cinturao negro revista portugues 300 novembro parte 2 2015

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 300 - Novembro - Parte 2. Ano XXIV

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Page 2: Cinturao Negro Revista Portugues 300 Novembro parte 2 2015

requentemente, os Mestres desejamimprimir no seu ensino, directrizes férreas,firmes e até rígidas. Esgrimindo certezasdas que todos carecem, mas que sesustentam nas próprias deficiências,

acreditam que a sua verdade é, para além de todadúvida, a verdade a ser transmitida e que seu únicoerro é serem “brandos”.

Não só é banal tal intenção, como também umaevidente prova de falta de sabedoria em seumagistério. A “autoritas” não se impõe pela forçamas sim por pela virtude e esta não é impositiva, éamável e graciosa… Só quem convence, finalmentevence!

Quase um 90% dos problemas dos nossos diasvêm do excesso de pressão, incluída a depressão,que não é senão um “falso contrário”, fruto damesma. Neste cenário, as fórmulas de ensinotradicionais devem encontrar alternativasinspiradoras e muitas há no Oriente.

Superados os anacronismos e os problemas doego, o Oriente nos pode oferecer veículos de ensinoe reflexão efectivos, que invocam e evocam o melhorde cada estudante, sem precisar de chegar aoconsabido dolo, humilhação ou castigo. Por maisque o burro seja conduzido com o pau e a cenoura,as metodologias modernas devem saber afinar acenoura, em detrimento do pau. O pau tem as suasvantagens a curto prazo, mas deixa algumascicatrizes difíceis de superar e como no caso doscavalos mais bravos e algumas domas, se corre operigo de perder os melhores, na intenção deconseguir o melhor deles, à base de açoites.

Desde a violenta doma do Far West, à iniciáticados Índios Americanos, há um trecho enorme. Mastudo é produto do meio… A abundância de cavalosdo Oeste americano, não requeria dos cow boyssofisticação alguma para desenvolverem o seumétodo. Montavam no cavalo e batiam-lhe até ele serender. No entanto, os mais bravos, os melhoresdeles, morriam porque se negavam a se renderem.

Os Índios Americanos seguiam métodos muitomais subtis. Para eles, o cavalo era um bemapreciado e a sua conquista requeria de uma

honradez muito diferente da violência. Geralmente,conseguir o próprio cavalo era una experiênciainiciática, que requeria de vários dias de dedicação eempenho.

O jovem adolescente se aprontava para a tarefacom um pouco de carne seca e uma cabaça de águae sem mais armas que uma manta e uma corda, sedirigia para a manada. Ao princípio, os cavalos seafastavam logo o viam chegar, mas ele persistia eeles, cada vez mais incomodados com o visitante, seafastavam mais e mais tarde. Uma vez escolhido oseu objectivo, o jovem se dirigia para ele, dia e noite.A própria manada ia isolando o indivíduo,percebendo ser ele a causa de seus sensabores. Aprimeira etapa estava conseguida.

O cavalo necessita muito tempo para pastar, e ainsistência do jovem, acabava por levá-lo a umestado de fome e desespero, enquanto que ele, só earmado com a sua determinação, podia aguentar àbase de carne de bisonte seca.

Normalmente e após vários dias, o animal isolado,cansado e faminto, tentando comer o mais possível,ia deixando aproximar-se cada vez mais o seuperseguidor. Finalmente, já a uma justa distância,este lhe oferecia na sua mão, forragem e água. Oresto, faziam-nos as carícias, as palavras mágicas ea maravilhosa intimidade do povo índio com anatureza.

Mais pode a manha que a força e se apanhammais moscas com mel que com vinagre! Todafórmula que requer da violência, da dureza o darigidez, produz cicatrizes físicas, emocionais eespirituais. Todo artista marcial deve pensar sobreisto, porque a violência se esconde atrás de cadaprática, Arte e tradição, e arrastar connoscometodologias e fórmulas, fundamentadas apenas nofacto de que sempre se fizeram assim, não favorecea transgressão, a evolução, nem a melhora. Amelancolia de “todo o tempo passado foi melhor, éuma força contrária ao crescimento. Os ossos doemapós uns anos e o que é muito pior, o alma se seca.Mas isso sim! Impassíveis e orgulhosos, os CowBoys galopam em direcção ao horizonte do pôr dosol. Sarna com gosto, não pica!

“Cada pessoa que passa pela nossa vida, é única.Sempre deixa um pouco de si e leva consigo um poucode nós. Há-de haver os que levem muito, mas no dosque nada nos deixem. Esta é a prova evidente de queduas almas não se encontram por acaso”. Jorge Luís Borges

“Não sei de onde vem o nosso humor, mas pode existira pior situação do mundo e puedes sentartesentar-nosaí e rir. Suponho que é porque sempre surge o bom do

nosso interior, sem importar quando ou onde”.Renne Hallett, Tribù Tonawanda Seneca

F

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Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO.e-mail: [email protected]

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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O Mestre Shaol in Shi Yanti nasceu naProvíncia de Henan, China, em 1984. Pertenceà 34ª geração de monges do Templo Shaolin, deSongshan e é discípulo directo do VenerávelAbade Shi Yong Xin.Vendo seu pai praticar Kung fu, começou a

interessar -se pelas artes marciais desdecriança. Com 13 anos, já começou a praticarseriamente. Amava tanto o Kung fu que resolveiir ao Templo de Shaol in. Em 2002 foiseleccionado pelo Grupo de Monges Shaolin eimediatamente começou a treinas sob adirecção do Abade Shi Yong Xin, que até hoje éseu Mestre.O Abade, vendo o potencial de seu discípulo,

mandou-o para a Universidade de Nanjing, em2008. Ali estudou as religiões e filosofias detodo o mundo. Ele foi aprovando todos osexames, para tornar-se um monge (bhikkhu)completamente ordenado. Mas isso não foisuficiente para ele, o Mestre Yanti queriaaprender mais! Tendo finalizado os seus estudosem Nanjing, o Abade e o governo chinês oqualificaram para ter acesso à Universidade deSingapura, a partir de 2009. NestaUniversidade estudou durante dois anos,Budismo, Inglês e Sociedade e Ciências.Mais tarde, quando voltou para o Templo de

Shaol in, continuou trabalhando com seuMestre, o Abade Shi Yong Xin e f icouencarregado da tarefa de receber eacompanhar as pessoas estrangeiras quevisitavam o Templo. Isto permitiu o seu Inglêsmelhorar.Recentemente e devido às suas excepcionais

habilidades no Kung fu, teve ocasião de viajarfora da China, principalmente à Europa, paraensinar a cultura de Shaolin, o Chi kung e oKung fu e tem encontrado grande número deestudantes. O Mestre Shaol in Shi Yanti continua

aprendendo o Budismo Chan e o Gong futradicional no Templo Shaolin.

Texto: Shifu Bruno TombolatoShi Xing Jing, 32ª Geração do Templo ShaolinFotos: www.budointernational.com

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O Shaolin Qin Na

As técnicas de Qin Na, propriamenteditas, podem considerar-se como umestilo, que exige um profundo estudo nãosó das articulações como também daanatomia em geral. Qin (擒 ) quer dizer, “captura” e Na (拿 )

significa “controlar.” As duas palavrasjuntas Qin Na, se podem traduzircomo “capturar e controlar”. Entãopodemos dizer que Qin Na sãoaquelas técnicas de agarre, pressão,deslocação, mediante as quaispodemos controlar o nossooponente numa situação de defesa.As técnicas de Qin Na de Shaolin seutilizam para neutralizar ou interromperum ataque. O Templo Shaolin tem uma longa história e

trajectória nas Artes Marciais e maisprecisamente nas técnicas de Qin Na. Se bemas suas origens datam praticamente desde afundação do Templo Shaolin, sabe-se a ciênciacerta que já durante a última dinastia chinesa(Dinastia Qing 1644-1911) as técnicas de Qin Naeram muito conhecidas pelo povo em geral, porisso, durante essa época, as técnicas decaptura e controlo viveram um momento deapogeu e expansão.

A lenda do Shaolin Qin NaDamo (Bodhidharma) desenvolve técnicas

mediante a observação da captura de animais.No antigo Shaolin, já existia um estilo

chamado “Chan Si Chin Na Shou” 缠丝擒拿手.Segundo conta a lenda, o Shaolin Chin Na,nasceu na época de Damo (Bodhidharma) e seoriginou das técnicas de captura de animais.Diz-se que Damo ensinava o Budismo no TemploShaolin, na montanha Song Shan. Muitas vezesvira animais selvagens atacar os monges pensouna maneira de proteger os monges, mas semmagoar os seres vivos. Damo começou a imitaros movimentos de capturar animais utilizadospelo povo e estudou o sistema dasarticulações do corpo animal e os pontosdébeis. Finalmente, achou um método degirar e torcer ossos e articulações,especificou uma técnica de captura eassim foi o princípio do Chin Na. Seguidamente e ao mesmo tempo

que seus discípulos aumentavam emnúmero, Damo criou diversas formas

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de Kung fu, sendo que alguns deseus discípulos, antes de seremmonges Shaolin, já tinham as suaspróprias técnicas de Kung fu. Por issoeles contribuíram muito a enriquecer edesenvolver o Shaolin Chin Na.

Tan Zong, o monge invencívelOutra história muito popular, data a

evolução das técnicas de Qin Na, naépoca final da dinastia Sui e no inícioda dinastia Tang, numa guerra entre oImperador Li Yuan李渊, da dinastiaTang, contra o general WangShichong 王世充 da dinastia Sui. O filho do Li Yuan, Shimin 李世民

(o segundo imperador da DinastiaTang) foi feito prisioneiro em Luoyang.Para salvar seu folho Li Shimin, Li

Yuan mandou uma carta ao TemploShaolin, pedindo ajuda. No ano 620,os monges de Shaolin se alistaram naguerra e salvaram Li Shimin. Entre os monges guerreiros, havia

um que se chamava Tan Zong昙宗,com um nível de Kung fu muitoelevado. Ele se especializou emShaolin Chin Na e obteve grandeêxito na guerra. Quando Li Shiminsucedeu ao Imperador no trono,nomeou o monge Tan Zong Generaldo Exército Tang e ofereceu aoTemplo Shaolin 40 hectares de terra.O Imperador mandou construir noTemplo mais de duas mil vivendas efacilitou o treino a mais de dos milmonges guerreiros. Estes mongespodiam comer carne e beber vinho.Naquele momento, o Templo Shaolinchegara ao seu apogeu.

O Kung fu do Templo Shaolinestava relacionado directamente coma guerra, portanto, desenvolver etreinar o Shaolin Kungfu começou aser muito mais importante. Para melhorar as técnicas de luta,

os monges resolveram treinar ChinNa, até porque perceberam que oChin Na era muito prático na lutacorpo a corpo. Os instrutores eMestres do Templo convidavamoutros mestres famosos, de outrasregiões, para darem aulas aosmonges. Também muitos artistasmarciais famosos vieram ao TemploShaolin, devido à sua fama e láensinaram as suas próprias técnicasde Kung fu. Desde as origens, o Shaolin Qin Na

se combinava com diferentes estilosde diferentes regiões e por sua

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“As técnicas de Chin Napodem considerar-se comoum estilo propriamente dito,

porque requerem umprofundo estudo não só dasarticulações como tambémda anatomia em geral”

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constante evolução e aperfeiçoamento,o Shaolin Chin Na gradualmente foidesenvolvendo características próprias,até o que hoje conhecemos.Se bem isto podem não ser mais que

lendas, no que respeita à evolução dastécnicas de Qin Na em Shaolin,devemos destacar que o Qin Natem estado e está presente emtodas as artes marciais chinesas,até pode ser considerado umsubsistema dentro de outrossistemas de artes marciais ou,como dissemos anteriormente,um estilo propriamente dito.

CaracterísticasA prática do Qin Na deve

realizar-se dando um maiordestaque nodesenvolvimento do controloe da sensibilidade necessáriapara deixar um atacanteindefeso, mediante qualquerdos 5 princípios do Qin Na.

Os 5 Princípios de Qin Na (wuqínnáyuánzé 五 擒拿 原则)

1. Desgarro do músculo ou dotendão (Fenjin 分筋)O Fen Jin utiliza duas zonas de

ataque e defesa “Zhua Jin” e “NaXue.” Zhua Jin (抓紧 ) se aplica a

través do desgarro do músculoe/ou tendão, enquanto que NaXue (捺穴 ) se realiza fazendopressão nas cavidades (pontos depressão).

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“A prática do Qin Nadeve ser realizada dando

o maior destaque adesenvolver o controlo e

a sensibilidadenecessária para deixarum atacante indefeso,mediante qualquer dos 5 princípios do Qin Na”

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2. Colocação incorrecta do osso (niugu 扭骨)Niugu trata da manipulação óssea e deslocação dos

ossos. O resultado é deslocar ou quebrar o osso ou osossos e magoar as articulações, músculos ou tendões queestão em volta do osso ou ossos.

3. Bloquear ou cortar a respiração (bìqì 闭气)Bi Qi se denominam as técnicas de corte ou bloqueio da

respiração. Um exemplo é um golpe na caixa torácicasuperior, debaixo da axila. ou um ataque ao plexo solar,que dará como resultado a interrupção da frequênciarespiratória. Estes ataques fazem contrair-se os músculossituados debaixo das costelas, músculos em volta dospulmões, o que provoca que estes mesmos deixemmomentaneamente de funcionar, durante uns segundos.Outro exemplo é apertar, bater ou bloquear o pescoço,para fechar o tubo respiratório.

4. O bloqueio de uma veia ou artéria (Dian Mai 点脉)Dian Mai (conhecido como dimmak) se utiliza para

interromper a circulação do sangue, a função motora, ou omovimento do corpo. Usados correctamente, estes pontosde pressão podem ajudar na cura do corpo, mas quandose utilizam em outras combinações, o Dian Mai pode serusado para causar grande dor física, paralisar o corpo,

levar a perder os sentidos, causar uma grave lesão e até,ainda que muito raras vezes, causar a morte. Dian Mai éum aspecto muito perigoso do Qin Na e só deve sermostrado ou ensinado a pessoas com a mais alta moral eética.

5. Pressionando um canal de Qi (dianxué 点穴)Dian Xue ou “pressão da cavidade”, também conhecido

como um ponto de pressão, canal Qi – o nervo e a veia oua artéria, ou o centro de pressão do nervo. Estes pontosdo corpo são os que dirigem o bom funcionamento docorpo, circulação do sangue e o manutenção do corpo,mente e espírito.Se bem os quatro primeiros são fáceis de ensinar e

aplicar, só os Mestres de artes marciais com altíssimonível, são capazes de utilizar adequadamente as técnicasdo Dian Xue.O Dian Xue não exige tanta potência muscular (jinli 劲力)

como os primeiros quatro, mas exige a capacidade deutilizar a energia pessoal. Esta energia se conhece comoQi (气 ), a energia vital ou força vital que alimenta corpo,mente e espírito.

Shifu Bruno TombolatoShi Xing Jing, 32ª Geração do Templo Shaolin

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É com sumo prazer que apresento uma nova era devídeos sobre Shaolin. Demoramos algum tempo emencontrarmos a pessoa adequada para esta tarefa,mas quando Shifu Tombolato me falou do Mestre Yan Ti,percebi ser o ideal para trabalhar numa nova série devídeos para todos os seguidores e apaixonados peloKung Fu e Shaolin. Inauguramos também com estetrabalho, uma série de vídeos traduzidos também a umnovo idioma, o Chinês, o que nos agrada enormemente.Este primeiro vídeo será muito mais barato que osanteriores, só 15 euros! e o seu preço em descarga, é ohabitual. Esperamos que a nova fórmula seja do vossoagrado.

Alfredo Tucci - Director

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O Shifu Yan Ti pertence a uma novageração de Mestres Shaolin melhor

formados (fala um Inglês impecável eoutros idiomas), mestres que surgiram àsombra e tutela de grandes nomes, comoo Grão Mestre Shi de Yang. Expandir os

conhecimentos de Shaolin tem sido e serásempre, uma directriz desta revista.

Alfredo Tucci - Director.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • KMISS-1REF.: • KMISS-1

Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca dadefesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminardo Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e ométodo que constitui o sistema, se ilustram sem segredos,

de maneira clara, transparente e facilmentecompreensível. Uma ocasião única para nos

aproximarmos até o coração da defesaisraelita e melhorar os nossos

conhecimentos sobre a matéria. Oautor é um dos grandes

expoentes mundiais em defesapessoal e conta em seu haver

com experiência no âmbitomilitar e empresas desegurança; galardoado porvárias nações, convidado adar cursos e semináriosem todo o mundo, desde oJapão aos E.E.A., aPolónia, a Espanha, CaboVerde, Alemanha, Israel,França e Rússia, se tornouporta-voz internacional de

diferentes sistemas decombate e defesa pessoal

pouco conhecidos, ainda queextremamente efectivos.

Morabito desenvolve umapesquisa contínua, sem nunca

parar na procura incansável deadquirir novos conhecimentos e nunca

deixar de fazer perguntas. Krav MagaIsraelita Survial System não é uma disciplina o um

conjunto de regras rígidas, mas sim um método, umprocesso em evolução contínua e constante. Isto fá-loadaptável a qualquer situação e circunstância, permeável aqualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer umestudo dos erros e da sua experiência uma oportunidadepara melhorar.

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m geral, a palavra Boxe faz referência a um amplogénero de desportos de combate, em que doisadversários se enfrentam em luta utilizando ospunhos, de maneira exclusiva ou não, -diferenciando-se de vários desportos por suasregras, como já foi dito: Boxe Inglês ou Boxe

propriamente dito, o Boxe Francês ou Savate, o Boxe Chinêsou Boxe Shaolim, o Kick Boxing ou Boxe Japonês, o MuayThai ou Boxe Tailandês, os antigos Pugilatos Gregos, como oPygmachia e o Pancrácio, etc.

Na antiga Grécia, o Boxe estava incluído nos JogosOlímpicos. Desde suas origens foi um desporto popular.

O Farang Combat e o Boxe de Puerto Rico

Uma das bases principais do estilomarcial Farang Combat, podemosencontrá-la nos rudimentos boxístas dopaís Puerto Rico, misturadas com asposições e ataques do Farang Mu Sul(estilo marcial fundado pelo Grão MestreMichael De Alba). Utilizando oito combinações básicas degolpes e movimentos, o Farang Combatdesenvolve com eficácia ataquessurpreendentes e rápidos em defesa eataque do praticante.Conforme indicam as redes deinformação cibernética, o Boxe, tambémconhecido como Box, é um desporto decombate em que dois adversários lutamutilizando apenas seus punhos, batendo noadversário da cintura pata cima. O FarangCombat, à vez que utiliza as combinaçõesboxistas, adiciona golpes às coxas commuita eficácia, nas suas combinações .

Farang Combat

E“O Boxe e a Luta são dois

dos desportos mais antigos eno Egipto e no Oriente háregistos que se vão até oquarto milénio antes

de Cristo”

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Em Roma, os contendentes usavam os “cestus”,protectores metálicos para as mãos, confeccionados compregos, com os quais chegavam a matar seuscontendentes.

O Boxe e a Luta são dois dos desportos mais antigos ehá registos no Egipto e no Oriente, da época do quartomilénio antes de Cristo. As primeiras notícias de uma lutade Boxe nos tempos modernos, se situa na Inglaterra, em1618: o Duque de Albermarle organizou um combate entreo ser mordomo e seu açougueiro.

O Boxe também foi praticado nos primeiros tempos daAntiga Roma, mas com a aparição do Cristianismo, foipraticamente eliminado como actividade, em toda a Europa.Contrariamente ao que sucedeu na Europa, o Boxe teveuma grande difusão em toda a Ásia. Se estima que noscomeços da era cristã, apareceu o Muay Boran ou BoxeAncestral no Sudeste Asiático.

A sua origem é africana e se inicia no ano 6.000 a. C., nazona da actual Etiopia, de onde se difundiu primeiro àantiga civi l ização egípcia e depois às civi l izaçõesmesopotâmicas, onde se encontram baixos relevos deboxeadores, que datam do ano 5.500 a.C. Do Egiptopassou à civilização minóica desenvolvida em Creta,enquanto que da Mesopotâmia se expandiu à Índia.

Os púgeis egípcios utilizaram uma espécie de luva quecobria o punho até o cotovelo. O costume de utilizar luvasse encontra também em Creta e depois na Antiga Grécia,onde já existem referências ao Boxe na Iliade de Homero,no século VIII a.C.

A minha primeira experiência com o Boxe começa em1979. Um dos vizinhos do meu bairro, ganhara “as luvas deoiro” do peso pena. Como podem imaginar, quase todos osdias ele me instruía nos rudimentos do Boxe, para euaprender seus movimentos e combinações. Todas assextas-feiras, os adultos da comunidade realizavam seuspróprios cartazes boxistas, criando assim um entusiasmo eum fanatismo pelo desporto, já na nossa tenra idade.

Naquela época, as luvas de Boxe eram muito caras, demaneira que só tínhamos um par de luvas. Lembro-me deque o meu pai lançava uma moeda ao ar, para sabermosquem usaria a luva direita. A luva esquerda, logicamente erapara o perdedor… Os nossos combates eram sem tempoestabelecido, vencia quem nocauteasse ou cansasse oadversário.

Durante uns dois anos continuamos com os nossoseventos boxistas. Como só utilizávamos uma mão paratornamos mestres da utilização de uma só mão! Lembro-mecomo se fosse ontem, da minha primeira briga de rua. Doisabusadores procuravam uma desculpa para ver sangraralguém. Para minha desgraça, fui eu o escolhido. Sem nemuma palavra, começa a briga. Com muita rapidez, deixeinocauteado o primeiro e para minha fortuna, o segundoatacante resolve não lutar!

Hoje continuo utilizando os movimentos e ataques deuma mão, aprendidos nos nossos encontros de Boxe, queforam efectivos para mim, nas violentas ruas e depois, noringue.

Farang Combat

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A brilhante trajectória de Roy Jerry Hobbs no mundo das Artes Marciais, abrange odomínio de sete disciplinas. Iniciando-se em 1958 com o Judo. Seu interesse pelossistemas tradicionais de combate, levou-o a praticar outras artes, até tornar-se ummestre altamente respeitado, de três estilos de Karate, além do Kobudo, o Aikijujutsue o Iaido. Residiu no Japão e viajou pela Coreia do Sul, a China e a Indonésia, paraestudar as Artes Marciais desses países.Hobbs Sensei também tem em seu haver uma carreira militar plena de êxitos, na

Força Aérea dos Estados Unidos da América, da qual se retirou em 2004, com o graude coronel, após de 33 anos de serviço. Agora se dedica a ir mundo afora ensinandoArtes Marciais. Também viaja regularmente ao Japão, para continuar aprofundandoseus conhecimento de Okinawa e das Artes Marciais japonesas.Actualmente, a paixão de Hobbs Sensei é o estudo do Iaido. Nesse campo ele é o

Director Internacional da Dai Nippon Toyama Ryu Iaido Kyokai e é Vice-presidente daKokusai Budo Koryu Kyokai. Ambos grupos têm a sua sede na zona de Kansai, no Japão.

Texto: Sensei Boulahfa MimounFotos: Ales Primcic e Filha

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Budo International: Dos muitos países que conhece, em quaispensa que se pratica a Arte Marcial como antigamente ou comomanda a tradição? Roy Jerry Hobbs: Por experiência, posso a firmar que há artistas

marciais tradicionais em praticamente todos os países. A modo deexemplo, o Dent?kan está presente em 17 países diferentes, empraticamente todos os continentes do mundo.

B.I.: Onde treinou mais e com maior realismo, até o ponto de querervoltar para casa?R.J.H.: Onde mais tenho treinado tem sido nos Estados Unidos e na

Europa, mas tenho passado muito tempo no Japão. Morei no Japão de1980 a 1983 e de novo, de 1997 a 1999. Além disto, muitas, muitíssimasvezes tenho visitado o Japão para treinar.

B.I.: Das Artes Marciais por si praticadas, em qual se sente mais àvontade?R.J.H.: Sinto-me bem e à vontade tanto fazendo Karate como fazendo

Jujutsu, mas conforme vou envelhecendo, vou descobrindo que é o Iaidoo que mais prazer de dá.

B.I.: Durante o seu percurso pelas artes marciais, de certeza deveter tido histórias que o tenham impressionado especialmente. Podecontar-nos alguma? R.J.H.: Minhas melhores recordações são das vezes que tenho podido

treinar com muitos dos idosos Mestres em Okinawa. Três dos meusMestres de Karate de Okinawa, já faleceram e um quarto mestre temagora 86 anos de idade. Estes Mestres eram e são a geração que aindaconserva as velhas formas do Karate okinawense e do Kobudo. Agora, énosso dever fazer o mesmo.

B.I.: Qual foi a sua pior experiência nas Artes Marciais? No caso tertido alguma...R.J.H.: Uma vez treinei com um professor que era realmente maluco.

Foi uma má experiência, mas em certo modo, também foi divertido.Especialmente quando acabou!

B.I.: Quando dá aulas, pode ver a diferença entre a gente de umpaís e de outro?R.J.H.: Sim. A cultura desempenha um papel importante.

Lamentavelmente, em muitos países desenvolvidos, os alunos sãopreguiçosos, como resultado de viverem uma vida fácil.

B.I.: Quais são os seus objectivos de agora em diante e após tantosanos de prática? R.J.H.: Só quero continuar aprendendo, ensinando e praticando. Agora

estou concentrado na espada japonesa. É uma arte realmente fascinante,com profundas raízes culturais e históricas.

B.I.: E a sua próxima viagem?R.J.H.: Será de novo ao Japão. Quero visitá-lo e praticar na zona de

Kansai e em Okinawa.

B.I.: Faz quanto tempo que pratica Artes Marciais?R.J.H.: Venho praticando Artes Marciais desde 1958, ou seja, faz 57

anos.

B.I.: Qual a primeira Arte Marcial que começou a praticar?R.J.H.: Primeiro aprendi Judo. Em 1965 comecei com Karate, Ju-jutsu e

Kobudo. Finalmente, em 1970, comecei a praticar Iaido.

Artes do Japão

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B.I.: Como foi possível aprendertantas Artes Marciais?R.J.H. : Eu era membro da

organização Seishinkai, de ShogoKuniba, que incluía o ensino doKarate Shi to-Ryu, Kobudo deOkinawa, Goshin Budo (Ju-jutsu) eMugai-Ryu Ia ido. A lém disto,naqueles anos, nos Estados Unidoshavia uma espécie de acordo decooperação entre a Seishinkai e aassociação U.S. Hakko-RyuJujutsu.

B.I.: Tem praticado e aprendidono Japão?R.J.H.: Sim, de facto! Eu morei no

Japão de 1980 a 1983 e novamente,de 1997 a 1999. Também tenhoviajado para lá treinar muitas vezes…

B.I.: Poderia dar-nos os nomes dealguns dos professores com quemtem treinado no Japão?

R.J.H.: Tenho treinado muitas vezescom Kichi Nakamoto (Goju-RyuKarate e Kobudo), Seiki Toma (Shorin-Ryu e Kobudo), Shian Toma (SeidokanKarate e Kobudo), Seikichi Odo(Okinawa Kobudo), Yasuo Kawano(Goju-Ryu Karate), Ryuho Okuyama(Ju-jutsu), Yasuhiro Irie (Jujutsu),Atsushi Shimojo (Toyama Ryu eMugai-Ryu Iaido) e Takashi Ishikawa(Toyama-Ryu Iaido).

B.I.: Qual é o nome da suaorganização?R.J.H.: A minha organização é a

"Sekai Dent?kan Bugei Renmei, Inc.",que pode traduzir-se mais ou menoscomo "Federação Mundial de ArtesMarciais Tradicionais".

B.I.: Quais as artes que seensinam na Dent?kan?R.J.H.: Actualmente ensinamos

Goju-Ryu Karate, Shorin-Ryu Karate,

Kobudo de Okinawa, NihonAikijujutsu, Toyama-Ryu Iaido eMugai-Ryu Iaido. Também estamostratando de estabelecer na Dent?kan,uma representação Shito-Ryu Karate.

B.I.: Quantas sucursais da Dent?kan há por todo o mundo?R.J.H.: Nestes momentos temos 17

delegações distribuídas por Áustria,Botsuana, França, Grécia, Indonésia,a Índia, a Ir landa, Kénia, NovaZelândia, Rússia, África do Sul, Suíça,Turquia, o Reino Unido, os EstadosUnidos, Zambeze e Zimbabwe.

B.I.: Alguma das disciplinas temum lugar preponderante naDent?kan?R.J.H.: Não, realmente não. Alguns

dos nossos membros só praticamuma arte, outros fazem tudo quantooferecemos. Depende… No entanto,nos últimos tempos temos insistido

Artes do Japão

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no fortalecimento do nosso programa de Iaido. AtsushiShimojo, Soke, tem sido de grande ajuda neste sentido. Épresidente de duas organizações de Artes Marciais noJapão: a Dai Nippon Toyama Ryu Iaido Kyokai (DNTRIK) ea Kokusai Budo Koryu Kyokai (KBKK). Eu desempenho oencargo de Director Internacional da DNTRIK e a Vice-presidência da KBKK.

B.I.: O senhor viaja muito. ¿É principalmente pornegócios ou por prazer?

R.J.H.: Viajo com muita frequência para fora dos E.U.A.,para ensinar em outros países. Também viajo ao Japãovarias vezes por ano, para treinar e para assistir a asreuniões organizativas.

Esta entrevista foi realizada no Moulton College, deNorthampton (Inglaterra). Jerry e eu mantemos uma boa amizade desde faz 30

anos.

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Todos los DVD’s producidos por BudoInternational se realizan en soporte DVD-5, formatoMPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, osimilares), y la impresión de las carátulas sigue lasmás estrictas exigencias de calidad (tipo de papel eimpresión). Asimismo ninguno de nuestrosproductos es comercializado a través de portales desubastas online. Si este DVD no cumple estosrequisitos, y/o la carátula y la serigrafía nocoinciden con la que aquí mostramos, se trata deuna copia pirata.

REF.: • LAT-3REF.: • LAT-3

Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de susconocimientos, también claro está de una trayectoria y en mihumilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter.

Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas,muchos años después de aquel primer encuentro,

porque reúne todas estas cualidades.Gozoso reencuentro debo añadir, pueslo fue. Corto pero sabroso y suficientepara comprender como todo lo queuno había esbozado hace años,en aquella primera ocasiónestaba ahí, maduro, firme ygentil a la vez.La razón de su viaje: Unnuevo video que verá la luzen breve. Una mañana detrabajo impecable, unagrabación fluida yagradable, para un videoque a buen seguro, harálas delicias de todos losamantes de las Artesfilipinas. El Latosa Escrima, un

estilo que un Maestroamigo de Wing Tsun definiócon elógios como “antiespectacular”, donde la

eficacia campa a sus anchas,marcando la diferencia.Contamos con la inestimable

asistencia de su alumno Sifu MarkusGoettel, al que agradecemos su gentileza

y ayuda.

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Com quinze anos de idade, um jovemjudoca entrou no ginásio do já nessaépoca muito famoso Mestre e lutadorHél io Gracie, pedindo para ele oreceber. Após esperar um tempo,Hél io, que tinha escutado o seucomentário, saiu para ver quem eraesse garoto: “O senhor falou que osjudocas somos uns frouxos e eu soujudoca e não sou frouxo”. Hélio, quenunca perdia ocasião de demonstrar asuperioridade do seu sistema,inconfessavelmente encantado com ocarácter desse jovem, convidou-o paralutar com regras de Judo com um seualuno, nesse mesmo momento. “Oaluno de Hél io era tão superiortecnicamente que apanhei por todolado!”, conta Mansur...“Mas eu aguentei firme, levantando-

me repetidas vezes, sem dar meubraço a torcer. A coisa esquentou ecomeçámos a nos batermos. Então oHélio parou o combate e disse: - Ahnão! Se querem lutar como Vale Tudo,então que seja com este outro meualuno. Nem é preciso dizer que continuei a

receber tareia e desta feita, muitamais! O Hélio pensou que já era suficiente

lição, mas eu não me rendia...- Deixe p’ra lá garoto, já é suficiente –

disse ele...Mas eu respondi: Não, não quero que

o senhor pense que sou um frouxo...Ele riu-se e levou-me para os

vestuários. Quando eu ia de saída, eleme convidou para treinar na suaescola, mas nessa época eu não tinhacomo pagar... Mas o Hélio, que semdúvida gostou de meu arrojo, disse-meque isso não era problema para mim.Nesse dia mudou para sempre a minhavida. Nunca poderei estarsuficientemente agradecido ao meuquerido Mestre!”

Brazilian Jiu Jitsu

Alfredo Tucci© Budo InternationalFotos:

Texto:

“Quando esse jovem judoca dequinze anos, pediu para

conhecer o já então famosoHélio Gracie, não podia

imaginar que setornaria um dos

seus maispróximos

colaboradores edilecto aluno”

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“No sistema Kioto de Defesa Pessoal, o segredo reside em dominar, conduzir eeliminar o adversário na primeira defesa.Os detalhes no chão pertencem a outro

capítulo do Jiu Jitsu.”

“A coordenação motriz e seudesenvolvimento são o centro do ensinodo sistema Kioto. Este aspecto nota-se

sempre que alguém recebe asensinanças deste Grão-Mestre”

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O sistema completo de defesa pessoal doJiu Jitsu do Brasil

O Jiu Jitsu foi criado como um sistema de luta real. De acordocom o Grão-Mestre Mansur, esta é a verdadeira força do Jiu Jitsu:

“Esta é a razão de que logo a partir do primeiro dia que umaluno tem acesso a uma aula de Jiu Jitsu, ele possa começara aplicar as técnicas que aprende nela. O essencial do JiuJitsu é a defesa pessoal, sem ela não haveria Jiu Jitsu”.

Quando esse jovem judoca de quinze anos, pediu paraconhecer o já então famoso Hélio Gracie, não podia imaginar quese tornaria um dos seus mais próximos colaboradores e dilectoaluno. Durante anos, essa aprendizagem deu os seus frutos eMansur cresceu como lutador e praticante primeiro, e comoprofessor e versado depois, criando no Rio de Janeiro dois bemsucedidos ginásios de Jiu Jitsu, hoje dirigidos pelos seus filhos. A

Brazilian Jiu Jitsu

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sua capacidade didáctica especial e o seu carinhoso, em vez de firme,tratamento, fizeram com que os mais jovens alunos das suas escolasvencessem sucessivas vezes em todos os campeonatos. Isto porque apedagogia, a capacidade de ensinar deste homem é, sem dúvida, uma dassuas mais destacadas qualidades, frente a outros professores do sector. Oseu é um sistema perfeitamente organizado, de tal maneira que osestudantes aproveitam cada aula ao máximo. Este é também o caso dosseus vídeos e livro, os quais nos honramos em apresentar.Nesta ocasião, Mansur enfrenta a árdua tarefa de adequar a metodologia

do sistema completo que aprendeu do seu Mestre Hélio Gracie, no que àdefesa pessoal diz respeito. Ele não reconhece as melhoras incluídas nele,tanto é o respeito pelo seu Mestre!, mas são um factor que os seus alunosnão deixam de repetir. Por outro lado, é natural que assim tenha sido, pois éobrigação de todo bom aluno trabalhar para melhorar o trabalho do seuMestre. Não cumprir a dita tarefa seria negar a própria evolução. Hélio fez o

“A defesa pessoal é a partedo Jiu Jitsu que mais

se faz em pé”

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Brazilian Jiu Jitsu

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mesmo recebendo o Jiu Jitsu japonês e transformando-o,melhorando a sua eficácia. No Kioto Jiu Jitsu Mansurrealizou uma tarefa similar, fruto de uma inegávelexperiência de quase 50 anos como professor em seuhaver, 35 deles como polícia na cidade do Rio de Janeiro.Pode haver um espaço mais adequado para falar em realeficácia e realismo? Para aqueles que não conhecem estacidade, bem... por assim dizer... sobreviver nela 35 anoscomo polícia, já é autenticamente meritório... Mansur, que adora e respeita o Hélio, nunca admitirá

isto. De certeza que quando ler este texto vai brigar

comigo!, mas eu me devo aos meus leitores e esta é averdade.

A vasta proposta de Mansur como sistema de defesapessoal, ocupa realmente o espaço de três vídeos normais(básico, intermédio e avançado) que aparecem editadosem dois DVDs plenos de material didáctico. Não quisemosdeixar nada fora do tinteiro. As técnicas são explicadaspormenorizadamente e demonstradas. Ainda que estassejam realizadas em quimono, o Mestre afirma que a suaaplicação em fato de rua é igual. Nada muda.

Grandes Maestros

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“Podes aplicar as técnicas vestindo quimono ou semquimono, na terra e até na água! A minha mulher Sheilasabe disto muito bem” (ri-se)

Sheila, a mulher do Mestre que o acompanha nestaviagem à Europa, diz que sim com a cabeça:

“É certo, quando era muito mais jovem, fazia muitosucesso com os homens (sorrisos). Em certa ocasiãofui assaltada sexualmente em Copacabana, quandoentrava no mar... O assaltante apanhou bem! (risos) OJiu Jitsu também funciona na água!”

Desporto ou defesa pessoal?

A proliferação do Jiu Jitsu como desporto, nestesúltimos tempos tem vindo a furtar espaço ao seu valorcomo sistema de autodefesa, a tal ponto que alguns dosmais versados profissionais da matéria desconhecem asua técnica:

“Não consigo perceber como alguém pode ser FaixaPreta de Jiu Jitsu e não saber defesa pessoal! É comoescrever um idioma e não conhecer a sua ortografia!”,afirma o Mestre Mansur.

Brazilian Jiu Jitsu

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“Para um atleta de Jiu Jitsu ser realmente completo, deve aprender defesa pessoal;esta irá proporcionar-lhe uns conhecimentos que melhorarão a sua capacidade deluta”.

A coordenação motriz e seu desenvolvimento são o centro do ensino do sistema Kioto.Este aspecto nota-se sempre que alguém recebe as ensinanças deste Grão-Mestre:

Grandes Maestros

“Embora a simplicidade seja a base daeficácia do sistema de Hélio Gracie,

simplicidade não é simpleza!”

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Brazilian Jiu Jitsu

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“Por acaso podes ser um grande lutador semcoordenação? A base do ensino é a imitação e aintegração da experiência do movimento, por isso osistema Kioto volta sempre ao mesmo ponto:Coordenação!”

O sistema de defesa pessoal Gracie teve como base adeficiente força do Hélio. O defeito que se torna virtude faza Mestria, pois a necessidade é sempre a mãe de todas as

coisas. Para Mansur foi o seu trabalho como polícia que oforçou a aperfeiçoar e aprofundar nos esquemas que oseu Mestre lhe ensinou pormenorizadamente. O preço foialto. Mansur sobreviveu a 11 tiros e a inúmeras acçõesviolentas com arma branca e com a mão nua.

“Se bem que a simplicidade seja a base da eficáciado sistema de Hélio Gracie, simplicidade não ésimpleza!”

Grandes Maestros

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Apesar da MMA não utilizar muitas técnicas da defesapessoal, devido às suas limitações e regras desportivas, paraMansur esta não é mais que outra maneira de denominar o JiuJitsu:

“Isso que hoje chamam MMA é simplesmente Jiu Jitsu,porque no Jiu Jitsu está tudo, e isto é assim porque o JiuJitsu é defesa pessoal.”

Brazilian Jiu Jitsu

“Ele não reconheceas melhorasincluídas nele,

tanto é o respeitopelo seu Mestre!,mas são um factorque os seus alunosnão deixam de

repetir”

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Com armas, sem elas, perante ataques de pernas ou braços, em pé ou no chão, para o Mestre o Jiu Jitsu éessencialmente pura defesa pessoal. Claro está que como tudo na vida, o sucesso na sua aplicação vai depender donosso treino.

“Para sermos eficazes não basta aprender o sistema; é preciso praticá-lo com frequência; este e não outro é osegredo da Mestria e da efectividade.”“É a prática que nos dá o domínio e a confiança em nós mesmos. É

como andar de bicicleta. Quando se aprende nunca seesquece, mas a nossa destreza para a conduzirdependerá da frescura que se tiver na suaprática.”

Embora o sistema Gracie se tenha tornadofamoso pela sua habilidade em dominar oadversário fechando a distância, para ocontrolar no chão, como faz uma serpenteanaconda, este tem sido, para o seu usona defesa pessoal, um dos aspectosmais questionados nos círculosmarciais, especialmente quandoalguém enfrenta vários atacantes. Aeste respeito perguntámos ao Mestreacerca da idoneidade ou não, de irpara o chão numa situação de defesapessoal.

Grandes Maestros

“Embora asimplicidadeseja a base daeficácia dosistema deHélio Gracie,simplicidade

não ésimpleza!”

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Brazilian Jiu Jitsu

“Isso que hojechamam MMA ésimplesmente Jiu Jitsu, porqueno Jiu Jitsu estátudo, e isto éassim porque oJiu Jitsu é

defesapessoal”

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“A defesa pessoal é a parte do Jiu Jitsu que mais se faz empé. Todo movimento defensivo acaba com uma atemi oualguma forma de finalização que o neutraliza definitivamente.De facto, muitos destes movimentos estão proibidos no JiuJitsu desportivo, por óbvios motivos”.“No sistema Kioto de Defesa Pessoal, o segredo reside em

dominar, conduzir e eliminar o adversário na primeiradefesa. Os detalhes no chão pertencem a outrocapítulo do Jiu Jitsu.”

Na minha opinião, este vídeo do Mestre Mansur é umtrabalho magnífico, que nenhum artista marcial deveriaperder, pois afinal esta coisa marcial começa sempre aí, nadefesa pura e dura. As suas propostas são tão coerentesquanto efectivas e sem dúvida serão fonte de inspiração paratodo aquele que contemple as Artes Marciais como qualquercoisa mais que um desporto.

Brazilian Jiu Jitsu

“No sistema Kioto de DefesaPessoal, o segredo reside emdominar, conduzir e eliminar o

adversário na primeiradefesa. Os detalhes no chãopertencem a outro capítulo do

Jiu Jitsu”

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Reconsiderar as técnicas tradicionais de punho e perna, deum ponto de vista da eficácia na autodefesa, este é opropósito deste extenso trabalho com o qual hoje estemundialmente reconhecido versado em matéria deautodefesa pessoal e policial nos apresenta os seus doisúltimos vídeos.Além de uma reflexão viva e prática acerca da eficácia

dos principais ataques e defesas de punho e perna, otrabalho de Jim Wagner é substancioso etremendamente úti l para os artistas marciaistradicionais; muitos deles encontraram, repetidasvezes, dificuldades quando se tiveram que defender narua de um autêntico ataque, e precisam de um guiapara tirarem partido das suashabil idades, simplesmenteutilizando de maneira judiciosaas técnicas que tão bemconhecem. “A rua não é um ginásio e

as regras são bemdiferentes” - Repete comfrequência o SargentoWagner. - “Não são muitas as

técnicas que sabemos, massabemos o uso adequadodas que, funcionando, noscomprometem ao mínimo” O sistema que hoje Jim

Wagner nos apresenta, foicriado para que qualquerpessoa pudesse aprendermuito rapidamente aresponder a umaagressão. Se além distose está em forma e sepossui a disciplina e ahabi l idade f ís icaadequadas, pois aindamelhor. Resumindo:Karatecas, Taekwondocas,

Pugilistas... Assimé como nosdefendemos!

Reality Based

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Autodefesa

O Sistema “métrico” de DefesaInterceptar e atacar com braços e pernas

Jim Wagnerwww.budointernational.comFotos:

Texto:

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O Sistema “métrico” de Defesa Interceptar e atacar com braços e pernas

Entrem numa escola tradicional de Artes Marciais e perguntem aoinstrutor: “Gostaria de saber como aprender a defender-me e otempo que vou demorar!”. A resposta mais normal é: “De trêsa cinco anos”, uma resposta correcta se o instrutor serefere a movimentos coreografados, passos repetidos,dúzias de katas, armas antigas e aprendizagem daterminologia e costumes estrangeiras. Por outro lado,se ele for um instrutor de Protecção Pessoal baseadana realidade, em qualquer parte do mundo,ele dirá: “Não são necessários anos paraaprender autêntica defesa pessoal, bastamdias”, e esse instrutor conta comagências militares e da polícia quepodem verificar que isto é verdade.

Quando começarem a aprender tudoo que precisam de saber sobre Boxe eintercepção com as vossas mãos ebraços, verificarão que aplicando omeu Sistema Métrico de Defesa eBloqueio, isso leva apenas horas, demaneira que só o estudante devedecidir acerca de uma manutençãoperfeita das suas habilidades.

Definição do Sistema Métrico

O que querem dizer quando falam emautodefesa? Todos sabemos que o sistemamétrico matemático tem como base o número 10,quer dizer, 10 mil ímetros num centímetro. NaProtecção Pessoal bem aplicada, há só 10 maneiras debater numa pessoa, 10 ângulos de bloqueio, 10direcções nas quais o corpo humano pode mover-se deum lugar para o outro, e esta regra serve tanto quando setrata de uma senhora na sua casa a proteger-se com umafaca contra um intruso, ou de um antiterrorista a mover-separa um alvo.

As duas primeiras direcções são para a frente e para trás, oque quer dizer andar em frente, na direcção de um adversáriopara fechar o espaço, ou para trás, para evitar uma pancadacom uma garrafa de cerveja (por exemplo). Isto quer dizer, batercom o punho na cara de um atacante, dando um batimentopara a frente, ou fazer um golpe de punho de martelo sobrealguém que trata de nos segurar por detrás. Cada direcção temum número; por exemplo, em frente é 1, para trás, 2.

Reality Based

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Autodefesa

O Sistema “métrico” de DefesaInterceptar e atacar com braços e pernas

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Os dois ângulos de ataqueseguintes, (termo geométrico), sãohorizontais: à esquerda e à direita;números 3 e 4. Segue-se o planovertical. Só há duas maneiras debater neste plano: com o punhoou com o cotovelo: em cima e embaixo; em baixo é 5, em cima é 6.Este número pode ser umbatimento para cima na direcçãodas costelas ou na direcção docotovelo e do queixo. O alvodepende da sua viabilidade.

As quatro últimas linhas parabater, são as diagonais que,representadas graficamente,formariam um X, tanto sedescemos em diagonal, àesquerda ou a direita, ou sesubimos, esquerda ou direita.

Quando realizamos estesângulos principais, fazemosao todo 10 direcções, e éassim que funciona estesistema métrico. Nãotemos em conta osângulos entre osângulos principais,conhecidos tambémcomo “minutos deângulo”, porque sãocarentes de

interesse num combate fluído. Se alguémtentar bater na nossa cara com o punho evai numa direcção entre um batimentohorizontal e outro diagonal, o ângulo dobraço para interceptar este golpe nãomuda demasiadamente a dinâmica.

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Redescobrindo um antigo conhecimentoQuando esticamos o punho na direcção do objectivo, encontramos só 10

direcções ou apenas 10 direcções para um batimento com a mão aberta. Seprocurarmos algum mapa de ângulo de ataque através da história, chegamosa uma talha em madeira italiana do Século XVII; ao diagrama do Filipino Kali,de 1940; ou às antigas tradições dos índios americanos e, inclusivamente, aoPrograma das Artes Marciais do Corpo de Fuzileiros dos Estados Unidos(MCMAP); os ângulos principais estão todos aí. Eu limitei-me a calcular quesó há 10 deles e descobri-os para os meus estudantes da polícia, exército,segurança e civis.

Então, como existe tanto instrutor que diz aos seus estudantes, “possoensinar-vos trezentas maneiras de bater no adversário com as mãos nuas”?Existem duas razões para este comentário:

1º. O instrutor nem faz ideia, porque nunca participou numaluta verdadeira e está a falar de técnicas que lhe

ensinaram, sem se aperceber do denominador comum.2º. O instrutor sabe que se tem “centenas” decoisas para nos ensinar, continuaremos a

trabalhar com ele para recebermos maisinformação, o que quer dizer uma entrada

de dinheiro certa, em troca do seu ensino.Se eu comentasse aos meusestudantes polícias e militares, (como

a Polícia da Alemanha Federal,

Autodefesa

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“Bundespolizei”, ou as forças deSegurança das Forças Aéreas dosEstados Unidos) que tenhocentenas de técnicas para lhesensinar e que precisam de anospara as aprender, até se riamna minha cara e iriam procuraroutro instrutor. A maioria dospolícias e dos militares sabe queas técnicas requeridas nas ruasou nos campos de batalhadevem ser simples, eficazes, eque precisam de muito pouco tempopara serem aprendidas e dominadas.

Se querem simplificar o vosso própriotreino e aprender só estes bloqueios quefuncionarão numa luta, convido-vos aconseguirem o meu novo DVD intitulado“Sistema métrico de defesa e bloqueio”.

Simples demais para ser verdade!

Muitos praticantes de artes marciais vãopassar por um mau bocado, aceitando o factode que existem só dez direcções para dar umpontapé em alguém, porque a maioria dosseus instrutores lhes disse (ou viram nosseus DVDs) que existem inúmeras maneirasde pontapear o adversário. Por algumarazão, a maioria dos praticantes de artesmarciais acredita que “quanto mais, melhor”.No entanto, se folhearem qualquer manualmilitar antigo ou actual, poderão apreciar que

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sempre apresentam poucas técnicas. Os sistemas de combate militar estãobaseados nos ângulos principais, inclusivamente quando não são directos efirmes. A razão é clara, as técnicas no campo de batalha devem ser simples e

eficazes. As agências da Polícia adoptaram também muitas técnicasmilitares e métodos de treino, desde que são organizações

paramilitares. Nestes sistemas de luta não verão pontapés altos,nas canelas ou movimentos ginásticos, posto que o

“Sistema de protecção pessoal baseado na realidade”de Jim Wagner, nasceu de sistemas militares e da

polícia.“O sistema métrico de perna em defesa e

bloqueio” de Jim Wagner mostra as mesmastécnicas e métodos de treino.

Os pontapés no sistema

O mais fiável do arsenal baseado na realidadeé o pontapé frontal lançado com a perna

levantada. Exactamente da mesma maneira quequando damos um pontapé numa porta, nunca

usamos a perna da frente, partindo de trás tem muitomais força, devido ao movimento para a frente. O

objectivo está em qualquer lugar da zona da pelve(bacia), que é o centro de gravidade CG do adversário,

quando está em pé. No sistema baseado na realidade, ospontapés nunca são lançados acima da zona da pelve, umavez que são instáveis, fáceis de interceptar e raramentealcançam o adversário.

Quando chegamos aos pontapés horizontais, (pontapélateral), o objectivo é o joelho ou as canelas. Só precisamde um pontapé horizontal no caso de serem atacadoslateralmente e não terem tempo de se virarem para oatacante, que é o que o instinto humano faz. Um pontapéhorizontal baseado na realidade, é um pontapé comgravidade assistida, posto que vai na direcção do seuobjectivo, num ângulo precipitado para baixo e nãoperfeitamente horizontal, como o faz um pontapé lateraltradicional.

Os pontapés partindo de trás, dão-se uma vez nummilhão e eu nunca fiz nenhum numa luta real. Porquê?Porque se vierem atrás de nós, o instinto obriga-nos avirarmo-nos e a enfrentarmos a ameaça. No entanto, sealguém faz alguma coisa para fechar a distância antesde nos virarmos, provavelmente vamos encolher osombros e inclinar-nos ligeiramente, da mesma maneira

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que quando éramos pequenosfazíamos, no momento em que abola vinha bater em nós. Esta é aposição em que lançaríamos onosso pontapé traseiro.

Não há pontapé “redondo”, (comfrequência chamado circular) no“Sistema de protecção pessoalbaseado na realidade”, porquenunca batemos com o nosso peitodo pé ou com as canelas, devido àfragilidade dos ossos. O mais pertoque chegamos de um pontapécircular é o pontapé diagonal, que ésimilar ao frontal, mas segue umalinha diagonal no seu objectivo,geralmente a zona da pelve, batendocom o calcanhar do pé.

Quando chegamos aos pontapésverticais só existem doismovimentos, acima e abaixo. Para olançar de baixo para a frente, temosque pisar com força e rapidez.Fazemo-lo pisando com força sobreo pé do adversário, se estiver no

chão. O objectivo de pisar baseia-sena necessidade de uma forçarazoável ou uma força morta. Asprimeiras são pisadelas dirigidas aosmembros, mesmo que se quebremos ossos, e a força morta vai dirigidaa zonas de perigo do corpo: cabeça,pescoço, torso, coluna e pelve.

Um pontapé vertical para cima iriaem direcção à virilha, no caso doadversário ter as pernas separadas,ou uma pancada na cara, no casode estar inclinado. No entanto, dirigi-la para o queixo seria um autênticosuicídio. Quando eu estava naMarshal Air Federal dos EstadosUnidos, um dos instrutores detácticas defensivas nas Escolas deCampo de Los Angeles, deu umaaula e pediu aos estudantes paradarem “um pontapé no queixo doterrorista”, no estreito espaço de umavião em voo. Não fui autorizado aassistir ao treino por que era “muitoduro”. Tinham razão. Quando a vida

das pessoas está em jogo, não façonem ensino técnicas “ostentosas”,como os pontapés ao queixo.

Falando em ostentação, na nossatécnica jamais viramos as costas aoadversário, a menos que estejamosa fugir…, e também não fazemospontapés de rotação. Mantemo-nosna antiga fi losofia espartana:avançar em frente ou morrertentando-o.

Tendo assistido pessoalmente aum grande número de lutas epartindo da minha experiência,posso dizer que na minha luta sópodem ter ocasião de entrar comum ou dois pontapés, de maneiraque cada um tem de contar para oresultado final.

Como é natural, os joelhos podemser utilizados como armas eficazes esão ferramentas poderosas quandoentram na zona vermelha doadversário, encurtando a distância.Uma joelhada dianteira, como um

Reality Based

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Autodefesa

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arpão, funciona bem, enquanto que uma joelhada traseira não existe. Os joelhos emhorizontal carecem de potência, mas em vertical são devastadores. Uma joelhadavertical ascendente, pode ir directamente à cara ou à virilha, quando ao mesmotempo se empurra para baixo a cabeça do adversário. Uma joelhada verticaldescendente pode ser uma joelhada em queda ou dirigida ao torso doadversário enquanto este está no chão, para o controlar; força de domínio.

Quando se faz a intercepção nos pontapés que entram, o sistema deprotecção pessoal baseado na realidade só tem três técnicas, que sãosuficientemente adequadas para interceptar as 10 direcções principais. Ade parar: é quando pomos o nosso pé de lado, para interceptar o pontapéfrontal que vemos vir. Depois temos a da paragem com o joelho, para amaioria dos pontapés por baixo da cintura. Realiza-se simplesmentelevantando o joelho em frente da virilha, como uma lança, para protegera nossa linha do centro. Por outro lado, os pontapés com as mãossobre a cabeça interceptam os braços, no quechamamos escudo de braço lateral, ou simplesmenteretrocedemos e deixamos o pontapé voar.

A beleza do Sistema Métrico de defesa ebloqueio com a perna, reside no facto de astécnicas serem fáceis de aprender, sendoas mesmas utilizadas nos exércitos enas polícias de todo o mundo, porquetratam só 10 direcções principais,mantendo as vossas habilidades; émuito mais fácil do que a maioria dossistemas de luta.

Sejam um alvo duro!

Reality Based

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Autodefesa

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Autodefesa

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Maestro Martín LunaDirector internacional Krav Maga Kapap FEAM

Instructor policial/militar IPSASeguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM

Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo

Instructor kick Boxing / K-1/Full ContactTel: 671 51 27 46.-

[email protected]

Page 103: Cinturao Negro Revista Portugues 300 Novembro parte 2 2015

Martín García MuñozMaestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSAInstructor Internacional Tae-Kwon-Do ITFVicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITFRepresentante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA.Gimnasio Triunfo (Granada)Teléfono: 607832851-

[email protected]

Maestro Antonio Guerrero TorresC.N. 5º Dan Fu-Shih KenpoRepresentante “Asociación Fu-Shih Kenpo”,AFK para AndalucíaTeléfono: 678 449 585 Email: [email protected]

Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – [email protected]

Sensei Mario P. del FresnoC.N. 3er Dan Fu-Shih KenpoRepresentante F.E.A.M. Madrid

Centro Entrenamiento Profesional Box Everlastwww.boxeverlast.es

Club de artes marciales 78www.artesmarciales78.com

Gimnasio In Time MMA.www.intimemmamadrid.esTeléfono: 658 016 688 [email protected]

Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-FuRepresentante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega.Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) [email protected]

Instructor Krzysztof AdamczykInstructor Nacional para Polonia y Noruega.Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega [email protected] 92520150

[email protected] 783474760

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Raúl Gutiérrez

OS PONTAPÉS NAS ARTES MARCIAIS, 2ª Parte

MOVILIDADE ARTICULAR E ESTIRAMENTOS

Em qualquer actividade física e especialmente em artes marciais, é devital importância conseguir uma grande mobilidade articular e capacidadede estiramento. São exercícios essenciais para assegurar a completapreparação dos tecidos corporais, frente ao esforço físico e são tambémos encarregados de optimizar a parte estrutural do organismo.O aquecimento em qualquer actividade de tipo desportivo ou marcial, é a

fase inicial e está constituído por um conjunto de exercícios que precedema melhor realização dessa actividade, em especial. Sua finalidade épreparar o nosso organismo para enfrentar e render perante essaexigência fisiológica, à qual por própria vontade nos vamos submeter.

“Em qualqueractividadefísica e

especialmenteem Artes

Marciais, é devital

importânciaconseguir uma

grandemobilidadearticular e

capacidade deestiramento”

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correcta escolha, duração, intensidade eexecução dos exercícios do aquecimento, éfundamental, porque disso dependeproduzirem-se no organismo as mudançasfisiológicas necessárias para conseguir um

aumento da coordenação neuro-muscular, atrasar aaparição do cansaço e diminuir o risco de lesão.

Recomendamos iniciar a actividade física por ordem, talcomo: 1) Exercícios de mobilidade articular activos

estáticos.Consiste na realização de um estiramento em repouso,

até o limite confortável, estirando o músculo em repouso,até uma determinada posição e mantendo a posição de 15a 30 graus.

Neste tipo de estiramentos não existe um trabalho porparte da musculatura agonista, pelo que o consumoenergético é muito menor que nos estiramentos

dinâmicos. Também, tratando-se de movimentos lentos eem repouso, se consegue obter um melhor relaxamentomuscular, aumentando a circulação sanguínea e reduzindoa sensação de dor. Existem, por sua vez, dos tiposprincipais de estiramentos estáticos:

• Estiramento activo: consistente em esticar o músculoantagonista, sem utilizar nenhuma assistência externa.

• Estiramento passivo: consta do estiramento de ummúsculo no qual se exerce uma força externa sobre omembro a esticar. Essa força externa pode ser umparceiro, uma parede, um tamborete, etc.

Também existe o estiramento isométrico, um tipo deestiramento estático, onde os músculos implicados fazemforça em contra do estiramento, tensando-se os músculosimplicados, com o objectivo de reduzir a tensão muscular.Também existe o método de Facilitação Neuro-muscularProprioceptiva (FNP), que combina o estiramento estáticocom o isométrico e a sua realização compreende quatro fases:

Fu-Shih Kenpo

A

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• A realização de um estiramento estático.• Uma contracção isométrica contra uma

resistênca, durante dez segundos.• Relaxamento em repouso.• Estiramento estático com maior movimento.Se falamos do Stretching de Bob Anderson,

estamos falando do método estático porexcelência, porque melhora a coordenação,prevêem contracções musculares e aumenta aextensão muscular. Como inconveniente, é muitomonótono e favorece o estatismo. Consiste em:

• Adoptar a posição adequada sem dor, 5segundos e manter-se nela de 20” a 30”.

• Voltar à posição inicial.

O Stretching de Solverbor e a FNP, à diferença doStretching de Bob Anderson, melhoram seusresultados, fortalecendo a musculatura em voltadas articulações. Tem de se considerar que todotrabalho que implique contracções isométricas,pode provocar dor muscular. Voltando aoStretching de Solverbor, ele consiste em:

• Realizar uma tensão isométrica do grupomuscular envolvido, durante 10 segundos.

• Relaxamento total de 2 a 3 segundos.• Se alcança a posição de máxima amplitude

articular (sem dor).• Recuperar a posição inicial de forma lenta.

(1) Estiramentos Dinâmicos

“Temos dedar especialatenção à

preparaçãodaqueles núcleosarticulares quefacilitam a

mobilidade geraldo aparelholocomotor,

assim como todosaqueles que são

mais susceptíveis desofrer lesões,destacando:

tornozelo e pé,joelho, ancas,

tronco ombros epescoço”

Page 108: Cinturao Negro Revista Portugues 300 Novembro parte 2 2015

Este tipo de estiramentos consistem em estirar a travésde impulsos, mas sem exceder os l imites dosestiramentos estáticos.

Se estiram os músculos antagonistas graças àscontracções repetitivas dos músculos agonistas. Secorresponderiam com exercícios baseados em saltos ebalanceio, evitando sempre movimentos balísticos (derebite) posto que podem ultrapassar os limites dosmúsculos e poderão lesionar-nos.

Esta maneira de estirar pode ser contraproducentequando não vai precedida de uma sessão de estiramentosestáticos ou quando a musculatura não recebeu um bomaquecimento, porque os estiramentos dinâmicos emsegmentos corporais frios, podem provocar o reflexomiotático do estiramento, pelo qual o músculo acabariaencurtando-se e não se conseguiria o efeito desejado.

Por outra parte, estirar de forma dinâmica, melhora aamplitude de movimento e aumenta a força e a flexibilidadedos músculos em maior grau que os estiramentos estáticos.

Resumindo: os estiramentos estáticos não melhoram orendimento muscular, só melhoram a tolerância àincomodidade que provoca o estiramento e por outraparte, os estiramentos dinâmicos não mantêm osmúsculos débeis, tal como fazem os estáticos, mas queaumentam a força e a flexibilidade dos músculos.

Para obter uma melhora desportiva na tarefa, têm de serealizar esforços musculares activos e movimentos rápidos(estiramentos dinâmicos) com a finalidade de estimular amusculatura, para enfrentar a tarefa com um maior rendimento.

E não podemos esquecer que para relaxar amusculatura no fim da tarefa, é recomendável o uso deestiramentos estáticos.

Fu-Shih Kenpo

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“Na fase inicial doaquecimento é

conveniente abordarexercícios estáticos demobilidade articular e

estiramentos”

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Raúl Gutiérrez

2) Exercícios de mobilidade articularactivos, assistidos

As articulações são os eixosbiomecânicos do corpo, verdadeirospontos fixos onde se apoia e origina omovimento humano, expressando-se emtoda a sua amplitude. Uma articulaçãorígida, imobil izada, dá uma ideia dadiminuição em qualidade de vida. Portanto, os exercícios de mobilidade articularnos permitirão manter a saúde dasarticulações, tendões e ligamentos.

Os exercícios de mobilidade articularpara tonificar as articulações, devem serfeitos até sentirmos quente toda a zona quetrabalhamos, como com uma certasensação de queimarem e estar fatigadosos músculos implicados no movimento.

3) Exercícios de mobilidade articularpassivos

Servem para que os músculos earticulações se mantenham saldáveis. Sãofetos com a ajuda de alguém, quando apessoa é incapaz de o fazer por si mesma(em casos de lesões, acidentes, etc.) Sãomuito importantes porque apesar dosmúsculos não se verem aumentados, amobilidade articular ajuda à flexibilidade e acirculação sanguínea, o que contribui amanter os joelhos e cotovelos, porexemplo, em óptimas condições.

4) Exercícios de estiramento muscularestáticos.

5) Exercícios de mobilidade articulardinâmica durante a fase de locomoçãodo aquecimento.

6) Os exercícios de estiramentodinâmicos, prévios à fase principal, sãoopcionais.

2. Estiramentos e mobilidade articularprévios à actividade física

Quando se realiza um bom aquecimento,os efeitos principais do mesmo sepercebem na consecução de:

• Aumento da frequência cardíaca.• Aumento da pressão sistólica.• Dilatação das vias de ventilação.• Iniciar uma adequada redistribuição da

circulação do sangue nas zonas activas.• Aumentos dos substratos energéticos e

de oxigénio na circulação.• Melhora dos processos neuro-

musculares.

“Os estiramentos estáticos nãomelhoram o rendimentomuscular, só melhoram a

tolerância à incomodidade queprovoca o estiramento e poroutra parte, os estiramentosdinâmicos não mantêm osmúsculos débeis, tal e comofazem os estáticos; elesaumentam a força e a

flexibilidade dos músculos”

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• Fazer maus curta a prolongaçãodo cansaço.

• Melhora dos processosmetabólicos de facilitação de energia.

• Eliminação da falta inicial deoxigénio.

• Diminuição da viscosidademuscular.

• Melhora da mecânica domovimento articular.

• Aumento da capacidade deelongação muscular.

As melhoras do aquecimento sedestinam à consecução de umadequado ajuste cardio-respiratório ea preparação do sistema articular emúsculo-tendinoso para a actividade.

Os exercícios de locomoçãosão os mais indicados parafavorecer os ajustes a nívelrespiratório e cardiovascular, e osexercícios de mobilidade articulare estiramentos serão osessenciais para assegurar acompleta preparação dos tecidoscorporais, para o esforço físico.

Na fase inicial do aquecimento,é conveniente abordar exercíciosestáticos de mobilidade articulare estiramentos, enquanto que nafase de locomoção doaquecimento, prévia à actividade,são adequados os exercícios demobilidade articular dinâmica.

A mobil idade articular éconveniente que seja efectuadapreviamente à realização de todoestiramento muscular. Mediante amesma se consegue umaquecimento endógenoimportante, que se torna umfactor de prevenção de primeiroordem, para lesões de naturezacápsulo-ligamentosa.

Tem de ter-se especial atençãoà preparação daqueles núcleosarticulares que facilitam amobilidade geral do aparelholocomotor, assim como todosaqueles que são mais susceptíveisde sofrer lesões, destacando:tornozelo e pé, joelho, anca, e notronco, ombros e pescoço.

O aumento de temperatura éum elemento que facil ita oestiramento dos tecidosassociados ao núcleo articularmobil izado, portanto, se

recomenda o emprego de exercíciosde mobilidade articular estáticos,previamente ao estiramento muscular.

3. Mobilidade articular eestiramentos após a actividadefísica

Depois da realização da actividadefísica, é conveniente estabelecer umadequado trabalho de estiramentosmusculares, para favorecer arecuperação dos tecidos submetidos amovimento, evitando assim o efeito de“espartilhado”. (pessoa poucoespontânea, demasiado comedida erígida, na sua maneira de se comportar).

Se a actividade principal é denatureza contínua, deve de efectuar

exercícios de estiramento no final damesma, contribuindo decisivamente aeliminar contraimentos e rigidezesmusculares e mais ainda quanto maisintensa tenha sido a fase principal.Quando a actividade principal é denatureza fraccionada, é recomendávelalternar as fases de descanso comexercícios de mobilidade articulardinâmicos e estiramentos musculares,contribuindo a uma melhorrecuperação do tecido muscular eevitando possíveis contracçõesdevidas ao esforço.

Quanto mais intenso seja o esforçorealizado, maior importância temos dedar à realização da mobil idadearticular e estiramentos.

Fu-Shih Kenpo

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ALFRED HSING POR DETRÁS DAS CENAS DE “DRAGON BLADE

Texto: Emilio AlpansequeFotos: Golden Network Asia, Lionsgate Premiere

Alfred Hsing é um ex membro da Selecção Nacional dos Estados Unidosde Wushu, de São José, Califórnia. Após mais de uma década de intensotreino, Hsing resolveu deixar seu "trabalho habitual" para poder treinar otempo todo, para o Campeonato Mundial de Wushu. Esta decisão deufrutos, por fazer dele o primeiro estado-unidense a ganhar uma medalha deoiro em Wushu Taolu, no 10º Campeonato Mundial de Wushu, em 2009. Além da sua carreira na competição, Hsing recebeu grande

reconhecimento como actor, acrobata e coreógrafo de acção, pois temparticipado em numerosos projectos de todo género, que vão desdeanúncios para a televisão e séries, a curtas e longas metragens, incluindo

Cinema Marcial

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êxitos asiáticos importantes, como "O bruxo e a serpentebranca", de Jet Li (2011), "My Lucky Star"de Zhang Ziyi(2013), ou "Ip Man 3" de Donnie Yen (2015). Hoje, Hsing nos recebe para falar connosco de algumas das

suas experiências do seu trabalho como membro da equipa deJ.C. Stunt, em "Dragon Blade".

Budo International: Antes de mais nada, agradecemos muito que nos tenhaconcedido esta entrevista! Por favor, como foi asua experiência de trabalho neste filme?

A.H.: Trabalhar com Jackie Chan tem sido omeu sonho a vida inteira... Tal como digo,um objectivo na minha vida era que Jackie me“batesse” e desse pontapés, como acontece em umdos seus filmes. Faz mais de 20 anos, quando em criançavia os seus filmes, a ideia de vir a conhece-lo estava muitolonge… e o sonho de vir a trabalhar com ele, era inexistente...Mas suponho eu que tudo começa com um sonho. Sonhamos,acabamos por acreditar e estabelecemos as metas.Estabelecendo metas, criamos passos reais que tornam ossonhos uma realidade que podemos alcançar e agora, aquiestou eu... Agora alcancei esse sonho. Trabalhei com Jackiee a equipa de especialistas de JC durante quatro meses. Meprenderam fogo, lançado desde vigas altas, estateladocontra caixas, me lançaram carvão ardente, lutei contraJackie Chan e até contra John Cusack.

B.I.: A tua garganta também “foi cortada” por Tibério?A.H.: Sim! Fui designado para trabalhar em toda a sua

coreografia de acção, com o actor (Adrien Brody) que interpretouo papel de Tibério. De alguma maneira fui “apunhalado, picado eminha garganta cortada por ele”, em numerosas ocasiões.

B.I.: Como se deu a ocasião de trabalhares nesteprojecto?

A.H.: É uma história interessante. Após algunsanos vivendo na China, voltei para Los Angeles, ameados do ano passado e poderia ter perdidoesta oportunidade se não fosse por unsacontecimentos aparentemente aleatóriosna minha vida. Um deles foi ocasamento de um meu amigo noVietname. Posto já estar noVietname, resolvi fazer uma viagemcompleta pela Ásia. Fiz um alto na China,para ver os amigos e fazer algumas reuniões.Aconteceu que Jun, um dos principaiscoordenadores dos duplos de Jackie Chan,estava tratando de chegar até mim, masnão tinha podido contactar comigo

Cinema Marcial

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(porque eu já não estava em Los Angelese tinha o meu telefone da Chinadesligado). Mas quando voltei para aChina, voltei a contactar com ele e ummês depois me chamaram para trabalharnesta fita com a equipa de JC Stunt.Imediatamente, novamente coei à China!

B.I.: Então, tiveste de viajar desdeLos Angeles directamente para odeserto do Gobi?

A.H.: Não, as rodagens começaramem Hengdian, que está na província deZhejiang. Há quem o chame o“Hollywood da China”, porque é onde sefi lmam muitíssimos fi lmes. Depoislevaram a produção para Dunhuang.Agora bem, sendo realistas, por muitoque esta tenha sido uma experiênciainacreditável e o sonho da minha vida,não esteve isento de dif iculdades.Filmamos durante semanas emHengdian, sem nem sequer um dia dedescanso! A essa altura, comecei adelirar, devido ao calor, ao excesso deacrobacias e a falta de sono. Depoisfomos para o Deserto de Gobi, com umtipo diferente de calor. Suamos menos

porque é muito seco, mas há tormentasde areia e o Sol é muito forte. Se nãotiveres protector solar, basta descobrir-se um dia só para sofrermos umaqueimadura severa. Rodamos duranteuma semana inteira. Saíamos do hotelàs 6 horas da manhã e voltávamos porvolta das 10 da noite! Houve gente quesofreu lesões e tive alguns encontrosperigosos. Nunca trocaria estaexperiência por nada, mas a realidadedo dia a dia para os rapazes Stunt, eraque havia um monte de trabalho.Resumindo: era f ísica ementalmente esgotante…

B.I.: Como estavampreparadas para a rodagem, ascenas para a equipa chinesa,onde se faziam rotinas de mãonua e com espada?

A.H.: Durante a etapa prévia àprodução, a equipa preparava arotina no momento. As rodagensforam bastante rápidas.Filmamos tanto que realmentenão me lembro bem de quantosdias demoramos. Pode ter sido 1

ou 2 dias e num desses das choveu etivemos de fazer uma pausa nafilmagem, à espera da chuva parar. Ooperador de câmara já anteriormentetrabalhara com a equipa de Jackie, haviamuita compenetração e fi lmar erabastante simples.

B.I.: Poderias falar-nos mais deJackie Chan como pessoa?

A.H.: Possivelmente Jackie seja umadas figuras públicas mais generosas que

Cinema Marcial

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Entrevista

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eu tenha conhecido. Em Chinês ochamamos "Grande Irmão".Frequentemente convida para jantar atoda a equipa de produção e mandatrazer a comida ao lugar das rodagens.Paga tudo da “sua algibeira”. Jackie nãoestá obrigado a fazer isto, mas ele sabedas dificuldade de um dia de rodagemnos estúdios e convida a equipa parajantar. Ele é incrível em muitos sentidos.Em primeiro lugar, temos de ver que tem61 anos, mas ainda está em perfeitaforma e activo. Está sempre fazendoacrobacias, coreografia, actuação,direcção auxiliar, dirigindo a acção,operando a câmara e fazendo de tudono set! Tem mais energia que muitosjovens de 30 anos (r isadas). Sabeperfeitamente o que se tem de fazer.Podemos dizer que lhe encanta fazerfi lmes. Tem estado fazendo fi lmesdurante mais de 4 décadas…

B.I.: O que nos podes dizer acercado processo que está por detrás dealgumas das coreografias de luta?

A.H.: Jackie estava muito atento atodas as partes do desenho da acção -desde o conceito, a movimentosespecíficos, a juntar à história surpresasque vão surgindo... Enquanto Jackie estánas rodagens ou ocupado com outros

aspectos da fita, a sua equipa deespecialistas está constantementeexperimentando com a coreografia, novosmovimentos, e assim com tudo... Depois,quando uma sequência se conseguia através dos esforços de todos, amostrávamos a Jackie e ele a aprovava oufazia algumas mudanças. É realmente umprocesso divertido trabalhar com Jackie,porque ele nos proporciona movimentosque em grande medida são uma“assinatura” do seu estilo, mas ao mesmotempo, sempre vai encontrar algumacoisa que a todos surpreende.

B.I.: Qual foi a tramóia maismemorável para ti e por que motivo?

A.H.: Na fita há um andaimo de mais omenos de sete andares de altura, que seutiliza para fixar as paredes da cidade.Tive uma experiência inesquecívelquando estava a uma altura de seisandares. Dois de especialistas tiveram desaltar sem arnês de segurança. Nosaferramos a uma corda, que foi unida aum contrapeso que estava no chão. Foium grande plano geral. Cada um de nóstinha um número e saltávamos porordem. Eu era o sétimo a saltar. Nasegunda filmagem, quando saltei, o cuboque estava debaixo girou e veio bater naparte traseira de minha cabeça, quando

estava descendo. Perdi os sentidosdurante uns segundos, enquanto estavacaindo, mas a minha mão mantevefirmemente a corda. Se a tivesse largado,teria caído descontroladamente e o cuboteria caído sobre mim. Quando chegueiao chão, recuperei os sentidos econtinuei actuando na cena.

O papel de Jackie é o de umcomandante que está inspeccionando aconstrução e fala com outro generalromano acerca de determinadas coisas dalogística da construção. Logo quegritaram: Cortem! Jackie correu na minhadirecção e gritou "Estás bem?!" Esfregueia parte posterior da minha cabeça, onde ocubo me batera e respondi: "Sim, estoubem! Não há problema!". Só depois de euresponder, Jackie se afastou. Ele é incrívelporque tudo vê. Lembro-me bem dealguns comentários seus, entre bastidores,em "Police Story" (1985). Se o truque saíamal, ele insistia na importância de quetodos os seus duplos conhecessem eseguissem o seu personagem, porque sealguém se magoava e tivesse queabandonar o personagem, todo o truquefeito seria em vão e a filmagem desse cenanão se pode utilizar.

Foi realmente uma honra e um sonhofeito realidade, trabalhar com JackieChan!

Cinema Marcial

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PRIMEIRO ENCONTRO INTERNATIONAL COM OS MESTRES DE BUDOQueridos apaixonados pelo BUDO, este evento vai ser

uma ocasião única para conhecer pessoalmente Mestresde todo o mundo e para enriquecer a cultura e afraternidade entre artes, estilos e homens. Uma grandefesta de novo formato, onde compartilhar, através dosseminários, as infinitas técnicas das Artes Marciais, ondepoder intercambiar opiniões e conhecer pessoalmenteaquelas personalidades que escrevem e se fizeramfamosas nas páginas da nossa Revista.Actualmente editada em 7 idiomas (Espanhol, Inglês,

Italiano, Português, Alemão, Francês e Chinês) e que embreve o será em mais (já confirmada em Novembro aedição em língua Turca), a Revista vai apoiar com todo oseu potencial por meio das redes e contactos, a excelenteiniciativa do respeitado Mestre Sifu Paolo Cangelosi.Os estudantes que irão formar parte de um grupo

específico, devem contactar com seu Mestre para asreservas. Aqueles que simplesmente queiram assistir e

formar parte de tudo isso, seja nos seminários, seja noJantar de Gala, podem fazer a inscrição directamente.Todos são bem-vindos sob a bandeira do respeito, dafraternidade marcial e da cooperação.

O evento constará em duas jornadas:

SÁBADO 16 E DOMINGO 17 DE ABRIL DE 2016,EM ROMA-ITÁLIA

O programa será subdividido em Seminários e Noite deGala.

Detalhes:

SEMINÁRIOS: Cada mestre convidado compartilharásuas próprias técnicas; o tempo à sua disposição poderávariar, dependendo do número de mestres participantes.

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HORARIO DOS SEMINÁRIOS:SÁBADO 16 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30DOMINGO 17 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30CUSTO DOS SEMINARIOS PARA OS ALUNOS:1 DIA 30 €2 DIAS 40 €

É importante que todos os Mestres que se unirem àiniciativa do nosso evento, confirmem a sua participação ese virão sozinhos ou com seus alunos, antes do fim domês de Novembro. Em um segundo passo, antes do dia28 de Fevereiro, devem enviar uma lista detalhada dosseus alunos, com nomes e apelidos, com um adianto de20 Euros por aluno. A liquidação do seminário se efectuará directamente no

dia do stage.

NOITE DE GALA SÁBADO 16 de Abril,às 20,30h

Aperitivo e ceia bufete. Durante a Gala serão entregues os diplomas de

participação a todos os alunos. Os Mestres serãopremiados com o Diploma de “Director”, do Budo MasterCouncil, reconhecido a nível mundial e com o aval daassinatura dos mestres mais famosos do mundo.Por sua parte, todos os alunos receberão uma certidão

de assistência, afirmando que fizeram parte do encontro eassinado por todos nós.Uma Photocall estará disponível o tempo todo, no

mesmo lugar da Gala, onde se farão fotografias com todosos membros da direcção, amigos, estudantes, etc… Testemunhos fotográficos aparecerão na Revista

Cinturão Negro e Budo International, que já nessa alturaserá traduzida a 10 idiomas, com um artigo extraordinárioque tratará amplamente todo o evento e seusparticipantes, destacando a presença de cada Mestre.

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Todos os Mestres, conforme forem confirmando a suaassistência à Gala, serão também incluídos nas páginaspublicitárias do evento, tanto na Revista como em toda anossa network. Alguns exemplos desta publicidade estão inseridos no

final deste documento, mostrando alguns dos Mestrescuja assistência já foi confirmada e que hão-de vir detodas as partes do Mundo.

CUSTO DA NOITE DA CEIA DE GALA 80 €

Dado que o objectivo do encontro não é pecuniário, massim cultivar a amizade e a cooperação, foi estabelecidoum preço muito acessível.Para a reserva da noite de GALA, cada mestre deve

mandar uma lista com o nome e apelidos e uma quota de80€ por cada convidado, antes do dia 28 de Fevereiro de2016. Os participantes que vierem pela sua conta,poderão fazer a sua inscrição directamente.Considerando a grande participação a nível mundial,

aconselhamos não demorar em mandar as listas, postoque o número de reservas é limitado.

PARA O PAGAMENTO DAS QUOTASDE RESERVA:

BANCO POPOLARE GENOVA AG.3IBAN: IT90 X050 3401 4030 0000 0000 824SWIFT: BAPPIT21Q60

PARA AS LISTAS DE RESERVA DOS STAGES E DANOITE DE GALA, MANDAR TUDO PARA:[email protected]

OS SEMINÁRIOS E A NOITE DE GALASERÃO REALIZADOS NO:

CENTRO SPORTIVO FONTE MERAVIGLIOSAVIA ROBERTO FERRUZZI 110/112 (ZONA EUR)ROMA – ITALIA(AMPLO ESTACIONAMENTO GRATUITO)

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HOTEL

Para a pernoita em Roma, nos juntaremos emconvenção no:

HOTEL SHANGRI A CORSETTIVIALE ALGERIA 14100144 ROMA (ZONA EUR) ITALYTEL. +39 06 5916441FAX. +39 06 5413813email: [email protected]

CUSTE DAS HABITAÇÕES:SIMPLES 60€€

DUPLA 85€€

PEQUENO ALMOÇO INCLUIDO

Para fazer a reserva, contactar directamente com ohotel, identificando-se como participante na convenção,usando a contra-senha: BUDO MASTERS.

Reservamos um número l imitado de quartos; seaconselha fazer a reserva antes do dia 15 de Março de2016 (queremos avisar que para aqueles que chegaremtarde demais, não será fácil encontrar alojamento emRoma, posto se festejar o ano Jubilar).Para todos aqueles que se alojarem no Hotel Corsetti,

vai haver à sua disposição um autocarro pullman paratransportar as pessoas do nosso grupo “Budo Masters”,até o lugar dos seminários e na noite de Gala.O nosso director Alfredo Tucci, teve a gentileza de pôr à

disposição da organização, a través de seu e-mail [email protected], para que todos os amigos nãoitalianos que tiverem alguma pergunta acerca do evento e nãoquis deixar passar a ocasião de nos dedicar umas palavras:“Queridos irmãos no Budo, é um prazer para mim, apoiar

a grande ideia do Mestre Cangelosi. Muitos já conhecem os participantes deste encontro

através das nossas páginas e do seu extraordináriotrabalho como Instrutores e Mestres. Agora vão poderconhecê-los pessoalmente, formando parte de um eventoúnico em seu género, fotografar-se com eles e ter ocasiãode aprender com os melhores, levando depois para casa,

Page 158: Cinturao Negro Revista Portugues 300 Novembro parte 2 2015

uma grande experiência como Artistasmarciais e como pessoas, junto a umdiploma assinado por todos osmestres, que de certeza vai presidir avossa história pessoal como budokas.A minha avó dizia que “Todo secontagia, menos a beleza…”Venham então e formam parte da

grandeza!

Alfredo TucciDirector de Budo International

Publishing Co.

Exemplos das certidões queserão entregues e sobre as quaisestamos trabalhando.Logicamente, os respectivosnomes serão inscritos quandoconfirmarem a sua assistência. Aprimeira é a certificação paraalunos e a segunda a dos Mestres.

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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dosShizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexõesgenuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante oabismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva.

O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem domistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente oautor.

Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminhodo guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, quepodem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qualcontemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, decontundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar enão comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo.

Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidadede seu conteúdo.

Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e demanipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoasinteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram ooculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.