cf 2015 - tb 3a parte

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CF 2015 – Texto Base 3ª Parte - AGIR

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Slide sobre a Campanha da Fraternidade.

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CF 2015 Texto Base3 Parte - AGIR

Igreja e sociedade: servio, dilogo e cooperao Na Constituio pastoral Gaudium et Spes, a Igreja expressou de modo claro a relao que existe entre a misso que lhe prpria e a responsabilidade que ela tem de colaborar com a sociedade. Consciente disso, ela atua em favor de tudo o que eleva a dignidade humana, consolida a coeso social e confere sentido mais profundo atividade humana. A Igreja pensa que, por meio de cada um dos seus membros e por toda a sua comunidade, pode ajudar muito a tornar mais humana a famlia humana e a sua histria. Convida a que no se oponham, infundadamente, as atividades profissionais e sociais, por um lado, e a vida religiosa, por outro. E adverte: o cristo que descuida dos seus deveres temporais falta aos seus deveres para com o prximo e at para com o prprio Deus, e pe em risco a sua salvao eterna. (GS, n. 42)Igreja e sociedade: servio, dilogo e cooperao Outro critrio fundamental para sua atuao a ateno aos pobres e sofredores, s periferias existenciais, como as denomina o Papa Francisco. Como eu gostaria de uma Igreja pobre para os pobres, disse ele aos jornalistas logo depois de sua eleio como Bispo de Roma. Na homilia que pronunciou em Lampedusa, a ilha dos nufragos prfugos, mencionando a tragdia da morte dos pobres, ele recorda que quando no estamos atentos ao mundo em que vivemos ficamos desorientados, envolvidos pela cultura do bem-estar que leva globalizao da indiferena: habituamo-nos ao sofrimento do outro, no nos diz respeito, no nos interessa, no responsabilidade nossa (homilia do dia 08 de julho de 2013). Em sua Exortao Apostlica Evangelii Gaudium, dedicou amplo espao incluso social dos pobresIgreja e sociedade: servio, dilogo e cooperao A trajetria da atuao da Igreja na sociedade assume novos desafios conforme o tempo, os contextos e as transformaes sociais. Os novos tempos exigem da Igreja um discernimento, luz do Esprito Santo, para continuar o servio na sociedade segundo os critrios do Evangelho. A quinta urgncia proposta pelas Diretrizes Gerais da Ao Evangelizadora 2011 2015, Igreja a servio da vida plena para todos, um indicativo deste novo caminho. Os desdobramentos da urgncia se estendem ao cuidado e proteo da dignidade humana em todas as etapas da sua existncia: o cuidado com a famlia, com as crianas, os adolescentes e jovens, com os trabalhadores e trabalhadoras. Indica tambm a necessria ateno aos migrantes nas suas diferentes realidades, a promoo de uma sociedade que respeite as diferenas, o combate ao preconceito e discriminao, o apoio a iniciativas de incluso social dos indgenas e afrodescendentes, entre outras.Igreja e sociedade: servio, dilogo e cooperao 1 Os critrios: dignidade humana, bem comum e justia socialDe acordo com a Doutrina Social da Igreja, que encontrou na Gaudium et Spes um de seus pontos altos, a dignidade da pessoa humana, o bem comum e a justia social so os critrios a partir dos quais a Igreja discerne a oportunidade e o estilo de seu dilogo e de sua colaborao com a sociedade. por esses mesmos valores que ela pauta sua prpria atuao, enquanto fora de transformao deste mundo luz do Reino de Deus, anunciado e mostrado presente por Jesus Cristo.

Os critrios: dignidade humana, bem comum e justia social1.1. Proteo dos direitos fundamentaisO servio prestado pela Igreja vida compreende a proteo ao ser humano, especialmente aos mais fragilizados, e aos seus direitos, universais e inalienveis, como expresso na doutrina social.No Brasil, alguns direitos bsicos ainda carecem de avanos para serem disponibilizados a toda a populao: direito gua limpa e potvel, direito alimentao, direito moradia, direito liberdade, direito manifestao poltica, direito educao, direito manifestao religiosa publicamente. Sem eles, no se verificam as condies indispensveis para a pessoa chegar plenitude da vida. O fundamento de todos estes direitos o direito vida, desde a sua concepo at o fim natural. Todo empenho pelos direitos comea por esse direito, pois a vida dom e graa de Deus, e a ele pertence. Os critrios: dignidade humana, bem comum e justia social1.2. O bem comum: promoo e defesa da justia socialA f crist deve incidir em todas as dimenses da vida, e no s no mbito privado. Ela deve chegar expresso poltica, que apresenta entre suas finalidades principais a promoo do bem comum e da justia social. O prprio Conclio Vaticano II afirma que a f obriga os fiis a cumprirem seus deveres terrenos e a colaborar, com boa vontade e competncia, nos mais variados campos da vida social.Os critrios: dignidade humana, bem comum e justia socialA melhoria das condies de vida dos brasileiros ainda no se traduziu em melhorias nas condies estruturais de vida da populao, sobretudo dos necessitados. Nesse sentido, oportuno lembrar: a luta pela reforma agrria e as condies do trabalho no campo; as relaes de trabalho que compreendem o salrio justo e o emprego decente; o acesso moradia. No caso dos indgenas, urgente a demarcao dos territrios e a mediao nos locais onde existem agricultores que possuem ttulo. No caso das comunidades quilombolas e comunidades tradicionais, urgente que o poder executivo demarque os territrios e os proteja da especulao imobiliria. Outra urgncia estabelecer polticas pblicas de incluso social de milhares de excludos.

Os critrios: dignidade humana, bem comum e justia social2 - O servio da Igreja Sociedade2.1. Uma Igreja em sadaO Papa Francisco chama todos os batizados a uma converso missionria. O mandato missionrio recebido de Jesus Cristo (cf. Mt 28,19-20) pede uma Igreja em sada para testemunhar a alegria do Evangelho, da vida em Jesus Cristo. Diz o Papa: No quero uma Igreja preocupada com ser o centro; e ainda: Mais do que temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos do uma falsa proteo O servio da Igreja SociedadeAs comunidades precisam se converter misso. O contexto de pluralismo no pode ser motivo de fechamento e rejeio sociedade.O Papa Francisco, quando no Rio de Janeiro, a partir da imagem dos discpulos de Emas (cf. Lc 24,13-15), falou sobre que atitude espera da Igreja em relao s pessoas que experimentam desorientao e um vazio interior na sociedade, at em decorrncia de decepes religiosas. So provocaes desafiadoras:uma Igreja que no tenha medo de entrar na noite deles;uma Igreja capaz de encontr-los no seu caminho;uma Igreja capaz de inserir-se na sua conversa;uma Igreja que saiba dialogar com aqueles que vagam sem meta, com desencanto, desiluso, at mesmo do cristianismo;uma Igreja capaz de acompanhar o regresso a Jerusalm.

O servio da Igreja Sociedade2.2. O discernimento evanglicoPara o Papa Francisco, trata-se de uma capacidade sempre vigilante de estudar os sinais dos tempos, ou de ver o que Deus pede de ns. O Papa afirma ainda que o discernimento evanglico uma responsabilidade grave. Diante de algumas realidades desafiadoras, se no se encontrarem boas solues, elas podem resultar em processos de desumanizao de difcil enfrentamento. preciso discernir o que pode ser fruto do Reino e o que atenta contra o projeto de Deus para a vida pessoal, comunitria e social. O servio da Igreja SociedadeSugestes para aes concretas:Refletir nas famlias sobre o que edifica a vida e o que no gerador de vida, e sobre estratgias de soluo;Promover momentos para exercer o discernimento evanglico acerca do que ocorre na comunidade, bairro, cidade, e identificar ameaas vida (pontos de vendas de entorpecentes, prostituio, trfico de pessoas, pessoas em situao de misria, fatos ocorridos com pessoas, famlias e outros);Pensar em formas de contribuir para a resoluo de tais situaes, considerando as capacitaes requeridas para as aes de enfrentamento da realidade identificada.

O servio da Igreja Sociedade2.3. A ao das pastorais sociaisA Igreja Catlica tambm participa efetivamente da sociedade por meio das pessoas que atuam nas pastorais sociais. Por meio delas, expressa a solicitude e o cuidado com as pessoas em situaes de marginalizao, excluso e injustia, como o empenho sociopoltico da sua ao evangelizadora nas complexas questes sociais ameaadoras da vida. Enfrentar e superar estas realidades compromisso dos seguidores de Jesus Cristo e exigncia do Reino por Ele anunciado.Este compromisso social com grupos de necessitados e fragilizados gerou a construo de propostas e metodologias de trabalho adequadas s circunstncias desses grupos. O servio da Igreja SociedadeSugestes para aes concretas:As comunidades precisam conhecer servios mediante os quais a Igreja se faz solidria aos pequeninos da nossa sociedade e empenha-se pela superao das injustias e pela construo de relaes segundo o Evangelho na sociedade.O Papa Francisco tem feito apelo em prol daqueles que so descartados na sociedade. Ele pede que as comunidades se abram a este chamado, identifiquem esses grupos, sejam solcitas para com as pessoas e estruturem um trabalho com o apoio e a experincia das pastorais sociais.

O servio da Igreja Sociedade2.4. Dilogo e colaborao em vista do bem comumNa sociedade civil, encontramos muitas entidades e instituies que propem boas iniciativas, visando atender as necessidades da populao carente. A Igreja declara querer ajudar a promover todas essas instituies, na medida em que isso dependa dela e seja compatvel com a sua prpria misso.Repensar a prpria responsabilidade em relao sociedade em temas como: sustentabilidade, respeito aos direitos dos outros, liberdade religiosa, educao para a solidariedade, cuidado com os bens pblicos.Criar servios a partir das caractersticas da parquia e das capacitaes dos paroquianos (reforo escolar, biblioteca comunitria, mutires de ajuda e outros). O servio da Igreja SociedadeO dilogo com a sociedade compreende tambm o princpio do dialogo ecumnico e inter-religioso. Assumir causas em comum, especialmente causas de defesa e promoo da vida, que sustentam a dimenso servidora das instituies religiosas, um caminho frtil para essa aproximao.Aprofundar a prpria experincia religiosa;Educar para o respeito liberdade religiosa, a superao de preconceitos, o reconhecimento dos direitos humanos e a rejeio das injustias;Desenvolver a capacidade de dilogo com pessoas de outras denominaes religiosas e de posies diferentes da prpria posio;Descobrir, em pessoas de outras Igrejas, possveis construtores de um mundo melhor e partilhar experincias, ensinando e aprendendo.

O servio da Igreja Sociedade2.5. A superao da violncia e a construo da pazUm dos mais srios problemas com o qual a sociedade brasileira se debate na atualidade a violncia. As pessoas anseiam viver em paz e segurana. Planejar e desenvolver aes pela superao da escalada da violncia um dos grandes servios a se prestar sociedade nos dias de hoje. As proposies para este objetivo no so muito fceis, mas seguem algumas:A comunidade insira o tema da paz em sua liturgia e orao;Articular com outros grupos religiosos momentos de orao pela paz em lugares simblicos;Conhecer as realidades prximas da comunidade que apresentem conflitos, para um discernimento sobre as melhores solues e contribuies possveis;Acompanhar famlias, jovens, gangues, escolas com incidncia de conflitos em vista de super-los; apoiar as iniciativas da sociedade organizada e de organizaes no governamentais, que visem a cultura da paz.

O servio da Igreja Sociedade2.6. Conselhos Paritrios e participao socialOs Conselhos paritrios se inscrevem entre os grandes legados da Constituio de 1988 e esto constitudos nos mbitos municipal, estadual e federal. A CNBB tem promovido encontros com os conselheiros que atuam na esfera federal. A iniciativa merece ser expandida para as demais esferas da Igreja. Alm do incentivo aos discpulos missionrios para participarem destes Conselhos em nome da Igreja, necessrio implantar processos de capacitao, com adequada formao, para atuarem com competncia. Esta representao deve se inscrever em projeto orgnico de aes da diocese ou comunidade de modo que os conselheiros no se sintam isolados ou assumam vis personalista na representao.

O servio da Igreja SociedadeSugestes para aes concretas:Inscrever a participao nos Conselhos Paritrios no plano pastoral da diocese ou parquia, como uma das formas de participao da Igreja na edificao do bem comum da sociedade;Esclarecer a comunidade sobre a importncia da participao nos Conselhos Paritrios;Obter informaes sobre os Conselhos Paritrios constitudos em seu municpio e sobre seu funcionamento;Escolher e preparar pessoas na comunidade para participarem em nome da/e como Igreja.

O servio da Igreja Sociedade2.7. Participao na Reforma Poltica A Igreja Catlica integra a Coalizo pela Reforma Poltica Democrtica e Eleies Limpas. Participou ativamente dos debates que definiram os termos deste projeto, que inclui: A proibio de financiamento de candidatos por empresas (pessoas jurdicas) e implantao do financiamento democrtico, pblico e de pessoas fsicas, ambos limitados;A adoo do sistema eleitoral chamado voto transparente, proporcional, em dois turnos, pelo qual o eleitor inicialmente vota num programa partidrio e posteriormente escolhe um dos nomes da lista ordenada no partido, com participao de seus filiados e acompanhamento da Justia Eleitoral e do Ministrio Pblico;

O servio da Igreja SociedadeA promoo da alternncia de homens e mulheres nas listas de candidatos dos partidos, porque o Brasil, onde as mulheres representam 51% dos eleitores, um Pas de sub-representao feminina, com apenas 9% de mulheres na poltica;O fortalecimento da democracia participativa, atravs dos preceitos constitucionais do Plebiscito, do Referendo e do Projeto de Lei de Iniciativa Popular, permitindo assim a sua efetividade, reduzindo as exigncias para a sua realizao e ampliando suas possibilidades de concretizao.

O servio da Igreja SociedadeSugestes para aes concretas:A participao dos discpulos missionrios no bem comum pelo processo poltico um direito e um dever, como cidados e do exerccio da misso; Que a comunidade no esteja alheia aos processos polticos na sociedade;Os discpulos missionrios devem ser esclarecidos e capacitados para discernir por eles mesmos a partir de Jesus Cristo e do projeto do Pai, em vista de opes construtivas para a sociedade;Convidar pessoas para debater, traar metas e estratgias de mobilizao, em vista da contribuio necessria reforma poltica.

O servio da Igreja Sociedade3. Viver a Campanha da FraternidadeA Campanha da Fraternidade visa despertar e nutrir o esprito comunitrio e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum, educando para a vida fraterna, a justia e a caridade, exigncias ticas centrais do Evangelho. oportuno frisar que a participao na Campanha promovida pela Igreja em todo o Brasil propicia pessoa e comunidade a oportunidade de se integrarem neste belo momento de comunho eclesial. A preparao da Campanha uma oportunidade para fortalecer laos comunitrios e animar a pastoral de conjunto. As dioceses, parquias, comunidades e grupos renam suas lideranas, estudem o tema e planejem sua realizao. O tema: Fraternidade: Igreja e Sociedade instigante, pois os fiis da comunidade so membros da sociedade e chamados a evangeliz-la em suas vrias dimenses.

Viver a Campanha da Fraternidade3.1. A coleta da SolidariedadeO tempo da quaresma um tempo penitencial e a verdadeira converso deve produzir frutos (cf. Mt 3,8). O primeiro gesto concreto de converso quaresmal para os discpulos missionrios a participao na vida da comunidade que serve e celebra. O segundo a oferta de doao em dinheiro na coleta da solidariedade, a ser realizada no Domingo de Ramos, dia 29 de maro. Esta coleta destinada aos pobres. Por meio deste gesto concreto, a Igreja d um testemunho de fraternidade e aponta o caminho cristo da partilha (cf. At 2,45) para a superao das grandes desigualdades presentes nas estruturas da sociedade brasileira.

A Coleta da SolidariedadeA coleta deste ano destina-se tambm a combater a fome no mundo, por meio de uma ao promovida pela Caritas, com o lema: Uma famlia humana, po e justia para todas as pessoas.A coleta no se resume a mera doao. Deve expressar o empenho quaresmal de converso.As comunidades sejam exortadas para a vivncia deste gesto concreto desde o incio da quaresma. necessrio motivar a comunidade para a coleta. A prestao de contas da destinao dos recursos dos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade, a distribuio de envelopes, e dinmicas segundo o critrio da comunidade podem contribuir para uma coleta mais consciente e participativa.