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Chamada de Casos - Regulamento
Dada a importância crescente do conhecimento para o desenvolvimento econômico,
a competitividade e sustentabilidade dos negócios, a efetividade da gestão pública e
o desenvolvimento de pessoas, a Comissão do Programa do KM Brasil 2018 convida
sua organização a submeter casos de iniciativas e programas de gestão do
conhecimento organizacional.
Os casos devem ilustrar como a gestão do conhecimento pode ser praticada de
forma relevante, gerando resultados e impacto no negócio e/ou propósito das
organizações ao abordar questões como, por exemplo:
• Aumentar a eficiência operacional e reduzir desperdícios com a disseminação
de boas práticas, uso efetivo de lições aprendidas, solução colaborativa de
problemas, acesso a expertise interna, entre outros métodos.
• Preservar o conhecimento da organização no desligamento de funcionários,
facilitar a transferência de know-how de especialistas ou acelerar o
aprendizado de funcionários recém-contratados.
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• Facilitar o acesso a conhecimento externo por meio de práticas como
benchmarking, parcerias estratégicas, inteligência competitiva e tecnológica,
crowdsourcing e cocriação, entre outras.
• Gerar inovação e retomar o crescimento por meio de um entendimento
profundo do setor, mercado e/ou cliente, domínio de tecnologias e soluções,
ou desenvolvimento de novos produtos e serviços.
• Alinhar a gestão do conhecimento com o negócio e a estratégia da
organização por meio de estratégias de conhecimento consistentes e
governança adequada das iniciativas de conhecimento.
1. Submissão do caso:
O caso deve ser encaminhado em forma de apresentação em arquivo Microsoft
PowerPoint versão 2010 ou posterior para o e-mail: <[email protected]>
Informações da Organização:
Organização: Nome da organização
Tipo de organização e setor:
• Público: administração direta ou indireta, paraestatais, legislativo,
judiciário, etc.
• Privado: agronegócio, alimentos e bebidas, automotivo, bens de
consumo, construção, energia, financeiro, mineração, transportes,
tecnologia, saneamento, varejo, etc.
• Terceiro setor: associações, fundações, organizações sociais, etc.
Porte da organização: informar se pequeno (até 99 funcionários), médio (entre
100 e 499) ou grande (500 ou mais).
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Associada à SBGC: informar se é ou não associada à SBGC
Informações do responsável pelo caso
Nome: do responsável pelo caso e pela apresentação
Contatos: e-mail e telefone do responsável pelo caso
Área/departamento: RH, processos, qualidade, TI, engenharia, etc.
Cargo/função: posição ocupada na organização
Informações do Caso
Titulo: nome ou título do caso
Tipo de caso: informar se o caso é uma iniciativa (projeto específico) ou um
programa de GC (conjunto de várias iniciativas)
Originalidade do caso: informar se já foi apresentado, onde e quando.
Descrição da organização: descreva brevemente a organização
Finalidade da GC: descreva para que a GC foi usada, que tipo de problemas
ou desafios ela buscou resolver, e quais os problemas/desafios de
conhecimento da organização (p. ex., retenção, disseminação, aquisição,
criação de conhecimento, etc.). Descreva como os conhecimentos
relevantes foram identificados e quais os tipos de conhecimentos
envolvidos (p. ex., explícitos ou tácitos, conceituais ou práticos,
individuais ou coletivos, etc.).
Iniciativas de GC: descreva as práticas, métodos, ferramentas e tecnologias
aplicadas no caso (p. ex., comunidades de prática, lições aprendidas,
mentoria, retrospectivas, narrativas, portais e repositórios, etc.)
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Resultados: indique os resultados planejados e descreva os resultados
alcançados (p. ex., melhoria na operação, qualidade no atendimento,
ideias e inovação, etc.).
Lições Aprendidas: comente de que forma a experiência vivenciada contribui
para o aprendizado sobre gestão do conhecimento em outras áreas ou
organizações, problemas que surgiram no caminho e como foram
enfrentados, ou o que poderia ser feito de diferente para que o
resultado fosse melhor.
Aderência ao Modelo SBGC de Referência em GC (Anexo I): identifique no
seu caso pontos de alinhamento com o Modelo SBGC de Referência em
GC. Este item não é eliminatório.
2. Avaliação dos casos:
Os casos serão avaliados pela Comissão do Programa do KM Brasil 2018 - 14º
Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento, formada por especialistas em
gestão na economia do conhecimento e coordenada pelo Diretor Presidente da
SBGC. As informações serão tratadas com confidencialidade durante todo o processo.
Critérios de Avaliação
Alinhamento com o tema Gestão do Conhecimento. Os casos não alinhados
com serão eliminados.
Qualidade do conteúdo exposto e submetido.
Resultado e impacto em relação ao desafio descrito, valor gerado e percebido
pela organização.
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Maturidade: a implantação do caso, sua disseminação e uso pela organização,
a periodicidade de revisão e planos de melhoria e se já gerou resultados
econômicos, inovação, crescimento e vantagem competitiva.
Aprendizado em GC: contribuição para o aprendizado no campo da gestão do
conhecimento e sua capacidade de transferência, mesmo que com adaptações
a outras organizações.
3. Datas Importantes
Prazo para submissão: até 29/06/18
Divulgação de casos selecionados (no site do evento): 13/08/18
MODELO DE REFERÊNCIA SBGC
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Fernando Fukunaga1
André Saito2
RESUMO
Este trabalho apresenta de forma resumida a metodologia de construção do modelo de
referência em gestão do conhecimento. Apresenta em detalhes as dimensões e elementos do
modelo de referência em gestão do conhecimento.
Palavra-chave: modelo de referência em gestão do conhecimento, modelo de gestão, gestão
baseada em conhecimento, estratégia
1. INTRODUÇÃO
1 Doutorando em Administração pela PUC-SP. Mestre em Administração pela PUC-SP. Designer de Fluxos de
Conversação. Especialista em Conhecimento e Inovação. Especialista em Gestão de Negócios e Gestão de
Pessoas. Professor do SENAC-SP no curso de especialização em Gestão de Pessoas. Membro da Diretoria
Executiva da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento no biênio 2017-2018. 2 Doutor em Ciências do Conhecimento JAIST. Mestre em Administração pela FGV-SP. Especialista em gestão
do conhecimento e inovação. Consultor e educador a mais de 10 anos. Membro da Diretoria Executiva da
Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento no biênio 2017-2018.
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Foi constado por um grupo de praticantes de gestão do conhecimento que os modelos
existentes de referência em gestão do conhecimento não atendiam as necessidades das
organizações brasileiras, este grupo de pessoas em busca de uma solução mudaram para
sempre a perspectiva da gestão do conhecimento no Brasil, se reuniram, conectaram novas
pessoas e organizações e construíram uma comunidade de práticas para construir um modelo
que emergisse da prática e não dos livros.
Os idealizadores do movimento definiram a metodologia de coleta informações em
oito categorias: (1) conceito – qual o conceito de adotado ou criado pela organização sobre
gestão do conhecimento; (2) estratégia – qual o direcionamento estratégico; (3) modelo de GC
– qual o modelo de GC implantado pela organização; (4) estrutura – qual a estrutura
disponível para GC; (5) Governança – como era processo de decisão e autonomia dos
responsáveis de pela GC; (6) Práticas – quais as principais práticas implantadas; (7)
Tecnologia – quais as tecnologias de suporte a GC e como eram usadas; e (8) Resultados –
quais os resultados esperados e atingidos e métodos de mensuração.
Os membros da comunidade de práticas se reuniam regularmente uma vez por mês,
sendo que cada organização sediava um dos encontros. Em cada encontro duas ou três
organizações apresentavam seus programas corporativos de gestão do conhecimento, os
membros presentes discutiam cada uma das oitos categorias listadas acima e verificavam
oportunidades de transferência de conhecimento e de implantação de práticas em suas
organizações.
Baseado nas oito categorias os dados e informações foram registradas, organizadas e
analisadas gerando um primeiro relatório e um esboço da primeira versão do modelo de
gestão do conhecimento. O documento foi compartilhado com os membros que proferiram
comentários e ajustes. Finalmente foi realizado um novo encontro com os membros para o
fechamento do documento e dos elementos do modelo.
2. MODELO DE REFERÊNCIA SBGC
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O Modelo SBGC de Referência em Gestão do Conhecimento foi desenvolvido com a
colaboração de 20 organizações integrantes da Comunidade de Práticas de Maturidade em
Gestão do Conhecimento, mantida pela SBGC, seus Associados, Mantenedores e
organizações parceiras. O Modelo de Referência é um resultado de um estudo realizado com a
participação voluntária das organizações no qual se levantou, a existência de uma Estratégia
de Conhecimento, o Conceito, o Modelo de Gestão do Conhecimento adotado pelas
organizações participantes, suas competências e a estrutura da equipe responsável, o nível da
tomada de decisão, a tecnologia e o sistema global de gestão empregado, o mapeamento das
principais práticas com impacto na gestão do conhecimento e os resultados alcançados. A
Figura 1 explicita as dimensões do Modelo.
Figura 2.1 – Modelo SBGC de Referência em Gestão do Conhecimento
Conforme demonstrado na Figura 2.1, o Modelo possui três dimensões: (1) Negócio;
(2) Gestão do Conhecimento; (3) Ambiente Facilitador. E duas premissas: (1) Gestão do
Conhecimento deve apoiar o negócio; (2) Gestão do Conhecimento exige ambiente
facilitador. Na dimensão dos negócios estão alocados os desafios do negócio e seus
conhecimentos críticos. Já na dimensão da gestão do conhecimento, os cuidados devem ser
tomados com os processos de conhecimento e o conjunto de práticas de gestão do
conhecimento. Por fim, na dimensão do ambiente facilitador, traz a relação com a cultura o
modelo de gestão da organização e as tecnologias e infraestrutura disponíveis.
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Antes de quaisquer implantações de aplicações em gestão do conhecimento, é
necessário conhecer o Enfoque da GC, o conceito pode ser melhor elucidado na Figura 2.2.
Figura 2.2 – Enfoque da Gestão do Conhecimento
Identifique no seu Caso, se a aplicação de gestão do conhecimento que implantou,
tendo em vista a geração de valor e impacto, foi designada para organização inteira, para uma
diretoria, uma unidade, uma gerência, etc. Identifique se aplicação de gestão do conhecimento
compreende a operação de um negócio atual ou o desenvolvimento de um negócio futuro,
produto, mercados, etc. Por fim identifique se sua aplicação gestão do conhecimento abrange
uma área funcional, um processo específico ou um projeto. Isso, auxilia na delimitação do
escopo da gestão do conhecimento e clarifica quais resultados deveriam ser atingidos e quais
foram atingidos de fato.
Após essa etapa, a próxima etapa visa identificar quais os conhecimentos críticos do
negócio ou do propósito da organização, para estabelecer um padrão de compreensão
orientação no uso dos seguintes critérios de criticidade: Relevância do Conhecimento
(necessário para o resultado? gera diferenciação?); Disponibilidade do Conhecimento
(amplamente disseminado? Fácil acesso interno? E externo?); Domínio do conhecimento
(nível de proficiência/expertise? Fácil controlar/proteger?).
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Figura 2.3 – Modelo de Referência em GC: Elementos da Dimensão Negócio
Conforme Figura 2.3, os conhecimentos críticos são elementos representados na
dimensão Negócio do Modelo de Referência. Outro elemento é o fluxo de conhecimento, ou
seja, quem produz conhecimento, quem detêm conhecimento, quem demanda conhecimento,
quem é reconhecido como especialista naquele conhecimento e é demandado para ações de
assistência, consultoria, treinamento, em fim qual o caminho do conhecimento critico
Conhecimento.
Figura 2.4 – Modelo SBGC de Referência em GC: Dimensão da Gestão do Conhecimento
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Na dimensão da gestão do conhecimento estão variáveis como os objetivos de gestão
do conhecimento e a abordagem a ser aplicada. Na Figura 2.4, podemos observar tais
variáveis e como elas interagem entre si. Na Figura 2.5, podemos observar melhor uma
aplicação de objetivo da GC, que diz respeito às decisões tomadas na Estratégia de
Conhecimento definida na Dimensão de Negócio, ou seja, cada conhecimento crítico
demandará um objetivo ou mais, dependendo a intenção de gestão assumida, onde poderá
“compartilhar” determinado conhecimento, “criar” novos conhecimentos, e assim por diante.
Figura 2.5 – Dimensão da Gestão do Conhecimento: Objetivos de GC
Essa intenção impacta profundamente na abordagem adotada, codificação ou
personalização, conforme Figura 2.6, em observância a este ponto, é natural que ocorra um
equilíbrio dessas abordagens considerando a existência tanto do conhecimento explicito
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quanto do conhecimento tácito na organização.
Figura 2.6 – Abordagens de Gestão do Conhecimento
A terceira dimensão do Modelo SBGC de Referência em GC, que chamamos de
Ambiente, abrange questões como a cultura da organização, o sistema de gestão, a tecnologia
disponível. A Figura 2.7 ilustra a dimensão Ambiente.
Figura 2.7 – Modelo SBGC de Referência em GC: Dimensão do Ambiente.
Esta dimensão é importante pois, ao desenvolvermos aplicações de gestão do
conhecimento estamos lidando com as variáveis do ambiente, torná-la um ambiente
facilitador da gestão do conhecimento pode ser um desafio caso tenha pouco conhecimento
dessa dimensão na sua empresa. Decifrá-la pode ser um fator crítico de sucesso da estratégia
de conhecimento.
A Figura 2.8 demonstra um passo a passo da implantação da gestão do conhecimento
baseado no modelo de referência da SBGC.
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Figura 2.8 – Passo a passo da implementação da GC.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho apresenta o modelo de gestão do conhecimento construído de forma
colaborativa pela Comunidade de Práticas em Maturidade em Gestão do Conhecimento,
organizada pela SBGC, seus associados e parceiros. O modelo é baseado nos programas
corporativos de gestão do conhecimento de 20 grandes organizações dos diversos setores.
O Modelo de Referência SBGC (MRSBGC) permite a organização alinhar os esforços
de gestão do conhecimento ao negócio ou ao propósito da organização. Esclarece de forma
simples os principais pontos de atenção na dimensão estratégica, tática e operacional nas
organizações intensivas em conhecimento. Seu uso permite também facilitar a avaliação dos
resultados dos esforços de gestão do conhecimento.
REFERÊNCIAS
CWA - 14924 - European Guide to good Practice in Knowledge Management - Part 1: Knowledge Management Framework. Disponível em: <http://research.fraserhealth.ca />. Acesso em 22/02/2014.
LANGEN, Manfred. Knowledge Management Maturity Model – KMMM - Methodology for assessing and developing maturity in knowledge management. Disponível em: <http://www.kmmm.org/<. Acesso em: xx/xx/xxxx.
Organizational Project Management Maturity Model - OPM3. Disponível em: <http://www.pmi.org/>. Acesso em 26/03/2014. WENGER, Etienne. Comunities of Practice a brief instroduction. Disponível em <http://www.ewenger.com/theory/>. Acesso em: 20/01/2014. WENGER, Etienne. Comunities of Practice a brief instroduction. Disponível em <http://www.ewenger.com/theory/>. Acesso em: 20/01/2014.