como crescer em graça e fazer progresso em...
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Como Crescer em Graça e Fazer Progresso em
Piedade
Título original: Practical Directions How to
Grow in Grace and Make Progress in Piety
Por: Archibald Alexander (1772—1851)
Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra
Jan/2017
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A374
Alexander, Archibald – 1772 -1851 Como crescer em graça e fazer progresso em piedade/ Archibald Alexander Tradução , adaptação e edição por Silvio Dutra – Rio de Janeiro, 2017. 28p.; 14,8 x 21cm Título original: Practical Directions How to Grow in Grace and Make Progress in Piety 1. Teologia. 2. Vida Cristã 2. Graça 3. Fé. 4. Alves, Silvio Dutra I. Título CDD 230
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Quando não há crescimento, não há vida.
Tomamos por certo que entre os regenerados,
no momento de sua conversão há uma
diferença no vigor do princípio da vida
espiritual, análogo ao que observamos no
mundo natural; e sem dúvida a analogia
mantém-se em relação ao crescimento. Como
algumas crianças que eram fracas e doentes nos
primeiros dias de sua existência tornam-se
saudáveis e fortes, e superam muito outras que
começaram a vida com vantagens muito
maiores, assim sucede com o " novo homem ".
Alguns que entram na vida espiritual com uma
fé fraca e vacilante, pela bênção de Deus, com
um uso diligente dos meios ultrapassam de
longe, outros que estavam no Senhor muito
antes deles.
Muitas vezes observa-se, que há professantes
que nunca parecem crescer, antes declinam
perpetuamente até que se tornem em espírito e
conduta, inteiramente conformados ao mundo,
de onde professaram sair. O resultado em
relação a eles é uma de duas coisas; ou mantêm
sua posição na Igreja e se tornam formalistas
mortos, "tendo um nome para viver enquanto
estão mortos"; "uma forma de piedade,
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enquanto negam o poder dela"; ou renunciam à
sua profissão e abandonam sua conexão com a
Igreja assumindo abertamente sua posição com
os inimigos de Cristo, e não raramente vão além
de todos eles em impiedade audaz. De tudo isso
podemos dizer com confiança "Eles não eram
dos nossos, ou, sem dúvida teriam continuado
conosco." Mas agora, dos tais não quero mais
falar, assim como o caso de apóstatas será
considerado no futuro.
Que esse crescimento na graça é gradual e
progressivo é muito evidente, a partir da
Escritura, em todas aquelas passagens onde os
crentes são exortados a mortificarem o pecado,
a crucificarem a carne, e a aumentarem e
abundarem em todos os exercícios de piedade e
boas obras. Um texto sobre este assunto será
suficiente: "Crescei na graça e no conhecimento
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". Essa
passagem nos fornece informações sobre a
origem e a natureza desse crescimento. É o
conhecimento mesmo em nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo, pois é apenas na medida
em que qualquer alma aumenta em
conhecimento espiritual, no mesmo grau ela
aumenta em graça. As pessoas podem avançar
rapidamente em outros tipos de conhecimento,
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e ainda não fazer avanços na piedade, senão o
contrário. Eles podem até ter sua mente cheia
de conhecimento teórico correto da verdade
divina, e ainda assim seu efeito pode não ser
humildade, mas "inchar". Muitos teólogos
precisos e profundos viveram e morreram sem
um raio de luz salvadora. O homem natural,
porém dotado de talento ou enriquecido com
conhecimento especulativo, não tem
discernimento espiritual. Depois de todas as
suas aquisições, ele é destituído do
conhecimento de Jesus Cristo. Mas, não se deve
esquecer que a iluminação divina não é
independente da Palavra, mas a acompanha.
Aqueles cristãos, portanto que são mais
diligentes em atender à Palavra em público e em
privado serão mais propensos a fazerem
progresso na piedade.
Jovens convertidos são propensos a depender
muito de situações alegres, amor e alta emoção
em seus exercícios devocionais, mas seu Pai
celestial os cura dessa loucura, deixando-os por
um tempo andarem nas trevas e lutarem com
suas próprias corrupções. Porém, quando mais
fortemente oprimidos e desanimados, Ele os
fortalece com poder no homem interior. Ele os
capacita a permanecerem firmes contra a
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tentação; ou, se escorregam, Ele rapidamente os
restaura, e por tais exercícios tornam-se muito
mais sensíveis de toda a sua dependência do que
eram no início. Aprendem a estar no temor do
Senhor todo o dia e a desconfiar inteiramente de
sua própria sabedoria e força, passando a
confiar somente na graça de nosso Senhor Jesus
Cristo para toda ajuda necessária. Tal alma não
acreditará facilmente que está crescendo na
graça, mas será esvaziada de autodependência e
saberá que precisar de ajuda para cada dever, e
para todo bom pensamento, é um passo
importante em nosso progresso na piedade. As
flores podem ter desaparecido da planta da
graça, as folhas podem ter caído, e explosões
invernais podem tê-la sacudido, mas agora está
atingindo suas raízes mais profundas, tornando-
se cada dia mais forte para suportar a
tempestade invernal.
Uma circunstância acompanha o crescimento
da graça de um cristão verdadeiro, o que torna
extremamente difícil para ele conhecer o fato,
sob uma visão superficial de seu caso, ou seja, a
percepção mais clara e mais profunda que ele
obtém dos males de seu próprio coração. Ora,
esta é uma das melhores evidências de
crescimento, mas a primeira conclusão pode
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ser "Eu estou piorando a cada dia, eu vejo
inumeráveis males brotando dentro de mim
que eu nunca vi antes." Essa pessoa pode ser
comparada a alguém fechado em um quarto
escuro, onde está cercado por muitos objetos
repugnantes; se um único raio de luz for deixado
entrar na sala, ele verá os objetos mais
proeminentes, mas se a luz aumenta
gradualmente, ele vê cada vez mais a imundície
pela qual foi cercado. Estava lá antes, mas ele
não percebeu. Seu conhecimento aumentado
do fato é uma prova segura da luz crescente.
Os hipócritas frequentemente aprendem a
conversar com a coragem da maldade de seus
corações, mas vá até eles e acuse-os seriamente
de cederem ao orgulho secreto ou a inveja ou a
cobiça ou a qualquer outro tipo de pecados, e
ficarão ofendidos. As suas confissões de pecados
só têm a intenção de elevá-los na opinião dos
outros, como pessoas verdadeiramente
humildes, e não que qualquer um deve acreditar
que a corrupção abunda dentro deles.
O crescimento na graça é evidenciado por uma
vigilância mais habitual contra os pecados e as
tentações, e por uma maior abnegação em
relação à indulgência pessoal. Uma
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conscientização crescente em relação ao que
pode ser chamado de deveres menores também
é um bom sinal. A falsificação disso é uma
consciência escrupulosa, que às vezes faz
concessões às gratificações mais inocentes, e
tem levado alguns a hesitarem em tomar seu
alimento diário.
Aumentar a mente espiritual é uma prova
segura de progresso na piedade; e isso sempre
será acompanhado da morte para o mundo. As
contínuas aspirações por Deus; em casa e no
caminho, ao se deitar e ao se levantar, em
companhia e em solidão, indicam a
permanência do Espírito Santo, por cuja agência
todo progresso na santificação é feito.
Uma vitória sobre os pecados assassinos pelos
quais a pessoa foi levada com frequência,
mostra um vigor aumentado no princípio
renovado.
A crescente solicitude pela salvação dos
homens, a tristeza por causa de sua condição
pecaminosa e miserável, e uma disposição para
advertir ternamente os pecadores do seu
perigo, revelam um crescente estado de
piedade.
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É também uma forte evidência de crescimento
na graça, quando você pode suportar ofensas e
provocações com mansidão e desejar de
coração o bem-estar temporal e eterno de seus
inimigos mais amargos.
Uma confiança total e confiável nas promessas e
na providência de Deus, por mais obscura que
possa ser o seu horizonte, ou muitas
dificuldades em relação a você é um sinal de que
aprendeu a viver pela fé; e o humilde
contentamento com sua condição, embora seja
de pobreza e obscuridade, mostra que você tem
lucrado por ter estado sentado aos pés de Jesus.
A diligência nos deveres de nosso chamado,
com vista à glória de Deus, é uma evidência a
não ser desprezada. De fato, não há um padrão
mais seguro de crescimento espiritual do que o
hábito de visar à glória de Deus em tudo. Essa
mente que é estável para o fim principal dá boa
evidência de ter sido tocada pela graça divina,
como a tendência da agulha para o polo, prova
que ela foi tocada pelo ímã.
Aumentar o amor aos irmãos é um sinal seguro
de crescimento, pois como o amor fraternal é
prova da existência da graça, assim também o
exercício desse amor é prova de vigor na vida
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divina. Este amor quando puro, não está
confinado dentro dos limites que o espírito
partidário circunscreve, mas superando todas
as barreiras das seitas e denominações abraça
os discípulos de Cristo, onde quer que os
encontre.
Um estado saudável de piedade é sempre um
estado crescente; pois aquela criança que não
cresce deve ser doente. Se quisermos desfrutar
de conforto espiritual, devemos estar em uma
condição próspera. Ninguém desfruta dos
prazeres da saúde corporal, senão os que estão
em boa saúde; assim Se quisermos ser úteis à
Igreja e ao mundo devemos crescer como
cristãos. Se vivermos na preparação diária para
a nossa mudança devemos nos esforçar para
crescer na graça diariamente.
O santo idoso, carregado com os frutos da
justiça é como uma espiga de trigo inteiramente
madura, que está pronto para a moenda; ou
como um fruto maduro que gradualmente
afrouxa sua apreensão à árvore até que afinal
caia suavemente. Assim, o cristão idoso e
maduro vai em paz.
Como o crescimento na graça é gradual e o
progresso de um dia para o outro imperceptível,
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devemos procurar fazer algo nesta obra todos os
dias. Devemos morrer diariamente para o
pecado e viver para a justiça.
Às vezes, os filhos de Deus crescem mais rápido
quando na fornalha ardente do que em qualquer
outro lugar. Como os metais são purificados por
serem lançados no fogo, assim os santos têm
suas escórias consumidas e suas evidências
iluminadas, sendo lançados na fornalha da
aflição. "Amados, não estranhem o fogo ardente
que lhes provará, como se alguma coisa
estranha lhes acontecesse", mas alegrem-se,
porque "a provação da sua fé, sendo muito mais
preciosa do que o ouro que perece, provada com
fogo, será achada para louvor, honra e glória."
Vamos aqui apresentar algumas instruções
práticas de como crescer em graça e fazer
progressos em piedade.
1. Coloque-o como uma certeza de que esse
objetivo nunca será atingido sem vigoroso
esforço contínuo; e não só deve ser desejado e
procurado, mas ser considerado mais
importante do que todas as outras atividades, e
ser perseguido em preferência a tudo o mais
que reivindica a sua atenção.
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2. Enquanto você decide ser assíduo no uso dos
meios designados de santificação, você deve ter
profundamente fixado em sua mente que nada
pode ser realizado neste trabalho sem a ajuda do
Espírito Divino. "Paulo pode plantar e Apolo
regar, mas é Deus que dá o crescimento." A
orientação dos antigos é boa; "use os meios tão
vigorosamente como se você fosse salvo por
seus próprios esforços, e ainda confie
inteiramente na graça de Deus, como se não
usasse nenhum meio."
3. Empenhe-se muito na leitura das Sagradas
Escrituras, e esforce-se para obter visões claras
e consistentes do plano de redenção. Aprenda a
contemplar a verdade em sua verdadeira
natureza, simplesmente, devotadamente, e por
muito tempo, para que receba em sua alma a
impressão que está desejando obter. Evite
especulações curiosas com respeito às coisas
não reveladas, e não se entregue a um espírito
de controvérsia. Muitos perdem o benefício da
boa impressão que a verdade é projetada para
fazer, porque não a veem simplesmente em sua
própria natureza, mas como relacionada a
alguma disputa, ou como tendo uma base
fictícia.
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Isto deve ser, como quando um homem recebe
a impressão genuína que uma bela paisagem
produzirá sobre ele, e o mesmo não deve ser
desviado por inquéritos minuciosos relativos ao
caráter botânico das plantas, ao valor da
madeira, ou à fertilidade do solo, mas deve
colocar sua mente na atitude de receber a
impressão que a visão combinada dos objetos
diante dele produzirá naturalmente no gosto.
Em tais casos, o efeito não é produzido por
qualquer esforço do intelecto; todo esse esforço
ativo é desfavorável, exceto em levar a mente ao
seu estado adequado.
Quando a impressão é mais perfeita, sentimos
como se fôssemos meros receptores passivos do
efeito. A isso há uma analogia marcante na
forma como a mente é impressionada com a
verdade divina. Não é o crítico, o teólogo
especulativo ou o polêmico, o mais propenso a
receber a impressão correta, mas o cristão
humilde, simples e contemplativo. É necessário
estudar as Escrituras criticamente, e defender a
verdade contra opositores, porém o crítico mais
instruído e o teólogo mais profundo devem
aprender a sentar-se aos pés de Jesus, no
espírito de uma criança, ou não são susceptíveis
de serem edificados por seus estudos.
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4. Orar constante e fervorosamente pelas
influências do Espírito Santo. Nenhuma bênção
é tão particular e enfaticamente prometida em
resposta à oração como esta; e se você receber
este dom divino, estará como uma fonte de água
que brota para a vida eterna, você não deve
apenas orar, mas vigiar contra tudo em seu
coração ou vida, que tem uma tendência a
entristecer o Espírito de Deus. De que serve orar,
se você se entrega a pensamentos e
imaginações malignas quase sem controle? Ou
se você der lugar às paixões perversas de raiva,
orgulho e avareza, ou não colocar um freio em
sua língua para não falar mal? Aprenda a ser
consciente, isto é, obedecer os ditames de sua
consciência uniformemente. Muitos são
conscienciosos em algumas coisas e não em
outras; eles ouvem o monitor em seu interior
quando se dirigem a tarefas importantes, mas
em assuntos menores, muitas vezes
desconsideram a voz da consciência e seguem a
inclinação presente. Os tais não podem crescer
na graça.
5. Tome mais tempo para orar "ao Pai que está
em oculto", e olhar para o estado de sua alma.
Resgate uma hora diária do sono, se você não
puder obtê-la de outra forma; e como as
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preocupações da alma estão aptas a sair de
ordem, e mais tempo é necessário para
autoexame completo do que uma hora por dia,
separe não periodicamente, mas como suas
necessidades exigem, dias de jejum e
humilhação diante de Deus. Nessas ocasiões,
lide fielmente consigo mesmo. Seja sério para
procurar todos os seus pecados secretos e se
arrepender deles. Renove a sua aliança com
Deus e formule santas resoluções de emenda na
força da graça divina. Se você descobrir, após o
exame, que tem vivido em qualquer indulgência
pecaminosa, sonde a ferida purulenta até o
núcleo, confesse sua culpa diante de Deus, e não
descanse até que tenha tido uma aplicação do
sangue de aspersão de Jesus Cristo. Você não
precisa perguntar por que não cresce, enquanto
há uma úlcera dentro de você.
Aqui, é para ser temido, e está a raiz do mal. Os
pecados com os quais houve indulgência, e não
forem minuciosamente deixados, pelo
arrependimento genuíno; ou caso a consciência
não tenha sido purgada eficazmente, a ferida
ainda permanecerá aberta. Venham à “fonte
aberta para a lavagem do pecado e da impureza”.
Traga seu caso para o grande Médico.
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6. Cultive e exerça o amor fraternal mais do que
você está acostumado a fazer. Cristo está
descontente com muitos dos que professam ser
Seus seguidores, porque são tão frios e
indiferentes aos Seus membros na terra, e
fazem tão pouco para confortá-los e encorajá-
los; e com alguns, porque são uma pedra de
tropeço para os fracos do rebanho, a sua
conversa e conduta não são edificantes, mas o
contrário. Talvez estes discípulos sejam pobres
e de baixa condição financeira e social na vida, e
por isso vocês os negligenciam considerando
estarem abaixo de vocês. Assim teriam tratado o
próprio Cristo, se tivesse vivido no seu tempo;
porque Ele tomou Seu lugar entre os pobres e
aflitos, e se ressentirá de uma negligência de
seus pobres santos com mais desgosto do que
faria em relação aos ricos. Talvez eles não
pertençam à sua congregação ou denominação,
e você só está preocupado em construir sua
própria denominação. Lembre-se de como
Cristo condescendeu para tratar a mulher
pecadora de Samaria, a pobre mulher de Canaã,
e lembre-se do relato que deu do último
julgamento, quando Ele relacionará a Si mesmo
tudo o que foi feito ou negligenciado em relação
aos Seus humildes seguidores. Deve haver mais
conversação cristã e relações amigáveis entre
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os seguidores de Cristo. Nos dias antigos, "Então
aqueles que temeram ao Senhor falaram
frequentemente um ao outro; e o Senhor
atentou e ouviu; e um memorial foi escrito
diante dele, para os que temeram o Senhor, e
para os que se lembraram do seu nome"
(Malaquias 3.16).
7. Se você está buscando seriamente fazer um
maior progresso na piedade, você deve fazer
mais do que tem feito para a promoção da glória
de Deus e do reino de Cristo na terra. Você deve
entrar com um sentimento mais vivo e
profundo em todos os planos que a Igreja adotou
para avançar esses objetivos; e deve dar mais do
que tem feito. É uma vergonha pensar quão
pequena parte de seus ganhos alguns
professantes dedicam ao Senhor. Em vez de ser
um dízimo, é quase igual ao único feixe de
primícias. Se você não tem nada para dar,
trabalhe para conseguir alguma coisa. Sente-se
à noite e tente fazer alguma coisa, pois Cristo
precisa dela. Venda um canto de sua terra e
jogue o dinheiro no tesouro do Senhor. Nos
tempos primitivos muitos vendiam casas e
terras e colocavam o todo aos pés dos apóstolos.
Não tenha medo de se tornar pobre ao dar ao
Senhor ou aos Seus pobres. Sua palavra é
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melhor do que qualquer laço, e Ele diz; “Vou
retribuir”. Lançai o vosso pão nas águas, e
depois de muitos dias o achareis novamente.
Envie missionários – envie Bíblias - envie
folhetos aos pagãos.
8. Pratique a abnegação todos os dias. Coloque
uma restrição saudável sobre seus apetites. Não
se conformem a este mundo. Deixe seu vestido,
sua casa, seu mobiliário serem simples, como
convém a um cristão. Evite o desfile vago e
exibicionista. Governe sua família com
discrição. Perdoe e ore por seus inimigos. Tenha
pouco a ver com a política partidária. Continue
seu negócio sob princípios sóbrios e judiciosos.
Mantenha-se afastado da especulação. Viva
pacificamente com todos os homens, tanto
quanto dependa de você. Esteja orando sem
cessar. Guarde seu coração com toda a
diligência. Tente recorrer ao lucro espiritual de
cada evento que ocorre, e seja fervorosamente
grato por todas as misericórdias.
9. Para o seu crescimento mais rápido na graça,
alguns de vocês serão lançados na fornalha da
aflição. A doença, o luto, a má conduta de filhos
e parentes, a perda de bens ou de reputação,
podem vir sobre você inesperadamente e
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pressionar pesadamente em você. Nestas
circunstâncias difíceis exercite paciência e
fortaleza. Seja mais solícito para ter a aflição
santificada do que removida. Glorifique a Deus
enquanto estiver no fogo da adversidade. Essa fé
que é mais provada é comumente mais pura e
preciosa. Aprenda de Cristo como você deveria
sofrer. Que a submissão perfeita à vontade de
Deus seja desejada. Nunca se entregue a um
espírito murmurador ou descontente. Repouse
com confiança nas promessas. Comprometa
todos os seus cuidados com Deus. Faça
conhecer os seus pedidos a Ele por oração e
súplica. Deixe ir embora sua compreensão
demasiado ansiosa pelo mundo. Familiarize-se
com a morte e o túmulo. Espere pacientemente
até que sua mudança venha, mas não deseje
viver um dia a mais do que possa ser para a glória
de Deus.
Se estivermos vigiando, podemos muitas vezes
encontrar coisas boas quando elas eram menos
esperadas. É raro que eu consulte um
almanaque para qualquer propósito, senão
desejando ver o dia quando a lua mudaria, eu
abri o calendário no mês atual, e a primeira
coisa que me chamou a atenção foi o título de
um parágrafo cujas palavras correspondiam ao
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assunto que ora estou apresentando;
"obstáculos ao crescimento na graça". É claro
que li o breve parágrafo e fiquei tão satisfeito
com o que li, que resolvi levá-lo para o meu
texto, e aqui está, palavra por palavra:
A influência de parentes e companheiros
mundanos;
Mergulhar muito profundamente nos negócios;
Aproximações à fraude em prol de ganhos
dedicando muito tempo a divertimentos;
Apego imoderado a um objeto mundano;
Participação em um ministério incrédulo ou
infiel;
Lenta e formal observância de deveres
religiosos;
Evitar a conversa social e religiosa de amigos
cristãos;
Recaída no pecado conhecido;
Não melhoria das graças já alcançadas.
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Agora, tudo isso é muito bom e verdadeiro. A
única objeção é que vários dos detalhes
mencionados devem ser considerados como os
efeitos de uma verdadeira declinação na
religião, do que meramente como obstáculos ao
crescimento; embora seja verdade que nada tão
eficazmente impede o nosso progresso como
um estado real de retrocesso.
Parece desejável averiguar tão precisamente
quanto possível, as razões pelas quais os cristãos
são comumente de tão pequena estatura e tão
fraca força em sua religião. Quando as pessoas
são verdadeiramente convertidas, sempre estão
sinceramente desejosas de fazer um rápido
progresso na piedade, e não faltam grandes e
graciosas promessas de ajuda para encorajá-los
a prosseguir com empenho. Então, por que tão
pouco avanço é feito? Não há alguns erros
práticos muito comumente entretidos, que são
a causa dessa lentidão de crescimento? Penso
que existem, e tentaremos especificar alguns
deles.
Primeiro, há um defeito em nossa crença, na
liberdade da graça divina. Exercer uma
confiança inabalável na doutrina do perdão
gratuito é uma das coisas mais difíceis do
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mundo, e pregar esta doutrina completamente
sem se aproximar do antinomianismo não é
uma tarefa fácil, e por isso raramente é feito.
Mas, os cristãos não podem deixar de ser
magros e fracos quando privados de seu
alimento adequado. É pela fé que a vida
espiritual é feita para crescer e a doutrina da
graça livre, sem qualquer mistura de mérito
humano, é o único verdadeiro objeto da fé. Os
cristãos são muito inclinados a depender de si
mesmos, e não a derivar sua vida inteiramente
de Cristo. Existe uma espúria religião legal, que
pode florescer sem a crença prática na
liberdade absoluta da graça divina, mas não
possui nenhuma das características da vida do
cristão. Encontra-se existindo no crescimento
hierárquico, em sistemas de religião
completamente falsos. Mas, mesmo quando a
verdadeira doutrina é reconhecida em teoria,
muitas vezes não é praticamente sentida e agida.
O novo convertido vive em cima de seus
sentimentos e não em Cristo, enquanto o cristão
mais velho ainda é encontrado lutando em sua
própria força e, falhando em suas expectativas
de sucesso. Ele se desanima primeiro, e então
afunda em um desânimo sombrio, ou se torna
em uma condição descuidada; nesse ponto o
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espírito do mundo entra com força irresistível.
Aqui, estou persuadido, está a raiz do mal; e até
que professantes religiosos inculquem clara,
plena e praticamente a graça de Deus como
manifestada no Evangelho não teremos
crescimento vigoroso de piedade entre os
cristãos professos. Devemos estar, por assim
dizer, identificados com Cristo, crucificados
com Ele, viver por Ele e nEle pela fé, ou melhor,
ter Cristo vivendo em nós.
A aliança da graça deve ser exposta mais clara e
repetidamente em toda a sua rica plenitude de
misericórdia e em toda a sua liberdade absoluta.
Outra coisa que impede o crescimento na graça,
é que os cristãos não fazem sua obediência a
Cristo compreender qualquer outro objeto de
perseguição. Sua religião é uma coisa muito
diferente, e eles perseguem seus negócios
mundanos em outro espírito. Eles tentam unir o
serviço de Deus e Mamom. Suas mentes estão
divididas, e muitas vezes distraídas com
cuidados e desejos terrenos que interferem no
serviço de Deus; enquanto que eles deveriam ter
apenas um objeto de perseguição, e tudo o que
fazem e procuram deve estar em subordinação
a isso.
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Tudo deve ser feito para Deus e por Deus. Se
comem ou bebem, devem fazer tudo para Sua
glória.
Como o arar e o semear dos ímpios é pecado,
porque é feito sem consideração a Deus e Sua
glória, assim os empregos seculares e
perseguições dos piedosos devem ser
consagrados e tornar-se parte de sua religião.
Assim, eles serviriam a Deus no campo e na loja,
comprando, vendendo e obtendo ganho; tudo
seria para Deus. Assim, seus trabalhos terrenos
não se provariam um obstáculo ao seu
progresso na piedade; pois possuindo uma
mente não dividida, e tendo um único objeto de
perseguição, eles não poderiam deixar de
crescer em graça diariamente. Aquele cujo olho
é bom, terá todo o seu corpo cheio de luz.
Outra causa poderosa de impedimento no
crescimento da vida de Deus na alma é que
fazemos resoluções gerais de melhoria, mas
negligenciamos estender nossos esforços aos
detalhes. Prometemos a nós mesmos, que no
futuro indefinido faremos muito no caminho da
reforma, mas somos encontrados não fazendo
nada a cada dia para cultivar a piedade.
Começamos e terminamos um dia sem planejar
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ou esperar fazer qualquer avanço nesse dia.
Assim, nossas melhores resoluções evaporam
sem efeito. Nós executamos meramente a
rodada do dever prescrito, ficando satisfeitos se
nada fizermos de errado e não negligenciarmos
nenhum serviço externo que achamos ser
obrigatório. Nós nos assemelhamos ao homem
que pretende ir a um determinado lugar, e
muitas vezes resolve com seriedade que algum
dia realizará a viagem, mas nunca dá um passo
em direção ao lugar.
É estranho que aquela pessoa que em nenhum
dia faz dele o seu objeto distinto de avançar na
vida divina, no final de meses e anos se encontre
estacionária? O corpo natural crescerá sem
pensar nisso, mesmo quando estamos
dormindo, mas não a vida de piedade, que só
aumenta através dos exercícios da mente,
visando a medidas mais elevadas da graça.
E como todos os dias devemos fazer algo nesta
boa obra, dirigindo nossa atenção para o
crescimento de graças particulares,
especialmente daquelas em que nos
conhecemos como defeituosos. Somos fracos
na fé? Vamos dar atenção aos meios apropriados
de fortalecer nossa fé e, acima de tudo, nos
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aplicarmos ao Senhor para aumentar nossa fé.
Nosso amor a Deus é frio e dificilmente
perceptível; muito interrompido por longos
intervalos em que Deus e Cristo não estão em
todos os nossos pensamentos? Tenhamos isto
para uma lamentação diária no trono da graça e
resolvamos meditar mais sobre a excelência dos
atributos divinos, especialmente sobre o amor
de Deus a nós. Vamos ler muito o relato dos
sofrimentos e morte de Cristo e ser importunos
em oração, até que recebamos mais copiosas
efusões do Espírito Santo, porque o fruto do
Espírito é amor, e o amor de Deus é derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo que nos
é dado. E assim devemos direcionar o objetivo
de cultivar e aumentar cada graça, porque a vida
divina, ou o "homem novo" consiste nestas
graças, e o todo não pode estar em saúde e vigor,
enquanto as partes constituintes são fracas e
estão em estado de decadência.
As mesmas observações são aplicáveis à
mortificação do pecado. Nós somos propensos a
ver nossa depravação no geral, e sob esta visão
devemos nos arrepender, bem como nos
humilhar por causa disso, considerando que,
para fazer qualquer progresso considerável
nesta parte da santificação, devemos lidar com
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nossos pecados em detalhe. Devemos ter como
um objetivo especial erradicar o orgulho, a
vanglória, a cobiça, a indolência, a inveja, o
descontentamento, a raiva, etc. Devem ser
usados meios adequados apropriadamente à
extirpação de cada vício particular da mente.
De fato, é verdade que se regamos a raiz,
podemos esperar que os ramos floresçam; e se
revigorarmos o princípio da piedade, as várias
virtudes cristãs florescerão. Mas, um jardineiro
hábil prestará a devida atenção tanto à raiz como
aos ramos; e, de fato, essas graças do coração são
partes da raiz, pois é por fortalecê-las que
revigoramos a raiz. O mesmo vale para o
restante princípio do pecado. Devemos dar
nossos golpes principalmente na raiz da árvore
do mal, porém os vícios inerentes que foram
mencionados, e outros, devem ser considerados
como pertencentes à raiz, pois quando
pretendemos a sua destruição particularmente
e em detalhe, nossos cursos serão mais eficazes.
Mencionarei no momento, senão outra causa
do crescimento lento dos crentes na piedade,
que é a negligência de melhorar o
conhecimento das coisas divinas. Como o
conhecimento espiritual é o fundamento de
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todos os exercícios genuínos da religião, o
crescimento na religião está intimamente
ligado ao conhecimento divino. Os homens
podem possuir conhecimento não sancionado e
não ser nada melhor para eles, mas não podem
crescer em graça sem aumentar no
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
“Sendo”, diz Paulo, “fecundos em toda boa obra
e crescendo no conhecimento de Deus.”
“Crescei na graça”, diz Pedro, “e no
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Jonathan Edwards observa, que quanto mais
fielmente estava estudando a Bíblia, mais
prosperava nas coisas espirituais. A razão é
clara, e outros cristãos encontrarão o mesmo
como sendo verdade.