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Aula do Curso Noic de Física, feito pela parceria do Noic com o Além do Horizonte
Os conceitos mais básicos dessa matéria são:
Cinemática Básica:
Deslocamento: Consiste na distância entre dados dois pontos percorrida por um corpo.
Velocidade: Consiste na taxa de variação dessa distância no tempo.
Aceleração: Consiste na taxa de variação da velocidade no tempo.
É importante notar que o deslocamento não é o mesmo que espaço percorrido ou trajetória. O primeiro trata apenas dos pontos final e inicial. A trajetória compreende a análise de todos os pontos percorridos, sendo a distância percorrida.
Aqui, é importante tratar do caráter vetorial dessas grandezas. Analisemos a velocidade. Além de ela ter um valor, dito módulo, também possui uma direção e sentido, conferindo-‐lhe essa característica de vetor, uma seta. O mesmo vale para o deslocamento e aceleração.
Veja o que ocorre com um corpo se o mesmo realiza dois deslocamentos, gerando um deslocamento resultante, igual a “soma das setas”.
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Assim como há a soma, também há a diferença, vindo da soma dos vetores, com o negativo virado de sentido, isto é:
Caso uma soma de vetores se fechem no fim (as setas formem um caminho que no fim, chegue ao mesmo ponto inicial), a resultante vetorial é nula.
No entanto é muito comum o estudo escalar (apenas de quantidade) dessas grandezas, apenas em alguns momentos usando a visão vetorial. Para maior aprofundamento, há de se buscar aprender as ferramentas lei dos senos e cossenos para vetores. Estudemos algumas equações.
Para um ponto material com velocidade nula, sua posição em função do tempo é sempre a mesma, ou seja, constante:
S(t) = So
Com um gráfico trivial. Já com uma velocidade constante (v), no dito movimento uniforme tem-‐se:
S(t) = So + Vt
Veja o gráfico ao lado:
Uma análise similar vem do estudo da velocidade. Se essa for constante, tem-‐se:
V(t) = Vo
Se há uma aceleração constante (a) no dito movimento uniformemente variado, é possível demonstrar, por cálculo, que, dado um corpo com certa velocidade inicial Vo, tem-‐se:
𝑆(𝑡) = 𝑆𝑜 + 𝑉𝑜. 𝑡 + 12𝑎. 𝑡!
V(t) = Vo + a.t
Veja os gráficos desse movimento:
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Façamos duas questões para por em uso esses conhecimentos.
1. Um carro, em uma trajetória retilínea, está a dez metros antes de um semáforo. Considerando o ponto zero no semáforo, com sentido crescente desse em seguinte e sabendo que o carro possui velocidade constante Vo = 5m/s:
a) Qual a posição do carro no instante t=0?
b) Em que instante o carro chega ao semáforo?
c)Sabendo que o carro para no semáforo, demorando 5s, e, para não pegar o próximo vermelho, sai do que está com aceleração 2m/s2, descreva a nova equação do espaço para o carro, a partir daí.
d)Se a distância entre os semáforos vale 100 metros, diga qual deve ser o mínimo intervalo de tempo para o semáforo fechar e o carro não pegar esse vermelho. Mostre então em que tempo do referencial tratado alcança-‐se o outro semáforo.
Resposta:
a) Pelo explicado, esse valerá
So = -‐10 m
b) Montando a equação do espaço:
S(t) = So + V.t
Assim, dado So = -‐10 m e V = 5 m/s:
S(t) = -‐10 + 5.t
Pondo esse igual a zero, passando pelo semáforo:
0 = -‐10 + 5.t
t = 𝟏𝟎𝟓 = 2s
c) Sabe-‐se que, considerando os dados do problema, o espaço inicial agora é zero (estando-‐se no semáforo), a velocidade inicial agora é zero, mas o tempo passado começou a 2s + 5s = 7s
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(contando o tempo para chegar no semáforo e parado). Em suma, dada a aceleração 2m/s2, da formula mostrada anteriormente:
𝐒 𝐭 = 𝟏𝟐.𝟐. (𝐭 − 𝟕)𝟐
d) Basta que:
𝟏𝟐.𝟐. (Δ t)𝟐 = 𝟏𝟎𝟎
(Δ t)2 = 100
(Δ t) = 10 s
Assim,
t-‐7 = 10
t = 17 s
2. Para as equações abaixo, diga quanto vale So, Vo, a e o tipo de movimento, além do espaço em função do tempo (se não houver):
a) s = 10 + 5t + 2t2
b) s = 2 – 4t
c) s = 5t2
d) v = 15
e) v = 6t
Resposta:
a) So = 10, Vo = 5, a = 4 (lembre que o termo do t2 é a metade da aceleração). Movimento uniformemente variado.
b) So = 2, Vo =– 4, a = 0. Movimento uniforme (dito retrógrado com v <0).
c) So = 0, Vo = 0, a = 10. Movimento uniformemente variado.
d) So = indeterminado, Vo = 15, a = 0. Movimento uniforme, de s(t) = k + 15t.
e) So = indeterminado, Vo = 0, a = 6. Movimento uniformemente variado, de s(t) = 3t2.
Aqui, dois conceitos são importantes:
A velocidade média é a diferença entre as posições final e inicial dividida pelo tempo total até se chegar a esses, isto é:
!!!! = Velocidade Média
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Já que nem sempre os movimentos têm velocidades constantes, podendo se fazer uma média, encontrando-‐se uma velocidade equivalente.
A aceleração média é a diferença entre as velocidades final e inicial dividida pelo tempo total até se chegar a essas, isto é:
!!!! = Aceleração média
Nesse contexto mais duas fórmulas são importantes e não dificilmente demonstradas, o que não será feito aqui. Ambas vêm para movimentos retilíneos com aceleração constante nessa direção, a:
Vm1= (!! ! !!)
! onde “Vm12“é a velocidade média entre dois pontos 1 e 2, sabendo-‐se suas
velocidades “V1“ e ”V2”
V22 = V1
2 + 2ad, conhecida por equação de Torricelli, onde “V1“ e “V2” são as velocidades de dois pontos 1 e 2, “a” aceleração do movimento e “d” o deslocamento entre a e b.
Observe que, até aqui, os movimentos estudados foram os mais simples possíveis. No entanto, para expansão das ideias, é preciso utilizar uma definição mais formal dos conceitos estudados:
Dado um movimento no espaço, sabe-‐se que sua taxa de variação no tempo é sua velocidade média (para todo o movimento). Para a variação temporal tendendo a zero, tem-‐se a dita
velocidade instantânea, limite de !!!!, ΔT tendendo a 0, sendo esse limite dito derivada, igual a
tg (θ).Observe o gráfico abaixo:
É fácil perceber que, num certo ΔT bem pequeno, tendendo a zero, no começo do gráfico tem-‐se um ΔS pequeno. Depois, próximo do fim desse, o ΔS é bem maior, num mesmo ΔT. Em suma, a velocidade vai ficando maior com o passar do tempo, a taxa explicitada aumenta.
De modo análogo, pensa-‐se na aceleração como o
limite de !"!", ΔT tendendo a zero, esse delta, nesse
caso, sendo escrito com d().
v = !"!"e a = !"
!"
O pensamento reverso pode ser aplicado. Dado o espaço igual ao produto da velocidade pelo tempo, quando se faz cada velocidade por cada pequeno intervalo de tempo, acha-‐se o espaço total percorrido (sem análise de So) no limite dessa soma, dos ΔS. Essa soma é chamada integral, isto é:
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V
𝑣 𝑡 Δ𝑡 = s, ΔT -‐-‐-‐> 0 e 𝑎 𝑡 Δ𝑡=v, ΔT -‐-‐-‐> 0
Façamos uma questão sobre:
(Mackenzie adaptada) Estudando o movimento de um corpo, a partir do instante zero, obtivemos o gráfico a seguir. Entre os instantes 4 s e 7 s, o deslocamento do corpo foi de 24 m. O valor da velocidade e a aceleração no instante zero e o espaço total percorrido entre 0 e 7s. são?
Resposta:
Observe que a tangente do gráfico estudado entre os instantes 0 e 4 é constante, o tal limite é o mesmo para todos os pontos do intervalo, implicando que ali há uma velocidade constante. Entre 4 e 7, utilizando a teoria aprendida da integral:
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(7-‐4).h = 24
h=8
Pela semelhança triangular existente:
Vo = -‐8m/s
E a tangente, por Δy/Δx:
a = [!!(!!)]!
= !"! = 4
a = 4 m/s2
Já o espaço total será o somatório do espaço em cada um dos pedaços, calculados como a área. Observe que as áreas entre o gráfico estudado e os instantes 0 e 2 s e 2 e 4 s são as mesmas em módulo, mas têm sinal contrário. Logo, o espaço é só o percorrido entre 4 e 7 s.
Stot= 24m
Lançamentos:
Comecemos agora o estudo de movimentos verticais e lançamentos no vácuo.
Quando se solta um objeto, sabe-‐se que o mesmo acelera, ganhando velocidade, percorrendo sua altura até finalmente bater no chão. Quando se joga um objeto para cima, sabe-‐se que esse vai subir até uma altura máxima e descer. Estudemos o que acontece.
O corpo, desprezando resistências do ar (situação de vácuo), terá uma aceleração g, de direção vertical e sentido para baixo. Assim, dada certa altura h de um corpo, a equação do espaço e da velocidade serão:
S(t) = H – !!gt2
V(t) = -‐gt
Observe que essas equações consideram o chão como a posição zero, orientando o positivamente para cima. Vejamos também o espaço de um corpo de altura H, jogado para cima com velocidade Vo, nas mesmas orientações:
S(t) = H + Vot – !!gt2
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Analisando essa equação, percebemos que a mesma é uma parábola de concavidade para baixo, possuindo então um máximo, o vértice da parábola, no caso para (das teorias de parábola):
t = !!"[!(!!!)!]
= !"!
Que é justo o tempo para a velocidade zerar, o corpo então parando de subir, como se ver colocando na equação da velocidade, com essa sendo zero:
V(t) = Vo – gt = 0
t = !"!
No caso, esse máximo valerá Hmax = H + !"!
!". No caso particular de H ser igual a zero, acha-‐se
que a máxima altura que um corpo lançado com Vo para cima é Hmax=!"!
!".
Também é bastante intuitivo, mas demonstrável, que o tempo de subida de um corpo é o mesmo de sua descida, é um movimento simétrico.
Façamos uma questão para trabalhar essas ideias:
(ITA) Um corpo cai de uma certa altura tal que, durante o último segundo da queda ele
percorre !! da altura total. Calcular o tempo da queda, dado g = 10 m/s2 e Vo nula.
Resposta:
Usando a equação do espaço aprendida (dado T o tempo total da trajetória):
S(T) = H – !!gT2= 0
H = !!gT2
S(T-‐1) = H – !!g(T-‐1)2
Tal que:
S(t-‐1) – S(t) = !!H = !
!g(2T -‐1)
Usando o H achado anteriormente e g =10 m/s2:
!!T2 = 10T – 5
T2 – 8T + 4 = 0
T = 4 + 2 𝟑
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Observe que o estudo realizado até aqui tratou de movimentos verticais, mas uma análise de movimentos oblíquos é bastante similar, com um acréscimo. O movimento na horizontal, há de se compor com o da vertical, sendo o horizontal sendo quase sempre uniforme. Assim, estudando eixos de um exemplo simples, um lançamento com ângulo de θ Ho =0:
Sx(t) = Vocos(θ)t
Sy(t) = Ho + Vosen(θ)t -‐ !!gt2 = 0 + Vosen(θ)t -‐ !
! gt2 = Vosen(θ)t -‐ !
! gt2= H(t)
Um caso bem simples disso é quando θ = 0°, com certa Ho:
Sx(t) = Vocos(0°)t = Vot
Sy(t) = Ho + Vosen(0°)t -‐ !!gt2 = Ho -‐ !
!gt2 = H(t)
Para esse caso particular, calculemos o alcance, definido pela distância percorrida na horizontal desde o ponto inicial do movimento até bater no chão. Dado T o tempo até se bater no chão, H=0 (tempo total do movimento):
H(T) = Ho -‐ !!gT2 = 0
T = !"#!
Usando esse tempo no movimento horizontal:
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Sx(T) = VoT = Vo !"#!
Voltando ao caso de lançamento oblíquo, calcula-‐se o alcance para Ho = 0 e T o tempo total:
Sx(t) = Vocos(θ)t
Sy(t) = Vosen(θ)t -‐!!gt2 = H(t)
Assim:
Sy(T) = Vosen(θ)T -‐ !!gT2 = H(T) = 0
Para isso, T = 0 (começo do lançamento, não sendo de importância para a questão) ou T
= !"#$%&(!)!
, o que queremos, duas vezes o tempo de subida ou descida, tempo primeiro em
que a velocidade chega a zero, isto é:
V(ts) = Vosen(θ) – gts = 0
ts = !"#$%(!)
!
Sendo de fato o total duas vezes esse de subida, garantindo, pela simetria, que o tempo de subida (ts)é o mesmo de descida (td).
Usando T no espaço horizontal, sabendo que 2sen(θ)cos(θ) = sen (2θ)
Sx(T) = Vocos(θ)T =!"#"$(!).!"#$%&(!)!
= !"!.!"#$(!)!"#(!)
!
Sx(T) = 𝐕𝐨𝟐 𝐬𝐞𝐧(𝟐𝛉)
𝐠
Observe um importante resultado dessa fórmula derivado. Quando um seno é máximo, esse vale noventa graus (sem análises de períodos). Assim, o ângulo de máximo alcance vem com 2θ = 90°, implicando θ = 45°. Além disso, por análises trigonométricas, dois ângulos complementares têm o mesmo alcance, pois sen(2θ) = sen(2(90-‐θ)) = sen(180-‐θ). Por exemplo, 30 e 60 graus num lançamento, possuem o mesmo alcance.
(Puccamp – Adaptada) Um projétil é lançado numa direção que forma um ângulo de 45° com a horizontal. No ponto de altura máxima, o módulo da velocidade desse projétil é 10 m/s. Considerando-‐se que a resistência do ar é desprezível, g = 10m/s2, pode-‐se concluir que o módulo da velocidade de lançamento e o alcance desse é?
Resposta:
Sabe-‐se que, no ponto mais alto de um lançamento, a velocidade vertical é nula e a horizontal é a mesma que a horizontal do início. Sendo o ângulo de lançamento 45°, essa velocidade inicial horizontal é a mesma vertical. Em suma, tem-‐se duas velocidades perpendiculares de 10 m/s, resultando em um módulo de:
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(10! + 10!)= 10 𝟐
Seu alcance, pela fórmula estudada será (alcance máximo):
a=(!" !)!.!"#(!"°)!"
= 20 m.
Lançamentos:
Nesse contexto, estudemos agora o conceito de composição de movimentos. Dado um corpo que está em um referencial com certa velocidade, tendo esse referencial outra velocidade em relação à outro referencial, pode-‐se compor vetorialmente as velocidades, calculando a “velocidade resultante”. Por exemplo:
Um barco possui uma velocidade de 10 m/s por segundo com relação a um lago (água parada). Quando posto para descer um rio que tem correnteza com velocidade de 5 m/s em relação às margens, qual a velocidade do barco em relação às margens?
Simples, 10 + 5 = 15 m/s
Caso o barco não descesse, mas subisse o rio, qual seria sua velocidade em relação às margens?
10-‐5 = 5m/s
E se a velocidade do barco fosse direcionada perpendicularmente às margens, qual seria a velocidade resultante do barco:
(10! + 5!)= 125 = 5 5
Essas ideias se aplicam a uma série de situações. Vejamos duas questões relacionadas:
Um avião, cuja velocidade em relação ao ar é v, viaja da cidade A para a cidade B em um tempo t, quando não há vento. Quanto tempo será gasto para a viagem, quando sopra um vento com velocidade u (em relação ao solo) perpendicularmente à linha que liga as duas cidades?
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Para que a direção permaneça na linha AB, é preciso que a composição vetorial das velocidades dadas caia na linha. Isto é, v será a hipotenusa e u um dos catetos, sendo o outro cateto a resultante final. Logo:
Vr= (v! − u!)
Deve-‐se fazer a distância AB divida por essa velocidade. Mas a distância de AB é v.t. Assim:
t’ = 𝐯𝐭(!!! !!)
(Fuvest-‐SP)Um disco roda sobre uma superfície plana, sem deslizar. A velocidade do centro O év0. Em relação ao plano:
a) qual é a velocidade vA do ponto A?
b) qual é a velocidade vB do ponto B?
Resposta:
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Sabe-‐se, por composição de movimento, que a velocidade no ponto B (vb) é a soma da velocidade de translação com a de rotação, assim como de A (va). Observe a imagem anterior.
De tal forma que, instantaneamente:
a) vb= 2vo e b) va = 0
Movimento Circular:
Pense em um ponto material realizando um movimento circular. Perceba que, todo tempo, seu vetor velocidade muda a direção, adequando-‐se à curva, o que deve ser realizado por uma aceleração (pela definição de aceleração como a responsável por variar a velocidade). Essa aceleração é chamada centrípeta, apontada para o centro, curvando a velocidade. É possível provar que seu valor é:
ac =!!
!
Um dos resultados mais importantes da cinemática. Ainda estudando o movimento circular, passa-‐se a estudar os movimentos não em função de espaços, mas de ângulos, isto é, dado certa grandeza linear da circunferência, podendo-‐se escrever:
S = αr, α em radianos
Estrutura-‐se a chamada cinemática angular, de tal forma que:
α(t) = αo + ωt
Sendo ω a velocidade angular, v = ωr, geralmente dada em rad/s. Num caso de movimento circular uniforme. Se fosse uniformemente variado:
α(t) = αo + ωt + !!!
!
Sendo γ a dita aceleração angular, a = γr, geralmente dada em rad/s2. Aqui mais algumas definições surgem, no caso do movimento circular uniforme:
T – Período, o tempo para que uma revolução seja realizada.
f – Frequência, o número de revoluções (mesmo fração) que se dá em um segundo.
Percebe-‐se, facilmente, que:
T = !!
E que, dado o ângulo de uma circunferência, igual a 2π, o período vale:
T = !"! = !"!
!= 2πf.
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A aceleração centrípeta também pode ser reescrita em função do ω:
ac =(!!)!
!= ω2r
Aqui, certos vínculos são de grande importância.
Quando se tem discos acoplados a um mesmo eixo, como o caso abaixo, temos que a velocidade angular (ω) é a mesma, os produtos desse ω pelos respectivos raios são diferentes, quanto maior o raio, maior as velocidades.
ω = cte e Vn= ωrn
Já no outro caso as velocidades lineares são as mesmas transmitidas na corrente, isto é:
V = ωnrn= cte
Para tratar desses conteúdos, veja a questão abaixo:
(UFC) A figura abaixo (outra página) mostra um arranjo para uma medida experimental da velocidade de uma bala atirada por uma arma. Nele, dois discos, paralelos, solidários, separados por uma distância d = 1,75giram com frequência comum de 400 rpm. A bala fura o primeiro disco e depois de um tempo 𝛥𝑡os discos giram de um angulo θ = (π / 3) rad. A partir desses dados, determinar, em m / s, a velocidade da bala. Considere que a bala move-‐se em linha reta.
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Dada a frequência, 4oo rpm, transforma-‐se a mesma para hertz:
400 rpm = !""!"
= !"! Hz
Logo, facilmente acha-‐se a velocidade angular ω:
ω = 2πf = 2π!"!= !"!
!rad/s.
Assim, o tempo de passagem da bala foi:
!!!"!!
= 0,025𝑠
A bala terá então uma velocidade dada por, sendo constante, a divisão espaço por tempo:
v = 𝟏,𝟕𝟓𝟎,𝟎𝟐𝟓
= 70m/s