ciências do ambiente - cap 4 - meio terrestre: características e poluição

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Universidade Estadual do Maranhão Engenharia de Produção Ciências do Ambiente Meio Terrestre Características e Poluição Me. Elon Vieira Lima

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Page 1: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Universidade Estadual do Maranhão

Engenharia de Produção

Ciências do Ambiente

Meio Terrestre

Características e Poluição

Me. Elon Vieira Lima

Page 2: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Solo é uma coleção de corpos naturais dinâmicos, que contém a matéria viva, e é resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha, cuja transformação em solo se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo de relevo.

O limite superior do solo é a biosfera e a atmosfera com as quais se entrelaça.

Lateralmente, ele pode passar para corpos d’água, rocha desnuda, gelo ou areias de praias costeiras ou de dunas movediças.

O limite inferior é mais difícil de ser estabelecido porque ele passa progressivamente à rocha dura ou material inconsolidado, onde quase sempre as raízes das plantas nativas perenes estão ausentes.

Introdução Conceitos de solo

Page 3: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

A pedosfera funciona como as fundações ou alicerces da vida em ecossistemas terrestres.

Os solos fornecem tanto a água como nutrientes para as plantas, assim como servem de sustentação.

Funciona como mediador dos fluxos de água entre a hidrosfera, litosfera, biosfera e atmosfera.

O solo, junto com o substrato rochoso, influencia na qualidade da água.

Influenciam na qualidade do ar e servem para a decomposição de resíduos sólidos.

As plantas retiram do solo 15 elementos essenciais:

Macronutrientes absorvidos em grande quantidade: N, P, K, Ca, Mg e S.

Micronutrientes absorvidos em pequena quantidade: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Co e Zn.

Introdução Funções ecológicas

Page 4: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

A maior parte dos nutrientes existentes no solo origina-se dos minerais que constituem as rochas (litosfera).

As rochas naturalmente não são capazes de suportar e sustentar plantas superiores.

Endurecidas ou consolidadas impedem a penetração das raízes.

Não armazenam água.

Para que as raízes possam crescer a natureza dá início e continuidade aos importantes processos do intemperismo.

Introdução Funções ecológicas

Page 5: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo Fenômeno responsável pela formação do

material semiconsolidado que dará início à formação do solo.

Quando a rocha é exposta à atmosfera sofrendo ação direta do calor do sol, da umidade das chuvas, e do crescimento de organismos.

Intemperismo físico ou desintegração alteração do tamanho e formato dos materiais.

Intemperismo químico ou decomposição modificação química.

A rocha depois de alterada recebe o nome de regolito ou manto de intemperização, onde em sua superfície se dá a formação do solo.

Introdução Processos de formação do solo

Page 6: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Introdução Processos de formação do solo

Page 7: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo físico

Variação de pressão:

A maior parte das rochas se origina em profundidades e sob condições de temperatura e pressão elevadas.

A diminuição da pressão faz com que surjam fendas.

Variação de temperatura:

Oscilações de temperatura do dia para a noite e do inverno para o verão provoca dilatação nas épocas de calor e contração nas épocas de frio.

Por ter mais de um mineral, a dilatação desigual provoca rachaduras.

Estas falhas abrem espaço para o intemperismo químico.

Introdução Processos de formação do solo

Page 8: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo físico

Introdução Processos de formação do solo

Page 9: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo físico

A fragmentação aumenta a superfície exposta ao ar e à água, facilitando o intemperismo químico.

Introdução Processos de formação do solo

Page 10: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo químico

Provocada principalmente pela água e CO2 dissolvido.

Quanto mais úmido e quente o clima, mais intensa será a decomposição.

Os minerais primários (argilominerais), após reação com a água, decompõem-se em minerais secundários.

Introdução Processos de formação do solo

Page 11: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo químico

As reações químicas provocam transformações que desmantelam o arranjo original dos cristais

desprendem alguns dos elementos químicos que estavam retidos em sua estrutura inicial.

Introdução Processos de formação do solo

Page 12: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo químico

As reações mais importantes são:

Hidrólise;

Oxidação;

Redução;

Solubilização.

Os principais elementos liberados nesse processo são os metais básicos (bases): Na, K, Mg e Ca.

Depois de destacados do interior dos minerais primários, são fracamente retidos na superfície de colóides (materiais secundários e húmus).

Estão em condições de serem cedidos às raízes das plantas.

Introdução Processos de formação do solo

Page 13: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo químico

Introdução Processos de formação do solo

Page 14: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Intemperismo químico

Ao redor dos colóides, alguns nutrientes são adsorvidos com intensidade um pouco maior do que outros.

O Ca, Mg e K são têm mais afinidade por esses colóides que o Na.

O Na é mais facilmente removido pelas águas que infiltram e percolam no solo.

Introdução Processos de formação do solo

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A existência de diferentes tipos de solos é controlada por cinco principais fatores:

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 16: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Fatores ativos

Clima;

Organismos.

Fatores passivos ou de resistência

Tempo;

Relevo;

Material de origem.

Em geral, qualquer solo é resultante da ação combinada de todos esses cinco fatores de formação.

Solo = f (clima, organismos, mat. origem, relevo e tempo)

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 17: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Introdução Fatores de formação dos solos

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Clima

A temperatura e a umidade regulam o tipo e a intensidade de intemperismo das rochas, o crescimento dos organismos e, consequentemente, a distinção dos horizontes pedogenéticos.

Clima quente e úmido

Decomposição mais rápida e intensa das rochas.

Materiais muito intemperizados solos espessos e com abundância de minerais secundários e pobres em cátions básicos.

Clima árido e/ou muito frio

Solos pouco espessos menos argila e mais minerais primários (pouco afetados pelo intemperismo químico).

Menores quantidades de matéria orgânica e maior quantidade de cátions básicos trocáveis.

Introdução Fatores de formação dos solos

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Clima

A maior parte dos solos das regiões áridas e semi-áridas é neutro ou alcalino, enquanto a maioria dos das regiões úmidas são ácidos.

Clima quente e úmido a infiltração que arrasta para os corpos d’água muitos nutrientes da solução do solo.

Hidrogênio e alumínio neutralizam as cargas elétricas trocáveis.

A distribuição da vegetação no globo está bastante relacionada com as diferentes zonas climáticas.

Quente e úmido florestas grande quantidade de resíduos orgânicos de rápida decomposição;

Longa estação seca árvores menores, com folhas que secam e durante certos períodos.

Desertos vegetação escassa e que acumulam água.

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 20: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Clima

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 21: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Clima

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 22: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Organismos

Compreendem:

Microorganismos (ou microflora ou microfauna);

Vegetais superiores (macroflora);

Animais (macrofauna);

Homem.

Microorganismos

Algas, fungos e bactérias.

Início da decomposição dos restos dos vegetais e animais, ajudando na formação do húmus (principalmente próximo à superfície).

Sozinhos ou em simbiose, retiram N2 do ar e transformando-os em minerais simples (NH3 e NO3

-) fixação do nitrogênio.

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 23: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Organismos

Vegetais

As raízes penetram e retiram nutrientes de regiões profundas.

As folhas, ao se decomporem, restituem os elementos retirados das camadas mais profundas ciclagem de nutrientes.

Introdução Fatores de formação dos solos

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Organismos

Vegetais

A presença da vegetação evita a erosão, tanto em condições naturais (erosão geológica) ou provocada pelo homem (erosão antrópica).

Quanto menor a cobertura vegetal, maior a erosão.

Introdução Fatores de formação dos solos

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Organismos

Animais

Os animais que se abrigam no solo estão constantemente triturando os restos dos vegetais, cavando galerias e misturando materiais de diversos horizontes.

Suas carcaças e resíduos, da mesma forma que a matéria vegetal, contribuem para a formação do húmus e dos agregados.

Modificações antrópicas do solo

Introdução Fatores de formação dos solos

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Material de origem

Fator de resistência.

A maior ou menor velocidade com que o solo se forma depende do tipo de material.

O solo desenvolve-se concomitantemente à alteração da rocha e o processo da formação do saprolito confunde-se com a formação do solo.

Os materiais de origem mais comuns podem ser classificados em 4 tipos:

Derivados de rochas claras;

Derivados de rochas ígneas escuras;

Derivados de sedimentos consolidados;

Sedimentos incosolidados.

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 27: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Material de origem

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 28: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Relevo

Promove no solo diferenças facilmente perceptíveis pela variação da cor em pequenas distâncias..

Resultam de desigualdades de distribuição no terreno da água da chuva, da luz, do calor do sol e da erosão.

Parte da chuva, em um terreno relativamente pequeno, pode escoar para as partes mais baixas e côncavas, logo, acabam por receber mais água que as partes mais altas.

Introdução Fatores de formação dos solos

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Relevo

O encharcamento contínuo dos poros do solo afeta nos processos de intemperismo químico.

Locais de difícil drenagem

Excesso de água e escassez de ar

A evolução ficará sujeita a condições especiais de solubilização dos óxidos de ferro e do acúmulo de MO.

Cor escura na superfície e acinzentado no fundo, com pequenas manchas de cor ferrugem.

Maior erosão atrapalha o desenvolvimento do perfil.

Locais de rápida infiltração

Favorece o intemperismo químico maior oxidação e promove cores avermelhadas.

Introdução Fatores de formação dos solos

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Relevo

Regiões de clima árido ou semi-árido

As partes mais baixas do relevo ficam sujeitas ao acúmulo de sais.

Estes sais podem ser carregados pelas enxurradas.

Quando esta solução evapora, deixa os sais precipitados.

Regiões de relevo montanhoso

As rampas muito íngremes favorecem a erosão.

Vel. formação do solo < vel. remoção do solo

Nenhum solo permanece, ficando a rocha exposta.

Vel. formação do solo > vel. remoção do solo

Solos rasos

Vel. formação do solo >> vel. remoção do solo

Solos profundos (área plana ou menos íngreme).

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 31: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Introdução Fatores de formação dos solos

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Page 33: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Tempo

Estágio inicial de formação a superfície de um afloramento rochoso, no qual musgos e líquens começam a se desenvolver sobre uma camada de rocha decomposta.

O tempo influencia diretamente a espessura do solo.

Maior exposição ao intemperismo.

Início da formação solos rasos, delgados e sem horizontes bem definidos pouco desenvolvidos ou jovens.

Com o passar do tempo os horizontes vão se espessando e diferenciando-se, e o solum pode atingir alguns metros.

Estado de equilíbrio solos espessos e, normalmente com horizontes bem definidos bem desenvolvidos, normais ou maduros.

Introdução Fatores de formação dos solos

Page 34: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Introdução Fatores de formação dos solos

Tempo Depois que a rocha é exposta na superfície (tempo zero), o solo começa a se

desenvolver e, se não houver erosão, atinge em determinado tempo o

estágio de maturidade.

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Poluição do Solo Urbano Considerações gerais

É proveniente dos resíduos gerados pelas atividades econômicas que são típicas das cidades, como a indústria, o comércio, os serviços e os domicílios.

Os resíduos sólidos são os mais impactantes pois as quantidades geradas são grandes e as características de imobilidade impõem grande dificuldade de transporte ao meio.

Outras formas de poluição do solo urbano:

Precipitação de chuva ácida.

Esgoto doméstico e efluentes líquidos industriais que quando lançados diretamente sobre o terreno superficial, agride o olfato e a visão, assim como são vetores de doenças.

Page 36: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Introdução

Lixo São os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis.

Estes materiais demoram muito tempo para se degradarem desequilíbrio na reciclagem da matéria.

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Resíduos Sólidos Urbanos Introdução

O aumento dos problemas associados a resíduos sólidos é ocasionado, em geral, pelos seguintes fatores :

Processo de urbanização: a migração do campo para as cidades ocasiona a concentração populacional em centros urbanos, contribuindo para o agravamento dos problemas com resíduos devido ao aumento da produção de resíduos e a falta de locais adequados para sua disposição.

Aumento populacional e o consequente aumento da produção de resíduos;

Industrialização: os processos industriais geram produtos em velocidade cada vez maior, contribuindo para o aumento da produção de resíduos, seja durante o processo de fabricação, seja pelo estímulo ao consumo;

Periculosidade dos novos resíduos;

Estilo da produção em massa e do descartável.

Page 39: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Introdução

Resíduos (NBR 10.004) Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades torne inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exigem, para isso, soluções técnicas e economicamente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível.

Page 40: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

O lixo, em função da sua procedência variada, apresenta constituintes básicos diversos, e o volume de sua produção varia de acordo com sua procedência, com o nível econômico da população e com a própria natureza das atividades econômicas da área onde é gerado.

A composição média do lixo domiciliar no Brasil é de:

65% de Matéria Orgânica

25% de Papel

4% de Metal

3% de Vidro

3% de Plástico

Resíduos Sólidos Urbanos Introdução

Page 41: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Classificação

Quanto à sua origem:

Domiciliar: restos de alimentos, jornais, garrafas, embalagens em gerais, etc. (Prefeituras);

Comercial: grande quantidade de papel, plásticos, etc. (Prefeituras);

Público: resíduos de varrição de ruas, limpeza de praias, limpeza de galerias, etc. (Prefeituras);

Serviços de Saúde e Hospitalar: agulhas, seringas, algodões, luvas descartáveis, etc. (Gerador);

Aeroportos, portos, Terminais rodoviários e ferroviários: materiais de higiene, asseio pessoal, restos de alimentos, etc. (Gerador);

Page 42: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Classificação

Quanto à sua origem:

Industrial: cinzas, lodos, óleos, fibras, madeiras borrachas, etc. Gerador);

Entulhos: resíduos provenientes da construção civil (Gerador);

Agrícola: embalagens de fertilizantes, rações, restos de colheitas, etc. (Gerador).

Page 43: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Classificação

Quanto à natureza física

seco

molhado;

Quanto à composição química

matéria orgânica restos de alimentos, de animais mortos, de podas de árvores e matos, entre outros;

matéria inorgânica vidro, plástico, papel, metal, entulho, entre outros.

Quanto ao riscos potenciais ao meio ambiente Considerando os aspectos práticos e de natureza técnica ligados principalmente às possibilidades de tratamento e disposição dos resíduos em condições satisfatórias do ponto de vista ecológico, sanitário e econômico, a NBR 10.004 apresenta três classes:

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Resíduos Sólidos Urbanos Classificação

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PERICULOSIDADE (NBR 10.004)

Resíduos Classe I (Perigosos)

Apresentam risco à saúde pública ou ao ambiente, caracterizando-se por terem uma ou mais das seguintes propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Resíduos Classe II (Não-inertes)

Podem ter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, porém não se enquadram como resíduo I ou III.

Resíduos Classe III (Inertes)

Não têm nenhum dos seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade de águas.

Page 45: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Lixões

Forma inadequada lançamento e amontoamento de

lixo em terreno baldio.

Problemas estéticos e de saúde pública.

Problemas sociais catação de lixo.

Problemas ambientais poluição hídrica (chorume) e

atmosférica (geração de metano e outros gases combustíveis).

Não há controle quanto aos tipos de resíduos depositados e quanto ao local de disposição.

Resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade são depositados juntamente com os industriais e hospitalares, de alto poder poluidor.

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Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Aterro Sanitário

O lixo é lançado sobre o terreno e recoberto com solo do local, de forma a isolá-lo do ambiente, formando câmaras.

O volume é reduzido por compactação.

Nas câmaras há uma degradação anaeróbia, com liberação de gás e de uma substância líquida escura, constituída pelos resíduos orgânicos apenas parcialmente biodegradados (chorume).

Os gases acumulados no superior da câmara devem ser drenados para queima ou beneficiamento e utilização.

O chorume acumula-se no fundo e deve ser separado por um revestimento impermeável.

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Aterro Sanitário

Uma vez esgotados em sua capacidade de receber lixo, podem ser úteis como elementos paisagísticos como áreas verdes e parques.

Desvantagens:

Grandes extensões de terreno;

Deve ser instalado em locais em que o entorno não seja prejudicado por inconvenientes ambientais e paisagísticos (mau cheiro, tráfego de caminhões, mau aspecto, aves, etc.).

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

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Page 51: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Compostagem

A “reciclagem na natureza”.

Composto é o produto da decomposição de matéria orgânica, em condições aeróbicas e de maneira controlada, de modo a obter-se um material estabilizado, não mais sujeito às reações de putrefação;

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Page 52: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Compostagem

Para realização da compostagem deve-se separar os materiais orgânicos dos outros tipos de resíduos.

Vantagens:

Enriquece a terra em alimento para as plantas adubo natural.

Reduz a quantidade de lixo.

Melhora a aeração do solo

Evita as queimadas que poluem o ar e incomodam a vizinhança.

Menor exigência de área para instalação.

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Page 53: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Compostagem

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Page 54: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Compostagem

Page 55: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Incineração

É feita em usinas de incineração, nas quais o lixo é reduzido a cinzas e gases decorrentes de sua combustão.

As cinzas obtidas, em volume bastante reduzido e mineralizadas, podem ser dispostas sem inconvenientes.

Com devido controle de poluição os gases gerados também poderão ser emitidos ao ambiente.

A presença de materiais que possuam cloro podem provocar a formação de furanos e dioxinas, altamente tóxicos e cancerígenos.

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Page 56: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Incineração

Vantagens:

Redução volumétrica;

Não geração de efluentes líquidos;

Destruição de substâncias dependente de sua estabilidade térmica e não da periculosidade dos resíduos;

Possibilidade de recuperação energética.

Desvantagens:

Elevado custo inicial;

Mão-de-obra especializada;

Problemas operacionais e de manutenção;

Controle de emissões: polêmica nacional quanto à dioxinas e furanos.

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Page 57: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Disposição e tratamento

Incineração

Page 58: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Reduzir

Evitar a produção de resíduos, com a revisão de seus hábitos de consumo.

Ex: preferir os produtos que tenham refil.

Reutilizar

Reaproveitar o material em outra função.

Ex: usar os potes de vidro com tampa para guardar miudezas (botões, pregos, etc.).

Reciclar

Transformar materiais já usados, por meio de processo artesanal ou industrial, em novos produtos.

Ex: transformar embalagens PET em tecido de moletom.

Resíduos Sólidos Urbanos 3 R’s

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Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

O processo de reciclagem é composto de várias fases, porém sua realização depende de uma ação fundamental: a separação prévia dos materiais.

Coleta seletiva separação e recolhimento, desde a

origem, dos materiais potencialmente recicláveis.

É importante lembrar que a separação dos materiais de nada adianta se eles não forem coletados separadamente e encaminhados para a reciclagem.

Page 60: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Vantagens da coleta seletiva:

Diminui a exploração de recursos naturais;

Reduz o consumo de energia;

Diminui a poluição do solo, da água e do ar;

Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;

Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;

Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias;

Diminui o desperdício;

Diminui os gastos com a limpeza urbana;

Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;

Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis;

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 61: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Cada resíduo deve ser acondicionado em um recipiente específico.

Azul – Papel e papelão;

Verde - Vidro;

Amarelo - Metal (alumínio e metais ferrosos);

Vermelho – plástico (PET, plástico rígido, etc.);

Marrom – Orgânico (restos de alimentos ou podas de árvores que podem ser transformados em adubo);

Cinza – Rejeito (material sujo e/ou que não serve para a reciclagem).

PAPEL VIDRO METAL PLÁSTICO ORGÂNICO REJEITO

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 62: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 63: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Plástico (vermelho)

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 64: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Metal (amarelo)

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 65: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Papel (azul)

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 66: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Vidro (verde)

Resíduos Sólidos Urbanos Coleta seletiva

Page 67: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Poluição do Solo Usos do solo

São funções do solo :

sustentação da vida e do "habitat" para pessoas, animais, plantas e outros organismos;

manutenção do ciclo da água e dos nutrientes;

proteção da água subterrânea;

manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural;

elemento de fixação e nutrição da vida vegetal;

fundação para edificações, aterros, estradas, sistemas de disposição de resíduos, etc;

elemento a ser extraído e utilizado na área de construção em geral e na manufatura de objetos diversos;

armazenamento de combustíveis fósseis;

armazenamento de água para fins diversos com destaque para o uso da água como manancial de abastecimento público.

produção de alimentos.

Page 68: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Poluição do Solo Usos do solo

Page 69: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Poluição do Solo Danos

Construção civil

urbanização e ocupação do solo;

Exploração extrativa

remoção de grandes quantidades de materiais (mineração) e alteração da topografia;

atividade madeireira.

Atividade agropecuária

aplicação de nutrientes e defensivos agrícolas no solo;

remoção sazonal da cobertura vegetal;

inadequação de certas plantas ao tipo de solo ou uso excessivo de monoculturas;

pastoreio excessivo;

queimadas.

Page 70: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea por fossas sépticas

Poluição do Solo Danos

Page 71: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea pela atividade industrial

Poluição do Solo Danos

Page 72: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Poluição do Solo Danos

Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea pela

disposição de resíduos sólidos e por vazamentos na rede de esgoto

Page 73: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Poluição do Solo Danos

Contaminação do solo e provavelmente da água subterrânea em área

agrícola, provocada pela aplicação de fertilizantes e agrotóxicos.

Page 74: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Compactação do solo e expansão de área para a pecuária.

Poluição do Solo Danos

Page 75: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Degradação do solo devido a incêndios ou queimadas

Poluição do Solo Danos

Page 76: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Fontes de poluição do solo e sua migração.

Poluição do Solo Danos

Page 77: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

A ênfase dada nos cuidados quanto à poluição do solo está principalmente associada ao contato da água com o solo superficial e subsuperficial e à preservação da qualidade das águas.

A qualidade do solo pode ser alterada levando em consideração os seguintes aspectos: Vegetação; Topografia / relevo; Permeabilidade.

O monitoramento do solo, sob aspectos superficial e subsuperficial, é efetuado por: Inspeção visual; Aerofotointerpretação e/ou levantamentos topográficos; Amostragem e análises químicas para acompanhamento da

qualidade e fertilidade do solo; Monitoramento do lençol freático (a montante e a jusante do

empreendimento).

Poluição do Solo Qualidade do solo

Page 78: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

Poluição do Solo Erosão

Fontes de poluição de origem natural, associadas a catástrofes como: terremotos,

vendavais e indundações; Características de solos, fatores ambientais que

podem levar a erosão; Erosão Causada pela ação das águas e do vento e

conseqüente remoção das partículas do solo. alterações de relevo; riscos às obras civis; remoção da camada superficial e fértil do solo; assoreamento dos rios inundações e alterações

dos cursos d’água. Associada a fatores como clima, tipo de solo e

declividade do terreno.

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A remoção da cobertura vegetal pode causar erosão…

Poluição do Solo Erosão

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Que algumas vezes se transformam em voçorocas.

Poluição do Solo Erosão

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A remoção da cobertura vegetal pode causar deslizamentos.

Poluição do Solo Erosão

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Práticas recomendadas: manutenção da cobertura vegetal; utilização de árvores como quebra-ventos; cobertura do solo com serragem; técnicas de caráter mecânico como aração; plantio e construção em curvas de nível; execução de canaletas para desvio de águas

pluviais; execução de muros de arrimo.

Poluição do Solo Erosão

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Exemplo de sistema de drenagem

Poluição do Solo Erosão

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Antes: basicamente restos de vegetais decompostos e dos excrementos de animais. Biodegradação e incorporação às cadeias

alimentares dos ecossistemas associados ao solo eram imediatas e não havia criação de desequilíbrios ou maiores danos.

Produção do adubo artificial Riscos de acumulação ambiental até concentrações

tóxicas, tanto de nutrientes essenciais como de impurezas do processo de fabricação.

Poluição do Solo Rural Fertilizantes

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Controle biológico espécies nocivas são mantidas em níveis

aceitáveis pela introdução de um predador natural ou microorganismo que lhe cause doença;

manejo integrado de pragas. Mudanças no padrão de plantio (rotação de culturas,

plantio em faixas, etc.) Uso de plantas geneticamente modificadas; Uso cuidadoso e seletivo de defensivos para manter o

nível de produção agrícola e a saúde humana.

Poluição do Solo Rural Alternativas agrícolas

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Se não é possível abolir o uso: imitar o uso ao estritamente indispensável, cortando os

desperdícios geradores de resíduos poluidores; restringir ao emprego dos defensivos ambientalmente mais

seguros; empregar técnicas de aplicação que reduzem os custos

derivados de sua acumulação e propagação pela cadeia alimentar.

Classificação em grupos, dependendo do tipo de praga que combatem inseticidas, fungicidas, herbicidas, rodenticidas, etc.

Efeito residual; biomagnificação ou magnificação biológica; Estudos mostram que os defensivos presentes no solo

transferem-se, parcialmente, para o tecido celular da planta, com relações de concentrações que dependem, entre outros fatores, da concentração existente no solo e do tipo de planta.

Poluição do Solo Rural Defensivos agrícolas

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A salinização dos solos é mais freqüente em regiões tropicais de clima quente e seco, com elevadas taxas de evapotranspiração e baixos índices pluviométricos.

O aumento de sais solúveis em um solo, eleva o seu potencial osmótico, as plantas têm dificuldade de absorção água e nutrientes provocando a redução do seu crescimento, sendo também perceptível injúrias foliares.

Pode ser agravada pela irrigação.

Poluição do Solo Rural Salinização

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Poluição do Solo Rural Salinização

Page 89: Ciências do Ambiente - Cap 4 - Meio terrestre: características e poluição

É um processo que ocorre em todo o mundo, resultado do crescimento das atividades produtivas e econômicas e principalmente pelo aumento da densidade demográfica em escala mundial.

Causadores: • Produção agrícola e pastoril; • Mineração; • Crescimento urbano; • Extrativismo.

Consequências: • Degradação do solo • Perdas de biodiversidade • Incidência de processo de desertificação • Erosões, mudanças climáticas e hidrografia.

Poluição do Solo Rural Desmatamento

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O que se pode fazer? Ao comprar produtos florestais como madeira e papel, exija

o selo Conselho de Manejo Florestal para ter a garantia que eles provém de florestas manejadas de acordo com os critérios rigorosos e não predatórios.O selo verde atesta o uso de técnicas de corte que respeitam os ciclos de regeneração da mata.

Reduzir o consumo de carne em geral também ajuda no combate ao desmatamento (ajuda a evitar abertura de novas áreas de pastagens). Isso porque muito da produção de soja é utilizada como ração para animais, como aves e porcos.

Evite consumir produtos feitos com couro animal. Busque alternativas como o couro vegetal (ecológico) feito a partir da extração do látex.

Reduza o consumo de papel. Prefira papel reciclado.

Poluição do Solo Rural Desmatamento