a emprego assegurando as

    seguintes actividades:

    - Prestao de informaes gerais

    - Emisso de declaraes

    - Apresentao quinzenal dos desempregados subsidiados/demonstrao

    - (Re)inscrio para emprego

    - Avaliao do perfil de empregabilidade

    - Ajustamento de candidatos a ofertas de emprego

    - Apresentao e encaminhamento dos candidatos s entidades empregadoras

    - Prestao de informao integrada no mbito das prestaes de desemprego

    - Registo e envio on-line do requerimento das prestaes de desemprego e da

    declarao do empregador para a Segurana Social

    - Prova de procura activa de emprego/Demonstrao

    - Definio dos Planos Pessoais de Emprego e respectiva formalizao

    - Informao sobre Programas e Medidas de Emprego e Formao e respectivo

    encaminhamento

    Assegurar o funcionamento da rea do Livre Servio para o Emprego (LSE)

    Desenvolver, junto dos utentes e candidatos a emprego as seguintes actividades:

    - Intervenes tcnicas decorrentes do Plano Pessoal de Emprego tendentes

    integrao nos Programas e Medidas de Emprego

    - Intervenes Tcnicas no mbito da Orientao Profissional

    - Intervenes Tcnicas no mbito da Colocao

    - Intervenes Tcnicas no mbito da Reabilitao Profissional

    - Intervenes no mbito da Medicina do Trabalho

    Proceder ao atendimento das entidades empregadoras:

    - Informao especfica sobre os servios para entidades, no mbito das ofertas de

    emprego e dos Programas e Medidas

    - Recepo, caracterizao e negociao de ofertas de emprego

    - Recepo de candidaturas a Programas e Medidas

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 9.

    - Recrutamento e seleco de pessoal, em estreita colaborao e articulao com

    as entidades empregadoras

    - Satisfao das ofertas, em estreita colaborao e articulao com as entidades

    empregadoras

    - Intervenes especficas, nomeadamente no mbito de processos de

    reestruturao e despedimentos colectivos, nas Unidades Mveis e nos NIRP

    - Intervenes tcnicas no mbito de programas e medidas de emprego

    Negociar e desenvolver parcerias com entidades locais;

    Validar as inscries para emprego e as ofertas de emprego efectuadas no

    Netemprego e proceder avaliao do perfil de empregabilidade

    Assegurar os necessrios procedimentos

    Assegurar os necessrios procedimentos administrativos no mbito da gesto e da

    formao do pessoal afecto ao Centro

    Elaborar os oramentos de tesouraria, tendo em vista a obteno, em tempo

    oportuno, dos fundos necessrios actividade do Centro

    Proceder, peridica e sistematicamente, a verificaes de contas e conciliaes

    bancrias para assegurar a integridade dos lanamentos efectuados

    Proceder ao pagamento oportuno das importncias devidas em funo dos

    compromissos assumidos

    Proceder aquisio de bens e servios necessrios actividade do Centro e

    assegurar o aprovisionamento e armazenamento adequados, de acordo com as

    orientaes superiores

    Assegurar o funcionamento de servios de manuteno, higiene, segurana e

    limpeza do patrimnio afecto ao Centro, bem como a gesto do respectivo parque

    automvel e demais servios de ordem geral

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 10.

    4 VECTORES DE DESENVOLVIMENTO DO EMPREGO

    O desenvolvimento sustentado da rea do Emprego assenta na interaco e

    complementaridade de diferentes vectores que atravs da sua interaco dinmica

    concorrem para o mesmo fim que a execuo eficaz da rea de negcio do Servio

    Pblico de Emprego. Constituem-se como vectores: os recursos humanos, a organizao e

    funcionamento, as infra-estruturas e equipamentos, os sistemas de informao e as

    metodologias e instrumentos tcnicos.

    INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS

    RECURSOSHUMANOS ORGANIZAO

    METODOLOGIAS E

    INSTRUMENTOS TCNICOS

    DesenvolvimentoDesenvolvimentododo

    EmpregoEmprego

    SISTEMAS DE INFORMAO

    Vectores de Desenvolvimento da rea de Negcio

    Recursos Humanos

    O factor humano tem um papel determinante na performance global de qualquer

    organizao. A diversidade de formaes, talentos e padres de trabalho so uma mais

    valia promotora da qualidade do servio prestado. Contudo, obrigam a uma gesto sistmica

    orientada para os resultados que seja capaz de integrar os talentos, os saberes e as

    particularidades de cada colaborador. A consecuo dos objectivos e metas dos Centros de

    Emprego potenciada, entre outros factores, pela motivao dos recursos humanos, pela

    adequao do perfil s tarefas e pela manuteno dos conhecimentos em nveis adequados

    a um desempenho eficaz.

    A apropriao da cultura organizacional por todos os colaboradores passa por uma

    formao inicial centrada na misso da organizao e na especificidade da rea de negcio.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 11.

    Para alm desta formao inicial dever ser assegurado o desenvolvimento e a actualizao

    das suas competncias numa perspectiva de obteno de melhores resultados pela

    organizao e da valorizao dos recursos humanos.

    Misso e Objectivosdo IEFP

    Culturaorganizacional

    Motivao

    Resultados Desempenho Satisfao dos utentes Crescimento e desenvolvimento pessoal Cumprimento dos objectivos Eficincia e eficcia do servio

    Sistema de Comportamento Organizacional

    No caso especfico de um Centro de Emprego os seus objectivos enquadram-se na misso

    global do IEFP, situando-se fundamentalmente na prestao de um servio com eficincia e

    eficcia, que se traduza na satisfao dos seus utentes.

    Sistemas de Informao

    Os sistemas de informao so uma ferramenta estruturante de apoio actividade dos

    tcnicos. Consciente deste fenmeno tem sido preocupao do IEFP garantir uma maior

    eficincia na explorao de informao constante das bases de dados actuais, a

    actualizao/aquisio de aplicaes, consoante as necessidades gradualmente

    manifestadas pelas diversas Unidades Orgnicas (designadamente, com a incorporao de

    novas funcionalidades), contemplando as mais modernas tecnologias existentes no mercado

    e suas tendncias de standardizao e, sobretudo, promovendo todas as possibilidades de

    interoperabilidade e integrao entre os sistemas de informao internos.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 12.

    Neste sentido, a evoluo do Sistema de Informao e Gesto da rea do Emprego

    (SIGAE), ferramenta de trabalho indispensvel para a totalidade da rede de Centros de

    Emprego, tem-se revelado fundamental, uma vez que integra informao referente a

    utentes, candidatos a emprego e a formao profissional, bem como entidades

    empregadoras e ofertas de emprego. As recentes alteraes a esta aplicao vo no

    sentido de garantir a interoperabilidade com outros sistemas, bem como de facilitar a

    monitorizao do sistema por parte dos servios regionais e centrais, tendo sempre

    presente a necessidade de simplificar e desburocratizar procedimentos e de melhorar a

    prestao de servios ao cidado.

    Neste quadro, de referir o reforo e agilizao dos canais de comunicao e partilha de

    informao entre os Servios de Emprego e os da Segurana Social, bem como com outras

    entidades protocoladas.

    Infra-Estruturas e Equipamentos

    Tendo em considerao o Modelo de Funcionamento preconizado a organizao dos

    espaos funcionais e equipamentos dos Centros de Emprego deve salvaguardar os

    seguintes princpios gerais:

    Separao clara entre as diferentes zonas funcionais

    Sinaltica de orientao e identificao de espaos clara e consistente

    Funcionamento do atendimento a candidatos e entidades empregadoras em open-

    space, garantindo-se, no entanto a reserva de privacidade e a retaguarda de alguns

    postos de trabalho

    Condies de fcil acessibilidade e deslocao para todos os utilizadores dos

    espaos (utentes e funcionrios), a includas as situaes de mobilidade reduzida

    reas de espera a distncia adequada do espao de atendimento garantindo

    simultaneamente a proximidade ao mesmo e a distncia suficiente manuteno de

    condies de atendimento

    Identidade/imagem institucional consistente (sinaltica, mobilirio, revestimentos)

    No global, pretendem-se espaos amplos e acolhedores que garantam condies de

    transparncia e visibilidade e, simultaneamente, o mximo possvel de insonorizao e

    privacidade no atendimento.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 13.

    Todos os espaos devem ser livres de barreiras arquitectnicas para fcil utilizao por

    pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida e integrar instalaes sanitrias para a

    equipa do centro e para utentes, acessveis tambm a pessoas com deficincia nos termos

    da legislao em vigor.

    A concepo da organizao espacial, equipamentos e imagem necessria e adequada

    implementao do Modelo de Funcionamento agora preconizado ser objecto de estudo

    autnomo, sendo que apenas se referem em Nota no fim do presente documento, algumas

    das especificaes a ter em conta.

    Metodologias e Instrumentos Tcnicos

    A disponibilizao de metodologias de actuao adequadas s diferentes tipologias de

    pblicos bem como a sustentao da sua operacionalizao em instrumentos tcnicos de

    qualidade constituem-se igualmente como vector fundamental.

    Neste mbito, dever ser garantida a disponibilizao destes instrumentos actualizados e

    em tempo til, elaborados de forma a que a apropriao por parte dos tcnicos seja fcil.

    Para a sua divulgao deve ser privilegiado o recurso s tecnologias de informao e de

    comunicao. A adopo de uma atitude pr-activa e antecipatria das necessidades de

    instrumentos tcnicos fundamental.

    Os instrumentos tcnicos e metodolgicos, visam, entre outros aspectos garantir

    homogeneidade de procedimentos na globalidade da Rede, sustentar a interveno dos

    tcnicos nas diferentes tipologias de servios prestados aos utentes e concorrer para a

    gesto do ficheiro dos candidatos tendo em vista o cumprimento das metas definidas

    internamente para cada Centro de Emprego, bem como as estipuladas no Plano Nacional

    Emprego e noutros instrumentos estratgicos, no mbito do emprego. Constituem-se como

    principais instrumentos tcnicos e metodolgicos reguladores da actividade dos Centros de

    Emprego os seguintes:

    Matriz Metodolgica dos Centros de Emprego

    - Metodologia de Interveno junto dos desempregados

    - Metodologia de Interveno junto das entidades empregadoras

    Manual de Colocao

    Guia de Actividade OP

    Manuais de Procedimento das Medidas Activas de Emprego

    Normativos Tcnicos e Procedimentais

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 14.

    III Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego

    O Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego que agora se explicita entendido

    como quadro de referncia que enquadra e define toda a actividade funcional de um Centro

    de Emprego, nomeadamente, no que respeita componente de gesto - Actividades de

    Gesto , e s actividades de Desenvolvimento do Emprego, na sua multiplicidade de

    aces e intervenes, tanto as desenvolvidas no contexto estrito dos Centros de Emprego

    como as direccionadas ao meio envolvente.

    Importa referir que se entende o Centro de Emprego como uma estrutura dinmica em

    interaco com o meio envolvente, entre os quais se estabelecem relaes biunvocas.

    Enquanto elemento activo do seu meio envolvente permevel s transformaes do

    mesmo, sendo simultaneamente agente de mudana. A concepo de Centro de Emprego

    subjacente a este Modelo no contempla uma viso esttica e reactiva de um Centro de

    Emprego, mas uma viso dinmica e pr-activa cuja actividade de Desenvolvimento do

    Emprego se focaliza no utente (candidatos a emprego e entidades empregadoras) e suas

    reais necessidades.

    Mei

    o En

    volv

    ente

    Desenvolvimento do

    Emprego

    Gesto da Procura

    Acolhimento e Informao Orientao

    Entidades e Candidatos

    Ajustamento

    Meio Envolvente

    Recursos HumanosRecursos Humanos

    Administrativo Financeiro

    Administrativo Financeiro

    Gesto Medidas Activas Emprego

    Gesto da Oferta

    Centro de Emprego Componentes e Interaco

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 15.

    O Modelo postula, ainda, que a organizao tcnica e funcional do Centro de Emprego

    integre de forma articulada a globalidade das suas reas de interveno, em conjugao

    com diferentes formas de disponibilizao das mesmas e de relao com os seus utentes.

    Tem como fim ltimo a qualidade do servio prestado e, consequentemente, a satisfao

    dos utentes.

    Acolhimento eInformao

    Gesto da Procura

    Gesto da Oferta

    Orientao

    Ajustamento

    Gesto das MedidasActivas de Emprego

    SATISFAO

    DOS

    UTENTES

    reas de Interveno

    1 CARACTERSTICAS DO MODELO

    O Modelo de Funcionamento, agora preconizado, flexvel, modular e adaptvel s

    caractersticas de cada Centro de Emprego, decorrentes quer de factores intrnsecos quer

    extrnsecos ao prprio Centro, como a rea geogrfica, dimenso populacional, espaos,

    recursos humanos, caractersticas do mercado e do meio envolvente.

    Tendo em vista a melhoria da qualidade do servio prestado presencialmente e a diminuio

    do fluxo utiliza de forma articulada, integrada e complementar diferentes canais de

    prestao de servios, nomeadamente, Atendimento Presencial, LSE, NETemprego e

    Centro de Contacto.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 16.

    Para alm de incorporar outros instrumentos estratgicos como o Sistema de Gesto de

    Fluxos e Corporate TV, o SMS e a Submisso Electrnica de Candidaturas, caracteriza-se

    ainda por uma gesto flexvel dos recursos humanos que prev a reafectao e o reforo

    das equipas em perodos com picos de atendimento.

    Como caracterstica com um cariz mais inovador introduz um atendimento diferenciado para

    candidatos a emprego e entidades, organizando os servios prestados em linhas de

    atendimento em funo do grau de complexidade da interaco com os utentes.

    2 COMPONENTES DA ORGANIZAO DO FUNCIONAMENTO

    Considerando a rea de negcio de um Centro de Emprego, e o peso que esta tem na

    globalidade da sua actuao, bem como a indispensabilidade, embora com uma expresso

    mais reduzida, de uma rea direccionada para a gesto global, este Modelo agrega as

    actividades de um Centro de Emprego em duas componentes de funcionamento:

    Desenvolvimento do Emprego que engloba: - O Atendimento

    - As Actividades de Interaco com o Meio

    - A Articulao com os Centros de Formao Profissional

    - As actividades Tcnicas de Suporte

    Actividades de Gesto englobando quer as actividades de gesto global do Centro quer as actividades administrativo-financeiras e de servios gerais de apoio gesto

    a serem redimensionados em funo dos servios partilhados

    De seguida, cada uma das componentes abordada de forma mais aprofundada.

    2.1 Desenvolvimento do Emprego

    O Desenvolvimento do Emprego constitui a rea de negcio de um Centro de Emprego,

    tendo como ponto fulcral o Atendimento, na sua multiplicidade de formas e de contextos,

    congregando e condicionando a organizao dos servios.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 17.

    2.1.1 Atendimento

    No mbito deste Modelo entende-se por Atendimento, toda a actividade de interaco entre

    os Servios de Emprego e os Utentes (Candidatos e Entidades), quer a mesma decorra de

    forma directa e presencial quer atravs dos canais disponveis.

    Neste quadro, servios como NETemprego, Centro de Contacto, SMS e Submisso

    Electrnica de Candidaturas proporcionam uma forma de atendimento Atendimento

    Distncia que, conjugadamente com o atendimento no Centro de Emprego Presencial ou

    Livre Servio de Emprego possibilitam uma resposta mais clere e eficaz.

    No C

    entro de Emprego

    D

    ist

    ncia

    UTENTE

    3

    Linha

    2

    Linha

    1

    Linha

    Candidato

    Entidades

    Recepo

    Triagem

    SMSNETemprego

    LSE

    SubmissoElectrnica

    TelefoneE-mail

    (Centro de Contacto)

    Atendimento Presencial

    Diagrama de Atendimento

    Para alm da viso abrangente de Atendimento, h a considerar a particularidade de o

    mesmo estar organizado no s em funo da tipologia dos pblicos entidades

    empregadoras e candidatos a emprego, mas tambm em funo do nvel de

    aprofundamento das prprias intervenes. Contempla, por isso, todas as aces e

    actividades, que contribuem para apoiar os candidatos no desenvolvimento do seu perfil de

    empregabilidade, na insero sustentada no mercado de trabalho, bem como para dotar as

    empresas de colaboradores capazes de contribuir para o desenvolvimento das mesmas.

    Tudo isto suportado pela integrao efectiva dos diversos canais.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 18.

    A ttulo exemplificativo referem-se alguns servios que podem ser assegurados por recurso

    a diferentes canais.

    XSubmissoElectrnica

    XCentro de Contacto

    XSMS

    XXXLSE

    XXXXNETemprego

    XXXAtendimentoPresencial

    Comunicao deofertas

    Apresentaocandidaturas POC

    Pedido dedeclaraes

    Inscrio deemprego

    Divulgao deofertas

    ServiosCanais

    XSubmissoElectrnica

    XCentro de Contacto

    XSMS

    XXXLSE

    XXXXNETemprego

    XXXAtendimentoPresencial

    Comunicao deofertas

    Apresentaocandidaturas POC

    Pedido dedeclaraes

    Inscrio deemprego

    Divulgao deofertas

    ServiosCanais

    Integrao dos diferentes Canais de Prestao de Servios

    2.1.2 Atendimento no Centro de Emprego

    O Atendimento no Centro de Emprego assenta na definio de nveis de servios para

    candidatos e entidades em funo das respectivas necessidades e com recurso a

    instrumentos de profiling.

    O Atendimento no Centro de Emprego integra:

    Livre Servio para o Emprego para utentes com autonomia na procura de informao

    e utilizao de recursos informticos

    Servios Presenciais organizados por Linhas de Atendimento, diferenciados para

    candidatos e entidades, em funo do grau de complexidade da interveno com os

    utentes traduzido no nvel da especializao da tcnica exigida, aprofundamento e

    durao da interveno

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 19.

    O grau crescente da complexidade da interaco e sua traduo atravs do comportamento

    diferenciado das variveis que a compem representado na figura seguinte:

    1. Linha 2. Linha 3. Linha

    Complexidade da Interaco

    Nvel de Especializao Tcnica Durao Nvel de AprofundamentoNvel de Especializao TcnicaNvel de Especializao Tcnica DuraoDurao Nvel de AprofundamentoNvel de Aprofundamento

    Complexidade da Interaco e Linhas de Atendimento Atendimento Presencial - Candidatos

    Para os candidatos a emprego o atendimento presencial, tem a sua primeira abordagem na

    Recepo/Triagem na qual se procede ao registo do utente e o seu encaminhamento, da

    forma mais rpida e eficiente possvel, para o servio e Linha de Atendimento adequado. A

    funo triagem pode ser efectuada na totalidade pelo Sistema de Gesto de Fluxos.

    Servios de 1. Linha

    A 1. Linha de Atendimento direcciona-se fundamentalmente para o fluxo espontneo, que

    acorre aos Centros de Emprego por iniciativa prpria sem ter uma marcao prvia por

    parte dos servios. O nvel de complexidade da interaco reduzido, no necessita de

    grande especializao, mas no dispensa um conhecimento abrangente dos servios e

    valncias. Na maioria das vezes, a interaco com o candidato tem curta durao.

    Os servios prestados nesta Linha so os seguintes:

    Informaes gerais

    Emisso de declaraes

    Actualizao de inscries

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 20.

    Reinscries com pequenas alteraes

    Confirmao da presencialidade, no mbito da apresentao quinzenal dos

    desempregados subsidiados quando estes se dirigem de forma espontnea ao

    Centro de Emprego

    A caracterstica flexvel do Modelo permite que em Centros de Emprego de menor dimenso

    estes servios possam ser disponibilizados, no mbito da Recepo.

    Servios de 2. Linha

    Nesta Linha o Atendimento prestado exige uma especializao tcnica, fundamentalmente,

    na rea da colocao. O grau de aprofundamento e a durao de cada interveno varia em

    funo da natureza da mesma.

    Os candidatos que acedem a esta Linha provm, maioritariamente do fluxo espontneo mas

    tambm candidatos do fluxo com marcao, sendo prestados os seguintes servios:

    Entrevista de Colocao

    - (Re)Inscrio para emprego

    - Caracterizao do perfil de empregabilidade

    - Ajustamento de candidatos do fluxo a ofertas de emprego

    - Apresentao e encaminhamento de candidatos do fluxo s entidades

    empregadoras

    - Definio de PPE e respectiva formalizao para beneficirios das prestaes

    de desemprego e para candidatos sem dificuldades significativas de insero

    (estes ltimos quando o fluxo o permitir)

    - Prestao de informao integrada no mbito das prestaes de desemprego

    e RSI

    - Prestao de informao no mbito da Rede Eures e recrutamento

    internacional

    - Registo e envio on-line do requerimento das prestaes de desemprego, e da

    declarao da situao de desemprego para a Segurana Social

    Validao da inscrio para emprego efectuada no NETemprego e

    caracterizao do perfil de empregabilidade

    Prova do cumprimento do dever de procura activa de emprego/demonstrao

    (Advertncia)

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 21.

    Prova do cumprimento do dever de apresentao quinzenal/demonstrao

    (Advertncia)

    Servios de 3. Linha

    Os servios de 3. Linha direccionam-se para candidatos com marcao prvia por parte

    dos Servios. Disponibilizam intervenes com maior grau de complexidade tendo um nvel

    de aprofundamento e durao das intervenes superior s restantes Linhas. Necessitam

    de um conhecimento consistente nos domnios dos programas e medidas de emprego e de

    reabilitao profissional, bem como uma especializao tcnica nas reas da colocao,

    orientao profissional e medicina do trabalho. Os servios prestados so os seguintes:

    Definio de PPE e respectiva formalizao para candidatos com dificuldades

    significativas de insero

    Definio de PPE e respectiva formalizao para candidatos sem dificuldades

    significativas de insero (quando no for possvel faz-lo na 2. linha, em virtude

    do fluxo)

    Reformulao do PPE

    Intervenes tcnicas decorrentes do PPE tendentes integrao nos Programas

    e Medidas de Emprego

    Intervenes tcnicas de Orientao Profissional

    - Sesses de Informao Colectiva

    - Entrevista de Orientao

    - Avaliao Psicolgica

    - Aces de Aproximao ao Mercado de Trabalho (Tcnicas de Procura de

    Emprego)

    - Desenvolvimento de Competncias de Empregabilidade (orientao de 3 nvel)

    - Aces de Apoio Contnuo Insero

    Intervenes tcnicas no mbito da Colocao

    - Ajustamento de candidatos a ofertas de emprego, na sequncia do tratamento

    da oferta

    - Apresentao e encaminhamento de candidatos s entidades empregadoras,

    na sequncia do ajustamento

    Intervenes no mbito da Reabilitao Profissional

    - Gesto da atribuio de ajudas tcnicas

    - Avaliao das necessidades de adaptao de posto de trabalho e da

    capacidade produtiva no mbito do emprego protegido

    Intervenes no mbito da Medicina do Trabalho

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 22.

    - Avaliao de capacidade para o exerccio de actividade profissional e para

    formao

    Atendimento Presencial - Entidades

    O actual Modelo de Funcionamento pressupe que a actuao dos Centros de Emprego

    junto das entidades empregadoras tenha subjacente o papel de relevo que desempenham

    no meio a par do reconhecimento das mesmas quer enquanto clientes com caractersticas e

    necessidades especficas, quer enquanto fornecedoras, j que detentoras de potenciais

    respostas s necessidades dos candidatos inscritos nos Centros de Emprego.

    Neste quadro est estruturado um atendimento presencial diferenciado organizado em duas

    Linhas, conforme se segue:

    Servios de 2. Linha

    As entidades que se dirigem espontaneamente ao Centro de Emprego so direccionadas de

    imediato para os Servios de 2. Linha, tendo a acesso aos seguintes servios:

    Informao especfica sobre os servios para entidades, no mbito das ofertas de

    emprego e dos programas e medidas

    Recepo, caracterizao e negociao de ofertas de emprego (nacionais,

    comunitrias e internacionais)

    Recepo de candidaturas a programas e medidas de emprego e reabilitao

    Profissional

    Servios de 3. Linha

    Os Servios de 3. Linha so desenvolvidos tendencialmente mediante marcao prvia e

    compreendem os seguintes servios:

    Satisfao das ofertas, em estreita colaborao e articulao com as entidades

    empregadoras

    Recrutamento e seleco de pessoal, em estreita colaborao e articulao com

    as entidades empregadoras

    Negociao e desenvolvimento de parcerias com entidades locais

    Intervenes tcnicas no mbito de programas e medidas de emprego e de

    reabilitao profissional

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 23.

    Atendimento de Livre Servio de Emprego LSE

    Trata-se de espaos de Livre Servio de Emprego integrados nos Centros de Emprego

    orientados para o segmento de utentes com maior nvel de autonomia e pr-actividade que

    permite o acesso adequado e autnomo a diferentes tipos de informao e servios

    interactivos disponveis na Internet, nas reas do emprego, da formao e certificao

    profissional, permitindo-lhes potenciar a sua empregabilidade. Permite, ainda, dinamizar e

    potenciar a autonomia dos utentes, contribuindo para fomentar comportamentos e

    estratgias de abordagem pr-activa face ao mercado de trabalho, bem como aos servios e

    instrumentos de apoio a processos de explorao vocacional e de apoio gesto de

    carreira.

    Nos espaos de Livre Servio para o Emprego, os candidatos a emprego e as entidades

    empregadoras, apoiados por um animador, podem aceder a informao nos domnios do

    emprego e da formao, nomeadamente: ofertas de emprego nacionais e comunitrias;

    ofertas de formao; programas e medidas de emprego e de reabilitao profissional;

    mercado de trabalho; programas de iniciativa comunitria; sectores de actividade

    econmica; estatsticas de emprego; profisses e ambientes de trabalho bem como aceder

    s funcionalidades existentes no NETemprego.

    Fluxograma de Atendimento

    O fluxograma seguinte esquematiza o fluxo dos candidatos e entidades num Centro de

    Emprego.

    Sem Marcao

    Servios de2. Linha

    Servios de3. Linha

    Servios de2. Linha

    Servios de3. Linha

    Servios de1. Linha

    RECEPO

    TRIAGEM

    Can

    dida

    tos

    Entid

    ades

    UTE

    NTE

    LIVRE SERVIO DE EMPREGO

    Com Marcao

    Sem Marcao

    Com Marcao

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 24.

    Fluxograma do Atendimento

    2.1.3. Atendimento Distncia

    Enquadra-se nesta tipologia de atendimento a diversidade de servios multicanal

    disponibilizados pelo NETemprego, pelo Centro de Contacto (telefone e mail), bem como a

    submisso electrnica de candidaturas e os contactos atravs de S.M.S.

    Atendimento Distncia - NETemprego

    O NETemprego um canal de prestao de servios interactivos na rea do Emprego que

    se constitui como uma alternativa ao atendimento presencial de candidatos e entidades

    empregadoras.

    Os servios disponibilizados no mbito do NETemprego podem ser acedidos a partir de toda

    a rede de Centros de Emprego, atravs de Quiosques Electrnicos que, a par dos espaos

    de Livre Servio de Emprego existentes nos servios locais, visam assegurar a igualdade de

    oportunidades no acesso utilizao autnoma dos servios, por parte dos utentes que no

    disponham de outros meios de acesso Internet.

    Os principais servios disponibilizados atravs do NETemprego aos candidatos so:

    Registo de CV

    Inscrio para emprego e/ou para formao

    Gesto do processo individual (alterao ou actualizao de informao)

    Consulta e candidatura a ofertas de emprego

    Comunicao de obteno de emprego

    Pedido de declaraes de diversos tipos

    Mecanismo de gesto automtica de ofertas de emprego (recepo das ofertas

    de emprego mais recentes)

    Informao sobre medidas de apoio ao emprego e respectivos formulrios de

    candidatura quando se tratar de programas de apoio criao do prprio

    emprego

    Informao sobre tcnicas de procura de emprego

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 25.

    Os servios disponibilizados para as entidades so:

    Registo como entidade (pr-registo)

    Gesto do processo individual (alterao ou actualizao de informao)

    Comunicao de ofertas de emprego

    Consulta das ofertas comunicadas e pedido de alterao/correco

    Comunicao dos resultados referentes a candidatos apresentados por parte dos

    centros de emprego

    Comunicao da inteno de suspender ou terminar processo de recrutamento

    Consulta de CV

    Mecanismo de gesto automtica de CV (recepo em e-mail dos CV mais

    recentes)

    Informao sobre medidas de apoio ao emprego e respectivos formulrios de

    candidatura

    Candidatura on-line a programas e medidas de emprego (POC)

    So ainda disponibilizados atravs do NETemprego os seguintes servios transversais:

    Acesso a ajudas dinmicas que permitem conhecer de forma detalhada as

    principais funcionalidades do Portal

    Informao sobre a localizao e contactos dos centros de emprego

    Informao sobre perguntas mais frequentes (FAQ)

    nacionais

    Atendimento Distncia Centro de Contacto (telefnico, e-mail)

    O Centro de Contacto presta servios, via canal telefnico e e-mail, de resposta a situaes

    poia-se numa primeira linha de atendimento em outsourcing e numa segunda linha

    . Linha

    Informao de carcter geral, no mbito das principais reas de interveno do

    utilizao dos servios disponibilizados atravs do NETemprego

    . Linha

    Informao sobre ligaes teis a Stios de organismos nacionais e inter

    Informao sobre os servios prestados pela Rede EURES

    especficas colocadas quer por candidatos quer por entidades empregadoras.

    A

    assegurada por recursos internos que funcionam de forma integrada.

    1

    IEFP

    Apoio

    2

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 26.

    Resposta a questes de carcter especfico encaminhadas pela 1. Linha

    Recepo e registo de ofertas de emprego comunicadas via canal telefnico

    Intermediao no ajustamento

    Atendimento Distncia SMS

    O SMS um canal de prestao de servio alternativo que pela celeridade que permite

    potencia a eficcia da actuao dos Centros de Emprego junto dos utentes.

    Este canal alternativo contribui para que o IEFP possa melhorar a qualidade da prestao

    de servios aos candidatos a emprego e entidades empregadoras e disponibiliza j as

    seguintes funcionalidades:

    Divulgao de ofertas mecanismo que permite a informao sobre ofertas de

    emprego ajustveis ao perfil dos candidatos a emprego. Esta informao

    processada de forma automtica at sete ofertas de emprego, diariamente, por

    candidato a emprego

    Confirmao de validao do pedido de emprego sempre que o pedido de

    emprego validado na sequncia do registo via NETemprego, despoletada

    uma mensagem SMS a informar o candidato

    Confirmao do registo de ofertas de emprego sempre que uma oferta de

    emprego seja registada, directamente no SIGAE ou atravs do processo de

    validao de ofertas registadas via NETemprego, emitida uma mensagem a

    informar a entidade nesse sentido

    Pedido de apresentao a ofertas de emprego - mecanismo que permite informar

    os candidatos a emprego para se apresentarem directamente na entidade

    empregadora, no sentido da rpida satisfao de oferta urgente (processado de

    modo no automtico)

    Atendimento Distncia Submisso Electrnica de Candidaturas

    Permite a submisso e gesto on-line de candidaturas a Medidas Activas de Emprego,

    atravs do desenvolvimento de interface aplicacional com os sistemas de informao da

    rea do Emprego, tendo em vista a simplificao, racionalizao e automatizao dos

    procedimentos de acesso e de gesto das medidas de emprego, atravs de:

    Disponibilizao, para preenchimento e submisso on-line (mediante prvio registo

    e/ou autenticao), a partir do portal do NETemprego, de formulrios electrnicos

    em tecnologia aberta, com a arquitectura mais simples, adaptvel, sistematizada e

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 27.

    consolidada possvel, incorporando validaes a vrios nveis (actuando quer

    durante a insero da informao, quer no momento da respectiva submisso final,

    consoante a situao em causa), utilizao de certificados digitais e respeitando as

    exigncias que se coloquem em matria de segurana e acessibilidade.

    Integrao e tratamento, no sistema interno e gesto da rea do emprego, dos dados

    inseridos atravs dos formulrios electrnicos, nos seus diversos estados, atravs da

    criao de mecanismo e forms especficos, nesse sentido, utilizando a infra-estrutura

    aplicacional j existente.

    Possibilita a visualizao, por parte do utente, das decises e actos tomados pelos servios

    competentes do IEFP, a partir do stio de acesso submisso electrnica dos pedidos,

    complementada pela respectiva notificao automtica (via e-mail ou SMS), sempre que

    possvel.

    2.1.4 Actividades de Interaco com o Meio

    O Centro de Emprego enquanto elemento do meio scio-econmico em que se encontra,

    estabelece com este uma interaco permanente. Este Modelo valoriza e pressupe a

    adopo efectiva de uma actuao pr-activa junto do mercado de emprego e no meio

    envolvente em geral, bem como o desenvolvimento de parcerias privilegiadas com

    organismos e entidades que desempenham um papel relevante nos domnios do emprego,

    formao e reabilitao profissional.

    Interveno no mercado de emprego

    Actividades em articulao

    CENTRO DE EMPREGO

    CENTRO DE EMPREGO

    Interaco com o Meio

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 28.

    Interveno no Mercado de Emprego

    No contexto da interaco com o meio assume especial relevncia a interveno do Centro

    de Emprego no mercado de emprego e as aces que proactivamente desenvolve para

    captao e satisfao das ofertas, designadamente:

    Visitas tcnicas a entidades empregadoras

    Campanhas de divulgao de perfis profissionais

    Campanhas de prospeco de ofertas de emprego

    So, ainda, de sublinhar as intervenes especficas no mbito de processos de

    reestruturao e despedimentos colectivos, com suporte nos Ncleos de Interveno Rpida

    (NIRP).

    Actividades de Articulao

    Os Centros de Emprego estabelecem articulaes com diferentes organismos que se situam

    em reas de actuao afins s dos Centros de Emprego, nomeadamente quando a

    actividade que desenvolvem se reveste de grande especificidade e especializao.

    Enquadram-se nesta ltima categoria os seguintes:

    Centros de Recursos Locais e Especializados

    A articulao com estes Centros tem como objectivo disponibilizar aos candidatos

    com deficincia servios para os quais os Centros de Emprego no tm Know-how

    tcnico, consubstanciando-se maioritariamente ao nvel de:

    - Avaliao/orientao profissional especializada

    - Apoio colocao e acompanhamento ps-colocao

    - Readaptao ao trabalho, na sequncia de acidente de trabalho

    Centros de Respostas Integradas do Instituto da Droga e Toxicodependncia

    A populao alvo destes Centros apresenta fragilidades e especificidades muito

    prprias, que necessitam de uma actuao com um grau de especializao

    aprofundado. A insero no mercado de trabalho de toxicodependentes em fase de

    no consumo , muitas vezes, um elemento do processo de recuperao quando

    devidamente enquadrado. Por tudo isto, o trabalho a efectuar com os mesmos

    desenvolvido em estreita colaborao com estes Centros tendo em vista a insero

    deste pblico-alvo.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 29.

    Ncleos Locais de Insero

    - Representao dos CTEs nas reunies

    - Interveno tcnica junto dos candidatos com dificuldades significativas de

    insero titulares e beneficirios do RSI visando a sua integrao profissional

    Unidades de Insero na Vida Activa (UNIVA)

    A articulao com estas estruturas tem como objectivo potenciar os servios

    disponibilizados pelo Servio Pblico de Emprego, maximizando as oportunidades de

    integrao profissional dos desempregados, atravs da realizao das seguintes

    actividades:

    - Identificao de ofertas/oportunidades de emprego na zona de abrangncia da

    UNIVA - comunicao regular ao Centro de Emprego das ofertas recolhidas e

    divulgao aos utentes das oportunidades de emprego

    - Colaborao em aces de aproximao ao mercado de trabalho organizadas

    pelos Centros de Emprego, dinamizando Tcnicas de Procura de Emprego a

    candidatos dos Centros de Emprego

    - Apresentao quinzenal dos desempregados subsidiados (de acordo com

    protocolos estabelecidos)

    - Colaborao no acompanhamento no mbito do apoio contnuo insero

    Para alm destas parcerias mais estruturadas estabelece-se ainda a articulao com as

    Empresas de Trabalho Temporrio e as Agncias Privadas de Colocao, os Centros de

    Formao Profissional de Gesto Participada, e outros organismos do meio relevantes na

    rea do emprego com os quais desenvolve projectos em parceria.

    2.1.5 - Articulao Centros de Emprego/Centros de Formao Profissional

    A articulao estreita entre os Centros de Emprego e os Centros de Formao contribui de

    forma inequvoca para:

    Garantir uma actuao articulada e complementar entre unidades orgnicas com

    valncias diferentes

    Evitar a sobreposio de intervenes e maximizar as sinergias tcnicas numa

    perspectiva de economia de recursos e de eficincia das intervenes

    Assegurar uma resposta efectiva aos desempregados nos prazos estabelecidos no

    PNE (6 e 12 meses)

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 30.

    Adaptar a oferta formativa s necessidades do mercado de trabalho e s

    caractersticas dos desempregados

    Garantir o acesso dos jovens desempregados a aces de formao de dupla

    certificao, que confiram nveis crescentes de certificao at ao 12. ano

    Concorrer para que os desempregados vejam reconhecidas e certificadas as

    competncias que possuem e integrem percursos formativos que permitam a

    aquisio da dupla certificao, promovendo a elevao das respectivas

    qualificaes

    Assegurar aos desempregados intervenes integradas e sequenciais promotoras da

    empregabilidade e do acesso ao mercado de trabalho

    Esta articulao processa-se a diferentes nveis:

    Na planificao da formao, de modo a que esta responda simultaneamente s caractersticas dos desempregados e s necessidades do mercado, contribuindo para que a

    oferta de formao se encontre permanentemente actualizada. A planificao dever, assim,

    considerar as necessidades actuais e previsionais de profissionais qualificados no mercado

    de trabalho e ter em linha de conta as caractersticas dos desempregados inscritos nos

    Centros de Emprego e o potencial de absoro pelo mercado de trabalho.

    No encaminhamento dos desempregados para percursos formativos, e/ou para processos de reconhecimento, validao e certificao de competncias, assegurando que os

    desempregados com diferentes necessidades de qualificao possam beneficiar, em tempo

    til, das aces mais adequadas. Em funo da situao particular de cada desempregado

    e aps identificao do respectivo perfil de empregabilidade o encaminhamento pode

    processar-se de forma diferenciada.

    A diferenciao subjacente ao encaminhamento e interveno de cada unidade

    orgnica/estrutura radica, fundamentalmente, no facto de os desempregados possurem ou

    no adquiridos significativos passveis de validao e de transferibilidade do contexto

    profissional e de vida para o escolar ou do escolar para o profissional.

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    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 31.

    Nesta medida, com os desempregados cujos dfices de empregabilidade sejam

    previsivelmente colmatveis atravs da frequncia de formao profissional, devero ser

    implementadas as intervenes necessrias de acordo com as seguintes situaes:

    Activos Desempregados sem Adquiridos - So encaminhados para percursos qualificantes que permitam a dupla certificao, em funo das habilitaes de ingresso, da

    idade e de outras condies especficas de acessos, nas modalidades de aprendizagem,

    cursos de educao e formao para jovens, cursos de especializao tecnolgica,

    formaes modelares certificadas e ainda cursos de educao e formao de adultos na

    modalidade de percurso completo ou s a componente tecnolgica .

    Activos Desempregados com Adquiridos - So encaminhados para processos de reconhecimento, validao e certificao de competncias, a realizar num Centro Novas

    Oportunidades (CNO). Nesta sequncia o desempregado pode ver certificadas as suas

    competncias ou ser integrado em percursos EFA flexveis ou ainda realizar formaes

    modelares certificadas.

    CENTRO DE EMPREGO CENTRO DE FORMAO

    DesempregadosSEM ADQUIRIDOS

    Processo de Orientao

    DesempregadosCOM ADQUIRIDOS

    Cursos de Educao FormaoAprendizagemCursos EFA Cursos de Especializao Tecnolgica

    Formao ContnuaFormao Modular Certificada

    CNOProcesso RVCC

    (Balano de Competncias e Porteflio)

    CertificaoCursos EFA (percurso flexvel)Formao Modular CertificadaIdentificao do Perfil (Anlise do percurso profissional e diagnstico de necessidades)

    Percursos Completos

    Percursos-Tipo

    Na transio formao/mercado de trabalho de forma a garantir que aps o percurso formativo seja dada continuidade ao PPE definido com o desempregado na altura da sua

    inscrio para emprego que culmina com a integrao no mercado por conta de outrem ou

    por conta prpria.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 32.

    Embora a qualificao tenha um carcter instrumental e fundamental para o acesso ao

    mercado de trabalho a insero sustentada implica a preparao da transio

    formao/mercado de trabalho que pode ser concretizada atravs de diferentes estratgias

    conforme os desempregados pretendam trabalhar por conta de outrem ou criar o seu prprio

    emprego.

    Para aqueles que pretendam trabalhar por conta de outrem devero ser disponibilizadas

    estratgias de aproximao ao mercado de trabalho, informao sobre o mercado e as

    ofertas disponveis nos Centros de Emprego. Para aqueles cujo projecto de insero passe

    pela criao do seu prprio emprego dever ser facultada informao sobre os apoios

    existentes a este nvel.

    Neste domnio o Centro de Formao Profissional dever estabelecer o contacto com o

    Centro de Emprego mais prximo com vista planificao da actuao deste junto dos

    desempregados que esto a finalizar o percurso formativo, de modo a assegurar as

    intervenes sequenciais previstas no Plano Pessoal de Emprego.

    2.1.6 - Actividades Tcnicas de Suporte

    A componente de Desenvolvimento do Emprego integra ainda um conjunto de aces de

    retaguarda de natureza tcnica que suportam, apoiam e viabilizam o atendimento presencial

    e distncia (nomeadamente a continuidade dos processos de candidatura via submisso

    electrnica).

    Constituem-se como actividades tcnicas de suporte um conjunto de aces que antecedem

    e preparam as intervenes com os utentes tendo em vista o correcto desenvolvimento das

    mesmas, bem como todas aquelas que lhes so subsequentes e que decorrem da

    interveno realizada, designadamente:

    Monitorizao da situao dos candidatos para:

    - Definio/reformulao do Plano Pessoal de Emprego (PPE)

    - Acompanhamento do cumprimento das etapas do PPE e prazos de resposta

    - Organizao de intervenes tcnicas

    Gesto de listagens e emisso de convocatrias para as diversas intervenes

    tcnicas no mbito do PPE

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    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 33.

    Gesto do processo de orientao para a formao

    - Definio dos instrumentos de avaliao

    - Elaborao de relatrios

    - Monitorizao dos encaminhamentos

    Gesto do processo de orientao para o emprego

    - Definio de estratgias de interveno

    - Preparao das intervenes (Programas de Orientao)

    Gesto de conformidades e incumprimentos relativos a todas as intervenes

    inerentes ao PPE do candidato, nomeadamente:

    - Registos das comparncias e faltas a convocatrias

    - Propostas de deciso decorrentes de incumprimento

    - Emisso de notificaes

    - Emisso de comunicao da deciso final ao candidato

    Recepo e registo de ofertas recebidas via fax, correio, e-mail

    Pr-seleco e seleco de candidatos para apresentao a ofertas

    Divulgao das ofertas (SMS, LSE, meios de comunicao social)

    Controlo da oferta (verificao da satisfao da oferta)

    Compensao dirigida

    Gesto das ofertas objecto de recrutamento internacional

    Cumprimento das formalidades no mbito das empresas de trabalho temporrio

    (ETT) e agncias privadas de colocao.

    Validao da oferta de emprego efectuada no NETemprego

    Anlise tcnica e financeira de candidaturas e preparao da obteno de

    informao adicional/complementar

    Anlise de viabilidade econmica de projectos

    Elaborao de informaes/pareceres

    Emisso de notificaes

    Registo de encaminhamentos

    Gesto de conformidades e incumprimentos

    Preparao de visitas de acompanhamento e controlo

    Elaborao de relatrios/Registo dos resultados das aces de acompanhamento e

    controlo

    Preparao dos processos para pagamento

    Prestao de contas no mbito do financiamento comunitrio

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    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 34.

    2.2 Actividades de Gesto

    Estas actividades, situadas fora do contexto da rea de negcio so imprescindveis ao bom

    funcionamento geral do Centro de Emprego. Subdividem-se em aces de gesto global e

    aces de gesto administrativo-financeira e servios gerais.

    A Gesto Global integra a: Elaborao do Plano de Actividades

    Elaborao do Oramento anual e oramentos rectificativos

    Elaborao do Relatrio de Actividades

    Recursos Humanos

    Monitorizao da actividade do Centro

    Coordenao das actividades do Centro

    Gesto da imagem e da representao externa

    A Gesto Administrativo-financeira e Servios Gerais integra a:

    Contabilidade e tesouraria (oramentos mensais de tesouraria/verificao de

    contas e conciliaes bancrias/cabimentao)

    Processamentos (consultas/contratos/aquisies de bens e servios/)

    Pagamentos em funo dos compromissos assumidos

    Servios de manuteno, higiene, segurana e limpeza bem como gesto da

    frota e demais servios de ordem geral

    Controlo de assiduidade

    Equipamentos/instalaes/imobilizado

    Comunicaes/telefones

    Aprovisionamento e armazenamento

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    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 35.

    IV Critrios de Qualidade

    O xito de qualquer projecto s verdadeiramente alcanado quando partida estiverem

    claramente definidos e endogeneizados pela globalidade da organizao, os objectivos que

    se pretendem alcanar com o projecto e os critrios que subjazem sua avaliao.

    A eficcia do Servio Pblico de Emprego e a melhoria da imagem e credibilidade do IEFP

    junto dos utentes, para a qual o Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego agora

    preconizado pretende contribuir, implica que se considerem as seguintes dimenses para a

    elaborao dos critrios de qualidade: Contexto; Recursos Humanos; Recursos Tcnicos;

    Organizao e Funcionamento.

    A efectivao dos critrios de qualidade, embora mais directamente ligada actuao das

    unidades orgnicas locais envolvem todos os nveis da estrutura, com graus de

    desenvolvimento e responsabilidade diferenciados.

    Com carcter indicativo explicitam-se de seguida alguns dos factores a ter em conta na

    definio dos referidos critrios de qualidade.

    Tempo de espera-Diminuio do tempo de espera do fluxo espontneo-Anulao do tempo de espera do fluxo convocado-Anulao do tempo de espera para entidades Tempo de atendimento - definio de tempos mnimos de atendimento para as diferentes

    intervenes tcnicas Tempo de resposta - estabelecimento de tempos mximos de resposta s diferentes

    solicitaes

    Organizao e Funcionamento

    Informao sistematizada e acessvel Sistema de informao e ferramentas de suporte adequados Instrumentos tcnicos e metodolgicos

    Recursos Tcnicos

    Com perfil e motivao adequada ao desempenho Actualizao permanente de conhecimentos Formao direccionada para necessidades especficas/exerccios funcionais especficos Profissionalismo Qualidade tcnica da interveno-Registos-Aco/atitude-Pertinncia das questes-Exactido/clareza das respostas

    Recursos Humanos

    Acessibilidade a toda a tipologia de pblicos Condies de espera fsicas; ocupao til do tempo; Corporate TV Condies de acomodao e de circulao

    Contexto

    Critrios da Qualidadereas de Gesto

    Tempo de espera-Diminuio do tempo de espera do fluxo espontneo-Anulao do tempo de espera do fluxo convocado-Anulao do tempo de espera para entidades Tempo de atendimento - definio de tempos mnimos de atendimento para as diferentes

    intervenes tcnicas Tempo de resposta - estabelecimento de tempos mximos de resposta s diferentes

    solicitaes

    Organizao e Funcionamento

    Informao sistematizada e acessvel Sistema de informao e ferramentas de suporte adequados Instrumentos tcnicos e metodolgicos

    Recursos Tcnicos

    Com perfil e motivao adequada ao desempenho Actualizao permanente de conhecimentos Formao direccionada para necessidades especficas/exerccios funcionais especficos Profissionalismo Qualidade tcnica da interveno-Registos-Aco/atitude-Pertinncia das questes-Exactido/clareza das respostas

    Recursos Humanos

    Acessibilidade a toda a tipologia de pblicos Condies de espera fsicas; ocupao til do tempo; Corporate TV Condies de acomodao e de circulao

    Contexto

    Critrios da Qualidadereas de Gesto

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    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 36.

    V Implementao do Modelo

    A implementao do Modelo de Funcionamento pelo carcter estratgico de que se reveste,

    a inter-dependncia com outros projectos estruturantes, a dimenso da rede de Centros de

    Emprego, as caractersticas diferenciadas dos Centros de Emprego, a diversidade de

    servios e nveis de estrutura a envolver, e ainda as mudanas que vem introduzir na cultura

    organizacional vigente implica que sejam consideradas um conjunto de aces de

    desenvolvimento imprescindvel e que concorram para o sucesso deste projecto.

    De qualquer forma, pretende-se uma aplicao total e imediata do Modelo nos novos

    Centros e faseada na actual rede com adequao dos espaos fsicos e articulada com a

    implementao do sistema de gesto de fluxos.

    Considera-se que este processo de implementao se deve organizar em duas grandes

    fases: fase preparatria e fase de operacionalizao, sendo as mesmas objecto de

    tratamento em documento autnomo.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 37.

    VI Avaliao e Acompanhamento

    A implementao de qualquer Modelo numa organizao pressupe uma avaliao e

    acompanhamento continuado, de forma a que o mesmo se v adaptando s transformaes

    da prpria organizao.

    As organizaes so organismos mutveis e evolutivos havendo por isso a necessidade da

    introduo de mecanismos correctores que suportam o seu funcionamento como forma de

    evitar situaes de desajustamento passveis de por em causa o desempenho da

    organizao.

    Neste contexto prev-se uma metodologia de avaliao e acompanhamento capaz de

    avaliar a adequao do Modelo de Funcionamento concebido aos resultados pretendidos e

    capaz igualmente de monitorizar o processo de operacionalizao do mesmo, no decorrer

    do prprio processo (on going evaluation) por forma a que seja possvel em cada momento

    colmatar as fragilidades detectadas, assimilar as inovaes de mbito tecnolgico,

    organizacional e tcnico que ocorram e proceder aos ajustamentos necessrios.

    A metodologia de avaliao dever recorrer quer ao acompanhamento distncia pelo

    recurso aos sistemas de informao existentes quer ao acompanhamento in loco, por uma

    equipa constituda, no mnimo, por elementos do DEM e das Delegaes Regionais.

  • INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL IP

    Apndice ao Anexo I dos Termos de Referncia

    Modelo de Funcionamento dos Centros de Emprego 38.

    Nota complementar1

    O novo Modelo de Funcionamento preconizado para os Centros de Emprego pressupe o

    seguinte:

    Todos os funcionrios tm um posto de trabalho, sendo que o posto de trabalho de

    todos os tcnicos que fazem atendimento est localizado na rea de atendimento

    aos candidatos e entidades empregadoras (atendimento considerado na acepo

    lata que o modelo adopta), no havendo duplicao de postos de trabalho dos

    tcnicos na retaguarda.

    As linhas de atendimento so de natureza funcional, isto , consoante o fluxo do

    momento, o tcnico que est no seu posto de trabalho pode efectuar atendimento de

    1, 2 ou 3 linha, desde que de acordo com o seu perfil, sem que haja mudana de

    posto de trabalho.

    A rea de atendimento deve estar livre de objectos de uso pessoal (vesturio e

    outros elementos acessrios) e de objectos de uso profissional no estritamente

    necessrios realizao do atendimento. Sendo, no entanto, objectos

    imprescindveis, deve ser prevista a sua localizao numa rea de retaguarda de

    utilizao comum pela equipa do Centro e em moldes que garantam a sua

    segurana e o acesso fcil aos mesmos pelos prprios.

    As actividades tcnicas de suporte ao atendimento so efectuadas no posto de

    trabalho de cada tcnico quando este no est a prestar servio de atendimento e

    sempre que a natureza do trabalho a efectuar o permita. Nas restantes situaes h

    recurso a um espao de utilizao comum (fora da rea de atendimento) para

    realizao destas actividades, sendo que a cada tcnico dever poder dispor de

    condies para arquivo de documentao prprio.

    1 Inclui algumas especificaes a ter em conta e a integrar no estudo autnomo visando a organizao espacial, equipamentos e imagem para os Centros de Emprego.