colÉgio estadual fazenda velha ensino mÉdio · imediações da cidade industrial de curitiba,...
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 04IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 06CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 07ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 09 Histórico da escola 09 Turmas, horários de funcionamento e cursos 10 Organização do espaço físico 11CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR 12ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO ESCOLAR 14CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS 15ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE: PROBLEMAS E POSSIBILIDADES 16PROBLEMAS E NECESSIDADES DA ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO SOCIAL 17RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA 19 Contradições e conflitos presentes na prática docente 19OBJETIVOS DO COLÉGIO 21PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO 23CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICA ESCOLARES 28SOCIEDADE 28HOMEM 28EDUCAÇÃO/ESCOLA 29CIÊNCIA E TECNOLOGIA 30TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR 31EDUCAÇÃO FISCAL 33CULTURA E MULTICULTURALISMO 34ENSINO-APRENDIZAGEM 35PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 36CONCEPÇÃO CURRICULAR 38 Organização curricular 39CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO 42 Processos de avaliação 45 Promoção 46AÇÕES INTEGRADAS AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 47 Educação Fiscal 50 Vivência do patriotismo 52 Festa junina 54 Reciclagem do lixo 55 Festival de talentos Fazenda Velha 55 Festival de teatro 56 Feira das etnias 56 Ação de graças pela paz 57PROGRAMA VIVA A ESCOLA 59PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA 70AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOGOS E FUNCIONÁRIOS 73CALENDÁRIO ESCOLAR 74
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INCLUSÃO DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 75INSTÂNCIAS COLEGIADAS 77AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 81REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82Relação do quadro de funcionários da escola 84Relação assistente administrativo 85Proposta curricular ensino médio 86Proposta pedagógica curricular 87Proposta curricular de Arte 89Proposta curricular de Biologia 98Proposta curricular de Educação Física 106Proposta curricular de Filosofia 116Proposta curricular de Física 124Proposta curricular de Geografia 133Proposta curricular de História 140Proposta curricular de Língua Portuguesa 152Proposta curricular de Matemática 172Proposta curricular de Química 186Plano curricular de Sociologia 199Proposta curricular de Língua Estrangeira Moderna (Inglês) 207Matriz curricular Ensino Médio 213Calendário escolar 214
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APRESENTAÇÃO
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n.º 9394/96 e a deliberação n.º
014/99, observando os fundamentos legais, foi elaborado o Projeto Político
Pedagógico apoiado em discussões coletivas e na realidade atual do nosso
Colégio. Portanto poderá ser constantemente reconstruído, pois, é flexível.
Este Projeto apresenta a filosofia, concepção de Educação e organização
curricular para o Ensino Fundamental e Médio, conforme a matriz curricular que
gerencia as disciplinas obrigatórias e Parte Diversificada.
O Projeto Político Pedagógico do nosso Estabelecimento de Ensino possibilita
introduzir mudanças planejadas e compartilhadas que pressupõem, de um lado, a
redução dos índices de reprovação, de outro lado, um compromisso com a
aprendizagem do aluno e com uma educação de qualidade para todos os cidadãos,
de acordo com a infra-estrutura que a mantenedora dispõe, tendo por objetivo
envolver todos neste processo numa construção coletiva, a partir de valores,
concepções, princípios e crenças presentes que dizem respeito ao futuro do homem
e da sociedade.
Com apoio nas discussões coletivas realizadas com os profissionais da
Educação e comunidade escolar do nosso Colégio e com base no respaldo teórico
de vários autores entendemos que:
O Projeto Político Pedagógico serve para buscar um rumo, uma direção, dar
indicações necessárias à organização do trabalho escolar, a intenção portanto é
conduzir as ações sistemáticas, e propiciando uma contínua reflexão sobre os
processos da educação e revisão permanente dos objetivos pretendidos e das
práticas em desenvolvimento.
Na perspectiva que a escola também tem o seu papel na transformação da
sociedade e é considerada agente de mudanças, propõe-se dinamizar a realidade
escolar através de um trabalho educacional que possibilite a formação do homem
crítico com visão clara do mundo, isto é que passe do senso comum à consciência
filosófica. Tem-se portanto o compromisso com a aquisição do conhecimento
científico e a formação do cidadão. Há, portanto necessidade de profissionais
competentes para a efetiva ação pedagógica.
A “Marca da Escola” é a sua vida concretizada na dinâmica curricular, é a
projeção em espaços de possibilidades, motivações e ações concretas, aplicação de
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seus recursos, meios e procedimentos. É a organização das intenções e finalidades
da comunidade escolar, sistematização das metas e atividades a serem
desenvolvidas na transformação da realidade educativa e a definição do conjunto de
operações e ações a serem realizadas pelo trabalho de todos. É a ousadia da
escola em assumir sua autogestão.
Os avanços tecnológicos, o surgimento de novos conhecimentos exigem que
o Ensino Fundamental e Médio também mudem para que os alunos integrem-se ao
mundo contemporâneo nas dimensões fundamentais para exercer plenamente sua
cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores, conforme cita a Lei n.º 9.394/96 em seu Art. 22.
A Escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto
educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico preservando
mecanismos que estimulem a participação de todos no processo, sendo assim
entendemos que o projeto político pedagógico é a organização do trabalho escolar
em sua totalidade, portanto o princípio fundamental é o desenvolvimento integral do
aluno.
As relações de trabalho no interior da escola deverão estar calcadas nas
atitudes de solidariedade, reciprocidade e participação coletiva, favorecendo a
reflexão e diálogo para a definição das ações educativas para que assegurem um
espaço necessário na democratização do ensino. Os conteúdos serão instrumentos
pedagógicos, em função de objetivos educacionais numa perspectiva de
interdisciplinariedade e contextualização não mais baseadas num acúmulo de
informações compartimentalizadas. O tratamento contextualizado do conhecimento
é o recurso que a escola tem para retirar o aluno da condição de espectador
passivo, em que o papel exercido pelo professor será de articulador e terá de se
ajustar a uma nova estratégia que vise a apropriação dos conhecimentos e novas
tecnologias, possibilitando ao aluno maior iniciativa a ser vivenciada em situações
em que se prioriza a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico.
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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Fazenda Velha – Ensino Médio
Código 0857
E-mail: [email protected]
Município: Araucária
Código 0180
Dependência Administrativa: Estadual
Código 02
NRE: Área Metropolitana Sul
Código 03
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de autorização do Colégio:
Resolução n.º 2.306/92 de 31/07/92
Ato de reconhecimento do Colégio:
Resolução nº 1646/2000 de 18/05/2000
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar n.º 79/2001 de 11/01/2001
Distância do Colégio do NRE: 30 Km
Local: Urbana
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CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Integrado à Região Metropolitana de Curitiba, no primeiro planalto
paranaense, ocupa uma área de 460,85 Km², situa a 857 m do nível do mar. O
Município de Araucária faz parte do centro mais ativo e desenvolvido do Estado,
com área de influência em crescente expansão e destaque na Região Sul do País.
Estrategicamente localizado em relação ao Mercosul, o centro Industrial de
Araucária – CIAR, com 46.137.500,00 m² de área destinada ao pólo industrial,
sediando as indústrias já instaladas e reservada às novas implantações, conta com
matéria – prima local disponível para atender, principalmente a Agro – Indústria e a
Petroquímica, com infra-estrutura, acesso rodoferroviário e fácil conexão com
aeroportos e portos marítimos.
Situada as margens do Rio Iguaçu, é cortada pela BR – 476 – Rodovia do
Xisto, via de interligação da Região Sudoeste do País. Está a 27 Km do centro de
Curitiba.
Nasceu de uma concentração de imigrantes eslavos, voltados inicialmente
para a agricultura pelas condições propícias do clima e solo, o cultivo de culturas
como o trigo, milho, batata, hortaliças, fruticultura e avicultura.
Com a implantação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas – REPAR, na
década de 70, a cidade começou a sofrer influências do desenvolvimento industrial,
servindo de sede a novas indústrias, com geração de empregos e o deslocamento
de trabalhadores da área rural para a urbana.
Adapta ao processo de industrialização mantendo suas características
agrícolas o que a torna um importante pólo agro- industrial.
A população atual é de 94,258 habitantes, formada por descendentes dos
primeiros habitantes da região (luso brasileiros, índios e negros) por descendentes
de imigrantes poloneses, italianos, ucranianos, sírios, alemães, japoneses e por
migrantes vindos de outras regiões atraídos pela industrialização, a partir da década
de 70.
São adotadas como cores oficiais representativas do município: o branco, o
verde e o azul.
As atividades turísticas do município apresenta atrativos como Teatro da
Praça, Casa do cavalo Baio, Aldeia da Solidariedade, Igreja de São Miguel, Parque
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Romão Wachowicz, Casa da Cultura, Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios,
Parque Cachoeira, Museu Tingüiquera, Pinheiro de Proveta, Pontes do Rio Iguaçu,
Museu Zimbabwe, Portal Polônico, Horto Florestal Municipal de Guajuvira e o
Roteiro de Turismo Rural.
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ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Histórico da escola
Colégio Estadual Fazenda Velha, recebeu este nome em homenagem ao
próprio bairro, onde localiza à Rua Dr. Vital Brasil, nº 830 no bairro Fazenda Velha,
um dos mais populosos da periferia da cidade de Araucária, atendendo uma
clientela de nível sócio-econômico médio com predominância da classe operária. Na
época existindo um mercado de trabalho voltado para as indústrias, comércio e
prestação de serviços. O nosso Colégio foi criado em função de que o nosso
município só possuía uma Escola de Segundo Grau e estando inserido nas
imediações da Cidade Industrial de Curitiba, tínhamos que qualificar melhor os
nossos educandos para o mercado de trabalho que o momento exigia.
De acordo com o protocolo n.º 1.098.539-0/91 do parecer n.º 412/92 do Setor
de Estrutura e Funcionamento do NRE Área Metropolitana - Sul o projeto de
implantação do Ensino de 2º Grau Regular, com o curso de 2º Grau- Educação
Geral (Preparação Universal) a implantação gradativa aconteceria a partir do início
do ano letivo de 1992.
Chefe do Departamento de Ensino de 2º Grau, tendo em vista a alegação
feita pelo Conselho Estadual de Educação, conforme o artigo 1º da Deliberação n.º
02/80, o Relatório da Comissão Verificadora, a Informação técnica 006/92 do NRE
da Área Metropolitana - Sul constantes no processo protocolando acima citado,
expede o Parecer que aprova de acordo com o anexo da deliberação n.º 30/80,
41/88 ambas do Conselho Estadual de Educação, o Projeto de Implantação do
ensino de 2º Grau Regular, com o curso de 2º grau - Educação Geral (Preparação
Universal), para funcionar nas dependências físicas da Escola Municipal Ibraim A.
Mansur - Ensino de 1º Grau, conforme Termo de Cessão de uso do Prédio, da
Prefeitura Municipal de Araucária e situada à Avenida Nossa Senhora dos
Remédios, n.º 1360, no Município de Araucária, com a denominação de Colégio
Estadual Fazenda Velha - Ensino de 2º Grau, este mantido pelo Governo do Estado
do Paraná, com implantação gradativa, a partir do início do ano letivo de 1992,
ficando o funcionamento condicionado à matrícula de 35 alunos, no mínimo, na série
inicial do curso de 2º Grau Educação Geral (Preparação Universal).
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Conforme o Diário Oficial de 18 de maio de 2000 pág. 7, resolução n.º
1646/2000, o Diretor Geral em exercício Laureni Martins Teixeira, da Secretaria de
Estado da Educação, no uso de suas atribuições que lhe foram delegadas pela
Resolução n.º 900/99 de 25 de fevereiro de 1999, e considerando o Parecer n.º
161/00, do Conselho Estadual de Educação, resolve:
Art. 1º Reconhecer o Ensino Médio do Colégio Estadual Fazenda Velha -
Ensino Médio, do município de Araucária, NRE da Área Metropolitana Sul, mantido
pelo Governo do Estado do Paraná.
§1º Em decorrência do disposto no caput fica reconhecido o Estabelecimento
de Ensino.
§2º Antes do término do prazo do reconhecimento que é de 05 (cinco) anos,
solicitar à SEED a sua renovação conforme o estabelecido no Art. 41 da deliberação
n.º 004/99-CEE.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário. Em 15/05/2000.
A partir do Ato de Autorização de Funcionamento do Colégio Estadual
Fazenda Velha, ocorreram várias modificações principalmente na parte pedagógica
e estrutura de funcionários devido à procura do curso oferecido por ser este Colégio
bem conceituado pela comunidade.
No ano de 2002 o Colégio passou a localizar-se na rua Vital Brasil n.º 830 no
bairro da Estação devido a desativação em dezembro de 2002 da Escola Municipal
Maria Luiza Alves Guimarães que utilizava as dependências do prédio que pertence
ao Governo do Estado do Paraná.
Turmas, horários de funcionamento e cursos
O Colégio Fazenda Velha tem seu funcionamento no período Diurno e
Noturno. As aulas iniciam às 07h30 até às 11h45 (turno da manhã), das 13h00 às
17h15 (turno da tarde), e das 19h00 às 23h00 (turno da noite). Para melhor
convivência contamo com as normas estabelecidas pelo colégio no seu
Regulamento Interno, o qual nos auxilia nas ações para problemas disciplinares.
O Estabelecimento oferece os seguintes cursos e turmas:
Manhã: - Ensino médio (1º; 2º; 3º)
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Tarde: - Ensino médio (1º; 2º; 3º)
Noite: - Ensino médio (1º; 2º; 3º)
Organização do espaço físico
O Colégio está funcionamento em dois espaços distintos, ou seja 5 turmas
estudam no prédio de colégio em salas atualmente em tanto quanto inadequados
para a prática pedagógica com uma média de 45 alunos/turma; a iluminação e
ventilação esta sendo revisada. Quatro turmas estudam em salas de aulas alugadas
nas dependências da Igreja próxima ao colégio em salas sem estruturas adequadas
para o bom processo Pedagógico Escolar.
A estrutura física é precária: quadros de giz apoiados em carteiras
correndo assim riscos de acidentes. A acústica do local é péssima, não há banheiros
separados para os professores, não tem secretaria para atendimento, nem sala para
professores equipe pedagógica e direção. Os professores ficam impossibilitados de
realizar sua hora atividades neste local.
Além disso, a escola precisou organizar os horários das aulas para que os
professores pudessem se deslocar entre os intervalos, os professores precisam para
o outro.
Nas duas unidades devido a reforma a situação atual não há.
− sala de recursos
− banheiro adequados para todos,
− informática.
Não há espaço adequado para prática de Educação Física, isso
prejudicando assim a apropriação dos conteúdos necessárias a vivência da prática
da disciplina.
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CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual Fazenda Velha atende uma clientela cujos pais são
oriundos de contexto sócio-econômico médico baixo, com predominância de
profissões como: motoristas: mecânicos, pedreiros, comerciantes, operadores de
máquinas, encarregados.
Com relação às mães de nossos alunos, muitas trabalham em serviços
domésticos: serventes, cozinheiras, diaristas, mas a grande parte das mães não
trabalha fora, exercendo as funções do lar.
No que diz respeito os alunos que trabalham ou, fazem estágios, são poucos
no período diurno. Porém no ensino noturno a grande maioria trabalha ou faz
estágio, sendo poucos os que não exercem nenhuma atividade.
Em relação a dados de saúde são poucos os alunos que apresentam
problemas. A grande maioria diz não ter doenças. Os problemas de saúde mais
citados foram bronquite e rinite.
A maioria de nossos alunos diz não apresentar algum tipo de vício. Dos que
afirmam ter vícios, a maioria declarou fazer uso de bebida alcoólica, alguns de
cigarros e muito poucos de drogas como maconha, cocaína e crack.
Quanto à renda familiar a grande maioria dos alunos declarou que a sua
renda é de 2 a 4 salários mínimos.
A maioria dos alunos declarou também morar em casa própria.
Quando ao grau de escolaridade dos pais, a maioria declarou que pai e mãe
têm o ensino médio completo.
A maioria dos pais de nossos alunos são casados e vivem juntos.
A grande maioria de nossos alunos declarou ser da religião católica, porém o
número de evangélicos também é bastante grande.
Nosso Colégio atende alunos oriundos de diversos bairros do nosso
município, desde os mais próximos dele como Estação, Fazenda Velha, Palomar,
até mais distantes como Costeira, São Francisco.
A maior parte dos alunos do noturno prática esporte sendo o mais praticado o
futebol. No diurno apesar da maioria dos alunos não praticar esporte, alguns
praticam e o mais praticado também é o futebol.
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44% dos alunos afirmou que já reprovou na escola pelo menos uma vez, 48%
nunca reprovou e 8% parou de estudar, 52% dos alunos pretende fazer curso
superior, 38% Ensino Técnico e 10% nenhum dos dois .
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ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO ESCOLAR
A educação escolar está organizada em séries anuais divididas em três
Trimestres, sendo que a média para a aprovação é de no mínimo 6,0, através da
seguinte fórmula – MA (média anual)
= 1º trimestre x 2 + 2º trimestre x3 + 3º trimestre x 5 = média final.
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Cada turno possui 5 (cinco) aulas diárias de 50 (cinquenta) minutos em
classes fixas, salvo quando há necessidade de utilização do vídeo ou DVD que
encontram-se nos armários de duas salas de aula.
Com relação a Educação Física temos limitações, pois o colégio não possui
quadra de esportes, sendo que quando as aulas não são teóricas, os professores
utilizam a quadra que fica na Praça próxima ao Colégio, para realização de esportes
como futebol e voleibol.
Com relação a biblioteca, apesar do espaço precário, os alunos utilizam-na
para a realização de pesquisas empréstimos de livros e atividades solicitadas pelos
professores no contra turno, em horário escolar. A escola dispões de duas
funcionárias do apoio técnico administrativo, que são responsáveis pela organização
e atendimento aos alunos orientados na localização das fontes de pesquisas,
anotando e controlando empréstimos e prazos para devolução, incentivando à leitura
e sugerindo títulos apropriados aos alunos indicados pelos professores, de Língua
Portuguesa com dificuldades específicas na área.
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CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS
As turmas são organizadas de acordo com as vagas disponíveis, sendo que
na 1ª série do Ensino Médio geralmente as vagas são limitadas e aqueles que não
conseguem vaga aguardam na lista de espera.
Como temos poucas turmas de cada série não há um critério pré
estabelecido para organizar . Porém, caso haja necessidade é realizado
remanejamento a pedido da família, ou de acordo com problemas surgidos no
decorrer do ano letivo, tais como:
- Dificuldades de relacionamento entre alunos;
- Necessidade de inserir no mercado de trabalho:
Observação:
Geralmente as turmas permanecem as mesmas até o final do curso.
Quanto a distribuição de aulas aos professores, é estabelecido os seguintes
critérios:
• ordem de classificação;
• tempo de trabalho;
Em alguns casos as turmas são definidas através do consenso entre professores
mediados pela direção.
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ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE: PROBLEMAS E POSSIBILIDADES
A hora-atividade é o tempo utilizado pelo corpo docente para estudos,
planejamento, avaliação do trabalho didático, reunião, articulação com a
comunidade e outras atividades de caráter pedagógico.
Este também é o espaço em que o pedagogo contribui para o
aperfeiçoamento do processo pedagógico desenvolvido pelo professor em sala de
aula, através do acompanhamento, estudo e orientação aos mesmos.
Salienta que são muitas as atividades a serem realizadas, sendo que o tempo
é reduzido , mas na medida do possível procura-se fazer um trabalho sistemático
com todos os professores coletando os dados de cada turma e buscando soluções
conjuntas. Desta forma busca-se maior conhecimento sobre a situação do aluno e
tomada de decisões conjuntas.
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PROBLEMAS E NECESSIDADES DA ESCOLA NO ATUAL CONTEXTO SOCIAL
O Brasil nas últimas décadas vem ampliando suas relações econômicas,
culturais e políticas com o restante do mundo, inserindo-se mais profundamente no
contexto da globalização e do capitalismo financeiro.
Apesar dessa maior integração, nosso país continua sendo classificado como
emergente (dependendo do autor também utiliza-se os termos NIC’S ou
subdesenvolvido industrializado). Apresenta gravíssimos problemas sociais e
econômicos que são grandes empecilhos para o nosso desenvolvimento. Possui
uma sociedade caracterizada por uma elevada concentração de renda (índice GINI /
2004 – 10º pior / maior desigualdade social do mundo), pesada carga tributária (o
Brasil tem carga tributária de país desenvolvido, mas os serviços públicos prestados
são de baixa qualidade), juros elevadíssimos (maior juro real do mundo), elevado
grau de corrupção, grande endividamento interno e externo (dívida interna – um
trilhão de reais / 2005 e dívida externa – 181 bilhões de dólares / agosto – 2005) e
pífio crescimento econômico nos últimos anos (bem abaixo dos países emergentes e
da média mundial. Brasil = 2,3% - 2005, média dos países emergentes = 6,4% -
2005 e mundo = 4,3% - FMI 2005) e ainda sem citar os gargalos na infra-estrutura
como um todo.
O estado do Paraná insere-se nesse contexto sócio-econômico nacional com
algumas especificidades, destacando-se como um grande produtor agrícola
(agronegócios, etc.) e também a partir dos anos noventa, instalou-se um
considerável pólo automobilístico na Região Metropolitana de Curitiba, ampliando e
diversificando seu Parque Industrial.
O município de Araucária, já beneficiado por sediar a Refinaria Presidente
Getúlio Vargas desde a década de setenta, (cuja ampliação da mesma nos próximos
anos impulsionará ainda mais a economia local) e suas indústrias satélites
beneficiou-se dessa ampliação do Parque Industrial da Região Metropolitana de
Curitiba, tornado-se o segundo município em arrecadação do estado.
Dentro desse contexto sócio econômico brevemente citado acima, insere-se o
Colégio Estadual Fazenda Velha. Apesar deste estabelecimento de ensino estar
localizado num município “rico”, a instituição mantenedora é o Governo estadual, e
portanto, os benefícios da riqueza municipal são praticamente irrelevantes.
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A maioria das escolas estaduais apresentam problemas gravíssimos, tais
como: Estrutura precária, falta de investimentos na qualificação do corpo docente,
recursos didáticos precários, além da necessidade urgente de uma valorização
digna dos docentes de esfera estadual.
O momento histórico caracterizado pela sociedade do conhecimento, exige
uma educação pública de qualidade que possibilite uma transformação social, no
sentido mais amplo da palavra (cidadania plena, emancipação,etc) .
Sabe-se que a escola pública, via de regra, não consegue preparar os alunos
para enfrentar os desafios do século XXI. A esperança de uma educação
transformadora para a população desprivilegiada do Brasil é algo que encontra-se
no campo da utopia (as pesquisas provam que foi ampliado o acesso a escola,
porém a qualidade é bastante questionável. Será que ocorreu uma verdadeira
democratização do ensino no Brasil?). Vivendo as políticas neoliberais adotadas
pelo país após a década de noventa, percebe-se que os investimentos urgentes no
campo social como um todo não estão sendo realizados. O Brasil está cumprindo a
sua receita ortodoxa econômica / financeira, mas as mudanças estruturais que
possibilitarão um desenvolvimento pleno ainda estão por vir.
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RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA
As relações de trabalho na escola estão pautadas no diálogo franco e aberto,
sendo que esta prática é mais educativa e produtiva do que qualquer outro
procedimento.
Esse tratamento utilizado visa superar o preconceito, as diferenças sociais,
valorizando o direito de cidadania a todos.
Percebe-se que em todas as relações do trabalho escolar a comunicação é
condição indispensável para efetivar qualquer relacionamento. Neste sentido, a
liberdade de expressão é fundamental para o desenvolvimento desta, bem como do
trabalho criativo.
Saber ouvir é outro ponto importante. Todos devem estar atentos,
principalmente os professores e administradores, por apresentarem maiores
habilidades no conteúdo de comunicação, em especial na fala, devendo portanto
tomar cuidado para não impor suas ideias e sim valorizar o que os outros tem a
contribuir, sobretudo, os alunos.
Outro fator importante é conhecer a comunidade em que a escola está
inserida, pois só desta forma é possível atingir os objetivos pretendidos . Para tanto
é imprescindível manter constantemente em comunicação com ela.
Com relação a tomada de decisão estas são mais efetivas quando são
tomadas coletivamente. No desenvolvimento das atividades diárias, todos tem
funções específicas e portanto, são solicitados a desempenhá-las da melhor forma
possível.
Contradições e conflitos presentes na prática docente
O relacionamento professor-aluno deve estar inserido num processo
dialógico, porém a falta deste implica frequentemente como um dos fatores básicos
que levam ao fracasso escolar e, portanto, da própria escola.
Muitas vezes a causa das dificuldades de aprendizagem devem-se a
problemas de relacionamento entre professor e aluno, falta de clareza na exposição
de ideias, ouvir de forma receptiva, inadequação da metodologia a ser aplicada,
resistência a mudanças que presencia num mundo globalizado.
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Outro fator que interfere no processo de aprendizagem, diz respeito aos
materiais de apoio fornecidos pela entidade mantenedora. São exemplos: Os livros
didáticos, que muitas vezes não vem ao encontro da escolha do professor e não
estão adequados a realidade da clientela, bem como a proposta curricular. O
computador como recurso eficiente à busca de informações ( web, CD – ROMS,
banco de dados, ...) vem mostrando-se eficientes na ação pedagógica, pois o
acesso a esse instrumento ( capacitação, laboratórios) não estão sendo garantidos
qualitativamente pela mantenedora.
Outra dificuldade refere-se a formação profissional, tão importante para que a
educação dê um salto de qualidade. Ela deve ser pensada de forma que o educador
adquira simultaneamente habilidades e competências técnico-pedagógicas, como:
• Habilidades didáticas com a turma (manejo de turma), metodologia adequada a
faixa etária dos alunos e realidade social.
• Aperfeiçoamento profissional no tocante ao desenvolvimento humano.
No cenário da educação estas relações precisam ser fortalecidas mediante
encontros, discussões, reuniões ,... refletir sobre a ação educativa, entender o
significado do currículo que se desenvolve e que mudanças se fazem necessárias,
ainda são grandes conflitos no interior do estabelecimento.
Sendo que o caminho para minimizar os conflitos e contradições do espaço
escolar está vinculado a trabalhar com comprometimento profissional, domínio de
metodologia, melhoria das relações interpessoais, diminuição da jornada de
trabalho.
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OBJETIVOS DO COLÉGIO
O objetivo principal no desenvolvimento do trabalho escolar é o
aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética, o
desenvolvimento da autonomia intelectual do pensamento crítico, lugar privilegiado
no sentido de proporcionar uma formação para a democracia, bem como a
preparação básica para que o aluno seja capaz de adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posterior.
No ensino fundamental o principal objetivo é desenvolver a capacidade de
aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, escrita e do cálculo,
além de desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento de atitudes e valores. Sendo assim o objetivo da educação básica é
promover o desenvolvimento pessoal do aluno tornando-o capaz de tomar decisões
e intervir socialmente ao longo de sua vida, resultando assim em um sujeito crítico,
capaz de solucionar problemas e tomar decisões.
Garantir às classes populares o acesso ao saber sistematizado, dando-lhes
condições de apropriar-se dos conhecimentos científicos, mediados pela realidade,
podendo impulsionar ações e organizações que permitam a busca por uma
sociedade mais igualitária, sendo que os valores básicos que norteiam a gestão, a
prática pedagógica e didática, a organização curricular do nosso Colégio, conforme
o parecer 15/98, da Resolução 03/98-CEB/CNE e a Resolução n.º 3492/98, são:
sensibilidade, igualdade e identidade.
A estética da sensibilidade: estimula a criatividade, o espírito inventivo, a
curiosidade pelo inusitado, a afetividade, valorizando a leveza, a delicadeza e a
sutileza, pelo reconhecimento e valorização da diversidade da cultura brasileira. A
estética da sensibilidade educa pessoas para saberem transformar o uso do tempo
livre num exercício produtivo. À valorização da qualidade e a busca do
aprimoramento permanente, a estética associa-se ao prazer de fazer bem feito e a
insatisfação com o razoável. A estética da sensibilidade, é uma atitude diante de
todas as formas de expressão, não excluindo outras estéticas.
Política da igualdade: é o reconhecimento dos direitos humanos e o
exercício dos direitos e deveres da cidadania, “direito à saúde, educação, emprego e
outros benefícios e no combate a todas as formas de preconceito e discriminação. A
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política da igualdade, se traduz pela compreensão e respeito ao estado de direito e
seus princípios constitutivos na Constituição, fortalecendo uma forma
contemporânea de lidar com o público e o privado. O respeito ao bem comum com
protagonismo, se constitui uma das finalidades mais importantes da política da
igualdade e se expressa por condutas de participação e solidariedade, respeito e
senso de responsabilidade, pelo outro e pelo público. A política da igualdade deve
ser praticada na garantia de igualdade de oportunidades e de diversidade de
tratamentos dos alunos e dos professores para aprender a aprender a ensinar os
conteúdos curriculares”.
A ética da identidade: essa ética se constitui, educar é reconhecer a
identidade própria e do outro, é um processo de construção de ambas as
identidades.
Além disso pretendemos resgatar a intencionalidade da ação educativa,
superando o caráter fragmentado das práticas no interior do colégio, fortalecendo
toda a comunidade escolar para enfrentar conflitos e contradições, gerando assim
esperança, solidariedade e parceria.
Portanto, os objetivos de formação no nível do Ensino Médio priorizam a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico. O que se deseja é que os alunos desenvolvam objetivos básicos que lhes
permitam desenvolver a capacidade de continuar aprendendo para o exercício de
sua cidadania. Conforme cita Angel Pino que “a apropriação do conhecimento,
por ser constitutiva da condição humana, é um direito humano fundamental e,
por isso mesmo, uma exigência da cidadania.”
23
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 expressando o princípio
constitucional de Gestão Democrática do ensino publico, atribui como uma das
primeiras incumbências da escola, a responsabilidade de elaborar e executar a
Proposta Pedagógica estabelecendo, como princípio da gestão democrática, a
autonomia e participação.
A construção da gestão democrática exige o reconhecimento de que é pôr
meio da prática pedagógica cotidiana das escolas que se expressa a política
educacional, deve ser resultante da participação da comunidade escolar nas
discussões que subsidiam a sua elaboração pelo fato de que a escola existe para a
comunidade, é a garantia da participação de todos os segmentos nas decisões e
encaminhamentos, em que a escola deve ser sensível às demandas e anseios da
comunidade. Para isso, deve buscar meios de participação, em que cada grupo
possa expressar suas idéias e necessidades, sendo um espaço público de
construção e vivência da cidadania. Portanto a escola é o espaço onde se tem a
democracia como estilo de trabalho no âmbito de todos os contextos da vida
escolar, assumindo-se a escola como uma comunidade onde se observam os
princípios de igualdade, justiça, participação. Sendo assim a Gestão Democrática
é um processo político através do quais decisões são tomadas no dia a dia da
escola, encaminhamentos são definidos, ações são executadas, acompanhadas e
avaliadas de maneira coletiva, contando com todas as pessoas que participam da
vida escolar. É de suma importância a participação efetiva do maior número possível
de pessoas de todos os segmentos da comunidade escolar; o respeito e a garantia
de implementação da vontade da maioria; garantia do pleno acesso às informações
a todas as pessoas da escola (professores, funcionários, alunos e familiares).Por
esta razão AZANHA afirma “a existência de uma Proposta Pedagógica
produzida coletivamente e assumida como a diretriz que pauta as atividades
desenvolvidas por todos os segmentos da escola pode-se dizer que é
condição básica para a autonomia escolar.”
Queremos uma sociedade mais humana, igualitária, em que haja distribuição
de renda mais digna, com acesso à educação, saúde, lazer e moradia. A gestão
democrática é o melhor caminho para se articular o trabalho realizado no Colégio
24
com o processo de democratização da sociedade, só se efetivará se houver
compromisso de todos, que norteiam o sucesso educativo. Concluem os
professores, como também concordam nas discussões da reelaboração do Projeto
Político Pedagógico, que a escola deve ser espaço não só de participação, mas
também de formação da comunidade escolar, e para isso, é necessário assessoria
sistemática, garantida pela mantenedora (SEED), a qual deve garantir espaços
físicos, recursos humanos, materiais e manutenção do colégio, para que se garanta
uma participação efetiva de todos.
Para que se efetive a pedagogia da qualidade e de acordo com os princípios
estéticos, políticos e éticos da LDB, sistematizados anteriormente, as escolas de
Ensino Fundamental e Médio observam, na gestão, na organização curricular e na
prática pedagógica e didática as seguintes diretrizes que são os Princípios
Pedagógicos: identidade, diversidade e autonomia.
A produção da existência humana realiza-se também pela via da objetividade
e da especificidade na apropriação dos elementos culturais que se materializam nos
conhecimentos científicos. Esta especificidade é garantida pela escola enquanto
instituição social, responsável pela socialização dos conhecimentos científicos,
historicamente construídos. Para que possamos oferecer aos nossos jovens uma
prática em sala de aula a qual garanta uma pedagogia com qualidade, nosso
Colégio se articula no processo educacional, para desenvolver com a participação
dos professores e da comunidade, alternativas próprias, visando, sobre tudo ofertar
uma qualidade de ensino, cuja forma metodológica será dentro do possível a
interdisciplinariedade visando uma educação de qualidade, um aluno crítico,
participativo.
A identidade supõe uma inserção no meio social que leva à definição de
vocações próprias, que se diversificam ao incorporar as necessidades locais e as
características dos alunos e a participação dos professores e das famílias no
desenho institucional considerado adequado para cada escola. É necessário que as
escolas tenham identidade como instituições de educação de jovens e que essa
identidade seja diversificada em função das características do meio social e da
clientela.
A diversificação deverá se efetivar por um sistema de avaliação que permita o
acompanhamento dos resultados, tomando como referência às competências
25
básicas a serem alcançadas pelos alunos, conforme a LDB e algumas diretrizes.
A diversidade reconhece que para alcançar a igualdade, não bastam
oportunidades iguais. É necessário também tratamento diferenciado. Dessa forma, a
diversidade é necessária para contemplar as desigualdades nos pontos de partida
dos alunos, que requer diferenças de tratamento como forma mais eficaz de garantir
a todos um patamar comum nos pontos de chegada.
O presente Projeto Político Pedagógico é também a forma pelo qual a
autonomia se exerce. Os educadores deste estabelecimento concordam que a sua
eficácia depende de conseguir pôr em prática um processo permanente de
mobilização para alcançar objetivos compartilhados. Mas a autonomia também
depende da qualificação permanente dos educadores e também dos funcionários
como um todo.
A interdisciplinariedade está se manifestando nesse momento como
contínua busca de novas ideias de novos conceitos que servem como impulso para
nossas ações, mesmo não sendo recente está se manifestando neste momento
histórico, pela tomada de consciência de que, cada vez mais, se percebe a
fragmentação dos conteúdos em todas as escolas do país. Encontramo-nos
despreparados para enfrentar os problemas globais que envolvem o processo
ensino - aprendizagem. A proposta de interdisciplinariedade exige uma postura
criativa e ousada, é uma concepção baseada na interdependência entre as diversas
áreas do conhecimento, é necessário que a especificidade de cada conteúdo seja
garantida e, ao mesmo tempo, integrará num todo harmonioso, significativo e
contextualizado. É necessário garantir que a visão do todo não se perca, quanto
mais se avança em relação à apropriação do conhecimento mais se deve ter uma
visão globalizada.
É necessário que o profissional da educação adote uma atitude
interdisciplinar, para isto é preciso ver o todo, ao se estabelecer relações é possível
analisar, entender e explicar fenômenos passados e presentes.
A interdisciplinariedade pode ser também compreendida se considerarmos a
relação entre o pensamento e a linguagem, descoberta pelo estudo interacionista do
desenvolvimento e da aprendizagem, fica mais compreensível quando se considera
que todo o conhecimento mantém um diálogo permanente com outros
conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de
26
complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos não
distinguidos. Portanto é importante para que os alunos aprendam a olhar o mesmo
objeto sob perspectivas diferentes isto é de forma interdisciplinar.
Para que se efetive a construção do conhecimento e a relação entre
aprendizagem e desenvolvimento pela comunidade escolar, tanto do professor
quanto do aluno, funcionário e pais diante de uma atitude interdisciplinar, viabilizada
pela “curiosidade cientifica”, de forma: dinâmica; criativa; crítica; espontânea;
comprometida; autônoma, contextualizada; investigativa; prazerosa; desafiadora;
original e lúdica, é que se dá a apropriação do conhecimento.
A contextualização é uma estratégia fundamental para construção de
significações. Contextualizar o ensino significa incorporar vivências concretas e
diversificadas, incorporar o aprendizado em novas vivências vinculadas à realidade,
levado a compreender a relevância e aplicar o conhecimento para entender os fatos,
tendências, fenômenos, processos que o cercam. O conteúdo que se quer aprender,
significará assumir que todo conhecimento envolve uma relação entre o sujeito e o
objeto, enfocando o contexto do trabalho, da cidadania, etc.
Um novo perfil de sociedade e de profissionais está se delineando como
consequência do impacto da tecnologia da informação que atingiu a todos nós.
Temos consciência que é preciso entrar na era do conhecimento e da
digitalidade para poder acompanhar o mundo moderno. É preciso reconhecer a
informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de
contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento,
nas diversas áreas. A perspectiva é de uma aprendizagem permanente, de
formação continuada, considerando como elemento central dessa formação a
construção da cidadania em função dos processos sociais que se modificam.
Portanto é necessário rever a nossa prática educacional, resignificar os
conteúdos, estratégias, a organização da sala de aula, da escola, a relevância dos
temas abordados, os recursos didáticos adotados, esta é a grande tarefa de todos
nós educadores em desenvolver tais qualidades estratégicas para que a
apropriação dos conteúdos se efetive pelo aluno.
Concluímos coletivamente , após estudos e discussões o Projeto Político
Pedagógico que é a própria escola que exerce a sua autonomia em busca do saber,
transformando-o em matéria-prima e adequando-o às condições reais de seus
27
alunos. Contribuindo assim para a formação dos alunos. Portanto quanto mais se
avança em relação à apropriação do conhecimento mais se tem uma visão
globalizada.
28
CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES
O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as
concepções que o nortearão: de sociedade, homem, educação/escola,
cultura/multiculturalismo, ciência, tecnologia, ensino/aprendizagem e avaliação. Os
conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo da escola, definidos em
reuniões e pesquisados nas teorias contemporâneas e progressistas, relativas aos
pressupostos.
SOCIEDADE
Deseja-se uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todos os cidadãos
sejam respeitados. A construção da cidadania envolve um processo ideológico de
formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em
termos de direitos e deveres. A realização se faz através de lutas contra as
discriminações, da abolição de barreiras segregativas entre indivíduos e contra as
opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas
condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas
de decisões.
Segundo Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não
pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o
desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais,
mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
HOMEM
Considerando o homem um ser social ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade.
Para que o mundo e a sociedade melhorem, precisamos de homens
conscientes de seu poder de decisão e ação no mundo, que se percebam enquanto
sujeitos e objetos, inseridos numa cultura e sociedade das quais herda valores e
problemas, mas que pode e deve ser transformada por força de vontade e trabalho
material e imaterial.
29
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaça dialeticamente e é nesta
dimensão que está posto a formação do homem. Considerando o homem um ser
social ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações
familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo
assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
EDUCAÇÃO/ESCOLA
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. O trabalho é uma
atividade que está “na base de todas as relações humanas, condicionando e
determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional que envolve forma de
organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida”. (Andery, 1998,
p.13).
O homem para produzir artefatos para atender as suas necessidades ao
longo da história da humanidade, cria também o mundo das idéias, da cultura, das
artes e dos valores. Cria, portanto, objetos materiais e não materiais. A educação
está entre as criações não materiais da qual se utiliza para transmitir o acervo de
conhecimentos acumulados.
Tanto Saviani como Paulo Freire em várias de suas obras nos apresenta a
educação como imprescindível à emancipação humana. Vigotsky vai mais longe
designando a educação fator de humanização, segundo ele, só pode designar-se
humano aquele que participa e compreende a vida de seu tempo.
A escola não é, apenas aquilo que a lei lhe impões. Ela é muito mais o
produto das práticas diárias de seus professores, alunos, funcionários e pais e das
relações que estabelece com o todo social. É por isso que acreditamos que importa
muito mais, para o nosso trabalho, aquilo que queremos e podemos construir nas
nossas escolas.
A escola é uma produção de cultura, de conhecimento, e como tal ela
interfere decisivamente na história cultural da sociedade. Ora, isso é completamente
diferente das posições dos que entendem a escola como uma instituição sem força,
reduzida à tarefa de transmissão de um conhecimento produzido fora dela.
Concordamos com Antônio Nóvoa, quando afirma que não é mais possível ignorar o
30
trabalho interno de produção de uma cultura escolar, que estará sempre se
relacionando como conjunto das culturas em conflito numa dada sociedade. A
escola possui especificidades que, para ele, não podem ser olhadas apenas pelo
prisma das determinações do mundo exterior.
A escola tem certa liberdade de manobra na organização de sua prática
pedagógica e, ao mesmo tempo, tem um movimento de intervenção cultural na
sociedade. Obviamente, há interesses conflituosos no campo da educação escolar
que geram práticas políticas opostas em seu interior e nas suas relações com a
totalidade social. São conflitos de interesses econômicos, sociais e culturais. No
entanto, faz-se necessário uma escola que assuma sua tarefa política de participar
da construção histórica de uma sociedade igualitária, justa, solidária e fraterna, sem
dominação de classe, de gênero, de raça ou de etnia.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A ciência e tecnologia faz parte hoje de nossas vidas, porém precisamos
saber para onde navegamos e onde queremos chegar. Os conhecimentos e
instrumentos produzidos pelo conhecimento humano devem estar direcionados para
melhoria de qualidade de vida planeta para a construção de uma sociedade mais
justa.
A escola tem a função social de garantir o acesso aos saberes científicos
produzidos pela humanidade. A ciência merece lugar destacado no ensino como
meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento dos estudantes, permite-lhes
o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam
e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e
transformá-lo. Para Grispun, é importante lembrar que:
“Somos educadores que procuram caminhar na estrada solidária do conhecimento, da afeição. Busco, como bandeirante, encontrar não nas grandes vias, mas nos pequenos atalhos, as grandes pedras preciosas da construção de um novo tempo marcado pelo avanço da ciência e da tecnologia, dos novos interesses do homem, com seus desejos, emoções e paixões. (Grispun, 1994, p.27)”.
31
TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
A escola está inserida em um contexto complexo de relações. Promover
mudanças na escola, a partir da introdução das tecnologias, depende de uma série
de fatores, que ultrapassam a pura aquisição de equipamentos ou a capacitação dos
professores. É preciso que toda a comunidade (gestores, pais) acredite que é
necessária a mudança, participe na sua implementação, conheça todo o potencial
que as tecnologias podem trazer para a melhoria da qualidade da aprendizagem dos
alunos.
Transformar a escola em um espaço de aprender a aprender passou a ser
um dos grandes desafios para a educação desse novo século. Para isso, urge
repensar nos modelos pedagógicos até então utilizados e acreditar em novos
métodos com a integração das várias tecnologias. O foco concentrasse, porém, mais
na formação dos alunos diante das necessidades da sociedade atual do que na
própria tecnologia. Isso porque tecnologia sozinha não garante a aprendizagem e
não opera mudanças na educação.
A integração entre tecnologias, linguagem e representações tem papel
preponderante na formação de pessoas melhor qualificadas para o convívio e a
atuação na sociedade, conscientes de seus compromissos para com as
transformações de seu contexto, a valorização humana e a expressão da
criatividade.
O ponto de partida deste processo é o organizador da atividade escolar: o
professor. O processo de incorporação das tecnologias no trabalho do professor
deve ser efetivado em fases. Inicialmente, o professor necessita ter contato com as
tecnologias de uma forma voltada fortemente para o seu cotidiano. Este é um pré-
requisito para que o processo de incorporação das tecnologias se dê efetivamente,
caso contrário, o processo será artificial e superficial, onde o professor se limitará a
apenas alguns recursos para desenvolver algumas habilidades ou reforçar
conteúdos.
Nenhuma intervenção pedagógica harmonizada com a modernidade e os
processos de mudanças que estão implícitos será eficaz sem a colaboração
consciente do professor e sua participação na promoção da emancipação social.
32
O professor deverá firmar um novo compromisso com a pesquisa, com a
elaboração própria, com o desenvolvimento da crítica e da criatividade, superando a
cópia, o mero ensino e a mera aprendizagem.
Podemos começar por formas de utilização das novas tecnologias mais
simples e ir assumindo atividades mais complexas. Experimentar, avaliar e
experimentar novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e
necessárias.
Caminhamos para uma flexibilização forte de cursos, tempos, espaços,
gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, avaliação. Isso nos obriga a
experimentar pessoal e institucionalmente a integração de tecnologias audiovisuais,
telemáticas (Internet) e impressas.
Vivemos uma época de grandes desafios no ensino focado na
aprendizagem. Vale a pena pesquisar novos caminhos de integração do humano e
do tecnológico; do sensorial, emocional, racional e do ético; do presencial e do
virtual; de integração da escola, do trabalho e da vida.
Em nosso colégio, utilizamos algumas tecnologias como: vídeo-cassete,
televisão, aparelho de som, retroprojetor, computador, livros diversos, apostilas,
lousa, giz, cartazes, entre outras, sempre buscando acompanhar as tendências e
disponibilidades de recursos que estão ao nosso alcance. A direção, equipe
pedagógica e professores estão abertos as novas tecnologias que serão
disponibilizadas aos mesmos, utilizando-as da melhor maneira possível,
introduzindo-as através das diversas disciplinas e em projetos que serão
desenvolvidos no decorrer dos anos.
33
EDUCAÇÃO FISCAL
A missão da Educação Fiscal é estimular a mudança de valores, crenças e culturas
do indivíduo, na perspectiva da formação de um ser humano integral, como meio de
possibilitar o pleno exercício de cidadania e propiciar a transformação.
Nesse início de século, a principal característica é a velocidade das
mudanças que ocorrem em todas as áreas: sociais, econômicas, científicas,
tecnológicas, culturais, institucionais e do capital humano.
Podemos identificar alguns fenômenos mundiais responsáveis pela
aceleração dessas transformações profundas na economia e na sociedade:
globalização, abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência
ecológica, reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania.
Ressalte-se o papel estratégico que desempenham o fator humano e a
tecnologia nesse processo de desenvolvimento no mundo globalizado. É primordial
ao êxito de qualquer empreendimento a capacidade de produzir bens cada vez mais
sofisticados, que atendam as exigências do consumidor e, a custos competitivos.
Cada vez mais está evidente que a mola propulsora do mundo é o conhecimento.
A Educação Fiscal deve ser compreendida como uma abordagem didático-
pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos
gastos públicos de modo a estimular o contribuinte a garantir a arrecadação e o
acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados em benefício da
sociedade, com justiça, transparência, honestidade e eficiência, minimizando o
conflito de relação entre o cidadão contribuinte e o Estado arrecadador.
A Educação Fiscal deve tratar da compreensão do estado, suas origens,
seus propósitos de controle da sociedade sobre o gasto público, uma vez que a
participação social só ocorre no ambiente democrático.
O direito à educação desempenha historicamente a função de ponte entre os
direitos políticos e os direitos sociais: o alcance de um nível mínimo de
escolarização torna-se um direito-dever intimamente ligado ao exercício da
cidadania política.
34
CULTURA E MULTICULTURALISMO
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani, “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os
meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura”. (1992, p.19).
Estar consciente da pluralidade cultural é reconhecer, respeitar e ter um
“outro olhar” sobre as diferenças, valorizando-as sejam eles étnicos ou culturais. No
entanto nas discussões sobre multiculturalismo percebemos a importância de estar
enfocando um tema tão complexo e essencial, por estarmos inseridos numa
sociedade capitalista, na qual a grande maioria fica de fora das decisões sócio-
econômica e política.
Nesta perspectiva, torna-se necessário empreender um esforço coletivo para
vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública
que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento de
transformação social. Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura
popular e erudita cabe a escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer
dela um espaço motivador, aberto e democrático.
35
ENSINO-APRENDIZAGEM
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná estão apoiadas na
Psicologia Social de Vigostsky, no Sócio-Interacionismo e na Pedagogia Histórico-
Crítica. Conforme estas concepções o conhecimento é mediado pelo social.
O ensino é o processo através do qual o saber é sistematizado e transmitido
ao aluno, realiza a mediação do saber difuso, parcial, desarticulado do educando e o
saber científico.
A aprendizagem é o processo de organização do conhecimento pelo aluno e
a incorporação/assimilação de conhecimentos à sua prática social.
O ensino não é apenas uma atividade técnica e profissional. Na medida em
que deve favorecer o desenvolvimento social e ético dos alunos, pressupõe também
uma ação moral. A função do professor não se restringe a aplicar seus
conhecimentos para promover as aprendizagens de seus alunos, ou a cumprir as
normas estabelecidas pela administração educativa correspondente, ele deve ser
capaz de compreender a situação de seus alunos e de ajudá-los a obter progressos.
Para isso, o professor precisa pôr em prática seus conhecimentos, assim como sua
capacidade de se relacionar e sua sensibilidade para os outros.
36
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A participação do cidadão e o exercício de sua cidadania no campo
educacional e, mais especialmente, na gestão da escola, estão ligados a um
processo mais amplo de extensão da cidadania social à cidadania educacional. A
cultura democrática cria-se com a prática democrática. Os princípios e as regras
dessa prática, embora ligados à natureza universal dos valores democráticos, têm
uma especificidade intrínseca à natureza da escola e ao projeto pedagógico de cada
escola, a qual não é democrática só por sua prática administrativa, ela torna-se
democrática por toda sua ação pedagógica essencialmente educativa.
A escola precisa ser concebida não mais como organização burocrática,
mas como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção,
professores, alunos e comunidade, onde todos os envolvidos são considerados
cidadãos e atores participantes de um processo coletivo de fazer educação.
Participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos
demais seguimentos que fazem parte do contexto escolar. Há dois sentidos de
participação articulados entre si. No primeiro sentido, a participação é ingrediente
dos próprios objetivos da escola e da educação. A escola é lugar de aprender
conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, ética,
estéticas. Mas é também lugar de formação de competências para a participação na
vida social, econômica e cultural. No segundo sentido, por meio de canais de
participação da comunidade, a escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e
separado da realidade, para conquistar o status de uma comunidade educativa que
interage com a sociedade civil. Vivendo a prática da participação nos órgãos
deliberativos da escola, os pais, os professores, os alunos, vão aprendendo a sentir-
se responsáveis pelas decisões que afetam num âmbito mais amplo da sociedade.
Alguns princípios básicos da organização e gestão democrática:
- Autonomia das escolas e da comunidade;
• Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da
equipe escolar;
• Envolvimento da comunidade no processo escolar;
• Planejamento das tarefas;
37
• A formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional
dos integrantes da comunidade escolar;
• O processo de tomada de decisões deve basear-se em informações
concretas, analisando cada problema em seus múltiplos aspectos e na ampla
democratização das informações;
• Avaliação compartilhada;
• Relações humanas produtivas e criativas na busca de objetivos
comuns.
38
CONCEPÇÃO CURRICULAR
Na acepção mais clássica o currículo é o programa das atividades planejadas,
devidamente sequenciadas, ordenadas metodologicamente com vistas a resultados
pretendidos de aprendizagem.
Trata-se de um guia útil para orientar a prática pedagógica, proporcionando
informações concretas sobre o que ensinar e como e quando avaliar. Dentro de uma
perspectiva mais atual, o currículo proporciona também valores para que os alunos
melhorem a sociedade em que vivem.
Em discussões mais aprofundadas considerou-se superada a noção de
currículo que resume a objetivos, conteúdos, métodos e avaliação para o
desenvolvimento de saberes escolares. Esta é uma concepção reducionista de
currículo, que contradiz a pretenção de formação de um aluno crítico e
transformador da realidade social. É fundamental pensar o currículo de maneira
mais ampla, refletindo sobre a seleção que não é neutra dos conteúdos, métodos e
objetivos, buscando a construção de uma identidade própria do Estabelecimento de
Ensino.
Desta forma, o currículo deve levar em conta as reais condições nas quais
vai se concretizar: as condições do professor, dos alunos, do ambiente escolar, da
comunidade e das características materiais didáticos disponíveis.
Cabe ressaltar que na composição daquilo que é fundamental com relação ao
domínio de conhecimento pelos alunos, é importante a formação mais ampla,
portanto além do conhecimento científico é imprescindível a incorporação de
saberes culturais e sociais.
Neste sentido o currículo escolar abordará o conhecimento científico, de arte,
filosófico e sociológico.
No passado a abordagem curricular predominava o conhecimento científico
com vistas ao ingresso no mundo do trabalho. Percebe-se que há necessidade de
uma formação cultural humana mais ampla, portanto é indispensável uma reflexão e
uma abordagem histórica do conhecimento, bem como a Arte enquanto necessária à
formação de um sujeito criativo, visto que a mesma represente aspectos da
totalidade da realidade social.
39
Organização curricular
A estrutura curricular proposta é a disciplinar, dando ênfase a base histórica
das disciplinas, ou seja, como foram constituídos os saberes, que interesses
serviram ou ainda servem no contexto histórico de sua constituição e de sua
resinificação.
A interdisciplinariedade é construída a partir das disciplinas, da articulação
dos conceitos e metodologias que possibilitarão o processo investigativo de
determinado conteúdo escolar.
“Importa, entretanto, que não se percam os referenciais das ciências básicas, de modo que os conceitos possam ser relacionados interdisciplinarmente, mas também no interior de cada disciplina. O estudo das ciências humanas sociais em articulação com as ciências da Natureza e Matemática, e das Linguagens podem contribuir para a compreensão do processo histórico – social da reprodução do conhecimento.” (FRIGOTTO, GAUDÊNCIO. Ano 2005 p. 121).
Outro aspecto a ressaltar é com relação a contextualização, pois a relação
teoria e prática contribui na construção do conhecimento, porém o professor deve ter
cuidado para não empobrecer esta construção limitada somente a vivência do aluno.
De acordo com o artigo 26 da lei n.º 9 394/96, “os currículos do ensino
fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada
em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar por uma parte diversificada,
exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela”.
No parágrafo 1º do artigo 26, a lei estabelece que “os currículos (...) devem
abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa, o conhecimento do
mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil”.
Tal dispositivo, na prática, sugere como base nacional comum as disciplinas
tradicionalmente consideradas como necessárias e obrigatórias para a formação
geral do cidadão. São elas:
- Língua Portuguesa, incluindo literatura;
- Matemática;
- Ciências físicas, químicas e biológicas;
- História;
- Geografia.
Cumpre ressaltar que as duas últimas se destinam, conforme a Lei, ao
40
conhecimento da realidade social e política. Portanto, tanto a História quanto a
Geografia devem priorizar os aspectos sociais e políticos da sociedade,
especialmente da sociedade brasileira.
A Lei dedica um parágrafo especial (art. 26, § 4º) ao ensino da História do
Brasil, que deverá “levar em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e
europeia”.
Entretanto, a base nacional comum vai além das disciplinas citadas, incluindo
mais quatro:
- O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos
níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos.
- A educação física é componente curricular da educação básica, ajustando-se às
faixas etárias e às condições da escola.
- O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais da escola de ensino fundamental.
Quanto a parte diversificada a matriz curricular deste estabelecimento
apresenta as seguintes disciplinas:
- Língua estrangeira moderna (inglês), obrigatória, a partir da quinta série, e
ofertada dentro das possibilidades da instituição.
O mais indicado seria a oferta de diversas línguas estrangeiras modernas,
para que cada aluno pudesse optar pelo estudo daquela que fosse mais do seu
agrado ou atender mais aos seus interesses. Porém não tem-se estrutura para tal
proposta.
A presença da Filosofia no Currículo do Ensino Médio é indispensável à
elaboração de referências que permitem a articulação entre os conhecimentos, a
cultura, as linguagens e a experiência dos alunos.
Cabe a esta disciplina esclarecer e contribuir na formação do aluno.
Seu ensino possibilita o pensamento crítico, o desenvolvimento da
capacidade dos alunos em formular questões e objeções de maneira organizada.
Sem dúvida, a prática de intrigar os alunos, provocá-los a discussões são
mecanismos que influenciam na produção do saber. Na exposição das aulas, a
teoria e a prática é sempre um procedimento necessário para reflexões e
41
aprofundamento do saber.
Neste sentido, o ensino de Filosofia do Colégio Estadual Fazenda Velha
possui grande valor formativo na vivência educativa do aluno.
Já o ensino de sociologia é uma das formas de pensamento moderno que
visa contextualizar fatos históricos, econômicos, políticos e culturais.
Esta disciplina possibilita aos alunos compreender as diferentes forma de
organização social percebendo assim, seus valores, regras e normas, tornando seu
meio mais integrado e de maneira mais formal.
Quanto aos profissionais desta área, buscam ministrar suas aulas, vinculando
temas como: a cultura, o trabalho, entre outros que mostram os processos
históricos, avanços e formas sociais que se manifestam nos diferentes contextos.
Também discussões, debates, leituras de textos e levantamento de
questionamentos nas aulas, são mecanismos fundamentais à formação crítica dos
alunos.
Neste sentido, o Colégio entende que, em linhas gerais, a aplicação de temas
sociológicos contribuem significativamente na formação de conceitos, na busca da
consolidação de direitos, de questionamentos sobre a vida política e de
possibilidades de mudanças no meio social em que os alunos estão inseridos.
42
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Partindo da premissa de que a avaliação escolar representa uma tomada de
decisão acerca de resultados expressos na prática pedagógica, portanto tais
decisões não são neutras, pois ocorrem em situações concretas, de acordo com
critérios estabelecidos. E estes podem estar a serviço ou contra a transformação
social, visto que está articulada com uma concepção de homem, de sociedade, de
mundo e de ensino.
É sabido que avaliação ao longo dos anos tem sido adotada como uma
prática meramente de controle e classificação, com um caráter essencialmente
burocrático (notas, conceitos, preenchimento do diário de classe, etc), ou seja, é
vista somente no processo final da ação educativa, entendendo o fracasso do aluno
como culpa exclusiva do mesmo e seus erros como falta de inteligência. Este
conceito de avaliação estanca o caráter de continuidade do processo do
conhecimento, não propiciando a busca de soluções, bem como a obtenção do
domínio dos conhecimentos ainda não assimilados pelo aluno.
Discordamos da avaliação dentro desta visão, porém não temos a ilusão de
que conseguiremos superar e mudar qualitativamente este processo, pois sabemos
que a avaliação faz parte do processo pedagógico como um todo e, portanto há
necessidade de transformação na qualidade do processo político pedagógico mais
amplamente , inclusive nas condições concretas de trabalho.
Todavia, apesar do caráter de controle da avaliação escolar, buscamos tal
superação e identificamos o papel que a mesma possui enquanto uma forma de
propiciar uma reflexão acerca de nossa prática pedagógica, revendo e avaliando
nossa ação didático-pedagógica, sendo este um processo permanente de ação e
reflexão.
“A prática pedagógica, como prática social que é, concretiza-se de modo contraditório e dinâmico; Só artificialmente podemos separar conteúdo de método, processo de aprender de método de ensinar e avaliar, construção de conhecimento de aquisição de informações. Na pratica pedagógica esses pólos são indissociável, não dicotômicos”. KRAMER, Sonia, 1988, p.18).
Neste sentido a avaliação é transformar mero em reflexão e a partir daí, em
mudanças didático-pedagógicas. Isto é, no ato da avaliação, educador e educando
precisam aprender sobre si mesmo, sobre a realidade escolar e extra-escolar e se
43
debruçar, sobre as contradições das experiências historicamente vividas para
transformar a nossa realidade educacional.
Para o professor a avaliação subsidia com dados que proporcionam a
percepção das necessidades dos alunos, bem como, a busca de formas de superá-
las.
Desta forma, é imprescindível, que todos os educadores compartilhem dos
mesmos objetivos, posturas, pois as ações humanas não são atos isolados, visto
que uma prática desintegrada apenas serve para perpetuar a fragmentação social.
Daí, o caráter político da avaliação e a necessidade de que a mesma seja
encarada enquanto diagnóstica, contínua, cumulativa e processual.
Esta postura representa um acompanhamento ao longo do processo,
possibilitando saber o que o aluno já aprendeu e possibilitando também ao professor
interferir com metodologias e instrumentos diversificados com objetivo de sanar
dificuldades ou propiciar melhores condições de aprendizagem aos alunos, pois os
mesmos não aprendem da mesma forma, bem como ao mesmo tempo. Este
acompanhamento será tão mais eficiente quanto maior for o tempo utilizado para
efetuar as análises, interpretações, pesquisas, produções, discussões e domínios de
conteúdos por parte dos alunos, também para que o professor possa rever sua
prática em função da aprendizagem do aluno.
Se a avaliação tem caráter processual, a recuperação ou acompanhamento
dos estudos também assume este mesmo encaminhamento, porque não seria
coerente perceber-se as dificuldades do aluno num dado momento e deixar para
atendê-lo depois do processo acabado. É fundamental que a defasagem de um
aluno seja detectada o mais rápido possível e não se espere a avaliação final para
proceder às devidas interferências. Para tal é necessário um acompanhamento
sistemático, planejado das atividades diárias realizadas, ampliando a qualidade de
produção de nossos alunos.
Porém, para que ocorra esta sistemática de acompanhamento, dentro de uma visão
emancipatória de avaliação urge algumas modificações imprescindíveis no processo
pedagógico. Trata-se de evitar classes muito numerosas, pois é muito difícil um
trabalho coletivo e de real acompanhamento em tais classes, bem como, dificulta a
relação professor e aluno mais próxima. Sabe-se da importância do vínculo que o
professor estabelece quando acompanha seus alunos nas classes nos anos
44
seguintes, pois a relação é “construída” ao longo dos encontros entre alunos e
professores. Esta seria uma ação pedagógica eminentemente mais humana e mais
eficaz e é isto o que buscamos.
Por outro lado, a avaliação vai além da sala de aula, pois no nosso modo de
pensar a coletividade, todas as ações dos membros da comunidade escolar devem
ser avaliadas, pois avaliar significa estar revendo as ações da escola
permanentemente e tomando decisões que possibilitem a melhoria das condições
de trabalho.
Neste sentido, a família tem uma participação efetiva no processo
pedagógico. Acreditamos que vai além do mero tomar ciência das condições de
aprendizagem do filho (boletim/notas/frequência), também isto, mas participar mais
efetivamente da vida escolar de seu filho, portanto precisamos oportunizar espaços
para que ocorram discussões acerca do processo pedagógico que está sendo
realizado na escola e juntos buscarmos saídas para as dificuldades encontradas no
percurso.
Também salienta que em nosso Estabelecimento de Ensino a avaliação está
em conformidade com o Regimento Escolar em seus artigos 111 à 130, sendo em
regime trimestral
Conforme o Adendo do Regimento Escolar o rendimento escolar exigido pela
escola para aprovação, será 6.0 por disciplina calculado pela média ponderada com
a seguinte fórmula:
M..A..(Média Anual ) = 1º trimestre x2 +2º trimestre x 3+ 3º trimestrex5 = M.A(média
anual)
10
Conforme prevê o artigo 24 da Lei 9394/96 (Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), a escola deve obrigatoriamente oferecer Estudos de Recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo para casos de baixo rendimento.
Baseados na legislação em vigor, estamos proporcionando estudos de
recuperação ao longo do ano escolar, de forma contínua e processual, buscando
solucionar as dificuldades que surgem no trato com os conteúdos, possibilitando ao
aluno o domínio daqueles ainda não assimilados.
Neste sentido a recuperação far-se-á ao longo do processo, sempre que
houver necessidades de retomada dos conteúdos que ainda não foram
45
suficientemente dominados pelos alunos, oportunizando novos instrumentos de
avaliação, favorecendo desta forma a apreensão de determinados conteúdos e
possível melhora no desempenho do aluno.
Tal procedimento deverá ser registrado no livro de chamada do professor.
Em suma a avaliação é um processo permanente que busca eliminar,
discriminações, encaminhando problemas para solução, levando em conta a
aprendizagem, abrangendo todos os aspectos da vida escolar.
Processos de avaliação:
· Classificação
Conforme o Regimento Escolar deste estabelecimento de Ensino (artigos 107
a 112), a classificação é o procedimento que o colégio adota, segundo critérios
próprios, para posicionar o aluno em série, compatível com a idade, experiência e
desempenho adquiridos por meio formais ou informais.
A classificação pode ser realizada:
- Por promoção de alunos com aproveitamento na série anterior na própria escola;
- Por transferência, para candidatos, procedentes de outras escolas do país, ou
do exterior, considerando a classificação na escola de origem;
- Independente da escolarização anterior, mediante avaliação feita na escola, que
defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série adequada.
Ressalta-se que é vedada a classificação para a etapa inferior a
anteriormente cursada.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem e exige
medidas administrativas , tais como:
- Avaliação diagnóstica documentada pelo professor e / ou equipe pedagógica;
- Comunicação ao aluno ou responsável do processo a ser iniciado para obter
deste o respectivo consentimento;
- O resultado do processo deve ser registrado e arquivado (atas, provas, trabalhos
ou outros instrumentos utilizados), devidamente documentado e encaminhado
para a SEED.
46
Promoção
A promoção será feita através do levantamento dos resultados do
aproveitamento escolar e mais a apuração da assiduidade, conforme nos artigos 125
à 130 do Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino. Portanto está
automaticamente aprovado o aluno que apresentar:
• Frequência igual ou superior a 75% e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis).
Está automaticamente reprovado o aluno que apresentar:
• Frequência inferior a 75% com qualquer rendimento escolar;
• Média inferior a 6,0 (seis).
Os resultados das avaliações são expressos numa escala de 0 a 10 e
computados semestralmente através de média ponderada.
47
ATO OPERACIONAL
AÇÕES INTEGRADAS AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A escola necessita ser vista cada vez mais como uma instância de articulação
de projetos pedagógicos partilhados pela direção, equipe pedagógica, professores,
alunos e comunidade, onde todos, exercendo sua cidadania social e educacional, de
forma efetivamente participativa, formarão os pilares na construção de uma gestão
democrática. Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola,
os pais, os professores e os alunos, vão aprendendo a sentir responsáveis pelas
decisões que afetam, num âmbito mais amplo na sociedade.
A grande problemática enfrentada em nossa comunidade escolar é a evasão
escolar, é desmotivação e desinteresse de alguns alunos e falta de
acompanhamento dos pais . Esses problemas, tem gerado desafios para que a
escola possa realizar um trabalho intensivo de resgate da auto-estima e auto-
confiança, para que os mesmos se sintam mais acolhidos pela mesma. Para isso,
buscaremos firmar parcerias com algumas instituições públicas e privadas
(faculdades) de nosso município, bem como o apoio da Secretaria de Estado da
Educação, Núcleo Regional de Educação e igrejas da comunidade, para realização
de palestras, cursos, visitas, buscando resgatar a estima, valorização da vida e do
ser humano. Projetos de socialização através de jogos, gincanas culturais e
esportivas, concursos de poesia, teatro, festivais da canção, dança e outros.
Quanto aos índices de aprovação/reprovação, os alunos de nosso colégio
estão dentro de uma média considerável, porém conscientes da necessidade de
melhorar esse índice, estamos constantemente discutindo diferentes estratégias
metodológicas e avaliativas, a fim de minimizar o percentual de reprovação e
evasão. Essas discussões são realizadas pela direção e equipe pedagógica, no
período destinado à Hora Atividade do Professor, em Reuniões Pedagógicas, Pré-
Conselhos, Conselhos de Classe, entre outros momentos coletivos na escola.
A Formação Continuada, tem sido de vital importância, para refletirmos sobre
temas e estratégias de melhoria, minimizando a problemática que enfrentamos no
dia-a-dia, visando uma prática pedagógica eficiente e democrática.
A História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme prevê a deliberação
48
nº 04/2006 – C.E.E., será aplicada de forma interdisciplinar. Em nosso
Estabelecimento de Ensino, o referido tema, visa a superação do preconceito,
propondo aos educandos a valorização do indivíduo negro, bem como suas origens,
cultura e costumes. Assim como a não discriminação das pessoas com deficiência, a
mulher, os nômades, os sem terra, entre outros, que sofrem severas discriminações
na escola e principalmente na sociedade.
As linhas de ação desta Instituição são desenvolvidas durante o ano letivo
com apresentações de projetos integrados na prática escolar.
Estas atividades visam ampliar os conhecimentos culturais e científicos do
educando bem como incentivá-lo ao exercício da ética, valores e cidadania.
As datas são discutidas, respeitando o calendário escolar.
Seguem na tabela abaixo, elencadas as metas e ações a serem
desenvolvidas.
Metas AçõesIncentivar o patriotismo e o
civismo da comunidade escolar.
• Estudo de temas dirigidos ao civismo e o
patriotismo;
• Execução do Hino Nacional.Envolver a comunidade na
vida escolar dos alunos, bem
como arrecadar fundos à
instituição.
• Eleição da Rainha da Primavera;
• Organização de atividades recreativas da festa;
• Divisão de equipes e distribuição de tarefas;
• Arrecadação de prendas por turmas, com
premiação para aquela que realizar o melhor
trabalho.Envolver e despertar
consciência ecológica no seu
meio.
• Reciclagem do lixo;
• Separação de papéis e lixo orgânico em lixeiras
apropriadas;
• Estudo sobre decomposição do lixo, destinação
do mesmo e educação ambiental;
• Revitalização da natureza (paisagismo);
• Revitalização da pequena horta escolar. Desenvolver atividades
extra-classe com caráter
interdisciplinar, lúdico, cultural e
social.
• Dramatização;
• Contação de histórias;
• Concurso de poesias e paródias;
• Exposição de desenhos e pinturas;
49
• Apresentação de coreografias e grupos
musicais.
Incentivar o exercício de
cidadania e prática social.
• Fundo social (campanhas de roupas, alimentos,
livros, etc.);
• Atividades sociais (campanhas de roupas,
alimentos , livros, etc.).Desenvolver habilidades
motoras, socialização, espírito de
liderança, cooperação, etc.
• Jogos desportivos: voleibol, futebol, handebol,
tênis de mesa, etc.
Despertar o gosto pelas
artes cênicas e desenvolver as
relações humanas.
• Festival de teatro;
Incentivar a criatividade e
habilidades artísticas.
• Festival de talentos (apresentações de grupos
musicais e danças).Incentivar maior interesse
pelos estudos, bem como
aprimorar os conhecimentos dos
alunos.
• Orientação pelos professores;
• Mediação do conhecimento pelo professor com
retomadas necessárias;
• Realização do simulado duas vezes ao ano dos
conteúdos essenciais a serem apropriados pelos
alunos;
• Contra-turno em Língua Portuguesa
(reestruturação de texto).
Desenvolver a auto-estima
na escola.
• Orientação aos alunos sobre uma boa conduta e
apresentando maior crescimento pessoal;
• Estímulo a participação espontânea nas aulas,
valorizando a mesma;
• Resolução dos conflitos através do diálogo,
buscando inserir os alunos marginalizados no
grupo.
50
EDUCAÇÃO FISCAL
Justificativa
Em virtude da Inserção do Programa de Educação Fiscal no Projeto Político
Pedagógico (PPP) no Colégio Fazenda Velha verificou-se a necessidade de
obtenção de recursos para o desenvolvimento de projetos neste estabelecimento
pela via dos instrumentos legais: Plano Pluri Anual (PPA), Lei de Diretrizes
Orçamentarias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), no âmbito de cada disciplina,
conforme roteiros de ação nas áreas do conhecimento.
Sendo assim, seguem abaixo elencadas as disciplinas, suas necessidades
diagnosticadas e responsáveis:
DISCIPLINAS AÇÕESDIAGNOSTICADAS RESPONSÁVEIS
Educação
Física
- Necessidade de espaço adequado
para Educação Física através da
aquisição de um terreno na divisa
da escola.
• Construção de Quadra
poliesportiva com todos os
equipamentos necessários: tabela,
traves, redes, bancos, piso liso
com alambrado e quadra maior
com medida de 20m X 40m,
materiais esportivos (bola,
colchões, cordas, etc.).
Prefeitura Municipal de
Araucária/ entidades/ ou
particulares.
OBS: a prefeitura se
propôs a comprar o imóvel.
Fundepar
51
Química, Física
e Biologia
• Construção de laboratórios de
Ciências naturais e biológicas bem
como aquisição de equipamentos
específicos, dentro dos padrões de
segurança.
• Funcionário específico da área:
laboratorista.
• Aquisição de materiais
pedagógicos: tabelas periódicas
grandes para fixar nas salas de
aula, kits pedagógicos.
Fundepar
Matemática
• Aquisição de materiais
pedagógicos.
• Kit para geometria.
• Calculadoras científicas
• Teodolito, transferidores.
• Papel milimetrado.
Fundepar /APM e/ou
convênio com empresas e
faculdades.
Língua
Portuguesa,
Literatura e
Língua Inglesa.
• Aquisição de materiais
pedagógicos.
• Aumento do acesso de livros e
minidicionários para as aulas.
Fundepar e/ou
convênio com empresas e
faculdades.
História,
Geografia,
Filosofia e
Sociologia.
• Aquisição de diversos tipos de
mapas.
• Livros e revistas técnicas.
• Disponibilidade de transporte para
expedições científicas no decorrer
do ano letivo.
Fundepar
Mantenedora
52
Artes
• Construção de uma sala adequada
e estruturada.
• Materiais pedagógicos diversos.
• Construção de um palco para
apresentações da disciplina.
Fundepar
Para todas as
disciplinas.
• Construção e funcionamento de
laboratório de informática.
• Construção de um palco para
apresentações de eventos bem
como projeção de vídeos e DVDs.
• Construção de uma biblioteca com
amplo acervo de livros bem como
a aquisição de assinatura de
revistas e jornais relevantes às
áreas de conhecimento.
• Aquisição de um Data-show para
enriquecimento das aulas, bem
como de dois Home theather.
Fundepar
Fundepar e/ou
convênio com empresas e
faculdades.
Equipe
Pedagógica
• Espaço e mobiliário adequado. Fundepar
OBS: O levantamento do custo dos itens citados serão fornecidos pelos
responsáveis ou licitação pública.
Vivência do patriotismo
Objetivos:
Refletir sobre o que é ser Patriota atualmente
53
Despertar o respeito a nossa Pátria
Enaltecer o patriotismo e o civismo da Comunidade escolar.
Oportunizar momentos cívicos no colégio
Encaminhamento Metodológico:
No cotidiano escolar as atividades cívicas devem ser executadas através de
um trabalho de análise crítica acerca da realidade
A constituição Federal estabelece como Símbolos Nacionais brasileiros: a
Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional.
A lei n.º 5700 de 1º de setembro de 1971, determina a forma e a
apresentação dos Símbolos Nacionais e estabelece a responsabilidade da Escola de
ensinar os alunos a conhecer, respeitar e cultuar os símbolos Nacionais. No seu
artigo 39, tornou obrigatório o ensino do significado da Bandeira Nacional, e
também o canto e a interpretação da letra do Hino Nacional, sendo que o decreto
presidencial de 12/11/2003, estabelece que toda a escola pública ou privada deve
pelo menos uma vez por semana, hastear solenemente a Bandeira Nacional
acompanhado da execução do Hino Nacional.
Para que o momento cívico seja significativo, as letras dos Hinos, em especial
do Hino Nacional, devem ser trabalhados em sala, explorando o vocabulário,
interpretação e a relação passado/presente, enfocando os aspectos de Cidadania,
Civismo e Nacionalidade.
É fundamental o trabalho com a compreensão e o significado dos Símbolos
Nacionais, que é uma forma de exaltação da Nacionalidade de um povo.
Outros aspectos a ressaltar e a importância da análise da História do Brasil,
enfocando momentos em que o povo brasileiro se uniu em defesa de um ideal
nacional.
Também é possível a pesquisa de músicas populares que enaltecem o
espírito nacional, como forma de trabalhar o amor a Pátria com nossos alunos e
finalmente execução semanal e solene do Hino Nacional passa a ser um momento
de atividade realizada com consciência pela comunidade escolar e não algo
mecânico.
Avaliação:
A avaliação será realizada ao longo das atividades acerca do civismo, como
também em relação as atitudes dos alunos de respeito e prática de ações voltadas
54
aos conceitos trabalhados.
Festa junina
Objetivo:
• Relembrar as tradições.
• Conhecer as características das festas juninas: roupas típicas, danças,
alimentos, músicas, relembrando assim tradições.
• Despertar o gosto pelas festas juninas como folclore brasileiro, ressaltando seus
aspectos popular, social e religioso (São João, Santo Antônio, e São Pedro).
• Admirar e respeitar o trabalho do homem do campo.
Encaminhamento Metodológico:
Realização de pesquisas sobre a origem das festas juninas, origem da
fogueira, canções juninas, quadrilhas e santos, com repasse da pesquisa aos grupos
e na sequência organização e montagem da festa: prendas, comidas típicas, dança
das quadrilhas...
Avaliação:
A avaliação se dará no processo, o desenvolvimento da pesquisa, como
também o interesse e participação são considerados.
55
Reciclagem do lixo
Objetivo:
Analisar os efeitos da reciclagem do lixo na prevenção do meio ambiente e
na sustentabilidade ecológica.
Temas de Estudos:
1. Lixo
2. Reciclagem
3. Destino dos lixos
4. Tempo de decomposição
5. Educação Ambiental
Encaminhamento Metodológico:
- Contextualização dos temas, por meio de perguntas dos alunos sobre seus
conhecimentos em relação à reciclagem do lixo, situando o assunto no que diz
respeito a sociedade e o meio ambiente.
- Comentários sobre exemplos que os alunos relatarem.
- Análise da questão do tempo da decomposição do lixo.
- Questionar os alunos se na comunidade que eles vivem as pessoas cuidam do
meio ambiente e reciclam o lixo.
- Citando exemplos: informações e orientações na tentativa de contribuir na
reciclagem do lixo, visando a preservação, cuidado e respeito com o meio
ambiente, pois afinal ele é parte integrante deste meio.
Avaliação:
Observação das atitudes com relação a reciclagem do lixo e preservação do meio.
Festival de talentos Fazenda Velha
Objetivo:
Incentivar a criatividade, imaginação e o desenvolvimento artístico dos alunos.
Encaminhamento metodológico:
Durante as aulas de Artes serão desenvolvidos conteúdos sobre as diversas
linguagens: Plástica, música, dança e teatro, proporcionando aos alunos o
desenvolvimento da criatividade, imaginação e em consequência a culminância com
os trabalhos artísticos.
56
Estes trabalhos serão divulgados à comunidade, principalmente aos pais dos
alunos em forma de amostra em datas comemorativas tais como: Dia das Mães, Dia
do Estudante ou outros eventos do colégio.
Avaliação:
Através dos trabalhos, da participação e do envolvimento da comunidade
escolar no festival.
Festival de Teatro
Objetivos:
Despertar o gosto pelas artes cênicas como forma educativa, de trabalho
coletivo e de desenvolvimento das relações humanas.
Estimular a leitura e produção de textos do tipo dramático, que possibilite
utilizar o gênero dialógico, descrição, narração e argumentação.
Encaminhamento Metodológico:
Os alunos recebem conhecimentos referentes a estrutura da peça teatral;
Sínteses, desde peças gregas até as contemporâneas.
Na sequencia os alunos observam a transformação do tipo de narração em
peça teatral.
O terceiro passo é a das turmas em grupos para produzirem tipos teatrais
diferentes.
Por último os alunos recebem seus textos corrigidos, restruturam; ensaiam e
apresentam na sala de aula, tudo dentro de um processo interdisciplinar. Para
terminar cada classe sugere um grupo para representar a turma no festival de teatro
do colégio. O tempo utilizado pelos alunos varia de dois a três meses, com as
diversas interferências de professores de várias disciplinas.
Avaliação:
A avaliação é contínua e ocorre durante todo o processo das atividades
realizadas.
Feira das etnias
Objetivos:
Enaltecer as tradições, usos, crenças, lendas, canções e a literatura popular,
ou seja, o modo de vida de um povo em toda a sua plenitude, tanto nos aspectos
materiais, quanto nos espirituais. Uma sociedade democrática respeita a pluralidade
cultural, a diversidade de cultura e grupos que a constituem. Sabe-se que as regiões
57
brasileiras, tem características culturais formadas por diferentes etnias, o que
muitas vezes provoca discriminação e preconceito. O grande desafio é investir na
superação de tais discriminações e conhecer a riqueza de nosso patrimônio
sociocultural , e também divulgar para nossa comunidade aspectos relevantes da
cultura de nosso povo.
Encaminhamento Metodológico:
1. Trabalho interdisciplinar envolvendo todos os professores do colégio
2. Delimitação do tema a ser desenvolvido: Estado, região, cidade ou nação para
cada sala de aula.
3. Pesquisa bibliográfica ou de campo sobre a temática
4. Organização da apresentação para dia da feira.
Avaliação:
Será através da participação de toda a comunidade escolar, também do
trabalho desenvolvido por cada classe.
Ação de graças pela paz
Objetivo:
• Realizar atividades com relação a paz envolvendo todo corpo discente e docente.
• Buscar novo tempo histórico em que brilhe a verdade sem falsidade.
• Destacar o aspecto religioso ligado a diversidade como fator de promoção da
paz.
• Partilhar momentos de paz.
• Espalhar uma esperança nova, pelo belo, justo e eficaz .
Justificativa:
A paz é a condição a ser buscada por todas as sociedades. Na realidade
atual há várias marcas de violência que repercutem no relacionamento entre as
pessoas como a ignorância , indiferença e egoísmo.
O ambiente escolar não está imune e sofre os reflexos da realidade no
processo ensino – aprendizagem.
A proposta de trabalho busca mostrar a importância da valorização das
virtudes contrapostos aos vícios sociais.
Desde Aristóteles, já se sabe que um objetivo nobre carece de ações nobres
para ser alcançado. Se queremos a paz precisamos valorizar o que nos conduz a
ela.
58
Encaminhamento metodológico:
Tendo em vista a diversidade cultural do país são apresentadas orações e
símbolos das etnias formadoras da comunidade em ambiente especialmente
preparado para a ocasião. Para enriquecer ainda mais o trabalho, no sentido da
Ação de Graças, cada etnia busca representar um ponto positivo para o Brasil e o
mundo no ano que passou.
Ao mesmo tempo são apresentados cartazes e vídeo clipes representando
as tragédias humanas recentes destacando sua amplitude e revelando a nossa
inclusão neste contexto indiretamente.
Este contraponto é considerado importante porque a lembrança da guerra e
da fome por exemplo são eficazes na prevenção de movimentos humanos que a
história mostra serem negativos.
Enfim, o aspecto espiritual pretende a busca da paz como resultado de
convicção interior, da decisão consciente pela paz.
Avaliação:
Além do momento o trabalho sugere ações para o dia-a-dia em favor da
fraternidade, da amizade e do respeito com a certeza de que a escola pode ser um
exemplo para a comunidade e para as futuras famílias.
59
PROGRAMA VIVA A ESCOLA
JUSTIFICATIVA
O programa Viva a Escola, aprovado pela Resolução n.º 3683/2008 assume
como política pública as Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular,
contempladas na Proposta Pedagógica Curricular e desenvolvidas pelas escolas.
Entende-se por complementação curricular atividade relativas aos possíveis recortes
do conteúdo disciplinar, previsto na Proposta Pedagógica da escola, que implica
numa seleção de atividades organizadas em núcleos de conhecimentos que venham
ao encontro do Projeto Político Pedagógico.
OBJETIVOS
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes
objetivos:
a) dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede
Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades
pedagógicas no estabelecimento de ensino, ao qual estão vinculados, além do turno
escolar;
b) viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos da Rede Pública
Estadual em atividades pedagógicas de seu interesse, oferecidas pelo
estabelecimento de ensino onde estão vinculados;
c) possibilitar aos educando maior integração na comunidade escolar, ao realizar
Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular que os levem à interação
com colegas, professores e comunidade.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular serão
organizadas, a partir de quatro núcleos de conhecimento: Expressivo-Corporal,
Científico-Cultural, Apoio à Aprendizagem e Integração Comunidade e Escola.
Para o núcleo de conhecimento Expressivo-Corporal poderão ser
desenvolvidas Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, como:
esportes, brinquedos e brincadeiras, ginásticas, lutas, jogos, teatros e danças.
Para a realização destas atividades é fundamental considerar as
necessidades locais e regionais da comunidade escolar, bem como privilegiar a
vivência dos educandos e a experimentação de diversas práticas.
Esportes: a proposta pedagógica deverá observar o desenvolvimento de atividades
60
esportivas, considerando a vivência e experimentação de diversas modalidades
esportivas, tais como futsal, voleibol, handebol, basquetebol, punhobol, atletismo,
tênis, futebol:
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia que priorize aspectos
lúdicos, táticos, técnicos e cooperativos;
• ao propor a atividade, deve-se partir da necessidade individual e regional
da comunidade escolar, a fim de oportunizar a prática esportiva a um
número maior de alunos.
Brinquedos e brincadeiras: a proposta pedagógica deverá observar o
desenvolvimento, criação e construção de brinquedos e brincadeiras, a liberdade de
expressão corporal, a criação de regras e convenções, contribuindo para o
desenvolvimento da ludicidade, da criatividade e do brincar:
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia que priorize aspectos
estéticos, históricos, culturais e regionais.
Ginásticas: a proposta pedagógica deverá observar o desenvolvimento das
ginásticas, considerando a vivência e experimentação de diversas práticas, tais
como ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica geral e práticas circenses:
- esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia que priorize aspectos
lúdicos, técnicos, criativos e cooperativos;
• ao propor a atividade, deve-se considerar a capacidade de criação e
recriação de movimentos próprios de cada atividade ginástica, partindo
das necessidades individuais e regionais da comunidade escolar.
Lutas: a proposta pedagógica deverá observar o desenvolvimento de atividades que
envolvam as diversas modalidades de luta, levando-se em consideração a vivência e
experimentação:
• pode-se oferecer atividades como a capoeira, judô, taekwondo,karatê,
kung Fu, entre outras;
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia que priorize
aspectos lúdicos, técnicos e filosóficos;
• ao propor a atividade, deve-se considerar a potencialidade que as lutas
apresentam como: aspectos de cooperação, respeito e reconhecimento
de que a luta se realiza com, e não contra o adversário.
- Jogos: a proposta pedagógica deverá observar o desenvolvimento de atividades
61
lúdicas, considerando a vivência, experimentação, criatividade e o raciocínio lógico-
dedutivo de diversos jogos, (sejam eles, jogos cooperativos, intelectivos,
dramáticos, de oposição, matemáticos, entre outros):
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia que priorize o
cumprimento de regras, a contextualização dos conceitos presentes em
diversos jogos, a criação e a adaptação de novas formas de se jogar;
• ao propor a atividade, deve-se partir das necessidades e especificidades
da escola e dos educandos.
- Teatros: a proposta pedagógica terá como atividade a produção de trabalhos
teatrais como teatro direto, teatro indireto (bonecos, sombras), audiovisual, entre
outros, além da pesquisa e do acesso às produções teatrais:
• a metodologia utilizada no desenvolvimento desta atividade deve possibilitar a
efetiva apropriação dos elementos que estruturam e organizam o teatro,
visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
- Danças: a proposta pedagógica deverá observar o desenvolvimento de atividades
que envolvam as diversas formas e estilos de dança, levando-se em consideração a
vivência, experimentação e criação:
• pode-se oferecer atividades de danças folclóricas, danças regionais, danças
de salão, dentre outras;
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia que priorize aspectos
criativos, técnicos e de improvisação.
• Para o núcleo de conhecimento Científico-Cultural poderão ser
desenvolvidas Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular como:
história e memória, cultura regional, atividades literárias, artes visuais,
músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias.
-História e memória: a proposta pedagógica terá como atividade a
organização de investigações sobre a História e a Memória, considerando o trabalho
com arquivos e museus históricos, artísticos, científicos, escolares, dentre outros, e
com o patrimônio histórico, tais como monumentos, locais públicos e privados
historicamente significativos, assim como relatos de memória dos sujeitos:
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia ligada a esses lugares de
memória, incluindo a organização de arquivos, centros de memórias e inventários
de memórias escolares.
62
- Cultura regional: a proposta pedagógica terá como atividade a
organização de investigações sobre a cultura regional, por exemplo, o folclore e a
cultura popular paranaense, (fandango, congada, cavalhadas, Folia de Reis, festas
do Divino, festas agrícolas e urbanas, dentre outros):
- estão nessas investigações as formas de pensar, raciocinar e imaginar das
comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e de faxinalenses, entre
outras;
• esta atividade deverá se utilizar de uma metodologia ligada ao trabalho em
conjunto com as comunidades produtoras de folclore e cultura popular, incluindo,
quando possível, a participação e produção dos sujeitos escolares nessas
manifestações culturais.
- Atividades literárias: a proposta pedagógica terá como atividade o incentivo à
leitura e produção de textos de variados gêneros literários (romance, novela, conto,
crônica, drama, poema, cordel, história infanto-juvenil, fábula, etc.), por meio de
metodologias diversificadas (leituras e produções individuais e coletivas, leituras
dramáticas, relatos de leituras, círculo de conversas com escritores, maratonas de
leituras, produção de textos literários, hibridização ou intertextualidade,
intergêneros, dramatizações, declamações, contação de histórias, divulgação das
obras da biblioteca ao coletivo escolar, entre outras).
- Artes visuais: a proposta pedagógica terá como atividade a produção de
trabalhos de artes visuais, como escultura, desenho, arte digital, pesquisa e do
acesso às produções de artes visuais, entre outros:
• a metodologia utilizada no desenvolvimento desta atividade deve possibilitar a
efetiva apropriação dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais,
visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
- Músicas: a proposta pedagógica terá como atividade a produção de trabalhos
musicais, como banda rítmica, fanfarra, coral, produção sonora (eletrônica-digital)
entre outros, além da pesquisa e do acesso às produções musicais:
- a metodologia utilizada no desenvolvimento desta atividade deve possibilitar a
efetiva apropriação dos elementos que estruturam e organizam a música, visando a
atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
- Investigação científica: a proposta pedagógica terá como atividade a Investigação
63
científica, aqui compreendida como a investigação do conhecimento já produzido
pela ciência:
- constitui-se de propostas pedagógicas que envolvam: arte e ciência, aspectos
etno-culturais do conhecimento, questões filosóficas.
ciência, construção histórica do conhecimento, construção de experimentos,
utilização de softwares, pesquisas de campo e/ou teóricas entre outras;
este núcleo de atividades possibilita o envolvimento de vários campos de
investigação, como por exemplo, a etno-matemática, a astronomia, a genética, a
fisiologia, a filosofia, a sociologia, a história, geografia, a física e a química;
qualquer uma das 14 disciplinas da Educação Básica pode se vincular a este
núcleo.
- Divulgação científica: a proposta pedagógica terá como atividade a divulgação
científica de atividades que, dentro da escola, se propõem a socializar o
conhecimento científico, produzido em várias instâncias de investigação científica:
- visa a produção de materiais de divulgação destinados aos meios escolares,
como por exemplo, periódicos, jornais, informativos, vídeos, murais;
- requer uma atenção especial no que diz respeito à fidelidade das informações,
no sentido de romper com a banalização do conhecimento científico e com
estabelecimento de modelos estereotipados;
- qualquer uma das 14 disciplinas da Educação Básica pode se
vincular a este núcleo.
- Mídias: a proposta pedagógica terá como atividade a utilização de recursos e/ou a
produção de recursos midiáticos (laboratório de informática, TV/vídeo, TV
Multimídia, cinema, rádio, jornal, mural, periódico, dentre outros) para produção do
conhecimento no âmbito escolar (literários, filosóficos e científicos, notícias,
informações úteis e/ou didáticas, etc.), com o objetivo de socializar o conhecimento
científico, artístico e filosófico de interesse da comunidade escolar.
- No núcleo de Apoio à Aprendizagem são realizadas Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular, como: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala
de Apoio à Aprendizagem; Ciclo Básico de Alfabetização; Sala de Recursos, Sala de
Apoio da Educação Escolar Indígena, de acordo com as orientações específicas,
emanadas pela SEED.
- Para o núcleo de conhecimento Integração Comunidade e Escola poderão ser
64
desenvolvidas Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular como: Fórum
de Estudo e Discussões e Preparatório para o Vestibular.
• Fórum de Estudo e Discussões: a proposta pedagógica desta atividade
terá como objetivo reunir, de forma participativa e democrática, pais, alunos,
professores, entidades representativas da sociedade civil, o poder público
(municipal, estadual e federal) e Instituições de Ensino Superior, com a finalidade de
estudar e discutir assuntos pertinentes às demandas e aos desafios enfrentados
pela escola e pela comunidade como: enfrentamento à violência, sexualidade,
prevenção ao uso indevido de drogas, educação fiscal, educação ambiental, história
e cultura afro-brasileira, africana e indígena, participação política, políticas públicas
para educação e juventude:
• as atividades pedagógicas, realizadas em torno destas
demandas,deverão oportunizar o estudo, a discussão, a troca de experiência, o
planejamento e a execução de ações em busca de soluções para os problemas
enfrentados pela escola e pela comunidade onde está inserida.
- Preparatório para o Vestibular: a proposta pedagógica desta atividade será
organizada a fim de proporcionar ao estudante do 3º ano do Ensino Médio da Rede
Pública Estadual paranaense e ao egresso, as condições necessárias e adequadas
para realizar os exames do ENEM e o vestibular:
- poderá ser desenvolvido com a utilização do material produzido pelo Departamento
de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação (Apostilas e DVDs), pela
TV Paulo Freire e outros;
- esta atividade deverá utilizar-se de uma metodologia adequada à preparação para
as diversas provas de concursos vestibulares, em âmbito regional, estadual e
federal.
- A Diretoria de Políticas e Programas Educacionais definirá o período de inscrição,
de desenvolvimento e avaliação das atividades por meio de Edital publicado no
Portal Dia-a-Dia Educação e divulgado pelos NRE.
- A Atividade Pedagógica de Complementação Curricular deverá:
- respeitar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-raciais, para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, as
Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo, a Resolução
CNE/CEB n.° 003/1999, que fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das
65
escolas indígenas;
- respeitar as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná;
- partir das necessidades pedagógicas e sociais dos educandos e da escola,
descritas em seu Projeto Político-Pedagógico;
- desenvolver-se no turno contrário em que os alunos estão matriculados;
- em casos especiais, ser desenvolvida em outro local público
(estadual/municipal/federal) disponível na comunidade onde a escola está inserida;
- ser proposta pela direção e equipe pedagógica da escola com a participação do
professor envolvido;
- ser primeiramente submetida à avaliação do Conselho Escolar, registrada em Ata,
e, se aprovada, inscrita pela direção da escola no Sistema Viva a Escola, no Portal
Dia-a-dia Educação;
- ser cadastrada no Portal Dia-a-dia Educação, pelo diretor da escola, o qual será
responsável pelo cadastro da Proposta Pedagógica da Atividade de
Complementação Curricular e a atualização das informações referentes às
Atividades desenvolvidas;
- ser registrada no Histórico Escolar do aluno participante a carga horária cumprida.
- Critérios e pontuação estabelecidos:
- grau de compatibilidade da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular
com o objetivo do Programa Viva a Escola (nota de 1 a 10);
- grau de inserção da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular com o
núcleo de conhecimento em que foi inscrito (nota de 1 a 10);
- relevância da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular para a
melhoria do ensino, considerando as necessidades socioeducacionais dos alunos
participantes e o desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico (nota de 1 a 10);
- abrangência da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular: número de
participantes, níveis, etapas e modalidades de ensino atingido (nota de 1 a 10);
- grau de compatibilidade entre encaminhamentos metodológicos a serem
empregados no desenvolvimento da Atividade Pedagógica de Complementação
Curricular, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná e a
legislação Federal e Estadual que tratam dos desafios educacionais
contemporâneos (nota de 1 a 10).
66
2 As propostas das Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular serão
classificadas de acordo com o número de pontos atingidos no processo de análise e
avaliação.
- As propostas das Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular
classificadas serão submetidas à apreciação final da Diretoria de Políticas e
Programas Educacionais.
- Caberá à direção da escola, onde será desenvolvida a Atividade, enviar ao NRE a
proposta de suprimento do professor
- A equipe pedagógica da Diretoria de Políticas e Programas Educacionais,
considerando o atendimento às necessidades socioeducacionais dos educandos,
descritas na proposta pedagógica, selecionará a quantidade de Atividades de acordo
com os seguintes critérios por possuir no mesmo colégio:
a) escolas acima de 761 alunos matriculados, poderão ser desenvolvidas :
até 05 Atividades Pedagógicas diferentes.
13.1 Não poderão ser propostas mais de uma Atividade Pedagógica da mesma
natureza. (Ex. Na Atividade Pedagógica Esporte: voleibol e futebol, deverá ser
proposta uma ou outra, cabendo a todas as outras Atividades Pedagógicas a mesma
orientação).
14- Cada proposta da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular terá
carga horária de quatro horas semanais para ser desenvolvida com os alunos, mais
uma hora-atividade para o professor.
14.1- Para desenvolver Atividade Pedagógica de Complementação Curricular, o
profissional deverá ser Professor da Rede Pública Estadual de Ensino, com vínculo
QPM.
14.2- O professor deverá possuir formação acadêmica na Atividade que pretende
desenvolver, exceto para as Atividades Pedagógicas do núcleo de conhecimento
Integração Comunidade e Escola.
14.3- O professor será suprido com 4 horas-aula semanais e 1 hora-atividade para
desenvolver a Atividade Pedagógica de Complementação Curricular.
14.4- O suprimento do professor na Atividade ocorrerá em apenas um vínculo/cargo.
14.5- A substituição do professor, suprido na Atividade, poderá ocorrer somente pelo
vínculo PSS.
14.6- Os documentadores escolares e professores prestando serviços nos NRE e na
67
SEED, não poderão desenvolver Atividades Pedagógicas de Complementação
Curricular.
14.7- Professores detentores de dois cargos poderão desenvolver apenas uma
Atividade Pedagógica de Complementação Curricular.
14.8- O professor deverá desenvolver a Atividade em apenas uma escola, com uma
turma de alunos.
14.9- O desenvolvimento da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular
não poderá ficar concentrado num único dia.
15- Sobre as vagas e os critérios de participação dos alunos nas Atividades
Pedagógicas de Complementação Curricular, observar-se-á:
I- as Atividades serão desenvolvidas com um número mínimo de 20 participantes;
II- o número máximo de participantes na Atividade deverá ser estabelecido na
Proposta Pedagógica
III- nas escolas de Educação Especial, o número mínimo e máximo de participantes
na Atividade será estabelecido na proposta pedagógica, conforme as necessidades
dos educandos e legislação específica;
IV- os alunos poderão participar de mais de uma Atividade, de acordo com sua
necessidade socioeducacional;
V- nas Atividades do núcleo de Apoio à Aprendizagem, o número de participantes
deve seguir a normatização própria;
VI- poderão participar das Atividades somente alunos regularmente matriculados na
Rede Pública Estadual, exceto nas Atividades do núcleo de conhecimento
Integração Comunidade e Escola que terão vagas abertas para a participação de
alunos, professores e comunidade;
VII- como critérios de participação nas Atividades, deverão ser priorizados os alunos
que se encontram em situação de vulnerabilidade social;
VIII- nos critérios a serem estabelecidos na proposta pedagógica da Atividade,
considerada a realidade do Colégio, da comunidade e as necessidades
socioeducacionais do educando descritas no Projeto Político- Pedagógico da escola;
IX- outros critérios de seleção dos participantes serão estabelecidos na proposta
pedagógica da Atividade, observadas a carga horária semanal e o número mínimo
de participantes;
X- caso haja desistência de alunos inscritos nas Atividades, a vaga será ser ocupada
68
por novos participantes;
16. A Proposta da Atividade Pedagógica de Complementação Curricular a ser
cadastrada no Portal Dia-a-dia Educação deverá conter:
a) o núcleo de conhecimento em que a proposta da Atividade será desenvolvida;
b) título da Atividade a ser desenvolvida;
c) nome do profissional que desenvolverá a Atividade;
d) número de participantes de acordo com as vagas abertas para a Atividade;
e) justificativa pedagógica às necessidades socioeducacionais dos participantes e o
desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico;
f) objetivos gerais e específicos que a proposta visa atingir;
g) pressupostos teórico-metodológicos a partir dos quais a proposta da Atividade
será desenvolvida, considerando as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná e o Projeto Político-Pedagógico da escola;
h) resultados que se espera alcançar com o desenvolvimento da Atividade;
i) encaminhamentos metodológicos a serem empregados;
j) recursos materiais e humanos necessários;
k) identificação e descrição do espaço onde será desenvolvida;
l)cronograma de atividades, demonstrando os passos a serem desenvolvidos para
execução da Atividade (com dia e horário), desde seu planejamento, execução,
avaliação e momentos de socialização com a comunidade escolar;
m) critérios, estratégias e instrumentos para avaliar, periodicamente o
desenvolvimento da Atividade.
17- O registro, o acompanhamento e avaliação da Atividade Pedagógica de
Complementação Curricular, de responsabilidade do diretor e da equipe pedagógica
da escola, serão realizados periodicamente, através do Portal Dia-a-dia Educação,
inclusive as atividades do núcleo Apoio à Aprendizagem.
17.1- Serão considerados, para avaliação, os seguintes critérios:
a)frequência dos alunos;
b)frequência do docente;
c)critérios estabelecidos na proposta pedagógica da Atividade;
d)cumprimento do calendário;
e)atendimento a necessidade socioeducacional dos participantes;
f)produção de materiais didáticos, científicos, culturais e/ou informativos para
69
divulgação e socialização.
I- Ao final das etapas desenvolvidas pelas Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular, a equipe responsável pela proposta deverá ceder e
disponibilizar o material produzido, tanto para o Portal Dia-a-dia Educação como
para a TV Paulo Freire.
II- As mídias/arquivos deverão estar adequados ao formato específico para sua
utilização também na TV Multimídia.
III- O material gravado em mídia CD/DVD deverá ser entregue ao NRE, seguindo as
especificações abaixo:
• Arquivos de vídeo: MPEG (MPGE1, MPGE2), DIVX e XVID.
• Arquivos de áudio: MP3 e WMA.
• Arquivos de imagem: JPEG.
17.2- As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular também serão
socializadas em eventos promovidos pela escola, NRE e Diretoria de Políticas e
Programas Educacionais/SEED.
17.3- Caberá ao NRE e à Diretoria de Políticas Educacionais acompanhar e avaliar
as Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular em desenvolvimento nas
escolas, sendo que periodicamente dar-se-á a análise e a produção de relatórios de
avaliação, ficando passível o cancelamento da Atividade.
18- As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular serão realizadas
preferencialmente nos espaços escolares disponíveis, ou em outros espaços
públicos (municipal/estadual/federal) disponibilizados, desde que não ofereçam
riscos à integridade física e moral dos participantes.
18.1- O desenvolvimento das Atividades não poderão impedir ou inviabilizar a
realização das atividades do cotidiano escolar e/ou das aulas.
19- Cada proposta de Atividade Pedagógica de Complementação Curricular
receberá verba específica, via Fundo Rotativo da escola, para compra dos recursos
materiais necessários.
19.1- É vedado o pagamento de serviços de qualquer natureza.
19.2- O gerenciamento dos recursos financeiros deverá seguir as normas previstas
para aplicação e prestação de contas do Fundo Rotativo.
20- Cabe ao diretor do estabelecimento fazer cumprir e acompanhar o
desenvolvimento das Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular.
70
PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Na atualidade manter-se atualizado sobre novas metodologias e desenvolver
práticas pedagógicas mais eficientes são alguns dos principais desafios dos
educadores, é preciso estar aberto às novidades e procurar diferentes métodos de
trabalho, pois inúmeras qualificações são exigidas na sociedade, a escola e os
professores devem se atualizar frente às novas demandas. Neste sentido a
formação continuada deverá possibilitar e incentivar aos profissionais envolvidos
com a questão escolar a capacitação, aperfeiçoamento em eventos educacionais,
pois continuar aprendendo é fundamental para todos os educadores e funcionários
que estão inseridos no mundo do trabalho.
Sendo assim o espaço escolar é enriquecedor, os profissionais refletem sua
própria prática para compreendê-la e modificá-la, como também realizam leituras,
discussões e questões inerentes ao processo ensino aprendizagem e troca de
experiências com os colegas de profissão favorecendo assim o desenvolvimento
cultural, tendo como objetivo o aperfeiçoamento da prática educativa e o
crescimento profissional.
Em conformidade com a legislação vigente, se faz necessário que a
mantenedora , no seu grau de abrangência , junto ao coletivo, organize momentos
de formação continuada para os integrantes do quadro próprio do magistério e aos
demais funcionários que trabalham no Colégio.
A LDB trata dos Profissionais da Educação, considerando sob esta
categoria não só os professores, que são responsáveis pela gestão da sala de aula,
mas também todos aqueles que apoiam o processo de ensino e aprendizagem como
os diretores, os supervisores, os orientadores e os coordenadores educacionais.
O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo-lhes o
direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa que é necessário
continuar aprendendo durante toda a vida profissional, é uma competência exigida
para todos os profissionais inseridos no mundo do trabalho. A reforma educacional
do Brasil exige um novo professor. Outras competências e outros conhecimentos
são necessários. A LDB, afirma que os sistemas de ensino deverão promover a
valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes aperfeiçoamento
profissional contínuo e período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
71
incluído na carga de trabalho. Nesse sentido, os educadores devem se atualizar
frente às novas demandas.
Os estudos teóricos e as reflexões sobre a formação de docentes são pontos
fundamentais para a organização e o desenvolvimento da Proposta Pedagógica.
O nosso estabelecimento propicia em seu interior um espaço de trabalho
onde os professores trocam ideias, experiências, materiais pedagógicos, refletem
sobre o seu trabalho reavaliando concepções, propostas, teorias, valores,
discussões, estudos sistemáticos individuais e coletivos. É a formação contínua,
vinculada sobre os problemas emergentes no interior das escolas e da sociedade.
Portanto a organização, participação em grupos de estudo, reuniões, cursos,
seminários com o envolvimento de todos os educadores possibilitam uma melhor
articulação, sistematização e organização de informações e conhecimentos
pertinentes ao contexto escolar. Esta articulação de estratégias em busca de
conhecimentos visa ações conjuntas envolvendo várias mediações que se fazem
necessárias para que os objetivos que se pretendem no âmbito escolar sejam
satisfatórios, e para isso é necessário um amplo e permanente apoio e
compromisso como também apresentação de Propostas de Ações Políticas da
Secretaria Estadual de Educação (SEED) e fornecimento para o Colégio Fazenda
Velha de condições materiais e culturais necessárias como:
• Livros pedagógicos e textos diferenciados, espaço físico adequado; quadra
poliesportiva; laboratório de informática , de ciências físicas, químicas e
biológicas; sala de vídeo exclusivo para estudos (gravações),esses recursos são
necessários para que esse processo de capacitação se efetive na prática em
sala de aula, como também realização de cursos, fóruns, seminários encontros
de eventos educacionais promovidos pela SEED ou através de convênios com
instituições de ensino superior de oferta com possibilidade para realização de
mestrado e doutorado aos profissionais interessados.
• Convênios com o sindicato da classe e centros de pesquisas com docentes de
competência reconhecida para a garantia da qualidade dos cursos e atividades
desenvolvidas para as áreas do conhecimento voltadas a educação.
• Publicações especializadas, (como revistas), assinatura de TV a cabo, internet.
• Oferecimento de cursos para os professores do noturno em seu período de
trabalho.
72
• Proporcionar formação continuada aos professores, pedagogos diretores e
funcionários.
• Elevação da qualidade de ensino também através da valorização dos
profissionais da educação e seus funcionários.
• È só mediante atividades planejadas e executadas com compromisso tanto por
parte dos professores como da mantenedora é que poderemos oferecer uma
qualidade de ensino para que o aluno exerça sua cidadania de forma crítica.
73
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOGOS E
FUNCIONÁRIOS
A avaliação de desempenho é compreendida como um processo de análise
das atividades desenvolvidas pelos educadores e funcionários, a fim de buscar
caminhos à superação das dificuldades, visando a melhoria dos serviços realizados.
Ela será norteada pelo princípio da gestão democrática em que todos os
profissionais da educação terão participação direta em todas as etapas do processo
da avaliação, a saber: Auto-avaliação e avaliação institucional (realizada pelos
gestores da escola).
Cabe ressaltar alguns:
• Assiduidade – o professor ou funcionário desenvolve o seu trabalho sem faltas
injustificadas.
• Pontualidade – se encontra dentro dos horários estabelecidos no seu trabalho.
• Participação em cursos – participa dos cursos oferecidos pela
escola/mantenedora.
• Comprometimento – o professor assume a escola com responsabilidade
desenvolve o seu trabalho com compromisso (e/ou desejo de vê-la desenvolver-
se como uma extensão de sua vida).
74
CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar é elaborado anualmente de modo a permitir a execução
do projeto político pedagógico, o qual deverá atender ao disposto na legislação
vigente, bem como as normas, fixadas em instrução específica da Secretaria de
Estado de Educação.
Também no regimento Escolar está especificado, em seu artigo 142,
algumas normas a serem seguidas. São elas:
- início e término do período letivo;
- período de férias de alunos e professores;
- planejamento de ensino;
- recessos e feriados;
- período destinado a capacitação.
Ressalta-se que o período letivo apresenta carga horária mínima de
oitocentas horas, distribuídas em duzentos dias de efetivo trabalho escolar, ou seja,
todas as atividades desenvolvidas em função do aluno, conforme o Projeto Político
Pedagógico.
A LDB 9394/96 prevê em seu artigo 23 § 2º, que o calendário escolar deverá
adequar-se as peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do
respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas
previstas nesta lei.
75
INCLUSÃO DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS
A educação deve ser compreendida como resultado de todas as relações
estabelecidas da pessoa com o mundo, com os outros e consigo mesmo. Sob esse
enfoque a educação é portanto um processo histórico de produção de existência
humana. Deve ser desenvolvida como prática social que objetiva contribuir
intencionalmente no processo de construção histórico das pessoas, tendo como
essência à aprendizagem, e como o conhecimento científico e exercício da
cidadania.
O exercício da cidadania prevê o respeito, o reconhecimento, a aceitação e a
valorização das diversidades culturais: éticas, étnicas, religiosas culturais sócio-
ecônomicas, e linguagem, ou seja, o respeito às diferenças.
A inclusão de portadores de necessidades especiais nas escolas regulares é
debatida há décadas no Brasil. A proposta é universalizar o acesso e a participação
de alunos especiais nas classes comuns de ensino. Mas promover a educação
inclusiva tem se mostrado uma tarefa tão importante quanto complexa. O assunto
divide opiniões.
De um lado estão os que defendem o direito de crianças e adolescentes
especiais em estudar em escolas comuns, acreditando que isso levará a uma
abertura da escola à diversidade e contribuirá para o desenvolvimento social desses
alunos. Do outro lado, o argumento é que certos graus de deficiências não permitem
a inclusão e que não há preparo de professores e estrutura, especialmente na rede
pública de ensino, para receber portadores de deficiência. Outro receio é que a
inclusão, na prática, acabe com as escolas especiais mantidas pelas APAEs,
instituições que ao longo dos últimos 50 anos se tornaram referência no trabalho
com portadores de deficiência no país.
Queremos uma escola inclusiva com profissionais preparados e com recursos
para o atendimento a todos os alunos independente de cor, credo , sexo ou
necessidade especial. A falta de preparo nas escolas comuns começa pela
acessibilidade, pois a maioria não possui sequer rampas ou salas adaptadas,
portanto é preciso dar condições de trabalho para então incluir os alunos especiais.
76
A maior parte dos professores não está capacitada para tratar portadores de
deficiência, sendo assim é preciso ter cuidado para ao invés de incluir, excluir ainda
mais esses alunos.
77
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Grêmio Estudantil
Objetivos:
Oportunizar a participação crítica de alunos no colégio.
Promover atividades culturais e recreativas e esportivas celebrando com a
comunidade escolar.
Possibilitar a melhoria da comunicação através de uma participação mais
efetiva dos alunos em atividades culturais.
Encaminhamento:
• Realização de torneios envolvendo Futsal, Voleibol, Tênis de mesa e Handebol.
• Reuniões mensais com os membros do Grêmio Estudantil.
• Leitura de informativos, jornais, revistas e outros recursos da mídia possibilitando
aos estudantes mais informações e conhecimentos, melhorando o desempenho oral
nas atividades realizadas.
• Participação em palestras sobre assuntos atuais nas áreas de saúde, meio
ambiente e outros de interesse dos discentes.
• Promoção de festivais de teatro, música, e dança.
• Colaborar nas atividades realizadas no colégio tais como: Festa Julina para
arrecadação de dinheiro, visando a melhoria das condições materiais de nosso
colégio. Também de outras atividades como: Semana da Paz, Feira das Etnias e
outras a serem realizadas pelo colégio.
Avaliação:
Através da participação efetiva do Grêmio Estudantil.
Professor e aluno representantes de turma:
É de fundamental importância a formação humana de nossos alunos, portanto
conhecê-los é um passo essencial, bem como criarmos estratégias para
estreitarmos os vínculos com os mesmos. Desta forma, além de implementarmos o
processo ensino-aprendizagem precisamos também criar um ambiente propício ao
desenvolvimento de relações interpessoais saudáveis.
Uma estratégia que pode colaborar é a existência do “Professor Conselheiro”
78
ou “Professor Representante”. Ele será o professor referência aos alunos,
principalmente porque temos um número grande de professores por turma, o que
dificulta o estabelecimento de vínculo com os alunos e a escola em geral. Isso sem
contar que os adolescentes, por mais que não admitam, precisam dos adultos como
referência.
Assim, as atribuições do professor conselheiro ou representante são:
- Eleger o representante discente da turma;
- Acompanhar e orientar o representante em suas funções. Orientar a turma para
avaliar a atuação do representante discente;
- Conversar formal ou informalmente com a turma, trocando informações sobre
suas necessidades e interesses;
- Estar aberto ao diálogo constante com a turma, tendo em vista todas as
dimensões da formação humana;
- Comunicar a direção ou equipe pedagógica sobre problemas da turma e
encaminhar soluções conjuntas;
- Orientar o aluno sobre o Regulamento Interno;
- Representar a turma no Conselho de Classe.
O Professor Conselheiro ou Representante será escolhido pelas turmas,
sendo que cada professor representará uma única turma, caso haja mais de uma
escolhendo o mesmo professor, realizaremos sorteio e o 2º colocado representará a
turma não contemplada no sorteio.
São atribuições do aluno representante:
- Democratizar decisões e formar o sentimento de responsabilidade;
- Buscar resolver os problemas da turma entre si;
- Incentivar a turma a participar do trabalho pedagógico oferecendo suas
sugestões;
- Ajudar na manutenção da disciplina da turma;
- Manifestar o espírito de liderança com sua turma e motivá-los a superar os
desafios encontrados;
- Colaborar na organização da sala;
- Preencher a ficha diária com alunos ausentes, datas de avaliações marcadas e
demais ocorrências;
- Recolher as carteirinhas estudantis;
79
- Manter bom relacionamento com os colegas e professores.
- Conselho Escolar
A gestão democrática da educação pública implica ampla participação da
comunidade desde a escola até as políticas públicas educacionais.
Quanto à gestão escolar, após a promulgação da Constituição Federal,
Constituições do Estados e Leis Orgânica dos Municípios, interpretando-se o
princípio da gestão democrática, intensificaram-se, nas escolas públicas
experiências de processos democráticos através da escolha de diretores e
instituição de órgãos colegiados.
Por sua vez, a LDB (art.14,II) inclui entre os princípios da gestão democrática
a participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares.
O Conselho garante decisões coletivas, mas a sua mera instalação não
garante decisões democráticas. É preciso considerar que a entrada dos pais na
escola, a qual antes acontecia apenas para tratar de dificuldades de rendimento, do
mau comportamento dos filhos, ou para pedidos de contribuição, passa ter agora
uma nova finalidade: a de participar da gestão da escola, via conselho.
O Conselho Escolar é um colegiado formado por representantes dos diversos
segmentos da comunidade escolar. É uma instituição de caráter permanente,
portanto não deve ser acionado apenas para solucionar problemas graves ou para
respaldar decisões. Seu funcionamento exige competência técnica e política da
equipe gestora para administrar colegiadamente a instituição escolar, portanto o
conselho não é só um canal de participação, mas um instrumento de gestão da
própria escola.
As funções, atribuições, composição e funcionamento do conselho escolar
são previstos no Estatuto do mesmo.
80
Pré – Conselho
A realização do pré – conselho do nosso colégio tem a finalidade de
diagnosticar e acompanhar o processo ensino-aprendizagem.
O pré – conselho é amplo e implica no acompanhamento pedagógico diante
das dificuldades do aluno, com registro em ficha individual, acompanhamento de
notas, conversas sistematizadas com alunos, pais e professores, tanto no individual
quanto no coletivo.
Portanto, a partir do pré – conselho providências são tomadas para
avaliação e devidos encaminhamentos a fim de que a aprendizagem ocorra através
da retomada dos conteúdos pelos professores, retomada da metodologia de ensino,
orientações aos alunos e familiares.
Associação de pais, mestres e funcionários
É uma instância colegiada para auxiliar e colaborar no aprimoramento da
educação, na assistência ao educando e na integração família – escola –
comunidade.
A APMF exerce sua função de sustentadora jurídica das verbas públicas
recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais, professores e
funcionários no seu cotidiano em cumplicidade com a administração escolar.
Percebe-se que a finalidade para qual a APMF mais dedica-se diz respeito a
mobilização de recursos materiais e financeiros da comunidade para auxiliar a
escola, sendo que a Entidade Mantenedora deveria incumbir-se da manutenção do
prédio escolar, mas na maioria das vezes os recursos recolhidos pela APMF são
utilizados para a manutenção e conservação do prédio escolar, dos equipamentos e
das instalações escolares, sendo que pouco sobra para a melhoria do ensino.
Conselho De Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado e é realizado conforme consta
no Regimento Escolar do Colégio.
Com relação a retenção ou promoção dos alunos, pensamos que devemos
observar o desenvolvimento global dos mesmos sobre a visão específica de cada
componente curricular, sendo que a decisão deverá ser tomada pelo coletivo no
Conselho de Classe.
81
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação e o acompanhamento do Projeto Político Pedagógico será
realizada por toda a comunidade respaldada pelo Conselho Escolar.
Ressalta-se que o processo democrático exige que as decisões sejam
tomadas coletivamente, pois é indispensável que todos compartilhem dos mesmos
objetivos, posturas para que as ações sejam integradas e não fragmentadas.
Também salienta-se que o Projeto apresenta flexibilidade, pois ocorrem
transformações na conjuntura social, econômica e política de nossa sociedade
constantemente.
Quanto as estratégias a serem utilizadas na avaliação do Projeto Político
Pedagógico, destacam-se as reuniões com cada um dos segmentos da comunidade
escolar, pois este é um espaço propício para discussão das ações que estão sendo
realizadas no colégio e a tomada de decisões acerca do processo administrativo,
político e pedagógico.
Outras estratégias são: contatos com os professores em hora-atividade, o
atendimento de pais pelos pedagogos no dia-a-dia da escola, as reuniões com os
representantes de turma/professores conselheiros e com funcionários em geral.
Sendo a avaliação processual/contínua, sabe-se que em todos os momentos
em que as ações planejadas são executadas, deveria ocorrer ume reflexão acerca
das mesmas, verificando o que precisa ser retomado, desta forma a avaliação teria o
papel de diagnosticar as falhas e buscar novos procedimentos para saná-las.
82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMANAQUE ABRIL. Ed. Abril. Edição Mundo. 2006.
ALMANAQUE ABRIL. Ed. Abril. Edição Brasil. 2006.
AZANHA, José Mario Pires. PROPOSTA PEDAGÓGICA e Autonomia da Escola.
SÃO PAULO. 1997.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação N.º 14/99. Indicação
N.º 004/99 de 08 de outubro de 1999. Curitiba.1999
DIRETRIIZES E BASE DA EDUCAÇÃO NACIONAL, Lei Nº. 9394/96, 20 de
dezembro de 1996.
EYNG, Ana Maria. Planejamento e Gestão Educacional numa perspectiva sistêmica.
Ed. Universitária Champagnat. Ctba-pr. 2002.
FEIGES, Maria Madselva Ferreira. A Construção coletiva do Projeto Político
Pedagógico. Curitiba, 2004
FRANCO, Maria Laura P. Barbosa. Pressupostos epistemológicos da
avaliação educacional. In Caderno De Pesquisa Nº. 74.São Paulo 1990.
FRIGOTTO, Gaudêncio . A interdisciplinaridade como necessidade e como
problema nas ciências sociais. Porto Alegre.
KRAMER, Sonia. O que é Básico na Escola Básica? Contribuições para o
Debate sobre o Papel da Escola na Vida Social e na Cultura. São Paulo 1998.
MELLO, Guiomar Namo de. Proposta Pedagógica e Autonomia da Escola.
MOREIRA, Antonio F. Barbosa. Currículo: Político e Prática. Ed. Papirus.
NARANJO, Claudio. Mudar a Educação para mudar o mundo. São Paulo. 2005.
OLIVEIRA, Marta Kohl . Aprendizado e desenvolvimento, um processo Sócio -
Histórico. 1993.
PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental.
Ed. Ática. São Paulo . 1998.
PIMENTA, Selma Garrido. A organização do Trabalho na Escola. 1986.
PINO, Angel. Escola e cidadania: apropriação do conhecimento. Campinas.
São Paulo. 1992.
83
PRAIS, Maria de Lourdes. Teorias da Relação escola - sociedade de classe o
princípio da Contradição. Campinas. 1990.
RADESPIEL, Maria. Folclore Projeto das Regiões do Brasil, São Paulo, 1999.
SACRISTAN ,J. Gimeno. As Condições Institucionais da Aprendizagem
Motivada Pelo Currículo. Porto Alegre. 1998.
SALVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo. 1983.
SEVERINO, Antônio Joaquim. A escola e a construção da cidadania. São Paulo.
1992.
VASCONCELOS, Iolani. A Metodologia enquanto ato político da prática educativa.
Petrópolis. 1990.
VEIGA, Ilma Passo A. Projeto Político Pedagógico Da Escola: Uma construção
Possível.1998.
84
Col. Estadual Fazenda Velha – Ens. Médio
RELAÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL DA ESCOLA
RELAÇÃO PROFESSORES
NOME RG VÍNC DISCIPLINAAntonio Spezebeuka 2.095.153-2 QPM ArteClaudete Dups Portes 5.071.804-2 QPM MatemáticaDiovani Kawa 4.958.722-8 QPM História/FilosofiaFabiano Pereira Medeiros 6.541.768-5 QPM MatemáticaFrancisco de Assis Teles 4.317.636-6 QPM PortuguêsHelenita Deitos 4.190.221-3 QPM Líng. Portuguesa/Inglês/Lit. Inf.Jorge Luiz Marszaleck 1.545.268-4 QPM Educação FísicaJose Luiz Brogian Rodrigues 1.451.530-5 QPM QuímicaLidia Antonio 970.621-6 QPM InglêsLuciane Cristina Gawlak 5.290.794-2 QPM Língua PortuguesaLuciane Maria Odppis Gayer 3.956.005-4 QPM Biologia/CiênciasLuis Fernando Jussiani 5.647.698-9 QPM MatemáticaMarisa Cornicelli Cano 4.430.614-0 QPM História/GeografiaOrivaldo José Augusto 9.665.340 QPM Matemática Pedro Greboge Filho 1.076.173-5 QPM História e FilosofiaRegiane Maria Kubis 2.068.243-4 QPM GeografiaRosângela Cidral Hienzen 6.172.038-3 QPM Educação FísicaRose Mari de Souza Rodrigues
1.000.479-9 QPM Matemática
Sandra Roberto Gomes Pecorari
4.055.419-0 QPM Português
Sheila Regina K. Portella 5.289.103-5 QPM Matemática
85
RELAÇÃOTÉCNICO ADMINISTRATIVO
NOME RG VÍNCULO GRAU INST.Orlando Pio de Santana 10.968.999-8 QFEB 2º GRAUDenise Raquel Soares 6.730.218-4 QFEB 2º GRAUDenise Valentini 1.683.103-4 QFEB 2º GRAUFrancieli Gonçalves Azeredo 9.908.138-4 QFEB 2º GRAUJoseane do Rocio Kamaroski 6.989.081-4 QFEB 2º GRAURozimari Aparecida Pedroso 6.431.092-5 QFEB 2º GRAUVera Lucia Tumps 7.956.095-2 QFEB CURSO
SUPERIORRegiane Erdamann da Silva 7.585212-6 QFEB 2º GRAU
RELAÇÃO SERVIÇOS GERAIS
NOME RG VÍNCULO GRAU INST.Aparecida da Silva Tibiriça 3.524.374-7 QFEB 2º GRAUCelina do Carmo da S. Wotcoski 4.411.947-1 QFEB 2º GRAU Floricia Maria Santana Leite 4.985.606-7 QFEB 1º GRAUJosiane Santos da Silva 6.015.987-4 QFEB 2º GRAUMarcia Regina da Silva Ribeiro 4.285.760-2 QFEB 2º GRAUMarlucia Pereira dos Santos 2.068.249-3 QFEB 2º GRAU
EQUIPE PEDAGÓGICA
NOME RG VÍNCULO FUNÇÃOCélia B. Kaminski 1.919.787-5 QPM PEDAGOGAClaudete Maria Knapik 2.088.749-4 QPM PEDAGOGADiovani Kawa 4.958.722-8 QPM DIRETOR
AUXILIARLindacir Popovicz 4.143.343-4 QPM PEDAGOGAMaria Aparecida Torres C. Schuertz 4.154.214-4 QPM PEDAGOGA
87
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
APRESENTAÇÃO
O homem só pode existir efetivamente na exata medida em que vai se
relacionando com a natureza, através da prática social e consigo mesmo, pelo
cultivo da própria subjetividade. Tornar viável a existência dos homens numa dada
realidade histórica e social, significa hoje construir a efetiva cidadania e garantir a
todos, sem qualquer forma de discriminação, as condições para o exercício pleno
destas práticas, de modo que possa ser um produtor e fruidor de bens naturais,
sociais e culturais na sociedade a qual vive.
Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo esta
libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conhecimento
científico, político e cultural, visando formar um cidadão consciente de seus direitos
e deveres, preparando-o para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e
com o meio ambiente de forma equilibrada, onde prevaleça o respeito e a dignidade
humana.
A escola que estamos construindo deve ser um espaço acolhedor que
garanta o acesso, a permanência e os avanços efetivos na aprendizagem do aluno.
As diferenças individuais devem estar sempre presentes, onde à atenção e à
diversidade deve ser o seu eixo norteador da Inclusão educacional. A inclusão antes
de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a sociedade.
A presente Proposta Curricular está voltada aos valores, conhecimentos e
relações que são os grandes pilares da educação, as quais apontam os princípios
da identidade, diversidade e autonomia, dando ênfase também no cotidiano da
escola, à cultura da justiça social e da paz. Tarefa fundamental para uma proposta
que instiga as práticas políticas, levando em conta os aspectos da diversidade, da
situação histórica e particular da comunidade, proporcionando ao educando
compreender a escola como um espaço emancipatório e democrático para que o
mesmo se torne um agente de mudança social, oportunizando-lhe a prática de sua
criatividade e do despertar do seu senso crítico.
Nossa escola tem como principal meta, trabalhar com a diversidade humana,
respeitando as limitações, ritmos e formas de aprendizagem de todos os educandos,
percebendo suas potencialidades e especificidades, oportunizando currículos e
88
metodologias diferenciadas, a favor da inclusão e progressão na aprendizagem dos
mesmos, pois acreditamos numa sociedade sem exclusão social, sem discriminação
de gênero, de raça, de etnia, que construa e consolide valores políticos e culturais
no resgate da ética, da solidariedade, de companheirismo e do compromisso com a
transformação social.
89
PROPOSTA CURRICLAR DE ARTES
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo da Arte em sala de aula é de fundamental importância pela
necessidade de humanização de nossos educandos. Segundo ARCO-VERDE
(2003), quando o aluno entra em contato com o elemento ARTE, percebe quem
somos e para que viemos. Dessa maneira, estamos possibilitando a eles o domínio
dos sentidos para a vida, preparando-os para as batalhas que terão que enfrentar no
seu dia-a-dia.
Também o processo histórico de formação dessa disciplina é imprescindível
para a compreensão de quem realmente somos. A partir disso, faremos um breve
relato de nossa história artística.
• 1549 a 1759 — No território do Brasil colônia, principalmente onde hoje é o
Estado do Paraná, nas cidades, vilas e missões, foram ensinadas pelos jesuítas as
primeiras formas de arte-educação. A congregação católica chamada de Companhia
de Jesus (jesuítas), instituída na contra-reforma, veio para o Brasil e aqui
desenvolveu a educação religiosa para todas as camadas sociais. Nas missões das
comunidades indígenas, realizaram o ensino religioso, ensino de artes e ofícios,
através da retórica, literatura, cultura, pintura, música, teatro e artes manuais. Esse
modelo era de tradição da alta idade média e renascentista européia.
• 1792 a 1800 — Influenciado pelo projeto iluminista que rompeu com o
teocentrismo medieval propondo a razão como salvação do ser humano, ou seja, o
antropocentrismo, Marquês de Pombal que era Primeiro Ministro de Portugal
expulsou os jesuítas do Brasil, fazendo assim a primeira reforma educacional
brasileira, extinguindo assim a forma religiosa de educação. A Reforma Pombalista
dá prioridade ao ensino da Ciência, com o intuito de desenvolver o Brasil. O ensino
da arte torna-se desnecessário nesse modelo, e apenas o desenho é relacionado
com a matemática nesse modelo de aprendizado. Nesse período, são implantadas
as aulas régias, eram aulas avulsas que supriam as disciplinas, que antes eram
oferecidas pelos padres jesuítas.
• 1808 — Enfim, a família real portuguesa chega ao Brasil, fugincocla invasão
de Portugal que foi ocupado por Napoleão Bonaparte D João VI inicia no Brasil uma
série de obras para acomodar material e culturalrriente a corte portuguesa. Entre as
90
ações propostas por D. João VI, estava o convite a vários artistas de renome
internacional para virem ao Brasil, com a finalidade de criar escolas de artes e
promover um ambiente cultural com base nos padrões europeus da época.
1816 a 1826 — Chega ao Brasil a Missão Francesa, um grupo de artistas
franceses que tem por finalidade fundar a Academia de Belas Artes, na quais
artistas brasileiros e portugueses poderiam aprender artes e ofícios artísticos.
Apesar de, no Brasil, os artistas já estarem desenvolvendo a arte barroca
com características próprias, sofrem a imposição do neoclassicismo já em expansão
na Europa. A partir desse período, tornam-se moda o ensino e a prática de piano
com aulas domiciliares.
• Em 1886, no Paraná, inicia-se a fundação da Escola Profissional Feminina,
oferecendo desenho, pintura, corte e costura, confecção de flores e bordados que,
na época, faziam parte da formação da mulher.
• 1890 — Nessa época, acontece a primeira reforma educacional, outra vez
direcionando o ensino para a valorização das ciências e da geometria.
• 1920 — Em oposição a todas as formas anteriores que impõem modelos
que não correspondem com a cultura dos alunos, inicia-se um processo de
valorização da cultura nacional que se expressa na educação proposta pelo modelo
da “escola nova”. Esse movimento valorizava a cultura do povo.
• 1922 — A Semana da Arte Moderna representou um marco fundamental
para a evolução da arte brasileira, criando o modelo nacionalista da arte. Esse
movimento influenciou artistas brasileiros, valorizando o ensino da arte para crianças
através da expressividade, espontaneidade e criatividade. O modelo rompeu com os
padrões da escola tradicional de arte moldada na maneira de pensar dos europeus.
• 1931 — Foi criado nas escolas brasileiras o ensino do canto orfeônico com
grande incentivo do compositor brasileiro Heitor VilIa Lobos. A música teve grande
divulgação nas escolas, conservatórios, com o ensino de hinos e canto coral, com
apresentações de sucesso para grandes públicos.
• 1948 — Augusto Rodrigues cria no Rio de Janeiro a primeira escolinha de
artes do Brasil, com a forma de atelier-livre, com a finalidade de se desenvolver a
criatividade, incentivando-se a expressão individual, com base na pedagogia da
Escola Nova.
• 1954 — É criada a primeira escola de Arte Educação Brasileira, no Colégio
91
Estadual do Paraná, em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão criativa
dos alunos, bem como desenvolver as artes plásticas, a música e o teatro.
• 1971 — A Lei Federal N.2 5692/71, no seu artigo 7., a obrigatoriedade do
ensino de artes nos currículos do ensino fundamental, a partir da quinta série, e no
ensino médio, caberia aos professores trabalhar com os alunos o domínio dos
materiais que seriam utilizados na sua expressão.
• 1990 — Durante os anos 80, houve grandes mobilizações dos movimentos
sociais para a redemocratização do país e para a constituinte de 1988. Em 1992, a
Escola Profissional República Argentina passou a denominar-se Centro de Artes
Guido Viaro, voltada para o ensino de artes.
• 1996 — Lei Federal N. 9394/96 — Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional — mantém a obrigatoriedade do ensino de artes nas escolas de educação
básica. Essa lei propõe a formação geral dos alunos, com oposição à Lei Federal
N.2 5692/71.
• 1998 — São normatizadas pelo Conselho Nacional de Educação as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (D.C.N.E.M.).
• 2003 — Inicia-se o processo de Construção Coletiva das Orientações
Curriculares do Ensino Médio.
92
OBJETIVOS
Formar o cidadão para torná-lo apto a construir sua identidade sócio-cultural,
conhecedor dos seus direitos e deveres, tendo na arte a possibilidade de
desenvolver suas capacidades criadoras. Partindo-se da utilização da estrutura
artística desenvolvida no Ensino Médio das Diretrizes Curriculares que são os
elementos formais, a composição, os movimentos e períodos.
93
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA - 1º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÁREAS ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Superfície TexturaVolume Cor
Figurativa Abstrata Figura//fundo Bi/tridimencional Contrastes Ritmo visual Gêneros e técnicas
MUSICA
Altura
Duração
Timbre Intensidade Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Intervalos melódicos Intervalos harmônicos Notas musicais Divisão das notas
Gêneros e técnicas Improvisações
Paródias Composições
Rotação
Personagens Expressão corporalGestual, vocal l e facial Ação Espaço cênico
Representação Sonoplastia Iluminação Coreografia Maquiagem Figurinos, cenário Adereços Jogos textuais DramatizaçãoRoteiros Enredos Gêneros Técnicas
DANÇA
Movimentos corporais TempoEspaçoRitmo
Ponto de apoio Salto e queda RotaçãoFormação Deslocamento SonoplastiaCoreografia Gêneros e técnicas
94
CONTEÚDOS DA DISCIPLINA – 2º SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÁREAS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Superfície Textura Volume Cor Luz
Figurativa Abstrata Figura//fundo Bi/tridimencional Virtuais Semelhanças Contrastes Ritmo visual e técnicas
MÚSICA
AlturaDuração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Intervalos melódicos Intervalos harmônicos Notas musicais Divisão das notas Gêneros e técnicas Improvisações Paródias
TEATRO
Personagens Expressão corporal Gestual, vocal e facial Ação Espaço cênico
Representação Sonoplastia Iluminação Coreografia Figurinos, cenário Maquiagem Adereços Jogos textuais Dramatização Roteiros Enredos Gêneros Técnicas
DANÇA
Movimentos corporais Tempo Espaço Ritmo
Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros e técnicas
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES Cultura africana
95
METODOLOGIA
Educar pela arte abre as possibilidades ao educando de ampliar sua visão
de conhecimentos, aumentando sua capacidade de desenvolvimento cultural,
criativo e intelectual. Entende-se como visão criativa, hão só ao ato de ver, mas
também ver e compreender os objetos, sua estrutura criativa, tanto em relação ao
seu ponto de vista como de outros. A arte é um instrumento que possibilita aos
sentidos as percepções, auxiliando-os na construção da sua identidade cultural e
intelectual.
Ao utilizarmos os nossos recursos artísticos, é importante que estes ocorram
dentro da aprendizagem da pedagogia histórico-crítica. A escola deve ser percebida
como um todo, vista como um centro de experiência permanente. A escola deve
oportunizar a co-responsabilidade dos professores e alunos no processo de
aprendizagem. É de fundamental importância que, durante as aulas, o professor, no
primeiro momento, deixe claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo
do seu ponto de vista e indo para a explicação dos porquês e de como serão
trabalhados. A postura do professor é de quem explica, questiona, corrige. Ele age
na zona de desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vygotsky. Com isso, ele
busca no aluno a compreensão para que se possa explicar, agir e interagir nas
informações adquiridas, com os colegas, com o professor e com a escola.
Para a educadora Ana Mae Barbosa: “Quando trabalhamos com o ensino de
Artes, temos um tripé que são: o fazer, o sentir e o perceber das dimensões
artísticas. Agindo assim, o trabalho em sala de aula poderá tomar quaisquer desses
eixos ou os três ao mesmo tempo. No ensino médio, as formas de relação da arte
com a sociedade são tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando-se a
associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem”.
96
AVALIAÇÕES
De acordo com a LDBEN N.2 9394/96, artigo 24, inciso V, e com a
Deliberação N. 07/99 do Conselho Estadual de Educação, capítulo 1, artigo 8., a
avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno
entre os conhecimentos em Artes e a sua realidade, evidenciada tanto no processo
quanto na produção individual e coletiva, desenvolvidos a partir desses saberes.
Para se tratar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao
conhecimento específico das linguagens artísticas tanto em seus aspectos
experimentais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e
fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos
estudados e produzidos.
Avaliação é um processo amplo de aprendizagem, indissolúvel no todo, que
envolve responsabilidade do professor e do aluno. Pensar em avaliação no âmbito
escolar, no campo da educação e de direitos, nos faz pensar a sua função, o papel
social do professor e a razão da existência da escola. Essa discussão sobre a
inclusão e exclusão, privilégios e direitos, direitos e obrigações, que alunos
queremos formar, qual escola estamos construindo e para qual sociedade?
Necessitamos, pois, de uma avaliação contínua, formativa, emancipativa,
com a perspectiva do desenvolvimento integral do aluno. É importante estabelecer
um diagnóstico correto e identificar possíveis causas de fracassos e dificuldades,
conseguindo com isso maior qualificação e quantificação da aprendizagem.
A avaliação contribuirá para desenvolver a capacidade dos alunos. Ela se
transforma em ferramenta pedagógica, melhora a aprendizagem e a qualidade no
ensino. A avaliação contínua, elaborada pelo docente, compreende as várias áreas
de capacidade dos alunos. Por exemplo: motora, ética, criativa e interpessoal. A
avaliação é concebida como meio pedagógico para ajudar os alunos no processo de
aprendizagem.
Sendo assim, a avaliação contínua possibilita medir o conhecimento
individual de cada aluno e o desenvolvimento de suas potencialidades. Em cada
atividade desenvolvida, são identificados os pontos determinados pelos conteúdos
estruturantes do ensino médio. Os valores de cada atividade são determinados pelo
consenso com os alunos, sempre respeitando o regimento de cada colégio.
97
BIBLIOGRAFIA
ARTE / vários autores. — Curitiba: SEED-PR, 2006.
CANTELE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela O. Arte Linguagem Visual. São Paulo:
IBEP, 2000.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3. eci. ver.
Campinas: Editora Autores Associados, 2005. 191 p.
JASON, H. W. e JASON, Anthony E.; [tradução Jefferson Luiz Camargo]. Iniciação à
História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 1990.
REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. Porto Alegre: Ed. Ática.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
98
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
O princípio da Biologia é o estudo da vida, regida pelo estudo dos seres
vivos, seleção natural e preservação das espécies. Está alicerçada no pensamento
científico, filosófico e tecnológico ao longo dos tempos.
Conscientização dos problemas ambientais presentes e futuros, associando-
os com crescimentos populacionais, industriais, desmatamentos, etc.
Os conteúdos estruturantes são trabalhados de forma a interar assuntos dos
livros didáticos com os avanços da tecnologia, biotecnologia.
99
OBJETIVOS
- Preparar indivíduoS para a vida social, respeito ao meio ambiente ou ambiente em
que ele vive.
- Formar alunos que assimilem conceitos básicos, conhecimento científicos e
tecnológicoS em todos os ramos da biologia.
- Interação entre preservação da vida saúde problemas ambientais no seu dia a dia
com os conteúdos escolares.
- Descobrir no mundo de hoje condições melhores de vida.
- Relacionar conceitos biológicos com fenômenos da natureza.
- Enumerar os avanços tecnológicoS dentro dos ramos da biologia.
- Citar as evoluções e avanços na preservação das espécies.
100
CONTEÚDOS
1º Série:
Organização dos Seres Vivos
1. História da Biologia
1.1 A origem da Biologia;
1.2 Características dos seres vivos;
1.3 Níveis de organização em Biologia;
1.4 A Biologia e algumas questões da atualidade;
1.5 A Biologia como ciência;
1.6 Métodos científicos.
2. Origem da vida na Terra.
2.1 A formaçda Terra;
2.2 Teria moderna sobre a origem da vida;
2.3 Evolução e diversidade da vida;
2.4 A química da vida;
2.5 A água e os seres vivos;
2.6 Glicídios, lipídeos, proteínas, vitaminas e ácidos nucléicos.
3. Citologia
3.1 A célula: teoria celular e padrões celulares;
3.2 Envoltório celular
3.3 Divisão celular,
3.4 Respiração celular
4.Histologia.
4.1 Tecido epitelial;
4.2 Tecido conjuntivo;
4.3 Tecido muscular;
4.3 Tecido nervoso
• Embriologia
101
5.1 Fases do desenvolvimento embrionário;
5.2 Desenvolvimento embrionário Humano;
5.3 Nascimento da espécie humana
6. Seres Vivos
6.1 A diversidade dos seres vivos;
6.2 Sistemática.
7. Meio Ambiente
7.1 Ecologia: introdução, fluxo de energia e ciclo da matéria;
7.2 Relações entre os seres vivos de uma comunidade e ecologia da produção;
7.3 Principais ecossistemas;
7.4 Quebra do equilíbrio ambiental.
2º Série
• Classificação dos seres vivos.
1. 1 O que é sistemática
1.2 O desenvolvimento da classificação biológica;
1.3 A sistemática moderna.
2. Vírus.
2.1 Características gerais dos vírus;
2.2 A estrutura dos vírus
2.3 Diversidade do ciclo evolutivo viral;
2.4 Vírus e doenças humanas.
3. Reino Monera.
3.1 Características gerais, estruturais e nutricionais das bactérias;
3.2 Reprodução das bactérias;
3.3 Classificação das bactérias;
8.1Nutrição;
8.2 Circulação sanguínea;
8.3 Respiração e excreção;
102
8.4 Sistema nervoso e endócrino.
3º Série
4. Biodiversidade e, manipulação Genética.
1. Genética.
1.1 As origens da genética;
1.2 Lei da segregação genética;
1.3 Relação entre genótipo e fenótipo
1.4 Lei da segregação independente dos genes;
1.5 O mapeamento dos genes nos cromossomos;
1.6 Herança ligada ao sexo;
1.7 Anomalias genéticas humanas.
5. Evolução Biológica.
2.1 Breve histórico das ideias evolucionistas;
2.2 Teoria moderna da evolução;
2.3 Origem das espécies e dos grandes grupos de seres vivos;
2.4 Evolução humana.
6. Ecologia
3.1 Fundamentos da ecologia;
3.2 Energia e matéria nos ecossistemas;
3.3 Dinâmica das populações biológicas;
3.4 Relações ecológicas entre seres vivos;
3.5 Sucessão ecológica e biomas;
3.6 Humanidade e ambiente.
103
METODOLOGIA
Para entender o Propósito do ensino da Biologia é necessário partir do
princípio que Somos seres que interagem com a natureza.
Assim como a biologia que é uma ciência que atualiza-se todos os dias. O
também possui uma bagagem de experiências muito rica para interagir as aulas
como todos os assuntos relacionados a esta ciência.
Por isso a metodologia de ensino nesta disciplina é muito flexível baseado
nos Conteúdos estruturantes.
Além de aulas teóricas, há Possibilidades de fazer muitas experiências
trabalhos de campo, pesquisas; na internet, de entrevistas, para apropriar-se do
Conhecimento
Passar o conhecimento de biologia de acordo com os conteúdos específicos
é esta sempre atualizados de acordo com os avanços da tecnologia.
Importa também, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as
primeiras ideias do aluno, como elementos que também podem Construir à
compreensão do Conceito de vida.
104
AVALIAÇÃO
Processo contínuo e paralelo no decorrer no Ano Letivo. Deve ser formativa
e certificativa, o seja para a mobilização de recursos cognitivos(saberes,
capacidades, informações, etc.
Além de um processo contínuo, paralelo e sistematizado, a avaliação precisa
ser também diagnóstica, funcional e integral, devendo possibilitar ao professor
verificar o que o aluno já sabe, informação, essa necessária como ponto de partida
para o aprofundamento dos conceitos a serem construídos, como funcional, deve
verificar se estão sendo alcançados os objetivos pretendidos, como integra, deve
analisar aspectos cognitivos.
Para isso, são necessárias as utilizações de diversos tipos de instrumentos
tais como: interpretação dos textos pesquisados pelos alunos, apresentação de
trabalhos em grupos ou individuais, debates, análise de filmes ou atividades
práticas, exercícios em sala de aula, avaliações escritas, sempre orientadas pelo
professor.
Serão realizadas recuperações paraletas, que tem como objetivos
retomadas dos conteúdos, com avaliações ou trabalhos para a assimulação do
assunto estudado. Neste processo o cidadão que assimilou o Ensino da Biologia
estará cada vez mais capacitado para usufruir do ambiente destrui-lo ou degradá-lo
inconsequentemente.
105
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio; Versão preliminar/2006.
PAULINO, W.R., Biologia: Novo Ensino Médio. São Paulo. ed. Ática, 2003.
CARVALHO, V., Biologia em Foco. São Paulo. ed. FTD, 2002 Vol único.
LINHARES, S., Biologia. São Paulo, ed. Ática, 2000, 1 edição São Paulo.
A pré-História — São Paulo: Ática, 1996, Série (Atlas Visuais)
BIZZQ, nélio. Darxan: do telhado da Américas a Teoria da Evolução São Paulo:
Odysseus, 2002.
Baines, J. Chuva ácida 2. ed. São Paulo: Seipione, 1993.
Preierve a atmosfera. 2 ed São Paulo: Scipione, 1993.
106
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao se tratar da História da Educação Física no Brasil, quase sempre nos
deparamos a uma série de citações que a vincula à história das instituições militares
em nosso país. A história da Educação Física no Brasil, se confunde em muitos de
seus momentos com a dos militares.
Tendo suas origens marcadas por essa influência, contaminadas pelos
princípios positivista e uma das que chamou para sí a responsabilidade pelo
estabelecimento e manutenção da ordem social, quesito básico à obtenção do
almejado Progresso, a Educação Física no Brasil, desde o século XIX, foi entendida
como elemento de extrema importância para forjar daquele indivíduo “forte”,
“saudável”, indispensável à implantação do processo de desenvolvimento do país
que, saindo de sua condição de colônia portuguesa, no início da segunda década
daquele século, buscava construir seu próprio modo de vida.
Contudo esse entendimento, que levou por associar a Educação Física à
educação do físico, saúde corporal, não se deve exclusivamente e nem tampouco
priorítariamente aos militares. E eles, nessa compreensão, juntavam-se aos médicos
que, mediante uma ação calcada nos princípios da medicina social de índole
higiência, imbuíram-se da tarefa de ditar à sociedade, através da instituição familiar
do periodo colonial, auto proclamavam-se a mais competente das categorias
profissionais para redefinir os padrões de conduta física, moral e intelectual.
Após este breve apanhado histórico, acredita-se que para tornar possível o
avanço no sentido de possiblitar novos caminhos para a disciplina e, partindo
também,da necessidade eminente que se apresenta no cotidiano escolar e, com
todas essas novas abordagens disponíveis ex: Construtivista ( Freire, 1989),
histórico-critica ( Soares, Taffarel, Castellani Filho, 1992), desenvolvimentista ( Tani,
Manoel) etc, transformações significativas na prática pedagógica da Educação
Física escolar já ocorreu. Afinal, cada uma dessas abordagens propunha uma forma
diferente de desenvolver a Educação Física no contexto da educação escolarizada,
ou seja, uma alternativa aquela tradicional e hegemônica centrada em aptidão física
107
e esporte. Conforme as Diretrizes Curriculares de Educação Física, compreendemos
que os conteúdos estruturantes propostos: esporte, jogos e brincadeiras, ginástica,
lutas e danças se aplicados de uma forma diversificada e aprofundada, poderão
torna-se uma grande oportunidade de aprendizagem e aquisição de novos
conhecimentos.
108
OBJETIVOS:
Conhecer os elementos que compõem a disciplina: ginástica, jogos e
brincadeiras, esportes, dança, luta e os elementos articuladores: Educação
ambiental, educação fiscal, sexualidade, História do Paraná e Cultura Afro-Brasileira.
Utilizar a atividade predominantemente física, sem que seus objetivos sejam
exclusivamente físicos, sendo os elementos característicos a atividade física
instrução, sistematização e a existência de objetivos educacionais.
Fazer com que os alunos a partir da prática das diversas modalidades
esportivas e de ginástica, adquiram o gosto pelas atividades físicas, fazendo com
que ao menos uma dessas modalidades faça parte do seu dia-a-dia,visando uma
melhor qualidade de vida.
Conhecer e discutir a respeito das regras oficiais esportivas, tornando-os
mais críticos e participativos.
Incentivar a mudança e criação de novas brincadeiras e jogos, visando uma
melhor adaptação à participação dos colegas nas atividades.
Elaborar pesquisas e seminários para melhor conhecimento da origem e
evolução dos diversos ritmos da dança, propiciando e incentivando as coreografias.
Conhecer o histórico e a filosofia das lutas e artes marciais.
Propiciar um melhor conhecimento sobre as questões ambientais,visando
uma conscientização de proteção ao planeta.
Desenvolver o estudo da História do Paraná, relacionando-o com o folclore e
a História e cultura Afro-Brasileira.
Socializar: a socialização do indivíduo se dá exatamente através da
interiorização de valores e de normas de conduta da sociedade a que pertence.
109
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Com relação ao ensino da Educação Física, foram selecionados conteúdos
número de aulas ofertados pelo estabelecimento de ensino, levando-se em conta o
nível de conhecimento adquirido pelo aluno no decorrer de sua vivência corporal.
110
1º Série:
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA
FUTSAL
HANDEBOL
BASQUETE
FUTEBOL
Análise e interpretação das regras,sistemas táticos,
súmulas(preenchimento).
Relação esporte e lazer.
Função social do esporte.
Vivenciar essas modalidades esportivas como jogo
competitivo e cooperativo.
DANÇA
E
TEATRO
Diferentes tipos de dança. (ritmos)
Dança, expressão corporal e diversidade cultural.
Influência dos afro-descendentes em alguns ritmos (reg,
samba e pagode). Criação de coreografias.
Teatro: Conscientização Ambiental.
GINÁSTICA GERAL
DE
ALONGAMENTO E
RELAXAMENTO
Ginástica e suas variações.
Função social da ginástica.
Correções posturais
Aulas práticas de alongamento e relaxamento, em
duplas e individual, com e sem materiais (bolinhas de
borracha,cabo de vassoura,tecido...).
TAEKWONDO
KARATÊ
JJUI-JITSU
KUNG-FU
Lutas x artes marciais.
Histórico, filosofia e características das diferentes
artes marciais.
Identificação e diferenciação de alguns golpes e
movimentos dessas artes marciais,
JOGOS COOPERATIVOS
E
JOGOS COMPETITIVOS
Dinâmica de grupo.
Jogo de peteca, bad mingtom, frescobol,queimada...
Organização de gincanas.
TENIS DE MESA
XADREZ
Organização de torneios com preenchimento de
sumulas e arbitragem.
Benefícios e contribuições do esporte.
111
2º SÉRIECONTEÚDOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA
FUTEBOL
FUTSAL
HANDEBOL
HANDEBOL
Sistemas táticos.
Torneios esportivos com montagem de tabelas,
preenchimento de súmulas e arbitragem.
Análise dos diferentes esportes no contexto social e
econômico.
Nutrição, saúde e prática esportiva.
Influência da mídia no esporte.
Diversidade étnico-racial no contexto esportivo
DANÇA DE RUA,
DANÇA LIVRE
E TEATRO
Diversidade cultural visível na dança.
Manifestações artísticas e culturais influenciadas pelo
hip-hop.
Interpretação e criação de coreografias.
Teatro sobre sexualidade ,drogas e DST.
CAPOEIRA Histórico, estilo de jogo/dança/luta, musicalidade e ritmo.
Aprendizagem da ginga, esquivas, golpes e contra
golpes.
Confecção de berimbau,pandeiro,tambor,ganzua..
Criação de ladainhas.
Envolver todos os elementos da capoeira na roda.
(apresentação).
GINÁSTICA RITMICA E
GINÁSTICA DE
ACADEMIA
Elementos que compõem a ginástica rítmica. Pontuação,
regras e dificuldades.
Criação de coreografias da G.R.
Ginástica x sedentarismo e qualidade de vida.
Capacidades físicas, grupos musculares e fontes de
energia.
Freqüência cardíaca.
A saúde, o corpo e a mídia.
JOGOS DE TABULEIRO
E
INTELECTIVOS
Torneios de (dama, tria).
Vivência nos jogos de ludo, resta um, jogo da vida...
Possibilidades desses jogos para o lazer
112
3º SÉRIECONTEÚDOS ABORDAGEM PEDAGÓGICA
JOGOS POPULARES
E
JOGOS ELETRÔNICOS
Dinâmica de grupo.
Criação e vivência de jogos populares regionais.
Influência da mídia nos jogos eletrônicos.
Pós e contras dos jogos eletrônicos.
DANÇA DE SALÃO
E
TEATRO
Dança no mercado de trabalho.
Evolução dos ritmos da dança de salão.
Interpretação e criação de coreografias.
Organização de um festival de dança de salão,
apresentando a variedade de ritmos,sua influência
cultural, social e econômica.
Apresentação das coreografias.
Teatro sobre as influências afro-descendentes.
MAIY THAI
BOXE
JUDO
SUMO
Histórico, filosofia e características dessas lutas.
Apropriação da luta pela Indústria Cultural.
Influência no contexto social.
Benefícios proporcionados aos praticantes.
GINÁSTICA LABORAL
E DE ACADEMIA
As diferentes modalidades da ginástica de academia
Diferentes métodos de avaliação: de análise e
testes físicos.
Exercícios localizados e aeróbicos.
Criação de coreografias aeróbicas.
Desvios posturais e correções posturais. DORT e LER.
Influência da mídia no mercado de trabalho e na
indústria cultural.
VOLEIBOL
FUTASAL
HANDEDOL
BASQUETE
FUTEBOL
TÊNIS DE MESA
Sistemas táticos (vivência e aperfeiçoamento).
Doping e recursos ergo gênico.
Organização de campeonatos,montagem de
tabelas,súmulas e arbitragem.
Análise dos esportes no contexto social.
113
METODOLOGIA
Além de trabalhar com os alunos os elementos que compõem seus meios
sociais e culturais, faz-se necessários possibilitar condições para identificar e
transformar o espaço em que vivem.
Não somente trabalhar com as técnicas corporais e esportivas com os
alunos, mas, através delas e em conjunto com os alunos, realizar uma leitura crítica
do mundo, interferindo e possibilitando a interferência e a transformação dessa
realidade.
Trabalhar através dos pressupostos do movimento expresso na ginástica,
dança, esportes e jogos, historicamente colocados.
Quando o professor propões atividades de complexidade progressiva, ocorre
uma necessidade de reorganização mental do sujeito, que implica em esquemas de
assimilação e acomodação. Constantes desafios aos alunos provocam
desequilíbrios que precisam ser resolvidos e é nessa necessidade de voltar ao
equilíbrio que ocorre a construção do pensamento.
Metodologicamente organizados os conteúdos, devem ter uma sequência
lógica de apresentação, pois com isso o aluno deverá ser capaz ao longo do seu
período escolar de forma pensamentos mais elaborados.
Realizar atividades práticas, teóricas e coletivas.
Apresentação de vídeos informativos.
Incentivar a pesquisa fazendo uso dos meios de comunicação erecursos
tecnológicos, como por exemplo, a internet.
Há, então, que se buscar, através através da metodologia, uma formação de
alunos autônomos, que sejam capazes de cooperar, questionar e criticar os valores
que lhes são transmitidos, tornando-se potencialmente aptos para transformá-los
quando necessário.
114
AVALIAÇAO
“Se a finalidade do ensino é facilitar modificações positivas no comportamento do aluno, então obviamente, a finalidade da avaliação é determinar modificações e,por sua vez, a éficácia do ensino.” (Singer e Dick 1980. pág.145)
A avaliação deve ser parte integrante continua, permanente e cumulativa no
processo de ensino aprendizagem, contribuindo para a construção dos saberes.
Não se pretende analisar aptidões físicas, e sim romper com essa
possibilidade, A dignidade, a solidariedade, o respeito mútuo são fatores de carácter
que se pretende observar e isso servirá como feed-beck para transformações das
próprias aulas. As progressões e as potencialidades dos alunos deverão ser
considerados, sua evolução heterogênea e suas características compartilhadas com
o outro no sentido de fomentar o respeito pelo diferente.
Pretende-se avaliar o aluno de diversas formas: por meio de produção de
trabalhos, textos, participação nos debates, relacionamentos, análises e discussões
temáticas, além da participação prática e oral, utilizando-se de várias formas de
registro.
Ainda há a necessidade de observar se o aluno realiza as atividades
propostas, agindo de maneira cooperativa, utilizando-se de formas de expressão
que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade,
solidariedade e se realizam as atividades reconhecendo e respeitando suas
características físicas e culturais sem discriminação.
Enfim a avaliação será permanentemente valorizando a atuação,
desempenho e interesse do aluno.
Sempre que necessário fazer o resgate dos conteúdos que por algum motivo
não foi absorvido pelo aluno. Recuperação Paralela.
115
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -
Coletivo de autores: metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,
1991.
Castellanj Filho, Lino. Educação Física no Brasil — A História que não se conta.
Campinas: Papirus, 1991.
Rev.pauLEducação Física, São Paulo, sopl.4, p1 10-15, 2001.
Diretrizes Curricu lares de Educação Física para os anos finais do Ensino
Fundamental e para o Ensino Médio — 2008.
Freire, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da Educação Física!
São Paulo: Scipione, 1997.
116
PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo dos últimos dois milênios, no ocidente, a filosofia não apresentou
unicamente desejo de pronunciar respostas, mas a qualidade e profundidade dos
questionamentos, discursos, reflexões e os conceitos da origem e composição do
universo. Dessa forma, propor a disciplina de filosofia no ensino médio paranaense,
mediante a orientação das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, não está
direcionada ao encontro de soluções para as questões filosóficas do passado ou
contemporâneas, embora, entrar em contato com a linguagem filosófica com seus
conceitos e problemáticas, questões filosóficas inerentes à arte, ciência, mito, teoria
do conhecimento, política, ética, e pensadores da filosofia sejam temáticas centrais
da disciplina.
Outro ponto pertinente, ao ensino da filosofia, se reporta à história da
educação no Brasil, que desde seu início no período jesuíta não apresenta uma
linearidade, no que se refere, à obrigatoriedade da oferta desta disciplina na grade
curricular da educação básica, devido ao fato, do sistema educacional estar ligado,
diretamente, com o sistema político e seu momento histórico. Esta descontinuidade
do ensino da filosofia produziu rupturas no contato dos jovens brasileiros com o
mundo da filosofia, o que representou um elemento a menos na formação crítica,
humana e voltada para o exercício da cidadania.
Por fim, para reparar as “rupturas do passado”, possibilitar aos educandos
brasileiros um contato com os temas da filosofia voltada para formação de cidadãos
críticos, o M.E.C( Ministério da Educação e Cultura), por meio do
CNB/CEB( Conselho Nacional de Educação) aprovaram a Resolução n2 04 de
agosto de 2006 e Parecer n 38/2006 que tornou o ensino da Filosofia e Sociologia
obrigatório no ensino médio. No Estado do Paraná, a Resolução do M.E.C e do
CNB/CEB foram fortalecidas pela Lei Estadual n2 15.228 de julho de 2006 que torna
obrigatório o ensino de Filosofia e Sociologia na matriz curricular.
117
OBJETIVOS
O intento geraI. desta Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia é
fomentar o Inciso III do § 1 do Artigo 36 da LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação de 1996), determinando que o educando ao final do ensino médio deve
demonstrar o “domínio dos conhecimentos de Filosofia e d Sociologia necessários
ao exercício da cidadania”.
Ainda, objetivar a inserção desta disciplina é propiciar ao educando uma
formáção com mais elementos interpretativos da cultura e sua diversidade,
problemáticas históricas e sociais do passado ou contemporâneas. Uma vez que o
ensino da filosofia deve integrar-se e somar a outras disciplinas, propicia-se ao
educando um pleno desenvolvimento de suas potencialidades, para formação de
indivíduos de espírito livre capazes de reflexões não ligadas a ideologias de
propaganda, fanatismo e intolerância. Portanto, o conhecimento filosófico do ensino
médio deve produzir, no educando ao final da etapa da educação básica, uma
sensibilização direcionada para o pensamento independente.
118
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ministrar os conteúdos estruturantes da Diretriz Curricular do Estado do
Paraná (D.C.E.) da disciplina de filosofia: Mito, Teoria do Conhecimento, Ética,
Filosofia Política, Filosofia da Ciência, Estética. E ministrar conteúdos específicos a
partir de cada conteúdo estruturante da disciplina.
Propiciar, ao educando do ensino médio, o contato e a problematização dos
temas e questões inerentes a temática filosófica exposta.
Apresentar a importância da lógica para a construção da linguagem de um
autêntico discurso da filosofia. Enfatizando as diferentes características do senso-
comum e do discurso filosófico.
Sensibilizar os educandos com as questões filosóficas a fim de produzir
interpretações dos conceitos que permeiam a realidade.
Instigar a investigação filosófica acerca da composição e origem do
Universo, assim como os elementos que o formam, juntamente com suas relações.
Demonstrar a influência dos pensadores da filosofia na formação do pensamento
ocidental do passado, na atualidade e nos diversos campos do conhecimento.
119
CONTEÚDOS ESTRUTU RANTES
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos Sistema de Avaliação
2º Série
Mito
&
Filosofia
Teoria
do
Conhecimento
&
Ética
1 ºEtapa
O que é filosofia (Deleuze)
Mito e filosofia
Saber filosófico
Mito e ritos indígenas e
africanos(Lei 10.639106 e
13.381/01)
2º Etapa
Os Pré-socráticos.( Dos
primeiros filósofos aos sofistas)
Sócrates, Piatão e Aristóteles.
3º Etapa
O Princípio da Identidade
(Parmênides)
Possibilidades do Conhecimento
Senso comum x filosofia, método
da filosofia
Formas de conhecimento
Empiristas x Racionalistas
4º Etapa
O que é ética(Aristóteles)
Moral( Nietzsche)
Liberdade e autonomia(Sartre)
Público e Privado
(Rousseau)
Normas Sociais(Etica a
Nicomâco Aristóteles)
1º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vlr=2,0
+ 1 trab. mdiv. vir = 2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
2º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vlr=2,0
+ 1 trab. mdiv. vir = 2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
3º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vir=2,0
+1 trab.indiv.vir=2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
4º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vir=2,0
+ 1 trab. mdiv. vir = 2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
120
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Específicos Sistema de Avaliação
3º SÉRIE
Filosofia da
Ciência
&
Filosofia Política
Filosofia Política
&
Estética
1 ºEtapa
História da ciência; concepções
de ciência; o método científico;
contribuições e limites da
ciência; ciência e ideologia;
ciência e ética
2 ºEtapa
O que é política; Conceito grego
de Zoon
Politi kon(Aristóteles); Política
romana; política medieval;
Maquiavei; Hobbes; Rousseau
3º Etapa
Relações entre Comunidade e
poder; Liberdade e igualdade
política; política e ideologia;
esfera pública; cidadania
4º Etapa
Natureza da arte; filosofia e arte;
categorias estéticas: feio, belo,
sublime,trágico,cômico,grotesco,
gosto; estética e sociedade
1º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vir=2,0
+ 1 trab. mdiv. vir = 2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
2º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vir=2,0
+ 1 trab. mdiv. vir = 2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
3º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vir=2,0
+ 1 trab.indiv.vlr=2,0
+ avaliação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vT= 8,0
4º Etapa
2 txts interpretativos dos
conteúdos específicos vir=2,0
+ 1 trab. indiv.vir=2,0
+ avaiiação final vir = 6,0
+ ativid. de recup. vir = 8,0
121
METODOLOGIA
Através das quatro fases necessárias para as aulas de filosofia — expostas
na Diretriz Curricular do Estado — sensibilização, problematização, investigação,
interpretação de conceitos, a metodologia das aulas será por meio de: aulas
expositivas, debates, pesquisa extra-classe, dinâmicas de temas específicos e aulas
interativas com a TV/Pendrive. Os educandos após explicações dos conteúdos
produzirão textos interpretativos e trabalhos individuais com cunho avaliativo.
Por meio de explicações utilizando o quadro negro, o professor fornecerá
aos educandos problematizações sobre os temas: O que é mito?; relação mito e
filosofia; o que é filosofia?; atualidade do mito; formas de conhecimento; problema
da verdade; conhecimento e lógica; ética e moral; liberdade; autonomia do sujeito;
política e ideologia; liberdade e igualdade política; história da ciência; ciência e suas
contribuições; filosofia da arte e suas categorias.
O professor utilizará os debates em grupos com a finalidade de sensibilizar
os educandos em relação: o que é mito?, senso-comum e filosofia; o que é
filosofia?; possibilidades do conhecimento; a questão do método; ética e violência;
pluralidade ética; necessidade das normas; esfera pública e privada; relação entre
comunidade e poder; cidadania formal e participativa; limites da ciência; ciência e
ética; o que é feio; belo; sublime; cômico e trágico; estética e sociedade.
Alguns temas serão trabalhados em forma de pesquisas, fora da sala de
aula, com a finalidade de investigação: saber mítico; mitos e ritos africanos; filosofia
africana; mitos indígenas; racionalismo e empirismo; história da lógica; pesquisas
científicas com animais; ética e meio ambiente; O que é público e privado; ciência e
ideologia; o gosto pela arte.
Como um recurso didático extra, o professor desenvolverá em sala
dinâmicas para a interpretação de conceitos: Em teoria do conhecimento - dinâmica
da pedra brita (O Principio da Identidade e a Questão do Ser - ambos em
Parmênides). Em Conceitos de Filosofia - dinâmica do homem morto no milharal
com um palito na mão( Diferença entre Senso-comum e Discurso Racional). Em
estética - dinâmica do boneco de lixo(Conceitos do belo e feio).
122
AVALIAÇÃO
O processo é um rnomento de extrema complexidade. Nas atividades em
sala de aüla, a avaliação deve ser condizente com as particularidades de cada:
escola, turma e aluno respeitando os valores sociais, culturais da realidade dos
educandos. Sendo assim, o mtodo avaliativo deve se configurar mediante a
características próprias, situacionais dos educandos e não somente pela
subjetividade do professor, além de ser contínuo, não-excludente e não “engessado”
a mecanismos anacrônicos, para possibilitar o pleno desenvolvimento das
potencialidades de cada aluno.
Os alunos produzirão individualmente textos, trabalhos e explanações orais
onde demonstrem entendimento parcial dos temas. Serão avaliados pela
potencialidade da sua compreensão e não pela apreensão total dos conteúdos
estruturantes ou específicos. Através da potencialidade da apreensão dos
conteúdos, o professor suscitará aos alunos a investigação a partir dos conteúdos
trabalhados em sala, onde cada aluno buscará apreensão desejada sobre cada
conteúdo que lhe despertar interesse complementando, assim, o conhecimento
adquirido em sala.
O sistema avaliativo detalhado se encontra nesta proposta pedagógica
curricular no campo: sistema de avaliação do planejamento anual da disciplina.
123
REFERÊNCIAS
BRASIL, Orientações curriculares do ensino médio. Brasília, MEC/SEB, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia
para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
MARCONDES, Danhlo. Textos básicos de Filosofia: dos pré-socráticos a
Wittgenstein 5 ed. Rio de Janeiro. Ed. Zahar, 2007.
DELEUZE, G; GUATARI, F. O que é filosofia? 2 ed. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.
CHAUÍ, MARILENA. Convite à filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2004
SANTOS, T. M. Manual de filosofia. 12 ed. São Paulo. Cia. Editora Nacional, 1961
CORDI, C; SANTOS, A.F.; BÓRIO, E; AVELINO, A.C; VOLPE, N.V;
LAPORTE, A.M; ARAUJO, S.M; SHLESENER, A.H. Para filosofar. São
Paulo. Ed. Scipicione, 1996
NICOLA, UBALDO. Antologia ilustrada e filosofia: das origens à idade
moderna. São Paulo. Ed. Globo, 2008.
124
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
Apresentação geral da disciplina
O processo de ensino aprendizagem em Física tem sido objeto de
pesquisas por aqueles que sem interessam ou identificam com esse objeto. Parece
haver um certo consenso que “a preocupação central tem estado na identificação do
estudante com o objeto de estudo”.
A atual Lei de Bases e Diretrizes da Educação LDB 9394/96 trata o Ensino
Médio como parte da Educação Básica e para a maioria dos nossos jovens esse
nível de ensino assume o caráter de terminalidade aos seus estudos, com
pressuposto teórico fundamental que o conhecimento científico é uma construção
humana com significado histórico e Social.
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem
ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura
social humana e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo. Além disso, só
querem contribuir para a formação de sujeitos que seja capazes de refletir e
influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não podemos deixa-los
alheios às questões relativas à ciência e à tecnologia.
Por isto é importante buscarmos o entendimento da ciência e da tecnologia
e as diversas transformações culturais, sociais e econômicos na humanidade
decorrentes deste envolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma
percepção histórica de como estão relações foram sendo estabelecidos as longo do
tempo.
125
OBJETIVOS
Aprender Física partindo de ideias e fenômenos que fazem parte do contexto
do aluno, possibilitando analisar o senso comum, fortalecer os conceitos científicos
na sua experiência de vida, de forma a desenvolver um cidadão capaz de
compreender e interagir com a realidade, desenvolver habilidades para medir e
quantificar, identificando os parâmetros relevantes, reunindo e analisando dados,
propondo conclusões, compreender conceitos, leis, teorias e modelos trabalhados
em sala de aula a situações cotidianas próximos da realidade social, tecnológica e
ambiental, identificar movimentos presentes no dia a dia, classificar diferentes
formas de energia presentes no uso cotidiano, observando suas transformações e
suas regularidades, reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classificar-los
segundo sua função, desenvolver valores e atividades próprios do trabalho científico,
tais como a busca de informações, o “olhar” crítico, a necessidade de verificação das
hipóteses e a procura de novas ideias; desenvolver atitudes positiva e o gosto pela
Física e sua aprendizagem bem como o potencial, o interesse e a autoconfiança em
realizar atividades vinculados à ciência; identificar problemas a serem resolvidos,
estímulos a observação a classificação e a organização dos fatos e fenômenos à
nossa volta, segundo os aspectos físicos e funcionais relevantes.
126
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º Série
Movimento
Introdução ao estudo da Física
• conceito, finalidade e divisão da Física
• grandezas físicas
• sistema internacional de unidade cine métrica escolar
• velocidade
• movimento uniforme
• gráficos do movimento uniforme
• aceleração
• movimento uniformemente variado
• gráficos do movimento uniformemente variado
• queda dos corpos
Dinâmica
• força
• leis de newton
• força de atrito
• trabalho
• energia
• conservação de quantidade de movimento impulso e quantidade de
movimento
• gravitação universal
2º Série
Termodinâmica
Hidrostática:
• Pressão
• empuxo
Termologia
• termometria
127
• temperatura e calor
• escolas termométricas e suas relações
Dilatação Térmica:
• dilatação linear
• dilatação superficial
• dilatação volumétrica
• dilatação dos líquidos
Calometria
• unidades de quantidade de calor
• calor sensível, calor latente e calor específico
• capacidade térmico de um corpo
• princípio da igualdade das trocas de calor
• transmissão de. calor e suas aplicações
Estudo dos Gases
• lei das transformações dos gases
• equação geral dos gases perfeitos
Termodinâmica
• leis da termodinâmica
•
• 3º Série
Electromagnetismo
Eletricidade
Eletrostática
• carga elétrica
• princípios da eletrostática
• processos de eletrização
• lei de coulomb
• campo elétrico
• trabalho e potencial elétrico
• capacidade de um condutor
capacitores
• Eletrodinâmica
128
• corrente elétrica
• estudo dos reatores
• associação de receptores
• circuitos elétricos
• Electromagnetismo
• fenômenos magnéticos
• Substâncias magnéticos
• campo magnético
• indução magnético
A natureza da luz e suas propriedades.
Óptica geométrica
• princípios fundamentais
• reflexão da luz — espelhos planos e espelhos esféricos.
129
METODOLOGIA
A aprendizagem científica realiza-se por meio das transformações concretas
que se produzem no indivíduo. Isto acontece por meio da qualidade do saber com
função prática na vida a que ele tinha acesso.
Para disputar o interesse do educando, precisamos ficar atentos
àsmudanças ao nosso redor, fazendo constante análise dos objetivos que a
sociedade espera do ensino nas escolas, para manter a educação lado a lado com a
realidade, abordando pontos importantes para o momento ninguém pode ensinar
verdadeiramente se não ensina alguma coisa que seja verdadeira ou válida aos
próprios olhos. Como educador, o professor deve empregar maneiras agradáveis e
eficientes de formar pessoas críticas, que saibam aproveitar cada assunto estudado,
não se comportando como menos repetidores do que foi ensinado em aula.
O professor dentro de construtivismo deve estimular o aluno a perguntar, a
construir, devendo relacionar os conteúdos com situações concretas da vida, tendo
a preocupação de que o ensino de Física não se reduzem a uma matemática
aplicada, onde o aluno se perde e esquece o conteúdo que está sendo trabalhado.
O ensino de Física deve promover o livro diálogo entre ideias científicas e as
ideias dos alunos, dando assim novas dimensões ao trabalho realizado em sala de
aula.
O resultado é que o aluno é levado a seguir uma lógica dddd da descoberta
em vez da estática da organização do já conhecido.
130
AVALIAÇÃO
A avaliação déver ser essencialmente frrnativa,àojtínua prosl, vista como um
instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do
professor. Diante disso, não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita,
limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento, O aluno deve ser
frequentemente solicitado a participar e a criar, uma prova não é suficiente para
sintetizar tudo que ele vive, pensa e aprendeu. Logo, é necessário repensar os
instrumentos de avaliação que devem envolver, o mais amplamente possível, todo o
trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho cognitivo como as atividades
dos alunos serão avaliados.
O processo ou avaliação do aluno pode ser descrito a partir da observação
contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupos, da
elaboração de relatórios de atividades, provas e testes que sintetizem em
determinado assunto. A obervação permite ao professor sobre aos procedimentos
utilizados pelos alunos para resolver diferentes situações problema e suas atitudes
em relação ao conhecimento físico.
A partir dos resultados das provas ou testes escritos, o professor poderá
identificar os progressos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações
para recuperar em avançar o processo de ensino aprendizagem. Em nenhum
momento esses instrumentos devem ser utilizados como promoção a punição dos
alunos diante do grupo.
Em resumo, a avaliação deve ser concebida como:
Um conjunto de ações que permite ao professor rever sua prática
pedagógica.
— Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços
e suas dificuldades, levando-o a buscar caminhos para solucioná-los.
— Um elemento integrador entre ensino e aprendizagem.
— Um instrumento que visa o aperfeiçoamento do processo de ensino
aprendizagem em uma ambiente de confiança e naturalidade.
131
RECURSOS DIDÁTICOS
— aulas expositivas sobre os temas centrais
— uso de vídeos e posterior debate
— produção de texto sobre um determinado tema da Física
— semináriOs com temas propostas por série
— pesquisa bibliográfica orientada.
132
REFERÊNCIAS
CARRON W. E GUIMARÃES º Física Vol. Único - 2º ed. São Paulo:’ Editora
moderna.
Diretrizes curriculares da Educação Básica Física — 2008
133
PROPOSTA CURRICULAR GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino da Geografia fundamenta-se nos principais avanços que ocorrem
no interior desta disciplina. Com o surgimento de novas correntes teóricas do
pensamento geográfico, como a Geografia Humanista e a Geografia da percepção,
sem deixar de lado a geografia tradicional.
A Geografia crítica, alicerçada no pensamento marxista que nos permite
trabalhar as dimensões subjetivas do espaço geográfico e as representações
simbólicas que os alunos fazem dele. Também traz as questões econômicas, sociais
e polfticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.
Torna-se importante que os alunos possam perceber-se como construtores
de paisagens e lugares, que compreendam que essas paisagens e lugares resultam
de múltiplas interações entre o trabalho social e a natureza.
O papel da Geografia é de buscar explicar e compreender o espaço
geográfico não somente somo produto de forças econômicas ou de formas de
adaptação entre o homem e a natureza, mas também dos fatores culturais.
Ganha a importância então o papel da cultura, da tradição, da etnia, da
religião, do imaginário coletivo, no estudo dos processos históricos-sociais de
reprodução da existência e, portanto do espaço geográfico.
Valorizando assim suas experiências e outras, ao mesmo tempo estarão
aprendendo a valorizar não apenas seu lugar, mas transcendendo a dimensão local
na procura do mundo.
Ao docente cabe criar situações que os alunos não percam de vista a
dimensão espacial da sociedade e a compreensão de que os elementos dos
espaços naturais, sociais e culturais só são separados para fins de análise e estudo,
na verdade, eles estão em permanente interação no âmbito de três esferas
interpenetrantes: dinâmica da natureza e dinâmica da sociedade.
No processo de aprendizagem a Geografia deve contribuir e orientar a
formação de um cidadão para aprender a ser. Deve buscar um modo de transformar
sujeitos em pleno exercício de cidadania, cujo os saberes se revelem competências
cognitivas, sócio-afetivas e psicomotoras e nos valores de sensibilidade e
solidariedade necessárias ao aprimoramento da vida nesta comunidade.
134
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.
Dimers econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão sácio-ambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) A formação e transformação das paisagens.
2)A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
3)A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem,
(re)organização do espaço geográfico
4)A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
5)A revolução técnico-científica e informacional os novos arranjos no espaço da
produção
6)0 espaço rural e a modernização da agricultura.
7)0 espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
8)A circulação de mão-de- obra, do capital, das mercadorias e das informações
9)Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
10)As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
11)A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
12)Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
13)A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
14)Os movimentos migratórios e suas motivações.
15)A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural.
16)0 comércio e as implicações Sócio-espaciais
17)As diversas regionalizações do espaço geográfico.
18)As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.
19)A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
135
METODOLÓGIA
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos
conteúdos básicos;
Os conceitos fundamentais da Geografia — paisagem, lugar, região,
território, natureza e sociedade — serão apresentados de uma perspectiva crítica;
A compreensão do objeto da Geografia — espaço geográfico — a finalidade
do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia — as relações sociedade/natureza e
as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverão ser consideradas sempre os
conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas
com uso da linguagem cartográfica — signos, escala, orientação,
As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos.
136
AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
Aproprie se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.
Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia -mapas,
tabelas, gráficos e imagens.
Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens
pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e
nas atividade produtivas.
Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de
fontes de energia na sociedade industrializada.
Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de
exploração e uso dos recursos naturais.
Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de
matérias primas e a organização espacial
Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos
étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais
frente a sua importância estratégica.
Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua
importância política, estratégica e econômica.
Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das
atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição da
população.
Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em
sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas
de consumo.
Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das
regiões onde as industriais se instalam.
Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
137
Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como
fator de transformação do espaço.
Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo da
agropecuária moderna.
Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a
formação de cidades mundiais.
Reconheça a a importância da circulação da mercadorias, mão-de-obra,
capital e das informações na organização espaço mundial
Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na
atualidade e sua repercussão ambiental e social.
Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os
problemas sociais e ambientais.
Reconhece as interdependências econômicas e culturais entre campo e
cidade.
Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural
e urbano.
Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas.
Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de
segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações
sócioambientais.
Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho,
consumo e de produção.
Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.
Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais.
Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de
planejamento familiar.
Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.
Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo
de expansão das fronteiras agrícolas.
Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes,
aosfatores de estimulo dos deslocamentos populacionais
138
Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os
grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das, atividades
sociais e produtivas.
Identifique os cónflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na
configuração do espaço mundial.
Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da
OMC para o comércio mundial.
139
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, Lucia Marina Laves de Almeida
ROGOLIN, Tércio Barbosa Rigolin
GEOGRAFIA série NOVO ENSINO MÉDIO,Volume único — editora Ática — ano
2005
LUCCI, Elian Alabi
BRANCO, Anselmo Lazaro
MENDONÇA, Cláudio
GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL — ENSINO MÉDIO
Volume único — editora Saraiva — ano 2004
GEOGRAFIA PESQUISA E AÇÃO:
Volume único Editora Moderna
Angela Corrôa Krajewski
Raul Borges Guimarães
Wagner Costa Ribeiro
A NATUREZA HUMANIZADA
Volume único Editora FDT
Jean-Robert Pitte (coordenador)
O HOMEM ESPAÇO GLOBAL
Editora Saraiva
ELIAN, Alabi Lucci
A NATUREZA DO ESPAÇO Editora Universidade de São Paulo
SANTOS, Milton
GEOGRAFIA EM SALA DE AULA
Editora \universidade de Rio Grande do Sul
140
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de História é importante para a identificação das relações sociais
no próprio grupo de convívio do educando, na região e no país, e outras
manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços.
A partir da elaboração do Projeto Político Pedagógico é possível delinear o
conjunto de ações estruturantes que marcam a ação do professor na construção do
saber histórico.
Instiga a questionar a realidade do aluno, identificando problemas e
possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e a organização da
sociedade civil que possibilitem modos de atuação.
A disciplina de História passou a fazer parte do contexto escolar brasileiro a
partir da terceira década do séc. XIX, tendo como base a teoria positivista orientada
pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito de documentos oficiais, escritos como
fontes SJe verdades históricas, como a valorização dos heróis. Vale lembrar ainda
que até a metade do séc. XIX, o ensino de História se ocupava de reforçar o caráter
moral e cívica dos conteúdos escolares, bem como fez parte de estudos sociais com
geografia e dividiu seu espaço com QSPB e Educação Moral e Cívica.
Na década de 1990, a SEED PR propôs um Currículo Básico fundamentado
na Pedagogia Histórico-Crítica e a partir de 2003, teve início o processo de
elaboração de Novas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na rede
estadual de ensino do Estado do Paraná.
Fundamentada a proposta e utilizando-se dos eixos estruturantes como
poder, trabalho e cultura, é possível uma abordagem clara e precisa a respeito do
processo histórico e também facilitador da interdisciplinaridade.
Esse conjunto de fatores marcou o currículo de história na rede pública
Estadual até o ano de 2002. No seguinte, iniciou-se uma discussão coletivo
envolvendo professores da rede Estadual, com objetivo de elaborar novas Diretrizes
Curriculares para o ensino de História.
Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a
divetsjcde cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar
141
demandas em que tambem se situam os movimentos sociais organizadas destacam
os seguintes aspectos.
• O cumprimento da Lei n2 13.381/01, que torna obrigatória, no Ensino
Fundamental e Mèdio da Fede Publica Estadual, os conteudos de Historia do
Parana.
• O cumprimento da Lei n 10639/03, que inclui no Currículo oficial a
obrigatoriedade da Historia cultura- Afro, seguidas da Diretrizes curriculare nacionais
e para o ensino de historia e cultura Afro-brasileira e Africana.
• O Cumprimento da Lei n 11645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A análise histórica da disciplina e as novas demandas Sociais para o ensino
de história se apresentam como indicativos para estas diretrizes Curriculares, visto
que possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes
foram produzidos e repercutiram na organização do currículo da disciplina.
Neste documentos, a organização do currículo para o ensino de história tem
como referência os conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que
aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. Os conteúdos
Estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser
identificados no processo histórico em uma nova racionalidades não-lenear e
temático.
142
OBJETIVOS
• Consolidar e aprofundar os conhecimentos históricos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos conteúdos;
• Dar condições para que o educando, possa se adaptar com flexibilidade às
novas condições ou situações de ocupação e aperfeiçoamento, quer seja no
trabalho, ou nas relações humanas;
• Possibilitar a compreensão dos fundamentos e dos processos cientÍficos e
tecnológicos produtivos, práticos e teóricos;
• Entender que as relações de poder não se limitam somente à dimensão
política, que essas relações encontram se também na dimensão econômico-
social, cultural, ou seja, em todo o corpo social;
• Situar acontecimentos históricos e localiza-los em uma multiplicidade de
tempos;
• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos dos grupos e povos como
condições de efetivo fortalecimento da democratização, mantendo-se o
respeito às diferenças e da luta contra a desigualdade;
• Possibilitar ao educando o entendimento de que o processo histórico se dá no
enfrentamento das desigualdades sociais, reconhecimento político, nas
especificidades culturais que caracterizam as diferenças das minorias;
• ldentificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na região e no
país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;
• Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,
conhecendo formas político-institucionais e a organização da sociedade civil
que possibilitem modos de atuação.
143
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º Série
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS ESPECÍFICOS
1º Trimestre
• O que é história
• Por que estudar história
• O princípio da humanidade
• O Egito
• A África
• A Mesopotâmia
• Fenícios, Hebreus e Persas
• A Grécia antiga: as cidades-estados
2º Trimestre
• Roma da monarquia à república
• O Imperio Romano
• O legado cultural de Roma
• A Europa Feudal
• O Império de Carlos Magno
• O reino dos Francos
• Religião e cultura na ordem feudal
• Crise no mundo feudal
3º Trimestre
• A centralização do poder
• Uma revolução chamada Renascimento
• Os europeus chegaram à América
• A reforma
• Contra reforma
144
• A cultura afro-brasileira e indígena
• O absolutismo
• Muçulmanos, chineses e europeus
• As sociedades da Mesoamérica
• Povos da América do Sul
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de Trabalho
- Relações de Poder
- Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS ESPECÍFICOS
1º TRIMESTRE
• A Colonização da América
• A América Subjugada
• Portugueses na América
• Açúcar e escravidão
• Os escravos
• Sob domínio da Espanha
• lnglaterra: Revolução e Hegemonia
• A colonização inglesa na América do Norte
• Depois da União Ibérica
• 0 ouro das gerais
2º TRIMESTRE
• 0 novo mapa do Brasil
• A Revolução Industrial
• As luzes da razão
• RevoluÇãG na América, do Nórte
• A Revolução Francesa
• Brasil: crise e revolução na República dos coronéis
145
• A Segunda Guerra Mundial
• A Era de Vargas no Brasil
• Guerra Fria
• Consolidação e expansão do socialismo burocrático
• As lutas de libertação nacional na África e na Ásia
• A América Latina entre o populismo e o militarismo
• Os Estados Unidos
• Brasil: democracia e industrialização
• O longo ciclo militar
• A desintegração da União Soviética
• A Globalização
• Os países ricos
• Os países pobres e em desenvolvimento
• Brasil: a construção do futuro
• O Paraná em destaque
• Cultura afro-brasileira e indígena
146
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
• Grandes remos afncarjos, as organizações culturais, politicas e sociais de
Mah, do Congo, do Zimbábue, do Egito, entre outros,
• Povos escravizados trazidos para o Brasil pelo tráfico negreiro e as
conseqüências da Diáspora Africana;
• Resistências do povo negro (Quifombos, Revofta dos Malês, Canudos,
Revolta da Chibata e todas as formas de negociação e conflito);
• Promulgação da Lei de Terras e do fim do tráfico negreiro (1850) e o impacto
das ideologias de branqueamento / embranquecimen0 sobre o processo de
imigração européia;
• Remanescentes de quilombos, sua cultura material e imaterial;
• Frente Negra Brasileira, no início dos anos 1930, criada em São Paulo;
• Significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de maio;
• Agenda21;
• Educação Fiscal.
147
METODOLOGIA
Ao trabalhar os tempos propostos para o Ensino Médio, procurar-se-á
desenvolve- los de forma que desperte o senso crítico rompendo com a valorização
do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, passando da
reprodução do conhecimento à compreensão das formas de como este se reproduz,
desde a sua gênese e transformação, e os múltiplos fatores que nela intervêm;
como produção da ação humana.
A disciplina de história tem um importante papel na compreensão do
significado das transformações que ocorrem na sociedade desde seus primórdios
até os dias atuais. Ela aponta tanto os processos sociais que levam os homens a
buscarem respostas e ferramentas para a solução de problemas concretos, quanto
avaliam o impacto que a tecnologia vem promovendo sobre a sociedade.
De modo geral os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os
estudantes quando contribuem para que eles reflitam sobre suas vivências e suas
inserções históricas.
Por essa razão, é fundamental que aprendam a reconhecer costumes,
valores e crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos e nas organizações da
sociedade; a identificar os comportamentos, as visões de mundo, as formas de
trabalho, relações de poder, relações culturais, as formas de comunicação, as
técnicas e as tecnologias em épocas datadas; e a reconhecer que os sentidos e
significados para acontecimentos históricos e cotidianos estão relacionados com a
formação social e intelectual dos indivíduos e com as possibilidades e os limites
construídos na consciência de grupos e de classes.
Assim o trabalho com as diferenças e semelhanças, bem óomo
continuidades e descontinuidades, tem o objetivo de investigá-los à reflexão, à
compreensão e a participação no mundo atual.
Para concretizar o proposto acima faremos uso da (o):
− Dialética: ação / reflexão / ação;
− Trabalho em grupos: pesquisa e discussão dialógica;
− Relação das experiências dos alunos com conteúdos propostos;
− Diálogo pedagógico e democrático entre professor e alunos para aprofundar e
148
buscar novos referenciais no grupo;
− Incentivar a participação de todos os alunos levando em conta suas
diferenças e dificuldades; União da teoria e p
− Questionamento sistemático, discutibilidade como critério principal da
cientificidade;
− Valorização e elaboração própria e coletiva;
− Aula expositiva para introdução, para investigação da problematização;
− Atividades com diferentes fontes de informação (livros, jornais, revistas,
filmes, fotografias, objet6s, etc.);
− Debater questões do cotidiano e suas relação com contextos rhais amplos.
149
AVALIAÇÃO
Os princípios que nortearão avaliação de História para os alunos de Ensino
Médio, serão de maneira formal, processual, continuada e diagnóstica. Faz-se
necessário o diálogo acerca de questões relativas aos critérios e a função da
avaliação, seja de forma individual ou coletiva.
A avaliação não deverá ser realizada em momentõs separados do processo
ensino-aprendizagem, o professor deverá acompanhar o quanto cada educando
desenvolveu na apropriação do conhecimento.
A avaliação do Ensino Médio de História deverá considerar três aspectos
importantes: a apropriação dos conceitos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos.
Dentro dessa visão, a avaliação deverá ser realizada através de diferentes
atividades, como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas, e
documentos históricos, produção de conceitos históricos, apresentações de
seminários, filmes, entre outros.
150
BIBLIOGRAFIA
Oiretrizes Curriculares de Historia para o Ensino Medio — Versão Preliminar
Junho/2006 y Secretaria de Estaao da Educação
HORN, Geraldo Balduíno. O Ensino de História: teoria currículo e método. Curitiba:
livro de Areia, 2003.
SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 2004.
Razão histórica-teoria da História: os fundamentos da ciência histórica. Brasília:
UnB, 2001.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das
letras, 1995.
151
MATERIAL NECESSÁRIO CONFORME EDUCAÇÃO FISCAL
− Computador com acesso à internet;
− Aparelhos de TV e DVD;
− Data-show;
− Coleção DEUTSCH GRAMMOPHON de música clássica, em CD;
− Coleção Perfil de MPB, em CD;
− Assinatura dos jornais Folha de São Paulo e Jornal do Brasil;
− Assinatura da revista Caros Amigos.
Esse programa visa despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e
deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do Estado
Democrático.
A dinâmica de arrecadação de recursos pelo estado e o papel dos cidadãos
no acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em benefício da sociedade.
152
PROPOSTA CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA
1.Apresentação da disciplina de Língua Portuguesa
“Os indivíduos não recebem a língua pronta para ser usada; penetram na corrente da comunicação verbal, ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que sua consciência desperta e começa a operar... Os sujeitos não adquirem a língua materna, é nela e por meio dela que ocorre o primeirodespertar da consciência”. Bakthin
A linguagem surgiu como uma necessidade social e histórica, o que nos
remete à compreensão de seu caráter dialógico e interacional e que a linguagem só
pode ser entendida em sua dinamicidade, visto que é prática social.
Nesse sentido, a linguagem é fundamental no desenvolvimento de qualquer
indivíduo, como condição necessária ao entendimento de conceitos que permitem
compreender o mundo e nele agir, é também a mais usual forma de encontros,
desencontros, confronto de oposições, porque é por ela que estas posições se
tornam públicas. Pelo ato da fala e do discurso são estabelecidas as relações de
poder na sociedade.
Nessa perspectiva, há que se considerar o fato de que o discurso produzido
pelo emissor, tanto oral como escrito, deve ser moldado de acordo com seu
interlocutor, de sua fala, ou seja, estar diretamente relacionado com o universo a
que pertence o ouvinte do discurso. A linguagem deve ser considerada em situações
reais de uso, com a valorização do indivíduo como sujeito do processo interativo.
Toda variedade de língua, prestigiada ou não, possui uma organização
sintática que permite o entendimento entre as pessoas, nos diversos momentos de
interlocução. É preciso compreender a língua numa perspectiva histórica e social de
determinados grupos de falantes, sendo o reflexo de heterogeneidade de
experiência de grupos sociais.
Em relação à escrita, o contato com os diversos gêneros textuais e suas
peculiaridades são experiências reais de uso da linguagem e propiciam o
aprimoramento do leitor para a condição de escritor. É na prática de escrita em suas
diferentes modalidades que se adquire capacidade, criatividade e resultado.
Para se ensinar Português existem duas concepções antagônicas: uma
defende a gramática normativa como núcleo de ensino — a língua como teoria
gramatical — para se chegar ao domínio da língua oral e escrita, a outra vê, no
153
trabalho com as estruturas da língua, a possibilidade de se desenvolver a expressão
oral e escrita., através do USO – REFLEXÃO – USO.
As atividades de gramática serão feitas na perspectiva do uso e da
funcionalidade dos elementos gramaticais, sendo o professor o responsável pela
criação de situações nas quais os alunos incorporem os conhecimentos elaborados
de gramática e língua padrão. O cerne do trabalho do professor deve estar na
compreensão dos fatos lingüíst!cos e não na nomenclatura e classificação.
Já o ato de ler implica em movimentos intrínsecos inérentes ao ser pensante
em seu relacionamento com a realidade. A leitura pode ser qualificada como a
mediadora do ser humano e seu presente propicia-lhe um desvelar do mundo e,
eventualmente, encontra na literatura seu recipiente imprescindível.
As relações entre o leitor que decifra a mensagem e o texto literário que, por
sua vez, expõe-se ao olhar indiscreto do leitor, muitas vezes penetrante e inquiridor,
tornam- se moeda comum, e devem ser preservadas. Preservá-las é dar-lhes
sentido, impedindo que se rompam em definitivo.
Os textos, literários ou não, vistos em sua amplitude, proporcionam
condições para uma experiência plena da leitura provocando transformações
radicais no âmbito do ensino. Sobretudo implica em maior satisfação do estudante,
que será estimulado a ler de forma integral seu próprio contexto.
Ao analisar o modo como a leitura vem sendo tratada nas atuais propostas
curriculares do ensino médio, faz-se necessário uma reflexão aprofundada sobre o
papel da escola na formação da juventude. Tendo como fim a educação e o
desenvolvimento integral do indivíduo para que este possa atuar plenamente no
grupo social em que vive, é preciso que a instituição permita ao jovem o acesso a
uma grande quantidade de boas obras literárias.
Quanto à neutralidade do ensino de literatura, é uma farsa que deve ser
questionada, uma vez que o indivíduo está no mundo e este o envolve. Portanto,
essa inserção é extremamente concreta e nada estática. O processo de leitura de
textos literários passa por essa inserção do indivíduo em seu meio, e mais, deve
facilitar-lhe a leitura de seu próprio contexto.
A literatura não deve ser vista apenas como uma transfiguração do real, que
foi transformado pela imaginação do artista, mais sim uma maneira de refletir sobre
o conjunto de textos legitimados sócio-culturalmente — escolas literárias, seus
154
contextos históricos e obras que se destacaram por sua importância.
A literatura em sala de aula deve ser privilegiada, ocupando o espaço no
qual a dimensão do estético seja uma das preocupações centrais. Dos momentos de
ifltêração entre professores e alunos, entre alunos e alunos - acontecidos através de
dialogo sobre textos lidos - é que emergirão momentos de intenso prazer, capazes
de despertar no jovem o gosto pela leitura, condição essencial para o pleno
desenvolvimento intelectual
Na leitura, as experiências e os conhecimentos do leitor permitem que sejam
feitas inferências sobre os textos, multiplicando as possibilidades de leitura. A
intersecção de diferentes tipos de composições escritas leva à multiplicação das
possibilidades, à proliferação do pensamento e à reflexão.
Esta proposta se fundamenta na teoria de que é preciso “superar o vácuo
teórico que existe entre a questão estrutural e teoria da enunciação. Não é
possível falar do enunciado sem admitir que há nele o aspecto estrutural da
língua” Faraco (1991), a fim de haver um diálogo com as novas teorias linguísticas,
como: Análise do Discurso, linguística Textual, Semântica, Semiótica e Análise da
Conversação.
Nessa perspectiva é que se define o trabalho a ser realizado com conteúdo
e forma que sustentam os diferentes discursos na sociedade brasileira. Portanto, o
objetivo do ensino de língua não deve ser apenas o de fazer o aluno dominar o uso
da língua padrão, mas, principalmente, de tornar o aluno um usuário da língua capaz
de organizar a estrutura linguística, conforme as suas necessidades sociais no
momento em que a interlocução lhe exige, ou seja, o aluno deverá ser capaz de
escolher e adequar os diferentes registros lingüísticos às diversas situações
discursivas. E, com relação a isso, vale lembrar que mesmo na variante padrão da
língua o aluno tem a sua disposição uma gama de diferentes registros do mais
formal ao menos formal.
Nesta proposta, portanto, reconhecer e decorar regras e nomenclaturas
gramaticais não significa saber utilizar eficaz e adequadamente a língua. Por isso,
torna- se necessário que os aspectos lingüísticos, textuais e discursivos que levam à
organização de regras funcionais, sejam observados e trabalhados a partir do texto
para que o aluno possa perceber como é possível utilizar os diferentes registros
lingüísticos adequados às situações de uso e, também, saber reempregá-los em
155
outros diferentes contextos de uso da linguagem. -
Então, a partir da discussão, e reflexão sobre o uso das estruturas
linguísticas, o aluno poderá ir compreendendo as regras de funcionamento da língua
nos diferentes gêneros textuais. Nesse caso, não é necessário que ele aprenda, nas
séries iniciais do ensino fundamental, a nomenclatura gramatical. O importante é
que o aluno perceba as diversas possibilidades de reorganização da estrutura
linguística na dependência das diferentes formações sociodiscursivas que geram os
gêneros textuais.
Esse encaminhamento do ensino de Língua Portuguesa necessariamente
busca o trabalho com gêneros textuais, conforme a seguinte descrição de
Marcuschi(2002):
a) Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. b) Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros.
(MARCUSCHI, 2002: 22-23)
Para um melhor entendimento dessas novas teorias que fundamentam a
classificação entre gêneros e tipos textuais, pode-se visualizar o seguinte quadro
sinóptico organizado por Marcuschi (2002):
TIPOS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS
1. Constructos teóricos
definidos por propriedades
linguísticas intrínsecas
1. Realizações linguísticas concretas; definidas por
propriedades sócio-comunicativas
2. Constituem sequencias
linguísticas ou sequencias de
enunciados e não são textos
empíricos;
2. Constituem textos empiricamente
realizados cumprindo funções em situações
comunicativas
3. Sua nomeação abrange um
conjunto limitado de
categorias teóricas
determinadas por aspectos
3. Sua nomeação abrange um conjunto
aberto e praticamente ilimitado de
designações concretas determinadas pelo,canal,
estilo, conteúdo, composição e função.
156
lexicais, sintáticos, relações
lógicas tempo verbal;
4.Designações teóricas dos
tipos:narração,argumentação,
exposição,descrição, injunção.
4. Exemplos de gêneros: telefonema, sermão,
carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete,
reportagem jornalística, horóscopo, receita
culinária, bula de remédio, lista de
compras,cardápio de restaurante, instruções de
uso, outdoor, inquéritopolicial, resenha, edital de
concurso, piada, conversação espontânea,
conferência, carta eletrônica, bate-papo por
computador, aulas virtuais e assim por diante.Além disso, há a questão da oralidade e da escrita que permeiam os
gêneros textuais para dar conta do registro da língua em diferentes contextos sócio-
comunicativos. Quer dizer, há nesta proposta o reconhecimento de que existe urna
estreita re1ção entre a organização linguística de textos orais e escritos. Dessa
maneira, o ensino da língua deve dar conta do trabalho com essas duas
modalidades linguísticas, levandõ o aluno a perceber a forte inter-relação entre elas,
para ser assim capaz de adequar a estrutura linguística, à. situação discursiva.
Com relação aos diferentes registros,. vale ressaltar a observação de Perini
(2001) aó dizer que existe uma imensa gama de variedades de língua, que vão
desde as mais informais até as mais formais e estereotipadas. Já Cintra e Cunha
(1985) diferenciam-nas em 3 tipos de variedades:
a) diferença de espaço geográfico ou variações diatópicas (falares locais, variantes regionais e, até, intercontinentais; b) diferenças entre camadas socioculturais ou variações diastráticas (nívelculto, língua padrão, nível popular, etc.); c) diferenças entre os tipos de modalidade expressiva ou variações diafásicas (língua falada, língua escrita, língua literária, linguagens especiais, linguagem de homens, linguagem de mulheres, etc.).(CINTRA E CUNHA, 1985: 3)
157
Sendo assim, metodologicamente, é preciso possibilitar ao aluno a reflexão
constante sobre a estrutura linguística presente nos diferentes gêneros textuais,
tanto na modalidade oral quanto na escrita, bem como as variações linguísticas que
se apresentam nos discursos em razão das condições sociais, culturais e regionais,
de modo que ele possa ampliar sua capacidade de interação por meio da produção
textual.
158
OBJETIVOS
Apropriando-se da concepção de língua como discurso que se efetiva nas
mais variadas práticas sociais, os objetivos abaixo fundamentarão todo o processo
de ensino:
• Empregar a língua oral adequando o discurso as mais diversas situações de uso:
sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que
estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diahte dos mesmos;
• No que se refere a fala e a variedade linguística, desenvolver atitudes de respeito
às diferenças, dentro de um processo de interação;
• Ler textos de diversos gêneros, produzidos socialmente;
• Ler textos entendendo as intenções do autor;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio
de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
• Entender e utilizar o processo de interação, usando os vários recursos de
linguagem;
• Escrever de forma clara e objetiva, controlando os processos estruturadores do
texto, a adequação às exigências sócio-culturais (norma padrão).
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero textual,
assim como as estruturas linguísticas que o compõe;
• Saber destacar as idéias principais de um texto, analisá-las e criticá-las;
• Produzir textos dos mais diversos gêneros escolares;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as práticas da oralidade, da leitura e da escrita, bem como compreendê-la como um
reflexo e uma relação da sociedade, que está em constante transformação;
• Compreender a literatura em si mesma, como um reflexo da sociedade, e sua
relação com ela, que está em constante transformação; e
• Entender a literatura como um conjunto de textos legitimados socialmente.
159
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICO
2.1.Conteúdo Estruturante
O discurso enquanto pratica social oralidade, leitura, escrita e literatura
2.2 Conteúdos Específicos
Quanto aos àonteúdos específicos, procurou-se desenvolver a partir de uma
reflexão sobre o ensino de Língua Materna, levando-se em consideração a interação
dos sujeitos na construção cio saber linguístico.
160
1º SÉRIE
ANÁLISE linguística
1. Origem da linguagem;
2. Complexidade das. línguas;
3. Flexibilidade das línguas; - ação linguística:
1. Variação geográfica;
2. Variação social;
3. Variação contextual;
4. Língua padrão;
5. Língua falada e escrita.
4. Pontuação;
5. Adequação da linguagem ao contexto;
6. Denotação e conotação;
7. Figuras de linguagem;
1.10 Texto literário e não-literário.
2.0 LITERATURA
2.1 Literatura colonial:
Literatura de informação;
Literatura catequética.
3.0 PRODUÇÃO ESCRITA
3.1 Resumo;
3.2 Opinião/Argumentação;
3.3 Debate: “Agenda 21”.
Obs.: A cultura indígena e afro serão
desenvolvidas, sendo destacadas durante o
estudo da língua e suas variantes, assim
como sua origem. No trabalho com os textos
informativos serão a presentados textos sobre
a história do Paraná: o Tropeirismo e o
desevolvimento do comércio, e a substituição
dos escravos pelos imigrantes.
ANÁLISE linguística
1.1 Fonética:
Letra e fonema;
Classificação dos fonemas;
Encontros vocálicos e consonantais;
Dígrafos.
1. Acentuação gráfica;
2. Ortografia;
3. Uso de letras maiúsculas e
minúsculas;
4. Formação de palavras;
5. Emprego dos advérbios;
6. Crase.
2.0 LITERATURA
2.1 Prosa:
Crônica; Conto; Romance;
Lendas africanas.
2.2 Verso:
Poesia; Letra de música.
2.3 Elementos da narrativa:
Foco narrativo; Personagens;
Espaço; Tempo;
Enredo.
2.4 Texto teatral;
2.5 Quinhentismo.
3.0 PRODUÇÃO ESCRITA
3.1 Texto em prosa;
3.2 Texto em verso;
3.3 Paráfrase;
3.4 Paródia.
161
2º SÉRIE
1 ANÁLISE linguística
2.Lingua Oral e Escrita:
- Variedades orais e escritas;
- Linguagem escrita (+ formal)
- Linguagem oral (+ informal);
- Variedade padrão;
- Variedade popula
- Variedades regionais.
3. Coesão e Coerência:
• Coesão referencial;
• Coesão seqüencial
4. Concordância verbal;
5. Concordância nominal;
6. Pontuação. Aspectual;
2.0 LITERATURA
2.1 Barroco;
2.2 Arcadismo ou Neoclassicismo
2.3 Romantismo
.3.0 PRODUÇAO ESCRITA
3.1 Texto a partir de gráfico;
3.2 Discurso direto e indireto;
3.3 Sinopse;
3.4 Debates:
• Cultura africana;
• Biodiversidade (agenda 21).
OBS: Para atendera Lei 13.381/01
será trabalhado em Literatura o poema:
Trágico 09 de fevereiro de 1884 do poeta
Gomes Carneiro que aborda o tema do
Cerco da Lapa (1894) História do Paraná.
1-ANÁLISE linguistica
2. Normas Gramaticais Especiais;
3. Classes de Palavras: ;
• Substantivos;
• Adjetivos,
• Artigos;
• Numeral;
• Pronomes;
• Advérbio;
• Preposição;
Conjunções;
• Interjeição;
• Verbos:
I - regulares e irregulares;
II - Organização temporal e aspectual
lII - Voz ativa e passiva.
2.0 LITERATURA
2.1 Realismo/Naturalismo;
2.2 Parnasianismo; 2.3 Simbolismo;
3.0 PRODUÇÃO ESCRITA
3.1 Resumo;
3.2 Opinião/Argumentação;
3.3 Relatório.
162
3º Série
1. ANÁLISE linguística
2. Coesão e Coerência: 4 Coesão
referencial 5 Coesão seqüencial
3. Conjunções:
- Coordenadas
- Subordinadas
4. Orações Coordenadas
5. Orações Subordinadas Adverbiais
6. Orações Subordinadas Substantivas;
7. Orações Subordinadas Adjetivas.
2.0 LITERATURA
2.1 Pré-Modernismo
2.2 Vanguardas Européias;
2.3 Semana de Arte Moderna;
2.4 Modernismo — l fase
OBS: Em atenção a Lei 13.381/01 será
trabalhado em Literatura a Guerra do
Contestado
1. 3.0 PRODUÇÃO ESCRITA
3.1 Curriculum Vitae;3.2 Resumo;
3.3 Opinião/Argumentação;
3.4 Dissertação.
1. ANÁLISE linguística
2 . Concordância verbal;
3. Concorctância nominal;
4. Pontuação;
5. Regência verbal;
6. Regência nominal;
7. Uso de preposições;
8. Crase;
9. Sintaxe:
1. Sujeito e predicado;
2. Termos essenciais da oração;
3. Termos acessórios da oração;
4. Coordenação;
5. Subordinação.
2.0 LITERATURA
2.1 Modernismo — 2 fase
2.2 Modernismo — 3 fase;
2.3 Literatura Contemporânea.
3.0 PRODUÇÃO ESCRITA
3.1 Resenha descritiva;
3.2 Resenha crítica;
3.3 Debates: a) A literatura brasileira e
afrodescendente;
b) Desmatamento e Leis de preservação
ambiental.
163
METODOLOGIA
3.1 Leitura, Oralidade e Escrita.
Para o trabalho com leitura e produção de texto, certos procedimentos são
pertinentes como, por exemplo, sempre que o professor apresenta um texto para a
leitura, é conveniente que ele leve em consideração os conhecimentos prévios que o
aluno possa ter a fim de que haja a construção dos significados textuais, segundo
Koch & Travaglia (2003).
Vale destacar que, nesse momento de discussão prévia sobre o tema do
texto a ser lido, com a intenção de facilitar o encaminhamento de leitura, o professor
já está realizando um trabalho que leva a aprimorar o grau de letramento do aluno.
Ressalta-se também que, nesse sentido, o letramento é um processo que se
inicia antes mesmo de o aluno chegar à escola, mas é esta instituição que tem a
responsabilidade formal de fazer com que o aluno aprimore o seu grau de
letramento por meio do uso adequado da língua escrita e da língua oral às diferentes
situações de uso da língua em sua vida. Soares (1990) destaca que letramento é o
estado ou condição de quem exerce as práticas sociais de leitura e de escrita,
conjugando-as com as práticas sociais de interação.
Isso significa que é preciso fazer uso das práticas sociais de leitura e escrita,
articulando-as com as práticas de interação oral e escrita, conforme as situações de
uso da linguagem.
Nesse sentido, o papel do professor é de extrema importância, pois é ele
que deverá ensinar a ler e escrever nos contextos das práticas sociais. Para tanto, o
professor precisa antes de tudo ser um leitor diante do seu aluno e conduzir o
trabalho com a leitura, principalmente, a literária, estabelecendo relações discursivas
entre o produtor do texto e o leitor, por meio da estrutura linguística. Nesse caso, a
preocupação com a leitura deve ser no sentido de formar leitores dos mais
diferentes gêneros textuais com a capacidade de construir os seus significados e, ao
mesmo tempo, realizar críticas ideológicas.
Mas o que é ler? O ato de ler é a capacidade que a pessoa tem de construir
ou estabelecer os diferentes significados sócio-discursivos. Ler é o processo de
interação que ocorre entre leitor e produtor de texto por meio das estruturas
linguísticas que estão presentes no próprio texto. Desse modo, a construção de
sentidos se dá pela inter-relação produzida entre leitor, texto e produtor de texto
164
ocorrendo, assim, a coerência textual, estabelecidas, conforme Koch (2003), por
esta rede de fatores: conhecimento lingüístico, conhecimento de mundo,
conhecimento partilhado, inferências, fatores pragmáticos, situacionalidade,
intencionalidade e aceitabilidade, informatividade, focalização, intertextualidade e
relevância, entre os autores e interlocutores de textos.
Com relação, especificamente, à questão da escrita, o processo de
produção textual, segundo Koch (2003), é concebido como atividade interacional de
sujeitos sociais. Para tanto as teorias sócio-interacionais reconhecem um sujeito
planejador/organizador que, em sua inter-relação com outros sujeitos, vai construir
um texto, sob a influência dessa complexa rede de fatores.
Koch (1997) conceitua o texto como uma manifestação verbal constituída de
elementos lingüísticos selecionados e ordenados pelos co-enunciadores, durante a
atividade verbal, de modo a permitir-lhes, na interação, não apenas a depreensão de
conteúdos semânticos, em decorrência da ativação de processos e estratégias de
ordem cognitiva, como também a interação de acordo com as práticas sócio-
culturais.
Nessa perspectiva, compreender o processo de aquisição e apropriação da
escrita é fundamental para que o aluno possa utilizar a língua nos diferentes
contextos sócio-comunicativos. Para tanto, o professor precisa saber interpretar tal
processo para fazer interferências significativas a fim de que o aluno avance na
compreensão do sistema de escrita. Além disso, precisa saber que em uma turma,
os alunos estarão em diferentes níveis de conhecimento desse processo, porque o
caminho que percorrem para a compreensão do sistema de escrita, antes de chegar
à escola, depende, em grande parte, do ambiente cultural onde vivem (mais letrado
ou menos letrado).
Assim, levar o aluno à compreensão e aquisição da leitura e da escrita, pelo
professor mediador, é um dos objetivos do ensino de Língua Portuguesa. Porém, o
professor deve perceber que o aluno, muitas vezes, chega à escola sem muitas das
habilidades de uso da língua que o docente espera, mas que a escola tem a
obrigação de ampliar as habilidades linguísticas desse aluno, propiciando
momentos, em suas aulas, de uso-reflexão-uso da língua para a compreensão e à
utilização das diferentes variedades e registros lingüísticos nos diversos contextos
sociais de comunicação. E a produção textual e análise linguística são caminhos
165
para isso.
Devemos ressaltar, também, que a especificidade em relação ao ensino de
Língua Portuguesa a alunos surdos deve ocorrer como segunda língua, já qe a
Língua de Sinais corresponde a primeira língua dos surdos. Porém, devemos
salientár que, o ensino de Língua Portuguesa aos surdos, dá-se basicamente ‘da
mesmá forma tra falantes-ouvintes, isto é, privilegiando os três eixos: leitura,
produção e análise linguística.
Isso também se da para o processo de ensino aprendizagem de lingua para
aluncs cegos, com a diferença de que, para desenvolver a leitura e a escrita e
realizar a análise linguística, esses alunos valem-se do metodo Brailie ou por
programas como o do JAWS
3.2. Análise linguística.
A reflexão sobre a análise linguística que se desenvolve nas salas de aula é
outro ponto importante no processo da discussão dos conteúdos inerentes a toda
organização curricular. Nesse sentido, Koch (2003) tem uma grande contribuição ao
dizer que tanto para a remissão quanto para a progressão textual, cada língua põe à
disposição dos falantes uma série de recursos expressivos, denominados de coesão
textual e que estabelecem relações segmentais de vários níveis:
a) no interior do enunciado, através de articulações tema-rema (progressão com tema constante, progressão linear, progressão com tema derivado, progressão e subdivisão do rema, etc.) e que tem a ver com o tipo de texto, com a modalidade oral ou escrita, com os propósitos e atitudes do leitor; b) entre orações de um mesmo período ou entre períodos no interior de um parágrafo, por meio dos conectores interfrásicos, tanto os que estabelecem relações lógico-semânticas, quanto os que estabelecem relações discursivas ou argumentativas; c) entre parágrafos, seqüências ou partes inteiras do texto, por meio dos articuiadores textuais ou ainda por mera justaposição. (KOCH, 2003: 29)
Nesse sentido, tanto os recursos expressivos referenciais quanto os
seqüenciais, usados na construção do texto, podem auxiliar na análise dircursiva e
linguística do texto a fim de que o interlocutor possa dar o seu significado ao texto.
Assim, essa reflexão dos conhecimentos gramaticais devem permear os estudos de
Língua Portuguesa tanto na produção quanto na reescrita do texto, quando o
professor, utilizando-se dos diferentes gêneros textuais, refletir sobre os constructos
textuais. Para tanto, o professor deve realizar análise linguística com seus alunos a
partir de um discurso organizado em determinado gênero de texto nos níveis
discursivo, semântico, sintático, morfológico e fonolágico. Tal análise, deve ocorrer
166
tanto para gêneros escritos quanto orais, sempre partindo do fato de que a
organização linguística está estreitamente ligada a elementos externos e internos ao
texto. Além de exercícios que podem ser realizados com esse intuito, o principal
encaminhamento para a reflexão linguística deve ser a reescrita individual e coletiva
de textos.
O planejamento didático-pedagógico, nesse caso, pode ser um dos
instrumentos que garantem essas atividades nas aulas de análise linguística e o
professor tem um papel preponderante nesse sentido, uma vez que é ele quem deve
propor uma reflexão sobre as diferentes variedades e registros lingüísticos nos
diversos contextos sócio- comunicativos.
3.3.Educação Fiscal.
Para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade na educação, ou no
ensino de Língua Portuguesa será necessário que existam as possibilidades assim
denominadas:
• Livros de literatura brasileira;
• Livros de literatura clássica;
• Revistas;
• Jornais;
• Micro Sistem com CD player;
• Televisão 29 polegadas;
• Vídeo-cassete;
• Aparelho de DVD com amplificadores de som — ou Home Theater;
• Filmes em DVD’s e em VHS;
• Biblioteca com espaço suficiente para o número de alunos matriculados nas
turmas;
• Programas televisivos;
• Ônibus para visitas educacionais;
• Retroprojetor;
• Multimídia ou Data Show;
Sala equipada com, ao menos, 25 computadores com rede de lnternet banda
larga;
• Acesso à internet disponível para os alunos.
167
AVALIAÇÃO
Valer-se de avaliações elaboradas a fim de diagnosticar o grau de leitura dos
alunos por meio dos exercicios de analise linguistica A avaliação e um dos
elementos que irá permitir que, a partir de um diagnóstico criterioso, possam ser
determinadas as ações do docente diante dos resultados do processo ensino-
aprendizagem, de modo a conduzir futuras tomadas de decisões. Como diz Luckesi
(1996) o ato deavaliar implica em coleta, análise e síntese dos dados que
configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou
qualidade, que se processa a partir da comparação da configuração do objeto
avaliado, subsidiando, assim, o curso de ações que visam à construção de objetivos
ligados ao ensino, neste caso, de Língua Portuguesa.
Então, entendendo que o texto é objeto de leitura, análise e produção no
ensino de língua, deve ser também o objeto de avaliação. E é por meio,
principalmente, das produções de textos realizadas pelos alunos que será possível
perceber os avanços alcançados por eles, bem como de perceber os conhecimentos
que ainda são necessários serem desenvolvidos nas práticas de sala de aula para
que os alunos possam se apropriar deles.
É possível, também ao professor valer-se de avaliações elaboradas a fim de
diagnosticar o grau de leitura dos alunos por meio dos exercícios de análise
linguística.A avaliação é um dos elementos que irá permitir que, a partir de um
diagnóstico criterioso, possam ser determinadas as ações do docente diante dos
resultados do processo ensino- aprendizagem, de modo a conduzir futuras tomadas
de decisões. Como diz Luckesi (1996) o ato de avaliar implica em coleta, análise e
síntese dos dados que configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma
atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da comparação da
configuração do objeto avaliado, subsidiando, assim, o curso de ações que visam à
construção de objetivos ligados ao ensino, neste caso, de Língua Portuguesa.
A avaliação, portanto, deve ser tomada numa perspectiva diagnóstica e
processual, uma vez que ela reflete o que o aluno já sabe e aponta para a
transformação da prática pedagógica, no sentido de orientar o professor no
planejamento, com vista a contemplar do que os alunos ainda necessitam se
168
apropriar. Assim, para fazer o registro do acompanhamento dos conhecimentos
lingüísticos realizados pelos alunos, fazem-se necessários elaborar instrumentos
que contemplem critérios definidos que revelem o processo de apropriação do
conhecimento pelos alunos. Critérios, esses, que devem estar articulados com os
conteúdos de Pré às 8 séries, Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial,
nos seus aspectos discursivos, textuais, morfossintáticos, semânticos e fonológicos
(ortográficos) que contemplam os diferentes momentos do processo de
aprendizagem.
Ao escolher um determinado gênero para se trabalhar com o aluno, o
professor, ao final das análises discursivas e textuais, pode solicitar uma produção
oral e uma escrita.
Para avaliar a atividade de produção escrita, o professor pode, dependendo
do gênero solicitado, verificar pela lista abaixo o que elencar para analisar nos textos
produzidos pelos alunos a fim de desenvolver com eles a reescrita do texto quando
se fizer necessário, mostrando os problemas de coerência, coesão e de estética do
texto
Coerência: Coesão Estética: Estética:
• •Adequação do registro
ao gênero;
• Adequação do registro
ao leitor;
• Adequação do registro
ao veículo de publicação;
• Adequação do registro à
situação discursiva;
• •Unidade temática;
• •Unidade estrutural;.
• Seqüência lógica;
• •Expansão deidéias
• •Ampliação vocabular
• •Paragrafação;
• .•Uso de conectores .;
(elementos de coesão);
• Regência nominal;
• •Crase;
• •Concordância verbal;
• •Concordância nominal;
• .Pontuação;
• Adequação gráfica
(ortografia e acentuação
gráfica).
- Margem;
- Legibilidade;
- Assinatura;
A avaliação será feita durante todo o processo de ensino-aprendizagem
desenvolvido pelas atividades propostas pelo professor, a fim de diagnosticar se o
169
aluno conseguiu se apropriar do conhecimento necessário para o avanço das
atividades, por meio de:
• Produção de textos;
• Exercícios;
• Debates;
• Provas orais e escritas;
• Palestras,
• Leituras,
• Exposições orais;
• Trabalhos,
• Participação nas aulas.
A recuperação de estudos será contínua, constante e paralela, podendo,
nesse caso, ser feita por meio de trabalhos, pesquisas, produção de textos, tarefas,
exposições de idéias, interpretações e revisão dos conteúdos.
A avaliação formal, quando utilizada para a recuperação de estudos, será
mais uma das formas de reavaliação com a finalidade de diagnosticar se o processo
de recuperação de estudos está ou não dando os resultados esperados.
“A palavra está fundamentalmente alienada a outro como a imagem ao espelho, porque aquilo que procuro na palavra é a resposta do outro que me irá constituir como sujeito: a minha pergunta ao outro diz respeito a onde, como, e quando começarei a existir na sua resposta. Aparece, aqui, duas funções da palavra intimamente ligadas: a mediação para o outro e a revelação do sujeito”
(BARTHES & MARTY)
170
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VIGOTSKI, Lev Semenovith. Pensamento e linguagem. 4 ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
http:/Ipt.wikipedia.org!wikilJornalismo
172
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DISCIPLINA
“A História nos ensina a continuidade do desenvolvimento da Ciência. Sabemos que cada era tem seus próprios problemas, os quais a era seuinte ou resolve ou coloca de lado como sem interesse e os substitui por novos problemas” (David F-Iilbert, 1990).
Numa sociedade globalizada, é importante que a educação se volte para o
desenvolvimento das capacidades de comunicação, de resolver problemas, de
tomar decisões, de fazer inferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e
valores, de trabalhar cooperativamente. Em um mundo onde as necessidades
sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem
alguma competência em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e
procedimentos matemáticos é necessário tanto para tirar conclusões e fazer
argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar
decisões em sua vida pessoal e profissional.
A Matemática no ensino tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o
pensamento e o raciocínio dedutivo, porém também desempenha um papel
instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas
tarefas específicas em quase todas as atividades humanas. Contudo, a Matemática
no ensino não possui apenas o caráter formativo ou instrumental, mas também deve
ser vista como ciência, com suas características estruturais específicas. É
importante que o aluno perceba que as definições, demonstrações e
encadeamentos conceituais e lógicos têm a função de construir novos conceitos e
estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar sentido às
técnicas aplicadas.
No Ensino Médio a Matemática deve apresentar ao aluno o conhecimento de
novas informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele
continuar aprendendo.
A Matemática tem um papel importante na formação dos sujeitos na
sociedade, na medida em que se utiliza cada vez mais de conhecimento científico e
tecnológico. Muitos destes conhecimentos matemáticos se desenvolveram a partir
da necessidade de resolver problemas do cotidiano, assim se faz necessário discutir
a História da Matemática que nos revela que por volta do ano 2000 a.C.
Os babilônios passaram a registrar os conhecimentos matemáticos obtidos,
173
decorrente de simples observação.O ensino da Matemática como função formativa
do cidadão surgiu na Grécia, onde a Matemática se distanciava das questões
prática.
As primeiras propostas do ensino da Matematica surgiram noseculo V a C,
popularizando assim a Matemática
As descobertas matemáticas no seculo XVI contribuiram para o progresso
cientifico e econômico.
A Matemática passou a ser voltada para a atividade prática, com a
revolução industrial no século XVII, passando a ter um caráter técnico no Brasil.
A necessidade de uma educação voltada para a classe de trabalhadores
surgiu no século XX com as instalações de fábricas e indústrias.
As primeiras discussões sobre Educação Matemática surgiram num
contexto de mudanças e expansão industrial. O ensino da Matemática sofreu
influência do Movimento Escola Nova e Tecnicista.
A reestruturação do ensino médio propõe uma Matemática voltada para as
aplicações da Matemática na vida prática.
A Matemática surgiu da necessidade do homem usufruir e interagir com o
meio em que vive.
Ao longo da história da evolução humana a Matemática vem acompanhando
a necessidade de cada época tendo como base o que já se conhecia.
A Matemática é uma ciência que acompanha todas as outras ciências
interagindo direta ou indiretamente para a concretização e inovação das mesmas.
A Educação Matemática como preocupação com uma prática escolar vem
caminhando gradativamente e vem inserindo diferentes caminhos que direcionam
para um novo ensino da Matemática valorizando fatores de grande importância no
aprendizado, tais como: a motivação, o entender como o indivíduo aprende
Matemática, a inserção de projetos pessoais de pesquisa associada à prática
docente.
Esses novos segmentos apontam orientações dentro dessa nova realidade,
para que se concretizem as finalidades do Ensino Médio, que levem o aluno a
desenvolver habilidades as quais o ensino da Matemática deve priorizar a
representação, compreensão, comunicação, investigação e também a
contextualização sócio-cultural.
174
Os objetivos do ensino da matemática devem levar o aluno a: compreender
conceitos que permitam adquirir uma formação científica geral e avançar em estudos
posteriores.
Ao final do ensino médio espera-se que os alunos saibam a amplitude do
seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da
sociedade, sendo possível criticar questões sociais, políticas, econômicas e
históricas.
175
OBJETIVOS
O Ensino Medio é visto como etapa final da formação basica do educando,
aquela necessáía para todo cidadão educado e visa “introduzir o jovem no mundo
como um todo”. Pára isto é prioritário abordar conhecimentos relevantes e
necessários para a formação de um cidadão, além de inseri-lo nas idéias sobre a
natureza Matemática para terem oportunidade de discutir o significado do saber
matemático e sua real importância, então diante destas disposições o educador
poderá:
a) Oportunizar ao aluno o acesso ao conhecimento matemático do Ensino Médio
hierarquicamente organizado e sistematizado de modo a permitir o desenvolvimento
do seu pensamento crítico construtivo;
b) Desenvolver a capacidade de resolver problemas com os raciocínios que o
envolvem para levar o educando a introduzir este conhecimento em situações que
exigem pensamento matemático;
c) Estabelecer relações entre os conteúdos para que o aluno não se limite a
expressar seus conhecimentos e tenha o aprender matemático como interpretação e
criação de significados;
d) Permitir a auto-aprendizagem para formação da autonomia;
e) Desenvolver a percepção da dinâmica social e capacidade para nela intervir;
f) Desenvolver a compreensão dos processos do conhecimento histórico matemático
como incentivo para a capacidade de observar, interpretar e tomar decisões.
176
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o Ensino Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos estruturantes
são:
Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento da Informação.
• Conteúdos estruturantes Grandezas e Medidas encontram-se desdobrado em:
medidas de áreas, volume, grandezas vetoriais, medidas de informática, medidas de
energia e trigonometria;
• Conteúdo estruturante Números e Álgebra encontram-se desdobrado em:
Conjuntos numéricos, Noções de Números Complexos, Matrizes, Determinantes,
Sistemas Lineares e Polinômios.
• Conteúdo estruturante Funções abrange os conteúdos específicos Função Afim,
Função Quadrática Função Exponencial, Função Logarítmica, Função
Trigonométrica, Função modular, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica.
• Conteúdo estruturante Geometrias encontra-se desdobrado em Geometria Plana,
Geometria Espacial, Geometria Analítica.
• Conteúdo estruturante Tratamento da Informação encontra-se desdobrado em
Análise Combinatória, Estatística, Probabilidade, Matemática Financeira.
177
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Teoria dos Conjuntos:
• Conjuntos Numéricos (Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais);
• Intervalos;
• GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de áreas
- Grandezas vetoriais
- Medidas de Energia
• GEOMETRIAS
- Plano Cartesiano Ortogonal
• FUNÇÕES
• Estudo de Funções;
• Funçãodol°grau;
• Função do 2° grau;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Seqüências;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica;
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Matemática Financeira.
178
2º SÉRIE
• GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de áreas
- Trigonometria
• GEOMETRIAS
- Plano Cartesiano das funções trigonométricas
- Representação de sistemas lineares
• FUNÇÕES
• Funções Trigonométricas;
• NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Estudo de Matrizes;
• Determinantes;
• Sistemas Lineares;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Análise Combinatória;
- Probabilidade e Estatística;
179
3º SÉRIE
• GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medida de área
- Medida de volume
• FUNÇÕES
- Estudo da equação da reta
- Estudo da equação da circunferência
• GEOMETRIAS
- Geometria Plana
• Geometria Analítica;
Geometria Espacial;
— Geometria não-euclidiana
• TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
- Matemática Financeira
- Estatística
• NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Complexos;
• Polinômios
180
METODOLOGIA
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes
evocam outros conteúdos estruturantes e específicos, priorizando relações e
interdependências que, consequentemente, enriquecem os processos pelos quais
acontece aprendizagem em Matemática. A articulação entre os conhecimentos
presente em cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos
podem ser tratados em diferentes momentos e, quando em situações de
aprendizagem possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.
Existem investigações matemáticas que abordam as relações que podem
ocorrer entre os conteúdos matemáticos, por isso se faz necessária uma
organização dos conteúdos curriculares que expresse articulações entre os
conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo estruturante e entre
conteúdos específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma
que as signiticações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do
enriquecimento e das construções de novas relações.
Para tornar a Matemática significativa devem-se abordar temas atuais como,
afros descendentes e meio ambientes entre outros, que trabalhem com a
conscientização e solidariedade dos educandos, utilizando dados estatísticos que
mostrem fatos importantes, a fim de tornar os educandos participativos e agentes da
Transformação Social.
Através de pesquisas relacionadas ao negro e ao mercado de trabalho do
país e do município, realizar análises dos dados, com debates e seminários, de
modo a verificar como as oportunidades estão separadas na sociedade.
Ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores
matemáticos que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina Matemática,
destacando-se:
• Resolução de problemas: propor ao aluno situações-problemas caracterizadas
por investigação e exploração de novos conceitos estimulando assim a curiosidades
matemáticas;
• Modelagem Matemática: auxilia o aluno a se cnscientizar da útilidade da
matemática para resolver e analisar problemas do dia-a-dia,. através da utiHzação
de conceitos ja aprendidos,
181
• Etnomatemática valoriza os conceitos informais construidos pelos alunos atraves
de suas experiências fora do contexto escolar utilizando-os como ponto de partida
para o sino formal;
• História da Matemática estudar a construção historica do conhecimento
matematico para levar a uma maior compreensão da evolução dos conceitos
destacando as dificuldades do conhecimento inerentes ao conceito que está sendo
trabalhado.
A abordagem dos conteúdos pode transitar por todas as tendências da
Educação Matemática
Os avanços já conquistados pela Educação Matemática indicam que, para
que o aluno aprenda Matemática com significado, é fundamental trabalhar as idéias,
os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia, antes da linguagem
para que o aluno aprenda por compreensão, estimulando a pensar criar, raciocinar e
relacionar idéias para ter autonomia de pensamento. Para que o processo de
ensino-aprendizagem da Matemática desenvolva um processo ativo, devemos
utilizar dos jogos, da história da Matemática, atividade prática com material concreto
e com alto nível de envolvimento do aluno na tarefa prático-manipulativa e dos
meios tecnológicos como computadores e calculadoras para alcançar uma atitude
positiva em relação à Matemática.
Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige
respeito aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em
Matemática deve partir do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto
social e suas concepções espontâneas a respeito desta ciência. Deve-se abandonar
o papel de ser apenas um transmissor de conhecimentos e passar a ver, de fato, os
sujeitos como elaboradores do saber matemático, mas que precisam do professor
como mediador.
182
AVALIAÇÃO
A avaliação abrangerá todo o trabalho realizado pelo aluno, não ficando
restrita a um só momento ou a uma única forma de avaliar. Ela é parte integrante do
processo desenvolvido com os alunos, onde os mesmos serão solicitados
constantemente a participar, questionar e criar.
As formas de avaliar serão realizadas da mesma maneira diversificada,
através de relatórios, produção e interpretação de texto, testes, avaliação formal e
de múltipla escolha, trabalhos em grupo, debates, participação efetiva nas
atividades e projetos realizados em sala ou fora dela, pesquisas de campo,
construção de modelos.
Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação sejam elas provas,
trabalhos, registros dos alunos, fornecerão ao professor uma visão geral de cada
aluno em resolver problemas, em utilizar a linguagem matemática adequadamente
para comunicar suas idéias, em desenvolver raciocínios, análises e em integrar
todos esses aspectos no seu conhecimento matemático.
As formas de avaliar contemplarão também as explicações, justificativas e
argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos de raciocínio que muitas
vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.
Sempre que houver necessidade, os conteúdos serão retomados e nova
avaliação será realizada, proporcionando aos alunos vários momentos de
recuperação paralela no decorrer no ano.
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de
avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino
aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar
aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir
sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada
aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).
183
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÕES
No processo avaliativo, e necessario que o professor faça uso da
observação sistemática pára diagosticar as dificuldades dos alunos e criar
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais
oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração,
inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manipuláveis, computador e calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor.
Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
• partir de situações-problema interna ou externas à matemática;
•pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
− sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.
29).
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da
sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas
aulas de Matemática.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a
pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da
aprendizagem.
184
REFERÊNCIAS
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SBM.
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Conhecimentos: Rede Geral 3, Programa 26. Rio de Janeiro: FUNDAR, 2000.
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Janeiro: SME 2000.
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o Ensino Médio. Resolução n°3/89 da Câmara de Educação Básica. Brasília, 1999.
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Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Fundamental — Brasília:
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Domingues. São Paulo, Atual, 1997.
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Domingues. São Paulo, Atual, 1995.
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185
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RANGEL, Carmem Maria. Caleidoscópio in Caderno de Textos. Rio de Janeiro:
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Gimeno, et alii. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artes Médicas,
1999
186
PROPOSTA CURRICULAR DE QUIMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance econômico,
social e político. A sociedade e seus cidadãos interagem com o conhecimento
químico por diferentes meios. A tradição cultural difunde saberes, fundamentados
em um ponto de vista químico, científico ou baseados em crenças populares.
Desde o domínio do fogo pelo homem, da descoberta dos metais, da
conquista dos processos de cozimento de argila e tingimento de tecidos, o mundo
nunca mais foi o mesmo e ‘vive’ num constante processo de transformação, cujo
auge parece ter sido atingido na atualidade, com a identificação dos elementos
químicos, a explicação da estrutura da matéria, além do interesse de diversas
substancias e do aproveitamento da energia nuclear.
Na interpretação do mundo através das ferramentas da Química é essencial
que se explique seu caráter dinâmico. Assim, o conhecimento químico não deve ser
entendido como um conjunto isolado, pronto e acabado, mas sim uma construção da
mente humana, em contínua mudança. A história da Química, como parte do
conhecimento socialmente produzido, deve permear todo o ensino da Química,
possibilitando ao aluno a compreensão do processo de elaboração desse
conhecimento com seus avanços, erros e conflitos.
A Química faz parte do nosso dia-a-dia na roupa que usamos, no alimento
que consumimos, bem como seus aditivos e conservantes, nos fertilizantes,
plásticos, combustíveis, tintas e uma infinidade de substancias naturais ou sintéticos,
as quais promovem melhor qualidade de vida ao ser humano.
A Química constitui-se numa divisão da ciência, cuja definição clássica,
procura estudar a composição da matéria, suas transformações e os processos
energéticos envolvidos na mesma. Sendo de conhecimento universal, deveria estar
ao alcance de todos, possibilitando a compreensão dos fenômenos naturais, alem
de colaborar para o desenvolvimento humano em diversas áreas. Entender o
ambiente em que se vive e saber como, porque, e quando modifica-lo e
187
indispensável para a formação do cidadão consciente, ativo e responsável.
O ensino da Química, neste contexto, deixa de ser importante apenas pelo
seu contexto cognitivo e passa a ser indispensável na formação sócio-ambiental do
indivíduo.
188
OBJETIVOS
O ensino da Química tem por fim proporcionar aos alunos conhecimento da
composição íntima dos corpos, das propriedades que delas decorrem e das leis que
regem suas transformações, porém mais que isso a química deve ser um
instrumento de formação humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia
no exercício da cidadania. O conhecimento químico deve ser promovido como um
dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade.
O aprendizado de química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno a
compreensão dos processos químicos e a construção de um conhecimento científico
em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações sociais,
ambientais, políticas e econômicas.
Assim, é preciso que a abordagem dos conceitos e dos conteúdos de
química sejam coerentes e com visão atualizada, visando o interesse imediato da
utilidade das aplicações da vida cotidiana, das situações de vivência dos alunos,
contemplando avanços tanto no conhecimento químico quanto nas concepções de
química como ciência, sua historicidade e suas implicações, possibilitando ao aluno
apropriar-se dos conhecimentos químicos e ser capaz de refletir criticamente sobre o
meio que está inserido.
189
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Matéria e sua Natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
Conteúdos Básicos
1º Série
• Matéria
Estrutura da Matéria
Estados de agregação — natureza elétrica da matéria
Modelos Atômicos
Identificação dos átomos
Elementos Químicos e seus símbolos
Substância simples e substância composta — mistura
Métodos de separação
Densidade
Íons
Distribuição eletrônica
• Classificação Periódica
Períodos e Famílias
Elementos Representativos
Elementos de Transição
Elementos de Transição Interna
Propriedades Periódicas
• Ligações Químicas
Teoria do Octeto
Ligação lônica
Ligação Covalente
Ligação Metálica
Alotropia :
190
Polaridade das ligações e das Moléculas
Forças Intermoleculares
• Funções Inorgânicas
Dissociação e lonizaçã Ácidos
Hidróxidos
‘Sais
Óxidos
• Reações Químicas
Equação Química
Balanceamento das equações químicas
Classificação das Reações químicas
• Grandezas Químicas
Massa Atômica
Massa Molecular
Mol
Massa Molar
• Estudo dos Gases
Volume dos Gases
Pressão dos Gases
Temperatura dos Gases
Leis Físicas dos Gases
2° Série
• Soluções
Dispersões
Soluções
Concentração das soluções
Diluição das soluções
191
Mistura de soluções
Volumetria
• Propriedades Coligativas
Pressão máxima de vapor
Volatilidade
Efeitos coligativos
Diagrama de fases
• Termoquímica
Reações exotérmicas e endotérmicas
Calorimetria
Entalpia
Equação termoquímica
Lei de Hess
• Cinética química
Velocidade das reações
Fatores que influenciam na velocidade das reações
• - Equilíbrio químico
Reações reversíveis
Grau de equilíbrio
Constante de equilíbrio
Deslocamento do equilíbrio
• - Eletroquímica
Oxidação e redução
Número de oxidação
Balanceamento das equações de oxidação-redução
Pilhas e acumulador
Corrosão
• - Eletrólise
192
Aplicações de eletrólise
• Reações nucleares
Radioatividade
Cinética das desintegrações radioativas
Fissão nuclear
Fusão nuclear
3º SÉRIE
O nascimento da química orgânica e sua evolução
• - Análise orgânica
Formúla centesimal
Fórmula mínima
Fórmula molecular
• Características do átomo de carbono
Tetravafênçia
Ligações múltiplas
• Tipos de cadeia orgânica
Fórmula estrutural
• Hidrocarbonetos
Abanos
Abcenos
Alcadienos
Alcinos
Ciclanos
Ciclenos
Aromáticos
.
• Petróleo
Refino do petróbeo
193
Gás natural
Xisto betumjnoso
• Funções orgânicas oxigenadas
Álcoois
Fe nó is
Éteres
Aldeídos e cetonas
Ácidos carbíIicos
Derivados dos ácidos carboxílicos
• Funções orgânicas nitrogenadas
Aminas
Amidas *
Nítrilas
Isonítrilas
Nitrocompostos
• Outras funções orgânicas
Haletos orgânicos
Compostos sulfurados
Compostos heterocíclicos
Compostos organometálicos
Compostos com funções múltiplas
Compostos com funções mistas
Séries orgânicas
• Estrutura e propriedades dos compostos orgânicos
Geometria molecular
Ponto de fusão, ponto de ebulição e estado físico dos compostos orgânicos
Solubilidade dos compostos orgânicos
• lsomeria plana
194
Isomeria de cadeia
Isomeria de posição
Isomeria de compensação
Isomeria de função
• lsomeria espacial
Isomeria geométrica
Isomeria optica
• Reações
Reações de substituição
Reações de adição
Reações de eliminação
Esterificação
Polimerização
• GIicídios
• Lipídios
• Sabões e detergentes
• Polímeros sintéticos
• •plásticos
195
METODOLOGIA
O método pelo qual a educação deve desenvolver-se é aquele que parte da
prática social onde professor e aluno se encontram inseridos, a relação entre estes
deve culminar com a identificação e posterior encaminhamento da solução dos
problemas percebidos na prática social.
A abordagem de temas do cotidiano como por exemplo: recUrsos
energéticos, impactos ambientais, poluição, lixo, energia nuclear, petróleo,
atmosfera, medicamentos, plásticos, agrotóxicos não devem servir como meros
elementos de motivação ou de ilustração, mas sim possibilitar a contextualização
dos conhecimentos químicos tornando-os socialmente relevantes.
Inserir o aluno na cultura científica, principalmente através de práticas
experimentais e análise de situações cotidianas, buscando relações da química com
a sociedade e a tecnologia, criando situações de aprendizagem de modo que o
aluno pense mais criticamente sobre o mundo do qual faz parte. Para tal
metodologia deve propiciar em sala de aula a discussão de aspectos sócio-
científicos os quais podem abordar questões ambientais, políticas, econômicos,
éticos, sociais e culturais.
Encamnhamentos Metodológicos: A sala de aula reúne pessoas com diferentes
costumes, crenças, tradições e idéias que dependem de suas origens, isso dificulta
a adoção de um único encaminhamento metodológico para todos os alunos, por isso
é importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos
estudantes, no qual se incluem as concepções espontâneas sobre o conhecimento
da química, a partir das quais será elaborado o conhecimento científico.
196
Recursosdidáticos:
Livro didático
Textos
Revistas
Jornais
Trabalhos científicos
Vídeos
Debates
Laboratório
197
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ocorrer de forma processual e formativa, deve estar sujeita
às alterações no seu desenvolvimento. Deve levar em conta o conhecimento prévio
do aluno valorizando assim o processo de construção e reconstrução dos conceitos,
orientando e facilitando a aprendizagem subsidiando e a o mesmo tempo
direcionando a ação do professor assegurando assim a qualidade do processo
educacional.
Com o objetivo de tornar o ensino da química mais eficz e dinâmico, devem-
se considerar as diferenças e valores, na opinião dos colegas, pelo trabalho em
grupo, responsabilidade, lealdade e tolerância no processo coletivo da construção
do conhecimento em sala da aula, devem-se usar instrumentos que possibilitem
várias formas de expressão dos alunos como: leitura e interpretação de textos,
produção de textos, interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas,
relatórios de aulas práticas, apresentação de seminário, possibilitando ao aluno
posicionar-se criticamente, articulando o conhecimento químico as questões sociais,
econômicas, políticas e ambientais.
198
Referências
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. SEED-pR, 2008.
− FELTRE,. RICARDO —Química: volume 1,23 — Ed. Moderna, 6
Edição.
— Química / Vários autores — Curitiba SEED-PR, 2006.
199
PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
Apresentação Geral da Disciplina
A sociologia é uma área do conhecimento, do ponto de vista histórico, ainda
recente. Sua afirmação como ciência se dá em função das profundas
transformações ocorridas no século XIX, sobretudo com a expansão da Resolução
Industrial Inglesa.
No século XX, a disciplina começou a se ocupar. dos mais diversos temas
ligados à formação e desenvolvimento das sociedades humanas. Os conteúdos aqui
propostos tentam dar conta dos principais temas abrangidos pela Sociologia,
baseando-se em quatro eixos: política, cultura, economia e antropologia. Assim,
pode-se propiciar ao aluno uma visão global tanto da sociologia como da própria
vida humana e seus desdobramentos.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia
faz emergir diferentes faces de uma mesmo problema colocado para reflexão e
busca de solução pelos primeiros pensaciores sociais — Comte, Durkheim, Weber e
Max.
A trajetória do ensino da sociologia, tanto em nível estadual quanto nacional,
caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, deixou marcas que dificultam
a consolidação dessa disciplina no currículo escolar. No âmbito institucional, projetos
e parcerias que contemplem a atuação conjunta e mais integrada dos cursos do
Ensino Médio e as licenciaturas em Ciências Sociais existentes no estado do
Paraná, trariam vitalidade intelectual a ambos os níveis de ensino.
200
OBJETIVOS:
O Ensino da Sociologia, no Ensino Médio, tem por objetivo compreender os
processos de formação, transformação e funcionamento das sociedades
contemporâneas Trata-se de um modo de interpretar as Contradições, os conflitos,
as ambivagênc ias e continuidades que configuram a vida Cotidiana de cada um e
da Sociedade envolvente
Pretende..se desenvolver no aluno o olhar crítico sobre as formas de
organização humana e, a partir da leitura de autores Clássicos e da análise de
temas e fatos atuais, interpretar os problemas que afetam os povos e suas culturas.
Esta compreensão depende do contato do aluno como teorias que se propõem a
explicar processos e relações sociais, constituintes de nosso tempo para que sejam
dessaturalizadas práticas e saberes prévios.
201
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são cinco:
o processo de socialização de as instituições sociais;
cultura e indústria cultural;
trabalho, produção e classes sociais;
poder, política e ideologia;
direitos, cidadania e movimentos sociais.
1º Série - O processo de socialização e as instituições sociais.
conteúdos básicos
• processo de socialização;
• instituições sociais: familiares; escolares e religiosas;
• instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.
2º Série — Cultura e indústria cultural
Trabalho, produção e Classes sociais
conteúdos básicos
• desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise
das diferentes sociedades;
• diversidade cultural
• identidade;
• indústria cultural
• meios de comunicação de massa;
• sociedade de consumo;
• indústria cultural no Brasil;
• questões de gênero;
• culturas afro brasileiras e africanas;
• culturas indígenas
• o conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
• organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
• globalização e neoliberalismo
• relações e neoliberalismo
202
•relações de trabalho
• trabalho no Brasil,
3ºSérie — Poder, Política e Ideologia
Direitos, cidadania e movimentos sociais
conteúdos básicos
• formação e desenvolvimento do Estado moderno;
• democracia, autoritarismo, totalitarismo;
• Estado no Brasil;
• conceitos de ideologia;
• conceitos de dominação e Iegitimidade
• as expressões da violência nas sociedades contemporâneas
• direitos civis, políticos e Sociais;
• direitos humanos;
• conceito de cidadania
• movimentos sociais no Brasil
• a questão ambiental e os movimentos ambietalistas;
• a questão das ONGs
203
METODOLOGIA
A constante interação entre os conteúdos e a realidade vivida pelo aluno é
fundamental para que a disciplina alcance minimamente seus objetivos.
Considera-se relevante, no exercício pedagógico da sociologia manter no
horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecÍmento e a contribuição
dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos
básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos
levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a sociologia. Isso
requer a retomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada. Por outro
lado, a leitura crítica da realidade passa também pelo debate dos principais temas
que pautam a vida social, nos diversos temas da sociologia. Nesse sentido, a leitura
de várias fontes de informação se torna imprescindível, assim como o
aproveitamento do próprio conhecimento do aluno, ainda que limitado ou
desorganizado, pois é assim que se pode avançar na consciência crítica.
204
RECURSOS DIDÁTICOS
Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são
propostos:
• Aulas expositivas dialogadas, aulas em visitas guiadas a instituições e museus,
quando possível;
• Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
• Leituras de textos.: clássico-teórico contemporâneos, temáticos, didáticos,
literários, jornalísticos;
• Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:
pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;
• Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise
crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
205
AVALIAÇÃO
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção
da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e
aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates,
que acompanham os textos ou filmes; participação na pesquisa de campo; produçãô
de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre
outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como
perspectiva do selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no
sentido da apreensão, compreensão reflexão dos conteúdos pelo aluno e,
sobretudo, expressão oral ou escrita doa sua percepção de mundo.
Quando mais o estudante se aproximar de uma leitura cientificamente
sociológica da realidade, mais positivo será seu desempenho. A função do
professor, é identificar as dificuldades de análise apresentados pelo aluno e instruí-lo
corretamente, aperfeiçoamento o ensino e a aprendizagem.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o
aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas contatações, tomadas
como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos
que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em
suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de
aula precisa contribuir para essa formação.
206
REFERÊNCIAS
BACHELARD, G. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1968.
BAUMAN, Z. Por uma sociologia crítica: um ensaio sobre o senso comum e
emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
BERGER, P, LUCKMANN, T. A construção social da realidade. 11. ed. Petrópolis:
Vozes 1994.
BOTTOMORE, T.(ed). Dicionário do pensamento mar,cista. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 1988.
BOUDON, A. O lugar da desordem. Lisboa: Gradiva, 1990.
BOUADIEU P. O Camponês e seu corpo. ln: Revista de Sociologia e Política.
Curitiba, 26p. 83-92. jun. 2006.
_____ O poder simbólico. Lisboa: DIFEL; Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil,
1989.
Science de la science et reflexivité; cours du College de France 2000- 2001.
Paris: Éciitions Raisons d’ agir, 2001.
BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do
ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975.
CHAMBOREDON, J. C. A profissão de sociólogo: preliminares epistemológicas
2. ed. Petrópolis: vozes, 2000.
207
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
(INGLÊS)
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
O colégio Fazenda Velha têm em seu curricular o Inglês e o Espanhol.
Mesmo com a realização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que
o ensino do inglês têm o espaço garantido nos currículos oficiais por ser idioma mais
usado nas transações comerciais, na informática, nas indústrias, nas ciências, na
medicina e sobretudo a preparação como disciplina anfitriã nos jogos
panamericanos e na copa do mundo nos anos vindouros.
Toda Língua é uma transformação histórica e cultural em constante
transformação. A língua não se limita, a uma visão sistêmica e cultural do código
linguístico ela é heterogênea, ideológica e opaca. Segundo Bakhtim (1988) toda
enunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes a voz do eu e do outro.
Para este filósofo não há um discurso individual no sentido de que todo o discurso
se constrói no processo de interação e em função de outro. Dai a Língua Estrangeira
apresentar-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer,
com outros conhecimentos interpretativos de construção de realidade.
Com o estudo de Língua Estrangeira (Inglês) contempla-se as relações com
a cultura, o sujeito e a identidade ou seja ensinar e aprender línguas é também
ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, permitir
que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem
mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do
papel das línguas na sociedade.
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OBJETIVOS
O aluno traz para a escola determinadas leituras de mundo que constitui sua
cultura de mundo ciie Constitui sua cultura e, como tal, devem ser respeitadas. Ao
ser exposto as diversas manifestações de uma língua estrangeira e as suas
implicações política ideológicas o aluno constrói recursos para compara.lá a língua
materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e
cognitiva.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
1º SÉRIE
Conteúdo Específicos
Verbo”tobe”
Verbo there to be
Possessive
Possessive Pronouns
Present Continious Tense (Afimative, Interrogative, Negative)
Textos
Vocabulary
História Afro dentro da Língua Inglesa
História do Inicio dentro da Língua Inglesa
2º SÉRIE
To be going to Past (afirmative, Interrogative, negative)
Irregular and Irregular verbs
Present
Past Perfect
Reflexive Pronouns
The Indefinite Article
Simple Future Tense
Textos
Vocabulary
História Afro dentro da Língua Inglesa
História do Índio dentro da Língua Inglesa
3º SÉRIE
Modal Verbs
Imperative
Simple Conditional
Conditional perfect
Conditional
Prepositions
Passive Voice
210
Relative Pronouns
Direct and lndirect Speech
Textos
História Afro dentro da Língua inglesa
História cio Índio dentro da Língua inglesa
Obs.: As práticas pedagógicas que seguem1 serão direcionadas aos 1º , 2º, e 3º
série do Ensino Médio.
Leitura
Identificação cio tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
variedade linguístico;
Ortografia;
Escrita
Tema do texto; ---
Interlocutor;
Finalidade de texto;
Intencionalidade do texto;
Condições de produção;
Informatividacje (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coerência e Coesão;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semáticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito); Variedade Linguística;
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METODOLOGIA
Propiciar prática de leitura de textos de deferentes gêneros tais como
— Cotidiano: diário, fotos, músicas, provérbios, curriculum vitae, Cartão Postal,
bilhetes, convites.
— Literárialartística: autobiografia, histórias em quadrinhos, Literatura de Cordel,
poemas, Letras de Músicas, narrativas de Humor, Textos dramáticas. — Científica:
artigos, relatórios, verbetes.
— Escolar: exposição oral, pesquisas, resumo, seminário, textos de opinião.
— Imprensa: fotos, horoscopo, mapas, reportagens, sinopses de filmes, cartum.
— Publicitário: Cartazes, e-mail, fotos, slogan, músicas.
— Política: carta de emprego
— Jurídica: Estatutos, Leis, Procurações, Depoimentos, Declaração e Direitos.
— Produção e Consumo: Bulas, Placas, texto de opinião.
—Midiática: e-malI, Entrevista, Filmes, Telejornal, Vídeo Clip.
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AVALIAÇÃO
Realização de leitura compreensiva do texto. Identificação das diferenças
decorridas do uso de palavras ou expressões que estabelecem a referência textual.
Expressão de ideias com clareza. Produção de textos (gênero, interlocutor,
finalidade etc.).
Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, etc.
Apresentação de ideias com clareza. Exposição objetiva de argumentos.
Organização da sequência da fala. Participação ativa em diálogos, relatos,
discussões, quando necessário em língua materna, etc.
Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas
e entonações nas exposições orais, entre outros extralinguísticas.
Reconhecimento de palavras ou expressões que estabelecem a referência
textual utilização do discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal).
Organização da sequência de fala.