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FUNDAÇÃO DE ENSINO E ENGENHARIA DE SANTA CATARINA – FEESC
Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA)
Plano de Negócio2015-2035
Sumário Executivo
Plano de Negócios CODESA: Escolhas estratégicas e Plano de Ação
Setembro/2015
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Plano de Negócio CODESA 2015-2035
SumárioSumário...............................................................................21 Introdução......................................................................32 Estudo de mercado..........................................................3
2.1 Projeção de movimentação futura..............................................43 Planejamento estratégico................................................64 Monitoramento do Plano................................................10
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Plano de Negócio CODESA 2015-2035
1 IntroduçãoOs portos administrados pela Companhia Docas do Espírito Santo
(CODESA) desempenham atividade essencial e estratégica para o desenvolvimento econômico e social do estado do Espírito Santo. Por essa razão, é fundamental que a CODESA realize um planejamento de desenvolvimento portuário, integrado ao Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), Plano Mestre e a outros estudos realizados no setor.
Tendo isso em vista, o presente documento visa dotar à CODESA um plano de negócio que garanta um porto eficiente, uma administração portuária autossustentável e o alinhamento institucional com as esferas de governo para os próximos 20 anos.
Neste sentido, o plano de negócio centra-se no planejamento estratégico dos portos da CODESA, por meio das definições das ações estratégicas necessárias para a garantia de nível de serviços adequado aos seus usuários e aderência estratégica ao sistema portuário nacional.
Seguem abaixo algumas das análises e estratégias resultantes desse trabalho.
2 Estudo de mercadoO estudo de mercado estabelece o potencial de carga a ser obtido
pelos portos da CODESA. Sendo assim, o mapa da Figura 1 ilustra a área de captação para Vitória e Barra do Riacho.
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Figura 1 – Área de estudo CODESAFonte: FEESC (2014)
A partir da área de captação potencial de carga, elenca-se os portos concorrentes (Figura 2) que disputam a hinterlândia comercial dos portos da CODESA. Para 2015, considerou-se todos os portos em atividade localizados na Região Sudeste e na Bahia. Para os cenários futuros, acrescentou-se três portos: Açu, Central e Porto Sul.
Figura 2 – Portos concorrentesFonte: FEESC (2015)
2.1 Projeção de movimentação futuraDiante da área potencial de carga, o estudo estabelece a projeção
dos fluxos futuros de carga por meio do fluxograma seguinte (Figura3). Há um cruzamento tradicional entre a oferta de infraestrutura (oferta) versus a demanda de mercado (demanda).
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Figura 3 – Fluxograma de trabalho para definição do potencial de mercadoFonte: FEESC (2015)
No âmbito da competitividade do complexo portuário CODESA, avalia-se o potencial de atração de carga por meio de cenários de infraestrutura, relacionados aos acessos terrestres (rodovias e ferrovias).
Os resultados dos cenários de infraestrutura são obtidos por meio de minimização de custos logísticos e interação com portos concorrentes (Figura 4). A análise das informações de projeção de demanda e das áreas de captação de carga geram o potencial de mercado da CODESA.
Figura 4 – Pilares das simulações de competitividade nos cenários de potencial de mercado
Fonte: FEESC (2015)
Além da malha rodoviária e ferroviária existentes, os cenários definidos consideram as infraestruturas em construção ou planejadas com conclusões progressivas, conforme observado no mapa da Figura5. As simulações dos cenários 2020, 2025, 2030 e 2035, consideraram novos trechos rodoviários e ferroviários na malha.
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Figura 5 – Malha Ferroviária 2020Fonte: FEESC (2015)
No âmbito demanda de mercado, estima-se os fluxos futuros de carga de importação e exportação conforme o fluxograma a seguir (Figura 6).
Figura 6 – Modelo esquemático para projeção de demanda (2015)Fonte: FEESC (2015)
Os resultados ilustram o potencial de carga a ser captado pelo complexo portuário CODESA em níveis de concorrência (dominante e custos logísticos até 20%) conforme o exemplo de contêineres da Figura 7.
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Figura 7 – Competitividade por contêineres (2015)Fonte: FEESC (2015)
3 Planejamento estratégicoCom base no diagnóstico da situação atual da organização e da
análise do mercado na qual a CODESA se encontra inserida, as decisões acerca da estratégia da empresa precisam ser tomadas. No contexto organizacional, a estratégia está associada à capacidade de ajuste da organização, de forma contínua e sistemática, e às condições do ambiente, que se encontra em constante mudança, com foco no futuro e na perpetuidade organizacional. Nesse sentido, o planejamento estratégico foi desenvolvido em cinco etapas, conforme a Figura 8.
Figura 8 – Etapas do planejamento estratégicoFonte: FEESC (2015)
A Visão, a Missão e os Valores da organização, representam a base para as políticas e o posicionamento da empresa e pautam as estratégias e ações da organização, conforme apresentado na Figura9.
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Figura 9 – Visão, Missão e ValoresFonte: FEESC (2015)
A Análise SWOT1, que contribui para a tomada de decisões estratégicas é apresentada na Figura 10.
Figura 10 – Análise SWOTFonte: FEESC (2015)
No que se refere a competitividade de mercado, utilizou-se o modelo das Cinco Forças Competitivas de Porter. Como ameaça, sob a ótica de novos entrantes, pode-se citar o Porto do Açu, Porto Central, ambos no Espírito Santo, e Porto Sul, na Bahia, além de projetos de novos terminais offshore na área de influência dos portos 1 Do inglês Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). A matriz SWOT é construída por meio da análise do ambiente interno (identificando-se as forças e ameaças internas à organização) e do ambiente externo (levantando-se as oportunidades e ameaças externas à organização).
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da CODESA. Além disso, a legislação que permite a criação de novos Terminais de Uso Privado (TUP) e sua gestão e infraestrutura mais ágeis e eficientes representa uma ameaça aos portos administrados pela CODESA.
As tendências do setor e as mudanças pelas quais ele vem passando, também foram consideradas na análise. Destaca-se o aumento do tamanho dos navios, a diminuição da quantidade de escalas e a tendência de surgimento de hub ports, além da melhoria na produtividade dos equipamentos.
Analisando-se os fornecedores, o monopólio da ferrovia pela Vale dificulta a chegada de cargas por esse modal. As greves e paralisações de fornecedores, anuentes e trabalhadores prejudicam as operações dos portos. Outro fator de impacto são os serviços que influenciam as tarifas, como água e energia elétrica. Por fim, restrições legais na contratação de fornecedores e funcionários acabam impactando na competitividade da CODESA.
Ademais, analisando-se a Companhia em questão sob a ótica dos usuários, verifica-se a existência de poucos produtos movimentados por operadores de pequeno porte. Além disso, uma carga tradicionalmente movimentada pelos portos da CODESA, veículos, tem buscado novos portos devido a alterações na legislação tributária e à construção de montadores em outros estados. Outro fator a ser destacado é o aumento da oferta de serviços portuários na região de influência da CODESA, o que tem levado à migração de cargas e usuários.
Por fim, como concorrentes diretos dos portos de Vitória e Barra do Riacho, tem-se os portos de Santos a Salvador, os TUPs de Tubarão e Praia Mole e os terminais especializados.
Na Figura 11, apresenta-se o resultado da análise das Cinco Forças Competitivas para os portos de Vitória e Barra do Riacho.
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Figura 11 – As Cinco Forças de Porter – Impactos na competitividade do Complexo Portuário da CODESAFonte: FEESC (2015)
As definições de Visão, Missão e Valores, bem como da Matriz SWOT e da análise das Cinco Forças de Porter, serviram como suporte para a definição de três pilares estratégicos, que nortearão as ações da CODESA em relação aos portos de Vitória e Barra do Riacho nos próximos anos. São eles:
i. Infraestrutura e operações competitivasii. Geração de oportunidades comerciais e promoção da
infraestruturaiii.Administração portuária eficiente e integrada
Para cada pilar, foram definidas escolhas estratégicas, resultantes das análises feitas entre o segundo semestre de 2014 e o início do ano de 2015, conforme pode ser observado na Figura 12.
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Figura 12 – Pilares e escolhas estratégicasFonte: FEESC (2015)
Para que cada escolha estratégica seja atingida, definiu-se ações estratégicas e projetos a serem desenvolvidos pela CODESA, as quais, em conjunto, originaram um Plano de Ação para o desenvolvimento da CODESA, que foi segmentado em três planos, cada um associado a um pilar estratégico:
i. Plano de Ação em Infraestrutura e Operações; ii. Plano de Ação em geração de Oportunidades Comerciais e
Promoção da Infraestrutura; e iii. Plano de Ação em Administração Portuária Eficiente e Integrada.
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4 Monitoramento do PlanoO monitoramento e a avalição dos objetivos e das metas definidas
no Plano de Negócio da CODESA envolvem as seguintes etapas:1. Acompanhamento periódico dos indicadores estabelecidos.2. Estabelecimento de sistemas para coleta de dados
necessários para o cálculo dos indicadores.3. Avaliação das metas planejadas e identificação de ajustes no
Plano.
Os indicadores de desempenho são acompanhados por meio de diversos instrumentos de monitoramento, acompanhamento e controle. Alguns deles estão vinculados a programas de Remuneração Variável ou Participação dos Lucros.
Seguem abaixo alguns dos indicadores:
Retorno do capitalMargem operacional
Execução do orçamento de investimentosÍndice de Desempenho Ambiental - IDA
Índice de eficiência operacionalProdutividade per capita
Tempo médio de estadia de naviosMovimentação de carga por natureza
Taxa média de ocupação de berço
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