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Centro Universitário Toledo Mariana Hanisch CENTRO CULTURAL DE ARAÇATUBA Um Resgate da Memória de Araçatuba através da Arte e do Esporte Araçatuba 2018

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Centro Universitário Toledo

Mariana Hanisch

CENTRO CULTURAL DE ARAÇATUBA

Um Resgate da Memória de Araçatuba através da Arte e do Esporte

Araçatuba

2018

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Mariana Hanisch

CENTRO CULTURAL DE ARAÇATUBA

Um Resgate da Memória de Araçatuba através da Arte e do Esporte.

Trabalho Final de Graduação – TFG, apresentado como pré-requisito para a obtenção

de grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, pelo Centro Universitário Toledo,

sob a orientação do Professor Sergio Ballassoni.

Araçatuba

2018

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Mariana Hanisch

CENTRO CULTURAL DE ARAÇATUBA

Um Resgate da Memória de Araçatuba através da Arte e do Esporte.

Monografia apresentada ao Centro universitário Unitoledo, como requisito parcial de

para obtenção do título de Especialista em Arquitetura e Urbanismo.

Aprovada em _____ de ______________ de________

_________________________________________

Prof. Esp. Sérgio Ballassoni - Orientador

Centro Universitário Toledo

_________________________________________

Prof. Mestre Ana Paula Cabral Sader

Centro Universitário Toledo

Araçatuba-SP

2018

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RESUMO

O projeto Centro Cultural de Araçatuba, um resgate da memória através da arte e

do esporte, traz o restauro de dois importantes galpões na cidade para a inserção de dois centros

culturais um esportivo e outro de artes variadas, para que assim possamos salvar estas

construções do abandono para que possam ser inseridas novamente a sociedade resgatando a

sua importância histórica na vida da população e lhe trazendo uma nova função, podendo

abrigar a população como um espaço publico para regatar a identidade de lugar e poder fazer

uso .

Palavra Chaves: Patrimônio, Cultura, História.

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SUMMARY

The Araçatuba Cultural Center project, a rescue of memory through art and sport,

brings the restoration of two important sheds in the city for the insertion of two cultural centers,

one sports and another of varied arts, so that we can save these constructions from the

abandonment so that the society can be reinserted, recovering its historical importance in the

life of the population and bringing it a new function, being able to shelter the population as a

public space to regatar the identity of place and to be able to make use.

Key words: Heritage, Culture, History.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Diagrama sobre Paisagem de Swanwich...................................................................16

Figura 2: Quarta Estação Ferroviária de Araçatuba..................................................................17

Figura 3: Bairro Industrial de Araçatuba, Forno Industrial.......................................................18

Figura 4: Galpão Industrias Matarazzo Abandonado................................................................19

Figura 5: Cine Teatro Ideal, em Araçatuba na década de 20....................................................21

Figura 6: Cine Teatro São Francisco.........................................................................................22

Figura 7: Cine Peduti Araçatuba, hoje Teatro Thati C.O.C......................................................22

Figura 8: Teatro de Municipal Floriano Camargo Arruda Brasil, antes de fechar...................23

Figura 9: Vagão Temporário que originou a cidade de Araçatuba..........................................24

Figura 10: Visão Panorâmica da cidade de Araçatuba..............................................................25

Figura 11: Imagem do Galpão Posto de Semente quando ainda funcionavam suas

atividades...................................................................................................................................26

Figura 12: Imagem do galpão quando ainda está em funcionamento.......................................27

Figura 13: Área de Implantação do Projeto..............................................................................29

Figura 14: Mapa de Zoneamento Urbano.................................................................................30

Figura 15: Mapa de Uso e Ocupação do Solo...........................................................................31

Figura 16: Mapa de Sistema Viário..........................................................................................32

Figura 17: Mapa de Visadas......................................................................................................33

Figura 18: Mapa de Visadas – Locais de Esportes e Atividades Culturais...............................33

Figura 19: Mapa de Orientação Solar e Ventos Dominantes....................................................34

Figura 20: Mapa de Topografia.................................................................................................35

Figura 21: Área de menor mudança Topográfica.....................................................................36

Figura 22: Área de maior mudança Topográfica......................................................................36

Figura 23: Mapa de Cheios e Vazios e Vegetação....................................................................37

Figura 24: Mapa de Gabarito de Altura....................................................................................38

Figura 25: Praça da Luz e atrás a fachada da Pinacoteca..........................................................39

Figura 26: Fachada da Pinacoteca.............................................................................................39

Figura 27: Passarelas realizado no Projeto................................................................................40

Figura 28: Troca da entrada da Pinacoteca.......................................................................40

Figura 29: Cobertura de Abóbodas de Vidro e Aço..................................................................41

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Figura 30: Intervenção na antiga Entrada.................................................................................41

Figura 31: Vista do SESC de Jundiai e seu entorno..................................................................42

Figura 32: Vista do Interior do SESC de Jundiai......................................................................43

Figura 33: Programa de Necessidade e Fluxograma do SESC.................................................44

Figura 34: Corte Lateral SESC do Jundiaí................................................................................45

Figura 35: Croqui esquemático da Fachada do SESC Jundiaí..................................................45

Figura 36: Vista lateral do SESC Pompéia...............................................................................46

Figura 37: Imagem da vista aérea da Fábrica de Pompéia........................................................47

Figura 38: Corte Lateral do SESC............................................................................................48

Figura 39: Vista dos detalhes das janelas e da Passarela..........................................................48

Figura 40: Espaço interno com iluminação Natural..................................................................49

Figura 41: Diagrama de Conceito...........................................................................................................50

Figura 42: Digrama de Partido Arquitetonico........................................................................................51

Figura 43: Programa de Necessidades Complexo Matarazo....................................................52

Figura 44: Programa de Necessidade Galpão Cobrac ..............................................................53

Figura 45: Fluxograma Complexo Matarazo............................................................................54

Figura 46: Fluxograma Galpão da Cobrac................................................................................55

Figura 47: Setorização e Implantação .......................................................................................56

Figura 48: Setorização e Implantação.......................................................................................57

Figura 49: Legendas Setorização.............................................................................................57

Figura 50: Fachada Sudeste Complexo...................................................................................58

Figura 51: Fachada Norte Galpão Cobrac em vista 3D da proposta.......................................58

Figura 53: Fachada Norte Galpão Cobrac Volumetria ..........................................................59

Figura 54: Modificações na fachada Norte Galpão Cobrac....................................................59

Figura 55: Modificações fachadas Sudeste e Nordeste Complexo Matarazo..........................59

Figura 56: Planta de reforma Complexo Matarazo..................................................................60

Figura 57: Planta de Reforma Galpao Cobrac.........................................................................61

Figura 58: Imagem em 3D do Brise elaborado na Fachada Oeste ..........................................62

Figura 59: Sistema de Sustentabilidade Complexo Matarazo..................................................62

Figura 60: Sistema de Sustentabilidade Galpão Cobrac...........................................................63

Figura 61: Legenda Sistemas de Sustentabilidade...................................................................63

Figura 62: Vegetações presentes no projeto.............................................................................65

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

COBRAC - Cooperativa Agropecuária do Brasil Central Cobrac

ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

CEFNOB - Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

IRFM - Industria Reunidas Francisco Matarazzo

SANBRA – Sociedade Algodoeira do Nordeste do Brasil

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica

CAMDA – Cooperativa Agrícola Mista de Araçatuba

SESC – Serviço Social do Comércio

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................11

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . .................................................................................... 13

1.1 Importância dos Espaços Públicos para Identificação de uma Sociedade ........... 13

1.1.1 A relevância dos espaços verdes nas cidades modernas ........................................... 14

1.2 O Abandono de Espaços Históricos nas Cidades.................................................. .. 15

1.2.1 Patrimônio histórico industrial e sua preservação ..................................................... 16

1.3 O Esporte e Arte como forma de Inclusão Social ................................................... 19

1.3.1 A história cultural de antes e hoje de Araçatuba ....................................................... 20

2 RECORTE ESPACIAL E ANÁLISE E DIAGNÓSTICOS ........................................... 24

2.1 A História de Araçatuba............................................................................................ 24

2.1.2 A História do Local do Projeto ................................................................................. 26

2.2 Mapa de Zoneamento Urbano .................................................................................. 30

2.3 Mapa de Uso e Ocupação do Solo ............................................................................. 31

2.4 Mapa de Sistema Viário ............................................................................................ 32

2.5 Mapa de Visadas ........................................................................................................ 33

2.6 Mapa de Orientação Solar e Ventos Dominantes ................................................. 354

2.7 Mapa de Topografia................................................................................................... 35

2.8 Mapa de Cheios e Vazios e Vegetação ...................................................................... 36

2.9 Mapa de Gabarito de Altura.................................................................................................37

3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS ....................................................................................... 39

3.1 Pinacoteca ................................................................................................................... 39

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3.2 Sesc Jundiaí............................................................................................................42

3.3 Sesc Pompéia ............................................................................................................. .46

4 O PROJETO .....................................................................................................................51

4.1 Conceito....................................................................................................................51

4.2 Partido Arquitetonico..............................................................................................52

4.3 Programa de necessidade.........................................................................................53

4.4 Fluxograma................................................................................................................54

4.5 Setorização e implantação........................................................................................56

4.6 Croquis e volumetria................................................................................................57

4.7 Proposta Projetual...................................................................................................60

4.8 Sustentabilidade Ambiental................................................................................... 61

4.9 Materialidade e Sistemas Construtivos.................................................................64

4.10 Acessibilidade.........................................................................................................64

4.11 Paisagismo............................................................................................................................64

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................67

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 68

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IRODUÇÃO

O projeto traz a Revitalização do Patrimônio Histórico da cidade RESTAURANDI-O

com um espaço para interesse cultural, trazendo melhor uso ao local um espaço para se criar,

contemplar e conviver.

Com a Industrialização das cidades do interior a primeira mudança drástica na cidades

do interior paulista como foi em Araçatuba é a instalações de ferrovias que movimentam e

sustentam as cidades por vários anos através da agropecuária, porém com o passar do tempo e

a modernização das cidade na história e surgimento das industrias automotivas que trazem a

modernidade, para as cidades do interior, no lugar dos trilhos surgem extensões de asfaltos, os

prédios onde se tinham estações ferroviárias, barracões de armazenamento de safras, ou até

mesmo para ajustes técnicos nos pavilhões perdem seus usos, onde caem no esquecimento e se

tornam ruinas pelo mal uso dos lotes devido à falta de cuidado das autoridades com a história

da cidade em que cuidam. (FIORIN; HIRAO, 2015)

O que segundo LEMOS (2013), define a cidade:

A cidade tem que ser encarada como um artefato, como um bem cultural qualquer de

um povo. Mas um artefato que pulsa, que vive, que permanentemente se transforma,

se auto devora e expande em novos tecidos recriados para atender a outras demandas

sucessivas de programas em permanente renovação.

Atualmente a área do projeto se encontra sem uso específico, e muito degradada

ocupando um espaço importante do centro da cidade, que poderia estar trazendo com a

utilização da mesmo maior circulação de pessoas ao local e assim vida ao mesmo que se

encontra tão esquecido.

Atualmente, o local é destinado a comércio de áreas específicas, como elétricas,

mecânicas, lojas de utensílios e conta apenas com o Supermercado Rondon que traz realmente

um maior movimento de diversidade de pessoas para a área.

Com relação a esquecimento da área estudada:

A memória faz parte dos pensamentos que nos ajudam a nos identificar, existir e

pertencer a algo, a alguma coisa, grupo ou sociedade. O esquecimento é a escolha

daquilo que queremos lembrar, ou seja, quando escolhemos lembrar de algo, também

escolhemos esquecer outras coisas. (BARROS, Júlio; BARROS, Alzira; MARDEN,

Sanzio; 2013, p.9).

A área estudada se encontra em um espaço de passagem da cidade, onde com sua falta

de manutenção se tornaram borrões na paisagem, sem despertar nenhum interesse nas pessoas

que circulam ali por automóveis de transitar a pé no local, sem lhe dar a atenção ideal se tratando

de um espaço historicamente importante para a cidade.

Com o objetivo de trazer vida e novas atividades ao local através de sua

requalificação, ele trará a contemplação de um local histórico da cidade, porém agora

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reformulado com vida e para um novo uso, trazendo atividades culturais diferenciadas para toda

cidade, como espaço para atividades artísticas de criação onde traga a contemplação da beleza

do espaço público oferecido e oportunidade de se relacionar através dos mesmos que o projeto

trouxer.

Sobre a cidade e a história define-se que:

A cidade tem uma história; ela é obra de uma história, isto é, de pessoas e de grupo

bem determinados que realizam essas obras nas condições históricas. As condições

que simultaneamente permitem e limitam as possibilidades, não são suficientes para

explicar aquilo que nasce delas, nelas, e através delas. (LEFEBVRE, 2001, p.52)

O projeto vem com o intuito de trazer maior movimentos de pessoas ao local sem uso, trará

conhecimentos culturais para toda a população, um espaço público de lazer para toda população,

atividades diferenciadas oferecidas pelo projeto atividades esportivas, artísticas, artesanais, e

reestruturação de algumas atividades já existente, um espaço para eventos culturais, feiras,

workshop curso e palestras para conscientizar a população da história da cidade, cultura local e

demais regiões alem de poderem agregar conhecimento histórico da cidade devido a

reutilização do espaço usado para o projeto e isso sendo passado para a população.

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Importância dos Espaços Públicos para Identificação de uma Sociedade.

Uma cidade que propõem espaços públicos funcionais que atendam às necessidades

de todos, atrai um conjunto de pessoas e se torna uma cidade convidativa (GEHL, 2014). Seus

valores sociais obtidos por uma boa estrutura urbana, é a consequência de uma boa paisagem

feita de espaços públicos bem feitos e que tragam também a natureza como conceito do projeto

(LEITE, 1994). Este contato com a natureza é de alguma forma de grande importância

simbólica e significativa na vida das pessoas, onde a importância do lugar, de sua história e de

seus processos naturais estejam vinculados no conceito do projeto urbano de uma cidade, desta

forma, espaços públicos pensados com estes ideais sejam fundamentais para a identificação das

pessoas para com o mesmo (LAURIE, 1989 apud LEITE, 1994).

Assim, Gehl (2014) nos explica que se faz necessário espaços públicos atrativos e

convidativos em uma cidade, de forma que suas vistas do entorno do local devam ser a atração

principal do espaço tendo uma visão das pessoas e da vida do lugar. À também, a necessidade

da disponibilização de mobiliários urbanos que atendam todos, onde garantirá maior conforto

tornando a presença das pessoas no lugar mais longa e o espaço público vivo. Sua devida

disponibilização, contribui para encontros de pessoas e para a comunicação, levando ao uso do

local mais pontos atrativos, que conciliado ao uso de elementos naturais como uma boa

vegetação, traz uma visão ainda melhor e uma boa qualidade de espaço urbano (GEHL, 2014).

Com isso conseguimos concluir da mesma forma que Leite (1994), onde diz que uma variedade

de formas de uso do espaço por diferentes grupos de pessoas, traz consigo uma boa ideia de

projeto urbano e de um espaço público ideal para uma cidade.

Ainda, é interessante acrescentar com relação aos espaços de transição de uma

cidade, onde Gehl (2014, p.75) nos explica que “os espaços de transição de uma cidade limitam

o campo visual e definem o espaço individual. Essas transições contribuem de forma crucial

para experiência espacial e para a consciência do espaço individual como lugar”. Assim, os

espaços de transição de uma cidade estimulam ainda mais o uso dos espaços públicos, por

oferecer aos usuários o sentido de vivencia-lo, os detalhes e as combinações de áreas com

escalas adequadas, boa iluminação, com fachadas interessantes e disposição de mobiliários

adequados como mencionado anteriormente, tornando as caminhadas ao ar livre mais

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agradáveis, contribuindo para a qualidade do percurso e no incentivo pelo prazer em caminhar

e contemplar os lugares (GEHL, 2014).

1.1.1 A relevância dos espaços verdes nas cidades

A paisagem sendo reflexo da relação de homem e natureza pode ser vista como

tentativa de organizar seu entorno em uma imagem ideal (LEITE, 1994) sendo assim, um bom

clima local para espaços públicos são cruciais para a permanecia de pessoas nos locais e para o

bem-estar da população local. Regiões quentes com sistema viários extensos e com vários

estacionamentos asfaltados, aumentam ainda mais a temperatura da região, sendo que, o que

deveria acontecer seria o oposto disso como forma de minimizar o efeito da alta temperatura a

implantação de mais vegetação.

Com isso cidades monótonas podem se destruir ao longo de sua própria evolução.

Já cidades vivas, diversificada contém as próprias sementes de sua regeneração, com energias

para solucionar seus problemas e suas necessidades (JACOBS, 2014). Destacando a vegetação

no meio urbano e seus impactos sendo um deste problema nos dias atuais, por isso para Lamas

(1993), qualquer jardim, canteiros e parques são elementos identificáveis na estrutura urbana,

que caracterizam a imagem da cidade mantendo sua individualidade própria, porem, é visto

com o passar dos anos, cada vez um maior descaso com estes elementos naturais e individuais

da cidade, para darmos ênfases em vias para os automóveis ou lotes concorrido pela especulação

imobiliária.

Por isso, para Jacobs (2014, p. 495), explica sobre o sentimentalismo pela natureza

em vista do homem:

(...) A maioria das ideias sentimentais envolve, no fundo, um profundo descaso, ainda

que inconsciente. (...) talvez os que mais sentimentalizam a natureza em todo o

mundo, sermos ao mesmo tempo provavelmente os destruidores mais terríveis e

insensíveis da área rural e das matas em todo o mundo.

Santos (1997) acrescenta que cada dia que passa as cidades se tronam cada vez mais

artificiais, que o meio urbano passa a ser cada vez mais fabricado com pequenos lances e restos

da natureza encoberta por todas as construções, obras e asfalto construído pelo homem. E assim,

através da constante urbanização dos centros urbanos problemas sérios de um desenvolvimento

desarmônico entre natureza e a cidade acontece, onde ocorre-se uma substituição de valores

naturais por poluição, impermeabilização, construções etc, e devido a estes reflexos

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negativos de falta de equilíbrios entre obras feitas pelo homem e natureza, leva-nos a péssimas

condições para a sobrevivência do ser humano devido à crise ambiental que o mundo passa.

1.2 O Abandono de Espaços Históricos nas Cidades

Atualmente em muitas cidades o abandono de espaços de construções históricas

vem sendo frequente, e em Araçatuba não é diferente, com a globalização as cidades passam

por desvalorização da memória afetiva pelo lugar e pelo ato de se preservar, assim sempre que

surge novas etapas no desenvolvimento da comunicação, ela traz uma anulação dos valores ali

existente na sociedade e instala outros, que consolidam e ajudam a reestruturar esta nova etapa

da globalização e do poder econômico, destruindo o sentido da preservação destes locais.

Muitas construções históricas se perdem nessas transformações, trazendo consigo a

uniformização da paisagem, constituindo cidades despersonalizadas e sem identidade própria

(ADAMS, 2002).

Com a perda na qualidade urbana se perde os valores culturais, e a população passa

a não se identificar mais com a cidade, que assim, perde sua memória urbana, que se define

como “o estoque de lembranças que estão eternizadas na paisagem ou nos documentos de um

determinado lugar” (ABREU, 1996 apud ADAMS, 2002).

Adams (2002), também explica sobre o sentido do lugar, onde o sentido de se

preservar um local traz a importância de valor da edificação, porem o sentido de ela ser e existir,

é dado somente quando existe um reconhecido pelos cidadãos de sua importância. Estes lugares

trazem suas histórias e uma identidade coletiva construída de uma cidade, a sua continuidade e

revalorização do passado acentua a qualidade de vida da população.

O sentimento de lugar é o resultado de suas experiências, e esse sentimento de

pertencimento de uma pessoa por uma localidade não se adquire só pelo fato de se

passar pelo lugar, mas sim no cotidiano no espaço vivido e experimentado. O Espaço

é um conceito mais abstrato que o de lugar, onde começa como espaço indiferenciado,

e transforma-se em sentido de lugar à medida que o conhecemos melhor e assim

atribuímos valor a ele. (TUAN, 1983 p. 163).

Ainda com relação a conceito de lugares, Tuan (1983, p. 203) nos ajuda a

complementar que “lugar é uma mistura singular de vistas, sons e cheiros, uma harmonia ímpar

de ritmos naturais e artificiais (...) Sentir um lugar é registrar pelos nossos músculos e ossos".

Sobre a paisagem no diagrama da Figura 1, trazido por Swanwich (2002 apud

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AMBESIM, 2015) a paisagem é definida pela relação de pessoa e lugar, em meio de seus

componentes naturais, culturais, estéticos e perceptivos sendo esta interação de pessoa e lugar

que define uma paisagem.

Figura 1: Diagrama sobre Paisagem do Swanwich.

FONTE: (SWANWICH, 2002, apud AMBESIM, 2015, p.169).1

Com sua continuidade e revalorização, esses espaços nas cidades se tornariam

monumentos, registros vivos e referências de transformações da cidade, atribuindo ao lugar

relações de afeto entre local e pessoas adquirida pela história do mesmo (NETO, 2010).

1.2.1 Patrimônio histórico industrial e sua preservação

Sobre o conceito de Patrimônio Industrial entende-se que seja a marca da cultura

industrial que possui um valor histórico, tecnológicos, social, arquitetônico ou científico. Esses

rastros englobam edifícios, maquinários, oficinas, fabricas entrepostos e armazéns, assim como

todos os locais onde se desenvolveram atividades sociais relacionadas com a indústria

(ICOMOS, 2011).

1ANBESIM, Aline Alves. Lugar: Medidas para reconhecimento e apropriação do pátio ferroviário de

Assis. In: FIORIN, Evandro; HIRAO, Hélio de (Org.). Cidades do Interior Paulista, patrimônio urbano e

arquitetônico. Cultura Acadêmica Editora. São Paulo, 2015, p. 169.

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Na ICOMOS (2011), nos explica que o período histórico que utilizamos para maior

estudo destes patrimônios, vem desde o início da revolução industrial, a partir da segunda

metade do XVIII até os dias de hoje e nos descreve que:

O patrimônio industrial reveste um valor social como parte de registro de variados

homens e das mulheres comuns e, como tal, confere-lhes um importante sentimento

identitário. Na história da indústria, da engenharia, da construção, o patrimônio

industrial apresenta um valor científico e tecnológico, para além de poder também

apresentar um valor estético, pela qualidade da sua arquitetura, do seu design ou da

sua concepção (ICOMOS, 2011).

Para Kuhl (2008), o ato de preservar hoje tem um sentido de preservação cultural

muito mais amplo, pelo extenso conhecimento que estes locais trazem, e assim não temos o

direito de se apagar traços de histórias passadas, impossibilitando estes conhecimentos no

presente e futuro de gerações, do papel simbólico e de suporte à memória coletiva que este

espaço desempenha para a cidade. Assim, o patrimônio industrial deve ser considerado uma

parte integrante do patrimônio cultural em geral de uma cidade, e representa um testemunho de

atividades que tiveram e ainda tem importância histórica para aquela população (ICOMOS,

2011). Como no caso da antiga estação ferroviária da cidade de Araçatuba, mostrada na Figura

2, esta quarta estação ferrovia da cidade foi construída para substituir a anterior e trazer

modernidade com obra da estação trazida para o meio da cidade, e que atualmente se encontra

abandonada servindo de depósito da Guarda Municipal (FIORIN; MELO, 2015).

Figura 2: Quarta Estação Ferroviária de Araçatuba.

FONTE: Google Eath, modificada pelo autor (2018).2

A restauração destes espaços é uma transformação do mesmo como um todo, com

2 Disponível em: https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/. Acessado em: 22 abr. 2018.

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estas transformações se tornando experiências bem-sucedida, estes instrumentos poder servir

como exemplo de um desafio em meio a sociedade. A restauração e a transformação de um bem

para ser aprimorado no presente e transmitido de forma mais adequada para o futuro (KUHL,

2016).

Na Figura 3 abaixo é localizada na cidade de Araçatuba no bairro industrial da

mesma, onde nos mostra a imagem de um instrumento do período industrial, e que hoje se

encontra abandonado e em meio ao contraste da paisagem de um artefato histórico de um

período de desenvolvimento da cidade, em meio a um terreno para depósito de lixo, onde é

inutilizado e abandonado.

Figura 3: Bairro Industrial de Araçatuba, Forno Industrial.

FONTE: Autoria (2018).

A sua proteção deve ser pensada de forma que os locais onde existiram essas antigas

construções, podem ser protegidas de qualquer intervenção que comprometa sua integridade

histórica, ou a autenticidade de sua construção (ICOMOS, 2011). Por isso na Carta Patrimonial

de Veneza (IPHAN, 1964), Artigo 13º, assegura que em toda restauração de patrimônio cultural,

os acréscimos feitos nas construções, só poderão ser realizados se respeitarem todas as partes

importantes do edifício, seu esquema tradicional, o equilíbrio de sua construção e suas relações

com o meio ambiente, e que as partes inseridas na construção devam integrar-se

harmoniosamente ao conjunto porem, devam também, de alguma forma, distinguir-se das partes

originais do local para que a sua restauração não o falsifique.

Em meio as vegetações e as extensas vias de asfalto Araçatuba nos mostra em sua

paisagem vestígios de locais como os citados nos textos anteriormente e representado na Figura

4, edifício localizado na avenida Waldemar Alves que é uma via de grande movimento da

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cidade, próxima ao centro.

Figura 4: Galpão Industrias Matarazzo Abandonado.

FONTE: Autoria (2017).

Desta forma, a interversão nestes lugares só garantirá mais vida ao mesmo, o que

antes estes lugares representavam a despedida, chegada, lembrança de progresso e

desenvolvimento econômico de uma cidade, a falta de segurança, a degradação da paisagem, e

a negação histórica e falta identificação da população como um todo para aquele local, se faz

jus sua intenção de restauração (FIORIN; MELO, 2015).

1.3 O Esporte e Arte como forma de Inclusão Social

A cultura cada vez mais vem perdendo seu fundamento nas grandes cidades,

devido a forma que empresários e governos municipais vem empregando aos locais que trazem

a cultura como forma de atração, ele traz a cultura como um entretenimento e mercadoria e é

vista como um bom negócio e um empreendimento. Porém os centros culturais tendem a trazer

muito mais que isso a uma cidade e a sua população. Ele traz uma recuperação e uma nova

funcionalidade a espaços degradados de uma cidade provocando modificações não só nos

ambientes construídos, mas também para a população e em seu cotidiano. (NEVES, 2013).

Os primeiros centros culturais surgiram pelos ingleses no século XIX, mas foi só

no final da década de 50 na França, que foram lançadas as bases do que atualmente entendemos

como ação cultural (COELHO, 1989). Os centros culturais franceses surgiram para atender seus

operários como uma forma de lazer, o que valorizou o lazer por parte das indústrias, gerando a

necessidade de se criar áreas de convivência, quadras esportivas e centros sociais

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(RAMOS, 2007). Antigamente, toda cidade em desenvolvimento tinha o sonho de ter um clube

de lazer, pois tinham como status e beneficiaria àqueles que desejavam dele desfrutar,

promovendo atividades esportivas, desenvolvendo a cultura para incorporação da sociedade

como objetivo maior (MÔNACO, 2012).

Já no Brasil, o interesse por estes espaços surgiu a partir da década de 1960, mas só

concretizou por volta dos anos 1980, e nos últimos anos teve um crescimento gigantesco

financiado por investimentos e pelas leis de incentivo à cultura (RAMOS, 2007). Sendo assim,

um centro de cultura viva, o centro cultural deve proporcionar cultura para diferentes grupos

sociais para promover sua interação, e trazer a liberdade de se praticar a cultura favorecendo

também sua conscientização (NEVES, 2013).

Sobre a introdução de esportes para a inclusão social de jovens Santos (1993)

explica – nos que professores acreditam que um afeto baseado na amizade e nos princípios da

relação familiar, em substituição à família desestruturada ou ausente de alguns jovens, seria a

sua contribuição pessoal aos jovens. Eles utilizam dessa afetividade para transformar o

comportamento dos alunos, de forma que a educação física serviria de suporte na solução de

problemas disciplinares desses jovens contribuindo também para suas disciplinas escolares.

Concluindo assim, a total importância de um polo como este em uma cidade, de

forma que, forneça diferentes tipos de experiências culturais no vivencia do espaço e propor a

solução de problemas sociais que for surgir com o oferecimento de atividades artísticas e

esportivas para a população (SANTOS, 1993).

1.3.1 A influencia cultural de antes e hoje de Araçatuba.

Desde sua fundação a cidade de Araçatuba teve várias atividades de entretenimento

na cidade, podendo contar com as instalações de vários cinemas, museus, praças e teatros, onde

nesses espaços haviam atividade culturais que eram trazidas de fora da cidade para

conhecimento da população, ou até mesmo para práticas de atividades locais (FRANCO, 2008).

Fundado 1918, surgi o primeiro Cine Teatro em Araçatuba chamado Fênix,

localizado bem no começo da rua Oswaldo Cruz no centro da cidade, pelo fundador Joaquim

Julião, onde tinha maior influência para a cidade nas peças em que se tinha como tema a cultura

japonesa, ajudando assim, na colonização japonesa na cidade e instruindo a população. O

estabelecimento suportava 930 lugares na época e tinha uma tela removível para comportar

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apresentações teatrais também. O estabelecimento foi fechado para a instalação de um

estacionamento 1971 (PINHEIRO; BODSTEIN, 1997).

Em 26 de agosto de 1921 foi inaugurado o segundo cine teatro na cidade, "Cine

Teatro Ideal" (Figura 5). Ele se localizava na Praça Rui Barbosa, onde teve ampliação 1925,

que resultou a mais 200 assentos para o local, onde antes tinha 500 e passou a ter 700 assentos.

Tendo lugar para orquestra e, atrás do público tinha um espaço específico para a população. O

grupo musical que tocava neste cinema era a "Sete de Abril", antes das sessões a banda tocava

em frente do cinema como forma de atrair pessoas. Este cinema encerrou suas atividades em

1934, mas já havia o Cine São Paulo na rua Princesa Isabel (SORIANO, 2018).

Figura 5: Cine Teatro Ideal, em Araçatuba na década de 20.

Fonte: Museu Marechal Rondon, modificado pelo Autor (2018).3

Ainda nos anos 20 foi construído o Cine Teatro São Paulo, localizado na rua

Princesa Isabel fundado por Antônio Gargiulo, onde tinha cerca de 500 lugares para

apresentação. Hoje o prédio deste estabelecimento não existe mais, ele foi demolido com o

desenvolvimento da cidade (FRANCO, 2008).

Mais adiante na história em 1943, também na Rua Princesa Isabel surgiu o Cine

Teatro São Francisco (Figura 6), onde tinha capacidade de 1196 lugares e por isso até o fim da

década de 60 foi muito movimentado, podendo ter de duas a três sessões por domingos

(PINHEIRO; BODSTEIN, 1997).

3 Disponível em: http://museumarechalrondon.blogspot.com.br/.Acessado em: 04 fev. 2018.

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Figura 6: Cine Teatro São Francisco.

FONTE: Museu Araçá (2018).4

Já na década de 60 foi fundado o Cine Peduti pelas Empresas Peduti (Figura 7) que

tinham diversos Cine Teatros pela região, e inaugurou a vendas de convites antecipado e

numerações nas cadeiras dos teatros na região, onde permaneceu aberto até o ano de 2002 já

pela empresa Circuito Passos LTDA, que fechou alegando falência. Porém, após mobilização

da população contra seu fechamento, Chain Zaher empresário do sistema educacional C.O.C o

comprou e transformou em um centro cultural (SORIANO, 2018).

Figura 7: Cine Peduti Araçatuba, hoje Teatro Thati C.O.C.

FONTE: Museu Araça (2018).5

Na mesma época, surgiu em 1970 o Teatro São João, localizado na Praça São João,

como mostra a Figura 8 abaixo, pelos proprietários Irmão Cury, da Empresa Cury de Cinema e

4 Disponível em: http://museuaraca.blogspot.com.br/p/museu-historico-e-pedagogico-marechal.html.

Acessado em 04 fev. 2018. 5 Disponível em: http://museuaraca.blogspot.com.br/p/museu-historico-e-pedagogico-marechal.html.

Acessado em: 04 fev. 2018

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Teatro, fechado em 1984 porém, em 1987 a prefeitura o adquiriu transformando no Teatro

Municipal Floriano Camargo Arruda Brasil, suportando 450 pessoas, mas a prefeitura não

pagou sua dívida pela compra e, contra a opinião pública, o prefeito Maluly Neto devolveu o

prédio aos donos o encerrando suas atividades teatrais. Atualmente o prédio possui as atividades

de uma Igreja Evangélica (FRANCO, 2008).

Figura 8: Teatro de Municipal Floriano Camargo Arruda Brasil, antes de fechar.

FONTE: Museu Araçá (2018).6

A partir dos anos 1920 é identificado a busca na cidade por atividade culturais,

assim com variedades de locais para as apresentações em Araçatuba, artistas de outras regiões

passam a visitar a cidade e se apresentam nestes locais. Na década de 70 a cidade já havia o

teatro Castro Alves localizado na Duque de Caxias no Centro da cidade recebeu artistas como,

Toquinho, Elis Regina, Caetano Veloso e Gal Costa (FRANCO, 2008).

Atualmente a cidade conta com algum espaços para atividades culturais, porem

vários se encontram com problemas estruturais como por exemplo o Teatro Castro Alves e o

Museu Histórico e Pedagógico Marechal Cândido Rondon que segundo o site de notícias locais

Ata News (NOGUEIRA, 2018), se encontram interditados por problemas estruturais causados

pela idade dos prédios e a falta de restauros nos mesmos, restando em Araçatuba apenas os

Teatros das Universidades da cidade, Teatro Thati C.O.C., e da Biblioteca Municipal da Cidade,

que para algumas apresentações teatrais de maior fluxo ou para eventos culturais, apenas estes

locais não é o suficiente para atender a população.

6 Disponível em: http://museuaraca.blogspot.com.br/p/museu-historico-e-pedagogico-marechal.html.

Acessado em: 04 fev. 2018

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2 RECORTE ESPACIAL E ANÁLISES E DIAGNÓSTICOS

2.1 A História de Araçatuba.

Originada a partir de expansão da Estrada de ferro noroeste do Brasil – CEFNOB -

, Araçatuba em 2 de dezembro 1908 surge na instalação de um vagão temporário de trem (Figura

9) com a chegada da linha férrea no km 281, onde a cidade surge e se desenvolve através da

agricultura, pecuária e cultivo de cana, que atualmente ainda é uma de suas principais fontes de

renda. Através de sua economia atravessou um período de grande desenvolvimento econômico,

pelo grande crescimento na ocupação territorial e pela demanda de serviço que a ferrovia lhe

proporcionava por ser a última parada antes de passar para outro estado.

A estrada de ferro oferecida em Araçatuba, diferentemente das outras, que serviam

de apenas fins econômicos e voltado para agricultura, nossos trens tinha o intuito de

colonização, de transportar pessoas e de desenvolvimento territorial estratégico, assim com sua

expansão conseguiríamos um recorte ideal da cidade para melhor localização da mesma

(FIORIN; MELO, 2015).

Figura 9: Vagão Temporário que originou a cidade de Araçatuba.

FONTE: Museu Araçá (2018).7

O primeiro traçado da cidade foi elaborado pelo François Chartier, engenheiro

7 Disponível em: http://museuaraca.blogspot.com.br/p/museu-historico-e-pedagogico-marechal.html.

Acessado em: 04 fev. 2018.

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francês, que utilizou na cidade a tipologia do traçado francês, porém mais adiante, o projeto

inicial sofreu alteração devido à dificuldade nos acessos do núcleo da cidade às partes rurais

que forçou sua modificação, mas devido à falta de um desenho inicial de seu traçado essa

modificação não é esclarecida, assim não sabemos realmente se ocorreu de fato (FIORIN;

MELO, 2015).

Figura 10: Visão Panorâmica da cidade de Araçatuba.

FONTE: IBGE (2018).8

Como um dos principais marcos histórico da cidade, e um dos seus primeiros

espaços públicos a praça Rui Barbosa deu início a sua primeira delimitação em 1912, onde era

conhecida ainda como Praça Cristiano Olsen, mas que devido um incêndio inicialmente para

queima de vegetação local, acabou queimando os marcos que delimitavam o perímetro da praça,

perdendo-se ali o projeto realizado. Assim, em 1924 já realizado uma nova delimitação para a

praça, se deu origem a um novo nome determinado pelo prefeito da época Hemílio de

Magalhães Pinto para Praça Rui Barbosa, em homenagem ao político Rui Babosa que faleceu

no mesmo ano. O projeto da praça foi feito de forma a ser o ponto convergente entre as 8 ruas

do entorno, imitando a “Place de L’Etoile”, em Paris, pela influência do engenheiro que

delimitou a cidade como mostra na imagem a cima na Figura 10 em uma vista panorâmica da

cidade. Conhecida como praça do boi, a praça Rui Barbosa fica na história da cidade por ter

sido o maior ponto de vendas e negociações de gados do país, onde os homens da época vinham

de muito longe fazer propostas de compra e venda de gado, que era sua maior fonte de economia

na época, onde mais adiante fiou conhecida como cidade do boi gordo (IBGE, 2018).

8 Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/aracatuba/historico. Acessado em: 04 abr. 2018

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A história da ferrovia de Araçatuba é fundamental para o desenvolvimento no

traçado urbano e no desenvolvimento econômico da cidade, de forma que suas modificações e

modernizações até o fim do transporte ferroviário do Brasil, e sua substituição por rodovias

asfaltadas são cruciais nas mudanças sofridas no traçado da cidade, e na constituição de pontos

importantes como a prefeitura e o comercio da mesma. Até mesmo nas mudanças nas

localizações da ferrovia que ocorreu 4 vezes, a cidade sempre sofre pequenas modificações para

comporta-la por se tratar de um grande polo importante da cidade (FIORIN; MELO, 2015)

2.2 A História do Local do Projeto.

Figura 11: Imagem do Galpão Posto de Semente quando ainda funcionavam suas atividades.

FONTE: Autoria (2018).9

Com a crise na produção do café que ocorreu no ano de 1929, as lavouras de algodão

em todo estado ganham maior espaço na agropecuária, e que em Araçatuba se torna tão

significativa, sendo destaque econômico da região. A paisagem da cidade modifica-se

novamente com grandes chaminés ao leito férreo, que com isso se cria a área industrial da

cidade em um trecho que vai da Rangel Pestana à Rua Porangaba, composta por industrias como

a IRFM - Industria Reunidas Francisco Matarazzo, SANBRA – Sociedade Algodoeira do

Nordeste do Brasil, Anderson Clayton e a Brasmen além de alguns postos de sementes

9 Foto de própria autoria, retirada no Museu Ferroviário de Araçatuba, 2018.

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instalados na cidade, como um deles mostrado na Figura 11 acima sendo o posto de Semente

da Cidade. Para Pinheiro; Bodstein (1997, p. 250) sobre as atividades das fabricas na produção

do algodão:

(...) A indústria da SANBRA separava o caroço do algodão; a indústria de Anderson

Clayton beneficiava a soja, amendoim, mamona e algodão. Já a indústria Matarazzo,

além do trabalho com esses grãos, fabricava óleo, enviava fibras de algodão para suas

indústrias têxteis de São Paulo, fabricava torta de caroço de algodão, tinha de cento e

oitenta a duzentos operários em Araçatuba.

Pinheiro; Bodstein (1997) continua explicando que no final da década de 30,

Araçatuba passa por mudanças na sua produção agropecuária do período do café para o período

do algodão, como mostra a Figura 12 abaixo, a indústria em funcionamento na época, que

resulta na produção de um milhão e duzentas mil arrobas de algodões produzidos, enquanto de

café tivemos apenas trinta mil cafeeiros. Essa modificação na economia de Araçatuba trouxe

para o município não só uma mudança na renda da cidade, mais em seu ambiente, a forma de

pensar sobre o trabalho se torna algo mais alegre para os produtores e assim resultando no

desenvolvimento do município.

Figura 12: Imagem do galpão quando ainda está em funcionamento.

FONTE: Autoria (2018).10

Após este período do grande desenvolvimento do algodão ocorre -se sua queda e

assim, a substituições das plantações de algodões por pastagem e o surgimento da pecuária,

algo que lhe impulsionou para um desenvolvimento ainda maior, mas que com isso os edifícios

industriais voltados para época de demanda do algodão são abandonados e sofrem com a

10 Foto de própria autoria, retirada no Museu Ferroviário de Araçatuba, 2018.

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degradação do tempo (FIORIN; MELO, 2015).

Alguns edifícios ainda adquirem uso como o complexo das industrias Reunidas

Matarazzo é ocupado pela COBRAC e pelo Supermercado Rondom, onde ambos trabalham

com o ramo alimentício. Em seu galpão localizado em uma rotatória mais adiante do outro

local, se encontra em reformas na estrutura para a utilização da população em atividade

esportivas, como já acontecia antes pelo Projeto Agir de ginastica rítmica que o utilizava antes

dos problemas na estruturais (IBGE, 2018). No antigo terreno do Sanbra está a Cooperativa

Agropecuária Camda e um Condomínio residencial vertical. Já nos barracões da Anderson

Clayton, temos um estacionamento e um lava jato em um dos prédios, em outro um galpão se

encontra deteriorado e em completo abandono, já ao lado encontra-se o antigo posto de semente

onde foi reformado e se encontra o Escritório de Defesa Agropecuária do Governo do Estado

de São Paulo. Em frente ao Matarazzo, onde se localizava a Brasmen, antigas edificações foram

destruídas para construção de empreendimentos do ramo alimentício e fast food (FIORIN;

MELO; 2015). Com isso, vemos que o anseio pela modernização da cidade, levou a mesma se

perde em sua identificação, com a falta de carinho para com seus patrimônios histórico e

arquitetônicos ligados à sua formação e desenvolvimento (FIORIN; MELO, 2015).

Assim as áreas escolhida para o projeto estão localizadas no bairro Vila Industrial

como mostra na Figura 13, bairro central de Araçatuba – SP que tem como vias de seu entorno

arteriais de bastante movimento da cidade, a Avenida dos Araçás, a Rua Rangel Pestana,

Avenida João arruda Brasil e Avenida Waldemar Alves, avenidas que ligam a cidade nos eixos

Leste, Oeste e Sudoeste, sendo de fundamental importância, já que todos passam por elas para

acessar as regiões citadas. Anteriormente onde localizava o Antigo Posto de Sementes da

cidade, parte do local atualmente localiza-se o Escritório de Defesa Agropecuária do Governo

do Estado de São Paulo, e a outra parte é abandonada e se encontra em situação deplorável por

sua deterioração e sua falta de uso.

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Figura 13: Área de Implantação do Projeto.

FONTE: Google Earth (2017), modificado pela autora (2018).

A área do projeto representada na Figura 13 é de fundamental importância por se

tratar de um projeto de revitalização de patrimônio histórico, o bairro em que se localiza a área

do projeto conta uma grande parte fundamental do desenvolvimento da cidade de Araçatuba, e

o projeto traz consigo o intuito de preservar e poder levar a população a contemplação do espaço

trazendo o uso apropriado do mesmo. O projeto contará com três diretrizes principais para as

funções do projeto que será criado: criar, contemplar e conviver, trazendo para a região um novo

espaço de uso público a toda população.

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2.3 Mapa de Zoneamento Urbano.

Figura 14: Mapa de Zoneamento Urbano.

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

O Zoneamento Urbano da área a ser realizado o projeto é identificado através de análise

do plano diretor de Araçatuba (PREFEITURA DE ARAÇATUBA, 2006) como uma zona de

ocupação induzida, e se trata de uma área especial de interesse histórico devido a história

presente na região da cidade, é o início da bairro Industrial da cidade em tempos em que existia

a Estrada de Ferro Noroeste Brasil, a área é representada no mapa conforme mostra a Figura 14

e presente no plano direto, sendo apropriado a construção da metodologia do projeto no local.

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2.4 Mapa de Uso e Ocupação do Solo.

Figura 15: Mapa de Uso e Ocupação do Solo.

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

É identificado através do mapa como mostra na Figura 15, que o uso e ocupação do solo

nas proximidades das áreas do projeto são na maioria áreas Comerciais e de Prestações de

Serviço, sendo assim, um local para atividades e serviços específicos. É identificado também,

a falta de espaços público na região, se tratando de que as praças presentes não se encontram

em bom estado de conservação, favorecendo assim o projeto na região por trazer o espaço

diferenciado para uso público de lazer e convivência.

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2.5 Mapa de Sistema Viário.

Figura 16: Mapa de Sistema Viário.

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

O sistema viário da área estudada para o projeto, é identificado por avenidas e ruas de

principais acessos representadas no mapa na Figura 16, sendo as avenidas principais a Avenida

dos Araçás, a João Arruda Brasil e Waldemar Alves, e as ruas principais a Mario Covas, Rangel

Pestana, Porangaba, Marcílio Dias, Regente Feijó, Rua Marconi e Rua Aguapeí. Vias estas

responsáveis de funções arteriais e coletoras no sistema viário da cidade que se tornam um dos

principais acessos ao centro, como também principais acessos de regiões da cidade a outras, se

tornando um local de fácil acesso e de grande movimento da cidade.

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2.6 Mapa de Visadas.

Figura 17: Mapa de Visadas

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

Figura 18: Mapa de Visadas – Locas de Esporte e Atividades Culturais

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

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No mapa de visadas identificado na Figura 17 e 18, está demarcado alguns pontos

de importância para região e de influência no projeto, como áreas de atividades culturais como

o Teatro Castro Alves, a Secretaria da Cultura, Escolas, Igrejas, o Asilo, e a Fundação Mirim.

E áreas de diversidade de pessoas como Bancos, Supermercados, Praças, o Mc Donald, e o

Multi Shopping.

Assim, foi analisado que mesmo com a presença de praças a quantidade de pessoas

que possam usufruir do espaço para lazer é favorável para a instalação do mesmo devido a sua

localização, a concentração de escolas no local, e a presença de locais culturais porem sem

estrutura comparado a proporção que o projeto sugerido traz.

2.7 Mapa de Orientação Solar e Ventos Dominantes.

Figura 19: Mapa de Orientação Solar e Ventos Dominantes.

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

Através das análises feitas e da representação do esquema do mapa encontrado na

Figura 19, podemos concluir que a ventilação predominante da cidade sendo de sudeste a

noroeste (IBGE,2017) identificamos que o projeto poderá contar com técnicas de

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ventilação cruzadas, além dos posicionamentos das construções propiciarem um melhor

aproveitamento da iluminação natural nas fachadas nortes, podendo assim ser elaborado com as

condicionantes apresentada, um ótimo projeto com funcionalidade em seu conforto térmico, e

tecnologias inovadoras para minimizar o uso de recurso naturais.

2.8 Mapa de Topografia.

Figura 20: Mapa de Topografia.

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

A análise da topografia do local do projeto representada através da Figura 20, nos

mostra que a declividades no terreno são pequenas sendo maior identificados no terreno menor

localizado na Avenida Waldemar Alves com João Arruda Brasil, sendo melhor analisado pelas

imagens a seguir:

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Figura 21: Área de menor mudança Topográfica.

Fonte: Google Earth (2018), modificado pela autora (2018).

Através deste corte da área II, a maior do projeto, representado na Figura 21,

localizado na rua Rangel Pestana e Avenida dos Araçás, é possível identificar pouca alteração

em sua topografia, tendo dois pontos de elevação apenas 399 m como máxima e 398m como

mínima e sendo observado apenas uma inclinação máxima de 1,8% sendo bem sutil pela

extensão traçada no corte de 205m.

Figura 22: Área de maior mudança Topográfica.

Fonte: Google Earth (2018), modificado pela autora (2018).

Na outra área (Figura 22) já é identificado uma maior mudança em sua topografia,

área identificada na Área I, na Avenida Waldemar Alves com João Arruda Brasil, sendo

apresentado no corte analisado 3 pontos de elevações mínima de 395m, média 396 m, e máxima

398 m, sendo identificado também uma perda de elevação de 2,66m mesmo sendo maior

comparado ao outro terreno ainda é sutil de modo geral, não trazendo grande interferências nas

construções já existentes.

2.9 Mapa de Cheios e Vazios e Vegetação.

Através do mapa do plano diretor foi identificado áreas verdes no entorno da área do

projeto, como mostra a Figura 23, praças que em sua maioria se encontram com falta de

equipamentos como bancos, lixeiras e iluminação, um exemplo a Praça São João que ainda

cotam que a presença de moradores de ruas vivendo nela, e o problema dos pombos nas

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Praças Getúlio Vargas e João Pessoa.

Figura 23: Mapa de Cheios e Vazios e Vegetação.

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

Com isso concluímos que apesar de várias áreas destinadas ao uso público as mesmas se

encontram em mal estado e sem equipamentos para o uso devido e até mesmo segurança da população

que delas utilizarem, sendo necessário um espaço público para abrigar a população destes locais que tem

a carência de espaços públicos de qualidades que não são proporcionados.

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2.10 Mapa de Gabarito de Altura

Figura 24: Mapa de Gabarito de Altura

Fonte: Plano Diretor de Araçatuba (2006), modificado pela autora (2018).

Através da análise da Figura 24, podemos concluir que nas áreas onde é proposto o projeto não

temos a presença de grande quantidade de edifícios de dois andares ou mais, mantendo predominante a

lotes térreos e com até um andar (sobrado). Além disso é identificado próximo as áreas lotes vazios e

com vegetação. Podemos trazer como benefício para o projeto sem a presença de lotes com edificações

altas em suas proximidades, onde favorece na iluminação natural para o projeto, sem sombreamento, e

sua ventilação livre possibilitando o uso de técnicas para conforto térmico sustentável ao projeto.

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3 REFERÊNCIAIS PROJETUAIS

3.1 Pinacoteca

Figura 25: Praça da Luz e atrás a fachada da Pinacoteca.

FONTE: Meu Conto de Fada (2017).11

A Pinacoteca de São Paulo fica localizada na Praça da Luz (Figura 25), no bairro Bom

Retiro em São Paulo, foi elaborada no ano de 1896 pelo projeto do escritório de Ramos de Azevedo e o

desenho de Domiciano Rossi, onde mais adiante sofrera diversas alterações em que algumas delas foram

proporcionadas por Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli, Weliton Ricory Torres. Sua área conta

com 10.815,0m² total, onde surgiu do intuito e abrigar o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, mas

como já mencionado, nunca foi completamente construído devido a várias alterações realizadas para

manutenções do prédio devido a sua degradação com o passar dos anos, e pôr o mesmo ter mais de um

século de existência. Mais adiante o local foi convidado pelo Secretário do Interior e da Justiça de São

Paulo para ser a Galeria de Pintura do Estado — Pinacoteca (ARCHDAILY, 2015).

O principal objetivo do projeto foi a adequação do edifício às necessidades técnicas e

funcionais para receber definitivamente a Pinacoteca do Estado, o espaço abrigou diversas exposições

e um acervo riquíssimo de obras, uma variedade de cursos voltados para arte, além de integrar-se e trazer

várias outras instituições com atividades semelhantes no mesmo prédio durante o decorrer dos anos

(VITRUVIOS, 2000).

11 Disponível em: https://meucontodefada.blogspot.com.br/2017/07/arquiteturasaopaulo.html. Acessado

em: 15 abr. 2018.

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Figura 26: Fachada da Pinacoteca.

FONTE: Archdaily (2015).12

Em 1994 ocorre uma reforma geral no edifício proporcionada por Paulo Mendes da

Rocha, onde nesta época toda extensão do prédio é ocupada pela Pinacoteca. Nesta modificação

foram feias duas alterações de importância para o projeto, sendo uma a rotação do eixo principal

de visitação, sendo implementado acessos por pontes de espaços que anteriormente eram

abertos, possibilitando maior locomoção internamente, além de uma linda iluminação natural

nestes espaços abertos formados por claraboias. E a segunda, é a modificação da entrada

principal, que passa a ser pela Praça da Luz identificada na Figura 26, Figura 27 e 28

(PINACOTECA, 2018).

Figura 27: Passarelas realizado no Projeto. Figura 28: Troca da entrada da Pinacoteca

FONTE: Archdaily, (2015).13 FONTE: Archdaily, (2015).14

12 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado-de-sao-paulo-paulo-

mendes-da-rocha. Acessado em: 15 abr. 2018. 13 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado-de-sao-paulo-paulo-

mendes-da-rocha. Acessado em: 15 abr. 2018. 14 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado-de-sao-paulo-paulo-

mendes-da-rocha. Acessado em: 15 abr. 2018.

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A construção original foi mantida como encontrada, inclusive as intervenções anteriores.

Todas as intervenções propostas pelo projeto foram pensadas no todo de forma que ficasse

evidente sua distinção. As fachadas externas foram preservadas, sua alvenaria de tijolos

aparentes (Figura 29) é uma imagem forte e marcante na cidade. Aço foi o principal material

construtivo adotado (Figura 30), ele está presente nas passarelas, nos elevadores, nos parapeitos,

nas novas escadas, nas estruturas dos novos pisos e coberturas, nas esquadrias e nos forros,

onde seu uso foi devido a diferenciação deste material usado com os da construção original,

distinguindo entre o novo e o antigo (ARCHDAILY, 2015).

Figura 29: Cobertura de Abóbodas de Vidro e Aço. Figura 30: Intervenção na antiga Entrada

FONTE: Archdaily, (2015).15 FONTE: Archdaily, (2015).16

O uso desta obra como referência projetual em meu trabalho final de graduação, se

dá exatamente pela diferenciação explicita no uso dos materiais para distinguir o novo do velho,

e que essas modificações sejam sutis sem deixar o projeto desarmônico, onde será utilizado

também o aço como um dos materiais para intervenção de meu projeto. Outro ponto que irei

utilizar como referência desta obra em meu projeto é o uso da estrutura atual para o projeto,

onde a intervenção proposta será mínima para não descaracterizar o Patrimônio Histórico

exatamente por sua importância na memória individual e coletiva da população local (IPHAN,

1964).

15 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado-de-sao-paulo-paulo-

mendes-da-rocha. Acessado em: 15 abr. 2018. 16 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado-de-sao-paulo-paulo-

mendes-da-rocha. Acessado em: 15 abr. 2018.

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3.2 Sesc Jundiaí.

Figura 31: Vista do SESC de Jundiai e seu Entorno.

FONTE: Archdaily, (2015).17

Localizado em Jundiaí em São Paulo esse projeto do Centro de Lazer do SESCSP

– Serviço Social do Comércio do Estado foi construído entre os anos de 2008 a 2014 tendo sua

fundação em 2014 (Figura 31), projetado por Christina de Castro Mello e Rita Vaz, por seu

escritório Teuba Arquitetura e Urbanismo, que ganha destaque pelo seu programa de

ativida0des inovador, com atividades de lazer, integrando as diferentes manifestações da

cultura: os esportes, as artes, a leitura, a saúde, disponível para todos os cidadãos em geral e

em particular para os trabalhadores do comércio e serviços (ARCHDAILY, 2015).

Tem como objetivo a inserção de um projeto na cidade em um terreno diferente por

seu formato longo e estreito, junto ao Rio Jundiaí e ao Jardim Botânico em um espaço

importante da cidade, resgatando características da arquitetura moderna brasileira: a articulação

de opostos, a leveza, a transparência dos espaços, e a integração dos espaços internos e externos

(ARCHDAILY, 2015).

17 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767462/sesc-jundiai-teuba-arquitetura-e-urbanismo

?ad_medium=widget&ad_name=navigation-prev. Acessado em: 15 abr. 2018.

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Figura 32: Vista do Interior do SESC de Jundiai.

FONTE: Archdaily, (2015).18

O edifício é composto de dois volumes, onde em sua junção um grande vazio central

interligando espaços é formado trazendo possíveis encontros aleatórios no prédio, com a

presença de vegetação nestes espaços e aberturas que trazem iluminação e ventilação natural.

Onde o pavimento térreo apresenta um grande hall (Figura 32) de acesso onde neste andar

apresenta várias atividades como teatro e respectivas áreas de apoio, vestiários das piscinas,

setor médico, ambientes técnicos e acesso as áreas de esporte externas. A frente do grande hall

e no térreo do bloco vertical temos biblioteca, a oficina de tecnologia da informação, o espaço

brincar, as áreas de ginástica e atividade física, vestiários esportivos e a clínica de odontologia.

Já no Pavimento superior integrado ao pavimento térreo pelo vazio do grande hall como mostra

a Figura 32, o projeto traz espaços expositivos, de estar, alimentação, o ginásio de múltiplo uso,

e as piscinas e espaços administrativos, atividades essa que traz um programa de necessidade

bastante moderno e inovador como o fluxo de atividades oferecido no projeto (ARCHDAILY,

2015).

18 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767462/sesc-jundiai-teuba-arquitetura-e-urbanismo

?ad_medium=widget&ad_name=navigation-prev. Acessado em: 15 abr. 2018.

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Figura 33: Programa de Necessidade e Fluxograma do SESC.

FONTE: Archdaily, (2015).19

O projeto traz algumas soluções técnicas simples sem deixar de trazer alguns dos

princípios do projeto, um exemplo, é o uso dos espaços das coberturas dos blocos como um

terraço com jardins e marquises, como área de estar, lazer, exposições, ginásticas e jogos com

belo visual do jardim botânico, da cidade e da Serra do Japi, que é o caso do bloco horizontal

(Figura 33). As circulações curvas do bloco horizontal trazem ao andar a cada passo, um novo

olhar onde, com o uso das esquadrias compostas de grandes panos de vidro estruturados por

perfis de aço trazem transparência possibilitando a integração do dentro e fora, e assim oferece

mais iluminação natural ao local reduzindo o uso de energia. E para garantir a ventilação

cruzada foram projetadas aberturas no pavimento térreo e no pavimento superior junto à

cobertura, como mostrado na Figura 36 e 37 proporcionando a renovação do ar sem necessidade

de equipamentos e gastos com energia por efeito chaminé (ARCHDAILY, 2015).

19 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767462/sesc-jundiai-teuba-arquitetura-e-urbanismo?

ad_medium=widget&ad_name=navigation-prev. Acessado em: 15 abr. 2018.

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Figura 34: Corte Lateral SESC do Jundiaí.

FONTE: Archdaily (2015).20

Figura 35: Croqui esquemático da Fachada do SESC Jundiaí.

FONTE: Archdaily (2015).21

Escolhi este projeto como referencial devido ao inovador programa de necessidade (Figura

33) apresentado e oferecido a população, a variedade de atividade para todos os tipos de idade e gostos

pela cultura, algo que quero trazer para o centro cultural que estou propondo, além disso o uso de um

lugar específico da cidade, onde há a importância do entorno para o conceito do projeto e a consideração

que tiveram para com a paisagem local com sua construção é um importante conceito do projeto. O

20 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767462/sesc-jundiai-teuba-arquitetura-e-

urbanismo?ad_ medium= widget&ad_name=navigation-prev. Acessado em: 15 abr. 2018. 21 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/767462/sesc-jundiai-teuba-arquitetura-e-urbanismo?ad_

medium =widget&ad_name=navigation-prev. Acessado em: 15 abr. 2018.

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projeto traz também toda iluminação natural, a transparência do local permite maior interação com o

externo e interno do projeto como mencionado, além de sua técnica de ventilação que também é um

referencial muito bem visto para o projeto estudado (ARCHDAILY, 2015).

3.3 Sesc Pompéia.

Figura 36: Vista lateral do SESC Pompéia.

FONTE: Archdaily (2013).22

Durante nove anos 1977 a 1986 foi desenvolvido com Lina Bo Bard o projeto do

SESC-Pompéia, no bairro da Barra Funda em São Paulo, uma readequação da antiga fábrica de

tambores dos Irmãos Mauser que, posteriormente, foi sede da Ibesa-Gelomatic. A construção

de três volumes de concreto aparente surgem ao lado dos antigos galpões da fábrica de tambores

da Pompéia como mostrada na Figura 36: um prisma retangular de trinta por quarenta metros

de base e quarenta e cinco metros de altura; um segundo prisma retangular, menor e mais alto

que o primeiro, de quatorze por dezesseis metros de base e cinquenta e dois metros de altura; e

um cilindro de oito metros de diâmetro e setenta metros de altura como terceiro volume

22 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-

slash-lina-bo-bardi. Acessado em: 15 abr. 2018.

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(ARCHDAILY, 2013).

A imagem de uma antiga fábrica, local de trabalho duro a sua transformação em

centro de lazer, sem o apagamento dessa história, fazem do SESC Pompéia um espaço especial.

O cuidado da recuperação em deixar todos os detalhes da antiga fábrica evidentes aos olhos dos

visitantes, nos detalhes nas paredes, nos pisos, telhados e estruturas, ou na linguagem das novas

instalações, fez com que o espaço ganhasse uma nova vida de Centro de Lazer com alma e

personalidade (ARCHDAILY, 2013).

Figura 37: Imagem da vista aérea da Fábrica de Pompéia.

FONTE: Vitruvius (2008).23

Com relação a ideia do seu conceito o projeto foi idealizado com um Centro de

Lazer, e não cultural ou desportivo como sempre imaginamos em projetos desse feitio, pois

Lina não achava que o nome Cultural no projeto poderia ser algo muito amplo em seu

significado e no caso de desportivo a incentivaria a competição dentro das possibilidade de

atividades que o local trazia, ela dizia que o local era feito para se contemplar, um espaço de

lazer apenas, por isso o motivo de ser um Centro de Lazer e constitui assim, uma das poucas

praças públicas coberta com todo o conforto e infraestrutura oferecido por este projeto

(VITRUVIUS, 2008).

Com relação a detalhes técnicos do projeto, sua circulação e feita na vertical (Figura

38) e horizontal, e suas janelas se configuram simplesmente aberturas irregulares de forma

intencional, criadas a partir de moldes de isopor embutidos durante a concretagem, onde suas

23 Disponível em: http://vitruvius.com.br/jornal/agenda/read/4088. Acessado em: 15 abr. 2018.

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marcas são perceptíveis na largura dos muros, assim como as marcas das madeiras são

perceptíveis no exterior dos volumes e em seu Interior onde formas retangulares de plástico são

identificadas (ARCHDAILY, 2013).

Figura 38: Corte Lateral do Sesc Figura 39: Vista dos detalhes das janelas e da Passarela.

FONTE: Archdaily (2013). 24 FONTE: Archdaily (2013). 25

A quina do prisma maior é paralela ao prisma menor, de modo a criar duas faces

paralelas onde possibilita que partem quatro níveis de passarelas de concreto protendido

aparente que dão acesso aos pavimentos do prisma maior. Entre os dois prismas, abaixo das

passarelas, passa o córrego Água Preta, que fica oculto pela sobreposição de um píer de madeira

(ARCHDAILY, 2013).

Cada uma das passarelas elevadas apresenta um desenho diferente, ainda que sob

as mesmas regras: partem de uma mesma abertura no prisma menor e se ramificam levando a

duas aberturas ao prisma maior. Têm dois metros de largura e peitoris de um metros e vinte

centímetros. As passarelas formam desenho de um V e as vezes um Y (Figura 39), mas sempre

se distingui de um andar ao outro, por em alguns andarem se convergirem ou bifurcar formando

sempre os desenhos mencionados, mas com proporções e angulações diferentes

(ARCHDAILY, 2013).

24 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-

slash-lina-bo-bardi. Acessado em: 15 abr. 2018 25 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-

slash-lina-bo-bardi. Acessado em: 15 abr. 2018

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O referencial utilizado em meu projeto é pela importância do reuso do espaço

histórico Industrial (Figura 40) e dar nova atividades ao mesmo, preservando sua história, e a

memória do lugar, além de respeitar o terreno utilizado e suas condições naturais sem agredi-lo

como foi feito no caso do córrego águas pretas que foi preservado no projeto. Além disso, o

projeto traz uma fluidez e delicadeza em seus fluxos interligando três blocos de arquitetura

moderna para a época.

Figura 40: Espaço interno com iluminação Natural.

FONTE: Archdaily (2013).26

26 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-

slash-lina-bo-bardi. Acessado em: 15 abr. 2018

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4 O PROJETO

4.1 Conceito

Figura 41: Diagrama de Conceito

FONTE: Autoria (2018)

O projeto Centro Cultural de Araçatuba traz o seu conceito de memória como

diretriz, e as palavras que me norteou para chegar a esse conceito foi História, Desenvolvimento

e Economia. Não tem como não pensar nestes locais onde serão realizados o projeto, sem pensar

na importância Histórica que eles tem na cidade, marcam uma passagem na história do Brasil,

que foi a acessão indústria agropecuária e queda no pais, e como mais uma das cidades do

interior paulista que se desenvolveu em meados da linha férrea, assim sendo de fundamental

importância a história desses locais para a memória da cidade e dos cidadãos.

A outra palavra que norteou o conceito foi desenvolvimento, através dos lugares

do projeto e de sua antiga função, se desenvolveu os traços da cidades suas malhas viária, a

partir daquela linha férrea que traçava a avenida João Arruda Brasil, foi implantado a bairro

industriais e os comércios da cidade assim a função dos galpões e seus antigos usos foram de

fundamental importância no desenvolvimento da cidade, a organização de bairros e malhas

viárias e como se configurou a cidade trazendo a memória da cidade e seu desenvolvimento..

A terceira palavra que levou ao conceito Memória foi economia, que modificou ao

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longo do tempo e na época que galpão ainda tinha suas atividades, a principal economia da

cidade era a agropecuária, os locais foram fundamentais para economia da cidade na época e

assim para seu desenvolvimento e sua história de surgimento, tudo isso me levou ao conceito

do projeto Memória.

A memória da história das cidades de seu desenvolvimento em malha e economia

é presente nos galpões utilizado no projeto como uma identidade construída nas cidades, sendo

sinônimo de lembranças e momentos vividos guardado na memória dos cidadãos de Araçatuba.

4.2 Partido Arquitetônico

Figura 42: Diagrama de Partido Arquitetônico

FONTE: Autoria (2018)

Após termos entendido as diretrizes que tive para chegar a palavra Memória como

conceito, as palavras anteriormente citadas utilizei como princípios para o partido utilizado. O

uso da distinguibilidade, técnicas utilizadas para a realização de restauros de edifícios

patrimoniais e históricos de forma que suas modificações sejam feitas para distinguir o que era

existente do que será feito para que sejam visível as intervenções feitas sem modificar sua

importância histórica, isso através de materiais utilizados ou formas que foi o que utilizei nas

modificações nos galpões.

A outra forma de trazer o conceito memória através presente no edifício é através das

atividades propostas no Centro Cultural de Araçatuba, elas propõem atividades em conjuntos e

individuais para que possamos através de convívios e experiencias vividas, armazenar

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memórias individuais e coletivas. E a outra forma de também possibilitar esses possíveis

registros de memórias individuais e coletivas é representada através dos espaços novos

propostos com a retiradas de paredes internas dos locais e os layouts novos propostos. É

possível a relações em grupos, possíveis encontros com pessoas diferentes a todo dia, ou

espaços para uma reflexão individual, trazendo essas variedades não só nas atividades

propostas, mas também nos espaços oferecidos.

.

4.3 Programa de necessidades

No caso do Galpão da Cobrac, onde ocorreu maior mudanças no projeto original, todo

o programa de necessidade foi pensado em estar ligando ambientes para várias funções e para

que ambientes de atividade das oficinas pudessem sempre manter contato com os ambientes

abertos dos prédios como os canteiros de vegetação. Já no prédio do Complexo Matarazo não

ocorreu muitas mudanças devido a seu programa de necessidade original e sua boa organização

sendo melhorado apenas nos sanitários e com relação a acessibilidades.

Figura 43: Programa de Necessidades Complexo Matarazo

FONTE: Autoria (2018)

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Figura 44: Programa de Necessidade Galpão Cobrac

FONTE: Autoria (2018)

4.4 Fluxograma

No fluxograma é identificado acessos amplos de um ambiente ao outro devido à grande

comunicação entre os ambientes, eles mantem essa comunicação. Além disso, as áreas verdes

acessos aos galpões são encontrados por toda parte dos edifícios mantendo essa sua

característica original e trazendo a relação do interno e externo dos galpões.

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Figura 45: Fluxograma Complexo Matarazo

FONTE: Autoria

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Figura 46: Fluxograma Galpão da Cobrac

FONTE: Autoria

4.5 Setorização e Implantação

A setorização do galpão do Complexo Matarazo não ocorreu grandes

modificações como já mencionado, devido a sua organização existente ideal para o projeto,

apenas foi instalado mais um Sanitário sendo acessível um de casa lado, além da ampliação de

algumas salas e reorganização dos vestiários principal existente.

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Figura 47: Setorização e Implantação

FONTE: Autoria

Já no Galpão da Cobrac é identificado uma maior mudança como a maioria das aberturas

das paredes que dividem um arco da cobertura da outra, paredes internas que com sua saída

abriu maior espaços entre os ambientes , além da criação da cantina e da praça de alimentação,

de um setor administrativo e de canteiros verdes que contribui para o seu conforto térmico

interno.

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Figura 48: Setorização e Implantação

FONTE: Autoria

Figura 49: Legendas Setorização

FIGURA: Autoria

4.6 Croquis e Volumetrias

A volumetria predominante dos galpões foi mantida devido a sua identidade na

paisagem e na história da cidade, sendo alterada apenas nas fachadas sudeste e nordeste do

Complexo Matarazo e na fachada Norte do Galpão da Cobrac com elementos vazados para

ajudar em seu conforto térmico interno.

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Figura 50: Fachada Sudeste Complexo Matarazo

FONTE: Autoria (2018)

Figura 51: Fachada Norte Galpão Cobrac em vista 3D da proposta

FONTE: Autoria (2018)

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Figura 53: Fachada Norte Galpão Cobrac Volumetria

FONTE: Autoria (2018).

Figura 54: Modificações na fachada Norte Galpão Cobrac

FONTE: Autoria (2018)

Figura 55: Modificações fachadas Sudeste e Nordeste Complexo Matarazo

FONTE: Autoria (2018)

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4.7 Proposta Projetual

O projeto Propõem um restauro de dois Galpões antigos da cidade, para um novo

uso, agora como um centro cultural, assim no projeto foram utilizadas técnicas de restauro

como mínimas intervenções e de distinguibilidade para que as modificações nos prédios

possam ser feitas sem agredir seu contexto histórico e suas características que reforce sua

história. Porem a área em que se propondo os restauros se encontravam bastante deteriorada

com principalmente no Galpçao da Cobrac, sendo que no Complexo Matarazo atualmente vem

passando por melhorias para sua reabertura.

Figura 56: Planta de reforma Complexo Matarazo

FONTE: Autoria (2018)

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Figura 57: Planta de Reforma Galpao Cobrac

FONTE: Autoria (2018)

4.8 Sustentabilidade Ambiental

As técnicas de sustentabilidades através de técnicas empregadas no projeto é a do

reuso das águas pluviais do Galpão da Cobrac através da Cisterna, e o uso de placas

fotovoltaicas para economia no uso de energia nos dois Galpões. Agora com relação a

orientação solar e ventos dominantes foi implantados espelhos d’águas que foram inseridos no

sentido dos ventos dominantes, para que a unidade dos mesmos seja levada para o interior do

galpão podendo contribuir pra com seu conforto interno, e para que isso ocorresse de forma

certa , foi retirado paredes internas que obstruía essa circulação de ventos, assim os dois

Galpões recebem ventilações cruzadas porem no Galpão da Cobrac é identificada a ventilação

de efeito chaminé devido as aberturas em sua cobertura; Nessas áreas que as coberturas são

abetas foi elaborados deques com vegetações que permite essa mais umidificação do ar

internamente, e contribui com a ventilação interna também.

Na fachada Oeste do galpão da Cobrac foi inserido em toda parede o Brise

elaborado para este projeto, para que o sol que nesta fachada é intenso tenha um efeito menor

já que aquele lado se localiza o lado administrativo do galpão. As outras formas mais simples

de sustentabilidades o uso de tintas térmicas que inibe a temperatura interna dos galpões e o

uso de iluminações naturais devido à grande quantidade de aberturas nos galpões.

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Figura 58: Imagem em 3D do Brise elaborado na Fachada Oeste

FONTE: Autoria (2018)

Figura 59: Sistema de Sustentabilidade Complexo Matarazo

FONTE: Autoria (2018)

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Figura 60: Sistema de Sustentabilidade Galpão Cobrac

FONTE: Autoria (2018)

Figura 61: Legenda Sistemas de Sustentabilidade

FONTE: Autoria (2018)

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4.9 Materialidade e Sistemas Construtivos

Os materiais utilizados no projeto foram de forma que contrastasse o já existente

para que assim trouxesse a distinguibilidade ao projeto sendo um dos partidos arquitetônicos.

O projeto em sua construção atual traz a cerâmica existente na construção, e o ideal da

diferenciação nos novos matérias é o uso da estrutura metálica em forma de grelha, formadas

por tubos de 15 cm x 15 cm e um chapa 6 com 4,913 mm de espessura por cima, em todo

mezanino. É utilizado a Tecnologia Strell Frame para as novas paredes internas dos Galpões

facilitando sua construção e contribuindo para a acústica do local além de ser uma tecnologia

nova.

A cobertura do galpão substituiria as telhas existente por telhas sanduiches, e toda parte

de forro das novas salas instaladas serão de gesso. Toda suas janelas e portas serão substituídas

por novas em material metálico, assim como os vidros. O piso permanecerá da forma que está

mantendo a indentidade do local.

4.10 Acessibilidade

A acessibilidade é presente em todo o projeto devido ao desnível do terreno de

um metro de lado ao outro nos dois galpões, portanto foi inserido em todo acesso ao nos dois

galpões rampas de acessos com corrimão nas medidas adequadas, conforme a NBR 9050, além

da presença de em toda parte externa do projeto piso tátil direcional e o alerta. Outra forma de

acessibilidade presente no projeto é a existência de um espaço na arquibancada para cadeirantes

na Galpão do Matarazo e os sanitários para deficiente e sanitários e vestiários adaptáveis.

4.11 Paisagismo

Os tipos de vegetações utilizadas foram em sua maioria típicas da região e até

mesmo já presentes nos locais que possam estar aguentando a intensidade do calor em

Araçatuba.

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Figura 62: Vegetações presentes no projeto

FONTE: Autoria

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com isso, trouxe um projeto de um centro cultural para a cidade Araçatuba em uma

área abandona da cidade, porem que tem sua importância histórica fixada no local e assim que

agregue seu valor humano em relação ao projeto para a população, fornecendo um espaço novo,

diferenciado que na cidade não tem e reintegrando o local a sua nova paisagem da cidade.

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