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COLÉGIO TIRADENTES
PMMG
Profª: MARIA JOSÉ MARTINS
MORFOSSINTAXE –
PERÍODO SIMPLES
Termos da oração
FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO...
• FRASE: é toda palavra ou conjunto de palavras capaz de transmitir uma mensagem e estabelecer comunicação.
• ORAÇÃO: é a frase ou membro de frase que se organiza ao redor de um verbo ou de uma locução verbal. Uma oração pode ou não ter sentido completo.
• PERÍODO: é a frase constituída por uma ou mais orações.
Exemplos:
• Silêncio!
• Fogo!
• Independência ou morte!
• Espero que você consiga passar no
Vestibular.
• Choveu muito em Santa Catarina.
• Choveu muito em Santa Catarina e várias
cidades foram alagadas.
• A temperatura continua baixa.
RESUMINDO:
• Nem toda frase é uma oração (há oração sem verbo).
• Nem toda oração é uma frase (há orações sem sentido completo).
• Há frases formadas por uma ou mais orações (período simples ou período composto).
• Todo período é uma frase porque tem sentido completo.
SINTAXE: TERMOS DA
ORAÇÃO
SINTAXE: TERMOS DA ORAÇÃO
• Termos essenciais da oração: Sujeito /
Predicado.
• Termos integrantes da oração: Objeto direto /
Objeto indireto / Complemento nominal / Agente
da passiva.
• Termos acessórios da oração e vocativo:
Adjunto adverbial / Adjunto adnominal / Aposto.
Alguns exemplos:
Eu adoro filme de terror.
Os meus primos chegaram de viagem.
A avó de Sofia adora livros.
Hoje João e seus amigos jogaram futebol a
tarde inteira.
Doces e frituras prejudicam a saúde.
O sol, o céu e o mar fizeram companhia à
jovem em sua viagem.
Alguns exemplos:
Eu adoro filme de terror.
Os meus primos chegaram de viagem.
A avó de Sofia adora livros.
Hoje João e seus amigos jogaram futebol a
tarde inteira.
Doces e frituras prejudicam a saúde.
O sol, o céu e o mar fizeram companhia à
jovem em sua viagem.
TERMOS ESSENCIAIS DA
ORAÇÃO: Sujeito e predicado
• Pelo fato de geralmente a oração se
estruturar em torno de um sujeito e
de um predicado, dizemos que esses
dois termos são os essenciais da
oração.
Núcleo do sujeito: É a palavra que contém
a informação principal do sujeito.
Toda oração é formada por dois termos
essenciais: o SUJEITO e o PREDICADO
Sujeito: É o termo da oração sobre o
qual se declara alguma coisa.
Predicado: É tudo aquilo que se declara
do sujeito.
• Uma multidão esperava os campeões na praça.
• Existiam de fato mais três.
• Alguém será o réu.
• Não ficarão isentos todos.
• Minha vida era um palco iluminado.
• Juvenal dirigia a palavra às classes menos favorecidas.
Sujeito: ordem direta e inversa
• A posição normal do sujeito é no início da oração. Quando isso ocorre, dizemos que a oração está em ordem direta.
• Coisas horríveis aconteceram naquele verão.
• Outras testemunhas apresentaram uma nova versão dos fatos.
• Quando o sujeito vem depois do predicado ou nele intercalado, dizemos que ele está na ordem inversa ou indireta.
• Aconteceram naquele verão coisas horríveis.
• Apresentaram outras testemunhas uma nova versão dos fatos.
• Sempre haverá concordância em número
e pessoa entre verbo e sujeito, mesmo
que a oração venha em ordem inversa.
• Naquela região ocorreram fenômenos
inexplicáveis.
CLASSIFICAÇÃO DOS
SUJEITOS
• Sujeito simples
• Sujeito composto
• Sujeito indeterminado
• Sujeito inexistente
SUJEITO SIMPLES:
É aquele que tem um só núcleo.
Eu adoro filme de terror.
Os meus primos chegaram de viagem.
A avó de Sofia adora livros.
SUJEITO COMPOSTO:
É aquele que tem dois ou mais núcleos.
Hoje João e seus amigos jogaram futebol a tarde inteira.
Doces e frituras prejudicam a saúde.
O sol, o céu e o mar fizeram companhia à jovem em sua viagem.
SUJEITO SIMPLES CLARO OU SUJEITO
SIMPLES DESINENCIAL OU IMPLÍCITO:
Exemplo 1:
Eu quero um celular novo.
Quero um celular novo.
Exemplo 2:
Nós visitamos o museu da cidade.
Visitamos o museu da cidade.
Exemplo 3:
Nós queremos Natal com Papai Noel.
Queremos Natal com Papai Noel.
• Outra ocorrência de sujeito oculto se dá quando o verbo estiver no imperativo, que é o verbo indicando ordem, pedido, conselho ou apelo. Sempre que o verbo estiver no imperativo, o sujeito será oculto, com apenas duas exceções: os verbos bastar e chegar. Nesses casos, não haverá sujeito, o que estudaremos em outro texto. Vejamos um exemplo de verbo no imperativo com sujeito oculto:
•
Prendam esses bandidos!
OBSERVAÇÃO:
A Nomenclatura Gramatical Brasileira
(NGB) só admite a seguinte
classificação do sujeito: simples,
composto, indeterminado e
inexistente. Assim, o sujeito oculto
seria apenas uma subdivisão do
sujeito simples. (FARACO & MOURA)
Pelo avesso (Composição: Sérgio Britto)
Vamos deixar que entrem
Que invadam o seu lar
Pedir que quebrem
Que acabem com seu bem-estar
Vamos pedir que quebrem
O que eu construí pra mim
Que joguem lixo
Que destruam o meu jardim
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Vamos deixar que entrem
Que invadam o meu quintal
Que sujem a casa
E rasguem as roupas no varal
Vamos pedir que quebrem
Sua sala de jantar
Que quebrem os móveis
E queimem tudo o que restar
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
O mesmo desespero
Outros exemplos:
Professora, pegaram o meu estojo!
Esqueceram meu aniversário!
Brincava-se pouco naquela época.
Falava-se pouco naquela sala.
O SUJEITO INDETERMINADO OCORRE
NOS SEGUINTES CASOS:
Com verbos na terceira pessoa do plural,
conjugados em qualquer tempo, em
orações em que não haja nenhum sujeito
claro.
Não leram o manual de instrução.
Invadiram a sala de aula.
Prenderam mais um suspeito do roubo.
Tocaram a campainha.
Fizeram a pesquisa.
Comentaram muito esta notícia.
Com verbos intransitivos na terceira
pessoa do singular, com a partícula se:
Lê-se muito nesta escola.
Conversava-se pouco naquela casa.
Dorme-se mal por lá porque faz muito calor.
Com verbos transitivos indiretos na
terceira pessoa do singular, com a
partícula se:
Precisa-se de ajudantes.
Necessita-se de profissionais experientes.
Trata-se de uma doença rara.
OBSERVANDO O CONTEXTO
DA ORAÇÃO:
Os assaltantes entraram pela porta
lateral do banco. Depois, renderam os
funcionários e tomaram o gerente como
refém.
SUJEITO INDETERMINADO:
Classifica-se como sujeito
indeterminado aquele que existe,
mas não pode ser determinado
(identificado), nem pela terminação
do verbo nem pelo contexto.
SUJEITO INDETERMINADO x
SUJEITO DESINENCIAL /
IMPLÍCITO / OCULTO:
Sujeito desinencial: não aparece
claramente na oração, mas pode ser
identificado pela terminação do verbo e/ou
pelo contexto.
Sujeito indeterminado: não aparece
claramente na oração e não pode ser
identificado.
MAIS UM EXEMPLO:
“O povoamento destas terras só começou
há 100 anos. A partir daí, as cidades
mudaram pouco. Parecem as mesmas do
tempo dos pioneiros”.
LEMBRETE: (Pág. 2)
SE
A- Indeterminante do
sujeito – sem sujeito
na oração.
B- Pronome
apassivador – Sujeito
presente na oração.
EXEMPLOS:
• Falou-se tudo. (Sujeito simples = tudo)
• Pensou-se tudo.
• Falou-se de tudo. (de tudo não pode ser
sujeito pois vem acompanhado pela
preposição de. Então, temos sujeito
indeterminado).
• Pensou-se em tudo.
ORAÇÕES COM VERBOS QUE INDICAM
FENÔMENOS DA NATUREZA c
Quando uma nuvem fica muito pesada, chove.
Tem chovido pouco nos últimos anos.
Anoitece mais tarde no verão.
Quando os verbos se relacionam a fenômenos
da natureza ou a tempo, é possível afirmar que
não existe sujeito. Neste caso, afirma-se que o
sujeito é inexistente ou que a oração é sem
sujeito. O verbo é conjugado sempre na 3ª
pessoa do singular.
ORAÇÕES COM VERBOS FAZER E HAVER
INDICANDO TEMPO DECORRIDO: b
Faz dois anos que moro nesta cidade.
Faz três anos que iniciamos o plantio.
Havia semanas que pesquisávamos a
distribuição da água no planeta.
Quando os verbos “fazer” e “haver” indicam
tempo decorrido, eles são impessoais, e as
orações em que aparecem também são orações
sem sujeito.
ORAÇÕES COM VERBO HAVER
NO SENTIDO DE EXISTIR: a
Antigamente, havia uma praça aqui.
Houve um comício e toda a escola compareceu.
O verbo “haver”, quando é sinônimo de existir
ou acontecer, é impessoal. Neste caso, o
sujeito será inexistente.
ORAÇÕES COM VERBO SER
INDICANDO DISTÂNCIA OU TEMPO:
De Los Angeles até o ponto onde a água é
encontrada são centenas de quilômetros.
Eram dez horas quando terminamos a pesquisa.
Quando o verbo “SER” indica distância ou
tempo, também é impessoal e as orações em
que ele se encontra são orações sem sujeito.
COM AS EXPRESSÕES CHEGAR
DE E BASTAR DE NO
IMPERATIVO
Ex.: Basta de baderna, garotos.
Esse é o único caso de verbo no imperativo com oração sem sujeito; todos os outros têm sujeito oculto.
Mamãe comprou balas e chocolates.
Consegui a nota máxima em Língua Portuguesa.
Os alunos e os professores viajaram em
excursão.
Falaram mal de você no colégio.
Inventa-se muita história de terror.
(Voz passiva)
Ouve-se de tudo por aqui.
Anoitece tarde no verão.
Identifique e classifique os tipos de
sujeito a partir dos verbos destacados
nos seguintes versos musicais.
• “Devia ter amado mais / Ter chorado mais / Ter visto o sol nascer / Devia ter arriscado mais / E até errado mais / Ter feito o que eu queria fazer” (Epitáfio / Titãs)
• “Você apareceu do nada / Você mexeu demais comigo...” (Titãs)
• “Você não merece, mesmo assim eu te amo / Você não merece mesmo assim eu te quero / Você não merece mesmo assim eu sou maluco, / Mato e morro por você!” (Maria Cecília e Rodolfo)
• ”Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.” (Paralamas do sucesso)
• “Vamos deixar que entrem / Que invadam o seu lar / Pedir que quebrem / Que acabem com seu bem-estar / Vamos pedir que quebrem / O que eu construi pra mim / Que joguem lixo / Que destruam o meu jardim.” (“Pelo avesso”, Composição: Sérgio Britto / Titãs)
• Peço a Deus que te guarde / E me dê sua paz.
• “Ela disse adeus! / Ela disse adeus!” (Paralamas do sucesso)
• Te dei o Sol, te dei o mar / Pra ganhar seu coração; / Você é raio de saudade / Meteoro da paixão; / Explosão de sentimentos que eu não pude acreditar;
• “Não me convidaram / Pra essa festa pobre / Que os homens armaram / Pra me convencer” (Cazuza, “Brasil”)
Identifique os predicados das orações a seguir
e classifique-os.
• Pedro leu o bilhete.
• Pedro leu o bilhete preocupado.
• João ama Teresa.
• Papai acorda cedo no verão.
• Ronaldo é um grande jogador.
• Lúcia cantou sozinha no palco.
• O morador deixou o cachorro preso.
• O hotel era um antigo prédio da periferia da cidade.
• Sílvia era comunicativa.
• Sílvia enviou uma mensagem à amiga.
OS PREDICADOS PODEM SER
DE TRÊS TIPOS:
PREDICADO VERBAL;
PREDICADO NOMINAL e
PREDICADO VERBO-NOMINAL.
PREDICADO VERBAL:
Quando o predicado traz um
verbo como núcleo.
De grão em grão, a galinha enche o papo.
Deus ajuda quem cedo madruga.
O menino plantou uma árvore.
O bebê chorou a noite inteira.
PREDICADO NOMINAL:
Quando o núcleo do predicado não é um
verbo, ou seja, a declaração que se faz
sobre o sujeito não está contida no verbo,
mas sim num nome (substantivo ou
adjetivo) que vem na sequência do verbo.
Mariana está doente.
João anda animado com a compra da casa nova.
A menina parecia emocionada ao ver o filme.
Papai andava preocupado nos últimos tempos.
PREDICADO VERBO-NOMINAL:
É quando o predicado tem dois
núcleos: um núcleo verbal e
outro núcleo nominal.
Mariana chegou atrasada na escola.
O chefe do trem saiu preocupado.
O bebê acordou chorando.
O menino entrou gritando na sala.
ESTRUTURA DA ORAÇÃO COM
PREDICADO VERBO-NOMINAL:
JOÃO CHEGOU SATISFEITO.
Sujeito VI Predicativo do sujeito
A MOÇA LEU A CARTA SORRIDENTE.
Sujeito VTD OD Predicativo do sujeito
NÓS CONSIDERAMOS A PROVA FÁCIL.
Sujeito VTD OD Predicativo do objeto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FARACO & MOURA, Linguagem Nova – Língua
Portuguesa. São Paulo: Ática, 17ª ed, 2003
(Coleção 5ª a 8ª série)
FIGUEIREDO, Regina e VIEIRA, Maria das
Graças. Ler, entender e criar – Língua
Portuguesa, São Paulo: Ática, 1ª ed, 2003
(Coleção 5ª a 8ª série)