cia poluicao sonora em rodovias

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  • 8/6/2019 cia Poluicao Sonora Em Rodovias

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    UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE

    DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

    Curso de Engenharia Civil

    SRGIO COPETTI CALLAI

    PERFIL DE INFLUNCIA DA POLUIO

    SONORA EM RODOVIAS

    IJU/RS

    2008

  • 8/6/2019 cia Poluicao Sonora Em Rodovias

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    Srgio Copetti Callai ([email protected]) - TCC - Engenharia Civil - UNIJUI,2008

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    Srgio Copetti Callai

    PERFIL DE INFLUNCIA DA POLUIO SONORA EM

    RODOVIAS

    Trabalho de Concluso de Curso de Engenharia

    Civil apresentado como requisito parcial para

    obteno de grau de Engenheiro Civil.

    IJU

    2008

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    Perfil de influncia da poluio sonora em rodovias

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    FOLHA DE APROVAO

    Trabalho de concluso de curso defendido e aprovado em sua

    forma final pelo professor orientador e pelos membros da

    banca examinadora.

    ___________________________________________

    Prof. Luciano Pivoto Specht, Dr. - Orientador

    Banca Examinadora

    ___________________________________________

    Profa. Raquel Kohler , Msc. ArqUNIJU/DeTec

    ___________________________________________

    Prof. Tiago Stum Marder, Msc. Eng.

    UNIJU/DeTec

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    Srgio Copetti Callai ([email protected]) - TCC - Engenharia Civil - UNIJUI,2008

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    I think I will do nothing now butlisten,

    To accrue what I hear into myselftolet sounds contribute toward me.

    I hear bravuras of birds, bustle of growing wheat, gossip of flames, clack

    of sticks cooking my meals;I hear the sound

    I love, the sound of the human voice;

    I hear all sounds running together,combined, fused or following;

    Sounds of the city, and sounds out of the citysounds of the day and night

    Walt Whitman, Songs of my self

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    Dedico este trabalho aos meus pais,

    Jaeme Luiz Callai e Helena Callai, e aos meus

    irmos, Toms Copetti Callai e Andria

    Copetti Callai

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    AGRADECIMENTOS

    Um abrao e a agradecimento especial que conheci durante minha graduao,

    especialmente aos meus colegas, pois com estes dividi aflies e felicidades da

    faculdade.

    Entre eles Diego Hartman, Andr Bock, Jaelson, Fabio, Kiko, Koff, Jlio,

    Thiago Rozek, Giovani, Ricardo, Fernando, Gordo, Salete, Luis e muitos outros

    A dois colegas devo fazer um agradecimento especial, so eles o Andr Zwirtes,

    que me auxiliou muito na pesquisa e na coleta de dados. Um mais do que especial

    agradecimento ao Eduardo Suliman Bueno meu colega por toda faculdade e amigo para

    toda vida.

    Agradeo tambm aos mestres que tive em toda minha graduao, em especial

    ao meu orientador Luciano Pivoto Specht, por me ensinar no s as matrias, mas como

    busc-las e por ser um grande mestre e amigo.

    Um agradecimento mais do que especial a cinco pessoas que tem uma

    importncia, imensurvel em minha vida. Meus irmos, a Dia que me mandava estudar

    e ficar calmo, ao Toms que me irritava por dizer que eu no deveria me estressar. Meus

    pais, Jaeme e Helena, no apenas pais, amigos e guias. Por ltimo a minha namorada,

    que me motivou a estudar mais, e sempre manteve-se calma ao meu lado.

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    RESUMO

    A engenharia de transportes talvez seja uma das indstrias mais poluidoras que existem,

    tanto pelo impacto causado pela construo de suas obras, como pela conivncia com a

    operao irregular e/ou irresponsvel destas. No Brasil as rodovias tm um papel muito

    importante na economia e a vida das pessoas, sendo que 63% das cargas e 97% dos

    passageiros so transportados em por este modo de transporte. Porm, a populao sente

    o pesado nus de viver ou trabalhar em suas proximidades, pois sofrem com grandes e

    inaceitveis nveis poluio (sonoro e do ar) os quais podem ocasionar graves

    problemas de sade. Logo assim se faz necessrio um estudo destes ndices. Esta

    pesquisa busca criar um perfil sonoro advindo de duas rodovias na regio de Iju/RS,

    sendo elas BR-285, pavimentada de micro revestimento e RS-522, pavimentada comtratamento superficial duplo. A metodologia da coleta de dados proposta por este

    trabalho baseada na norma ISO 11819-1 (Statistical Pass-By Index) a qual

    preconizada que a rodovia em estudo seja plana, sem deformaes fsicas, no mnimo

    130 metros de tangente, adjacncias em nvel prximo da rodovia e sem qualquer tipo

    de barreira sonora. O decibelmetro deve estar posicionado a 1,20 metros da pista de

    rodagem, paralela a esta e perpendicular ao eixo da pista. Porm existem algumas

    variaes, enquanto a norma preconiza que a coleta de dados, deve ser feita a 7,5metros, far-se- tambm mediadas a 15, 30 metros do eixo da rodovia possibilitando

    assim a criao de um perfil de rudo. Os valores de temperatura e umidade do ar sero

    medidos tambm. No SPB, os nveis de rudo medidos levam em considerao tanto o

    rudo pneu/pavimento quanto o rudo causado pelo sistema motor/transmisso e

    aerodinmico. Ele nos apresenta os melhores resultados no quesito de avaliao do

    rudo de trfego em reas povoadas, porm um mtodo trabalhoso e extenso. O estudo

    apresentou resultados interessantes que nos levam a concluir que a distncia uma peachave, e se ela for respeita e aliada a outras solues, como a utilizao de pavimentos

    silenciosos e barreiras sonoras naturais(rvores), grande parte do problema estar

    solucionado.

    Palavras Chave Rudo, Rodovias, Engenharia de transportes

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01: Faixa audvel de freqncias......................................................................... 17

    Figura 02: Sensao das freqncias do som..................................................................18

    Figura 03: Sensao das freqncias do som..................................................................18

    Figura 04: Nveis de rudo em ambientes........................................................................20

    Figura 05: Influncia das diversas fontes no rudo..........................................................23

    Figura 06: Altura da barreira sonora................................................................................25

    Figura 07: Talude como barreira sonora..........................................................................25

    Figura 08: Barreira sonora transparente..........................................................................25

    Figura 09: Deficincia das barreiras sonoras...................................................................26

    Figura 10: Mecanismos mais significativos da atenuao sonora ao ar livre..................28

    Figura 11: Mdia da presso sonora medida para os diferentes revestimento e

    veculos............................................................................................................................29

    Figura 12: Vista superior do posicionamento.,................................................................32

    Figura 13: Vista frontal do posicionamento....................................................................32

    Figura 14: Vista do veculo de testes.............................................................................. 34

    Figura 15: Detalhe do trailer............................................................................................34

    Figura 16: Vista detalhada do equipamento....................................................................35

    Figura 17: Vista do veculo em uso ................................................................................35

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    Figura 18: Esquema do stio de ensaio............................................................................35

    Figura 19: Esquema de equipamento in situ ...................................................................39

    Figura 20: Tubo de impedncia.......................................................................................40

    Figura 21:(TPTA) Tyre/Pavement Test Aparatus.....41

    Figura 22: Mapa da localizao dos stios em estudo.................................................... 43

    Figura 23: Stio de estudo BR-285..................................................................................43

    Figura 24: Stio de estudo RS 522................................................................................44

    Figura 25: Decibelmetro marca Minipa MSL-1351C................................................... 44Figura 26: Presso sonora versus velocidade, para micro revestimento a 15 metros do

    eixo da via, para veculo tipo 1.......................................................................................45

    Figura 27: Perfil de influncia da poluio sonora para MICRO...................................47

    Figura 28: Perfil de influncia da poluio sonora para TSD.........................................48

    Figura 29: Comparao entre os revestimentos...............................................................49

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    LISTA DE SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ANPET -Associao Nacional de Pesquisa e Ensino em Transporte

    ASTM American Association for Testing and Materials

    CBUQ Concreto Betuminoso Usinado a Quente

    CCP Concreto de Cimento PortlandCPA Camada Porosa de Atrito

    CPB Controled Pass B y

    CPI Close Proximity sound Intensity

    CPX Close Proximity

    COPPE Instituio Alberto Luiz Coimbra de Ps graduao e pesquisa em

    engenharia

    dB(A) Decibis em escala A

    FEHRL Forum of European National Highway Research Laboratories

    FHWA Federal Highway Administration

    Leq Nvel de rudo equivalente

    ISO International Organization for Standardization

    MICRO Micro revestimento

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    OMS Organizao Mundial de Sade

    SILVIA Sileda Via

    SPB Statistical Pass By

    SPBI Statistical Pass By Index

    TPTA Tyre/Pavement Test Apparatus

    TSD Tratamento Superficial Duplo

    USDOT United States Department of Transit

    UNIJUI Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

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    SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................... 14

    1.1 TEMA .............................................................................................................. 14

    1.2 DELIMITAO DO TEMA ................................................................................ 14

    1.3 FORMULAO DA QUESTO DE ESTUDO........................................................ 14

    1.4 DEFINIO DOS OBJETIVOS DO ESTUDO........................................................ 15

    1.4.1 Objetivo geral............................................................................................ 15

    1.4.2 Objetivos especficos ................................................................................. 15

    1.5 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15

    2 REVISO DE LITERATURA............................................................................ 17

    2.1 O SOM ............................................................................................................. 17

    2.2 RUDO ............................................................................................................. 20

    2.2.1 Rudo ambiental........................................................................................ 21

    2.2.2 Rudo e a economia .................................................................................. 21

    2.2.3 Rudo e a sade humana .......................................................................... 22

    2.2.4 Rudo em rodovias .................................................................................... 22

    2.3 PROCESSOS PARA MITIGAO DO RUDO ...................................................... 24

    2.3.1 Barreiras Sonoras..................................................................................... 24

    2.3.3 Pavimentos silenciosos ............................................................................. 28

    2.4 MTODOS PARA ANLISE DE RUDO .............................................................. 30

    2.4.1 Statistical Pass By Index (SPBI) (ISO 11819-1) .................................. 30

    2.4.2 Close Proximity (CPX) ............................................................................. 33

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    2.4.3 Close Proximity Sound Intensity (CPI) ................................................... 34

    2.4.4 CPB (Controlled Pass By) (ISO/CD 11819-2) ......................................... 35

    2.4.5 Rudo mdio de trfego............................................................................. 36

    2.4.6 Modelos de correo do rudo em funo da temperatura ..................... 36

    2.5 MTODOS DE ANLISE DAS PROPRIEDADES SONORAS DO PAVIMENTO ........ 39

    2.5.1 Mtodo de propriedades acsticas ........................................................... 39

    2.5.2 Medies locadas em laboratrio ............................................................. 40

    3 METODOLOGIA................................................................................................. 42

    3.1 CLASSIFICAO DO ESTUDO .......................................................................... 42

    3.2 PLANO DE COLETA DE DADOS ........................................................................ 42

    4 APRESENTAO E ANLISE DE DADOS................................................... 45

    5 CONCLUSES..................................................................................................... 50

    5.1 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS.......................................... 51

    REFERNCIAS ........................................................................................................... 52

    ANEXO A...................................................................................................................... 56

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    1 INTRODUO

    1.1 Tema

    O tema da pesquisa : Poluio ambiental.

    1.2 Delimitao do tema

    A pesquisa restringir seu escopo ao estudo da poluio sonora causada por

    veculos rodovirios.

    1.3 Formulao da questo de estudo

    A questo que norteia a presente pesquisa :

    Qual o perfil de influncia do rudo nas adjacncias das rodovias levando em

    conta a influncia do tipo de pavimento?

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    1.4 Definio dos objetivos do estudo

    1.4.1 Objetivo geral

    O objetivo geral deste estudo verificar o perfil de poluio sonora em algumas

    rodovias do estado do Rio Grande do Sul.

    1.4.2 Objetivos especficos

    Verificar o perfil de poluio sonora em diferentes distncias do eixo da rodovia,

    bem como a influncia do pavimento em tal poluio.

    1.5 Justificativa

    Em nosso pas as rodovias so altamente poluidoras. Tal poluio tem incio em

    suas construes que, por um uso quase irresponsvel dos insumos, mesmo que

    justificvel, porm no muito responsvel de recursos naturais esgotveis, como britas,

    areia, petrleo (asfalto ou combustvel), atentam contra o meio ambiente. J no

    momento de seu uso, os veculos utilizam estas rodovias com um nobre fim, porm de

    uma forma que o responsvel pelo seu controle no consegue manter a rodovia em bomestado, gerando assim, mais e mais gastos. Soma-se a isto o fato de que estes mesmos

    veculos que transportam nossas cargas e passageiros so os responsveis diretos pela

    poluio do ambiente, especialmente do ar, seja com dixido de carbono, ou com nveis

    altos de rudo.

    A poluio sonora um problema que temos de encarar e conviver cada dia mais

    em nossa sociedade, contudo os problemas de sade que acarretam desta poluio so

    imensos. A organizao Mundial de sade diz que a exposio dos seres humanos a

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    altos nveis de rudo acaba por ocasionar respostas involuntrias e inconscientes do

    organismo a esse estmulo. As principais alteraes fisiolgicas reversveis so:

    dilatao das pupilas, hipertenso sangunea, mudanas gastrintestinais, reaes

    musculares e vaso constrio das veias. Alm das alteraes fisiolgicas existem as

    bioqumicas que so: mudanas na produo de cortisona, do hormnio tiride, de

    adrenalina, na glicose sangnea e na protena do sangue. O rudo tambm provoca

    efeitos cardiovasculares, tais com aumento da presso sangunea causando hipertenso

    arterial (OMS, 1999).

    Tambm temos o problema econmico gerado pela poluio sonora que acarreta

    em perdas altssimas, estas principalmente geradas pela desvalorizao imobiliria.

    (SANDBERG, 2001).

    Vrios pases esto em busca da reduo de rudos em rodovias. Muitos fazem

    uso de barreiras sonoras para a atenuao do mesmo, porm, so de elevado custo e

    requerem medidas paliativas, visto que atenuam de forma indireta o rudo e no

    resolvem o problema na fonte. Outro caminho seguir seria o da utilizao de

    pavimentos com propriedades fonoabsorventes, como a Camada Porosa de Atrito

    (CPA), esta j existente em algumas poucas rodovias no Brasil.

    Na Europa diversas iniciativas de cooperao tm sido estabelecidas para

    pesquisar sobre o tema e buscar alternativas para sua atenuao. Destacam-se os

    projetos SILVIA (Silenda Via) e FEHRL (Forum of European National Highway

    Research Laboratories). No obstante, nos EUA a FHWA tem empreendido esforos no

    mesmo sentido (FHWA, 2008). No Brasil as pesquisa so mais recentes, todavia a

    importncia do tema e a expanso do sistema rodovirio de transporte tem reforado sua

    importncia.

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    2 REVISO DE LITERATURA

    2.1 O som

    O som formado por ondas sonoras que viajam em sentido longitudinal.

    Resultado das vibraes de corpos elsticos, o som audvel ao ser humano encontra-se

    em determinado intervalo (20 Hz a 20.000 Hz) de freqncia (Figura 01). Acima e

    abaixo desses limites, existem o ultra e infra som , que no so audveis ao ser humano,mas a alguns animais, e seu uso bem abranjente ( radares, sonares, e exames mdicos).

    O som pode ser caracterizado em trs variveis fsicas:

    Freqncia, o numero de oscilaes por segundo do movimento vibratrio

    do som, sua unidade de medida o hertz (Hz), que corresponde freqncia de um som

    que executa a vibrao completa ou ciclo.

    Figura 01: Faixa audvel de freqncias

    Fonte: Fernandes, 2002

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    O ouvido humano percebe as freqncias de uma maneira no linear. A partir de

    experincias notou-se que este segue a Lei de Weber de estmulo/sensao, ou seja,

    sensaes como cor, som, odor, etc., variam como o logaritmo dos estmulos que a

    produzem (Figura 02).

    Intensidade outra varivel. Ela se caracteriza como a quantidade de energiacontida no movimento vibratrio. Essa intensidade se traduz com maior ou menor

    amplitude na onda sonora ou na vibrao.

    A intensidade do som medida por meio de potncia sonora, propagada por

    unidade de superfcie, a qual o som toma o nome de intensidade energtica (Gerges,

    1998). Assim podendo ser medido atravs de dois parmetros que so: a presso sonora

    causada pela onda sonora que medida em BAR (dina/cm) e, a energia contida no

    movimento vibratrio que medida em (Watt/cm). Os valores de referncia podem servistos na Figura 03.

    Figura 02: Sensao das freqncias do som

    Fonte: Fernandes, 2002

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    Perfil de influncia da poluio sonora em rodovias

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    A Lei de Weber explica a avaliao da sensao auditiva, conforme se aumenta

    a intensidade sonora, o ouvido humano fica cada vez menos sensvel, ou ainda,

    preciso que se aumente o som de maneira exponencial para que o ouvido perceba o som

    de maneira linear. A Figura 03, localizada na pagina anterior demonstra isso comexatido.

    O decibel uma escala logartmica que usa a expoente da relao da (Figura 03),

    chamada de Bel, ento multiplicada por 10 para obter-se uma escala mais ampla e

    representativa. O nome Bel foi dado em homenagem a Alexandre Graham Bell, o

    inventor do telefone e pesquisador de acstica. O decibel no uma unidade de medida

    e sim uma escala.

    Timbre se relaciona diretamente a composio harmnica da onda sonora. Isto ,

    permite identificar a procedncia do som, seja ele de uma pessoa, animal, ou

    instrumento musical, mesmo encontrando-se em uma mesma freqncia e intensidade.

    Figura 03: Sensao das freqncias do som

    Fonte: Fernades, 2002

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    2.2 Rudo

    O rudo pode ser definido como uma mistura de sons cujas freqncias no

    seguem nenhuma lei precisa, ou ainda, todo aquele som indesejvel (NBR 7731/83)

    A NBR 10152 (ABNT, 2000) estabelece os nveis mximos de rudos

    considerados adequados aos diversos tipos de ambiente. Seu objetivo orientar sobre os

    valores recomendados para se atingir o conforto, levando em considerao o uso e a

    atividade que sero realizadas no ambiente e as condies a que o ambiente ser

    exposto. (Figura 04).

    de audio

    Possvel perdapermanente

    desconfortveis

    Limiar da audio

    Locais para conversao normal.

    Igrejas, bibliotecas, estdios, auditrios, teatros, salas de aula, hospitais, etc.Baixo nvel de rudo. Locais que necessitam de selncio.

    Nvel de rudo normal - menos intenso que a voz.

    Bancos, salas de espera, mercados, recepes.

    que causam dorNveisExtremo desconforto

    Nveis de rudo

    Decbel dB

    60

    40

    0

    20

    100

    80

    120

    140

    Figura 04: Nveis de rudo em ambientes

    Fonte: Fernandes 2000

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    2.2.1 Rudo ambiental

    O rudo ambiental ou domstico definido como o rudo gerado por diversas

    fontes como o trfego de veculos, atividades comerciais, animais domsticos etc.,

    excetuando o rudo dos ambientes industriais.

    2.2.2 Rudo e a economia

    A poluio sonora ou o rudo pode causar danos economia do local, devido a

    inmeros fatores, tanto diretos quanto indiretos. Entre os diretos, o mais evidente a

    desvalorizao imobiliria. Na Sucia um estudo de perdas causadas pelo rudo

    apresenta cifras da ordem de 330 milhes de dlares por ano e esto ligadas

    principalmente a desvalorizao imobiliria (SANDBERG, 2001). Cada vez mais se

    tem buscado alternativas para reduzir o rudo causado pelo trfego, ou minimizar seus

    efeitos. (SANDBERG e EJSMONT, 2002; RAITANEN, 2005).

    Um estudo feito por Lambert (2000), mostra um relatrio do departamento de

    planejamento nacional francs apresenta a estimativa de um custo anual gerado por

    pessoas incomodadas pelo rudo, que de 137. Vrios estudos foram efetuados em

    busca de estimar o custo do rudo de trfego nos anos 1980 e inicio de 1990 na Europa.

    Soguel apud McDonald (2008) estimou-se que em Neuchatel, na Sua, a populao

    local estivesse disposta a pagar aproximadamente 710 por ano para reduzir a sua

    exposio pela metade ao rudo de trfego.

    O custo indireto devido a necessidade de implantao de polticas anti-rudo ou

    gastos com a sade pblica decorrente de problemas de sade causados pelo rudo

    (assunto a ser abordado no item seguinte), ou ainda, do gasto com a aplicao de

    solues como barreiras sonoras, amplamente utilizadas nos EUA, no entanto, estas so

    onerosas para a sociedade, devido ao seu alto custo de implantao, aproximadamente

    692.840,00 U$/km num total de 17 estados dos EUA, em 1992 (FHWA 2006).

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    2.2.3 Rudo e a sade humana

    A exposio dos seres humanos a altos nveis de rudo acaba por ocasionar

    respostas involuntrias e inconscientes do organismo a esse estmulo. As principais

    alteraes fisiolgicas reversveis so: dilatao das pupilas, hipertenso sangunea,

    mudanas gastrintestinais, reaes musculares e vaso constrio das veias. Alm das

    alteraes fisiolgicas, existem as bioqumicas que so: mudanas na produo de

    cortisona, do hormnio tiride, de adrenalina, na glicose sangnea e na protena do

    sangue. O rudo tambm provoca efeitos cardiovasculares, tais com aumento da presso

    sangunea, causando hipertenso arterial (OMS, 1999; FERNANDES, 2002).

    Estima-se que nos pases membros da Unio Europia, aproximadamente 20%

    da populao est exposta a nveis inaceitveis de rudo, causando dano sade e que,

    aproximadamente 170 milhes de habitantes vivem nas denominadas reas cinzas e

    sofrem algum tipo de incomodo devido aos nveis de rudo diurno (RAITANEN, 2005).

    Os limites aceitveis/tolerveis de rudo causados pelo trfego de veculos

    variam de pas para pas. Nos Estados Unidos a EPA (Environmental Protection

    Agency) fixa valores entre 80 dB(A) e 87dB(A) dependendo do tipo de veculo e da

    velocidade do mesmo. (USDOT/FTHW, 1995). No Brasil, a norma NBR10151

    Acstica Avaliao do rudo em reas habitadas, visando o conforto da comunidade

    procedimento (ABNT 2000) fixa como valores mximos de rudo flutuante para reas

    externa e no perodo diurno valores entre 40 dBA para stios e fazendas e at 70 dBA

    para reas predominantemente industriais.

    2.2.4 Rudo em rodovias

    Segundo OMS (1999) o trfego de veculos rodovirios, ferrovirios e do modal

    areo so as principais fontes de gerao de rudo; no Brasil, onde 63% das cargas e

    97% dos passageiros so transportados em rodovias (MELLO, 2001) o modal

    rodovirio merece destaque.

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    Perfil de influncia da poluio sonora em rodovias

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    Shafer (1977) apresenta uma compilao de diversas pesquisas (Londres e

    Vancouver em 1969, Chicago em 1971, Joanesburgo, Paris e Munique em 1972) sobre

    os rudos ambientais que mais afetam o pblico em geral, e o trfego de veculos foi o

    mais lembrado. Nos ltimos anos o Brasil tm experimentado um expressivo aumento

    nas taxas de motorizao, passando de 122 habitantes/veculo na dcada de 1950 para 6

    habitantes/veculo em 1995, o que acentuou ainda mais o problema (ANTP, 2003). O

    USDOT/FHWA (1995) complementa que o rudo, tanto em zonas urbanas quanto

    rurais, est intimamente associando com os transportes.

    O rudo dos veculos originrio no sistema de motor, escapamento e sistema de

    transmisso, contato pneu/pavimento e efeito aerodinmico. Na Figura 05 est

    representada a contribuio de cada parcela no rudo total, nota-se claramente aimportncia do rudo pneu/pavimento no rudo total (HANSON et al., 2005). Se

    considerarmos a velocidade de 100 km/h, a participao do rudo pneu/pavimento chega

    a 78% contra 12% do motor, escapamento e sistema de transmisso e 10% do rudo

    aerodinmico.

    O rudo pneu/pavimento depende de muitos fatores: modelo e idade do veculo,

    peso por eixo, presso de inflao dos pneus, tipo e tamanho dos pneus (para neve,

    esportivo, para lama, etc.), temperatura, textura e material de composio dos pneus e

    superfcie da rodovia (textura, qualidade, umidade e temperatura). Os mecanismos degerao so bastante complexos e no so completamente entendidos, principalmente

    Figura 05: Influncia das diversas fontes no rudo.

    Fonte: Hanson et al., 2005

    55

    60

    65

    70

    75

    80

    85

    50 60 70 80 90 100 110 120 130

    Velocidade dos veculos (km/h)

    Presso

    Sonora(dBA)

    Rudo do Pneu

    Rudo Aerodinmico

    Rudo Total

    Rudo do Motor

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    por acontecerem de maneira simultnea e somarem-se para compor o rudo total. De

    maneira geral, podem ser divididos em dois grupos: mecnicos e aerodinmicos.

    O rudo gerado pelo atrito pneu-pavimento considerado o resultado de

    combinaes de processos fsicos que so categorizados por conveno em trs classesdistintas (FEHRL report 2006/02). Os fenmenos existentes podem pertencer a o grupo

    de choques e impactos; processos aerodinmicos; efeitos de micro movimentao e

    adeso, descritos abaixo (FEHRL report 2006/02):

    Choques e impactos causados pelas variaes das foras que interagem na banda

    de rodagem do pneu e a rodovia incluindo a resposta vibratria a carcaa do carro;

    Processos aerodinmicos na, banda de rodagem do pneu e entre esta e a

    superfcie da rodovia;

    Efeitos de micro movimentao e adeso da banda de rodagem na superfcie

    da rodovia.

    2.3 Processos para mitigao do rudo

    Existem inmeros mtodos para a mitigao do rudo cada um tem suas

    vantagens em particular e assim como defeitos.

    2.3.1 Barreiras Sonoras

    Entre vrias maneiras de atenuao do rudo, uma das mais utilizadas a das

    barreiras sonoras, por sua relativa simplicidade e relativa eficcia. A barreiras sonoras

    podem ser feitas de diversas formas e materiais, dependendo do ambiente onde se

    encontram e do nvel de rudo que se tem por objetivo atenuar.

    A barreira sonora baseia-se em princpios bsicos da fsica acstica, ou seja, ela

    funciona como um obstculo onda sonora, desviando ou absorvendo-a. Sua altura

    um dos fatores mais importantes como mostra a Figura 06, onde cada metro adicionadona altura reduz 1,5 dB do rudo.

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    A barreira sonora pode ser inclusive de terra (Figura 07) ou rvores, noocasionando poluio visual. Porm, as barreiras no naturais podem serem feitas de um

    modo a no causar nenhuma diferena gritante ao local onde esto colocadas (Figura

    08).

    Entretanto, as barreiras sonoras no so eficientes em trechos rodovirios que

    transpassam centros urbanos, pois sua construo no possvel e, devido amovimentao fsica do som (Figura 08) a barreira no teria altura suficiente para

    impedir sua propagao a prdios de grande porte.

    Figura 06: Altura da barreira sonora.

    Fonte: FHWA 2001.

    Figura 08: Barreira sonora transparente.

    Fonte:FHWA 2001.

    Figura 07: Talude como barreira sonora.

    Fonte: FHWA 2001.

    1m

    1m

    1m

    Linha de visoatenuao de 5 dB(A)

    atenuao de 1,5 dB(A)Cada 1m adcionado altura

    Fonte emissora

    Receptor

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    As barreiras sonoras somente comearam a ser amplamente utilizadas nos

    Estados Unidos da Amrica por volta de 1970, em resposta lei ambiental nacional

    promulgada em 1969, e a lei de auxilio as rodovias, promulgada em 1970 pela FHWA

    ( Ministry of Transportation and Highways). Nos EUA, 41 estados gastaram

    aproximadamente 1.4 bilhes de dlares no perodo de um ano (1994) apenas na

    manuteno das barreiras sonoras existentes (GARCIA, R, et al, 2002).

    2.3.2 Planejamento Urbano

    O planejamento urbano definido pela Constituio Federal Brasileira no Art.

    182, tendo como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da

    cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Remete a poltica de desenvolvimento

    urbano ao Poder Pblico Municipal, a partir de diretrizes gerais fixadas em lei.

    Via de regra, o planejamento urbano feito para um municpio ou para uma

    determinada regio, como nos casos das Regies Metropolitanas. Para estes

    estabelecida, mediante legislao local, observados os ndices estabelecidos em

    legislao superior (no caso do Brasil a NBR 10151 e NBR10152), a tolerncia de rudo

    que dever ser observada nos perodos matutino, vespertino e noturno, onde o Poder

    Pblico determina os limites mximos admitidos por perodo.

    Figura 09: Deficincia das barreiras sonoras.

    Fonte: Garcia, R. et al, 2002.

    Rodovia Uso de vegetaes comobarreira sonora virtualmente intil

    No construir aquiUso de prdios nocrticos como barreiras

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    O planejamento urbano fundamental na definio dos patamares e controle de

    emisses de rudos. Atravs do Plano Diretor e de outros instrumentos de preveno e

    controle possvel estabelecer mecanismos para combater poluio sonora, como o

    Zoneamento Urbano, o Estudo de Impacto Ambiental, o Relatrio de Impacto

    Ambiental, etc. Desta forma, a concesso ou indeferimento de Licena Ambiental toma

    por molde o atendimento de todos os requisitos necessrios para a manuteno dos

    padres de qualidade ambientais.

    No que diz respeito ao planejamento com vistas qualificao do ambiente

    urbano, ressalta-se algumas recomendaes:

    Planejar o zoneamento de uso e os ndices urbansticos para garantir boa

    qualidade da sade e do sono do cidado nas suas reas residenciais e nas reas onde asatividades de trabalho especficas o exigirem;

    Organizar o trfego interno nas reas urbanas, dando prioridade ao transporte

    pblico e ao pedestre;

    Incentivar uso de veculos automotores e aparelhos domsticos e industriais,

    com nvel adequado de emisso de rudo,

    Considerar os mecanismos de atenuao sonora ao ar livre (Figura 10)

    planejar as rodovias, corredores de trfego, aeroportos e outras atividades urbanas

    barulhentas a partir de medidas que protejam a populao;

    Equipar reas urbanas com praas silenciosas e recreativas;

    Instalar sistema de controle preventivo de nveis mximos e mdios de rudo

    ambiental em lugares pblicos;

    Implantar a educao ambiental no currculo das escolas e em campanhas

    publicitrias.

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    2.3.3 Pavimentos silenciosos

    Uma superfcie rodoviria silenciosa uma rodovia que, ao interagir com um

    pneu rodando, influencia o rudo do veiculo de tal foram que no mnimo 3 dB(A)

    (metade de energia) reduzido a mais do que o obtido em convencionais e mais

    comuns superfcies rodovirias. (SANDBERG, et al. 2002).

    O conceito de pavimentos (superfcie) silenciosos comeou a aparecer na

    literatura internacional recentemente, devido especialmente a crena de que as solues

    existentes naquele momento (barreiras sonoras) estavam fadadas ao desuso, pois sua

    ineficincia e altos custos estavam comprovados. Ento, paises europeus juntaram

    esforos para achar solues (SILVIA, SILENCE, 2008) em projetos

    intergovernamentais. Os EUA tambm buscam isto. Ambos procuram solues no em

    um tipo de revestimento em particular, mas sim em vrios (pavimentos asflticos,

    pavimentos cimentcios, e blocos intertravados).

    Segundo Sandberg (2001) e Hanson et al. (2004) a tendncia para se construir

    Figura 10: Mecanismos mais significativos da atenuao sonora ao ar livre.

    Fonte: Anderson e Kurze apud Bistafa, 2006

    Fonte

    Ventoso

    Fresco

    Receptor

    Diretividadeda fonte edivergncia

    no soloReflexo Reflexo

    no solo

    arborizadarea densamente

    Calmo Quente

    na copaEspelhamento Barreira

    acstica

    da temperaturaGradienteGradiente

    do vento

    Absoro atmosfrica

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    pavimentos considerando a segurana, desempenho, custo e baixos nveis de rudo deve

    considerar os seguintes possibilidades: a superfcies com baixa textura e agregados

    pequenos; camadas porosas com altos volumes de vazios; superfcies com baixa rigidez

    no contato pneu/pavimento.

    Algumas pesquisas realizadas no Brasil mediram as propriedades acsticas dos

    materiais de revestimento utilizando tcnicas do tubo de impedncia (NASCIMENTO

    et al., 2005; LO, 2004; ASTRANA, 2006).

    Specht et al., (2007) avaliaram, atravs do mtodo Pass By (ISO 11819-1), o

    rudo gerado em 4 diferentes pavimentos implantados em rodovias gachas e obtiveram

    os resultados apresentados na Tabela 01 e na Figura 11.

    RevestimentoVeculo (ISSO 11819)

    CBUQ TSD CPA CCP

    1 - carros 82,51 82,19 79,29 84,29

    2a - veculos pesados com 2 eixos 82,52 82,18 79,27 84,33

    2b - veculos pesados mais de 2eixos

    82,58 82,20 79,08 84,33

    70

    72

    74

    76

    78

    80

    82

    84

    86

    88

    CBUQ TSD CPA CCP

    Tipo de Revestimento

    Presso

    So

    nora(dBA)

    Veiculo 1 Veiculo 2a Veiculo 2b Mdia

    Tabela 1: Mdia da presso sonora, em dB (A), medida para os diferentesrevestimentos e veculos.

    Figura 11: Mdia da presso sonora medida para os

    diferentes revestimento e veculos.

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    Os resultados denotam a importncia das propriedades acsticas dos

    revestimentos; os maiores valores foram encontrados para o Concreto de Cimento

    Portland de 84,31 dB(A) seguido de 82,52 dB(A) para o Concretos Betuminosos

    Usinado Quente, 82,19 dB(A) para o Tratamento Superficial Duplo e de 79,29 dB(A)

    para a Camada Porosa de Atrito. A diferena entre o CPA e CCP chega a 5 dB(A), o

    que bastante expressivo e representa 67% de perda na energia acstica.

    2.4 Mtodos para anlise de rudo

    Para avaliarmos a qualidade do pavimento no quesito absoro sonora, devemos

    seguir mtodos consagrados e normalizaes internacionais, diante da grande

    dificuldade e complexidade do fenmeno sonoro, e a inexistncia de mtodos ou

    normas nacionais.

    necessrio lembrar que para os mtodos onde a coleta de dados se d ao ar

    livre precisa-se ter muito cuidado com ocorrncias das intempries, e de seguir-se a

    norma. No obstante, deve-se fazer uma correo da temperatura, pois como o ensaio

    feito ao ar livre, as condies como temperatura e umidade no so controlados. Nos

    itens a seguir apresentar-se- modelos de correo da temperatura e uma reviso dos

    mtodos existentes no mundo para avaliar o rudo no pavimento.

    Esto sendo avaliados outros mtodos, no entanto no esto em uso no

    momento. Potencialmente, mtodos de medio das propriedades acsticas sero teis

    para acrescentar dados ao CPX ou ao CPI (BERNHARD e Wayson et al). Tais mtodos

    so extremamente vlidos em estudos de novos materiais para revestimentos de

    rodovias e barreiras acsticas.

    2.4.1 Statistical Pass By Index (SPBI) (ISO 11819-1)

    O mtodo Statistical Pass By que consiste em medir a maior presso sonora

    tipo A de veculos individuais que esto passando por um determinado ponto de

    referncia, assim como a velocidade. Cada veculo classificado por veculos leve

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    (Carros), veculo pesado com dois eixos (Truck), veculo pesado com mais de dois eixos

    (Carreta).

    De acordo com a velocidade de uso, as rodovias so classificadas em :

    Vel. Baixa 45-64 km/h; Velocidade de referncia de 50 km/h;

    Vel. Mdia 65-99 km/h; Velocidade de referncia de 80 km/h;

    Vel. Alta 100 km/h ou mais; Vel. de referncia de 110 km/h.

    Para efeito de adequao, as rodovias no trecho observado devem atender aos

    seguintes critrios durante as medies:

    A extenso da pista deve ter no mnimo 30 m para ambos os lados a partir da

    posio do microfone, para velocidades altas esta distncia deve se de 50 m;

    A rodovia deve ser nivelada e plana;

    A rodovia deve estar em boas condies, a no ser que a inteno seja

    estudar o efeito de tal condio;

    O volume de trfego deve compreender o mnimo de veculos necessrios

    para atender a norma.

    O seguinte nmero de veculos de cada categoria deve ser atendido:

    Carros min. 100

    Veculos pesados com dois eixos1 min. 30

    Veculos pesados com mais de dois eixos1 min. 30

    A posio do microfone deve seguir a norma, a qual preconiza que este deve

    estar localizado em um ambiente livre de barreiras sonoras, sejam elas naturais ou

    fabricadas. Deve haver, no mnimo, 25 metros de espao livre ao redor do microfone, o

    suficiente para evitar absores ou reverberaes. Ele deve estar posicionado a uma

    1Estas duas categorias devem juntas, atender a um mnimo de 80 veculos

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    distncia de 7.5m 0.1m do eixo da via (Figura 12), e a 1.2m 0.1m acima da

    superfcie da rodovia (Figura 13).

    S devem ser levados em considerao veculos que esto claramente livres da

    interferncia acstica de outros veculos. Deve ser feita uma regresso linear dos valores

    obtidos para que estes possam enquadrar-se aos do Quadro 1.

    Ento deve-se aplicar os valores obtidos das regresses lineares na Frmula 1.

    SPBI = 10 x lg[ W1 x10 L1/10 +W2a x(v1/v2a)x10 L2a/10 +W2b x(v1/v2b)x10

    L2b/10] (1)

    Onde,

    Velocidade da rodoviaCategoria do veculo

    Baixa Mdia Alta

    Nome NmeroVelocidade de

    refernciaWx

    Velocidade dereferncia

    WxVelocidade de

    refernciaWx

    Carros 1 50km/h 0,900 80km/h 0,800 110km/h 0,700

    Pesados de dois

    eixos 2a 50km/h 0,075 70km/h 0,100 95km/h 0,075Pesados de mais de

    dois eixos2b 50km/h 0,025 70km/h 0,100 95km/h 0,225

    Figura 12: Vista superior doposicionamento.

    Figura 13: Vista frontal doposicionamento.

    Quadro 1: Referencial dos ndices do SPBI.

    7,50m1,20m 0,10m

    Espao livre

    7,50m 0,10m

    Posio do decibelimetro

    Centro da faixa de rolamento

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    SPBI = ndice estatstico de passagem (Statistical Pass By Index), para uma

    mdia entre veculos leves e pesados;

    L1, L2a, L2b = Valores de presso sonora para as categorias respectivas (dB);

    W1, W2a, W2b2 = Fatores que presumem as propores dos veculos

    respectivos, de acordo com a Quadro 1;

    V1, V2a, V2b = Velocidades de referncia dos veculos, de acordo com a

    Quadro 1.

    Os valores de temperatura e umidade do ar so medidos juntamente com o

    ensaio. No SPB, os nveis de rudo medidos levam em considerao tanto o rudo

    pneu/pavimento quanto o rudo causado pelo sistema motor/transmisso, pelo

    aerodinmico. Ele nos apresenta os melhores resultados no quesito de avaliao do

    rudo de trafego em reas povoadas, porm um mtodo trabalhoso e extenso.

    2.4.2 Close Proximity (CPX)

    O mtodo Close Proximity consiste em medir a presso sonora equivalente em

    quatro diferentes fontes (pneus), com a utilizao de dois microfones por pneu para

    medir o rudo em velocidades pr-programadas, permitindo assim uma avaliao mais

    exata da interao pneu/pavimento. Este ensaio efetuado com auxilio de um trailer

    como mostrado nas figuras abaixo (Figura 14 e Figura 15).

    2 Estes valores podem variar de acordo com o pas, localidade, e com o horrio do dia ou noite. Portantoeles representam valores globais em casos tpicos dos paises de origem da norma de referncia.

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    Esse dispositivo est inserido em um trailer que comporta tambm umacobertura para os microfones, de modo a reduzir a incidncia do vento e do rudo

    proveniente de outros veculos sobre ele. Devido a estas caractersticas, este ensaio pode

    ser feito independente do trafego de veculos.

    Trata-se de um ensaio de execuo relativamente rpida e de resultados

    confiveis e interessantes. Porm existe uma limitao proveniente do equipamento, que

    apenas permite o uso de uma serie limitada de pneus.

    2.4.3 Close Proximity Sound Intensity (CPI)

    O mtodo chamado de Close Proximity Sound Intensity, tido como mais

    sofisticado para a medio sonora do que os que levam em conta apenas a medio da

    presso sonora. Por ele considerar a intensidade ele se torna capaz de resolver acomponente de propagao do som em uma fonte prxima.

    O procedimento de medio muito similar ao CPX. Pois equipamento tambm

    instalado prximo ao pneu, como mostrado na (Figura 16). Contudo neste ensaio no

    necessrio o cobertura, que no CPX utilizada, ele pode ser feito um rodovias

    normais a velocidades de trfego (Figura 17), porm apenas alguns veculos podem ser

    adaptados ao CPI.

    Figura 14: Vista do veculo de testes

    Fonte: Hanson et al, 2005.

    Figura 15: Detalhe do trailer

    Fonte: Hanson et al, 2005.

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    2.4.4 CPB (Controlled Pass By) (ISO/CD 11819-2)

    Esse ensaio utiliza uma metodologia muito prxima do SPB, porm, com alguns

    veculos predeterminados e em velocidade preestabelecidas, em um campo de testes

    (Figura 18), com baixssimo trfego de veculos ou sem trfego. Este mtodo toma

    menos tempo que SPB, porm no leva em considerao a variao de veculos domesmo tipo. No entanto ele tem as mesmas limitaes do SPB.

    Figura 16: Vista detalhada do equipamento

    Fonte: Hanson et al 2005

    Figura 17: Vista do veculo em uso

    Fonte: Hanson et al 2005

    Figura 18: Esquema do stio de ensaio

    Fonte: ISO 362: 1998.

    A B

    BA

    7,50m

    7,50m

    10m 10m

    > 3m

    Microfone

    Microfone

    10m

    10m

    R=50

    10m10m

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    2.4.5 Rudo mdio de trfego

    Para altos ndices de trfego, nem o SPB nem o CPB podem ser utilizados para

    avaliar com preciso a relao rudo pneu/pavimento, porque no h como isolar um

    veculo do outro. Para tais casos, possvel fazer uso de tcnicas de medio conhecidas

    como rudo mdio de trfego. Onde o resultado da medio do rudo, transformado

    para nveis de rudo equivalente (Leq). Neste ensaio um local significativo deve ser

    escolhido, onde o rudo de fundo seja no mnimo 10 dB(A) menor que o rudo de

    trfego e o terreno no apresente nem barreiras sonoras ou superfcies reflexivas.

    Para o mtodo de rudo mdio, a variao de veculos, o volume de trfego,

    velocidade, e as condies meteorolgicas no so controladas. O processo de

    normalizao baseado em modelos de rudo de trfego usado para desenvolver um

    modelo descritor comparvel de rudo ao lado da rodovia. A melhor aplicabilidade deste

    mtodo para avaliao de mudanas nas caractersticas do rudo de um stio em

    particular com clima neutro.

    2.4.6 Modelos de correo do rudo em funo da temperatura

    Para a preciso dos mtodos de medio necessrio que haja uma temperatura

    constante, visto que o efeito da temperatura de que 10 C causa uma diferena de 1 dB

    no rudo medido. Ocorre que, isto quase impossvel de ser feito em campo, portanto a

    utilizao de um mtodo de correo se faz necessrio.

    Mesmo assim, no momento no h nem uma padronizao, ou norma a ser

    seguida. Segundo Raitanen a International Organization for Standardization (ISO) tem

    uma equipe de trabalho (ISO/TC 43/SC 1/WG 27) lidando com este problema, no

    entanto mas o seu trabalho ainda no foi finalizado.

    Sabe-se que o rudo de pneu/pavimento sofre alteraes pela temperatura, tanto

    na gerao quanto na propagao. Assim como as caractersticas da superfcie de

    contato do pneu so muito importantes, pois em condies iguais diferentes pneus

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    Perfil de influncia da poluio sonora em rodovias

    37

    (formataes diferentes) podem causar rudos diferentes, ento com o pavimento o

    problema o mesmo, acrescentando-se a isso altas ou baixas temperaturas no

    pavimento, deste modo aumentando ou reduzindo a viscosidade do pavimento, por

    conseqente aumentando ou reduzindo a gerao de rudo.

    A correo da temperatura pode ser feita com base em diferentes fatores. Os

    mais comuns so a temperatura do pneu, a temperatura da superfcie do pavimento, e a

    temperatura do ar.

    Estudos prvios mostram que as relaes entre temperatura do ar e rudo e

    temperatura do pavimento e rudo so mais confiveis de se empregar do que a relao

    entre temperatura do pneu e rudo. A escolha entre eles feita devido a praticidade de

    cada um.

    As normas ISO, SPB e CPX, citam que necessrio fazer uma correo da

    temperatura, mas no explicam como deve ser feita e no provem nenhuma equao

    para tal. Uma norma ISO (ISO 13325:2003) apresenta um mtodo, que segue abaixo.

    L (ref) = Lm + K (ref ) (dB) (2)

    Onde :

    L o rudo corrigido;

    Lm o rudo medido (dB);

    a temperatura da rodovia (C);

    ref 20 C;

    K o coeficiente de correo da temperatura.

    Onde K :

    Para pneus classe C1 (carros de passageiros);

    K -0.03 dB/ C se >ref;

    K -0.06 dB/C se

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    K -0.02 dB/C;

    Para pneus classe C3 (caminhes pesados);

    K 0.

    Os ensaios no devem ser executados se a temperatura do ar for abaixo de 5 C

    ou acima de 40 C.

    Lahtinen apud Raitanen (2005) cita que podem ser encontradas outras duas

    formas de compensao da temperatura em. O primeiro mtodo em funo da

    temperatura.

    L= Lm + KT [dB] (3)

    Onde :

    L o rudo corrigido;

    Lm o rudo medido (dB);

    K a constante da temperatura 0.08 dB/C;

    T a diferena entre a temperatura do ar no momento de gravao do rudo e atemperatura de referencia.

    No segundo mtodo, tanto a temperatura do ar como a da rodovia, so levadas

    em considerao.

    L = Lm + KRTR + KTA [dB] (4)

    Onde,

    L o rudo corrigido;

    Lm o rudo medido (dB);

    KR a constante da temperatura da rodovia 0.040 dB/C;

    TR a diferena entre a temperatura da rodovia e a temperatura de referencia

    (20C);

    K a constante da temperatura do ar 0.060 dB/C

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    TA a diferena entre a temperatura do ar e a temperatura de referencia

    (20C).

    2.5 Mtodos de anlise das propriedades sonoras do pavimento

    Por muitas das fontes e dos mecanismos serem dependentes das propriedades

    acsticas dos pavimentos, a medio destas se torna relevante. sabido que a

    correlao entre estas medidas e a desempenho da reduo de rudo em pavimentos

    complexa e no totalmente compreendida. Diversos mtodos de medio esto em

    estudo, dentre eles os recomendados so:

    2.5.1 Mtodo de propriedades acsticas

    Mtodos para a medio das propriedades acsticas incidentes na textura (fluxo

    tipicamente resistente que pode ser relacionado absoro acstica) de amostras de

    campo, um esquema deste pode ser visto na Figura 19.

    Figura 19: Esquema de equipamento in situ

    Fonte: Bernhard e Wayson (2008).

    3 5

    76

    8

    4

    2

    1

    1 - Fonte sonora2 - Microfone

    4 - Superfcie de teste3 - Amplificador do microfone

    7 - Gerao do sinal

    8 - Computador

    6 - Monitor de resposta5 - Auto falanete amplificado

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    2.5.2 Medies locadas em laboratrio

    H dois mtodos mais conhecidos, o de tubo de impedncia com um

    funcionamento muito parecido com o mtodo in situ, e o mtodo TPTA da universidade

    de Pardue, Indiana,USA.

    O tubo de impedncia (Figura 20) para ensaios laboratoriais de medio da

    absoro acstica da amostra, e impedncia acstica, utilizando a norma ASTM E

    1050.

    O outro mtodo exclusivamente laboratorial seria o ensaio feito (principalmente)

    pela universidade de Purdue, Indiana, USA, conhecido como Tyre/Pavement Test

    Apparatus (TPTA). Ele consiste em uma sala isolada acusticamente, evitando assim

    rudo de fundo e a variabilidade climtica. Atravs de um cilindro de aproximadamente

    3,60m de dimetro, com as amostras de 1/6 do dimetro do cilindro, so colocados dois

    braos com rodas para simular o trfego, como pode ser visto na Figura 21. A principal

    caracterstica deste ensaio que ele consegue representar o apenas rudo do atrito pneu

    Figura 20: Tubo de impedncia.

    Fonte: Garcia et al (2002)

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    pavimento, sem outras fontes. Entretanto um ensaio caro e que necessita de um

    equipamento muito particular.

    Figura 21: Tyre/Pavement Test Aparatus.

    Fonte: Garcia et al, 2002

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    3 METODOLOGIA

    3.1 Classificao do estudo

    Esta pesquisa pode ser classificada como quantitativa e de campo.

    3.2 Plano de coleta de dados

    A metodologia da coleta de dados proposta por este trabalho, est descrita

    detalhadamente no item 2.4.1. Entretanto, algumas variaes. Enquanto a norma

    preconiza que a coleta de dados deve ser feita a 7,5m, foi feita tambm a 15m e 30m, do

    eixo da rodovia, o que possibilitou a criao de um perfil de presso sonora.

    A escolha deste mtodo de medio se deu porque trata-se de mtodo

    consagrado internacionalmente. Ainda, porque buscava-se o rudo de um veculo apenas

    e este o mais prximo do real.

    Para coleta de dados foi necessrio localizar dois stios de testes que atendiam

    aos seguintes requisitos:

    Ser uma rodovia de importncia para regio de Iju e com trfego

    diversificado. Pavimento sem patologias, trecho plano, trecho de no mnimo 130m de

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    tangente, assim permitindo uma velocidade uniforme e sem picos de rudo, devido a

    panelas e outros problemas.

    As adjacncias deveriam ser em um nvel prximo ao da rodovia. Estas no

    deveriam ter barreiras acsticas de qualquer espcie, de tal a no haver reduo dapresso sonora e tambm restringindo as reverberao e/ou adsores sonoras.

    Os stios (Figura 22) escolhidos foram: BR-285 km-459, pavimentada com

    MICRO no ano 2007 (Figura 23) e RS-522 km-33, rodovia pavimentada com TSD no

    ano 2004 (Figura 24).

    Figura 22: Mapa da localizao dos stios em estudo

    Figura 23: Stio de estudo BR 285

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    O equipamento a ser usado equipamento de qualidade e aferido. Sendo um

    decibelmetro da marca Minipa modelo MSL-1351C (Figura 25), em escala medium 50

    -100 dB, com resposta rpida (A). Os demais equipamentos foram: trena de 50 metros,

    cronmetro, termohigrmetro e um trip para apoiar o decibelmetro na altura

    preconizada pela norma .

    Figura 25: Decibelmetro marca Minipa MSL-1351C.

    Figura 24: Stio de estudo RS 522

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    4 APRESENTAO E ANLISE DE DADOS

    Aps a coleta dos dados, eles foram computados no programaMicroSoft EXCEL

    (planilha de coleta de dados encontra-se no Anexo 1). Aps, foi necessrio fazer uma

    correo da temperatura, utilizando a norma ISO 13325:2003 (explicao detalhada no

    item 2.4.6 deste trabalho). Com os valores individuais de rudo corrigidos para a

    temperatura padro de 20C, foi possvel gerar os grficos de presso sonora versus

    velocidade (Figura 26) e, com tais grficos foi possvel encontrar as equaes

    correspondentes a cada tipo de veculo, distncia do eixo e pavimento.

    Figura 26: Presso sonora versus velocidade, para microrevestimento a 15 metros do eixo da via, para veculo tipo 1.

    y = 0,0893x + 64,231

    R2 = 0,0957

    50,00

    55,00

    60,00

    65,00

    70,00

    75,00

    80,00

    85,00

    90,00

    95,00

    40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00 110,00 120,00

    Velocidade (km/h)

    Pres

    so

    Sonora(db

    A)

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    Com a equao gerada a partir dos grficos da presso sonora versus velocidade

    para cada tipo de pavimento e distncia e veculo (Figura 26), efetuou-se uma regresso

    linear para buscar o rudo caracterstico para o veculo em estudo, bem como sua

    velocidade mdia, conforme o Quadro 1 encontrado no item 2.4.1 desse trabalho. O que

    resultou na Tabela 02, que nos mostra o rudo de cada tipo de veculo para cada

    distncia para o micro revestimento asfltico e a Tabela 03, para o TSD.

    Distncia do

    eixo da rodovia

    Tipo de

    veculo

    QuantidadeVelocidade de

    referncia

    Rudo sem

    correo (dB(A))

    Rudo com

    correo (dB(A))

    1 120 80 km/h 78,93 79,03

    2a 47 70 km/h 81,27 81,277,5 metros

    2b 35 70 km/h 83,88 83,88

    1 112 80 km/h 71,38 71,44

    2a 33 70 km/h 77,05 68,0215 metros

    2b 49 70 km/h 74,51 74,51

    1 100 80 km/h 63,43 61,16

    2a 44 70 km/h 68,07 68,0330 metros

    2b 37 70 km/h 69,59 69,59

    Distncia doeixo da rodovia

    Tipo deveculo Quantidade

    Velocidade dereferncia

    Rudo semcorreo (dB(A))

    Rudo comcorreo (dB(A))

    1 105 80 km/h 81,10 79,97

    2a 39 70 km/h 83,73 84,247,5 metros

    2b 45 70 km/h 85,17 85,17

    1 117 80 km/h 68,50 68,97

    2a 49 70 km/h 75,30 75,6415 metros

    2b 37 70 km/h 76,60 76,60

    1 107 80 km/h 61,57 61,97

    2a 50 70 km/h 65,98 66,2430 metros2b 35 70 km/h 72,84 72,84

    Tabela 02: Rudo para cada tipo de veculo para micro revestimento asfltico

    Tabela 03: Rudo para cada tipo de veculo para Tratamento Superficial Duplo

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    Mediante os resultados obtidos na Tabela 02 e Tabela 03, os valores de rudo

    com e sem correo foram aplicados na Formula 1, encontrada no item 2.4.1, para cada

    tipo de pavimento.Com os resultados do SPBI foram gerados os grficos de pressosonora versus distncia.

    Podemos verificar que existe uma reduo no rudo conforme aumentamos a

    distncia, o que pode ser facilmente identificado na Figura 27, correspondente ao micro

    revestimento e, na Figura 28, correspondente ao TSD.

    A partir disso podemos concluir que, ao distanciarmos as edificaes em no

    mnimo 30 metros do eixo da rodovia obteremos uma reduo de at 15,81 decibis

    para o micro revestimento asfltico, o que representa uma reduo de 0,70 decibis por

    metro de afastamento.

    Figura 27: Perfil de influncia da poluio sonora para MICRO

    80,2573,01

    80,30

    71,7965,48 64,49

    y = -7,9072x + 88,009

    R2 = 0,998

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    7,5 metros 15 metros 30 metros

    Distncia (m)

    PressoSonora(dBA

    SPBI sem correo SPBI corrigido

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    Verificou-se que o TSD tambm sofre uma reduo da presso sonora conforme

    nos afastamos do eixo da rodovia. A reduo da presso sonora foi de 15,73 decibis

    para um afastamento de 30 metros o que significa uma reduo de 0,69 decibis por

    metro.

    Em alguns casos o rudo corrigido apresentou-se mais alto que o corrigido e em

    outros mais baixo. Isso deve-se ao fato de que a Formula 2, encontrada no item 2.4.6, decorreo do rudo considerar a temperatura padro como 20C, e nos dias de coleta de

    dados a temperatura variou muito de um dia outro, estando em certos dias acima e em

    certos dias abaixo da temperatura padro. Isto por si s, demonstra a importncia de

    fazermos uma correo da temperatura para haver uma padronizao dos valores de

    rudo.

    Pode-se tambm encontrar a importncia da correo da temperatura claramente

    na Figura 26 e na Figura 27, onde o rudo corrigido esta em cinza e a variao chega a

    Figura 28: Perfil de influncia da poluio sonora para TSD

    82,24

    71,69

    81,68

    71,9765,79 65,95

    y = -7,8671x + 88,935

    R2 = 0,9819

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    7,5 metros 15 metros 30 metros

    Distncia (m)

    PressoSonora(dbA

    SPBI sem correo SPBI corrigido

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    alcanar 1,22 decibis de diferena aos 15 metros no micro revestimento asfltico, e de

    0,56 decibis para 7,5 metros no Tratamento Superficial Duplo. Importante perceber

    que mesmo uma reduo ou aumento de 0,56 decibis representativa.

    A Figura 29 mostra uma comparao entre os dois pavimentos estudados eapresenta uma variao nos valores de rudo que apresentam-se maiores no Tratamento

    Superficial Duplo, mesmo que por pequena diferena. Isso provavelmente deve-se a

    textura do revestimento, porm seria necessria uma anlise mais focada na variao em

    questo.

    Figura 29: Comparao entre os revestimentos

    80,30

    71,79

    81,68

    71,97

    64,4965,95

    0

    1020

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    7,5 15 30

    Distncia (m)

    Pressosonora(dBA

    )

    MICRO TSD

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    5 CONCLUSES

    A partir dos resultados apresentados verificou-se que o perfil de influncia da

    poluio sonora para ambos os pavimentos limita-se a no mnimo 30 metros do eixo da

    rodovia, visto que a faixa de domnio para a BR 285 e para a RS 522 de 40 metros

    do eixo e estas existem para futuras e possveis ampliaes. A distncia mnima, se

    respeitada a lei, estaria garantindo nveis aceitveis de rudo.

    Neste trabalho percebe-se claramente a necessidade e a eficincia de haver uma

    correo da temperatura, pois assim possvel comparar as presses sonoras, mesmo

    que essas tenham sido obtidas em diferentes temperaturas e dias. Resultando em uma

    maior confiabilidade aos dados e segurana na hora de fazermos uma anlise.

    Specht et al (2007) afirma que se alterarmos o tipo de pavimento poderemos

    alcanar uma reduo de at 5 decibis, diferena encontrada entre as rodovias

    revestidas com Concreto de Cimento Portaland (CCP) e com uma Camada Porosa de

    Atrito (CPA), este ltimo que apresentou-se como o pavimento mais silencioso.

    Como anteriormente citado neste trabalho, o rudo causa perdas de altssimas

    cifras devido a desvalorizao imobiliria e gastos com a sade. Alm de causar srios

    distrbios sade humana. Por estes motivos, os dados encontrados tornam-se mais do

    que relevantes.

    Se forem tomadas as devidas precaues no projeto e na construo das

    rodovias, como a escolha correta do pavimento, dando a preferncia em certos casos a

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    pavimentos silenciosos; se as faixas de domnio forem respeitadas e, se possvel, a elas

    acrescido o perfil de influncia citado neste trabalho, somado a um material diferente da

    rodovia, preferencialmente fonoabsorvente, como a grama, alm de, onde for possvel,

    tambm existir alguma arborizao, haver uma reduo mais do que significativa do

    rudo e, conseqentemente, uma melhoria na qualidade de vida.

    5.1 Sugestes para trabalhos futuros

    Para trabalhos futuros sugere-se:

    Ampliar o banco de dados fazendo o SPBI em mais rodovias com diferentes

    pavimentos;

    Que se utilize outros mtodos de coleta e anlise para comparao com SPBI;

    Verificar a influncia de vegetaes como barreiras sonoras.

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    ANEXO A

    Planilha para coleta de dados

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    Trecho:Revestimento

    Data:Operador:

    Dist. estacas (m)MEDIO : 7,5 METROS 15 METROS 30 METROS Assinalar a opo

    Horrio Temp. Ar (C) Pista Tempo (s) Vel (km/h) Veculo Rudo (db)

    UNIJUIRua do Comrcio 3000

    Bairro Universitriofone: 0xx 55 3332 0512