clementina deusdete
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ESTRUTURA DO TEXTO POÉTICO VERSIFICAÇÃO – ESTROFE
Verso – é cada linha de um poema.
Estrofe – é um grupo de versos isolados por uma linha
em branco.
Rimas – é a conformidade ou coincidência de fonemas,
geralmente no final de dois versos diferentes, podendo
ocorrer também entre vocábulos no interior dos versos
( rima interior). Os versos que rimam são designados
pela mesma letra.
Os versos sem rima são chamados versos brancos.
SONETO
É uma composição poética de 14
versos, distribuídos em:
➔ dois quartetos;
➔ dois tercetos.
Recursos poéticos:
Ritmo, metro e rima
Soneto da separação
De repente do riso fez- se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o
espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
1De
2re
3pen
4te
5do
6ri
7so
8fez
9se o
10pran to
METRO E RITMO
Na leitura desses versos percebemos que a
terceira, a sexta e a décima sílabas poéticas
são pronunciadas mais fortemente que as
demais. É essa sequência de sílabas fortes e
fracas que dá ritmo ao poema.
TIPOS DE VERSOS:
De acordo com o número de sílabas poéticas
que apresenta, o verso recebe o nome de:
✔ monossílabo – uma sílaba.
✔ dissílabo – duas sílabas.
✔ trissílabo – três sílabas.
✔ tetrassílabo – quatro sílabas.
✔ pentassílabo ou redondilha menor – cinco
sílabas.
✔ hexassílabo – seis sílabas.
✔ heptassílabo ou redondilha maior – sete sílabas.
✔ octossílabo – oito sílabas. ✔ eneassílabo – nove sílabas.✔ decassílabo – dez sílabas.✔ hendecassílabo – onze sílabas.✔ dodecassílabo – doze sílabas.
Quanto a disposição as rimas podem ser:
✔ emparelhada: AABB;
✔ alternadas: ABAB;
✔ opostas ou interpoladas: ABBA
Os versos sem rima são chamados versos brancos.
As rimas podem ser classificadas em: pobres, ricas
ou riquíssimas.
TIPOS DE ESTROFE:
Quanto ao número de versos a estrofe pode ser um:
* 1 verso - Monóstico * 2 versos - Dístico * 3 versos - Terceto * 4 versos - Quarteto ou quadra * 5 versos - Quintilha * 6 versos - Sextilha * 7 versos - Septilha * 8 versos - Oitava * 9 versos - Nona * 10 versos - Décima
* Mais de dez versos: estrofe irregular.
Quando a chuva cessava um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
SONETO XXXII
Fazia de papel toda uma armada
e, estendendo o meu braço pequenino
eu soltava os barquinhos sem destino,
ao longo das sargetas, na enxurrada...
Fiquei moço. E hoje sei, pensando
neles,
Que não são barcos de ouro e meus
ideais:
São feitos de papel, são como
aqueles,
Perfeitamente, exatamente iguais...
_ Que os meus barquinhos, lá se foram
eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
Guilherme de Almeida
ATIVIDADES
1- Quantas estrofes tem o soneto ?_________
2- Quantos versos tem cada estrofe? Como elas
são chamadas?
1ª ____ __________________
2ª ____ __________________
3ª ____ __________________
4ª ____ __________________
3- As rimas da primeira estrofe do soneto são
do tipo _____________________ são chamadas de
________________________
4-Faça a métrica dos seguintes versos:
“Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada.”
a- Os versos tem____ sílabas métrica.
b- O verso que tem ___ sílabas métrica é
chamado de ___________.
5- Faça a ilustração no soneto de “Vinícius de Moraes” e no de “Guilherme de Almeida”.
6- Identifique as palavras que rimam nas estrofes
abaixo e justifique porque as rimas são ricas ou pobres.
O poeta
Era uma noite _ eu dormia
E nos meus sonhos revia
As ilusões que sonhei!
E no meu lado senti...
Meu Deus porque não morri?
Por que do sono acordei?
[…]
Álvares de Azevedo
Rio abaixo
Treme o rio, a rolar de vaga em vaga...
Quase noite. Ao sabor do curso lento
Da água, que as margens em redor alaga.
Seguimos. Curva os bambus o vento.
Olavo Bilac