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Provas de Português Cespe/UnB Interpretação de texto A hipótese dos campos mórficos, criada pelo inglês Rupert Sheldrake, representa uma salutar sa- cudida na biologia, com conseqüências em vários outros ramos da ciência. Nos seres humanos, a ressonância mórfica pode ser uma ferramenta utilíssima para explicar o apre- ndizado, em especial o de idiomas. Pela teoria, em geral é mais fácil aprender o que outros já aprenderam antes, graças à memória coletiva acessível a todos os indivíduos da mesma espécie. Assim, os campos mórficos podem representar um novo ponto de partida para compreendermos nossa herança cultural e a influência de nossos an- cestrais. O próprio biólogo reconhece, porém, que sua concepção tem um espaço em branco a ser preenchido. Se, por um lado, ela ajuda a explicar o modo como os padrões de organização são repetidos, por outro, não explicita como eles se colocam em primeiro lugar. Mas essa lacuna é estratégica, revela Sheldrake: “Isso deixa aberta a questão da criatividade evolucionária.” 1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Infere-se da argumentação do texto que Sheldrake, em sua teoria, revoluciona os conceitos da biologia, utilizando-se da própria hipótese de ressonância dos conhecimentos de out- ros ramos da ciência na própria biologia. Enquanto outros países em desenvolvimento, como China, Índia e Coréia, investem na formação de pesquisa- dores e se transformam em produtores de conhecimentos que dinamizam suas economias, o Brasil não consegue eliminar o fosso que separa as instituições de pesquisa das empresas privadas, nem aumentar o volume de inves- timentos em pesquisa e desenvolvimento. Vai ficando para trás em uma corrida decisiva para sua inserção em um mundo cada vez mais competitivo, sobretudo nos segmentos mais dinâmicos da indústria, como o da microele- trônica. Estudo do consultor do Banco Mundial Alberto Rodríguez, publicado pela Confederação Nacional da Indústria, confirma que, apesar do conhecido diagnóstico sobre o atraso do país na área tecnológica, pouco se faz de prático para superar o problema. Os pesquisadores brasileiros publicam seus trabalhos em um volume aceitável — eles respondem por cerca de 2% dos artigos científicos das principais publicações internacionais —, mas os resultados práticos das pesquisas são modestos. O Brasil responde por apenas 0,18% do total de patentes registradas no mundo. Há a necessidade de que a pesquisa feita na universidade e nos laboratórios seja menos teórica e mais voltada para aplicações práticas”, diz Rodríguez. “E o setor privado precisa investir mais em pesquisa e desenvolvimento.” O Estado de S. Paulo, Editorial, 1.º/10/2008 (com adaptações). Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem. 2. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) Infere-se das informações do texto que todos os trabalhos publicados pelos pesquisadores brasileiros em periódicos internacionais se transformam em patentes registradas ou em aplicações práticas. www.concurseiroweb.blogspot.com www.concurseiroweb.blogspot.com

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Provas de Português Cespe/UnB

Interpretação de texto

A hipótese dos campos mórficos, criada pelo inglês Rupert Sheldrake, representa uma salutar sa-cudida na biologia, com conseqüências em vários outros ramos da ciência. Nos seres humanos, a ressonância mórfica pode ser uma ferramenta utilíssima para explicar o apre-ndizado, em especial o de idiomas. Pela teoria, em geral é mais fácil aprender o que outros já aprenderam antes, graças à memória coletiva acessível a todos os indivíduos da mesma espécie. Assim, os campos mórficos podem representar um novo ponto de partida para compreendermos nossa herança cultural e a influência de nossos an-cestrais. O próprio biólogo reconhece, porém, que sua concepção tem um espaço em branco a ser preenchido. Se, por um lado, ela ajuda a explicar o modo como os padrões de organização são repetidos, por outro, não explicita como eles se colocam em primeiro lugar. Mas essa lacuna é estratégica, revela Sheldrake: “Isso deixa aberta a questão da criatividade evolucionária.”

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Infere-se da argumentação do texto que Sheldrake, em sua teoria, revoluciona os conceitos da biologia, utilizando-se da própria hipótese de ressonância dos conhecimentos de out-ros ramos da ciência na própria biologia.

Enquanto outros países em desenvolvimento, como China, Índia e Coréia, investem na formação de pesquisa-dores e se transformam em produtores de conhecimentos que dinamizam suas economias, o Brasil não consegue eliminar o fosso que separa as instituições de pesquisa das empresas privadas, nem aumentar o volume de inves-timentos em pesquisa e desenvolvimento. Vai ficando para trás em uma corrida decisiva para sua inserção em um mundo cada vez mais competitivo, sobretudo nos segmentos mais dinâmicos da indústria, como o da microele-trônica. Estudo do consultor do Banco Mundial Alberto Rodríguez, publicado pela Confederação Nacional da Indústria, confirma que, apesar do conhecido diagnóstico sobre o atraso do país na área tecnológica, pouco se faz de prático para superar o problema.Os pesquisadores brasileiros publicam seus trabalhos em um volume aceitável — eles respondem por cerca de 2% dos artigos científicos das principais publicações internacionais —, mas os resultados práticos das pesquisas são modestos. O Brasil responde por apenas 0,18% do total de patentes registradas no mundo.Há a necessidade de que a pesquisa feita na universidade e nos laboratórios seja menos teórica e mais voltada para aplicações práticas”, diz Rodríguez. “E o setor privado precisa investir mais em pesquisa e desenvolvimento.”

O Estado de S. Paulo, Editorial, 1.º/10/2008 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

2. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) Infere-se das informações do texto que todos os trabalhos publicados pelos pesquisadores brasileiros em periódicos internacionais se transformam em patentes registradas ou em aplicações práticas.

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Os garotos alexandrinos não trataram os dois sábios com o escárnio dos garotos cipriotas. A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como a esfinge, circunspecta como as múmias, dura como as pirâmides; não tinha tempo nem maneira de rir. Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente. Tão nobre resposta encheu de admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe. E aliás, diziam os mais sagazes, que outra coisa se podia esperar de dois homens tão sublimes, que em seus magníficos tratados... — Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo os talentos e as virtudes.— Não é esse o ofício dos deuses? Objetava um. — Eu violei o segredo dos deuses, acudia Stroibus. O homem é a sintaxe da natureza, eu descobri as leis da gramática divina...— Explica-te.— Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro.Quando a minha doutrina estiver completa, divulgá-la-ei como a maior riqueza que os homens jamais poderão receber de um homem. Imaginem a expectação pública e a curiosidade dos outros filósofos, embora incrédulos de que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos possuíam. Entretanto, esperavam todos. Os dois hóspedes eram apontados na rua até pelas crianças. Um filho meditava trocar a avareza do pai, um pai a prodigalidade do filho, uma dama a frieza de um varão, um varão os desvarios de uma dama, porque o Egito, desde os Faraós até aos Lágides, era a terra de Putifar, da mulher de Putifar, da capa de José, e do resto. Stroibus tornou-se a esperança da cidade e do mundo.

Machado de Assis. Conto Alexandrino. In: John Gledson. 50 Contosde Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 193.

Com relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item.

3. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Infere-se do texto que os filósofos exerciam o ofício dos deuses ao apresentarem seus tratados, doutrinas e experimentos à sociedade.

Super-PhelpsO que o talento, a determinação e as conquistasdo maior atleta olímpico de todos os temposensinam sobre os limites do ser humano

“Seu filho nunca vai se focar em nada”, vaticinou a professora de uma escola primária de Baltimore, nos EUA, à mãe do menino, Debbie Phelps. Michael Phelps era um menino orelhudo que sofria de transtorno de deficit de atenção com hiperatividade. Não parava quieto nas aulas.Passava o tempo provocando os coleguinhas. Só se in-teressava por lacrosse — um exótico esporte praticado nos EUA e no Canadá, uma espécie de basquete com redes de caçar borboletas — e pela página de esportes do Baltimore 10 Sun, o jornal local. Aos 7 anos, Michael trocou o lacrosse pela natação, inspirado pelas irmãs mais velhas, Hilary e Whitney, ambas nadadoras de competição. No início, Michael não gostava de treinar, mas aos poucos as coisas começaram a mudar. Aos 11 anos, ele resolveu parar de tomar pílulas para controlar a hiperatividade. Ele disse à mãe que queria superar o problema sem a ajuda

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de remédios. Nessa época, já era um dos melhores nadadores dos EUA em sua faixa de idade. Seu técnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiais dali a 12 anos, nos Jogos Olímpicos de 2008.Bowman, até hoje o treinador de Phelps, errou feio a previsão — para baixo. Já em 2000, aos 15 anos, o ado-lescente disputava as Olimpíadas pela primeira vez (ficou em quinto lugar nos 200 metros borboleta). Em 2004, ganhou seis medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos de Atenas. Quatro anos depois, em Pequim, tornou-se o maior campeão da história das Olimpíadas. O sucesso de Phelps se deve em grande parte, claro, à genética, como evidencia o dom que ele e as irmãs sempre tiveram para a piscina. Seu físico é aturalmente perfeito para a natação. O corpo lembra a forma de um peixe. Tem articulações flexíveis e enormes mãos que parecem pás. Ter nascido no país com a melhor estrutura para detecção e lapidação de talentos esportivos também ajudou — uma vez bem-sucedido em competições escolares, Phelps seguiu naturalmente o caminho que o levou à equipe olímpica norte americana.“Talento só não basta”, disse Phelps na entrevista coletiva após a sexta medalha de ouro. “Muito trabalho,muita dedicação, é uma combinação de tudo... Tentar dormir e se recuperar, armar cada sessão de treino da melhor forma possível e acumular muito treino.”

Época, 18/8/2008, n.º 535, p. 92 (com adaptações).

Acerca das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item.

4. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) Segundo o texto, infere-se que “200 metros borbo-leta” (linha 15) é uma modalidade da natação, a qual compõe os Jogos Olímpicos.

Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustível, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer proporção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos na sua permanência no mercado por muito tempo. Entretanto, a indústria automobilística brasileira atingiu a marca de 5 milhões de carros bicombustíveis — flexfuel ou simplesmente flex — vendidos. Esses veículos já respondem por 88% das vendas nacionais.O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas, mas a indiscutível preferência do consumi-dor pelo modelo flex tem outras razões. O álcool 13 continua sendo mais barato do que a gasolina. A possibilidade de utilização de um ou de outro combustível, conforme sua necessidade e seu desejo, dá ao consumidor uma liberdade de escolha com que ele não contava em experiências anteriores de uso do álcool como combustível automotivo.

O Estado de S.Paulo, 16/3/2008 (com adaptações).

Com relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

5. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Infere-se das informações do texto que o álcool nem sempre foi mais barato que a gasolina.

Estudo da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (ANDIMA) mostrou sensível mudança no comportamento dos investidores estrangeiros em relação aos papéis da dívida externa brasileira. Nem mesmo o cancelamento de alguns leilões pelo Tesouro Nacional, nas semanas de maior volatilidade da crise da bolha imo-biliária norte-americana, afastou a atenção dos aplicadores externos em relação aos títulos brasileiros, consoli-dando a impressão de que há outro padrão de observação para a economia brasileira, bem diferente do exercido, por exemplo, nas crises asiática e russa no final da década passada.É fato que, em alguns momentos da crise iniciada em julho, marcada pela queda de liquidez dos bancos, ocor-

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reram episódios de exigência de taxas melhores por parte de investidores, mas em nenhum momento aconteceu uma piora no perfil da dívida brasileira.

Gazeta Mercantil, 17/4/2008 (com adaptações).

Em relação às idéias e às estruturas do texto acima, julgue o item a seguir.

6. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) Infere-se das informações do texto que os investidores estrangeiros se desinteressaram pelos títulos brasileiros no final da década passada.

As chamadas cidades globais fornecem a infra-estrutura de que a economia mundial necessita para as suas transa-ções. Fazem parte dessa infra-estrutura, entre outros, o sistema bancário, hoteleiro, de telecomunicação, bem como aeroportos, segurança. Precisa haver um número significativo de pessoas qualificadas e competentes para dar conta de todos os serviços demandados para a realização das grandes transações econômicas, manipulações das bolsas de valores, transferências bancárias, entre outras. Não é o tamanho, em termos de número de habitantes ou da área espacial ocupada, que conta; conta sua funcionalidade em termos das manipulações financeiras, que caracterizam a era da globalização.Nessas cidades, não há necessidade de cidadãos que cumpram deveres e tenham direitos civis, políticos e soci-ais. Nelas, os indivíduos são classificados de acordo com sua utilidade para agilizar transferências financeiras, repassar informações, facilitar o ganho e a estabilização dos lucros. Não cabe, nesse modelo, a visão do indivíduo com sua dignidade, sua qualidade como ser livre, ser humano, cidadão. Em lugar de cidadãos, são valorizados os prestadores de serviços.As megacidades ou megalópoles são cidades definidas pelo número exagerado de moradores, via de regra, acima de 10 milhões de habitantes. Elas resultaram de um desenvolvimento econômico insustentável, que trouxe para as periferias urbanas grandes contingentes populacionais de áreas rurais e de outras cidades, via de regra, gerando conflitos imprevisíveis nas últimas duas ou três décadas.As metrópoles são cidades que têm longa história e uma tradição de cidadania. Elas até agora demonstraram a capacidade de se adaptar às novas condições da economia globalizada sem perder sua especificidade histórica, política, econômica. Essas cidades têm longa tradição de cidadania, de luta e defesa dos direitos humanos.

Barbara Freitag. Cidade dos homens. Rio de Janeiro:Tempo Brasileiro, 2002, p. 216-8 (com adaptações).

Acerca de aspectos gramaticais do texto Cidade dos Homens e das idéias nele presentes, julgue o item subse-qüente.

7. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Infere-se do texto que, para que seja viabilizado o exercício da cidadania, é necessário e suficiente que uma cidade se torne uma metrópole.

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No meio das massas, as mais supersticiosas idéias relacionadas com doenças — prevenção e tratamento — preva-leciam. Um observador estrangeiro depõe a esse respeito: “Antigas curas — dignas de Plínio — estão ainda em voga.” E refere-se — em exemplo — a “minhocas fritas vivas no azeite doce e aplicadas quentes como cataplas-ma”, que eram utilizadas no tratamento de males “comuns a brancos e pretos”. Figas de osso e pedaços de “pedra santa” eram também usados contra “mau-olhado” e doenças.As superstições rompiam, por vezes, as paredes dos próprios hospitais e matavam ali inermes internados. Tanto Eubank como Radiguet contam a história de um doente do Hospital dos Lázaros — instituição no Rio de Janeiro para tratamento da lepra — que se submeteu à experiência terapêutica da mordida de cobra venenosa. A cobra foi trazida, mas tão repelentes eram as partes gangrenadas do homem que o réptil encolheu-se para não tocá-las. Então, o homem apertou a cobra, e por ela foi mordido, morrendo em vinte e quatro horas.É de abismar a condição miserável de imundície em que os brasileiros toleravam viver nas cidades, na década de 50 do século XIX. Era terrível, em algumas ruas, a fedentina. Em todas as cidades do Império, a remoção do lixo, das coisas podres, dos excrementos humanos fazia-se de maneira, ao mesmo tempo, mais primitiva e mais pitoresca. Essas imundícies eram colocadas em pipas ou barris, chamados tigres, e carregadas às cabeças dos es-cravos, que as despejavam nos rios, nas praias e nos becos (matos). Essa remoção geralmente era feita depois que os sinos da igreja tocavam “dez horas”. Em Pernambuco, os tigres eram derramados, pelos escravos, das pontes, nos rios Capiberibe e Beberibe.Dada a inexistência de encanamento para fazer a drenagem, tornava-se impossível a distribuição de água nas casas. O sistema de suprimento de água às populações urbanas era o do chafariz. A velha e, na Europa, já arcaica fonte pública. Os brasileiros faziam livre uso da água, realizando em limpeza pessoal o que tão dolorosamente faltava em higiene pública.

Gilberto Freyre. Vida social no Brasil nos meados do século XIX. Trad. do orig. inglês:Waldemar Valente. 2.ª ed. rev. e pref. pelo autor. Rio de Janeiro: Artenova S. A.; Recife: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1977, p. 106; 108-9 (com adaptações).

Considerando as idéias e as estruturas lingüísticas do texto ao lado, julgue o item seguinte.

8. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Infere-se da leitura do texto que os habitantes das cidades, no Império, aceitavam as soluções adotadas com relação à higiene pública porque, embora toscas, eram muito engenhosas.

Trabalho escravo:longe de casa há muito mais de uma semana

O resgate de trabalhadores encontrados em situação degradante é uma rotina nas ações do Grupo Especial Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, do MTE. Desde que iniciou suas operações, em 1995, já são mais de 30 mil libertações de trabalhadores submetidos a condições desumanas de trabalho. “Chamou-me a atenção o caso de um trabalhador que há 30 anos não via a família”, lembra Cláudio Secchin, um dos oito coordenadores das operações do Grupo Móvel. Natural de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, José Galdino da Silva — Copaíba, como gosta de ser chamado — saiu de casa com 10 anos de idade para trabalhar no Norte. Nunca estudou. Durante 40 anos, veio passando de fazenda em fazenda, de pensão em pensão, trabalhando com derrubada de mata e roça de pasto. Nunca teve a carteira de trabalho assinada e perdeu a conta de quantas vezes não recebeu pelo trabalho que fez. Copaíba nunca se casou nem teve filhos. “Não conseguia dormir direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar à minha cidade e rever a família”, relatou. Quando uma fazenda no município paraense de Piçarras foi fiscalizada em junho deste ano, Copaíba foi localizado pelo Grupo Móvel, resgatado e recebeu de indenização trabalhista mais de R$ 5 mil.

Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptações).

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Acerca dos aspectos estruturais e lingüísticos e dos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

9. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Infere-se do texto que as relações de trabalho análogas ao trabalho escravo no Brasil diminuíram muito a partir de 1995.

No Brasil, apesar da pressão do desemprego, que tem atingido níveis altíssimos, a fiscalização do trabalho e a justiça do trabalho estão empenhadas em uma luta para preservar o direito do trabalhador ao emprego com regis-tro, tratando de coibir as formas atípicas de emprego, especialmente a do trabalho cooperativado. As cooperativas de trabalho são denunciadas como falsas, como pretensas cooperativas, criadas unicamente para privar os trabal-hadores dos seus direitos legais. Apesar da ação vigorosa de fiscais, procuradores e juízes do trabalho, o número dos que gozam do direito ao emprego com registro não cessa de diminuir Na realidade, nem todas as cooperativas de trabalho contratadas por firmas são falsas. Um bom número delas são formadas por trabalhadores desemprega-dos, que disputam os seus antigos empregos contra intermediadoras de mão-de-obra. Para eles, a perda dos direi-tos já é um fato consumado e, se forem obrigados a se empregar nas terceirizadas, possivelmente sofrerão, além disso, acentuada perda de salário direto. Outras cooperativas de trabalho são formadas por trabalhadores que es-tavam assalariados por empresas intermediadoras e que preferiram se organizar em cooperativa para se apoderar de parte do ganho que aquelas empresas auferem a suas custas. Essas considerações não pretendem indicar que a luta contra a precarização é inútil, mas que ela carece de bases legais para realmente coibir a perda incessante de direitos por cada vez mais trabalhadores. O fulcro da questão é que ou garantimos os direitos sociais a todos os trabalhadores, em todas as posições na ocupação — assalariados, estatutários, cooperantes, avulsos, terceirizados etc. — ou será cada vez mais difícil garanti-los para uma minoria cada vez menor de trabalhadores que hoje têm o status de empregados regulares.

Paul Singer. Em defesa dos direitos dos trabalhadores. Brasília:MTE, Secretaria de Economia Solidária, 2004, p. 4 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue o item.

10. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Infere-se do texto que, na atualidade, os direitos sociais dos trab-alhadores brasileiros podem se transformar em privilégio garantido a poucos.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Quanto aos sentidos e aos aspectos estruturais e lingüísticos do texto acima, julgue os itens de 11 a 12.

11. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) É correto inferir que as propostas apresentadas nesse texto têm força de lei, o que implicou o seu cumprimento imediato no mundo concreto do trabalho nos países do MERCO-SUL a partir de 16 de abril de 2004.

12. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Infere-se do texto que, na Argentina, no Brasil, no Uruguai e no Paraguai, as relações entre homens e mulheres no mundo do trabalho ainda apresentam disparidades quanto à

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oportunidade de emprego.

Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante e rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional. A sentença determina, entre outras medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a vio-lação dos direitos humanos da população carcerária e “abrir o debate a respeito da regionalização dos presídios”. Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são de famílias pobres da Grande São Paulo, que não dispõem de condições financeiras para visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro ou es-tupro. Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem comandando seus “negócios”, seja para coibir a formação de facções criminosas. Com um deficit de mais de 40 mil vagas e várias unidades comportando o triplo de sua capacidade de lotação, a já dramática crise do sistema prisional de São Paulo se agrava todos os dias. O mérito da sentença do juiz de Tupã, que dificilmente será confirmada em instância superior, é o de refrescar a memória do governo sobre a urgência de uma solução para o problema.

In: Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3 (com adaptações).

Com referência às idéias do texto, julgue o item.

13. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) Infere-se do texto que o juiz mencio-nado, ao proferir sua sentença, se preocupou com a reabilitação dos presos.

O nosso planeta azul vive um paradoxo dramático: embora dois terços da superfície da Terra sejam cobertos de água, uma em cada três pessoas não dispõe desse líquido em quantidade suficiente para atender às suas neces-sidades básicas. Se o padrão atual de aumento de consumo for mantido, calcula-se que essa proporção subirá para dois terços da população mundial em 2050. A explicação para o paradoxo é a seguinte: a água é um recurso renovável pelo ciclo natural da evaporação-chuva e distribuído com fartura na maior parte da superfície do pla-neta, mas a ação humana afeta, de forma decisiva, a renovação natural dos recursos hídricos. Em certas regiões do mundo, como o norte da China, o oeste dos Estados Unidos da América e o Lago Chade, na África, a água está sendo consumida em ritmo mais rápido do que pode ser renovada. Estima-se que 50% dos rios do mundo estejam poluídos por esgotos, dejetos industriais e agrotóxicos. Calcula-se, ainda, que 30% das maiores bacias hidrográfi-cas perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que levou à redução da quantidade de água.Nos últimos 100 anos, a população do planeta quadruplicou, enquanto a demanda por água se multiplicou por oito. Estima-se que a humanidade use atualmente metade das fontes de água doce do planeta. Em quarenta anos, utilizará perto de 80%. Apenas 1% de toda a água existente no planeta é apropriado para beber ou ser usado na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares (97%) e ao gelo nos pólos e no alto das montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta preocupação. Os especialistas costumam alinhar duas soluções principais para evitar a escassez de água de qualidade, própria para o consumo humano: cobrar mais pelo uso do recurso e investir no tratamento dos esgotos. O objetivo de cobrar mais é evitar o desperdício, enquanto o trata-mento do esgoto possibilita a devolução da água à natureza e sua reutilização. Fica a esperança de que não faltará água, se soubermos usá-la.

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Veja, jan./2008, p. 87-90 (com adaptações).

Com relação às idéias e características do texto acima, julgue os itens a seguir.

14. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Infere-se da leitura do texto que a renovação natu-ral dos recursos hídricos depende do tratamento da água do mar.

15. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Ao caracterizar o tema tratado no texto como um paradoxo, o autor refere-se à aparente contradição entre a existência de água e sua escassez para um grande número de pessoas.

Lembrei-me de uma entrevista que tive com uma jornalista.“Qual o seu sonho de consumo?”, ela perguntou. “Acreditar em Deus”, eu disse.“Isto mudaria alguma coisa?”“Talvez mudasse o meu estilo. Minha linguagem é assindética, cheia de elipses de conjunção. A fé tornaria meu estilo hiperbólico, polissindético.” Etc. Na época, pensei que estava brincando. (...) Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O ser humano se caracteriza, na verdade, por uma estu-pidez. Ele só descobre que um bem é fundamental quando deixa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras liberdades, preso no porão — de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas. Tinha liberdade de sonhar. Contudo, de que me adiantava isso, se estava preso dentro de um porão?

Rubem Fonseca. Vastas emoções e pensamentos imperfeitos. São Paulo: Schwarcz, 2003, p. 227 (com adaptações).

Acerca das idéias e dos aspectos lingüísticos do texto, julgue o item a seguir.

16. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Infere-se do texto que, no “porão”, o estilo do autor era “hiperbólico”, “cheio de conjunções”.

A Bolsa de Londres estava batendo todos os recordes. As ações subiam tanto, que um dos investidores desconfiou: aquilo poderia ser uma bolha, ou seja, um período de otimismo exagerado e insustentável. Mas ele não resistiu e colocou seu dinheiro no mercado. Até que o pior aconteceu: a bolha estourou e nosso amigo perdeu todo o din-heiro. O ano era 1720 e o investidor ninguém menos que o físico Isaac Newton. Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”. Pode ser discurso de mau perdedor, mas na verdade foi uma grande sacada. Sem saber, Newton estava prevendo a criação de uma nova ciência, cujas descobertas podem ajudar a entender a crise atual: a neuroeconomia, que vasculha a mente humana em busca de explicações para o comportamento do mercado. Superinteressante, nov./2008, p. 93 (com adaptações).

O texto acima constitui matéria de revista publicada em novembro de 2008. A partir da leitura interpretativa desse texto e dos conhecimentos de tipologia textual, julgue o item a seguir.

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17. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Infere-se do texto que, para o físico inglês Isaac New-ton, prever os movimentos que ocorrem com os corpos celestes é menos complexa que calcular precisamente as ações humanas.

Planeta Favela — novo livro de Mike Davis

A imagem da metrópole no século XX é a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, mas Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pela realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI.O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em mora-dias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expan-são das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendi-das pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas consequências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximada-mente 200 mil favelas existentes no planeta.Além das estatísticas, o autor revela as histórias trágicas que os dados frios não mostram, como as crianças aban-donadas pelas famílias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas “feiticeiras”, ou a nuvem de gás letal expelida pela fábrica da Union Carbide na Índia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que não tinham informação sobre os riscos ou opção de morar em outro local.O livro traça um retrato da nova geografia humana das metrópoles, em que algumas “ilhas de riqueza” florescem em torres de escritório ou condomínios fortificados que imitam os bairros do subúrbio norte-americano, separados da crescente população favelada por muros e exércitos privados, mas conectados entre si por autoestradas, aero-portos, redes de comunicação e pelo consumo das marcas globais. Como coloca o autor, citando, entre outros, o Alphaville, são enclaves constituídos como “parques temáticos” deslocados da sua realidade social, mas integra-dos na globalização, onde se deixa de ser cidadão do seu próprio país para ser um “patriota da riqueza, naciona-lista de um afluente e dourado lugar-nenhum”, como os classifica o urbanista Jeremy Seabrook, citado no livro. Davis explora a natureza desse novo contexto do conflito de classes, entre os que vivem dentro dos muros, como em uma “cidade medieval”, e a “humanidade excedente”, que vive fora dela. Um “proletariado informal”, ainda não compreendido pelo marxismo clássico e tampouco pelo neoliberalismo.Se a globalização da riqueza é constantemente celebrada pelos seus entusiastas, em Planeta Favela Mike Davis mostra o outro — e imenso — lado da história: as sincronias e semelhanças nada acidentais no crescimento da pobreza no mundo.A edição brasileira traz ainda um posfácio da urbanista Erminia Maricato que dialoga com a obra de Davis e um caderno de fotografias de favelas brasileiras de André Cypriano.

Internet: <www.boitempoeditorial.com.br> (com adaptações).

Com base no texto, julgue os itens a seguir.

18. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) O texto permite inferir que o número de habitantes das fave-las é equivalente ao número de moradores de condomínios de luxo nas metrópoles da América Latina.

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19. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) Infere-se do texto que as áreas de subúrbio das metrópoles são ocupadas exclusivamente por habitações precárias.

Este é o momento adequado do resgate do professor como sujeito histórico de transformação, porque se está atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu tão pouco a ele, do ponto de vista tanto da formação quanto da remuneração e das condições de trabalho. Todavia, há uma série de sugestões ao profissional do magistério, para que mantenha uma conduta pedagógica transformadora, entre as quais se encontram as abaixo listadas:

I Abordar o conteúdo de forma diferenciadaII Atender o aluno durante atividades em salaIII Combater a competição entre os paresIV Considerar o conhecimento prévio dos estudantesV Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para ser avaliadoVI Desenvolver em aula a responsabilidade coletiva pela aprendizagem e disciplinaVII Dialogar sobre dificuldades (investigação) apresentadasVIII Escolher bem o material didáticoIX Fazer contrato de trabalho com os alunosX Garantir clima de respeito em sala de aulaXI Retomar os assuntos já apresentadosXII Solicitar a colaboração dos aprendizes na elaboração de questõesXIII Sugerir a leitura de livros, sem valer notaXIV Sugerir roteiros de orientação de estudoXV Trabalhar com metodologia interativa: grupos, seminários, jogos, estudo do meio, experimentação, prob-lematização, temas geradores, projetos e monitoria.

Celso dos S. Vasconcellos. Para onde vai o professor —Resgate do professor como sujeito de transformação.São Paulo: Libertad, 2005 (com adaptações).

A partir das idéias e da estrutura desse texto, julgue o item.

20. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Infere-se da sugestão XIII que, a fim de cultivar o hábito da leitura, é preciso desvinculá-la dos trabalhos avaliatórios.

Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha horário para tudo e não mis-turava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar. Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo seqüencial. Cercadas de aparelhos eletrônicos que dominam desde cedo, as crianças da era dos estímulos constantes e simultâneos são capazes de executar três, quatro, cinco atividades ao mesmo tempo — e prestar pelo menos alguma atenção a todas elas. São crianças multitarefa e encaram isso com total naturalidade. Mas a rapidez e a multiplicidade podem ter certo custo. Para quem tem pressa em determinar as conseqüências futuras das atividades simultâneas, a ciência ainda responde em ritmo de passado. Vamos ter de esperar uma ou

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duas gerações para saber se a multitarefa será predominantemente positiva ou negativa na fase adulta.

Veja, 6/8/2008 (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue o item que se seguem.

21. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O desenvolvimento das idéias do texto permite inferir que a expressão “ritmo seqüencial” (linha 3) é usada para caracterizar o procedimento de não misturar as atividades.

A internacionalização da economia é um fenômeno constitutivo do capitalismo, o que não significa que haja uma única maneira de lidarmos com os processos que a constituem. É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, pro-movido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais. Os entusiastas da globalização asseguram que a liberdade humana decorre do impulso natural do homem à troca, ao intercâmbio, à aproximação por meio do comércio. Adam Smith corretamente chamou a atenção para o caráter libertador da economia mercantil capitalista e para as suas potencialidades. Marx, herdeiro e defensor das postulações do Iluminismo, indagou se as relações de produção e as forças produtivas do capitalismo permitiriam, de fato, a realização da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.O capitalismo pode ser definido como a coexistência entre a enorme capacidade de criar, transformar e dominar a natureza, suscitando desejos, ambições e esperanças, e as limitações intrínsecas à sua capacidade de entregar o que prometeu. Não se trata de perversidade, mas do seu modo de funcionamento.Na visão de Elizabeth Roudinesco, o sujeito moderno, aquele “consciente de sua liberdade, mas atormentado pelo sexo, pela morte, pela proibição”, é substituído pela concepção “mais psicológica de um indivíduo depressivo que foge de seu inconsciente e está preocupado em retirar de si a essência de todo o conflito”. Os trabalhos de destruição da subjetividade moderna são realizados por uma sociedade que precisa exaltar o sucesso econômico e abolir o conflito. As ciências humanas e sociais contemporâneas exprimem essas necessi-dades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito abstrato, mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico. Para os primeiros, os males do mundo podem ser solucionados com doses maciças de Prozac ou de qualquer substância química capaz de aliviar o sofrimento dos “aparelhos biológicos”.Para os outros, os do culturalismo, o melhor é abandonar as dores que acompanham a constituição de um saber universal e eternamente acabado, refugiando-se na completude do mundo mítico e mágico das verdades particu-lares e supostamente originárias. As duas visões do sujeito, aparentemente antitéticas, têm em comum o horror à diversidade concreta e irredutível do mundo da vida. Esse horror não pode ser aplacado pela sociabilidade do mercado que transforma o outro em inimigo-competidor.

Luiz Gonzaga Belluzo. O insaciável moloch. In: Carta Capital, 22/10/2008, p. 37-8 (com adaptações).

22. ( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, marque certa ou errada.

A De acordo com o texto, o sujeito moderno é capaz de resolver seus conflitos internos e construir uma sociedade com poucos atritos e sem diversidade, o que beneficia as relações de troca e intercâmbio.

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Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado deste processo, o “modelo econômico” alcança sua perfeição, que não é somente descrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa. Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo. Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos escapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente. A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um “argumento”. Parece realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em suma, a globalização representa a realização acabada e a perfeição do projeto de modernidade e de seu paradigma de progresso.

G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno: uma estratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Trad. Luís Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2.a ed. Petrópolis – RJ: Vozes; Bra-sília: NEDIC, 1999, p. 138-9 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e a aspectos lingüísticos do texto, julgue o item seguinte.

23. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Infere-se do texto que a globalização constitui o caminho ideal para a superação do atraso econômico verificado em alguns países, cuja cultura local se mostra incapaz de com-preender a complexidade do mundo contemporâneo.

Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. Duas forças serviram principalmente à empresa de as congregar: o emprego da língua delas, desde que pude discerni-la um pouco, e o sentimento de terror que lhes infundi. A minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma fizeram-lhes crer que eu era o deus das aranhas, e desde então adoraram-me. E vede o benefício desta ilusão. Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais nas práticas das virtudes. (...)Não bastava associá-las; era preciso dar-lhes um governo idôneo. Hesitei na escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente de governo ficava exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Era-me preciso ou achar uma forma nova ou restaurar alguma outra abandonada. Naturalmente adotei o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertado do que uma república, à maneira de Veneza, o mesmo molde, e até o mesmo epíteto. Obsoleto, sem nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo, cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado,

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o que era meter à prova as aptidões políticas da jovem sociedade.A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico, roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular. Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro a lima ou o alvião; ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidas no papel e mancas na prática.

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

No que se refere aos sentidos, à organização das idéias do texto e à tipologia textual, julgue o item.

24. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Infere-se da leitura do texto que dois fatores se destacam nas relações sociais de poder: a unidade lingüística e o sentimento de medo incutido no outro.

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes; e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão. E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem, então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares; e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.

Machado de Assis. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p. 79.

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QUESTÃO 81825. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Infere-se do primeiro período do texto que algu-mas reminiscências

A não nos dão descanso, sejam boas, sejam dolorosas.B não nos deixam em paz até causar muita dor.C precisam vir a público, oralmente ou por escrito.D são impublicáveis ou dolorosas.E devem ser esquecidas de vez.

26. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). No segundo parágrafo do texto, o autor usa o exemplo de quem passa a vida “na mesma casa de família” (linha 7) para reforçar sua idéia de que

A a convivência rotineira favorece as lembranças de pessoas e fatos.B ele próprio poderia ser um conviva de muito boa memória.C a vida familiar faz lembrar somente as circunstâncias, e não os fatos.D viver em casa de família ou em hospedarias faz mal à memória.E viver em família com seus eternos móveis e costumes descansa a mente e estimula a memória.

A realidade é constitutivamente heterogênea. Nela, coexistem vários povos, diversas orientações sexuais, diferen-tes culturas, muitos modos de falar etc. No entanto,observa-se que uma das dificuldades da vida social é a aceita-ção da diferença. Os preconceitos aparecem quando se considera uma especificidade como toda uma realidade ou como elemento superior a todos os outros. Nesse caso, tudo o que é diferente é visto seja como inexistente, seja como inferior, feio, errado. A raiz do preconceito está na rejeição da alteridade ou na consideração das diferenças como patologia, erro, vício etc.Apesar da dificuldade de eliminar os preconceitos, nossa época caracteriza-se por um esforço para vencê-los. Assim, começa a existir a consciência de que a diversidade étnica, cultural, de gênero ou de orientação sexual não constitui uma aberração, mas é, antes, parte integrante da vida do homem em sociedade e, como tal, deve ser respeitada. Há, no entanto, um preconceito que parece ser mais resistente do que os outros, o lingüístico.

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J. L. Fiorin. Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito lingüístico. In: Fábio Lopes da Silva e Heronides M. de M. Moura. O direito à fala. Florianópolis: Insular, p. 23-4 (com adaptações).

Com base na organização do texto acima, julgue o item.

27 (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Infere-se da argumentação do texto que, apesar de “aberração” (linha 10), o preconceito de etnia, de orientação sexual ou de modo de falar é constitutivo da re-alidade.

Brinkmanship

Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lançava o filme Dr. Strangelove. Nele, um oficial norte-americano ordena um bombardeio nuclear à União Soviética e comete suicídio em seguida, levando consigo o código para cancelar o bombardeio. O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. É, então, informado de que os soviéticos imple-mentaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automati-camente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la. O Dr. Strangelove, estrategista do presidente, aponta uma falha: se os soviéticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que não contar ao mundo? A resposta do inimigo: a máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte.Pode-se analisar a situação criada no filme sob a ótica da Teoria dos Jogos: uma bomba nuclear é lançada pelo país A ao país B. A política de B consiste em revidar qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o país seja atacado. O raciocínio que leva B a adotar tal política é bastante simples: até o país mais fraco do mundo está seguro se criar uma máquina de destruição do mundo, ou seja, ao ter sua sobrevivência seriamente ameaçada, o país destrói o mundo inteiro (ou, em seu modo menos drástico, apenas os invasores). Ao elevar os custos para o país invasor, o detentor dessa arma garante sua segurança. O problema é que de nada adianta um país possuir tal arma em segredo. Seus inimigos devem saber de sua existência e acreditar na sua dis-posição de usá-la. O poder da máquina do fim do mundo está mais na intimidação do que em seu uso.O conflito nuclear fornece um exemplo de uma das conclusões mais surpreendentes a que se chega com a Teoria dos Jogos. O economista Thomas Schelling percebeu que, apesar de o sucesso geralmente ser atribuído a maior inteligência, planejamento, racionalidade, entre outras características que retratam o vencedor como superior ao vencido, o que ocorre, muitas vezes, é justamente o oposto. Até mesmo o poder de um jogador, considerado, no senso comum, como uma vantagem, pode atuar contra seu detentor. Schelling denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia de deliberadamente levar uma situação às suas consequências extremas. Um exemplo usado por Schelling é o bem conhecido jogo do frango, que consiste em dois indivíduos acelerarem seus carros na direção um do outro em rota de colisão; o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor.Se ambos forem reto, os dois jogadores pagam o preço mais alto com sua vida. No caso de os dois desviarem, o jogo termina em empate. Se um desviar e o outro for reto, o primeiro será o frango, e o segundo, o vencedor. Schelling propôs que um participante desse jogo retire o volante de seu carro e o atire para fora, fazendo questão de mostrá-lo a todas as pessoas presentes. Ao outro jogador caberia a decisão de desistir ou causar uma catástrofe. Um jogador racional optaria pelo que lhe causasse menos perdas, sempre perdendo o jogo.

Fabio Zugman.Teoria dos jogos. Internet: <www.iced.org.br> (com adaptações).

28. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) - Com base no texto, marque certo ou errado. A leitura do final do 1.o parágrafo (LINHA 9-10) permite inferir-se que “A resposta do inimigo” não foi dada em uma segunda-feira.

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29. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com base no texto, marque certo ou errado. Infere-se da leitura do texto que os soviéticos estavam a ponto de disparar a “arma de fim do mundo”.

30 .(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Assinale a opção em que a reescritura proposta mantém o sentido e a correção gramatical do período “A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um dis-creto silêncio” (LINHA 15).

A Embora a conversa é sobre política e os boatos cruzam os ares, ele mantém um discreto silêncio.B A conversa é sobre política e os boatos cruzam os ares, apesar de ele manter um discreto silêncio.C A conversa é sobre política mas ele mantém um discreto silêncio, embora os boatos cruzam os ares.D A conversa é sobre política e, embora ele mantenha um discreto silêncio, os boatos cruzam os ares.E Apesar de a conversa ser sobre política e de os boatos cruzarem os ares, ele mantém um discreto silêncio.

O poema nasce do espanto, e o espanto decorre do incompreensível. Vou contar uma história: um dia, estava vendo televisão e o telefone tocou. Mal me ergui para atendê-lo, o fêmur de uma das minhas pernas roçou o osso da bacia. Algo do tipo já acontecera antes? Com certeza. Entretanto, naquela ocasião, o atrito dos ossos me espan-tou. Uma ocorrência explicável, de súbito, ganhou contornos inexplicáveis. Quer dizer que sou osso? — refleti, surpreso. Eu sou osso? Osso pergunta? A parte que em mim pergunta é igualmente osso? Na tentativa de elucidar os questionamentos despertados pelo espanto, eclode um poema. Entende agora por que demoro 10, 12 anos para lançar um novo livro de poesia? Porque preciso do espanto. Não determino o instante de escrever: hoje vou sentar e redigir um poema. A poesia está além de minha vontade. Por isso, quando me indagam se sou Ferreira Gullar, respondo: às vezes.

Ferreira Gullar. Bravo, mar./2009 (com adaptações).

31. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) . Com relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto, Com base no texto, marque certo ou errado. Infere-se do texto que o episódio do atrito dos ossos (LINHA 4) tornou-se def-lagrador de um processo poético.

A arte da comunicação interpessoal

Além das palavras, existe um mundo infinito de nuanças e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, mediante os quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir de cenho, um levantar de sobrancelhas podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada por meio das palavras. Tenho observado algumas curiosidades que creio interessantes para que cada um possa refletir e tirar algum proveito.Uma dessas constatações é que os problemas são relativamente simples e de fácil solução até para pessoas que se dizem com grandes problemas de comunicação. Uma pessoa pode ter boa cultura, ser extrovertida e desinibida, saber usar bem as mãos, possuir um rico vocabulário e dominar uma boa fluência verbal, mas se falar de forma linear, com voz monótona, irá provocar desinteresse e sonolência nos ouvintes e, conseqüentemente, a comuni-cação ficará limitada.O somatório desses pequenos problemas impede que uma pessoa se comunique com fluidez e naturalidade. É o princípio de “A união faz a força”, ou seja, o conjunto dessas dificuldades neutraliza o efeito que a comunicação poderia provocar, impedindo a pessoa de mostrar o seu potencial e a sua competência, gerando frustrações na vida pessoal e profissional.

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Internet: <www.gestaoerh.com.br> (com adaptações).Com referência ao texto acima, julgue os itens de 1 a 5.

32. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Deduz-se do texto que o olhar, a voz embargada, o cenho franzido expressam sentimentos mais sinceros que os manifestados em palavras.

Texto para a questão

As harpas da manhã vibram suaves e róseas.O poeta abre seu arquivo — o mundo —E vai retirando dele alegria e sofrimentoPara que todas as coisas passando pelo seu coraçãoSejam reajustadas na unidade.É preciso reunir o dia e a noite,Sentar-se à mesa da terra com o homem divino e o criminoso,É preciso desdobrar a poesia em planos múltiplosE casar a branca flauta da ternura aos vermelhos clarins do sangue.

Murilo Mendes. Ofício humano. In: Poesia completa e prosa.

33 (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Do verso “O poeta abre seu arquivo — o mundo —”, é correto inferir que o

A poeta é um arquivista.

B arquivo do poeta é volumoso.

C mundo é o material de trabalho do poeta.

D poeta é um sonhador.

A história dos ideais ilustrados na América Latina tem, às vezes, um sabor quase trágico de perversão dos intuitos ostensivos, porque acabaram funcionando como fatores de exclusão, não de incorporação; de sujeição, não de liberdade. O saber como salvação acabava como teoria de poucos eleitos. Na América Latina, as condições locais puseram a nu a contradição fundamental da ideologia ilustrada, que desaguava quase inevitavelmente na delega-ção de função às elites. O propalado bem comum ficava no limbo da utopia se os povos não lutassem pela sua re-alização. Nos países do Ocidente da Europa, as lutas democráticas do fim do século XVIII e século XIX, aliadas à prosperidade econômica, permitiram uma solução parcial da contradição apontada acima, com relativa difusão do saber. Em nossos países, a contradição permaneceu com toda força. Essa contradição se manifesta de vários mo-dos e em vários níveis. No nível estrutural, é óbvio que ela corresponde a uma tendência das sociedades de classe para concentrar o saber nas camadas superiores, dosando as suas formas mais modestas ao longo da escala social dominada. No nível escolar, ela aparece tanto na política universitária quanto na política de instrução primária. No caso do Brasil, é curiosa, depois da Independência, a relativa indiferença pela fundação de escolas superiores, além do mínimo para formar quadros dirigentes restritos. Custa crer que o Brasil só tenha tido universidades no século XX; e que, durante o período colonial, não houvesse nele escolas de nível superior.

Antonio Candido. A perversão da Aufklärung. In: Textos de intervenção.34.ª ed., São Paulo: Duas Cidades, 2002, p. 321-3 (com adaptações).

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Acerca das ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

34. (FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Infere-se do texto que os ideais ilustrados propunham, original-mente, o saber e a educação como formas de emancipação, liberdade e igualdade entre os homens.

35.(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Infere-se do texto que o fato de as universidades só terem sur-gido no Brasil, no século XX, relaciona-se à manifestação do caráter contraditoriamente restritivo da ideologia ilustrada.

Como qualquer texto, a reportagem é uma construção da realidade, cujo aspecto representativo denuncia uma alusão, portanto jamais o fato real. O enunciado é sempre construído com base no ponto de vista do sujeito da enunciação. Não é a realidade que se apresenta ao público, mas a construção linguística que se faz a partir dela. A objetividade, portanto, não existe, apenas seu efeito, que é criado por meio de mecanismos linguísticos que dão outros ecos e valores significativos à mensagem. Usa-se, por exemplo, a terceira pessoa para narrar e índi-ces de referencialidade, ou seja, elementos que remetem ao “real”. No formato do documentário, parece que a impressão de verdade se fortalece no público. A sensação é de que tudo ocorreu de fato como é apresentado. Mas não podemos esquecer que o documentário é também um enunciado, não é neutro.

Tânia Sandroni. Através das lentes. Discutindo língua portuguesa, ano 2, n.º 12, p. 20 (com adap-tações).

A respeito das estruturas linguísticas e do desenvolvimento argumentativo do texto, julgue o próximos item.

36. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Infere-se da argumentação do parágrafo que textos que primam pela objetivi-dade, clareza e precisão, como os documentos oficiais, diferem de textos não oficiais no seguinte sentido: enquan-to estes trabalham com uma ilusão, uma “construção da realidade” (LINHA 1), aqueles focalizam “a realidade que se apresenta ao público” (LINHA 3 e 4).

Interpretação de Textos1 E 8 E 15 C 22 E 29 E2 E 9 E 16 E 23 E 30 E3 E 10 C 17 C 24 C 31 C4 C 11 E 18 E 25 C 32 E5 E 12 C 19 E 26 A 33 C6 C 13 C 20 C 27 E 34 C7 E 14 E 21 C 28 E 35 C 36 EGabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

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Compreensão de Texto

Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um traçado único, um horizonte de sentido unitário da experiência da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos sociais compartilhados, nos quais emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos.A complexidade dos problemas desarticula-se e, precisamente por essa razão, torna-se necessária uma reordena-ção intelectual que nos habilite a pensar a complexidade.

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Subentende-se da argumentação do texto que a sistematização dos gêneros do discurso ainda é insuficiente para explicar satisfatoriamente o complexo sentido da cultura e da ciência na formação dos sujeitos.

“Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não ex-iste narração ou gênero do discurso capaz de dar um traçado único, um horizonte de sentido unitário da experiên-cia da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos submetemos com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade. Quando arranjarem seu primeiro emprego, junto com sua carteira de trabalho, receberão um número de inscrição que passará a acompanhar seu nome. Um dia chegará em que todos os cidadãos terão seu número de registro: esta é a meta dos serviços de identidade. Nossa personalidade civil já se exprime com maior precisão mediante nossas coordenadas de nascimento do que mediante nosso sobrenome. Este, com o tempo, poderia muito bem não desaparecer, mas ficar reservado à vida particular, enquanto um número de identidade, em que a data de nascimento seria um dos elementos, o substituiria para uso civil. O nome pertence ao mundo da fantasia, enquanto o sobrenome pertence ao mundo da tradição. A idade, quantidade legalmente mensurável com uma precisão quase de horas, é produto de um outro mundo, o da exatidão e do número. Hoje, nossos hábitos de identidade civil estão ligados, ao mesmo tempo, a esses três mundos.Philippe Ariès. História social da criança e da família. Dora Flaksman (Trad.), p. 1-2 (com adaptações).

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2.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A argumentação do texto se organiza em torno da idéia de que o cidadão do tempo atual recebe diferentes identificações nos mundos da fantasia, da tradição e da personalidade civil.

“Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos sub-metemos com naturalidade.”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nas interrelações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos e da vida, segundo suas par-ticulares experiências e com base na formação que tenha acumulado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha condições de absorver.Da mesma forma, mesmo os registros históricos oficiais, como se sabe há muito, são somente a versão dos que venceram e portanto, invariavelmente omitem ou distorcem as razões, os motivos e as realizações dos que foram vencidos. Não menos temeroso é o conhecimento que se transmite por gerações por meio da arte. Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. Em suma, toda e qualquer avaliação da realidade passa, necessariamente, pelas impressões pessoais de quem a avalia. Obed de Faria Junior. A verdade de cada um.Internet: <recantodasletras.uol.com.br> (com adaptações).

3.(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) De acordo com a argumentação do texto, nas interrelações pes-soais, cada indivíduo tem “sua própria versão dos fatos” (linha 1), porque

A) avalia a realidade em consonância com a própria experiência de ser único.

“Nas interrelações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos e da vida, segundo suas par-ticulares experiências e com base na formação que tenha acumulado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha condições de absorver.”

B) tenciona registrar um conhecimento confiável para as próximas gerações.

“Nas interrelações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos e da vida, segundo suas par-ticulares experiências e com base na formação que tenha acumulado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha condições de absorver.”

C) tem a ilusão de exercer sua posição de vencedor nos fatos históricos.

“Nas interrelações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos e da vida, segundo suas par-ticulares experiências e com base na formação que tenha acumulado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha condições de absorver.”

D) visa perpetuar conceitos acumulados ao longo de sua existência.

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“Nas interrelações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos e da vida, segundo suas par-ticulares experiências e com base na formação que tenha acumulado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha condições de absorver.”

E) objetiva imitar a arte ao reinventar a realidade.

“...Não menos temeroso é o conhecimento que se transmite por gerações por meio da arte. Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) tam-bém representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. “------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Texto para a questão 4.

Para Vygotsky, a base do funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural, portanto, histórica. Os el-ementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do am-biente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens. Os sistemas simbólicos e, particularmente, a língua exercem um papel fundamental na comunicação entre os sujeitos e no estabelecimento de significados compartilhados que permitem interpretações dos objetos, eventos e situações do mundo real. O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centrali-dade da mediação simbólica na constituição do psiquismo humano. É o trabalho que, pela ação transformadora do homem sobre a natureza, une homem e natureza e cria a cultura e a história humanas.Marta Kohl de Oliveira. História, consciência e educação. Coleção Memória da Pedagogia, n.º 2. 2005. Viver mente&cérebro – especial Vygotsky, p. 9-10 (com adaptações).

4.(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) A partir da leitura do texto, julgue as inferências apresentadas nos seguintes itens.

I A espécie humana adota características históricas e culturais quando deixa de privilegiar o aspecto biológico.II Os diversos sistemas simbólicos são constituídos na relação entre o homem e o mundo.III A língua é o único sistema simbólico que permite a construção de significados compartilhados.IV A cultura resulta da ação transformadora do homem sobre a natureza.

Estão certos apenas os itensA I e II.B I e III.C II e III.D II e IV.E III e IV.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Texto para a questão 5.

A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas, portanto, têm visões desencontradas das coisas. Por exemplo, a floresta amazônica não passa para o antropólogo — desprovido de um razoável conhecimento de botânica — de um amontoado confuso de árvores e arbustos dos mais variados tamanhos e com uma imensa variedade de tonalidades verdes. A visão que

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um índio tupi tem desse mesmo cenário é totalmente diversa: cada um desses vegetais tem um significado quali-tativo e uma referência espacial. A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade.Roque de Barros Laraia, Cultura: um conceito antropológico, RJ: Jorge Zahar, 2003, p. 67 (com adaptações).

5. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) Assinale a opção que apresenta a tese defendida pela argumen-tação do texto.

A A floresta amazônica é plural.

“Por exemplo, a floresta amazônica não passa para o antropólogo — desprovido de um razoável conhecimento de botânica — de um amontoado confuso de árvores e arbustos dos mais variados tamanhos e com uma imensa variedade de tonalidades verdes.”

B O olhar nativo é mais exato e preciso que o olhar de um estrangeiro.

“A visão que um índio tupi tem desse mesmo cenário é totalmente diversa: cada um desses vegetais tem um significado qualitativo e uma referência espacial. A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade.”C Os padrões de comportamento fazem a cultura.

“. A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depre-ciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comu-nidade.”

D A cultura condiciona as maneiras de ver o mundo.

“. A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depre-ciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comu-nidade.”

E A comunidade exclui comportamentos diferentes.

“A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas, portanto, têm visões desencontradas das coisas. Por exemplo, a floresta amazônica não passa para o antropólogo — desprovido de um razoável conhecimento de botânica —“------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Os precedentes têm forte influência sobre nosso pensamento. Mesmo o trem mais moderno e mais tecnológico corre sobre trilhos de bitola convencional. As ferrovias britânicas adotaram essa bitola porque as antigas máqui-nas de fabricar eixos e rodas para carruagens só podiam fazer eixos desse tamanho. As carruagens tinham eixos desse tamanho para caber nos sulcos escavados ao longo do tempo nas estradas da Grã-Bretanha. As estradas da Grã-Bretanha tinham sido construídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carruagens romanas. Os eixos das carruagens romanas tinham o tamanho adequado para carruagens puxadas por dois cavalos romanos. Assim como o moderno sistema de transporte é submetido a um critério que valia para os cavalos da época ro-mana, também os seus pensamentos são moldados por gerações e gerações de pensamentos antigos. Nós continu-

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amos a seguir os mesmos sulcos cavados há milênios, sem perceber que a razão original das regras já desapareceu há muito tempo.Planeta, jan./2004 (com adaptações).

6. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) O desenvolvimento das idéias do texto mostra que a tese “o moderno sistema de transporte é submetido a um critério que valia para os cavalos da época romana” (linha 8-9) é comprovada por argumentos baseados na história de meios de transporte.

“Nós continuamos a seguir os mesmos sulcos cavados há milênios, sem perceber que a razão original das regras já desapareceu há muito tempo.”

7. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) A expressão de sentido figurado “os mesmos sulcos cavados há milênios” (linha 10) retoma as idéias dos argumentos iniciais do texto para significar a influência do passado sobre o pensamento.

“Nós continuamos a seguir os mesmos sulcos cavados há milênios, sem perceber que a razão original das regras já desapareceu há muito tempo.”

Diminui o status da linguagem como meio de representar as crenças e os desejos, e as idéias em geral, como se a linguagem fosse mero recurso/meio de tradução dessas idéias. Seja qual for a função ou a combinatória de fun-ções dominantes em um determinado momento de comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/locutor o vê e o concebe, ou para fazer o destinatário tomar atitudes, assumir crenças e eventualmente desejos do locutor. Ao se criticar a concepção da linguagem como representação do outro e para o outro, não se a desautoriza nem sequer a refuta, mas, em um certo sentido, trabalha-se na sua desconstrução, construindo-se argumentos em favor da hipótese segundo a qual a linguagem se manifesta sobretudo como ferramenta de coação e de atuação no outro. Quando alguém percebe que um vocabulário/discurso está interferindo em outro e inventa um novo, para substituir os dois, está contribuindo para as conquistas revolucionárias em qualquer campo da produção humana: nas artes, na ciência, no pensamento moral e político. Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca tinha sido imaginado antes. Sebastião J. Votre. Linguagem, identidade,representação e imaginação, p. 99 (com adaptações)

Julgue os itens de , a respeito da organização e das idéias do texto acima.

8.(DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) Os argumentos do texto servem de comprovação para a tese de que a mudança lingüística é um instrumento de coação sobre o pensamento moral e político.

“Seja qual for a função ou a combinatória de funções dominantes em um determinado momento de comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/locutor o vê e o concebe, ou para fazer o 10 destinatário

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tomar atitudes, assumir crenças e eventualmente desejos do locutor.”-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre as pes-soas.Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo dicionário da língua portuguesa, p. 1.035 (com adaptações).

Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, independentemente da enunciação, e que envelopamos em um código tam-bém pronto. Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca é prévio, empregar ou não um estrangeir-ismo teria menos a ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na língua do falante. O que importa é o efeito que palavras estrangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou, que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio.Sírio Possenti. A cor da língua. Mercado de Letras, 2002, p.37-8 (com adaptações).

A partir da leitura dos dois textos acima, julgue os itens

9. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) A comparação entre os dois textos mostra que, no segundo, a abrangência do conceito de linguagem é maior do que no primeiro, pois incorpora representações sociais de quem usa a linguagem.

10. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) O desenvolvimento da argumentação do segundo texto evidencia que o uso de uma palavra estrangeira está associado a prestígio. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Fazer ciência implica descobrir, inventar e produzir coisas novas. Antes de o capitalismo se estabelecer como sistema socioeconômico dominante, fazer ciência era uma atividade individual e privada. Hoje, trata-se de um trabalho público, coletivo, realizado em locais oficialmente reconhecidos como produtores de ciência — as in-stituições científicas. A institucionalização da ciência ocorreu com a mudança da atividade científica individual para a coletiva, do es-paço privado para o público, e, aliado ao fato de depender de financiamentos de governos, pessoas, instituições privadas, esse processo passou a determinar as rotas de pesquisa.Existem dúvidas se é possível, democraticamente, um controle social e ético sobre os conhecimentos científicos e os avanços tecnológicos em geral. Discute-se também se, do ponto de vista do direito, as questões éticas devem ser objeto de leis ou de normas, ou de ambas. Assim como se indaga muito se a sociedade não estaria exercendo um controle social e ético sobre as tecnociências mediante normas (códigos de ética) em detrimento dos poderes legalmente constituídos nos estados democráticos, menosprezando as leis e superestimando os códigos de ética.

Fátima Oliveira. Bioética — uma face da cidadania, p. 116 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, a respeito da organização e das idéias do texto acima.

11.(HEMOBRAS/Superior/2008) A argumentação do texto é favorável a um controle social sobre as descobertas e invenções porque estas resultam de institucionalização no sistema capitalista dominante.

“...Fazer ciência implica descobrir, inventar e produzir coisas novas. Antes de o capitalismo se estabelecer como

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sistema socioeconômico dominante, fazer ciência era uma atividade individual e privada.”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Reparação duas décadas depois

Francisco Alves Mendes Filho ainda não era um mito da luta contra a devastação da Amazônia quando foi preso, em 1981, acusado de subversão e incitamento à luta de classes no Acre, em plena ditadura militar. Chico Mendes se tornaria mundialmente conhecido, dali para a frente, por comandar uma campanha contra a ação de grileiros e latifundiários, responsáveis pela destruição da floresta e pela escravização do caboclo amazônico. Por isso mesmo foi assassinado, em 22 de dezembro de 1988, na porta de casa, em Xapuri. O crime, cometido por uma dupla de fazendeiros, foi punido com uma sentença de 19 anos de cadeia para cada um. Faltava reparar a injustiça cometida pelos militares. E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria as-sinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado. A viúva do líder seringueiro, Izalmar Gadelha Mendes, vai receber uma pensão vitalícia de 3 mil reais mensais, além de indenização de 337,8 mil reais. Após assinar a portaria de anistia, Tarso Genro declarou que o assassinato de Chico Mendes está diretamente as-sociado à perseguição sofrida pelo seringueiro durante a ditadura. “O Estado brasileiro não soube compreender o que ele (Mendes) representava naquele momento”, disse o ministro. “O Brasil pede perdão a Chico Mendes”, afirmou, ao assinar o documento. Acompanhada de dois filhos, Izalmar Mendes mostrou-se satisfeita com o re-sultado do julgamento. “Era a hora de limpar o nome do meu marido. Mais importante do que a indenização foi o pedido de desculpas feito pelo Estado”, disse a viúva.O caso de Chico Mendes foi relatado pela conselheira Sueli Bellato. Emocionada, ela disse ter lido muito sobre o seringueiro morto para, então, encadear os argumentos que a fizeram acatar o pedido de reconhecimento e in-denização interposto por Izalmar Mendes. Chico Mendes foi vereador em Xapuri, onde nasceu, e se firmou como crítico de projetos governamentais de graves consequências ambientais, como a construção de estradas na região amazônica.No relatório, aprovado por unanimidade, a conselheira contou detalhes da vida de Chico Mendes, da infância pobre nos seringais ao dia em que foi assassinado. Segundo Sueli Bellato, a atuação de Mendes contra grileiros e latifundiários rendeu, durante a ditadura, um arquivo de 71 páginas redigidas por agentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI). Foi por participar de um ato público, em 1980, que Chico Mendes passou a ser fichado e perseguido pelos militares. Em Rio Branco, o seringueiro fez um discurso exaltado contra a violência no campo provocada pelos fazendeiros.Na época, Chico Mendes foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, acusado de “atentado contra a paz, a prosperidade e a harmonia entre as classes sociais”. Preso em diversas ocasiões, só foi definitivamente absolvido em 1.º de março de 1984, quatro anos depois, portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia de policiais federais..Leandro Fortes. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).A partir da leitura do texto acima, julgue os itens a seguir

12. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) De acordo com o texto, é correto afirmar que a família de Chico Mendes será indenizada porque o seringueiro não sofreu perseguição política.

13. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Conforme se depreende do texto, o ministro da Justiça não con-stata nenhuma relação entre a perseguição política sofrida por Chico Mendes durante a ditadura e o seu assas-sinato por fazendeiros em 1988.

14. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) A indenização à família de Chico Mendes foi aprovada em vota-ção cujo resultado não evidenciou discordâncias entre os membros da Comissão de Anistia.

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15. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Segundo o texto, a relatora construiu seu parecer citando fatos ocorridos unicamente no período em que Chico Mendes foi perseguido pela ditadura militar.

16. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O enquadramento de Chico Mendes na Lei de Segurança Na-cional, citado pelo texto, evidencia a preocupação do governo militar com a militância política do líder dos seringueiros.

Considerando aspectos linguísticos do texto Reparação duas décadas depois, julgue os itens a seguir.

17. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O texto caracteriza-se como essencialmente informativo.

Ainda com base no texto de Leandro Fortes e considerando aspectos textuais e gramaticais, julgue os próximos itens.

18. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Pelas opiniões apresentadas no texto, verifica-se que o ministro da Justiça e a conselheira possuem posições opostas no que se refere à atuação política de Chico Mendes. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Uma investigação sobre as causas das enchentesem Santa Catarina — e suas lições para o Brasil

Uma das piores calamidades dos últimos anos alagou Santa Catarina e comoveu o país. O que fazer para que nos-sas cidades não fiquem tão vulneráveis? Ninguém questiona a força dos desastres naturais.Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para, no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa. Em Blumenau, há uma estação telemétrica que monitora a vazão do rio Itajaí e tem condições de emitir sinais de alerta para inundações. Há também um programa de monitoramento do clima — que previu até a gravidade do furacão Catarina, em 2004. O dilúvio ninguém previu, mas já chovia no estado quase a primavera toda, e estudos sobre as áreas de risco de enchentes e deslizamentos apontavam o que podia acontecer se chovesse demais.Agora que o desastre aconteceu, é importante entender por que ele foi tão grave — afinal, há muitas regiões com o mesmo tipo de risco no país. De todas as medidas já tomadas e dos estudos em curso, algumas conclusões po-dem ser tiradas sobre o que é preciso fazer: 1) Conter o desmatamento nas cabeceiras dos rios — Em um terreno com vegetação nativa, a água das chuvas leva mais tempo para chegar ao curso d’água. As próprias folhas das árvores absorvem parte da chuva e redu-zem o impacto das gotas no solo. Além disso, troncos e folhas no chão ajudam a reter a água. O solo, menos compactado,absorve mais água.2) Regularizar a ocupação dos morros — O que aumentou as perdas de vidas e os danos materiais foram con-struções de casas em áreas de encostas perigosas, as chamadas áreas de preservação permanente.3) Aumentar o escoamento dos rios — Foi com obras de retificação, alargamento e canalização da calha dos rios que cidades como Belo Horizonte e São Paulo conseguiram reduzir o impacto das enchentes.4) Monitorar as populações de risco — Obras de contenção de encosta, treinamento de voluntários, monitora-mento da aproximação das chuvas, medição do índice pluviométrico por área das cidades, cálculo do grau de satu-ração do solo encharcado (prevendo-se o risco de deslizamento) estão entre as medidas que reduziram o número de mortes e de desabrigados em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.Época. 1.º/12/2008, p. 47-50 (com adaptações).

Considerando as ideias, a estrutura e a organização gramatical do texto acima, julgue os itens.

19. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) Por “estação telemétrica” (linha 5) entende-se um local onde se encontram equipamentos capazes de medir ondas emitidas por aparelhos de telecomunicação.

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“Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para, no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa. Em Blumenau, há uma estação telemétrica que monitora a vazão do rio Itajaí e tem condições de emitir sinais de alerta para inundações.”

20. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) Como síntese das ideias contidas no texto, apresenta-se o fato de que as quatro medidas apontadas, se adotadas conjuntamente, podem eliminar de vez os impactos das enchentes no Brasil. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto n.º 5.296, que regulamenta a Lei n.º 10.048/2000 — que dispõe sobre a prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo — e a Lei n.º 10.098/2000 — que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.Para dar efetividade a essas leis, foi criado um programa para a promoção da acessibilidade dessas pessoas. Devido à dimensão territorial do Brasil, às suas peculiaridades regionais, geográficas, econômicas, culturais e infra-estruturais, o programa não leva em conta somente o veículo ou embarcação a ser utilizado, mas tudo o que compõe o sistema de transporte, seja ele rodoviário (urbano, municipal ou interestadual), seja aquaviário (mar e interior), desde o embarque até o desembarque de passageiros, garantindo o direito do cidadão de ir e vir com segurança e autonomia.Para isso, elaborar normas e desenvolver programas de avaliação da conformidade para acessibilidade nos trans-portes coletivos — rodoviário e aquaviário — em veículos e equipamentos novos e adaptados foram atividades estabelecidas para o INMETRO.Idem, ibidem (com adaptações).

Com base no texto, julgue os itens que se seguem.

21. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Depreende-se das informações do texto que a iniciativa de ga-rantir segurança e autonomia às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida leva em consid-eração o sistema de transporte, desde o embarque até o desembarque.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Creio que há evidência contundente em favor do argumento de que os investimentos públicos em pesquisa cientí-fica têm tido um retorno bastante compensador em termos da utilização para o bem-estar social dos progressos científicos obtidos. Por outro lado, creio também que se pode questionar, não somente quanto à aplicação de conhecimentos científicos com finalidades destrutivas ou nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade. É claro que se deve esperar que os benefícios derivados do progresso tecnológico sejam princi-palmente canalizados para os países mais desenvolvidos, que, com 13 maior capacidade técnica e econômica, mais investem na pesquisa científica e, consequentemente, se mantêm na liderança do progresso tecnológico de fronteira. Entretanto, pode-se constatar que, até dentro de uma mesma nação, os benefícios do processo não são distribuí-dos de maneira mais ou menos equitativa. Em certos casos, essa distribuição torna-se mesmo bastante injusta, com uma grande acumulação de benefícios para pequenos setores sociais, em detrimento da grande maioria da população. Samuel Macdowell. Responsabilidade social dos cientistas. In: Estudos Avançados, vol. 2, n.º 3, São Paulo, set.-dez./1988 (com adaptações).

Julgue os itens de , a respeito da organização das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima.

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22. (INPE/TECNOLOGISTA/25/01/200808) Depreende-se da argumentação do texto que as razões para “os benefícios derivados do progresso tecnológico” (linha 7) não chegarem aos países menos desenvolvidos, nem à maioria pobre da população, não são científicas, mas políticas, pois não há interesse em diminuir as desigualdades sociais.

“É claro que se deve esperar que os benefícios derivados do progresso tecnológico sejam principalmente ca-nalizados para os países mais desenvolvidos, que, com maior capacidade técnica e econômica, mais investem na pesquisa científica e, consequentemente, se mantêm na liderança do progresso tecnológico de fronteira. “---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Enquanto outros países em desenvolvimento, como China, Índia e Coréia, investem na formação de pesquisa-dores e se transformam em produtores de conhecimentos que dinamizam suas economias, o Brasil não consegue eliminar o fosso que separa as instituições de pesquisa das empresas privadas, nem aumentar o volume de inves-timentos em pesquisa e desenvolvimento. Vai ficando para trás em uma corrida decisiva para sua inserção em um mundo cada vez mais competitivo, sobretudo nos segmentos mais dinâmicos da indústria, como o da microele-trônica. Estudo do consultor do Banco Mundial Alberto Rodríguez, publicado pela Confederação Nacional da Indústria, confirma que, apesar do conhecido diagnóstico sobre o atraso do país na área tecnológica, pouco se faz de prático para superar o problema.Os pesquisadores brasileiros publicam seus trabalhos em um volume aceitável — eles respondem por cerca de 2% dos artigos científicos das principais publicações internacionais —, mas os resultados práticos das pesquisas são modestos. O Brasil responde por apenas 0,18% do total de patentes registradas no mundo.Há a necessidade de que a pesquisa feita na universidade e nos laboratórios seja menos teórica e mais voltada para aplicações práticas”, diz Rodríguez. “E o setor privado precisa investir mais em pesquisa e desenvolvimento.”O Estado de S. Paulo, Editorial, 1.º/10/2008 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

23. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) Depreende-se das idéias do texto que a aproximação entre as instituições de pesquisa e as empresas privadas seria prejudicial ao desenvolvimento tecnológico do país, pois restringiria o campo de pesquisa aos interesses econômicos e comerciais. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

No Brasil, apenas 19% dos estudantes das faculdades estão matriculados nas áreas de ciências e engenharia. No Chile, são 33% e na China, 53%. Não surpreende que, como mostraram o físico Roberto Nicolsky e o engenheiro André Korottchenko de Oliveira, em artigo publicado recentemente, o Brasil venha caindo na classificação dos países que mais registram patentes no escritório norte-americano que cuida do assunto, o USPTO (sigla do nome em inglês). Há anos, o Brasil vem sendo superado pelos países asiáticos, que centraram as políticas de apoio à inovação em áreas de grande impacto sobre diferentes cadeias produtivas, como a microeletrônica. Trata-se, como dizem os autores, de um “setor trans-versal que agrega valor à tecnologia de outras indústrias”. O Estado de S. Paulo, Editorial, 1.º/10/2008.

Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.

24. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) A expressão “Não surpreende” (linha 3) introduz um fato que funciona como argumento de oposição às informações apresentadas no parágrafo anterior.

“Não surpreende que, como mostraram o físico Roberto Nicolsky e o engenheiro André Korottchenko de Oliveira, em artigo publicado recentemente, o Brasil venha caindo na classificação dos países que mais registram patentes

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no escritório norte-americano que cuida do assunto, o USPTO (sigla do nome em inglês).”

25. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) Pelas informações do texto, depreende-se que o setor de microeletrônica contribui para o desenvolvimento de produtos de diversas indústrias e, portanto, o investimento e o apoio à inovação nessa área estimulam o crescimento econômico.

A capacidade dos homens para a vida em conjunto e a coordenação de esforços, evitando conflitos ruinosos, é determinada, em grande parte, por suas aptidões para a comunicação correta. O circuito da comunicação humana — esta composta por quatro elementos básicos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio, cuja dinâmica coerente permite o intercâmbio de idéias — vem sofrendo alterações, nos últimos tempos, devido ao acelerado desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação (TICs). Segundo Peruzzolo, os conteúdos das mensagens trocadas pelos homens importam menos que os veículos usados para esses intercâmbios, ou seja, os meios são a base 13 dos processos de comunicação. Por isso, se um transmis-sor possuir uma mensagem e desejar transmiti-la para um receptor, deverá encontrar um meio de fazê-lo. Sem o meio, a mensagem ficará retida com o transmissor e invalidará todo o processo. Dessa forma, nem a fonte, nem o destino, nem sequer a própria mensagem tem sentido por si só. Somente em coexistência com o meio é que se tornam efetivos.Atualmente, o correio eletrônico — ou e-mail — é o meio de maior adesão utilizado pelos jovens estudantes. To-davia, como não é universal, e ainda está inacessível para muitos, esse canal ocasiona a possível perda do acesso a informações importantes. Também pode gerar um empobrecimento das relações sociais, além de provocar dúvidas ou divergências devidas a informações conflitantes.Synergismus Scyentifica. UTFPR, Pato Branco, 01 (1,2,3,4) : 1-778.2006. Internet: <cefetpr.br/eventocientifico> (com adaptações).

26. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) No primeiro período do texto, o autor refere-se, principalmente, às habilidades humanas necessárias à obtenção de êxito nas comunicações.

“A capacidade dos homens para a vida em conjunto e a coordenação de esforços, evitando conflitos ruinosos, é determinada, em grande parte, por suas aptidões para a comunicação correta. O circuito da comunicação humana — esta composta por quatro elementos básicos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio, cuja dinâmica coerente permite o intercâmbio de idéias — vem sofrendo alterações, nos últimos tempos, devido ao acelerado desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação (TICs).”

27. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) As TICs são o tópico frasal, o pólo em torno do qual gravitam as idéias apresentadas no primeiro parágrafo.

“A capacidade dos homens para a vida em conjunto e a coordenação de esforços, evitando conflitos ruinosos, é determinada, em grande parte, por suas aptidões para a comunicação correta. O circuito da comunicação humana — esta composta por quatro elementos básicos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio, cuja dinâmica coerente permite o intercâmbio de idéias — vem sofrendo alterações, nos últimos tempos, devido ao acelerado desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação (TICs).”

28. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Segundo Peruzzolo, o elemento mais importante do circuito de comunicação é, modernamente, o meio, o canal por onde circulam as mensagens.

29. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) No texto, aparecem relacionados os seguintes elementos: cir-cuito da comunicação humana / intercâmbio de idéias; transmissor / fonte; mensagens / informações; meios / veículos e receptor / destino.

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30. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) As desvantagens dos correios eletrônicos, utilizados em maioria das vezes entre os jovens, superam as vantagens, listadas no texto.

“Atualmente, o correio eletrônico — ou e-mail — é o meio de maior adesão utilizado pelos jovens estudantes. To-davia, como não é universal, e ainda está inacessível para muitos, esse canal ocasiona a possível perda do acesso a informações importantes.”

I A comunicação é uma característica inerente ao ser humano.

II As pessoas estão mergulhadas em processos comunicativos o tempo todo.

III Do sucesso no circuito comunicacional dependem a existência e a felicidade pessoal.

IV Entre os diferentes tipos de comunicação, o mais importante é a comunicação interpessoal, que diz res-peito à capacidade de dialogar, à troca de informações, seja por meio do contato físico direto, seja por intermédio de dispositivos técnicos criados pelo homem com o fim de transmissão de mensagens.V Nas sociedades orais, aquelas que não dispunham de nenhum sistema de escrita, as mensagens eram recebidas no tempo e no lugar em que eram emitidas.

31. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Os três quadros de Iman Maleki ilustram a comunicação humana verbal, porque neles estão representados o emissor, o recebedor e a mensagem.

32. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) A imagem B relaciona-se apenas à assertiva II porque comporta uma função subjetiva.

33. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) A imagem C relaciona-se com a assertiva III pelo sentido, uma vez que, em ambas, a sintaxe e a tipologia textual são distintas.

34. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Por tratarem do mesmo assunto, um único parágrafo pode, coer-entemente, abrigar o conjunto de assertivas de I a V em qualquer ordem em que elas se encontrem. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Está em curso uma mudança importante na postura do governo em relação à autorização para o funcionamento de hidrelétricas que merece ser analisada em toda a sua abrangência e suas implicações a curto, médio e longo prazos.É preciso que vozes de todos os matizes e interesses se manifestem para que a transição de uma política para outra ocorra sem prejuízos para as gerações futuras.Tem havido estudos e debates no governo sobre como agilizar o licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Empresa de Pesquisa Energética defendem que a análise dos estudos de inventário de um rio — o primeiro passo na identificação dos potenciais hidrelétricos de uma bacia hidrográfica e o momento em que se estabelece a melhor divisão das quedas d’água — seja feita paralelamente por todos os órgãos envolvidos nos trâmites do licenciamento.Pelo modelo em vigor, apenas a ANEEL faz o inventário de um rio. Só depois da sua aprovação, são conduzidos estudos de viabilidade técnica e de impacto ambiental, que consubstanciam o relatório EIA-RIMA, necessário para se obter licença prévia. À mudança se contrapõem as entidades de defesa do meio ambiente, que alegam que os estudos para aprovação de obras como uma usina hidrelétrica são mesmo demorados e devem ser feitos com muito cuidado, com a análise

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detalhada de todos os impactos sobre a natureza.É importante, portanto, que haja um debate sobre as mudanças em curso, para que a redução nos prazos de autor-ização de projetos tão necessários não seja acompanhada pelo desprezo às questões ambientais.Valor Econômico, Editorial, 9/10/2008 (com adaptações).

Em relação às estruturas lingüísticas e às idéias do texto acima, julgue os itens. 35. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Depreende-se das informações do texto que o objetivo das mudanças nos trâmites de licenciamento para construção e funcionamento de hidrelétricas é agilizar o processo.

36. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/20088) Subentende-se das informações do texto que as entidades de defesa do meio ambiente se opõem às mudanças propostas argumentando que estas poderiam ser acompanha-das pela diminuição da importância de serem levadas em conta,cuidadosa e detalhadamente, as questões ambientais.

37. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Estruturas como “É preciso” (linha 4) e “É importante” (linha 18) conferem ao texto, de forma explícita, um tom subjetivo e pessoal, visto que sempre expressam uma opinião.

“É preciso que vozes de todos os matizes e interesses se manifestem para que a transição de uma política para outra ocorra sem prejuízos para as gerações futuras.(...)“É importante, portanto, que haja um debate sobre as mudanças em curso, para que a redução nos prazos de au-torização de projetos tão necessários não seja acompanhada pelo desprezo às questões ambientais.”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Os garotos alexandrinos não trataram os dois sábios com o escárnio dos garotos cipriotas. A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como a esfinge, circunspecta como as múmias, dura como as pirâmides; não tinha tempo nem maneira de rir. Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente. Tão nobre resposta encheu de admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe. E aliás, diziam os mais sagazes, que outra coisa se podia esperar de dois homens tão sublimes, que em seus magníficos tratados... — Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo os talentos e as virtudes.— Não é esse o ofício dos deuses? Objetava um. — Eu violei o segredo dos deuses, acudia Stroibus. O homem é a sintaxe da natureza, eu descobri as leis da gramática divina...— Explica-te.— Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro.Quando a minha doutrina estiver completa, divulgá-la-ei como a maior riqueza que os homens jamais poderão receber de um homem. Imaginem a expectação pública e a curiosidade dos outros filósofos, embora incrédulos de que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos possuíam. Entretanto, esperavam todos. Os dois hóspedes eram apontados na rua até pelas crianças. Um filho meditava trocar a avareza do pai, um pai a prodigalidade do filho, uma dama a frieza de um varão, um varão os desvarios de uma dama, porque o Egito, desde os Faraós até aos Lágides, era a terra de Putifar, da mulher de Putifar, da capa de José, e do resto. Stroibus tornou-se a esperança da cidade e do mundo.Machado de Assis. Conto Alexandrino. In: John Gledson. 50 Contos

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de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 193.

Com relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens

38. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “não tinha tempo nem maneira de rir” (linha 3), o narrador se refere à maneira inóspita dos egípcios.

“Os garotos alexandrinos não trataram os dois sábios com o escárnio dos garotos cipriotas. A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como a esfinge, circunspecta como as múmias, dura como as pirâmides; não tinha tempo nem maneira de rir.”

39. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “Não é esse o ofício dos deuses?” (linha 14), o pro-nome demonstrativo refere-se ao objeto da doutrina de Stroibus.

“— Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo os talentos e as virtudes.— Não é esse o ofício dos deuses? Objetava um. “--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

As condições do ambiente são determinantes para a história genética dos indivíduos, mesmo quando ainda estão dentro do útero materno. Mais uma prova disso vem de um estudo feito com o material genético de pessoas que nasceram na Holanda, no fim da Segunda Guerra Mundial, quando o país passava por um embargo de comida imposto pelos alemães entre dezembro de 1944 e junho de 1945. Cientistas dos EUA e da Holanda avaliaram o DNA de 122 pessoas. Metade do grupo estava no início da fase uterina quando o embargo começou (as crianças nasceram durante o embargo ou logo depois). Os dados delas foram comparados com os de seus irmãos, que não foram gerados nem nasceram no período de racionamento.O resultado obtido no estudo, publicado na revista PNAS, mostra que a falta de comida, nos primeiros meses de gestação, altera o material genético dos filhos. Nenhum deles, porém, nasceu abaixo do peso ou com algum problema evidente de saúde. As análises mostraram que o gene IGF2 (fator de crescimento semelhante à insulina 2) dos holandeses que ti-veram, nos anos 40, suas mães expostas à privação de alimentos passou por um processo chamado pelos cientistas de alteração epigenética, que é diferente de uma mutação tradicional. O gene IGF2 dos fetos sofreu a perda de radicais de metila (CH3). A metilação é importante porque ajuda a silenciar genes que podem ser indesejáveis. No caso do IGF2, quando ele deixa de ser silenciado, o potente fator de crescimento que ele sintetiza pode ficar mais disponível no organismo. A conseqüência imediata desse processo é que o produto do IGF2 pode servir de combustível para o desenvolvimento de tumores no futuro.O pesquisador Lambert Lumey, principal autor do estudo, afirmou que o resultado dessa pesquisa “é a prova, mais uma vez, de que o ambiente tem um poder muito grande sobre os nossos genes”.Folha de S.Paulo, 28'10'2008, A-16 (com adaptações).

Quanto às idéias e aos aspectos lingüístico-gramaticais do texto, julgue os itens a seguir.

40. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Depreende-se do texto que o ser humano, devido a efeitos de variáveis do ambiente no qual foi gerado, ainda que não aparentes, pode ter sido modificado geneticamente.

41. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No texto, predomina o relato do autor, do ponto de vista de cientistas norte-americanos e holandeses, acerca de um acontecimento do fim da Segunda Guerra Mundial, em que os fatos se encadeiam de maneira conseqüente e lógica, em tempo e ambiente circunscritos.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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A executiva norte-americana Nancy Tennant, responsável pela transformação da Whirlpool — o maior fabricante de utilidades domésticas dos EUA — em um pólo de inovação permanente, esteve no Brasil e falou sobre os desafios de incorporar a inovação ao dia-a-dia dos negócios. Reportagem: Fala-se muito em inovação hoje. O que é exatamente inovação?Nancy: Na Whirlpool, adotamos uma definição muito específica. Para um produto ser inovador, ele tem de ser inédito no mercado, ter uma vantagem competitiva e ser único. Também tem de oferecer valor para o consumidor e a empresa, poder ser vendido. Reportagem: Nos últimos tempos, a inovação virou moda. Ela não foi sempre importante?Nancy: É verdade. Há um artigo da professora Rosabeth Moss Kanter, publicado na Harvard Business Review, em que ela fala sobre as grandes ondas de inovação que ocorreram na indústria. Nos anos 70, a inovação se deu em cima da qualidade; nos 80, ocorreu em torno da produtividade; e nos 90, esteve relacionada com o mundo digi-tal. Agora, a onda são os produtos com novas funcionalidades para atender a novas necessidades do consumidor.Reportagem: Como uma empresa pode incorporar a inovação no dia-a-dia?Nancy: Há cinco anos, eu diria que seria preciso fazer uma grande mudança, inflamar as pessoas, treiná-las e de-senvolver métricas claras para medir os resultados. Achava que você tinha de ficar isolado com um pequeno grupo de pessoas, pensando em uma solução inovadora. Depois, percebi que a inovação está dentro de cada um de nós. De repente, me dei conta de que a forma certa de a inovação acontecer é deixar a coisa fluir. Quando todo mundo está impregnado do espírito da inovação, ela vem até você, todos os dias. Se eu abrir espaço para você dar vazão a sua paixão, a mudança acontece.Reportagem: Qual o maior inimigo da inovação e como podemos derrubá-lo?Nancy: A mesmice. Fazer sempre tudo igual e esperar que as pessoas concordem com isso. E acho que, para derrubá-la, é preciso mostrar exemplos de como a diversidade, a diferença e a originalidade podem trazer 43 resultados excepcionais.Época, n.º 533, 4/8/2008, p. 72-4 (com adaptações).

Com relação às idéias e aos aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os itens

42. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) É possível depreender da primeira resposta da senhora Nancy à reportagem que o conceito de inovação é único, para qualquer empresa que queira inovar.

“Nancy: Na Whirlpool, adotamos uma definição muito específica. Para um produto ser inovador, ele tem de ser inédito no mercado, ter uma vantagem competitiva e ser único. Também tem de oferecer valor para o consumidor e a empresa, poder ser vendido.”

43. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Depreende-se da leitura da entrevista que a opinião de Nancy Tennant sobre o modo como uma empresa pode incorporar a inovação foi sempre a mesma.

S. Paulo, 25-III-35.

Portinari meu amigo,

Já estava assustado com o seu silêncio. Aqui tudo na mesma. Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses, pra que venham ver o meu retrato que todos anseiam por velinha Escreverei depois contando os gritos de entusiasmo do pessoal. Todos que aparecem por aqui se assombram com o retrato. Às vezes me paro em frente do seu quadro e fico, fico, fico, não só perdido na beleza da pintura, mas me refortalecendo a

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mim mesmo. O carnaval aqui esteve bem divertido, apesar da frieza paulista. Eu pelo menos me diverti à larga e os bailes es-tiveram colossais, todos dizem. Vejo pela sua carta que a coisa não foi tão divertida assim e lastimo por vocês. Agora aqui está fazendo uma delícia de dias claros, mornos, sem chuva e noites quase frias, gostosas da gente dormir. Vai chegar a grande época de S. Paulo, abril, maio, com tardes que a gente chega a pensar que vai arre-bentar de tanta gostosura. É o tempo aliás em que levo um pouco flauteadamente a vida porque não há meio, para um gozador que nem eu, de ficar encerrado dentro de casa, com um tempo assim lá fora. Viro passarinho, viro flor, não sei o que viro, sei é que me esqueço de ser Mário, nestas tardes sublimes. Venha com Maria apreciar a coisa. No resto, continuo na minha vidinha, sempre com saudades de vocês dois e dos nossos momentos de convívio, infelizmente tão pequenos. Um grande abraço pra você e outro pra Maria.Mário.Internet: <www.blocosonline.com.br> (com adaptações).

No que se refere à organização das idéias, a aspectos gramaticais e à tipologia do texto, julgue os próximos itens.

44. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Depreende-se do texto que a carta de Mário a Portinari foi es-crita durante o carnaval.

45.(MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) No segmento “levo um pouco flauteadamente a vida” (linha 12), o autor da carta declara que tem momentos de ociosidade, que deixa os compromissos um pouco de lado.

“. É o tempo aliás em que levo um pouco flauteadamente a vida porque não há meio, para um gozador que nem eu, de ficar encerrado dentro de casa, com um tempo assim lá fora.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A política de comércio exterior do Brasil envolveu historicamente um grande debate nacional. Governo e lideran-ças sociais a ela vincularam as possibilidades do desenvolvimento econômico, desde as suas origens, na primeira metade do século XIX. Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional: o conservador do século XIX, que se estendeu até os anos 30 do século seguinte; o do Estado desenvolvimentista, que vigorou desde então até 1989; e o novo paradigma de inserção liberal em formação nos anos noventa.Amado Luiz Cervo. Internet: <www.martin-keil.net> (com adaptações).

Em relação ao texto acima, julgue os itens subseqüentes.

46. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Conforme informa o texto, a política de comércio exterior começou a se estabelecer na primeira metade do século XIX.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Os anos noventa presenciaram uma radical transformação do pensamento diplomático brasileiro aplicado às rela-ções econômicas internacionais do Brasil. Essa mudança não produziu, todavia, um consenso linear ao longo da década. Alguns traços caracterizam o novo período em seu conjunto, mas a evolução não se fez sem repercussões

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sobre a sociedade e sem que suas forças acabassem por reagir. Três tempos curtos marcam o período. Durante o governo de Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992, procedeu-se à demolição instantânea dos conceitos que haviam alimentado durante décadas os impulsos da diplomacia: o nacional-desenvolvimentismo e sua carga política e ideológica cederam à vontade de abrir a economia e o mercado, de forma irracional e reativa, à onda de globalização e de neoliberalismo que penetrava o país vinda de fora. Ao substituí-lo na presidência, Itamar Franco recuou momentaneamente aos parâmetros anteriores do Estado desenvolvimentista, sem, contudo, bloquear a consciência da necessidade de se prosseguir com as adaptações aos novos tempos. A ascensão à Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, levou à reposição das disposições ideológicas e políticas do governo de Fernando Collor, vale dizer, ao desprezo pelo projeto nacional de desenvolvimento e à resignação diante da nova divisão do trabalho inerente à forma globalizante do capitalismo, mas seu estilo de diplomacia democrática deu alento a pressões que vinham de segmentos sociais e que acabaram por condicionar o pensam-ento e o processo decisório.Amado Luiz Cervo. Internet: <www.martin-keil.net> (com adaptações).

Com referência às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens seguintes

47.(MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Na década de noventa do século passado, a transformação sofri-da pelo pensamento diplomático brasileiro no que se refere às relações econômicas internacionais apresentou car-acterísticas homogêneas e consensuais, mediante a adoção de uma posição nacional-desenvolvimentista contínua. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

É de extrema importância possuir dados estatísticos sobre a oferta e a qualidade dos serviços públicos e sobre a capacidade dos governos municipais em atender suas populações. O conhecimento e a aprendizagem sobre a es-cala local proporcionados pelas informações estatísticas vêm responder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade estrutural no Brasil, a fim de tornar efetiva a participação da imensa riqueza, diversidade e criatividade brasileira no contexto dos avanços social, político e econômico.As diversidades produtivas, sociais, culturais, espaciais (regionais, urbanas e rurais), por muito tempo, foram tratadas como desequilíbrios e assimetrias. Obstáculos colocados ao desafio que é promover o desenvolvimento em um país continental e periférico como o nosso. O Brasil é um país extremamente dessemelhante em muitos aspectos, tanto no que se refere ao ponto de vista político quanto ao administrativo; daí a qualidade dos regis-tros administrativos ser diversa no nível federal (entre os ministérios, por exemplo), no nível estadual e no nível municipal. Atualmente, contudo, as escalas nacional, regional e local mostram-se crescentemente articuladas, o que demonstra a urgência que têm em engendrar ações mais ágeis, potentes e sistemáticas, sendo demandada, necessariamente, uma oferta de informações municipais de qualidade, como instrumento efetivo de planejamento, diagnóstico e monitoramento das condições locais.A informação atualizada é ferramenta essencial para a formulação e a implementação de políticas públicas, es-pecialmente em áreas em que a prestação de serviços é descentralizada, como é o caso da assistência social. É necessário conhecer a real capacidade instalada e a efetiva oferta de serviços por parte de estados, municípios e or-ganizações não-governamentais, a fim de identificar necessidades, planejar investimentos, avaliar o desempenho das estruturas estabelecidas e regular os serviços prestados.Atualmente, a informação sobre a oferta de serviços de assistência social no Brasil é escassa e dispersa. Não há levantamentos ou pesquisas regulares que identifiquem as instituições que prestam esses serviços e investiguem de que forma o fazem. A maioria das pesquisas concentra-se em aspectos relacionados a indicadores sociais de de-terminados grupos populacionais ou áreas geográficas, fornecendo, desse modo, um perfil da demanda potencial pelos serviços de assistência social, a partir de indicadores relacionados à vulnerabilidade dos grupos pesquisados.Assim, faz-se necessária a realização de um estudo sobre a rede da assistência social no Brasil, com informações sobre os serviços prestados, de modo a orientar investimentos estratégicos— inclusive no que se refere à capacitação de recursos humanos— bem como subsidiar mecanismos de regulação da qualidade dos serviços, partilha e repasses de recursos. Perfil dos municípios brasileiros: assistência social 2005/IBGE. Coordenação de

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População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE, 2006, p. 217 (com adaptações).

Acerca das idéias expressas no texto e considerando aspectos relativos a tipologia textual, julgue os itens a seguir.

48.(MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) Segundo o texto, no Brasil, apesar de a obtenção de informações sobre a oferta e a qualidade dos serviços públicos auxiliar os municípios no atendimento a sua população, a di-versidade no registro dessas informações, que são geradas nos níveis federal, estadual e municipal, constitui um obstáculo ao desenvolvimento do país.

49.(MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O planejamento, a implementação e a avaliação de políticas públi-cas requerem informações atualizadas sobre os serviços oferecidos pelos estados, pelos municípios e pelas orga-nizações não-governamentais.

50.(MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) A escassez de informação sobre a oferta dos serviços de assistência social decorre da falta de pesquisas que focalizem indicadores sociais de alguns grupos populacionais e de algu-mas áreas geográficas.

51.(MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) Investimentos estratégicos na área social e controle de qualidade dos serviços prestados são ações necessárias, no contexto atual, para a realização de um estudo sobre a rede de assistência social no Brasil.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Super-PhelpsO que o talento, a determinação e as conquistasdo maior atleta olímpico de todos os temposensinam sobre os limites do ser humano

“Seu filho nunca vai se focar em nada”, vaticinou a professora de uma escola primária de Baltimore, nos EUA, à mãe do menino, Debbie Phelps. Michael Phelps era um menino orelhudo que sofria de transtorno de deficit de atenção com hiperatividade. Não parava quieto nas aulas.Passava o tempo provocando os coleguinhas. Só se in-teressava por lacrosse — um exótico esporte praticado nos EUA e no Canadá, uma espécie de basquete com redes de caçar borboletas — e pela página de esportes do Baltimore 10 Sun, o jornal local. Aos 7 anos, Michael trocou o lacrosse pela natação, inspirado pelas irmãs mais velhas, Hilary e Whitney, ambas nadadoras de competição. No início, Michael não gostava de treinar, mas aos poucos as coisas começaram a mudar. Aos 11 anos, ele resolveu parar de tomar pílulas para controlar a hiperatividade. Ele disse à mãe que queria superar o problema sem a ajuda de remédios. Nessa época, já era um dos melhores nadadores dos EUA em sua faixa de idade. Seu técnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiais dali a 12 anos, nos Jogos Olímpicos de 2008.Bowman, até hoje o treinador de Phelps, errou feio a previsão — para baixo. Já em 2000, aos 15 anos, o ado-lescente disputava as Olimpíadas pela primeira vez (ficou em quinto lugar nos 200 metros borboleta). Em 2004, ganhou seis medalhas de ouro e duas de bronze nos Jogos de Atenas. Quatro anos depois, em Pequim, tornou-se o maior campeão da história das Olimpíadas. O sucesso de Phelps se deve em grande parte, claro, à genética, como evidencia o dom que ele e as irmãs sempre tiveram para a piscina. Seu físico é aturalmente perfeito para a natação. O corpo lembra a forma de um peixe. Tem articulações flexíveis e enormes mãos que parecem pás. Ter nascido no país com a melhor estrutura para detecção e lapidação de talentos esportivos também ajudou — uma vez bem-sucedido em competições escolares, Phelps seguiu naturalmente o caminho que o levou à equipe olímpica norte americana.“Talento só não basta”, disse Phelps na entrevista coletiva após a sexta medalha de ouro. “Muito trabalho,muita dedicação, é uma combinação de tudo... Tentar dormir e se recuperar, armar cada sessão de treino da melhor forma possível e acumular muito treino.”Época, 18/8/2008, n.º 535, p. 92 (com adaptações).

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Acerca das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens.

52.(MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) A afirmação da professora primária de Phelps, no início do texto, se justifica pelo fato de que o menino “sofria de transtorno de deficit de atenção com hiperativi-dade” (linha 3).

“Seu filho nunca vai se focar em nada”, vaticinou a professora de uma escola primária de Baltimore, nos EUA, à mãe do menino, Debbie Phelps. Michael Phelps era um menino orelhudo que sofria de transtorno de deficit de atenção com hiperatividade. Não parava quieto nas aulas.Passava o tempo provocando os coleguinhas.”

53. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) De acordo com o texto, o sucesso de Phelps pode ser explicado exclusivamente por fatores genéticos.

“Bowman, até hoje o treinador de Phelps, errou feio a previsão — para baixo. Já em 2000, aos 15 anos, o adoles-cente disputava as Olimpíadas pela primeira vez (ficou em quinto lugar nos 200 metros borboleta).”

54.(MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) O texto se inicia com uma narrativa detalhada a respeito da infância e da adolescência de Phelps. Os dois últimos parágrafos, entretanto, apresentam uma argu-mentação voltada para o que estava anunciado no subtítulo do texto. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas. Segundo estimativas de oceanógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas nas pro-fundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais freqüentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do Greenpeace mostra que a concentração de material plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmen-tos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações).Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens.

55. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das mais con-hecidas organizações não-governamentais cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no setor secundário da economia.

56. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Por se decompor muito lentamente, o plástico passa a ser visto como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o movimento de consci-entização das pessoas para que reduzam o consumo desse material.

57. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Considerando o extraordinário desenvolvimento científico que caracteriza a civilização contemporânea, é correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase nada da natureza resta para ser desvendado.

58. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A exploração científica da Antártida, que enfrenta enormes dificuldades naturais próprias da região, envolve a participação cooperativa de vários países, mas os elevados custos do empreendimento impedem que representantes sul-americanos atuem no projeto.

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59. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas (ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da segurança internacional, também se volta para temas que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio ambiente.

O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana, e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes freqüentam ou onde trabalham. Foram ex-pedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, receosos de serem detidos e repatriados.O Globo, 16/3/2008, p. 12 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando as múltiplas implicações do tema nele tratado, julgue os próximos itens.

60. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) O Brasil mantém, neste início do século XXI, a histórica posição de país tradicionalmente aberto à recepção de imigrantes e continua sendo área preferencial de destino de mil-hares de estrangeiros que buscam reconstruir suas vidas longe da terra natal.

61. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) De maneira geral, a União Européia vem impondo obstáculos às correntes migratórias que, provenientes de regiões mais pobres, como é o conhecido caso da África, buscam nas antigas áreas metropolitanas as condições de vida que não encontram em seus países de origem.

62. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Devido ao fenômeno da globalização, as facilidades de circula-ção de mercadorias, de capitais e de informação, hoje, tendem a não se repetir quando se trata da circulação de pessoas em busca de trabalho e de horizontes de vida mais promissores.

63. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) De acordo com o texto, no caso de imigrantes brasileiros ilegais na Espanha, o problema consiste em vencer a fiscalização das autoridades policiais em aeroportos; superada essa barreira, os problemas praticamente deixam de Existir.

64. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Nos recentes episódios envolvendo brasileiros barrados em aero-porto espanhol, o princípio da reciprocidade chegou a ser mencionado por autoridades brasileiras e alguns turistas espanhóis tiveram negada a permissão de entrada no território brasileiro.

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Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustível, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer proporção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos na sua permanência no mercado por muito tempo. Entretanto, a indústria automobilística brasileira atingiu a marca de 5 milhões de carros bicombustíveis — flexfuel ou simplesmente flex — vendidos. Esses veículos já respondem por 88% das vendas nacionais.O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas, mas a indiscutível preferência do consumi-dor pelo modelo flex tem outras razões. O álcool 13 continua sendo mais barato do que a gasolina. A possibilidade de utilização de um ou de outro combustível, conforme sua necessidade e seu desejo, dá ao consumidor uma

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liberdade de escolha com que ele não contava em experiências anteriores de uso do álcool como combustível automotivo.O Estado de S.Paulo, 16/3/2008 (com adaptações).

Com relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

65. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A escolha das palavras e sua organização em “ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos na sua permanência no mercado por muito tempo” (linha 2-3) conferem um traço de informalidade a esse trecho.

“Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustível, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer proporção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos na sua permanência no mercado por muito tempo.”

As chamadas cidades globais fornecem a infra-estrutura de que a economia mundial necessita para as suas transa-ções. Fazem parte dessa infra-estrutura, entre outros, o sistema bancário, hoteleiro, de telecomunicação, bem como aeroportos, segurança. Precisa haver um número significativo de pessoas qualificadas e competentes para dar conta de todos os serviços demandados para a realização das grandes transações econômicas, manipulações das bolsas de valores, transferências bancárias, entre outras. Não é o tamanho, em termos de número de habitantes ou da área espacial ocupada, que conta; conta sua funcionalidade em termos das manipulações financeiras, que caracterizam a era da globalização.Nessas cidades, não há necessidade de cidadãos que cumpram deveres e tenham direitos civis, políticos e soci-ais. Nelas, os indivíduos são classificados de acordo com sua utilidade para agilizar transferências financeiras, repassar informações, facilitar o ganho e a estabilização dos lucros. Não cabe, nesse modelo, a visão do indivíduo com sua dignidade, sua qualidade como ser livre, ser humano, cidadão. Em lugar de cidadãos, são valorizados os prestadores de serviços.As megacidades ou megalópoles são cidades definidas pelo número exagerado de moradores, via de regra, acima de 10 milhões de habitantes. Elas resultaram de um desenvolvimento econômico insustentável, que trouxe para as periferias urbanas grandes contingentes populacionais de áreas rurais e de outras cidades, via de regra, gerando conflitos imprevisíveis nas últimas duas ou três décadas.As metrópoles são cidades que têm longa história e uma tradição de cidadania. Elas até agora demonstraram a capacidade de se adaptar às novas condições da economia globalizada sem perder sua especificidade histórica, política, econômica. Essas cidades têm longa tradição de cidadania, de luta e defesa dos direitos humanos.Barbara Freitag. Cidade dos homens. Rio de Janeiro:Tempo Brasileiro, 2002, p. 216-8 (com adaptações).

Acerca de aspectos gramaticais do texto Cidade dos Homens e das idéias nele presentes, julgue os itens subse-qüentes.

66.(MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) As definições apresentadas no texto são insuficientes para se concluir que, ao contrário das megacidades, todas as cidades globais e todas as metrópoles tiveram desenvolvim-ento sustentável.

67.(MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) O emprego do termo “até agora” (linha 20) pode ser inter-pretado como ceticismo da autora do texto em relação à continuidade da resistência das metrópoles à força do processo de globalização da economia.

“...Elas até agora demonstraram a capacidade de se adaptar às novas condições da economia globalizada sem perder sua especificidade histórica, política, econômica.”

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------As empresas se transformaram profundamente. Modernizaram sua tecnologia e seus métodos de gestão para tornarem-se competitivas e ajustarem-se às exigências da globalização. Mexeram em seus horários em razão dos interesses da produção, mas mantiveram-se, em sua esmagadora maioria, cegas e alheias à existência da vida privada de seus empregados. Parques industriais de última geração não rimam com o impressionante atraso no tratamento do que chamam de capital humano. Se, atualmente, em raras empresas, já é aceitável que uma mulher reivindique tempo parcial de trabalho para dedicar-se à família, sem que isso a desqualifique aos olhos do empregador, o mesmo não acontece com um homem. No caso improvável de uma reivindicação desse tipo, ele seria certamente percebido como portador de alguma característica pelo menos insólita, o que é uma dupla injustiça, porque condena os homens à imobilidade e à impossibilidade de mudança de mentalidade e de vida e as mulheres a assumir sozinhas a vida familiar.Os poderes públicos, tão indiferentes quanto as empresas, continuam a encarar as instituições de acolhida a crian-ças e idosos como se fossem não a obrigação de uma sociedade moderna e civilizada, mas como um favor feito às mulheres.Os argumentos do custo exagerado dessas instituições e do seu peso insuportável em orçamentos precários fazem que a obrigatoriedade do Estado de oferecer as melhores condições de instrução e educação desapareça como prioridade.Em relação à vida privada, não mudaram as mentalidades e, conseqüentemente, as responsabilidades não são compartilhadas. Se fossem, forçariam a reorganização do mundo do trabalho.Rosiska Darcy de Oliveira. Reengenharia do tempo.Rio de Janeiro: Rocco, 2003, p. 67-8 (com adaptações).

Acerca das idéias desenvolvidas no texto acima e das estruturas lingüísticas nele utilizadas, julgue os próximos itens.

68.(MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) No primeiro parágrafo do texto, a autora aponta a dicotomia entre o desenvolvimento das empresas que efetivaram o processo de modernização e o atraso verificado no regime de trabalho dos empregados dessas empresas. “As empresas se transformaram profundamente. Modernizaram sua tecnologia e seus métodos de gestão para tornarem-se competitivas e ajustarem-se às exigências da globalização. Mexeram em seus horários em razão dos interesses da produção, mas mantiveram-se, em sua esmagadora maioria, cegas e alheias à existência da vida privada de seus empregados. Parques industriais de última geração não rimam com o impressionante atraso no tratamento do que chamam de capital humano. “

69.(MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Na visão da autora do texto, a priorização de serviços de crech-es e de atendimento a idosos pelo Estado, bem como a mudança na organização do tempo no trabalho realizada pelas empresas, por si sós, acarretariam transformação no compartilhamento de responsabilidades na vida privada. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra o seu poder de silêncio.Não forces o poema a desprender-se do limbo.Não colhas no chão o poema que se perdeu.Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.

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Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1973, p. 139.

Julgue o item que se seguem, que tratam da significação das palavras do poema e do emprego das classes gram-aticais.

70.(MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No primeiro verso, penetrar “surdamente no reino das palavras” significa penetrar de ouvidos tapados, como uma pessoa surda.

“Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata.”

Encarregado da redação e da adequação de textos de divulgação científica para o público em geral, um técnico tem em mãos o gráfico a seguir, que deve ser interpretado para integrar um texto informativo sobre a evolução do estado nutricional de crianças e adolescentes das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.

Gráfico 1 – Estado nutricional – crianças e adolescentes

Julgue os itens subseqüentes, relativos à linguagem e à apresentação desse texto informativo.

71. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Como as informações do gráfico terão como alvo preferencial o grande público, a linguagem a ser usada em sua interpretação deve ser bem coloquial, sem compromisso com as regras da escrita padrão.

72.(MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Com base nas informações contidas no gráfico, conclui-se que seu título está incompleto, tecnicamente inadequado, pois não cobre todo o conteúdo.

Julgue os itens que se seguem, relativos à interpretação dos dados apresentados.

73.(MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Os dados mostram que, em ambas as regiões, a obesidade aumentou no período estudado, e a desnutrição se reduziu.

74.(MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em 1997, entre as duas regiões, o Nordeste apresentou a maior por-centagem de crianças e adolescentes com os problemas de saúde pesquisados. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir.” Pensamento cujas raízes parecem mergulhar no velho naturalismo português. A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a conforme seu argumento. O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.Segundo a observação de H. von Stein, ao ouvir a palavra “natureza”, o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX pensa em uma paisagem.Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia da Letras, 1995, p. 137.

Julgue os itens a seguir, referentes à tipologia, às idéias e à linguagem usada no texto.

75. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O trecho “o pregar é em tudo comparável ao semear, ‘porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir’” (linha 2-3) constitui-se como dis-sertativo.

“No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir.”

76. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A argumentação desenvolvida pelo autor ratifica a idéia de que o que se fala ou se escreve traz marcas de outros textos produzidos por outras pessoas. No texto acima, o autor do sermão teria sofrido a influência da bíblia, ao comparar o ato de semear ao de pregar.

77. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) De acordo com o último parágrafo do texto de Sérgio Buarque, os ouvintes do Sermão da Sexagésima, ou quem o lia naquela época, entendiam a palavra “natureza” da mesma forma que ela é entendida hoje.

“Segundo a observação de H. von Stein, ao ouvir a palavra “natureza”, o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX pensa em uma paisagem.”------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

No meio das massas, as mais supersticiosas idéias relacionadas com doenças — prevenção e tratamento — preva-leciam. Um observador estrangeiro depõe a esse respeito: “Antigas curas — dignas de Plínio — estão ainda em voga.” E refere-se — em exemplo — a “minhocas fritas vivas no azeite doce e aplicadas quentes como cataplas-ma”, que eram utilizadas no tratamento de males “comuns a brancos e pretos”. Figas de osso e pedaços de “pedra santa” eram também usados contra “mau-olhado” e doenças.As superstições rompiam, por vezes, as paredes dos próprios hospitais e matavam ali inermes internados. Tanto Eubank como Radiguet contam a história de um doente do Hospital dos Lázaros — instituição no Rio de Janeiro para tratamento da lepra — que se submeteu à experiência terapêutica da mordida de cobra venenosa. A cobra foi trazida, mas tão repelentes eram as partes gangrenadas do homem que o réptil encolheu-se para não tocá-las. Então, o homem apertou a cobra, e por ela foi mordido, morrendo em vinte e quatro horas.É de abismar a condição miserável de imundície em que os brasileiros toleravam viver nas cidades, na década de 50 do século XIX. Era terrível, em algumas ruas, a fedentina. Em todas as cidades do Império, a remoção do lixo, das coisas podres, dos excrementos humanos fazia-se de maneira, ao mesmo tempo, mais primitiva e mais pitoresca. Essas imundícies eram colocadas em pipas ou barris, chamados tigres, e carregadas às cabeças dos es-cravos, que as despejavam nos rios, nas praias e nos becos (matos). Essa remoção geralmente era feita depois que os sinos da igreja tocavam “dez horas”. Em Pernambuco, os tigres eram derramados, pelos escravos, das pontes,

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nos rios Capiberibe e Beberibe.Dada a inexistência de encanamento para fazer a drenagem, tornava-se impossível a distribuição de água nas casas. O sistema de suprimento de água às populações urbanas era o do chafariz. A velha e, na Europa, já arcaica fonte pública. Os brasileiros faziam livre uso da água, realizando em limpeza pessoal o que tão dolorosamente faltava em higiene pública.Gilberto Freyre. Vida social no Brasil nos meados do século XIX. Trad. do orig. inglês:Waldemar Valente. 2.ª ed. rev. e pref. pelo autor. Rio de Janeiro: Artenova S. A.; Recife: Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1977, p. 106; 108-9 (com adaptações).

Considerando as idéias e as estruturas lingüísticas do texto ao lado, julgue os itens seguintes.

78.(MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Depreende-se do depoimento citado no segundo período do texto que muitas práticas para a cura de doenças, embora remontassem à antiguidade clássica, em vez de serem considera-das obsoletas, estavam em pleno uso no século XIX.

“No meio das massas, as mais supersticiosas idéias relacionadas com doenças — prevenção e tratamento — prevaleciam. Um observador estrangeiro depõe a esse respeito: “Antigas curas — dignas de Plínio — estão ainda em voga.” E refere-se — em exemplo — a “minhocas fritas vivas no azeite doce e aplicadas quentes como cata-plasma”, que eram utilizadas no tratamento de males “comuns a brancos e pretos”. Figas de osso e pedaços de “pedra santa” eram também usados contra “mau-olhado” e doenças.”

79. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No Brasil patriarcal, as crendices eram comuns tanto entre o povo quanto entre os médicos dentro dos hospitais.

O vendedor de jornais é o tipo mais despreocupado e alegre do mundo.Tem uma alma de pássaro. Claro está que não nos referimos ao carrancudo português, que, em meio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa os dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunião da Rua do Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas dos cafés da Avenida, em toda parte.Queremos falar do pequenino garoto de dez anos, o brasileirito trêfego, ativo, tagarela como uma pega, travesso como um tico-tico. Por aqui, por ali, vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas com uma rapidez de raio, persegue os veículos, desliza entre automóveis como uma sombra. Parece invulnerável.Torna-se importuno às vezes, quando, a correr pelas plataformas dos bondes, fazendo reviravoltas de símio para escapar à sanha de algum condutor rabugento, nos atordoa os ouvidos com estupendos gritos estridentes.Nada lhe empana a lucidez do espírito, nada. Tem gestos próprios e expressões peculiares. Para ele, um assassínio ou um suicídio é simplesmente uma “encrenca”. Um conflito é um “robo”. Parece que desconhece hierarquias e vaidades tolas, porque não empresta títulos a nenhum nome. Diz: “O partido do Pinheiro, discursos do Ruy Barbosa, o governo do Nilo Peçanha”, como se todos os cabecilhas da República fossem apenas vendedores de jornais.Detesta a monotonia dos tempos de paz. Gosta das revoluções, dos motins, das grossas “mixórdias” que lhe proporcionam ocasiões de ver todas as folhas arrebatadas, sem que haja necessidade de ele gritar como nos dias ordinários. Parece que tem o dom de pôr um grande vidro de aumentar em cima dos acontecimentos.É astucioso, impostor, velhaco. Com finura de comerciante velho, emprega artimanhas de mestre, complicados ardis, artifícios que são uma obra-prima de sutileza, tudo para embair os transeuntes. Mente apregoando sedutoras

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notícias fantásticas. Enfim, sob certos pontos de vista, o pequeno garoto vendedor de jornais é uma espécie de jornalista em minia-tura...Graciliano Ramos. In: Linhas tortas. Obra póstuma. 7.ª ed.Rio de Janeiro: Record, 1979, p. 29-31 (com adaptações).

Com relação à organização das idéias e a aspectos gramaticais do texto acima, julgue os itens

80. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O objetivo do autor do texto é descrever um vendedor de jornais específico, pequeno garoto de dez anos de idade, cujos hábitos e gostos pessoais o autor conhece bem.

81. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No sétimo parágrafo do texto, o conhecimento de mundo evocado pelas citações feitas, a suposição e o contraste expressos no trecho “como se todos os cabecilhas da República fossem apenas vendedores de jornais” (linha 19) favorecem a interpretação do sentido do vocábulo “cabecilha”, embora este não seja mais usual.

“Parece que desconhece hierarquias e vaidades tolas, porque não empresta títulos a nenhum nome. Diz: “O partido do Pinheiro, discursos do Ruy Barbosa, o governo do Nilo Peçanha”, como se todos os cabecilhas da República fossem apenas vendedores de jornais.”

82. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No sétimo parágrafo do texto, ao descrever o modo como o vendedor de jornais se refere aos “cabecilhas da República” (linha 19), o autor revela seu ponto de vista acerca da forma de tratamento comumente utilizada na referência a pessoas que ocupam lugar de destaque na sociedade.

“Parece que desconhece hierarquias e vaidades tolas, porque não empresta títulos a nenhum nome. Diz: “O partido do Pinheiro, discursos do Ruy Barbosa, o governo do Nilo Peçanha”, como se todos os cabecilhas da República fossem apenas vendedores de jornais.”

83. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Estabelecida no último parágrafo, a comparação do garoto vendedor de jornais com o jornalista é corroborada pelo fato de o menino inventar “sedutoras notícias fantásticas” (linha 26), entre outros apresentados no texto.

“É astucioso, impostor, velhaco. Com finura de comerciante velho, emprega artimanhas de mestre, complicados ardis, artifícios que são uma obra-prima de sutileza, tudo para embair os transeuntes. Mente apregoando sedutoras notícias fantásticas.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Trabalho escravo:longe de casa há muito mais de uma semana

O resgate de trabalhadores encontrados em situação degradante é uma rotina nas ações do Grupo Especial Móvel de Combate ao Trabalho Escravo, do MTE. Desde que iniciou suas operações, em 1995, já são mais de 30 mil libertações de trabalhadores submetidos a condições desumanas de trabalho. “Chamou-me a atenção o caso de um trabalhador que há 30 anos não via a família”, lembra Cláudio Secchin, um dos oito coordenadores das operações do Grupo Móvel. Natural de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, José Galdino da Silva — Copaíba, como gosta de ser chamado — saiu de casa com 10 anos de idade para trabalhar no Norte. Nunca estudou. Durante 40 anos, veio passando de fazenda em fazenda, de pensão em pensão, trabalhando com derrubada de mata e roça de pasto. Nunca teve a carteira de trabalho assinada e perdeu a conta de quantas vezes não recebeu pelo trabalho que fez. Copaíba nunca se casou nem teve filhos. “Não conseguia dormir direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar à minha cidade e rever a família”, relatou. Quando uma fazenda no município paraense de

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Piçarras foi fiscalizada em junho deste ano, Copaíba foi localizado pelo Grupo Móvel, resgatado e recebeu de indenização trabalhista mais de R$ 5 mil.Revista Trabalho. Brasília: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptações).

Acerca dos aspectos estruturais e lingüísticos e dos sentidos do texto acima, julgue os itens a seguir.

84.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Empregam-se, no texto, alguns elementos estruturais da narrativa que, nesse caso, são fundamentais para a consolidação de sua natureza informativa e jornalística.

85.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) De acordo com as informações apresentadas no texto, Copaíba foi vítima do crime de trabalho infantil e não apenas do trabalho escravo.

86.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) A relação entre o título do texto e o seu conteúdo está baseada em referências espaciais e temporais que ligam o trabalho escravo à história de vida de Copaíba. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

No Brasil, apesar da pressão do desemprego, que tem atingido níveis altíssimos, a fiscalização do trabalho e a justiça do trabalho estão empenhadas em uma luta para preservar o direito do trabalhador ao emprego com regis-tro, tratando de coibir as formas atípicas de emprego, especialmente a do trabalho cooperativado. As cooperativas de trabalho são denunciadas como falsas, como pretensas cooperativas, criadas unicamente para privar os trabal-hadores dos seus direitos legais. Apesar da ação vigorosa de fiscais, procuradores e juízes do trabalho, o número dos que gozam do direito ao emprego com registro não cessa de diminuir Na realidade, nem todas as cooperativas de trabalho contratadas por firmas são falsas. Um bom número delas são formadas por trabalhadores desemprega-dos, que disputam os seus antigos empregos contra intermediadoras de mão-de-obra. Para eles, a perda dos direi-tos já é um fato consumado e, se forem obrigados a se empregar nas terceirizadas, possivelmente sofrerão, além disso, acentuada perda de salário direto. Outras cooperativas de trabalho são formadas por trabalhadores que es-tavam assalariados por empresas intermediadoras e que preferiram se organizar em cooperativa para se apoderar de parte do ganho que aquelas empresas auferem a suas custas. Essas considerações não pretendem indicar que a luta contra a precarização é inútil, mas que ela carece de bases legais para realmente coibir a perda incessante de direitos por cada vez mais trabalhadores. O fulcro da questão é que ou garantimos os direitos sociais a todos os trabalhadores, em todas as posições na ocupação — assalariados, estatutários, cooperantes, avulsos, terceirizados etc. — ou será cada vez mais difícil garanti-los para uma minoria cada vez menor de trabalhadores que hoje têm o status de empregados regulares. Paul Singer. Em defesa dos direitos dos trabalhadores. Brasília:MTE, Secretaria de Economia Solidária, 2004, p. 4 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens.

87.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) De acordo com o texto, existem formas diversas de trabalho coop-erativado no Brasil atual: as cooperativas falsas — criadas para privar os trabalhadores de seus direitos legais —, as que são criadas por trabalhadores desempregados e as formadas por trabalhadores que optaram pela forma do trabalho cooperativado.

“No Brasil, apesar da pressão do desemprego, que tem atingido níveis altíssimos, a fiscalização do trabalho e a justiça do trabalho estão empenhadas em uma luta para 4 preservar o direito do trabalhador ao emprego com reg-istro, tratando de coibir as formas atípicas de emprego, especialmente a do trabalho cooperativado.”

88.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) A luta da fiscalização e da justiça do trabalho “para preservar o direito do trabalhador ao emprego com registro” (linha 2-3) é inócua, uma vez que as formas atípicas de trabalho não cessam de crescer.

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“No Brasil, apesar da pressão do desemprego, que tem atingido níveis altíssimos, a fiscalização do trabalho e a justiça do trabalho estão empenhadas em uma luta para preservar o direito do trabalhador ao emprego com regis-tro, tratando de coibir as formas atípicas de emprego, especialmente a do trabalho cooperativado.”

89.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) O trecho “Um bom número delas são formadas por trabalhadores desempregados” (linha 8-9) expressa a idéia de que cada cooperativa falsa é formada por um grande número de trabalhadores sem emprego.

“Um bom número delas são formadas por trabalhadores desempregados, que disputam os seus antigos empregos contra intermediadoras de mão-de-obra.”

Quanto aos sentidos e aos aspectos estruturais e lingüísticos do texto acima, julgue o item.

90.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Os autores do texto consideram que o problema do desemprego é um desafio para o MERCOSUL porque eles partem do pressuposto de que as relações de trabalho de qualidade podem se desenvolver sem que sejam promovidas estratégias de inclusão social relevantes. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Os ganhos de eficiência da indústria brasileira têm uma característica nova: seus benefícios estão sendo partilha-dos entre as empresas e os trabalhadores, cujos aumentos salariais, portanto, não pressionam os preços.A produtividade industrial, que se mede dividindo o volume da produção pelo número de trabalhadores, vem cre-scendo há bastante tempo, mas, até recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível de emprego. Desde 2004, porém, crescem simultaneamente a produção e o número de empregados e, mesmo assim, a produtividade cresce. E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anos anteriores, com ganhos salariais para os trabalhadores. Dados recentes indicam que essa tendência deve se manter.O Estado de S.Paulo, Editorial, 12/4/2008.

Em relação às idéias e às estruturas do texto acima, julgue os itens seguintes.

91.(PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) De acordo com as informações do texto, o número de empregados vem crescendo desde 2004. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante e rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional. A sentença determina, entre outras medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a vio-lação dos direitos humanos da população carcerária e “abrir o debate a respeito da regionalização dos presídios”. Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são de famílias pobres da Grande São Paulo, que não

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dispõem de condições financeiras para visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro ou es-tupro. Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem comandando seus “negócios”, seja para coibir a formação de facções criminosas. Com um deficit de mais de 40 mil vagas e várias unidades comportando o triplo de sua capacidade de lotação, a já dramática crise do sistema prisional de São Paulo se agrava todos os dias. O mérito da sentença do juiz de Tupã, que dificilmente será confirmada em instância superior, é o de refrescar a memória do governo sobre a urgência de uma solução para o problema.In: Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3 (com adaptações).

Com referência às idéias do texto, julgue os itens.

92.(P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) De acordo com o texto, não ocorrem crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro e estupro, na cidade de Tupã.

93.(P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) Depreende-se do texto que a crise do siste-ma prisional de São Paulo pode ser resolvida com a adoção de medidas que restrinjam o deslocamento dos presos e dos seus familiares.

94.(P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) Subentende-se da leitura do terceiro pará-grafo que o governo de São Paulo considera inviável cumprir a sentença e recorrerá à instância superior.

95.(P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) De acordo com o terceiro parágrafo do texto, o encarceramento de criminosos em diferentes penitenciárias possibilita a desmobilização de quadrilhas.

“Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro ou es-tupro. Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem comandando seus “negócios”, seja para coibir a formação de facções criminosas.”

96.(P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) Segundo o autor do texto, a sentença sa-lienta a necessidade de uma solução para a grave situação do sistema prisional de São Paulo. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O nosso planeta azul vive um paradoxo dramático: embora dois terços da superfície da Terra sejam cobertos de água, uma em cada três pessoas não dispõe desse líquido em quantidade suficiente para atender às suas neces-sidades básicas. Se o padrão atual de aumento de consumo for mantido, calcula-se que essa proporção subirá para dois terços da população mundial em 2050. A explicação para o paradoxo é a seguinte: a água é um recurso renovável pelo ciclo natural da evaporação-chuva e distribuído com fartura na maior parte da superfície do pla-neta, mas a ação humana afeta, de forma decisiva, a renovação natural dos recursos hídricos. Em certas regiões do mundo, como o norte da China, o oeste dos Estados Unidos da América e o Lago Chade, na África, a água está sendo consumida em ritmo mais rápido do que pode ser renovada. Estima-se que 50% dos rios do mundo estejam poluídos por esgotos, dejetos industriais e agrotóxicos. Calcula-se, ainda, que 30% das maiores bacias hidrográfi-cas perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que levou à redução da quantidade de água.

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Nos últimos 100 anos, a população do planeta quadruplicou, enquanto a demanda por água se multiplicou por oito. Estima-se que a humanidade use atualmente metade das fontes de água doce do planeta. Em quarenta anos, utilizará perto de 80%. Apenas 1% de toda a água existente no planeta é apropriado para beber ou ser usado na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares (97%) e ao gelo nos pólos e no alto das montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta preocupação. Os especialistas costumam alinhar duas soluções principais para evitar a escassez de água de qualidade, própria para o consumo humano: cobrar mais pelo uso do recurso e investir no tratamento dos esgotos. O objetivo de cobrar mais é evitar o desperdício, enquanto o trata-mento do esgoto possibilita a devolução da água à natureza e sua reutilização. Fica a esperança de que não faltará água, se soubermos usá-la.Veja, jan./2008, p. 87-90 (com adaptações).

Com relação às idéias e características do texto acima, julgue os itens a seguir.

97. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) De acordo com o texto, 98% da superfície da Terra correspondem a recursos hídricos renováveis, considerando-se, nessa porcentagem, as bacias hidrográficas.

98. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Em 2050, de acordo com o texto, se não houver alteração no padrão de consumo de água, o número de pessoas sem acesso a água para atender as suas neces-sidades básicas será duplicado.

99. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) O emprego de dados estatísticos e exemplos, com o intuito de despertar a curiosidade do leitor e favorecer a argumentação, caracteriza o texto como narrativo. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Lembrei-me de uma entrevista que tive com uma jornalista.“Qual o seu sonho de consumo?”, ela perguntou. “Acreditar em Deus”, eu disse.“Isto mudaria alguma coisa?”“Talvez mudasse o meu estilo. Minha linguagem é assindética, cheia de elipses de conjunção. A fé tornaria meu estilo hiperbólico, polissindético.” Etc. Na época, pensei que estava brincando. (...) Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O ser humano se caracteriza, na verdade, por uma estu-pidez. Ele só descobre que um bem é fundamental quando deixa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras liberdades, preso no porão — de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas. Tinha liberdade de sonhar. Contudo, de que me adiantava isso, se estava preso dentro de um porão?Rubem Fonseca. Vastas emoções e pensamentos imperfeitos. São Paulo: Schwarcz, 2003, p. 227 (com adaptações).

Acerca das idéias e dos aspectos lingüísticos do texto, julgue os itens a seguir.

100. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) O autor do texto defende a idéia de que a crença em Deus torna o ser humano capaz de avaliar a importância dos bens que possui.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

As vivências do tempo e do espaço constituem dimensões fundamentais de todas as experiências humanas. O ser, de modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo. Portanto, o tempo e o espaço são, ao mesmo tempo, condicionantes fundamentais do universo e estruturantes básicos da experiência humana. Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora do homem e têm uma realidade objetiva plena. São realidades independentes do ser humano. Em contraposição a essa noção,

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Kant defende que o espaço e o tempo são dimensões básicas que possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente. Em sua opinião, não se pode conhecer realmente nada que exista fora do tempo e do espaço.Paulo Dalgalarrondo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: ARTMED, 2000, p. 77 (com adaptações)

A relação entre as estruturas linguísticas e as ideias do texto mostra que

101. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)B o tempo é o condicionante fundamental do universo; o espaço é o estruturante básico da experiência humana.

102. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)C o tempo ter “realidade objetiva plena” (linha 6) significa possibilitar “todo e qualquer conhecimento” (linha 7-8).

“Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora do homem e têm uma realidade objetiva plena. São realidades independentes do ser humano. Em contraposição a essa noção, Kant defende que o espaço e o tempo são dimensões básicas que possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente.”

103. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)D a expressão “Em sua opinião” (linha 8) remete às opiniões de Newton, Leibnitz e Kant.

“Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora do homem e têm uma realidade objetiva plena. São realidades independentes do ser humano. Em contraposição a essa noção, Kant defende que o espaço e o tempo são dimensões básicas que possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente. Em sua opinião, não se pode conhecer realmente nada que exista fora do tempo e do espaço.”---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Em nosso continente, a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras con-quistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados. Um zelo minucioso e previdente dirigiu a fundação das cidades espanholas na América.Já à primeira vista o próprio traçado dos centros urbanos denuncia o esforço determinado de vencer e retificar a fantasia caprichosa da paisagem agreste: é um ato definido da vontade humana. As ruas não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo: impõem-lhes antes o acento voluntário da linha reta. O plano regular não nasce, aqui, nem ao menos de uma ideia religiosa, como a que inspirou a construção das cidades do Lácio e mais tarde a dascolônias romanas de acordo com o rito etrusco; foi simplesmente um triunfo da aspiração de ordenar e dominar o mundo conquistado. O traço retilíneo, em que se exprime a direção da vontade a um fim previsto e eleito, mani-festa bem essa deliberação.Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 95-6 (com adaptações).

104. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Com referência às ideias do texto, julgue os seguintes itens.

I Os estáveis núcleos de povoação criados pela colonização portuguesa tinham por objetivo assegurar o domínio da metrópole sobre a colônia.

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II Nos casos em que a vontade humana vence a força da natureza, o traçado dos centros urbanos é retilíneo e regular.

III A organização de cidades estáveis e bem ordenadas teve inspiração religiosa, com a aspiração de dominar a natureza.

Assinale a opção correta.A Apenas o item I está certo.B Apenas o item II está certo. C Apenas os itens I e III estão certos.D Apenas os itens II e III estão certos.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A Bolsa de Londres estava batendo todos os recordes. As ações subiam tanto, que um dos investidores desconfiou: aquilo poderia ser uma bolha, ou seja, um período de otimismo exagerado e insustentável. Mas ele não resistiu e colocou seu dinheiro no mercado. Até que o pior aconteceu: a bolha estourou e nosso amigo perdeu todo o din-heiro. O ano era 1720 e o investidor ninguém menos que o físico Isaac Newton. Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”. Pode ser discurso de mau perdedor, mas na verdade foi uma grande sacada. Sem saber, Newton estava prevendo a criação de uma nova ciência, cujas descobertas podem ajudar a entender a crise atual: a neuroeconomia, que vasculha a mente humana em busca de explicações para o comportamento do mercado. Superinteressante, nov./2008, p. 93 (com adaptações).

O texto acima constitui matéria de revista publicada em novembro de 2008. A partir da leitura interpretativa desse texto e dos conhecimentos de tipologia textual, julgue os itens a seguir.

105. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) O texto trata dos recentes acontecimentos que gera-ram a atual crise de instabilidade econômica mundial.

106. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Porque vem após um verbo de elocução, seguido por dois pontos, a passagem “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens” é afirmativa descritiva.

“Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”.

107. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Segundo o texto, a descoberta da neuroeconomia deve-se à capacidade de observação e de experimentação do grande físico inglês Isaac Newton.

108. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Deduz-se que a neuroeconomia é uma ciência re-cente, cujo objetivo é explicar o comportamento do mercado, a partir da observação funcional da mente humana.

Com as últimas experiências em laboratórios e técnicas de mapeamento do cérebro, já é possível prever as ati-tudes das pessoas ao lidar com dinheiro. Um exemplo disso é o “ultimatum game”, um jogo que foi criado por psiquiatras para entender a dinâmica dos mercados. Pelas reações das pessoas jogando, nega-se a hipótese de que ganhar algum dinheiro é melhor do que nada. As pessoas costumam rejeitar ofertas muito baixas e ficar sem din-heiro, mas fazem questão de prejudicar o adversário ganancioso.Idem, ibidem.

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A partir desse conjunto de informações, julgue os itens quanto ao sentido e quanto ao emprego da norma-padrão da língua portuguesa. 109. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) No primeiro período do texto, informa-se que são previsíveis as atitudes das pessoas ao lidar com dinheiro.

“Com as últimas experiências em laboratórios e técnicas de mapeamento do cérebro, já é possível prever as ati-tudes das pessoas ao lidar com dinheiro.”------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Consciência empresarial

As ações cidadãs conquistam espaço entre os empresários do Distrito Federal. Segundo pesquisa da Universidade de Brasília, cerca de 82% das micro e pequenas empresas locais atuam com responsabilidade social. “A prática constitui uma ética empresarial, voltada para o público interno e externo, e trata-se de uma cartilha moral”, con-ceitua o diretor-executivo do portal www.responsabilidadesocial.com. O empresário R. M. aderiu à idéia. Implan-tou na sua mercearia a opção de sacola de algodão como alternativa ao saco de plástico. Na gráfica XYZ, as idéias viraram projeto de logomarca: “Por um mundo melhor”. Pequenas mudanças foram revertidas em economia. A gráfica recicla todo o papel não usado, o dinheiro vai para uma conta que reúne donativos para instituições diver-sas encarregadas de atender pessoas de baixa renda.

Correio Braziliense, 3/2/2008 (com adaptações).A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem.

110. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Depreende-se do desenvolvimento do texto que “idéia” (linha 5) remete à prática de “responsabilidade social” (linha 3), que, por sua vez, é caracterizada como ação cidadã.

“Segundo pesquisa da Universidade de Brasília, cerca de 82% das micro e pequenas empresas locais atuam com responsabilidade social. “A prática constitui uma ética empresarial, voltada para o público interno e externo, e trata-se de uma cartilha moral”, conceitua o diretor-executivo do portal www.responsabilidadesocial.com. O em-presário R. M. aderiu à idéia.”------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Quando surgiu a preocupação ética no homem? Em que momento da sua história sentiu o ser humano a necessi-dade de estabelecer regras definindo o certo e o errado? O que o levou a reconhecer a importância e indispensabi-lidade da fixação de normas e padrões valorativos a serem seguidos por todos? Estas indagações, possivelmente existentes desde que o homem começou a pensar, têm ocupado o tempo e o esforço de elaboração dos filósofos ao longo dos séculos. O fato é que, desde os seus primórdios, as coletividades humanas não apenas pactuaram nor-mas de convivência social, mas também foram corporificando um conjunto de conceitos e princípios orientadores da conduta no que tange ao campo ético-moral.Ivan de Araújo Moura Fé. Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 9 (com adaptações).

Considerando o desenvolvimento da argumentação e aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os itens a seguir.

111. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Constitui resposta coerente e gramaticalmente correta para as perguntas iniciais do texto: A preocupação ética, que, possivelmente, surgiu assim que o homem começou a pensar, cor-responde à necessidade de se estabelecerem normas coletivas de comportamento, que definem o certo e o errado.

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“Quando surgiu a preocupação ética no homem? Em que momento da sua história sentiu o ser humano a neces-sidade de estabelecer regras definindo o certo e o errado? O que o levou a reconhecer a importância e indispens-abilidade da fixação de normas e padrões valorativos a serem seguidos por todos?”-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O que é razoável, para os indivíduos e a sociedade, brota de um consenso resultante da comunicação dialógica. O conceito de razão só faz sentido como razão dialógica. A razão resulta daquilo que, em um contexto social vivido e compartilhado por atores lingüisticamente competentes, pode ser elaborado como querido e aceito por todos. Nessa acepção, razão e verdade deixam de ser valores absolutos para se transformarem em valores temporari-amente válidos, de acordo com o veredicto dos atores envolvidos na situação, os quais estabelecem consensual-mente o processo pelo qual a verdade e a razão podem ser conquistadas em um contexto dado.A razão comunicativa e a nova concepção de verdade que dela decorre não são, por isso mesmo, encaradas como uma utopia que aguarde indefinidamente sua concretização social, mas como realidades sociais que, apesar de ainda esparsamente institucionalizadas, já fazem parte do nosso cotidiano nos mais diferentes níveis.Bárbara Freitag. A teoria crítica ontem e hoje. SãoPaulo: Brasiliense, 1988, p. 112-3 (com adaptações).

Em relação aos sentidos e aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os próximos itens.

112. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) De acordo com a argumentação do texto, razão e verdade são valores temporariamente válidos, porque são dialógicas e resultam de uma aceitação consensual em realidades sociais permeadas pela comunicação dialógica.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Planeta Favela — novo livro de Mike Davis

A imagem da metrópole no século XX é a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, mas Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pela realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI.O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em mora-dias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expan-são das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendi-das pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas consequências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximada-mente 200 mil favelas existentes no planeta.Além das estatísticas, o autor revela as histórias trágicas que os dados frios não mostram, como as crianças aban-donadas pelas famílias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas “feiticeiras”, ou a nuvem de gás letal expelida pela fábrica da Union Carbide na Índia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que não tinham informação sobre os riscos ou opção de morar em outro local.O livro traça um retrato da nova geografia humana das metrópoles, em que algumas “ilhas de riqueza” florescem em torres de escritório ou condomínios fortificados que imitam os bairros do subúrbio norte-americano, separados da crescente população favelada por muros e exércitos privados, mas conectados entre si por autoestradas, aero-portos, redes de comunicação e pelo consumo das marcas globais. Como coloca o autor, citando, entre outros, o Alphaville, são enclaves constituídos como “parques temáticos” deslocados da sua realidade social, mas integra-dos na globalização, onde se deixa de ser cidadão do seu próprio país para ser um “patriota da riqueza, naciona-lista de um afluente e dourado lugar-nenhum”, como os classifica o urbanista Jeremy Seabrook, citado no livro. Davis explora a natureza desse novo contexto do conflito de classes, entre os que vivem dentro dos muros, como em uma “cidade medieval”, e a “humanidade excedente”, que vive fora dela. Um “proletariado informal”, ainda

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não compreendido pelo marxismo clássico e tampouco pelo neoliberalismo.Se a globalização da riqueza é constantemente celebrada pelos seus entusiastas, em Planeta Favela Mike Davis mostra o outro — e imenso — lado da história: as sincronias e semelhanças nada acidentais no crescimento da pobreza no mundo.A edição brasileira traz ainda um posfácio da urbanista Erminia Maricato que dialoga com a obra de Davis e um caderno de fotografias de favelas brasileiras de André Cypriano.Internet: <www.boitempoeditorial.com.br> (com adaptações).

Com base no texto, julgue os itens a seguir.

113. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) O texto informa que o livro Planeta Favela parte do pres-suposto de que a favelização do mundo é um fenômeno que remonta ao século XIX.

114. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) O livro Planeta Favela mostra que há um outro lado da globalização, que é a contraface do espetáculo da riqueza mundializada.

115. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) O texto é predominantemente informativo, com alguns trechos de avaliação sutil do valor da obra e do trabalho de Mike Davis.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Procuram-se novos especialistas

Analistas de palavra-chave, arquitetos da informação e cientistas do exercício são alguns dos novos profissionais que, ainda raros no Brasil, começam a ser bastante requisitados por certas empresas. Muitas dessas ocupações estão ligadas à área de tecnologia, cujo avanço permanente cria novas demandas por gente mais especializada. Um analista de palavra-chave, por exemplo, tem a única missão de combinar as palavras de um sítio de modo que as ferramentas de busca o situem, sempre, entre os primeiros da lista. Em uma outra fr-ente, surgiram funções relativas a assuntos ambientais, como a do consultor de sustentabilidade, profissional que, entre outras coisas, faz estudos de impacto sobre o ambiente. É algo básico para muitos negócios.Entre os novos tipos de profissional que hoje mais despertam interesse nas empresas estão também: o arquiteto da informação, responsável por organizar o conteúdo dos sítios para que as pessoas encontrem as informações com facilidade e façam suas compras na rede sem que esse seja um processo demorado demais; o cientista do exercí-cio, que elabora um plano completo de prevenção de doenças, no qual se incluem programas de condicionamento físico, para clientes de planos de saúde e para empregados de empresas; o gerente de diversidade, que, em um setor de recursos humanos, é quem tem uma visão mais panorâmica do quadro de empregados, diagnosticando profissionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício. Veja, 26/11/2008, p. 122-3 (com adaptações).

Considerando as ideias e aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens 116. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Depreende-se da leitura do texto que as ocupações pro-fissionais nele citadas já existem há muito tempo, mas só agora começam a ser reconhecidas por empresas de tecnologia e de gestão ambiental.

117. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008) Da leitura da última frase do texto depreende-se que “a demanda existente e a relação custo-benefício” (linha 18-19) são parte do que o farmacoeconomista precisa anal-isar para chegar a uma conclusão sobre a “viabilidade econômica de um remédio” (linha 18).

“o gerente de diversidade, que, em um setor de recursos humanos, é quem tem uma visão mais panorâmica do

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quadro de empregados, diagnosticando profissionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício.”

Este é o momento adequado do resgate do professor como sujeito histórico de transformação, porque se está atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu tão pouco a ele, do ponto de vista tanto da formação quanto da remuneração e das condições de trabalho. Todavia, há uma série de sugestões ao profissional do magistério, para que mantenha uma conduta pedagógica transformadora, entre as quais se encontram as abaixo listadas:

I Abordar o conteúdo de forma diferenciadaII Atender o aluno durante atividades em salaIII Combater a competição entre os paresIV Considerar o conhecimento prévio dos estudantesV Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para ser avaliadoVI Desenvolver em aula a responsabilidade coletiva pela aprendizagem e disciplinaVII Dialogar sobre dificuldades (investigação) apresentadasVIII Escolher bem o material didáticoIX Fazer contrato de trabalho com os alunosX Garantir clima de respeito em sala de aulaXI Retomar os assuntos já apresentadosXII Solicitar a colaboração dos aprendizes na elaboração de questõesXIII Sugerir a leitura de livros, sem valer notaXIV Sugerir roteiros de orientação de estudoXV Trabalhar com metodologia interativa: grupos, seminários, jogos, estudo do meio, experimentação, prob-lematização, temas geradores, projetos e monitoria.Celso dos S. Vasconcellos. Para onde vai o professor —Resgate do professor como sujeito de transformação.São Paulo: Libertad, 2005 (com adaptações).

A partir das idéias e da estrutura desse texto, julgue os itens

118. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) De acordo com o autor do texto, apesar das condições adversas de trabalho, os professores mantêm conduta pedagógica transformadora, como demonstram as sugestões por eles apresentadas.

119. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) O autor do texto expressa a idéia de que a baixa remuneração dos professores deve-se principalmente à formação profissional precária.

120. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) No trecho “Este é o momento adequado” (linha 1), o autor está se referindo a um momento pré-eleitoral, como evidenciam as demais informações contidas no parágrafo.

“Este é o momento adequado do resgate do professor como sujeito histórico de transformação, porque se está atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu tão pouco a ele, do ponto de vista tanto da formação quanto da remuneração e das condições de trabalho.”----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apreen-são de sentido não é apenas composto por palavras, mas, junto com elas, encontramos sons, gráficos e diagramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual, amalgamados uns com os outros, formando um todo significativo e de onde sentidos são complexamente disponibilizados aos navegantes do oceano digital. É assim o hipertexto. Com ele, ler o mundo tornou-se virtualmente 10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, a qualquer hora do dia e por mais de um leitor simultaneamente. O hipertexto concretiza a possibilidade de tornar seu usuário um leitor inserido nas principais discussões em curso no mundo ou, se preferir, fazê-lo adquirir apenas uma visão geral das grandes questões do ser humano na atualidade. Certamente, o hipertexto exige do seu usuário muito mais que a mera decodificação das palavras que flutuam sobre a realidade imediata. Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In: L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue os itens

121. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Depreende-se da argumentação do texto que a razão de a leitura do hipertexto ir além da “mera decodificação das palavras” (linha 11) é ser ele composto também por um amálgama de “sons, gráficos e diagramas” (linha 3).

“Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apreen-são de sentido não é apenas composto por palavras, mas, junto com elas, encontramos sons, gráficos e diagramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual, amalgamados uns com os outros, formando um todo significativo e de onde sentidos são complexamente disponibilizados aos navegantes do oceano digital.(...)Certamente, o hipertexto exige do seu usuário muito mais que a mera decodificação das palavras que flutuam sobre a realidade imediata.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

No século XVIII, o Parlamento Inglês ofereceu uma pequena fortuna a quem inventasse uma forma que permi-tisse aos marinheiros calcular a longitude em alto-mar. Quem levou o prêmio foi John Harrison, um desconhecido relojoeiro do interior da Inglaterra. Ele criou o primeiro cronômetro marítimo, instrumento que revolucionou a navegação. Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos negócios. Na maioria desses sítios, as empresas descrevem anonimamente um problema que não conseguem resolver e recebem propostas de solução de cientistas, técnicos e outros interessados, muitos sem nenhuma for-mação acadêmica.Veja, 20/8/2008 (com adaptações

Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas lingüísticas do texto acima.

122. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) A argumentação do texto mostra que a expressão “o mesmo princípio” (linha 5) refere-se ao princípio científico de funcionamento do cronômetro marítimo.

“ Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos negó-cios.”----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Se você é médico, ponha de lado aquele seu livrinho com o juramento de Hipócrates e aprenda a traduzir hierógli-fos. Egiptólogos ingleses querem destronar o grego conhecido como o pai da medicina e esperam coroar os sábios do Nilo, que o precederam em 1.000 anos. Para tanto, baseiam-se no conteúdo dos papiros em que são ditadas substâncias e fórmulas usadas até hoje pela medicina. Na lista datada do meio do século XIX a.C., encontram-se

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produtos farmacêuticos como mel, resinas e alguns metais conhecidos como antibióticos para o tratamento de feridas. O importante é que isso indica que os egípcios tinham conhecimento da relação de causa e efeito de cada produto e aplicavam a ciência da farmacêutica, que visa à cura pela mudança interna do corpo ativada por meio de substâncias terapêuticas. Em outras palavras, quase mil e quinhentos anos antes do esforço de racionalização e sistematização ocorrido na Grécia, a civilização egípcia já se aproximava de uma relação quase científica com o corpo humano, mesmo sob uma prática bastante ritualizada.Leituras da história. Ciência&Vida. Ano I –n.º 2. Editora Escala, p. 14 (com adaptações).

Julgue os itens de , relativos à organização das idéias do texto acima.

123. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Pela direção argumentativa do texto, conclui-se que a instrução inicial, “ponha de lado aquele seu livrinho” (linha1), constitui uma provocação para anunciar uma descoberta que substi-tuiria a reconhecida importância de Hipócrates como “pai da medicina” (linha 2-3).

“Se você é médico, ponha de lado aquele seu livrinho com o juramento de Hipócrates e aprenda a traduzir hi-eróglifos. Egiptólogos ingleses querem destronar o grego conhecido como o pai da medicina e esperam coroar os sábios do Nilo, que o precederam em 1.000 anos.”

124. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Os termos “destronar” (linha 2) e “coroar” (linha 3) mostram que, na argumentação do texto, aquele que é visto como o “pai da medicina” recebe considerações dignas de um rei.

“Se você é médico, ponha de lado aquele seu livrinho com o juramento de Hipócrates e aprenda a traduzir hi-eróglifos. Egiptólogos ingleses querem destronar o grego conhecido como o pai da medicina e esperam coroar os sábios do Nilo, que o precederam em 1.000 anos.”

125. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) A argumentação do texto tece um paralelo entre as práticas de medicina dos gregos e dos egípcios, como uma relação com o corpo humano que já apresenta traços de ciência.

Julgue os seguintes itens quanto à correção gramatical e à coerência com as informações prestadas acima.

126. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) São características da cefaléia tensional: dor leve a moderada, que pode durar meia hora ou sete dias seguidos, e ausência de náuseas ou vômitos.

127. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) A incidência da dor de cabeça, no Brasil é seis porcento mais branda de que no restante da população mundial.

128. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) O Brasil é, na escala mundial, o quarto país a apresentar a cefaléia como comum entre a população; antes de nós aparecem a Dinamarca, com mais do dobro de incidência, depois vem os Estados Unidos e logo a seguir Alemanha e Brasil.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Até hoje respondíamos à questão QUANDO COMEÇA A VIDA? das mais diversas maneiras, com a despreocu-pação dos inconseqüentes. Isso mudou. As pesquisas com células-tronco embrionárias, que apontam para imen-

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sos recursos terapêuticos, exigem um mínimo acordo sobre o momento inicial da vida humana. Vida humana, disse, e não só vida, pois, desde que uma célula esteja em movimento, em modificação de seu estado, há vida. Mas a vida humana, como precisar o seu primeiro momento? As variadas respostas indicam suas dependências dos pontos de vista adotados. Não há consenso.Jorge Forbes. Welcome Congonhas, maio/2007, ano I, n.o 2 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das idéias no texto acima.

129. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Depreende-se da argumentação do texto que, apesar de não haver con-senso a respeito do momento inicial da vida humana, o ponto de vista defendido pelo autor é o de que uma célula em movimento já caracteriza vida humana. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A degradação dos oceanos, provocada pela ação humana, alcançou níveis estarrecedores nas últimas décadas. O alerta foi publicado recentemente pela revista Science, a partir do estudo realizado por especialistas da Associa-ção Americana para o Progresso da Ciência, chefiados pelo professor Ben Halpern, da Universidade da Califórnia. O trabalho resultou em um atlas dos oceanos, que reflete o grau de deterioração causado pelo homem naquele habitat. Para se ter uma idéia da extensão dos estragos, apenas 4% dos mares da Terra ainda estão intactos. Entre as áreas mais afetadas, estão o Mar do Norte, o litoral chinês e a Costa Leste dos Estados Unidos da América (EUA). Mares interiores, como o Mediterrâneo, o Vermelho e o Golfo Pérsico, também estão em perigo. A con-clusão a que indiretamente pode-se chegar é que, quanto maior a presença humana junto a uma região marítima, maior é sua degradação ambiental. É importante sublinhar que três quartos do planeta são de oceanos e mares e que esses imensos reservatórios de água são responsáveis pela regulação da umidade atmosférica e do ciclo das chuvas, pela formação de nuvens e por abrigar mais de 250 mil espécies animais e vegetais. A degradação de um nicho ecológico tão complexo, por-tanto, representa risco para a própria sobrevivência da espécie humana. A pesca predatória (que reduz cardumes a números mínimos) e os cada vez mais freqüentes acidentes ecológicos (com enormes petroleiros derramando óleo) são apontados pela Science como os maiores vilões dos sete mares. Cabe à humanidade refletir e agir em seu próprio bem.Jornal do Brasil, Editorial, 5/3/2008 (com adaptações).

130. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Assinale a opção que está de acordo com as idéias do texto. A Mares interiores, como o Mediterrâneo, são menos afetados pela degradação.

B Oceanos e mares ocupam metade do planeta.

C A presença humana intensifica a degradação dos oceanos e mares.

D A pesca predatória não prejudica significativamente os mares e oceanos.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Os mais recentes estudos mostram que as células-tronco possuem potencial terapêutico para o combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas (mal de Alzheimer e doença de Parkinson, por exemplo), diabetes, aciden-tes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas da medula espinhal e nefropatias. Por um processo conhecido como diferenciação celular, tais células têm capacidade de se transformar em outros tecidos do corpo, entre os quais ossos, nervos, músculos e sangue. Não por outra razão, os cientistas as clas-sificam de pluripotentes, uma vez que podem ter emprego universalizante. No Brasil, a Lei de Biossegurança

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legalizou apenas a utilização de embriões inviáveis para o desenvolvimento em útero e os descartados e congela-dos.Não está fora de cogitação a utilização de outras células estaminais, como as adultas. São as encontradas em medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical e outros tecidos.O problema é que semelhantes variáveis possuem capacidade reprodutiva limitada. Servem para o tratamento de escasso número de disfunções físicas.Correio Braziliense, Editorial, 5/3/2008.

131. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Assinale a opção que está de acordo com as idéias do texto.

A As células estaminais possuem menor capacidade reprodutiva que as células-tronco.

B Os embriões inviáveis para o desenvolvimento em útero não fornecem células-tronco.

C O cordão umbilical é uma fonte de células-tronco pluripotentes e universalizantes.

D As células-tronco são consideradas pluripotentes porque têm capacidade reprodutiva limitada.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Foi divulgado um novo ranque de países segundo seu desempenho na inovação científica. Mais uma vez, o Brasil permanece entalado no que parece ser uma incapacidade crônica de converter sua produção acadêmica em inven-ções que gerem patentes.Analisando-se isoladamente os dados relativos a pedidos de patentes internacionais, até que o país não se saiu muito mal. Em 2007, apresentamos 384 requisições, um aumento de 15,4% em relação ao ano anterior. Com isso, galgamos quatro posições e passamos a ocupar o 24.º lugar na lista dos 138 signatários do Tratado de Cooperação de Patentes.O problema é que a colocação é incompatível seja com a produção científica nacional, seja com o tamanho da economia brasileira. O país é o 15.º do mundo na publicação de artigos científicos em periódicos de primeira linha e o 10.º na soma de todos os bens e serviços produzidos.O diagnóstico de que temos dificuldades para levar a pesquisa acadêmica ao setor industrial não é novo. É preciso identificar as falhas no sistema e eliminá-las. O Brasil não pode conformar-se ao papel de exportador de com-modities.Folha de S.Paulo, Editorial, 24/2/2008.

132. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Assinale a opção em que a informação está de acordo com as idéias do texto.

A O fato de o Brasil não converter suas pesquisas em invenções que gerem patentes é um fato novo.

B O número de requisições de patente permanece inalterado há vários anos.

C A produção científica e a economia brasileira oferecem condições para que o país possa estar mais bem colo-cado no ranque da inovação científica.

D O fato de o Brasil ser um exportador de commodities é que impede o desenvolvimento de novas patentes.

133. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) O texto apresenta um fato, e não uma opinião, no trecho

A “parece ser uma incapacidade crônica de converter sua produção acadêmica em invenções” (linha 2-3).“...Brasil permanece entalado no que parece ser uma incapacidade crônica de converter sua produção acadêmica em invenções que gerem patentes.”

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B “até que o país não se saiu muito mal” (linha 4-5).

“Analisando-se isoladamente os dados relativos a pedidos de patentes internacionais, até que o país não se saiu muito mal.”

C “O país é o 15.º do mundo na publicação de artigos científicos em periódicos de primeira linha” (linha 9-10).

“O país é o 15.º do mundo na publicação de artigos científicos em periódicos de primeira linha e o 10.º na soma de todos os bens e serviços produzidos.”

D “O Brasil não pode conformar-se ao papel de exportador de commodities” (linha 12-13).

“O Brasil não pode conformar-se ao papel de exportador de commodities.”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Texto para as questões

Passar da condição de devedor à de credor internacional é fato inédito, mas não surpreendente. O anúncio feito pelo Banco Central representa o coroamento de longo esforço do governo para acabar com as sucessivas crises decorrentes da dívida externa. Como qualquer grande negócio, o assunto não se resolve de uma hora para outra nem com idas e vindas. Implica obedecer a planejamento estratégico de longo prazo.No início da década passada, o Brasil deu o primeiro passo no sentido de encarar seriamente o endividamento externo. Deixando para trás medidas heterodoxas ou populistas, tão a gosto de políticos inexperientes ou seden-tos de popularidade fácil, a equipe econômica traçou medidas capazes de administrar o problema. Começou por tomar conhecimento do perfil da dívida. Em seguida, organizou-a. Finalmente, partiu para a renegociação. Para-lelamente, flexibilizou o câmbio e zerou a dívida interna atrelada ao dólar. Estava, pois, adubado o terreno para a recomposição das reservas. O atual governo soube aproveitar o ciclo excep-cional de prosperidade mundial. Serviu-se do crédito farto, do crescimento do produto e do comércio planetários e do preço das exportações nacionais. Com credibilidade, o país tornou-se mais atraente para os investimentos produtivos e obteve recursos para o mercado de capitais. Resultado: em 2006, o débito externo estava sob con-trole.

Correio Braziliense, Editorial, 24/2/2008.

134. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com base nas idéias do texto, assinale a opção correta.

A É surpreendente o fato de o Brasil passar da condição de devedor internacional para credor.

B No Brasil, o controle do débito externo é resultado de um planejamento estratégico de longo prazo.

C A administração do problema da dívida externa exigiu medidas heterodoxas e populistas do governo brasileiro.

D O Brasil, porque se tornou credor, já não é mais atrativo para os investidores estrangeiros.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Sei que os jornais não são o lugar ideal para densas discussões teóricas. O que a maioria dos leitores quer encon-trar na imprensa é a informação fresca, o comentário malicioso, a crônica, a reportagem.O mundo se tornou muito complicado. Precisamos de todos os meios para conhecê-lo um pouco menos precari-amente. As pessoas recorrem à nossa frágil ciência, às nossas artes — tão ambíguas! — ou às religiões. E recor-rem também aos jornais, às revistas, aos filmes, à televisão.

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No início do século 19, o filósofo Hegel chegou a dizer que a leitura dos jornais era “a oração matinal do homem moderno”. Hegel escrevia seus livros em uma linguagem difícil de ser decifrada. Quando dirigiu um jornal, porém, na época de Napoleão, pediu aos seus colaboradores que se expressassem com simplicidade, para serem lidos pelo homem comum.Leandro Konder. Jornal do Brasil, Idéias, 23/2/2008 (com adaptações).

135. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com base no texto acima, assinale certo ou errado. O em-prego de primeira pessoa em “Sei” (linha 1) confere ao texto um tom de subjetividade.

“Sei que os jornais não são o lugar ideal para densas discussões teóricas.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Nenhum conhecimento esgota a realidade. As pessoas, contudo, precisam estar atentas para aproveitar o que suas experiências lhes revelam, de maneira imediata ou mediante elaborações teóricas complexas. Para desenvolverem essa atenção ao que desafia seus conhecimentos, os indivíduos necessitam de informações.Para isso, podemos dizer que alguns espíritos mais inquietos vão dando os passos iniciais em direção à leitura crítica dos clássicos. Não é um programa ambicioso, mas é um bom começo. A leitura dos jornais também é parte dessa trajetória que pode conservar os joguinhos eletrônicos, porém vai além deles. No recebimento das informações, o leitor pode assumir uma atitude passiva, de concordância prévia com o texto, ou pode fortalecer seu espírito crítico. E é apostando nessa segunda opção que os verdadeiros democratas insistem em proporcionar informações a todas as pessoas.Idem, ibidem.

136. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Assinale a opção que está de acordo com as idéias do texto.

A Os democratas procuram difundir as informações esperando que as pessoas fortaleçam seu espírito crítico.

B As informações impedem o desenvolvimento da atenção às experiências da realidade.

C O leitor é sempre passivo em relação às informações que recebe dos jornais e da leitura dos clássicos.

D A leitura crítica dos clássicos não contribui para um programa de desenvolvimento da atenção sobre as ex-periências.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e quali-tativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa idéia da diferença é um argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repe-tirá apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do novo, do espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra.Miroslav Milovic. Comunidade da diferença. Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações).

Com referência às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

137. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Depreende-se do texto que “pensar as novas formas de comunicação” (linha 1-2) significa isolar ou atomizar o indivíduo.

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“Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação.”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas idéias de bem e de mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito). Esse conflito só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação.

Marilena Chaui. Uma ideologia perversa. In: Folhaonline, 14/3/1999 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, a respeito da organização das estruturas lingüísticas e das idéias do texto acima.

138. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) De acordo com as relações argumentativas do texto, se uma ação não for “virtuosa” (linha 5), ela não resulta de decisão interior; se não for “ética” (linha 4), ela não será consciente, livre e responsável.

“Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa.”---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana. Parte pelo menos dessa precariedade ou indeterminação alguns chamarão liber-dade. Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. Parece que se busca conforto na condição de coisa. Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males in-dependem de minha vontade. Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto.A postura das ciências humanas e da psicanálise é outra, porém. Muito da experiência humana vem justamente de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me pro-curando uma solução que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.Roberto Janine Ribeiro. A cultura ameaçada pela natureza. Pesquisa Fapesp Especial, p. 40 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes.

139. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) O emprego de verbos e pronomes como “somos” (linha 1), “se

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busca” (linha 5), “eu” (linha 5) e “minha” (linha 6) mostra que os argumentos se opõem pela ligação de alguns a um sujeito coletivo e, de outros, a um sujeito individual, associando ocoletivo a sujeito social e o individual a objeto, coisa.

“Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil.(....)Parece que se busca conforto na condição de coisa. Se eu for objeto, isto é, se eu for natureza, meus males inde-pendem de minha vontade.”------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: como e em nome de quem este poder se exerce?

Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147-8 (com adaptações).

Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

140. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Segundo o texto, é inútil discutir o poder, pois seu aspecto negativo, de submissão, é inevitável e aparece em todas as relações de dominação, seja de classe, seja de etnia. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis, nadava, nunca pegara uma gripe — até ter um derrame cerebral. Vivia envolvido com “sirigaitas”, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos.Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas. Antes tivera uma chapelaria, e as mulheres haviam deixado de usar chapéus. No fim, tinha um pequeno armarinho — sempre tivera lojas que fossem fre-quentadas principalmente por mulheres — na rua Senhor dos Passos. Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá. Às vezes, eles discutiam na hora do jantar; na verdade, minha mãe brigava com ele, que ficava calado; se ela não parava de brigar, ele se levantava da mesa e saía para a rua. Minha mãe ia para o quarto chorar, nesses dias. Eu ia para a janela, cuspir na cabeça das pessoas que passavam e olhar para o letreiro luminoso de néon da loja em frente. Essa é uma luz que até hoje me atrai e que não foi ainda captada nem pelo cinema nem pela televisão. Quando meu pai voltava, bem mais tarde, o desespero da minha mãe havia passado e eu a via ir à cozinha preparar um copo de leite quente para ele. Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem de ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto. “O problema do seu pai”, minha mãe me disse certa ocasião, “é que ele é muito bonito”. Ela não o viu ficar paralítico, nem teve de suportar a tristeza incomensurável do olhar dele pensando nas sirigaitas. Sim, meu pai ainda era um homem bonito quando minha mãe morreu.A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror — não podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente são, impunemente. Pela primeira vez eu vira o pungente rosto dele, naquele espelho, o rosto dele que era o meu. Como podia eu estar ficando igual a meu pai, aquele, o doente? Rubem Fonseca. Vastas emoções e pensamentos imperfeitos. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p. 12-3 (com adaptações).

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141.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, no tocante a suas ideias e estruturas linguísticas, marque certo ou errado. De acordo com o último parágrafo do texto, o narrador estava lembrando da morte de seus pais e tinha alucinações com a imagem deles refletida no espelho.

“A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror — não podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente são, impunemente. Pela primeira vez eu vira o pungente rosto dele, naquele espelho, o rosto dele que era o meu. Como podia eu estar ficando igual a meu pai, aquele, o doente?”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A internacionalização da economia é um fenômeno constitutivo do capitalismo, o que não significa que haja uma única maneira de lidarmos com os processos que a constituem. É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, pro-movido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais. Os entusiastas da globalização asseguram que a liberdade humana decorre do impulso natural do homem à troca, ao intercâmbio, à aproximação por meio do comércio. Adam Smith corretamente chamou a atenção para o caráter libertador da economia mercantil capitalista e para as suas potencialidades. Marx, herdeiro e defensor das postulações do Iluminismo, indagou se as relações de produção e as forças produtivas do capitalismo permitiriam, de fato, a realização da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.O capitalismo pode ser definido como a coexistência entre a enorme capacidade de criar, transformar e dominar a natureza, suscitando desejos, ambições e esperanças, e as limitações intrínsecas à sua capacidade de entregar o que prometeu. Não se trata de perversidade, mas do seu modo de funcionamento.Na visão de Elizabeth Roudinesco, o sujeito moderno, aquele “consciente de sua liberdade, mas atormentado pelo sexo, pela morte, pela proibição”, é substituído pela concepção “mais psicológica de um indivíduo depressivo que foge de seu inconsciente e está preocupado em retirar de si a essência de todo o conflito”. Os trabalhos de destruição da subjetividade moderna são realizados por uma sociedade que precisa exaltar o sucesso econômico e abolir o conflito. As ciências humanas e sociais contemporâneas exprimem essas necessi-dades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito abstrato, mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neurociência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico. Para os primeiros, os males do mundo podem ser solucionados com doses maciças de Prozac ou de qualquer substância química capaz de aliviar o sofrimento dos “aparelhos biológicos”.Para os outros, os do culturalismo, o melhor é abandonar as dores que acompanham a constituição de um saber universal e eternamente acabado, refugiando-se na completude do mundo mítico e mágico das verdades particu-lares e supostamente originárias. As duas visões do sujeito, aparentemente antitéticas, têm em comum o horror à diversidade concreta e irredutível do mundo da vida. Esse horror não pode ser aplacado pela sociabilidade do mercado que transforma o outro em inimigo-competidor.Luiz Gonzaga Belluzo. O insaciável moloch. In: Carta Capital, 22/10/2008, p. 37-8 (com adaptações).

142.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com as ideias e os aspectos gramaticais do tex-to, assinale a opção correta. Infere-se do texto que o indivíduo com ideal libertário e consciente de sua existência se aproveita do mundo globalizado para ampliar sua capacidade racional e desenvolver meios de produção que gerem riquezas e realimentem o sistema capitalista.

De acordo com o texto, assinale certo ou errado.

143.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008)D De acordo com o último parágrafo do texto, as ciências humanas e sociais contemporâneas criaram um sujeito abstrato que tem o poder de extinguir os males do mundo por meio de medicamentos.

“Para os outros, os do culturalismo, o melhor é abandonar as dores que acompanham a constituição de um saber

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universal e eternamente acabado, refugiando-se na completude do mundo mítico e mágico das verdades particu-lares e supostamente originárias. As duas visões do sujeito, aparentemente antitéticas, têm em comum o horror à diversidade concreta e irredutível do mundo da vida. Esse horror não pode ser aplacado pela sociabilidade do mercado que transforma o outro em inimigo-competidor.”

144.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008)E No texto, predomina a narração de fatos, de maneira se-quencial e lógica, que culmina com a apresentação de um conceito contemporâneo do sistema capitalista. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são antes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem água benta, para con-duzi-las à nossa casa, onde estavam hospedadas. Tinham vindo de Sapucaia, pelo Carnaval, e demoraram-se dois meses na corte. Era eu que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor, porque minha mãe, com o seu reumático, mal podia mover-se dentro de casa, e elas não sabiam andar sós. Sapucaia era a nossa pátria comum. Embora todos os parentes estivessem dispersos, ali nasceu o tronco da família. Meu tio José Ribeiro, pai destas primas, foi o único, de cinco irmãos, que lá ficou lavrando a terra e figurando na política do lugar. Eu vim cedo para a corte, donde segui a estudar e bacharelarme em São Paulo. Voltei uma só vez a Sapucaia, para pleitear uma eleição, que perdi. Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de haver alguma; tudo depende das circun-stâncias, regra que tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies. (...)

Machado de Assis. Primas de Sapucaia. In: 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 250-1

145. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. No primeiro parágrafo do texto, o autor apresenta um paradoxo, cuja compreensão é fa-vorecida, no parágrafo seguinte, por argumentos que defendem o elo afetivo entre o autor e Sapucaia, ou seja, sua família.

“Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são antes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem água benta, para con-duzi-las à nossa casa, onde estavam hospedadas. Tinham vindo de Sapucaia, pelo Carnaval, e demoraram-se dois meses na corte. Era eu que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor, porque minha mãe, com o seu reumático, mal podia mover-se dentro de casa, e elas não sabiam andar sós. Sapucaia era a nossa pátria comum. Embora todos os parentes estivessem dispersos, ali nasceu o tronco da família. Meu tio José Ribeiro, pai destas primas, foi o único, de cinco irmãos, que lá ficou lavrando a terra e figurando na política do lugar. Eu vim cedo para a corte, donde segui a estudar e bacharelarme em São Paulo. Voltei uma só vez a Sapucaia, para pleitear uma eleição, que perdi. “-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

As cenas de violência e desespero que tomaram conta do mundo na semana passada mostram que a nova crise responde por um nome: comida. Egito, Filipinas, Indonésia e Costa do Marfim sofreram ondas de saques em busca de alimentos. Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão aos campos de arroz. O governo haitiano chegou a ser deposto, devido à fúria da população que não consegue comer. O quadro ganhou rápida

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resposta, com o envio de mantimentos aos países afetados e muita retórica. Em meio ao caos, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, elegeu um culpado. “Uma política de biocombustíveis que drena alimentos é a base de um crime contra a humanidade”, disse o suíço. A mesma cantilena foi repetida por outros órgãos multilaterais. Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de bio-combustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge. Foi de olho nessa situação que o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor que pairava sobre os es-critórios de Washington. “Se os países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o façam por outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergên-cia”, disse. O recado veio mais explícito da boca do presidente do Banco Mundial: “Há uma incongruência em manter programas de subsídio ao mesmo tempo em que se têm tarifas, como é o caso norte-americano”. Na quarta-feira, 16, a União Européia anunciou que a inflação dos alimentos em março ficou em 6,2%. No Brasil, a FIPE divulgou que a inflação de alimentos chegou a 11,24% em São Paulo. A redução nos estoques mundiais já chega a 400 milhões de toneladas, o menor nível em 30 anos. Esse quadro, certamente, agravará disputas políticas e econômicas nos próximos meses. O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro. 23'4'2008, p. 30-2 (com adaptações).

Em relação às idéias e aos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, marque certo ou errado.

146. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008)A De acordo com o texto, nos países pobres, a crise mun-dial de alimentos contraria os interesses econômicos dos investidores, que aplicam dinheiro em monoculturas agrícolas e em fundos de capitais.

147. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008)E No último parágrafo do texto, o autor demonstra que, na União Européia e no Brasil, não há crise relacionada a alimentos.

“ Na quarta-feira, 16, a União Européia anunciou que a inflação dos alimentos em março ficou em 6,2%. No Brasil, a FIPE divulgou que a inflação de alimentos chegou a 11,24% em São Paulo. A redução nos estoques mun-diais já chega a 400 milhões de toneladas, o menor nível em 30 anos. Esse quadro, certamente, agravará disputas políticas e econômicas nos próximos meses.”-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado deste processo, o “modelo econômico” alcança sua perfeição, que não é somente descrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa. Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo. Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos escapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente. A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso extravagante, mas uma extensão

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simples e lógica de um “argumento”. Parece realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em suma, a globalização representa a realização acabada e a perfeição do projeto de modernidade e de seu paradigma de progresso.

G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno: uma estratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Trad. Luís Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2.a ed. Petrópolis – RJ: Vozes; Bra-sília: NEDIC, 1999, p. 138-9 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e a aspectos lingüísticos do texto, julgue os itens seguintes.

148. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A direção argumentativa do texto evidencia a intenção do autor em fazer uma apologia do modelo de desenvolvimento e de progresso que a globalização representa.

149. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) O ‘argumento’ mencionado à linha 18 pode ser assim enten-dido: modelo econômico embasado no livre mercado é a alternativa mais viável para o progresso e desenvolvim-ento mundial.

“A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um “argumento”.”

Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando aspectos marcantes da realidade econômica e política mundial contemporânea, julgue os itens que se seguem.

150. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Sob o ponto de vista econômico, a globalização dos dias at-uais é decorrência de um longo processo histórico, impulsionado, a partir da Revolução Industrial, pela expansão imperialista e neocolonialista iniciada em meados do século XIX.

151. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) O expressivo desenvolvimento científico-tecnológico verifi-cado na segunda metade do século XX foi decisivo para a ampliação da capacidade produtiva e para a circulação de mercadorias e de capitais, características essenciais da economia global do tempo presente.

152. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A eliminação do espaço de manobra dos Estados nacionais, acompanhada da dissolução dos organismos multilaterais, é a mais evidente característica política da atualidade, razão pela qual as grandes corporações econômicas ditam as regras e monopolizam o poder mundial.

153. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A “complexidade do mundo contemporâneo”, mencionada no texto, pode ser comprovada, entre outras situações, pelo paradoxo de um discurso vigorosamente favorável ao livre comércio em meio a práticas tipicamente protecionistas, particularmente as conduzidas pelos países eco-nomicamente mais poderosos.

154. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A crise profunda que vitimou o modelo soviético, arrastando consigo a experiência do socialismo real do Leste europeu, conseguiu retardar ao máximo o avanço do que o texto classifica como “sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado”.

155. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Os êxitos econômicos obtidos pela China, nos últimos anos, devem ser explicados por diversos fatores, entre os quais se destacam o enrijecimento de sua opção pelo social-ismo e a recusa em promover reformas que abrissem sua economia aos capitais privados, nacionais ou internacio-

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nais.

156. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A força avassaladora da globalização destruiu as manifesta-ções nacionalistas que sempre caracterizaram a história contemporânea. Assim, movimentos separatistas ou de independência nacional deixaram de existir, e os próprios governos nacionais se vêem impelidos a acatar decisões vindas do exterior.

157. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Surgida no pós-Segunda Guerra Mundial para agir no con-texto da guerra fria, a Organização das Nações Unidas (ONU) parece estar, na atualidade, em situação de crise, não sendo raras as oportunidades em que suas sugestões e decisões são desconsideradas, tal como ocorreu na última invasão do Iraque. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa. Duas forças serviram principalmente à empresa de as congregar: o emprego da língua delas, desde que pude discerni-la um pouco, e o sentimento de terror que lhes infundi. A minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma fizeram-lhes crer que eu era o deus das aranhas, e desde então adoraram-me. E vede o benefício desta ilusão. Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais nas práticas das virtudes. (...)Não bastava associá-las; era preciso dar-lhes um governo idôneo. Hesitei na escolha; muitos dos atuais pareciam-me bons, alguns excelentes, mas todos tinham contra si o existirem. Explico-me. Uma forma vigente de governo ficava exposta a comparações que poderiam amesquinhá-la. Era-me preciso ou achar uma forma nova ou restaurar alguma outra abandonada. Naturalmente adotei o segundo alvitre, e nada me pareceu mais acertado do que uma república, à maneira de Veneza, o mesmo molde, e até o mesmo epíteto. Obsoleto, sem nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo, cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, o que era meter à prova as aptidões políticas da jovem sociedade.A proposta foi aceita. Sereníssima República pareceu-lhes um título magnífico, roçagante, expansivo, próprio a engrandecer a obra popular. Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares. Nem o tempo é operário que ceda a outro a lima ou o alvião; ele fará mais e melhor do que as teorias do papel, válidas no papel e mancas na prática.

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

No que se refere aos sentidos, à organização das idéias do texto e à tipologia textual, julgue os itens.

158. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Para o criador da sociedade das aranhas, a prática das vir-tudes é condição natural dos que crêem em Deus.

159. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Na frase “E vede o benefício desta ilusão” (linha 5), o nar-rador dirige-se diretamente às aranhas.

“E vede o benefício desta ilusão. Como as acompanhasse com muita atenção e miudeza, lançando em um livro as observações que fazia, cuidaram que o livro era o registro dos seus pecados, e fortaleceram-se ainda mais nas práticas das virtudes. (...)”

160. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) No texto, uma característica da república escolhida para ser

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instaurada na sociedade das aranhas é explicitada na expressão “sem nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo” (linha 14-15).

“Obsoleto, sem nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo, cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, o que era meter à prova as aptidões políticas da jovem sociedade.”

161. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) No texto, a comparação estabelecida entre o tempo e um tra-balhador que faz questão de cumprir, ele mesmo, o seu ofício serve de crítica aos governos vigentes, que o autor do texto considera mesquinhos. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

As diferenças das legislações penais dos países, ou mesmo a ausência de mecanismos comuns para a extradição de criminosos ou a recuperação de ativos financeiros e bens que organizações criminosas transferem de um país para outro, são os principais desafios que devem ser enfrentados para que se verifiquem avanços efetivos na coop-eração jurídica internacional. Entre as dificuldades na implementação da cooperação jurídica, está a tramitação da carta rogatória, documento expedido pelo juiz a outra autoridade judiciária estrangeira para o cumprimento de atos processuais no território estrangeiro. O processo é restritivo e lento. O problema é que não são “algumas” cartas, mas milhares, em razão da expansão do crime transnacional. As solicitações dos países são, muitas vezes, incompletas, desorganizadas e refletem a falta de conhecimento em relação à legislação e à jurisprudência do país para o qual está sendo feita a requisição. É inadequado que requerimentos de atos processuais urgentes tramitem pela via diplomática, em ambiente não-familiarizado com a legislação penal. Os países têm importante papel a desempenhar na cooperação jurídica internacional para que não se transformem em locais seguros de guarda de dinheiro e de bens ilegais e de refúgio para criminosos. A confiança, e não a competição, é a base da cooperação jurídica entre os países. As relações entre os países, para a adoção de mecanismos que permitam a efetiva cooperação jurídica, devem fundamentar-se na igualdade, e não na desconfiança mútua de violação da soberania. Mais do que uma questão jurídica, trata-se de um processo político.

Internet: <www.ajufe.org.br> (com adaptações).

Em relação ao texto, marque certo ou errado.

162. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007)A Os principais desafios à cooperação jurídica internacional são a extradição de criminosos e a recuperação de ativos financeiros.

163. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007)B A quantidade de cartas rogatórias não constitui empecilho ao desenvolvim-ento da cooperação jurídica internacional.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Tudo parece ter começado a mudar nos últimos anos e as revisões profundas por que estão passando os discursos e as práticas identitárias deixam no ar a dúvida sobre se a concepção hegemônica da modernidade se equivocou na identificação das tendências dos processos sociais, ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou, ainda, sobre se se está perante uma inversão de tendências ou, antes, perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas sem que seja possível identificar os vetores mais potentes. Como se calcula, as dúvidas são acima de tudo sobre se o que presenciamos é realmente novo ou se é apenas novo o olhar com que o presenciamos.

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Estamos em uma época em que é muito difícil ser-se linear. Porque estamos em uma fase de revisão radical do paradigma epistemológico da ciência moderna, é bem possível que seja sobretudo o olhar que esteja mudando. Mas, por outro lado, não parece crível que essa mudança tivesse ocorrido sem nada ter mudado no objeto do olhar que o olha.Boaventura Souza Santos. Modernidade, identidade e a cultura de fronteira. Tempo Social, USP, 1993, p. 39 (com adaptações).

Acerca das idéias do texto acima e de suas estruturas lingüísticas, julgue os itens.

164. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Segundo o texto, enquanto houver a confusão e a in-definição do “paradigma epistemológico da ciência moderna” (linha 9), as práticas identitárias estarão baseadas em dúvidas.

“Estamos em uma época em que é muito difícil ser-se linealinha Porque estamos em uma fase de revisão radical do paradigma epistemológico da ciência moderna, é bem possível que seja sobretudo o olhar que esteja mudando.”--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista. A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o projeto. A terceira se refere à necessidade urgente de ampliar a “infra-estrutura” de conhecimentos necessários para que a educação encontre raízes profundas em nossa sociedade, nos laboratórios de pesquisa, na natureza e na história que vivemos.A divulgação científica, as informações e os conhecimentos que podemos oferecer à educação são elementos que contribuem para formar a opinião, a capacidade de crítica e de decisão dos diferentes setores da sociedade. Ofe-recer, por exemplo, dados e análises da história da educação superior no Brasil é importante para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.

Ciência Hoje, jul./2002, p. 19 (com adaptações).

165. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) De acordo com as idéias do texto, fazer uma revista de divulgação científica hoje exige

A muito empenho, devido às dificuldades a serem enfrentadas.

B suporte financeiro previsto e recursos humanos preparados para a realização do projeto.

C infra-estrutura de máquinas modernas e material de consumo de qualidade.

D a ampliação das estratégias de marketing, de forma a garantir um público fiel.

E o conhecimento das raízes profundas da educação nacional.

166. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Julgue os itens a seguir, referentes ao papel de uma revista de divulgação científica conforme apresentado no texto.

I Os conhecimentos veiculados têm como público-alvo a comunidade científica.

II As informações e os conhecimentos que compõem uma revista de divulgação científica são formadores de opinião da sociedade em geral.

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III As informações veiculadas por uma revista de tal natureza, como, por exemplo, dados sobre a história da edu-cação superior no Brasil, de caráter objetivo e informativo, influem na capacidade de crítica e decisão dos leitores.

Assinale a opção correta.A Apenas um item está certo.B Apenas os itens I e II estão certos.C Apenas os itens I e III estão certos.D Apenas os itens II e III estão certos. E Todos os itens estão certos.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes; e somente raras circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão. E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem, então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares; e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.

Machado de Assis. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p. 79.

167. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).No terceiro parágrafo do texto, o autor explica por que escreveu “antes seja olvido que confusão” (linha 11). De acordo com sua argumentação,

“E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem, então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares; e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.”

A livros confusos são mais fáceis de interpretar que os omissos.B livros confusos despertam nele “idéias finas”.C livros omissos despertam a imaginação dele. D livros confusos podem ser melhorados com reflexões profundas.E livros omissos são piores porque não é possível

168. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Assinale a opção que apresenta uma frase nar-rativa do texto.A “Há dessas reminiscências” (linha1)

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“Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória.”

B “Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória” (linha2)

“Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.”

C “A vida é cheia de tais convivas” (linha 2)

“A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exata-mente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.”

D “Não, não, a minha memória não é boa” (linha 5)

“Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes; e somente raras circunstâncias.”

E “Quantas idéias finas me acodem, então” (linha 14)

“Quantas idéias finas me acodem, então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares; e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Miss Dollar

Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas, por outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar, seria o autor obrigado a longas digressões, que encheriam o papel sem adiantar a ação. Não há hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar.Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que Miss Dollar é uma inglesa pálida e delgada, escassa de carnes e de sangue, abrindo à flor do rosto dois grandes olhos azuis e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça em questão deve ser vaporosa e ideal como uma criação de Shakespeare; deve ser o contraste do roastbeef britânico, com que se alimenta a liberdade do Reino Unido. (...) O chá e o leite devem ser a alimentação de semelhante criatura, adicionando-se-lhe alguns confeitos e biscoitos para acudir às urgências do estômago. A sua fala deve ser um murmúrio de harpa eólia; o seu amor um desmaio, a sua vida uma contemplação, a sua morte um suspiro. (...). A figura é poética, mas não é a da heroína do romance. (...) A Miss Dollar do romance não é a menina romântica. (...) Miss Dollar é uma cadelinha galga. Para algumas pes-soas a qualidade da heroína fará perder o interesse do romance. Erro manifesto. Miss Dollar, apesar de não ser mais que uma cadelinha galga, teve as honras de ver o seu nome nos papéis públicos, antes de entrar para este livro. O Jornal do Comércio e o Correio Mercantil publicaram nas colunas dos anúncios as seguintes linhas re-verberantes de promessa: “Desencaminhou-se uma cadelinha galga, na noite de ontem, 30. Acode ao nome de Miss Dollar. Quem a achou e quiser levar à rua de Matacavalos no. ... , receberá 31 duzentos mil-réis de recompensa. Miss Dollar tem uma coleira ao pescoço fechada por um cadeado em que se lêem as seguintes palavras: De tout mon coeur.”Todas as pessoas que sentiam necessidade urgente de duzentos mil-réis, e tiveram a felicidade de ler aquele anúncio, andaram nesse dia com extremo cuidado nas ruas do Rio de Janeiro, a ver se davam com a fugitiva Miss Dollar.

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Machado de Assis. Contos: uma antologia, v. I, São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 123-5.

169. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Considere que parte dos quatro primeiros pará-grafos do fragmento desse conto (linha1- 18) seja retirada, desaparecendo, portanto, as idéias ali expressas e permanecendo desse trecho apenas o período final do quarto parágrafo — “O Jornal do Comércio e o Correio Mercantil publicaram nas colunas dos anúncios as seguintes linhas reverberantes de promessa:”. Nesse caso, é correto afirmar que o restante do texto ficará

A incompreensível.

B muito prejudicado por perda de informações sobre o perfil da heroína.

C sem a apresentação de outras personagens que participam da história.

D sem a informação de que a cadelinha galga era a heroína da história.

E mais curto apenas, sem perda de qualquer informação importante para a história.

170. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). O primeiro parágrafo do texto mostra que o au-tor pretende

“Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas, por outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar, seria o autor obrigado a longas digressões, que encheriam o papel sem adiantar a ação. Não há hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar.”

A não apresentar a heroína, para criar mistério.B fazer longas digressões, para criar suspense.C encher o papel de idéias inúteis para a história.D apresentar logo a heroína e iniciar a ação. E hesitar todo o tempo que for possível.

171. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). O segundo parágrafo do texto consiste princi-palmente em uma descrição

“Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que Miss Dollar é uma inglesa pálida e delgada, escassa de carnes e de sangue, abrindo à flor do rosto dois grandes olhos azuis e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça em questão deve ser vaporosa e ideal como uma criação de Shakespeare; deve ser o contraste do roastbeef britânico, com que se alimenta a liberdade do Reino Unido. (...) O chá e o leite devem ser a alimentação de semelhante criatura, adicionando-se-lhe alguns confeitos e biscoitos para acudir às urgências do estômago. A sua fala deve ser um murmúrio de harpa eólia; o seu amor um desmaio, a sua vida uma contemplação, a sua morte um suspiro. (...). A figura é poética, mas não é a da heroína do romance. (...) “

A de personagem secundária.B de personagem principal.C de alguém que não é a heroína.D do local onde vive a heroína.E da vilã da história.

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172. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).O autor do texto manifesta opinião pessoal no(s) trecho(s)

I “Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber” (linha1).

“Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas, por outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar, seria o autor obrigado a longas digressões, que encheriam o papel sem adiantar a ação. Não há hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar.”

II “publicaram nas colunas dos anúncios as seguintes linhas reverberantes de promessa” (linha 18).

“O Jornal do Comércio e o Correio Mercantil publicaram nas colunas dos anúncios as seguintes linhas reverber-antes de promessa: “

III ‘Miss Dollar tem uma coleira ao pescoço fechada por um cadeado’ (linha 21).

“Miss Dollar tem uma coleira ao pescoço fechada por um cadeado em que se lêem as seguintes palavras: De tout mon coeur.””

Assinale a opção correta.A Apenas um dos itens está certo.B Apenas os itens I e II estão certos. C Apenas os itens I e III estão certos.D Apenas os itens II e III estão certos.E Todos os itens estão certos.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

“É preciso ressaltar que, através dos tempos, as pessoas reduziram Machado de Assis ao classificá-lo com um rótulo de irônico muito restrito. Sua ironia é algo maior, não se trata apenas de um jogo de palavras, de uma troca inteligente de colocações em um diálogo, por exemplo. Sua ironia está na atmosfera na qual seus personagens e o próprio autor se movem. (...)Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”Foi assim que o mais importante crítico literário do mundo, o norte-americano Harold Bloom, 77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos da História da Literatura (Ed.Objetiva, 2002), os melhores escritores do mundo segundo seus critérios e gosto particular. Sylvia Colombo. In: Folha de S.Paulo, caderno Mais!, 27/1/2008 (com adaptações).

Texto II — para as questões de 174 a 178

Às vésperas do centenário de sua morte (29 de setembro de 1908), Machado de Assis continua a ser uma presença inquietante. Embora ocupe lugar central e mais ou menos indisputado na história da literatura produzida no Brasil, o escritor e sua obra ainda hoje guardam algo do caráter excêntrico, inclassificável e surpreendente que assombrou seus primeiros críticos. Quem era Machado de Assis no século XIX? Um grande poeta, homem de teatro e crítico, que também se dedicou à crônica, ao conto e ao romance, mantendo em seus escritos uma postura indiferente às grandes questões do seu tempo. Fino ironista que, do alto de sua torre de marfim, expedia escritos em linguagem levemente arcaizante e estrangeirada, mais condizente com a literatura de outros séculos do que com o que então se produzia nas capitais literárias do mundo.

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Quem é Machado de Assis hoje? O maior contista e romancista brasileiro do século XIX, não só profundamente interessado pelas questões de seu tempo e lugar, mas talvez o mais agudo e radical crítico das instituições sociais e políticas do Brasil do Segundo Reinado. Um escritor que nunca se furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores, colaborando com jornais e revistas, participando ativamente dos círculos literários, e que teria antecipado na sua escrita procedimentos das vanguardas do século XX, se é que não foi um pós-moderno avant la lettre.Entre aquele escritor alienado e retrógrado do século XIX e o escritor engajado e quase “vanguardista” de algu-mas leituras de hoje, uma pequena multidão de críticos procurou entender esse fenômeno improvável no acan-hado ambiente literário e cultural do Brasil — tão improvável que até os mais materialistas falaram em milagre.Hélio de Seixas Guimarães. Presença inquietante.In: Folha de S.Paulo, 27/1/2008 (com adaptações).

173. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Com referência às idéias do texto I, assinale a opção correta.

A Depreende-se do texto que, só recentemente, leitores e críticos conseguiram identificar a ironia na obra de Machado de Assis.

B De acordo com Harold Bloom, predominam, na caracterização da ironia de Machado de Assis, aspectos psi-cológicos que envolvem elementos constitutivos da narrativa além de formas criativas de linguagem.

C Infere-se do texto que sua autora considera fascinante a forma como Machado de Assis se divertia consigo mesmo e com os leitores.

D Segundo informações apresentadas no texto, os melhores escritores do mundo elegeram Machado de Assis como um gênio da literatura.

E De acordo com o texto, o gosto particular e os critérios de reconhecidos críticos literários no mundo foram decisivos para a inclusão de Machado de Assis na obra Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos da História da Literatura.

174. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). Cada uma das opções abaixo reproduz trechos dos textos I e II, respectivamente. Assinale a opção em que os trechos apresentados evidenciam que um texto é, explicitamente, o intertexto do outro.

A ‘É preciso ressaltar que, através dos tempos, as pessoas reduziram Machado de Assis ao classificá-lo com um rótulo de irônico muito restrito’ (linha1- 2) “Um escritor que nunca se furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores, colaborando com jornais e revistas, participando ativamente dos círculos literários” (linha 12-14)

B ‘Sua ironia é algo maior, não se trata apenas de um jogo de palavras, de uma troca inteligente de colocações em um diálogo, por exemplo’ (linha 2-3) “Fino ironista que, do alto de sua torre de marfim, expedia escritos em linguagem levemente arcaizante e estrangeirada” (linha 7-8)

C ‘Sua ironia está na atmosfera na qual seus personagens e o próprio autor se movem’ (linha 3-4) “Um grande poeta, homem de teatro e crítico, que também se dedicou à crônica, ao conto e ao romance, mantendo em seus escritos uma postura indiferente às grandes questões do seu tempo” (linha 5-7)

D ‘Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre’ (linha 5-6) “uma pequena multidão de críticos procurou entender esse fenômeno improvável no acanhado ambiente literário e cultural do Brasil — tão improvável que até os mais materialistas falaram em milagre” (linha 17-19)

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E “Foi assim que o mais importante crítico literário do mundo, o norte-americano Harold Bloom, 77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos da História da Literatura (Ed. Objetiva, 2002), os melhores escritores do mundo segundo seus critérios egosto particular” (linha 8-11) “Embora ocupe lugar central e mais ou menos indisputado na história da literatura produzida no Brasil” (linha 2-4)

175. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Com referência às idéias do texto II, assinale a opção correta.

A Atualmente, após inúmeros estudos críticos da literatura brasileira, Machado de Assis é um autor totalmente conhecido pelo público leitor e suas obras deixaram de ser provocativas.

B No século XIX, as obras produzidas nas capitais literárias do mundo apresentavam linguagem condizente com a literatura de séculos passados.

C De acordo com o desenvolvimento das idéias do texto, o sentido do trecho “postura indiferente às grandes questões de seu tempo” (linha 6-7) é ratificado em “do alto de sua torre de marfim, expedia escritos” (linha 7-8).CERTA

“Quem era Machado de Assis no século XIX? Um grande poeta, homem de teatro e crítico, que também se dedi-cou à crônica, ao conto e ao romance, mantendo em seus escritos uma postura indiferente às grandes questões do seu tempo. Fino ironista que, do alto de sua torre de marfim, expedia escritos em linguagem levemente arcaizante e estrangeirada, mais condizente com a literatura de outros séculos do que com o que então se produzia nas capi-tais literárias do mundo.”

D O fato de Machado de Assis ter sido considerado, no século XIX, um dos maiores críticos da sociedade brasilei-ra de sua época resultou da interpretação de sua obra pela crítica literária.

E Depreende-se do texto que a situação cultural brasileira, na época do Segundo Reinado, favorecia o surgimento de escritores vanguardistas.

176. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Acerca de aspectos da estrutura argumentativa do texto II, assinale a opção correta.

A A principal estratégia utilizada pelo autor para fortalecer a argumentação é a da construção de parágrafos que apresentam a mesma idéia, reescrita de diferentes formas.

B Na argumentação do autor, predomina o recurso a opiniões do senso comum a respeito de Machado de Assis, em contraste com pontos de vista de críticos literários.

C As perguntas apresentadas nas linhas 5 e 10 foram feitas para que o leitor, no decorrer da leitura do texto, con-strua as próprias respostas a respeito de Machado de Assis.

D No trecho “Entre aquele escritor alienado e retrógrado do século XIX e o escritor engajado e quase ‘vanguard-ista’ de algumas leituras de hoje” (linha 16-17), os qualificativos referentes a Machado de Assis resumem as prin-cipais características desse escritor apresentadas no segundo e no terceiros parágrafos.

“Entre aquele escritor alienado e retrógrado do século XIX e o escritor engajado e quase “vanguardista” de algu-mas leituras de hoje, uma pequena multidão de críticos procurou entender esse fenômeno improvável no acan-hado ambiente literário e cultural do Brasil — tão improvável que até os mais materialistas falaram em milagre.”

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E Um dos objetivos principais do texto é informar a data do centenário da morte de Machado de Assis, já que ele é um dos maiores escritores brasileiros.

177. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).No texto II, em “nunca se furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores” (linha 13), o termo grifado está empregado na mesma acepção que em

“ Um escritor que nunca se furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores, colaborando com jornais e revistas, partici-pando ativamente dos círculos literários, e que teria antecipado na sua escrita procedimentos das vanguardas do século XX, se é que não foi um pós-moderno avant la lettre.”

A Os meninos não se negaram ao corpo-a-corpo com seus adversários, mas saíram arranhados e com as roupas rasgadas.

B Os advogados negaram-se ao corpo-a-corpo sobre o caso antes que o julgamento se iniciasse.

C Só no corpo-a-corpo com o animal, o caçador percebeu que estava sem sua arma.

D A maioria dos lutadores aplica o corpo-a-corpo com freqüência nos ringues.

E Os passageiros do ônibus chegaram ao corpo-a-corpo depois da disputa pelo melhor assento.

178. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Assinale a opção em que o fragmento de texto não apresenta ambigüidade.

A Ao realizar o casamento civil coletivo de casais, um programa social do governo visa concretizar o anseio daqueles que não tiveram a oportunidade de legitimar sua vida conjugal e efetivar, de certa forma, a inclusão social, resgatando, entre outros aspectos, a auto-estima.

B O principal intuito da futura lei é estabelecer, de forma inequívoca, que o valor probante dos documentos ele-trônicos não é menor que o dos impressos.

C Os casos previstos em leis que exijam intimação ou vista pessoal não podem ser supridos por meio virtual.

D O advogado informou à empresa requerente que sua decisão havia sido considerada pelo juiz.

E Um juiz que recebe carta precatória a respeito de um caso conhece menos a causa que o juiz titular do caso, portanto somente esse juiz tem competência para decidir a questão.

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Rio, 15 de agosto de 1907.

Domício da Gama

Não sei se já aí chegaram notícias da Reforma Orthográphica... (Aí deixo, nestes maiúsculos e nestes h h, o meu espanto e a minha intransigência etimológica!). Realmente, depois de tantos anos de alarmante silêncio, a Academia fez uma coisa assombrosa: trabalhou! Trabalhou deveras durante umas três dúzias de quintas-feiras agitadas — e, ao cabo, expeliu a sua obra estranhamente mutilada, e penso que abortícia. Há ali coisas inviáveis: a exclusão sistemática do y, tão expressivo na sua forma de âncora a ligar-nos com a civilização antiga, e a elimi-

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nação completa do k, o hierático k.Como poderei eu, rude engenheiro, entender o quilômetro sem ok, o empertigado k, com as suas duas pernas de infatigável caminhante, a dominar distâncias? Mas decretou a enormidade; e terei, doravante, de submeter-me aos ditames dos mestres.

Trecho de carta de Euclides da Cunha para Domício da Gama. In: Renato Lemos (Org.). Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 223.

179. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Depreende-se do texto que, na época em que foi escrita a carta,

A a variação lingüística era considerada como um fenômeno inerente às línguas em geral, como manifesta o remetente da carta no emprego da expressão “a minha intransigência etimológica” (linha 2).

“Não sei se já aí chegaram notícias da Reforma Orthográphica... (Aí deixo, nestes maiúsculos e nestes h h, o meu espanto e a minha intransigência etimológica!).”

B havia um padrão lingüístico estabelecido, tal como ocorre atualmente, a ser seguido pelos usuários da língua, como evidencia o trecho “submeter-me aos ditames dos mestres” (linha 10).

“Mas decretou a enormidade; e terei, doravante, de submeter-me aos ditames dos mestres.”

C a variação lingüística era um conceito de língua especificamente relacionado à escrita, em especial, às mudan-ças de grafia das palavras, tal como se concebe atualmente.

D a “Academia” estava atenta às mudanças da língua escrita e da fala, mas procrastinava as decisões, que acaba-vam por não atender às necessidades do momento em que eram divulgadas.

E já era refutada a crença de que existe uma única língua, tal como ocorre atualmente, após a introdução, nos estudos lingüísticos, do conceito de variação lingüística.

180. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Os itens a seguir, na ordem em que são apresen-tados, são partes contíguas e sucessivas de um texto adaptado de David linha Olson (O Mundo do Papel — As Implicações Conceituais e Cognitivas da Leitura e da Escrita. Coleção Múltiplas Escritas. 1.a ed. São Paulo:Ática, 1997, p. 17). Julgue-os quanto à coerência e à correção gramatical.

I Não podem haver dúvidas de que uma característica importante das sociedades modernas é a ubiqüidade da escrita.

II Quase nenhum evento significativo, das declarações de guerra aos simples cumprimentos de aniversário, pre-scindem de documentação escrita apropriada.

III Os contratos são selados por meio de uma assinatura escrita: as mercadorias nos mercados, os nomes das ruas, as sepulturas — tudo tem inscrições.

IV As atividades complexas são todas registradas, sejam em livros de modelos de crochê, sejam em manuais de programas de computador ou livros de receitas culinárias.

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V O crédito de uma invenção depende do registro de uma patente escrita, bem como o de uma realização científica depende de sua publicação.

VI E dizem que o lugar que vão ocupar no céu ou no inferno dependem do que está escrito no Livro da Vida.

A quantidade de itens certos é igual aA 1. B 2. C 3. D 4. E 5.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancione o projeto de lei que torna obrigatória a realização, no curso do processo penal, de interrogatórios de réus presos por meio de videoconferências, vai acabar no STF a discussão sobre a constitucionalidade da medida — já em prática em alguns estados e no DF.Os ministros têm opiniões conhecidas divergentes sobre a questão. Quatro integrantes da 2.a Turma entenderam, no julgamento de um habeas corpus, que esse tipo de interrogatório viola os princípios da ampla defesa e do devido processo legal.Jornal do Brasil, 4/11/2007.

181. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Assinale a opção que apresenta proposta de re-dação que, imprimindo clareza e correção gramatical ao texto, desfaz a ambigüidade do segmento “o projeto de lei que torna obrigatória a realização, no curso do processo penal, de interrogatórios de réus presos por meio de videoconferências”.

A o projeto de lei que torna obrigatória, no curso do processo penal, a realização de interrogatórios por meio de videoconferências de réus presos

B o projeto de lei que torna a videoconferência obrigatória nos interrogatórios de réus presos no curso do processo penal

C o projeto de lei, que no curso do processo penal, torna obrigatória a realização de interrogatórios por meio de videoconferências

D o projeto de lei que torna obrigatória, no curso do processo penal de réus presos, a realização de interrogatório por meio de videoconferências

E o projeto de lei de videoconferência, que torna obrigatório no curso do processo penal, o interrogatório, por meio da mesma, de réus presos

182. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Assinale a opção que apresenta argumento que pode ser considerado favorável à sanção do projeto de lei mencionado no texto.

A Caso o defensor público ou advogado do réu fique no estabelecimento prisional, ao lado do acusado, ele estará impossibilitado de realizar a necessária fiscalização do ato processual.

B Caso o defensor público ou advogado do réu permaneça na sede do juízo, ao lado dos demais sujeitos proces-suais, será inviável que ele obtenha de pronto as informações necessárias ao exercício do contraditório e da ampla defesa.

C Os tratados internacionais que determinam a apresentação do preso, em prazo razoável, diante do juiz, para ser ouvido, com as devidas garantias, foram ratificados pelo Brasil.

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D O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (órgão federal) repudia o projeto de lei que propõe que réus presos sejam interrogados por meio de videoconferência.

E Estima-se que atinja a cifra de R$ 250 mil o gasto público com idas e vindas do traficante Fernandinho Beira-Mar ao Rio de Janeiro, para comparecer a interrogatórios.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O conceito de verdade tem sido abordado e compreendido de diferentes formas por diversos pensadores e por di-versas escolas filosóficas. Os filósofos gregos começaram a buscar a verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência. De acordo com essa concepção,a verdade estaria inscrita na essência, sendo idêntica à realidade e acessível apenas ao pensamento, e vedada aos sentidos. Assim, um elemento necessário à verdade era a “visão inteligível”; em outras palavras, o ato de revelar, o próprio desvelamento. Já para os romanos, a verdade era Veritas, a veracidade. O conceito era sempre aplicado, isto é, remetia a uma história vivida que pudesse ou não ser comprovada. Essa concepção de verdade subordinava-a, portanto, à pos-sibilidade de uma verificação. A formulação do problema do “critério de verdade” ocupou os adeptos da gnosiolo-gia, aqueles que se dedicavam ao estudo das relações do pensamento, e de seu enunciado, sua forma de tradução na comunicação humana com o objeto ou fato real, em que se buscava uma relação de correspondência. Para a lógica, o interesse circunscrevia-se na correção e(ou) coerência semântica do discurso, da enunciação, descar-tando a reflexão sobre o mundo objetivo.Para o filósofo Heidegger, as verdades são respostas que o homem dá ao mundo. Ressalte-se a utilização do termo no plural, quando o conceito de verdade perde o critério do absoluto e(ou) do indivisível. Portanto, não haveria mais uma verdade filosófica, mas várias verdades. Esse sentido mais pluralista também é defendido por Foucault, para quem o significado de verdade seria o de expressão de determinada época, cada qual com sua verdade e seu discurso.

Iluska Coutinho. O conceito de verdade e sua utilização no jornalismo. Internet: <www.metodista.br/unesco/gcsb> (com adaptações).

183. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Assinale a opção correspondente à frase do texto que representa a síntese de suas ideias.

A “O conceito de verdade tem sido abordado e compreendido de diferentes formas por diversos pensadores e por diversas escolas filosóficas.” (linha 1-2)

B “Os filósofos gregos começaram a buscar a verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência.” (linha 2-3)

C “Assim, um elemento necessário à verdade era a ‘visão inteligível’; em outras palavras, o ato de revelar, o próprio desvelamento.” (linha 5-6)

D “A formulação do problema do ‘critério de verdade’ ocupou os adeptos da gnosiologia” (linha 9-10)

184. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) No texto, um fato ou estado considerado em sua realidade está expresso pelo verbo sublinhado em

A “a verdade estaria inscrita” (linha 3-4).

“De acordo com essa concepção,a verdade estaria inscrita na essência, sendo idêntica à realidade e acessível ap-enas ao pensamento, e vedada aos sentidos.”

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B “o interesse circunscrevia-se” (linha 12-13).

“Para a lógica, o interesse circunscrevia-se na correção e(ou) coerência semântica do discurso, da enunciação, descartando a reflexão sobre o mundo objetivo.”

C “não haveria mais uma verdade filosófica” (linha 17-18).

“Portanto, não haveria mais uma verdade filosófica, mas várias verdades.”

D “o significado de verdade seria o de expressão” (linha 18-19).

“Esse sentido mais pluralista também é defendido por Foucault, para quem o significado de verdade seria o de expressão de determinada época, cada qual com sua verdade e seu discurso.”

185. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) A respeito do texto, julgue os itens seguintes.

I Tanto para os gregos como para os lógicos, a verdade constituía uma reflexão, acessível aos sentidos, não ilusória sobre o mundo.

II Em latim, o conceito de verdade estava associado à experiência e dependia de verificação.

III Para filósofos mais modernos, a verdade relaciona homem e mundo e varia nas diferentes épocas e discursos.

Assinale a opção correta.A Apenas o item I está certo.B Apenas o item III está certo.C Apenas os itens I e II estão certos.D Apenas os itens II e III estão certos.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Formalidade bate recorde

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados ontem pelo Ministério do Tra-balho e Emprego (MTE) apontam para a criação de 554 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o que representa recorde histórico para esse período. A série de dados do CAGED tem início em 1992. Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), se-gundo informações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%. “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Para o ano de 2008 fechado, o ministro manteve a previsão de criação de 1,8 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. “Vai ser novo recorde, apesar da taxa de juros”, disse ele em referência à decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central de elevar os juros de 11,25% para 11,75% ao ano. Em 2007, recorde para um ano fechado, foram criados 1,61 milhão de empregos formais.Segundo o ministro, a demanda interna permanece “muito aquecida”. “Esse aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, até chegar ao consumidor, demora. Quem compra fogão, geladeira e carro a prazo vai perceber um aumento real de juros maior do que 0,5 ponto percentual. Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis”, disse ele. Para o ministro do Trabalho, a decisão do COPOM de subir os juros neste mês, e nos subseqüentes, conforme projeção do mercado financeiro, pode impactar um pouco a criação de empregos formais mais para o final de 2008. “Esses próximos três meses vão continuar sendo muito fortes na criação de empregos com carteira assinada”, avaliou ele.O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar

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que há inflação no Brasil. Temos alguns produtos subindo de preços, como o trigo e outros produtos, por causa das chuvas, ou falta de chuvas. Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e carros, por exemplo, que são impactados pela decisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jornalistas. O ministro avaliou, entretanto, que o impacto maior se dará nas operações de comércio exterior. Isso porque a decisão sobre juros tende a trazer mais recursos para o Brasil e, com isso, pressionar para baixo o dólar. Dólar baixo, por sua vez, estimula impor-tações e torna as vendas ao exterior mais caras. Por conta principalmente do dólar baixo, a balança comercial teve queda de 67% no superávit (exportações menos importações) no primeiro trimestre deste ano. A criação de empregos formais no primeiro trimestre deste ano cresceu em quase todos os setores da economia. No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil vagas nos três primeiros meses deste ano, contra 110 mil em igual período de 2007.

Tribuna do Brasil, 11/4/2008. Internet: <www.tribunadobrasil.com.br> (com adaptações).

186. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) De acordo com o texto,

A já foram criados 1,8 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro trimestre de 2008.

B a elevação da taxa de juros poderá influenciar negativamente a criação de novos empregos, segundo o ministro do Trabalho.

C os preços dos eletrodomésticos e dos automóveis vão ter um aumento real de 0,5 por cento em 2008.

D a demanda interna aquecida provocará uma diminuição de compra de bens duráveis pelos consumidores.

E a indústria de transformação foi o setor da economia que mais cresceu em 2007.

187. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) Assinale a opção que contém uma informação cor-reta a respeito da estrutura do texto.

A O texto representa a transcrição completa da entrevista feita por jornalistas ao ministro do Trabalho.

B Observam-se, claramente, no texto, argumentos em favor do aumento da criação de postos de trabalho nas in-dústrias de bens duráveis.

C A intercalação entre os dados a respeito do crescimento da oferta de empregos e as opiniões do ministro do Trabalho sobre esse tema caracteriza a estrutura do texto.

D O texto é introduzido por meio de uma narração, em que são apresentados o personagem (ministro) e o tempo da narrativa (o primeiro trimestre de 2008).

E No segundo parágrafo, é desenvolvido o seguinte tópico frasal: “Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (...) recorde histórico para esse período” (linha1-4).

188. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)Com referência às idéias e às estruturas do texto, assinale certo ou errado. De acordo com a argumentação textual, verifica-se que os dados do CAGED são produ-zidos pelo COPOM. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Bancos projetam alta de 2,59 % do PIB em 2009

Em 2009, a economia brasileira deverá crescer 2,59%, resultado bem abaixo do esperado para a alta do PIB em

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2008, de 5,6%. Esta é a projeção da mais recente pesquisa de projeções macroeconômicas e expectativas de mer-cado, feita mensalmente pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) junto a analistas de 33 instituições.O levantamento, realizado nos últimos dias 18 e 19, mostrou que os bancos foram surpreendidos com o desem-penho da economia no terceiro trimestre e elevaram as expectativas de expansão da economia para 2008. Em novembro, a pesquisa apontava para crescimento de 5,23% neste ano. No entanto, o cenário para 2009 piorou em relação ao mês passado, quando analistas esperavam crescimento de 3,13%, e este ficou bem abaixo da pro-jeção de setembro, que era de alta de 3,75% no próximo ano. Para o economista chefe da FEBRABAN, Rubens Sardenberg, o resultado da nova pesquisa consolida a previsão de que o país crescerá menos em 2009, mas, mesmo assim, deverá ter desempenho superior ao de outras econo-mias.Por enquanto, os números são ainda muito positivos, se colocarmos em perspectiva um cenário global bastante pessimista. A economia brasileira vai crescer em cima de uma base importante, com a forte expansão dos últimos anos — disse.Jornal do Commércio, 24/12/2008 (com adaptações).

No que se refere à organização das ideias, aos aspectos gramaticais e à tipologia do texto acima, julgue os itens de

189. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) O texto é predominantemente opinativo, sendo emprega-dos pelo autor diversos dados estatísticos que sustentam sua argumentação central.

190. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) O resultado da pesquisa citada mostra que a economia do país, neste ano, apresentará menor desempenho, embora o seu crescimento ainda possa ser significativo se com-parado com o de outras nações, considerando-se o cenário da economia mundial.

191. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) Não são oficiais os números relativos ao prognóstico de crescimento da economia do país apresentados no texto, mas apoiam-se em ilações de especialistas no assunto.

192. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) As projeções apresentadas no texto evidenciam que a ex-pectativa dos analistas nos últimos meses, com relação à expansão da economia, diminuiu especialmente devido aos efeitos oriundos das oscilações no mercado internacional.

193. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) “os números” (linha 14) citados pelo economista Rubens Sardenberg não se referem aos prognósticos feitos pelos analistas ouvidos na pesquisa da FEBRABAN.

“Por enquanto, os números são ainda muito positivos, se colocarmos em perspectiva um cenário global bastante pessimista. A economia brasileira vai crescer em cima de uma base importante, com a forte expansão dos últimos anos .”---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Agora olhavam as lojas, as toldas, a mesa do leilão. E conferenciavam pasmados. Tinham percebido que havia muitas pessoas no mundo. Ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos. Comunicaram baixinho um ao outro as surpresas que os enchiam. Impossível imaginar tantas maravilhas juntas. O menino mais novo teve uma dúvida e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo tinha sido feito por gente? O menino mais velho hesitou, espiou as lojas, as toldas iluminadas, as moças bem vestidas. Encolheu os ombros. Talvez aquilo tivesse sido feito por gente. Nova dificuldade chegou-lhe ao espírito, soprou-a no ou-vido do irmão. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misterio-

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sas. Não tinham sido feitas por gente. E os indivíduos que mexiam nelas cometiam imprudência. Vistas de longe, eram bonitas. Admirados e medrosos, falavam baixo para não desencadear as forças estranhas que elas porventura encerrassem.

Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1972, p.125.

No texto apresentado acima, dois personagens do romance Vidas Secas, o menino mais velho e o menino mais novo, deixam a fazenda em que seu pai trabalhava como vaqueiro, para irem à festa de Natal em uma pequena cidade. Com base nessas informações e no fragmento do texto de Graciliano Ramos, julgue os itens subseqüentes. 194. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) O emprego da linguagem figurada, como em “soprou-a no ou-vido do irmão” (LINHA 7), e a ausência do discurso direto confirmam o que está evidente no trecho “O menino mais novo interrogou-o com os olhos” (LINHA 8), isto é, que em ambos os momentos a comunicação entre os dois personagens prescinde da linguagem verbal.

“. Nova dificuldade chegou-lhe ao espírito, soprou-a no ouvido do irmão. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos.”

195. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) No trecho “as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes” (LINHA7 9-10), os objetos religiosos e as mercadorias estão reunidos sob a designação comum de “nomes”, o que está de acordo com a associação feita pelos meninos entre as coisas espirituais e as coisas “feitas por gente” (LINHA 12).

“O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misteriosas. Não tinham sido feitas por gente.”

196. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) Considerando-se a linguagem usada pelo escritor para narrar a experiência dos meninos na cidade, é correto afirmar que a questão abordada no texto pode ser considerada “in-trincada” (LINHA 10) não apenas para os personagens, mas também para o autor e o leitor.

“O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada.”----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Consultado por um discípulo sobre as forças dominantes dos destinos dos homens, o grande sábio Pitágoras re-spondeu: “Os números governam o mundo!”. Realmente. O pensamento mais simples não pode ser formulado sem nele se envolver, sob múltiplos aspectos, o conceito fundamental do número.Do número, que é a base da razão e do entendimento, surge outra noção de indiscutível importância: é a noção de medida. Medir é comparar. Só são, entretanto, suscetíveis de medida as grandezas que admitem um elemento como base de comparação. Será possível medir-se a extensão do espaço? De modo nenhum. O espaço é infinito e, sendo assim, não admite termo de comparação. Será possível avaliar a eternidade? De modo nenhum. Dentro das possibilidades humanas, o tempo é sempre infinito e, no cálculo da eternidade, não pode o efêmero servir de unidade a avaliações.Em muitos casos, entretanto, ser-nos-á possível representar uma grandeza que não se adapta aos sistemas de me-didas por outra que pode ser avaliada com segurança e vigor. Essa permuta de grandeza, que visa simplificar os processos de medida, constitui o objeto principal de uma ciência que os homens denominam Matemática.

Malba Tahan. O homem que calculava, cap. XI, p. 53 (com adaptações).

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A respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

197. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) O traço comum que impossibilita a aplicação de sistemas de medidas para se medir a extensão do espaço e avaliar a eternidade é a infinitude desse espaço e da eternidade.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A expressão sustentabilidade do desenvolvimento não significa um ajustamento suplementar à racionalidade do desenvolvimento moderno. O âmago do conceito — o princípio ético da solidariedade — guarda o imenso desafio contemporâneo de assegurar a sustentabilidade da humanidade no planeta, no interior de uma crise de civilização de múltiplas dimensões interdependentes e interpenetrantes: ecológica, social, política, humana, étnica, ética, moral, religiosa, afetiva, mitológica...A sustentabilidade do desenvolvimento é um problema complexo, porque a sua essência está imbricada em um tecido de problemas inseparáveis, exigindo uma reforma epistemológica da própria noção de desenvolvimento. A modernidade tramou-se no virtuosismo da civilização europeia. As luzes da razão e do saber alimentaram o ideal civilizatório, em oposição a tudo que representasse barbárie. Aos olhos do colonialismo, a dignidade da existência do bárbaro do novo mundo foi reconhecida, apenas, na sua capacidade de incorporar-se às luzes da moral cristã, da mentalidade capitalista e do racionalismo progressivo do mundo industrial, em sua voracidade insaciável por recursos naturais, cada vez mais distantes.

Paula Yone Stroh. Introdução. In: Edgard Morin. Saberes globais e saberes locais:o olhar transdisciplinar. Rio de Janeiro: Garamond, 2000, p. 9-10 (com adaptações).

Julgue os itens subsequentes, a respeito da organização das idéias no texto acima.

198.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) De acordo com o texto, a “sustentabilidade do de-senvolvimento” (LINHA 1) não significa um mero ajustamento, pois o princípio da solidariedade é incompatível com o modo de vida capitalista moderno.

“A expressão sustentabilidade do desenvolvimento não significa um ajustamento suplementar à racionalidade do desenvolvimento moderno. O âmago do conceito...”----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Diante das notícias atuais, pode até parecer natural que cada um de nós vista algum tipo de couraça para se prote-ger de tudo isso. E, assim, encouraçados e amedrontados, vamos nos escondendo, nos encolhendo, antes mesmo de enxergar as possibilidades de fazer o que temos de fazer em conjunto, em comunidade, em companhia. A desconfiança é um tipo de desnutrição mental. Falo da atitude, crescente no cotidiano, que faz da desconfiança a própria ambiência nas relações. Pode parecer natural, mas não é aceitável. E, no fim, não serve de nada. O medo não elimina perigo algum. Se o mundo é arriscado, esse fato não será mudado por nosso medo ou desconfiança. E, muito importante, não faria sentido vivermos, estudarmos e trabalharmos em conjunto se não pudéssemos estabelecer alguma — ou muita — confiança nas pessoas que estão conosco nessa jornada.Caco de Paula. Nutrição mental. In: Vida Simples. Ed. 74, dez./2008, p. 78 (com adaptações).

Julgue os próximos itens, acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima.

199.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) De acordo com a argumentação do texto, o que faz a violência das notícias atuais parecer natural, mas não aceitável, é ter medo de aceitar que o mundo é arriscado. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Brinkmanship

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Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lançava o filme Dr. Strangelove. Nele, um oficial norte-americano ordena um bombardeio nuclear à União Soviética e comete suicídio em seguida, levando consigo o código para cancelar o bombardeio. O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. É, então, informado de que os soviéticos imple-mentaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automati-camente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la. O Dr. Strangelove, estrategista do presidente, aponta uma falha: se os soviéticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que não contar ao mundo? A resposta do inimigo: a máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte.Pode-se analisar a situação criada no filme sob a ótica da Teoria dos Jogos: uma bomba nuclear é lançada pelo país A ao país B. A política de B consiste em revidar qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o país seja atacado. O raciocínio que leva B a adotar tal política é bastante simples: até o país mais fraco do mundo está seguro se criar uma máquina de destruição do mundo, ou seja, ao ter sua sobrevivência seriamente ameaçada, o país destrói o mundo inteiro (ou, em seu modo menos drástico, apenas os invasores). Ao elevar os custos para o país invasor, o detentor dessa arma garante sua segurança. O problema é que de nada adianta um país possuir tal arma em segredo. Seus inimigos devem saber de sua existência e acreditar na sua dis-posição de usá-la. O poder da máquina do fim do mundo está mais na intimidação do que em seu uso.O conflito nuclear fornece um exemplo de uma das conclusões mais surpreendentes a que se chega com a Teoria dos Jogos. O economista Thomas Schelling percebeu que, apesar de o sucesso geralmente ser atribuído a maior inteligência, planejamento, racionalidade, entre outras características que retratam o vencedor como superior ao vencido, o que ocorre, muitas vezes, é justamente o oposto. Até mesmo o poder de um jogador, considerado, no senso comum, como uma vantagem, pode atuar contra seu detentor. Schelling denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia de deliberadamente levar uma situação às suas consequências extremas. Um exemplo usado por Schelling é o bem conhecido jogo do frango, que consiste em dois indivíduos acelerarem seus carros na direção um do outro em rota de colisão; o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor.Se ambos forem reto, os dois jogadores pagam o preço mais alto com sua vida. No caso de os dois desviarem, o jogo termina em empate. Se um desviar e o outro for reto, o primeiro será o frango, e o segundo, o vencedor. Schelling propôs que um participante desse jogo retire o volante de seu carro e o atire para fora, fazendo questão de mostrá-lo a todas as pessoas presentes. Ao outro jogador caberia a decisão de desistir ou causar uma catástrofe. Um jogador racional optaria pelo que lhe causasse menos perdas, sempre perdendo o jogo.

Fabio Zugman.Teoria dos jogos. Internet: <www.iced.org.br> (com adaptações).

200.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009)Marque certo ou errado com relação às ideias do texto e às palavras e expressões nele empregadas. O período “É então (...) desacioná-la” (LINHA 5-7) esclarece que a informação dada ao presidente norte-americano era falsa.

“É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la”

201.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, marque certo ou errado. Os “custos” a que o narrador se refere na linha 17 são os de se construir “uma arma de fim do mundo” (LINHA 5).

“O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o

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país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la.”(...)“Ao elevar os custos para o país invasor, o detentor dessa arma garante sua segurança.”

Com base no texto, marque certo ou errado.

202.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009)B As expressões o primeiro a virar o volante e sair da pista perde e quem virar o volante e sair da pista perde estabeleceriam a mesma regra descrita no penúltimo parágrafo do texto para determinar o resultado do jogo do frango.

“Um exemplo usado por Schelling é o bem conhecido jogo do frango, que consiste em dois indivíduos acelerarem seus carros na direção um do outro em rota de colisão; o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor.”

203.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009)C Conclui-se da leitura do texto que, em 1964, a capacidade nuclear da União Soviética era menor do que a norte-americana.

204.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009)D De acordo com a teoria de Schelling, a situação narrada no filme ter-minaria com a derrota soviética, se o governo daquele país se comportasse como um ser racional.

205.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009)E Segundo o texto, um oficial norte-americano propôs o emprego da estratégia denominada brinkmanship para desmoralizar politicamente o governo da União Soviética

Com base no texto, marque certa ou errada.

206.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) O “falso informado” (LINHA 20) é um subtipo ou uma variação do “Falso Entendido” (LINHA1).

“Faz-se aquele silêncio que precede as grandes revelações, mas o falso informado não diz nada. Fica subenten-dido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília.”

Marque certo ou errado com base no texto.

207.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com base no período “Fica subentendido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília” (LINHA 21), conclui-se que o “falso informado” (LINHA 20) em questão foi instado a emitir uma opinião sobre a política brasiliense.

“Faz-se aquele silêncio que precede as grandes revelações, mas o falso informado não diz nada. Fica subenten-dido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília.”

208.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Não há elementos no texto, para além daqueles apresentados pelo “Fal-so que interpreta” (LINHA 22), que corroborem a ideia de que o socialismo avança na Europa.

“E há o Falso que interpreta. Para ele, tudo o que acontece deve ser posto na perspectiva de vastas transformações históricas que só ele está sacando.“

209.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009)Segundo o que defende o “Falso que interpreta” (LINHA 22), se o uso de gordura animal nos países do Mercado Comum Europeu diminui, o socialismo avança na Europa.

“E há o Falso que interpreta. Para ele, tudo o que acontece deve ser posto na perspectiva de vastas transformações históricas que só ele está sacando.

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— O avanço do socialismo na Europa ocorre em proporção direta ao declínio no uso de gordura animal nos países do Mercado Comum. Só não vê quem não quer.”

210.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) A pergunta expressa na linha 29 pressupõe que o narrador do texto acredita que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero.

“E, se alguém quer mais detalhes sobre a sua insólita teoria, ele vê a pergunta como manifestação de uma hostili-dade bastante significativa a interpretações não ortodoxas, e passa a interpretar os motivos de quem o questiona, invocando a Igreja medieval, os grandes hereges da história, e vocês sabiam que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero?”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O poema nasce do espanto, e o espanto decorre do incompreensível. Vou contar uma história: um dia, estava vendo televisão e o telefone tocou. Mal me ergui para atendê-lo, o fêmur de uma das minhas pernas roçou o osso da bacia. Algo do tipo já acontecera antes? Com certeza. Entretanto, naquela ocasião, o atrito dos ossos me espan-tou. Uma ocorrência explicável, de súbito, ganhou contornos inexplicáveis. Quer dizer que sou osso? — refleti, surpreso. Eu sou osso? Osso pergunta? A parte que em mim pergunta é igualmente osso? Na tentativa de elucidar os questionamentos despertados pelo espanto, eclode um poema. Entende agora por que demoro 10, 12 anos para lançar um novo livro de poesia? Porque preciso do espanto. Não determino o instante de escrever: hoje vou sentar e redigir um poema. A poesia está além de minha vontade. Por isso, quando me indagam se sou Ferreira Gullar, respondo: às vezes.

Ferreira Gullar. Bravo, mar./2009 (com adaptações).

211.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Assinale a opção correta a respeito do texto.

A Pelo desenvolvimento do texto, depreende-se que, segundo Ferreira Gullar, o poema tem origem no desconhe-cido.

B Infere-se do texto que um atrito de ossos como o descrito nas linhas de 3 a 7 já havia causado espanto a Ferreira Gullar antes.

C Infere-se do texto que, para Ferreira Gullar, aquilo que, usualmente, é denominado espiritual se reduz ao plano material.

D Segundo o texto, Ferreira Gullar só experimenta o espanto poético a cada 10 ou 12 anos.

E Está explícito no texto que Ferreira Gullar é um nome fictício.

Com relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto, marque certo ou errado.

212.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) .A No trecho “Mal me ergui para atendê-lo,” (LINHA 2), o autor in-forma que se ergueu incorretamente.

“. Mal me ergui para atendê-lo, o fêmur de uma das minhas pernas roçou o osso da bacia. Algo do tipo já acon-tecera antes? Com certeza.”

213.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) .C De acordo com o texto, são afirmativas as respostas para todas as perguntas contidas em “Quer dizer que sou osso? (...). Eu sou osso? Osso pergunta? A parte que em mim pergunta é igualmente osso?” (LINHA 5-6)

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“Quer dizer que sou osso? — refleti, surpreso. Eu sou osso? Osso pergunta? A parte que em mim pergunta é igualmente osso?”

214.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) . Assinale a opção que apresenta um título que melhor resume o tópico desenvolvido no texto.

A Como extrair do cotidiano um episódio surpreendenteB O óbvio nunca é óbvioC O indivíduo são indivíduosD Poesia não é inspiraçãoE A poesia surge do espanto ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alguns só conseguem enxergar o lado feio do mundo. E, como só notícias ruins dão manchete, deleitam-se em ver confirmados seus piores enredos. Mas, no que se pode medir ou confirmar, a história é outra. O mundo hoje está pior? Vamos compará-lo com o de um século atrás. Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das democracias foi extraordinário. Entre elas já não há guerras. Nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial. Antes da Revolução Industrial, um operário só possuía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos de sua casa. Educação, cultura e lazer chegaram também aos pobres. Acabou-se a fome causada por calamidades naturais, como a que matou metade da população da Irlanda, no século XIX. Luis XIV não tinha a variedade nem a quan-tidade do cardápio de um reles membro da classe média hoje. Os pessimistas que fiquem com seus resmungos, pois os avanços em praticamente todas as direções estão bem medidos. Os fatos não lhes dão razão. Porém não podemos festejar a situação presente, pois para o progresso fu-turo precisamos ser 19 obstinadamente inconformistas.

Claudio de Moura Castro. Vamos de mal a pior?In: Veja, 18/2/2009 (com adaptações).

215. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). De acordo com a argumentação do texto, estão certos os que defendem que o “mundo hoje está pior” (LINHA 3), pois o “progresso futuro” (LINHA 12) depende deles.

“...O mundo hoje está pior? Vamos compará-lo com o de um século atrás. Jamais houve tanta liberdade e o cresci-mento das democracias foi extraordinário. Entre elas já não há guerras. Nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial. Antes da Revolução Industrial, um operário só possuía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos de sua casa. Educação, cultura e lazer chegaram também aos pobres. Acabou-se a fome causada por calamidades naturais, como a que matou metade da população da Irlanda, no século XIX. Luis XIV não tinha a variedade nem a quantidade do cardápio de um reles membro da classe média hoje. Os pessimistas que fiquem com seus resmungos, pois os avanços em praticamente todas as direções estão bem medidos. Os fatos não lhes dão razão. Porém não podemos festejar a situação presente, pois para o progresso fu-turo precisamos ser 19 obstinadamente inconformistas.”-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A arte da comunicação interpessoal

Além das palavras, existe um mundo infinito de nuanças e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, mediante os quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir de cenho, um levantar de sobrancelhas podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada por meio das palavras. Tenho observado algumas curiosidades que creio interessantes para que cada um possa refletir e tirar algum proveito.Uma dessas constatações é que os problemas são relativamente simples e de fácil solução até para pessoas que se dizem com grandes problemas de comunicação. Uma pessoa pode ter boa cultura, ser extrovertida e desinibida,

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saber usar bem as mãos, possuir um rico vocabulário e dominar uma boa fluência verbal, mas se falar de forma linear, com voz monótona, irá provocar desinteresse e sonolência nos ouvintes e, conseqüentemente, a comuni-cação ficará limitada.O somatório desses pequenos problemas impede que uma pessoa se comunique com fluidez e naturalidade. É o princípio de “A união faz a força”, ou seja, o conjunto dessas dificuldades neutraliza o efeito que a comunicação poderia provocar, impedindo a pessoa de mostrar o seu potencial e a sua competência, gerando frustrações na vida pessoal e profissional.

Internet: <www.gestaoerh.com.br> (com adaptações).Com referência ao texto acima, julgue os itens de 1 a 5.

216. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) O primeiro período do texto faz saber que há uma variedade de sutilezas das quais se originam impulsos que levam à comunicabilidade.

“Além das palavras, existe um mundo infinito de nuanças e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, mediante os quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir de cenho, um levantar de sobrancelhas podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada por meio das palavras. Tenho observado algumas curiosidades que creio interessantes para que cada um possa refletir e tirar algum proveito.“

217. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) No terceiro parágrafo, o autor apresenta alguns dos pequenos prob-lemas que, quando reunidos, dificultam a força comunicacional. São eles: boa cultura, desinibição, habilidade gestual, vocabulário rico e fluência verbal.

“O somatório desses pequenos problemas impede que uma pessoa se comunique com fluidez e naturalidade. É o princípio de “A união faz a força”, ou seja, o conjunto dessas dificuldades neutraliza o efeito que a comunicação poderia provocar, impedindo a pessoa de mostrar o seu potencial e a sua competência, gerando frustrações na vida pessoal e profissional.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Texto para as questões de 218 a 219

As harpas da manhã vibram suaves e róseas.O poeta abre seu arquivo — o mundo —E vai retirando dele alegria e sofrimentoPara que todas as coisas passando pelo seu coraçãoSejam reajustadas na unidade.É preciso reunir o dia e a noite,Sentar-se à mesa da terra com o homem divino e o criminoso,É preciso desdobrar a poesia em planos múltiplosE casar a branca flauta da ternura aos vermelhos clarins do sangue.

Murilo Mendes. Ofício humano. In: Poesia completa e prosa.

218. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) De acordo com o poema, de modo geral, a finalidade do ofício do poeta consiste em

A retirar a alegria do sofrimento.

B reajustar todas as coisas na unidade do ser.

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C reunir o dia e a noite.

D sentar-se à mesa da terra com o homem divino e o criminoso.

219. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) De acordo com o poema, dos versos: “É preciso reunir o dia e a noite,/Sentar-se à mesa da terra com o homem divino e o criminoso,” depreende-se que é preciso

A contar os dias no calendário.

B saber conviver com os opostos.

C procurar parcerias de vida.

D nutrir-se junto com homens bons e outros ruins.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Cult — O que significa exatamente “capitalismo do desastre”?

Naomi Klein — Veja o que aconteceu após o furacão Katrina, exemplo clássico do capitalismo do desastre. Não considero o Katrina um desastre “natural” porque envolveu uma clara omissão do Estado — no sentido de que as barragens estavam deterioradas. Imediatamente depois do ocorrido, um político republicano, Richard Baker, disse “não pudemos limpar os projetos de conjuntos habitacionais, mas Deus fez isso por nós”. Isso é o capitalismo do desastre! É uma ideia muito velha, que já existia na mentalidade colonial. Na América do Norte, os colonos que ocuparam a Nova Inglaterra tinham uma teoria religiosa sobre a varíola, pois a causa principal de mortalidade dos índios era a doença. Nos diários da época, falava-se da moléstia como uma dádiva de Deus. De diversas maneiras, estavam usando a mesma formulação que o político republicano. Quando a varíola acabou com diversas comuni-dades dos iroquois e a terra deles foi invadida pelos colonos, Deus foi invocado, e o desastre foi visto como um ato divino. Então, sim, isso não é novidade. Mas, o que há de novo aqui, e que vimos em Nova Orleans, é que não apenas o desastre foi utilizado para a privatização do sistema educacional e habitacional, mas a resposta ao próprio desastre foi vista como oportunidade de mercado. E essa é realmente a última fronteira para o neoliberal-ismo. Todas as partes do estado foram privatizadas: estradas, eletricidade, telefone, água. Haviam sobrado apenas as funções fundamentais: os militares, a polícia, os bombeiros. Mas agora estamos assistindo ao surgimento de um complexo do capitalismo do desastre: negócios que dependem diretamente desse conjunto de crises e desastres.

Naomi Klein. Resistindo ao choque. In: Cult – Revista Brasileira deCultura. São Paulo: Bregantini, n./125, jun./2008, p. 10 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e às estruturas do texto acima, que é parte de uma entrevista de Naomi Klein à revista Cult, julgue os itens a seguir.

220.(T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A entrevistada considera o furacão Katrina um exemplo clássico do capitalismo do desastre, porque sua ocorrência está relacionada à omissão do Estado.

221.(T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) Para a entrevistada, o capitalismo do desastre promove, além da privatização de bens públicos, a criação de um mercado que se alimenta dos desastres e das crises do próprio sistema.

222.(T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O trecho “Veja o que aconteceu” (LINHA 3) é exemplo

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de um dos elementos característicos de entrevistas: o recurso de o interlocutor dirigir a mensagem diretamente ao seu receptor.

“Naomi Klein — Veja o que aconteceu após o furacão Katrina, exemplo clássico do capitalismo do desastre. Não considero o Katrina um desastre “natural” porque envolveu uma clara omissão do Estado — no sentido de que as barragens estavam deterioradas.”223.(T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A grafia diferenciada de “Estado” (LINHA 3) e “estado” (LINHA 15) indica a diferença de sentido entre as palavras no texto, as quais remetem, respectivamente, ao ente que governa e à concreta unidade da federação: Nova Orleans.

“Não considero o Katrina um desastre “natural” porque envolveu uma clara omissão do Estado — no sentido de que as barragens estavam deterioradas.”“Todas as partes do estado foram privatizadas: estradas, eletricidade, telefone, água.”

224.(T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) Segundo a entrevistada, a fala do político republicano — trecho entre aspas nas linhas de 5 a 6 — e o discurso dos diários da colonização norte-americana, em nome de interesses econômicos, naturalizam e justificam desastres como o furacão e a dizimação da população provocada pela varíola, ao considerá-los obras divinas.

“Imediatamente depois do ocorrido, um político republicano, Richard Baker, disse “não pudemos limpar os pro-jetos de conjuntos habitacionais, mas Deus fez isso por nós”.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

No novo mundo e em especial no Brasil, onde a escravidão foi particularmente cruenta e predatória, o senhor podia tomar qualquer decisão quanto à vida de seu escravo, conforme seu arbítrio. Se considerasse que um escravo o ameaçava, podia mandar cortar seus pés, cegá-lo, supliciá-lo com chibatadas ou matá-lo. A relação senhor/escravo não era um pacto: o senhor não estava obrigado a preservar a vida de seu escravo individual; muito ao contrário, sua liberdade de tirar a vida daquele que coisificara definia sua posição de 10 senhor, tanto mais quanto o fluxo de escravos no mercado lhe permitia repor o plantel sem maiores restrições. A escravidão longeva acabou por abstrair o rosto do escravo, despersonalizando-o e coisificando-o de maneira reiterada e permanente. Ao final, restava apenas a sua cor, definitivamente associada ao trabalho pesado e degradante. A imagem do trab-alho e do trabalhador consolidada ao longo da escravidão fez-se, portanto, da sobreposição de hierarquias sociais de cor, de status social associado à propriedade e de dominação material e simbólica, em uma mescla de sentidos que convergiram para a percepção do trabalho manual como algo degradado. Dizendo-o de modo mais enfático, a ética do trabalho oriunda da escravidão foi uma ética de desvalorização do trabalho, e seu resgate do ressaibo da impureza e da degradação levaria ainda muitas décadas. Esse quadro de inércia estrutural configurou o ambiente em que se teceu a sociabilidade capitalista no país. Adalberto Cardoso. Escravidão e sociabilidade capitalista:um ensaio sobre inércia social. In: Novos estudos – CEBRAP.São Paulo: UNESP, n./80, mar./ 2008, p. 25 (com adaptações).

Acerca dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se seguem.

225. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) De acordo com o texto, a dominação imposta pela es-cravidão foi simbólica, pois, desvinculada das condições materiais da produção escravista, atribuiu um sentido degradante ao trabalho escravo.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Samba do avião

Samba do aviãoMinha alma cantaVejo o Rio de JaneiroEstou morrendo de saudadeRio, teu mar, praias sem fimRio, você foi feito pra mimCristo RedentorBraços abertos sobre a GuanabaraEste samba é só porque,Rio, eu gosto de vocêA morena vai sambarSeu corpo todo balançarRio de sol, de céu, de marDentro de mais um minuto estaremos no GaleãoRio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroCristo RedentorBraços abertos sobre a GuanabaraEste samba é só porque,Rio, eu gosto de vocêA morena vai sambarSeu corpo todo balançarAperte o cinto, vamos chegarÁgua brilhando, olha a pista chegandoE vamos nósAterrar.

Antônio Carlos Jobim. Samba do avião. Internet: <www.jobim.com.br>.

Julgue os itens a seguir, acerca dos sentidos e da estrutura do texto acima.

226.(ANAC/PILOTO/19/07/2009) O texto alude a momentos que fazem parte do processo de aterrissagem de uma aeronave.

227.(ANAC/PILOTO/19/07/2009) A visão panorâmica da cidade do Rio de Janeiro é construída pela referência a elementos que representam essa cidade: o mar, as praias, o Cristo Redentor e a Guanabara.

228.(ANAC/PILOTO/19/07/2009) A visão do Rio de Janeiro apresentada no texto é objetiva e marcada por es-tereótipos, visto que o Samba do avião foi composto para promover a visita de turistas à famosa cidade turística.

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Compreensão de Texto1 C 47 E 93 E 139 E 185 D2 C 48 E 94 C 140 C 186 B3 A 49 C 95 C 141 E 187 C4 D 50 E 96 C 142 E 188 E5 D 51 E 97 E 143 E 189 C6 C 52 C 98 E 144 E 190 C7 C 53 E 99 E 145 E 191 C8 E 54 C 100 E 146 E 192 C9 C 55 E 101 E 147 E 193 E10 C 56 C 102 E 148 E 194 E11 E 57 E 103 E 149 C 195 C12 E 58 E 104 B 150 C 196 C13 E 59 C 105 E 151 C 197 E14 C 60 E 106 E 152 E 198 E15 E 61 C 107 E 153 C 199 E16 C 62 C 108 C 154 E 200 E17 C 63 E 109 C 155 E 201 E18 E 64 C 110 C 156 E 202 E19 E 65 C 111 C 157 C 203 E20 E 66 C 112 E 158 E 204 C21 C 67 C 113 E 159 E 205 E22 E 68 C 114 C 160 C 206 ????23 E 69 E 115 C 161 E 207 ?????24 E 70 E 116 E 162 E 208 ?????25 C 71 E 117 C 163 E 209 ?????26 E 72 C 118 E 164 E 210 ?????27 E 73 C 119 E 165 B 211 A28 C 74 E 120 E 166 D 212 E29 C 75 C 121 C 167 C 213 E30 C 76 C 122 E 168 C 214 E31 E 77 E 123 C 169 D 215 E32 E 78 C 124 C 170 D 216 C33 C 79 E 125 C 171 C 217 E34 E 80 E 126 C 172 B 218 D35 C 81 C 127 E 173 B 219 ?????36 C 82 C 128 E 174 D 220 E37 E 83 C 129 E 175 C 221 C38 E 84 C 130 C 176 D 222 C39 C 85 C 131 XXXX 177 B 223 E40 C 86 C 132 C 178 C 224 C41 E 87 C 133 C 179 B 225 E42 E 88 E 134 B 180 A 226 C43 E 89 E 135 C 181 C 227 C44 E 90 E 136 A 182 E 228 E45 C 91 C 137 E 183 A 46 C 92 E 138 E 184 B Gabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

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Paráfrase

1. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Preservam-se a correção gramatical e a coerência do argumento se, do período iniciado por “Este, com o tempo” (linha 2) forem retirados os termos “não” e “mas”, ambos na linha 2.

“Nossa personalidade civil já se exprime com maior precisão mediante nossas coordenadas de nascimento do que mediante nosso sobrenome. Este, com o tempo, poderia muito bem não desaparecer, mas ficar reservado à vida particular, enquanto um número de identidade, em que a data de nascimento seria um dos elementos, o substituiria para uso civil.”

Assinale certo ou errado, considerando-se a organização e a coerência textual, as estruturas linguísticas se cor-respondem.

2. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “são construídos nas relações entre os homens” (linha 3) – constroem-se nas relações entre os homens

“. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do ambiente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens.”

3. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “O surgimento da atividade verbal e da língua” (linha 4) – Ao surgirem a atividade verbal e a língua

“são construídos nas relações entre os homens. Os sistemas simbólicos e, particularmente, a língua exercem um papel fundamental na comunicação entre os sujeitos e no estabelecimento de significados compartilhados que per-mitem interpretações dos objetos, eventos e situações do mundo real. O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da mediação simbólica na constituição do psiquismo humano.”

4. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “o biológico se transforma no histórico” (linha 2) – o biológico transforma o histórico

“O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da me-diação simbólica na constituição do psiquismo humano.”

5. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “em que emerge a centralidade” (linhas 2-3) – na qual emerge a centralidade

“O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da me-diação simbólica na constituição do psiquismo humano.”

6. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “pela ação transformadora do homem sobre a natureza” (linha 4) – o homem transforma pela ação sobre a natureza.

“O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da me-

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diação simbólica na constituição do psiquismo humano. É o trabalho que, pela ação transformadora do homem sobre a natureza, une homem e natureza e cria a cultura e a história humanas.”

7. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) A frase ‘Talento só não basta’ (linha 1) equivale, em termos de significado, a Só talento não é suficiente.

““ Talento só não basta”, disse Phelps na entrevista coletiva após a sexta medalha de ouro. “Muito trabalho,muita dedicação, é uma combinação de tudo...”

8. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Escrito na ortografia oficial de hoje, o trecho de Vieira, citado por Sérgio Buarque, teria a seguinte redação: porque o semear é uma arte que tem mais de natureza que de arte; caia onde cair.

“No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir.” Pensamento cujas raízes parecem mergulhar no velho naturalismo português.”

9. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos se o trecho “Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade” (linha 8) fosse substituído por Eu sabia agora que meu sonho de consumo era a liberdade.

“Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O ser humano se caracteriza, na verdade, por uma es-tupidez.”

10. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Seriam respeitadas as relações de textualidade e as regras gramaticais se as palavras de Pascal, ‘considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes’ (linha 1), fossem assim enunciadas: considero impossível ao todo conhecer se não conheço as partes.

“Nessas condições — agrega Pascal — considero impossível conhecer o todo se não conheço as partes”. Esta é a primeira complexidade: nada está isolado no Universo e tudo está em relação.”

Com base no texto, no tocante a suas ideias e estruturas linguísticas, assinale CERTO ou ERRADO.

11. ( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) O trecho “não podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente são” (linha 1-2) admite, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: não podemos ver as pessoas a que amamos como elas realmente são.

“A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror — não podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente são, impunemente.”

12. ( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) O trecho “Como podia eu estar ficando igual a meu pai” (linha 22-23) admite, sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a seguinte reescrita: Como podia eu estar ficando igual ao meu pai.

“Pela primeira vez eu vira o pungente rosto dele, naquele espelho, o rosto dele que era o meu. Como podia eu estar ficando igual a meu pai, aquele, o doente?”

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De acordo com o texto, marque CERTO ou Errado.

13. ( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) O trecho “Esse horror não pode ser aplacado pela socia-bilidade do mercado” (linha 1) admite, sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a seguinte reescrita: A sociabilidade do mercado não pode aplacar esse horror.

“Esse horror não pode ser aplacado pela sociabilidade do mercado que transforma o outro em inimigo-competi-dor.”

14. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) O trecho “o que era meter à prova as aptidões políticas da jovem sociedade” (linhas 2-3 ) pode ser reescrito, mantendo-se a correção e a coerência do texto, da seguinte forma: o de pôr à prova as habilidades políticas da jovem sociedade.“Obsoleto, sem nenhuma analogia, em suas feições gerais, com qualquer outro governo vivo, cabia-lhe ainda a vantagem de um mecanismo complicado, o que era meter à prova as aptidões políticas da jovem sociedade.”

Acerca das idéias do texto acima e de suas estruturas lingüísticas, julgue os itens.

15. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) A retirada da expressão “ter começado a” (linha1) preser-varia a correção gramatical e a coerência da argumentação do texto, mas a idéia de que o processo de mudança se estende do passado ao presente seria perdida.

Tudo parece ter começado a mudar nos últimos anos e as revisões profundas por que estão passando os discursos e as práticas identitárias deixam no ar a dúvida sobre se a concepção hegemônica da modernidade se equivocou na identificação das tendências dos processos sociais, ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou, ainda, sobre se se está perante uma inversão de tendências ou, antes, perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas sem que seja possível identificar os vetores mais potentes.”

Assinale a opção em que a reescritura do período final está de acordo com a norma culta da língua portuguesa e mantém-se coerente com o restante do texto.

16. (T.J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). O oferecimento de dados e análises da história da educação superior no Brasil, por exemplo, é importante para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.

17 (T.J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)Oferecer por exemplo, dados e análises da história da educação superior no Brasil é importante para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.

18(T.J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Oferecer dados e as análises da história da educa-ção superior no Brasil, por exemplo, é importante, para equacionar os conflitos o qual a universidade vive hoje.

19(T.J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) O oferecimento de: dados e análises da história da educação superior no Brasil, por exemplo são importantes para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.

20(T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)Oferecer por exemplo dados e análises, da história da educação superior no Brasil é importante para equacionar, hoje, os conflitos que a universidade vive.

21. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) O trecho “congrega esforços para promover e realizar seminários” (linha 3) tem seu sentido preservado na seguinte construção sintática: reúne iniciativas para a pro-

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moção e a realização de eventos.

“O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área.”

22. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008)As passagens “o aperfeiçoamento técnico” (linha 4) e “a reciclagem” (linha 6) podem ser substituídas, respectivamente, no contexto, por à qualificação técnica e ao aprimoramento.

“O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área.”

Assinale a opção correspondente à proposta de substituição para o texto que provoca erro ou incoerência textual.

23. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2009) Acabarem os monopólios de interpretação em lugar de “O fim dos monopólios de interpretação” (linha 1)

“O fim dos monopólios de interpretação é um bem absoluto da humanidade. “

24. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2009) deixar de em lugar de “senão” (linha 1)

“... ciência moderna não podia senão ignorar: a renúncia à interpretação, paradigmaticamente patente no utopismo automático da tecnologia e também na ideologia e na prática consumistas. “

25. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2009) Assinale a opção correspondente ao desdobramento para a frase “Nada mais.” (linha 3) que está gramaticalmente correto e coerente para o desenvolvimento da argumentação do texto.

“Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular, ocorrida no trabalho de interpretação. Nada mais.”

A Nada mais nos inquietava.B Nada mais tínhamos para interpretar.C Nada mais pensávamos compreendermos.D Nada mais havia em um trabalho de interpretação.

26. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Considerando o sentido da expressão “como uma vara” (linha 3) no texto, o segmento presente nas linhas 2 e 3 pode ser corretamente reescrito dessas duas maneiras: 1) comparando o comprimento de um objeto, que consideravam padrão — poderia ser uma vara —, com o com-primento; 2) comparando o comprimento de um objeto, que consideravam padrão (uma vara, por exemplo), com o comprimento.

“Os povos antigos mediam o comprimento — as medidas lineares surgiram antes do aparecimento das de peso

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e capacidade — comparando o comprimento de um objeto, que consideravam padrão, como uma vara, com o comprimento do objeto que queriam medir.”

Com relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

27. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Constitui reescritura gramaticalmente correta do último parágrafo: A diversidade dos diferentes métodos de medida trouxe às sociedades primitivas, ao tornarem-se mais sofisticadas, a necessidade de normalizar os seus sistemas de pesos e medidas.

“A diversidade dos diferentes métodos de medida levou as sociedades primitivas, ao tornarem-se mais sofistica-das, à necessidade de normalizar os seus sistemas de pesos e medidas.”

Julgue os itens que se seguem, a respeito da organização das ideias e estruturas linguísticas do texto acima.

28. (MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Preservam-se as relações de coerência entre os argumentos, bem como sua correção gramatical, ao se explicitar um conectivo — como, por exemplo, Apesar de — para a última oração do texto, fazendo-se o devido ajuste na letra inicial maiúscula dessa oração.

“De tão habituados a viver em relação com os demais, poucas vezes percebemos ou constatamos sua importância ou sua influência em nossos comportamentos ou em nossas decisões. A vida humana é grupal.”

29. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Assinale a opção em que a reescritura proposta mantém o sentido e a correção gramatical do período “A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um dis-creto silêncio” (linha 1).

“A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio. Até que alguém pede a sua opinião e ele pensa muito antes de se decidir a responder:”

A Embora a conversa é sobre política e os boatos cruzam os ares, ele mantém um discreto silêncio.B A conversa é sobre política e os boatos cruzam os ares, apesar de ele manter um discreto silêncio.C A conversa é sobre política mas ele mantém um discreto silêncio, embora os boatos cruzam os ares.D A conversa é sobre política e, embora ele mantenha um discreto silêncio, os boatos cruzam os ares.E Apesar de a conversa ser sobre política e de os boatos cruzarem os ares, ele mantém um discreto silêncio.

30. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) . O sentido geral do texto estaria preservado se, em lugar de “um dia, estava vendo televisão e o telefone tocou” (linhas 1-2), estivesse

“O poema nasce do espanto, e o espanto decorre do incompreensível. Vou contar uma história: um dia, estava vendo televisão e o telefone tocou. Mal me ergui para atendê-lo, o fêmur de uma das minhas pernas roçou o osso da bacia. Algo do tipo já acontecera antes? Com certeza.”

A certo dia, enquanto o telefone tocava, eu via televisão.B um dia, quando o telefone tocava, eu via televisão.C um dia, quando eu estava vendo televisão, o telefone tocou.D um dia, o telefone tocou e eu vi televisão.E eu estava vendo televisão; certo dia, o telefone tocou.

Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas linguísticas e da organização das ideias do texto acima.

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31. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Serão preservadas a coerência e a correção do texto, se os termos da primeira oração forem reescritos em posição diferente daquela em que ocorrem no texto, da seguinte forma: Tem consequências muito sérias o fato de existir a necessidade de viver em sociedade.

“O fato de existir a necessidade de viver em sociedade tem consequências muito sérias. Uma delas é que os prob-lemas de cada pessoa devem ser resolvidos sem que sejam esquecidos os interesses dos demais integrantes da mesma sociedade.”

32. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009)Preservam-se a correção gramatical e a coerência das idé-ias que se desenvolvem a partir da definição de “sinergia” (linha 1) ao se acrescentar o seguinte trecho ao final do texto: Já sob baixa sinergia, as ações entre os membros do grupo tendem a acirrar conflitos e discórdias.

“O termo sinergia foi usado originalmente por Ruth Benedict para se referir ao grau de cooperação e de harmonia interpessoal em uma sociedade. Sinergia significa ação combinada ou cooperação.”

33.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) Sem que haja prejuízo para a correção gramatical e para a informação original do texto, o último período do seu segundo parágrafo pode ser reescrito da seguinte forma: A população sente as alterações ambientais, as quais são causadas por atividades urbanas tais como: aumento da temperatura nas áreas do centro, a elevação da precipitação e as enchentes.

”Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de casas, indús-trias, vias marginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos”

Julgue os itens subsequentes, relativos às estruturas linguísticas do texto.

34. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O período que inicia na linha 1 e termina na linha 2 poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte maneira: Responsáveis por 8% dos livros publicados no país as editoras univer-sitárias; pertence o restante à editoras privadas.

“As editoras universitárias são responsáveis por 8% dos livros publicados no país; o restante pertence às editoras privadas.”

35. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A coordenação de elementos estruturais presentes no período contido nas linhas de 1 a 3 ficaria prejudicada com a seguinte reescritura: As editoras universitárias têm nos convênios com as próprias instituições de ensino sua principal fonte de renda e os recursos gerados através da venda de livros.

“As editoras universitárias têm como principal fonte de renda os convênios com as próprias instituições de ensino e os recursos gerados através da venda de livros. Em geral, são empresas sem fins lucrativos.”

36. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O período “cujo conselho é composto por professores da universidade, que decidem qual livro será publicado ou não” (linhas 1-3) poderia ser reescrito, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original, da seguinte maneira: cujo conselho, composto por professores da universidade, decide qual livro será publicado ou não.

“Assim ocorre na Fundação Editora da Unesp, cujo conselho é composto por professores da universidade, que decidem qual livro será publicado ou não.”

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Os itens a seguir apresentam, cada um, reescritura de períodos do texto indicados nas linhas entre parênteses. Julgue-os quanto à coerência entre as ideias e à preservação das informações originais do texto.

37. (FUB/REVISOR/02/08/2009) No caso de software sem código de barras, o sistema ISBN também serve para identificar as barreiras linguísticas, convertendo-as em facilidades para a circulação e comercialização (linha 1-2).

“Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a sua circulação e comercialização.” 38. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A agência que controla o sistema ISBN é a Agência Internacional do ISBN. É ela que orienta, coordena e delega poderes às agências nacionais designadas em cada país (linhas 1-2).

“O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que orienta, coordena e delega poderes às agências nacionais designadas em cada país.”

39. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A identificação, que é fixada apenas uma vez só, se aplica a uma determinada obra e edição, que jamais se repete em outra (linhas 1-2).

”Uma vez fixada a identificação, ela só se aplica àquela obra e edição, não se repetindo jamais em outra.”

40. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Em revisão textual que busque evitar a prolixidade e manter as qualidades de coesão e concisão, além de respeitar a correção gramatical do texto, podem ser evitadas algumas ocorrências de “que”, no trecho entre as linhas 1 e 3, escrevendo-se: construção linguística feita a partir dela. A objetividade, portanto, não existe, apenas seu efeito, criado por meio de mecanismos linguísticos que dão outros ecos.

“...mas a construção linguística que se faz a partir dela. A objetividade, portanto, não existe, apenas seu efeito, que é criado por meio de mecanismos linguísticos que dão outros ecos e valores significativos à mensagem.”

Marque certo ou errado para as opção em que a reescritura da passagem do texto, situada nas linhas mencionadas, altera as relações semânticas e provoca incoerência textual.

41. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - “ ‘Bebe tu (...) São Bento” ( linha 1): A frase “bebe tu do teu próprio veneno” finaliza a oração de São Bento

““Bebe tu do teu próprio veneno.” A frase finaliza a oração de São Bento contra os demônios, mas também pode ser aplicada, sem prejuízo, como remédio para tratarmos um tema polêmico: nosso teor de maldade.”

42. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) “mas também (...) um tema” ( linha 2): mas também pode, sem prejuízo, ser aplicada como remédio para tratarmos um tema.

““Bebe tu do teu próprio veneno.” A frase finaliza a oração de São Bento contra os demônios, mas também pode ser aplicada, sem prejuízo, como remédio para tratarmos um tema polêmico: nosso teor de maldade. “

43. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) “Assim como (...) uma posição” (linha 1 e 3): O mal coloca o homem, assim como a injustiça, em uma posição.

“Assim como a injustiça, o mal coloca o homem em uma posição passiva, ou seja, enxergamo-nos facilmente como vítimas, e apenas raras vezes nos colocamos no papel de autor de uma ação negativa.”

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44. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) “O psiquiatra (...) a sombra” (linhas 1-2): Pai da psi-cologia analítica, o psiquiatra suíço Carl Jung definiu a sombra.

“O psiquiatra suíço Carl Jung, pai da psicologia analítica, definiu a sombra como um elemento básico da estrutura da mente.”

45. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) “a agressividade (...) em força” (linha 2): a agressivi-dade natural, a depender da forma como é aplicada, pode-se transformar em força.

“A sombra seria a casa do instinto que, quando bem aplicado, nos encoraja para desafios. Nessa linha de pensam-ento, a agressividade natural pode-se transformar em força ou violência, a depender da forma como é aplicada.”

Gabarito de Paráfrase1 E 11 E 21 C 31 C 41 E2 C 12 C 22 C 32 C 42 E3 E 13 C 23 E 33 C 43 C4 E 14 C 24 C 34 C 44 E5 E 15 C 25 A 35 C 45 E6 E 16 C 26 C 36 C 7 C 17 E 27 C 37 E 8 C 18 E 28 E 38 C 9 C 19 E 29 E 39 E 10 C 20 E 30 C 40 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Semântica(Sinônimos, Antônimos, Homônimos, Parônimos e Polissemia)

Julgue os itens de quanto ao emprego da norma escrita formal em comunicações oficiais.1. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Estão corretamente empregados os homônimos destaca-dos em negrito no seguinte período: A administração de um medicamento raramente prescrito no Brasil acabou de ser proscrita nos EUA.

Assinale certo ou errado na opção em que as palavras grifadas mantêm, entre si, a relação semântica indicada entre parênteses.2.(T. J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Todos os réus foram julgados sem discriminação. Nos processos não houve ato algum de descriminação. (paronímia)

3. (T. J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A lei caracteriza algumas ações e as define como crimes. Esses delitos são classificados de acordo com o tipo de bem que atingem, material ou imaterial. (hiper-onímia/hiponímia)

4.(T. J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) O crime já foi definido como toda conduta humana que infringisse a lei penal. Nesse sentido, o indivíduo que transgredisse essa lei deveria ser punido. (homonímia)

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5. (T. J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A dissidência nem sempre impossibilita a concil-iação. (sinonímia) 6. (T. J. RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A delação constrangeu os jurados, o que motivou a dilação do julgamento pelo juiz. (antonímia)

Assinale certo ou errado a respeito da função textual das estruturas linguísticas do texto.7. (T. R. E. -GO/ANALISTA ADM./01/02/2008)O desenvolvimento das ideias do texto mostra que a expressão “gnosiologia” (L.1) deve ser interpretada como sinônimo de ‘critério de verdade’ (L.1).“A formulação do problema do “critério de verdade” ocupou os adeptos da gnosiologia, aqueles que se dedicavam ao estudo das relações do pensamento, e de seu enunciado, sua forma de tradução na comunicação humana com o objeto ou fato real, em que se buscava uma relação de correspondência.”

8. (T. R. T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)Assinale a opção em que a preposição em apresenta a mesma interpretação que recebe no verso 11: “Traz na palma da mão”.A Arrumei os livros na estante da sala. B De vez em quando, vamos juntos ao cinema.C A notícia correu de boca em boca.D A cidade entrou em festa.E Cremos na vitória da democracia.

9. (MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Como, no texto, a significação da forma verbal “aper-cebemos” (linha 1) é semelhante à do verbo perceber, sua substituição por percebemos preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. Marque certo ou errado. “Do mesmo modo, quase nunca nos apercebemos que vivemos em contato direto com os grupos e as instituições.”

10. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Na linha 1, o verbo implementar, na forma verbal “implementaram”, está sendo usado no sentido de“É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la.” A suprir de implementos.B solucionar.C demarcar.D distribuir estruturas em determinada área.E desenvolver ou produzir.

Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, assinale certo ou errado.11. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) O trecho “adotar tal política” (linha 4)tem, no texto, o sentido de “destruir a vida no planeta” (linha 3). “Pode-se analisar a situação criada no filme sob a ótica da Teoria dos Jogos: uma bomba nuclear é lançada pelo país A ao país B. A política de B consiste em revidar qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o país seja atacado. O raciocínio que leva B a adotar tal política é bastante simples: até o país mais fraco do mundo está seguro se criar uma máquina de destruição do mundo, ou seja, ao ter sua sobrevivência seriamente ameaçada, o país destrói o mundo inteiro (ou, em seu modo menos drástico, apenas os invasores).”

Com base no texto, julgue os item a seguir.

12 . (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) No texto, o sentido de “Francamente, não” (linha 4) é o mesmo de Não

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entendo de maneira franca.— Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papéis topmarket — ou o que nós chamamos de topi-marque —, o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release, entende?— Francamente, não. Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz: “É difícil conver-sar com leigos...”Com base no texto, julgue os item abaixo.

13. (P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Segundo o que defende o “Falso que interpreta” (linha 1), se o uso de gordura animal nos países do Mercado Comum Europeu diminui, o socialismo avança na Europa.

“E há o Falso que interpreta. Para ele, tudo o que acontece deve ser posto na perspectiva de vastas transformações históricas que só ele está sacando.— O avanço do socialismo na Europa ocorre em proporção direta ao declínio no uso de gordura animal nos países do Mercado Comum. Só não vê quem não quer.”

14. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Em “os problemas são relativamente simples e de fácil solução até para pessoas que se dizem com grandes problemas de comunicação” (linha 1-2), para se evitar a repetição, a se-gunda ocorrência da palavra “problemas” poderia ser substituída por dificuldades. “Uma dessas constatações é que os problemas são relativamente simples e de fácil solução até para pessoas que se dizem com grandes problemas de comunicação... O somatório desses pequenos problemas impede que uma pessoa se comunique com fluidez e naturalidade...”Com relação a aspectos gramaticais do texto, marque certa ou errada.

15. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) O termo ‘aquém’ (linha 2) é sinônimo de além. “ Um dos problemas que fazem a pessoa ganhar peso é o hipotireoidismo, quando a tireoide funciona aquém do normal, os hormônios caem, baixa o metabolismo do organismo e a pessoa tem tendência engordar.”

Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto. 16. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) O termo “mal” (linha 2) expressa uma circunstância relacionada ao comportamento de candidatos em anos anteriores. “A melhor oportunidade para modificar esse quadro é durante as eleições, quando os cidadãos podem punir os candidatos que se comportaram mal nos anos anteriores.”

17. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Considerando o fato de que há diversidade de significados entre pala-vras parônimas, assinale a opção em que os termos apresentados são sinônimos.A arrear = descer B soar = transpirarC iminente = elevadoD flagrante = evidente

Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, marque certo ou errado.18. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) A forma verbal “permeia” (linha 1) foi empregada com o sentido de ladeia. “A violência permeia as salas de aula das escolas públicas da rede do Distrito Federal.”

19. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção em que o termo sublinhado está corretamente em-pregado.A Seus ideais concertam com os nossos. B Nos feriados, aumenta o tráfico de veículos nas estradas.

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C O juiz caçou a liminar. D O mandado do governador é de quatro anos.

Com relação às estruturas linguísticas e à pontuação do texto, assinale certo ou errado.20. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) O termo “discussão” (linha 2) foi empregado na acepção de ação de discutir.“Isso quer dizer, com todas as letras, que estágio não é emprego. É o ponto de partida para qualquer discussão sobre o tema.”

Marque certo ou errado em relação às estruturas e à pontuação do texto. 21. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) O verbo provocar, utilizado no início do texto, dependendo do contexto em que é empregado, muda de sentido. “Promulgada em setembro de 2008, a nova Lei do Estágio ainda provoca dúvidas entre empresários e estudantes.”

Assinale a opção correta quanto às ideias e estruturas linguísticas do texto. 22. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) As palavras resistência, oposição e aversão são antônimos de “relutância” (linha 1).“O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas idéias causam entre um vasto contingente de pes-soas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto.”

23 . (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A significação do vocábulo “coisificara” (linha 2) remete ao processo de despersonalização do negro transformado em mercadoria pela escravidão. “A relação senhor/escravo não era um pacto: o senhor não estava obrigado a preservar a vida de seu escravo in-dividual; muito ao contrário, sua liberdade de tirar a vida daquele que coisificara definia sua posição de senhor, tanto mais quanto o fluxo de escravos no mercado lhe permitia repor o plantel sem maiores restrições.”

24. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O segmento destacado no período “No meu entender, foi um verdadeiro aborto na história da ciência, pois aqui se perdeu o que existia de melhor” (linha 2-3) poderia ser substituído, sem prejuízo do sentido geral do texto, pelo seguinte segmento: a história da ciência foi interrompida. “No meu entender, foi um verdadeiro aborto na história da ciência, pois aqui se perdeu o que existia de melhor em conhecimento científico e intelectual deste país.”

Semântica (Sinônimos, Antônimos, Homônimos, Parônimos e Polissemia)1 C 6 E 11 E 16 E 21 C2 C 7 E 12 ? 17 A 22 E3 E 8 A 13 ? 18 E 23 C4 E 9 E 14 C 19 A 24 C5 E 10 E 15 E 20 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Vocabulário

1. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A palavra “crucial” (linha 5) está sendo empregada com o sentido de árduo, difícil.

“Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da

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base econômica do país. Acreditavam, também, que a existência de meios de comunicação viria promover mu-danças estruturais na economia brasileira, ao permitir o povoamento das áreas de baixa densidade demográfica e, sobretudo, por possibilitar a descoberta e o desenvolvimento de novos recursos que jaziam ocultos no vasto e inexplorado interior da nação.”

2. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Foram empregadas com correção semântica todas as palavras sublinhadas nos seguintes períodos: Optou-se por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o país ao Es-tado de Direito. Tratar o público com distinção é obrigação de todo atendente de repartição pública. A discussão do projeto de lei tornou-se acirrada quando afloraram as distensões nas hostes oposicionistas.

3. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A palavra “lactantes” (linha 3) está sendo empregada com o sen-tido de crianças que estão em período de amamentação.“Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto n.º 5.296, que regulamenta a Lei n.º 10.048/2000 — que dispõe sobre a prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo — e a Lei n.º 10.098/2000 — que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.”

4. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) A tradução literal para e-mail, expressão citada no terceiro pará-grafo, é eletrônico meio. “Atualmente, o correio eletrônico — ou e-mail — é o meio de maior adesão utilizado pelos jovens estudantes. To-davia, como não é universal, e ainda está inacessível para muitos, esse canal ocasiona a possível perda do acesso a informações importantes.”

5. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) A palavra “inflamar” (linha 1), que significa colocar em chamas, pôr fogo, está empregada, no texto, em sentido figurado, como sinônimo de estimular, incitar. “Nancy: Há cinco anos, eu diria que seria preciso fazer uma grande mudança, inflamar as pessoas, treiná-las e desenvolver métricas claras para medir os resultados.”

6. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) A palavra “atrelada” (linha 4) está sendo empregada com o sentido de sofreada, refreada.

“Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional: o conservador do século XIX, que se estendeu até os anos 30 do século seguinte;”

7.(MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Pelos sentidos do texto, a palavra “clivagens” (linha 3) está sendo empregada com o sentido de demandas.

“Não por acaso, as instituições públicas encarregadas da gestão das políticas industrial e comercial, como o Conselho de Desenvolvimento Industrial e a CACEX, eram rigorosamente estruturadas internamente segundo clivagens setoriais e subsetoriais.

8.(MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) De acordo com a atual ortografia oficial, admite-se que o termo “het-erogeneidade” (linha 2) seja grafado como heterogenidade. “. O conhecimento e a aprendizagem sobre a escala local proporcionados pelas informações estatísticas vêm re-sponder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade estrutural no Brasil,...”

9. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) Na linha 1, o verbo vaticinar tem o sentido de predizer, prognosticar. ““Seu filho nunca vai se focar em nada”, vaticinou a professora de uma escola primária de Baltimore, nos EUA,

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à mãe do menino, Debbie Phelps.”

10. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A palavra “recônditas” (linha 2) pode, sem prejuízo para a infor-mação original do período, ser substituída por profundas. “Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas.”11. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) A palavra “sofisma” (linha 1) está sendo empregada com o sentido de verdade absoluta. “Ainda pior é a repetição desse sofisma em ambientes como o da Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para América Latina e Caribe, realizada no Itamaraty, em Brasília.”

12. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) A palavra “volatilidade” (linha 2) está sendo em-pregada com o sentido de estabilidade. “Nem mesmo o cancelamento de alguns leilões pelo Tesouro Nacional, nas semanas de maior volatilidade da crise da bolha imobiliária norte-americana, afastou a atenção dos aplicadores externos em relação aos títulos brasileiros, consolidando a impressão de que há outro padrão de observação para a economia brasileira, bem dife-rente do exercido, por exemplo, nas crises asiática e russa no final da década passada.”

13. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) A palavra “bolha” (linha 2) está sendo empregada no texto em sentido conotativo. “Nem mesmo o cancelamento de alguns leilões pelo Tesouro Nacional, nas semanas de maior volatilidade da crise da bolha imobiliária norte-americana, afastou a atenção dos aplicadores externos em relação aos títulos brasileiros, consolidando a impressão de que há outro padrão de observação para a economia brasileira, bem dife-rente do exercido, por exemplo, nas crises asiática e russa no final da década passada.”

14. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A forma verbal “embair” (linha 2) está empregada na mesma acep-ção da utilizada na seguinte oração: Nos dias de votação, partidários dos candidatos tentam astuciosamente em-bair eleitores. “É astucioso, impostor, velhaco. Com finura de comerciante velho, emprega artimanhas de mestre, complicados ardis, artifícios que são uma obra-prima de sutileza, tudo para embair os transeuntes. Mente apregoando sedutoras notícias fantásticas.”

15. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) A substituição da palavra “Sociolaboral” pela expressão do Trabalho Social manteria o sentido do vocábulo e estaria gramaticalmente correta.

POR ISSO: OS MINISTROS DE TRABALHO, no marco da CONFERÊNCIA REGIONAL DE EMPREGO convocada pela Comissão Sociolaboral do MERCOSUL.

16. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A palavra “persistem” (linha 2) tem o sentido de desistem. “A despeito da desaceleração econômica nas nações ricas, as cotações das commodities agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão. Segundo o FMI, os preços dos alimentos subiram 48% do final de 2006 ao início de 2008.”

17. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A palavra “inibiram” (linha 1) está sendo em-pregada com o sentido de estimularam. “Os elevados subsídios da Europa e dos EUA inibiram investimentos em novas plantações ou em tecnologia para tornar as terras aráveis, especialmente nos países em desenvolvimento.”

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18. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A palavra “mitigar” (linha 2) está sendo em-pregada com o sentido de atenuar, abrandar, suavizar. “Com a desregulamentação dos mercados 16 financeiros, houve uma redução nos estoques públicos voltados a mitigar desequilíbrios entre a oferta e a demanda.”

19. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Na linha 2, o sentido do texto seria mantido se o vocábulo “convicções” fosse substituído por crenças. “Eu tinha todas as outras liberdades, preso no porão — de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas.”

Com relação ao emprego das classes de palavras no texto, assinale a opção correta.

20.(SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Em “negamos tal natureza” (linha 25), a palavra “tal” foi empregada em sentido pejorativo.

21. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Assinale a opção em que se estabelece a relação correta entre a palavra e o sentido que ela expressa no texto.A “correlato” (linha 2) — sinônimo“No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que, em latim, significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos — aquele que habita na cidade.”B “concepção” (linha 1) — imaginação“ Nessa concepção, surge a democracia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade (eram excluídos os escravos, as mulheres e os artesãos).”C “destinos” (linha 2) — lugares a que se dirigem as pessoas ou coisas“Nessa concepção, surge a democracia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade (eram excluídos os escravos, as mulheres e os artesãos).”D “natureza” (linha 24 ) — universo E “endêmicas” (linha 1) — próprias de um povo ou região.

“Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e da corrupção endêmicas, é a má distribuição de renda, situação em que muitos têm pouco e poucos têm muito.”

22. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Se for suprimida a vírgula depois de “neurônios-espe-lho” (linha 1), haverá alteração no sentido e na sintaxe da oração iniciada pelo “que” (linha2).“No cérebro humano, assim como no de outros animais, existem os chamados neurônios-espelho, que são ativa-dos quando você vê uma pessoa fazendo alguma coisa.”

23. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Depreende-se da argumentação que o termo “ferramenta” (linha 3) está empregado como um outro nome para designar “blog” (linha1). “Até José Saramago abriu um blog. Até o Prêmio Nobel de Literatura. O celebrado escritor, que completou 86 anos em novembro, intensifica sua aproximação com o público. Caiu a última trincheira de resistência contra a ferramenta.”

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24. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Assinale a opção em que, de acordo com o texto abaixo, o termo grifado não se relaciona com a idéia de dano ambiental.A “A degradação dos oceanos” (linha 1)B “o grau de deterioração” (linha 5)C “extensão dos estragos” (linha 6)D “são responsáveis pela regulação” (linha 12) A degradação dos oceanos, provocada pela ação humana, alcançou níveis estarrecedores nas últimas décadas. O alerta foi publicado recentemente pela revista Science, a partir do estudo realizado por especialistas da Associação Americana para o Progresso da Ciência, chefiados pelo professor Ben Halpern, da Universidade da Califórnia. O trabalho resultou em um atlas dos oceanos, que reflete o grau de deterioração causado pelo homem naquele habitat. Para se ter uma idéia da extensão dos estragos, apenas 4% dos mares da Terra ainda estão intactos. Entre as áreas mais afetadas, estão o Mar do Norte, o litoral chinês e a Costa Leste dos Estados Uni-dos da América (EUA). Mares interiores, como o Mediterrâneo, o Vermelho e o Golfo Pérsico, também estão em perigo. A conclusão a que indiretamente pode-se chegar é que, quanto maior a presença humana junto a uma região marítima, maior é sua degradação ambiental. É importante sublinhar que três quartos do planeta são de oceanos e mares e que esses imensos reser-vatórios de água são responsáveis pela regulação da umidade atmosférica e do ciclo das chuvas, pela formação de nuvens e por abrigar mais de 250 mil espécies animais e vegetais. A degradação de um nicho ecológico tão complexo, portanto, representa risco para a própria sobrevivência da espécie humana. A pesca predatória (que re-duz cardumes a números mínimos) e os cada vez mais freqüentes acidentes ecológicos (com enormes petroleiros derramando óleo) são apontados pela Science como os maiores vilões dos sete mares. Cabe à humanidade refletir e agir em seu próprio bem. Jornal do Brasil, Editorial, 5/3/2008 (com adaptações).

25. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Assinale a opção em que a segunda palavra não corresponde ao sentido da primeira no texto. A “terapêutico” (linha 1) – curativo “Os mais recentes estudos mostram que as células-tronco possuem potencial terapêutico para o combate a doen-ças cardiovasculares, neurodegenerativas...”B “universalizante” (linha 2) – generalizante“Não por outra razão, os cientistas as classificam de pluripotentes, uma vez que podem ter emprego universali-zante.”C “inviáveis” (linha 1) – intransportáveis “No Brasil, a Lei de Biossegurança legalizou apenas a utilização de embriões inviáveis para o desenvolvimento em útero e os descartados e congelados.”D “cogitação” (linha 1) – consideração“Não está fora de cogitação a utilização de outras células estaminais, como as adultas.”

Com base no texto, assinale a opção correta.

26. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) O emprego da palavra “entalado” (linha 2) é uma das evidên-cias de que o texto está redigido em língua formal culta. “Foi divulgado um novo ranque de países segundo seu desempenho na inovação científica. Mais uma vez, o Brasil permanece entalado no que parece ser uma incapacidade crônica de converter sua produção acadêmica em invenções que gerem patentes.”

27. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) A partir do desenvolvimento das idéias do texto, conclui-se que a pa-lavra “crítico” (linha 2) está sendo empregada como crucial, perigoso. “Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa idéia da diferença é um argumento crítico.”

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28. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Depreende-se do texto que “agente” e “sujeito”, ambos na linha 1, não são sinônimos, embora possam remeter ao mesmo indivíduo. “O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz.”Com base no texto, assinale a opção correta.

29. ( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) No trecho “suscitando desejos, ambições e esperanças” (linha 2), a substituição do termo “suscitando” por reprimindo manteria o sentido original do texto. “O capitalismo pode ser definido como a coexistência entre a enorme capacidade de criar, transformar e dominar a natureza, suscitando desejos, ambições e esperanças, e as limitações intrínsecas à sua capacidade de entregar o que prometeu.”

30. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) No texto, o termo “primazia” (linha 2) está empregado com o mesmo sentido que na frase: Segundo o presidente da República, a Organização das Nações Unidas deve deter a primazia na preservação da paz e da segurança internacional.“Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo.”

Com relação ao fragmento de texto acima, assinale a opção correta.

31. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A correção gramatical do texto seria preservada caso o paralelismo de gênero e número estabelecido entre “é atormentada” (linha 1) e “acredita” (linha 2) fosse substituído por são atormentados e acreditam.“A maioria dos leitores é atormentada pela crença de que os textos significam exatamente o que dizem; acredita que a intenção comunicativa, que é inferida, está tão dada quanto a forma verbal.”Com referência às idéias e às estruturas do texto, assinale a opção correta.

32. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) A palavra “Formalidade”, no título do texto, remete aos postos de trabalho em que é efetuado registro na carteira de trabalho dos empregados. Formalidade bate recorde Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam para a criação de 554 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o que representa recorde histórico para esse período. A série de dados do CAGED tem início em 1992. Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde ante-rior), segundo informações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%. “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Para o ano de 2008 fechado, o ministro manteve a previsão de criação de 1,8 milhão de postos de trabalho com carteira as-sinada. “Vai ser novo recorde, apesar da taxa de juros”, disse ele em referência à decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central de elevar os juros de 11,25% para 11,75% ao ano. Em 2007, recorde para um ano fechado, foram criados 1,61 milhão de empregos formais.

33. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) O termo “projeção” (linha 1) pode ser substituído por estimativa sem prejuízo do sentido da frase em que está inserido. “Esta é a projeção da mais recente pesquisa de projeções macroeconômicas e expectativas de mercado, feita men-salmente pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) junto a analistas de 33 instituições.”

34. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) Se a forma verbal “consolida” (12) for substituída por retifica, haverá prejuízo para o sentido original do período em questão.

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“Para o economista chefe da FEBRABAN, Rubens Sardenberg, o resultado da nova pesquisa consolida a previsão de que o país crescerá menos em 2009, mas, mesmo assim, deverá ter desempenho superior ao de outras econo-mias.”

Com base no texto, julgue os itens abaixo.

35.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) A palavra “insólita” (linha 1) tem o sentido de normal ou comum. “E, se alguém quer mais detalhes sobre a sua insólita teoria, ele vê a pergunta como manifestação de uma hostili-dade bastante significativa a interpretações não ortodoxas, e passa a interpretar os motivos de quem o questiona, invocando a Igreja medieval, os grandes hereges da história, e vocês sabiam que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero?”

36. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) No trecho “a tia Naninha perdia a paciência com a minha obtusidade e me dava piparotes” (linha 1-2), a palavra “obtusidade” está sendo empregada com o sentido de:“As letras boiavam nos meus olhos banhados de lágrimas, pois a tia Naninha perdia a paciência com a minha obtusidade e me dava piparotes. (...) Aquele suplício era pior que o da asma. Às vezes desejava cair doente para fugir das lições.”A distração.B desatenção.C rebeldia.D estupidez.

Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, assinale a opção correta. 37. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) O substantivo “paradoxo” (linha 1) foi empregado com o sentido de antítese.“Charles Darwin é um paradoxo moderno.”

38. (FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Para a palavra “quotidianas” (linha 2), está também prevista, nos dicionários da língua portuguesa, a grafia cotidianas. “De uma sensibilidade exacerbada e doentia desde a mais tenra infância, atormentada e mortificada até a exaustão pelo infortúnio e pela miséria, a vida banal, as realidades quotidianas constituíam para mim uma fonte constante de terror.”

Vocabulário 1 E 9 C 17 E 25 C 33 C2 E 10 C 18 C 26 E 34 C3 E 11 E 19 C 27 E 35 ?4 E 12 E 20 E 28 C 36 D5 C 13 C 21 E 29 E 37 E6 E 14 C 22 C 30 C 38 C7 E 15 C 23 C 31 C 8 E 16 E 24 D 32 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Denotação e Conotação

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1. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Os termos “cegas” (linha 2), “rimam” (linha 3) e “aos ol-hos” (linha 6) foram empregados, no texto, em sentido figurado. “Mexeram em seus horários em razão dos interesses da produção, mas mantiveram-se, em sua esmagadora maio-ria, cegas e alheias à existência da vida privada de seus empregados. Parques industriais de última geração não rimam com o impressionante atraso no tratamento do que chamam de capital humano. ““Se, atualmente, em raras empresas, já é aceitável que uma mulher reivindique tempo parcial de trabalho para dedicar-se à família, sem que isso a desqualifique aos olhos do empregador, o mesmo não acontece com um homem.”Planeta Favela — novo livro de Mike DavisA imagem da metrópole no século XX é a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, mas Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pela realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI.O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em mora-dias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expan-são das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendi-das pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas consequências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximada-mente 200 mil favelas existentes no planeta.Além das estatísticas, o autor revela as histórias trágicas que os dados frios não mostram, como as crianças aban-donadas pelas famílias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas “feiticeiras”, ou a nuvem de gás letal expelida pela fábrica da Union Carbide na Índia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que não tinham informação sobre os riscos ou opção de morar em outro local.O livro traça um retrato da nova geografia humana das metrópoles, em que algumas “ilhas de riqueza” florescem em torres de escritório ou condomínios fortificados que imitam os bairros do subúrbio norte-americano, separados da crescente população favelada por muros e exércitos privados, mas conectados entre si por autoestradas, aero-portos, redes de comunicação e pelo consumo das marcas globais. Como coloca o autor, citando, entre outros, o Alphaville, são enclaves constituídos como “parques temáticos” deslocados da sua realidade social, mas integra-dos na globalização, onde se deixa de ser cidadão do seu próprio país para ser um “patriota da riqueza, naciona-lista de um afluente e dourado lugar-nenhum”, como os classifica o urbanista Jeremy Seabrook, citado no livro. Davis explora a natureza desse novo contexto do conflito de classes, entre os que vivem dentro dos muros, como em uma “cidade medieval”, e a “humanidade excedente”, que vive fora dela. Um “proletariado informal”, ainda não compreendido pelo marxismo clássico e tampouco pelo neoliberalismo.Se a globalização da riqueza é constantemente celebrada pelos seus entusiastas, em Planeta Favela Mike Davis mostra o outro — e imenso — lado da história: as sincronias e semelhanças nada acidentais no crescimento da pobreza no mundo.A edição brasileira traz ainda um posfácio da urbanista Erminia Maricato que dialoga com a obra de Davis e um caderno de fotografias de favelas brasileiras de André Cypriano.Internet: <www.boitempoeditorial.com.br> (com adaptações).

2. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) Embora se trate de um texto informativo, o autor utiliza vários termos metafóricos, como forma de aumentar a expressividade de alguns conceitos e situações apresenta-das por Mike Davis em seu livro.Tomando por base o texto acima, julgue os itens

3. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Fazendo-se os devidos ajustes nas iniciais maiúsculas, é possível omitir a primeira ocorrência de “Até” (linha1), sem prejudicar a correção gramatical e a coerência textual; no entanto, a segunda ocorrência deve ser mantida para que sejam preservadas a correção gramatical e a coerência na argu-

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mentação do texto. “Até José Saramago abriu um blog. Até o Prêmio Nobel de Literatura.”

Com relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado.4. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) A expressão “coroamento” (linha 1) está sendo empregada em sentido conotativo ou figurado.“O anúncio feito pelo Banco Central representa o coroamento de longo esforço do governo para acabar com as sucessivas crises decorrentes da dívida externa.”

5. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) A expressão “adubado o terreno” (linha 1) está sendo em-pregada em sentido denotativo. “Estava, pois, adubado o terreno para a recomposição das reservas. O atual governo soube aproveitar o ciclo ex-cepcional de prosperidade mundial.”

6. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Assinale a opção que não apresenta exemplo de emprego de linguagem figurada no texto.

A “expeliu a sua obra” (linha 1)“, ao cabo, expeliu a sua obra estranhamente mutilada, e penso que abortícia. Há ali coisas inviáveis:”B “penso que abortícia” (linha 1)“, ao cabo, expeliu a sua obra estranhamente mutilada, e penso que abortícia. Há ali coisas inviáveis:”C “exclusão sistemática” (linha 1)“a exclusão sistemática do y, tão expressivo na sua forma de âncora a ligar-nos com a civilização antiga, e a elimi-nação completa do k, o hierático k.”D “o empertigado k” (linha 1)“Como poderei eu, rude engenheiro, entender o quilômetro sem o k, o empertigado k, com as suas duas pernas de infatigável caminhante, a dominar distâncias?”E “infatigável caminhante” (linha 2)“”Como poderei eu, rude engenheiro, entender o quilômetro sem o k, o empertigado k, com as suas duas pernas de infatigável caminhante, a dominar distâncias?” Com relação ao fragmento de texto abaixo, marque certou ou errado.7. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) O trecho “invadisse as ruínas de minha boca e a enchesse de frases com morcegos” está empregado em sentido conotativo.Ali, eu me atrapalhava de mato como se ele invadisse as ruínas de minha boca e a enchesse de frases com morce-gos.

Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens seguintes.8. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A indicação da data da escrita, o emprego da primeira pes-soa do singular e a exposição de fatos reais permitem caracterizar o texto como um diário, embora se verifique no texto, também, o emprego da linguagem conotativa, típica do texto literário.“13 DE JUNHO... Vesti as crianças e eles foram para a escola. Eu fui catar papel. No Frigorífico vi uma mocinha comendo salsichas do lixo. (...)”9 . (FUB/REVISOR/02/08/2009) A palavra “aborto” (linha 1) é empregada em sentido conotativo, já que, em sentido denotativo, aplica-se a situações de expulsão espontânea ou provocada do feto antes do término da gravi-dez.“No meu entender, foi um verdadeiro aborto na história da ciência, pois aqui se perdeu o que existia de melhor em conhecimento científico e intelectual deste país.”

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Denotação e Conotação1 C 3 E 5 E 7 C 9 C2 C 4 C 6 C 8 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Níveis de Linguagem

1.(MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) A expressão “errou feio” (linha 1) é uma estrutura da linguagem coloquial, em que o adjetivo produz uma idéia de intensificação da ação denotada pelo verbo, indi-cando, no caso do texto, que os fatos previstos ocorreram muito antes da data prevista.“Bowman, até hoje o treinador de Phelps, errou feio a previsão — para baixo. Já em 2000, aos 15 anos, o adoles-cente disputava as Olimpíadas pela primeira vez (ficou em quinto lugar nos 200 metros borboleta).”

2. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)O texto, em que foi empregada uma linguagem simples, de fácil compreensão, apresenta um termo típico da linguagem coloquial no trechoA ‘Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou’ (linha 1).“Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas.”B “Segundo o ministro, a demanda interna permanece ‘muito aquecida’” (linha 1).“Segundo o ministro, a demanda interna permanece “muito aquecida”. “Esse aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, até chegar ao consumidor, demora.”C ‘Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis’ (linha 1).“Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis”, disse ele. Para o ministro do Trabalho, a decisão do COPOM de subir os juros neste mês, e nos subseqüentes,...”

D “a decisão do COPOM (...) pode impactar um pouco a criação de empregos formais” (linha 1-2).“. Para o ministro do Trabalho, a decisão do COPOM de subir os juros neste mês, e nos subseqüentes, conforme projeção do mercado financeiro, pode impactar um pouco a criação de empregos formais mais para o final de 2008.”E “a decisão sobre juros tende a trazer mais recursos para o Brasil” (linha 1-2).”Isso porque a decisão sobre juros tende a trazer mais recursos para o Brasil e, com isso, pressionar para baixo o dólar. “

Níveis de Linguagem1 C 2 BProvas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Coesão/Coerência

1. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) O desenvolvimento da argumentação do texto mostra que o pronome em “modifica-o” (linha 2) toma como referente a expressão “determinado assunto” (linha1).

Uma vez pesquisado, determinado assunto agrega novos elementos ao pensamento de seu observador e, portanto, modifica-o. "Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original.

2. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Na articulação dos argumentos do texto, o termo “os indivíduos” (linha 3) retoma, por coesão, o mesmo conjunto de seres antes designados como “seres humanos” (linha 1).

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Nos seres humanos, a ressonância mórfica pode ser uma ferramenta utilíssima para explicar o aprendizado, em especial o de idiomas. Pela teoria, em geral é mais fácil aprender o que outros já aprenderam antes, graças à memória coletiva acessível a todos os indivíduos da mesma espécie.

3. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A função textual de “esta” (linha 3) e “Este” (linha 5) é retomar, como referente, a idéia enunciada na oração que precede cada um desses pronomes.

Quando arranjarem seu primeiro emprego, junto com sua carteira de trabalho, receberão um número de inscrição que passará a acompanhar seu nome. Um dia chegará em que todos os cidadãos terão seu número de registro: esta é a meta dos serviços de identidade. Nossa personalidade civil já se exprime com maior precisão mediante nossas coordenadas de nascimento do que mediante nosso sobrenome. Este, com o tempo, poderia muito bem não desaparecer, mas ficar reservado à vida particular, enquanto um número de identidade, em que a data de nas-cimento seria um dos elementos, o substituiria para uso civil. O nome pertence ao mundo da fantasia, enquanto o sobrenome pertence ao mundo da tradição.

Marque certo ou errado a opção em que as duas expressões apresentadas remetem ao mesmo referente no desen-volvimento do texto.

4.(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “tipicamente humano” (linha 1) e “cultural” (linha 1)

“Para Vygotsky, a base do funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural, portanto, histórica. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do am-biente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens.”

5“.(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008)base do funcionamento psicológico tipicamente humano” (linha1) e “sistemas simbólicos” (linha 4)

“Para Vygotsky, a base do funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural, portanto, histórica. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do am-biente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens. Os sistemas simbólicos e, particularmente, a língua exercem um papel fundamental na comunicação entre os sujeitos e no estabelecimento de significados compartilhados que permitem interpretações dos objetos, eventos e situações do mundo real.”

6 .(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo” (linha 2) e “instrumentos, signos e todos os elementos do ambiente humano carregados de significado cultural” (linha 2-3)

“Para Vygotsky, a base do funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural, portanto, histórica. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do am-biente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens.”

7.(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “significados compartilhados” (linha 2) e “interpretações dos objetos” (linha 3)

Os sistemas simbólicos e, particularmente, a língua exercem um papel fundamental na comunicação entre os sujeitos e no estabelecimento de significados compartilhados que permitem interpretações dos objetos, eventos e situações do mundo real.

8.(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “centralidade da mediação simbólica” (linha 3) e “constituição

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do psiquismo humano” (linha 3)

O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da me-diação simbólica na constituição do psiquismo humano. É o trabalho que, pela ação transformadora do homem sobre a natureza, une homem e natureza e cria a cultura e a história humanas.

9. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A expressão “nessa área” (linha 2) é um elemento de coesão textual que retoma o antecedente “qualidade do ambiente urbano” (linha1).

“A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável mudança de comportamento das autoridades municipais, que passam a incorporar o tema em suas priori-dades de gestão.”

10. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) No processo de coesão textual, a expressão “naquela via” (linha 3) funciona como elemento coesivo que retoma o antecedente “passeios públicos” (linha 1).

“Depois de ter implementado uma reforma nos passeios públicos da avenida Paulista, a prefeitura, agora, pro-move uma blitz com o fito de acabar com as diversas formas de invasão da calçada naquela via. Rampas de gara-gem, escadarias e jardins se apropriam, sem mais, de um espaço reservado ao pedestre.”

11. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) A expressão “esse processo” (linha 3) retoma, de ma-neira resumida, a idéia, desenvolvida na oração anterior, de “institucionalização da ciência” (linha 1).

“A institucionalização da ciência ocorreu com a mudança da atividade científica individual para a coletiva, do espaço privado para o público, e, aliado ao fato de depender de financiamentos de governos, pessoas, instituições privadas, esse processo passou a determinar as rotas de pesquisa.”

12. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O termo “o documento” (linha 4) refere-se a “portaria de anis-tia” (linha 1).

“Após assinar a portaria de anistia, Tarso Genro declarou que o assassinato de Chico Mendes está diretamente as-sociado 13 à perseguição sofrida pelo seringueiro durante a ditadura. “O Estado brasileiro não soube compreender o que ele (Mendes) representava naquele momento”, disse o ministro. “O Brasil pede perdão a Chico Mendes”, afirmou, ao assinar o documento. Acompanhada de dois filhos, Izalmar Mendes mostrou-se satisfeita com o re-sultado do julgamento.”

Considerando as ideias, a estrutura e a organização gramatical do texto acima, julgue os itens.13. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) As palavras “calamidades” (linha1), “desastres” (linha 3) e “in-undações” (linha 6) remetem, no texto, ao termo “enchentes”, encontrado no título do texto abaixo, contribuindo para a coesão textual.

Uma investigação sobre as causas das enchentes em Santa Catarina — e suas lições para o Brasil“Uma das piores calamidades dos últimos anos alagou Santa Catarina e comoveu o país. O que fazer para que nossas cidades não fiquem tão vulneráveis? Ninguém questiona a força dos desastres naturais.Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para, no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa. Em Blumenau, há uma estação telemétrica que monitora a vazão do rio Itajaí e tem condições de emitir sinais de alerta para inundações. Há também um programa de monitoramento do clima — que previu até a gravidade do furacão Catarina, em 2004. “O dilúvio ninguém previu, mas já chovia no estado quase a primavera

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toda, e estudos sobre as áreas de risco de enchentes e deslizamentos apontavam o que podia acontecer se chovesse demais.”

14. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) A coesão do primeiro com o segundo parágrafo está feita por um elemento que expressa circunstância de conformismo.

A capacidade dos homens para a vida em conjunto e a coordenação de esforços, evitando conflitos ruinosos, é determinada, em grande parte, por suas aptidões para a comunicação correta. O circuito da comunicação humana — esta composta por quatro elementos básicos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio, cuja dinâmica coerente permite o intercâmbio de idéias — vem sofrendo alterações, nos últimos tempos, devido ao acelerado desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação (TICs). Segundo Peruzzolo, os conteúdos das mensagens trocadas pelos homens importam menos que os veículos usados para esses intercâmbios, ou seja, os meios são a base 13 dos processos de comunicação. Por isso, se um transmis-sor possuir uma mensagem e desejar transmiti-la para um receptor, deverá encontrar um meio de fazê-lo. Sem o meio, a mensagem ficará retida com o transmissor e invalidará todo o processo. Dessa forma, nem a fonte, nem o destino, nem sequer a própria mensagem tem sentido por si só. Somente em coexistência com o meio é que se tornam efetivos.

15. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) A expressão “dos lados” (linha 3) refere-se aos termos antecedentes “direitos e garantias” (linha 2).

“Nesses choques, Estado e cidadãos buscam argumentar com princípios que estão na Constituição, seja nos capí-tulos que relacionam os direitos e garantias fundamentais, seja nos demais 249 artigos da Carta. Mas isso não é suficiente para atribuir a razão a algum dos lados.”

16. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Pode-se subentender, no segmento “Aqui tudo na mesma” (linha 1), a palavra situação, à qual o pronome “mesma” se refere.“Já estava assustado com o seu silêncio. Aqui tudo na mesma. Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses, pra que venham ver o meu retrato que todos anseiam por ver.”

17.(MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) A expressão “desse eixo de articulação” (linha 6) refere-se ao antecedente “as instituições públicas encarregadas da gestão das políticas industrial e comercial, como o Con-selho de Desenvolvimento Industrial e a CACEX” (linha 1-2).“Não por acaso, as instituições públicas encarregadas da gestão das políticas industrial e comercial, como o Conselho de Desenvolvimento Industrial e a CACEX, eram rigorosamente estruturadas internamente segundo clivagens setoriais e subsetoriais. Daí decorreu que as relações de interlocução e consulta entre o setor público e os agentes privados, nesse caso, exclusivamente as empresas e associações setoriais diretamente interessadas, se deram quase que exclusivamente ao longo desse eixo de articulação.”

18. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O termo “Obstáculos” (linha 2), cujo significado está associado contextualmente a “desequilíbrios e assimetrias” (linha 2), refere-se a “As diversidades produtivas, sociais, cult-urais, espaciais (regionais, urbanas e rurais)” (linha 1).“As diversidades produtivas, sociais, culturais, espaciais (regionais, urbanas e rurais), por muito tempo, foram tratadas como desequilíbrios e assimetrias. Obstáculos colocados ao desafio que é promover o desenvolvimento em um país continental e periférico como o nosso.”

19. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) O termo “a substância” (linha 2) refere-se ao antecedente “plásti-co” (linha 1).“Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilô-

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metros quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos.”

20. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) O termo “suas” (linha 2) refere-se ao antecedente “vendas nacio-nais” (linha 1).

“Esses veículos já respondem por 88% das vendas nacionais.” (...)“O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas, mas a indiscutível preferência do consumi-dor pelo modelo flex tem outras razões.”

21. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) No trecho “Mexeram em seus horários” (linha 2-3), o pro-nome “seus” refere-se a “empregados” (linha 4).

“As empresas se transformaram profundamente. Modernizaram sua tecnologia e seus métodos de gestão para tornarem-se competitivas e ajustarem-se às exigências da globalização. Mexeram em seus horários em razão dos interesses da produção, mas mantiveram-se, em sua esmagadora maioria, cegas e alheias à existência da vida privada de seus empregados.”

22. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em “O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estre-lado” (L.2), o trecho sublinhado se refere ao ato de tomar “diretamente às Escrituras” (L.1).

“A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a conforme seu argumento. O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.”

23. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O trecho “da época e não apenas em Portugal” (linha 2) indica quando e onde o autor do texto (Sérgio Buarque de Holanda) estava.

“. O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.”

24. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A expressão “essa tendência” (linha 6) retoma o antecedente “redução do nível de emprego” (linha 3).

“A produtividade industrial, que se mede dividindo o volume da produção pelo número de trabalhadores, vem cre-scendo há bastante tempo, mas, até recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível de emprego. Desde 2004, porém, crescem simultaneamente a produção e o número de empregados e, mesmo assim, a produtividade cresce. E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anos anteriores, com ganhos salariais para os trabalhadores. Dados recentes indicam que essa tendência deve se manter.”

25. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A expressão “Esse resultado” (linha 4) refere-se à informação antecedente apresentada no primeiro período e confirmada em: “a produtividade cresceu sem neces-sidade de demissões de trabalhadores” (linha 2-3).“No ano passado, a produção industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer dizer que a produtividade cresceu sem necessidade de demissões de trabalhadores, como ocorreu entre 1990 e 2003.Esse resultado é conseqüência do aumento dos investimentos das indústrias em máquinas e equipamentos para modernizar e expandir a produção”

Marque certo ou errado, a respeito das relações de coesão no desenvolvimento das ideias do texto.

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26. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Apesar de os verbos e adjetivos da oração depois do ponto-e-vírgula, na linha 1, estarem no plural, eles referem-se à ideia de “cidade” (linha1).

“Se a cidade moderna era a libertação do homem, ela tirava sua singularidade; desiguais em suas características, viraram miseravelmente iguais no aglomerado urbano, vulneráveis, segregados, enfim, menos do que homens: macacos.”

27. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) A expressão “dessa constatação” (linha 2-3) refere-se à identificação das causas da “reprodução social da pobreza” (linha 1).

“O foco dos esforços analíticos, hoje, é verificar que a reprodução social da pobreza é resultado de uma combina-ção de processos econômicos e mecanismos sociopolíticos. A partir dessa constatação, o CEM passou a pesquisar formas de socialização, redes sociais, padrões de segregação residencial e eficácia e extensão das políticas públi-cas sobre esse estado de coisas.”

28. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) A expressão “esse estado de coisas” (linha 4) retoma a ideia de “esforços analíticos” (linha 1).

“O foco dos esforços analíticos, hoje, é verificar que a reprodução social da pobreza é resultado de uma combina-ção de processos econômicos e mecanismos sociopolíticos. A partir dessa constatação, o CEM passou a pesquisar formas de socialização, redes sociais, padrões de segregação residencial e eficácia e extensão das políticas públi-cas sobre esse estado de coisas.”

29. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) A expressão textual “Falido e perplexo” (linha 1-2) refere-se a Isaac Newton, citado na linha anterior, e à afirmativa “o homem que descobriu a lei da gravidade” (linha 2).

“O ano era 1720 e o investidor ninguém menos que o físico Isaac Newton. Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”.”

30. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Nas relações de coesão textual, o termo “Suas histórias” (linha 2) tanto pode retomar “caras” (linha 1) como “empresas” (linha 3); mas o desenvolvimento do texto indica que a coerência seleciona “caras” como referente.

“Apresentamos aqui algumas das caras que representam duas das melhores empresas para trabalhar no Brasil. Suas histórias ilustram como funcionam, na prática, as políticas de desenvolvimento de talentos, de reconheci-mento e recompensa das empresas.”

A partir do texto abaixo, julgue o item em certo ou errado.

31. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) A idéia expressa por “uma tecnologia de linguagem” (linha 1) é reto-mada, no desenvolvimento do texto, por “hipertexto” (linha 5), “ele” (linha 5) e “o” (linha 6).

“Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apre-ensão de sentido não é apenas composto por palavras, mas, junto com elas, encontramos sons, gráficos e dia-gramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual, amalgamados uns com os outros, formando um todo significativo e de onde sentidos são complexamente disponibilizados aos navegantes do oceano digital. É

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assim o hipertexto. Com ele, ler o mundo tornou-se virtualmente possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, a qualquer hora do dia e por mais de um leitor simultaneamente.”

32. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) A expressão “um desconhecido relojoeiro do interior da Inglaterra” (linha 1) e o pronome “Ele” (linha 2) retomam o referente “John Harrison” (linha 1).

“Quem levou o prêmio foi John Harrison, um desconhecido relojoeiro do interior da Inglaterra. Ele criou o primeiro cronômetro marítimo, instrumento que revolucionou a navegação.”

33. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com base no texto, marque certo ou errado. Na linha 2, em “eliminá-las”, a forma pronominal “-las” retoma o antecedente “falhas”.

“O diagnóstico de que temos dificuldades para levar a pesquisa acadêmica ao setor industrial não é novo. É pre-ciso identificar as falhas no sistema e eliminá-las.”

34. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) A expressão “Esse conflito” (linha 3) tem a função textual de recuperar a idéia de “heteronomia” (linha 2).

“Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana 13 apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito).Esse conflito só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação”

35. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) A organização das idéias no texto mostra que, em suas duas ocorrên-cias, o pronome “ele”, na linha 3, refere-se textualmente a “agente” (linha 1)

“Esse conflito só pode ser resolvido se o agente reconhecer os valores de sua sociedade como se tivessem sido instituídos por ele, como se ele pudesse ser o autor desses valores ou das normas morais, pois, nesse caso, ele será autônomo, agindo como se tivesse dado a si mesmo sua própria lei de ação.”

Assinale certo ou errado.

36. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) A expressão “esse tipo de crime” (linha 4) retoma o antecedente “Crime Orga-nizado Transnacional” (linha1).

A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Pal-ermo, de 2000, foi apontada como um avanço. Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime. O objetivo é impedir que eventuais omissões da legislação facilitem a atuação das organizações criminosas. O documento trata também da assistência mútua entre os países e estabelece medidas práticas para que os países realizem cooperação entre si. Também aborda as investigações conjuntas e técnicas especiais de investigação.

37. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) No desenvolvimento das idéias do texto, a expressão “essa mudança” (linha 3) retoma a idéia de “o olhar que esteja mudando” (linha 2).

“Porque estamos em uma fase de revisão radical do paradigma epistemológico da ciência moderna, é bem pos-sível que seja sobretudo o olhar que esteja mudando. Mas, por outro lado, não parece crível que essa mudança tivesse ocorrido sem nada ter mudado no objeto do olhar que o olha.”

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Marque certo ou errado nos itens referente ao emprego, no texto, de elementos anafóricos e de outros recursos de coesão e coerência textual.

38. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). O substantivo “projeto” (linha 3), conforme em-pregado no primeiro parágrafo do texto, refere-se ao projeto para a educação no Brasil.

“Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista. A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o projeto.”

39. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).No trecho “em nossa sociedade” (linha 3), “nos-sa” reporta-se a uma comunidade científica específica.

“A terceira se refere à necessidade urgente de ampliar a “infra-estrutura” de conhecimentos necessários para que a educação encontre raízes profundas em nossa sociedade, nos laboratórios de pesquisa, na natureza e na história que vivemos.”

40 T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).A coesão do texto será preservada se o primeiro ponto for substituído por vírgula seguida de letra minúscula.

“Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista.”

41. T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). O termo “elementos” (linha 2) funciona como hiperônimo de “divulgação científica” (linha 1), “informações” (linha 1) e “conhecimentos” (linha 1).

“A divulgação científica, as informações e os conhecimentos que podemos oferecer à educação são elementos que contribuem para formar a opinião, a capacidade de crítica e de decisão dos diferentes setores da sociedade.”

42. T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). A expressão “por exemplo” (linha 1) é apenas en-fática; portanto, se for retirada, o último período permanece coerente e coeso com o trecho anterior.

“Oferecer, por exemplo, dados e análises da história da educação superior no Brasil é importante para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.”

43. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Os fragmentos a seguir são trechos de um texto, adaptado de David R. Olson (Op. cit., p. 107-8), mas estão ordenados aleatoriamente.

I É isso que leva muitos dos que escrevem a pensar no alfabeto, erroneamente, como uma simples cifra do falado.II Assim, para a pessoa que domina uma escrita alfabética, a fala parece composta de uma seqüência de fonemas, representados pelas letras do alfabeto.III A escrita passou a ser tomada como modelo para a fala; tudo o que é representado na escrita se torna objeto de conhecimento ou percepção para a pessoa proficiente naquela escrita.IV O alfabeto, em particular, é habitualmente elogiado pela sua capacidade de transcrever tudo o que pode ser dito, e de representar quaisquer intenções de quem fala ou escreve.V Diferentemente das enunciações orais, que tendem a indicar tanto o que se disse como o modo como isso deve ser entendido, as enunciações escritas não tendem a especificar somente o primeiro aspecto.VI Além disso, o modelo fornecido pela escrita tende a ser visto como uma representação completa do que é dito.

Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, as-

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sinale a opção correta.

A O texto poderia ser corretamente iniciado tanto pelo fragmento I quanto pelo fragmento III.B Os fragmentos II e III, nessa ordem, poderiam iniciar o texto.C O fragmento VI, por iniciar-se com remissão a algo que já teria sido declarado, não poderia iniciar o texto.D Em uma seqüência coesa e coerente, os fragmentos II e VI, nessa ordem ou em ordem decrescente, poderiam iniciar o texto.E No fragmento V, o termo “o primeiro” remete à expressão “uma representação completa do que é dito”, no fragmento VI.

Assinale certou ou errado a respeito da função textual das estruturas linguísticas do texto.

44. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) O desenvolvimento das ideias do texto mostra que a expressão “gnosiologia” (linha 1) deve ser interpretada como sinônimo de ‘critério de verdade’ (linha 2).“A formulação do problema do “critério de verdade” ocupou os adeptos da gnosiologia, aqueles que se dedicavam ao estudo das relações do pensamento, e de seu enunciado, sua forma de tradução na comunicação humana com o objeto ou fato real, em que se buscava uma relação de correspondência.”

45. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Julgue as seguintes propostas de continuidade para o texto.“É o caso, entre outros, dos preconceitos, que são, por definição, verdades falsas que, quando se disseminam den-tro de um grupo ou comunidade, tendem a hostilizar formas de pensamento e de comportamento que, de alguma forma, não se conformam àquela “verdade”.”I Por isso, a hostilidade às formas de linguagem de grupos minoritários constitui uma forma de preconceito.II Assim, qualquer “verdade” reprimida representa uma armadilha de preconceitos e censuras.III Portanto, são verdades falsas porque são invisíveis.Há continuidade gramaticalmente correta e argumentativamente coerente para o texto apenasA no item I.B no item III.C nos itens I e II.D nos itens II e III.

Com referência às idéias e às estruturas do texto, marque certo ou errado.

46. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)Na linha 13, a expressão “demanda interna” refere-se ao aumento de postos de trabalho de que trata o primeiro parágrafo do texto.

Formalidade bate recordeDados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados ontem pelo Ministério do Tra-balho e Emprego (MTE) apontam para a criação de 554 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano, o que representa recorde histórico para esse período. A série de dados do CAGED tem início em 1992. Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), se-gundo informações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%. “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Para o ano de 2008 fechado, o ministro manteve a previsão de criação de 1,8 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. “Vai ser novo recorde, apesar da taxa de juros”, disse ele em referência à decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central de elevar os juros de 11,25% para 11,75% ao ano. Em 2007, recorde para um ano fechado, foram criados 1,61 milhão de empregos formais. Segundo o ministro, a demanda interna permanece “muito aquecida”. “Esse aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, até chegar ao consumidor, demora. Quem compra fogão, geladeira e carro a prazo vai perceber um aumento real de juros maior do que 0,5 ponto percentual. Pode haver uma diminuição na escalada de compra

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de bens duráveis”, disse ele.

47. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008) No desenvolvimento da argumentação, o termo “outro” (linha 4) retoma “sujeito” (linha 3).

“O preconceito apresenta-se como construção enviesada do outro (nesse caso, outro ser humano, grupo ou socie-dade), não baseada em princípios reais, mas na configuração de uma relação na qual sujeito e objeto dessa relação estão dissociados e as determinações do sujeito frente ao objeto dessa relação são autoritárias, unilaterais e não passíveis de serem transformadas por esse outro.”

48. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) O termo “levantamento” (linha 5) faz referência ao termo “resultado” (linha 1), citado no parágrafo anterior.

“Em 2009, a economia brasileira deverá crescer 2,59%, resultado bem abaixo do esperado para a alta do PIB em 2008, de 5,6%. Esta é a projeção da mais recente pesquisa de projeções macroeconômicas e expectativas de mer-cado, feita mensalmente pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) junto a analistas de 33 instituições.O levantamento, realizado nos últimos dias 18 e 19, mostrou que os bancos foram surpreendidos com o desem-penho da economia no terceiro trimestre e elevaram as expectativas de expansão da economia para 2008. “

49. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) A expressão “No estado de repouso e de movimento dos obje-tos” (linha 1) localiza onde se associam os “conceitos” referidos na linha 2.

“No estado de repouso e de movimento dos objetos — esta casa parada, aquela pedra atirada que cai, o movi-mento do sol, da lua, no céu — estão intimamente associados os conceitos de lugar que ocupam sucessivamente os corpos, de espaço e de tempo.”

50. (MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Nas relações de coesão do texto, os referentes dos pronomes “se” (linha 1) e “o” (linha 7) são, respectivamente, “Um peixe” (linha 1) e “esse meio ambiente” (linha 6).

“Um peixe, se tivesse consciência, provavelmente não se daria conta de que vive permanentemente na água. Nós raramente tomamos consciência de que vivemos imersos em uma grande camada de oxigênio. Do mesmo modo, quase nunca nos apercebemos que vivemos em contato direto com os grupos e as instituições. Somente quando sofremos alguma privação de oxigênio, quando nos afastamos ou perdemos um grupo de referência, ou seja, quando o peixe é retirado da água, é que sentimos o quanto estávamos envolvidos por esse meio ambiente, que nos abraça de forma tão gentil, tão cotidiana, e que o temos como um fato, pois pouco nos importamos com ele. De maneira parecida ocorre com os grupos.”

51. (MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Na linha 1, a forma verbal “faz” está flexionada no singular porque o pronome “que” retoma, por coesão textual, o termo “cotidiano”.

“Falo da atitude, crescente no cotidiano, que faz da desconfiança a própria ambiência nas relações.”

52 .(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) A coerência e o sentido do texto seriam alterados caso a expressão “nada de nada” (linha 1) fosse substituída por“Nenhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada, mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto.”A nada sobre coisa alguma.B coisa alguma sobre coisa alguma.C absolutamente nada.

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D alguma coisa sobre nada.E nada sobre nada.

53. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Em II, na terceira coluna, a descrição “a habilidade de se colocar no lugar do outro e prestar muita atenção no significado das palavras” tanto pode relacionar-se a “Saber ouvir” quanto a “Ter empatia”.

“II - Coluna dois : Saber ouvir – Coluna três. É a habilidade de se colocar no lugar do outro e prestar muita aten-ção no significado das palavras, na maneira como a pessoa está transmitindo, no seu estado emocional, nos seus limites e conhecimentos.”“III - Coluna dois: Ter empatia – Coluna três .Um dos aspectos mais importantes da comunicabilidade de uma pessoa é a energia que flui sutilmente da sua voz e do seu corpo, das palavras e da sua postura, dos gestos e do olhar; é a expressão do seu otimismo, da suavidade, do nível de confiança que deposita em seus atos.”

54. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) No texto,

D o termo “ele” (linha 2) refere-se a “resgate psíquico, físico e espiritual” (linha 1-2).“Os dias não-produtivos contribuem para que o trabalhador faça um resgate psíquico, físico e espiritual. Com isso, ele volta à empresa em condições de oferecer melhores resultados, garantem os especialistas. “

Marque certo ou errado acerca das estruturas linguísticas do texto

55. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Há uma relação catafórica entre “os números” (linha 1-2) e “Quase 70%” (linha 1).“Quase 70% de alunos e professores afirmam já terem visto agressão física nas escolas. Os números são semel-hantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaças.”

56. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009)A expressão “O país” (linha 1) refere-se ao Brasil.

Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um em cada dois norte-americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução

57. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O referente da forma verbal “guarda” (linha 3) é a ex-pressão “o atacadista” (linha 1).

“É o atacadista. A lentilha está a 100 cruzeiros o quilo. Um fato que alegrou-me imensamente. Eu dancei, cantei e pulei. E agradeci o rei dos juízes que é Deus. Foi em janeiro quando as águas invadiu os armazens e estragou os alimentos. Bem feito. Em vez de vender barato, guarda esperando alta de preços: Vi os homens jogar sacos de arroz dentro do rio.”

58. (IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) A partir do último parágrafo do texto, infere-se que o termo “Esta” (linha 2) reporta-se a “enchentes” (linha 2).

“...tais como o aumento da temperatura nas áreas centrais, o aumento da precipitação e as enchentes. Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de casas, indústrias, vias mar-ginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante nos períodos chu-vosos nos principais centros urbanos.”

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59. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O substantivo composto “homens-águias” (linha 1 ) refere-se aos militares da tropa de choque que invadiram a UnB.

“Destruíram, aqui, o ninho dos homens-águias.”

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens

60. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Na organização da textualidade, as expressões “de um conjunto” (linha 1) e “desse conjunto” (linha 2), bem como o termo “ele” (linha 2), remetem ao conjunto composto pelos elementos identificados como “seus enunciados” (linha 3).

“Uma língua é mais do que podemos inferir de um conjunto de enunciados efetivamente realizados: qualquer que seja a dimensão desse conjunto, ele será sempre limitado, enquanto conjunto, pelas dimensões específicas de produção de algum de seus enunciados.”Marque certo ou errado as respeito das relações de coesão no texto.61. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) O desenvolvimento das ideias no texto mostra que a ex-pressão “no papel de autor” (linha 4) refere-se à autoria da frase inicial do texto: ‘Bebe tu do teu próprio veneno’ (linha 1).

““Bebe tu do teu próprio veneno.” A frase finaliza a oração de São Bento contra os demônios, mas também pode ser aplicada, sem prejuízo, como remédio para tratarmos um tema polêmico: nosso teor de maldade. Assim como a injustiça, o mal coloca o homem em uma posição passiva, ou seja, enxergamo-nos facilmente como vítimas, e apenas raras vezes nos colocamos no papel de autor de uma ação negativa.”

62. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) Apesar de as estruturas gramaticais admitirem que “Nela” (linha 2) retome tanto “mente” (linha 2) quanto “sombra” (linha 1), as relações semânticas indicam que as relações de coesão se fazem com “sombra”.

“O psiquiatra suíço Carl Jung, pai da psicologia analítica, definiu a sombra como um elemento básico da estru-tura da mente. Nela guardamos os atributos que o ego repreende, como o orgulho, a vaidade, a agressividade e o ciúme.”

63. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) Na argumentação do texto, a expressão “linha de pens-amento” (linha) resume a ideia inicial, de que todo o mal que praticamos um dia recairá sobre nós.

“Nessa linha de pensamento, a agressividade natural pode-se transformar em força ou violência, a depender da forma como é aplicada.”

64. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) Nas relações de coesão, o pronome átono em “sufocá-la” (linha 2) retoma, no desenvolvimento da argumentação, a idéia de “saúde psicológica” (linha 1).“Jung defendia que a saúde psicológica dependia da conciliação com a sombra, e não da tentativa de sufocá-la.”

65. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) A argumentação do texto mostra que o advérbio “aí” (linha 2) refere-se à “sombra” (linha 1) que, como citado, faz parte da nossa mente.

“Jung defendia que a saúde psicológica dependia da conciliação com a sombra, e não da tentativa de sufocá-la. Aceitar o mal pessoal não significa, necessariamente, experimentá-lo. Justamente aí está o limite da saúde.”

66. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - O pronome “se” refere-se a “lenda urbana” (linha 1) em

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A lenda urbana surge com a oportunidade do inusitado, do espetacular, do fantasioso. É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece. Em primeiro lugar, a lenda ur-bana apresenta personagens quase sempre construídos em busca do indivíduo comum: desperta-se o interesse do ouvinte.

A “se pode” (linha 1).“É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece.”B “se conhece” (linha 2 e 3).“É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece.”C “desperta-se” (linha 2).“Em primeiro lugar, a lenda urbana apresenta personagens quase sempre construídos em busca do indivíduo co-mum: desperta-se o interesse do ouvinte”D “se espalha” (linha 1“Também se espalha por meios muito próximos dos simples mortais, seja oralmente, seja por e-mail, seja até em jornais sensacionalistas.”E “se utiliza” (linha 1).“Hoje o homem comum conhece a ciência (ou a pseudociência, como diz Carl Sagan) e se utiliza dela em seu cotidiano.”

Coesão e Coerência1 E 12 C 23 E 34 E 45 A 56 E2 E 13 C 24 E 35 C 46 E 57 C3 E 14 E 25 C 36 C 47 E 58 C4 E 15 E 26 E 37 C 48 E 59 E5 E 16 C 27 C 38 E 49 C 60 C6 C 17 C 28 E 39 E 50 C 61 E7 E 18 C 29 C 40 E 51 E 62 C8 E 19 C 30 C 41 C 52 D 63 E9 E 20 E 31 C 42 E 53 C 64 E10 E 21 E 32 C 43 C 54 E 65 E11 C 22 C 33 C 44 C 55 E 66 DProvas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Estilística/ElipseMarque certa ou errada.

1. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Subentende-se, após a palavra “ainda” (linha 3), a forma ver-bal anteriormente explicitada, ou seja: “especifique” (linha 2).

“Além disso, estão sendo elaboradas normas técnicas para veículos novos, ao passo que, para outros veículos, o

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Decreto n.º 5.296 estabelece que o INMETRO especifique os que poderão ser adaptados, dentre aqueles em circu-lação. E, ainda, que adaptações, procedimentos e equipamentos a serem utilizados sejam submetidos a programas de avaliação da conformidade.”

2. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) O emprego de vírgula após a palavra “China” (linha 2) in-dica a omissão da forma verbal, que é igual à empregada na oração anterior.

“No Brasil, apenas 19% dos estudantes das faculdades estão matriculados nas áreas de ciências e engenharia. No Chile, são 33% e na China, 53%.

2. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) A correção gramatical e a coerência argumentativa do texto serão mantidas caso se insira o termo serem imediatamente antes de “ainda” (linha 3).

“ A razão comunicativa e a nova concepção de verdade que dela decorre não são, por isso mesmo, encaradas como uma utopia que aguarde indefinidamente sua concretização social, mas como realidades sociais que, apesar de ainda esparsamente institucionalizadas, já fazem parte do nosso cotidiano nos mais diferentes níveis.”

3. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) A retirada da forma verbal “ocorrido” (linha 2) preserva a correção gramatical e as relações de sentido da argumentação do texto.

“Em outras palavras, quase mil e quinhentos anos antes do esforço de racionalização e sistematização ocorrido na Grécia, a civilização egípcia já se aproximava de uma relação quase científica com o corpo humano, mesmo sob uma prática bastante ritualizada.”

Com relação às estruturas lingüísticas do texto,

4. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Antes da expressão “de credor” (linha1), subentende-se a repetição da palavra “condição”.

“Passar da condição de devedor à de credor internacional é fato inédito, mas não surpreendente.”

6. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) O emprego de “Em virtude disso” (linha 1) mostra que, imediatamente antes do termo “o social” (linha 1) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser em-pregada sob a forma do.

Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de 13 ideologia.”

7. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Na linha 1, para evitar as duas ocorrências da preposição “em” e tornar o estilo do texto mais elegante, mantendo-se a correção gramatical, deve-se deixar subentendida a primeira delas, reescrevendo-se o respectivo trecho da seguinte forma: está que, em última análise.

“ A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político.”

8. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) A retirada da expressão “e são” (linha 1) preserva a coerên-cia da argumentação, mas omite do texto a explicitação de que “os resultados” (linha 1) continuam desastrosos.

“Essa abordagem já foi tentada e os resultados foram e são desastrosos, para não dizer trágicos. Como os funda-dores dos EUA sabiam muito bem, é impossível para um governo arcar com a missão de assegurar igualdade para

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todos os cidadãos.”

Com referência às estruturas lingüísticas, às idéias e aos modos e tipos textuais

9. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Após cada uma das expressões “A primeira” (linha 2), “A segunda” (linha 2) e “A terceira” (linha 3), está implícita a expressão revista científica.

“Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista. A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o projeto. A terceira se refere à necessidade urgente de ampliar a “infra-estrutura” de conhecimentos necessários para que a educação encontre raízes profundas em nossa sociedade, nos laboratórios de pesquisa, na natureza e na história que vivemos.”QUESTÃO 883

10. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Assinale a opção em que a supressão da palavra ou expressão sublinhada provoca erro na estrutura sintática ou incoerência textual.

A ”Não, não, a minha memória não é boa” (linha 1)

“Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes; e somente raras circunstâncias.”

B “A quem passe a vida (…) é que se lhe grava tudo” (linha 2)“A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.”

C “Como eu invejo os que não esqueceram a cor” (linha 1)“Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”

D “Que de reflexões profundas” (linha 1)“Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas,...”

E “assim podes também preencher as minhas” (linha 2)É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.

11. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).Nasce o sol, e não dura mais que um dia.Depois da luz se segue a noite escura,Em tristes sombras morre a formosuraEm contínuas tristezas a alegria.

Gregório de Matos Guerra. Obra poética de Gregório de Matos. Rio de Janeiro: Record, 2.ª ed. 1990.Assinale a opção que apresenta a figura de linguagem predominante no trecho do poema acima.A sinestesiaB comparaçãoC antítese D eufemismo

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E hipérboleMarque certo ou errado a respeito da função textual das estruturas linguísticas do texto.

12. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Na organização da coesão textual, as duas ocorrências do vocáb-ulo “mais” (linha 1) associam as ideias das orações em que ocorrem às dos parágrafos anteriores, mas sua omissão não prejudicaria a correção ou a coerência textuais.“Portanto, não haveria mais uma verdade filosófica, mas várias verdades.”

13. (MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Para se evitar a repetição do pronome “que” (linha 1), o desenvolvimento da textualidade admite a retirada da primeira ocorrência, mas não da segunda, com a van-tagem de o texto se tornar menos informal.“Rousseau defendia que o que, de fato, distingue os animais do ser humano é algo que ele denominou perfectibi-lidade.”

14. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) . A frase “Após vários meses de cama, o enfermo passou dessa para uma melhor” apresenta a figura de linguagem denominadaA zeugma.B hipérbole.C silepse. D eufemismo.

Preservam-se a correção gramatical do texto e a coerência entre os argumentos ao se15. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) omitir a preposição “em” (linha 1), que antecede o pronome “que” (linha 1).

“É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece,”

16. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) explicitar o verbo auxiliar antes do infinitivo “crer” (linha 1), escrevendo-se (...) e se pode crer.

“É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece.”

Estilística/ Elipse1 E 5 C 9 C 13 E2 C 6 E 10 A 14 C3 C 7 E 11 C 15 E4 E 8 C 12 C 16 CProvas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

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Tipologia Textual

No que se refere à organização das idéias, a aspectos gramaticais e à tipologia do texto, julgue os próximos itens.1. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Quanto à tipologia, o texto classifica-se como predomi-nantemente narrativo.

S. Paulo, 25-III-35.

Portinari meu amigo,

Já estava assustado com o seu silêncio. Aqui tudo na mesma. Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses, pra que venham ver o meu retrato que todos anseiam por velinha Escreverei depois contando os gritos de entusiasmo do pessoal. Todos que aparecem por aqui se assombram com o retrato. Às vezes me paro em frente do seu quadro e fico, fico, fico, não só perdido na beleza da pintura, mas me refortalecendo a mim mesmo. O carnaval aqui esteve bem divertido, apesar da frieza paulista. Eu pelo menos me diverti à larga e os bailes es-tiveram colossais, todos dizem. Vejo pela sua carta que a coisa não foi tão divertida assim e lastimo por vocês. Agora aqui está fazendo uma delícia de dias claros, mornos, sem chuva e noites quase frias, gostosas da gente dormir. Vai chegar a grande época de S. Paulo, abril, maio, com tardes que a gente chega a pensar que vai arre-bentar de tanta gostosura. É o tempo aliás em que levo um pouco flauteadamente a vida porque não há meio, para um gozador que nem eu, de ficar encerrado dentro de casa, com um tempo assim lá fora. Viro passarinho, viro flor, não sei o que viro, sei é que me esqueço de ser Mário, nestas tardes sublimes. Venha com Maria apreciar a coisa. No resto, continuo na minha vidinha, sempre com saudades de vocês dois e dos nossos momentos de convívio, infelizmente tão pequenos. Um grande abraço pra você e outro pra Maria.Mário. Internet: <www.blocosonline.com.br> (com adaptações).

Acerca das idéias expressas no texto e considerando aspectos relativos a tipologia textual, julgue os itens a seguir.

2. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O texto classifica-se como dissertativo porque apresenta análise e avaliação de dados sobre a qualidade dos serviços públicos no Brasil.

É de extrema importância possuir dados estatísticos sobre a oferta e a qualidade dos serviços públicos e sobre a capacidade dos governos municipais em atender suas populações. O conhecimento e a aprendizagem sobre a es-cala local proporcionados pelas informações estatísticas vêm responder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade estrutural no Brasil, a fim de tornar efetiva a participação da imensa riqueza, diversidade e criatividade brasileira no contexto dos avanços social, político e econômico.As diversidades produtivas, sociais, culturais, espaciais (regionais, urbanas e rurais), por muito tempo, foram tratadas como desequilíbrios e assimetrias. Obstáculos colocados ao desafio que é promover o desenvolvimento em um país continental e periférico como o nosso. O Brasil é um país extremamente dessemelhante em muitos aspectos, tanto no que se refere ao ponto de vista político quanto ao administrativo; daí a qualidade dos regis-

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tros administrativos ser diversa no nível federal (entre os ministérios, por exemplo), no nível estadual e no nível municipal. Atualmente, contudo, as escalas nacional, regional e local mostram-se crescentemente articuladas, o que demonstra a urgência que têm em engendrar ações mais ágeis, potentes e sistemáticas, sendo demandada, necessariamente, uma oferta de informações municipais de qualidade, como instrumento efetivo de planejamento, diagnóstico e monitoramento das condições locais.A informação atualizada é ferramenta essencial para a formulação e a implementação de políticas públicas, es-pecialmente em áreas em que a prestação de serviços é descentralizada, como é o caso da assistência social. É necessário conhecer a real capacidade instalada e a efetiva oferta de serviços por parte de estados, municípios e or-ganizações não-governamentais, a fim de identificar necessidades, planejar investimentos, avaliar o desempenho das estruturas estabelecidas e regular os serviços prestados.Atualmente, a informação sobre a oferta de serviços de assistência social no Brasil é escassa e dispersa. Não há levantamentos ou pesquisas regulares que identifiquem as instituições que prestam esses serviços e investiguem de que forma o fazem. A maioria das pesquisas concentra-se em aspectos relacionados a indicadores sociais de de-terminados grupos populacionais ou áreas geográficas, fornecendo, desse modo, um perfil da demanda potencial pelos serviços de assistência social, a partir de indicadores relacionados à vulnerabilidade dos grupos pesquisados.Assim, faz-se necessária a realização de um estudo sobre a rede da assistência social no Brasil, com informações sobre os serviços prestados, de modo a orientar investimentos estratégicos— inclusive no que se refere à capacitação de recursos humanos— bem como subsidiar mecanismos de regulação da qualidade dos serviços, partilha e repasses de recursos. Perfil dos municípios brasileiros: assistência social 2005/IBGE. Coordenação dePopulação e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE, 2006, p. 217 (com adaptações).

3. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Predomina no texto abaixo tipo textual narrativo. O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana, e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes freqüentam ou onde trabalham. Foram ex-pedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, receosos de serem detidos e repatriados. O Globo, 16/3/2008, p. 12 (com adaptações)

5. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008)Predomina no trecho o tipo de texto narrativo

Os ganhos de eficiência da indústria brasileira têm uma característica nova: seus benefícios estão sendo partilha-dos entre as empresas e os trabalhadores, cujos aumentos salariais, portanto, não pressionam os preços.A produtividade industrial, que se mede dividindo o volume da produção pelo número de trabalhadores, vem cre-scendo há bastante tempo, mas, até recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível de emprego. Desde 2004, porém, crescem simultaneamente a produção e o número de empregados e, mesmo assim, a produtividade cresce. E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anos anteriores, com ganhos salariais para os trabalhadores. Dados recentes indicam que essa tendência deve se manter.O Estado de S.Paulo, Editorial, 12/4/2008.

5. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) O texto caracteriza-se como texto descritivo devido à sua complexidade e à apresentação de fatos que ocorreram com personagens reais.

Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante e rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional. A sentença determina, entre outras medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a vio-

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lação dos direitos humanos da população carcerária e “abrir o debate a respeito da regionalização dos presídios”. Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são de famílias pobres da Grande São Paulo, que não dispõem de condições financeiras para visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro ou es-tupro. Além disso, as autoridades carcerárias alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem comandando seus “negócios”, seja para coibir a formação de facções criminosas. Com um deficit de mais de 40 mil vagas e várias unidades comportando o triplo de sua capacidade de lotação, a já dramática crise do sistema prisional de São Paulo se agrava todos os dias. O mérito da sentença do juiz de Tupã, que dificilmente será confirmada em instância superior, é o de refrescar a memória do governo sobre a urgência de uma solução para o problema.In: Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3 (com adaptações).

6. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) O texto apresenta, predominantemente, características de uma

A descrição, já que apresenta a evolução do pensamento filosófico a respeito da constituição dos seres humanos. B narração, uma vez que se ocupa de relatar a organização política da civilização ateniense.C dissertação, porque discute o problema do conceito de cidadania, a partir de uma reflexão pessoal sobre a for-mação do Ser Cidadão. D entrevista, por causa de perguntas e respostas que se encontram no quadro.E redação técnica, visto que possui uma estrutura padrão e apresenta linguagem especializada.

Afinal, o que é cidadania?

Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, como nos últimos anos. Mas, afinal, o que é cidadania?Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”. Entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que, em latim, significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos — aquele que habita na cidade.No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa de participar das decisões sobre os destinos da cidade através da ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na ágora (praça pública onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decisões). Nessa concepção, surge a democra-cia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade (eram excluídos os escravos, as mulheres e os artesãos).A mídia confunde muito o direito do Cidadão com o direito do Consumidor, por isso questiono o aspecto ide-ológico dessa confusão.Vejamos neste quadro sintético uma percepção pessoal sobre como se processa a “evolução” do Ser Humano até o Ser Cidadão.

Conclusão: o direito do Consumidor é direito de propriedade e o direito do Cidadão é direito de acesso. É do direito de acesso que o povo brasileiro necessita e não de leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades. Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e da corrupção endêmicas, é a má distribuição de

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renda, situação em que muitos têm pouco e poucos têm muito.Vanderlei de Barros Rosas. Internet: <www.mundodosfilosofos.com.br> (com adaptações).

7. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) O primeiro parágrafo do texto, quanto à tipologia, é predominantemente narrativo.“A Bolsa de Londres estava batendo todos os recordes. As ações subiam tanto, que um dos investidores descon-fiou: aquilo poderia ser uma bolha, ou seja, um período de otimismo exagerado e insustentável. Mas ele não re-sistiu e colocou seu dinheiro no mercado. Até que o pior aconteceu: a bolha estourou e nosso amigo perdeu todo o dinheiro. O ano era 1720 e o investidor ninguém menos que o físico Isaac Newton. “Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”.

Com relação aos sentidos e a aspectos lingüísticos do texto, julgue os itens seguintes.

8.(TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) No texto, é apresentada, em forma dissertativa, uma análise do processo de globalização e da hegemonia, no mundo contemporâneo, do sistema econômico embasado no livre mercado.

Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado deste processo, o “modelo econômico” alcança sua perfeição, que não é somente descrever o mundo, mas efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa. Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer cultura ou sistema de pensamento alternativo. Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos escapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente. A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um “argumento”. Parece realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em suma, a globalização representa a realização acabada e a perfeição do projeto de modernidade e de seu paradigma de progresso.G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma moderno: uma estratégia possível para sobreviver à coerência do processo. Trad. Luís Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). Os sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 2.a ed. Petrópolis – RJ: Vozes; Bra-sília: NEDIC, 1999, p. 138-9 (com adaptações).

9. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)Com referência às estruturas lingüísticas, às idéias e aos modos e tipos textuais, assinale a opção correta com relação ao texto.E A opção pelo tempo verbal no presente mostra que o texto é narrativo-descritivo.

Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista. A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o projeto. A terceira se refere à necessidade urgente de ampliar a “infra-estrutura” de conhecimentos

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necessários para que a educação encontre raízes profundas em nossa sociedade, nos laboratórios de pesquisa, na natureza e na história que vivemos.A divulgação científica, as informações e os conhecimentos que podemos oferecer à educação são elementos que contribuem para formar a opinião, a capacidade de crítica e de decisão dos diferentes setores da sociedade. Ofe-recer, por exemplo, dados e análises da história da educação superior no Brasil é importante para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.Ciência Hoje, jul./2002, p. 19 (com adaptações).

Considerando os princípios de tipologia textual e de redação oficial, julgue os itens subseqüentes, relativos ao texto.

10. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) Pela estrutura do texto, narrativo por excelência, depreende-se que se trata da notícia de um evento que provavelmente irá ocorrer no estado de São Paulo.O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área. Os objetivos per-seguidos pelas entidades representativas de notários e registradores bandeirantes são o aperfeiçoamento dos ser-viços, a harmonização de procedimentos, buscando uma regulação uniforme nas atividades notariais e registrais.O IRIB e o Colégio Notarial sentem-se orgulhosos de poder contribuir com o desenvolvimento das atividades notariais e registrais do estado.Internet: <www.educartorio.com.bR.> (com adaptações).

11. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008008) A referência aos “objetivos perseguidos” (linha 5) faz parte de uma passagem descritiva do texto.“Os objetivos perseguidos pelas entidades representativas de notários e registradores bandeirantes são o aper-feiçoamento dos serviços, a harmonização de procedimentos, buscando uma regulação uniforme nas atividades notariais e registrais.”

Agora olhavam as lojas, as toldas, a mesa do leilão. E conferenciavam pasmados. Tinham percebido que havia muitas pessoas no mundo. Ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos. Comunicaram baixinho um ao outro as surpresas que os enchiam. Impossível imaginar tantas maravilhas juntas. O menino mais novo teve uma dúvida e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo tinha sido feito por gente? O menino mais velho hesitou, espiou as lojas, as toldas iluminadas, as moças bem vestidas. Encolheu os ombros. Talvez aquilo tivesse sido feito por gente. Nova dificuldade chegou-lhe ao espírito, soprou-a no ou-vido do irmão. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misterio-sas. Não tinham sido feitas por gente. E os indivíduos que mexiam nelas cometiam imprudência. Vistas de longe, eram bonitas. Admirados e medrosos, falavam baixo para não desencadear as forças estranhas que elas porventura encerrassem.

Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1972, p.125.

No texto apresentado acima, dois personagens do romance Vidas Secas, o menino mais velho e o menino mais novo, deixam a fazenda em que seu pai trabalhava como vaqueiro, para irem à festa de Natal em uma pequena cidade. Com base nessas informações e no fragmento do texto de Graciliano Ramos, julgue os itens subseqüentes.

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12. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) No texto acima, pela linguagem literária, o autor aborda uma questão universal — a construção do conhecimento do mundo pelo homem por meio da nomeação dos objetos —, a partir da narrativa de uma experiência particular dos personagens — a primeira visita de dois meninos a uma pequena cidade.

13. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) O segundo parágrafo, quanto à tipologia textual, é essencialmente instrucional, porque trata da comunicação interpessoal.“Uma dessas constatações é que os problemas são relativamente simples e de fácil solução até para pessoas que se dizem com grandes problemas de comunicação. Uma pessoa pode ter boa cultura, ser extrovertida e desinibida, saber usar bem as mãos, possuir um rico vocabulário e dominar uma boa fluência verbal, mas se falar de forma linear, com voz monótona, irá provocar desinteresse e sonolência nos ouvintes e, conseqüentemente, a comuni-cação ficará limitada.”

14. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) No texto acima, predominaA a narração.B o diálogo.C a dissertação.D a descrição.

A escola contemporânea é uma novidade social e cultural. Nesse novo espaço institucional, o desempenho do professor não mais pode ser pensado como uma simples questão de formação teórica de alguém que ensina, e também o desempenho do aluno não mais pode ser considerado uma simples questão de motivação e de esforços individuais. A escola de hoje é uma ruptura com a escola do passado, sempre inspirada em uma visão preceptorial da relação pedagógica. Analogamente, a família contemporânea é uma novidade social e cultural em comparação com a família de algumas décadas atrás. As relações entre pais e filhos, nessa nova situação, não podem tomar como modelo aquelas vigentes no passado. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).

Texto para as questões

Charles Darwin é um paradoxo moderno. Não sob a ótica da ciência, área em que seu trabalho é plenamente aceito e celebrado como ponto de partida para um grau de conhecimento sem precedentes acerca dos seres vivos. Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo a medicina e a biotecnologia, simplesmente não faria sentido. O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas idéias causam entre um vasto contingente de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto. Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um em cada dois norte-amer-icanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução. O outro considera razoável que nós, e todas as coisas que nos cercam, estejamos aqui por dádiva da criação divina.

Gabriela Carelli. A Darwin o que é de Darwin.In: Veja, 11/2/2009, p. 73 (com adaptações).

15. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Assinale a opção correta com relação às ideias e à tipologia do texto, bem como às palavras nele empregadas. B Pelos traços linguísticos que apresenta, o texto é predominantemente narrativo.

16. (ANAC/PILOTO/19/07/2009) A ausência de verbos de ação e de gradação temporal caracteriza o texto como essencialmente descritivo.

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Samba do avião

Samba do aviãoMinha alma cantaVejo o Rio de JaneiroEstou morrendo de saudadeRio, teu mar, praias sem fimRio, você foi feito pra mimCristo RedentorBraços abertos sobre a GuanabaraEste samba é só porque,Rio, eu gosto de vocêA morena vai sambarSeu corpo todo balançarRio de sol, de céu, de marDentro de mais um minuto estaremos no GaleãoRio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroRio de JaneiroCristo RedentorBraços abertos sobre a GuanabaraEste samba é só porque,Rio, eu gosto de vocêA morena vai sambarSeu corpo todo balançarAperte o cinto, vamos chegarÁgua brilhando, olha a pista chegandoE vamos nósAterrar.

Antônio Carlos Jobim. Samba do avião. Internet: <www.jobim.com.br>.

17.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) O texto, excluído o seu título, devido às suas características quanto à linguagem e ao conteúdo, pode fazer parte de um relatório de atividades.

Planejamento urbano: existente ou inexistenteAs políticas públicas urbanas, até a década de 70, eram reações, por parte do governo federal, ao êxodo rural que o país vinha sofrendo. Essas políticas eram, em sua 4 maioria, voltadas para a infraestrutura urbana, a saber: hab-itação e saneamento. Na década de 70, foram elaboradas políticas de ordenamento urbano, por parte do governo federal, a fim de se definir e fomentar o ordenamento das regiões metropolitanas.Em 1988, uma nova Constituição foi elaborada e definiu o município como um ente federativo, além de promover

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a descentralização da receita tributária. Assim, o federalismo começava a se delinear no país, à medida que se de-scentralizava o poder estatal. Dessa forma, a partir de 1988, começou a ocorrer um repasse de renda; do governo federal para os estaduais, e estes a repassam aos municípios. Além disso, com a nova Constituição, os municípios ganharam o poder de legislar, de tributar seus próprios impostos e, por fim, de ordenar o solo urbano.

Marcelo Marcondes. Planejamento urbano: existente ou inexistente. In: Geografia: conhecimento prático. São Paulo:scala ducacional, 2009, n.º 25, p. 58 (com adaptações).

A respeito das estruturas linguísticas e do desenvolvimento argumentativo do texto, julgue os próximos itens.

18. (FUB/REVISOR/02/08/2009) No texto, que se caracteriza como uma resenha de “reportagem” (LINHA 1), desenvolve-se posicionamento crítico acerca das características desse gênero jornalístico, a partir da sua compa-ração com o documentário. “Como qualquer texto, a reportagem é uma construção da realidade, cujo aspecto representativo denuncia uma alusão, portanto jamais o fato real.”

Tipologia Textual1 C 5 E 9 E 13 E 17 E2 C 6 C 10 E 14 C 18 E3 E 7 C 11 C 15 C 4 E 8 C 12 C 16 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

GramáticaArtigo01. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A respeito das estruturas lingüísticas do texto I, marrque certo ou errado. No segundo parágrafo do texto, o termo ‘o’ que precede ‘que’ (L.1), ‘fato’ (L.1) e ‘tem-po’ (L.1) classifica-se como artigo nas três ocorrências.

“Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”

Adjetivo

02. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) As palavras “singular” (L.1) e “dramáti-ca” (L.3) qualificam, respectivamente, os substantivos “decisão” (L.1) e “dimensão” (L.3).

“Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional.”

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03. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Na primeira linha do texto, os termos “azul”, “dramático” qualificam, respectivamente, os substantivos “planeta” e “paradoxo”.

“O nosso planeta azul vive um paradoxo dramático: embora dois terços da superfície da Terra sejam cobertos de água, uma em cada três pessoas não dispõe desse líquido em quantidade suficiente para atender às suas neces-sidades. “

Quanto aos aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado.

04. TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) No trecho “fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro” (L.1), a substituição de “dos infernos” por infernal manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.”Assinale certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais do texto acima.

05. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos com a substituição do termo “da verdade” (L.3) pelo adjetivo verdadeira.

“O problema político essencial para o intelectual não é criticar os conteúdos ideológicos que estariam ligados à ciência nem fazer com que sua prática científica seja acompanhada por uma ideologia justa; mas saber se é pos-sível constituir uma nova política da verdade.”

A respeito das estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado.

06. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) No último período do texto, destaca-se o em-prego do superlativo.“Foi assim que o mais importante crítico literário do mundo, o norte-americano Harold Bloom, 77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos da História da Literatura (Ed.Objetiva, 2002), os melhores escritores do mundo segundo seus critérios e gosto particular. “

07. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Em I, na segunda e terceira colunas, são encontrados apenas três adjetivos para “Ser”: “tímido”, “ótimo”, “adequados”.

I - Coluna dois: “Ser timido”I - Coluna três: “Para conseguir um ótimo resultado, basta colocar-se no lugar do outro e gerar estímulos adequa-dos conforme o jeito do outro funcionar, de processar informações, de entender conforme o seu nível cultural ou limitações de vocabulário, conceitos e experiências pessoais.”

08. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) No texto, os termos “boa-nova” (L.1) e “água fria” (L.1) seguem, em sua constituição, à sequência de adjetivo + substantivo.

“A boa-nova vem acompanhada de um balde de água fria jogado pelo setor patronal.” Assinale certa ou errada com relação às ideias e à tipologia do texto, bem como às palavras nele empregadas

09. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) No texto, a palavra “precedentes” (L.2) modifica a expressão “ponto de partida” (L1-2). .

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“Não sob a ótica da ciência, área em que seu trabalho é plenamente aceito e celebrado como ponto de partida para um grau de conhecimento sem precedentes acerca dos seres vivos.”

10. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Em “Sendo positivo, o livro é aprovado junto ao conselho” (L.1), embora seguido de vírgula, o adjetivo “positivo” qualifica “livro”.

“Sendo positivo, o livro é aprovado junto ao conselho, que decide por sua publicação.”

11. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Recurso retórico para indicar o grau mais intenso da qualidade de algo, o su-perlativo foi empregado para qualificar os professores que atuavam na UnB em 1964 na expressão “os melhores professores” (L.1).

“Entre prisões e renúncias ao cargo, a Universidade perdeu os melhores professores escolhidos pelo reitor Darcy Ribeiro. Até aquela data, o que existia de melhor em matéria de ensino estava na Universidade de Brasília.”Numeral

Com relação ao emprego das classes de palavras no texto, assinale certo ou errado.

12. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) A palavra segundo está sendo empregada como numeral em: “Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa” (L.1).

“Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”.”

Com relação a aspectos gramaticais do texto, assinale a opção correta.

13. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Os termos “Segundo” (L.2) e “primeiro” (L3-4) pertencem à mesma classe gramatical.

“Obesidade é acúmulo de gordura corporal, ocorre 22 quando a quantidade de energia ingerida supera o gasto en-ergético, por um tempo considerável. Segundo especialistas, há quatro tipos de obesidade: alimentar, metabólica, medicamentosa e genética. A maioria dos casos se refere ao primeiro.“Substantivo

14. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) Os substantivos derivados dos verbos que iniciam os itens da enumeração sobre “o que é preciso fazer” (L.3) são formados pelo acréscimo do sufixo - ção.

“Agora que o desastre aconteceu, é importante entender por que ele foi tão grave — afinal, há muitas regiões com o mesmo tipo de risco no país. De todas as medidas já tomadas e dos estudos em curso, algumas conclusões podem ser tiradas sobre o que é preciso fazer:”1) Conter o desmatamento nas cabeceiras dos rios — Em um terreno com vegetação nativa, a água das chuvas leva mais tempo para chegar ao curso d’água. As próprias folhas das árvores absorvem parte da chuva e reduzem o impacto das gotas no solo. Além disso, troncos e folhas no chão ajudam a reter a água. O solo, menos compactado, absorve mais água.2) Regularizar a ocupação dos morros — O que aumentou as perdas de vidas e os danos materiais foram con-struções de casas em áreas de encostas perigosas, as chamadas áreas de preservação permanente.3) Aumentar o escoamento dos rios — Foi com obras de retificação, alargamento e canalização da calha dos rios que cidades como Belo Horizonte e São Paulo conseguiram reduzir o impacto das enchentes.4) Monitorar as populações de risco — Obras de contenção de encosta, treinamento de voluntários, monitora-mento da aproximação das chuvas, medição do índice pluviométrico por área das cidades, cálculo do grau de satu-ração do solo encharcado (prevendo-se o risco de deslizamento) estão entre as medidas que reduziram o número

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de mortes e de desabrigados em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro

15. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) A expressão “dia-a-dia”(L.3) é grafada com hífen porque está empregada como substantivo (sinônimo de cotidiano). Caso a expressão seja empregada como advérbio, dispen-sa-se o hífen, tal como no seguinte exemplo: Ele se recupera da doença dia a dia.

“A executiva norte-americana Nancy Tennant, responsável pela transformação da Whirlpool — o maior fabri-cante de utilidades domésticas dos EUA — em um pólo de inovação permanente, esteve no Brasil e falou sobre os desafios de incorporar a inovação ao dia-a-dia dos negócios. “

16. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O emprego do artigo, em “o pregar é em tudo comparável ao semear” (L.2), coloca os verbos “pregar” e “semear” em função própria de substantivos.

“No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir.””

Com relação ao emprego das classes de palavras no texto, assinale certo ou errado.

17. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Em “tem seu correlato grego” (L.2), a palavra “grego”está empregada como substantivo, da mesma forma que na seguinte opção: O grego é a língua oficial da Grécia. “No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que, em latim, significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos — aquele que habita na cidade.”

Assinale certo ou errado a respeito das estruturas linguísticas do texto.

18 . (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Na linha 2, o termo “só é possível” indica que “ser” está empregado como verbo, não como substantivo, sinônimo de pessoa.

“As vivências do tempo e do espaço constituem dimensões fundamentais de todas as experiências humanas. O ser, de modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo.”

19. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Em XV, as alusões a metodologias interativas estão representadas apenas pelos substantivos abstratos “experimentação” e “problematização”.

“XV Trabalhar com metodologia interativa: grupos, seminários, jogos, estudo do meio, experimentação, prob-lematização, temas geradores, projetos e monitoria.”

20 . (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção em que o segundo termo é incorreto como feminino do termo antecedente.

A afegão – afegoaB bode – cabra C frei – sórorD pavão – pavoa

Pronomes

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Pronomes pessoais

21. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A substituição de “ensinamos-lhes” (L.2) por ensinamos a elas preservaria tanto a correção gramatical do texto quanto as relações semânticas expressas no trecho em questão.

Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos subme-temos com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade.

22. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Em “quem o respira” (L.1), “o” é pronome que exerce a função coesiva de retomar o termo nominal antecedente “ar” .

“A propósito da poluição do ar, sabendo-se que ela afeta não apenas quem o respira, não chegam a surpreender 10 descobertas e constatações recentes.”

23. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram con-hecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, púr-puras” (L.1-2), os pronomes grifados referem-se a “dois amigos” (L.1).

“Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodi-los, zebras, púrpuras.”

24. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “deixa-me experimentar primeiro” (L.1), o pronome exerce a função de complemento das formas verbais “deixa” e “experimentar”.“— Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro.”

25 . (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos possuíam” (L.1-2), o termo “as” exerce a função sintática de complemento direto da forma verbal “pos-suíam”.

“Imaginem a expectação pública e a curiosidade dos outros filósofos, embora incrédulos de que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos possuíam. Entretanto, esperavam todos. Os dois hóspedes eram apontados na rua até pelas crianças.”

26. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) As duas ocorrências do pronome “ela” (linha 2 e 3) se ref-erem ao mesmo antecedente: “A política de comércio exterior do Brasil” (linha1).

“A política de comércio exterior do Brasil envolveu historicamente um grande debate nacional. Governo e lider-anças sociais a ela vincularam as possibilidades do desenvolvimento econômico, desde as suas origens, na primei-ra metade do século XIX. Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional:”

27. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Trata-se de texto subjetivo e pessoal, em que o autor se coloca de forma explícita por meio de pronomes.

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Durante o período de industrialização protecionista, a administração da proteção (especialmente não-tarifária) à indústria doméstica contra a competição dos importados constituiu, junto com instrumentos de incentivo ao investimento, um dos principais mecanismos de implementação da política industrial. A partir da década de 70, políticas ativas de promoção de exportação, apoiadas em incentivos fiscais e creditícios, juntaram-se a esse elenco de instrumentos. Uma característica marcante desse conjunto de instrumentos refere-se ao fato de que sua con-cepção e administração eram essencialmente setoriais. Não por acaso, as instituições públicas encarregadas da gestão das políticas industrial e comercial, como o Conselho de Desenvolvimento Industrial e a CACEX, eram rigorosamente estruturadas internamente segundo clivagens setoriais e subsetoriais. Daí decorreu que as relações de interlocução e consulta entre o setor público e os agentes privados, nesse caso, exclusivamente as empresas e associações setoriais diretamente interessadas, se deram quase que exclusivamente ao longo desse eixo de articu-lação.Pedro da Motta Veiga e Roberto Magno Iglesias.Internet: <www.bndes.gov.br> (com adaptações).28. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em “Aceita-o/como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada/no espaço” (L.4), os pronomes “o” e “ele” remetem ao mesmo referente: o “limbo” (L.2).

“Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra o seu poder de silêncio.Não forces o poema a desprender-se do limbo.Não colhas no chão o poema que se perdeu.Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.”

29. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Um pronome oblíquo o(s), colocado após uma palavra terminada em -s, não necessariamente um verbo, assume a forma -lo(s). Foi o que ocorreu em “Ei-los” (L.1).

“Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.”

30. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) As duas ocorrências do pronome átono, em “Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a” (L.1-2), têm como referência o trecho “sua imagem do céu estrelado” (L.2).

“A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a conforme seu argumento. O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.”

31. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) No trecho “para visitá-los semanalmente” (L.2), o pronome refere-se a “presos” (L.1).

“Ele alega que muitos presos das penitenciárias da região são de famílias pobres da Grande São Paulo, que não dispõem de condições financeiras para visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.”

32. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) No trecho “quando deixa de possuí-lo” (L.2), o pronome clítico refere-se ao termo “um bem”.

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”Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O ser humano se caracteriza, na verdade, por uma estu-pidez. Ele só descobre que um bem é fundamental quando deixa de possuí-lo.”

Assinale certo ou errado a respeito da sintaxe do texto.

33. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Em “Quando os direitos do cidadão lhe são oferecidos (...) há modificação de comportamento da sociedade o pronome “lhe” se refere a sociedade”.

Assinale certa ou errada,a respeito do uso das estruturas lingüísticas no texto.

34. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Em “impõem-lhes” (linha 8), o plural no verbo é exigido por “ruas” (linha 8) e o plural no pronome átono é exigido por “sinuosidades” e “asperezas” (linha 8).

“Já à primeira vista o próprio traçado dos centros urbanos denuncia o esforço determinado de vencer e retificar a fantasia caprichosa da paisagem agreste: é um ato definido da vontade humana. As ruas não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo: impõem-lhes antes o acento voluntário da linha reta.”

Em relação às estruturas do texto, assinale certo ou errado.

35. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) O segmento “lhes revelam” (L.1) corresponde a revelam de-las.

“As pessoas, contudo, precisam estar atentas para aproveitar o que suas experiências lhes revelam, de maneira imediata ou mediante elaborações teóricas complexas.”

Com base no texto, assinale certo ou errado.

36 . (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) O termo “eles” (L.2) retoma o antecedente “juizados” (L.1). “Os juizados passaram a proporcionar ao cidadão uma justiça barata e rápida, sem necessidade de advogado, para o processamento de causas de até 60 salários mínimos. Com eles, a justiça federal abriu suas portas a uma camada da população que até então permanecia à margem do sistema judiciário.”Assinale certo ou errado acerca do texto.

37. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) O termo “Nela” (L.2) retoma o antecedente “Nações Unidas” (L.1).

“A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo, de 2000, foi apontada como um avanço. Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime.”

Com relação ao fragmento de texto, assinale certo ou errado.

38. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)As expressões “as pessoas que dominam a escri-ta” (L.1) e “A maioria dos leitores” (L.3) são sinônimos contextuais, razão por que, com as devidas adaptações de grafia, podem ser intercambiadas sem que haja alteração nas idéias do texto nem prejuízo à sua estrutura sintática.

“Para as pessoas que dominam a escrita, que tomam a linguagem escrita como padrão e norma, é difícil imaginar que ela represente apenas uma parte da expressão oral: fonemas, palavras, frases. (...) A maioria dos leitores é atormentada pela crença de que os textos significam exatamente o que dizem; acredita que a intenção comunica-tiva, que é inferida, está tão dada quanto a forma verbal.”

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39 .(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) No desenvolvimento das relações de coesão do texto, o pronome “lhe” (L.2) retoma “homem” (L.1) e, por isso, sua substituição pelo pronome o preservaria a coerência e a correção gramatical do texto.

“Não sendo condicionado por natureza, o homem é capaz de vivenciar novas experiências, de inventar artefatos que lhe possibilitem, por exemplo, voar ou explorar o mundo subaquático, quando não foi dotado por natureza para voar e permanecer sob a água.”

40 . (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Na linha 1, o pronome de terceira pessoa em “compará-lo” e em “o de” retoma, no desenvolvimento das ideias, “O mundo” .

“O mundo hoje está pior? Vamos compará-lo com o de um século atrás. Jamais houve tanta liberdade e o cresci-mento das democracias foi extraordinário.”

41 . (FUB/REVISOR/02/08/2009) Embora a ênfase criada pela redundância no uso dos pronomes “se” e “si”, em “um sujeito que se situa a si e ao outro” (L.1), reforce a argumentação, a opção pelo emprego de apenas um deles — como, por exemplo, um sujeito que situa a si e ao outro — preservaria a clareza, a coerência e a correção gramatical do texto. “A idiomaticidade é relativa a um sujeito empírico, um sujeito que se situa a si e ao outro em relação a um tempo e um espaço.”

42 . (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Preservam-se a correção gramatical do texto e a coerência entre os argumentos ao se substituir o pronome “os” pelo correspondente lhes antes de “cerca” (L.2), escrevendo-se (...) o meio que lhes cerca.

“Esse folclore — em seu sentido mais amplo — traz à luz a compreensão de determinados povos sobre o meio que os cerca, mas de maneira bastante particular.”

Pronomes de Tratamento

43 . (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) Caso o texto estivesse sendo escrito no formato de uma carta, enviada por um funcionário público para o governador do estado de Santa Catarina, o pronome de tratamento a ser empregado como vocativo seria Vossa Eminência.

44 . (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) O pronome de tratamento “você” (Linhas.1, 4 e 5) é em-pregado, na fala da entrevistada, em sentido genérico, em referência a qualquer pessoa e, não, especificamente, ao interlocutor.

“ Achava que você tinha de ficar isolado com um pequeno grupo de pessoas, pensando em uma solução inovadora. Depois, percebi que a inovação está dentro de cada um de nós. De repente, me dei conta de que a forma certa de a inovação acontecer é deixar a coisa fluir. Quando todo mundo está impregnado do espírito da inovação, ela vem até você, todos os dias. Se eu abrir espaço para você dar vazão a sua paixão, a mudança acontece.”Pronomes Demonstrativos

No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou incoerência textual, marque certo ou errado.

45. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) E a substituição de “daqueles” (L.2) por “dos”. “A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depre-ciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comu-

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nidade.”46. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Em “na raiz do que se pode chamar” (L.1), a substituição de “do” por daquilo mantém a correção gramatical do texto.

“Essas perguntas estão na raiz do que se pode chamar de pauta de vanguarda do Supremo Tribunal Federal — ou seja, expressam o conteúdo das futuras polêmicas que a Corte terá de resolver.”

47. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) No trecho “alívio dos que” (L.1), a substituição de “dos” por daqueles prejudica a correção gramatical do período.

“O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito tempo.”

Assinale certa ou errada as questões a respeito das estruturas linguísticas do texto.

48.(SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Preserva-se a correção gramatical do texto e tor-na-se a argumentação mais clara ao se inserir o pronome isso imediatamente antes de “têm uma realidade objetiva plena” (linha 5-6).

“Para o físico Newton e para o filósofo Leibnitz, o espaço e o tempo se produzem exclusivamente fora do homem e têm uma realidade objetiva plena.”

49. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) O pronome “Isso” (linha 2) resume a idéia de responder despreocupada-mente à pergunta expressa no primeiro período do texto.

“Até hoje respondíamos à questão QUANDO COMEÇA A VIDA? das mais diversas maneiras, com a despreocu-pação dos inconseqüentes. Isso mudou.”

De acordo com as ideias e os aspectos gramaticais do texto, assinale certo ou errado.

50 .( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) No trecho “o que não significa” (L.1), o pronome “o” refere-se ao termo “fenômeno” (L.1).

“A internacionalização da economia é um fenômeno constitutivo do capitalismo, o que não significa que haja uma única maneira de lidarmos com os processos que a constituem.”

51 . (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Na linha 1 não haveria prejuízo para os sentidos do texto caso o termo “mesma” fosse deslocado para antes do substantivo “essência”, dado o caráter enfático que o termo pronominal adquire no contexto.

“E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa.”

52 . (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)Assinale a opção em que a partícula “o” sublin-hada aparece com o mesmo emprego que se apresenta no seguinte trecho do texto: “A primeira é o que queremos dizer” (L.2).

“Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista.”

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A Eles devem realizar logo o projeto do grupo.B Responda-me: o que você tem com isso?C Seu sucesso depende de o livro ser aceito.D É preciso conhecer a rotina do laboratório.E Este livro foi o que você indicou.

53 . (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). O desenvolvimento das ideias do texto permite substituir “no que” (LINHA 2) por naquilo que, sem que se prejudique a coerência textual ou se desrespeite as normas gramaticais. “Alguns só conseguem enxergar o lado feio do mundo. E, como só notícias ruins dão manchete, deleitam-se em ver confirmados seus piores enredos. Mas, no que se pode medir ou confirmar, a história é outra.”

54 . (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) Em “padeci esta devoção ao grego” (L.4), não haveria prejuízo para o sentido e para a correção gramatical do texto, se fosse empregada a palavra desta em lugar de “esta”.

“Desculpe V. Ex.ª o tremido da letra e o desgrenhado do estilo; entendê-los-á daqui a pouco. Hoje, à tardinha, acabado o jantar, enquanto esperava a hora do Cassino, estirei-me no sofá e abri um tomo de Plutarco. V. Ex.ª, que foi meu companheiro de estudos, há de lembrar-se que eu, desde rapaz, padeci esta devoção ao grego; devoção ou mania, que era o nome que V. Ex.ª lhe dava, e tão intensa que me ia fazendo reprovar em outras disciplinas.”

55 . (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) O pronome “isso” (L.5) exerce, na organização dos argu-mentos do texto, a função coesiva de retomar e resumir o fato de que as “demandas públicas da maior parte da população” (L.3) são escolhidas por meio de “formas de participação/representação” (L.4).

“Para ser democrático, deve contar, a partir das relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos claros, que, efetivamente, assegurem o atendimento às demandas públicas da maior parte da população, elegidas pela própria sociedade, através de suas formas de par-ticipação/representação.Para que isso ocorra, contudo, impõe-se a existência e a eficácia de instrumentos de reflexão e o debate público das questões sociais vinculadas à gestão de interesses coletivos...”

Pronomes Relativos

56 .(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) Assinale a opção de reescrita que preserva as relações semân-ticas entre os elementos da seguinte oração do texto: “cuja confiabilidade é relativa” .

A) de confiabilidade relativa

“Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. “

B) para confiabilidade relativa“Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. “

C) em que confiabilidade relativa

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“Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. “

D) no qual tem relativa confiabilidade“Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. “

E) dos quais têm confiabilidade relativa“Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade, na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa. “

57. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A substituição de “em que” (L.2) por ao qual mantém a cor-reção gramatical do período e a informação original do período.

“Os poluentes emitidos pelo motor de 31 automóveis, ônibus e caminhões geralmente se espalham por um raio de até 150 metros a partir do ponto em que são lançados e transformam as grandes avenidas em imensas chaminés que despejam sobre a cidade toneladas de partículas e gases tóxicos.”58. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Na linha 3, o vocábulo “cujo” estabelece relação sintático-semântica entre os termos “resultado” e “Comissão de Anistia”.

“E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria as-sinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado.”

59. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A substituição do segmento “sendo que” (L.2) por nos quais mantém a correção gramatical do período. “Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros representantes de programas nacionais de certificação flo-restal, sendo que 21 deles já foram submetidos a rigoroso processo de avaliação e possuem seu reconhecimento, representando uma área de 127.760.297 hectares de florestas certificadas, que produzem milhões de toneladas de madeira 13 certificadas com a marca PEFC.”

60. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) No período que constitui a assertiva V, as duas ocorrências do pronome relativo “que” exercem funções sintáticas distintas.

V Nas sociedades orais, aquelas que não dispunham de nenhum sistema de escrita, as mensagens eram recebidas no tempo e no lugar em que eram emitidas.

61. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Nos trechos “que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos” (L.1) e “que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente” (L.4), os elementos gramaticais grifados exercem a mesma função sintática.

“Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodi-

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los, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente.”

62. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A substituição de “com que” (L.2) por com a qual prejudica a correção gramatical do período.

“A possibilidade de utilização de um ou de outro combustível, conforme sua necessidade e seu desejo, dá ao consumidor uma liberdade de escolha com que ele não contava em experiências anteriores de uso do álcool como combustível automotivo.”

63.(PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A substituição do termo “cujos” (L.2) por dos quais prejudica a correção gramatical do período.

“Os ganhos de eficiência da indústria brasileira têm uma característica nova: seus benefícios estão sendo partilha-dos entre as empresas e os trabalhadores, cujos aumentos salariais, portanto, não pressionam os preços.”64. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A correção gramatical do texto seria mantida se o pronome “que”, em “que me escapavam” (L.2), fosse substituído por quê.

“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar o tempo todo e murmurando palavras que me escapa-vam, temia que me abordasse para conversar sobre o filho.”65. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidas se o trecho “o que levou à redução da quantidade de água” (L.2) fosse substituído por a qual levou à redução da quantidade de água.

“Calcula-se, ainda, que 30% das maiores bacias hidrográficas perderam mais da metade da cobertura vegetal original, o que levou à redução da quantidade de água.“

Com relação ao emprego das classes de palavras no texto, assinale certo ou errado.

66 .(SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) O pronome relativo “onde” foi empregado como uma referência a local, como exige a norma padrão, em “onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decisões” (linha 10-11). “ágora (praça pública onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre de-cisões).”

67. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se deslocar o pronome átono, em “se deixam” (L.1), para depois do verbo, escrevendo: deixam-se. “. As ruas não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo: impõem-lhes antes o acento volun-tário da linha reta.”

Marque certo ou errado a respeito das relações de coesão no desenvolvimento das ideias do texto.

68. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) O pronome relativo “cujo” (L.3) mostra que o “impacto” (L.3) que “poderia reduzir ou reforçar as desigualdades” (L. 3-4) é o das “pesquisas” (L.5).

“Entraram em cena, então, duas variáveis, as redes sociais e o espaço urbano, que ajudaram no entendimento dos mecanismos que associam processos macro e estruturas com ações micro, ligadas ao indivíduo e ao comporta-mento familiar, cujo impacto poderia reduzir ou reforçar as desigualdades. Mesmo a religião e o lazer entraram no escopo das pesquisas.”

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69. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Preservam-se a correção gramatical e a coerência entre as orações do texto ao se substituir “em que” (L.1) por onde.

“Breno é o retrato das oportunidades para jovens numa empresa em que mais da metade dos funcionários têm menos de 35 anos.”

70. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Os segmentos “cujo avanço permanente” (L.1) e “cuja função” (L.3) equivalem, no texto, respectivamente, a o avanço permanente da área de tecnologia e a função do farmacoeconomista.

“Muitas dessas ocupações estão ligadas à área de tecnologia, cujo avanço permanente cria novas demandas por gente mais especializada.(...)... diagnosticando profissionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabili-dade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício.

71. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) A sugestão V poderia ser corretamente reescrita da seguinte forma: Dar liberdade aos alunos, onde eles possam escolher o dia de avaliação.“V Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para ser avaliado”

72. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Preservam-se as relações semânticas e a correção gramatical do texto bem como tornam-se mais claras as relações entre as palavras “tecnologia” (L.1) e “espaço” (L2), ao se substituir o pronome “cujo” por de que o.

“Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apreen-são de sentido não é apenas composto por palavras, mas, junto com elas, encontramos sons, gráficos e diagramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual, amalgamados uns com os outros, formando um todo significativo e de onde sentidos são complexamente disponibilizados aos navegantes do oceano digital.”

No texto, seria incorreto substituir

73. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) “de que” (L.1) por segundo o qual.

“O diagnóstico de que temos dificuldades para levar a pesquisa acadêmica ao setor industrial não é novo.

74. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Mantém-se a correção gramatical do texto e respeitam-se suas relações argumentativas ao se substituir “em que” (L.1) por onde.

“Em um artigo publicado em 2000, e que fez muito sucesso na Internet, Cristovam Buarque desenhava um idílico mundo futuro, liberto das soberanias nacionais, em que tudo seria de todos.”De acordo com o texto, assinale certo ou errado com relação aos seus aspectos linguístico-gramaticais.

75. (TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Na linha 1, o pronome relativo “onde” se refere ao adjunto adverbial “numa cidade”.

“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.”

De acordo com o texto, relativamente às suas estruturas linguísticas, assinale certo ou errado.

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76.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) No trecho “Um dia ele me disse que era uma pena” (L.1), o pronome “que” exerce a função sintática de sujeito da oração.

“Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem de ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto.”

Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado.

77. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três pri-mas de Sapucaia” (linha1-2), a substituição de “em que” por onde manteria o sentido original e a correção gram-atical do texto.

“Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são antes um benefício do que um infortúnio.”

Em relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado.

78. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008)O pronome “qual” (L.2) se refere a “porta” (L.2). .

“Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. “

Marque certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais do texto acima.

79. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em ‘o conjunto de regras segundo as quais se distingue o verdadeiro do falso’ (L.1), a correção gramatical do texto seria mantida se o trecho ‘as quais’ fosse substituído por ao que.

““o conjunto de regras segundo as quais se distingue o verdadeiro do falso e se atribui ao que é verdadeiro efeitos específicos de poder”;...”80. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Mantêm-se a correção gramatical e a coerência do texto caso o trecho “cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa” (L.1-2) seja assim reescrito: do qual está-gio supremo de perfeição é representado pela globalização.

“E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa.”

Em relação ao texto, Marque certo ou errado

81. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) O termo “o qual” (L.2) pode, sem prejuízo para a correção gramatical do perío-do, ser substituído por cujo.

“As solicitações dos países são, muitas vezes, incompletas, desorganizadas e refletem a falta de conhecimento em relação à legislação e à jurisprudência do país para o qual está sendo feita a requisição.” 82. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Mantém-se a correção gramatical do período com a substituição de “os quais” (L.1) por cujos ou os que.

“Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime.”

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83. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.

IV Na linha 2, o termo ‘as quais’ retoma o antecedente “medidas”.

“Os participantes da reunião decidiram ainda, por consenso, recomendar ao Congresso Nacional que não adote medidas com base na comoção social, “as quais, a pretexto de combate à violência ou à escalada da criminalidade, possam redundar num Estado policial”, no dizer do presidente nacional da OAB.”A respeito das estruturas lingüísticas do texto

84. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). O pronome relativo “que” (L.3) refere-se a “o escritor” (L.2).

“ Embora ocupe lugar central e mais ou menos indisputado na história da literatura produzida no Brasil, o escri-tor e sua obra ainda hoje guardam algo do caráter excêntrico, inclassificável e surpreendente que assombrou seus primeiros críticos.”

Marque certo ou errado no item correspondente à proposta de substituição para o texto que provoca erro ou in-coerência textual.

85. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) seus em lugar de “cujos” (L.1)

“Foi uma luta travada com enorme êxito e cujos resultados positivos vão ser indispensáveis para criar um conhe-cimento emancipatório pós-moderno.”

86. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale a opção correta.

A É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo (cujo o mapa, por exemplo).B O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual aparece no texto ligado ao substantivo mapa na expressão “cujo mapa” (L.1).“Da mina, cujo mapa”C O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta flexões de gênero e número.D O pronome relativo quem, assim como o relativo que, tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em geral.E O pronome relativo que admite ser substituído por o qual e suas flexões de gênero e número .

87. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Na linha 2, a função desempenhada por “qual”, retomando “relação”, corresponde à função do pronome que; por isso, preservam-se a correção gramatical e a coerência do texto ao se substituir “na qual” por em que.

“O preconceito apresenta-se como construção enviesada do outro (nesse caso, outro ser humano, grupo ou socie-dade), não baseada em princípios reais, mas na configuração de uma relação na qual sujeito e objeto dessa relação estão dissociados e as determinações do sujeito frente ao objeto dessa relação são autoritárias,...”

88. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) No desenvolvimento da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (L.1) por no qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.

“No mundo moderno em que vivemos, é certamente difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza.”

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89. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (linha 9) retoma “nosso conhecimento das coisas” (L.2).

“Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais primi-tivo, e que evoluíram por meio das especulações filosóficas até as modernas investigações científicas, que as inte-graram em um nível mais profundo de síntese, uma unificação que levou milênios para ser atingida.”

90. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Por se referir a “um nível mais profundo de síntese” (L.3), a expressão “uma unificação que” (L.31) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a argumentação ou a cor-reção gramatical do texto.

“Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais primi-tivo, e que evoluíram por meio das especulações filosóficas até as modernas investigações científicas, que as inte-graram em um nível mais profundo de síntese, uma unificação que levou milênios para ser atingida.”

91. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). No que diz respeito às relações de coesão textual, é correto afirmar que o conectivo “que” (L.1) substitui a expressão “direitos e valores” (L.1).

” Mas, também em relação a esses direitos e valores, é preciso ter em conta que todos são iguais, devendo merecer a mesma proteção.”

Marque certo ou errado acerca das estruturas linguísticas do texto.

92. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) No trecho “Não é preciso percorrer vários colégios ou diferentes ci-dades para diagnosticar a existência de fatores que justificam o temor” (L.1-2), o pronome sublinhado tem como antecedente o termo “existência”.

“Não é preciso percorrer vários colégios ou diferentes cidades para diagnosticar a existência de fatores que justi-ficam o temor.”

93. (T.S.T./ANAL.JUDICIÁRIO/17/02/2008) Devido às relações de sentido entre as palavras do texto é correta a substituição do pronome “cuja” (L. 2) pela preposição de para expressar noção de posse entre “avanço tecnológi-co” (LINHA 2) e “projeção futura” (LINHA 2).

““Um cenário polêmico é embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de exclusão, diretamente proporcional ao avanço tecnológico, cuja projeção futura indica que a automação do trabalho exigirá cada vez menos trabalhadores implicados tanto na produção propriamente dita quanto no controle da produção.”

94. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) Nas relações de coesão que se estabelecem no texto, o pro-nome “que” (L.2) retoma a expressão “exercício do poder” (L.2). “O exercício do poder ocorre mediante múltiplas dinâmicas, formadas por condutas de autoridade, de domínio, de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma pessoa sobre outra, que se comporta com dependência, subordinação, resistência ou rebeldia.”

95. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) O desenvolvimento das ideias no texto permite que se omita o pronome “que” (L.1), sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto. “conquistas tecnológicas alcançadas no século XX, que avançam cada vez com maior rapidez e precisão, con-tribuíram para acelerar esses processos de integração.”

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96. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A função que o pronome relativo exerce em “cujas condições” (L.2) poderia ser também exercida pelo pronome que precedido da preposição de: de que as condições. “Por outro lado, uma língua é menos do que podem prever as regras de um dado modelo gramatical: haverá enun-ciados cujas condições específicas de formação, pelo menos parcialmente, desautorizam as regras.”

Marque certo ou errado a respeito das relações gramaticais usadas na organização do texto.

97. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) Apesar da conveniência, para o estilo, de evitar o ex-cesso de ocorrências do pronome que, seriam desrespeitadas as regras gramaticais e, por consequência, provocada incoerência textual ao se substituir “a que” (L.2) por para o qual. “Esse quadro muda quando se desenvolve uma produção para a troca, em que cada um passa a produzir aquilo a que está mais capacitado.”

Pronomes em Geral

98. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) O emprego do pronome na primeira pessoa do plural — “nos-sas” (L.1) — faz que o trecho em que ele ocorre se refira a todos os brasileiros. “O reconhecimento do programa brasileiro significa que as nossas florestas atendem às práticas internacionais de manejo sustentável, são socialmente justas, economicamente viáveis e ambientalmente corretas, o que facilita o aumento das exportações das empresas brasileiras, devido à queda de barreiras técnicas.”

Assinale certo ou errado.

99. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) A oração “10% da população determinava os destinos de toda a cidade” (L.1-2) teria o mesmo sentido caso o termo sublinhado — o artigo “a” — fosse eliminado.

“Nessa concepção, surge a democracia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade (eram excluídos os escravos, as mulheres e os artesãos).”

100. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) O desenvolvimento das idéias do texto mostra que o pronome “suas” (L.3) estabelece relação com o início do texto, por associar “dependências” (L.4) a “pesquisas” (L.1).

“As pesquisas com células-tronco embrionárias, que apontam para imensos recursos terapêuticos, exigem um mínimo acordo sobre o momento inicial da vida humana.(...)Mas a vida humana, como precisar o seu primeiro momento? As variadas respostas indicam suas dependências dos pontos de vista adotados. “Não há consenso.”

Quanto à estrutura do texto, assinale certo ou errado.

101. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Os termos “que” (LINHA 1), “Esse” (L.3) e “Eles” (L.5) são pro-nomes.

“A crise, que tem levado muitos negócios à bancarrota, provocou efeito oposto para o McDonald’s, a maior rede de fast-food do mundo.”“Esse ritmo de crescimento é 60% mais veloz que o registrado no mesmo período de 2008, justamente antes da crise.”(...)“Eles dizem que os brasileiros já começaram a trocar o restaurante pelo fast-food.”

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102. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Considerando as relações de coesão textual, assinale a opção correta a respeito do uso de pronomes no texto.A O desenvolvimento do texto permite que o pronome “se” em “se repelem” (LINHA 1) seja retirado e fique apenas subentendido. “As sociedades humanas são complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em função de sua pertinên-cia.”B O uso do pronome em “se construir” (LINHA 2) e “entender-se” (LINHA 2) mostra que deve ser usado o pro-nome também em “pertencer” (LINHA 3): pertencer-se.“As sociedades humanas são complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em função de sua pertinência. Não existe o homem só, mesmo quando solitário. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer.”C Na linha 4, preservam-se a coerência dos argumentos e a correção gramatical do texto ao se deslocar o pronome “as” para depois do verbo “fazem” do seguinte modo: fazem as mover-se.“Essa pertinência vai desde a linguagem, passa pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes e, até mesmo, as idiossincrasias. As sociedades não são essencialmente harmônicas. Elas sempre se estão transfor-mando a partir dos conflitos e das contradições que as fazem mover-se e transformar-se.”D A forma verbal “traduzem” (L.2) está flexionada no plural porque o sujeito da oração, o pronome “que” (L.1) retoma a expressão no plural “leis ou códigos” (L.1).“Não mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformações e os avanços históricos da humanidade.”E Em “entendê-los” (L.3), o pronome substitui o vocábulo “conflitos” (L.2).“Não mais direitos que apenas se cristalizam em leis ou códigos, mas que se constituem a partir de conflitos, que traduzem as transformações e os avanços históricos da humanidade. Não se pode mais entendê-los como fruto de uma sociedade abstrata, mas como a expressão coativa de tensões e contradições engendradas pelos embates de interesses e projetos de grupos sociais.”

Assinale certa ou errada a respeito da associação entre as estruturas linguísticas e os argumentos do texto.

103. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) A retirada do pronome possessivo do termo “de seus produtos” (L.2) alteraria as relações semânticas do texto e, por isso, provocaria incoerência entre os argumentos.

“Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, somos presas fáceis para marcas que promovem a obso-lescência prematura de seus produtos.”

Com relação às estruturas linguísticas e à pontuação do texto, assinale certo ou errado.104. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Na expressão “seu maior objetivo” (L.1), o pronome refere-se a “ministro do trabalho, Carlos Lupi” (L.1).

“Fruto de um longo debate, seu maior objetivo, segundo o ministro do trabalho, Carlos Lupi, era: “Proporcionar a milhões de jovens estudantes brasileiros os instrumentos que facilitem sua passagem do ambiente escolar para o mundo do trabalho”.

Colocação Pronominal

Marque certo ou errado na opção que justifica corretamente o uso de estruturas linguísticas no texto.

105 .(A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) A colocação do pronome átono antes do verbo, em “se trans-mite” (L.1), é obrigatória devido à presença do pronome relativo “que” no início da oração subordinada. “...Não menos temeroso é o conhecimento que se transmite por gerações por meio da arte. Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, ...”106. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Considerando-se que a mesóclise é desaconselhável em

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expedientes oficiais, é preferível iniciar período com a construção “Lhe enviaremos mais informações oportuna-mente” a iniciá-lo com a construção “Enviar-lheemos mais informações oportunamente”.

107. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) Em “vêm-se” (L.1), a substituição do hífen por es-paço provoca erro gramatical, por deixar o pronome átono sem apoio sintático.

“A preocupação é pertinente porque em todo o mundo graves problemas vêm-se instalando e demandando dos governos novos mecanismos de avaliação para a incorporação tecnológica na assistência médico-hospitalar de alta complexidade e de alto custo em geral.”

108.. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “divulgá-la-ei como a maior riqueza” (L.1), a co-locação do pronome antes da forma verbal ou depois dela são opções que manteriam a correção gramatical do trecho.

“Quando a minha doutrina estiver completa, divulgá-la-ei como a maior riqueza que os homens jamais poderão receber de um homem.”

109.. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerên-cia textual ao se deslocar o pronome átono, em “se deixam” (L.1), para depois do verbo, escrevendo: deixam-se.

“. As ruas não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo: impõem-lhes antes o acento volun-tário da linha reta.”

110. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim mesmo” (L.3) corresponde a me e, por essa razão, também seria gramaticalmente correta a seguinte redação: Tratarei-me.

“Aliás, o que está em discussão não é tanto o que os causou, mas como resolvê-los: se eu puder solucioná-los com um remédio ou uma cirurgia, não preciso responsabilizar-me, a fundo, por eles. Tratarei a mim mesmo como um objeto.”

111. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Reforça-se a idéia de possibilidade, coerente com a argumentação desenvolvida no texto, e mantém-se sua correção gramatical, ao se utilizar, em lugar de “Pode-se dizer” (L.1), o tempo verbal de futuro do pretérito, da seguinte forma: Poderia-se dizer.“Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um pólo empírico e um pólo lógico e que a complexidade aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas.”

Assinale certa ou errada.

112.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto, relativamente às suas estruturas lingüísticas. No trecho “se ela não parava de brigar” (L.2), o pronome “se” está anteposto ao sujeito devido à presença do advérbio de negação.

“Às vezes, eles discutiam na hora do jantar; na verdade, minha mãe brigava com ele, que ficava calado; se ela não parava de brigar, ele se levantava da mesa e saía para a rua.”

113.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, no tocante a suas ideias e estruturas lingüísticas. O trecho “Ela não o viu ficar paralítico” (L.1) admite, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: Ela não viu ficá-lo paralítico. “Ela não o viu ficar paralítico, nem teve de suportar a tristeza incomensurável do olhar dele pensando nas siri-

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gaitas.”

114. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Preserva-se a correção gramatical e a coerência das ideias do texto ao se deslocar o pronome átono em “inquietávamo-nos” (lL.2) para antes do verbo, escrevendo nos inqui-etava.“Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular, ocorrida no trabalho de interpretação.”

115. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Para que o trecho de documento acima atenda às normas de redação de documentos oficiais, é necessário que se retire o pronome átono de “dever-se-ão” (L.1), grafando-se deverão.

Art. 1.º Os pedidos dever-se-ão ser requeridos nos exatos termos dos partidos.

116 .(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) A substituição de “poder-se-ia dizer” (LINHA 4) pela forma menos formal poderia se dizer preservaria a correção gramatical do texto, desde que fosse respeitada a obrigatoriedade de não se usar hífen, para se reconhecer que o pronome se está antes do verbo dizer, e não depois do verbo poderia.

“Atualizando um pouco a distinção, poder se-ia dizer que é como se os animais viessem com um software insta-lado, de fábrica, o qual os condiciona e limita durante toda a existência.”

117. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado sobre os aspectos gramaticais do texto. Na oração “E não se trata de pouca gente” (L.1), mantém-se a correção gramatical caso a ênclise seja empregada.

“E não se trata de pouca gente. Estudo de 2007 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica estima que 63 milhões de pessoas a partir de 18 anos têm peso acima do normal.”

118. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção em que a frase apresentada está correta quanto à colocação pronominal, conforme o padrão escrito da língua portuguesa.

A Não procure-me amanhã, estarei muito ocupado.B Quando ligarem-me, diga que não estou.C Me chame ao terminar a tarefa que começou D Aqui ela trabalha muito, porque se busca a excelência.

119. (T.S.T./ANAL.JUDICIÁRIO/17/02/2008) Mantém-se a noção de voz passiva, assim como a correção gram-atical, ao se substituir “seria caracterizada” (L.1-2) por caracterizaria-se.

”Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada 10 por um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma necessidade exclusiva da classe trabalhadora.”

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Artigo – Adjetivo – Numeral – Substantivo 1 E 25 E 49 C 73 E 97 E2 C 26 C 50 E 74 C 98 C3 C 27 E 51 E 75 E 99 E4 C 28 E 52 C 76 E 100 E5 E 29 C 53 C 77 E 101 E6 C 30 E 54 C 78 E 102 A7 E 31 C 55 E 79 E 103 E8 E 32 C 56 A 80 E 104 E9 E 33 E 57 E 81 E 105 C10 E 34 E 58 E 82 E 106 E11 C 35 E 59 E 83 C 107 E12 E 36 C 60 C 84 E 108 E13 E 37 E 61 E 85 C 109 E14 E 38 E 62 E 86 E 110 C15 C 39 E 53 C 87 C 111 E16 C 40 C 64 E 88 C 112 E17 C 41 C 65 E 89 E 113 E18 E 42 E 66 C 90 E 114 E19 E 43 E 67 E 91 E 115 C20 B 44 C 68 E 92 E 116 C21 C 45 C 69 C 93 E 117 E22 C 46 C 70 C 94 E 118 C23 C 47 E 71 E 95 E 119 E24 E 48 E 72 E 96 E Gabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

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Verbos

Interpretação/Conceituação

1. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A expressão “que durou” (linha1) indica que o processo de ocupação e integração do espaço nacional está sendo considerado como completo.

“ Nos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupação e integração do espaço nacional, foi apresen-tada sempre a construção de uma rede unificada de transportes como a única forma de assegurar a integridade do território.”

2. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O verbo “participar” (L.1) está empregado, no período, como termo substantivo.

“Foi por participar de um ato público, em 1980, que Chico Mendes passou a ser fichado e perseguido pelos militares. Em Rio Branco, o seringueiro fez um discurso exaltado contra a violência no campo provocada pelos fazendeiros.”

3. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) Preserva-se a coerência textual ao se substituir “engendrar” (L.2) por produzir, gerar ou dar origem a.

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“Atualmente, contudo, as escalas nacional, regional e local mostram-se crescentemente articuladas, o que demon-stra a urgência que têm em engendrar ações mais ágeis, potentes e sistemáticas, sendo demandada, necessaria-mente, uma oferta de informações municipais de qualidade, como instrumento efetivo de planejamento, diag-nóstico e monitoramento das condições locais.”

4. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Com o emprego da locução verbal “veio passando” (L.1) e a forma verbal “trabalhando” (L.1), associadas ao conjunto do texto, reforça-se a idéia de que foi longo o tempo de exercício do trabalho escravo na vida de Copaíba.

“Durante 40 anos, veio passando de fazenda em fazenda, de pensão em pensão,trabalhando com derrubada de mata e roça de pasto. Nunca teve a carteira de trabalho assinada e perdeu a conta de quantas vezes não recebeu pelo trabalho que fez.

5. (T.S.T./ANAL.JUDICIÁRIO/17/02/2008) Preserva-se tanto a correção gramatical quanto a coerência tex-tual ao se empregar o infinitivo desencadear, com função de substantivo, em lugar do substantivo “desencadeam-ento” (LINHA 1).

“Um cenário polêmico é embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de exclusão, diretamente proporcional ao avanço tecnológico, cuja projeção futura indica que a automação do trabalho exigirá cada vez menos trabalhadores implicados tanto na produção propriamente dita quanto no controle da produção.”

Tempos e Modos

6 .(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A idéia de suposição expressa na forma verbal “ficaria” (L.1) permite o emprego de submetermos, forma verbal no modo subjuntivo, em lugar de “submetemos” (L.2), sem que se prejudiquem a coerência e a correção gramatical do texto.

“Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos sub-metemos com naturalidade.”

7. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) Marque certo ou errado na opção que justifica corretamente o uso de estruturas linguísticas no texto.O emprego do modo subjuntivo em “tenha” (L.2) é sintaticamente exigido pela oração subordinada iniciada pelo pronome relativo “que” (L.1).

“Nas interrelações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos e da vida, segundo suas particulares experiências e com base na formação que tenha acumulado ao longo de sua existência.”

8. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) O desenvolvimento das idéias do texto mostra que a tese “o moderno sistema de transporte é submetido a um critério que valia para os cavalos da época romana” (L.1) é comprovada por argumentos baseados na história de meios de transporte.

“Nós continuamos a seguir os mesmos sulcos cavados há milênios, sem perceber que a razão original das regras já desapareceu há muito tempo.”

9 . (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) O uso do modo subjuntivo em “deva” (L.2) respeita as regras gramaticais, porque esse verbo ocorre em uma oração iniciada pela conjunção “que” (L.1)

‘No que tange à pesquisa, vem sendo publicamente proposto que uma política de ciências, tecnologia e inovação em saúde deva ter como pressupostos essenciais a busca da eqüidade e a observância de rigorosos princípios

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bioéticos na pesquisa e na experimentação em geral.”

10. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) As formas verbais ‘seja’ (L.1) e ‘precisa’ (L.2) estão flex-ionadas no modo subjuntivo, porque ambas se referem a uma situação hipotética.

“Há a necessidade de que a pesquisa feita na universidade e nos laboratórios seja menos teórica e mais voltada para aplicações práticas”, diz Rodríguez. “E o setor privado precisa investir mais em pesquisa e desenvolvim-ento.”

11. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No trecho “Espera que cada um se realize” (v. 7), seguindo o padrão dos verbos conviver (v.5) e ter (v.6), o poeta faz uma recomendação ao interlocutor, usando o modo imperativo.

“Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.“Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra o seu poder de silêncio.”

12. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) As formas verbais “Penetra” (v.1) e “Convive” (v.5) estão no im-perativo afirmativo, que, no texto, é o modo da exortação do poeta, que se dirige ao interlocutor empregando o verbo na segunda pessoa; caso o fizesse na terceira pessoa, teria de empregar, nesses versos, as formas Penetre e Conviva, além das alterações que deveria fazer no restante do poema.

“Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.”

13. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Ao empregar formas verbais na primeira pessoa do plural, como “referimos” (L.1) e “Queremos” (L.4), o autor diminui significativamente a subjetividade do texto e adota posição impessoal em relação ao tema, recurso de linguagem condizente com o tipo textual desenvolvido.

“Claro está que não nos referimos ao carrancudo português, que, em meio de uma chusma de folhas metodica-mente dispostas, passa os dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunião da Rua do Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas dos cafés da Avenida, em toda parte.Queremos falar do pequenino garoto de dez anos, o brasileirito trêfego, ativo, tagarela como uma pega, travesso como um tico-tico. Por aqui, por ali, vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas com uma rapidez de raio, persegue os veículos, desliza entre automóveis como uma sombra. Parece invulnerável.”

14. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O emprego do modo subjuntivo em “inventasse” (L. 1) e “permitisse” (L. 2) demonstra ser o invento apenas uma hipótese, que as informações das orações seguintes, apoiadas no in-dicativo em “levou” (L. 2) e “criou” (linha 3), mostram como realizada.

“No século XVIII, o Parlamento Inglês ofereceu uma pequena fortuna a quem inventasse uma forma que permi-tisse aos marinheiros calcular a longitude em alto-malinha Quem levou o prêmio foi John Harrison, um descon-hecido relojoeiro do interior da Inglaterra. Ele criou o primeiro cronômetro marítimo, instrumento que revolucio-

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nou a navegação.”

15. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Na linha 1,a forma verbal “ponha”, flexionada no modo imperativo, dirige-se a quem se identifica com o pronome “você”, empregado na oração anterior.

“Se você é médico, ponha de lado aquele seu livrinho com o juramento de Hipócrates e aprenda a traduzir hi-eróglifos.”

16. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Estaria mantida a coerência do texto e garantida a adequação à modalidade padrão da língua caso a forma verbal “é” (L.2), no presente do indicativo, fosse substituída pela forma for, no futuro do subjuntivo, dado que se trata de uma oração condicional.

“Circulam pelas estações do metrô de São Paulo mais de dois milhões de pessoas a cada dia. Se essa multidão é cotidianamente bombardeada por propaganda de todo tipo e informações visuais sobre itinerários, por que não aproveitar a arena privilegiada para divulgar a importância do combate ao câncer e disseminar conceitos de pre-venção?”

17. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) O emprego da flexão de modo e tempo verbais em “diminuam” (L.26) indica uma conseqüência de “medidas” (L.2) apenas como possibilidade, não como certeza.

“Com um visual colorido e irreverente, os vinte cartazes buscam propagar a idéia de que é possível tomar medidas que diminuam as chances de contrair câncer e de que a detecção precoce da doença amplia significativamente as chances de cura.”

18. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) No texto, seria incorreto substituir “que gerem” (L.2) por que possam gerar.

“Mais uma vez, o Brasil permanece entalado no que parece ser uma incapacidade crônica de converter sua produção acadêmica em invenções que gerem patentes”

19. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Como o último período sintático do texto se inicia pela idéia de pos-sibilidade, a substituição do verbo “tem” (L.1) por tenha, além de preservar a correção gramatical do texto, res-saltaria o caráter hipotético do argumento.

Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra.

20. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) O emprego das formas verbais “cheguemos” (L.2), “desapareçam” (L.3) e “mantenham” (L.4) indica a expressão de ações hipotéticas; mas o desenvolvimento do texto permite, coerentemente, considerá-las assertivas, e sem que se prejudique a correção gramatical, em seus lugares, é pos-sível empregar as formas chegamos, desaparecem e mantêm, respectivamente.

“Se tudo der certo no planeta (o que é discutível), quem sabe um dia, daqui a mil ou dois mil anos, cheguemos lá .Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas prem-issas. Primeira: que desapareçam os Estados nacionais. Segunda: que os grupos, ou comunidades, ou sociedades que restarem mantenham entre si relações impecavelmente eqüitativas. Quem sabe um dia...”21. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) O desenvolvimento das idéias do texto permite, também, a utilização gramaticalmente correta e textualmente coerente da forma verbal produz no lugar de “produza” (L.1).

“Pode-se dizer que há complexidade onde quer que se produza um emaranhamento de ações, de interações, de retroações.”

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22.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto,marque certo ou errado com relação aos seus aspectos linguístico-gramaticais . O sentido do texto seria mantido caso as formas verbais “jogava” e “nadava” (L.1) fossem substituídas por jogara e nadara.

“Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis, nadava, nunca pegara uma gripe — até ter um derrame cerebral.”

23. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto, julgue o item a seguir.

I A forma verbal “transformem” (L.2) está sendo empregada no subjuntivo por tratar-se de uma ação hipotética.

“Os países têm importante papel a desempenhar na cooperação jurídica internacional para que não se transformem em locais seguros de guarda de dinheiro e de bens ilegais e de refúgio para criminosos.”

24. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto, marque certo ou errado. O emprego do modo subjuntivo em “agravem” (L.1) justifica-se por tratar-se de uma afirmação categórica.

“A Convenção de Palermo recomenda, ainda, que os países agravem as sanções contra a corrupção e estabelece as bases para o confisco, a apreensão e a disposição de bens e ativos financeiros obtidos por meio de atividades criminosas, também aplicáveis aos equipamentos usados nessas atividades.”

25. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)Com referência às estruturas lingüísticas, às idéias e aos modos e tipos textuais, marque certo ou errado a opção com relação ao texto. O emprego dos verbos na primeira pessoa do plural “queremos” (L. 2) e “temos” (L.2) é indicativo de que o texto se caracteriza pelo trata-mento pessoal, subjetivo, do assunto.

“Para se fazer uma revista de divulgação científica hoje, três diretrizes devem ser observadas. A primeira é o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista.”

26. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008). A correção das estruturas do texto será prejudi-cada caso se substitua

A “tem” (L.1) por tivesse.“Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória.”B “é” (L.1) por era. “A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exata-mente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.”C “era” (L.2) por é.“conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.”D “tivesse” (L.1) por tenha.“Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por hospedarias,”E “passe” (L.1) por passa. “A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.”T27. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)Com referência às idéias e às estruturas do texto, marque certo ou errado.

Na frase que se inicia por “A série” (L.1), a substituição da forma verbal no presente pela forma correspondente

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no pretérito perfeito alteraria o sentido do texto. “A série de dados do CAGED tem início em 1992. Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo informações do MTE,...”

A raça humana

A raça humana é Uma semanaDo trabalho de Deus.A raça humana é a ferida acesa Uma beleza, uma podridãoO fogo eterno e a morteA morte e a ressurreição.A raça humana é o cristal de lágrimaDa lavra da solidãoDa mina, cujo mapa Traz na palma da mão.A raça humana risca, rabisca, pintaA tinta, a lápis, carvão ou giz O rosto da saudadeQue traz do GênesisDessa semana santa Entre parêntesesDesse divino oásisDa grande apoteose Da perfeição divinaNa grande síntese.A raça humana é Uma semanaDo trabalho de Deus .Gilberto Gil.

28. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)No texto, que é a letra de uma canção, o verbo ser encontra-se no presente do indicativo porque o autor pretendeA marcar fatos que ocorrerão em um futuro próximo.B expressar ações habituais dos seres humanos que ainda não foram concluídas.C dar vida a fatos ocorridos no passado, como se fossem atuais.D apresentar uma condição ou situação como permanente. E enunciar fatos que ocorrem no momento em que o texto é escrito.

29. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) A idéia de hipótese ou possibilidade, associada ao modo subjuntivo de “tenham” (linha 6), já está explicitamente presente na oração; por isso, a substituição desse verbo por têm preserva a coerência e a correção gramatical do texto.

“A hipótese de que as pessoas atingidas por qualquer dificuldade da vida tenham alguma responsabilidade, por menor que seja, por sua situação não é sequer considerada. Os culpados são os outros.”

30.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) A opção pelo uso do modo subjuntivo em “pudés-

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semos” (LINHA 10) sugere que, na organização dos argumentos, o texto endossa a hipótese de que não é possível estabelecer a confiança.

“E, muito importante, não faria sentido vivermos, estudarmos e trabalharmos em conjunto se não pudéssemos estabelecer alguma — ou muita — confiança nas pessoas que estão conosco nessa jornada.”

31. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com relação ao fragmento de texto acima, marque certo ou errado. A forma verbal “atrapalhava” está no imperativo afirmativo.

“Ali, eu me atrapalhava de mato como se eleinvadisse as ruínas de minha boca e a enchessede frases com morcegos.” Manoel de Barros. Matéria de poesia.

32. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Assinale certo ou errado a respeito da associação entre as estruturas linguísticas e os argumentos do texto. O uso do futuro do presente em “acabará”(L. 2) expressa que a verdade referida ainda não foi comprovada.

“Quando o ritmo de vida se acelerou? Alguns juram que foi a partir de 1995, com a chegada da Internet ao Brasil e sua avalancha de informação. A verdade é que a culpa acabará genericamente atribuída à tecnologia.”

33. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Com relação às estruturas linguísticas e à pontuação do texto, assinale certo ou errado. Em “O Brasil não dispunha” (L.1), o verbo dispor está no presente.

“O Brasil não dispunha de uma lei que regulamentasse claramente os direitos e deveres das empresas, das escolas e dos estagiários.”

34. (IPOJUCA/CARGO N.SUP. 12/07/2009) A forma verbal “torne” (L.2) está condicionada à estrutura sintática em que ocorre; por isso, sua substituição por torna desrespeitaria as regras gramaticais.

“Por exemplo, se cada caçador reparte sua presa apenas com a família imediata, é mais provável que a caça se torne fortemente competitiva.”

35. (IPOJUCA/CARGO N.SUP. 12/07/2009) O tempo verbal empregado em “ocupar-se-ia” (L.1-2) indica que se trata de uma afirmação condicionada pelos argumentos a respeito da ação de ocupar-se, para sugerir que, de fato, não se realizam esses objetivos da “ciência” (L.1).

“A esfera da ciência pode parecer hostil às metáforas. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da busca e da rep-resentação do conhecimento...”

36. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Com referência à organização das ideias no texto, as-sinale certo ou errado.

A ideia de suposição ou hipótese seria retirada do texto, mas a coerência entre os argumentos e a correção gram-atical seriam mantidas se, em lugar do subjuntivo, fosse usado o modo indicativo em “possamos” (L.2): podemos.

“Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda, e as opções são tantas que não con-seguimos escolher com calma.Talvez possamos escapar das cobranças sendo mais naturais, cumprindo deveres reais.”

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Vozes Verbais

37. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A substituição da locução verbal “foi apresentada” (L.1-2) por apresentou-se prejudica a correção gramatical do período.

“Nos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupação e integração do espaço nacional, foi apresentada sempre a construção de uma rede unificada de transportes como a única forma de assegurar a integridade do ter-ritório.”

38. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A substituição da expressão “é composto” (L.1) por compõem-se mantém a correção gramatical do período.

“Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros representantes de programas nacionais de certificação flo-restal, sendo que 21 deles já foram submetidos a rigoroso processo de avaliação e possuem seu reconhecimento, representando uma área de 127.760.297 hectares de florestas certificadas, que produzem milhões de toneladas de madeira 13 certificadas com a marca PEFC.”

39. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A substituição de “foi editado” (L.1) por editou-se mantém a correção gramatical do período.

“Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto n.º 5.296, que regulamenta a Lei n.º 10.048/2000 — que dispõe sobre a prioridade de atendimento às pessoas portadoras de deficiência, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo. “

40. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) A utilização do verbo na forma reflexiva em “se empregar” (L.1) enfatiza, nesse contexto, o sentido de que os trabalhadores têm liberdade de optar por trabalhar em empresas terceirizadas ou não.

“Para eles, a perda dos direitos já é um fato consumado e, se forem obrigados a se empregar nas terceirizadas, possivelmente sofrerão, além disso, acentuada perda de salário direto.”

41. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A substituição de “deve se manter” (L.2) por deve ser mantida preserva a correção gramatical do período.

“E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anos anteriores, com ganhos salariais para os 13 trabalhadores. Dados recentes indicam que essa tendência deve se manter.“

42. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Preservam-se a coerência e a correção gramatical do texto ao se substituir “encontram-se” (L.) por outra forma de voz passiva gramatical, tal como foi encontrado. “Na lista datada do meio do século XIX a.C., encontram-se produtos farmacêuticos como mel, resinas e alguns metais 10 conhecidos como antibióticos para o tratamento de feridas.”

43. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) No texto, seria incorreto substituir “Foi divulgado” (L1) por Divulgaram-se.

“Foi divulgado um novo ranque de países segundo seu desempenho na inovação científica”

44. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Em relação ao texto acima, marque certo ou errado. A substituição de “a adoção de” (L.3) por que sejam adotadas ou por que se adotem mantém a correção gramatical e as informações originais do período.

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“Ouvinte atenta dos relatos dos trabalhadores sobre ameaças sofridas por parte de fazendeiros e sobre a situação degradante de sobrevivência a que são submetidos, a entidade apura os fatos e leva as denúncias aos órgãos com-petentes do Estado para a adoção de medidas.”

45. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto , marque certa ou errada. Na linha 2, a transformação de “consagra-se” e “afirma-se” em é consagrada e em é afirmada, respectivamente, mantém a correção gramatical do período.

“A trajetória entre esse difícil começo e os dias atuais tem um marco importante, que é a Constituição Federal de 1988. Com ela, consagra-se a democracia no país, e afirma-se de vez a independência da magistratura.”

46. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Com relação ao fragmento de texto acima, as-sinale certo ou errado. A correção gramatical do texto seria preservada caso o paralelismo de gênero e número estabelecido entre “é atormentada” (L.1) e “acredita” (L.2) fosse substituído por são atormentados e acreditam.

“A maioria dos leitores é atormentada pela crença de que os textos significam exatamente o que dizem; acredita que a intenção comunicativa, que é inferida, está tão dada quanto a forma verbal.”

47. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Assinale certo ou errado a respeito das estruturas lingüísticas do texto. A expressão, na voz passiva, “são vistas pela sociedade” (L.1) corresponde à voz ativa a sociedade vê-nas, que a pode substituir sem prejudicar a correção e a coerência do texto.

“Censurar, proibir e reprimir são atitudes antipáticas, porque geralmente são vistas pela sociedade como inimigas da liberdade individual, da criatividade e da verdade.”

48. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)O texto apresenta uma oração na voz passiva no trecho A “A série de dados do CAGED tem início em 1992” (L.1).

“A série de dados do CAGED tem início em 1992. Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior),...”

B “o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%” (L.2).

“Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo infor-mações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%.”C “‘Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis’” (L.1).“Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis, disse ele...”

D ‘Os preços dos bens duráveis (...) não estão aumentando’ (L.1-2).““Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e carros, por exemplo, que são impactados pela decisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jornalistas.”

E “No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil vagas” (L.1).

“No caso da indústria de transformação, por exemplo, foram criadas 146 mil vagas nos três primeiros meses deste ano, contra 110 mil em igual período de 2007.”

49 .(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) O desenvolvimento da argumentação do texto

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mostra que a estrutura linguística “tramou-se” (L.3) corresponde a foi tramada.

“A sustentabilidade do desenvolvimento é um problema complexo, porque a sua essência está imbricada em um tecido de problemas inseparáveis, exigindo uma reforma epistemológica da própria noção de desenvolvimento. A modernidade tramou-se no virtuosismo da civilização europeia.”

50 . (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, marque certo ou errado. A última oração do texto está na voz passiva.

“Ainda assim, só um em cada dois norte-americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução. O outro considera razoável que nós, e todas as coisas que nos cercam, estejamos aqui por dádiva da criação divina.”

51 .(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) O contexto em que aparece o trecho “o federalismo começa-va a se delinear no país” (L.1) permite, para a construção, a seguinte reescritura: o federalismo começava a ser delineado no país.

“Assim, o federalismo começava a se delinear no país, à medida que se descentralizava o poder estatal.”

Verbos1 C 11 C 21 C 31 E 41 C2 E 12 C 22 E 32 E 42 E3 C 13 E 23 ? 33 E 43 E4 C 14 C 24 E 34 C 44 C5 C 15 C 25 E 35 C 45 E6 E 16 E 26 B 36 E 46 C7 E 17 C 27 E 37 E 47 E8 C 18 E 28 D 38 E 48 E9 E 19 C 29 C 39 C 49 C10 E 20 E 30 E 40 E 50 EGabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009 51 C

Partícula SE

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) No segundo parágrafo, as duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio da indeter-minação do sujeito.

“A complexidade dos problemas desarticula-se e, precisamente por essa razão, torna-se necessária uma reordena-ção intelectual que nos habilite a pensar a complexidade.”

2.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A conjunção “Se” (linha 2) inicia uma oração queapresenta uma condição para a realização do que se afirma na oração principal.

“ O próprio biólogo reconhece, porém, que sua concepção tem um espaço em branco a ser preenchido. Se, por um lado, ela ajuda a explicar o modo como os padrões de organização são repetidos, por outro, não explicita como eles se colocam em primeiro lugar. Mas essa lacuna é estratégica, revela Sheldrake: “Isso deixa aberta a questão da criatividade evolucionária.”

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3. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O emprego do pronome “se” (L.1) indica que a oração em que o verbo está inserido tem sujeito indeterminado.

“A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável mudança de comportamento das autoridades municipais, que passam a incorporar o tema em suas priori-dades de gestão.”

4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Em “se manifestar” (linha 1), o “se” indica sujeito indeter-minado.

“Todavia, foi somente após a Independência que começou a se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupa-ção com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico.”

5. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) Mantêm-se a coerência e a correção da estrutura sintática e das relações semânticas do texto ao se inserir o pronome se logo após “sequer” (L.2).

“Ao se criticar a concepção da linguagem como representação do outro e 13 para o outro, não se a desautoriza nem sequer a refuta, mas, em um certo sentido, trabalha-se na sua desconstrução, construindo-se argumentos em favor da hipótese segundo a qual a linguagem se manifesta sobretudo como ferramenta de coação e de atuação no outro.”6. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) Preservam-se a coerência da argumentação e a correção gramatical, com a vantagem de deixar mais claras as relações semânticas do texto, ao se substituir “se estruture principalmente no” (linha 4) por estruture principalmente o.

“ No que tange à pesquisa, vem sendo publicamente proposto que uma política de ciências, tecnologia e inovação em saúde deva ter como pressupostos essenciais a busca da eqüidade e a observância de rigorosos princípios bioéticos na pesquisa e na experimentação em geral. Também que essa política se estruture principalmente no compromisso do ganho social em todas suas vertentes — saúde, indústria, comércio e cultura científica —, na extensão do conhecimento e na abrangência de todos que se envolvem com a pesquisa em saúde.”

7. (INPE/TECNOLOGISTA/25/01/2008) Ao se empregar a indeterminação do sujeito em “se pode questionar” (linha 1 ), é possível incluir, na argumentação do texto, qualquer pessoa no universo daquelas que questionam, esperam e constatam.

“Por outro lado, creio também que se pode questionar, não somente quanto à aplicação de conhecimentos cientí-ficos com finalidades destrutivas ou nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade.”

8. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “Stroibus tornou-se a esperança da cidade e do mundo” (L.1), o verbo foi empregado em sua forma pronominal, cujo significado é converter-se, transformar-se, fazer-se.

“Stroibus tornou-se a esperança da cidade e do mundo.”9. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Em “procedeu-se” (L.1), o termo “-se” indica voz reflexi-va.“. Durante o governo de Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992, procedeu-se à demolição instantânea dos conceitos que haviam alimentado durante décadas os impulsos da diplomacia:”

10.(MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Em “se deram” (L.2-3), o termo “se” indica sujeito indetermi-nado.

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“Daí decorreu que as relações de interlocução e consulta entre o setor público e os agentes privados, nesse caso, exclusivamente as empresas e associações setoriais diretamente interessadas, se deram quase que exclusivamente ao longo desse eixo de articulação.”

11. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) No trecho “até hoje se sabe” (L.1), o elemento lingüístico “se” tem valor condicional.

“Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas.”

12. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Na linha 2, a supressão do pronome “se” em “dedicar-se” acarretaria mudança de sentido do período.

“Se, atualmente, em raras empresas, já é aceitável que uma mulher reivindique tempo parcial de trabalho para dedicar-se à família, sem que isso a desqualifique aos olhos do empregador, o mesmo não acontece com um homem.”13. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Nos trechos “calcula-se que essa proporção subirá para dois terços da população mundial em 2050” (L.1-2) e “a demanda por água se multiplicou por oito” (L.3-4), o pronome “se” expressa a indeterminação do sujeito. “Se o padrão atual de aumento de consumo for mantido, calcula-se que essa proporção subirá para dois terços da população mundial em 2050. (...)Nos últimos 100 anos, a população do planeta quadruplicou, enquanto a demanda por água se multiplicou por oito.”

14. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Assinale certo ou errado a respeito da sintaxe do texto. A expressão “si mesmo” (Coluna 3 linhas 3-4) não tem valor reflexivo, opondo-se, por esse motivo, ao pronome “se” na seguinte construção: “encontrar-se no mundo” (Coluna 3 linhas 1-2). 15. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Provoca erro gramatical ou incoerência entre os argumentos do texto a substituição da conjunção “Se” (linha 1) por Ao mesmo tempo em que.

“Se a cidade moderna era a libertação do homem, ela tirava sua singularidade; desiguais em suas características, viraram miseravelmente iguais no aglomerado urbano, vulneráveis, segregados, enfim, menos do que homens: macacos.”

16. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O desenvolvimento das idéias do texto mostra que, se a condição ex-pressa pela oração iniciada por “Se” (L.1) não se tivesse realizado, os escritores não procurariam “recuperar o tempo perdido” (L.2-3). Sucedendo o movimento da rede 13 aos livros, a trajetória agora é dos livros para a rede.

“Se antes os blogueiros tomaram as estantes e livrarias, em uma invasão organizada dos posts para as páginas, os escritores descobriram que estavam perdendo espaço e procuraram recuperar o tempo perdido.”

17. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com base no texto, assinale certo ou errado. Na linha 2, o “se”, em “não se saiu”, é exigido pela regência do termo “o país”.“Analisando-se isoladamente os dados relativos a pedidos de patentes internacionais, até que o país não se saiu muito mal.”

18. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Preservando-se a correção gramatical do texto, bem como sua coerên-

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cia argumentativa, a forma verbal “mudam-se” (L.1) poderia ser empregada também no singular.

“Na economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa.”

19. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/20082008) Preservam-se a correção gramatical e a coerência da argumenta-ção do texto ao se substituir a expressão “se cumprirem” (L.1-2) por forem cumpridas. “ Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas prem-issas.”

20. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto acima, assinale certa ou errada. O emprego de “se” em “se esses juízes” (l.2) tem valor condicional.

“No início, eram apenas 88 juízes federais, todos nomeados pelo presidente da República. Na época, pelo Ato Institucional n.º 2, se esses juízes demonstrassem qualquer “incompatibilidade com os objetivos da Revolução”, podiam ser demitidos.”

21. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto, marque certo ou errado. Em “fundamentar-se” (L.2), o “se” indica indeterminação do sujeito.

“. As relações entre os países, para a adoção de mecanismos que permitam a efetiva cooperação jurídica, devem fundamentar-se na igualdade, e não na desconfiança mútua de violação da soberania.”

22. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto, marque certo ou errado. Em “comprometeram-se” (L.2), o “se” indica indeterminação do sujeito.

“Diversas entidades, entre as quais a Associação dos Juízes Federais (AJUFE), o Conselho Federal da OAB e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), comprometeram-se a propor medidas para combate à crimi-nalidade e para melhoria da segurança no país.”

23. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) De acordo com os argumentos do texto, basta que uma das condições, expressas nas linhas 2 e 3 pelas orações iniciadas por se, seja realizada, para que a culpa seja do “brasileiro comum” (R.2).

“É raro passar muito tempo, hoje em dia, sem que o brasileiro comum se veja acusado de alguma coisa. Se algo está errado, se um grupo de pessoas tem um problema ou se alguém sofre um tipo qualquer de injustiça, o cidadão já pode ir se preparando: a culpa provavelmente é dele.”

24. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) O pronome “se” pode ser retirado do período “Será pos-sível medir-se a extensão do espaço?” (L.1), assim como pode ser acrescentado ao período “Será possível avaliar a eternidade?” (L.2), formando avaliar-se, mantendo-se ambos os períodos gramaticalmente corretos.

“Será possível medir-se a extensão do espaço? De modo nenhum. O espaço é infinito e, sendo assim, não admite termo de comparação. Será possível avaliar a eternidade? De modo nenhum. Dentro das possibilidades humanas, o tempo é sempre infinito e, no cálculo da eternidade, não pode o efêmero servir de unidade a avaliações.”

25.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Devido à presença do termo “cada um de nós” (L.1) como sujeito de oração, o uso do pronome se, em lugar de “nos” (L.2), preservaria a coerência e a correção gramatical do texto.

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“Diante das notícias atuais, pode até parecer natural que cada um de nós vista algum tipo de couraça para se pro-teger de tudo isso. E, assim, encouraçados e amedrontados, vamos nos escondendo, nos encolhendo, antes mesmo de enxergar as possibilidades de fazer o que temos de fazer em conjunto, em comunidade, em companhia.”

26.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) . Com base no texto, marque certo ou errado. A supressão do “se” em “antes de se decidir a responder” (L.2) preservaria a correção gramatical e o significado do período. “A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio. Até que alguém pede a sua opinião e ele pensa muito antes de se decidir a responder:”

27. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). A dupla possibilidade de complementos para o verbo enganar, com pro-nome reflexivo ou não, mantém o texto correto e coerente se o pronome for retirado de “Engana-se” (L.1).

“Engana-se, no entanto, quem acredita que os truques simbólicos da publicidade funcionam apenas para o con-sumo.”

28. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Em relação ao texto acima, assinale certa ou errada. Em “se torne” (L.2), o pronome “se” indica sujeito indeterminado.

“O currículo não é mais um fim em si, mas um meio bem estruturado para que o indivíduo, na relação entre teoria e prática, se torne capaz de incorporar determinadas habilidades.”

29. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Considerando o uso das estruturas linguísticas no texto, assinale certa ou errada. Na linha 2, a ideia de reflexividade do verbo “denominar” está expressa por meio do uso do pronome em “se deve”.

“Toda a questão do conhecimento, como desejo de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica, organização e seu funcionamento, pode ser pensada a partir do que se deve denominar uma filosofia de superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e analiticamente o mundo das superfícies.”30. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) Na linha 1, as duas ocorrências do pronome “se”, em “se escreveu” e “se sentiu”, respectivamente, marcam ações reflexivas e referem-se ao mesmo conjunto de pessoas: os jovens brasileiros.

“Nunca se escreveu tanto no Brasil; a juventude nunca se sentiu tão motivada a escrever. A cultura refinada nunca foi para muita gente.”

31. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Considerando-se que, pela argumentação do texto, é possível tomar o “sujeito da enunciação” (L.1) como o referente do pronome “se” em “Usa-se, por exemplo, a terceira pessoa” (L.4), simplifica-se o texto, preservando-se sua correção gramatical, caso seja omitido o pronome:Usa, por exemplo, a terceira pessoa.

“O enunciado é sempre construído com base no ponto de vista do sujeito da enunciação. Não é a realidade que se apresenta ao público, mas a construção linguística que se faz a partir dela. A objetividade, portanto, não existe, apenas seu efeito, que é criado por meio de mecanismos linguísticos que dão outros ecos e valores significativos à mensagem. Usa-se, por exemplo, a terceira pessoa para narrar e índices de referencialidade, ou seja, elementos que remetem ao “real”.”

32. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Marque certo ou errado a respeito das relações gram-aticais usadas na organização do texto. Na linha 3, por já ocorrer pronome átono no verbo “aperfeiçoar-se”, o de-senvolvimento do texto admite, como coerente e gramaticalmente correto, deixá-lo subentendido em “identificar-

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se”, que, nesse caso, se reescreverá apenas como identificar.

“Esse quadro muda quando se desenvolve uma produção para a troca, em que cada um passa a produzir aquilo a que está mais capacitado. Já encontramos aí um forte motivo para a experiência da subjetividade privatizada: cada um deve ser capaz de identificar a sua especialidade, aperfeiçoar-se nela, identificar-se com ela.”

Partícula Se1 E 9 E 17 E 25 C2 E 10 E 18 E 26 ?3 E 11 E 19 E 27 E4 E 12 C 20 E 28 E5 C 13 E 21 ? 29 E6 E 14 E 22 ? 30 E7 C 15 E 23 C 31 E8 C 16 E 24 C 32 EGabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Preposição

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) O uso da preposição em, no termo “nos quais” (L.1), indica que a expressão nominal “processos sociais compartilhados” (L.1) está empregada como a circunstância de lugar da emergência dos “significados” (L.2), não como o agente de sua origem.

“...Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos sociais compartilhados, nos quais 3 emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos.”Preservam-se a correção gramatical e a coerência entre os argumentos caso se suprima o elemento sublinhado no trecho

2. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo” (L.2).

“Para Vygotsky, a base do funcionamento psicológico tipicamente humano é cultural, portanto, histórica. Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do am-biente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens.”

3. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) são construídos nas relações entre os homens (L.2-3).

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“Os elementos mediadores na relação entre o homem e o mundo — instrumentos, signos e todos os elementos do ambiente humano carregados de significado cultural — são construídos nas relações entre os homens. Os siste-mas simbólicos e, particularmente, a língua exercem um papel fundamental na comunicação entre os sujeitos e no estabelecimento de significados compartilhados que permitem interpretações dos objetos, eventos e situações do mundo real.”

4. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “exercem um papel fundamental na comunicação entre os su-jeitos e no estabelecimento de significados (L.1-2).

“Os sistemas simbólicos e, particularmente, a língua exercem um papel fundamental na comunicação entre os sujeitos e no estabelecimento de significados compartilhados que permitem interpretações dos objetos, eventos e situações do mundo real.”

5. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “sistema de signos é crucial no desenvolvimento” (L.1).

“. O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da me-diação simbólica na constituição do psiquismo humano.”

6. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) “a centralidade da mediação simbólica na constituição do psiquismo humano” (L.3).

“O surgimento da atividade verbal e da língua como sistema de signos é crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento mesmo em que o biológico se transforma no histórico e em que emerge a centralidade da me-diação simbólica na constituição do psiquismo humano. É o trabalho que, pela ação transformadora do homem sobre a natureza, une homem e natureza e cria a cultura e a história humanas. “

7. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou inco-erência textual. A omissão de “em relação” (L.2).

“A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depre-ciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comu-nidade.”

8. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A preposição “Com”, que inicia o texto, confere ao período a noção de oposição. “Com um alto grau de urbanização, o Brasil já apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.”

9. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A substituição de “cerca de” (L.1) por acerca de manteria a correção gramatical do período. “Com um alto grau de urbanização, o Brasil já apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem 4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.”

10. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Em “muito a aprender” (L.2), “a” é preposição. Com um alto grau de urbanização, o Brasil já apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas, como ad-vertem estudiosos do assunto, o país ainda tem 4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.

11. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Manteria a correção gramatical e o sentido do texto a inser-

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ção de há dois quarteirões no lugar de “a dois quarteirões” (L.2). “De imediato, existe o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais movimentadas.”

12. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Prejudicaria a correção gramatical do período a substituição de “ao”, em “ao permitir” (L.2), pela preposição por. Acreditavam, também, que a existência de meios de comunicação viria promover mudanças estruturais na econo-mia brasileira, ao permitir o povoamento das áreas de baixa densidade demográfica e, sobretudo, por possibilitar a descoberta e o 25 desenvolvimento de novos recursos que jaziam ocultos no vasto e inexplorado interior da nação.

13. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) A organização dos argumentos permite subentender a prep-osição “Até” antes de “Mesmo” (L.1), com a conseqüência de que, escrevendo-se Até mesmo, a argumentação será reforçada.

“ Os precedentes têm forte influência sobre nosso pensamento. Mesmo o trem mais moderno e mais tec-nológico corre sobre trilhos de bitola convencional. As ferrovias britânicas adotaram essa bitola porque as antigas máquinas de fabricar eixos e rodas para carruagens só podiam fazer eixos desse tamanho.”14. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) No período sintático “postula-se que (...) desejos do locu-tor” (L.2-5), as três ocorrências da preposição “de” estabelecem a dependência dos termos que regem para com o termo “função pragmática” (L.2), como mostra o esquema seguinte.

“Seja qual for a função ou a combinatória de funções dominantes em um determinado momento de comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como o emissor/locutor o vê e o concebe, ou para fazer o 10 destinatário tomar atitudes, assumir crenças e eventualmente desejos do locutor.”

15. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Estaria de acordo com o que estabelece a prescrição gramati-cal para textos escritos no nível formal da linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão “dali para a frente” (L.3) por dali pra frente.

“Francisco Alves Mendes Filho ainda não era um mito da luta contra a devastação da Amazônia quando foi preso, em 1981, acusado de subversão e incitamento à luta de classes no Acre, em plena ditadura militar. Chico Mendes se tornaria mundialmente conhecido, dali para a frente, por comandar uma campanha contra a ação de grileiros e latifundiários, responsáveis pela destruição da floresta e pela escravização do caboclo amazônico.”

16. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) Na expressão “curso d’água”, o apóstrofo marca a elisão da vogal final da preposição.

Agora que o desastre aconteceu, é importante entender por que ele foi tão grave — afinal, há muitas regiões com o mesmo tipo de risco no país. De todas as medidas já tomadas e dos estudos em curso, algumas conclusões po-dem ser tiradas sobre o que é preciso fazer:

1) Conter o desmatamento nas cabeceiras dos rios — Em um terreno com vegetação nativa, a água das chuvas leva mais tempo para chegar ao curso d’água. As próprias folhas das árvores absorvem parte da chuva e redu-zem o impacto das gotas no solo. Além disso, troncos e folhas no chão ajudam a reter a água. O solo, menos compactado,absorve mais água.

17. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Na oração “Nos anos 70, a inovação se deu em cima da

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qualidade” (L.1), “em cima de” tem o mesmo significado que na oração a seguir: Os consumidores observam as mercadorias organizadas em cima das prateleiras.

“Nos anos 70, a inovação se deu em cima da qualidade; nos 80, ocorreu em torno da produtividade; e nos 90, esteve relacionada com o mundo digital.”

18. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O conectivo “de modo a” (L.2) pode ser substituído por a des-peito de sem que haja alteração no significado original do texto.

“Assim, faz-se necessária a realização de um estudo sobre a rede da assistência social no Brasil, com informações sobre os serviços prestados, de modo a orientar investimentos estratégicos.”

19. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) Em lugar da expressão “dali a 12 anos” (L.1), estaria igualmente correta a grafia dali há 12 anos. “Seu técnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiais dali a 12 anos, nos Jogos Olímpicos de 2008.”

20. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A substituição de “cerca de” (L.2) por acerca de mantém a cor-reção gramatical do período. “. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana, e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes freqüentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado.”

21. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se escrever pela em lugar de “por uma” (L.2).

“Em nosso continente, a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras con-quistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados.”

22. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) A respeito do uso das estruturas lingüísticas no texto na linha 3, o autor evita a repetição da preposição por ao usar o termo “mediante a”, que estabelece relações significativas semelhantes.

“Em nosso continente, a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras con-quistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados.”

23. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O trecho iniciado pela preposição “por” (L.2) fornece explicações para a qualidade de ubiqüidade do hipertexto, mencionada na oração que o antecede. E“É assim o hipertexto. Com ele, ler o mundo tornou-se virtualmente possível, haja vista que sua natureza imate-rial o faz ubíquo por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, a qualquer hora do dia e por mais de um leitor simultaneamente.”

24. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O desenvolvimento das idéias do texto permite que se substitua “uma dezena de” (L.1) pela expressão cerca de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os ar-gumentos.

“Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos negócios.”

25. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) O desenvolvimento das idéias do texto admite a substituição de “em 1.000

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anos” (L.2) por há 1.000 anos, sem que haja prejuízo para as relações de tempo construídas no texto.

“Egiptólogos ingleses querem destronar o grego conhecido como o pai da medicina e esperam coroar os sábios do Nilo, que o precederam em 1.000 anos.”

26. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) O período iniciado pela expressão “As pesquisas” (L.1) estabelece, na ar-gumentação do texto, uma razão, um motivo para a idéia da oração anterior; por isso admite ser assim iniciado: Por causa das pesquisas.

Até hoje respondíamos à questão QUANDO COMEÇA A VIDA? das mais diversas maneiras, com a despreo-cupação dos inconseqüentes. Isso mudou. “As pesquisas com células-tronco embrionárias, que apontam para imensos recursos terapêuticos, exigem um mínimo acordo sobre o momento inicial da vida humana.”

No texto, marque certo ou errado.

27. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com isso” por Em vista disso. “Com isso, galgamos quatro posições e passamos a ocupar o 24.º lugar na lista dos 138 signatários do Tratado de Cooperação de Patentes.”

28. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008)

Em “chegou a dizer” (L.1), “a” é preposição exigida pela regência de “chegou”. “No início do século 19, o filósofo Hegel chegou a dizer que a leitura dos jornais era “a oração matinal do homem moderno”.”29. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008)

Em “pediu aos seus colaboradores” (L.1), “aos” é artigo definido. “Quando dirigiu um jornal, porém, na época de Napoleão, pediu aos seus colaboradores que se expressassem com simplicidade, para serem lidos pelo homem comum.”

30.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto, marque certo ou errado com relação aos seus aspectos linguístico-gramaticais. Na linha 1, “com” estabelece uma comparação entre as namoradas e o termo ‘sirigaitas’ (L.2).

“Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis, nadava, nunca pegara uma gripe — até ter um derrame cerebral. Vivia envolvido com “sirigaitas”, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos.”

31. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e aos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, marque certo ou errado. No trecho “Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão aos campos de arroz” (L.1-2), o conector “para” estabelece uma relação de conseqüência entre as ações verbais das orações.

“Egito, Filipinas, Indonésia e Costa do Marfim sofreram ondas de saques em busca de alimentos. Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão aos campos de arroz.”

Marque certo ou errado acerca do texto.

32. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Mantém-se a correção gramatical do período com a substituição de “os quais” (linha 3) por cujos ou os que.

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“Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime.”

33. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) A expressão “esse tipo de crime” (L.4) retoma o antecedente “Crime Orga-nizado Transnacional” (L.1).

A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Pal-ermo, de 2000, foi apontada como um avanço. Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime

34. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) A relação sintática existente entre as duas últimas orações do primeiro pará-grafo pode ser expressa pela conjunção Conquanto.

“A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo, de 2000, foi apontada como um avanço. Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime.”

35. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) A preposição “sobre” (L.2), que introduz os complementos da palavra “dúvida” (linha 2), está subentendida imediatamente antes da primeira ocorrência de “se” (L.4).

“Tudo parece ter começado a mudar nos últimos anos e as revisões profundas por que estão passando os discursos e as práticas identitárias deixam no ar a dúvida sobre se a concepção hegemônica da modernidade se equivocou na identificação das tendências dos processos sociais, ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou, ainda, sobre se se está perante uma inversão de tendências ou, antes, perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas sem que seja possível identificar os vetores mais potentes.”

36. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Na linha 2 a preposição “perante”, no contexto em que ocorre, contribui para que a “inversão de tendências” (L.2) seja interpretada como um processo ainda em curso.

“...ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou, ainda, sobre se se está perante uma inversão de tendências ou, antes, perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas sem que seja possível identificar os vetores mais potentes.”

37. (T.J.CEARÁ/ANAL. JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) No período “Estamos em uma época em que é muito difícil ser-se linear” (L.3), a expressão “em uma época” tem a função de localizar no tempo a afirmação de “ser-se lin-ear”. Por isso, a preposição “em” logo após “época”, que tem igual função, poderia ser eliminada sem que hou-vesse prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. “Como se calcula, as dúvidas são acima de tudo sobre se o que presenciamos é realmente novo ou se é apenas novo o olhar com que o presenciamos. Estamos em uma época em que é muito difícil ser-se linear.”

38.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Mantêm-se o respeito às regras gramaticais e a co-erência na argumentação ao se substituir “em sua” (L.3) tanto por na sua como por com sua.

“Aos olhos do colonialismo, a dignidade da existência do bárbaro do novo mundo foi reconhecida, apenas, na sua capacidade de incorporar-se às luzes da moral cristã, da mentalidade capitalista e do racionalismo progressivo do mundo industrial, em sua voracidade insaciável por recursos naturais, cada vez mais distantes.”

39.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) O desenvolvimento das ideias do texto permite substituir-se “Diante” (L.1) por Frente, sem prejuízo para a coerência nem para a correção gramatical do texto.

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“Diante das notícias atuais, pode até parecer natural que cada um de nós vista algum tipo de couraça para se pro-teger de tudo isso.”

40.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, assinale certo ou errado no trecho “lançada pelo país A ao país B” (L.2), a substituição de “ao” por “no” altera o significado do texto, mas não a sua correção gramatical. “Pode-se analisar a situação criada no filme sob a ótica da Teoria dos Jogos: uma bomba nuclear é lançada pelo país A ao país B. A política de B consiste em revidar qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o país seja atacado.”

41. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção que apresenta erro gramatical.

A Conversamos acerca do jornal. B Parei o carro há cerca de cem metros daqui.C Falei cerca de cinco minutos.D Há cerca de trinta mil torcedores no estádio.

42. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos “direitos in-violáveis” (L.1) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições “desde” (L.2) e “até” (L.3).

“...tendo como pressupostos informativos um núcleo de direitos invioláveis, conquistados, principalmente, desde o início da Idade Moderna, e ampliados pelo Constitucionalismo Social do século XX até os dias de hoje. Fala-se, por certo, dos Direitos Humanos e Fundamentais de todas as gerações ou ciclos possíveis.”

43. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) A preposição “mediante” (L.1) estabelece relação de movi-mento entre “exercício do poder” (L.1) e “múltiplas dinâmicas” (L.1).

“O exercício do poder ocorre mediante múltiplas dinâmicas, formadas por condutas de autoridade, de domínio, de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma pessoa sobre outra,...”

44. (IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) A palavra “como” (L. 2,3) introduz, nas duas ocorrências, ideias de mesmo valor semântico.

“As alterações ambientais causadas pelas atividades urbanas são sentidas pela população, tais como o aumento da temperatura nas áreas centrais, o aumento da precipitação e as enchentes.“Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de casas, indús-trias, vias marginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos.”

Preposição1 C 10 C 19 E 28 C 37 E2 E 11 E 20 E 29 E 38 C3 E 12 E 21 C 30 E 39 E4 C 13 C 22 E 31 E 40 C5 E 14 E 23 E 32 E 41 A

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6 E 15 E 24 E 33 C 42 C7 E 16 C 25 E 34 E 43 E8 E 17 E 26 E 35 C 44 E9 E 18 E 27 C 36 C Gabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Advérbios e Palavras Denotativas

1. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009).No segundo parágrafo, o advérbio “outrossim”, frequente em expedientes oficiais, está empregado de forma redundante por estar antecedido do advérbio “também”.

2. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) O desenvolvimento da argumentação do texto permite subentender que a oração iniciada por “Também” (L.3) dá continuidade à idéia do que “vem sendo publicamente proposto” (L.1).

“No que tange à pesquisa, vem sendo publicamente proposto que uma política de ciências, tecnologia e inovação em saúde deva ter como pressupostos essenciais a busca da eqüidade e a observância de rigorosos princípios bioéticos na pesquisa e na experimentação em geral. Também que essa política se estruture principalmente no compromisso do ganho social em todas suas vertentes — saúde, indústria, comércio e cultura científica —, na extensão do conhecimento e na abrangência de todos que se envolvem com a pesquisa em saúde. “ 3.(SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Com relação ao emprego das classes de palavras no texto, assinale certo ou errado. Nas orações “A mídia confunde muito o direito do Cidadão com o direito do Consumi-dor” (L.1) e “poucos têm muito” (L.4), a palavra “muito” tem o mesmo valor adverbial. “A mídia confunde muito o direito do Cidadão com o direito do Consumidor, por isso questiono o aspecto ide-ológico dessa confusão.(...)“Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e da corrupção endêmicas, é a má distribuição de renda, situação em que muitos têm pouco e poucos têm muito.”

4. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Marque certo ou errado a respeito da sintaxe do texto. Na oração “É do direito de acesso que o povo brasileiro necessita” (L.1), a expressão “é(...) que” serve para enfatizar aquilo de que o povo brasileiro necessita.

“É do direito de acesso que o povo brasileiro necessita e não de leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades.”

5. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) O advérbio “aqui” (L.1) tem como referência o espaço textual, mais espe-cificamente, seus dois últimos parágrafos.

“Apresentamos aqui algumas das caras que representam duas das melhores empresas para trabalhar no Brasil. Suas histórias ilustram como funcionam, na prática, as políticas de desenvolvimento de talentos, de reconheci-mento e recompensa das empresas(...)Breno é o retrato das oportunidades para jovens numa empresa em que mais da metade dos funcionários têm me-nos de 35 anos. Como era de se esperar, um ambiente assim é bastante descontraído. Em sua mesa de trabalho, Breno exibe o ingresso de uma banda que acompanhava o cantor jamaicano Bob Marley.Assim como o banco em que trabalha, Hugo se tornou mais ligado às questões ambientais com o passar dos anos.

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Hoje o banco considera que parte de sua missão é incluir a sustentabilidade nos negócios. “O Hugo é uma das pessoas que melhor encarnam esse espírito aqui dentro”, diz a diretora de RH do banco.6. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Mantêm-se a correção gramatical e as relações semânticas responsáveis pela coerência textual caso se desloque, na linha 3, o advérbio “consensualmente” para antes de “estabelecem”.

“Nessa acepção, razão e verdade deixam de ser valores absolutos para se transformarem em valores temporari-amente válidos, de acordo com o veredicto dos atores envolvidos na situação, os quais estabelecem consensual-mente o processo pelo qual a verdade e a razão podem ser conquistadas em um contexto dado.”

7. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) A partir do advérbio “ainda” (L.3), o texto permite inferir que “realidades sociais” (L.3) são sempre institucionalizadas.

“A razão comunicativa e a nova concepção de verdade que dela decorre não são, por isso mesmo, encaradas como uma utopia que aguarde indefinidamente sua concretização social, mas como realidades sociais que, apesar de ainda esparsamente institucionalizadas, já fazem parte do nosso cotidiano nos mais diferentes níveis.”

8. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) A expressão “por outro lado” (L.3) explicita a caracterização do se-gundo dos “dois momentos importantes” (L.1).

“Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social surgem dois momentos importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva e confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá apenas as formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do novo, do espontâneo e do autêntico na história.”9. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Por meio do advérbio “Realmente” (L.2), o autor do texto exprime concordância com o enunciado de Pitágoras citado no primeiro parágrafo.

“Consultado por um discípulo sobre as forças dominantes dos destinos dos homens, o grande sábio Pitágoras respondeu: “Os números governam o mundo!”. Realmente. O pensamento mais simples não pode ser formulado sem nele se envolver, sob múltiplos aspectos, o conceito fundamental do número.”

10.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) O sentido geral do texto e a sua correção gramatical seriam mantidos caso se substituísse a expressão “no senso comum” (L.1) por “. Até mesmo o poder de um jogador, considerado, no senso comum, como uma vantagem, pode atuar contra seu detentor.”

A geralmente. B apressadamente.C aproximadamente.D erroneamente.E precipuamente.

11. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto. A palavra “má” (L.1) é um advérbio que qualifica o sistema político brasileiro.

“O sistema político brasileiro sofre com a proliferação de partidos, a má qualidade dos políticos e a relação promíscua com financiadores de campanha, para citar apenas alguns problemas.”

12.(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Em “Cometi apenas um erro” (L.1) e “Tive sempre medo da vida” (L.3), a mudança na ordem dos termos adverbiais para Apenas cometi um erro e Sempre tive medo da vida mantém inalterado o sentido desses períodos no texto.

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“Cometi apenas um erro. Não 1 soube ser feliz. Nunca: nem um só dia, nem sequer uma hora. A própria criação, um prazer para os poetas mais sensíveis, foi para mim sempre mais angustiante que redentora. A causa primeira do meu infortúnio, conheço-a agora. Tive sempre medo da vida.”

Estrutura e Formação das Palavras

13. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A palavra “bicombustível” (linha2) é formada por prefixação.

“Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustível, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer proporção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos na sua permanência no mercado por muito tempo.”

14. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).A respeito das estruturas lingüísticas do texto II, marque certo ou errado. As palavras “inquietante” (L. 2), “indisputado” (L. 2) e “inclassificável” (L.4) classifi-cam-se como adjetivos, os quais são formados por um mesmo prefixo, mas por sufixos diferentes.

“Às vésperas do centenário de sua morte (29 de setembro de 1908), Machado de Assis continua a ser uma pre-sença inquietante. Embora ocupe lugar central e mais ou menos indisputado na história da literatura produzida no Brasil, o escritor e sua obra ainda hoje guardam algo do caráter excêntrico, inclassificável e surpreendente que assombrou seus primeiros críticos.

15. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) A palavra “prepostos” (L.4), formada pelo prefixo “pre” mais o particípio do verbo pôr — “postos” —, refere-se às entidades anteriormente citadas, quais sejam: Instituto de Registro Imobiliário do Brasil, Colégio Notarial do Brasil e Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo.

“O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área.”

Advérbios e Palavras Denotativas / Estrutura e Formação das Palavras1 C 4 C 7 E 10 A 13 C2 C 5 C 8 E 11 C 14 C3 C 6 C 9 C 12 E 15 EGabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Regência Verbal

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à dissolução” (linha1) deve-se à dupla possibilidade de relações sintático semânticas para o verbo assistir. “Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não existe nar-ração ou gênero do discurso capaz de dar um traçado único, um horizonte de sentido unitário da experiência da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totali-zantes da ciência e da cultura.”

2.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) O emprego da preposição antes do pronome, em “a que” (L.1), atende à regra gramatical que exige a preposição a regendo um dos complementos do verbo submeter.

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“Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos sub-metemos com naturalidade”

3. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou inco-erência textual, marque certo ou errado .A omissão de “com” (L.1). “botânica — de um amontoado confuso de árvores e arbustos dos mais variados tamanhos e com uma imensa variedade de tonalidades verdes. A visão que um índio tupi tem desse mesmo cenário é totalmente diversa”

4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Ambas as construções serão tidas como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1.Esses são os recursos de que o Estado dispõe. 2.O Governo insiste que a negociação é importante.

5. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) Na linha 1 e 2, segundo as regras da norma culta da língua portuguesa, a preposição “de” não sofre contração com o artigo de “o capitalismo” por que este termo de-sempenha a função de sujeito da oração subordinada.“Fazer ciência implica descobrir, inventar e produzir coisas novas. Antes de o capitalismo se estabelecer como sistema socioeconômico dominante, fazer ciência era uma atividade individual e privada.”

6. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) A inserção da preposição sobre antes da oração condi-cional iniciada por “se é possível” (L.1) manteria a coerência da argumentação do texto, bem como respeitaria as regras gramaticais.“ Existem dúvidas se é possível, democraticamente, um controle social e ético sobre os conhecimentos científicos e os avanços tecnológicos em geral. Discute-se também se, do ponto de vista do direito, as questões éticas devem ser objeto de leis ou de normas, ou de ambas. Assim como se indaga muito se a sociedade não estaria exercendo um controle social e ético sobre as tecnociências mediante normas (códigos de ética) em detrimento dos poderes legalmente constituídos nos estados democráticos, menosprezando as leis e superestimando os códigos de ética.”

7. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) Na linha 1, a preposição em “de que” é exigida pelo verbo “conscientizar-nos”, por isso sua retirada do texto provocaria erro gramatical.“Por isso, temos de conscientizar-nos de que a superação de conflitos éticos é dinâmica e envolve uma ampla interação de necessidades, obrigações e interesses dos vários envolvidos: o governo, por ser o agente protetor, regulador, financiador e comprador maior; a indústria e os fornecedores, que exercem grande pressão inflacionária para a incorporação de seus produtos ou bens; as instituições e os profissionais de saúde, que pressionam pela atualização da sua capacidade instalada, variedade de oferta de serviços e atualização tecnocientífica. “

8. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) No segmento “Faltava reparar a injustiça cometida pelos milita-res” (L.3) o complemento do verbo “reparar” poderia estar precedido da preposição em, com a devida contração com o artigo “a”, sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do texto. “. Por isso mesmo foi assassinado, em 22 de dezembro de 1988, na porta de casa, em Xapuri. O crime, cometido por uma dupla de fazendeiros, foi punido com uma sentença de 19 anos de cadeia para cada um. Faltava reparar a injustiça cometida pelos militares.”

9. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) O trecho “Temos coisa melhor do que esses tratados” (L.1) ad-mite, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: Temos coisa melhor que esses tratados. “— Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo os talentos e as virtudes.”

10. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) A omissão da preposição “a”, em “atender a novas neces-

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sidades do consumidor” (L.1), não prejudica a correção gramatical nem o sentido original do texto. “Agora, a onda são os produtos com novas funcionalidades para atender a novas necessidades do consumidor.

11. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Na oração “Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses” (L.1-2), a correção gramatical seria mantida caso a preposição “a” fosse substituída por para. “Já estava assustado com o seu silêncio. Aqui tudo na mesma. Depois de amanhã dou uma reunião aos amigos e uns professores franceses, pra que venham ver o meu retrato que todos anseiam por ver.”

12. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) Mantém a correção gramatical do texto a seguinte reescrita do trecho “responder às exigências imediatas” (L.2): responder a exigências imediatas.

“. O conhecimento e a aprendizagem sobre a escala local proporcionados pelas informações estatísticas vêm re-sponder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade estrutural no Brasil,...”

13. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) O verbo “visa”, que aparece no início do item 2 do ofício, rege preposição a, a qual pode ser omitida quando o complemento é uma oração com verbo no infini-tivo.

14. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Na passagem “lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo com-parável ao semear” (L.1-2), o termo “Antônio Vieira” funciona como complemento (objeto direto) do verbo lembrar.

“No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear,”

15. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em “no relatório” (L.3), o emprego da preposição em está de acordo com a prescrição gramatical, que estabelece para o uso formal da linguagem uma única regência para o termo incorporado.

“Em relação à etapa de verificação, constatou-se que todas as recomendações propostas, decorrentes da análise do relatório que marcou o início do processo de acompanhamento, foram incorporadas integralmente no relatório final de acompanhamento. “

16. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Na oração “Nada lhe empana a lucidez do espírito, nada” (L.1), cujo sujeito é “lucidez do espírito”, a forma verbal “empana” rege um complemento indireto, “lhe”, e um direto, “Nada”, repetido ao final do período.

“Nada lhe empana a lucidez do espírito, nada. Tem gestos próprios e expressões peculiares. Para ele, um assas-sínio ou um suicídio é simplesmente uma “encrenca”. “

17. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) O emprego de preposição em “ao crescimen-to” (linha 2) justifica-se pela regência de “atender” (L.2).

“ Segundo ele, a maturação dos investimentos feitos pelas indústrias permite a expansão da capacidade de produção em ritmo suficiente para atender ao crescimento da demanda, sem que haja pressões inflacionárias. “

18. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A correção gramatical e o sentido do

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texto seriam mantidos se a preposição a fosse incluída após a forma verbal “esperava” (L.2), de forma a obter a seguinte oração: Eu esperava ao fim da tarde com ansiedade. “Despertava como quem leva um susto, ia lavar o rosto e retomava sua ronda, que me deixava mareado. Eu es-perava o fim da tarde com ansiedade; mal escurecia, entrava no camarote para ler, mas ficava pensando nos dois: Mundo e seu pai.”

19.(SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) O verbo chamar, no sentido de convocar, mandar vir, rege complemento sem proposição. Assinale a opção que apresenta um exemplo desse sentido e dessa regência do verbo chamar.

A O telefone chamava insistentemente.B O ímã chama o ferro.C O diretor chamou para si toda a responsabilidade.D Vá chamá-los para o jantar. E Chamava pelo amigo de infância.

20. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se eliminar a expressão “a que” (L.1).

“O plano regular não nasce, aqui, nem ao menos de uma ideia religiosa, como a que inspirou a construção das cidades do Lácio e mais tarde a das colônias romanas de acordo com o rito etrusco;..”21. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) No trecho “diagnosticando profissionais que faltam às empresas” (L.3), o verbo sublinhado rege dois complementos: um direto, representado pelo termo “profissionais”, e outro indireto, representado por “às empresas”.

“... para clientes de planos de saúde e para empregados de empresas; o gerente de diversidade, que, em um setor de recursos humanos, é quem tem uma visão mais panorâmica do quadro de empregados, diagnosticando profis-sionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício.”

22. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Mantendo-se a regência do verbo e o sentido do período, a sug-estão XIV poderia ser reescrita da seguinte forma:Sugerir aos colegas roteiros de orientação de estudo.

“XIV Sugerir roteiros de orientação de estudo“

23. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Preservam-se a correção gramatical do texto e as relações semânticas entre as expressões “sentido” (L.2) e “superfície perceptual” (L.3), ao se retirar a preposição do termo “de onde” (L.4).

“Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir uma tecnologia de linguagem cujo espaço de apre-ensão de sentido não é apenas composto por palavras, 4 mas, junto com elas, encontramos sons, gráficos e dia-gramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual, amalgamados uns com os outros, formando um todo significativo e de onde sentidos são complexamente disponibilizados aos navegantes do oceano digital.”

24. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Seria mantida a correção gramatical caso o elemento “do” fosse inserido entre “mais” e “que”, na linha 1.

“Certamente, o hipertexto exige do seu usuário muito mais que a mera decodificação das palavras que flutuam sobre a realidade imediata” 25. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) A inserção da preposição a no complemento de “Sucedendo” (L.1),

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escrevendo-se ao movimento, preserva a coerência da argumentação e atende às regras da norma culta da língua portuguesa. “Sucedendo o movimento da rede aos livros, a trajetória agora é dos livros para a rede. “26. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Preservam-se a coerência da argumentação e o atendimento às regras gramaticais ao se retirar a preposição “em” do termo “em que” (L.1).

“Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha horário para tudo e não mis-turava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar.”

27. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Na linha 1,a presença do sinal indicativo de crase em “à questão” indica que o verbo responder, como está empregado no texto, exige o uso de ao, se, mantida a coerência textual, o vocábulo “questão” for substituído por questionamento. “Até hoje respondíamos à questão QUANDO COMEÇA A VIDA? das mais diversas maneiras, com a despreo-cupação dos inconseqüentes.”

As opções abaixo apresentam trechos que constituem um texto adaptado do jornal Zero Hora (RS) de 3/3/2008. Marque certo ou errado os itens referente a erro de regência.

28. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Não são apenas os trabalhadores que ganham quando são contratados de acordo com a lei.

29. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Até mesmo o governo se beneficia, pois, quando o número de contribuintes se amplia, há diminuição no deficit da previdência e no do setor público de maneira geral. 30. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Quanto maior a quantidade para trabalhadores formais, mel-hor será a imagem do país, até agora muito associada a precariedade na área trabalhista.

31. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Ainda assim, os avanços na área trabalhista não dependem apenas de crescimento econômico. O país precisa também de menos regulação e de menos custos nas contrata-ções. 693 No texto acima, há erro de regência.Marque certo ou errado.

32. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) “se deixam” .

“As obras ironicamente mencionadas como clássicas não se deixam dissolver no mercado, mesmo que o mercado as envolva.”33. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) “as envolva”.

“As obras ironicamente mencionadas como clássicas não se deixam dissolver no mercado, mesmo que o mercado as envolva.”34. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) “os homens”.

“No entanto, os consumidores que adquirem os clássicos estão assimilando a extraordinária riqueza das experiên-cias que proporcionam os homens o conhecimento deles mesmos e do mundo em que vivem.”35. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) “em que vivem” .

“No entanto, os consumidores que adquirem os clássicos estão assimilando a extraordinária riqueza das experiên-cias que proporcionam os homens o conhecimento deles mesmos e do mundo em que vivem.”

36. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Em relação às estruturas do texto, marque certo ou errado. No termo “a todas as pessoas” (L.2), ao se eliminar o pronome “todas”, é necessário eliminar a preposição “a” e

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colocar sinal indicativo de crase em “as pessoas”.

“E é apostando nessa segunda opção que os verdadeiros democratas insistem em proporcionar informações a todas as pessoas.”

37. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) É pela acepção do verbo levar, em “leva a perceber” (L.1), que se jus-tifica o emprego da preposição “a” nesse trecho, de tal modo que, se for empregado o substantivo correspondente a “perceber”, percepção, a preposição continuará presente e será correto o emprego da crase: à percepção.

“Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito).”

38. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Mantendo-se as idéias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o complemento da forma verbal “visam” (L.2) poderia ser introduzido pela preposição a: ao controle.

“ A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político.”

39.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Quanto aos aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. No trecho “e as mulheres haviam deixado de usar chapéus” (L.1), manteria a correção gramatical e o sen-tido do texto a substituição de “haviam deixado” por havia deixado. “Antes tivera uma chapelaria, e as mulheres haviam deixado de usar chapéus.”

40.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, no tocante a suas ideias e estruturas linguísticas, marque certo ou errado. No trecho “A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror” (L.1), o emprego da preposição “com” é facultativo.

“A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai encheu-me de horror — não podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente são, impunemente.”

41. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Em relação ao texto acima, marque certo ou errado. Na expressão “em defesa” (L.2), a preposição pode ser substituída, sem prejuízo para a correção gramatical do período, por qualquer um dos termos a seguir: na, de, por, com, à.

“Premiada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelo combate ao trabalho escravo, na categoria instituição, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) tem histórico de 30 anos de luta em defesa dos trabalhadores rurais.”

42. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Na linha 1, o uso da preposição “por” antes do pronome rel-ativo deve-se à regência da forma verbal “passando”, que está empregada no texto com a acepção de vivenciando.

“Tudo parece ter começado a mudar nos últimos anos e as revisões profundas por que estão passando os discursos e as práticas identitárias deixam no ar a dúvida sobre se a concepção hegemônica da modernidade se equivocou na identificação das tendências dos processos sociais, ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou, ainda, sobre se se está perante uma inversão de tendências ou, antes, perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas sem que seja possível identificar os vetores mais potentes.”

43. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) O desenvolvimento da argumentação permite a inserção da

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preposição a imediatamente antes de “ganhar” (L.1), de “comer” (L.2) e de “acreditar” (L.2), sem se prejudicar a correção gramatical do texto.

“Esse conceito pressupõe que todos sejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmos salários, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores?”

44. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) O respeito às regras da norma culta, requisito da redação de documentos oficiais, exigiria que a contração em “das dificuldades” (L.1) fosse desfeita, grafando-se de as dificuldades, se o período em que ocorre esse termo constasse de um texto oficial.

“No entanto,observa-se que uma das dificuldades da vida social é a aceitação da diferença.”

45. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Mantém-se o respeito às regras da norma culta, ao se retirar do texto a preposição que antecede a conjunção em “de que” (L.1).

“A hipótese de que as pessoas atingidas por qualquer dificuldade da vida tenham alguma responsabilidade, por menor que seja, por sua situação não é sequer considerada. Os culpados são os outros.”

46. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) Na linha 3, o emprego de “pelo”, regendo “estudo”, indica que está subentendida, antes dessa contração, a forma verbal aprendem, como utilizado na linha 2.

“Os seres humanos, nas culturas orais primárias, não afetadas por qualquer tipo de escrita, aprendem muito, possuem e praticam uma grande sabedoria, porém não “estudam”. Eles aprendem pela prática — caçando com caçadores experientes, por exemplo —, pelo tirocínio, que constitui um tipo de aprendizado; aprendem ouvindo, repetindo o que ouvem, dominando profundamente provérbios e modos de combiná-los e recombiná-los, assimi-lando outros materiais formulares, participando de um tipo de retrospecção coletiva — não pelo estudo no sentido estrito.”

47.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Nos segmentos “de que vive” (L.1) e “de que vi-vemos” (LINHA 2), o uso da preposição “de” é requerido pela regência do verbo viver. “Um peixe, se tivesse consciência, provavelmente não se daria conta de que vive permanentemente na água. Nós raramente tomamos consciência de que vivemos imersos em uma grande camada de oxigênio.”

48.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) - Com base no texto, marque certo ou errado. Acrescentando-se “de que” imediatamente após a conjunção “e” (L.2), o significado do período correspondente não seria alterado.

“O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação.”

49.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) - Com base no texto, marque certo ou errado. Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir “convencê-lo de que” (L.1) por convencer-lhe que. “O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. “

50. SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009 Quanto à estrutura do texto, marque certo ou errado. As formas verbais “provocou” (L.1) e “é” (L.4) são verbos de ligação.

“A crise, que tem levado muitos negócios à bancarrota, provocou efeito oposto para o McDonald’s, a maior rede de fast-food do mundo. Números recentes, relativos ao primeiro trimestre deste ano, mostram que as vendas já aumentaram quase 5% nos Estados Unidos da América (EUA), onde mais de um terço das 31.000 lojas da rede

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estão localizadas. Esse ritmo de crescimento é 60% mais veloz que o registrado no mesmo período de 2008, jus-tamente antes da crise.”

51. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção em que a regência verbal da frase apresentada está em desacordo com os padrões gramaticais.

A Assistiu o espetáculo pelo telão, pois estava longe do palco.B O fã, extasiado, assistiu ao desfile de carnaval.C Rápido, o corpo de bombeiros assistiu o acidentado.D Piamente, acreditava

52. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Acerca da sintaxe do trecho “Os números são semelhantes aos rela-cionados aos furtos, roubos e ameaças” (LINHA 1), marque certo ou errado. O vocábulo “são” está empregado como verbo de ligação.

“Os números são semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaças.”53. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Considerando o uso das estruturas linguísticas no texto, marque certo ou errado. A substituição da preposição “a” em “ao qual nos relacionamos” (L.1) pela preposição com manteria a correção do texto.

“Ela é um dado da realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.”

54. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, marque certo ou errado. A forma verbal “reside” (L.1) tem sentido completo. “O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas idéias causam entre um vasto contingente de pes-soas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto.”

55. (T.C.U./A.CONTR.EXT/ 11/07/2009) O uso da preposição em “ao caráter” (L.1) deve-se às exigências sin-táticas do verbo reportar, na acepção usada no texto.

“Tais dinâmicas não se reportam apenas ao caráter negativo do poder, de opressão, punição ou repressão, mas também ao seu caráter positivo, de disciplinar, controlar, adestrar, aprimorar.”

56. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) A organização dos argumentos no texto mostra que o pronome relativo “que” (L.2) é obrigatoriamente regido pela preposição “em”, pois a preposição tem a função semântica de atribuir valor locativo ao termo, localizando “as barreiras de acesso” (LINHA 7-8) no “fenômeno restrito” (L.1-2).

“A cultura refinada nunca foi para muita gente. A cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes.”

57. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Por ser opcional a presença da preposição “de” nas comparações, a palavra destacada pode ser retirada, sem prejuízo da correção gramatical e sem alterar o sentido do texto, do seguinte período: “Temem que se repita com a indústria do livro o que aconteceu com a da música” (L.1).

“Temem que se repita com a indústria do livro o que aconteceu com a da música.”

58. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Preservando-se a correção gramatical e a coerência argumentativa do pará-grafo, a função que a expressão “mecanismos linguísticos” (L.1-2) exerce no texto poderia ser marcada apenas

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pela preposição “por”, sem necessidade de se recorrer ao emprego de “por meio de” (L.1).

“A objetividade, portanto, não existe, apenas seu efeito, que é criado por meio de mecanismos linguísticos que dão outros ecos e valores significativos à mensagem.”

Regência Verbal1 E 13 C 25 C 37 C 49 E2 C 14 E 26 E 38 C 50 E3 C 15 E 27 C 39 E 51 C4 C 16 E 28 C 40 E 52 C5 C 17 C 29 C 41 E 53 C6 C 18 E 30 E 42 C 54 E7 C 19 D 31 C 43 C 55 C8 E 20 E 32 C 44 E 56 C9 C 21 E 33 C 45 E 57 E10 C 22 E 34 E 46 C 58 C11 C 23 C 35 C 47 E 12 C 24 C 36 C 48 C Gabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Regência Nominal

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que “daquele” (L.3) retoma, por coesão, “fenômeno” (L.2), precedido pela preposição de, exigida por “dis-sociados” (L.3).

“Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a verdade podem ser descritos como o tipo de experiência vivida pelo analista de inteligência no contato com o fenômeno acompanhado. Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados daquele que produz o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o que de fato ocorre é um processo ativo de auto-regulação entre uma pessoa, seus conheci-mentos preexistentes (a priori) e um novo fato que se apresenta.“2. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A preposição em “de que o desenvolvimento” (L.4) é exigida pela regência da palavra “crença” (L.3).

“Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país.”

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3. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O trecho “para a formulação e a implementação de políticas públicas” (L.1-2) complementa o sentido do adjetivo “essencial” (L.1).

“A informação atualizada é ferramenta essencial para a formulação e a implementação de políticas públicas, especialmente em áreas em que a prestação de serviços é descentralizada, como é o caso da assistência social.”

4. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Na linha 3, a presença de preposição em “aos oceanos” justifica-se pela regência do termo “impingidas”.

“Por ironia, as notícias mais freqüentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana.”

5. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O segmento “Dada a inexistência de encanamento” (L.1) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Devido inexistência de encanamento. “Dada a inexistência de encanamento para fazer a drenagem, tornava-se impossível a distribuição de água nas casas.”

6. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Marque certo ou errado a opção a respeito das estruturas linguísticas do texto. Na linha 2, a preposição em “ao ser humano” é exigida pelo adjetivo “intrínse-cas”; por isso, a preposição teria de ser mantida no caso da substituição do artigo por qualquer, escrevendo-se a qualquer ser humano.

“Em contraposição a essa noção, Kant defende que o espaço e o tempo são dimensões básicas que possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente.”

7. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Na linha 1, é a acepção com que o termo “impressa” está empregado no texto que faz com que seu complemento seja iniciado pela preposição em, como em “impressa nas pessoas”.

“ Toda empresa tem uma cultura, uma personalidade, uma cara. Essa cultura acaba impressa nas pessoas que trabalham ali.”

8. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) A substituição da expressão “questões ambientais” (L.1) por sinônimos textuais, como, por exemplo, temas ambientais ou problemas ambientais, preserva a coerência da argumentação e a correção gramatical do texto.

“Assim como o banco em que trabalha, Hugo se tornou mais ligado às questões ambientais com o passar dos anos.”

9. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Na linha 3, a preposição a, que compõe o termo “ao campo ético-moral”, é exigida pelo substantivo “conduta”.

“O fato é que, desde os seus primórdios, as coletividades humanas não apenas pactuaram normas de convivência social, mas também foram corporificando um conjunto de conceitos e princípios orientadores da conduta no que tange ao campo ético-moral.”

10. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) As duas ocorrências da preposição “de” em “de que” (L.2-3) mostram o início de orações que complementam o termo “idéia” (linha 6).

“Com um visual colorido e irreverente, os vinte cartazes buscam propagar a idéia de que é possível tomar medidas

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que diminuam as chances de contrair câncer e de que a detecção precoce da doença amplia significativamente as chances de cura.”

11. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Em relação ao texto abaixo , marque certo ou errado. A presença de preposição em “aos órgãos competentes” (L.3) justifica-se pela regência de “denúncias” (L.3).

“Ouvinte atenta dos relatos dos trabalhadores sobre ameaças sofridas por parte de fazendeiros e sobre a situação degradante de sobrevivência a que são submetidos, a entidade apura os fatos e leva as denúncias aos órgãos com-petentes do Estado para a adoção de medidas.”

12. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Mantêm-se tanto a coerência entre os argumentos quanto a correção gramatical ao se reescrever o trecho: “Apesar da dificuldade de eliminar” (L.1) da seguinte forma: Mas, apesar da dificuldade para se eliminar.

“Apesar da dificuldade de eliminar os preconceitos, nossa época caracteriza-se por um esforço para vencê-los.”

13. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) As regras gramaticais da língua culta exigem que qualquer oração complementando o nome “consciência” seja iniciada pela preposição “de”, como ocorre na linha 1 do texto; mas, se o complemento for apenas um nome, como, por exemplo, o pronome isso, a preposição deve ser omitida.

“Assim, começa a existir a consciência de que a diversidade étnica, cultural, de gênero ou de orientação sexual não constitui uma aberração, mas é, antes,...”

14. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). A inserção da preposição de imediatamente antes de “que os problemas” (L.2) preservaria a coerência da argumentação e manteria o texto correto com relação às normas gramaticais.

“O fato de existir a necessidade de viver em sociedade tem consequências muito sérias. Uma delas é que os problemas de cada pessoa devem ser resolvidos sem que sejam esquecidos os interesses dos demais integrantes da mesma sociedade.”

15. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Na linha 1, a repetição da preposição “de” antes de “sua liberdade”, “sua integridade” e “outros bens” indica que se trata de três expressões que complementam “proteção”, e não “direito”.

“Todo indivíduo tem direito à proteção de sua liberdade, de sua integridade física e de outros bens que são ne-cessários para que uma pessoa não seja rebaixada de sua natureza humana.”

16. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao se inserir a preposição “de “imediatamente antes de “que” em “A verdade é que a culpa acabará” (L.2).

“A verdade é que a culpa acabará genericamente atribuída à tecnologia.”

17. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Com relação às estruturas linguísticas e à pontuação do texto, marque certo ou errado. Para completar o sentido da palavra “dúvidas” (L.1), usa-se geralmente a expressão ”no sentido em que".

“Promulgada em setembro de 2008, a nova Lei do Estágio ainda provoca dúvidas entre empresários e estudantes.”

18. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) -Marque certo ou errado a respeito das relações gram-

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aticais usadas na organização do texto. Alteram-se as relações semânticas entre os termos da oração e desre-speitam-se as regras gramaticais de regência ao se inserir a preposição “de” antes de “que cada um” (L.1-2), escrevendo-se e de que cada um.

“O mercado cria inevitavelmente a idéia de que o lucro de um pode ser o prejuízo do outro e que cada um deve defender os próprios interesses..”

Regência Nominal1 C 5 E 9 E 13 E 17 E2 C 6 C 10 C 14 E 18 E3 C 7 C 11 E 15 C 4 C 8 E 12 C 16 E Gabarito das Provas do CESPE de Nível Superior 2008-2009

Crase1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Em “à do experimento” (L.2), o sinal indicativo de crase está empregado de forma semelhante ao emprego desse sinal em expressões como à moda, às vezes, em que o uso do sinal é fixo. “... Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original.”2. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Preservam-se as relações argumentativas e a correção gramatical do texto ao se substituir o trecho “os chamados estados da mente perante a verdade podem ser descritos” (L.1-2) por podem serem descritos os chamados estados da mente em face à verdade. “Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a verdade podem ser descritos como o tipo de experiência vivida pelo analista de inteligência no contato com o fenômeno acompanhado.“3. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) Marque certo ou errado, que justifica corretamente o uso de estruturas linguísticas no texto. O uso do sinal indicativo de crase em “à sua volta” (L.1) e “às informações” (L.2) indica que tais expressões são dois complementos do predicado iniciado pelo verbo vislumbrar. “... Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocorrências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha condições de absorver.”4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Na linha 1, o emprego de sinal indicativo de crase em “à po-luição” deve-se à regência da palavra “exposição”, que exige preposição, e à presença de artigo definido feminino no singular.“A exposição das gestantes à poluição, em especial nos três primeiros meses de gestação, leva à diminuição do peso dos bebês ao nascer, um dos principais determinantes da saúde infantil.”5. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) Pelo fato de “associado” (L.2) exigir que seu complemento seja regido pela preposição a, pode ser empregado o sinal indicativo de crase em “a outra cultura”.“Pode-se dar a entender que se viajou, que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio”6. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) Na linha 1, a substituição de “tange” por diz respeito preservaria a coerência do texto, mas, para que a correção gramatical também fosse respeitada, seria necessário retirar o sinal indicativo de crase em “à”. ‘No que tange à pesquisa, vem sendo publicamente proposto que uma política de ciências, tecnologia e inovação em saúde deva ter como pressupostos essenciais a busca da eqüidade e a observância de rigorosos princípios

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bioéticos na pesquisa e na experimentação em geral.”7. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O emprego do sinal indicativo de crase em “à luta de classes” (L.2) justifica-se pela regência dos termos “subversão” e “incitamento” e pelo gênero do substantivo “classe”. “Francisco Alves Mendes Filho ainda não era um mito da luta contra a devastação da Amazônia quando foi preso, em 1981, acusado de subversão e incitamento à luta de classes no Acre, em plena ditadura militar.”8. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A substituição de “às práticas” (L.1) por a práticas prejudica a correção gramatical do período. “O reconhecimento do programa brasileiro significa que as nossas florestas atendem às práticas internacionais de manejo sustentável, são socialmente justas, economicamente viáveis e ambientalmente corretas, o que facilita o aumento das exportações das empresas brasileiras, devido à queda de barreiras técnicas.”9. (INPE/TECNOLOGISTA/25/01/2008) As ocorrências de crase em “à aplicação” (L.1) e “à humanidade e à natureza” (L.2) justificam-se pelo uso obrigatório da preposição a nos complementos de “questionar” (L.1). “Por outro lado, creio também que se pode questionar, não somente quanto à aplicação de conhecimentos cientí-ficos com finalidades destrutivas ou nocivas à humanidade e à natureza, mas também quanto à distribuição desses benefícios entre diferentes setores da sociedade.”10. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) O emprego de sinal indicativo de crase em ‘à tecnologia’ (L.1) justifica-se pela regência do verbo agregar, que exige preposição ‘a’, e pela presença de artigo definido feminino antes do substantivo ‘tecnologia’. “Trata-se, como dizem os autores, de um “setor transversal que agrega valor à tecnologia de outras indústrias”. 11. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Na assertiva IV, os sinais indicativos de crase em “diz respeito à capacidade de dialogar, à troca de informações” não são opcionaisIV Entre os diferentes tipos de comunicação, o mais importante é a comunicação interpessoal, que diz res-peito à capacidade de dialogar, à troca de informações, seja por meio do contato físico direto, seja por intermédio de dispositivos técnicos criados pelo homem com o fim de transmissão de mensagens. 12. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Em “à mesma plebe” (linha 8), o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo. “Tão nobre resposta encheu de admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe.”13. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) É facultativo o emprego do acento grave indicativo de crase na oração “para você dar vazão a sua paixão” (L.1). “Se eu abrir espaço para você dar vazão a sua paixão, a mudança acontece.”14. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) É obrigatório o emprego do acento grave indicativo de crase em expressões adverbiais formadas por palavras femininas tais como “Às vezes” (L.1) e “à larga” (L.3).“.... Às vezes me paro em frente do seu quadro e fico, fico, fico, não só perdido na beleza da pintura, mas me refortalecendo a mim mesmo.”(...)“O carnaval aqui esteve bem divertido, apesar da frieza paulista. Eu pelo menos me diverti à larga e os bailes estiveram colossais, todos dizem.”15. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à onda” (L.2) justifica-se pela regência de “abrir” (L.1) e pela presença de artigo definido feminino singular “o nacional-desenvolvimentismo e sua carga política e ideológica cederam à vontade de abrir a economia e o mercado, de forma irracional e reativa, à onda de globalização e de neoliberalismo que penetrava o país vinda de fora. Ao substituí-lo na presidência, Itamar Franco recuou momentaneamente aos parâmetros anteriores do Estado desenvolvimentista, sem, contudo, bloquear a consciência da necessidade de se prosseguir com as adap-tações aos novos tempos.”16. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à indústria” (L. 2) justifica-se pela regência de “proteção” (L.1) e pela presença de artigo definido feminino singular.“Durante o período de industrialização protecionista, a administração da proteção (especialmente não-tarifária) à indústria doméstica contra a competição dos importados constituiu, junto com instrumentos de incentivo ao investimento, um dos principais mecanismos de implementação da política industrial.”17. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) Se a locução “aos poucos” (L.1) fosse trocada por

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uma outra com palavra feminina, o emprego da crase seria obrigatório, como em às pressas as coisas começaram a mudar “No início, Michael não gostava de treinar, mas aos poucos as coisas começaram a mudar. Aos 11 anos, ele re-solveu parar de tomar pílulas para controlar a hiperatividade.”18. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/20088) Em “direito à alimentação” (L.1), o uso de sinal indica-tivo de crase é um recurso imprescindível para a compreensão do texto. “Mais preocupante, no entanto, é a situação criada pelo relator da ONU para o direito à alimentação, Jean Ziegler, que classificou os biocombustíveis como “um crime contra a humanidade”, garantindo que o mundo teria milhões e milhões de novos famintos pela escalada nos preços dos alimentos que seriam usados para fazer funcionar os motores dos automóveis do mundo rico.”19.(MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) Na linha 2, o emprego do sinal indicativo de crase em “à cana-de-açúcar” justifica-se pela regência de “destinadas” e pela presença de artigo definido feminino singular.

“A diplomacia brasileira reagiu com firmeza, apresentando números da redução do impacto ambiental e da produ-tividade da agricultura nacional em áreas não destinadas à cana-de-açúcar.”20. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Atenderia à prescrição gramatical a alteração do segmento “em termos das manipulações financeiras” (L.2) para relativamente as manipulações financeiras. “Não é o tamanho, em termos de número de habitantes ou da área espacial ocupada, que conta; conta sua funcio-nalidade em termos das manipulações financeiras, que caracterizam a era da globalização.”21. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em “Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras” (L.1), a crase deve-se à regência do verbo tomar e ao emprego do artigo definido que precede “Escrituras”. “A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a conforme seu argumento.”22. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No trecho “O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época” (L.1-2), também seria correto usar crase antes de “con-cepções”. “O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.”23. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O emprego do sinal indicativo de crase em “à experiência” (L.3) deve-se à regência do verbo submeter e à presença do artigo feminino singular. “As superstições rompiam, por vezes, as paredes dos próprios hospitais e matavam ali inermes internados. Tanto Eubank como Radiguet contam a história de um doente do Hospital dos Lázaros — instituição no Rio de Janeiro para tratamento da lepra — que se submeteu à experiência terapêutica da mordida de cobra venenosa.”24. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) O sinal indicativo de crase em ‘retornar à minha cidade’ (L.1) é facultativo e a sua omissão preservaria os sentidos do texto e a correção das estruturas lingüísticas. “Não conseguia dormir direito por não conseguir juntar dinheiro sequer para retornar à minha cidade e rever a família”, relatou. Quando uma fazenda no município paraense de Piçarras foi fiscalizada em junho deste ano, Co-paíba foi localizado pelo Grupo Móvel, resgatado e recebeu de indenização trabalhista mais de R$ 5 mil.25.(P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) Na linha 2, o emprego da crase antes do sub-stantivo “visão” é optativo, visto que o termo “abraçado” pode ser seguido por complemento direto ou indireto.

“Falara com voz sincera, exaltando a beleza da paisagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do rio e da floresta.”26. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Nos trechos “atender às suas necessidades” (L. 3), “levou à redução da quantidade de água” (L.5) e “O restante corresponde à água salgada dos mares” (L.6), o emprego de crase é obrigatório. “O nosso planeta azul vive um paradoxo dramático: embora dois terços da superfície da Terra sejam cobertos de água, uma em cada três pessoas não dispõe desse líquido em quantidade suficiente para atender às suas neces-sidades básicas.(...)

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Calcula-se, ainda, que 30% das maiores bacias hidrográficas perderam mais da metade da cobertura vegetal origi-nal, o que levou à redução da quantidade de água.(...)...O restante corresponde à água salgada dos mares (97%) e ao gelo nos pólos e no alto das montanhas.”27. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Pode-se empregar o acento grave indicativo de crase para marcar a fusão da preposição a com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo. Assinale a opção em que a frase apresentada não obedece a essa regra.A Entreguei o bilhete àquele homem.B Deram emprego àquela senhora.C Não pertenço àquele grupo.D O livro de que preciso está sobre àquela mesa.E Assistiram àquilo calados.

28. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Observada a norma-padrão da língua portuguesa, julgue os itens subseqüentes quanto à grafia e ao emprego do sinal indicativo de crase.

A ciência está conseguindo encontrar possíveis respostas à indagações como essas? 29. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Caso a expressão destacada no trecho “surgiram funções relativas a assuntos ambientais” (L.1) fosse substituída por questão ambiental, deveria ser empregado o acento grave, indicativo de crase — à questão ambiental. “Em uma outra frente, surgiram funções relativas a assuntos ambientais, como a do consultor de sustentabilidade, profissional que, entre outras coisas, faz estudos de impacto sobre o ambiente. É algo básico para muitos negó-cios.”30. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Preserva-se a correção gramatical ao se reescrever a expressão ‘a talhe de foice’ (L.3) com crase: à talhe de foice. “Caiu a última trincheira de resistência contra a ferramenta. O autor de Ensaio sobre a Cegueira e O Evangelho Segundo Jesus Cristo decidiu criar “um espaço para comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto ou aquilo, o que vier a talhe de foice”.”31. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao se substituir “a quem” (L.1) por à pessoa que. “No século XVIII, o Parlamento Inglês ofereceu uma pequena fortuna a quem inventasse uma forma que permi-tisse aos marinheiros calcular a longitude em alto-mar.”32. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Na linha 1, o sinal indicativo de crase em “à de credor” justifica-se pela regência de “Passar”. “Passar da condição de devedor à de credor internacional é fato inédito, mas não surpreendente.”33. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Em relação às estruturas do texto, assinale a opção correta. O sinal indicativo de crase em “à leitura crítica dos clássicos” (L.2) justifica-se pela regência de “vão dando” (L.1) e pela presença de artigo definido feminino singular. “Para isso, podemos dizer que alguns espíritos mais inquietos vão dando os passos iniciais em direção à leitura crítica dos clássicos. Não é um programa ambicioso, mas é um bom começo.”34. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Mantêm-se a coerência de idéias e a correção gramatical do texto ao se empregar o sinal indicativo de crase no “a”, em “a internacionalização” (L.1), situação em que esse termo seria empregado como objeto direto preposicionado. “Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas prem-issas.”35. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) A retirada do sinal indicativo de crase em “no que concerne à complexi-dade” (L.1) altera as relações de sentido entre os termos, mas preserva sua correção gramatical. “Pode-se dizer, no que concerne à complexidade, que há um pólo empírico e um pólo lógico e que a complexidade aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas.”

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36.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Quanto aos aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. Nas linhas 2 e 3, o emprego do sinal indicativo de crase em “à falência” e “Às vezes” justifica-se pela regência verbal. “Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas. (...). Às vezes, eles discutiam na hora do jantar; na verdade, minha mãe brigava com ele, que ficava calado; se ela não parava de brigar, ele se levantava da mesa e saía para a rua.”37.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, marque certo ou errado. No trecho “e as limitações intrínsecas à sua capacidade de entregar o que prometeu” (L. 2-3), o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo. “O capitalismo pode ser definido como a coexistência entre a enorme capacidade de criar, transformar e dominar a natureza, suscitando desejos, ambições e esperanças, e as limitações intrínsecas à sua capacidade de entregar o que prometeu.”38. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Na expressão “Há de haver” (L.4), verifica-se o emprego impessoal do verbo haver na forma “Há”. “Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de haver alguma; tudo depende das circun-stâncias, regra que tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa palavra,...”39. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Marque certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais do texto acima. A correção gramatical e o sentido do texto serão mantidos caso se substitua “que es-tariam ligados à ciência” (L.2) por a que estariam ligados a ciência. “O problema político essencial para o intelectual não é criticar os conteúdos ideológicos que estariam ligados à ciência nem fazer com que sua prática científica seja acompanhada por uma ideologia justa;...”40. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Mantém a correção gramatical do texto a seguinte reescrita do trecho “e abre o caminho para a realização” (L.4): e deixa aberto o caminho à realização. “Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala.”Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens a seguir quanto à correção gramatical.41. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) À despeito do aumento da taxa SELIC no mês passado, o juro real continua em queda e deve, atingir o menor nível em quase cinco anos, desde novembro de 2003. Levantamen-to feito pelo Estado, com base nas projeções de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que o juro real deve cair para 6,50% ao ano neste mês, levando-se em conta o atual nível da SELIC. 42. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Julgue os itens que se seguem.III Na linha 3, o sinal indicativo de crase em “à criminalidade” justifica-se pela regência de “combate” e pela presença de artigo definido feminino. “ Diversas entidades, entre as quais a Associação dos Juízes Federais (AJUFE), o Conselho Federal da OAB e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), comprometeram-se a propor medidas para combate à crimi-nalidade e para melhoria da segurança no país.”43. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência de sentidos ao se substituir “essa realidade” (L.1) por à realidade. “O principal papel de um governo não é ir contra essa realidade e forçar algo que não existe nem existirá.”44. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008)Com referência às estruturas lingüísticas, às idéias e aos modos e tipos textuais, marque certo ou errado com relação ao texto. No trecho “os conhecimentos que podemos oferecer à educação são elementos que contribuem para formar a opinião” (L.1-2), o emprego do sinal indicativo de crase é facultativo. “A divulgação científica, as informações e os conhecimentos que podemos oferecer à educação são elementos

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que contribuem para formar a opinião, a capacidade de crítica e de decisão dos diferentes setores da sociedade.”Assinale certo ou errado a respeito do emprego da crase nas estruturas linguísticas do texto.45. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) No segundo período do texto (L.1), mantêm-se as relações semânticas, bem como a correção gramatical, ao se inserir à antes de “ilusão” e antes de “aparência”. “Os filósofos gregos começaram a buscar a verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência,”46. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Tanto o uso da crase em “à realidade” (L.1) como da contração em “ao pensamento” (L.2) justificam-se pelas relações de regência de “idêntica” (L.1). “De acordo com essa concepção,a verdade estaria inscrita na essência, sendo idêntica à realidade e acessível ap-enas ao pensamento, e vedada aos sentidos.”47. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Na linha 1, preservam-se as relações de regência de “remetia”, bem como a correção gramatical, ao se inserir um sinal indicativo de crase em “a uma história”. “O conceito era sempre aplicado, isto é, remetia a uma história vivida que pudesse ou não ser comprovada.”48. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) A retirada do sinal indicativo de crase em “à possibilidade” (L.1) provocaria erro gramatical e incoerência nas ideias do texto, por transformar objeto indireto em objeto direto na oração. ”Essa concepção de verdade subordinava-a, portanto, à possibilidade de uma verificação. “Q49. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) marque certo ou errado a respeito das estruturas lingüísticas do texto. Na linha 2, os sinais de crase em “à violência” e “à formação” mostram que se trata de dois termos que servem de complemento ao verbo “incitar”. “... é a tentativa de proteger crianças contra filmes, livros e outras manifestações do pensamento que possam in-citar à violência ou a outras situações consideradas prejudiciais à formação dos jovens.”50. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) marque certo ou errado a respeito das estruturas lingüísticas do texto. Na linha 3, justifica-se o sinal indicativo de crase em “àquela” pela exigência de iniciar o complemento de “se conformam” com a preposição ”...verdades falsas que, quando se disseminam dentro de um grupo ou comunidade, tendem a hostilizar formas de pensamento e de comportamento que, de alguma forma, não se conformam àquela “verdade”.”QUESTÃO 87651. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) Assinale a opção em que a frase apresenta o em-prego correto do acento grave indicativo de crase. A Isto não interessa à ninguém. B Não costumamos comprar roupas à prazo.C O estudante se dirigiu à diretoria da escola.D Caminhamos devagar até à entrada do estabelecimento.E Essa é a instituição à que nos referimos na conversa com o presidente.52. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) No trecho “junto a analistas de 33 instituições” (L.2-3), poderia ter sido empregado o sinal indicativo de crase em “a”, pois se trata de caso em que esse emprego é facul-tativo. “Esta é a projeção da mais recente pesquisa de projeções macroeconômicas e expectativas de mercado, feita men-salmente pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) junto a analistas de 33 instituições.”53.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Na linha 1-2, a obrigatoriedade do uso do sinal in-dicativo de crase em “à racionalidade” deve-se à presença da preposição a, exigida na complementação da palavra “suplementar”, juntamente com o artigo definido que antecede o vocábulo “racionalidade”. “A expressão sustentabilidade do desenvolvimento não significa um ajustamento suplementar à racionalidade do desenvolvimento moderno. O âmago do conceito.”54.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, marque certo ou errado. No trecho “denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia” (L.1), o “a” deveria levar a marca gráfica de crase. “Schelling denominou brinkmanship (de brink, extremo) a estratégia de deliberadamente levar uma situação às suas consequências extremas. “55. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Antes da expressão “de credor” (L.1), subentende-se a repetição da palavra “condição”.

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“Passar da condição de devedor à de credor internacional é fato inédito, mas não surpreendente.”

Crase1 E 12 E 23 C 34 ??? 45 C2 E 13 C 24 C 35 E 46 E3 E 14 C 25 E 36 E 47 E4 C 15 C 26 E 37 C 48 E5 E 16 C 27 D 38 C 49 E6 E 17 C 28 E 39 E 50 C7 E 18 E 29 C 40 C 51 ????8 E 19 C 30 E 41 E 52 E9 E 20 E 31 C 42 ??? 53 C10 C 21 C 32 E 43 E 54 E11 C 22 E 33 E 44 E 55 CProvas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Período SimplesTermos Essenciais1. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) No período que se inicia , o sujeito da oração principal está pos-posto ao verbo. “E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria as-sinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do século 10 passado. A viúva do líder seringueiro, Izalmar Gadelha Mendes, vai receber uma pensão vitalícia de 3 mil reais mensais, além de indenização de 337,8 mil reais.”2. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Na assertiva III, o sujeito composto — “a existência e a felicidade pessoal” — está posposto ao núcleo do predicado verbal. III Do sucesso no circuito comunicacional dependem a existência e a felicidade pessoal. 3. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) No trecho “O bom momento que vive a economia nacional es-timula suas vendas” (L.1), o sujeito das formas verbais “vive” e “estimula” é o mesmo. “O bom momento que vive a economia nacional estimula suas vendas, mas a indiscutível preferência do consumi-dor pelo modelo flex tem outras razões.”4. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em “o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX pensa em uma paisagem” (L.1-2), o núcleo do sujeito está elíptico, na segunda ocorrência do verbo pensar.“Segundo a observação de H. von Stein, ao ouvir a palavra “natureza”, o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX pensa em uma paisagem.” 5. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Para se garantir a coerência e a correção gramatical da frase, deve-se transformar o sujeito, que é composto, em sujeito simples, retirando-se o trecho “a de avaliação” e deixando-se o verbo compor como está, no singular. “A etapa de avaliação quantitativa e a de avaliação qualitativa dos resultados compõe o próximo capítulo.”6. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) A oração “Administrar essa cota de água doce” (L.3) exerce função sintática de sujeito. “Apenas 1% de toda a água existente no planeta é apropriado para beber ou ser usado na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares (97%) e ao gelo nos pólos e no alto das montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta preocupação.”7. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) O “homem que descobriu a lei da gravidade” (L.1) é

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o sujeito enunciador da sentença “Pode ser discurso de mau perdedor, mas na verdade foi uma grande sacada” (L.2-3). “Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”. Pode ser discurso de mau perdedor, mas na verdade foi uma grande sacada. Sem saber, Newton estava prevendo a criação de uma nova ciência, cujas descobertas podem ajudar a entender a crise atual: a neuroeconomia, que vasculha a mente humana em busca de explicações para o comportamento do mercado.”8. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) A coerência e a correção gramatical serão mantidas caso se substitua “ha-via” por tinha.“No passado, havia uma visão global de trocar o capitalismo pelo socialismo.” 9. (TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com as ideias e os aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” (L.1-3) exerce a função sintática de sujeito. “É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um es-paço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais.”10. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Na expressão “Há de haver”, verifica-se o emprego impessoal do verbo haver na forma “Há”. “Rigorosamente, todas estas notícias são desnecessárias para a compreensão da minha aventura; mas é um modo de ir dizendo alguma coisa, antes de entrar em matéria, para a qual não acho porta grande nem pequena; o melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá andando, até achar entrada. Há de haver alguma; tudo depende das circun-stâncias, regra que tanto serve para o estilo como para a vida; palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies. (...)”11. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. No trecho “assim se faz um livro” (L.2), a expressão “um livro” exerce a função de sujeito. “Há de haver alguma; tudo depende das circunstâncias, regra que tanto serve para o estilo como para a vida; pa-lavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies. (...)”12. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Marque certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais do texto acima. No texto, a oração “mudar a consciência das pessoas” (L.1) exerce a função sintática de sujeito. “O problema não é mudar a consciência das pessoas, ou o que elas pensam, mas o regime político, econômico, institucional de produção da verdade.”13. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e aos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, marque certo ou errado. Na linha 4, a expressão “outros órgãos multilaterais” exerce a fun-ção sintática de sujeito da forma verbal “foi repetida”. “Em meio ao caos, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, elegeu um culpado. “Uma política de biocombustíveis que drena alimentos é a base de um crime contra a humanidade”, disse o suíço. A mesma cantilena foi repetida por outros órgãos multilaterais.”14. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) O emprego da linguagem figurada, como em “soprou-a no ou-vido do irmão” (L.1), e a ausência do discurso direto confirmam o que está evidente no trecho “O menino mais novo interrogou-o com os olhos” (L.2), isto é, que em ambos os momentos a comunicação entre os dois persona-gens prescinde da linguagem verbal. “Nova dificuldade chegou-lhe ao espírito, soprou-a no ouvido do irmão. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos.”15. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Os predicados “é sempre infinito” (L.1) e “não pode o efêmero” (L.1-2) têm como sujeito o substantivo “tempo” (L.1). “Dentro das possibilidades humanas, o tempo é sempre infinito e, no cálculo da eternidade, não pode o efêmero servir de unidade a avaliações.”

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16.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Marque certo ou errado com relação às ideias do texto e às palavras e expressões nele empregadas. No texto, não há como se identificar o sujeito da oração “Por que não contar ao mundo?” (L.2). “O Dr. Strangelove, estrategista do presidente, aponta uma falha: se os soviéticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que não contar ao mundo? A resposta do inimigo: a máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte.”17. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado o item abaixo, acerca da estrutura do texto.IV - Na linha 1, o sujeito de “vem acompanhada” é “A boa-nova”. “A boa-nova vem acompanhada de um balde de água fria jogado pelo setor patronal.”18 . (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado quanto a aspectos gramaticais do texto. O sujeito das orações “Garante audiência, proporciona lucro e desperta ansiedade” (L.2) é indeterminado. “A obesidade rende livros, revistas, receitas com baixas calorias, regimes da moda lançamentos de remédios, shakes, sopas etc. Garante audiência, proporciona lucro e desperta ansiedade e, talvez por isso mesmo, nem todo mundo que se lança a uma estratégia de emagrecimento consiga ir além da primeira semana.”19. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com relação ao fragmento de texto acima, certo ou errado. Todos os sujeitos do fragmento em apreço são desinenciais. Ali, eu me atrapalhava de mato como se eleinvadisse as ruínas de minha boca e a enchessede frases com morcegos.

Manoel de Barros. Matéria de poesia.

20. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto. O sujeito do último período é “maus candidatos”.“Uma reforma política, de cunho eleitoral, poderia reforçar o voto como um filtro de maus candidatos.”21. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, assinale certo ou errado. Na linha 1, o sujeito de “está” é “presente”. “Entre as lições de português e matemática, está presente o medo de ser assaltado, de apanhar e até de morrer.”22. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Acerca da sintaxe do trecho “Os números são semelhantes aos relacio-nados aos furtos, roubos e ameaças” , Marque certo ou errado. Esse trecho classifica-se como período composto com sujeitos simples.“Os números são semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaças.”23. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009)Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísticas do texto. O sujeito de “foi saudada” (L.2) é ela, que corresponde a “oferta de vagas” (L.2). “Algumas poucas vozes se levantaram à época, temendo que mais encargos às empresas inibissem a oferta de vagas. Mas, em geral, foi saudada, principalmente pelos estudantes, cansados de passar o dia.”24. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009)Marque certo ou errado com relação às ideias e à tipologia do texto, bem como às palavras nele empregadas. Os sujeitos de “detém” (L.2) e de “registra” (L.2) são indetermi-nados. “Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados.”25. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A indeterminação do sujeito é um recurso usado quando o autor não quer ou não pode revelar quem fez determinada ação, como ocorre em: “Desapareceram” (L.1); “Restaram” (L.1). “Desapareceram os grandes personagens, que foram a verdadeira história da UnB. Restaram apenas mágoas e ressentimentos, medo e desconfiança, um sentimento de desgosto e de tristeza no meio de toda aquela gente se evadindo ou assistindo com pavor à violência e à 13 desmoralização de seus colegas e familiares sem que nada se pudesse fazer.”26. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Com referência à organização das ideias no texto,marque certo ou errado. Na linha 3, a substituição do termo “Fala-se” por Falo manteria coerência com “chamo”, mas

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provocaria erro gramatical ao atribuir um sujeito textualmente incoerente para o verbo. “Na verdade, estamos presos em uma rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma.”

Período Simples-Termos Essenciais1 C 6 C 11 C 16 E 21 C2 C 7 E 12 E 17 C 22 E3 E 8 E 13 E 18 C 23 C4 C 9 C 14 E 19 E 24 C5 C 10 E 15 E 20 E 25 EProvas do CESPE de Nível Superior 2008/2009 26 C

Termos associados ao Nome e Vocativo

1. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustíveis” (L.1-2) exerce a função de aposto. “O poluente associado à maior probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono (CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta dos combustíveis.”2.(MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) A expressão “principal autor do estudo” (L.1) tem natureza expli-cativa e faz referência ao termo que a antecede. “O pesquisador Lambert Lumey, principal autor do estudo, afirmou que o resultado dessa pesquisa “é a prova, mais uma vez, de que o ambiente tem um poder muito grande sobre os nossos genes”.3.(MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) No último parágrafo, o sujeito dos verbos “Tentar”, “recuperar”, “armar” e “acumular” é o pronome “tudo”, que funciona como aposto.““Talento só não basta”, disse Phelps na entrevista coletiva após a sexta medalha de ouro. “Muito trabalho,muita dedicação, é uma combinação de tudo... Tentar dormir e se recuperar, armar cada sessão de treino da melhor forma possível e acumular muito treino.””4. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) O nome “Jean Ziegler” (L.2) está entre vírgulas por con-stituir um vocativo.“Mais preocupante, no entanto, é a situação criada pelo relator da ONU para o direito à alimentação, Jean Ziegler, que classificou os biocombustíveis como “um crime contra a humanidade”,...”5.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, marque certo ou errado. O trecho “herd-eiro e defensor das postulações do Iluminismo” (L.1) exerce, na oração, a função sintática de vocativo. “Marx, herdeiro e defensor das postulações do Iluminismo, indagou se as relações de produção e as forças produ-tivas do capitalismo permitiriam, de fato, a realização da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.”6.(TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Com referência às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Nos trechos “cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise” (L.1), “e a crise norte-americana” (L.4) e “o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor...” (linha 16), os termos sublinhados qualificam os nomes aos quais se referem. “Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de bio-combustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge. Foi de olho nessa situação que o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor que pairava sobre os es-critórios de Washington.”

7. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto, marque certo ou errado.

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III O termo “de bens” (L.2) constitui complemento do substantivo “locais” (linha 13).“Os países têm importante papel a desempenhar na cooperação jurídica internacional para que não se transformem em locais seguros de guarda de dinheiro e de bens ilegais e de refúgio para criminosos.” 8. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Ainda considerando a leitura comparativa dos tex-tos I e II, certo ou errado. No tópico 2 do texto II, expressão “à parte questões de preço”, por estar isolada entre vírgulas, tem 1 saber as condições de aceitação econômica do artigo, e aquelas em que trabalha, e em que oferece, a concor-rência; 2 conhecer a índole dos compradores, para, à parte questões de preço, saber qual a melhor forma de apresentar, de distribuir e de reclamar o artigo;

9. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) Na linha 1, a palavra “orgulhosos” é um adjetivo que está, no contexto, exercendo a função sintática de predicativo de “IRIB” e “Colégio Notarial”, ambos objetos diretos. “O IRIB e o Colégio Notarial sentem-se orgulhosos de poder contribuir com o desenvolvimento das atividades notariais e registrais do estado.”10.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Marque certo ou errado com relação às ideias do texto e às palavras e expressões nele empregadas. O complemento da palavra “inimigo” (L.2) está subentendido, artifício que eviden-cia que o autor do texto assumiu a perspectiva norte-americana segunda a qual a União Soviética é inimiga. “O Dr. Strangelove, estrategista do presidente, aponta uma falha: se os soviéticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que não contar ao mundo? A resposta do inimigo: a máquina seria anunciada na reunião do partido na segunda-feira seguinte.”11. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Acerca da sintaxe do trecho “Os números são semelhantes aos rela-cionados aos furtos, roubos e ameaças” , marque certo ou errado. O termo “números” é predicativo do sujeito. “Os números são semelhantes aos relacionados aos furtos, roubos e ameaças 12. (T.S.T./ANAL.JUDICIÁRIO/17/02/2008) No texto, o aposto “cada vez mais barata e acessível” (L.2) quali-fica apenas “automação” (L.1). “O capital, podendo optar por um investimento de porte em automação, em informática e em tecnologia de ponta, cada vez mais barata e acessível, não mais teria seu funcionamento embasado exclusivamente na exploração dos trabalhadores, cada vez mais exigentes quanto ao valor de sua força de trabalho.”13.(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Confissão de Allan Poe, o título do texto, e construção de Bra-sília são estruturas semelhantes sintaticamente, pois são formadas por substantivo abstrato mais preposição de seguida de outro substantivo, o qual, no título do texto, desempenha papel de agente — pelo qual se entende que Allan Poe fez uma confissão — e, em construção de Brasília, desempenha papel de paciente.

Termos associados ao Nome e Vocativo1 C 4 E 7 ??? 10 E 13 C2 C 5 E 8 ??? 11 E 3 E 6 E 9 ??? 12 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Termos associados ao Verbo

1. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Estão implícitas, na assertiva V, circunstâncias de tempo e lugar da forma verbal “eram recebidas”, mas não estão explícitas as de modo e intensidade.V Nas sociedades orais, aquelas que não dispunham de nenhum sistema de escrita, as mensagens eram recebidas no tempo e no lugar em que eram emitidas. 2. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recôn-ditas” (L.1-2) é complemento da forma verbal “sabe” (L.1). “Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões

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mais recônditas.”3. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A passagem “A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras” (L.1) contém um objeto direto pleonástico. “A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a conforme seu argumento. O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.”4. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) As alternativas expressas entre as linhas 1-4 complementam o sen-tido do sujeito da oração “O fulcro da questão é” (L.1). “O fulcro da questão é que ou garantimos os direitos sociais a todos os trabalhadores, em todas as posições na ocupação — assalariados, estatutários, cooperantes, avulsos, terceirizados etc. — ou será cada vez mais difícil garanti-los para uma minoria cada vez menor de trabalhadores que hoje têm o status de empregados regulares.”5 . (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) A oração “que um bem é fundamental” (L.1) ex-erce a mesma função sintática que “todas as outras liberdades” (L.3). “Ele só descobre que um bem é fundamental quando deixa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras liberdades, preso no porão — de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas.”6. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) No trecho “de que me adiantava isso” (L.1), o pro-nome “isso” complementa a forma verbal “adiantava”. “Tinha liberdade de sonhar. Contudo, de que me adiantava isso, se estava preso dentro de um porão?”7. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) Na linha 1, a expressão “os dados frios” é objeto direto do verbo “mostram”. “Além das estatísticas, o autor revela as histórias trágicas que os dados frios não mostram, como as crianças aban-donadas pelas famílias nas ruas de Kinshasa (Congo), por serem consideradas “feiticeiras”, ou a nuvem de gás letal expelida pela fábrica da Union Carbide na Índia, que causou a morte de aproximadamente 22 mil habitantes de barracos nos arredores da unidade da empresa, que não tinham informação sobre os riscos ou opção de morar em outro local.”8. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Pelos sentidos do texto, depreende-se que, no trecho “de modo que as ferramentas de busca “o” situem, sempre, entre os primeiros da lista” (L.2), o termo sublinhado, que é complemento do verbo situar, está empregado em referência a “Um analista de palavra-chave” (L.1). “Um analista de palavra-chave, por exemplo, tem a única missão de combinar as palavras de um sítio de modo que as ferramentas de busca o situem, sempre, entre os primeiros da lista. Em uma outra frente, surgiram funções relativas a assuntos ambientais, como a do consultor de sustentabilidade, profissional que, entre outras coisas, faz estudos de impacto sobre o ambiente. É algo básico para muitos negócios.”Em uma outra frente, surgiram funções relativas a assuntos ambientais, como a do consultor de sustentabilidade, profissional que, entre outras coisas, faz estudos de impacto sobre o ambiente.9. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Os verbos que introduzem as sugestões de I a IV exigem comple-mento. “I Abordar o conteúdo de forma diferenciadaII Atender o aluno durante atividades em salaIII Combater a competição entre os paresIV Considerar o conhecimento prévio dos estudantes”10.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto,marque certo ou errado com relação aos seus aspectos linguístico-gramaticais. No trecho “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas” (linha 1), o sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” complementa o sentido do verbo. “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis, nadava, nunca pegara uma gripe — até ter um derrame cerebral.”11.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto, relativamente às suas estruturas linguísticas,assinale certo ou errado. Na linha 1, “certa ocasião” exerce a função sintática de complemento direto da forma verbal “disse”.

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“O problema do seu pai”, minha mãe me disse certa ocasião, “é que ele é muito bonito”12. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Marque certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais . O trecho ‘o conjunto das coisas verdadeiras a serem descobertas ou aceitas’ (linha 2) complementa o sentido da forma verbal “dizer” (linha 2). “Há um combate pela verdade ou, ao menos, em torno da verdade –— entendendo-se que por verdade não quero dizer “o conjunto das coisas verdadeiras a serem descobertas ou aceitas”,...”13. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A respeito das estruturas lingüísticas do texto I,marque certo ou errado. O pronome ‘me’ (L.2) funciona como complemento indireto da forma verbal “encanta” (linha 6). “Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”14. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).A respeito das estruturas lingüísticas do texto II, marque certo ou errado. Nas orações “colaborando com jornais e revistas, participando ativamente dos círculos literários” (L.1-2), ambos os verbos estão empregados sem complemento. ”Um escritor que nunca se furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores, colaborando com jornais e revistas, partici-pando ativamente dos círculos literários, e que teria antecipado na sua escrita procedimentos das vanguardas do século XX, se é que não foi um pós-moderno avant la lettre.”15.(T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) As expressões “em parceria” (L.1) e “com o apoio” (L. 2) exercem a função sintática de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem ser substituídas, sem prejuízo do sentido, por juntamente. “O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), seção de São Paulo, em parceria com o Colégio Notarial do Brasil, também seção de São Paulo, e com o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça de São Paulo, congrega esforços para promover e realizar seminários de direito notarial e registral no estado, visando o aperfeiçoamento técnico de notários e registradores e a reciclagem de prepostos e profissionais que atuam na área.”16.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) - Com base no texto, marque certo ou errado. A expressão “à União So-viética” (L.2) é complemento da forma verbal “ordena” (L. 2). “Em 1964, o cineasta Stanley Kubrick lançava o filme Dr. Strangelove. Nele, um oficial norte-americano ordena um bombardeio nuclear à União Soviética e comete suicídio em seguida, levando consigo o código para cancelar o bombardeio.”17. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Acerca da sintaxe do trecho “Os números são semelhantes aos relacio-nados aos furtos, roubos e ameaças” , Marque certo ou errado. O termo “relacionados” é núcleo do objeto indireto. 18. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009)Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísticas do texto. A oração “que estágio não é emprego” (L.1) completa o sentido do verbo “dizer” (L.1). “Isso quer dizer, com todas as letras, que estágio não é emprego”.Termos associados ao Verbo1 ??? 5 C 9 C 13 E 17 E2 E 6 E 10 E 14 E 18 E3 C 7 E 11 11 15 E 4 ??/ 8 C 12 C 16 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Paralelismo Sintático

1. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) O paralelismo sintático é um dos fatores de coesão textual. Um exemplo de paralelismo sintático no texto é dado pelo fato de todos os itens enumerados serem iniciados por verbos no infinitivo. 2.(MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) No período que inicia o ofício, ocorre um problema de paralelismo no trecho “solicita de (...) bem como divulgar”. Para evitá-lo, seria recomendado reescrever esse trecho da seguinte forma: solicita de (...), bem como a divulgação.

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3. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Todas as expressões da segunda coluna estão em paralelismo sin-tático, por iniciarem-se com uma forma verbal, e semântico, por apresentarem características que facilitam a comunicação com fluidez e naturalidade. I - Coluna dois: “Ser timido”II - Coluna dois: “Saber ouvir”III - Coluna dois: “Ter empatia”IV - Coluna dois: “Expressar auto-estima” 4.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) No último período do texto, a reiteração da preposição “de” marca a subordinação dos termos por ela introduzidos à palavra “poder” (L.1).Caso fosse mantida a primeira ocorrência dessa preposição e suprimidas as demais, haveria prejuízo para a correção gramatical do texto. “Além disso, com a nova Constituição, os municípios ganharam o poder de legislar, de tributar seus próprios im-postos e, por fim, de ordenar o solo urbano.”

Paralelismo Sintático1 C 2 C 3 E 4 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Período CompostoEmprego das conjunções

01.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A relação que a oração iniciada por “e as respostas” (L.1) man-tém com a anterior mostra que a função da conjunção “e” corresponde à função de por isso.

“Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento 10 inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis.”2. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A palavra “portanto” (L.3) estabelece relação de condição entre segmentos do texto. “Construções e usos de interesse particular desrespeitam sistematicamente os códigos de obra e as leis de ocu-pação do solo. Invadem o espaço público, e o resultado é uma cidade de edificação monstruosa e hostil ao tran-seunte. É preciso, portanto, que o espírito da blitz na avenida Paulista seja estendido para toda a cidade.”3. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A locução “já que” (L.2) estabelece uma relação de compa-ração no período. “Há, porém, outras mais graves, que se instalam lentamente no organismo, como o aumento da pressão arterial e a ocorrência de paradas cardíacas. Estas podem passar despercebidas, já que nem sempre apresentam uma relação tão clara e direta com o fator ambiental. De imediato, existe o alerta: onde morar em metrópoles?” 4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O termo “Todavia” (L.1) estabelece uma relação de causa entre as ideias expressas no primeiro e no segundo períodos do texto.“Todavia, foi somente após a Independência que começou a se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupa-ção com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico.”5. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação da palavra “como” deixa subentender uma expressão mais complexa: assim como.linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre as pes-soas.6. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Os termos “portanto” (L.2) e “enquanto” (L.4), estabelecem idênticas relações de sentido. ”Preso em diversas ocasiões, só foi definitivamente absolvido em 1.º de março de 1984, quatro anos depois,

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portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia de policiais federais.”7. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) A conjunção “E” (L.1), por ter, no período, valor adversativo, pode ser substituída pela conjunção Mas, sem prejuízo para as informações do texto.“O crime, cometido por uma dupla de fazendeiros, foi punido com uma sentença de 19 anosde cadeia para cada um. Faltava reparar a injustiça cometida pelos militares. E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado.”8. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A substituição de “Apesar de” (L.1) por Embora prejudica a cor-reção gramatical do período. “Apesar de pequena, a função do INMETRO é fundamental, já que a instituição está contribuindo para a pro-moção da igualdade social.”9. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) Estariam preservadas a correção gramatical e o sentido original do texto se o termo “Enquanto” (L.1) fosse substituído por qualquer uma das seguintes expressões: Ao passo que, Porquanto, Dado que. “Enquanto outros países em desenvolvimento, como China, Índia e Coréia, investem na formação de pesquisa-dores e se transformam em produtores de conhecimentos que dinamizam suas economias, o Brasil não consegue eliminar o fosso que separa as instituições de pesquisa das empresas privadas, nem aumentar o volume de inves-timentos em pesquisa e desenvolvimento. “10. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) O emprego de “Todavia” (L.2) antecipa que a informação seguinte tem sentido contrário ao da anteriormente formulada. “Atualmente, o correio eletrônico — ou e-mail — é o meio de maior adesão utilizado pelos jovens estudantes.To-davia, como não é universal, e ainda está inacessível para muitos, esse canal ocasiona a possível perda do acesso a informações importantes. Também pode gerar um empobrecimento das relações sociais, além de provocar dúvidas ou divergências devidas a informações conflitantes.”11. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “Tão nobre resposta encheu de admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe” (L.2-3), a substituição de “como” por quanto mantém a correção gramatical do texto. “Eles, porém, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente.Tão nobre resposta encheu de admiração tanto aos sábios como aos principais e à mesma plebe.”12. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “Nenhum deles, porém, nasceu abaixo do peso ou com algum problema evidente de saúde” (L.2-3), a conjunção adversativa pode, sem prejuízo para o sentido original do texto, ser substituída por contudo, todavia ou no entanto.“O resultado obtido no estudo, publicado na revista PNAS, mostra que a falta de comida, nos primeiros meses de gestação, altera o material genético dos filhos. Nenhum deles, porém, nasceu abaixo do peso ou com algum problema evidente de saúde.”13. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) O termo “mas” (L.2) corresponde a qualquer um dos seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto. “Por ironia, as notícias mais freqüentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação humana.”14. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No trecho “enquanto parte avaliada” (L.2), o emprego de “enquanto” contraria recomendações de alguns gramáticos relativas ao uso da norma padrão da língua portuguesa em contex-tos escritos formais. “O processo de acompanhamento foi estruturado em dois estágios interdependentes entre si: as ações desenvolvi-das pela Agência, enquanto parte avaliada, e as ações sob responsabilidade do avaliador do processo a Comissão de Acompanhamento e Avaliação.”15. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) O termo “enquanto” (L.1) pode, sem prejuízo

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para a correção gramatical e para as informações originais do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo que, na medida que, conquanto.“No ano passado, a produção industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%.”16. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A expressão “A despeito da” (L.1) pode, sem prejuízo para a correção gramatical e as informações originais do período, ser substituída por qualquer uma das seguintes: Apesar da, Embora haja, Não obstante a. “A despeito da desaceleração econômica nas nações ricas, as cotações das commodities agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão. Segundo o FMI, os preços dos alimentos subiram 48% do final de 2006 ao início de 2008.”17. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) Na linha 1, o emprego da conjunção “Contudo” estabelece uma relação de causa e efeito entre as orações. “Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro ou es-tupro.”18. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Marque certo ou errado a respeito da sintaxe do texto. Em “como nos últimos anos” (L.1), a palavra “como” tem valor conformativo. “Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, como nos últimos anos. Mas, afinal, o que é cidada-nia?”19. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) A relação entre as estruturas linguísticas e as ide-ias do texto mostra que são preservadas a coerência e a correção gramatical ao se ligarem os dois primeiros perío-dos sintáticos do texto pela conjunção porque, do seguinte modo: humanas, porque o ser. “As vivências do tempo e do espaço constituem dimensões fundamentais de todas as experiências humanas. O ser, de modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo.”20. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Marque certo ou errado a respeito das estruturas linguísticas do texto. O termo “enquanto” (L.2), empregado como conjunção de valor temporal, reforça que o tempo é a dimensão do “ser humano” (L.2). “Em contraposição a essa noção, Kant defende que o espaço e o tempo são dimensões básicas que possibilitam todo e qualquer conhecimento, intrínsecas ao ser humano enquanto ser cognoscente.”21. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Provoca erro gramatical ou incoerência entre os argumentos do texto a substituição da conjunção “e” logo após “residencial” (L.2) pela expressão além de, pre-cedida de vírgula. “A partir dessa constatação, o CEM passou a pesquisar formas de socialização, redes sociais, padrões de segrega-ção residencial e eficácia e extensão das políticas públicas sobre esse estado de coisas.”22. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) A conjunção “mas” (L.1) possui valor semântico aditivo no contexto em que está inserida.“A imagem da metrópole no século XX é a dos arranha-céus e das oportunidades de emprego, mas Planeta Favela leva o leitor para uma viagem ao redor do mundo pela realidade dos cenários de pobreza onde vive a maioria dos habitantes das megacidades do século XXI.”23. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) No segundo parágrafo do texto, encontram-se duas orações reduzidas de gerúndio que indicam o modo segundo o qual Mike Davis desenvolveu sua pesquisa e a escrita do seu livro. “O urbanista norte-americano Mike Davis investiga as origens do crescimento vertiginoso da população em moradias precárias a partir dos anos 80 na América Latina, na África, na Ásia e no antigo bloco soviético. Com-binando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expansão das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urba-nas defendidas pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas consequências desastrosas nas gecekondus de Istambul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximadamente 200 mil favelas existentes no planeta.”

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24. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Por ser empregada duas vezes no mesmo período, a palavra “nun-ca” (L. 2) pode ser substituída, nas duas ocorrências, pela conjunção nem, sem prejuízo para o sentido do texto. “Este é o momento adequado do resgate do professor como sujeito histórico de transformação, porque se está atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu tão pouco a ele, do ponto de vista tanto da formação quanto da remuneração e das condições de trabalho.”25. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) A combinação “tanto (...) quanto” (L.3) pode ser substituída pela combinação não só (...) mas também, mantendo-se a idéia de adição de informações. “Este é o momento adequado do resgate do professor como sujeito histórico de transformação, porque se está atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu tão pouco a ele, do ponto de vista tanto da formação quanto da remuneração e das condições de trabalho.”26. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Na linha 1, com o emprego do conector “Todavia”, o autor ante-cipa que fará uma concessão ao professor, ou seja, apresentará alternativas para a superação do que foi explanado anteriormente. “Todavia, há uma série de sugestões ao profissional do magistério, para que mantenha uma conduta pedagógica transformadora, entre as quais se encontram as abaixo listadas:”27. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O uso da conjunção “ou” (L.2) mostra que, no texto, estar “inserido nas principais discussões em curso no mundo” (L.1-2) ou “adquirir apenas uma visão geral das grandes questões do ser humano na atualidade” (L.2-3) devem ser interpretadas como duas maneiras diferentes de se expressar lingüisticamente a mesma ação. “O hipertexto concretiza a possibilidade de tornar seu usuário um leitor inserido nas principais discussões em curso no mundo ou, se preferir, fazê-lo adquirir apenas uma visão geral das grandes questões do ser humano na atualidade.”28. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) A organização dos argumentos mostra que o conectivo “e” em “e en-caram” (L.1) tem o valor de mas e por essa conjunção poderia ser substituído, sem prejuízo da coerência ou da correção do texto. “São crianças multitarefa e encaram isso com total naturalidade.”29.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Quanto aos aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. No trecho “mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas” (L.2), as conjunções coorde-nativas “mas” e “embora” expressam valores adversativos. “Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.”30. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. A conjunção “Embora” (L.3) pode ser substituída por Porquanto, sem que seja alterado o sentido do texto ou prejudicada a sua correção gramatical. “Era eu que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor, porque minha mãe, com o seu re-umático, mal podia mover-se dentro de casa, e elas não sabiam andar sós. Sapucaia era a nossa pátria comum. Embora todos os parentes estivessem dispersos, ali nasceu o tronco da família.”31. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Com referência às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. No trecho ‘precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência’ (L.2-3), a sub-stituição do termo ‘quando’ por se manteria a correção gramatical e o sentido do texto. “Se os países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o fa-çam por outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência”, disse.32. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Marque certo ou errado. A relação sintática existente entre as duas últimas ora-ções do primeiro parágrafo pode ser expressa pela conjunção Conquanto. “A Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo, de 2000, foi apontada como um avanço. Nela, 130 países signatários do documento final, entre os quais o Brasil, assumem o compromisso de definir novos conceitos sobre esse tipo de crime. O objetivo é impedir que eventuais omissões da legislação facilitem a atuação das organizações criminosas. O documento trata também da assistência mútua entre os países e estabelece medidas práticas para que os países realizem cooperação entre si. Também aborda as investigações conjuntas e técnicas especiais de investigação.”

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33. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) O desenvolvimento das idéias no texto permite a inserção, na linha 1, de conectivo de valor explicativo entre as orações, da seguinte forma: iguais, pois elas possuem. “As pessoas não nascem iguais. Elas possuem habilidades e talentos próprios. O principal papel de um governo não é ir contra essa realidade e forçar algo que não existe nem existirá.”34. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).No texto, o conector “conquanto” (L.1) estabelece entre as orações que liga uma relação lógica de“A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exata-mente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.”A oposição. B explicação.C causa/conseqüência.D condição.E finalidade.35. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A respeito das estruturas lingüísticas do texto I, marque certo ou errado. No terceiro parágrafo do texto, a conjunção portanto poderia substituir o termo “assim” (L.1), sem prejuízo para a coesão e a coerência textuais. ”Foi assim que o mais importante crítico literário do mundo, o norte-americano Harold Bloom, 77, classificou Machado de Assis quando elencou, em Gênio — Os 100 Autores Mais Criativos da História da Literatura (Ed.Objetiva, 2002), os melhores escritores do mundo segundo seus critérios e gosto particular. “36. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).A respeito das estruturas lingüísticas do texto II, marque certo ou errado. No período “Embora (...) críticos” (L.1-3), a idéia de concessão é introduzida pela palavra “ainda” (L.2), empregada na oração principal. “Embora ocupe lugar central e mais ou menos indisputado na história da literatura produzida no Brasil, o escri-tor e sua obra ainda hoje guardam algo do caráter excêntrico, inclassificável e surpreendente que assombrou seus primeiros críticos.“37. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)As conjunções destacadas nos trechos a seguir es-tão associadas a uma determinada interpretação. Assinale a opção que apresenta trecho do texto seguido de inter-pretação correta da conjunção destacada.A “quando foram criadas 399 mil vagas” (L.1) – proporcionalidade“Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo infor-mações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%.”B ‘como dizem meus filhos’ (L.1) – comparação“Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas.C ‘É um erro imaginar que há inflação no Brasil’ (L.2) – conseqüência“O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar que há inflação no Brasil.”D “O ministro avaliou, entretanto, que o impacto maior” (L.1) – oposição “O ministro avaliou, entretanto, que o impacto maior se dará nas operações de comércio exterior.”E “Isso porque a decisão sobre juros tende a trazer mais recursos para o Brasil” (L.1) – conclusão”Isso porque a decisão sobre juros tende a trazer mais recursos para o Brasil e, com isso, pressionar para baixo o dólar. “QUESTÃO 838. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Respeitam-se as regras gramaticais e torna-se a argumentação mais clara ao se inserir a expressão verbal se fosse imediatamente antes de “toda” (L.1). “Os preconceitos aparecem quando se considera uma especificidade como toda uma realidade ou como elemento superior a todos os outros.”39. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Para que o documento respeite as regras gramat-icais da norma padrão, adequada à elaboração de documentos oficiais, deve-se substituir a expressão “na medida que”, na primeira linha do texto, por à medida que. 40. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Devido à função que exerce na oração, a vírgula empregada

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depois de “sensações” (L.1) poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, sem prejudi-car a correção gramatical ou a coerência do texto.“No mundo moderno em que vivemos, é certamente difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza.”41.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Em “De tão habituados” (L.1), a preposição “De” introduz oração de valor causal que, entre outras estruturas, corresponde a Porque estamos tão habituados ou a Por estarmos tão habituados. “De tão habituados a viver em relação com os demais, poucas vezes percebemos ou constatamos sua importância ou sua influência em nossos comportamentos ou em nossas decisões. A vida humana é grupal.”42.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) - Com base no texto, marque certo ou errado. A expressão “por isso” (L.2) foi empregada com o sentido concessivo.“O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação.”43.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Marque certo ou errado com relação às ideias do texto e às palavras e expressões nele empregadas. Na linha 2, as orações introduzidas por “quando” permitem uma leitura em que são interpretadas como condição para que a “arma de fim do mundo” (L.1-2) funcione automaticamente. “É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná-la.”44.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com base no texto, marque certo ou errado.I A substituição de “nem” (L.2) por sequer não altera essencialmente o significado do texto nem prejudica a sua correção gramatical. “E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa.”45. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Em relação ao texto acima, marque certo ou errado. O termo “porém” (L.2) pode, sem prejuízo para a correção gramatical, ser substituído por qualquer um dos seguintes: contudo, no entanto, todavia. “A escola mantém, desde o século XIX, ao menos duas funções: garantir o ensino e a aprendizagem e promover a socialização. A escola contemporânea, porém, lida com questões novas.”46. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado, no texto, o termo “pois” (L.1) equivale a porém. “Prepare-se, pois 2009 bate à porta com um convite tentador: tempo disponível para a preguiça, o lazer, o dolce far niente, o ócio.”47. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com relação ao fragmento de texto acima, marque certo ou errado. A retirada da palavra “como” não altera a relação sintático-semântica da oração. Ali, eu me atrapalhava de mato como se eleinvadisse as ruínas de minha boca e a enchessede frases com morcegos. Manoel de Barros. Matéria de poesia.48. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado às estruturas linguísticas e às ideias do texto. A sintaxe original do período seria mantida ao se substituir “quando” (L.1) por porque. “A melhor oportunidade para modificar esse quadro é durante as eleições, quando os cidadãos podem punir os candidatos que se comportaram mal nos anos anteriores”49. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Marque certo ou errado a respeito da associação entre as estruturas linguísticas e os argumentos do texto. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se ligar o perío-do iniciado por “Priorizamos” (L.2) ao anterior por meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: (...) profissionais, conquanto priorizamos (...). “Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e queremos tudo ao mesmo tempo agora.”50. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) A partir da conjunção “mas” (L.2), subentende-se da orga-

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nização das ideias no texto que um “processo de longo prazo” (L.2) pode não dispor de “sólidas fundações” (L.2) antes de ser definitivo. “Acrescento que a globalização ainda está longe de ter assumido seu formato definitivo. Trata-se de processo de longo prazo, mas que já dispõe de sólidas fundações.”51 .(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Em “Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela” (L.1), a expressão “Cada vez que” pode ser substituída por À medida que, sem alteração de sentido. “Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela, saía maltratado, repelido.”52.(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Com o deslocamento da conjunção “pois” para o início da oração “Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios” (L.1), com os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, preserva-se o sentido original do período.“Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios.”53.(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Em “Porém, mal experimentava a ilusão (...) a minha pobre alma acabrunhada” (L.1-3), o termo “mal” é empregado com sentido temporal. “Porém, mal experimentava a ilusão de pela poesia ter exorcizado a perseguição dos meus pavores, logo outras alucinações, outros pesadelos, outras bizarrias macabras e fúnebres assaltavam sem trégua a minha pobre alma acabrunhada.”54. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Preservam-se a correção gramatical do texto e a co-erência entre os argumentos ao se ligar o segundo período sintático do texto ao primeiro por uma conjunção, da seguinte forma: (...) do fantasioso, posto que é o momento (...). “A lenda urbana surge com a oportunidade do inusitado, do espetacular, do fantasioso. É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece.”

Emprego das conjunções1 C 12 C 23 C 34 A 45 C2 E 13 E 24 E 35 E 46 C3 E 14 C 25 C 36 E 47 E4 E 15 E 26 E 37 D 48 E5 E 16 C 27 E 38 C 49 E6 E 17 E 28 E 39 C 50 C7 E 18 E 29 E 40 C 51 E8 E 19 C 30 E 41 C 52 E9 E 20 C 31 E 42 E 53 C10 C 21 E 32 E 43 C 54 E11 C 22 E 33 C 44 ???? Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Orações Coordenadas e Subordinadas

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Preservam-se as relações entre os argumentos do texto caso se empregue em lugar de “que não possamos” (linha 5), uma oração correspondente com o gerúndio: não podendo.“... Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis.”2.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) No desenvolvimento da argumentação, a oração “Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto” (L.1) expressa a causa que desencadeia as idéias do trecho “é forçoso afirmar (...) pesquisa” (L.1-2).“... Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postu-lados teóricos.“3. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou inco-erência textual a inserção de que foi antes de “desenvolvida” (L.2).

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“A visão que um índio tupi tem desse mesmo cenário é totalmente diversa: cada um desses vegetais tem um sig-nificado qualitativo e uma referência espacial. A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gera-ções, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade.”4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A oração “que despejam sobre a cidade toneladas de partícu-las e gases tóxicos” (L.3-4) restringe o sentido da palavra “chaminés” (linha 20). “Os poluentes emitidos pelo motor de 31 automóveis, ônibus e caminhões geralmente se espalham por um raio de até 150 metros a partir do ponto em que são lançados e transformam as grandes avenidas em imensas chaminés que despejam sobre a cidade toneladas de partículas e gases tóxicos.”5. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) O período sintático iniciado por “As ferrovias” (L.1) man-tém com o período sintático anterior uma relação de causa; e com o período sintático iniciado por “As carruagens” (L.2) uma relação de conseqüência. “As ferrovias britânicas adotaram essa bitola porque as antigas máquinas de fabricar eixos e rodas para carruagens só podiam fazer eixos desse tamanho. As carruagens tinham eixos desse tamanho para caber nos sulcos escava-dos ao longo do tempo nas estradas da Grã-Bretanha. As estradas da Grã-Bretanha tinham sido construídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carruagens romanas.“6. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao se empregar a oração flexionada no modo subjuntivo para que cabessem em lugar de usá-la no infinitivo,“para caber” (L.1).. As carruagens tinham eixos desse tamanho para caber nos sulcos escavados ao longo do tempo nas estradas da Grã-Bretanha..” 7. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) O valor condicional da oração iniciada por “supondo” (L.1) permite sua substituição, no texto, por se supusermos, sem que sejam prejudicadas a coerência ou a correção gramatical.“Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, independentemente da enunciação, e que envelopamos em um código tam-bém pronto.”8. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O termo “onde” (L.4) introduz oração adjetiva de sentido expli-cativo. “O caso de Chico Mendes foi relatado pela conselheira Sueli Bellato. Emocionada, ela disse ter lido muito sobre o seringueiro morto para, então, encadear os argumentos que a fizeram acatar o pedido de reconhecimento e in-denização interposto por Izalmar Mendes. Chico Mendes foi vereador em Xapuri, onde nasceu, e se firmou como crítico de projetos governamentais de graves consequências ambientais, como a construção de estradas na região amazônica.” 9. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) O termo “para que” (L.2) estabelece uma relação de finalidade entre orações do período.“O INMETRO tem realizado estudos aprofundados que visam diagnosticar a realidade do país e encontrar mel-hores soluções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz.”10. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Na assertiva IV, o período é complexo, pois compreende mais de cinco orações subordinadas explicativas referentes aos “tipos de comunicação”.IV Entre os diferentes tipos de comunicação, o mais importante é a comunicação interpessoal, que diz res-peito à capacidade de dialogar, à troca de informações, seja por meio do contato físico direto, seja por intermédio de dispositivos técnicos criados pelo homem com o fim de transmissão de mensagens.11. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse a oração “que podem ser indesejáveis” (L.2) pela seguinte: o que pode ser indese-jável.“O gene IGF2 dos fetos sofreu a perda de radicais de metila (CH3). A metilação é importante porque ajuda a silenciar genes que podem ser indesejáveis.”12. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No período “A conseqüência (...) tumores no futuro” (L.1-

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2), o trecho “que o produto do IGF2 pode servir de combustível para o desenvolvimento de tumores no futuro” exerce a função sintática de sujeito.“A conseqüência imediata desse processo é que o produto do IGF2 pode servir de combustível para o desenvolvi-mento de tumores no futuro.”13. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) São exemplos de orações coordenadas adver-sativas as duas orações da seguinte passagem do texto: “Seu físico é naturalmente perfeito para a natação. O corpo lembra a forma de um peixe” (L.1). “Seu físico é naturalmente perfeito para a natação. O corpo lembra a forma de um peixe. Tem articulações flexíveis e enormes mãos que parecem pás. Ter nascido no país com a melhor estrutura para detecção e lapidação de talen-tos esportivos também ajudou — uma vez bem-sucedido em competições escolares, Phelps seguiu naturalmente o caminho que o levou à equipe olímpica norte americana.”14. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O trecho “Tem paciência, se obscuros” constitui um período sim-ples, uma oração absoluta. “Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.”15. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O autor do texto tomou um trecho de Vieira — ‘porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir’ (L. 2-3) — como uma causa para o que foi dito antes: “o pregar é em tudo comparável ao semear” (L.2), trecho que constitui um efeito ou uma conseqüência, na relação de causa/conseqüência estabelecida pelo emprego da conjunção “porque”. “No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir.” Pensamento cujas raízes parecem mergulhar no velho naturalismo português.”16. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Os dois primeiros parágrafos do texto são formados, respectiva-mente, por uma oração absoluta e uma frase nominal, e o terceiro parágrafo é constituído por período composto por coordenação e subordinação. “O vendedor de jornais é o tipo mais despreocupado e alegre do mundo.Tem uma alma de pássaro. Claro está que não nos referimos ao carrancudo português, que, em meio de uma chusma de folhas metodicamente dispostas, passa os dias sentado, com as pernas cruzadas no ponto de reunião da Rua do Ouvidor com o Largo de S. Francisco, na Brahma, nas portas dos cafés da Avenida, em toda parte.”17. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) As orações subordinadas “que as peni-tenciárias somente acolham presos” (L.1-2), “que tomou” (L.3) e “que irá recorrer ao Tribunal de Justiça” (L.6-7) desempenham a função de complemento do verbo. “.....A sentença determina, entre outras medidas, que as penitenciárias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal e objetivam acabar com a vio-lação dos direitos humanos da população carcerária e “abrir o debate a respeito da regionalização dos presídios”.Sua sentença foi muito elogiada. “Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem receber mais presos, os juízes das varas de ex-ecuções não poderão julgar réus acusados de crimes violentos, como homicídio, latrocínio, seqüestro ou estupro.”18. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) As orações “se dependesse só dele” (L.1) e “se Alicia estivesse ao seu lado” (L.3) estabelecem circunstância de condição em relação às orações às quais se subordinam. “Falara com voz sincera, exaltando a beleza da paisagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do rio e da floresta. Era isso o que mais queria, se Alícia es-tivesse ao seu lado.”19. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A oração “como se fizesse um não em câmera lenta” (L.2) expressa uma comparação estabelecida pelo narrador.“Não parecia estar no iate, e sim em sua casa, em Manaus: sentado, pernas e pés juntos, tronco ereto, a cabeça oscilando, como se fizesse um não em câmera lenta.”20. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/200808) As propostas apresentadas tanto em V quanto em VI estão for-

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muladas como períodos compostos por subordinação. “V Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para ser avaliadoVI Desenvolver em aula a responsabilidade coletiva pela aprendizagem e disciplina”21. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Juntando-se as sugestões IX e X em uma única oração, estará sin-taticamente correta e preservará o sentido original do texto a seguinte sugestão: Fazer contrato com os alunos com cujo clima de respeito em sala de aula estará garantido o trabalho. “IX Fazer contrato de trabalho com os alunos X Garantir clima de respeito em sala de aula”22. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Transformando-se em período composto a sugestão XII — “Solici-tar a colaboração dos aprendizes na elaboração de questões” —, tem-se: Solicitar aos aprendizes que colaborem na elaboração de questões. “XII Solicitar a colaboração dos aprendizes na elaboração de questões”23. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) As sugestões de I a XIV, por serem expressas por períodos comp-ostos por coordenação, devem, obrigatoriamente, terminar por ponto final, sendo, portanto, incorreto o emprego de ponto-e-vírgula no final de cada uma delas.

I Abordar o conteúdo de forma diferenciadaII Atender o aluno durante atividades em salaIII Combater a competição entre os paresIV Considerar o conhecimento prévio dos estudantesV Dar liberdade ao aluno para escolher o momento para ser avaliadoVI Desenvolver em aula a responsabilidade coletiva pela aprendizagem e disciplinaVII Dialogar sobre dificuldades (investigação) apresentadasVIII Escolher bem o material didáticoIX Fazer contrato de trabalho com os alunosX Garantir clima de respeito em sala de aulaXI Retomar os assuntos já apresentadosXII Solicitar a colaboração dos aprendizes na elaboração de questõesXIII Sugerir a leitura de livros, sem valer notaXIV Sugerir roteiros de orientação de estudo

24. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Por causa das ocorrências da conjunção “e” (L.2) no mesmo período sintático, o conectivo “assim como” (L.3) tem a dupla função de marcar a relação de adição entre as orações e deixar clara a hierarquia das relações semânticas. “Todos os Estados promoverão a cooperação internacional com o objetivo de garantir que os resultados do pro-gresso científico e tecnológico sejam usados para o fortalecimento da paz e da segurança internacionais, a liber-dade e a independência, assim como para atingir o desenvolvimento econômico e social dos povos e tornar efeti-vos os direitos e liberdades humanas de acordo com a Carta das Nações Unidas.”25. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) O conectivo “Então” (L.1) estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. Afirmar o indivíduo, não no sentido neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa idéia da diferença é um argumento crítico. “Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica.”26. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) As orações que precedem “é” (L.2) constituem o sujeito que leva esse verbo para o singular. “Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil.” 27. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Dadas as relações de sentido do texto, os dois últimos períodos do primeiro parágrafo poderiam ser ligados pelo termo porque. Nesse caso, o ponto final que encerra o primeiro desses períodos deveria ser retirado e o termo “Ela” (L.1) deveria ser escrito com letra minúscula. “Porém nem mesmo a liberdade é tão valorizada quanto se imagina. Ela implica responsabilidades. “

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28.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Quanto aos aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. Na linha 1, a oração adjetiva “que fossem frequentadas principalmente por mulheres” apresenta valor explicativo.“No fim, tinha um pequeno armarinho — sempre tivera lojas que fossem frequentadas principalmente por mul-heres — na rua Senhor dos Passos.”29.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto, relativamente às suas estruturas lin-guísticas, marque certo ou errado. No trecho “Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá” (L.1), a oração iniciada pela preposição “para” expressa finalidade. “Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá.”30. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. No texto, as orações “que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem água benta” (L.1-2) e “que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor” (L.3-4) exercem a mesma função sintática e, por isso, têm a mesma classificação. “Era à porta de uma igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem água benta, para con-duzi-las à nossa casa, onde estavam hospedadas. Tinham vindo de Sapucaia, pelo Carnaval, e demoraram-se dois meses na corte. Era eu que as acompanhava a toda a parte, missas, teatros, rua do Ouvidor, porque minha mãe, com o seu reumático, mal podia mover-se dentro de casa, e elas não sabiam andar sós.”31. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao se escrever, em lugar da oração desenvolvida “que todos sejam forçados” (L.1), a reduzida equivalente serem todos forçados. “Esse conceito pressupõe que todos sejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmos salários, comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores?”32. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Com relação ao fragmento de texto acima, marque certo ou errado. Por ser restritiva, a oração “que tomam (...) padrão e norma” (L.14) poderia, sem mudança do sentido do texto, ser iniciada com a expressão mas apenas para as. “Para as pessoas que dominam a escrita, que tomam a linguagem escrita como padrão e norma, é difícil imaginar que ela represente apenas uma parte da expressão oral: fonemas, palavras, frases.”33. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) No desenvolvimento das ideias do texto, introduz-se uma ideia de causa com o uso A de “para” . “Foi uma luta travada com enorme êxito e cujos resultados positivos vão ser indispensáveis para criar um conhe-cimento emancipatório pós-moderno.”B de “como”. “No entanto, como a ciência moderna colonizou as outras formas de racionalidade, destruindo, assim, o equilíbrio dinâmico entre regulação e emancipação,...”C de “destruindo”. “No entanto, como a ciência moderna colonizou as outras formas de racionalidade, destruindo, assim, o equilíbrio dinâmico entre regulação e emancipação,...”D do sinal de dois-pontos depois de “ignorar”. “tão temível quanto o anterior, e que a ciência moderna não podia senão ignorar: a renúncia à interpretação, para-digmaticamente patente no utopismo automático da tecnologia e também na ideologia e na prática consumistas. “Preserva-se a correção gramatical e a coerência das ideias do texto abaixo do item.34. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) ao se inserir que tenha sido antes de “ocorrida” (L.2). “Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular, ocorrida no trabalho de interpretação.”35. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) ao se substituir “fez com que indagássemos” (L.1) por fez-nos indagarem. “O conflito de ideologias fez com que indagássemos sobre o que quer dizer uma interpretação e duvidássemos sobre o que estávamos fazendo ou teríamos de fazer.”36. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) ao se retirar “que era” (L.1).

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“Em vez desse tratamento que era dado à questão da interpretação, a Teoria Crítica ou o Criticismo insiste em trabalhar com as palavras que estão inscritas em determinada página.37. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Julgue se as seguintes estruturas do texto explicitam uma relação textual de comparação.I “causar mais confusão do que esclarecer” (L.1)“A censura esconde dilemas e armadilhas sutis que podem causar mais confusão do que esclarecer os problemas relacionados a ela, até porque nem todo tipo de censura representa uma interferência odiosa na vida da popula-ção.”II “nem todo tipo de censura representa uma interferência” (L.2)“A censura esconde dilemas e armadilhas sutis que podem causar mais confusão do que esclarecer os problemas relacionados a ela, até porque nem todo tipo de censura representa uma interferência odiosa na vida da popula-ção.”III “até considerada necessária” (L.1)“Um exemplo simples de censura socialmente aceitável — ou até considerada necessária para o bom andamento da vida social —“IV “tão odiosas quanto a censura política” (L.1-2)“Por outro lado, existem formas de censura que, apesar de serem, em princípio, tão odiosas quanto a censura política, tornam-se praticamente invisíveis no interior do corpo social.”Estão certos apenas os itensA I e III.B I e IV. C II e III.D II e IV.38.(INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Desfazendo-se as inversões sintáticas do primeiro período do segundo parágrafo, obtém-se, em ordem direta, a seguinte reescritura desse período: Outra noção de indis-cutível importância, que é a base da razão e do entendimento, surge do número: é a noção de medida. “Do número, que é a base da razão e do entendimento, surge outra noção de indiscutível importância: é a noção de medida. Medir é comparar. Só são, entretanto, suscetíveis de medida as grandezas que admitem um elemento como base de comparação. Será possível medir-se a extensão do espaço? De modo nenhum.”

39.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Seriam preservados a coerência textual e o respeito às regras gramaticais ao se escrever a oração iniciada por “exigindo” (L.2) como uma oração desenvolvida ini-ciada por que exigem. “A sustentabilidade do desenvolvimento é um problema complexo, porque a sua essência está imbricada em um tecido de problemas inseparáveis, exigindo uma reforma epistemológica da própria noção de desenvolvimento.”40.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com base no texto, julgue os itens a seguir. II A oração “que entende de mercado de capitais...” (L.1) é uma oração restritiva e restringe a referência de “Ma-tias” (L.1). “— Ó Matias, você, que entende de mercado de capitais...”41. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Mantém-se o texto coerente e gramaticalmente correto ao se substituir “que uma pessoa não seja” (L.2) por uma pessoa não ser. “Todo indivíduo tem direito à proteção de sua liberdade, de sua integridade física e de outros bens que são ne-cessários para que uma pessoa não seja rebaixada de sua natureza humana.”42. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Na linha 2, a oração iniciada pelo gerúndio “devendo”, uma vez que se adiciona à oração anterior “que todos são iguais” e complementa a expressão “ter em conta”, admite ser reescrita da seguinte forma, retirando-se a vírgula após “iguais”: e devem merecer a mesma proteção. “Mas, também em relação a esses direitos e valores, é preciso ter em conta que todos são iguais, devendo merecer a mesma proteção”.43. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). As relações entre os argumentos do texto mostram que a oração iniciada por “Nos conflitos” (L.1) fornece uma justificativa, uma razão para o que se afirma na oração anterior; por isso,

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seria correto e coerente ligá-las em um só período pela conjunção pois, do seguinte modo: Entre elas já não há guerras, pois, nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial. “Entre elas já não há guerras. Nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial.”44. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado no item abaixo, acerca da estrutura do texto.I - O período “O trabalho dignifica as pessoas, mas a liberdade de viver também é sagrada” (L.1) é composto por subordinação. “O trabalho dignifica as pessoas, mas a liberdade de viver também é sagrada. Jornadas menores podem significar mais empregos.“Nas rodinhas de conversa no fim da aula ou na sala de professores, os relatos apresentam uma realidade assus-tadora.”46. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) No período “O problema na tomada era simples, contudo quis chamar o eletricista”, o trecho após a vírgula é classificado como oração coordenada sindéticaA explicativa.B adversativa.C conclusiva. D alternativa.47. (T.S.T./ANAL.JUDICIÁRIO/17/02/2008) O valor de adjetivo do gerúndio em “podendo optar” (L.1) fica preservado se essa oração reduzida for substituída pela subordinada adjetiva correspondente: que pode optar. Essa substituição manteria a coerência e a correção gramatical do texto. CERTA“O capital, podendo optar por um investimento de porte em automação, em informática e em tecnologia de ponta, cada vez mais barata e acessível, não mais teria seu funcionamento embasado exclusivamente na exploração dos trabalhadores, cada vez mais exigentes quanto ao valor de sua força de trabalho.”48. (T.S.T./ANAL.JUDICIÁRIO/17/02/2008) Caso se substituísse “Embora” (L.1) por Apesar de, a idéia de con-cessão atribuída a essa oração seria mantida, assim como a correção gramatical do período. “Embora não se possa falar de supressão do trabalho assalariado, a verdade é que a posição do trabalhador se enfraquece, tendo em vista que o trabalho humano tende a tornar-se cada vez menos necessário para o funciona-mento do sistema produtivo.”49. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, marque certo ou errado. No último período, existem apenas duas orações, que estão ligadas por meio de relações sintáticas de dependência e independência, simultaneamente. “Ainda assim, só um em cada dois norte-americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução. O outro considera razoável que nós, e todas as coisas que nos cercam, estejamos aqui por dádiva da criação divina.”50. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Marque certo ou errado quanto às ideias e estruturas linguísti-cas do texto. O período “O país dispõe (...) diretos somados” (L.1) fornece um argumento que antecipa a ideia iniciada em “Ainda assim, só um em cada dois norte-americanos (...)” (L.2-3). “O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um em cada dois norte-americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução.”51. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A expressão “tanto mais quanto” (L.3) indica a relação de proporcionalidade entre a liberdade do senhor de dispor da vida de seu escravo e o alto fluxo de escravos no mercado. “A relação senhor/escravo não era um pacto: o senhor não estava obrigado a preservar a vida de seu escravo indi-vidual; muito ao contrário, sua liberdade de tirar a vida daquele que coisificara definia sua posição de 10 senhor, tanto mais quanto o fluxo de escravos no mercado lhe permitia repor o plantel sem maiores restrições.” 52. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) Devido ao valor causal que exerce no período sintático, o trecho “Sendo concretas” (L.3) corresponde a Por serem concretas, pelo qual poderia ser substituído sem prejudi-car a correção gramatical ou a coerência textual. “...um remédio ou um tratamento médico são coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma construção de verdade, do mundo real; do mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas

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concretas que afetam diretamente a vida das pessoas. Sendo concretas, não haveria necessidade de metáforas para pensar, descobrir ou comunicar essas coisas.”53. (FUB/CARGOS N.SUP./02/08/2009) As relações sintático-semânticas do período (L.1 )indicam que a real-ização da ideologia ilustrada como bem comum condicionava-se às lutas populares pela democratização do saber. “O propalado bem comum ficava no limbo da utopia se os povos não lutassem pela sua realização.”

Orações Coordenadas e Subordinadas1 E 12 E 23 E 34 C 45 E2 C 13 E 24 C 35 E 46 C3 C 14 E 25 E 36 E 47 C4 C 15 E 26 C 37 B 48 E5 C 16 E 27 C 38 E 49 E6 E 17 E 28 E 39 C 50 E7 C 18 C 29 E 40 ??? 51 C8 C 19 C 30 E 41 C 52 C9 C 20 E 31 C 42 E 53 C10 E 21 E 32 E 43 C 11 E 22 C 33 B 44 ??? Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

PontuaçãoVírgula

1.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Logo após “pesquisa” (L.2), estaria gramaticalmente correto e coerente com o desenvolvimento das idéias do texto o emprego do travessão simples no lugar da vírgula.

“...Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do fenômeno e o caráter vivo dos postu-lados teóricos. “2. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O emprego de vírgula após “autoridades municipais” (L.3-4) justifica-se porque antecede oração subordinada adjetiva explicativa. “A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável mudança de comportamento das autoridades municipais, que passam a incorporar o tema em suas priori-dades de gestão.”3. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Na linha 2, as vírgulas após as palavras “que” e “cidade” foram empregadas para se isolar adjunto adverbial de lugar deslocado.“O DNA Paulistano, série de pesquisas realizadas, no ano passado, pelo Datafolha, revelou fatias surpreendente-mente elevadas de pessoas que, nas diversas regiões da cidade, costumam caminhar até o trabalho”4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A substituição de travessões por vírgulas, nas linhas 1 e 2, manteria a correção gramatical do período e suas informações originais. “Mas basta percorrer essa e outras áreas do centro — onde, compreensivelmente, mais se caminha — para notar o estado precário das calçadas e as constantes irregularidades.”5. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Na linha 3, as vírgulas utilizadas no interior do período que termina na palavra “olhos” têm a função de separar elementos de mesma função gramatical componentes de uma

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enumeração.“As consequências mais imediatas — e moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos.”6. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) A vírgula que precede a conjunção “e” (L.1) indica que esta liga duas orações de sujeitos diferentes; mas a retirada desse sinal de pontuação preservaria a correção e a coerên-cia textual. “As estradas da Grã-Bretanha tinham sido construídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados 10 por car-ruagens romanas.”7. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) A vírgula imediatamente antes de “e estudos sobre as áreas de risco” (L.1-2) não precisa ser necessariamente empregada, já que se trata de um processo de coordenação, mas se justifica pelo fato de criar ênfase sobre o fato de os estudos poderem prever os acontecimentos futuros. “O dilúvio ninguém previu, mas já chovia no estado quase a primavera toda, e estudos sobre as áreas de risco de enchentes e deslizamentos apontavam o que podia acontecer se chovesse demais.”8. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Na linha 3, o emprego de vírgula após “(PEFC)” justifica-se por isolar expressão apositiva subseqüente. “O Brasil obteve o reconhecimento internacional do Programa Brasileiro de Certificação de Manejo de Florestas (CERFLOR) durante a 19.ª Reunião Plenária do Program for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), maior fórum de programas nacionais de certificação de manejo florestal.”9. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Na linha 2, após “regionais”, “geográficas” e “econômicas”, as vírgulas empregadas seguem a mesma regra gramatical. “Para dar efetividade a essas leis, foi criado um programa para a promoção da acessibilidade dessas pessoas. Devido à dimensão territorial do Brasil, às suas peculiaridades regionais, geográficas, econômicas, culturais e infra-estruturais, o programa não leva em conta somente o veículo ou embarcação a ser utilizado, mas tudo o que compõe o sistema de transporte, seja ele rodoviário (urbano, municipal ou interestadual), seja aquaviário (mar e interior), desde o embarque até o desembarque de passageiros, garantindo o direito do cidadão de ir e vir com segurança e autonomia.10. (INPE/TECNOLOGISTA/25/01/2008) O emprego das vírgulas no último período sintático do texto mostra que a circunstância expressa por “com uma grande acumulação de benefícios para pequenos setores sociais” (L.3-4) pode ser deslocada tanto para antes de “essa distribuição” (L.2) quanto para depois de “população” (L.4), sem prejudicar a coerência entre os argumentos. “Entretanto, pode-se constatar que, até dentro de uma mesma nação, os benefícios do processo não são distribuí-dos de maneira mais ou menos equitativa. Em certos casos, essa distribuição torna-se mesmo bastante injusta, com uma grande acumulação de benefícios para pequenos setores sociais, em detrimento da grande maioria da população.”11. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) O segmento “que dinamizam suas economias” (L. 2) con-stitui oração subordinada adjetiva restritiva e, por isso, não vem precedido de vírgula. “Enquanto outros países em desenvolvimento, como China, Índia e Coréia, investem na formação de pesquisa-dores e se transformam em produtores de conhecimentos que dinamizam suas economias, o Brasil não consegue eliminar o fosso que separa as instituições de pesquisa das empresas privadas, nem aumentar o volume de inves-timentos em pesquisa e desenvolvimento.”12. (IPEA/2008CARGO N.SUPERIOR 14/12/2008) Na linha 3, logo após a palavra “assunto”, a vírgula foi empregada para isolar o vocativo subseqüente.

“Não surpreende que, como mostraram o físico Roberto Nicolsky e o engenheiro André Korottchenko de Oliveira, em artigo publicado recentemente, o Brasil venha caindo na classificação dos países que mais registram patentes no escritório norte-americano que cuida do assunto, o USPTO (sigla do nome em inglês).”13. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) O sentido da assertiva II não se altera se o fragmento “o tempo todo” for colocado no início da frase, respeitando o emprego da maiúscula inicial e da vírgula que marca o des-locamento. II As pessoas estão mergulhadas em processos comunicativos o tempo todo.

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14. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Na linha 1, a oração adverbial “quando ele deixa de ser si-lenciado” está isolada por vírgulas devido ao fato de ter sido deslocada de sua posição na ordem direta.“No caso do IGF2, quando ele deixa de ser silenciado, o potente fator de crescimento que ele sintetiza pode ficar mais disponível no organismo.”15. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Prejudicaria a correção gramatical do texto o emprego de vírgulas para isolar a expressão “pelo menos” (L.1), dado o caráter restritivo que ela adquire no período. “O carnaval aqui esteve bem divertido, apesar da frieza paulista. Eu pelo menos me diverti à larga e os bailes estiveram colossais, todos dizem.”16. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) As orações “que se estendeu até os anos 30 do século seguinte” (L.2) e “que vigorou desde então até 1989” (L.3) estão antecedidas por vírgulas porque são subordina-das adjetivas restritivas.“Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional: o conservador do século XIX, que se estendeu até os anos 30 do século seguinte; o do Estado desenvolvimentista, que vigorou desde então até 1989; e o novo paradigma de inserção liberal em formação nos anos noventa.”17. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) O segmento “apoiadas em incentivos fiscais e creditícios” (L.1-2) está entre vírgulas porque é uma oração reduzida de particípio e tem natureza restritiva. “A partir da década de 70, políticas ativas de promoção de exportação, apoiadas em incentivos fiscais e credití-cios, juntaram-se a esse elenco de instrumentos.”18. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) As vírgulas da linha 1 justificam-se por isolar oração reduzida de gerúndio intercalada na principal. “O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito tempo.”19. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) As vírgulas das linhas 1 e2 justificam-se por isolar oração sub-ordinada adjetiva restritiva.“O medo faz parte da rotina de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, receosos de serem detidos e repatriados.”20. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A vírgula após “bicombustível” (L.2) isola oração subordi-nada adjetiva explicativa. “Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustível, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer proporção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos na sua permanência no mercado por muito tempo.”21. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) A vírgula logo após “investidores” (L.2) é utilizada para separar orações coordenadas. “É fato que, em alguns momentos da crise iniciada em julho, marcada pela queda de liquidez dos bancos, ocor-reram episódios de exigência de taxas melhores por parte de investidores, mas em nenhum momento aconteceu uma piora no perfil da dívida brasileira.”22. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) O emprego da vírgula na linha 1 indica que interessa à autora do texto enfatizar que existem manipulações financeiras específicas da economia globalizada. “Não é o tamanho, em termos de número de habitantes ou da área espacial ocupada, que conta; conta sua funcio-nalidade em termos das manipulações financeiras, que caracterizam a era da globalização.”23. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Em “Aceita-o/como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada/no espaço” (v.10-11), os pronomes “o” e “ele” remetem ao mesmo referente: o “limbo” (v. 8). Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra o seu poder de silêncio.Não forces o poema a desprender-se do limbo.

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Não colhas no chão o poema que se perdeu.Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.

24. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Se o poeta tivesse resolvido colocar uma vírgula logo após “chão”, em “Não colhas no chão o poema que se perdeu” (v.9), o trecho continuaria correto e sem alterações de cunho semântico, porque essa vírgula seria apenas enfática.Não colhas no chão o poema que se perdeu.25. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O trecho “Pensamento cujas raízes parecem mergulhar no velho naturalismo português” (L.1) ocorre imediatamente após um ponto (e, naturalmente, está com inicial maiúscula) por uma questão de estilo do autor, mas também estaria correto, se tivesse ocorrido em seqüência ao período an-terior, com letra inicial minúscula, antecedido por uma vírgula. ”Pensamento cujas raízes parecem mergulhar no velho naturalismo português”. A comparação entre o pregar e o semear, Vieira a teria tomado diretamente às Escrituras, elaborando-a conforme seu argumento.26. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A vírgula que foi empregada em “O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal” (L.1-2) é opcional. “O mesmo já não cabe dizer de sua imagem do céu estrelado, que se ajusta a concepções correntes da época e não apenas em Portugal.”27. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No final do texto, em “o do século XIX pensa em uma paisa-gem”, as relações sintáticas do trecho permitem a colocação de uma vírgula entre “o do século XIX” e “pensa”.“Segundo a observação de H. von Stein, ao ouvir a palavra “natureza”, o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX pensa em uma paisagem.”28. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A omissão da vírgula logo após “processo” (L.3) não prejudica a clareza do texto nem contraria a prescrição gramatical. “O processo de acompanhamento foi estruturado em dois estágios interdependentes entre si: as ações desenvolvi-das pela Agência, enquanto parte avaliada, e as ações sob responsabilidade do avaliador do processo a Comissão de Acompanhamento e Avaliação.”29. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/20082008) Na linha 3, o emprego de vírgulas — uma antes de “e” e outra após “segundo” — justifica-se, de acordo com as normas de pontuação da língua portuguesa, respectivamente, pelo fato de as orações apresentarem o mesmo sujeito — “Relatório” — e pela ocorrência de uma exemplificação, introduzida por “como”.“Os dois relatórios específicos de acompanhamentos elaborados pela ANS e submetidos à apreciação da Comissão foram o 1.º Relatório Semestral do Contrato de Gestão 2006/2007, de julho de 2007, e o Relatório Final do Con-trato de Gestão 2006/2007, de março de 2008. O primeiro atua como marco inicial do processo de acompanha-mento, e o segundo, como o marco final do estágio de acompanhamento sob responsabilidade da ANS.”30. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No processo de revisão do texto, devem ser inseridas vírgulas para isolar a oração “que marcou o início do processo de acompanhamento” (L.2), dado o sentido explicativo que ad-quire no período. “Em relação à etapa de verificação, constatou-se que todas as recomendações propostas, decorrentes da análise do relatório que marcou o início do processo de acompanhamento, foram incorporadas integralmente no relatório final de acompanhamento. “31. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) Caso se inserisse uma vírgula logo após “trabalhadores” (L.1) o sentido expresso no trecho seria preservado. “Outras cooperativas de trabalho são formadas por trabalhadores que estavam assalariados por empresas inter-mediadoras e que preferiram 22 se organizar em cooperativa para se apoderar de parte do ganho que aquelas empresas auferem a suas custas.”32. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) A oração “que se mede dividindo o volume da produção pelo número de trabalhadores” (L.1-2) está entre vírgulas porque tem natureza restritiva. “A produtividade industrial, que se mede dividindo o volume da produção pelo número de trabalhadores, vem crescendo há bastante tempo, mas, até recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível de emprego.”

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33. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) O emprego da vírgula logo após “passado” (L.1) justifica-se por isolar o adjunto adverbial de tempo anteposto à oração principal. “No ano passado, a produção industrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%.”34. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) O emprego da vírgula logo após “Industrial” (L.3) deve-se à necessidade de se isolar o vocativo subseqüente. “As empresas ficaram mais eficientes e estão repartindo os ganhos com o trabalhador, e isso é muito bom, porque o aumento da renda alimenta a expansão da demanda doméstica”, diz o assessor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Júlio Sérgio Gomes de Almeida.”35. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) O trecho “pequena cidade a 534km da cidade de São Paulo” (L.1-2) encontra-se entre vírgulas por exercer a função de aposto. “Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional.”36. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A correção gramatical do texto seria mantida se a vírgula empregada antes da conjunção “mas” (L.3) fosse omitida. “Despertava como quem leva um susto, ia lavar o rosto e retomava sua ronda, que me deixava mareado. Eu es-perava o fim da tarde com ansiedade; mal escurecia, entrava no camarote para ler, mas ficava pensando nos dois: Mundo e seu pai.”37. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) A correção gramatical do texto seria mantida se fosse inserida uma vírgula após o termo “entrevista” (L.1). “Lembrei-me de uma entrevista que tive com uma jornalista.”38. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) No trecho “de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas” (L.1-2), a vírgula é empregada para separar termos que exercem a mesma função sintática. “Eu tinha todas as outras liberdades, preso no porão — de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas. “39. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Com referência aos sinais de pontuação utilizados no tex-to, marque certo ou errado. As duas primeiras vírgulas do último parágrafo isolam o aposto, ou seja, um termo que explica uma palavra ou expressão já mencionada.“Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e da corrupção endêmicas, é a má distribuição de renda, situação em que muitos têm pouco e poucos têm muito.”40. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) As duas vírgulas da primeira linha são opcionais; por-tanto, podem ser retiradas sem incidir em erro de pontuação. “No cérebro humano, assim como no de outros animais, existem os chamados neurônios-espelho, que são ativa-dos quando você vê uma pessoa fazendo alguma coisa.”41. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Se for suprimida a vírgula depois de “neurônios-espe-lho” (L.1), haverá alteração no sentido e na sintaxe da oração iniciada pelo “que” (L.2).“No cérebro humano, assim como no de outros animais, existem os chamados neurônios-espelho, que são ativa-dos quando você vê uma pessoa fazendo alguma coisa.”42. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) As ocorrências de vírgula na segunda e terceira linhas têm a mesma justificativa sintática. “No cérebro humano, assim como no de outros animais, existem os chamados neurônios-espelho, que são ativa-dos quando você vê uma pessoa fazendo alguma coisa. Em certos momentos, se torna irresistível imitar o com-portamento dela”, explica um neurologista da FGV. “A partir desse conjunto de informações, julgue os itens quanto ao sentido e quanto ao emprego da norma-padrão da língua portuguesa. 43. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) As reações das pessoas jogando, ratificaram a hipótese de que ganhar algum dinheiro é melhor do que nada.44. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) As pessoas, em grande parte recusam ofertas muito

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baixas; preferem prejudicar o oponente à obter algum lucro. 45. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Nos termos enumerados na linha 1 a substituição da vírgula colocada antes de “uma cara” pela conjunção e preservaria a correção gramatical do texto, mas enfraqueceria a indicação semântica de que se trata de termos praticamente sinônimos. “Toda empresa tem uma cultura, uma personalidade, uma cara. Essa cultura acaba impressa nas pessoas que tra-balham ali.”46 (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Mantêm-se a correção gramatical e a coerência textual caso seja retirada a vírgula logo após o termo “indagações” (L.1). “Estas indagações, possivelmente existentes desde que o homem começou a pensar, têm ocupado o tempo e o esforço de elaboração dos filósofos ao longo dos séculos.”47. (SEFAZ-ES/CONS. EXECUTIVO/08/02/2008) A vírgula antes de “alguns dos nomes” (L.5) indica a pre-sença de um termo explicativo com valor metalinguístico. “Combinando erudição acadêmica e conhecimento in loco das áreas pobres das grandes cidades, Davis traz a história da expansão das metrópoles do Terceiro Mundo, analisando os paralelos entre as políticas econômicas e urbanas defendidas pelo FMI e pelo Banco Mundial e suas consequências desastrosas nas gecekondus de Istam-bul (Turquia), nas desakotas de Accra (Gana) ou nos barrios de Caracas (Venezuela), alguns dos nomes locais para as aproximadamente 200 mil favelas existentes no planeta.”48. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Na enumeração que compõe a parte final da sugestão XV, o em-prego das vírgulas deve-se à obrigatoriedade de separação de termos que exercem a mesma função sintática. “XV Trabalhar com metodologia interativa: grupos, seminários, jogos, estudo do meio, experimentação, prob-lematização, temas geradores, projetos e monitoria.”A partir do fragmento de documento apresentado, julgue os itens49. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O uso das letras iniciais maiúsculas em “Tomando” (L.2) e “Levando” (L.5) indica que as vírgulas depois de “Geral” (L.1) e “humana” (L.4) devem ser substituídas por ponto, para se atender às regras gramaticais da norma culta usada em documentos oficiais. 50. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) A vírgula logo depois de “operar” (L. 3) indica que a relação entre as idéias expressas no período iniciado por “então é fundamental” (L.3) e as idéias expressas no período anterior seria mantida se a palavra “então” fosse substituída por posto que.“Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo.” 51. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Seria mantida a correção gramatical do trecho “Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos” (L.1), caso ele fosse assim reescrito: Os mercados não são perfeitos; são, isto sim, poderosos. “Os mercados não são perfeitos. São, isto, sim, poderosos instrumentos de coordenação econômica em busca permanente de eficiência.”52.(TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto,marque certo ou errado a opção cor-reta com relação aos seus aspectos linguístico-gramaticais. No trecho “Vivia envolvido com ‘sirigaitas’, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos” (L.1-2), é facultativo o emprego da vírgula antes da conjunção coordenada “e”. “Vivia envolvido com “sirigaitas”, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos.”53.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Com base no texto, marque certo ou errado . A expressão “ou seja” (L.2) apresenta-se isolada por vírgulas por ter sido deslocada de sua posição original na ordem direta da oração. “As ciências humanas e sociais contemporâneas exprimem essas necessidades da sociedade capitalista, ou seja, desse sujeito abstrato, mediante duas visões: a universalidade naturalista, deduzida de disciplinas como a neuro-ciência ou a genética, e a diversidade do culturalismo empírico.”54. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. No trecho “Meu tio José Ribeiro, pai destas primas, foi o único, de cinco irmãos” (L.1-2), “pai destas

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primas” é uma oração explicativa e, por isso, está separada por vírgulas. “Meu tio José Ribeiro, pai destas primas, foi o único, de cinco irmãos, que lá ficou lavrando a terra e figurando na política do lugar.”55. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado.No trecho “para pleitear uma eleição, que perdi” (L.2), a omissão da vírgula manteria a correção gram-atical e o sentido do texto.“Eu vim cedo para a corte, donde segui a estudar e bacharelarme em São Paulo. Voltei uma só vez a Sapucaia, para pleitear uma eleição, que perdi. “56. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A supressão da vírgula logo após o termo “humano” (L.4) não prejudica a correção gramatical do texto. “Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala Em relação ao texto acima, marque certo ou errado.57. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) O emprego de vírgula logo após “Passat” (L.2) justifica-se por isolar oração explicativa. “A CPT busca ser “porta-voz do grito de desespero dos trabalhadores do campo”, define frei Xavier Passat, coor-denador da Campanha de Combate ao Trabalho Escravo da entidade.”58. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto acima, marque certo ou errado. O emprego da vírgula logo após “Lei n.º 5.010” (L.2) justifica-se porque a oração subseqüente é restritiva.“As primeiras 44 varas federais começaram a ser instaladas em 1967, no ano seguinte ao da edição da Lei n.º 5.010, que criou o Conselho da Justiça Federal e regulamentou o funcionamento da justiça federal.”59. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Em relação ao texto,marque certo ou errado. O emprego de vírgula logo após “incompletas” (L.9) justifica-se por isolar elementos de mesma função gramatical componentes de uma enume-ração. “As solicitações dos países são, muitas vezes, incompletas, desorganizadas e refletem a falta de conhecimento em relação à legislação e à jurisprudência do país para o qual está sendo feita a requisição.”60. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) O desenvolvimento das idéias do texto permite inserir, na linha 1, sem prejudicar sua correção gramatical, uma vírgula logo após “são” e outra logo após “tudo”, demarcan-do-se a expressão “acima de tudo”. “Como se calcula, as dúvidas são acima de tudo sobre se o que presenciamos é realmente novo ou se é apenas novo o olhar com que o presenciamos.”61. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A respeito das estruturas lingüísticas do texto I, marque certo ou errado. O isolamento da expressão ‘de forma mais particular’ (L.2) por meio de vírgulas tornaria o trecho gramaticalmente incorreto. “Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.”62. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).A respeito das estruturas lingüísticas do texto II, marque certo ou errado. De acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, o emprego da vírgula no primeiro período do texto não tem justificativa gramatical. “Às vésperas do centenário de sua morte (29 de setembro de 1908), Machado de Assis continua a ser uma pre-sença inquietante.”63. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) Na linha 2, apenas a primeira vírgula não pode ser suprimida do texto, pois está separando termos da mesma função sintática. “Os objetivos perseguidos pelas entidades representativas de notários e registradores bandeirantes são o aper-feiçoamento dos serviços, a harmonização de procedimentos, buscando uma regulação uniforme nas atividades notariais e registrais.”Marque certo ou errado a respeito do uso dos sinais de pontuação no texto.

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64. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Na conexão de ideias, a conjunção e desempenharia a mesma função da vírgula depois de “interpretado” (linha 1) e poderia substituí-la sem prejudicar a correção do texto. “Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular, ocorrida no trabalho de interpretação.”65. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) A substituição das duas vírgulas que demarcam a explicação “a propósito de uma dificuldade em particular” (linha 2) pelo duplo travessão preservaria a correção gramatical e a coerência textual. “Por muitos anos, pensávamos compreender o que era interpretado, o que era uma interpretação; inquietávamo-nos, eventualmente, a propósito de uma dificuldade em particular, ocorrida no trabalho de interpretação.”66. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Respeita-se a relação entre as ideias do texto e mantém-se sua correção gramatical com a substituição do ponto depois de “certos” (linha 4) pelo sinal de dois-pontos, fazendo os necessários ajustes na inicial maiúscula.“Atualmente, não temos certeza, já não estamos tão certos. O conflito de ideologias fez com que indagássemos sobre o que quer dizer uma interpretação e duvidássemos sobre o que estávamos fazendo ou teríamos de fazer.”67. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Na linha 6, a inserção de uma vírgula depois de “tratamento” preservaria a correção do texto, mas deixaria de marcar o caráter restritivo da oração iniciada por “que era”. ”Em vez desse tratamento que era dado à questão da interpretação, a Teoria Crítica ou o Criticismo insiste em trabalhar com as palavras que estão inscritas em determinada página.”68. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) As relações de sentido entre os termos do período em que ocorre a enumeração “inferior, feio, errado” (L.1) indicam que a conjunção ou é adequada para substituir correta e coerentemente a vírgula antes do último termo. “Nesse caso, tudo o que é diferente é visto seja como inexistente, seja como inferior, feio, errado.”69. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) A vírgula antes do termo “o lingüístico” (L.1) tem a função de marcar um verbo subentendido; mesmo papel que desempenha no seguinte exemplo: A formiga é trabalhadora; a cigarra, cantora.“Há, no entanto, um preconceito que parece ser mais resistente do que os outros, o lingüístico. “70. (SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL/08/02/2008) O emprego da vírgula após a locução “Por enquanto” (L.1) deve-se à necessidade de se enfatizar a circunstância de modo nesse período. “Por enquanto, os números são ainda muito positivos, se colocarmos em perspectiva um cenário global bastante pessimista. A economia brasileira vai crescer em cima de uma base importante, com a forte expansão dos últimos anos.”71. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Na linha 1, caso se deslocasse a conjunção “pois” para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. “Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais primi-tivo, e que evoluíram por meio das especulações filosóficas até as modernas investigações científicas, que as inte-graram em um nível mais profundo de síntese, uma unificação que levou milênios para ser atingida.”72.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, marque certo ou errado. A pontuação do texto permaneceria correta se, no trecho “o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor” (L.2-3), fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “pista”. “”Um exemplo usado por Schelling é o bem conhecido jogo do frango, que consiste em dois indivíduos acelerarem seus carros na direção um do outro em rota de colisão; o primeiro a virar o volante e sair da pista é o perdedor.”73. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). A substituição das vírgulas que demarcam a expressão “sobretudo a partir dos anos cinquenta” (L. 1 e 2) por parênteses preservaria a coerência das ideias e a correção gramatical do texto. “A linguagem publicitária que se estabeleceu como norma competente, sobretudo a partir dos anos cinquenta, ca-prichosamente não procurou dar primazia às competências funcionais dos produtos, bens e serviços anunciados, e sim enfatizar as supostas propriedades simbólicas, mágicas, verdadeiros fetiches ilusionistas.”Julgue as frases apresentadas nos itens subseqüentes quanto à grafia das palavras e à pontuação.74. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) A pergunta ideal para se ter a evidencia se, de fato, o outro entendeu o que se disse é “O que você entendeu do que eu disse?”.

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75. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) O mundo seria, certamente, bem melhor se as pessoas conseguissem relacionar-se melhor! A questão é simples: como posso esperar, de fato, que alguém me compreenda ou preste atenção no que digo se nem sequer consigo entender o que estou dizendo?76. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Medo de olhar nos olhos, expressão facial em desacordo com o con-teúdo, aparência malcuidada, ausência de gestos ou excessiva gesticulação bem como posturas inadequadas são suficientes para tirarem o brilho de um processo de comunicação.77. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Se você não pode mudar as atitudes, nem os comportamentos de outras pessoas; assuma: que você é responsável apenas por o que está ao seu alcance, e pelas mudanças que pode proporcionar a você mesmo. 78. (FUB/ADMINISTRADOR/13/04/2008) Para concluir, cabe ressaltar a sutileza da comunicação das pessoas que têm bondade no coração, gentileza nos gestos, beleza e doçura nas palavras.79. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Julgue o item abaixo, acerca da estrutura do texto.II - A vírgula logo após “livre” (L>1) substitui a locução pode significar, implícita na sentença.“O trabalho dignifica as pessoas, mas a liberdade de viver também é sagrada. Jornadas menores podem significar mais empregos. E saber usar o tempo livre, uma vida menos doente, mais produtiva e mais feliz.“80. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção correta a respeito da pontuação do último período do texto.A As duas vírgulas no último período estão empregadas de forma incorreta.B A retirada da segunda vírgula não alteraria a relação sintática da oração.C A supressão das duas vírgulas preservaria a correção gramatical do período. D A pontuação permaneceria correta caso a segunda vírgula fosse substituída por um travessão.”Uma reforma política, de cunho eleitoral, poderia reforçar o voto como um filtro de maus candidatos”81. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com referência às estruturas linguísticas e às ideias do texto, assinale certo ou errado. A vírgula empregada logo após “assaltado” (L.1) é facultativa “Entre as lições de português e matemática, está presente o medo de ser assaltado, de apanhar e até de morrer.”82. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Considerando as normas de redação de documentos ofici-ais, marque certo ou errado.Considerando-se que o nome em fonte cursiva representa a assinatura, atende à cor-reção gramatical e à formatação exigida em um atestado o seguinte fecho de documento:

83. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísticas do texto. A expressão “Carlos Lupi” (L.1) está entre vírgulas por tratar-se de aposto explicativo.“Fruto de um longo debate, seu maior objetivo, segundo o ministro do trabalho, Carlos Lupi, era: “Proporcionar a milhões de jovens estudantes brasileiros os instrumentos que facilitem sua passagem do ambiente escolar para o mundo do trabalho”.”84. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Com relação às estruturas linguísticas e à pontuação do texto, marque certo ou errado. A pontuação do texto permaneceria correta caso se inserisse uma vírgula logo após “ba-nais” (L.2). “Mas, em geral, foi saudada, principalmente pelos estudantes, cansados de passar o dia em atividades banais pouco instrutivas ou de trabalharem mais de oito horas diárias, sem décimo terceiro, INSS, FGTS, férias.”Marque certo ou errado com relação às estruturas e à pontuação do texto.85. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Após a palavra “associadas” (L.1), a vírgula é obrigatória. “Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio, com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes.”86. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Na oração “A nova lei não recebeu mais questionamentos

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quando foi apresentada em setembro de 2008” (L.1), é facultativo o emprego de vírgula logo após a palavra “questionamentos”. “A nova lei não recebeu mais questionamentos quando foi apresentada em setembro de 2008.”87. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Marque certo ou errado quanto às ideias e estruturas linguísti-cas do texto. Seria correto o emprego de vírgula logo após a expressão “nos Estados Unidos da América” (L.1), no lugar do ponto, desde que a palavra que inicia a oração seguinte fosse grafada com minúscula. “Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados.”88. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O ponto final logo após as orações coordenadas “dancei, cantei e pulei” (L.1) pode ser substituído por vírgula sem prejuízo gramatical ou de sentido, desde que a conjun-ção “E” (L.1) seja escrita em minúscula. “Um fato que alegrou-me imensamente. Eu dancei, cantei e pulei. E agradeci o rei dos juízes que é Deus.”89. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) Na linha 2, seriam preservadas as relações semânticas do tex-to, a coerência da argumentação e a correção gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede. “Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia.”90. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) A organização entre os argumentos mostra ser obrigatório o uso da vírgula depois de “elementos” (L.1); sua retirada provocaria erro gramatical e incoerência textual. “Também se refere à ação cooperativa de elementos, que resulta em um efeito global maior do que todos os el-ementos tomados separadamente.”91. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) Fazendo ajustes na pontuação e nas letras iniciais, o de-senvolvimento das ideias do texto permite ligar a oração iniciada por “A cultura mais sofisticada (...)” (L.2) à que a antecede por uma conjunção que explicite sua função explicativa, escrevendo-se: A cultura refinada nunca foi para muita gente, pois a cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes.“Nunca se escreveu tanto no Brasil; a juventude nunca se sentiu tão motivada a escrever. A cultura refinada nunca foi para muita gente. A cultura mais sofisticada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras de acesso sempre foram enormes.”92. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) O deslocamento da expressão “no mundo atual” (L.1) para depois de “globalização” (L.1) preservaria a correção gramatical e a coerência do texto, desde que as vírgulas no início e no fim dessa expressão fossem mantidas. “A bem da verdade, creio que, no mundo atual, ser contra a globalização é como ser contra tempestades ou ter-remotos...”93.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) Na oração “em que automóveis, pedestres e governantes re-speitem o ciclista” (L.1-2), os núcleos do sujeito estão coordenados entre si, o que justifica o uso da vírgula e determina a flexão do verbo na terceira pessoa do plural.“Por enquanto, no Brasil, podemos sonhar com um futuro em que automóveis, pedestres e governantes respeitem o ciclista. Que sonho bonito!”94.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) As vírgulas usadas no último parágrafo do texto se justificam pela mesma razão: marcar a intercalação de termos. “Esta última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de casas, indús-trias, vias marginais implantadas nas áreas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos.”95. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A segunda vírgula que isola o adjunto adverbial de tempo “em 1450” (L1) pode ser eliminada, sem prejuízo da correção gramatical. “A invenção da prensa pelo alemão Johann Gutenberg, em 1450, possibilitou a produção de livros em larga escala, e o número de publicações que se seguiu tornou inviável reuni-las.”96. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Preservam-se a coerência textual e o respeito às re-

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gras de pontuação ao se inserir uma vírgula logo depois deA “em tempos” (L.1). “O produto excedente de uma família, de um clã ou de uma aldeia pode ser de tempos em tempos trocado pelo produto excedente de outras famílias, clãs ou aldeias especializadas em outro tipo de produção.”B “muda” (L.1).“Esse quadro muda quando se desenvolve uma produção para a troca, em que cada um passa a produzir aquilo a que está mais capacitado.”C “lucro de um” (L.1). “O mercado cria inevitavelmente a idéia de que o lucro de um pode ser o prejuízo do outro e que cada um deve defender os próprios interesses.”D “homens” (L.2). “Quando o mercado toma conta de todas as relações humanas, isto é, quando todas as relações entre os homens se dão por meio de compra e venda de produtos elaborados por produtores particulares, universaliza-se a ex-periência de que os interesses de cada produtor são para ele mais importantes do que os interesses da sociedade como um todo e que assim deve ser.“E “importantes” (L.4).“Quando o mercado toma conta de todas as relações humanas, isto é, quando todas as relações entre os homens se dão por meio de compra e venda de produtos elaborados por produtores particulares, universaliza-se a ex-periência de que os interesses de cada produtor são para ele mais importantes do que os interesses da sociedade como um todo e que assim deve ser.”97.(SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com relação a aspectos gramaticais do texto, assinale a opção correta. O emprego da vírgula logo após ‘Se a pessoa regular a tireoide’ (L.1) deve-se ao fato de tal oração constituir ora-ção adjetiva deslocada. “Se a pessoa regular a tireoide, melhora até o inchaço rapidamente. Não tem quem fique 30 quilos acima do peso só porque a tireoide não funciona bem”, explica o médico. “O mesmo se refere à obesidade medicamentosa.“

vírgula1 C 21 C 41 C 61 E 81 E2 C 22 E 42 ??? 62 E 82 E3 C 23 E 43 E 63 C 83 E4 C 24 E 44 E 64 C 84 E5 C 25 C 45 C 65 E 85 C6 C 26 E 46 E 66 E 86 C7 C 27 E 47 C 67 E 87 E

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8 C 28 E 48 C 68 C 88 C9 C 29 E 49 E 69 E 89 C10 E 30 E 50 E 70 E 90 E11 C 31 E 51 E 71 E 91 C12 E 32 E 52 E 72 E 92 C13 C 33 C 53 E 73 C 93 E14 C 34 E 54 E 74 E 94 E15 E 35 C 55 E 75 C 95 E16 E 36 E 56 C 76 C 96 B17 E 37 C 57 C 77 E 97 C18 C 38 C 58 C 78 C 19 E 39 E 59 C 79 ???? 20 C 40 ??? 60 C 80 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Ponto e Vírgula1. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) O uso da pontuação preserva a hierarquia entre as idé-ias do último parágrafo do texto, depois de “envolvidos” (L.2), porque os termos da enumeração são marcados pelo sinal de ponto-e-vírgula (L.4), enquanto as vírgulas marcam explicações no interior desses termos. “Por isso, temos de conscientizar-nos de que a superação de conflitos éticos é dinâmica e envolve uma ampla interação de necessidades, obrigações e interesses dos vários envolvidos: o governo, por ser o agente protetor, regulador, financiador e comprador maior; a indústria e os fornecedores, que exercem grande pressão inflacionária para a incorporação de seus produtos ou bens; as instituições e os profissionais de saúde, que pressionam pela atualização da sua capacidade instalada, variedade de oferta de serviços e atualização tecnocientífica.”2. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) O emprego da vírgula após “latifundiários” (L.2) justifica-se por isolar o termo explicativo. “Chico Mendes se tornaria mundialmente conhecido, dali para a frente, por comandar uma campanha contra a ação de grileiros e latifundiários, responsáveis pela destruição da floresta e pela escravização do caboclo amazônico.”3. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Tanto na linha 2 quanto na 4, a substituição do ponto-e-vírgula por dois-pontos manteria a correção gramatical e o sentido original dos respectivos períodos. “A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como a esfinge circunspecta como as múmias, dura como as pirâmides; não tinha tempo nem maneira de rir.”(....)“— Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus. Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo os talentos e as virtudes.4. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) O ponto após a palavra “coisa” (L. 2) pode ser suprimido ou substituído por ponto-e-vírgula, sem que aconteça qualquer mudança sintática na formulação do novo período. “No cérebro humano, assim como no de outros animais, existem os chamados neurônios-espelho, que são ativa-dos quando você vê uma pessoa fazendo alguma coisa. Em certos momentos, se torna irresistível imitar o com-portamento dela”, explica um neurologista da FGV.5. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Os sinais de ponto-e-vírgula são empregados, nas linhas 4, 6 e 8, para separar os termos de uma enumeração, os quais são modificados por expressões ou orações separadas por vírgulas. Entre os novos tipos de profissional que hoje mais despertam interesse nas empresas estão também: o arquiteto da informação, responsável por organizar o conteúdo dos sítios para que as pessoas encontrem as informações com facilidade e façam suas compras na rede sem que esse seja um processo demorado demais; o cientista do exercí-cio, que elabora um plano completo de prevenção de doenças, no qual se incluem programas de condicionamento físico, para clientes de planos de saúde e para empregados de empresas; o gerente de diversidade, que, em um setor de recursos humanos, é quem tem uma visão mais panorâmica do quadro de empregados, diagnosticando

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profissionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício. 6.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto, relativamente às suas estruturas lin-guísticas, marque certo ou errado. No trecho “se ela não parava de brigar” (L.2), o pronome “se” está anteposto ao sujeito devido à presença do advérbio de negação. “Às vezes, eles discutiam na hora do jantar; na verdade, minha mãe brigava com ele, que ficava calado; se ela não parava de brigar, ele se levantava da mesa e saía para a rua.”7.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com o texto, marque certo ou errada. No último período do texto, o emprego de vírgula depois de “mercado” manteria o sentido original do texto. “Esse horror não pode ser aplacado pela sociabilidade do mercado que transforma o outro em inimigo-competi-dor.”8. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Com referência às estruturas lingüísticas do texto, marque cer-to ou errado. No terceiro parágrafo, o emprego de ponto-e-vírgula introduz uma seqüência de enunciados. “Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de bio-combustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge. “9. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a cor-reção gramatical do texto ao se substituir a vírgula logo depois de “modismos” (L.1) por ponto-e-vírgula. “Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, somos presas fáceis para marcas que promovem a obso-lescência prematura de seus produtos.”10. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) A substituição do sinal de ponto e vírgula depois de “in-geridas” (L.3) e de “real” (L.4), por vírgulas preservaria as regras de pontuação e a coerência, a clareza e a obje-tividade do texto. “A esfera da ciência pode parecer hostil às metáforas. Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da busca e da rep-resentação do conhecimento, o que, para muitos, só pode ser literal: um remédio ou um tratamento médico são coisas concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é uma construção de verdade, do mundo real; do mesmo modo, muitos outros avanços científicos são coisas concretas que afetam diretamente a vida das pessoas.”11.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) Na linha 1, a oração “O recado é claro” poderia ser seguida por dois-pontos, em vez do ponto-final, procedendo-se à devida alteração da letra maiúscula de “As”. Nesse caso, se respeitariam as regras de pontuação, visto que o trecho subsequente é um esclarecimento, uma explicação. “O recado é claro. As pessoas querem deixar de usar o carro e levar uma vida mais saudável, mas é preciso que as autoridades se comprometam a estimular a prática do ciclismo e outros transportes alternativos.” Dois Pontos12.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A organização do período iniciado à linha 1 admite a substitu-ição do sinal de dois-pontos, empregado logo após “registro” (L.1), pela conjunção portanto, entre vírgulas, sem que se prejudique a coerência textual.

“Um dia chegará em que todos os cidadãos terão seu número de registro: esta é a meta dos serviços de identidade.”

13. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O emprego de dois-pontos após “sentidas” (L.2) é necessário porque o segmento de texto que imediatamente segue esse sinal de pontuação é uma citação“As consequências mais imediatas — e moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos.”14.(MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) O sinal de dois-pontos, na linha 1, justifica-se porque o seg-mento subseqüente é composto por uma enumeração de itens de função sintática equivalente.

“Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional: o conservador do século XIX, que se estendeu até os anos 30 do século seguinte; o do Estado desenvolvimentista, que vigorou desde então até 1989; e o novo paradigma de inserção liberal em formação nos anos noventa.”

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15. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Na enumeração introduzida pelos dois-pontos empregados na linha 1, estariam de acordo com as normas gramaticais as seguintes alterações quanto ao emprego do artigo e da pon-tuação: a coleta de informações junto às unidades executoras das metas; o tratamento, a compatibilização, a crítica e a consolidação das informações levantadas; e a elaboração de relatórios específicos de acompanhamento. “O acompanhamento da ANS compreendeu três ações: a coleta de informações junto às unidades executoras das metas, o tratamento, compatibilização, crítica e consolidação das informações levantadas e a elaboração de relatórios específicos de acompanhamento.”16. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) O emprego de sinal de dois-pontos, na linha 1, introduz uma enumeração de itens.“Os ganhos de eficiência da indústria brasileira têm uma característica nova: seus benefícios estão sendo partilha-dos entre as empresas e os trabalhadores, cujos aumentos salariais, portanto, não pressionam os preços.”17. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Com referência aos sinais de pontuação utilizados no tex-to, marque certo ou errado. Os dois-pontos, após a palavra “Conclusão” (L.1), introduzem a citação textual da fala de outrem. “Conclusão: o direito do Consumidor é direito de propriedade e o direito do Cidadão é direito de acesso. É do direito de acesso que o povo brasileiro necessita e não de leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades.”18. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009)Marque certo ou errado a respeito do uso das es-truturas lingüísticas no texto. Na linha 2, o sinal de dois-pontos depois de “portuguesa” introduz um esclareci-mento para o “que faltou”. “Em nosso continente, a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras con-quistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados.”19. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Provoca erro gramatical ou incoerência entre os argumentos do texto a substituição do sinal de dois-pontos logo após “homens” (L.3) por travessão simples.“Se a cidade moderna era a libertação do homem, ela tirava sua singularidade; desiguais em suas características, viraram miseravelmente iguais no aglomerado urbano, vulneráveis, segregados, enfim, menos do que homens: macacos.”20. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Nas linhas 4, o sinal de dois-pontos e as aspas deixam subentender a fala do mesmo autor da fala marcada anteriormente, nas linhas 1 e 2. “A prática constitui uma ética empresarial, voltada para o público interno e externo, e trata-se de uma cartilha moral”, conceitua o diretor-executivo do portal www.responsabilidadesocial.com. O empresário R. M. aderiu à idéia. Implantou na sua mercearia a opção de sacola de algodão como alternativa ao saco de plástico. Na gráfica XYZ, as idéias viraram projeto de logomarca: “Por um mundo melhor”. 21. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) O sinal de dois-pontos utilizado na linha 2 justifica-se por intro-duzir uma explicação da expressão antecedente. “Este é o momento adequado do resgate do professor como sujeito histórico de transformação, porque se está atravessando uma conjuntura paradoxal: nunca se precisou e pediu tanto do professor e nunca se deu tão pouco a ele, do ponto de vista tanto da formação quanto da remuneração e das condições de trabalho.”22. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) A relação entre as idéias das duas últimas orações do texto permite que se substitua o ponto final após a palavra “digital” (L.1) pelo sinal de dois-pontos, desde que seja feita a substitu-ição de “A” por a. “São muitos os ficcionistas que estão adquirindo sítios e realizando uma verdadeira migração digital. A facilidade de postar, o desembaraço de abrir uma página pessoal e a necessidade de prolongar reflexões sobre a literatura dobraram os mais empedernidos discípulos do papel e da caneta.”23. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Na linha 2, o sinal de dois-pontos depois de “coisas” tem a função de introduzir uma explicação, ou justificativa, para a idéia expressa nas orações anteriores. Essa função deixaria de ser marcada pela pontuação caso esse sinal fosse substituído pelo ponto — com o correspondente ajuste na letra inicial de “brincar” —, mas a coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas. “Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha horário para tudo e não mis-

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turava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar.”24. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).O período “Os rios, as montanhas (...) imprevista” (L.1-4), em consonância com a argumentação do texto, poderia ser colocado, com inicial maiúscula e antecedido do sinal de dois-pontos, logo após a frase. “Quantas idéias finas me acodem, então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares; e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.”A “E antes seja olvido que confusão; explico-me” (linha 12).E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissosB “Nada se emenda bem nos livros confusos” (linha 12).E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode meter nos livros omissosC “Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca” Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem, então!D “O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos” Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem, então!E “e evocar todas as coisas que não achei nele” Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem, então!25. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Com relação ao fragmento de texto acima, marque certo ou errado. Considerando que, na linha 2, o sinal de dois-pontos introduz uma enumeração em que o sentido dos termos está em ordem crescente, seria coerente inserir nessa enumeração o termo sílaba imediatamente antes de “fonemas” (linha 3). “Para as pessoas que dominam a escrita, que tomam a linguagem escrita como padrão e norma, é difícil imaginar que ela represente apenas uma parte da expressão oral: fonemas, palavras, frases.”26.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Apesar de o sinal de dois-pontos após o vocábulo “esclarecido” (L.3) introduzir uma explicação, sua substituição por ponto, com os devidos ajustes na inicial maiúscula no artigo “a” em “a perfectibilidade” (L.2), preservaria a coerência e a correção gramatical do texto. “O nome é um neologismo um tanto inusitado, mas seu significado é por ele esclarecido: a perfectibilidade é a capacidade que o homem tem de aperfeiçoar-se.”27. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). No início do segundo parágrafo, as relações semânticas entre as orações permitem que, em lugar do sinal de ponto logo depois de “consumo” (L.2), sejam usados os dois-pontos, sem que se provoque com isso erro gramatical, desde que o termo “Mensagens” seja grafado com inicial minúscula. “Engana-se, no entanto, quem acredita que os truques simbólicos da publicidade funcionam apenas para o con-sumo. Mensagens diretamente voltadas para o exercício da cidadania não raro recorrem a esse segundo plano semiológico das mensagens. Publicidade por si só, no entanto, não muda conduta.”28. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Em relação ao texto acima,marque certo ou errado. Na linha 1, o emprego do sinal de dois-pontos justifica-se por marcar a apresentação de uma divisão de ideias que configura uma explicação. “A escola mantém, desde o século XIX, ao menos duas funções: garantir o ensino e a aprendizagem e promover a socialização.”29. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Preservam-se a coerência da argumentação bem como a correção gramatical do texto ao se substituir o ponto empregado logo depois de “tecnologia” (L.1) pelo sinal de dois-pontos, escrevendo-se a palavra seguinte com letra minúscula. “A verdade é que a culpa acabará genericamente atribuída à tecnologia. Foi ela que nos viciou na vida de tempo real, nos supermercados 24 horas, no acesso à informação farta, exata e imediata.”

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30.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) Na linha 1, a oração “O recado é claro” poderia ser seguida por dois-pontos, em vez do ponto-final, procedendo-se à devida alteração da letra maiúscula de “As”. Nesse caso, se respeitariam as regras de pontuação, visto que o trecho subsequente é um esclarecimento, uma explicação. “O recado é claro. As pessoas querem deixar de usar o carro e levar uma vida mais saudável, mas é preciso que as autoridades se comprometam a estimular a prática do ciclismo e outros transportes alternativos.”31. (FUB/REVISOR/02/08/2009) Os dois primeiros períodos do texto poderiam ser corretamente ligados por dois-pontos, da seguinte forma: O sonho é antigo: reunir em um único local todo o conhecimento humano. “O sonho é antigo. Reunir em um único local todo o conhecimento humano. A primeira tentativa foi a biblioteca de Alexandria, construída em 300 a.c.”

Ponto e Vírgula1 C 8 E 15 C 22 C 29 C2 C 9 E 16 E 23 C 30 C3 E 10 E 17 E 24 E 31 C4 C 11 C 18 E 25 E 5 C 12 E 19 C 26 C 6 E 13 E 20 E 27 C 7 E 14 C 21 C 28 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Travessões1. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) A função exercida pelo termo “para substituir os dois” (linha 12) permite que as vírgulas que o delimitam sejam substituídas por duplo travessão ou por sinal de parênteses, sem que isso resulte em prejuízo à coerência textual ou à correção gramatical. “Quando alguém percebe que um vocabulário/discurso está interferindo em outro e inventa um novo, para sub-stituir os dois, está contribuindo para as conquistas revolucionárias em qualquer campo da produção humana: nas artes, na 22 ciência, no pensamento moral e político..”2.(MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Na linha 2, o travessão poderia ser substituído por vírgula, sem prejuízo para a correção gramatical do período.

“Essas perguntas estão na raiz do que se pode chamar de pauta de vanguarda do Supremo Tribunal Federal — ou seja, expressam o conteúdo das futuras polêmicas que a Corte terá de resolver.”3. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Os travessões empregados no primeiro parágrafo do texto isolam comentário pessoal do autor em relação aos fatos descritos. “A executiva norte-americana Nancy Tennant, responsável pela transformação da Whirlpool — o maior fabri-cante de utilidades domésticas dos EUA — em um pólo de inovação permanente, esteve no Brasil e falou sobre os desafios de incorporar a inovação ao dia-a-dia dos negócios.”4. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) Nas linhas 3 e 4, os travessões podem ser substituídos por vír-gulas, sem prejuízo para a correção gramatical do período. Assim, faz-se necessária a realização de um estudo sobre a rede da assistência social no Brasil, com informações sobre os serviços prestados, de modo a orientar investimentos estratégicos— inclusive no que se refere à capacitação de recursos humanos— bem como subsidiar mecanismos de regulação da qualidade dos serviços, partilha e repasses de recursos.5. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) No primeiro parágrafo do texto, os travessões foram empregados para traduzir literalmente uma palavra de origem estrangeira.“Seu filho nunca vai se focar em nada”, vaticinou a professora de uma escola primária de Baltimore, nos EUA, à mãe do menino, Debbie Phelps. Michael Phelps era um menino orelhudo que sofria de transtorno de deficit de atenção com hiperatividade. Não parava quieto nas aulas.Passava o tempo provocando os coleguinhas. Só se in-

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teressava por lacrosse — um exótico esporte praticado nos EUA e no Canadá, uma espécie de basquete com redes de caçar borboletas — e pela página de esportes do Baltimore 10 Sun, o jornal local.”6. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Com referência aos sinais de pontuação utilizados no texto, marque certo ou errado. O travessão empregado no terceiro parágrafo marca o emprego do discurso direto. “No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que, em latim, significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos — aquele que habita na cidade.”7. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) Preservam-se o respeito às normas de pontuação e a coerência nas idéias ao se substituírem os travessões das linhas 1 e 2 por parênteses. “Cada cartaz aborda algum tipo de tumor — a seleção levou em conta a freqüência e a gravidade dos casos, como os cânceres de mama, de próstata, de pele, de intestino e de pulmão — ou outros aspectos de prevenção, como a busca por novos medicamentos e vacinas contra a moléstia.”8. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) O deslocamento do travessão na linha 1-2 para logo depois de “profis-sionalmente” (L.2) preservaria a correção gramatical do texto e a coerência da argumentação, com a vantagem de não acumular dois sinais de pontuação juntos. “Esse papel é pesado. Por isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.” 9. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) No início do texto, a substituição dos parênteses por travessões ou por duas vírgulas preserva a coerência textual e respeita as regras de pontuação da norma padrão da língua portuguesa; mas, para evitar duas vírgulas, ao final da inserção, uma solução respaldada na gramática é inserir uma vírgula no lugar do primeiro sinal de parêntese e um travessão no lugar do segundo. “O preconceito apresenta-se como construção enviesada do outro (nesse caso, outro ser humano, grupo ou socie-dade), não baseada em princípios reais,...”10. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) O uso dos travessões, nas linhas 1 e 2, marca a inserção de uma informação que também poderia ser assinalada por duas vírgulas; mas, nesse caso, o texto não deixaria clara a hierarquia de informações em relação aos termos da enumeração já separados por vírgulas. “No estado de repouso e de movimento dos objetos — esta casa parada, aquela pedra atirada que cai, o movi-mento do sol, da lua, no céu — estão intimamente associados os conceitos de lugar que ocupam sucessivamente os corpos, de espaço e de tempo.”11. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) As regras de pontuação da língua portuguesa são respeitadas tanto substituindo-se os travessões, na linha 1, por parênteses, como substituindo-se o primeiro deles por vírgula e eliminando-se o segundo. “Eles aprendem pela prática — caçando com caçadores experientes, por exemplo —, pelo tirocínio, que constitui um tipo de aprendizado; aprendem ouvindo, repetindo o que ouvem, dominando profundamente provérbios e modos de combiná-los e recombiná-los,”12. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Os travessões nas linhas 1 e 2 isolam uma oração de teor explicativo. Nesse caso, o primeiro travessão pode ser substituído por qualquer das locuções conjuntivas já que, dado que, uma vez que, sem prejuízo do sentido original e da correta pontuação do período. “Os povos antigos mediam o comprimento — as medidas lineares surgiram antes do aparecimento das de peso e capacidade — comparando o comprimento de um objeto, que consideravam padrão, como uma vara, com o comprimento do objeto que queriam medir.”13.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Pela função que exercem no texto, os dois travessões nas linhas 2 e 3 correspondem a duas vírgulas, e por elas podem ser substituídos, sem prejuízo para a coerência ou para a correção do texto. “A expressão sustentabilidade do desenvolvimento não significa um ajustamento suplementar à racionalidade do desenvolvimento moderno. O âmago do conceito — o princípio ético da solidariedade — guarda o imenso desafio contemporâneo de assegurar a sustentabilidade da humanidade no planeta,...”14. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado quanto a aspectos gramaticais do texto. Na linha 2, a substituição do travessão por dois-pontos não prejudicaria a correção gramatical do trecho. “Um estudo divulgado pelo The New England Journal of Medicine revelou que a obesidade e o acúmulo de gor-

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dura abdominal duplicam o risco de morte nos países europeus — foram nove os analisados, durante dez anos, com acompanhamento de 360 mil pessoas, coordenado pelo Instituto Catalão de Oncologia.”Travessões1 C 2 C 3 E 4 C 5 E6 E 7 E 8 E 9 E 10 C11 C 12 E 13 C 14 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Parênteses / Aspas 1. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) Na linha 2, os parênteses destacam uma expressão que deve ser entendida como explicação para o sentido que o vocábulo “normas” apresenta na argumentação do texto. “Assim como se indaga muito se a sociedade não estaria exercendo um controle social e ético sobre as tecno-ciências mediante normas (códigos de ética) em detrimento dos poderes legalmente constituídos nos estados democráticos, menosprezando as leis e superestimando os códigos de ética.”2. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Com referência aos sinais de pontuação utilizados no texto, marque certo ou errado. No quarto parágrafo, os parênteses isolam as explicações sobre os termos estrangeiros em itálico, podendo ser substituídos por travessões. “No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa de participar das decisões sobre os destinos da cidade através da ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na ágora (praça pública onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decisões). Nessa concepção, surge a democra-cia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a cidade (eram excluídos os escravos, as mulheres e os artesãos).”3. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Os sinais de parênteses nas linhas 2 e 3 têm a função de organizar as idéias que destacam e de inseri-las na argumentação do texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão preservaria a coerência textual e a correção do texto, mas, na linha 9, o ponto final substituiria o segundo travessão. “Evidentemente, isso leva a perceber que há um conflito entre a autonomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito).”4. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Preserva-se o respeito às regras de pontuação do padrão formal da língua portuguesa ao se retirar os parênteses das linhas 1 e 2, demarcando-se a explicação do que sejam “fenômenos aleatórios” (linha 4) por um travessão ou por uma vírgula logo depois dessa expressão. “Mas há também outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento).”5. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)Uma das funções dos parênteses é a de A separar os diversos itens de uma enumeração.B imprimir a um texto um tom coloquial.C indicar que termos foram deslocados na oração. D isolar explicações, indicações ou comentários em geral.E caracterizar um texto como essencialmente didático.6. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Com referência aos sinais de pontuação utilizados no texto, marque certo ou errado. As aspas, no segundo parágrafo do texto, indicam o emprego de expressões fora do seu sentido usual. “Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”. Entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.”7. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Subentende-se do desenvolvimento das idéias do texto que o trecho entre aspas, nas linhas de 1-2, é uma citação de palavras de José Saramago. “O autor de Ensaio sobre a Cegueira e O Evangelho Segundo Jesus Cristo decidiu criar “um espaço para comen-tários, reflexões, simples opiniões sobre isto ou aquilo, o que vier a talhe de foice”.8. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) As aspas foram empregadas no texto para

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A realçar ironicamente palavras ou expressões.B destacar termos emprestados de outras línguas.C indicar a interrupção de idéias que o autor começou a exprimir.D marcar suspensões do pensamento, provocadas por hesitação de quem fala.E destacar as falas do ministro e os termos que ele utilizou na conversa com jornalistas. ... Contra os três primeiros meses de 2007, quando foram criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo infor-mações do MTE, o crescimento no número de empregos formais criados foi de 38,7%. “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas.... “Vai ser novo recorde, apesar da taxa de juros”, disse ele em referência à decisão do Comitê de Política Mon-etária (COPOM) do Banco Central de elevar os juros de 11,25% para 11,75% ao ano.... Segundo o ministro, a demanda interna permanece “muito aquecida”. “Esse aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, até chegar ao consumidor, demora. Quem compra fogão, geladeira e carro a prazo vai perceber um aumento real de juros maior do que 0,5 ponto percentual. Pode haver uma diminuição na escalada de compra de bens duráveis”, disse ele. Para o ministro do Trabalho, a decisão do COPOM de subir os juros neste mês, e nos subseqüentes, conforme projeção do mercado financeiro, pode impactar um pouco a criação de empregos formais mais para o final de 2008. “Esses próximos três meses vão continuar sendo muito fortes na criação de empregos com carteira assinada”, avaliou ele.O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. Temos alguns produtos subindo de preços, como o trigo e outros produtos, por causa das chuvas, ou falta de chuvas. Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e carros, por exemplo, que são impactados pela decisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jornalistas.9. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado, acerca da estrutura do texto.III - A expressão “dolce far niente” (L.2) aparece em itálico por se tratar de expressão em língua estrangeira. No texto manuscrito, as aspas poderiam ser utilizadas com a mesma função.“Prepare-se, pois 2009 bate à porta com um convite tentador: tempo disponível para a preguiça, o lazer, o dolce far niente, o ócio.”

Parênteses / Aspas 1 C 3 C 5 C 7 C 9 C2 C 4 C 6 E 8 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Concordância Verbal

1. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Preservam-se as relações argumentativas, a noção de pluralidade e a correção gramatical da oração ao se empregar a expressão cada projeto humano em lugar de “os projetos hu-manos” (L.1).

“...Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis.”2. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) Na linha 1, a flexão de singular na forma verbal “consiste” deve-se à obrigatoriedade da concordância do verbo com o sujeito da oração: “ser humano”.

“... Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos sociais compartilhados, nos quais 3 emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos.”3.(ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A flexão de primeira pessoa do plural em “compreendermos” (L.3) indica que o sujeito da oração em que esse verbo ocorre é diferente do sujeito da oração anterior.

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“Pela teoria, em geral é mais fácil aprender o que outros já aprenderam antes, graças à memória coletiva acessível a todos os indivíduos da mesma espécie. Assim, os campos mórficos podem representar um novo ponto de partida para compreendermos nossa herança cultural e a influência de nossos ancestrais.“Marque certo ou errado na opção que justifica corretamente o uso de estruturas linguísticas no texto.4. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008)C) O uso da flexão de singular em “sabe” (L.1) deve-se à impes-soalidade do verbo haver, na mesma oração.“... Da mesma forma, mesmo os registros históricos oficiais, como se sabe há muito, são somente a versão dos que venceram e portanto, invariavelmente omitem ou distorcem as razões, os motivos e as realizações dos que foram vencidos. “ 5. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008)D) Na linha 2, a flexão de plural em “omitem” e “distorcem” deve-se à concordância desses verbos com o sujeito da forma verbal “venceram”. “... Da mesma forma, mesmo os registros históricos oficiais, como se sabe há muito, são somente a versão dos que venceram e portanto, invariavelmente omitem ou distorcem as razões, os motivos e as realizações dos que foram vencidos. “6. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) No desenvolvimento do texto, provoca erro gramatical ou inco-erência textual a substituição de “o homem” (L.1) por os homens. “A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas, portanto, têm visões desencontradas das coisas. Por exemplo, a floresta amazônica não passa para o antropólogo”7. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A forma verbal “Invadem” (L.2) está no plural porque con-corda com “códigos de obra” (L.1). “Construções e usos de interesse particular desrespeitam sistematicamente os códigos de obra e as leis de ocu-pação do solo. Invadem o espaço público, e o resultado é uma cidade de edificação monstruosa e hostil ao tran-seunte. É preciso, portanto, que o espírito da blitz na avenida Paulista seja estendido para toda a cidade.”8. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A forma verbal “apresentam” (L.5) está flexionada no plural porque se refere aos elementos da cadeia coesiva formada por “consequências” (L.1), “outras mais graves” (L.3) e “Estas” (L.4). “As consequências mais imediatas — e moderadas — de encher os pulmões todos os dias com o ar das metrópoles são logo sentidas: entupimento das vias aéreas, mal-estar, crises de asma, irritação dos olhos. Há, porém, outras mais graves, que se instalam lentamente no organismo, como o aumento da pressão arterial e a ocorrência de paradas cardíacas. Estas podem passar despercebidas, já que nem sempre apresentam uma relação tão clara e direta com o fator ambiental.”9. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A forma verbal “elaborou” (L.2) está no singular porque con-corda com o núcleo do sujeito da oração: “número” (L.2). “Durante os governos do Império (1822-1889), e de igual forma após a proclamação da República, significativo número de brilhantes engenheiros brasileiros elaborou planos detalhados e ambiciosos de transportes para o Bra-sil.”10. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A forma verbal “Acreditavam” (L.5) está no plural porque concorda com “esses pioneiros” (L.2). “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país. Acreditavam, também, que a existência de meios de comunicação viria promover mu-danças estruturais na economia brasileira, ao permitir o povoamento das áreas de baixa densidade demográfica e, sobretudo, por possibilitar a descoberta e o desenvolvimento de novos recursos que jaziam ocultos no vasto e inexplorado interior da nação.”11. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) No segundo parágrafo, seria adequado substituir “haja vis-to” por qualquer uma das seguintes expressões: dado, tendo em vista, haja vista.

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12. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) É gramaticalmente correta e coerente com a argumentação do texto a seguinte reescrita para o período final: Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos instrumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo que ainda não fôra imaginado. “Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca tinha sido imaginado antes.”13.(DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último períodos sintáticos do texto, o segundo período também admitiria uma construção sintática de sujeito indetermi-nado, podendo ser alterado para Poderia se mudar muitas perspectivas.

linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre as pes-soas.Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo dicionário da língua portuguesa, p. 1.035 (com adaptações).

“Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, independentemente da enunciação, e que envelopamos em um código tam-bém pronto. Poderiam mudar muitas perspectivas: se o sentido nunca é prévio, empregar ou não um estrangeir-ismo teria menos a ver com a existência ou não de uma palavra equivalente na língua do falante. O que importa é o efeito que palavras estrangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou, que se conhecem línguas. Uma palavra estrangeira em uma placa ou em uma propaganda pode indicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro país, por seu prestígio”14. (DFTRANS/ANAL. TRANSPORTE/06/04/2008) A flexão de plural em lugar de “Pode-se” (L.1) respeita as regras de concordância com o sujeito oracional “dar a entender” (L.1). “O que importa é o efeito que palavras estrangeiras produzem. Pode-se dar a entender que se viajou, que se con-hecem línguas.”15. (HEMOBRÁS/CARGOS N.SUPERIOR/13/12/2008) O emprego de “Existem dúvidas” (L.1), “Discute-se” (L.2) e “se indaga” (L.4) mostra que predomina, no parágrafo final do texto, a incerteza a respeito da idéia da primeira oração: se fazer ciência, de fato, produziria coisas novas. “ Existem dúvidas se é possível, democraticamente, um controle social e ético sobre os conhecimentos científicos e os avanços tecnológicos em geral. Discute-se também se, do ponto de vista do direito, as questões éticas devem ser objeto de leis ou de normas, ou de ambas. Assim como se indaga muito se a sociedade não estaria exercendo um controle social e ético sobre as tecnociências mediante normas (códigos de ética) em detrimento dos poderes legalmente constituídos nos estados democráticos, menosprezando as leis e superestimando os códigos de ética.”16. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) A forma verbal “foram” (L.3) está no plural para concordar com a expressão subseqüente “atividades estabelecidas” (L.3).“Para isso, elaborar normas e desenvolver programas de avaliação da conformidade para acessibilidade nos trans-portes coletivos — rodoviário e aquaviário — em veículos e equipamentos novos e adaptados foram atividades estabelecidas para o INMETRO.” 17. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Estaria prejudicada a correção gramatical do período se o trecho “o momento em que se estabelece a melhor divisão das quedas d’água” (L.1-2) estivesse assim redigido: o momento em que a melhor divisão das quedas d’água é estabelecida. “o primeiro passo na identificação dos potenciais hidrelétricos de uma bacia hidrográfica e o momento em que se estabelece a 16 melhor divisão das quedas d’água — seja feita paralelamente por todos os órgãos envolvidos nos trâmites do licenciamento.”18. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Na linha 2, a locução verbal “seja feita” está no singular e no feminino porque concorda com o termo antecedente “a melhor divisão das quedas d’água”. “o primeiro passo na identificação dos potenciais hidrelétricos de uma bacia hidrográfica e o momento em que se estabelece a melhor divisão das quedas d’água — seja feita paralelamente por todos os órgãos envolvidos nos trâmites do licenciamento.”

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19. (MCT/ASSISTENTE EM C&T/30/11/2008) Não haveria prejuízo para o sentido original do texto se, na construção “com tardes que a gente chega a pensar que vai arrebentar de tanta gostosura” (L.1-2), a forma verbal “vai”estivesse flexionada na terceira pessoa do plural. “Vai chegar a grande época de S. Paulo, abril, maio, com tardes que a gente chega a pensar que vai arrebentar de tanta gostosura.”20. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Na linha 1 , “penetrava” está no singular e “vinda” está no feminino e no singular porque concordam com “onda” (L.1), mas o emprego das formas penetravam e vindos estaria gramaticalmente correto, já que pode ocorrer a concordância com “de globalização e de neoliberalismo” (L.1). “, à onda de globalização e de neoliberalismo que penetrava o país vinda de fora. Ao substituí-lo na presidência, Itamar Franco recuou momentaneamente aos parâmetros anteriores do Estado desenvolvimentista, sem, con-tudo, bloquear a consciência da necessidade de se prosseguir com as adaptações aos novos tempos.”21. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) A forma verbal “eram” (L.2) está no plural porque con-corda com sujeito composto. “Uma característica marcante desse conjunto de instrumentos refere-se ao fato de que sua concepção e administ-ração eram essencialmente setoriais.”Acerca das idéias expressas no texto e considerando aspectos relativos a tipologia textual, julgue os itens a seguir.22. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O planejamento, a implementação e a avaliação de políticas públicas requerem informações atualizadas sobre os serviços oferecidos pelos estados, pelos municípios e pelas organizações não-governamentais. 23. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) No subtítulo do texto, a forma verbal “ensi-nam” poderia ter ficado na terceira pessoa do singular, concordando com a expressão “maior atleta olímpico”, sem prejuízo para a correção gramatical da sentença. “Super-PhelpsO que o talento, a determinação e as conquistasdo maior atleta olímpico de todos os temposensinam sobre os limites do ser humano”

24. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) A forma verbal “afastou” (L.2) está no singular porque concorda com “Tesouro Nacional” (L.1). “Nem mesmo o cancelamento de alguns leilões pelo Tesouro Nacional, nas semanas de maior volatilidade da crise da bolha imobiliária norte-americana, afastou a atenção dos aplicadores externos em relação aos títulos brasileiros, consolidando a impressão de que há outro padrão de observação para a economia brasileira, bem dife-rente do exercido, por exemplo, nas crises asiática e russa no final da década passada.”25. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Seria privilegiada a concisão do texto se, no trecho “Pre-cisa haver um número significativo de pessoas qualificadas e competentes” (L.1), o segmento sublinhado fosse suprimido. Nesse caso, no entanto, seria necessária a alteração de “Precisa haver” para Precisam haver. “Precisa haver um número significativo de pessoas qualificadas e competentes para dar conta de todos os serviços demandados para a realização das grandes transações econômicas, manipulações das bolsas de valores, transfer-ências bancárias, entre outras.”26. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) A presença da conjunção “ou” na linha 1 permite que a concordância do verbo contar, na primeira ocorrência na linha 2, seja feita no singular — “conta” — ou no plural — contam.“Não é o tamanho, em termos de número de habitantes ou da área espacial ocupada, que conta; conta sua funcio-nalidade em termos das manipulações financeiras, que caracterizam a era da globalização.”27. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A forma verbal “atenuasse” (L.3) e o adjetivo “presente” (L.3) deve-riam estar flexionados no plural, visto que ambos estabelecem relação de concordância com o termo “aspectos”. “Em linhas gerais, as sugestões, recomendações e alterações propostas pela Comissão buscaram complementar as informações disponibilisadas e padronizar o processo de acompanhamento das metas de modo que se atenuasse os aspectos de subjetividade presente nos processos de mensuração de resultados.”

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28.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) O acento na forma verbal “têm” (linha 19) justifica-se porque o autor do texto se refere a todos os trabalhadores brasileiros. 29. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Quando só se fala em redução da atividade, principalmente nos EUA, o Brasil desponta como um destino seguro para novos investimentos.

“O fulcro da questão é que ou garantimos os direitos sociais a todos os trabalhadores, em todas as posições na ocupação — assalariados, estatutários, cooperantes, avulsos, terceirizados etc. — ou será cada vez mais difícil garanti-los para uma minoria cada vez menor de trabalhadores que hoje têm o status de empregados regulares.”30. (PREF.MUNIC.TERES./AGENTE FISCAL/18/05/2008) Na linha 1, se a expressão “uma redução” es-tivesse no plural — reduções — a forma verbal “houve” também deveria estar no plural. “Com a desregulamentação dos mercados financeiros, houve uma redução nos estoques públicos voltados a miti-gar desequilíbrios entre a oferta e a demanda.”31. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) Assinale a opção correta com relação à concordância ver-bal na frase apresentada.A Alguns políticos podem serem cassados.B Alguns de nós resolveram sair. C Devem haver muitos casos sem solução.D Os Estados Unidos da América ainda é a maior economia ocidental.E Tratavam-se de assuntos muito importantes.32. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Marque certo ou errado a respeito do uso das estruturas lingüísticas no texto. Em “impõem-lhes” (L.3), o plural no verbo é exigido por “ruas” (L.2) e o plural no pronome átono é exigido por “sinuosidades” e “asperezas” (L.3). “Já à primeira vista o próprio traçado dos centros urbanos denuncia o esforço determinado de vencer e retificar a fantasia caprichosa da paisagem agreste: é um ato definido da vontade humana. As ruas não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo: impõem-lhes antes o acento voluntário da linha reta.”33. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Provoca erro gramatical ou incoerência entre os argumentos do texto a substituição do verbo “havia” (L.1) por existiam. “As pesquisas igualmente revelaram que havia uma ênfase excessiva no aspecto econômico na análise da dinâmi-ca da metrópole.”

34. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Se a locução “cerca de” (L.2) for retirada do sujeito sintático, o verbo “atuam” (L.3) deve ser flexionado no singular: atua. As ações cidadãs conquistam espaço entre os empresários do Distrito Federal. Segundo pesquisa da Universidade de Brasília, cerca de 82% das micro e pequenas empresas locais atuam com responsabilidade social. “A prática constitui uma ética empresarial, voltada para o público interno e externo, e trata-se de uma cartilha moral”, con-ceitua o diretor-executivo do portal www.responsabilidadesocial.com. O empresário R. M. aderiu à idéia. Im-plantou na sua mercearia a opção de sacola de algodão como alternativa ao saco de plástico. 35. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) A forma verbal “têm” (L.1) é acentuada porque concorda com “Estas in-dagações” (L.1). “Estas indagações, possivelmente existentes desde que o homem começou a pensar, têm ocupado o tempo e o esforço de elaboração dos filósofos ao longo dos séculos.”36. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) No título do texto, a flexão do verbo no plural justifica-se pela concordância feita com o termo “novos especialistas”. “Procuram-se novos especialistas”37. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Como o texto faz referência genérica ao profissional do magistério, a forma verbal “mantenha” (L.1) poderia ser substituída por mantenham, sem prejuízo para a correção gramatical. “Todavia, há uma série de sugestões ao profissional do magistério, para que mantenha uma conduta pedagógica transformadora, entre as quais se encontram as abaixo listadas:”38. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Na linha 1, a flexão de feminino em “haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.

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“É assim o hipertexto. Com ele, ler o mundo tornou-se virtualmente possível, haja vista que sua natureza imate-rial o faz ubíquo por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta, a qualquer hora do dia e por mais de um leitor simultaneamente.”39. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) O emprego da primeira pessoa do plural em “Vamos ter” (L.3) indica que tanto o autor quanto o leitor do texto não estão incluídos entre o conjunto de pessoas com “pressa em deter-minar as conseqüências futuras das atividades simultâneas” (L.2-3). “Mas a rapidez e a multiplicidade podem ter certo custo.Para quem tem pressa em determinar as conseqüências futuras das atividades simultâneas, a ciência ainda responde em ritmo de passado. Vamos ter de esperar uma ou duas gerações para saber se a multitarefa será predominantemente positiva ou negativa na fase adulta.”Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de S.Paulo de 4/3/2008. Marque certo ou errado na opção em que há erro de concordância.40. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) A A história nos informa que, no século 19, operários euro-peus destruíam as máquinas, pois consideravam que elas concorriam com eles, reduzindo a necessidade de mão-de-obra. 41. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) B Hoje, no Brasil, verifica-se que o grande esforço de mod-ernização da indústria, longe de reduzir a oferta de empregos, está contribuindo para aumentá-la. 42. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) C Isso é o que diz uma pesquisa do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. 43. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) D Em 2004, período de forte aumento da produção industrial, cada ponto percentual desse aumento exigiram a contratação de 59,4 mil novos funcionários; no ano passado, a mesma taxa de crescimento estimulou 65,8 mil novas contratações. 44. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com base no texto, Marque certo ou errado. As formas ver-bais de primeira pessoa do plural “apresentamos” (L.2), galgamos” (L.3) e “passamos” (L.3) indicam que o autor está falando apenas em nome dos cientistas. “Analisando-se isoladamente os dados relativos a pedidos de patentes internacionais, até que o país não se saiu muito mal. Em 2007, apresentamos 384 requisições, um aumento de 15,4% em relação ao ano anterior. Com isso, galgamos quatro posições e passamos a ocupar o 24.º lugar na lista dos 138 signatários do Tratado de Cooperação de Patentes.”As opções abaixo apresentam os trechos de um texto adaptado de O Estado de S.Paulo de 23/2/2008. Marque certo ou errado na opção que apresenta erro de concordância.45. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) O anúncio de que o Brasil passou de devedor a credor do mer-cado financeiro internacional — ou seja, têm reservas superiores à soma das dívidas externas pública e privada — foi feito em um momento particularmente oportuno. 46. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Aos investidores externos mostra que o Brasil está bastante protegido contra as turbulências que deprimem os mercados desde que estourou a bolha do subprime. 47. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Para a opinião pública brasileira, fica demonstrado o acerto das decisões e da política econômica e financeira do Banco Central. 48. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) A substituição de primeira pessoa do plural em “aceitarmos” (L.3) pela forma correspondente não-flexionada, aceitar, manteria coerente a argumentação, mas provocaria incorreção gramatical. “Aceitar que somos indeterminados naturalmente, que seremos lapidados pela educação e pela cultura, que disso decorrem diferenças relevantes e irredutíveis aos genes é muito difícil. Significa aceitarmos que há algo muito precário na condição humana.”49. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) A flexão de plural em “formas” (L.4) indica que, se em lugar do verbo impessoal, em “Não há” (L.4), for empregado o verbo existir, serão preservadas a coerência textual e a correção gramatical com a forma existem. “A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: como e em nome de quem este poder

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se exerce?”50. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) O sentido impessoal do verbo haver permite que a afirmação general-izada “Mas há também outra complexidade que provém” (L.2) seja substituída por uma frase nominal no plural: Mas também outras necessidades provém. “E esse emaranhamento é tal que nem um computador poderia captar todos os processos em curso. Mas há tam-bém outra complexidade que provém da existência de fenômenos aleatórios (que não podem ser determinados e que, empiricamente, agregam incerteza ao pensamento).”51. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Na linha 2, a flexão de plural da forma verbal “produzem” é exigida pelo termo “economia e finanças”. “O argumento da suposta infalibilidade dos mercados em bases científicas e a pretensão de transformar economia e finanças em ciências exatas produzem uma perigosa mistificação: confundir brilhantes construções mentais para entender a realidade com a própria realidade. “52. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Na linha 1, o termo “o espelho” permite que o verbo ser, nessa oração, seja flexionado também no singular: Mas é também o espelho. “São, isto, sim, poderosos instrumentos de coordenação econômica em busca permanente de eficiência.Mas são também o espelho de nossos humores, refletindo nossa falibilidade nas avaliações.”53.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com as ideias e os aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. No trecho “promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” (L.2-3), manteria a correção gramatical e o sentido original do texto a substituição de “promovido” por promovidos. “É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um es-paço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais.”54. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Na linha 3, a forma verbal “têm” em “têm se afirmado” esta-belece relação de concordância com o termo antecedente “ideologia”. “Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos escapar da conclusão de que o processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente.”55. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) O verbo ter, na linha 1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas” (L.1). “Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava quatrocentas e noventa.”56. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) A forma verbal “formam” (L.1) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (linha 20) expressa.“Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.”57. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) O termo “vossa”, no segundo período do tópico 1, está in-devidamente empregado no documento, visto que a concordância com os pronomes de tratamento deve ser feita na terceira pessoa. 58. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Na linha 1, a forma verbal “vem” está no singular porque concorda com o pronome demonstrativo “o”. “Em primeiro lugar, é preciso definir o que vem a ser igualdade social.”59. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008 Na linha 1, se o termo “dos EUA” fosse substituído por um termo no singular, como, por exemplo, do meu país, a flexão de plural em “sabiam” deveria também ser alterada para o singular, para que fosse mantida a correção gramatical do texto. “Como os fundadores dos EUA sabiam muito bem, é impossível para um governo arcar com a missão de assegurar igualdade para todos os cidadãos. As pessoas não nascem iguais. Elas possuem habilidades e talentos próprios.”60. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Com relação ao fragmento de texto acima, marque certo ou errado. As expressões “as pessoas que dominam a escrita” (L.1) e “A maioria dos leitores” (L.4) são sinônimos contextuais, razão por que, com as devidas adaptações de grafia, podem ser intercambiadas sem que haja alteração nas idéias do texto nem prejuízo à sua estrutura sintática.

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“Para as pessoas que dominam a escrita, que tomam a linguagem escrita como padrão e norma, é difícil imaginar que ela represente apenas uma parte da expressão oral: fonemas, palavras, frases. (...) A maioria dos leitores é atormentada pela crença de que os textos significam exatamente o que dizem; acredita que a intenção comunica-tiva, que é inferida, está tão dada quanto a forma verbal.”61. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Para que o trecho de documento acima atenda às normas de redação de documentos oficiais, é necessário que se substitua “dará” (linha15) por darão, para atender às regras gramaticais da norma de padrão culto. 62. (T.R.E.-GO/ANALISTA ADM./01/02/2008) Marque certo ou errado a respeito das estruturas lingüísticas do texto. O verbo que se segue ao pronome “que” (L.3) está no plural porque esse pronome tem como referente “ filmes, livros” (L.2). “Um exemplo simples de censura socialmente aceitável — ou até considerada necessária para o bom andamento da vida social — é a tentativa de proteger crianças contra filmes, livros e outras manifestações do pensamento que possam incitar à violência ou a outras situações consideradas prejudiciais à formação dos jovens.”63. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens abaixo quanto à concordância verbal.I De acordo com o respectivo estatuto, a proteção à criança e ao adolescente não constituem obrigação exclusiva da família.II Na redação da peça exordial, deve haver indicações precisas quanto à identificação das partes bem como do representante daquele que figurará no pólo ativo da eventual ação.III A legislação ambiental prevê que o uso de água para o consumo humano e para a irrigação de culturas de sub-sistência são prioritários em situações de escassez.IV A administração não pode dispensar a realização do EIA, mesmo que o empreendedor se comprometa expres-samente a recuperar os danos ambientais que, por ventura, venham a causalinhaV A ausência dos elementos e requisitos a que se referem o CPC pode ser suprida de ofício pelo juiz, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não for proferida a sentença de mérito.A quantidade de itens certos é igual aA 1. B 2.C 3.D 4.E 5.

64. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Preservam-se a correção gramatical do texto e as relações semânticas do período, reforçando-se a idéia de variedade, ao se substituir “vários povos” (L.1) por grande variedade de povos. “Nela, coexistem vários povos, diversas orientações sexuais, diferentes culturas, muitos modos de falar etc.”65. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) Na linha 2, a flexão do plural em “são” justifica-se pela concordância com “extensos, complexos”, já que o sujeito da oração está no singular. “O preconceito é constituído nas mediações da subjetividade e das relações sociais e, portanto, tanto o estudo desse tema como sua transformação são extensos, complexos e envolvem uma variedade de fatores que devem ser analisados, mesmo nas manifestações mais subjetivas e específicas de preconceito.”66. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) As relações de sentido do texto demonstram que a concordância da expressão verbal “devem ser” com “fatores”, na linha 3, seria preservada também com o uso de deve serem. “O preconceito é constituído nas mediações da subjetividade e das relações sociais e, portanto, tanto o estudo desse tema como sua transformação são extensos, complexos e envolvem uma variedade de fatores que devem ser analisados, mesmo nas manifestações mais subjetivas e específicas de preconceito.”67. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Preservam-se a coerência da argumentação e a correção gram-atical do texto ao se substituir “A imensa variedade de” (L.1) por Os inúmeros.

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“A imensa variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo, fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas.”68.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) Nas relações de coesão do texto, em “incorporar-se” (L.2), o verbo está flexionado no singular porque o pronome “se” retoma “novo mundo” (L.1). “Aos olhos do colonialismo, a dignidade da existência do bárbaro do novo mundo foi reconhecida, apenas, na sua capacidade de incorporar-se às luzes da moral cristã, da mentalidade capitalista e do racionalismo progressivo do mundo industrial, em sua voracidade insaciável por recursos naturais, cada vez mais distantes.”69.(MIN. INTEGRAÇÃO/ANAL. TÉC. ADM./28/06/2009) A organização da textualidade mantém a coerência entre os argumentos, bem como o respeito às regras gramaticais, ao se usar viver, estudar e trabalhar em lugar de “vivermos, estudarmos e trabalharmos” (L.1).“E, muito importante, não faria sentido vivermos, estudarmos e trabalharmos em conjunto se não pudéssemos estabelecer alguma — ou muita — confiança nas pessoas que estão conosco nessa jornada.”70.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) Marque certo ou errado com relação às ideias do texto e às palavras e expressões nele empregadas. Se o trecho “não deveria haver retaliação” (L.2) estivesse flexionado no plural, a forma verbal “deveria” teria de ser substituída por deveriam. “O presidente norte-americano busca o governo soviético na esperança de convencê-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação.”71.(P.C.R.N./DELEGADO/26/04/2009) . Com base no texto, marque certo ou errado. No trecho “Há muito mais coisa por trás disso” (L.1), se a palavra “coisa” estivesse no plural e o verbo haver estivesse no pretérito imper-feito, seria necessário reescrevê-lo da seguinte forma: Haviam muito mais coisas por trás disso. “— Há muito mais coisa por trás disso do que vocês pensam...Ou então, e esta é mortal:”72. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma flexionada “houve” (L.1), pelo verbo pessoal existir exige que se faça a concordância verbal com “liberdade” (L.1) e “crescimento” (L.1), de modo que, fazendo-se a substituição, deve-se escrever existiram. “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das democracias foi extraordinário.”73. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Na linha 1, a flexão de plural na forma verbal “eram” deve-se à con-cordância com “os pregos”; mas as regras gramaticais permitiriam usar também a flexão de singular, era.“Sua maior riqueza eram os pregos de sua casa.”74. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). Mantendo-se o respeito às regras gramaticais, é admitido, no desenvolvi-mento do texto, o uso do verbo “prevalecer” (L.2) em flexão de plural para concordar com “atmosferas” (L.1): prevalecerem. “As mensagens publicitárias passaram a buscar especialmente construir atmosferas fantasiosas, de modo a prev-alecer sobre a face material das coisas um substrato onírico, sonho fabricado.”75. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado quanto a aspectos gramaticais do texto. O emprego de acento gráfico em “têm” (L.2) é facultativo, tal como na oração Grande parte da população tem peso acima do normal. “E não se trata de pouca gente. Estudo de 2007 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica estima que 63 milhões de pessoas a partir de 18 anos têm peso acima do normal.”76. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com relação a aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errada. O emprego de referem em lugar de “refere” manteria a correção gramatical da frase “A maioria dos casos se refere ao primeiro” (L.2). “Segundo especialistas, há quatro tipos de obesidade: alimentar, metabólica, medicamentosa e genética. A maioria dos casos se refere ao primeiro.”77. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Marque certo ou errado acerca das estruturas linguísticas do texto. A substituição de “já terem” (L.1) por “ter” acarretaria erro gramatical ao texto. “Quase 70% de alunos e professores afirmam já terem visto agressão física nas escolas.”78. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Considerando o uso das estruturas linguísticas no texto, marque certo ou errado. A forma verbal “exige” (L.2) apresenta flexão de singular para concordar com o pronome “ela” (L.1), que, por sua vez, retoma, por coesão, “superfície” (L.1).

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“Não precisamos usar a superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é parte do mundo que exige expli-cação. Ela é um dado da realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.“79. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Marque certo ou errado com relação às estruturas linguísti-cas do texto.A concordância verbal permaneceria igualmente correta se, em lugar de “destacam-se” (L.3), fosse empregada a forma destaca-se. “Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio, com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes. Entre elas, destacam-se a limitação da jornada diária para seis horas, a obrigatoriedade de pagamento do auxílio-transporte, a concessão do recesso obrigatório de 30 dias após um ano de estágio e o limite máximo de dois anos de per-manência em uma mesma empresa.”80. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Marque certo ou errado com relação às ideias e à tipologia do texto, bem como às palavras nele empregadas. O plural de “detém” (L.1) grafa-se detem. “O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados.”81. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) O desenvolvimento das ideias demonstra que, na linha 1, a flexão de singular em “deve” estabelece relações de coesão e de concordância gramatical com o termo “democ-racia”. “Para ser democrático, deve contar, a partir das relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos claros, que, efetivamente, assegurem o atendimento às demandas públicas da maior parte da população, elegidas pela própria sociedade, através de suas formas de par-ticipação/representação.”82. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) Respeitam-se as relações de coerência e coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (L.1) for substituída por existe. “O que há são relações de poder heterogêneas e em constante transformação. O poder é, portanto, uma prática social constituída historicamente.”83. (T.C.U./ANAL.CONTR.EXTER/ 11/07/2009) Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal “vivermos” (L.2), inserindo-se podermos. “Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos co-mandá-lo para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel social, que nos faz complementar, passivamente ou não, as regras políticas da situação em que nos encontramos.”84. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) A forma verbal “seria” (L.1) está flexionada no singular para concordar com “ciência” (L,1). “Sem essa base, não seria possível teorizar, pesquisar, comunicar, nem produzir ciência.”85. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) Preserva a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto a substituição das formas flexionadas no plural, “aproximarem” e “incrementarem”, ambas na linha 2, pelas correspondentes não flexionadas: aproximar e incrementar.“... mesmo porque, ao longo dos séculos, os mais diversos países do planeta vêm buscando formas de se aproxi-marem e de incrementarem suas relações econômicas, sociais e culturais.”86 .(FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) Na construção “Uma e outro aspiravam à morte” (L.3), ao se substituir a conjunção “e” por ou, flexionando-se o verbo na terceira pessoa do singular, mantém-se a correção gramatical. “Tinha a impressão de viver continuamente suspenso no limite de dois reinos — ser uma criança semimorta unida em laço misterioso a um espectro nostálgico. A criança tinha medo da treva; o espectro da luz. Uma e outro aspi-ravam à morte e, simultaneamente, receavam-na.”87. (FUB/CARGOS N.SUPERIOR/02/08/2009) A flexão de plural da forma verbal “permitiram” (L.2) justifica-se pela relação de concordância estabelecida, na oração, entre o verbo e o sujeito “países do Ocidente da Europa” (L.1). “Nos países do Ocidente da Europa, as lutas democráticas do fim do século XVIII e século XIX, aliadas à prosper-idade econômica, permitiram uma solução parcial da contradição apontada acima, com relativa difusão do saber.”

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88. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O trecho “gramatical: haverá enunciados” (L.1-2) admite, como alternativa de redação gramaticalmente correta, objetiva, clara e coerente com o desenvolvimento argumentativo do texto, a seguinte reescritura: gramatical, pois existirão enunciados. “Por outro lado, uma língua é menos do que podem prever as regras de um dado modelo gramatical: haverá enun-ciados cujas condições específicas de formação, pelo menos parcialmente, desautorizam as regras.”89. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Com referência à organização das ideias no texto, marque certo ou errado. Na linha 1, o uso do singular em “liberdade” é responsável pela flexão do singular em “falou”. “Nunca se falou tanto em liberdade e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas que con-stituem o que chamo a síndrome do “ter de.”90. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Com referência à organização das ideias no texto, marque certo ou errado. Na linha3, a substituição do termo “Fala-se” por Falo manteria coerência com “chamo”, mas provocaria erro gramatical ao atribuir um sujeito textualmente incoerente para o verbo. “Na verdade, estamos presos em uma rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”.Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda, e as opções são tantas que não conseguimos es-colher com calma.”91. (MCT/FINEP/CARGOS N.SUPERIOR/ 09/08/2009) - Com referência à organização das ideias no texto, marque certo ou errado. A flexão de singular em “sobra” (L.2) deve-se ao uso do singular no termo “nossa ex-istência” (L.1-2). “Liberdade não vem de correr atrás de deveres impostos “de fora”, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo.”92. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Em relação às idéias e aos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, marque certo ou errado. No trecho “que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge” (L.1-2), a substituição de “apostar” por apostarem manteria a correção gram-atical do texto. “... a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge. “

Concordância Verbal1 E 21 C 41 C 61 E 81 E2 E 22 C 42 C 62 E 82 C3 C 23 E 43 E 63 A 83 E4 E 24 E 44 E 64 C 84 E5 E 25 E 45 E 65 E 85 C6 C 26 E 46 C 66 E 86 C7 C 27 C 47 C 67 E 87 E8 C 28 C 48 E 68 C 88 C9 C 29 C 49 E 69 C 89 E10 C 30 E 50 E 70 E 90 E11 C 31 B 51 E 71 ??? 91 E12 E 32 C 52 C 72 E 92 C13 C 33 C 53 E 73 C 14 E 34 E 54 E 74 E 15 E 35 C 55 E 75 C 16 E 36 C 56 E 76 E 17 E 37 E 57 C 77 E 18 E 38 E 58 C 78 E 19 E 39 E 59 E 79 C 20 C 40 C 60 E 80 E

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Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Concordância Nominal

1. (ICMBIO/ ANAL.AMBIENTAL/2/2/2008) No trecho “capacidade técnica e experiência suficientes” (L.1), caso a palavra sublinhada fosse substituída por bastante, a concordância se faria no singular, uma vez que esta palavra funcionaria como advérbio. “Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para, no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa.”2. (MPOG/ANAL. INFRA-ESTRU./20/04/2008) Mantendo-se a correção gramatical e o sentido da senten-ça, no trecho “o sistema bancário, hoteleiro, de telecomunicação” (L.1), a expressão sublinhada poderia receber a flexão de plural: os sistemas. “Fazem parte dessa infra-estrutura, entre outros, o sistema bancário, hoteleiro, de telecomunicação, bem como aeroportos, segurança.”3. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Os termos “carregadas” (L.3) e “as” (L.3) estão empregados no femi-nino plural para concordar com “pipas” (L.3). “Em todas as cidades do Império, a remoção do lixo, das coisas podres, dos excrementos humanos fazia-se de maneira, ao mesmo tempo, mais primitiva e mais pitoresca. Essas imundícies eram colocadas em pipas ou bar-ris, chamados tigres, e carregadas às cabeças dos escravos, que as despejavam nos rios, nas praias e nos becos (matos).”4. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A correção gramatical do texto seria mantida se, na linha 2, a palavra “bastante” fosse flexionada no plural, para concordar com o substantivo “crité-rios”. “Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional.”5. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Em VII, o substantivo entre parênteses, por estar ligado, pelo sen-tido, à palavra “dificuldades”, deveria ter sido flexionado no plural, para que fosse estabelecida a concordância nominal no trecho. “VII Dialogar sobre dificuldades (investigação) apresentadas”6. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Na linha 3, justifica-se a flexão de plural em “internacionais” pela con-cordância desse adjetivo tanto com “paz” quanto com “segurança”; se a flexão fosse de singular, as regras gram-aticais seriam atendidas, mas a clareza do documento seria prejudicada.“Todos os Estados promoverão a cooperação internacional com o objetivo de garantir que os resultados do pro-gresso científico e tecnológico sejam usados para o fortalecimento da paz e da segurança internacionais, a liber-dade e a independência, assim como para atingir o desenvolvimento econômico e social dos povos e tornar efeti-vos os direitos e liberdades humanas de acordo com a Carta das Nações Unidas.”7. (SESA-ES/MÉDICO/10/08/2008) A flexão de feminino singular no adjetivo “ativada” (L.3) deve-se à sua as-sociação com “ciência da farmacêutica” (L.2), expressão com a qual aquele adjetivo estabelece relação de con-cordância.“O importante é que isso indica que os egípcios tinham conhecimento da relação de causa e efeito de cada produto e aplicavam a ciência da farmacêutica, que visa à cura pela mudança interna do corpo ativada por meio de sub-stâncias terapêuticas.”8. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) No texto, estabelece-se relação de concordância entre A “justificada” (L.1) e “comparação” (L.1).“Mesmo com uma alta na comparação com dezembro — justificada pelas dispensas de trabalhadores temporários contratados em função do final de ano —, a taxa de desemprego de 8% registrada em janeiro nas seis principais regiões metropolitanas do país foi a mais baixa na série histórica da pesquisa iniciada em 2002.”B “contratados” (L.2) e “trabalhadores” (L.2). “Mesmo com uma alta na comparação com dezembro — justificada pelas dispensas de trabalhadores temporários

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contratados em função do final de ano —, a taxa de desemprego de 8% registrada em janeiro nas seis principais regiões metropolitanas do país foi a mais baixa na série histórica da pesquisa iniciada em 2002.”C “registrada” (L.3) e “8%” (L.3).“Mesmo com uma alta na comparação com dezembro — justificada pelas dispensas de trabalhadores temporários contratados em função do final de ano —, a taxa de desemprego de 8% registrada em janeiro nas seis principais regiões metropolitanas do país foi a mais baixa na série histórica da pesquisa iniciada em 2002.”D “iniciada” (L.4) e “mais baixa” (L.3).“Mesmo com uma alta na comparação com dezembro — justificada pelas dispensas de trabalhadores temporários contratados em função do final de ano —, a taxa de desemprego de 8% registrada em janeiro nas seis principais regiões metropolitanas do país foi a mais baixa na série histórica da pesquisa iniciada em 2002.”9. (T.J.D.F.T./ANALISTA ADM./ 02/03/2008) O desenvolvimento da argumentação do texto permite que se em-pregue tanto “afetadas” (L.1) quanto a correspondente flexão de masculino, afetados, sem que seja prejudicada a correção gramatical “Os seres humanos, nas culturas orais primárias, não afetadas por qualquer tipo de escrita, aprendem muito, pos-suem e praticam uma grande sabedoria, porém não “estudam.”10. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Respeitando-se as normas gramaticais, seria possível re-escrever o período iniciado com “Só” (L.2), flexionando-se a palavra “grandezas” (L.3) no singular, da seguinte forma: Só são, entretanto, suscetíveis de medida a grandeza que admite um elemento como base de comparação.“Do número, que é a base da razão e do entendimento, surge outra noção de indiscutível importância: é a noção de medida. Medir é comparar. Só são, entretanto, suscetíveis de medida as grandezas que admitem um elemento como base de comparação. Será possível medir-se a extensão do espaço? De modo nenhum.”11. (P.M.D.F./SOLDADO/12/06/2009). O desenvolvimento das ideias do texto mostra que a flexão de plural em “lhes” (L.2) deve-se ao fato de que esse pronome está substituindo “avanços” (L.1). “Os pessimistas que fiquem com seus resmungos, pois os avanços em praticamente todas as direções estão bem medidos. Os fatos não lhes dão razão. Porém não podemos festejar a situação presente, pois para o progresso fu-turo precisamos ser obstinadamente inconformistas.”12. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Com relação à concordância nominal, assinale a opção em que a frase apresentada está correta.A Eles chegaram da festa bastantes depressivos.B Na vida, teve bastantes mulheres. C As mulheres estavam meio impertinente.D Adorava contos orientais, hajam vistas suas releituras das Mil e Uma Noites.13. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Considerando as normas de redação de documentos oficiais,marque certo ou errado. Respeita as normas gramaticais e o padrão estabelecido para documentos oficiais o seguinte parágrafo de um regimento: 14. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) Preserva a coerência entre os argumentos, bem como a correção gramatical do texto, a indicação da ideia de abrangência do termo “uma demanda” (L.2) por meio da correspondente forma plural demandas.“A cultura de massa, ao mesmo tempo em que superficializou, abriu uma possibilidade de contato com esse mundo simbólico. Mas o pior já passou. Hoje há uma demanda de aprofundamento.”15. (IPOJUCA/CARGOS N.SUPERIOR/ 12/07/2009) A flexão de plural em “esses processos de integração” (L.5) reforça que essa expressão retoma, na argumentação do texto, a ideia anteriormente referida como “conquis-tas tecnológicas” (L.4).“A bem da verdade, creio que, no mundo atual, ser contra a globalização é como ser contra tempestades ou ter-remotos, mesmo porque, ao longo dos séculos, os mais diversos países do planeta vêm buscando formas de se aproximarem e de incrementarem suas relações econômicas, sociais e culturais. As conquistas tecnológicas alcançadas no século XX, que avançam cada vez com maior rapidez e precisão, contribuíram para acelerar esses processos de integração.”Concordância Nominal

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1 E 4 E 7 C 10 E 13 E2 C 5 E 8 E 11 E 14 C3 E 6 C 9 B 12 B 15 EProvas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Domínio das relações morfossintáticas, semânticas e discursivas

Nos itens a seguir, os fragmentos constituem trechos sucessivos de um texto, adaptado da Internet (www.inmetro.gov.br). Julgue-os quanto ao aspecto gramatical.1. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Compradores de diferentes partes do mundo de produtos oriundos de florestas exigem cada vez mais a comprovação de que a matéria-prima de base florestal provenha de fontes adequadamente manejadas. Por esse motivo, a certificação de manejo florestal e de produtos derivados de flores-tas, conferida por uma terceira parte independente, passaram a ser um requisito importante para a realização de negócios.2. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Entre os benefícios da certificação florestal, podemos destacar: a ampliação das exportações; o acesso a novos mercados; a melhoria da imagem da organização e do próprio país; o crescimento socioeconômico da atividade florestal; a proteção de ecossistemas; a melhoria das condições de trabalho e o atendimento à legislação.3. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Desenvolvido no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC) e gerenciado, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), o Programa Brasileiro de Certificação de Manejo de Florestas (CERFLOR) é um programa de na-tureza voluntária e aberto a participação das partes interessadas.4. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) Atendendo à regras internacionais de normalização, avaliação da conformidade e acreditação de organismos atuantes nessa área, o envolvimento direto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do INMETRO, organizações reconhecidas internacionalmente, reforça substan-cialmente a iniciativa brasileira. 5. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) O CERFLOR é o primeiro e único programa nacional de certi-ficação de manejo de florestas nativas tropicais a conseguir reconhecimento no mais importante fórum com esse objetivo.Os itens a seguir apresentam reescrituras de trechos do texto. Julgue-os quanto à correção gramatical.6. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) A capacidade dos homens para viverem juntos e coordenarem esforços evitando conflitos é determinada, em grande parte, por suas aptidões para a comunicação correta.7. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Nos últimos tempos, vem sofrendo alterações o circuito da co-municação humana, em cuja composição se encontram os quatro elementos básicos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio.8. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) De acordo com o pensamento de Peruzzolo, importa menos o conteúdo das mensagens trocadas, do que os canais utilizados nos processos comunicacionais. 9. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Somente em coexistência com o meio é que a mensagem irá do transmissor ao recebedor, sem obstruir o processo comunicacional, pois os demais elementos não funcionam isoladamente.10. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Contemporaneamente, o e-mail é melhor meio de adesão uti-lizado pelos jovens estudantes. 11. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) Consiste em argumento contrário à correspondência eletrônica o fato de não ser acessível à muitos, o que implica possível perda de informações importantes.12. (M.C./CARGO N.SUPERIOR/29/11/2008) São fatores adversos ao uso generalizado de e-mail na Internet: empobrecimento das relações sociais e facilitação de mal-entendidos, derivados de ruídos nas informações. Nos itens a seguir, os fragmentos constituem trechos sucessivos e adaptados do editorial de O Estado de Minas de 8/10/2008. Julgue-os quanto à correção gramatical.13. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) O Brasil não pode mais fugir à responsabilidade de en-frentar a realidade de que está deixando de ser um país de jovens. A queda da fertilidade e o aumento da expec-

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tativa de vida são dados positivos e indicam avanços típicos de países mais desenvolvidos e de populações mais esclarecidas.14. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Mas, quando esses dois fatos ocorrem ao mesmo tempo, na velocidade em que vêm sendo observados no Brasil, a soma de seus efeitos é explosiva e precisa ser encarada com seriedade e planejamento.15. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) A melhoria de nossa produção de estatísticas e a evolução acadêmica da capacidade dos técnicos brasileiros de interpretá-los não tem deixado faltar munição a planejadores, a autoridades e à todas as pessoas de responsabilidade.16. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Em estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), ressalta-se o impacto das mudanças na distribuição das faixas etárias da população brasileira. 17. (MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Os dados foram produzidos pela última Pesquisa Na-cional de Amostragem por Municípios, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São marcantes a queda da participação dos mais jovens no total da população.Considerando que os fragmentos incluídos nos itens a seguir são partes sucessivas de um texto adaptado de Pedro da Motta Veiga e Roberto Magno Iglesias (<www.bndes.gov.br>), julgue-os quanto à correção gramatical.18. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) A institucionalidade da política de comércio exterior vi-veu, a partir do final dos anos 80, uma lenta e difícil transição. Até então, o modelo institucional apoiava-se na centralização do poder normativo e de gestão dos instrumentos (de promoção, de financiamento etc.) em uma su-peragência estatal: a CACEX, do Banco do Brasil, funcionando o Conselho de Comércio Exterior como instância interministerial de formulação de políticas.19. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) A extinção da CACEX ocorreu simultaneamente à uma ampla redefinição do quadro em que é formulada e implementada a política brasileira de comércio exterior: novos condicionantes externos (as regras da OMC e os compromissos no MERCOSUL) E internos (os esforços de ajuste fiscal) restringiram drasticamente as perspectivas de continuidade das políticas de exportação então vigentes, ao passo que a abertura comercial redefiniu prioridades e instrumentos no âmbito da política de importação. 20. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) A partir de meados da década passada, o objetivo de au-mentar exportações ganhou destaque entre as prioridades de governo, e as negociações comerciais adquiriram peso crescente na agenda da política de comércio exterior, tornando-se gradativamente uma questão significativa no debate político doméstico no país. 21. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) Portanto, ao se iniciar a nova década, o ambiente que se formula e gerencia a política de comércio exterior brasileira é radicalmente diverso daquele que vigiu à época em que a CACEX atuava como superagência nessa área. A institucionalidade da política distanciou-se do modelo CACEX, mas é pouco nítido o modelo desejável e adequado aos novos condicionantes e objetivos. Julgue os trechos a seguir, quanto à correção da linguagem e à correta interpretação dos dados contidos no gráfico.22. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Trata-se, esse gráfico, de dois graves problemas de saúde que assolam o Brasil: a obesidade e a desnutrição.23. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) Quando a pesquisa teve início, em 1975, as porcentagens de crianças e adolescentes desnutridos no Nordeste e no Sudeste do Brasil estavam entre 8% e 9%; em 1997, essas porcentagens caíram para a faixa entre 5% e 6%. Julgue o fragmento de texto apresentado no item a seguir quanto à correção gramatical.24. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) As negociações globais de comércio devem ganhar impulso com os novos esboços de acordo internacional sobre produtos agrícolas e industriais. Reivindicações do Brasil e de outros países emergentes foram contempladas no acordo, mas os diplomatas ainda terão de trabalhar intensam-ente nos próximos meses, dado o objetivo de alcançarem um acordo básico sobre a redução de tarifas e subsídios para facilitar o acesso aos mercados. Os trechos contidos nas opções abaixo são partes de um texto. Assinale certo ou errado de acordo com as regras gramaticais. 25. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) A primeira instância da justiça federal ressurgiu no Poder Judiciário brasileiro em 1965, pelo Ato Institucional n.º 2. Ela havia sido extinta em 1937 pelo regime do Estado Novo.

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26. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) As circunstâncias que marcaram a nomeação dos primeiros juízes federais e a implantação das primeiras varas federais no país será lembrada por aqueles que protagonizaram esses momentos, no Seminário Resgate da Memória da Justiça Federal no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro. 27. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Durante dois dias, especialistas, historiadores, servidores e juízes que atuam ou já atuaram na justiça federal farão um balanço desses 40 anos de sua trajetória e de sua influência na construção da sociedade brasileira. 28. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Muitos dos juízes que atuaram na fase inicial foram promovidos a desembar-gadores dos tribunais regionais federais (TRFs), ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou do Supremo Tribunal Federal (STF). Parte deles desfruta hoje sua aposentadoria. Na memória desses magistrados repousa a história vivida na prática. Os trechos contidos nas opções abaixo são partes de um texto. Marque certo ou errado, observando as regras gramaticais.29. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) O trabalho escravo, infelizmente uma realidade ainda presente em nosso país, é um dos mais graves atentados à dignidade da pessoa humana, devendo ser combatido sem tréguas pelo poder público e pelos diversos segmentos da sociedade civil.30. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) A Associação dos Juízes Federais (AJUFE), instituição comprometida com a promoção do Estado democrático de direito e dos direitos humanos, continuará atuando junto aos órgãos do poder público e da sociedade civil no combate ao trabalho escravo, somando esforços para a erradicação dessa degradante exploração do homem pelo homem.31. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Nesse sentido, a AJUFE dará continuidade ao seu trabalho como membro inte-grante da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), vinculada à Secretaria Espe-cial de Direitos Humanos da Presidência da República, acompanhando e propondo adaptações ao Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, que vem se mostrando uma eficiente política de combate a esse crime. 32. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Valendo-se de sua importante representatividade no cenário jurídico nacional, a AJUFE renovará seu apoio à tramitação de projetos de emenda constitucional ou de lei relacionado com o com-bate ao trabalho escravo, em especial a Proposta de Emenda Constitucional n.º 438/2001, que estabelece pena de perdimento da gleba onde for constatada a exploração de trabalho escravo, revertendo a área ao assentamento dos colonos que nela já trabalhavam. Opções adaptadas de Internet: <www.ajufe.org.br>.

De acordo com as regras gramaticais, marque certo ou errado. 33. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com lançamento marcado para 14 de março, a campanha da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) Mude um Destino — em favor das crianças que vivem em abrigos, pretendem chamar a atenção da sociedade brasileira para as crianças e os adolescentes que vivem nessas instituições, dis-tantes do convívio familialinha 34. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Entre as várias ações que serão promovidas pela AMB, uma das mais impor-tantes será, o prêmio Mude um Destino, que conta com o apoio de renomadas instituições que atuam na área da garantia dos direitos da criança e do adolescente.35. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) A idéia é premiar iniciativas bem-sucedidas que promova o retorno das meninas e dos meninos abrigados ao lar natural, destacando a concepção de que o abrigo não é um lugar para permanência definitiva, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. 36. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Além de reconhecer as iniciativas de sucesso, a AMB, ao conceder o prêmio, também se compromete a dar visibilidade a essas práticas, para que elas possam ser replicadas em outras institu-ições.37. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008).O texto torna-se incoerente ou incorreto caso se substituaA ‘Desencaminhou-se’ por Perdeu-se.b“Desencaminhou-se uma cadelinha galga, na noite de ontem, 30. Acode ao nome de Miss Dollar.”B ‘Acode ao’ por Atende pelo.“Desencaminhou-se uma cadelinha galga, na noite de ontem, 30. Acode ao nome de Miss Dollar.”

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C “recompensa” por indenização. “Quem a achou e quiser levar à rua de Matacavalos no. ... , receberá duzentos mil-réis de recompensa.”D “urgente” por premente.“Todas as pessoas que sentiam necessidade urgente de duzentos mil-réis, e tiveram a felicidade de ler aquele anúncio,...”E “davam com” por encontravam.”...,andaram nesse dia com extremo cuidado nas ruas do Rio de Janeiro, a ver se davam com a fugitiva Miss Dol-lar.”38. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) Assinale a opção que apresenta um período que poderia finalizar o segundo parágrafo, mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto. “Os ministros têm opiniões conhecidas divergentes sobre a questão. Quatro integrantes da 2.a Turma entenderam, no julgamento de um habeas corpus, que esse tipo de interrogatório viola os princípios da ampla defesa e do devido processo legal.A Apesar disso, no mês anterior, a ministra Ellen Gracie, em plantão durante o recesso do Poder Judiciário, inde-feriu liminar em recurso proposto por réu preso em São Paulo, no entendimento que essa prática ofende à primeira vista, garantia constitucional. B Um mês antes, no entanto, a ministra Ellen Gracie — que estava de plantão durante o recesso do Poder Judi-ciário — havia negado liminar em recurso proposto por um réu preso em São Paulo, por entender que tal prática não ofende à primeira vista, garantia constitucional.C Conquanto a presidenta desse mesmo tribunal, ministra Ellen Gracie, tenha recusado, um mês antes, liminar em recurso proposto por um réu preso em São Paulo, em face de a referida prática não violar, em um primeiro exame, garantia constitucional.D Contudo, a ministra Ellen Gracie, que estava de plantão, durante o recesso do Poder Judiciário acatou liminar em recurso proposto por um réu preso em São Paulo, por entender que tal prática ofendia, em um primeiro exame, garantia constitucional.E Tendo, inclusive, a ministra Ellen Gracie, que estava de plantão durante o recesso judiciário, acatado liminar em recurso proposto por um réu preso em São Paulo, argumentando que a prática de interrogatório por videoconfer-ência não viola garantia constitucional.Os itens seguintes constituem artigos, transcritos com modificações, do Código de Conduta Ética Profissional dos servidores do INMETRO, disponível na Internet:<www.inmetro.gov.br>. Julgue-os com relação à correção gramatical.39. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Todo cidadão que houver de tomar posse ou tiver de ser investido em cargo do INMETRO deverá prestar compromisso solene de aceitação do Código de Conduta Ética Profissional, perante a Comissão de Ética do INMETRO (CEI).40. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegu-rado o direito de saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos, no recinto da CEI, mesmo que ainda não tenha sido notificado da existência do procedimento investigatório.41. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) O servidor do INMETRO, no cumprimento de sua ativi-dade funcional, deverá pautar-se por conduta funcional direcionada a coletividade e ao bom trato, em observância as normas contidas na Constituição Federal, na Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e no Código de Ética Profissional.42. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) É expressamente proibido ao servidor do INMETRO: praticar uzura sobre qualquer de suas formas; proceder de forma desidiosa. As opções abaixo apresentam fragmentos sucessivos e adaptados de um texto da Internet (www.tvebrasil.com.br). Marque certo ou errado nos itens com erro gramatical.43. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Todas as sociedades dedicam-se à educação de seus pares, especial-mente à educação de suas crianças e de seus jovens, atendendo a uma orientação de caráter tão intuitivo quanto a que provoca o desenvolvimento da fala.44. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Contudo, a educação e a fala sustentam-se sobre bases significativa-mente distintas: no desenvolvimento da fala, atuam fatores absolutamente alheios à consciência, não sujeitos a

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condicionamentos externos à própria mente, permitindo que crianças de todo o planeta se habilitem à comunica-ção verbal em idade muito precoce. 45. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Já a educação, embora parta de orientações universais, seguem, ao mesmo tempo, fatores universais e individuais, quase sempre a partir de ações conscientes e direcionadas a fins determinados. 46. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Não se pode, portanto, definir a priori a forma como as várias socie-dades educam, ou devam educar, seus membros, pois cada uma delas tem uma compreensão particular e única acerca das intenções e dos fins subjacentes às ações educativas, fato que assegura ao homem uma pluralidade ímpar entre as demais espécies da natureza. As opções a seguir apresentam trechos sucessivos e adaptados de um texto da Internet (www.tvebrasil.com.br). Marque certo ou errado nos itens com erro gramatical.47. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) A educação vinculada ao conceito de “urbanidade civilizada” agrega valores bem mais amplo do que a mera adaptação ao meio para fins de superação de dificuldades imediatas de sobrevivência. Educar passa a ser, antes de tudo crer na possibilidade de vir a ser feliz no contexto de um mundo civilizado, à luz da cultura moderna. 48. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) Isto, por conseguinte, vincula-se a um projeto de ordem social e não a uma ação centrada em sujeitos individuais, com objetivos particulares e dissolvidos pela imediata satisfação de desejos pessoais. É no interior dessa concepção de uma educação civilizatória que a escola se institui como instrumento gerador de homens civilizados. 49. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) O sentido e a razão de ser da escola, no entanto, não se constroem dentro de si própria, vindo, isto sim, de fora para dentro, de uma relação de coerência que se estabelecem entre o desejo coletivo de construir uma sociedade civilizada e às práticas sociais que incorporam homens civilizados. 50. (SEMEC-PI/PEDAGOGO/28/06/2009) A educação escolar é não mais do que uma extensão do modelo de educação adotados pela sociedade em todas as suas esferas e modos de ação.

Domínio das relações morfossintáticas, semânticas e discursivas1 E 12 C 23 C 34 E 45 E2 C 13 C 24 C 35 E 46 C3 E 14 C 25 C 36 C 47 E4 E 15 E 26 E 37 C 48 C5 C 16 C 27 C 38 ??? 49 E6 C 17 E 28 C 39 C 50 E7 C 18 C 29 C 40 E 8 C 19 E 30 C 41 E 9 C 20 C 31 C 42 E 10 E 21 E 32 C 43 C 11 E 22 E 33 E 44 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

FonéticaOrtografiaJulgue os itens a seguir, referentes à tipologia, às idéias e à linguagem usada no texto.1. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O texto contém palavras escritas de acordo com sistemas or-tográficos vigentes em dois momentos diferentes da história da língua portuguesa.

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2. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) De acordo com o padrão da língua portuguesa, são variantes da pala-vra “imundície” as seguintes formas: imundice e imundícia. 3. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O erro de grafia presente no parágrafo, ainda que não comprometa a compreensão do trecho, deve ser corrigido.“Em linhas gerais, as sugestões, recomendações e alterações propostas pela Comissão buscaram complementar as informações disponibilisadas e padronizar o processo de acompanhamento das metas de modo que se atenuasse os aspectos de subjetividade presente nos processos de mensuração de resultados.”4. (M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) O emprego das maiúsculas em “MERCOSUL” (linha2), assim como em outras palavras do texto, contraria as normas abonadas pela ortografia oficial da língua portuguesa. 5. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) O texto fala de etimologia, que é o estudo da origem e da formação das palavras de uma língua. É etimológica a razão pela qual se emprega a letra h em várias palavras do português, como no caso do verbo “habita”, que aparece no texto. Também se escrevem com h inicial as palavrasA hebreu, herói, húmido.B hidráulico, hiato, higiene. C herva, histeria, hipopótamo.D hematoma, hérnia, hazar.E hexágono, hombro, herdar.Observada a norma-padrão da língua portuguesa, julgue os itens subseqüentes quanto à grafia.6. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) Por que pessoas hiper-racionais acabam tomando de-cisões irracionais quando o assunto é dinheiro? 7. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) De que maneira se formam as “ondas de pânico” e por quais razões elas podem ser contagiosas? 8. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) A palavra “prevenção” (L.5) se escreve com “ç”, da mesma forma que “correção”, “precaução” e “compreenção”. “Entre os novos tipos de profissional que hoje mais despertam interesse nas empresas estão também: o arquiteto da informação, responsável por organizar o conteúdo dos sítios para que as pessoas encontrem as informações com facilidade e façam suas compras na rede sem que esse seja um processo demorado demais; o cientista do exercício, que elabora um plano completo de prevenção de doenças, no qual se incluem programas de condiciona-mento físico, para clientes de planos de saúde e para empregados de empresas; o gerente de diversidade, que, em um setor de recursos humanos, é quem tem uma visão mais panorâmica do quadro de empregados, diagnostican-do profissionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício.”Os trechos abaixo constituem um texto, adaptado de Leandro Konder (Op. cit.). Observada a grafia correta, marque certo ou errado.9. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Indaga-se, por exemplo: com que direito os professores exi-gem dos alunos que leiam as obras-primas da literatura mundial, que percam tanto tempo estudando a Antígona, de Sófocles, o Hamlet, de Shakespeare ou os poemas de Baudelaire? 10. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Um estudante, dois ou três anos passados, queria saber qual seria o prazer proporcionado pelos clássicos. E explicava: “Se eu dedicar meia hora a um joguinho eletrônico, terei um intretenimento muito mais prazeroso do que lendo Kafka, Proust ou Dostoievski.” 11. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Ponderei que isso dependia das ambições do seu conhecimen-to. Se lhe basta meia hora de joguinhos eletrônicos e ele dispensa os clássicos, tornar-se-á um inculto. Conforme advertência do já citado filósofo Hegel: “Na facilidade com que o espírito se satisfaz, pode-se medir a extensão da sua perda.” 12. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Nas condições da indústria cultural, as criações proporcio-nam pequenos impactos imediatos, que não contribuem nem para as rupturas, nem para a continuidade necessária do processo histórico. 13. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008)Com referência às idéias e às estruturas do texto, marque certo ou errado. De acordo com a ortografia oficial, a palavra “recorde” admite a grafia alternativa record,

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que deve ser lida como palavra proparoxítona, a exemplo do que ocorre nos textos de muitos telejornais. 14. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção em que todas as palavras da frase apresentada estão corretamente grafadas e empregadas.A Após hesitar, finalmente ascendeu a fogueira.B Fez ótima prova: assertou noventa por cento das questões.C Aquele indivíduo é completamente sem censo. D Após ser preso, o réu expiou todos os seus pecados.15. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Assinale a opção em que todas as palavras estão grafadas de modo correto.A gás, giz, encher, ascentoB querosene, azilo, enxada, progressoC exceção, maisena, caatinga, botequimD suscinto, busina, azar, assessor 16. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Julgue os itens abaixo quanto à grafia das palavras neles empregadas.I - Após ter seu mandato cassado, o prefeito está ancioso para voltar à vida política.II - A polícia revelou, algumas horas depois do ocorrido, a indentidade do incendiário.III - Por proceder mal, o profissional foi considerado, um mau colega.IV - Recentemente, surgiram denúncias de privilégios e malversação dos recursos públicos.Estão certos apenas os itensA I e II.B I e III.C II e III.D II e IV.E III e IV. 17. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A grafia diferenciada de “Estado” (L.1) e “estado” (L.3) indica a diferença de sentido entre as palavras no texto, as quais remetem, respectivamente, ao ente que governa e à concreta unidade da federação: Nova Orleans. “Não considero o Katrina um desastre “natural” porque envolveu uma clara omissão do Estado — no sentido de que as barragens estavam deterioradas.”(...)“E essa é realmente a última fronteira para o neoliberalismo. Todas as partes do estado foram privatizadas: estra-das, eletricidade, telefone, água.”

Fonética1 C 5 B 9 C 13 E 17 E2 C 6 C 10 E 14 C 3 C 7 C 11 C 15 D 4 E 8 E 12 C 16 E Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Acentuação 1. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) As palavras “amazônico” e “viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 2. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) Os vocábulos “importância”, “estatísticos”, “públicos”, “políti-co” e “econômico” são acentuados graficamente em decorrência da mesma regra.

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3. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) As palavras “veículos”, “títulos” e “fantásticas” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 4. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) As palavras “água”, “renovável” e “distribuído”, utilizadas no texto, recebem acento gráfico pela mesma razão. 5. (SEBRAE-BA/CARGOS N. SUPERIOR/30/11/2008) As palavras “últimas”, “técnicas”, “cérebro”, “dinâmi-ca” e “hipótese” são acentuadas porque são proparoxítonas. 6. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Em “reúne” (L.1), o sinal gráfico marca a ocorrência da vogal como sílaba tônica, separada da vogal anterior; mas palavras da mesma família, como reunião e reunir, não precisam de acento gráfico, pois, nestes casos, a vogal u não ocorre como sílaba tônica. “A gráfica recicla todo o papel não usado, o dinheiro vai para uma conta que reúne donativos para instituições diversas encarregadas de atender pessoas de baixa renda.”7. (SEPLAG-DF/PROFESSOR/17/11/2008) Nas palavras “histórico”, “pedagógica” e “didático”, foi empregada a mesma regra de acentuação gráfica. 8. (SESI-SP/ANAL.PEDAGÓGICO/11/05/2008) Com relação às regras de acentuação de palavras empregadas no texto, assinale a opção incorreta.A As palavras “temporários” e “série” recebem acento gráfico com base na mesma regra gramatical.B A palavra “país” recebe acento gráfico porque termina em ditongo oral. C As palavras “histórica” e “Estatística” são acentuadas por serem proparoxítonas.D As palavras “número” e “econômico” recebem acento gráfico com base na mesma regra gramatical.9.( TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) De acordo com as ideias e os aspectos gramaticais do texto, marque certo ou errado. Justificam-se pela mesma regra de acentuação os acentos gráficos dos seguintes vocábu-los do texto: “única”, “caráter”,“intrínsecas” e “antitéticas”. 10. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Com referência às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Os vocábulos “suíço”, “vários” e “países” são acentuados de acordo com a mesma regra de acen-tuação. 11. (T.J.SERGIPE/SERVIÇOS NOTORIAIS/10/12/2008) Os seguintes vocábulos do texto são acentuados devido à mesma regra: “Imobiliário”, “Colégio”, “seminários”, “notários” e “área”.Com referência à ortografia oficial e às regras de acentuação de palavras, marque certo ou errado.12. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) Os vocábulos lágrima e Gênesis seguem a mesma regra de acentuação. 13. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) As palavras oásis e lápis são acentuadas pelo mes-mo motivo. 14. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) A grafia correta do verbo correspondente a ressur-reição é ressucitar.15. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o emprego da letra “z”, o feminino de poeta é grafado com s. 16. (T.R.T. 1°REGIÃO/ANAL.JUDICIÁRIO/08/06/2008) O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas do verbo trazer; a forma trás é empregada na indicação de lugar (equivale a parte posterior).17. SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009 Quanto à estrutura do texto, marque certo ou errado. As palavras “negó-cios” e “Números” são acentuadas em virtude da mesma regra. Marque certo ou errado com relação às estruturas e à pontuação do texto.18 (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) As palavras “Estágio”, “diária” e “após” são graficamente acentuadas devido à mesma regra. 19 (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Caso fosse eliminado o acento da palavra “dúvidas” (L.1), o texto ficaria incoerente, pois a forma resultante corresponderia a palavra pertencente a outra classe gramatical. “Promulgada em setembro de 2008, a nova Lei do Estágio ainda provoca dúvidas entre empresários e estudantes.”20. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Marque certo ou errado quanto às ideias e estruturas linguísti-cas do texto. No termo “país” (L.1), o acento é obrigatório. “O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados.”

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21. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O acento gráfico em “pôde” (LINHA 2) obriga o leitor a situar a oração em que tal forma verbal está inserida no tempo pretérito.“O ano de 1964 representou para a Universidade de Brasília o maior retrocesso que pôde existir na história do ensino superior no Brasil.”

Período Simples-Termos Essenciais1 E 6 C 11 C 16 E 21 C2 E 7 C 12 E 17 E 3 C 8 B 13 C 18 C 4 E 9 E 14 E 19 E 5 C 10 E 15 E 20 C Provas do CESPE de Nível Superior 2008/2009

Redação Oficial Com relação à carta apresentada na situação hipotética acima e com base no que dispõe o Manual de Redação da Presidência da República acerca de comunicações oficiais, julgue os itens1. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A forma de identificação do signatário da carta coincide com a recomendada para as comunicações oficiais, que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que expede a comunicação grafado em maiúscu-las e o alinhamento centralizado. 2. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O fecho que consta na carta — empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada natureza — é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo sig-natário seja servidor que se dirija a ocupante de cargo imediatamente superior.3. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A variedade de tratamento verificada na carta, tanto no em-prego de pronomes pessoais quanto no de pronomes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais, pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada em redação oficial.4. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A carta, apesar de escrita em tom jocoso, segue a norma de numeração que deve ser aplicada aos parágrafos contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem o objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação do documento.5. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Caso se tratasse de ofício expedido em repartição pública, a carta teria de sofrer várias alterações. Uma delas é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda superior, o tipo e o número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o expede.6. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A indicação de “local e data” da carta está em conformidade com as normas do padrão ofício expostas no Manual de Redação da Presidência da República.7. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) A expressão “vem (...) por meio desta”, utilizada no primeiro parágrafo, apesar de ser considerada redundante em comunicações oficiais, tem seu emprego recomendado quan-do se quer assegurar o entendimento correto do texto.

8. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Na elaboração de texto oficial, como norma geral, deve ser evitada a repetição de palavras, buscando-se sinônimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No entanto, se a substituição comprometer a inteligibilidade e a coesão do texto, recomenda-se manter a repetição.A respeito da redação de expediente, julgue os próximos itens.

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9. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser empregados o vocativo “Senhora Senadora,” e o pronome de tratamento “Vossa Excelência”, devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte enunciado: “Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a ses-são.”10. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) O envio de documentos, quando urgente, pode ser ante-cipado por fax ou por correio eletrônico, sendo recomendados o preenchimento de formulário apropriado (folha de rosto), no caso do fax, e a certificação digital, no caso do e-mail.11.(DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) No caso de relatório que requeira providências a serem to-madas, um dos fechos recomendados é o seguinte: Esperando que o relatório expresse fielmente os fatos, pede deferimento.Considere que um servidor do DETRAN/DF tenha redigido um documento oficial para convidar um embaixador a proferir palestra no órgão e que o trecho abaixo componha tal documento. Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens.12. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Foi adequada a escolha da forma memorando, visto que o convite, geralmente, constitui uma comunicação curta. 13. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Atende às normas de elaboração do memorando o emprego do vocativo com o nome do embaixador.14. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Atende à prescrição gramatical o emprego do pronome pos-sessivo “vosso” no corpo do texto, dado que o tratamento empregado foi Vossa Excelência.15. (INMETRO/ PESQUISADOR/23/09/2007) As escolhas lexicais e sintáticas do texto tornam seu nível de linguagem inadequado para correspondências oficiais.O INMETRO tem realizado estudos aprofundados que visam diagnosticar a realidade do país e encontrar mel-hores soluções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz.Além disso, estão sendo elaboradas normas técnicas para veículos novos, ao passo que, para outros veículos, o Decreto n.º 5.296 estabelece que o INMETRO especifique os que poderão ser adaptados, dentre aqueles em circu-lação. E, ainda, que adaptações, procedimentos e equipamentos a serem utilizados sejam submetidos a programas de avaliação da conformidade.Apesar de pequena, a função do INMETRO é fundamental, já que a instituição está contribuindo para a promoção da igualdade social.Idem, ibidem (com adaptações).16.(MCT/CTI/CARGO N.SUPERIOR/16/11/2008) Devido à seleção lexical, o penúltimo parágrafo do texto é inadequado para compor uma correspondência oficial.“Nesses choques, Estado e cidadãos buscam argumentar com princípios que estão na Constituição, seja nos capí-tulos que relacionam os direitos e garantias fundamentais, seja nos demais 249 artigos da Carta. Mas isso não é suficiente para atribuir a razão a algum dos lados.”17. (MDS/ TÉC. DE SUPORTE/11/10/2008) O texto apresenta nível de linguagem formal e poderia ser parte de um ofício, correspondência que se caracteriza pela troca de informações entre seções de um mesmo órgão da administração pública.

É de extrema importância possuir dados estatísticos sobre a oferta e a qualidade dos serviços públicos e sobre a capacidade dos governos municipais em atender suas populações. O conhecimento e a aprendizagem sobre a es-cala local proporcionados pelas informações estatísticas vêm responder às exigências imediatas de compreensão da heterogeneidade estrutural no Brasil, a fim de tornar efetiva a participação da imensa riqueza, diversidade e criatividade brasileira no contexto dos avanços social, político e econômico.As diversidades produtivas, sociais, culturais, espaciais (regionais, urbanas e rurais), por muito tempo, foram tratadas como desequilíbrios e assimetrias. Obstáculos colocados ao desafio que é promover o desenvolvimento em um país continental e periférico como o nosso. O Brasil é um país extremamente dessemelhante em muitos

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aspectos, tanto no que se refere ao ponto de vista político quanto ao administrativo; daí a qualidade dos regis-tros administrativos ser diversa no nível federal (entre os ministérios, por exemplo), no nível estadual e no nível municipal. Atualmente, contudo, as escalas nacional, regional e local mostram-se crescentemente articuladas, o que demonstra a urgência que têm em engendrar ações mais ágeis, potentes e sistemáticas, sendo demandada, necessariamente, uma oferta de informações municipais de qualidade, como instrumento efetivo de planejamento, diagnóstico e monitoramento das condições locais.A informação atualizada é ferramenta essencial para a formulação e a implementação de políticas públicas, es-pecialmente em áreas em que a prestação de serviços é descentralizada, como é o caso da assistência social. É necessário conhecer a real capacidade instalada e a efetiva oferta de serviços por parte de estados, municípios e or-ganizações não-governamentais, a fim de identificar necessidades, planejar investimentos, avaliar o desempenho das estruturas estabelecidas e regular os serviços prestados.Atualmente, a informação sobre a oferta de serviços de assistência social no Brasil é escassa e dispersa. Não há levantamentos ou pesquisas regulares que identifiquem as instituições que prestam esses serviços e investiguem de que forma o fazem. A maioria das pesquisas concentra-se em aspectos relacionados a indicadores sociais de de-terminados grupos populacionais ou áreas geográficas, fornecendo, desse modo, um perfil da demanda potencial pelos serviços de assistência social, a partir de indicadores relacionados à vulnerabilidade dos grupos pesquisados.Assim, faz-se necessária a realização de um estudo sobre a rede da assistência social no Brasil, com informações sobre os serviços prestados, de modo a orientar investimentos estratégicos— inclusive no que se refere à capacitação de recursos humanos— bem como subsidiar mecanismos de regulação da qualidade dos serviços, partilha e repasses de recursos. Perfil dos municípios brasileiros: assistência social 2005/IBGE. Coordenação dePopulação e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE, 2006, p. 217 (com adaptações).18. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) De acordo com as normas para a redação de docu-mentos oficiais, a inscrição no alto dos ofícios deve conter o tipo e o número do documento, seguido da sigla do órgão expedidor. No texto em questão, poderia ser: Of. 31/2008-DER Leste 1. 19. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) Estaria adequado o uso do tratamento “Dignís-simo” antes do pronome “Senhor”, no vocativo, por se dirigir a funcionário público com cargo de confiança.20. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) No caso dos ofícios, local e data podem apa-recer ao final do texto.21. (MIN. ESPORTES/CARGOS N. SUPERIOR/23/11/2008) Observa-se falta de objetividade da signatária no primeiro período do texto, que poderia iniciar-se com a seguinte redação: Solicito a V. S.ª especial atenção (...).Cada um dos itens abaixo apresenta trechos de texto que devem ser julgados quanto a sua adequação a corre-spondências oficiais.22. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) Vimos informar que as inscrições para o Concurso Público de Provas e Títulos para o Cargo de Analista de Sistemas começam dia 15 de abril de 2008, das oito da manhã às 6 horas da tarde, no subsolo do edifício-sede desta companhia. Estamos querendo pontualidade na entrega dos documentos. 23. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A seleção para o cargo de que trata este edital compreenderá o exame de habilidades e conhecimentos, mediante a aplicação de provas objetivas e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório e classificatório.24. (MPE – RR/ANAL.BANCO DADOS/15/06/2008) Trechos, como “é até compreensível”, “em qualquer canto do mundo”, batam seguidamente na tecla”, e “Ainda pior” conferem ao texto um nível de subjetividade e informalidade impróprio para a redação de correspondências oficiais.“Nesse quadro, é até compreensível que políticos ameaçados por perda de popularidade, em qualquer canto do mundo, enveredem por caminhos e discursos bem simplistas e batam seguidamente na tecla dos vínculos entre etanol e fome. Mais preocupante, no entanto, é a situação criada pelo relator da ONU para o direito à alimentação, Jean Ziegler, que classificou os biocombustíveis como “um crime contra a humanidade”, garantindo que o mundo teria milhões e milhões de novos famintos pela escalada nos preços dos alimentos que seriam usados para fazer funcionar os motores dos automóveis do mundo rico.”

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25. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) No segmento “As principais recomendações propostas foram as seguintes” (L.5), a expressão grifada é imprescindível à clareza do texto, requisito essencial da redação oficial. “Em linhas gerais, as sugestões, recomendações e alterações propostas pela Comissão buscaram complementar as informações disponibilisadas e padronizar o processo de acompanhamento das metas de modo que se atenuasse os aspectos de subjetividade presente nos processos de mensuração de resultados.As principais recomendações propostas foram as seguintes: incorporação da memória de cálculo da execução da meta, detalhamento da execução da meta por atividade, destaque para meta com execução insatisfatória, revisão da mensuração adotada para a meta de capacitação e divulgação dos resultados da pesquisa dos indicadores glo-bais.”26. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) A finalidade desse documento oficial é registrar o assunto de forma generalizada, sucintamente descritiva e imparcial.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA ANSPERÍODO: 2006/2007AVALIADOR: COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃOFUNDAMENTO LEGAL: PORTARIA MS/ANS N.º X/07, PORTARIA MS N.º Y/07ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO DA ANS

O processo de acompanhamento foi estruturado em dois estágios interdependentes entre si: as ações desenvolvi-das pela Agência, enquanto parte avaliada, e as ações sob responsabilidade do avaliador do processo a Comissão de Acompanhamento e Avaliação.O acompanhamento da ANS compreendeu três ações: a coleta de informações junto às unidades executoras das metas, o tratamento, compatibilização, crítica e consolidação das informações levantadas e a elaboração de relatórios específicos de acompanhamento.Os dois relatórios específicos de acompanhamentos elaborados pela ANS e submetidos à apreciação da Comissão foram o 1.º Relatório Semestral do Contrato de Gestão 2006/2007, de julho de 2007, e o Relatório Final do Con-trato de Gestão 2006/2007, de março de 2008. O primeiro atua como marco inicial do processo de acompanha-mento, e o segundo, como o marco final do estágio de acompanhamento sob responsabilidade da ANS.As ações de acompanhamento da Comissão compreendem: a análise dos relatórios de acompanhamento, a proposição de recomendações e a verificação da incorporação das recomendações propostas.Em linhas gerais, as sugestões, recomendações e alterações propostas pela Comissão buscaram complementar as informações disponibilisadas e padronizar o processo de acompanhamento das metas de modo que se atenuasse os aspectos de subjetividade presente nos processos de mensuração de resultados.As principais recomendações propostas foram as seguintes: incorporação da memória de cálculo da execução da meta, detalhamento da execução da meta por atividade, destaque para meta com execução insatisfatória, revisão da mensuração adotada para a meta de capacitação e divulgação dos resultados da pesquisa dos indicadores glo-bais.A análise do relatório final foi dividida em duas etapas: a de verificação da correta e completa incorporação do conjunto de recomendações propostas pela Comissão e a de avaliação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados no período.Em relação à etapa de verificação, constatou-se que todas as recomendações propostas, decorrentes da análise do relatório que marcou o início do processo de acompanhamento, foram incorporadas integralmente no relatório final de acompanhamento. A etapa de avaliação quantitativa e a de avaliação qualitativa dos resultados compõe o próximo capítulo.Internet: <www.ans.gov.br> (com adaptações).27.(M.T.E./ADMINISTRADOR/21/12/2008) O texto apresenta características formais que permitem classificá-lo como documento oficial. 28. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Instruções para criação e extinção de cargos nas repartições públicas do estado da Paraíba. Com alterações introduzidas pelas resoluções n.º 1.111/2000,

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2.222/2000 e 3.333/2000, e pela lei n.º 10.000/2007. Para que a ementa de resolução acima respeite as normas de redação de documentos oficiais, é necessárioA tornar o texto mais claro, usando verbos em lugar de “Instruções” e “alterações”, por exemplo.B inserir uma vírgula depois de “cargos” e retirar a vírgula depois de “3.333/2000”, para que sejam respeitadas as regras gramaticais.C escrever “estado”, “resoluções” e “lei” com iniciais maiúsculas, para atender à padronização e à uniformidade. D conferir ao texto clareza e objetividade, escrevendo o termo “pelas resoluções” no singular.

A partir do fragmento de documento apresentado, julgue os itens29. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Como documento oficial, a declaração deve ser precedida de identifica-ção e data no seguinte padrão: AGNU – Declaração n.º 3.384/1975 Nova York, 10 de novembro de 1975.

30. (SERPRO/ANALISTA/07/12/2008) Diferentemente do documento declaração, o fecho de um documento no padrão edital deve seguir o seguinte modelo. 31. (STF/ANALISTA ADM./06/07/2008) Respeita as normas de redação de documento oficial o seguinte exem-plo para a parte final de um relatório: 32. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) Para que o texto atenda às exigências de redação de um documento oficial, como um relatório, por exemplo, é obrigatória a substituição da forma verbal “costumamos” (L.6) por costuma-se.Se a perspectiva do político é a perspectiva de como o poder se constitui e se exerce em uma sociedade, como se distribui, se difunde, se dissemina, mas também se oculta, se dissimula em seus diferentes modos de operar, então é fundamental uma análise do discurso que nos permita rastreá-lo. A necessidade de discussão da questão política e do exercício do poder está em que, em última análise, todos os grupos, classes, etnias visam, de uma forma ou de outra, o controle do poder político. Porém, costumamos ver o poder como algo negativo, perverso, no sentido da dominação, da submissão. Não há, entretanto, sociedade organizada sem formas de exercício de poder. A questão, portanto, deve ser: como e em nome de quem este poder se exerce?Danilo Marcondes. Filosofia, linguagem e comunicação. São Paulo: Cortez, 2000, p. 147-8 (com adaptações).33. (STJ/ANALISTA ADM./28/09/2008) O período inicial do texto, “Em minha opinião (...) descontinuidade” (linha 1-3), explicitando um juízo de valor, apresenta o formato adequado, no teor e na correção gramatical, para compor o texto final de um parecer, se no final deste for acrescida a frase É o parecer. “Em minha opinião, uma percepção ingênua dos fenômenos de mercado, como a crença nos mercados perfeitos, fornece exatamente o que seus críticos mais utilizam como munição nos momentos de crise e descontinuidade.”34. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Com referência às estruturas lingüísticas do texto, marque certo ou errado. Devido à clareza dos argumentos, a linguagem do penúltimo parágrafo seria adequada para iniciar um memorando.“Foi de olho nessa situação que o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor que pairava sobre os es-critórios de Washington. “Se os países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o façam por outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergên-cia”, disse. O recado veio mais explícito da boca do presidente do Banco Mundial: “Há uma incongruência em manter programas de subsídio ao mesmo tempo em que se têm tarifas, como é o caso norte-americano.” Considerando o documento acima, julgue os itens que se seguem, referentes à redação de correspondências ofi-ciais.35. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) Estaria garantida a adequação do assunto ao objetivo pro-posto no documento caso aquele estivesse assim especificado: Solicitação de montagem de estande para evento promovido pela Câmara Municipal. 36. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) No tópico 1 do ofício apresentado, na expressão “desta Câ-mara Municipal”, o termo “desta” deve ser substituído por dessa, visto que se refere à instituição a que pertence

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o remetente do ofício. 37. (TCU/A.CONTR..EXTERNO/02/08/2008) O fecho utilizado no documento não está adequado à hierar-quia dos cargos, devendo ser substituído por Respeitosamente.38. (T.J.ACRE/JUIZ/09/09/2007) Com base no texto, julgue o item a seguir.II O nível de linguagem adotado no texto é adequado para correspondências oficiais. As diferenças das legislações penais dos países, ou mesmo a ausência de mecanismos comuns para a extradição de criminosos ou a recuperação de ativos financeiros e bens que organizações criminosas transferem de um país para outro, são os principais desafios que devem ser enfrentados para que se verifiquem avanços efetivos na coop-eração jurídica internacional. Entre as dificuldades na implementação da cooperação jurídica, está a tramitação da carta rogatória, documento expedido pelo juiz a outra autoridade judiciária estrangeira para o cumprimento de atos processuais no território estrangeiro. O processo é restritivo e lento. O problema é que não são “algumas” cartas, mas milhares, em razão da expansão do crime transnacional. As solicitações dos países são, muitas vezes, incompletas, desorganizadas e refletem a falta de conhecimento em relação à legislação e à jurisprudência do país para o qual está sendo feita a requisição. É inadequado que requerimentos de atos processuais urgentes tramitem pela via diplomática, em ambiente não-familiarizado com a legislação penal. Os países têm importante papel a desempenhar na cooperação jurídica internacional para que não se transformem em locais seguros de guarda de dinheiro e de bens ilegais e de refúgio para criminosos. A confiança, e não a competição, é a base da cooperação jurídica entre os países. As relações entre os países, para a adoção de mecanismos que permitam a efetiva cooperação jurídica, devem fundamentar-se na igualdade, e não na desconfiança mútua de violação da soberania. Mais do que uma questão jurídica, trata-se de um processo político.Internet: <www.ajufe.org.br> (com adaptações). Considerando as normas de redação de documentos oficiais, julgue os seguintes itens, a respeito do fragmento de texto acima.39. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) O timbre colocado acima do documento identifica o órgão público emissor da carta-convite; por isso, não é necessário o código TJCE completando o número do documento, como seria necessário caso não houvesse o timbre.40. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Considerando que, no corpo do documento, o destinatário recebe tratamento de “V.S.ª”, o sobrescrito do envelope que contiver esse documento deverá apresentar o trata-mento Excelentíssimo Senhor.41. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Seria preservado o respeito às exigências de formalidade e de correção gramatical dos documentos oficiais ao se redigir a parte final do primeiro item do documento em questão da seguinte forma: observando-se o disposto no Projeto de decoração e na Minuta de contrato, em anexo.42. (T.J.CEARÁ/ANAL.JUDICIÁRIA/ 12/10/2008) Como se vê no texto, por ser documento objeto de publi-cação, a carta-convite é datada ao final, depois do texto informativo, antes da identificação do emissor, de modo semelhante ao ofício e ao memorando. 43. (T.R.T. 5°REGIÃO/CARGOS N.SUPERIOR/23/11/2008 ) O fecho do documento respeita a normatização da redação oficial, com local, data, assinatura, nome e cargo do signatário.

Acerca da redação de documentos oficiais, julgue os itens que se seguem.44.(ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Respeitam-se as normas relativas à redação de documentos oficiais ao se finalizar um atestado ou uma declaração da maneira apresentada a seguir. 45. (ANTAQ/ANAL.ARQUIVO/05/04/2009) Desrespeitam-se as exigências de clareza, objetividade e obe-diência às regras gramaticais ao se apresentar o seguinte parágrafo no início de um relatório, em um órgão pú-blico.1. APRESENTAÇÃO

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Ao apresentar este relatório, os resultados parciais da Ouvidoria realizada durante os meses de Outubro e No-vembro de 2008, ano em que visamos a melhorias no atendimento dos usuários e na eficiência nos procedimentos internos graças às restrições orçamentárias oriundas de financiamento para as áreas-fins.O Manual de Redação da Presidência da República engloba no termo padrão ofício “três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: a exposição de motivos, o aviso e o ofício”. Com base nessa informação e nos preceitos que regem a redação de correspondências oficiais, julgue os itens subsequentes.46. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) Tanto na exposição de motivos quanto no aviso e no ofí-cio, quando se tratar de comunicação interna, na parte destinada a local e data, o local pode ser abreviado, como nos seguintes exemplos: BSB, 12 de agosto de 2008; SP, 11 de julho de 2008; BH, 15 de maio de 2008. 47. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) A introdução dos avisos e ofícios que encaminham docu-mentos deve-se iniciar com a informação do motivo da comunicação, seguindo-se os dados completos do docu-mento que está sendo encaminhado, como mostra o exemplo a seguir: Encaminho, anexa, para conhecimento, cópia do Memorando n.º 17, de 25 de abril de 2009, do Departamento de Recursos Humanos, que trata da licença do servidor Fulano de Tal.48. (INMETRO/CARGOS N.SUPERIOR/ 05/07/2009) No padrão ofício, sempre que o destinatário ocupar o cargo superior do órgão, o fecho do expediente deve conter saudação como a seguinte: Reitero a Vossa Excelência meus protestos de elevada estima e sincera consideração.Considerando as normas de redação de documentos oficiais, marque certo ou errado.49. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008) Respeita a formalidade exigida em documentos do padrão ofício o seguinte início de documento: 50. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008)Respeita as exigências de correção, clareza e coerência de documentos oficiais o seguinte trecho de uma ata:A notificação do responsável em julgado em débito para que recolha a quantia apurada até o dia vinte nove de abril do útil do corrente ano, devendo ser corrigido e acrescido dos juros devidos ou parcelamento em prazos de respeito a lei.51. (T.C.ACRE/ANAL.CONT.EXTER./ 26/04/2008)Considerando-se que a primeira ocorrência de cada nome abaixo representa a assinatura de um conselheiro, atende à correção gramatical e às exigências de impessoalidade e formalidade de um relatório o seguinte parágrafo final: 52. (T.R.E.-MA/ANAL.JUDICIÁRIO/21/06/2009) Quanto à redação oficial, assinale a opção incorreta. A Parecer significa, em termos gerais, um juízo técnico escrito, emitido por um técnico, especialista em determi-nado assunto ou por um funcionário, para orientar ou facilitar uma decisão sobre determinado assunto, apontando-lhe uma solução favorável, contrária, ou parcialmente favorável.B As partes constitutivas de uma ata são as seguintes: introdução; contexto; encerramento; local e data; e assi-naturas. C Correspondência geralmente externa, o ofício só pode ser expedido por órgão público.D Na correspondência oficial, o aviso, semelhante a um ofício, é um expediente de secretário de Estado, dirigido a altas autoridades, para dar conhecimento, em sua área, de decisões de caráter administrativo e de ordem geral . E O pronome de tratamento conferido a diretores e demais funcionários graduados é Vossa Senhoria.Carta do desembargador X...ao chefe de polícia da Corte Corte, 20 de setembro de 1875.

Desculpe V. Ex.a o tremido da letra e o desgrenhado do estilo; entendê-los-á daqui a pouco. Hoje, à tardinha, acabado o jantar, enquanto esperava a hora do Cassino, estirei-me no sofá e abri um tomo de Plutarco. V. Ex.ª, que foi meu companheiro de estudos, há de lembrar-se que eu, desde rapaz, padeci esta devoção ao grego; devoção ou mania, que era o nome que V. Ex.ª lhe dava, e tão intensa que me ia fazendo reprovar em outras disciplinas. Abri o tomo, e sucedeu o que sempre se dá comigo quando leio alguma cousa antiga: transporto-me ao tempo e ao meio da ação ou da obra. Foi o que se deu hoje. A página aberta acertou de ser a vida de Alcebíades. (...) Juro a V.

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Ex.ª que não acreditei; por mais fiel que fosse o testemunho dos sentidos, não podia acabar de crer que tivesse ali, em minha casa, não a sombra de Alcebíades, mas o próprio Alcebíades redivivo. Nutri ainda a esperança de que tudo aquilo não fosse mais do que o efeito de uma digestão mal rematada, um simples eflúvio do quilo, através da luneta de Plutarco.(...) Alcebíades olhou para mim, cambaleou e caiu. Corri ao ilustre ateniense, para levantá-lo, mas (com dor o digo) era tarde; estava morto, morto pela segunda vez. Rogo a V. Ex.ª se digne de expedir suas respeitáveis ordens para que o cadáver seja transportado ao necrotério, e se proceda ao corpo de delito, relevando-me de não ir pessoalmente à casa de V. Ex.ª agora mesmo (dez da noite) em atenção ao profundo abalo por que acabo de passar, o que aliás farei amanhã de manhã, antes das oito.Machado de Assis. Uma visita de Alcebíades. In: 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 91-8 (com adaptações).

Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto Carta do desembargador X... ao chefe de polícia da Corte e à redação de correspondências oficiais, julgue os itens subsequentes.53. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O título, o formato e o assunto do texto permitem que ele seja classificado como reprodução exemplar de uma correspondência oficial do século XIX no Brasil.54. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O texto prima pela clareza, pela concisão e pelo necessário domínio da norma culta da língua portuguesa, preconizados pelas normas atuais da correspondência oficial. 55. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) A aproximação entre o formato de correspondência usada em órgãos públicos e o assunto de âmbito da vida privada, que caracteriza o estilo irônico da carta do desembar-gador X, é um procedimento inaceitável segundo os parâmetros atuais da redação oficial.56. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O fato de o objetivo da carta do desembargador X estar claramente expresso no final da missiva demonstra uma característica do texto que é exigida pelas normas atuais de correspondência oficial: a objetividade.57. (T.R.T.17° - ES/ANAL.JUDICIÁRIO/19/04/1900) O acontecimento informado pelo remetente ao destina-tário — a visita de Alcebíades — ocorreu, como ele afirma, graças à sua transposição para o tempo e lugar da obra de Plutarco.Por um meio ambiente sem carros:uma utopia cada vez mais viávelCaso você ainda não saiba, os carros representam o grande vilão da poluição mundial, poluindo até mais do que as indústrias. Consciente disso, uma comunidade alemã decidiu ter uma vida sem automóveis. Nas ruas de Vau-ban, os carros estão totalmente ausentes, com exceção da rua principal, por onde passa o bonde para o centro de Freiburg.O recado é claro. As pessoas querem deixar de usar o carro e levar uma vida mais saudável, mas é preciso que as autoridades se comprometam a estimular a prática do ciclismo e outros transportes alternativos. Por enquanto, no Brasil, podemos sonhar com um futuro em que automóveis, pedestres e governantes respeitem o ciclista. Que sonho bonito!58.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) Se o texto acima fosse parte de uma correspondência oficial endereçada ao presidente de uma organização não governamental, deveria ser empregado o pronome de trata-mento Vossa Excelência no lugar de “você” (L.1).Considerando aspectos relativos à correspondência oficial, julgue os próximos itens.59.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) O correio eletrônico é um meio que pode e deve ser usado na comunicação oficial, desde que se utilize linguagem adequada à situação.60.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) Tanto no memorando quanto na declaração, as informações relativas ao local e à data de expedição do documento devem ser expressas no canto superior direito da página.61.(IBRAM/CARGOS N.SUPERIOR/26/07/2009) O ofício e o aviso, tipos de correspondência oficial muito semelhantes, diferenciam-se quanto ao destinatário: o aviso é expedido exclusivamente por ministros de Estado para seus subordinados, e o ofício é expedido para autoridades de mesma posição hierárquica do remetente.A editora de uma universidade (EU), diante da demanda dos alunos, planeja realizar a segunda edição de um manual de química. A EU necessita, então, enviar uma correspondência oficial ao autor do manual, professor da

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mesma universidade, para saber se ele deseja atualizar a obra para a nova edição. Considerando essa situação, julgue os itens subsequentes, quanto à correta elaboração da referida correspondên-cia oficial.62. (FUB/REVISOR/02/08/2009) A correspondência teve o seguinte início: Memorando n.º XX/EU Em 15 de junho de 2009. 63. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O assunto da comunicação foi assim resumido: Assunto: Atualização de obra para reedição 64. (FUB/REVISOR/02/08/2009) O primeiro parágrafo do texto foi assim redigido: Professor, a galera está pedindo reedição de seu livro, que tal o senhor dar uma atualizadinha nele?

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