classificações facetadas

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CLASSIFICAÇÕES FACETADAS CLASSIFICAÇÕES FACETADAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIA CURSO DE BIBLIOTECONOMIA 3º P. / 1º SEM. 2009 DISCIPLINA: LINGUAGENS DE CLASSIFICAÇÃO I PROF.: ARNALDO ALUNOS: CARLA BETHÂNIA SUZANA LEONARDO HENRIQUE MARCOS WERONICA APRESENTAÇÃO BASEADA NO TEXTO: BARBOSA, Alice Príncipe. Classificações facetadas. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 73-81, 1972. Disponível em: < http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/viewFile/1665/12 71>.

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Apresentação sobre Classificações Facetadas, da disciplina de Linguagens de classificação do prof. Arnaldo, da FACOMB, da UFG.

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CLASSIFICAÇÕES CLASSIFICAÇÕES FACETADASFACETADAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSFACULDADE DE COMUNICAÇÃO E BIBLIOTECONOMIACURSO DE BIBLIOTECONOMIA 3º P. / 1º SEM. 2009DISCIPLINA: LINGUAGENS DE CLASSIFICAÇÃO IPROF.: ARNALDO

ALUNOS:CARLABETHÂNIASUZANALEONARDO HENRIQUEMARCOS WERONICAAPRESENTAÇÃO BASEADA NO TEXTO:BARBOSA, Alice Príncipe. Classificações facetadas. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 73-81, 1972. Disponível em: < http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/viewFile/1665/1271>.

IntroduçãoIntrodução

O rápido crescimento dos registros gráficos, o aparecimento de novas formas de publicação e a super-especialização das coleções bibliográficas exigiram o uso de novas técnicas para pronta recuperação das informações contidas nos documentos.

Dentre todas as linguagens existentes, a classificação ainda é considerada a melhor por assegurar também uma arrumação lógica dos assuntos dentro de uma coleção.

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

A principal função das bibliotecas é a organização dos conhecimentos existentes em suas coleções, para que possam ser, sempre que solicitados, recuperados com rapidez.

O rápido e crescente desenvolvimento da tecnologia, e sua aplicação nas indústrias, contribuiu para uma exagerada multiplicidade de especializações, originando uma variedade de novos documentos, tais como: relatórios técnicos e de pesquisas, patentes, informações sigilosas, relatórios (papers) de conferências, notas prévias (preprints), microfilmes etc., informando sobre novas técnicas, teorias, pesquisas, invenções etc., nem mesmo seus próprios usuários interessados podem tomar conhecimento de tudo da sua área.

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

Como apresentar o

documento?

Como organizar assuntos

complexos?

Como tornar esse

material útil para uso?

Como organizar

fisicamente os

documentos, sem

bagunçá-los no seu

conteúdo?

Os sistemas lineares (fundamentalmente gênero e espécie) não suportaram a complexidade dos assuntos muldimensionais, fazendo com que bibliotecários e documentalistas buscassem outros tipos de classificação: indexação, seleção, mecanizada, thesaurus etc.

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

CDU (Classificação Decimal Universal): semi analítico-sintético, foi feito numa época na qual os assuntos não eram tão complexos, e sua pequena base de apenas 10 dígitos origina notações demasiado longas ao classificar assuntos muito complexos, formando um conjunto confuso de diversos números e símbolos e, conseqüentemente, separando o material dentro da coleção. Para organizar-se fisicamente uma coleção, sem separá-la, deve-se classificar com base no uso de símbolos que reunirão os documentos sobre determinado assunto.

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

Surgiu em Londres, em 1952, o Classification Research Group, ou CRG, composto de professores, documentalistas e cientistas da informação, dispostos a estudar a elaboração de sistemas mais flexíveis (J. Mills, D.J. Foskett, Shera, E. J. Coates, Farradane, Vickery, Langridge e outros.)

A base de seus estudos foi uma teoria totalmente nova, desenvolvida por Ranganathan, sua idéia de dividir osassuntos em categorias ou facetas, isto é, em grupos de classes reunidas por um mesmo princípio de divisão (Classificação dos dois pontos (Colon classification)

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

A quantidade de facetas derivadas varia de assunto para assunto e da necessidade de cada usuário;

Se temos a faceta Material, podemos listar os termos: Livros, mapas, folhetos – todos obedecendo entre si o mesmo princípio de divisão;

Lista de termos mantendo entre si amplas relações com a classe original

Faceta – Conjunto de termos produzido pela aplicação do princípio da divisão

- Conjunto de subclasses  Cada termo dentro da faceta – Isolado (Ranganatham) - Subclasse (CRG)

 Ex:

Assunto: BiblioteconomiaFaceta: Material Foco Isolado: Livro

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Isolado – Quando cada termo é visto fora do contexto de uma faceta. Ex: O termo Livro fora do contexto é apenas um isolado. 

Cada termo em si (seja os focos das facetas, as subclasses) embora mantenha relação com a classe material apresentam características diferentes;

Para receber uma notação é preciso que os termos estejam arrumados dentro das facetas e para que essa arrumação aconteça faz se necessário aplicar os princípios da divisão que os reagrupem em subfaceta;

Cada faceta terá várias subfacetas (CRG) ou “Array” (Ranganatham);

Subfaceta ou “Array” – grupos de termos coordenados derivados da aplicação de um mesmo princípio e mutuamente exclusivo (pertencente a uma única faceta);

“Array” (lista, fila) – termos interligados, ou seja, coordenados com as classes;

Classes e subclasses – termos completamente relativos;

Classe – conjunto de coisas que apresentam algo em comum;

Subclasse – resultado da diferença aplicada a uma classe;

Diferença (Característica) – quando aplicada a uma classe gera uma subclasse e quando aplicada a uma subclasse gera uma nova classe, esta gera novas subclasses e assim sucessivamente, seguindo um sistema hierárquico (determinado assunto está subordinado a outro mais amplo);CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

Quando esgotamos a subdivisão de uma classe chegamos à intensidade do assunto, a sua minúcia, obtendo assim, uma Cadeia de Assunto, e partindo de termos de grande extensão para termos grande intenção formamos uma Cadeia de Assunto Subordinada (Chain);

Isso se resume na aplicação das Categorias Aristotélicas:

Gênero ÷ diferença = espécie

Ex: Classe – TransporteDiferença – TiposSubclasses – Terrestre, Aéreo, Ferroviário.Nova Classe – Transporte FerroviárioDiferença – Força MotrizSubclasses – Diesel, Vapor, Eletricidade.

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Nos sistemas facetados, a divisão do assunto fica da seguinte forma:

 Universo a ser classificado – TransporteFacetas – Meios de transporte (Avião, Bonde, Trem)Partes (banco, janela)Usuários (crianças, adultos, civis, militares)

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Para que esses termos, agrupados sob facetas, possam ser correlacionados em assuntos compostos, precisam de um novo agrupamento e devem ser separadas em grupos de subfacetas com termos coordenados pelo mesmo principio de divisão e mútua exclusividade.

 

Cada vez que se subdivide uma faceta, se consegue um arranjo de divisões.

Ex:Faceta – Meios de transporteSubfaceta – Ambiente, Veículo, Força

PropulsoraGrupos – Terra, Água, Ar, Carvão, Diesel...

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

1° etapa: definição do assunto e 1° etapa: definição do assunto e levantamento da terminologialevantamento da terminologia

Geralmente o assunto tem sempre um relacionamento com outros assuntos de outras áreas do conhecimento.

Uma extensa terminologia será levantada através do assunto, dicionários técnicos, documentação do grupo para quem o sistema está sendo elaborado, e principalmente dos termos encontrados na literatura do assunto, que os americanos chamam de garantia (Library warrant).

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Da posse a terminologia referente ao assunto, deverão ser determinados os princípios de divisão para a listagem das facetas.Ranganathan, na sua Colon Classification, determinou apenas 5 facetas a que chamou de: P= personalidade; M= matéria; E= energia; S= space (local); T= tempo.

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Mais tarde, verificando que elas não eram suficientes para classificar assuntos muito complexos, criou os ciclos (rounds) e níveis (levels). Isto significa que as facetas PME podem aparecer mais de uma vez em certos assuntos, desde que o primeiro ciclo tenha se completado.

Os termos relacionados como Matéria, num determinado assunto, poderão significar Produtos em outro.

Ex.: o termo papel pertence, em Biblioteconomia, à faceta Material, mas no assunto Fabricação do papel passa a pertencer a faceta Tipo.

Exemplos de facetas usadas em sistemas já elaborados e apresentados na obra de Vickery “Classification na indexing of sciences”

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Seguro - Organizado por PendletonSeguro - Organizado por Pendleton

Foram encontradas, ou antes apresentadas 6 facetas:

1) Ramos do seguro2) Propriedades seguradas3) Pessoas seguradas de acordo com as

indústrias 4) Riscos 5) Operações 6) Organizações

CLASSIFICAÇÕES FACETADAS

Segurança industrial – organizado por Segurança industrial – organizado por FoskettFoskett

1) Indústrias2) Tipos de trabalhadores3) Fontes de riscos4) Doenças industriais5) Medidas preventivas6) Organização e administração7) Psicologia ocupacional

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Fabricação de embalagens – organizados Fabricação de embalagens – organizados por Foskettpor Foskett

1) Produtos2) Partes3) Material4) Operações5) Subdivisões comuns

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3ª etapa: 3ª etapa: Levantamento das subfacetasLevantamento das subfacetas

Tendo sido determinadas as facetas necessárias para cobrir o assunto a classificar, será preciso levantar as subfacetas e agrupar os termos dentro de cada uma, ou seja, reagrupar as subclasses de cada faceta.

Neste trabalho, devem ficar assegurados lugares para futuras expansões.

A formação das subfacetas é conseguida através da aplicação de novos princípios de divisão, e estes serão decididos por quem está elaborando o sistema, de acordo com as necessidades do grupo para quem se trabalha.

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Ao separarmos as subfacetas, em caso de dúvida dos termos pertencerem a uma mesma subfaceta, é aconselhável usar o processo da interseção;

Princípios usados para levantar subfacetas são um tanto subjetivos;

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4ª etapa: 4ª etapa: Decisão da ordem de citação Decisão da ordem de citação das facetas das facetas e subfacetas (citation order)e subfacetas (citation order)

Ordem de citação é a ordem de aplicação dos princípios de divisão. Ela reflete a ordem em que os elementos de um assunto complexo são citados.É muito importante que seja determinada, pois a consistência do sistema depende dela.Para as subfacetas não existe uma ordem padrão de citação.a) as subfacetas que exercem uma função devem preceder as nãofuncionais; b) as especiais são colocadas antes das comuns;c) as dependentes devem ser postas depois daquelas das quais dependem; d) as naturais antes das artificiais (usadas em ciência)

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5ª etapa: 5ª etapa: Agrupamento das subfacetas Agrupamento das subfacetas ou ordem ou ordem dos arraysdos arrays

Para arrumar os termos em cada subfaceta, ou seja, para ordenar os arrays, não existe

uma ordem padrão.

Vários padrões já foram estabelecidos e definidos por Sayers, Ranganathan e

observados pelo CRG.

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Por exemplo:Ordem Crescente: recém-nascidos, crianças,jovens, adultos, velhos;Datas cronológicas;Ordem evolucionária: Ex.: nascimento —

casamento — doença — morte;... Entre várias outras.

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6ª etapa: 6ª etapa: Ordem de arquivamento (filing Ordem de arquivamento (filing order)order)

Ordem de arquivamento é a ordenação detodos os elementos, isto é, de todas as notações numa seqüência vertical.É, geralmente, o inverso da ordem de citação.está provado que os usuários preferemencontrar em primeiro lugar os documentosgerais sobre um determinado assunto, e, numa linhaascendente, os assuntos mais específicos.

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Dos tradicionais sistemas em uso, apenas a CDU observa essa seqüência. Vejamos o exemplo da subfaceta:

6 Propriedades b Física c composição mecânica d grau de agregação e coesão f consistência g plasticidade h permeabilidade i porosidade ib capilaridade id não-capilaridade m outras (subdividir pelo esquema de Física) n Físico-Química p conteúdo de umidade pb capacidade de retenção d'água pd equilíbrio de umidade pf coeficiente higroscópico

A finalidade da ordem de arquivamento é colocar o geral antes do específico.

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7° etapa: Notação7° etapa: Notação

Função da notação: Mecanizar a ordem das classes e mostrar a

posição relativa de cada uma. Deve ser elaborada de maneira flexível, em

outras palavras, permitir a inclusão de novas classes de assuntos. Elas devem ser:

a. estruturalmente expansivas:b. simples;c. breves.

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Os sistemas facetados utilizam letras maiúsculas ou números para as facetas e

letras minúsculas para as subfacetas. Isso torna mais fácil reconhecer as facetas nas notações para assuntos

compostos.

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8°etapa: Índice ou formas de acesso8°etapa: Índice ou formas de acesso

Todos os termos devem aparecer no índice com suas respectivas notações.

Tipos de sistemas:a. Alfabético (A/Z);b. Em cadeia (chain);c. Rotativo (rotated index).

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