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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
Clínica Médica de Felinos
Criptococose em Felinos
Relato de caso
Mary’Anne Rodrigues de Souza
São Paulo / SP - 2016
Mary’Anne Rodrigues de Souza
Criptococose em Felinos:
Relato de caso
Monografia apresentada como requisito para a conclusão do Curso de Pós-Graduação,
Especialização em Clínica Médica de Felinos, do
Centro de Estudos Superiores de Maceió, da Fundação Educacional Jayme de Altavila,
orientada pelo Prof. Dr. Emerson Israel Mendes
São Paulo /SP
2016
Mary’Anne Rodrigues de Souza
Criptococose em Felinos:
Relato de caso
Monografia apresentada como requisito para a conclusão do Curso de Pós-Graduação,
Especialização em Clínica Médica de Felinos, do
Centro de Estudos Superiores de Maceió, da Fundação Educacional Jayme de Altavila,
orientada pelo Prof. Dr. Emerson Israel Mendes
São Paulo/SP, _______ de __________________ de 20___
Dr. Emerson Israel Mendes
São Paulo / SP
2016
Dedico este trabalho a minha família e a todos os gatos.
AGRADECIMENTOS
O que seria de nossas vidas se não fossem os sonhos? E o que seria do sonho se se não
fossem as pessoas que apoiam sua realização? Pois é, em função dessas questões eu inicio
agradecendo a Deus que me permite sonhar e mais que isso alcançar.
Aos meus pais que apoiam todos os sonhos que eu invento, e assim colhem as
consequências daquilo que me ensinaram: “Sonho que se sonha só, é só um sonho. Sonho que
se sonha junto é realidade”.
Agradecer ao meu eterno bebê grande, que torna minha vida mais cheia de amor.
Perdoe a ausência de mamãe, foi sempre plantando para colhermos no futuro juntos.
Bruno Gois, na estrada da vida esteve sempre me ajudando de alguma forma, quer seja
ouvindo quer seja sonhando junto.
A Minha tia Maria Elci e minha prima Fabiana Barbosa, pelo acolhimento e carinho
que com me receberam em sua casa.
Ao meu orientador Emerson Israel Mendes, por confiar em mim e por aceitar
desenvolver este trabalho.
A equipe da Faculdade Pio Décimo formada pelo profº Msc. Leonardo Alves de
Farias, aos alunos Kely dos Santos Coutinho, Leila Pires Camargo, Sávio Junior de Carvalho
Coelho pelo suporte na realização desde trabalho, sem vocês com certeza seria impossível
finalizar com louvor. E a própria faculdade pelo apoio estrutrural.
A dona Madalena pelo exemplo de humanidade e compaixão aos animais e ao Kiko
(Paciente) por ter sido sempre tão bonzinho e paciente.
A Aline Santana Hora uma das pessoas mais incríveis eu conheci nesta jornada, jamais
poderia deixar de citá-la, muito obrigada pela disponibilidade, finalizo esse ciclo te
admirando mais ainda, muito obrigada por tudo.
A todo corpo de funcionários da Equalis o meu respeito e agradecimento pois são
pessoas dedicadas, responsáveis e atenciosas.
“Escolha um trabalho que você ame e não terás que
trabalhar um único dia em sua vida.”
Confúncio
RESUMO
A criptococose é uma infecção fúngica bastante encontrada em gatos, por se tratar de
um fungo oportunista, ocorre na maioria das vezes em animais imunosuprimidos. Tem caráter
zoonótico e seu agente etiológico pode ser encontrado em excretas de aves, principalmente de
pombos, o que torna esses animais importantes reservatórios da doença. Objetivou-se neste,
relatar um caso de criptococose em um gato, diagnosticado por meio citologia e
histopatologia. Após o diagnóstico foi instituído o tratamento com itraconazol, contudo não
houve melhora clínica o que suscitou na indicação do uso de fluconazol, que logo após um
mês de uso foi possível observar a regressão dos sinais clínicos ao longo do tratamento.
Palavras Chaves: tratatamento; fluconazol; itraconazol; gato;
Keywords: treatment; fluconazole; itraconazole; cat
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Página
IMAGEM
1
Notar a presença de lesões ulceras em face (1A) e região
dorsal no felino(1B)
21
IMAGEM
2
Fotografia da lâmina de CAAF, pode-se notar macrófagos
contendo em seu interior grande quantidade de leveduras
redondas com halo periférico compatível com Criptococcus sp.
Presença de leveduras a nível extracelular, assim como poucos
linfócitos e neutrófilos.
22
IMAGEM
3
A e B: Fotografia tirada após 30 dias do inicio do uso do
itracozanol, notar que não houve melhora clínica
23
IMAGEM
4
Fotografia tirada após 30 dias do inicio do uso do
itracozanol, notar que não houve melhora clínica
23
IMAGEM
5
Fotografias tiradas após o segundo mês de tratamento,
quando notou-se que o animal começou a não responder ao
tratamento.
24
IMAGEM
6
Fotografia tirada durante o segundo mês do uso do
fluconazol, notar a remissão inicial das lesões
25
IMAGEM
7
Fotografia tirada durante o 3º mês de uso do fluconazol,
notar evolução benéfica do quadro, com remissão quase que
total das lesões.
25
IMAGEM
8
Fotografia do exame radiológico sem evidência de
alterações.
26
IMAGEM
9
Nestas imagens já se pode notar a cicatrização total das
lesões.
26
LISTA DE ABREVIATURAS
SNC Sistema nervoso central
Mm micrômetro
Cm centímetro
LCR Liquido cefalo raquidiano
Ml microlitro
CAAF citologia aspirativa por agulha fina
Mg Miligrama
Kg Kilograma/kilo
FIV Imunodeficiência viral felina
FeLV Leucemia viral felina
VO Via oral
SC Via de administração subcutânea
SID Uma vez ao dia
SUMÁRIO
Página
1.Introdução.......................................................................... 11
2.Revisão de literatura................................................... 12
2.1 Etiologia e epidemiologia.......................................................................... 12
2.2 Transmissão e patogênia............................................................................. 13
2.3 Sinais clínicos............................................................................................. 14
2.4 Diagnóstico.................................................................................................. 15
2.5 Diagnóstico diferencial............................................................................... 18
2.6 Tratamento.................................................................................................. 18
2.7 Prognóstico.................................................................................................. 19
2.8 Aspectos zoonóticos e prevenção ............................................................... 19
3. Relato de caso............................................................................................... 21
4.Discussão....................................................................................................... 27
5.Considerações finais...................................................................................... 29
6.Referências.....................................................................................................
30
11
1.INTRODUÇÃO
A criptococose é uma micose sistêmica, causada pela levedura Cryptococcus
neoformans que acomete homens e animais. O fungo é encontrado em todos os
continentes, com exceção das regiões polares e vive como saprófita no solo, frutas,
tecidos, secreções (como leite de vaca), excreções de animais e homem (OLIVEIRA,
1997).
As leveduras e/ou basidiósporos do fungo são inalados pelos felinos e atingem,
preferencialmente, o trato respiratório superior, podendo produzir infecção pulmonar.
Algumas vezes ocorre a disseminação no sistema nervoso central (STEPHEN et. al.,
1998). A infecção respiratória em gatos domésticos provoca sinais clínicos como espirro,
descarga nasal serosa ou sanguinolenta, deformidade e oclusão nasais, rinite e sinusite.
Em aproximadamente 40% dos casos pode haver envolvimento cutâneo, com a
ocorrência de pústulas, nódulos, úlceras e abscessos (KERL, 2003)
A síndrome cutânea ocorre preferencialmente nos gatos, sendo pouco comum em
cães. As lesões estão localizadas principalmente na pele da cabeça e pescoço dos gatos e
cursam com as lesões cutâneas observadas correspondem a erosões e ulcerações, as quais
podem ser nasais, linguais, palatinas, gengivais, labiais, podais e no leito ungueal
(LARSSON et al., 2003; MARCASSO et al., 2005)
O diagnóstico definitivo da criptococose é baseado e demonstração citológica,
histopatológica e ou em cultura de microorganismo (RASKIN e MEYER, 2003;
MEDLEAU e HNILICA, 2003; NELSON e COUTO, 2006; GALIZA, et al. 2014), bem
como, outras técnicas de diagnóstico como a sorologia (MEDLEAU e HNILICA, 2003,
p.55).
O tratamento é realizado com determinados triazóis, como o itraconazol e o
fluconazol que apresentam alta disponibilidade quando administrados por via oral e boa
penetração no sistema nervoso central, entretanto a utilização desses fármacos ainda não
foi amplamente testada, sendo desconhecido o tempo de tratamento necessário bem como
seus efeitos colaterais (PEREIRA e COUTINHO, 2003).
12
2.REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Etiologia e epidemiologia
O cryptococcus neoformans é um organismo leveduriforme, de 3,5 a 7.0 μm e de
distribuição mundial (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55; NELSON e COUTO, 2006,
p.1249; PINTO, 2010, p.7). Possuem uma cápsula polissacarídea espessa e se reproduz
por um brotamento de base estreita (NELSON e COUTO, 2006, p.1249; GALIZA, et al.
2014, p.249), capaz de produzir melanina, o que é um fator que permite a diferenciação
deste de outros agente fungicos leveduriformes que afetam animais domésticos
(GALIZA, et al.2014, p.249).
Trata-se de um saprófita ambiental (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55), que por
sua vez tem ocorrência associada à presença de excreções de pássaros (C. neoformans,
var. neoformans) e árvores de Eucaliptus (C. neoforman var. gatti) (NELSON e COUTO,
2006, p.1249). As espécies patogênicas do gênero Cryptococcus atualmente são
classificadas em duas: C. neoformans e C. gatti, observa-se que tanto C. neoformans
quanto C. gattii, podem reproduzir-se assexuadamente. Ambas as espécies foram
classificadas em cinco sorotipos, mediantes sorotipagem baseada do polissacarídeo que
compõe a cápsula dessa levedura: Cryptococcus neoformans (sorotipos A, D e o híbrido
AD) de distribuição cosmopolita e encontrada com facilidade em hábitat de pombos
(Columba spp.), e Cryptococcus gattii (sorotipos B e C) (OHKUSU et. al. 2002).
Felinos de todas as idades podem ser infectados, na maior parte dos casos os
machos são mais acometidos (NELSON e COUTO, 2006, p.1249), é uma doença mais
frequente em gatos do que em cães (PETRAGLIA, 2008, P.11), como pôde ser evidenciado
num estudo realizado por Galiza et al. (2010, b, p.5), onde foram diagnosticados 11 casos
de criptococose, sendo dez casos em animais de companhia e um caso em um equino.
Nos animais de companhia, sete casos foram em gatos e três em cães.
13
2.2 Transmissão e patogênia
C. neoformans é reconhecido como um patógeno intracelular facultativo, (VOELZ
e MAY, 2010, p.843), somente ele é capaz de produzir infecções oportunistas (BARTH
et al., 2008). Via de regra a forma de contaminação se dá pela inalação, uma vez no trato
respiratório, o fungo se dissemina para sítios extrapulmonares por via hematógenea,
como por exemplo a infecção do sistema nervoso central SNC, o qual ele atinge através
da extensão da placa cribiforme da cavidade nasal (NELSON e COUTO, 2006, p.1249).
A cápsula polissacarídea do organismo inibe a função celular plasmática,
fagocitose, migração leucocitária e opsonização, potencializando a infecção (NELSON e
COUTO, 2006, p.1249).
O fato de ser intracelular facultativo fornece a ele um nicho para escapar dos
mecanismos imunes do hospedeiro, como por exemplo, o sistema complemento e
anticorpos (VOELZ e MAY, 2010, p.843). De maneira geral a imunidade neste tipo de
infecção é mediada por células, indivíduos com resposta incompleta não conseguem
remover completamente o organismo, resultando assim em reações granulomatosas
(NELSON e COUTO, 2006, p.1249). Ademais, pesquisas revelam que o fungo vem
desenvolvendo uma vasta gama de mecanismos para se adaptar ao nicho intracelular e
neutralizar a resposta imune do hospedeiro (VOELZ e MAY, 2010, p.843)
Condições imunossupressoras preexistentes são documentadas em 50% das
pessoas com criptococose, e tem sido documentada em caninos e felinos, neste último
ocorre a evidência sorológica de coinfecção com o vírus da leucemia felina ou da
imunudeficiencia felina, condições já reconhecidas como potencialmente supressoras,
além de histórico da administração de corticosteroide. Nos caninos associa-se a
ocorrência em 10 % dos casos ao fato de animal estar acometido por erliquiose,
dirofilariose e neoplasia (NELSON e COUTO, 2006, p.1249).
14
2.3 Sinais clínicos
A criptococose é popularmente conhecida como “ nariz de palhaço”, uma vez que
nos gatos o fungo produz uma lesão na cavidade nasal caracterizada pelo aumento da
narina e vermelhidão. Trata-se de uma micose sistêmica e pode acometer diversos
sistemas, sendo mais comum as alterações a nível de trato respiratório, tegumentar e
nervoso, assim ensejando em inúmeros sinais e sintomas (PETRAGLIA, 2008).
A forma mais comum e mais relatada é a infecção da cavidade nasal, com
espirros, corrimento nasal (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55; NELSON e COUTO,
2006, p.1249), massa nasal e/ou edema subcutâneo nasal firme (MEDLEAU e HNILICA,
2003, p.55). O corrimento nasal pode ser uni ou bilateral, variando de seroso a
mucopurulento e geralmente contem sangue. Lesões granulomatosas a partir das narinas
externas, deformidade facial, acima da ponte do nariz e lesões ulcerativas no plano nasal
são comuns. Linfadenopatia mandibular é detectada na maioria dos felinos com rinite. A
nasofaringe é o sitio primário de desenvolvimento em alguns felinos e caninos infectados,
resultando em roncos e estertores como sinais clínicos predominantes (NELSON e
COUTO, 2006, p.1249).
Apresentam massas pequenas cutâneas ou subcutâneas, com cerca de 1,0 com
sendo estas firmes e flutuantes e que pode ulcerar, quando isso ocorre, há drenagem de
liquido seroso (NELSON e COUTO, 2006, p.1249). Essas massas podem ser únicas ou
múltiplas (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55; NELSON e COUTO, 2006, p.1249)
indolores (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55; GALIZA, et al. 2010, b, p.5).
Quando há disseminação da doença a nível ocular podem ser observadas pupilas
fixas e dilatadas, cegueira (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55), uveíte anterior,
coriorretinite ou neurite óptica, luxação das lentes, glaucoma são sequelas comuns.
Lesões da corioretinite podem ser pontuais ou extensas; em alguns felinos ocorre
deslocamento retinal supurativo (NELSON e COUTO, 2006, p.1249).
Os sinais nervosos da doença são resultantes da meningoencefalite difusa ou focal
da formação granulomatosa focal (NELSON e COUTO, 2006, p.1249).
15
Estão inclusas nas manifestações clínicas depressão, mudanças de
comportamentos, angústia, cegueira, movimentos em círculos, ataxia, perda de olfato e
paresia, dependendo da localização da lesão; também pode ocorrer doença vestibular
periférica. Sinais específicos, como anorexia, perda de peso e febre, ocorrem em alguns
felinos infectados (NELSON e COUTO, 2006, p.1249).
Em outras espécies como equinos, o sinais respiratórios também são perceptíveis,
podendo estar associada a um quadro de laminite crônica e debilidade do animal
(GALIZA, et al. 2010, b, p.5), em contra partida, apesar de serem os hospedeiros, os
pássaros raramente desenvolvem criptococose clínica, pois sua alta temperatura corpórea
impede a replicação do fungo (NELSON e COUTO, 2006, p.1249, LAPPIN, 2006, p.
1249).
2.4 Diagnóstico
O diagnóstico definitivo da criptococose é baseado e demonstração citológica,
histopatológica e ou em cultura de microorganismo (RASKIN e MEYER, 2003, p. 42;
MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55; NELSON e COUTO, 2006, p.1250; GALIZA, et al.
2014, p.249), bem como, outras técnicas de diagnóstico como a sorologia (MEDLEAU e
HNILICA, 2003, p.55).
Durante a avaliação citológica o organismo é encontrado em materiais coletados
de lesões nasais, cutâneas, aspirados de linfonodos, LCR e fluido de lavado
broncoalveolar na maioria dos animais acometidos (RASKIN e MEYER, 2003, p. 122;
NELSON e COUTO, 2006, p.1250). A utilização da CAAF ( citologia aspirativa por
agulha fina) permite o reconhecimento precoce do agente envolvido (MARTINS, 2014,
p.1458), tendo assim seu laudo, valor de diagnóstico (RASKIN e MEYER, 2003, p. 42).
A coloração da lâmina de citologia, cuja suspeita for infecção por C. neoformans,
deve receber uma coloração diferenciada, uma vez que a capsula lipídica do
microrganismo tende-se a não corar, assim se deve optar pelo uso de novo azul de
metileno ou tintura da índia. Vale ainda salientar que a avaliação desta lâmina requer
cuidado para não haver confusão por parte do laboratorista entre o microrganismo e as
16
bolhas de ar que podem se formar no fundo da lâmina (RASKIN e MEYER, 2003, p.
122).
Por fim a leitura da lâmina revelará, variados graus de inflamação
piogranulomatosa com leveduras de parede fina e base estreita, em germinação,
envolvidas por capsulas refratárias e claras de tamanhos variados (MEDLEAU e
HNILICA, 2003, p.55), será possível também verificar que a cápsula mucoíde não estará
corada e uma estrutrura granular interna estará corada de vermelho a púrpura. É possível
também observar macrófagos contendo microrganismos fagocitados (RASKIN e
MEYER, 2003, p. 122). De maneira geral a amostra terá um aspecto mucino e a
intensidade da resposta inflamatória dependerá da espessura da cápsula (RASKIN e
MEYER, 2003, p. 145)
Um exemplo da eficiência da CAAF é o relatado por Souza, et al. (2014, p. 1342)
que realizou a coleta através de uma toracotomia exploratória. Segundo os autores a
abordagem foi essencial para que se chegasse a um diagnóstico, uma vez que exames
radiográficos não foram precisos e a cultura foi negativa. Ademais, a toracotomia
permitiu a abertura do mediastino, o que facilitou a expansão dos lobos pulmonares
direitos, que ainda apresentavam um parênquima viável, assim o exame citopatológico
por aspiração com agulha fina pôde confirmar a doença.
A cultura fúngica, é uma excelente metodologia de diagnóstico, uma vez que
evidenciará o crescimento do fungo C.neoformans (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55;
GALIZA, et al. 2010, b, p.5). O cultivo pode ser feito do LCR em animais com
participação neurológica e de material da cavidade nasal de alguns animais
assintomáticos, contudo, os resultados positivos nem sempre se correlacionam com a
doença na região do corpo (NELSON e COUTO, 2006, p.1250).
Para cultivar o C. neoformans, faz-se o uso de placas de ágar sangue ou ágar
Sabourau, a 37°C (BIBERSTEIN, 2003, p.249). Percebe-se o crescimento das colônias
num período variável de 2 dias a semanas. O aspecto das colônias é de coloração
acinzentada a esbranquiçada, com aspecto mucoíde, com tamanho variável de diâmetro
em vários centímetros (BIBERSTEIN, 2003, p.247). As placas que evidenciam o
crescimento, tem seu material encaminhado para preparo de lâminas com tintas nanquim.
Avançando em busca do diagnóstico preciso pode-se realizar a demonstração da atividade
17
da urease; ausência de assimilação de lactose, melibiose e nitrato e por fim observa-se a
letalidade em camundongos inoculados (BIBERSTEIN, 2003, p.249).
O exame histopatológico é realizado baseando-se na morfologia específica do
agente e em suas características histoquímicas típicas, principalmente naqueles casos em
que a cultura micológica não está disponível. Para isso é necessário o conhecimento do
padrão morfológico e histoquímico da infecção por Cryptococcus spp., assim como suas
variações morfológicas e histoquímicas nos tecidos afetados (GALIZA, et al. 2014,
p.249). É pertinente comentar que o exame revelará paniculite e piodermatite
piogranulomatosa nodular ou difusa, com inúmeras, estruturas semelhantes à leveduras
ou derme e subcutâneo com aparência vacuolizada devido ao grande número de
organismos sem inflamação (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55).
Sorologia revela detecção de antígeno capsular criptocócico mediante a
aglutinação de látex ou ELISA (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55). Como os
anticorpos circulantes contra C. neoforman podem ser detectados tanto em animais
saudáveis quanto doentes, sua presença não documenta a doença clinica (MEDLEAU e
HNILICA, 2003, p.55; NELSON e COUTO, 2006, p.1249). O antígeno criptocóccico
pode ser detectado no soro, no humor aquoso ou LCR (NELSON e COUTO, 2006,
p.1249).
O resultado dos testes sorológicos podem ser influenciados, por diversas
condições como: animais com doença aguda, infecções crônicas de baixo grau, remissão
induzidas por fármacos ou com doenças não-disseminada que podem apresentar um
resultado AL-negativo (NELSON e COUTO, 2006, p.1249). Ainda nos casos de
infecções localizadas o resultado pode ser negativos (MEDLEAU e HNILICA, 2003,
p.55). Contudo, no casos em que o paciente apresente criptococose nervosa o teste de AL
realizado no LCR é positivo em quase todos os animais com, assim como na na maioria
das vezes os testes sorológicos em felinos são positivos (NELSON e COUTO, 2006,
p.1249).
Os exames radiológicos podem apresentar variações consistentes, mas de maneira
geral apresenta aumento de densidade de tecido mole na cavidade devido a formação de
granulomas fúngico, assim como deformidade e lise do osso nasal. Linfadenpatia hilar e
padrões intersticiais pulmonares difusos a miliares (NELSON e COUTO, 2006, p.1250)
18
Em exames de rotina, como o hemograma, podem ser encontradas alterações
como anemia não-regenerativa e monocitose; a contagem de neutrófilos. Quanto aos
parâmetros bioquímicos geralmente estão normais. Porém em cães com envolvimento do
SNC, a concentração proteica do fluido cerebroespinhal (LCR) varia de normal a
500mg/dl e a contagem de celular varia de normal a 4.500/μl; os neutrófilos e as células
mononucleares são predominante, mas os eosinófilos estão presentes em alguns casos
(NELSON e COUTO, 2006, p.1250).
A necropsia também pode ser um método de diagnóstico útil, como descrito por
GALIZA et al. (2010, b, p.5) que examinaram um equino, positivo para infecção por
C.Neoformans , onde possível verificar que as lesões de criptococose estavam restritas
aos pulmões e neles haviam múltiplos nódulos esbranquiçados a amarelados, com
consistência gelatinosa no parênquima dos órgãos. Os achados na pele remetem a lesões
elevadas e frequentemente ulceradas.
2.5 Diagnóstico diferencial
A criptococose é a infecção fúngica mais comum nos felinos e o diagnóstico
diferencial deve ser estabelecido para doença no trato respiratório, linfadenopatia,
inflamação intraocular, febre e doenças no SNC (NELSON e COUTO, 2006, p.1249),
nódulos subcutâneos (NELSON e COUTO, 2006, p.1249; MEDLEAU e HNILICA,
2003, p.55) além de outras infecções fúngicas e bacterianas (MEDLEAU e HNILICA,
2003, p.55).
2.6 Tratamento
Como medida de tratamento pode-se optar pela ressecção cirúrgica das lesões
cutâneas (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55), contudo tem sido amplamente utilizados
medicamentos como anfotericina B, cetoconazol, itraconazol, fluconazol e 5-flucitosina
sozinhos e variadas combinações (NELSON e COUTO, 2006, p.1252).
19
Entretanto a particularidade do C. neoformans ser um patógeno intracelular
facultativo, permite que ele possa reduzir a sua exposição aos agentes antifúngicos.
Assim as pesquisas futuras que desejam avançar em esquemas terapêuticos, precisam
considerar a capacidade de parasitar células hospedeiras, sobrevivência intracelular e de
crescimento e / ou virulência criptocócica expressos durante parasitismo intracelular, uma
vez que essas informações podem oferecer novas estratégias para melhorar tratamento
anticriptococco (VOELZ E MAY, 2010, p.843).
Outro fator importante nesses estudos é que para pacientes imunocomprometidos,
novas estratégias precisam considerar a modificação alvejada do sistema imunitário do
paciente, por exemplo através da administração seletiva de citocinas pró-inflamatórias ,
para estimular a expressão de um perfil imunitária protectora (VOELZ E MAY, 2010,
p.843)
2.7 Prognóstico
Varia de regular a bom, exceto nos casos em que há envolvimento do SNC
que aí se torna desfavorável (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.55)
2.8 Aspectos zoonóticos e prevenção
Animais contaminados não são considerados importantes na transmissão entre
outros animais e pessoas (NELSON e COUTO, 2006, p.1249; MEDLEAU e HNILICA,
2003, p.56). Uma vez que é reconhecida a inalação de pequenos esporos dispersos no
ambiente, como método de contaminação capaz de colonizar o sistema respiratório,
podendo ou não haver de imediato a ocorrência da infecção propriamente dita (PINTO,
2010,p.7).
Assim, a prevenção é feita reduzindo o potencial para exposição, ou seja, é
indicado evitar áreas com altas concentrações de excretas de pombos. Em situações onde
20
é impossível isso acontecer preconiza-se a aplicação de lima hidratada para reduzir o
número de organismos em áreas contaminadas (NELSON e COUTO, 2006, p.1249) ou
com solução de cal (454g/4,4 litros de água) antes da limpeza física, cujo o resíduo deve
ser depositado em vasilhames (BIBERSTEIN, 2003, p.249).
21
3.MATERIAL E METÓDOS - RELATO DE CASO
Foi atendido 23/10/2015 no hospital Veterinário Vicente Boreli, um felino
macho, não castrado, que havia sido recolhido da rua recentemente. Ao exame clinico
notou-se a presença de lesões modulares na face (IMAGEM 1A) e uma lesão importante
com comprometimento da pele e exposição da musculatura na região escapular direita
(IMAGEM 1B).
IMAGEM 1: Notar a presença de lesões ulceras em face (1A) e região dorsal no felino(1B)
22
Após o exame físico foi coletado material das lesões por meio das técnicas de
CAAF e imprint, as lâminas foram encaminhadas para a citologia que em 24/10/2015
revelou a microscopia intenso infiltrado inflamatório composto predominantemente por
macrófagos contendo em seu interior grande quantidade de leveduras redondas com halo
periferico compativel com Criptococcus sp. As leveduras estavam presente também
extracelulares, assim como poucos linfócitos e neutrófilos. Diagnosticando assim a
criptococose (IMAGEM 2 A e 2 B).
IMAGEM 2 : Fotografia da lâmina de CAAF, pode-se notar macrófagos contendo em seu
interior grande quantidade de leveduras redondas com halo periférico compatível com
Criptococcus sp. Presença de leveduras a nível extracelular, assim como poucos linfócitos e
neutrófilos.
23
Após o diagnóstico foi prescrito Itraconazol 10mg/kg, SID ( uma vez ao dia), por
VO (via oral). Contudo a proprietária só iniciou o tratamento e cerca de 30 dias depois do
primeiro atendimento, quando ela retornou para realmente iniciar o tratamento. Neste
momento foi possível reavaliar o paciente e notar que ela já havia desenvolvido infecção
bacteriana secundária (IMAGEM 3 A e B; 4 A e B). Após 30 dias de uso contínuo do
Itroconazol na dose citada verificou-se remissão de algumas lesões.
IMAGEM 3 A e B: Fotografia tirada após 30 dias do inicio do uso
do itracozanol, notar que não houve melhora clínica.
IMAGEM 4: Fotografia tirada após 30 dias do inicio do uso do itracozanol, notar que não
houve melhora clínica
24
No segundo mês foi notado que e o animal começou a não responder ao
tratamento (Imagem 5 ). Diante disso foi iniciado o tratamento com Cefovecina sódica
(Convenia) 8mg/kg, SID, SC (via de aplicação subcutânea) e fluconazol na dose de
10mg/kg, SID, VO.
Imagem 5 A e B: Fotografias tiradas após o segundo mês de tratamento, quando notou-se que o
animal começou a não responder ao tratamento.
Em 04/11/2015 o animal apresentou melhora clinica, contudo foi realizada uma
nova aplicação de Cefovecina sódica, 8mg/kg, SC (Convenia) e mantido o uso do
fluconazol na dose de 10mg/kg, SID, por mais 15 dias.
Dia 21/11/2015 aplicou-se uma pipeta de indoxacarbe tópico (Activyl de 0,51 ml)
para pulgas e foi coletado sangue por venopunção da cefálica para realização de
hemograma, função renal e hepática.
Dia 25/11/2015 o resultado do exame foi liberado e revelou eosinofilia.
Também no dia 21/11/2015 foi realizado exame radiológico do tórax, que não
revelou nenhuma alteração.
Dia 26/11/2015 foi realizada uma nova aplicação de Cefovecina sódica
(Convenia) e mantido o uso do fluconazol na mesma dose.
Dia 10/12/2015, Durante o segundo mês do uso do fluconazol foi verificado
evolução para a cura como pode ser observado na imagem 6 A e 6 B e foram realizados
25
novos exames de sangue (hemograma e bioquímico perfil hepático e renal), que não
apresentaram alterações dignas de nota.
IMAGEM 6 A e 6 B: Fotografia tirada durante o segundo mês do uso do
fluconazol, notar a remissão inicial das lesões.
Em 05/01/2015 realizou-se nova avaliação clínica, onde foi possível verificar a
evolução benéfica do quadro ( Imagem 7A e B). No mesmo momento foi realizada coleta
de sangue para hemograma, perfil renal e hepático, esses exames não revelaram nenhuma
alteração.
IMAGEM 7A e B: Fotografia tirada durante o 3º mês de uso do fluconazol, notar evolução benéfica
do quadro, com remissão quase que total das lesões.
26
Dia 22/01/2016 foi realizado um novo exame radiológico (IMAGEM 8), em
19/02/2015 foi reaplicado a Cefovecina sódica (Convenia) e repetido o exame radiológico
de tórax em 22/02/2016, que não apresentou nenhuma alteração.
IMAGEM 8: Fotografia do exame radiológico sem evidência de alterações.
Na reavaliação realizada em 24/02/16 pode-se perceber a cicatrização total das
lesões (Imagem 8 A e B), perfazendo assim o total de 3 meses de tratamento, contudo a
fim de evitar recidiva das lesões o tratamento será mantido por um período de 6 meses.
Imagem 9 A e B: Nestas imagens já se pode notar a cicatrização total das lesões.
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4.DISCUSSÃO
As lesões características de criptococose em felinos são consenso por diversos
autores, e o exame clínico revelou padrões lesionais bem compatíveis com a aqueles
descritos por autores como Nelson e Couto (2006, p.1249), Medleau e Hnilica (2003,
p.55) e Galiza, et al. (2010, b, p.5) o que ensejou na realização de exame laboratoriais
afim de confirmar a infecção.
Sendo assim optou-se pela realização da citologia, que é o método de diagnóstico
mais rápido dentre todas as outras técnicas disponíveis (RASKIN e MEYER, 2003, p. 42;
SOUZA, et al. 2014, p. 1342), contudo é uma técnica que requer conhecimento do
laboratorista pois segundo a literatura o C. neoformans é encontrado nas amostras sob a
forma de levedura oval e arredondada. Este por sua vez quando presente não se cora por
qualquer corante por conta da capsula lipídica, fazendo-se necessário o uso de corantes
como novo azul de metileno e a tintura da índia (RASKIN e MEYER, 2003, p. 42) .
Neste relato a tintura usada foi o azul de metileno o que permitiu o diagnóstico precoce.
É relato que o fungo tende provocar infecção mais grave em pacientes
imunossuprimidos, contudo neste paciente por questões financeiras não foi testado para
FIV (vírus da imunodeficiência felina) e FeLV (leucemia viral felina).
O Após o diagnóstico foi prescrito Itraconazol, que é uma das drogas de eleição
para o tratamento do fungo, contudo observou-se que o animal não respondeu
satisfatoriamente ao tratamento, acredita-se que esteja ligado ao fato do C. neoformans
ser um patógeno intracelular facultativo, que faz com que ele reduza a sua exposição
aos agentes antifúngicos (VOELZ E MAY, 2010, p.843). Diante da ineficiência do
itraconazol no paciente em questão optou-se pelo uso de fluconazol, na dose de
100mg/kg, que segundo Grooters e Taboada (2010, p. 191) parece ser a melhor escolha
para o tratamento da criptococose e foi confirmado por este caso.
Realizações de exames radiológicos de tórax se fizeram necessários, a fim de
acompanhar possíveis alterações a nível pulmonar, uma vez que este é o sitio de eleição
do microrganismo.
Realizações periódicas de exames de sangue como hemograma, perfis renal e
hepático também se fazem necessário uma vez que os medicamentos antifúngicos podem
causar efeitos colaterais gastrointestinais, como anorexia, vômito, hepatotoxicida,
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aumento nas atividades de transaminases, reações cutâneas ( itraconazol), supressão
hormonal ligada as adrenais ( cetoconazol), dentre todos os antifúngicos o que menos
enseja em efeitos colaterais é o fluconazol, contudo não de pode ignorar a existência
deles por mínimo que seja Grooters e Taboada, (2010, p. 190)
A literatura referenda o uso contínuo do fluconazol por 6 meses, mesmo em casos
em que a cicatrização já tenha ocorrido, sendo assim decidimos manter o tratamento por
todo esse período.
Orientamos a cuidadora no sentido que se trata de uma zoonose, assim caso ela
notasse alguma alteração deveria procurar o médico e passamos a observar os
contactantes, até o momento não foi verificada a presença de sintomalotogia em nenhum
deles, reafirmando que o animais contaminados não importantes na transmissão entre
outros animais e pessoas (MEDLEAU e HNILICA, 2003, p.56; NELSON e COUTO,
2006, p.1249).
29
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do acompanhamento do caso pode-se concluir que a criptococose é uma
realidade presente em nosso meio, que requer do clinico sensibilidade para suspeitar desta
patologia e assim estabelecer as medidas de diagnóstico e tratamento adequadas ao caso.
Percebe-se também que há uma escassez quanto à divulgação de seu potencial
zoonótico bem como, a exata forma de contaminação, assim sugere-se que sejam
realizados trabalhos no sentido de divulgar mais a respeito desta doença.
30
6.REFERÊNCIAS
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GALIZA G. J.N., SILVA T. M., CAPRIOLI R.A., TOCHETTO C., ROSA F. B.,
FIGHERA R.A. e KOMMERS G. D. Características histomorfológicas e
histoquímicas determinantes no diagnóstico da criptococose em animais de
companhia. Pesq. Vet. Bras. 34(3): p. 269, 2014 a
GALIZA G. J.N., SILVA T. M., CAPRIOLI R.A., BARROS C. S.L.,. IRIGOYEN L.F.,
FIGHERA R. A., LOVATO M. E KOMMERS G. D. Ocorrência de micoses e pitiose
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