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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Faculdade de Tecnologia de São Sebastião Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial DANIEL MARCELO DA CRUZ SOUZA FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Aplicabilidade das matrizes SWOT e BCG no restaurante Miro’s II em São Sebastião/ SP São Sebastião 2014

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia de São Sebastião

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial

DANIEL MARCELO DA CRUZ SOUZA

FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Aplicabilidade das matrizes SWOT e BCG no restaurante Miro’s II em São Sebastião/ SP

São Sebastião

2014

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DANIEL MARCELO DA CRUZ SOUZA

FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Aplicabilidade das matrizes SWOT e BCG no restaurante Miro’s II em São Sebastião/ SP

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como exigência parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Empresarial. Orientadora: Professora Mestra Maria Inês Soeltl Kitahara

São Sebastião

2014

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DANIEL MARCELO DA CRUZ SOUZA

FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Aplicabilidade das matrizes SWOT e BCG no restaurante Miro’s II em São Sebastião/ SP

Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial. São Sebastião, 09 de dezembro de 2014.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________

PROFESSORA MESTRA MARIA INES SOELTL KITAHARA

_________________________________________________________

PROFESSOR MESTRE EDUARDO HIPÓLITO DO REGO

_________________________________________________________

PROFESSOR MESTRE RAFAEL ROMERO

MÉDIA FINAL: ___________________

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Dedico este trabalho a minha esposa Gislaine e ao meu filho Nathan...

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado vida, sabedoria e forças pra

conseguir chegar até aqui.

Agradeço à minha família, em especial minha esposa Gislaine, e meu filho

Nathan pela paciência comigo, compreendendo meus períodos de ausência durante

esta caminhada, porém sempre me apoiando e incentivando a conquistar meus

objetivos.

Agradeço a minha orientadora Professora Maria Inês Soeltl Kitahara, por

acreditar em mim e me ajudar no desenvolvimento deste trabalho.

Agradeço de maneira geral a todos os professores da FATEC São Sebastião

que ao longo do curso contribuíram de alguma maneira para meu aprendizado.

Agradeço aos meus colegas de curso, que também colaboraram muito com

meu aprendizado tanto em sala de aula quanto fora dela.

Agradeço ao senhor Everton Henrique, proprietário responsável pelo

Restaurante Miros’s II, pela confiança e por ter aberto as portas de seu

estabelecimento, permitindo assim o desenvolvimento desse trabalho.

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“Um dia é preciso parar de sonhar, tirar os planos da

gaveta, e de algum modo, começar.”

Amyr Klink

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RESUMO

Este trabalho de graduação tem por objetivo demonstrar como a utilização das

ferramentas de planejamento estratégico pode auxiliar o gestor a obter vantagem

competitiva. Este trabalho visa criar estratégias a partir do diagnóstico estratégico

das ferramentas aqui utilizadas. Foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas

e pesquisa de campo, por meio de um estudo de caso, onde foram aplicados

questionários e também realizada uma entrevista com o proprietário do restaurante

localizado no centro da cidade de São Sebastião. Após a entrevista e a coleta de

dados, foram elaboradas as matrizes SWOT [Strength (força), Weakness (fraqueza),

Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças)] que faz uma análise do

ambiente interno e do ambiente externo, e BCG (Boston Consulting Group) que

avalia o portfólio de produtos. Foi desenvolvido um diagnóstico estratégico,

resultante da aplicação dessas matrizes onde foram elaboradas possíveis soluções

estratégicas para o estabelecimento. O resultado da aplicação das ferramentas aqui

sugeridas serviu para que o proprietário tivesse mais conhecimento do seu negócio,

a fim de maximizar seus pontos fortes bem como minimizar suas fraquezas, e assim

ficar preparado para aproveitar as oportunidades e se defender das ameaças.

Também nortearam o proprietário a tomar medidas estratégicas que propiciaram um

melhor atendimento juntos aos clientes, maior motivação de seus funcionários, como

também um bom relacionamento (poder de barganha) junto aos seus fornecedores,

melhorando sua participação no mercado, levando assim a empresa obter vantagem

competitiva frente aos seus concorrentes.

Palavras-chave: Planejamento estratégico. Matriz SWOT. Matriz BCG. Vantagem competitiva.

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ABSTRACT

This work graduates aims to demonstrate the use of tools strategic planning can help

the manager gain competitive advantage. This work seeks create strategies from the

strategic diagnosis of strategic planning tools. Was developed through bibliographic

searches and field research, by a case study, which was applied questionnaires and

also an interview with the restaurant owner located in downtown of São Sebastião.

After the interview and data collection, the matrix SWOT (Strength, Weakness,

Opportunities and Threats) that analyzes the internal environment and the external

environment, and the matrix BCG (Boston Consulting Group) which evaluates the

product portfolio were prepared. A strategic diagnosis was developed resulting from

the application of these matrices, which were prepared possible strategic solutions to

establish. The result of the application of the tools suggested here served to the

owner had more knowledge of your business, in order to maximize your strengths

and minimize your weaknesses, and so be prepared to enjoy opportunities and

defend threats. Also guided the owner to take strategic measures that provided a

better service together customers, more motivation of its employees, as well as a

good relationship (bargaining power) together with your suppliers, improving their

market share, leading the company gain competitive advantage front of your

competitors.

Keywords: Strategic planning. SWOT matrix. BCG matrix. Competitive advantage.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BCG Boston Consulting Group

CDPLATECCS Culturais, demográficas, politicas, legislação, ambiente físico,

tecnologia, economia, consumidor, concorrência e sociais.

CIP Centro Integrado Profissionalizante.

CONDEPHAAT Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico,

Artístico e Turístico.

FOFA Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats.

PFOA Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio as micro e pequenas Empresas.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Níveis de decisão tipos de planejamento ............................................... 15

Figura 2 - Representação gráfica da análise SWOT .............................................. 19

Figura 3 - Escolha de um caminho ação de pela empresa ..................................... 24

Figura 4 - Representação gráfica da análise SWOT cruzada ................................ 26

Figura 5 - Representação gráfica da matriz BCG ................................................... 28

Figura 6 - Correlação entre a matriz BCG e o ciclo de vida do produto.................. 29

Figura 7 - Fachada e dependências do restaurante Miro’s II ................................ 38

Figura 8 - Organograma do restaurante Miro’s II ................................................... 41

Figura 9 - Gráfico de distribuição para construção da matriz SWOT ..................... 43

Figura 10 - Representação gráfica da análise SWOT do restaurante Miro’s II ....... 44

Figura 11 - Representação gráfica da matriz BCG do restaurante Miro’s II ........... 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Concorrentes do restaurante Miro’s II .................................................... 48

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................09

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA...............................................................................10

1.2 PROBLEMA.......................................................................................................10

1.2.1 Hipótese..........................................................................................................10

1.3 OBJETIVOS.......................................................................................................11

1.3.1 Objetivo geral.................................................................................................11

1.3.2 Objetivos específicos....................................................................................11

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..........................................................11

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.....................................................................12

2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................13

2.1 ESTRATÉGIA....................................................................................................13

2.2 PLANEJAMENTO E NÍVEIS DO PLANEJAMENTO.........................................13

2.2.1 Planejamento estratégico.............................................................................14

2.2.2 Planejamento tático.......................................................................................14

2.2.3 Planejamento operacional............................................................................15

2.3 MISSÃO E VISÃO.............................................................................................16

2.3.1 Missão.............................................................................................................16

2.3.2 Visão...............................................................................................................17

2.4 MATRIZ SWOT..................................................................................................18

2.4.1 Ambiente externo e interno..........................................................................19

2.4.1.1 Ambiente externo..........................................................................................19

2.4.1.1.1 Oportunidade...............................................................................................20

2.4.1.1.2 Ameaças.....................................................................................................21

2.4.1.2 Ambiente interno...........................................................................................21

2.4.1.2.1 Pontos fortes...............................................................................................22

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2.4.1.2.2 Pontos fracos..............................................................................................22

2.5 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ SWOT.................23

2.5.1 Agressividade................................................................................................24

2.5.2 Diversificação................................................................................................25

2.5.3 Recuperação..................................................................................................25

2.5.4 Defensividade ...............................................................................................25

2.6 MATRIZ BCG.....................................................................................................27

2.6.1 Ponto de interrogação...................................................................................29

2.6.2 Estrela.............................................................................................................30

2.6.3 Vaca leiteira....................................................................................................30

2.6.4 Abacaxi ou pet (cachorro)............................................................................31

2.7 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ BCG....................31

2.7.1 Criar participação de mercado.....................................................................32

2.7.2 Manter a participação de mercado...............................................................32

2.7.3 Colheita...........................................................................................................32

2.7.4 Desinvestir.....................................................................................................33

2.8 OUTRAS MANEIRAS DE ANÁLISAR A MATRIZ BCG.....................................33

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................35

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................38

4.1 A EMPRESA......................................................................................................38

4.2 MISSÃO E VISÃO ............................................................................................42

4.3 A APLICAÇÃO DA MATRIZ SWOT E BCG.......................................................42

4.3.1 Matriz SWOT aplicada no restaurante Miro’s II...........................................42

4.3.1.1 Ambiente interno...........................................................................................44

4.3.1.1.1 Pontos fortes...............................................................................................44

4.3.1.1.2 Pontos fracos..............................................................................................45

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4.3.1.2 Ambiente externo..........................................................................................46

4.3.1.2.1 Oportunidades.............................................................................................46

4.3.1.2.2 Ameaças.....................................................................................................47

4.4 O DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ SWOT NO RESTAURANTE MIRO’S II...............................................................................49

4.5 A MATRIZ BCG RESTAURANTE MIRO’S II.....................................................51

4.6 O DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ BCG NO RESTAURANTE MIRO’S II...............................................................................53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................55

REFERÊNCIAS...................................................................................................57

APÊNDICE A - PLANILHA 1..............................................................................59

APÊNDICE B - COMPILAÇÃO PLANILHA 1.....................................................60

APÊNDICE C - PLANILHA 2..............................................................................61

APÊNDICE D - COMPILAÇÃO PLANILHA 2.....................................................62

APÊNDICE E – ENTREVISTA APLICADA AO PROPRIETÁRIO.....................63

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente o número de restaurantes concentrados no centro da cidade de

São Sebastião é muito grande, a disputa por clientes está cada vez mais acirrada. É

notório que cada estabelecimento tem adotado estratégias para atrair seus clientes.

E essas estratégias tendem a passar pelo conhecimento do mercado bem como o

conhecimento da própria empresa. Os empresários precisam conhecer bem o

mercado em que está inserido como também ter claramente definida sua visão e

missão do negócio, o que norteará quais ações tomará para alcançar suas metas e

objetivos. Entretanto, essas empresas realmente se conhecem? Tem conhecimento

das forças do ambiente que envolve a empresa? Conhecem suas forças bem como

suas limitações? Estão preparados para aproveitar uma oportunidade ou se

defender de uma ameaça? É possível utilizar ferramentas de planejamento

estratégico para se conhecer e elaborar estratégia? Que ferramentas são essas?

Como tornar esse conhecimento em vantagem competitiva?

Este trabalho tem o intuito de responder a essas perguntas e demostrar como

é possível um restaurante ter vantagem competitiva frente aos seus concorrentes

fazendo uso das ferramentas de planejamento estratégico. As ferramentas utilizadas

neste trabalho será a aplicação (elaboração e análise) das matrizes SWOT e BCG

(Boston Consulting Group). O objetivo é fazer com que o restaurante estudado

(Miro’s II) se conheça tanto internamente, maximizando seus pontos fortes e

minimizando seus pontos fracos, como externamente tirando o melhor proveito das

oportunidades que o mercado oferece, bem como se prevenindo quanto às ameaças

detectadas através do uso das ferramentas aqui apresentadas, tornando - o dessa

forma uma empresa competitiva.

Inicialmente serão utilizadas essas duas ferramentas de planejamento

estratégico, haja vista existir diversas outras ferramentas, ficando para uma próxima

oportunidade a aplicação das demais ferramentas.

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1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

O planejamento estratégico está visivelmente ligado ao sucesso de qualquer

empresa. Uma análise ambiental aliada à utilização das suas ferramentas é que

nortearão qualquer processo de mudança para que ela se torne uma empresa

vencedora capaz de proporcionar ao seu cliente um produto ou serviço superior ao

do concorrente, com um preço justo. Este trabalho irá traçar um diagnóstico do

restaurante, estimular e auxiliar o empresário a colocar em prática ações de

planejamento estratégico, que tragam soluções para se permanecer competitivo,

mesmo diante das dificuldades encontradas neste setor.

1.2 PROBLEMA

A quantidade de restaurantes existentes no centro de São Sebastião é

enorme e a disputa por clientes é acirrada. Dessa forma, quem tiver um

conhecimento do potencial de sua empresa, bem como suas limitações, poderá

aproveitar melhor as oportunidades que o mercado oferece, e assim garantir o

sucesso de seu empreendimento. Mas, como ter esse conhecimento? De que forma

é possível realizar uma análise eficiente? Quais técnicas e ferramentas são

necessárias?

1.2.1 Hipótese

Toda empresa precisa conhecer suas limitações, bem como seu potencial

para atender da melhor maneira seus clientes. Algumas empresas perdem clientes

por não saber de suas limitações e não saber como explorar seus pontos fortes.

Contudo uma análise bem elaborada do ambiente que cerca a empresa, aliada a

boas estratégias farão com que ela se sobressaia em relação à concorrência.

Também a falta de qualificação por parte dos gestores, compromete na realização

desta análise e na elaboração de ações estratégicas necessárias para o sucesso.

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1.3 OBJETIVOS

É apresentado abaixo o objetivo geral bem como os objetivos específicos, que

se deseja conquistar a partir da realização deste trabalho:

1.3.1 Objetivo geral

Fazer uma análise ambiental (tanto interna quanto externa) no restaurante

Miros’ II, mostrando seu portfólio de produtos e oferecendo sugestões ao proprietário

para que ele possa desenvolver as estratégias propostas pelas análises aqui

apresentadas, a fim de obter vantagens competitivas frente aos seus concorrentes.

1.3.2 Objetivos específicos

Levantar o Referencial Teórico sobre planejamento estratégico,

missão, visão, matriz SWOT e matriz BCG;

Realizar análise SWOT do restaurante Miros’II;

Fazer o diagnóstico estratégico da matriz SWOT no restaurante

Miros’II;

Elaborar a matriz BCG do restaurante Miros II;

Fazer o diagnóstico da matriz BCG do restaurante Miros’II.

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Os procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho foi o de estudo de

caso, realizado em um restaurante denominado Miros’II, localizado na região central

da cidade de São Sebastião, com a coleta de dados através de entrevista realizada

com o proprietário, além de um questionário respondido por funcionários e

proprietário do restaurante. Foi utilizada pesquisa bibliográfica baseada em livros e

sites relacionados com o tema. Será utilizado neste trabalho fontes de dados

primários, que conforme Mattar (1999, p.48) “são aqueles obtidos pela primeira vez

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e que nunca foram coletados ou tabulados antes, ou seja, são produtos do

levantamento efetuado pelo pesquisador para fins de sua pesquisa”.

Para este trabalho também foram utilizadas as fontes internas de dados que

para Ferrell (2009) são as informações coletadas pela própria empresa,

consideradas relevantes e confiáveis, pois mostram os objetivos, estratégia e

desempenho de todos os processos dentro da empresa, facilitando assim saber

sobre o que os consumidores necessitam, inferindo sobre seus comportamentos e

atitudes.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O trabalho está organizado em duas etapas: a primeira conta com a

contextualização da teoria utilizada como base para a pesquisa e a segunda mostra

a aplicação dessas teorias dentro da rotina da empresa, sugerindo alternativas para

que o estabelecimento maximize seus lucros e ofereça um atendimento de

qualidade aos seus clientes.

Este trabalho está dividido em cinco capítulos que serão descritos a seguir:

No capítulo um, no qual aborda a introdução, é feita a contextualização de

toda problemática do trabalho, hipóteses e objetivos gerais e específicos.

No capítulo dois é levantado todo referencial teórico necessário para o

desenvolvimento deste trabalho. Nele irá conter os conceitos de planejamento,

níveis de planejamento, conceito de estratégia, elaboração da visão e missão da

empresa, também será descrito detalhadamente os passos da elaboração das

matrizes SWOT e BCG bem com suas ações com foco estratégico.

O capítulo três conta com os procedimentos metodológicos utilizados neste

trabalho, e a forma de como estes foram aplicados.

Já no capítulo quatro é descrita a empresa onde foi realizado o estudo, bem

como a divulgação dos dados coletados e possíveis ações estratégicas elaboradas

para o atingimento de um diferencial competitivo para a empresa pesquisada.

Por fim, no capítulo cinco há uma conclusão sobre as limitações, dificuldades

encontradas e resultados obtidos no caso apresentado, bem como das ferramentas

utilizadas neste trabalho de graduação.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A seguir será apresentado o referencial teórico que dá embasamento a este

estudo, apresentando as ferramentas do planejamento estratégico, iniciando pela

Visão e Missão da empresa, logo após a elaboração matriz SWOT (análise interna e

externa) e seus cruzamentos de quadrantes e, por fim, a matriz BCG (portfólio de

produtos), ferramentas estas que auxiliam os gestores na tomada de decisão, na

formulação de um plano de ação para conquistarem um diferencial competitivo

frente aos seus concorrentes.

2.1 ESTRATÉGIA

Para Las Casas (2009) estratégia é uma palavra derivada da língua grega,

strategos, que quer dizer “a arte do general”, por isso ela é muito relacionada à área

militar, embora atualmente venha sendo empregada no meio empresarial.

Segundo Oliveira (2006, p194) a estratégia é definida da seguinte maneira:

“como um caminho, ou maneira ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, as metas, os desafios e objetivos estabelecidos no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente”.

Neste contexto a estratégia para o autor pode ser definida como os caminhos,

as ações mais adequadas para se atingir à meta, a estratégia seria a forma de se

fazer algo, a fim de conquistar os objetivos traçados, objetivos estes com prazos e

responsabilidades já definidos.

2.2 PLANEJAMENTO E NÍVEIS DO PLANEJAMENTO

O termo planejamento é definido por Oliveira (2006, p.36) como:

“o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz.”

Existem três níveis de planejamento, o planejamento estratégico, o

planejamento tático e o planejamento operacional. A seguir será apresentado um

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breve conceito de cada um deles, contudo o foco deste trabalho é o do planejamento

estratégico.

2.2.1 Planejamento estratégico

Conforme Oliveira (2006) esse nível de planejamento é considerado como o

mais importante de toda empresa, pois é dele que é traçado os objetivos e direção a

ser seguido por toda empresa. Esse objetivo é de longo prazo e suas ações

englobam toda empresa bem como os demais níveis de planejamento.

Planejamento estratégico é entendido por Kotler (1993) como o que obriga os

executivos das empresas a pensar no futuro, a controlar todo desenvolvimento e

direcionar os recursos da empresa para se atingir os objetivos propostos.

Lima (2007) conclui que planejamento estratégico pode ser entendido como

um processo que une a missão, visão, princípios e valores, para se traçar quais

ações serão adotadas para que seja atingido o objetivo planejado pela organização.

Planejamento estratégico é considerado por muitos autores essencial ao

empreendedor, é através dele que é possível alcançar o sucesso da organização.

2.2.2 Planejamento tático

Conforme Oliveira (2006) o planejamento tático são ações de curto prazo que

afetam somente uma parte da empresa, seu objetivo é poder aperfeiçoar uma área

da empresa e não ela como um todo. Nesse nível de planejamento é possível

decompor os objetivos, as estratégias estabelecidas no planejamento estratégico,

para cada área correspondente a sua atuação.

Para Lima (2007) o planejamento tático pode ser entendido como um

processo de decisão descentralizado, contudo não divergente com o planejamento

estratégico traçado pela organização.

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2.2.3 Planejamento operacional

Para Oliveira (2006) o planejamento operacional é aquele que está ligado

com as rotinas operacionais da empresa, suas ações são mais curtas, oferecem

menos riscos além de possuem maior flexibilidade. Seu objetivo básico é atuar nas

atividades cotidianas da empresa. Para o autor esse nível de planejamento deve

conter as seguintes características:

Os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação;

Os procedimentos básicos a serem adotados;

Os resultados finais esperados;

Os prazos estabelecidos; e

Os responsáveis por sua execução e implantação

A diferença entre os níveis hierárquicos e tipos de planejamentos podem ser

compreendidos na figura 1, que mostra ainda os níveis de decisão e em qual área

eles são desenvolvidos, cada uma com sua linguagem específica, para

entendimentos de todos de determinada área:

Figura1– Níveis de decisão e tipos de planejamento

Fonte: Oliveira (2006, p.45)

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2.3 MISSÃO E VISÃO

Na concepção de Lima (2007) a visão e missão de uma empresa são

conceitos importantes na elaboração de um planejamento estratégico.

2.3.1 Missão

Para elaborar uma declaração de missão, Ferrell (2009, p.34) diz que cinco

perguntas básicas que devem ser entendidas e respondidas por todos os gestores e

colaboradores da empresa:

Quem somos?

Quem são nossos consumidores?

Qual a nossa filosofia operacional?(crenças básicas, valores, ética, etc.).

Quais são nossas competências essenciais ou vantagens competitivas?

Quais são nossas responsabilidades com relação a ser um bom comandante

de nossos recursos humanos, financeiros e ambientais?

Ainda segundo o autor a empresa não pode ocultar a missão e todos

envolvidos no negócio sem exceção devem conhecer a missão que é o que a

empresa representa e o porquê de sua existência.

A missão é entendida por Oliveira (2006) como a razão de ser de uma

organização. É nela que se mostra qual a natureza do negócio, e também mostra

onde ela atuará ou desejará atuar futuramente.

Para Silva (2006) a missão é considerada como um guia motivador para

todos envolvidos na empresa. Para o autor a expectativa de uma missão bem

elaborada é que se mantenha por vários anos, porém, devido as forças do ambiente

externo e suas influencias, as empresas necessitam atualizar sua missão, sempre

que necessário.

De acordo com Lima (2007) com essas mudanças de mercado e o passar dos

anos a empresa deve reavaliar sua declaração de missão a fim de torná-la cada vez

mais clara e poder demonstrar o propósito da empresa diferenciando-se dos demais.

Alguns exemplos de missão:

Grupo Gerdau – Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a

sociedade, atuando na indústria do aço de forma sustentável.

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Chocolates Brasil Cacau - Acreditar e proporcionar felicidade. Promover a

diversidade, a liberdade e valorizar as pessoas, refletindo nossa cultura popular com

respeito e sabedoria, por meio de toda linha de produtos.

Casas Bahia - Realizar o sonho dos nossos fregueses proporcionando a

melhor experiência de compra, com um modelo de gestão focado na solidez do

negócio, no respeito e na dedicação total aos nossos clientes, colaboradores,

fornecedores e parceiros.

2.3.2 Visão

Para Silva (2006) a declaração da visão está ligada ao que se almeja

futuramente, para sua elaboração deve ser formulada com apoio em valores,

desejos, sonhos e ambições, pois é a visão que norteará todos a alcançar os

objetivos traçados pela empresa, desafiando-os a conquistá-los, ainda que seja esta

muito difícil de atingir.

Conforme Lima (2007) a visão é a base para todo planejamento estratégico,

por conta disso ela deve ser amplamente divulgada e entendida por toda

organização, incluindo não somente os colaboradores, mas todos stackeholders da

organização.

A visão é entendida por Oliveira (2006) como sendo algo que os responsáveis

pelas organizações enxergam futuramente sobre o seu negócio, dentro de um prazo

de tempo mais longo e com uma perspectiva mais ampla, podendo ocorrer em um

futuro mais próximo ou distante, não deixando de serem as expectativas e desejos

almejados para sua empresa.

Alguns exemplos de visão:

Grupo Gerdau – Ser global e referência nos negócios em que atua.

Chocolates Brasil Cacau – Ser um grupo competitivo que atue de forma

abrangente no segmento alimentício, por meio de um portfólio de produtos de

qualidade, representado por marcas fortes, com características e propostas únicas.

Casas Bahia - Ser uma empresa de atuação e reconhecimento internacional

que atenda às necessidades de todas as classes sociais nos mercados em que

atuamos, com eficiência e rentabilidade, contribuindo para o crescimento do Brasil.

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2.4 MATRIZ SWOT

Não é possível precisar sobre a origem exata da análise SWOT, embora essa

técnica venha sendo atribuída a Albert Humprey que na universidade de Stanford

executou projetos que utilizava dados da revista Fortune, elencando as 500 maiores

organizações. Muitos escritores indicam sua possível criação a dois professores:

Kenneth Andrews e Roland Christensen da Harvard Business School. De acordo

com Ghemawat (2007) foi Kenneth Andrews que fez uma combinação de itens para

que de certo modo realçasse quais atribuições e recursos deveriam satisfazer os

anseios do mercado, criando uma visão estratégica para um cenário competitivo.

Porém há relatos que a ideia da análise SWOT já havia sido abordada por

Sun Tzu há mais de três mil anos, em sua obra “A Arte da Guerra” quando relata

"concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e

proteja - se contra as ameaças".

Uma análise SWOT deve ser feita periodicamente pelos gestores, uma vez

que ela fornece informações da situação atual da empresa, e que o ambiente tanto

interno quanto externo podem sofrer mudanças, com isso essas informações ficam

defasadas e há necessidade de uma nova análise com o passar do tempo.

Para Ferrell (2009) a matriz SWOT nada mais é do que uma ferramenta com

foco estratégico de análise tanto do ambiente interno, como também do ambiente

externo de uma organização. O termo SWOT vem do inglês onde é representado

pelas letras iniciais das palavras Strength (força), Weakness (fraqueza),

Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). De acordo com Ribeiro (2008)

sua finalidade é maximizar os pontos fortes diminuir a gravidade dos pontos fracos,

desfrutar das oportunidades e se defender das ameaças.

Para Silva (2006) ao elaborar uma matriz SWOT não se deve escrever

demais, a representação da matriz deve ser de fácil entendimento, seu principal

fundamento é elaborar estratégias que maximize os pontos fortes, minimizem os

pontos fracos, aproveitem as oportunidades e se resguarde das ameaças. O autor

ainda ressalta que nenhum ponto fraco ou ameaça descrito na matriz deve ficar sem

uma estratégia definida.

A análise SWOT também é conhecida como análise FOFA (Forças ou

Potencialidades, Oportunidades, Fraquezas ou Fragilidades e Ameaças) ou matriz

PFOA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)

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Figura 2 – Representação gráfica da análise SWOT

Fonte: Próprio Autor, adaptada de Ribeiro (2008, p.114)

2.4.1 Ambiente externo e interno

Como já mencionado anteriormente, a análise SWOT é feita em duas

dimensões: a análise do ambiente externo e a análise do ambiente interno que a

seguir serão detalhadas.

2.4.1.1 Ambiente externo

É no ambiente externo de uma análise SWOT que são levantadas as

oportunidades e as ameaças que cercam a organização. O ambiente externo está

totalmente fora do controle dos gestores de uma organização. Todavia se em sua

análise forem encontrados oportunidades, estas deverão ser aproveitadas ao

máximo com a utilização dos pontos fortes existentes na empresa, porém

encontrada uma ameaça esta deverá ser eliminada ou ter seus danos reduzidos

através dos pontos fortes existentes na empresa.

Conforme Las Casas (2009) o ambiente empresarial é constituído por

variáveis incontroláveis que direcionam o mercado e exigem adaptações das

organizações. Para lembrar-se dessas variáveis ele utiliza o termo CDPLATECCS

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(culturais; demográficas; politicas; legislação; ambiente físico; tecnologia; economia;

consumidor; concorrência e sociais) que são a maioria das variáveis externas

possíveis no ambiente externo de uma organização.

A respeito desse assunto Ribeiro (2008) menciona que ambiente externo esta

fora do controle da organização, mas que precisa ser identificado e acompanhado,

como maneira a não desperdiçar as oportunidades e se precaver das ameaças.

De acordo com Oliveira (2006, p. 70) o ambiente externo está totalmente fora

do controle da empresa, porém é nele que se localizam as oportunidades e as

ameaças, e nesse momento de análise a empresa tem que olhar para fora de si e

identificar quais ameaças precisam ser evitadas ou identificar quais as

oportunidades é possível usufruir fazendo uso de seus pontos fortes. Para realizar

uma análise externa eficiente, o autor cita alguns tópicos que são considerados

essenciais e não podem deixar de serem analisados:

Mercado nacional e regional;

Mercado Internacional;

Evolução tecnológica;

Fornecedores;

Aspectos econômicos e financeiros;

Aspectos socioeconômicos e culturais

Aspectos políticos

2.4.1.1.1 Oportunidade

Conforme menciona Oliveira (2006) para uma empresa considerar uma

verdadeira oportunidade alguma situação favorável que venha identificar, ela

necessita ter condições de tirar algum proveito desta situação com seus pontos

fortes, caso contrário essa oportunidade pode se tornar uma ameaça para ela.

Para Ribeiro (2008) as oportunidades correspondem a tudo aquilo que irá

trazer lucro para a empresa, cabe ao gestor não apenas identifica-las, mas também

ter condições de aproveita-las, criando estratégias para isso. De acordo com o autor

as oportunidades devem trazer crescimento e fortalecimento para a empresa.

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2.4.1.1.2 Ameaças

Para Ribeiro (2008, p.113) as ameaças são consideradas as mudanças no

ambiente, uma vez que a empresa não tem domínio sobre os acontecimentos do

ambiente externo, e que colocam em risco à sobrevivência da empresa, tais como:

Mudanças nos padrões de consumo;

Lançamento de produtos substitutivos no mercado;

Redução no poder de compra dos consumidores.

O importante nessa situação é o gestor perceber tais mudanças e ter

competência para potencializar os pontos fortes de sua empresa para assim eliminar

ou reduzir os danos provenientes das ameaças.

2.4.1.2 Ambiente interno

É no ambiente interno de uma análise SWOT que são levantados os pontos

fortes bem como os pontos fracos que fazem com que a organização aproveite as

oportunidades do mercado e também se previnam das ameaças do mercado. O

ambiente interno de uma organização pode e deve ser controlado pelos próprios

gestores, uma vez que foram eles mesmos que elaboraram as estratégias de

atuação da empresa, com suas politicas, diretrizes, normas e procedimentos.

Encontrando um ponto forte, este deve ser maximizado, porém encontrando um

ponto fraco, este deverá ser eliminado ou ao menos minimizado.

Para Lima (2007) ao analisar os pontos fortes ou os pontos fracos de uma

empresa, o gestor deve perceber o que sua empresa faz melhor que a empresa

concorrente, itens como qualidade do produto, inovação, preço, distribuição,

capacidade empreendedora, fluxo de caixa são alguns dos itens que não podem

deixar de serem avaliados.

Ainda segundo o autor ao identificar os pontos fortes ele deverá criar

estratégias para assim aproveitar as oportunidades do mercado. Também com

relação aos pontos fracos, assim que identificados, deverão ser eliminados ou

minimizados, uma vez que podem comprometer o crescimento da empresa,

diminuindo as vendas e consequentemente gerando menos lucros.

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De acordo com Oliveira (2006) além dos pontos fortes e pontos fracos

existentes numa análise interna ele ainda define um novo item chamado de ponto

neutro, que a empresa deve se atentar. Para o autor estes são aqueles pontos que

não estão nem ajudando nem atrapalhando o desenvolvimento da empresa, mas

como numa análise SWOT deve-se considerar a empresa como um todo, eles não

devem ficar de fora dessa análise, mesmo a empresa não encontrando parâmetros

ou critérios que os classificariam como fortes ou fracos.

2.4.1.2.1 Pontos fortes

Para Ribeiro (2008) os pontos fortes podem ser considerados como o

diferencial, aquilo que a empresa faz de melhor, os atrativos positivos, uma

vantagem competitiva que fará com que o consumidor compre ou consuma seu

produto ao invés do concorrente.

Para Wright (2007) a vantagem competitiva é quando se consegue agregar

valores e beneficiar a empresa com a implantação de estratégias, visando lucros e

resultados positivos. E essa vantagem competitiva se torna verdadeira uma vez que

seus concorrentes não consigam obter os mesmos ganhos ou proveitos com ideias

semelhantes.

De acordo com Ribeiro (2008) para uma empresa se manter competitiva ela

necessita encantar seus clientes além de conquistar novos, sempre manter

atualizados seus produtos além de controlar seus custos internos e também

controlar seus gastos com fornecedores.

De acordo com Ferrell (2009) os pontos fortes da empresa estão atrelados

aos recursos que ela possui. Eles devem ser sempre alavancados, pois são os

pontos fortes que criam uma vantagem competitiva frente aos concorrentes e

satisfazem as necessidades dos consumidores.

2.4.1.2.2 Pontos fracos

Para Ferrell (2009) os pontos fracos da empresa estão atrelados aos recursos

que ela não possui. Eles devem ser sempre superados, pois são os pontos fracos

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que impedem a empresa de criar uma vantagem competitiva frente aos concorrentes

e satisfazer as necessidades dos consumidores.

Com relação aos pontos fracos é entendido por Oliveira (2006) que por ser

uma variável interna e controlável a empresa deve conhecer, eliminar ou ao menos

minimizar seus pontos fracos, uma vez que eles estão causando uma desvantagem

operacional para a empresa.

A partir da análise SWOT pode-se ter uma visão mais abrangente a respeito

de um determinado item ou processo que compõem a empresa, tanto internamente

como externamente, ou seja, é nesta fase que todos os pontos positivos e negativos,

ameaças e oportunidades são listados. Dessa forma, a próxima etapa, denominada

diagnóstico estratégico, deve ressaltar os pontos fracos para propor um plano de

ação adequado, com o objetivo de eliminar as causas dessa possível fraqueza,

tornando-se mais fácil defender-se das ameaças e aproveitar as oportunidades.

Conclui-se, desta forma, que de uma maneira ampla a utilização para qualquer

assunto, produto ou projeto, fazer uma análise SWOT é extremamente importante.

2.5 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ SWOT

Após analisado os pontos fortes e fracos bem como as ameaças e

oportunidades, o planejamento estratégico tem por objetivo responder a seguinte

questão ”Que destino devo dar à empresa e como devo estabelecer este destino?”

(OLIVEIRA, 2006, p 191)é o que mostra a representação:

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Figura 3 - Escolha de um caminho ação de pela empresa

Fonte: Oliveira (2006, p.191)

Após a realização de coleta de dados e a elaboração da matriz SWOT, Ferrell

(2009) orienta para a realização de um diagnóstico, que visa à elaboração de

estratégias possíveis de serem implantadas, e devem servir como foco estratégico

dentro da organização. É a postura que a empresa precisa tomar, diante do

problema encontrado. Para o autor estes são os itens mais comuns: Agressividade,

Diversificação, Recuperação e Defensividade, embora existam outras posturas de

acordo com os cruzamentos dos quadrantes da matriz.

2.5.1 Agressividade

Essa é uma situação invejável para todas as empresas, é quando ela possui

muitos pontos fortes e existem muitas oportunidades, podendo assumir riscos como

lançamento de novos produtos em novos mercados, além de assumirem uma

postura mais agressiva com relação às estratégias de marketing. Este é o momento

para se consolidarem como referência no mercado em que atuam.

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2.5.2 Diversificação

São encontrados pela empresa muitos pontos fortes, mas também existem

muitas ameaças do ambiente externo, limitando seu poder de agressividade, como o

ponto forte é o que a empresa possui de melhor ela deve buscar variáveis para se

fortalecer ainda mais no mercado, alternativas como marketing e propaganda ou

estratégias de diversificação do portfólio de produtos, mercados ou negócios para a

empresa.

2.5.3 Recuperação

São os pontos fracos que a empresa possui com relação às oportunidades

que o mercado oferece. Nesse momento cabe à empresa arrumar sua casa, reduzir

suas fraquezas e buscar estratégias de recuperação, tentando tirar proveito das

situações favoráveis do mercado externo.

2.5.4 Defensividade

Esta estratégia é quando a empresa percebe que possui muitos pontos fracos

e encontram muitas ameaças, a postura a ser tomada é de se fechar e tentar se

defender das ameaças existentes.

Já para Ribeiro (2008) o desenvolvimento do foco estratégico, que são frutos

do cruzamento dos quadrantes da matriz SWOT (figura 4) é considerado as ações

que podem desenvolver vantagem competitiva, exemplo disto é a união dos pontos

fortes com oportunidades diagnosticadas na análise que o autor chama de

desenvolvimento. Já na união de oportunidades e pontos fracos, chamado de

crescimento é preciso fazer alterações no ambiente interno para melhorar os pontos

fracos a fim de se aproveitar as oportunidades que estão surgindo no mercado. Em

se tratando do cruzamento das ameaças com os pontos fortes da empresa que o

autor chama de manutenção, é necessário adequar as ações para reduzir ao

máximo ou mesmo eliminar essa ameaça. O autor classifica como sobrevivência o

cruzamento de ameaças e pontos fracos, uma vez que não reforçados os pontos

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fracos para combater as ameaças deixará a empresa vulnerável, e a não correção

desses pontos acarretará riscos de prejuízos e até mesmo falência da empresa.

A união desses quadrantes é que permitirá a organização responder as

seguintes perguntas (RIBEIRO, 2008, p.166-167):

Como posso tirar vantagens das novas oportunidades, utilizando meus

pontos fortes?

Quais pontos fracos posso melhorar?

Com quais pontos fortes é possível neutralizar as ameaças?

Quais ameaças, aliadas as fraquezas preciso temer mais?

Figura 4 - Representação gráfica da análise SWOT cruzada

Fonte: Ribeiro (2008, p. 114)

Neste trabalho esse será o foco estratégico adotado para analisarmos a

matriz aplicada no restaurante estudado.

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2.6 MATRIZ BCG

A Matriz BCG foi criada em meados dos anos 60 por Alan J. Zakon, executivo

da empresa de consultoria em planejamento estratégico Boston Consulting Group

(BCG), e por William W. Wommack, executivo da Mead Corporation, Em seguida,

Barry Hedley, também executivo do Boston Consulting Group, deu sequência ao

desenvolvimento da matriz. Em 1970 ela foi formalizada em um artigo publicado na

revista Perspective por Bruce D. Henderson, fundador do Boston Consulting Group.

(AMBRÓSIO, 2005)

Na matriz BCG a ideia é identificar e classificar os produtos nos quadrantes,

relacionando sua participação relativa no mercado com a taxa de crescimento do

mercado, para poder saber a quantidade de recursos que deverá ser investido em

cada linha de produto, serviços ou negócios. Numa análise BCG é possível ver que

alguns produtos, serviços ou negócios não possuem potencial de crescimento, nem

ao menos poder de gerar lucros, estes devem ser descartados do portfólio de

produtos, em contrapartida existe aqueles que além de gerarem lucros ainda é

possível investir em outros produtos, estes por sua vez requer atenção dos gestores

para continuarem fortalecidos. (OLIVEIRA 2004)

A matriz BCG ou matriz de portfólio é uma forma de analisar produtos ou

negócios baseados em seu ciclo de vida. O ideal para uma empresa é possuir em

seu portfólio produtos com alta participação no mercado e com alto crescimento,

mas que necessitam de investimentos, bem como produtos com alta participação no

mercado e baixo crescimento mas que são geradores de caixa. A principal utilidade

desta ferramenta é poder relacionar os produtos ou negócios de determinada

empresa e poder acompanhar seu crescimento ou declínio com relação à

participação relativa no mercado, podendo identificar quais produtos ou serviços

estão gerando caixa ou mesmo gerando prejuízos devendo esta ser desativada, ou

excluída do portfolio. (RIBEIRO, 2008)

Ainda referenciando o mesmo autor a elaboração da matriz BCG, possui duas

dimensões: uma que é referente ao seu crescimento, outra que é referente a sua

participação no mercado, esta devendo ser analisada com relação ao seu maior

concorrente.

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Para Silva (2006) a matriz deve ser sempre apresentada em quadrantes, à

primeira coisa a ser feita em seu desenvolvimento é colocar o eixo horizontal e o

eixo vertical:

Eixo horizontal: nada mais é do que uma escala que representa o produto

serviço ou negócio com relação a sua participação relativa do mercado.

Eixo vertical: refere-se à taxa percentual anual de crescimento do mercado

no qual o produto serviço ou negócio compete.

Depois de feitas as representações dos eixos vertical e horizontal devem ser

feitos quatro quadrantes onde serão classificados os produtos/ serviços ou negócios

da empresa. No quadrante inferior esquerdo ficarão os itens considerados “vaca

leiteira” (geradores de caixa) e no quadrante superior esquerdo ficarão os itens

considerados “estrelas” (lideres de mercado), no quadrante inferior direito ficarão os

itens considerados “abacaxis” (pets, ou cachorros) e no quadrante superior direito

ficarão os itens chamados “pontos de interrogação” (questionamentos).

Figura 5 - Representação gráfica da matriz BCG

Fonte: Ribeiro (2008, p.107)

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Ambrósio (2005) chama a atenção para a relação existente entres os

quadrantes da matriz BCG com o modelo do Ciclo de Vida do Produto (CVP) onde o

quadrante ponto de interrogação corresponde à introdução, o produto considerado

estrela corresponde com o crescimento, o quadrante denominado vaca leiteira

corresponde ao estágio maturidade e o quadrante dos produtos considerados

Abacaxis (pet ou cachorros) corresponde ao estágio de declínio no ciclo de vida do

produto.

Figura 6 - Correlação entre a matriz BCG e o ciclo de vida do produto

Fonte: Ambrósio (2005)

2.6.1 Ponto de interrogação

Obedecendo ao ciclo de vida do produto estes itens classificados como ponto

de interrogação são produtos que estão num mercado com alto crescimento e com

baixa participação relativa. Enquadra-se neste perfil produtos novos que estão em

desenvolvimento ou apresentam dificuldades em seu lançamento, ou podem

também já ter sido aqueles produtos considerados estrelas, geradores de caixa ou

abacaxis, contudo necessitam de investimentos, para serem classificados

novamente como estrelas ou geradores de caixa, ou serem retirados do portfolio de

produtos. (SILVA, 2006)

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Para Ambrósio (2005) os produtos considerados ponto de interrogação são

aqueles com taxa de crescimento elevada e participação relativa no mercado. Eles

necessitam de um alto investimento para se transformarem em estrela ou geradores

de caixa futuramente. Ele é considerado interrogação, pois se ocorrer falhas no

planejamento após seu lançamento no mercado, farão com que ele não atinja o nível

estrela ou gerador de caixa e caia direto para abacaxi, comprometendo todo

investimento nele alocado, ou então se tudo ocorrer conforme planejado ele passara

para os estágios seguintes, gerando lucros e subsidiando outros produtos.

2.6.2 Estrela

Para Silva (2006) os produtos, serviços ou negócio considerados estrela são

aqueles líderes de mercado, possuem uma ótima participação relativa e estão em

elevado crescimento, tendo uma boa lucratividade, em contrapartida para se manter

nesta posição os custos são altos demais e necessitam de grandes investimentos,

ao longo do tempo de produto estrela inclina-se para se tornar um produto gerador

de caixa, haja vista o mercado não estar mais crescendo como antes.

Ambrósio (2005) compartilha desse mesmo pensamento. Para ele os

produtos localizados no quadrante superior esquerdo denominado estrelas, são

produtos rentáveis, porém seu fluxo de caixa é praticamente neutro, pois seus lucros

são colocados como investimentos para apoiar seu crescimento no mercado. A

tendência é que futuramente se enquadre como geradores de caixa, seguindo o

ciclo de vida do produto.

2.6.3 Vaca leiteira

Os produtos, serviços ou negócios vaca leiteira (geradores de caixa) são

classificados para Silva (2006) como um produto que já foi considerado estrela, mas

como ainda dá muito lucro mesmo o mercado não crescendo tanto. Nele é investido

o mínimo possível somente para a vaca continue viva e produzindo o leite, o ideal é

que se prolongue ao máximo, pois como é um produto gerador de caixa ele que

subsidiará os investimentos para manter os produtos estrelas e também os

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investimentos nos produtos considerados ponto de interrogação. Dificilmente ele

voltara a ser estrela, mas requer cuidados e monitoramentos para que ele não se

torne um ponto de interrogação nem ao menos um produto abacaxi.

Como os produtos considerados vaca leiteira tem o atributo de gerar caixa e

uma excelente margem de lucro, Lima (2007) sugere que o gestor aplique o saldo

positivo em produtos considerados estrelas e um pouco em produtos considerados

pontos de questionamentos previamente selecionados, já que estes poderão ser

futuramente os próximos geradores de caixa da empresa.

Wright (2007) chama a atenção desse item como um negócio ou produto que

cresce bem lentamente com relação a sua participação relativa de mercado, porém

gera muito lucros, pois na grande maioria das vezes ela lidera o mercado vendendo

muito, e com isso acaba afastando novos entrantes e concorrentes. Como já estão

bem estabelecidos não necessitam de tanto investimento, como promoções,

descontos propagandas.

2.6.4 Abacaxi ou pet (cachorro)

São considerados os produtos, serviços ou negócio que possuem um baixo

crescimento e uma participação relativa muito pequena do mercado. Geralmente

esse produto já foi considerado uma vaca leiteira (gerador de caixa), mais como foi

perdendo vendas e deixando de lucrar, devido a questões como inferioridade aos

seus concorrentes, ou até mesmo desinteresse em seu consumo ou surgiram

produtos substitutos. Dessa maneira a ideia para os produtos nesse estágio do ciclo

de vida é que seja mantido no portfólio enquanto estiverem fazendo volume de

venda, mesmo sem lucros, mas também sem prejuízos. Ele posteriormente será

descartado, pois já completou o seu ciclo de vida, e não conseguira atingir outros

patamares. (SILVA, 2006)

2.7 DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ BCG

Da mesma maneira como a matriz SWOT desenvolve um foco estratégico

após sua elaboração, também acontece com a matriz BCG. Compartilhando do

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mesmo pensamento Wright (2007) e Ambrósio (2005), dizem que é possível

elaborar quatro estratégias a partir da matriz BCG, são elas:

Construção ou criar participação de mercado,

Manter a participação de mercado,

Colheita e

Desinvestir.

2.7.1 Criar participação de mercado

Para Ambrósio (2005) a estratégia de construção ou criação participação de

mercado, deve ser aplicada aos produtos inseridos nos quadrantes ponto de

interrogação para se tornarem estrelas, e nos classificados como estrelas para

tornarem geradores de caixa. Para isso demandam investimentos em campanhas de

marketing, desenvolvimentos de novos produtos e fabricas.

2.7.2 Manter a participação de mercado

Como a própria estratégia já diz é necessário à manutenção da participação

no mercado, esta estratégia esta ligada aos produtos ou serviços considerados

geradores de caixa (vaca leiteiras), pois manter a participação no mercado é mais

rentável que criar uma participação no mercado, utilizando assim os recursos

provenientes dos geradores de caixa para investir em estrelas ou produtos pontos

de interrogação que ofereçam potencial de crescimento (AMBRÓSIO, 2005).

2.7.3 Colheita

Para Ambrósio (2005) esta estratégia é aplicada aos produtos classificados

como abacaxis, pontos de Interrogação e até mesmo vacas leiteiras (geradores de

caixa), produtos considerados não muito promissores. A ideia dessa estratégia é

extrair o máximo possível de lucro dos produtos, o que pode resultar na diminuição

da participação de mercado, contanto que o dinheiro colhido seja aplicado em

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produtos com grande potencial de crescimento caso dos produtos estrelas e também

promissores como os chamados pontos de interrogação.

2.7.4 Desinvestir

Esta estratégia é aplicada ou nos produtos no fim de seu ciclo de vida caso

dos abacaxis como também nos produtos no inicio de seus ciclos de vida caso dos

pontos de interrogação, constatado que eles não são promissores para o negócio e

que consomem muito dinheiro devido aos investimentos necessários para se manter

no portfolio, o melhor a ser feito é retirá-los do portfolio e todos recursos que eles

utilizavam serem aplicados em pontos de interrogação ou produtos estrelas com

perspectivas de crescimento e potencial para gerar lucros a empresa.( AMBRÓSIO,

2005)

Wright (2007) considera que na análise da matriz BCG fica evidente a

questão da importância da liderança de mercado, que produtos que não se

enquadram nesse quesito são indicados para a colheita ou desinvestimento, casos

como pontos de interrogação não promissores e também abacaxis. É observado

pelo autor que alguns produtos serviços ou negócios considerados ponto de

interrogação acabam atuando em um nicho de mercado e com isso gerando lucros e

também se destacando frente aos concorrentes. Nesse caso a estratégia adotada

pelo gestor é se especializar ainda mais, e com isso tentar aumentar a participação

relativa do mercado como também crescer no volume de vendas.

2.8 OUTRAS MANEIRAS DE SE ANALISAR A MATRIZ BCG

Numa análise mais profunda da matriz BCG, Silva (2006) nos mostra uma

reflexão de como realmente podemos perceber estratégias e formas de se conseguir

um foco estratégico para aplicação da matriz na empresa. Além de ser de fácil

compreensão, mesmo para quem está de fora do negócio, a matriz BCG deve

mostrar com clareza o que é necessário para se obter sucesso em seu portfólio. O

autor cita alguns exemplos: imagina uma empresa analisando três produtos e a

matriz mostrasse:

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Um produto gerador de caixa, com baixo volume de vendas;

Um produto ponto de interrogação, sendo aprimorado com alto custo; e

Um produto abacaxi.

Como está a empresa?

Possivelmente com dificuldade de caixa, pois mantém o desenvolvimento dos

pontos de interrogação e além de não poder contar com lucros do produto abacaxi e

também por não possuir produtos geradores de caixa ficaria comprometido o futuro

da empresa.

Outro exemplo: uma empresa nova analisando seu portfolio chega a seguinte

situação:

Um produto classificado como estrela;

Um produto ponto de interrogação, pois está realizando pesquisas de

mercado.

Como está a empresa?

Com certeza ela esta operando no vermelho, porque só possuem dois

produtos e eles consomem muito dinheiro, tanto para se manter estrela como para

desenvolvimento de pontos de interrogação. Pode ser que no futuro ela opere com

lucro com dois produtos estrela ou mesmo um estrela e outro gerador de caixa, mas

há necessidade de investimento no presente para que isso venha ocorrer.

O autor ainda cita ainda algumas limitações da matriz BCG, considerando ela

com um meio de representação do portfolio, auxiliando na tomada de decisões

estratégica quanto à permanência, investimentos ou retirada de produtos do

portfólio. Para ele não se deve utilizar isoladamente a matriz BCG, e deve sempre

estar acompanhada de outras análises e técnicas, que darão suporte para se chegar

a uma conclusão de que ação estratégica será tomada. (SILVA, 2006, p.57-58).

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35

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica em livros e

sites e também por meio de pesquisa de campo, realizada através de um estudo de

caso no restaurante Miro’s II, localizado na região central de São Sebastião. A coleta

de dados da pesquisa de campo se deu através de entrevista com o proprietário do

restaurante e um questionário aplicado aos funcionários.

Para Marconi (2010) a pesquisa bibliográfica é aquela que inclui toda

bibliografia publicada sobre determinado assunto, como por exemplo: livros, revistas,

teses, monografias, etc.

Para qualquer tipo de pesquisa, independente da área, existe a necessidade

de uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto, a fim de se fazer um levantamento

sobre o problema em questão, delimitar o tema e se ter uma fundamentação teórica

sobre determinado assunto. (RAMPAZZO, 2005)

De acordo com Severino (2007) o estudo de caso é uma pesquisa de

determinado caso particular, onde este deve ser bem significativo e representativo,

para que possa se tornar apto a fundamentar futuras situações semelhantes,

possibilitando inferências.

Já para Rampazzo (2005) o estudo de caso é considerado uma pesquisa

descritiva, capaz de trabalhar sobre os dados coletados e fatos da própria realidade,

utilizando instrumentos como a entrevista, questionários, formulários e outras

técnicas.

Para Marconi (2010) a entrevista é um procedimento de coleta de dados que

serve para se obter informações acerca de determinado assunto, acontece entre a

conversação de duas pessoas onde uma dela responde acerca de determinado

problema ou assunto.

Rampazzo (2005) e Marconi (2010) mencionam que existem diversos tipos de

entrevistas e que elas devem ser utilizadas conforme o tipo de pesquisa. Entre elas

estão à entrevista padronizada ou estruturada, que segue um roteiro pré-

determinado não podendo inserir outras perguntas durante sua realização, e ainda a

entrevista não estruturada ou despadronizada, que é aquela em que o entrevistador

pode incluir novas perguntas durante a entrevista, conforme as respostas dadas pelo

entrevistado. Na maioria das vezes as perguntas são abertas proporcionando ao

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entrevistado maior liberdade nas respostas, e sendo possível ao entrevistador

explorar mais o assunto em questão.

Nesta coleta de dados do estudo de caso, foi utilizada a entrevista não

estruturada, com perguntas abertas e também fechadas. Para Severino (2007)

perguntas fechadas são aquelas com opções pré-definidas, sem possibilidade de

outras respostas. Já as perguntas abertas é aquela onde é possível quem estiver

respondendo, responder com suas próprias palavras, deixando clara sua opinião.

Também foi entregue um questionário ao proprietário e aos seus funcionários,

para avaliar como eles classificam as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças

que envolvem o restaurante. Conforme Severino (2007) questionário é uma forma de

coleta de dados de determinado assunto, onde são agrupadas questões articuladas

e objetivas, que depois de respondidas é possível se conhecer a opinião dos

pesquisados sobre o assunto em questão.

De acordo com orientação de Marconi (2010) o questionário deve ser

respondido por escrito e sem a presença do pesquisador. O pesquisador deve

informar a natureza da pesquisa bem como a importância, além de fomentar o

interesse dos participantes incentivando-os quanto ao preenchimento do

questionário.

Foi estabelecido neste trabalho cinco contatos com o restaurante estudado:

primeiramente foi realizado contato com o proprietário do estabelecimento, expondo

os objetivos da pesquisa e explicando as ferramentas que seriam utilizadas, bem

como a importância da sua aplicação para o estabelecimento. A segunda foi à

aplicação da planilha1 (Apêndice A) onde classificam os itens como sendo pontos

fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades. A terceira foi a aplicação da planilha

2 (Apêndice C) que classifica quanto a intensidade e relevância dos itens a serem

lançados na matriz SWOT. O quarto e quinto contato foram para a realização da

entrevista com o proprietário (Apêndice E).

Na aplicação do questionário 1 foi realizada uma breve conversa sobre os

procedimentos da análise SWOT com os funcionários e o proprietário, onde foram

elencados 38 (trinta e oito) itens, classificados pelos funcionários como sendo

pontos fortes, pontos fracos, ameaças ou oportunidades. Com isso os itens ficaram

distribuídos da maneira como mostra a figura 9. Em outro momento foi desenvolvido

um questionário (vide Apêndice C) contendo os mesmos 38 (trinta e oito) itens

levantados, onde cada funcionário pela sua perspectiva avaliou em qual situação e

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intensidade ele classificaria os itens listados, numa escala de 1 a 5, onde 1 = não

importante, 2= pouco importante=, 3 neutro, 4= importante, 5= muito importante.

Com isso foi estabelecido um critérios para as escolhas dos itens com maior

relevância para elaboração da uma matriz SWOT, pois como mencionado

anteriormente por Silva (2006) se relacionar muitos tópicos em uma análise, ela

tende a ficar confusa e pouca analítica, dificultando gerar uma estratégia

consistente. Com isso o gestor deve considerar de 4 (quatro) a 6 (seis) itens por

quadrante, os mais relevantes já que isso é o suficiente para uma boa análise.

Participaram desta etapa somente o gestor e mais sete funcionários presente

no dia, pela métrica adotada, cada item abordado totalizava 40 pontos. Foram

escolhidos os itens de maior relevância para elaboração da matriz, segundo o gestor

e funcionários.

A entrevista com o proprietário foi elaborada em duas etapas, devido ao

tempo disponibilizado por ele. A primeira abordou temas como o histórico da

empresa, funcionários, concorrentes, investimentos, missão, visão e planejamento

estratégico. Já a segunda, contou com o tema específico da matriz SWOT e BCG.

Cada uma com duração de aproximadamente duas horas.

Os dados coletados bem como os questionários aplicados, encontram-se nos

apêndices deste trabalho.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A seguir será apresentado todo trabalho de coleta de dados descrito na

metodologia bem como a intensão proposta nesse trabalho, que é a aplicabilidade

das matrizes SWOT e BCG no restaurante estudado.

4.1 A EMPRESA

Figura 7: Fachada e dependências do restaurante Miro’s II

Fonte: Próprio autor

O restaurante Miros’s II, localizado na Rua General Ozório, nº 33 centro da

cidade de São Sebastião, registrado como micro empresa, possui somente um

proprietário, o Sr. Everton Henrique Sales Fernandes, que também gerencia o local.

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A empresa foi constituída com capital próprio e também capital de terceiros. Depois

de realizado financiamento com um banco privado, o proprietário fez um

investimento de R$ 400.000 (quatrocentos mil reais), para iniciar o projeto que vem

desde novembro de 2013. Este financiamento foi para a aquisição de todos os

equipamentos necessários para cozinha (fogão, forno, freezer, estufas, utensílios

diversos etc), como também para o salão (mesas, cadeiras, ar condicionado, balcão

etc).

O imóvel é alugado diretamente com o proprietário e pago mensalmente. Ele

conta que parte deste dinheiro foi para a reforma do ponto (mão de obra e material),

pois estava sendo planejado para outras atividades no local. Conta ainda que devido

ao local estar localizado no centro histórico, numa área protegida pelo

CONDEPHAAT(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico

e Turístico), houve uma paralização na obra devido falhas na documentação, pois o

projeto alterava a fachada do prédio, necessitando de laudos para sua liberação.

Com isso conta que ficou seis meses pagando aluguel, sem poder sequer entrar no

local, fato este que foi sanado em abril de 2014, pelos engenheiros responsáveis da

obra. Dando início novamente às obras de reforma, o restaurante foi inaugurado dia

01 de julho de 2014.

O restaurante serve comida por quilo na modalidade self-service, com a

opção de churrasco, considerado pelo dono o diferencial do estabelecimento, além

disso, também fornece marmitex, para o cliente retirar no local. O preço do quilo

estava no momento da pesquisa R$35,90 e o preço dos marmitex entre de R$13,00

e R$15,00. O restaurante possui capacidade de atender até 80 pessoas, que é a

lotação do local. O proprietário conta que atende em média 130 pessoas por dia,

devido ao horário estendido de funcionamento que vai das 11:00 ate 15:30h, aberto

diariamente. Conforme dados fornecido pelo gerente, cada cliente consome em

média de R$15,00 a R$16,50 e o faturamento diário gira em torno de R$2.000,00.

Segundo o gerente a maioria dos clientes costuma efetuar o pagamento com

cartão alimentação ou débito/crédito, e somente 20% efetuam pagamento em

dinheiro. O restaurante possui um sistema informatizado próprio para restaurante

chamado ATHOS, no qual são lançadas todas as entradas, o consumo é registrado

em comandas eletrônicas, além de emitir a nota fiscal para os clientes. É o próprio

sistema que fecha o caixa emitindo relatórios diários e mensais. Os serviços de

contabilidade é atividade exclusiva do gerente, que efetua os depósitos, paga os

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fornecedores, funcionários e também realiza as compras. Ele estima que terá o

retorno do dinheiro investido em aproximadamente 3 anos.

No que diz respeito a custos, ele reforça que mesmo a empresa tendo um

faturamento mensal em torno de R$ 60.000,00, ela necessita pagar sua contas,

folha de funcionários, empréstimos, fornecedores, aluguel, água, luz, gás, entre

outras despesas, ficando com um lucro liquido em torno de R$7.000,00 à

R$10.000,00.

Com relação a fornecedores, o gerente conta que realiza suas compras em

supermercados de Caraguatatuba, Spani, Assai, Shibata, e também tem contatos

com fornecedores de São Paulo, grandes armazéns, empresas de laticínios, Sadia,

e que eventualmente realiza compras em São Sebastião, mas salienta que somente

em casos de extrema necessidade.

No que diz respeito a concorrentes ele classifica o restaurante “Bem Bolado”

como sendo seu maior concorrente, devido ao tempo de atividade e por ser da

mesma modalidade de serviço, atendendo os mesmos padrões de pessoas e tendo

a mesma variação de preço praticado. Porém existem outros concorrentes como

mostra a tabela 1, que também pela proximidade podem ser considerados

concorrentes de peso, uma vez que os clientes ficam divididos pelas opções

oferecidas e preços variados.

Com relação aos funcionários, ele diz que hoje em dia é muito difícil encontrar

mão de obra especializada no ramo de cozinha, que muitos funcionários acabam

sendo seduzidos por outros estabelecimentos com propostas encantadoras e

acabam mudando de emprego, sendo muito difícil achar funcionários para reposição

imediata. Para ele o que esta faltando na cidade é oferecer cursos de qualificação

na área alimentícia, para suprir esse déficit de funcionários. O quadro de

funcionários do estabelecimento conta com 10 (dez) funcionários distribuídos da

seguinte maneira:

01 Gerente (proprietário do restaurante)

02 Cozinheiros;

01 Churrasqueiro;

02 Ajudantes de cozinha;

02 Garçons;

01 Caixa;

01 Ajudante geral / copa.

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Figura 8: Organograma do restaurante Miro’s II

Fonte: Próprio autor

Em se tratando de planejamento estratégico, o estabelecimento não conta

com ninguém que possui curso superior, ou que tenha uma visão mais estratégica

do negócio. O empresário acreditou na ideia, devido à experiência no setor, uma vez

que seu pai já possui um empreendimento denominado Miro’s, o primeiro

restaurante da família, no qual também colaborou para sua fundação, seu

crescimento e estabilidade. Devido o sucesso do estabelecimento do pai, ele

decidiu empreender, acreditando em seu perfil arrojado e determinado pela busca do

sucesso. Ele deixa claro que não possui uma rivalidade entre os dois restaurantes,

que são clientes de perfis distintos e preços diferenciados. Contudo ainda conta com

o apoio do pai e família para gerir seu estabelecimento.

A meta estabelecida por ele de crescimento para o próximo ano é de 10% de

aumento nas vendas, isso porque segundo ele ainda não experimentaram o

funcionamento do restaurante na alta temporada. O que torna essa visão mais

otimista é que para ele o restaurante está preparado para atender e satisfazer as

necessidades tanto dos turistas quanto da população da cidade.

A empresa está dando seus primeiros passos, na avaliação do proprietário,

mesmo não possuindo conhecimentos de técnicas que venham alavancar seu

negócio, ele acredita que está dando conta do recado e que está surpreso com

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comprometimento da equipe, onde todos estão se esforçando para servir com

qualidade, agradar os clientes e conquistar seu espaço no ramo alimentício de São

Sebastião.

4.2 MISSÃO E VISÃO

Ficou constatado que no momento da coleta dos dados o restaurante Miro’s

II, ainda não possuía uma visão e missão definida. Entretanto, com as perguntas

facilitadoras, iniciaram um esboço de sua visão e missão como se pode verificar a

seguir:

Missão: “Atender as necessidades de nossos clientes, oferecendo

alimentação com qualidade e excelência no atendimento, em um ambiente

agradável, com o melhor custo/beneficio”.

Visão: “Ser referência no setor alimentício do litoral norte - SP, além de

superar as expectativas dos clientes”.

4.3 A APLICAÇÃO DA MATRIZ SWOT E BCG

Seguem as matrizes com os dados coletados bem como as estratégias

elaboradas a partir deste diagnóstico:

4.3.1 Matriz SWOT aplicada no restaurante MIRO’S II

Com relação à matriz SWOT, além da entrevista com o proprietário

(Apêndice E), foi desenvolvido um questionário que reunia 38 itens. Após a

aplicação deste questionário, estes itens foram submetidos a uma nova análise onde

cada um classificava o item, conforme suas perspectivas, se para ele era

considerado ponto forte, ponto fraco, oportunidade ou ameaça (vide Apêndice A), e

logo após sua tabulação, os 38 itens mencionados por eles ficaram assim

distribuídos:

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Figura 9 – Gráfico de distribuição para construção da matriz SWOT

Fonte: Próprio autor

Os itens foram relacionados novamente para uma segunda etapa que

consistia em classificar a intensidade ou relevância de cada item lançado (Apêndice

B). Cada funcionário pela sua perspectiva avaliou qual importância ele relaciona o

item selecionado com a situação atual da empresa estudada, numa escala de 1 a 5,

onde: 1 = não importante, 2= pouco importante, 3= neutro, 4= importante, 5= muito

importante. No dia desta próxima etapa dois funcionários estavam de folga e com

isso não participaram desta atividade. Somente sete funcionários mais o gerente

participaram desta etapa, no qual cada item poderia chegar a um total de 40 pontos.

Depois de compilados estes dados como mostra o Apêndice D, foram reduzidos

para 16 itens, colocando 4 em cada quadrante, considerados os mais relevantes em

suas categorias segundo funcionários e o próprio gestor. Nenhum dos 38 itens foi

descartado, podendo receber ações estratégicas de melhorias, mesmo após a

conclusão deste trabalho, ou no aproveitamento das oportunidades levantadas por

eles mesmos. Estes itens escolhidos são considerados por todos os mais

importantes, merecendo assim uma atenção especial por parte da análise SWOT.

Estes itens foram transcritos, conforme suas características (ponto forte,

ponto fraco, oportunidade e ameaças) na matriz SWOT e serão detalhados a seguir:

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Figura 10 – Representação gráfica da análise SWOT do restaurante Miro’s II

Fonte: Próprio Autor, adaptada de Ribeiro (2008, p.114)

4.3.1.1 Ambiente interno

Sequem informações coletadas sobre o ambiente interno que compreende os

pontos fortes e também os pontos fracos do restaurante analisado.

4.3.1.1.1 Pontos fortes

Estes são os itens considerados como pontos fortes pela empresa:

Atendimento ao cliente

Atendimento ao cliente foi considerado o maior ponto forte do restaurante,

atingindo 38 pontos dos 40 possíveis. Para o proprietário e funcionários, mesmo não

possuindo cursos ou tendo uma formação acadêmica completa, eles procuram

atender da melhor maneira possível os clientes, sendo simpáticos, prestativos,

atenciosos e oferecendo um serviço de ótima qualidade.

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Qualidade do produto

Em se tratando da qualidade do produto, foi classificado na pesquisa com alta

pontuação, praticamente se igualando ao atendimento, recebendo 37 pontos. Os

produtos oferecidos são de primeira qualidade e sabor incomparável, são produzidos

diariamente, somente com matéria prima de primeira linha, gerando satisfação e

confiança aos clientes.

Horários de funcionamento

Outro diferencial para os funcionários é poder atender os clientes todos os

dias da semana (inclusive aos domingos) com um horário compreendido entre 11:00

e 15:30hs. Para o proprietário eles são uns dos poucos restaurantes abertos no

domingo, fazendo disso um diferencial para quem está a passeio na Rua da Praia,

bem como não querer trabalhos domésticos no domingo.

Instalações físicas

Também é um atrativo, haja vista ser um empreendimento novo, possui uma

bela fachada, equipamentos novos, mesas, cadeiras, ar condicionado, TV e

banheiros higienizados, tornando o ambiente muito aconchegante e agradável.

4.3.1.1.2 Pontos fracos

A seguir serão descritos os itens considerados pontos fracos:

Capacitação de funcionários

Esse ponto recebeu uma atenção especial por conta dos funcionários,

totalizando 36 pontos. Devido à experiência de alguns, adquirida por eles ao longo

de suas vidas, puderam perceber que muito é cobrado, mas nada é investido. Eles

querem se capacitar mais nas suas atividades, porém a cidade não dispõe desses

treinamentos voltados para área alimentícia. Também o proprietário relatou da

dificuldade encontrada em relação à contratação de mão de obra especializada. Dos

concorrentes que acabam oferecendo mais vantagens para funcionários para tentar

trazê-lo ao seu estabelecimento.

Estacionamento

Ponto considerado bastante importante, já que o centro da cidade inteira

passa por esse mesmo problema. As vagas da rua da praia estão sempre lotadas e

o cliente que encontra uma vaga na rua da praia acaba muitas vezes ficando por lá.

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O proprietário alega também que devido à reforma das ruas do centro histórico,

aumentaram-se as calçadas e estreitaram-se as ruas, diminuindo ainda mais as

vagas e estacionamento, nas imediações do estabelecimento.

Desperdício

Quanto a esse tópico ficou claro que nem os funcionários e nem o proprietário

estão satisfeitos, pois segundo eles ”tem tanta gente passando fome, não dá pra

ficar desperdiçando comida”. Mesmo não tendo um nutricionista (também

considerado um ponto fraco) é planejada diariamente pelo cozinheiro a quantidade

de alimentos que será consumido, segundo a média de consumo diário, porém, em

alguns dias, devido ser um ramo bastante oscilante quanto à clientela, sobram

alimentos. Nesse caso, o que não foi consumido o proprietário autoriza alguns

funcionários a levarem para suas casas, pois no outro dia será feito tudo novamente.

Com isso acaba gerando um custo a mais para estabelecimento.

Marketing

O estabelecimento ainda não está utilizando todos os veículos de

comunicação para divulgação do estabelecimento. Apenas algumas ações pontuais

são realizadas, como anúncio em jornal, e carro de divulgação.

4.3.1.2 Ambiente externo

Sequem informações coletadas sobre o ambiente externo que compreende as

oportunidades e também as ameaças detectadas no restaurante analisado.

4.3.1.2.1 Oportunidades

Aqui estão descritos os itens considerados oportunidades:

Sazonalidade

Por se tratar de um estabelecimento novo e ainda não passaram pela alta

temporada, é considerado por todos como uma grande oportunidade, mostrar seu

potencial, quanto ao serviço e qualidade do restaurante. Este quesito recebeu uma

elevada nota (37), reforçando as expectativas de todos.

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Parcerias com empresas

Atualmente esta tem sido à procura do proprietário, como muitas empresas

novas estão se instalando em nosso município ele tem feito contatos com empresas

para ver a viabilidade de formar uma parceria. No momento o restaurante possui

parceria de duas empresas, Oceanave e Schahin.

Aumento da renda

Nessa análise foi considerada por todos que a economia está estável, que a

população teve um aumento de renda e com isso aumentou também o consumo,

podendo gastar com coisas que antes ficavam em segundo plano, como por

exemplo, alimentar-se em restaurante.

Mudanças culturais

Como mencionado no tópico anterior, muitos hábitos da população foram

mudados ao longo do tempo, com a correria do dia-a-dia, muitas pessoas já não tem

tempo de para almoçar em casa, devido ao tempo de preparo de alimentos, louças

pra lavar, entre outras que comprometem as atividades de quem trabalha fora. Cita

ainda o custo/beneficio que para ele também deve ser considerado.

4.3.1.2.2 Ameaças

Aqui estão descritos os itens considerados ameaças:

As ameaças são as chamadas forças externas em que o estabelecimento não

tem controle. Para este estudo os funcionários não classificaram muitos itens como

ameaças, ficando a cargo do proprietário considerar os mais relevantes para seu

estabelecimento.

Concorrentes

Essa é a maior preocupação do proprietário, devido ao pouco tempo de

atividade, ainda não adquiriu a confiança dos clientes, mesmo tendo já um publico

assíduo de frequentadores. Devido à acirrada disputa por clientes ele considera que

quem oferecer o melhor produto, com melhor qualidade de serviço por um preço

justo conseguirá atrair os clientes. Existem vários concorrentes num raio de 250

metros conforme mostra a tabela 1, concorrentes diretos, mesma características e

indiretos com publico diferente ou oferecendo um produto substituto, porém ele

considera o restaurante “Bem bolado” como sendo seu maior concorrente, já que

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oferecem o mesmo serviço. Ele atribui isso pelo fato dele já possuir uma clientela

estabelecida e também o tempo de atuação no mercado.

Tabela 1 - Concorrentes do restaurante Miro’s II

1 Bem Bolado

2 O cozinheiro

3 Tip top

4 Caldeirão caiçara

5 Hotel Roma

6 Araras

7 Salgado e doce lanchonete

8 Palhoça

9 Pachecão

10 Família

11 Athenas

12 Canoa

13 Scorpions

14 Miro's I Fonte: Próprio autor

Legislação

Outro fato considerado relevante, já que o proprietário sentiu na pele os

efeitos que uma legislação não cumprida pode acarretar. Foi classificado como

ameaça por conta do restaurante estar localizado em um centro histórico e existir

uma legislação que protege o patrimônio, ficando impossibilitadas várias reformas e

adequações, o que já acarretou ficar seis meses sem poder inaugurar o restaurante,

devido a uma documentação exigida pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do

Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico) para liberação da obra na

fachada. Ele teme surgir novas leis que dificultem a operação de seu

estabelecimento.

Novos entrantes

Ele relata que desde que iniciou suas atividades foram abertos três novos

restaurantes nas proximidades, mesmo não sendo com as mesmas características

isto acaba dividindo a clientela.

Falta de atrativos turísticos

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Para o gerente do estabelecimento falta iniciativa da secretaria de cultura do

município, com atrativos que fomentem o turismo na rua da praia e intermediações,

que muitos turistas vêm passar fins de semana, feriados, ou alta temporada na

cidade, acabam preferindo o comércio de Caraguatatuba ou Ilhabela para fazerem

seus passeios, em muitos casos se alimentando nessas cidades e vindo descansar

aqui em São Sebastião. Para ele é necessário iniciativas tanto da prefeitura como

também dos comerciantes para mudar esse quadro, citando ações como “Viva

centro”, que aconteceu há algum tempo no centro da cidade, por iniciativa dos

comerciantes.

4.4 O DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ SWOT NO

RESTAURANTE MIRO’S II

Sobrevivência

Os principais pontos fracos apresentados foram desperdício, falta de

estacionamento, capacitação de funcionários e marketing. Em contrapartida os

fatores externos denominados ameaças foram: concorrentes, legislações, novos

entrantes e falta de atrativos turísticos. Para solucionar os pontos fracos e fazer

frente com as ameaças dos concorrentes e também na eliminação do desperdício, o

proprietário primeiramente precisa se capacitar e capacitar seus funcionários, uma

vez que todos trabalham pelo conhecimento adquirido, sem nenhuma instrução

acadêmica ou cursos técnicos de capacitação. Foi orientado para procurar o posto

do SEBRAE, como também o CIP (Centro Integrado Profissionalizante), no bairro

Topolândia.

Quanto à falta de atratividade, foi levantada a opção de procurar a Associação

Comercial, a fim de estender o projeto já existente “viva centro” também para sua

área, uma vez que ele só engloba os estabelecimentos próximos à igreja matriz.

No que diz respeito a áreas de estacionamentos, um problema de todo centro

da cidade e também de legislação, seria necessário fazer parcerias com

estacionamentos próximos, com emissão de cupons onde o cliente receberia

descontos consumindo no restaurante, em contrapartida forneceria descontos nas

refeições para funcionários do estacionamento. Foi levantado que existem apenas 2

estacionamentos particulares nas imediações. Outra questão diz respeito à

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implantação do cartão zona azul na região central, uma vez que aumentaria a

rotatividade de veiculo e também de consumidores.

No quesito marketing, deve-se firmar parceria, com veículos de comunicação

existentes na cidade como jornais, carros de som, revistas. Outra opção seria

investir nas redes sociais através de páginas como o Facebook (já existente), ou

mesmo criando uma homepage.

Quanto aos novos entrantes, ele deve continuar a investir no marketing e

também nas promoções, uma vez que novos estabelecimentos tentam seduzir a

clientela com estes artifícios.

Manutenção

Como utilização dessa estratégia o empresário deve aproveitar o que ele tem

de melhor, aquilo que para ele é considerado o diferencial do estabelecimento, para

confrontar as ameaças. Nesse sentido é considerado como pontos fortes o

atendimento e também a qualidade dos produtos além de um extensivo horário de

funcionamento incluindo funcionamento aos domingos, atribuição que os outros não

possuem, por conta disso já adquiriram uma vantagem competitiva frente aos

concorrentes e também novos entrantes, entretanto como a ameaça também vem

por conta da falta de atrativos turísticos conseguirem estimular as pessoas a irem ao

restaurante é o desafio. Investir no marketing e também nas promoções em dias de

feriado e finais de semana seria uma saída, já que possuem um ótimo local com

instalações novas, horários e dias que atendem aos clientes além dos atributos já

mencionados.

Crescimento

Nesse momento o que é necessário fazer para tirar proveito das

oportunidades mesmo possuindo pontos fracos, é colocar a casa em ordem, reduzir

os pontos fracos ou mesmos elimina-lo. Ferrell (2009) chama este item de

recuperação, pois precisa haver uma reestruturação interna para minimizarem os

pontos considerados fracos. No caso do restaurante as fraquezas internas

selecionadas foram desperdício, estacionamento e marketing além da capacitação

dos funcionários. Complementando as das ações estratégicas propostas no quesito

sobrevivência, para diminuição do desperdício foi proposto ao proprietário a

contratação de um nutricionista, profissional que além da preparação dos cardápios,

também realizam o planejamento de consumo.

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Com relação ao crescimento foi colocado para o empresário um investimento

para aquisição de uniformes padronizados para todos os funcionários, valorizando

ainda mais o atendimento, com a percepção dos clientes de organização e higiene.

Com isso ficaria mais fácil à identificação dos funcionários dentro do restaurante e

ao mesmo tempo seria uma forma de expor o nome do restaurante, mostrando ainda

mais qualidade nos serviços prestados.

Desenvolvimento

Esta é a oportunidade que todo empresário sonha, poder colocar todos os

pontos fortes da empresa para aproveitar uma oportunidade que está surgindo. Para

o gerente do restaurante, este é o momento, pois está no início da alta temporada e

as expectativas vivenciadas por ele são das melhores, ele acredita que o restaurante

já está preparado para receber e atender bem os turistas que frequentam a cidade,

nesse período. Alega que reuniu o que há de melhor para construir um ambiente

agradável, climatizado e aconchegante com a finalidade de atender as necessidades

dos clientes. Para ele o restaurante comporta um número grande pessoas e que não

existe tempo de espera nem filas, o que agiliza o atendimento. Para tanto há a

necessidade de contratação de pelo menos 03 funcionários (um garçom, um

ajudante de cozinha e também um caixa). O empresário deve continuar buscando

parcerias com empresas da cidade, também deve entrar em contato com a área do

comércio local (lojistas, vendedores, escritórios de advocacia, academias,

supermercados), firmando parcerias individuais, onde cada cliente teria uma conta e

seus consumos seriam registrados, gerando um valor que ao final de um período

estipulado (semanal, 15/30 dias) fosse quitado, criando assim uma fidelização do

cliente, ainda que individual.

4.5 A MATRIZ BCG RESTAURANTE MIRO’S II

No que tange a análise da matriz BCG, pode-se constatar que devido ao

pouco tempo de atividade da empresa, o empresário levou em consideração as

saídas (venda e aceitação) dos produtos e o quanto de lucros isso gerava em seu

resultado final (fluxo de caixa), não considerando o crescimento de mercado nem o

calculo do seu Market Share, com relação à participação de mercado, avaliados

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52

através de seus principais concorrentes. Foi desenvolvida a matriz através de uma

análise intuitiva do empresário em que ele considera os seguintes itens:

Figura 11 - Representação gráfica da matriz BCG do restaurante Miro’s II

Fonte: Próprio autor, adaptada de Ribeiro (2008, p.107)

Ponto de interrogação: Delivery/Disk marmitex. Alimentos saudáveis

O proprietário classificou este item como uma dúvida porque para ele, o

restaurante fornece marmitex, porém é necessário o cliente fazer a retirara no

balcão. Existem alguns, ainda que poucos pedidos de entrega, mas este não é o

foco do restaurante e também não tem disponibilidade de contratação do serviço

delivery.

Sobre os alimentos saudáveis ele alega vários questionamentos de clientes

quanto á sua implantação. Porém, ainda será estudada uma possível inclusão no

cardápio.

Churrasco

Comida

por quilo

Delivery/disk marmitex Alimentos

saudáveis

Bebidas

alcoólicas

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53

Estrela: Churrasco

De acordo com o proprietário este seria o “carro chefe” do estabelecimento,

devido à alta procura dos consumidores, onde praticamente todos os clientes não

deixam de experimentar algum item da churrasqueira em suas refeições. É

considerado um produto bastante promissor. O maior problema apontado seria o

preço da carne, que segundo ele tem disparado a cada dia, fazendo com que os

lucros gerados pelo serviço sejam bem menores que o esperado.

Vaca leiteira: comida por quilo

Para o proprietário, os lucros com os alimentos vendidos por quilo, servido no

restaurante, são os que sustentam praticamente toda parte operacional da empresa,

e é deles que vem o valor para quitação das dividas, custos fixos e variáveis e

também para aquisição de equipamentos e utensílios.

Abacaxis/ pets: Bebidas alcoólicas

Ele relacionou este item devido a sua baixa procura e também porque não faz

muito o estilo do restaurante, criado para ser um ambiente mais familiar, segundo o

gerente o local possui bebidas como cerveja, vinho entre outras, porém não é

oferecido e nem estimulado o seu consumo dentro do restaurante.

4.6 O DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DE ANÁLISE DA MATRIZ BCG NO

RESTAURANTE MIRO’S II

Foi colocado para o proprietário que tanto a matriz SWOT quanto a matriz

BCG tem o enfoque de criar ações para que seja extraído o melhor de cada situação

favorável, como também se defender das situações desfavoráveis. Com relação ao

foco estratégico da matriz BCG podemos considerar:

Construção ou criar participação de mercado

Para criação de participação de mercado é sugerido o investimento na

contratação de um motoboy, para serviços de entrega das marmitex. Também

investimentos com publicidades locais, como rádio, jornais e revistas, anunciando

tanto o serviço delivery, quanto enfatizando o serviço de self-service com churrasco.

O proprietário ainda estuda a implantação de um setor de alimentos considerados

mais saudáveis, com arroz, macarrão integral, saladas, alimentos de baixas calorias.

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54

Manter a participação de mercado

Quanto à manutenção da participação do mercado, foi sugerido que se

criassem outras promoções para a fidelização dos clientes. Atualmente a empresa já

pratica uma promoção, onde a cada refeição o cliente recebe um cupom e a cada

dez cupons o cliente tem direito a uma refeição, na modalidade em que ele

consumiu (self-service ou marmitex). Também foram colocados outros tipos de

ações como, por exemplo, descontos em dia de aniversários dos clientes ou ainda

em dias da semana com menor movimento oferecer refeição com um valor

diferenciado.

Colheita

Essa estratégia de colheita já está em desenvolvimento pelo proprietário, pois

como mencionado anteriormente os recursos gerados a partir de produto estrela e

produto vaca leiteira já são aplicados tanto em pontos de interrogação como também

no produto considerado estrela.

Desinvestir

O proprietário já anunciou que está procurando formas para desinvestir,

colher seu produto considerado abacaxi, nesse caso as bebidas alcoólicas. Devido à

baixa procura, sugere-se criar promoções ou rodadas de alimentos com

determinados pratos, nos quais vinhos e cervejas sejam mais consumidos. E

somente em último caso ele deve optar pela retirada dos produtos do portfólio, já

que ainda existe certa resistência devido à reação de alguns consumidores desses

produtos.

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55

5. CONSIDERAÇOES FINAIS

Conforme resultados obtidos durante esse trabalho, pode-se perceber a

necessidade do empresário em querer superar as expectativas dos seus clientes,

contudo ele deve conhecer o cenário em que está envolvido e ficar atento às

mudanças do ambiente externo. Seus recursos (pontos fortes) como também suas

limitações (pontos fracos) que são forças controladas por ele dentro da empresa,

devem estar em constante avaliação, pois são delas que é possível tirar proveito de

uma oportunidade, ou se precaver de uma ameaça. Para tal, as ferramentas aqui

aplicadas são de importante valia nesses momentos. Uma análise SWOT bem

elaborada atrelada a uma análise BCG, com o comprometimento da equipe de

trabalho, ajuda o empresário a tomar decisões estratégicas, que por sua vez servem

para alavancar o negócio ou acenar para uma possível reestruturação do negócio.

No caso da empresa estudada, pode-se perceber que tanto o empresário

quanto seus funcionários não possuem muitas informações com relação ao

planejamento estratégico, que muitos termos utilizados nesse contexto foram por

todos de difícil interpretação. Também o comprometimento da equipe de trabalho

para o preenchimento das planilhas que serviram para elaborar a matriz SWOT, foi

abaixo do esperado, com pouco envolvimento e interesse por parte de todos.

Contudo esta pesquisa serviu para o empresário analisar seu negócio e também sua

equipe.

Por ser uma empresa nova, apenas quatro meses de atividades, foi

identificado que a empresa não realizou um plano de negócio para sua abertura,

nem um planejamento estratégico. O proprietário decidiu empreender por

necessidade, acreditando na sua competência e também na tendência do mercado.

Não foram abordados inicialmente na abertura da empresa, temas importantes como

Missão e Visão, estes já esboçados conforme apresentados no item 4.2 deste

trabalho. Também foi sugerido ao empresário buscar orientações relacionadas a

empreendedorismo, custos, fluxo de caixa, gerência, liderança e outros temas

empresariais no posto SEBRAE de São Sebastião.

Com relação à análise SWOT, no ambiente externo o estudo mostra que o

estabelecimento está conseguindo enfrentar as ameaças por eles detectadas, e

espera um aceno de mercado quanto ao surgimento das oportunidades. O

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empresário acredita que a principal oportunidade será o movimento de pessoas na

Rua da Praia devido a alta temporada na cidade, como também na busca por

parceiras com outras empresas. Quanto às ameaças, ele classifica o número de

concorrentes como sendo a principal preocupação. Com relação ao ambiente

interno, o empresário acredita que, até o momento, tem superado as expectativas

por ele lançadas no início do projeto de abertura do restaurante. Para ele o cenário

econômico contribuiu bastante para realização do que ele considera sucesso até

aqui. Os seus principais pontos fortes são o atendimento ao cliente e a qualidade

dos produtos e os principais pontos fracos apontados foram o desperdício de

alimentos e também a escassez de vagas de estacionamento no centro da cidade.

Com relação à análise BCG, devido o proprietário não possuir os devidos

dados, não foi levado em conta a participação relativa no mercado nem a taxa de

crescimento dos produtos, ficando somente a cargo das entradas e saídas dos

produtos bem como sua aceitação pelos clientes. O que se pode perceber é que

mesmo numa visão holística por parte do proprietário, alguns itens realmente se

enquadraram na planilha e receberam alguma orientação estratégica para aplicação

no portfólio de produtos.

Diante das dificuldades mostradas no estudo, em relação à área alimentícia,

torna-se imprescindível à adoção de políticas de treinamento com qualificação

gerencial e administrativa dos empresários e gestores. No qual contribuirá para um

planejamento estratégico efetivo, aumentando a lucratividade e consequentemente

aumentando a rentabilidade, reduzindo dessa maneira a taxa de falência de

empreendimentos com poucos anos de operação.

Conclui-se que os objetivos traçados para a realização deste trabalho foram

atingidos. Que a hipótese foi confirmada e que para os problemas apontados foram

elaboradas soluções estratégicas, possíveis de serem aplicadas. Conclui-se também

que existem diversas outras ferramentas do planejamento estratégico, que somente

estas duas ferramentas estratégicas, não são suficientes para todas as tomadas de

decisões de uma empresa, mas que já dão sustentação para a aplicação das

demais, cabendo o gestor além de identificar, escolher o melhor método de

aplicação, para obtenção de resultados positivos, a fim de criar vantagens

competitivas para uma empresa.

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REFERÊNCIAS

AMBRÓSIO, A.; AMBRÓSIO, V. A Matriz BCG passo a passo. Revista da ESPM, São Paulo, v. 12, ano II, 2005. Disponível em <http://acervo-digital.espm.br/revista_da_espm/2005/jul_ago/a_matriz_bcg.pdf>. Acesso em 26 out. 2014 FERRELL, O. C; HARTLINE, M. D. Estratégia de Marketing. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. GHEMAWAT, P.; RIVKIN, J. W. A Estratégia e o cenário de Negócios. Porto Alegre: Bookman, 2007. KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo, Atlas, 1993. LAS CASAS, A. L. Plano de Marketing para Micro e Pequena Empresa. Atlas, 2009. LIMA, M. et al. Gestão de Marketing. Rio de Janeiro: FGV, 2007. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisas: Planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 2012. MATTAR, F. N.. Pesquisa de Marketing: metodologia, planejamento. São Paulo: Atlas, 1999. OLIVEIRA, D. P. R. de . Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e prática. São Paulo: Atlas, 2006. ________, D. P. R. de . Manual de avaliação de empresas e negócios. São Paulo: Atlas, 2004. RAMPAZZO, L. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. São Paulo: Loyola, 2005.

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RIBEIRO, R. V. Estratégia Empresarial. Curitiba: IESDE, 2008. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007. SILVA, H. H. C. et al. Planejamento estratégico de marketing. São Paulo: FGV, 2006. WRIGHT, P. L. et al. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas 2007.

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APÊNDICE A Planilha 1 - aplicada no segundo contato, para avaliação SWOT:

1 Atendimento ao cliente

2 Atrativos turisticos

3 Aumento da renda4 Capacitação dos Profissionais ( treinamentos)

5 Cardápio

6 Comunicação interna

7 Concorrência

8 Controle financeiro

9 Custo dos ingredientes (possibilitando um preço competitivo)

10 Delegação de responsabilidades

11 Desperdício

12 Despesas fixas

13 Divulgação e planejamento de marketing

14 Economia estabilizada

15 Equipe de trabalho (motivação)

16 Estacionamento

17 Experiência no setor

18 Fachada do restaurante 

19 Formas de pagamento

20 Fornecedores

21 Habilidade técnica de produção (experiência do cozinheiro)

22 Horários e dias de funcionamento

23 Inovação

24 Instalações (estruturas físicas)

25 Legislação

26 Localização

27 Mudanças culturais28 Novos entrantes

29 Número de funcionários

30 Parceria com empresas

31 Postura empreendedora

32 Preço praticado

33 Produtos substitutos

34 Qualidade do produto

35 Recursos financeiros para investimento

36 Sazonalidade( alta e baixa temporada)

37 Segurança

38 Taxas de aluguel

Itens a serem avaliados

Como voce classifica este item

ObservaçõesPonto

forte

Ponto

fraco

Oportuni

dadeAmeaça

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APÊNDICE B Compilação da planilha 1:

1 Atendimento ao cliente 10

2 Atrativos turisticos 2 2 6

3 Aumento da renda 3 1 6

4 Capacitação dos Profissionais ( treinamentos) 8 2

5 Cardápio 8 2

6 Comunicação interna 4 6

7 Concorrência 1 9

8 Controle financeiro 7 1 1

9 Custo dos ingredientes (possibilitando um preço competitivo) 1 7 2

10 Delegação de responsabilidades 8 2

11 Desperdício 9 1

12 Despesas fixas 1 8 1

13 Divulgação e planejamento de marketing 1 7 2

14 Economia estabilizada 1 7 2

15 Equipe de trabalho (motivação) 8 2

16 Estacionamento 7 3

17 Experiência no setor 3 6 1

18 Fachada do restaurante  8 1 1

19 Formas de pagamento 7 2 1

20 Fornecedores 2 1 7

21 Habilidade técnica de produção (experiência do cozinheiro) 7 3

22 Horários e dias de funcionamento 8 2

23 Inovação 2 2 6

24 Instalações (estruturas físicas) 8 1 1

25 Legislação 1 2 7

26 Localização 2 6 1 1

27 Mudanças culturais 1 7 2

28 Novos entrantes 2 1 7

29 Número de funcionários 2 7 1

30 Parceria com empresas 2 7 1

31 Postura empreendedora 7 2 1

32 Preço praticado 7 3

33 Produtos substitutos 1 1 2 6

34 Qualidade do produto 10

35 Recursos financeiros para investimento 1 7 2

36 Sazonalidade( alta e baixa temporada) 9 1

37 Segurança 3 6 1

38 Taxas de aluguel 3 7

Itens a serem avaliados

total de

Ponto

forte

Ponto

fraco

Oportuni

dadeAmeaça

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APÊNDICE C Planilha 2 - aplicada no terceiro contato, após a compilação dos dados da planilha 1. Visa classificar o item quanto sua intensidade e relevância.

1 Atendimento ao cliente x

2 Cardápio x

3 Controle financeiro x

4 Equipe de trabalho (motivação) x

5 Fachada do restaurante  x

6 Formas de pagamento x

7 Habilidade técnica de produção (experiência do cozinheiro) x

8 Horários e dias de funcionamento x

9 Instalações (estruturas físicas) x

10 Postura empreendedora x

11 Preço praticado x

12 Qualidade do produto x

13 Capacitação dos Profissionais ( treinamentos) x

14 Comunicação interna x

15 Custo dos ingredientes (possibilitando um preço competitivo) x

16 Delegação de responsabilidades x

17 Desperdício x

18 Despesas fixas x

19 Divulgação e planejamento de marketing x

20 Estacionamento x

21 Experiência no setor x

22 Localização x

23 Número de funcionários x

24 Recursos financeiros para investimento x

25 Segurança x

26 Parceria com empresas x

27 Aumento da renda x

28 Economia estabilizada x

29 Inovação x

30 Mudanças culturais x

31 Sazonalidade( alta e baixa temporada) x

32 Atrativos turisticos x

33 Concorrência x

34 Fornecedores x

35 Legislação x

36 Novos entrantes x

37 Produtos substitutos x

38 Taxas de aluguel x

Legendas para intensidade : 1 = não importante 2= pouco importante 3= neutro, 4= importante 5= muito importante

5ObservaçõesItens a serem avaliados

Como voce classifica este item Intensidade

Ponto

forte

Ponto

fraco

Oportuni

dadeAmeaça 1 2 3 4

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APÊNDICE D

Compilação dos dados da planilha 2: seleção dos 16 elementos que compõem a matriz SWOT no item 4.3.1.

1 2 3 4 5 6 7 8

1 Atendimento ao cliente x 5 5 5 5 5 4 4 5 38

2 Cardápio x 2 3 3 3 2 2 2 3 20

3 Controle financeiro x 3 2 2 3 2 2 3 3 20

4 Equipe de trabalho (motivação) x 3 3 3 4 4 3 2 3 25

5 Fachada do restaurante  x 2 3 3 3 3 3 1 4 22

6 Formas de pagamento x 4 3 3 3 3 3 2 4 25

7 Habilidade técnica de produção (experiência do cozinheiro) x 2 2 3 2 3 3 2 4 21

8 Horários e dias de funcionamento x 4 4 4 4 3 4 3 5 31

9 Instalações (estruturas físicas) x 4 3 3 4 4 5 4 5 30

10 Postura empreendedora x 3 3 3 4 3 3 3 4 26

11 Preço praticado x 2 3 3 3 3 2 3 3 22

12 Qualidade do produto x 5 4 5 5 5 4 4 5 37

13 Capacitação dos Profissionais ( treinamentos) x 4 4 5 4 5 4 4 5 36

14 Comunicação interna x 4 3 3 3 4 3 3 3 27

15 Custo dos ingredientes (possibilitando um preço competitivo) x 2 3 4 3 3 3 3 4 25

16 Delegação de responsabilidades x 2 3 3 3 3 2 3 3 22

17 Desperdício x 4 4 4 4 4 3 3 4 30

18 Despesas fixas x 3 3 4 3 3 4 3 4 27

19 Divulgação e planejamento de marketing x 4 3 3 3 4 4 4 5 30

20 Estacionamento x 3 3 4 4 4 3 3 4 28

21 Experiência no setor x 3 2 2 3 3 3 3 4 23

22 Localização x 3 3 3 3 4 3 3 4 26

23 Número de funcionários x 4 4 2 3 4 3 3 4 27

24 Recursos financeiros para investimento x 2 2 3 3 3 3 3 4 23

25 Segurança x 3 3 3 3 3 2 2 4 23

26 Parceria com empresas x 3 4 4 4 4 4 4 5 32

27 Aumento da renda x 3 3 4 3 4 4 3 4 30

28 Economia estabilizada x 2 3 3 2 3 3 3 4 23

29 Inovação x 2 2 3 2 3 3 2 4 21

30 Mudanças culturais x 3 3 3 4 4 3 3 4 27

31 Sazonalidade( alta e baixa temporada) x 5 5 3 5 5 5 4 5 37

32 Atrativos turisticos x 3 3 3 3 3 3 3 5 26

33 Concorrência x 5 4 3 4 5 4 5 5 35

34 Fornecedores x 3 3 3 3 3 3 3 4 25

35 Legislação x 3 3 3 3 4 4 4 5 29

36 Novos entrantes x 3 3 3 2 3 3 4 4 25

37 Produtos substitutos x 3 3 2 3 3 3 3 3 23

38 Taxas de aluguel x 3 3 2 2 3 2 2 3 20

notas atribuidas funcionários e

gerenteItens a serem avaliados

Como voce classifica este item

Total de pontosPonto

forte

Ponto

fraco

Oportuni

dadeAmeaça

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APÊNDICE E

ENTREVISTA APLICADA AO PROPRIETÁRIO FATEC São Sebastião - Curso: Gestão Empresarial

Tema “FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Aplicabilidade das matrizes SWOT e BCG no restaurante Miro’s II em São Sebastião/ SP”

Empresa: Restaurante Miro’s II

Município: São Sebastião/ SP

Contato: Everton Henrique Sales Fernandes

1- Histórico da empresa

Inauguração em 01/07/2014. O projeto foi elaborado desde novembro de 2013.

Condephaat paralisou a obra por falta de laudos para mudança da fachada.

Restaurante é localizado em uma área do município considerada patrimônio

histórico.

Proprietário fez um investimento de R$400.000 (quatrocentos mil reais) para

reforma, compra de equipamentos e móveis. Investimento conseguido através de

empréstimos com bancos privados. Em abril de 2014 foi resolvido o problema dos

laudos e a obra prosseguiu.

Imóvel locado direto com o proprietário, onde pagou aluguel durante seis meses sem

poder fazer nada no local. Restaurante serve comida por quilo e marmitex.

2- Porte da empresa

( x ) Micro ( ) Pequena ( ) Média ( ) Grande

3- Atividade

( x ) Comércio ( ) Indústria ( ) Prestação de Serviço

4- Tempo de atividade

( x ) 0 a 3 anos ( ) 4 a 5 anos ( ) mais de 5 anos

5- Tipo de empresa

( ) Familiar ( x ) individual ( ) Sociedade ( ) Outros: ____________________________

6- Quantidade e funções dos funcionários:

10 funcionários - 02 cozinheiro - 02 ajudante de cozinha - 1 churrasqueiro – 02

garçons - 01 caixa - 01 ajudante geral/copa - 01 gerente que é o proprietário do local

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7- Qual a missão da empresa? Informe se ela tem conseguido atingir sua missão com o

planejamento estratégico definido.

Atender bem os clientes;

Oferecer alimento de qualidade e preço justo;

Manter ambiente agradável e confortável.

Sim, tem conseguido atingir os objetivos.

8- Qual a visão da empresa? Informe se ela tem conseguido atingir sua visão com o

planejamento estratégico definido.

Superar as expectativas dos clientes; Ser o melhor restaurante do litoral Tem conseguido os objetivos.

9- A empresa foi constituída com:

( ) Capital Próprio ( ) Capital de Terceiros ( x ) Ambos

10- Como é administrada sua empresa:

( x) Decisão centralizada pelo sócio proprietário

( ) Decisão coletiva – Sócio proprietário e Gerentes

( ) Decisão coletiva – Sócio proprietário, Gerentes e Funcionários

11- Sua empresa elabora e aplica o planejamento estratégico?

( x ) Sim ( ) Não

12- Se negativo, por quê? Estaria disposto a implantar um plano estratégico em sua

empresa?

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

13- Se afirmativo, informe a periodicidade em que é elaborado:

( x) Menos de um ano

( ) De um a dois anos

( )De dois a três anos

( ) Mais de três anos

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65

14- Em relação ao período, o planejamento é feito para:

( ) menos de um ano

( x) de um a dois anos

( ) de dois a cinco anos

( ) mais de cinco anos

15- De que forma é feito o acompanhamento e cumprimento das metas do

planejamento estratégico, e em que período isto acontece?

Diário, sempre propondo melhorias.

16- Como você a avalia o resultado da aplicação das metas de planejamento

estratégico, e qual a sua dificuldade de controle e implementação destas metas na

empresa?

Esta excelente, mas é preciso melhorar, pois os clientes são muito exigentes.

Dificuldade: lidar com pessoas, funcionários e cumprir prazos

17- A empresa tem uma equipe responsável pela aplicação e acompanhamento das

metas estipuladas no planejamento estratégico?

(x ) Sim ( ) Não

18- Se positivo, informe o cargo/função do(s) responsável (eis) pela aplicação,

acompanhamento e controle das metas no plano:

Gerente responsável: Everton Henrique

19- Cite alguns pontos fortes, no seu entendimento, que sua empresa tem, frente aos

seus concorrentes.

Qualidade dos produtos;

Equipe de trabalho;

Atendimento ao cliente;

Instalações físicas

20- Cite alguns pontos fracos, no seu entendimento, que sua empresa tem, frente aos

seus concorrentes.

Estacionamento

Despesas fixas

Localização

Desperdício de materiais.

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21- Cite as ameaças que sua empresa pode sofrer, incluindo concorrentes, estabilidade

econômica, normas governamentais, etc.

Concorrentes com ideias novas tipo “Tempero maneiro”

Falta de atrações turísticas na rua da praia e também no centro;

Lei (carga tributaria)

Novos restaurantes dividindo a clientela (mais três novos)

22- Cite as oportunidades que sua empresa vislumbra para um futuro próximo, frente

aos seus concorrentes, estabilidade econômica, normas governamentais, etc.

Parecerias com empresas

Temporada (alta)

23- Qual produto/serviço pode ser considerado gerador de caixa (principal) para a

empresa? Por quê? (alta participação no mercado e um crescimento real lento de vendas)

Comida por quilo (self-service)

Boa saída e rentável.

24- Qual produto/serviço pode ser considerado estrela para a empresa? Por quê?(

participação relativa no mercado alta e crescimento de vendas alto)

Churrasco “carro chefe” do restaurante;

Bem procurado.

25- Qual produto/serviço pode ser considerado ponto de interrogação para a empresa?

Por quê? (elevada taxa de crescimento de vendas e participação relativa no mercado ainda muito baixa)

Entrega – marmitex – falta entregador.

Inclusão de alimentos saudáveis – elaborar cardápio.

26- Qual produto/serviço pode ser considerado abacaxi para a empresa? Por quê?(baixa

participação relativa no mercado e baixa taxa de crescimento de vendas.)

Bebidas alcoólicas – baixa procura.

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27- Informe algumas ações que, no seu entendimento, ainda deveriam ser aplicada na

sua empresa para melhorar o resultado econômico e financeiro.

(x) aumento das vendas

( ) maior disponibilidade de matéria-prima para sua empresa

(x) reduzir custos operacionais

(x) disponibilidade de mão-de-obra especializada

( ) obtenção de recursos financeiros para investimento com taxas e prazos acessíveis.

( ) recursos financeiros para capital de giro.

( ) normas governamentais mais rígidas sobre inadimplentes.

(x) revisão da carga tributária no país.

( ) outras

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OBSERVAÇÕES:

Maior concorrente: restaurante Bem Bolado.

Parceria com empresas: Oceanave e Schahim.

Capacidade do restaurante: 80 pessoas.

Atende por volta de 130 pessoas diariamente.

Aberto de segunda a domingo das 11:00 as 15:30h.

Preço; R$ 35,90 kg e marmitex R$13.00 e R$15,00 – retirar no local.

Pagamento realizado com cartão: 80%.

Sistema Athos- próprio para restaurantes, consumo é lançado em comanda

eletrônica.

Próprio gerente compra insumos e mátrias primas, paga fornecedores, faz serviços

de banco e paga funcionários.

Meta para o próximo ano é de 10% a mais do volume de vendas por conta da alta

temporada.

Retorno do investimento previsto para 3 anos.

Proprietário não realizou plano de negócios para abertura, não procurou Sebrae.

Baseou-se no pai que já possui um restaurante no centro da cidade, contudo afirma

não existir rivalidade entre eles pois o publico é diferente.

Única propaganda é um anúncio lançado no jornal chamado ancoradouro.

Pretende contratar para alta temporada, não pelo PAT.

Proprietário não possui nível universitário nem os funcionários.

Cada cliente consome em média R$15 á R$16,50 na modalidade self-service.

Faz promoção onde cada 10 refeições ganha uma.

Aberto sábado, domingos e feriados.

Endereço; Rua General Ozório, 33 – centro.

CNPJ:181773870001/11.

Telefone contato: 12 38924235.