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CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS Segundo a Classificação Internacional das Cefaléias 2° edição Alunas : Cíntia Delbem Albino Caroline Alberghini (4° ano Medicina Famema)

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Page 1: CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS Segundo a Classificação Internacional das Cefaléias 2° edição Alunas: Cíntia Delbem Albino Caroline Alberghini (4° ano Medicina

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS

Segundo a Classificação Internacional das Cefaléias

2° edição

Alunas: Cíntia Delbem AlbinoCaroline Alberghini

(4° ano Medicina Famema)

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REGRAS GERAIS Cada tipo distinto de cefaléia que o paciente relata deve ser,

separadamente, diagnosticado e codificado; Quando um paciente recebe mais de um diagnóstico, eles devem ser

listados de acordo com a importância relatada pelo paciente; Se um tipo de cefaléia em um paciente preenche igualmente dois critérios

diagnósticos explícitos, então todas as outras informações disponíveis precisarão ser usadas para decidir qual alternativa é a correta ou a que mais se aproxima daquele diagnóstico;

Para que qualquer diagnóstico particular seja dado, TODOS os critérios listados devem ser preenchidos;

Considerações devem sempre ser feitas devido à possibilidade de algumas crises de cefaléia preencherem um conjunto de critérios e outras crises preencherem outro conjunto de critérios;

Quando há suspeita de que um paciente possui mais de um tipo de cefaléia, é altamente recomendado que se preencha o diário de dor, no qual, para cada episódio de cefaléia, as principais características da crise sejam anotadas.

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CLASSIFICAÇÃO

Cefaléias Primárias;

Cefaléias Secundárias;

Neuralgias cranianas, dor facial primária ou central e outras cefaléias.

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Provocadas por doenças

observadas em exames clínico ou laboratoriais

Sem etiologia demonstrável por exames clínicos ou

laboratoriais

Cefaléias Primárias X Cefaléias secundárias

Classificação

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CEFALÉIAS PRIMÁRIAS

1.Enxaqueca

2. Cefaléia do tipo tensional (CTT)

3.Cefaléia em salvas e outras cefaléias trigêmino-autonômicas

4. Outras cefaléias primárias

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1. ENXAQUECA (MIGRÂNEA)

1.1 Enxaqueca sem aura1.2 Enxaqueca com aura1.3 Síndromes periódicas da infância

comumente precursoras de enxaqueca1.4 Enxaqueca retiniana1.5 Complicações da enxaqueca1.6 Enxaqueca Provável

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1.1 ENXAQUECA SEM AURA

Critérios diagnósticosA. Pelo menos 5 crises preenchendo os critérios de B a DB. Cefaléia durando de 4 a 72 horas (sem tratamento ou com

tratamento ineficaz)C. A cefaléia preenche ao menos 2 das seguintes características:

1. localização unilateral;2. caráter pulsátil;3. intensidade moderada ou forte;4. exacerbada por ou levando o indivíduo a evitar atividades físicas rotineiras (por exemplo: caminhar ou subir escada).

D. Durante a cefaléia, pelo menos 1 dos seguintes:1. náusea e/ou vômitos;2. fotofobia e fonofobia.

E. Não atribuída a outro transtorno.

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NOTAS

Indivíduos com critérios para a 1.1 Enxaqueca sem aura, mas com menos de 5 crises 1.6.1 Provável enxaqueca sem aura

Quando as crises ocorrem durante 15 dias/mês durante mais de três meses 1.5.1 Migrânea crônica.

Em crianças:As crises podem durar de 1-72 horasCefaléia occipital é rara e exige maior cautela no

diagnósticoEm crianças menores, a fotofobia e a fonofobia devem

ser inferidas através do comportamento das mesmas.

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1.2 ENXAQUECA COM AURA (SUBTIPOS)

1.2.1 Aura típica com cefaléia típica (de

enxaqueca)

1.2.2 Aura típica com cefaléia atípica (de

enxaqueca)

1.2.3 Aura típica sem cefaléia

1.2.4 Enxaqueca hemiplégica familiar

(FHM)

1.2.5 Enxaqueca hemiplégica esporádica

1.2.6 Enxaqueca do tipo basilar

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A aura é o conjunto de sintomas neurológicos focais reversíveis que se desenvolvem em 5 a 20

minutos e duram menos de 1 hora. Ocorre imediatamente antes ou no início da cefaléia da

enxaqueca.

-Sintomas visuais: características positivas (luzes cintilantes, manchas ou linhas oscilantes) e/ou características negativas (perda da visão)

-Sintomas sensitivos: características positivas (parestesia) e/ou características negativas ( adormecimento)

-Disfasia :completamente reversível

AURA

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1.2 ENXAQUECA COM AURA

Critérios diagnósticos

A. Pelo menos duas crises preenchendo o critério B

B. Aura de enxaqueca preenchendo os critérios B e C

para uma das subformas 1.2.1 a 1.2.6

C. Não atribuída a outro transtorno

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1.2.1 AURA TÍPICA COM CEFALÉIA TÍPICA (DE ENXAQUECA) Critérios diagnósticosA. Pelo menos duas crises preenchendo os critérios de B a D

B. Aura consistindo em pelo menos um dos seguintes, mas sem nenhuma paresia:

1. Sintomas visuais completamente reversíveis, incluindo características positivas e/ou negativas

2. Sintomas sensitivos completamente reversíveis, incluindo características positivas e/ou

negativas

3. Disfasia completamente reversível

C. Pelo menos dois dos seguintes:

1. Sintomas visuais homônimos e/ou sintomas sensitivos unilaterais

2. Pelo menos um sintoma de aura desenvolve-se gradualmente em ≥ 5 minutos e/ou diferentes

sintomas de aura ocorrem em sucessão em ≥ 5 minutos

3. Cada sintoma dura ≥ 5 minutos e ≤ 60 minutos

D. Cefaléia preenchendo os critérios de B a D para 1.1 Enxaqueca sem aura começa durante a

aura ou a sucede com intervalo de até 60 minutos

E. Não atribuída a outro transtorno

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1.2.2 AURA TÍPICA COM CEFALÉIA ATÍPICA (DE ENXAQUECA)

Critérios diagnósticos

O mesmo que 1.2.1, exceto:

D. Uma cefaléia que não preenche os critérios de B a D

para 1.1 Enxaqueca sem aura começa durante a aura

ou a sucede dentro de 60 minutos

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1.2.3 AURA TÍPICA SEM CEFALÉIA

Critérios diagnósticos

O mesmo que 1.2.1, exceto:

D. Não ocorre cefaléia nem durante a aura nem dentro de

60 minutos após a mesma

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1.2.4 ENXAQUECA HEMIPLÉGICA FAMILIAR (FHM) Critérios diagnósticos

A. Pelo menos duas crises preenchendo os critérios de B e C

B. Aura consistindo em paresia totalmente reversível e ao menos um dos seguintes:

1. Sintomas visuais completamente reversíveis, incluindo

características positivas e/ou negativas

2. Sintomas sensitivos completamente reversíveis, incluindo

características positivas e/ou negativas

3. Disfasia completamente reversível

C. Pelo menos dois dos seguintes:

1. Pelo menos um sintoma de aura desenvolve-se gradualmente em ≥ 5 minutos e/ou diferentes sintomas de aura ocorrem em sucessão em ≥ 5 minutos

2. Cada sintoma de aura dura ≥ 5 minutos e ≤ 24 horas

3. Uma cefaléia que preenche os critérios de B a D para 1.1 Migrânea sem aura, inicia-se durante a aura ou dentro de 60 minutos do início da mesma

D. Ao menos um parente de primeiro ou segundo grau teve crises que preenchem os critérios de A a E

E. Não atribuída a outro transtorno

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1.2.5 ENXAQUECA HEMIPLÉGICA ESPORÁDICA

Critérios diagnósticos

O mesmo que 1.2.4, exceto:

D. Nenhum familiar do 1º ou do 2º grau tem crises cumprindo os critérios de A a E

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1.2.6 ENXAQUECA DO TIPO

BASILAR Critérios de diagnósticoA. Pelo menos 2 crises cumprindo os critérios B-D

B. A aura consiste em pelo menos dois dos sintomas (do tronco encefálico) seguintes, completamente reversíveis, excluindo-se as paresias:

C. Pelo menos um dos seguintes: 1. Pelo menos um sintoma de aura desenvolve-se gradualmente em ≥5 minutos e/ou diferentes

sintomas de aura ocorreram em sucessão em ≥5 minutos 2. Cada sintoma de aura dura ≥5 minutos e ≤60 minutos

D. Uma cefaleia que preenche os critérios de B a D para 1.1 Enxaqueca sem aura, inicia-se durante, ou segue-se à aura num período de 60 minutos

E. Não atribuída a outra alteração

1. disartria 2. vertigem 3. acufenos 4. hipoacusia

5. diplopia 6.alterações visuais

7. ataxia 8. diminuição do nível de consciência

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1.3 SÍNDROMES PERIÓDICAS DA INFÂNCIA COMUMENTE PRECURSORAS DE ENXAQUECA

1.3.1 Vômitos cíclicos

1.3.2 Enxaqueca abdominal

1.3.3 Vertigem paroxística benigna da

infância

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1.3.1 VÔMITOS CÍCLICOS

Critérios de diagnósticoA. Pelo menos 5 crises preenchendo os critérios B e CB. Crises episódicas, estereotipadas para um mesmo doente, de

náuseas intensas e vômitos que duram de 1 hora a 5 diasC. Durante as crises, os vômitos ocorrem pelo menos quatro

vezes por hora, durante pelo menos 1 horaD. Ausência de sintomas entre crisesE. Não atribuído a outra alteração

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1.3.2 ENXAQUECA ABDOMINAL

Critérios de diagnósticoA. Pelo menos cinco crises que cumprem os critérios B-D

B. Crises de dor abdominal durando 1 a 72 horas (sem tratamento ou com tratamento ineficaz)

C. A dor abdominal tem todas as seguintes características: 1. localização na linha media, peri-umbilical ou mal localizada 2. carácter: peso ou moedeira 3. intensidade moderada a severa

D. Durante a dor abdominal, coexistem pelo menos dois dos seguintes: 1. inapetência 2. náuseas 3. vómitos 4. palidez

E. Não atribuída a outra alteração

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1.3.3 VERTIGEM PAROXÍSTICA BENIGNA DA INFÂNCIA

Critérios de diagnóstico

A. No mínimo cinco crises cumprindo os critérios B-D

B. Vários episódios de vertigem intensa, que ocorrem sem pródromos e se resolvem espontaneamente em minutos ou horas

C. Exame neurológico, audiométrico e vestibular normais entre as crises

D. Electroencefalograma normal

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1.4 ENXAQUECA RETINIANA

Critérios de diagnóstico

A. Pelo menos duas crises cumprindo os critérios B e C

B. Fenomenos visuais monoculares positivos e/ou negativos (p.e., cintilações escotomas ou amaurose) totalmente reversíveis, confirmados por exame durante uma crise ou posteriormente (após instrução apropriada), por desenho de um defeito do campo visual monocular, feito pelo doente durante uma crise

C. A cefaléia cumprindo os critérios B-D para a 1.1 Enxaqueca sem aura, inicia-se durante os sintomas visuais ou segue-se a eles num período de 60 minutos

D. Exame oftalmológico normal entre as crises

E. Não atribuível a outra alteração

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1.5 COMPLICAÇÕES DA ENXAQUECA

1.5.1 Enxaqueca crônica

1.5.2 Estado de mal de enxaqueca

1.5.3 Aura persistente sem enfarto

1.5.4 Enfarte atribuído a enxaqueca

1.5.5 Crise epiléptica desencadeada por

enxaqueca

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1.5.1 ENXAQUECA CRÔNICA

Critérios de diagnóstico

A. Cefaléia cumprindo os critérios C e D para a 1.1 Enxaqueca sem aura durando ≥15 dias por mês por mais de três meses na ausência de abuso medicamentoso

B. Não atribuída a outra alteração

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1.5.2 ESTADO DE MAL DE ENXAQUECA

Critérios de diagnóstico

A. A crise atual, ocorrendo num doente com 1.1 Enxaqueca sem aura, é semelhante às crises prévias, exceto na sua duração

B. A cefaléia apresenta ambas as características seguintes: 1. sem remissão por ≥72 horas 2. intensidade severa C. Não atribuída a outra alteração

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1.5.3 AURA PERSISTENTE SEM ENFARTO

Critérios de diagnóstico

A. A crise atual, ocorrendo num doente com 1.2 Enxaqueca com aura,é semelhante às crises prévias exceto pelo fato de um ou mais dos sintomas de aura persistir por mais de uma semana;

B. Não atribuível a outra alteração

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1.5.4 ENFARTE ATRIBUÍDO A ENXAQUECA

Critérios de diagnóstico

A. A crise atual, ocorrendo num doente com 1.2 Enxaqueca com aura, é semelhante às crises prévias, exceto em que um ou mais sintomas de aura persistem por >60 minutos

B. A neuro-imagem demonstra um enfarte isquêmico numa área correspondente

C. Não atribuído a outra alteração

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1.5.5 CRISE EPILÉPTICA DESENCADEADA POR ENXAQUECA

Critérios de diagnóstico

A. Enxaqueca preenchendo os critérios para 1.2 Enxaqueca com aura

B. Crise epiléptica cumprindo os critérios de diagnóstico para algum tipo de crise epiléptica ocorrendo durante ou dentro de uma hora após uma aura de enxaqueca

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1.6 ENXAQUECA PROVÁVEL

Crises e/ou cefaléia, nas quais falta uma das características necessárias para cumprir

todos os critérios para qualquer um dos sub-tipos codificados anteriormente.

1.6.1 Provável enxaqueca sem aura

1.6.2 Provável enxaqueca com aura

1.6.5 Provável enxaqueca crônica

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2. CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL (CTT)

2.1 Cefaléia do tipo tensional episódica

infreqüente

2.2 Cefaléia do tipo tensional episódica

freqüente

2.3 Cefaléia do tipo tensional crônica

2.4 Provável cefaléia do tipo tensional

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2.1 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA INFREQÜENTE Critérios de diagnóstico

A. Pelo menos 10 episódios ocorrendo em <1 dia por mês em média (<12 dias por ano) e preenchendo os critérios de B a D

B. A cefaléia dura entre 30 minutos e sete diasC. A cefaléia tem pelo menos duas das seguintes características: 1. localização bilateral 2. caráter em pressão ou aperto (não pulsátil) 3. intensidade ligeira ou moderada 4. não é agravada por atividade física de rotina como caminhar ou subir

escadasD. Acompanha-se dos seguintes aspectos: 1. ausência de náuseas e/ou vômitos (pode haver anorexia) 2. nenhum, ou apenas um dos seguintes sintomas estão presentes:

fotofobia ou fonofobiaE. Exclusão de outras hipóteses diagnósticas pela história clínica, exame

objetivo e/ou exames complementares de diagnóstico1

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2.1 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA INFREQÜENTE

2.1.1 Cefaléia do tipo tensional episódica infreqüente associada a dolorimento pericraniano

Critérios diagnósticos

A. Crises preenchendo os critérios de A a E para 2.1 Cefaléia do tipo tensional episódica infreqüente

B. Aumento da sensibilidade dolorosa pericraniana à palpação manual

2.1.2 Cefaléia do tipo tensional episódica infreqüente não-associada a dolorimento pericraniano

Critérios diagnósticos

A. Crises preenchendo os critérios de A a E para 2.1 Cefaléia do tipo tensional episódica infreqüente

B. Sem aumento da sensibilidade dolorosa pericraniana

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2.2 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA FREQÜENTE

Critérios diagnósticos

O mesmo que 2.1., exceto:

A. Pelo menos dez crises que ocorrem em ≥ 1 dia, porém < 15

dias por mês durante pelo menos 3 meses (≥ 12 dias e <180

dias por ano) preenchendo os critérios de B a D

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2.2 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA FREQÜENTE

2.2.1 Cefaléia do tipo tensional episódica freqüente associada a dolorimento pericraniano

Critérios diagnósticos

A. Crises preenchendo os critérios de A a E para 2.2 Cefaléia do tipo tensional episódica freqüente

B. Aumento da sensibilidade dolorosa pericraniana à palpação manual

2.2.2 Cefaléia do tipo tensional episódica freqüente não-associada a dolorimento pericraniano

Critérios diagnósticos

A. Crises preenchendo os critérios de A a E para 2.2 Cefaléia do tipo tensional episódica freqüente

B. Sem aumento da sensibilidade dolorosa pericraniana à palpação manual

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2.3 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL CRÔNICA

Critérios de diagnósticoA. A cefaléia ocorre em ≥15 dias por mês, numa média >3 meses (≥180 dias por

ano)1 e preenche os critérios de B a D

B. A cefaléia dura horas ou pode ser contínua

C. A cefaléia tem pelo menos duas das seguintes características: 1. localização bilateral 2. caráter em pressão ou aperto (não pulsátil) 3. intensidade ligeira ou moderada 4. não é agravada por atividade físicas de rotina como caminhar ou subir

escadas

D. Acompanha-se dos seguintes aspectos: 1. apresenta só um dos seguintes sintomas: fotofobia, fonofobia ou náuseas ligeiras 2. ausência de vômitos e de náuseas moderadas ou severas

E. Exclusão de outras hipóteses diagnósticas pela história clínica, exame objetivo e/ou exames complementares de diagnóstico

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2.3 CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL CRÔNICA

2.3.1 Cefaléia do tipo tensional crônica associada a dolorimento pericraniano

Critérios diagnósticos

A. Cefaléia preenchendo os critérios de A a E para 2.3. Cefaléia do tipo tensional crônica

B. Aumento da sensibilidade dolorosa pericraniana à palpação manual

2.3.2 Cefaléia do tipo tensional crônica não-associada a dolorimento pericraniano

Critérios diagnósticosA. Cefaléia preenchendo os critérios de A a E para 2.3. Cefaléia do tipo

tensional crônica

B. Sem aumento da sensibilidade dolorosa pericraniana à palpação manual

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2.4 PROVÁVEL CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL

Doentes que reúnam um destes conjuntos de critérios podem ter também os critérios para uma das sub-formas de 1.6

Enxaqueca provável.

2.4.1 Cefaléia tipo tensão episódica pouco freqüente provável

2.4.2 Cefaléia tipo tensão episódica freqüente provável 2.4.3 Cefaléia tipo tensão crônica provável

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3. CEFALÉIA EM SALVAS E OUTRAS CEFALÉIAS TRIGÊMINO-AUTONÔMICAS

3.1 Cefaléia em salvas 3.2 Hemicrania paroxística 3.3 Cefaléia de curta duração, unilateral,

neuralgiforme com hiperemia conjuntival e lacrimejamento

3.4 Provável cefaléia trigêmino-autonômica

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3.1 CEFALÉIA EM SALVASCrises de dor forte, estritamente unilateral, na região orbitaria, supra-orbitária,

temporal ou em qualquer combinação dessas áreas, durando de 15 a 180 minutos e ocorrendo desde uma vez em cada 2 dias até 8 vezes por dia. As

crises associam-se a um ou mais dos seguintes aspectos, todos ipsilaterais à dor: hiperemia conjuntival, lacrimejo, congestão nasal, rinorréia, sudorose na

região frontal e na face, miose, ptose, edema palpebral.

Critérios de diagnóstico

A. Pelo menos cinco crises preenchendo os critérios de B a D

B. Dor severa ou muito severa, unilateral, orbitaria, supra-orbitária e/ou temporal, durando de 15 a 180 minutos, se não tratada1

C. A cefaléia acompanha-se de, pelo menos, um dos seguintes aspectos: 1. hiperemia conjuntival e/ou lacrimejo, ipsilaterais 2. congestão nasal e/ou rinorreia ipsilaterais 3. edema palpebral ipsilateral 4. sudorose frontal e facial ipsilateral 5. miose e/ou ptose ipsilateral 6. sensação de inquietude ou agitação

D. As crises têm uma frequência de uma a cada dois dias a oito por dia2

E. Não atribuída a outra alteração

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3.1 CEFALÉIA EM SALVAS

3.1.1 Cefaléia em salvas episódica

Crises de cefaléia em salvas ocorrendo em períodos que duram de sete dias a um ano, separadas por períodos assintomáticos que duram um mês ou mais.

3.1.2 Cefaléia em salvas crônica

Crises de cefaléia em salvas ocorrendo num período superior a um ano sem remissão ou com remissões durando menos de um mês

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3.2 HEMICRANIA PAROXÍSTICACrises com características de dor, sintomas e sinais associados semelhantes à cefaléia em salvas; porém mais freqüentes e de

duração mais curta, que ocorrem mais freqüentemente em mulheres e respondem de maneira absoluta à indometacina

Critérios de diagnósticoA. Pelo menos 20 crises preenchendo os critérios de B a DB. Crises de dor severa, unilateral, orbitaria, supra-orbitária e/ou temporal durando de

dois a 30 minutosC. A cefaléia acompanha-se de pelo menos um dos seguintes: 1. hiperemia conjuntival e/ou lacrimejo ipsilaterais 2. congestão nasal e/ou rinorréia ipsilaterais 3. edema palpebral ipsilateral 4. sudorose frontal e facial ipsilateral 5. miose e/ou ptose ipsilateralD. As crises têm uma frequência superior a cinco por dia em mais de metade do tempo,

embora possam ocorrer períodos de menor frequênciaE. As crises são completamente evitadas por doses terapêuticas de indometacinaF. Não atribuída a outra alteração

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3.2 HEMICRANIA PAROXÍSTICA

3.2.1 Hemicrania paroxística episódica Crises de hemicrania paroxística ocorrendo em períodos

que duram de sete dias a um ano, separados por períodos sem dor que duram um mês ou mais.

3.2.2 Hemicrania paroxística crônica (HPC) Crises de hemicrania paroxística ocorrendo por mais de

um ano sem remissão ou com remissões durando menos de um mês

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3.3 CEFALÉIA DE CURTA DURAÇÃO, UNILATERAL, NEURALGIFORME COM HIPEREMIA CONJUNTIVAL E LACRIMEJAMENTO

Esta síndrome caracteriza-se por crises de dor unilateral de curta duração e freqüentemente acompanhada de lacrimejo marcado e vermelhidão no olho ipsilateral.

Critérios de diagnóstico

A. Pelo menos 20 crises preenchendo os critérios de B a D

B. Crises de dor unilateral, orbitária, supra-orbitária ou temporal, em pontada ou pulsátil durando de 5 a 240 segundos

C. A dor acompanha-se de hiperemia conjuntival ipsilateral e lacrimejo

D. As crises ocorrem com freqüência de 3 a 200 por dia

E. Não atribuída a outra alteração

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3.4 PROVÁVEL CEFALÉIA TRIGÊMINO-AUTONÔMICA

Crises de cefaléia que não preenchem os critérios de diagnóstico para quaisquer dos sub-tipos descritos acima.

3.4.1 Provável cefaléia em salvas

3.4.2 Provável hemicrania paroxística

3.4.3 Provável cefaléia de curta duração, unilateral,

neuralgiforme com hiperemia onjuntival e lacrimejamento

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4. OUTRAS CEFALÉIAS PRIMÁRIAS

4.1 Cefaléia primária tipo guinada 4.2 Cefaléia primária da tosse 4.3 Cefaléia primária do exercício 4.4 Cefaléia primária associada à atividade sexual

-4.4.1 Cefaléia pré-orgástica

-4.4.2 Cefaléia orgástica 4.5 Cefaléia hípnica 4.6 Cefaléia explosiva primária 4.7 Hemicrania contínua 4.8 Cefaléia persistente e diária desde o início (CPDI)

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CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS

5. Cefaléia atribuída a trauma cefálico e/ou cervical;

6. Cefaléia atribuída a doença vascular craniana ou cervical;

7. Cefaléia atribuída a transtorno intracraniano não-vascular;

8. Cefaléia atribuída a uma substância ou a sua retirada;

9. Cefaléia atribuída à infecção;

10. Cefaléia atribuída a transtorno da homeostase;

11. Cefaléia ou dor facial atribuída a transtorno do crânio, pescoço,

olhos, ouvidos, nariz, seios da face, dentes, boca ou outras estruturas

faciais ou cranianas;

12. Cefaléia atribuída a transtorno psiquiátrico.

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5. Cefaléia atribuída a trauma cefálico e/ou cervical;

A cefaléia é um sintoma que pode ocorrer após lesão no crânio, pescoço ou cérebro. Freqüentemente a cefaléia resultante de traumatismo craniano é acompanhada de outros sintomas, como vertigens, dificuldade de concentração, irritabilidade, alteração de personalidade e insônias.

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6.CEFALÉIA ATRIBUÍDA A DOENÇA VASCULAR CRANIANA

OU CERVICALO diagnóstico da cefaléia é fácil de encontrar na maioria das alterações

vasculares descritas adiante, porque a cefaléia apresenta-se de um modo agudo, associada a sinais neurológicos e também porque regride rapidamente.

A relação temporal estreita entre a cefaléia e os sinais neurológicos é portanto crucial para se estabelecer a relação casual.

Em muitas dessas doenças, como os acidentes vasculares isquêmicos ou hemorrágicos, a cefaléia é obscurecida por sinais neurológicos focais e/ou por alterações da consciência. Noutras, como a hemorragia subaracnóidea, a cefaléia costuma ser o sintoma mais proeminente. Noutras condições que podem causar tanto cefaléia como acidente vascular cerebral, como as dissecções, as tromboses venosas cerebrais, a artrite de células gigantes e a angeíte do sistema nervoso central, a cefaléia é frequentemente um sintoma inicial de alerta

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7. CEFALÉIA ATRIBUÍDA A TRANSTORNO INTRACRANIANO

NÃO-VASCULAR

Cefaléias atribuídas a alterações da pressão intracraniana. Tanto o aumento quanto a redução da pressão do liquor podem levar ao aparecimento de cefaléias. Outras causas de cefaléias aqui definidas são as doenças inflamatórias não infecciosas, as neoplasias intracranianas, as crises epilépticas e situações raras como as malformações de Chiari tipo I, as injecções intra-tecais e outras doenças intracranianas não vasculares.

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8. Cefaléia atribuída a uma substância ou a sua retirada

Os doentes com enxaqueca são fisiológica e talvez psicologicamente hiperreativos a uma variedade de estímulos internos e externos. O álcool, alimentos, aditivos alimentares e substâncias químicas e a ingestão e a suspensão de fármacos foram todos relatados como desencadeantes ou atiradores da enxaqueca em indivíduos susceptíveis.

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9. CEFALÉIA ATRIBUÍDA À INFECÇÃO

A cefaleia constitui um acompanhamento comum de infecções virais

sistémicas como a gripe.

Em infecções intracranianas, a cefaleia é normalmente o primeiro e o

mais frequente sintoma encontrado. A ocorrência de um novo tipo

de cefaleia que é difusa, pulsátil e associada com uma sensação de

indisposição e/ou febre deve direccionar a atenção para uma

infecção intracraniana mesmo na ausência de rigidez da nuca.

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10. CEFALÉIA ATRIBUÍDA A TRANSTORNO DA HOMEOSTASE

As cefaléias descritas aqui foram previamente referidas como Cefaléia associada a doença sistêmica ou metabólica.

As cefaléias causadas por alterações significativas da pressão arterial e isquemia do miocárdio, as perturbações homeostáticas que afetam uma variedade de sistemas orgânicos, incluindo as alterações dos gases arteriais, as alterações da volemia como na diálise e as alterações da função endócrina e cefaléia atribuída ao jejum estão incluídas

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11. CEFALÉIA OU DOR FACIAL ATRIBUÍDA A TRANSTORNO DO CRÂNIO, PESCOÇO, OLHOS, OUVIDOS, NARIZ, SEIOS DA FACE, DENTES, BOCA OU OUTRAS ESTRUTURAS FACIAIS OU CRANIANAS

As alterações da coluna cervical e de outras estruturas do pescoço e da cabeça são frequentemente

consideradas causas de cefaléia, já que muitas das cefaléias se iniciam ou se localizam na

região cervical ou occipital. Além disso, alterações degenerativas da coluna cervical podem ser

encontradas em praticamente todas as pessoas com mais de 40 anos de idade.

A localização da dor e as alterações degenerativas radiológicas têm sido os argumentos para

considerar a coluna cervical como a causa mais freqüente de cefaléias. No entanto, estudos

controlados de grandes dimensões têm demonstrado que estas alterações são igualmente

freqüentes entre os indivíduos que não sofrem de cefaléias.

Assim, as alterações degenerativas como a espondilose e a osteocondrose, não deverão continuar

a ser consideradas como causa de cefaléias. O mesmo princípio se aplica a outras patologias

muito freqüentes como: sinusite crônica, alterações da articulação

temporo-mandibular ou erros de retração.

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12. CEFALÉIA ATRIBUÍDA A TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO

Em geral, há uma evidência muito limitada que suporte a existência de uma causa psiquiátrica para as cefaléias. Por isso as únicas categorias incluídas nesta classificação são aqueles raros casos

nos quais uma cefaléia ocorre no contexto de uma perturbação psiquiátrica que é reconhecida por se manifestar sintomaticamente por cefaléia (ex.: um doente que relata uma cefaléia associada

com o delírio de que um artefato metálico teria sido secretamente inserido na sua cabeça, ou uma cefaléia que é uma manifestação de perturbação de somatização).

A grande maioria das cefaléias que ocorrem em associação com perturbações psiquiátricas

não estão causalmente relacionadas com a patologia psiquiátrica mas tratam-se sim de condições co-mórbidas (talvez refletindo um substrato biológico comum).

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Neuralgias cranianas, dor facial primária e central e outras

cefaléias

13. Neuralgias cranianas e causas centrais de dor facial;

14. Outras cefaléias, neuralgias cranianas e dor facial primária ou central.

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13. Neuralgias cranianas e causas centrais de dor facial

A dor na cabeça e pescoço é mediada por fibras aferentes dos nervos trigêmeo, intermediário, glossofaríngeo, vago e primeiras raízes cervicais via nervos occipitais. A estimulação destes nervos pela compressão, tração, exposição ao frio ou outras formas de irritação, ou por uma lesão nas vias centrais pode desencadear uma dor em guinada ou constante sentida na área inervada. A causa pode ser evidente, tal como uma infecção por herpes zoster ou uma alteração estrutural demonstrada por exames de imagem, mas em alguns casos pode não haver causa aparente para a dor nevrálgica.

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14.OUTRAS CEFALÉIAS, NEURALGIAS CRANIANAS E DOR FACIAL PRIMÁRIA OU CENTRAL

Cefaléias que não são enquadradas em nenhum outro critério diagnóstico de cefaléia.

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OBRIGADA!!!