comparaÇÃo de sites educacionais: visando o ... · visando o desenvolvimento futuro de uma...
TRANSCRIPT
BIANCA MARA MARTINS
COMPARAÇÃO DE SITES EDUCACIONAIS: VISANDO O DESENVOLVIMENTO FUTURO DE UMA TAXONOMIA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Ciência da Computação.
UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
Orientador: Prof. Msc. Frederico de Miranda Coelho
BARBACENA
2003
2
BIANCA MARA MARTINS
COMPARAÇÃO DE SITES EDUCACIONAIS:VISANDO O DESENVOLVIMENTO FUTURO DE UMA TAXONOMIA
Esse trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do grau de
Bacharel em Ciência da Computação e aprovado em sua forma final pelo Curso de Ciência da
Computação da Universidade Presidente Antônio Carlos.
Barbacena – MG, 28 de Novembro de 2003.
______________________________________________________
Prof. Msc. Frederico de Miranda Coelho - Orientador do Trabalho
______________________________________________________
Prof. PhD. Guido de Souza Damasceno - Membro da Banca Examinadora
______________________________________________________
Prof. Msc. Marcelo de Miranda Coelho - Membro da Banca Examinadora
3
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos especiais aos meus pais Alfredo e Elisa, que me proporcionaram a oportunidade de uma formação acadêmica, ao meu irmão Bruno, ao Professor Frederico e aos outros queridos professores que estiveram sempre ao meu lado me auxiliando e a todos que contribuíram para a conquista desse ideal.
4
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma seleção das principais características
disponibilizadas em sites para cursos à distância com base em uma série de aspectos
comparados, tais como, ferramentas de comunicação, ambiente educacional, motivação
intrínseca, métodos de avaliação e outros presentes no trabalho. Tais aspectos servirão de base
para desenvolvimento de uma Taxonomia e a partir dessa serão identificadas os
relacionamentos entre os elementos.
Percebeu-se na comparação feita que os ambientes previamente estudados
apresentam características e funcionalidades similares. Essas são essenciais e indispensáveis
nos cursos à distância e se tornarão classes e sub-classes quando a Taxonomia for
desenvolvida.
Palavras Chave: Cursos à Distância, Comparação, Taxonomia
5
SUMÁRIO
QUADROS .............................................................................................................................................................. 7
ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................................................................... 8
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 9
2 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA ........................................................................................................................... 14
3 SITES EDUCACIONAIS .................................................................................................................................. 39
4 CONCLUSÃO .................................................................................................................................................... 82
5 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................ 85
6
QUADROS
QUADRO 3-1 QUADRO COMPARATIVO DOS ASPECTOS A SEREM AVALIADOS..........................75
QUADRO 3-2 QUADRO COMPARATIVO DAS FERRAMENTAS DE C OMUNICAÇÃO.....................79
QUADRO 3-3 QUADRO COMPARATIVO DO AMBIENTE EDUCACION AL.........................................79
QUADRO 3-4 QUADRO COMPARATIVO DA EXISTÊNCIA OU NÃO DE MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA........................................................................................................................................................79
QUADRO 3-5 QUADRO COMPARATIVO DE QUESTIONAMENTOS E SUGESTÕES DOS ALUNOS.................................................................................................................................................................................80
QUADRO 3-6 QUADRO COMPARATIVO DA PERMISSÃO DE NAVEG AÇÃO OU NÃO POR OUTROS SITES....................................................................................................................................................80
QUADRO 3-7 QUADRO COMPARATIVO DOS TIPOS DE AVALIAÇÕ ES PRESENTES NOS SITES80
7
ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÃO 3-1 PÁGINA INICIAL DO SISTEMA QUANTUM DE ENSINO [WWW.SEMEAR.QUANTUM/LIVRE/]........................ ...................................................................................41
ILUSTRAÇÃO 3-2 PÁGINA INICIAL DO AULANET [HTTP://GU IAAULANET.EDUWEB.COM.BR].................................................................................................................................................................................50
ILUSTRAÇÃO 3-3 CONTROLE REMOTO [HTTP://GUIAAULANET. EDUWEB.COM.BR/]...............51
ILUSTRAÇÃO 3-4 PÁGINA INICIAL DO AMBIENTE TELEDUC [HTTP://HERA.NIED.UNICAMP.BR/].............................................................................................................62
8
1 INTRODUÇÃO
A Educação á Distância evolui constantemente devido à influência de seus meios,
suas características e suas necessidades. O desenvolvimento da Educação á Distância tem sua
construção fundamentalmente identificada nas características pertinentes a cada modalidade
de ensino ou treinamento a que se pretende utilizá-lo, ou seja, o desenvolvimento da
9
Educação à Distância tem como característica a maneira com que é utilizado o espaço, com o
fim de gerar, promover e implementar situações e condições de aprendizagem [IMMI 02].
Com advento da Internet, inúmeras frentes de pesquisa surgiram, fazendo com
que ela, entre tantas novas tecnologias e inovações, seja uma das que mais têm influenciado
diretamente na propagação e avanço dos cursos à distância, estabelecendo novas formas de
comunicação e interação, onde a troca de informações e a aquisição do conhecimento não
levam em conta as distâncias físicas e temporais, possibilitando ao aluno rápido acesso a
novas informações, assim como autonomia em sua busca, respeitando o seu próprio ritmo e
estilo de aprendizagem [KIST 02].
As pesquisas e os trabalhos realizados na área de educação à distância, a partir da
Internet, também proliferaram em grande velocidade, partindo de ferramentas de
comunicação simples e específicas, avaliação e suporte para sistemas e ambientes
integradores, que disponibilizam a partir de um único lugar, diversos recursos e ferramentas
para atender às principais necessidades decorrentes das atividades de professores, alunos e
administração.
Existem hoje inúmeros ambientes que reúnem uma série de recursos para criação
e estruturação de curso na modalidade à distância, contemplando tanto sistemas
desenvolvidos pela iniciativa de empresas e parcerias com instituições públicas como também
aqueles gerados por universidades e grupos de pesquisa, de um modo geral ambos buscam
atender as principais necessidades decorrentes desse novo processo de ensino e aprendizagem
virtual.
Vale salientar que o Ensino à Distância tem uma característica própria que
pressupõe uma grande ênfase no auto-aprendizado. A difusão das tecnologias interativas
promete facilitar a aprendizagem individual e colaborativa, dinamizando a comunicação e a
troca de informação entre os alunos, devendo ser intensificado de modo a consolidar a
aprendizagem através de atividades individuais ou em grupo. Essas atividades em grupos
virtuais podem ser feitas em espaços de reuniões on-line (chats) ou off-line (e-mail),
disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem [CAST 03].
10
Cursos de aprendizado virtuais criarão novas maneiras de ensino em que o intercâmbio
entre estudantes será tão importante quanto o intercâmbio com o professor, ou seja, a
abordagem educacional em muitos casos será um trabalho em equipe. Como a natureza do
meio se presta à interação com as pessoas, quer em tempo real, quer em resposta adiada, os
alunos aprenderão uns com os outros da mesma forma que aprendem com o professor [CAST
03].
1.1 JUSTIFICATIVA
A utilização da WWW (Word Wide Web) na educação é motivo de pesquisa
devido à sua facilidade de transmissão de informações em diferentes meios, tais como áudio,
vídeo e texto. Existe, também, outra questão relevante, que é a dificuldade encontrada pelos
educadores em lidar com protocolos de acesso à rede, gerência de correio eletrônico, uso de
linguagem HTML (Hypertext Markup Language), programação, uso de banco de dados em
rede, utilização de aplicativos para a produção de material multimídia, dentre outros
obstáculos [CAMP 00].
Para minimizar tais problemas, surgem os sites para cursos de Educação à
Distância, para os quais foi feita uma comparação que servirá de base para o desenvolvimento
futuro de uma Taxonomia, que objetiva definir as classes de objetos e as relações entre eles e
quando corretamente definida, preserva o significado específico dos termos de um domínio do
conhecimento [SANT 02].
1.2 METODOLOGIA
Esse trabalho foi desenvolvido utilizando-se como metodologia a pesquisa
bibliográfica, a pesquisa através da Internet e a análise comparativa de sites de Educação à
Distância. A partir das observações e características levantadas na literatura foi proposta uma
análise detalhada que servirá como ponto inicial para o desenvolvimento de uma Taxonomia.
11
1.3 CONTRIBUIÇÃO
Com o advento da Internet e principalmente com a grande influência atual que ela
representa no meio sócio-econômico e no meio educacional, cresce a variedade de sistemas e
ferramentas voltadas para os ambientes de Educação à Distância [IMMI 02].
A preocupação da sociedade com a qualidade do ensino, o crescimento da
demanda por formação continuada e a constante evolução das tecnologias da informação e da
comunicação, colocam o Ensino à Distância no centro das atenções. O aperfeiçoamento das
metodologias de aplicação e avaliação dessa modalidade de ensino tem sido o foco de vários
pesquisadores [CAST 03].
No entanto, o crescimento do número de Sites Educacionais é inversamente
proporcional à qualidade ministrada por esses sites. Novos projetos devem ser desenvolvidos
para tirar proveito dos benefícios trazidos pelas novas tecnologias.
O desenvolvimento de uma comparação dos aspectos relevantes encontrados em
sites Educacionais contribuirá para a melhor qualidade dos mesmos, pois servirá como base
para o desenvolvimento de uma Taxonomia.
1.4 OBJETIVOS
Os principais objetivos almejados com esse trabalho são:
• Desenvolver uma comparação entre sites de Educação à Distância mais
tradicionais;
• Classificar as ferramentas de comunicação existentes;
• Analisar o ambiente educacional e classificá-lo como sendo
participativo ou passivo;
12
• Observar se os cursos oferecidos apresentam seus conteúdos
relacionados com o cotidiano dos alunos, levando os mesmos a se
sentirem motivados a aprender;
• Verificar se o os ambientes de ensino à distância, permitem que os
alunos questionem e façam sugestões de atividades para que haja o
relacionamento do processo educacional com suas áreas de interesse;
• Observar se os cursos gerados incentivam ou não a navegação por
outros sites relacionados que abordam o mesmo contexto;
• Analisar o tipo de avaliação disponibilizada pelos sites que oferecem
cursos à distância, sendo que a mesma pode ser feita de duas formas
qualitativamente ou quantitativamente;
• Apresentar os aspectos avaliados num quadro comparativo, para que
futuramente os mesmos sejam utilizados para o desenvolvimento de
uma Taxonomia;
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Os próximos capítulos descrevem todas as etapas percorridas para o
desenvolvimento desse trabalho.
No capítulo 2 serão abordados os conceitos de Taxonomia, Ontologia e assuntos
relacionados com a Educação à Distância, como o estudo dos princípios da Educação
Mediada por Computador, conceitos de Educação à Distância segundo teóricos da Educação à
Distância, evolução dessa modalidade de ensino, características de um sistema de
Ensino/Aprendizagem baseado na Web, os principais aspectos dos sites de Educação à
Distância e finalmente a conclusão desse capítulo.
13
No capítulo 3 será feita uma análise comparativa dos sites educacionais
selecionados (Quantum, AulaNet e TelEduc) e a elaboração de um Quadro comparativo,
levando em consideração os conceitos apresentados no capítulo anterior e procurando
encontrar similaridades entre os mesmos, sendo que as características mais relevantes
encontradas, serão a base para o desenvolvimento de uma Taxonomia.
No capítulo 4 será apresentada a conclusão desse trabalho e sugestões para
trabalhos futuros.
2 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
O grande desenvolvimento e expansão das tecnologias de informação e
comunicação desafiam as instituições educacionais a atender a demanda imposta pelos novos
paradigmas da educação [FIUZ 02].
14
Dessa forma a Educação à Distância surge como uma alternativa para as
mudanças exigidas pela globalização do conhecimento, da informação e da economia nos
diversos setores da sociedade, principalmente no setor educacional [FIUZ 02].
A utilização da Web1 na Educação é motivo de pesquisa devido à sua facilidade de
transmissão de informações em diferentes meios, tais como áudio, vídeo e texto. Existe,
também, outra questão relevante, que é a dificuldade encontrada pelos educadores em lidar
com protocolos de acesso à rede, gerência de correio eletrônico, uso de linguagem HTML
(Hypertext Markup Language), programação, uso de banco de dados em rede, utilização de
aplicativos para a produção de material multimídia, dentre outras dificuldades. Para minimizar
tais dificuldades, surgem os sites para cursos de Educação à Distância com ferramentas e
funcionalidades que facilitam a sua utilização por todos os atores do processo: coordenação,
professores e alunos [CAMP 00].
O acesso a Internet2 e a disseminação do uso do computador está possibilitando
mudar a forma de produzir, armazenar e disseminar a informação. As fontes de pesquisa pela
Internet, assim como os cursos à distância e as bibliotecas digitais vêm crescendo
gradativamente [KEMC 98].
Esse capítulo aborda os conceitos de Taxonomia, Ontologia e assuntos
relacionados com a Educação à Distância, assim como o estudo dos princípios da Educação
Mediada por Computador, conceitos de Educação à Distância segundo teóricos da área,
evolução dessa modalidade de ensino, características de um sistema de Ensino/Aprendizagem
baseado na Web, os principais aspectos dos sites de Educação à Distância e finalmente a
conclusão desse capítulo.
1 WEB – ou WWW (Word Wide Web) criado em 1992 pelo European Center of Particle Physics (CERN), é um sistema de distribuição de hipermídia. As Web Pages consistem de ligações entre hipertextos e podem incorporar arquivos multimídia [COST 97].
2 Internet - a rede Internet (Internet Network) é um complexo (redes) de computadores – hosts ou nós – interligados fisicamente, permitindo a comunicação entre eles [COST 97].
15
2.1 TAXONOMIA
Uma Taxonomia é um sistema de classificação que agrupa e organiza o
conhecimento num domínio usando relações de generalização/especialização através de
herança simples/múltipla [NOVE 02].
Quando bem construída, uma Taxonomia implica em uma ordem entre os
elementos do modelo, proporciona um limite da área de visão possibilitando uma melhor
interpretação, reusabilidade e integração, simplificando assim as relações taxonômicas e
tornando mais fáceis as técnicas rigorosas de análise. Quando mal estruturadas causam o
efeito contrário, tornam modelos confusos e dificulta a integração e o reuso [NOVE 02].
De um modo geral, uma Taxonomia define as classes de objetos e as relações
entre eles e quando corretamente definida preserva o significado específico dos termos de um
domínio do conhecimento. É um sistema ordenado de classificação, onde a informação é
agrupada de acordo com relacionamentos tidos como naturais [SANT 01].
A Taxonomia deve ser estruturada de forma hierárquica, em subcategorias, com
nível descendente de detalhes e refinamento de termos. Ela é expressa segundo um modelo de
features3 (facetas), composto por categorias com setores e sub-setores e funcionalidades
[SANT 01].
2.1.1 ONTOLOGIA
As Ontologias têm sido usadas principalmente por comunidades de pesquisadores
há vários anos e, na verdade, o conceito remonta à época de Aristóteles que primeiro enunciou
os princípios de conceito4, espécie e termo, demonstrando preocupação quanto à forma da
3 Um modelo de features é um modelo que captura as características (features) gerais das aplicações desenvolvidas em um domínio [BRAG 99]. Feature é um aspecto, qualidade ou característica de dado termo em um domínio distintivo ou proeminente que seja visível ao usuário [BRAG 99].
4 O conceito reúne as características comuns ao conjunto de seres da mesma espécie, distinguindo-os dos seres constitutivos de outra(s) espécie(s). Enquanto representação mental, o conceito distingue-se do termo, isto é, a sua expressão verbal. Assim, o conceito de ser humano (animal racional) pode exprimir-se pelos termos
16
mente humana de observar e classificar os objetos do mundo real e os relacionamentos entre
eles [VIEI 02].
Ironicamente, não existe um consenso em Ciência da Computação sobre a
definição do que uma ontologia realmente é. Uma definição freqüentemente citada é a de
Guarino [GUAR 98]:
“Uma ontologia é uma teoria lógica para relacionar o significado pretendido de um vocabulário formal, isto é, seu comprometimento com uma conceitualização particular do mundo”.
A Web Semântica almeja desenvolver linguagens para expressar a informação de
maneira a ser entendida por máquinas. Nesse contexto, as Ontologias terão um papel
fundamental uma vez que irão prover o mecanismo para construir a parte semântica da Web
[BERN 01].
Para Berners-Lee, Hendler & Lassila (2001), uma Ontologia típica para a Web
reúne uma Taxonomia formada de classes e subclasses de objetos, relacionadas entre si, mais
um conjunto de mecanismos de inferência que fornecem o poder de manipulação dos objetos,
utilizando raciocínio lógico, a definição do significado dos objetos e as relações entre eles,
sendo assim possível a um agente computacional “extrair conclusões” que sejam úteis para o
ser humano [BERN 01].
O desenvolvimento de tais mecanismos depende, obrigatoriamente, de
linguagens que expressem a informação de maneira a ser entendida por máquinas. O desafio é
proporcionar uma linguagem que manipule igualmente bem dados e regras para deduções
sobre esses dados e que permita que regras existentes em qualquer sistema de representação
de conhecimento possam ser exportadas para Web [VIEI 02].
As Ontologias para o domínio empregam o modelo de features (facetas) que é
utilizado para expressar uma Taxonomia [SANT 01]. A clareza de uma Ontologia é
determinada na maneira como as relações taxonômicas estão definidas entre os conceitos. Os
esforços em prover uma maior clareza e organização das Taxonomias estão se focando na
homem, hombre, homme... [GOME 03].
17
semântica das relações taxonômicas em diferentes tipos de relações (generalização,
especialização, sub-sistema hierárquico) [NOVE 02].
2.2 ESTUDO DOS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO MEDIADA POR
COMPUTADOR
A Educação à Distância Mediada por Computador - EDMC tem sido largamente
utilizada nos mais variados níveis educacionais e em diversas partes do mundo, devido ao
surgimento de novas tecnologias altamente interativas. O atual estágio das tecnologias de
telecomunicação e computação tem, em muito, melhorado a relação custo/benefício para a
implantação desse tipo de dinâmica de ensino [LOYO 98].
A EDMC permite o oferecimento de condições de aprendizado em tempo real
(síncronas) ou não (assíncronas), que podem, e devem, ser combinadas, proporcionando uma
grande flexibilidade e alta eficiência no aprendizado final [LOYO 98].
A distinção entre a interação síncrona ou assíncrona é importante, porque
determina a lógica, as sensações associadas a uma experiência relacionada a Educação à
Distância. Para obter a interação síncrona é preciso que os alunos participem num horário fixo
e pré-estabelecido, enquanto na interação assíncrona a participação depende apenas do horário
que o aluno estabelece. Sendo assim, os programas de Educação à Distância que envolvem
educação assíncrona fornecem mais controle e flexibilidade ao aluno, enquanto as aulas que
requerem interação em tempo real destacam-se por, na maioria das vezes, possuir uma
sensação de espontaneidade que não está presente na interação assíncrona [KEAR 00].
2.2.1 ENSINO ASSISTIDO POR COMPUTADOR
18
Pertencem a esta classe os sistemas que exemplificam o paradigma instrucionista
de aprendizagem e detêm o controle da interação.
No paradigma instrucionista, a informação é a unidade fundamental do ensino.
Dessa forma, sistemas de ensino assistido ou auxiliado por computador preocupam-se com os
processos de como adquirir, armazenar, representar e transmitir a informação ao aprendiz
[MELO 01].
A chamada “instrução programada” foi a base para os primeiros sistemas de
ensino/aprendizado e representava uma automatização do processo de ensino/aprendizado
condizente com as possibilidades tecnológicas vigentes [BARA 99].
Essa classe de sistemas continuou a evoluir, até os dias de hoje, incorporando
avanços tecnológicos, principalmente na área de Inteligência Artificial (IA), que
possibilitaram uma sofisticação grande nos sistemas computacionais derivados, atualmente
chamados Tutores Inteligentes (TI) [BARA 99].
Dos primeiros sistemas, entendidos como máquinas de ensinar, os atuais
“imitam” a ação de um tutor, gerando problemas de acordo com o nível entendido pelo
estudante em particular, comparando as respostas dos estudantes com as de especialistas no
domínio, diagnosticando fraquezas, associando explicações específicas para certos tipos de
erros, decidindo quando e como intervir, ou seja, os tutores inteligentes se enquadram na
classe de “Ensino Assistido por Computador” [BARA 99].
2.2.2 APRENDIZADO SOCIALMENTE DISTRIBUÍDO
A Internet provê diferentes formas de comunicação, com base no tipo de
fornecimento, recuperação e troca de informação, podendo ser de forma síncrona como as
conferências, videoconferências, audioconferências e os chats e de forma assíncrona como os
fóruns de discussão (newsgroups), as listas de discussão e o correio eletrônico (e-mail)
[BARA 99].
19
Formas Síncronas:
Conferências - Conferências envolvem duas ou mais pessoas em computadores
separados por qualquer distância. Os participantes usam seus teclados para fornecer
informações que aparecem imediatamente e simultaneamente nas telas dos outros
computadores. Inicialmente, os únicos tipos de dados que podem ser enviados, eram os textos
que cada participante criava de seu respectivo teclado. Atualmente, além de textual,
informação gráfica e voz podem ser enviados [BARA 99].
Videoconferências - Videoconferências já são também possíveis. A colocação de
pequenas câmeras montadas sobre o computador possibilita que sejam transferidos não
somente dados da tela, mas também imagens de vídeo dos participantes, ou algo que eles
queiram mostrar [BARA 99].
Audioconferência - A audioconferência caracteriza-se por ser uma comunicação
entre dois ou mais grupos distantes no espaço entre si e vem sendo realizada através da linha
telefônica, utilizando-se aparelhos viva-voz em todos os pontos de comunicação. A
audioconferência pode ser enriquecida pela transmissão de imagens congeladas através do
sistema de "camera-phone", que integra uma câmara de vídeo à linha telefônica e ao aparelho
de TV. Esse é um meio que pode ligar alunos de regiões diferentes em que os computadores
ainda não estejam disponíveis e cuja tecnologia não permite a videoconferência [CORT 96].
Chats - Os chats têm sido uma das maneiras de efetuar comunicação na Internet.
A troca de informações ocorre de forma instantânea entre emissor e receptor, portanto, é
necessário que no momento de utilização desse serviço, as pessoas interessadas em se
comunicar estejam simultaneamente acessando a internet e estejam na mesma sala de chat.
Por intermédio das salas de chat é possível promover discussões sobre um tema a ser
trabalhado em tempo real entre pessoas geograficamente distantes [BARA 99].
Formas Assíncronas:
Fóruns de Discussão (Newsgroups) - Normalmente, a pessoa encontra,
navegando na Web, um grupo discutindo um assunto de seu interesse. Solicita, então, através
20
do e-mail disponível, sua inscrição no grupo e passa a participar da discussão, enviando
mensagens para o grupo e recebendo mensagens dos demais membros do grupo. Os grupos de
discussão são diferentes das listas de discussão por discutirem um único assunto. Quando o
assunto se esgota, o grupo é dissolvido [CORT 96].
Listas de Discussão - As listas de discussão servem para que as pessoas com
interesses em comum criem e inscrevam-se em “listas de discussão” de determinado assunto.
Os participantes desta lista recebem e trocam informações sobre o assunto de interesse,
mantêm-se atualizados e discutem tópicos de interesse [BARA 99].
Correio eletrônico (e-mail) - O correio eletrônico (e-mail) é talvez a função mais
popular da Internet. Por intermédio de ferramenta de software adequada, as pessoas podem
enviar e receber mensagens de outros usuários de qualquer lugar do mundo. É possível
também juntar a uma mensagem qualquer tipo de dado que possa ser representado
digitalmente: documentos gerados por processadores de texto, figuras, programas, arquivos de
som etc [BARA 99].
2.3 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), lei número 9394 de 20/12/1996,
no seu artigo 80 oficializou a Educação à Distância no Brasil, sendo regulamentada pelo
decreto 2494 de 10/02/1998, que em seu artigo primeiro assim define a Educação à Distância
[LDB 96]:
“Educação à Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação”.
Considerando a definição de Educação a Distância de Michel Moore [MOOR
96] tem-se que:
21
“A educação a distância é um aprendizado planejado, que normalmente ocorre em local diferente do ensino, por isso requer técnicas especiais na elaboração do curso, técnicas instrucionais especiais, métodos especiais de comunicação eletrônica e outras tecnologias, assim como uma organização especial e estratégias administrativas”.
Para Aretio [ARET 94] a Educação à Distância pode ser entendida como:
“Sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos”.
Para Holmberg [HOLM 85]:
A expressão “Educação à Distância” cobre as diferentes formas de estudo em
todos os níveis que não se encontram sob a contínua e imediata supervisão dos tutores,
presentes com seus alunos na sala de aula, mas, não obstante, se beneficiam do planejamento,
orientação e acompanhamento de uma organização tutorial.
O método de Educação à Distância difere na essência do método tradicional de
educação, no que diz respeito a relação docente - discente. O papel de ensinar do professor e
de aprender do aluno mudam diante da situação que eles se encontram perante um ambiente
de Educação à Distância, que é de compartilhar o meio educacional em tempos e espaços
diferentes. Tal método é bem diferente do método tradicional de ensino, onde os professores e
alunos compartilham ao mesmo tempo o “mesmo” espaço reservado a eles [RITZ 00].
Aretio [ARET 94] cita ainda a diversidade de denominações que a Educação à
Distância tem recebido:
Educação ou estudo por correspondência (correspondence education ou
correspondence study), aprendizagem a distância em educação superior (fernstudium),
aprendizagem aberta (open learning), estudo em casa (home study), Educação á Distância
(zaochny), conversação didática guiada (guided didactic conversation), forma industrializada
de instrução (industrialized form of instruction) entre outras. Mas a denominação mais aceita
22
mundialmente de forma generalizada é de “Educação à Distância”, por isso será utilizada no
desenvolvimento desse trabalho.
Para que a Educação à Distância seja eficaz, mais importante do que a
denominação escolhida é atentar para as peculiaridades que ela envolve [ARET 94].
A característica geral mais importante do “estudo à distância” é que ele se
baseia na comunicação não direta. São características gerais do estudo à distância, segundo
Desmond Keegan [KEEG 91]:
1. A separação do professor e do aluno, o que a distingue das aulas face a face.
2. O uso de meios técnicos usualmente impressos, para unir o professor e aluno e
oferecer o conteúdo educativo do curso.
3. O provimento de uma comunicação bidirecional, de modo que o aluno possa
beneficiar-se e, ainda, iniciar o diálogo, o que a distingue de outros usos da tecnologia
educacional.
4. O ensino aos alunos como indivíduos e raramente em grupos, com a
possibilidade de encontros ocasionais, com propósitos didáticos e de socialização.
5. A participação em uma forma mais industrializada de educação, baseada na
consideração de que o ensino à distância se caracteriza por: divisão de trabalho, mecanização,
automação, aplicação de princípios organizativos, controle científico, objetividade do ensino,
produção massiva, concentração e centralização.
A Educação à Distância é um recurso de incalculável importância como modo
apropriado para atender a grandes contingentes de alunos de forma mais efetiva que outras
modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da
ampliação da clientela atendida [NUNE 93].
A escolha da modalidade da Educação à Distância, como meio de dotar as
instituições educacionais de condições para atender às novas demandas por ensino e
treinamento ágil e qualitativamente superior, tem por base a compreensão de que a Educação
23
à Distância começou a distinguir-se como uma modalidade não convencional de educação, ou
seja, ela modifica a relação de aprendizado do modelo de escola comum, centralizado para um
modelo mais descentralizado e flexível revertendo também a dinâmica social, levando a
escola ao aluno, ao invés do aluno à escola [NUNE 93].
Devido a esse fato, a Educação à Distância é capaz de atender com grande
perspectiva de eficiência, eficácia e qualidade aos anseios de universalização do ensino e,
também, como meio apropriado à permanente atualização dos conhecimentos [NUNE 93].
Segundo Armengol [ARME 87] algumas das razões para a escolha do ensino à
distância são a falta de tempo, distância, finanças, a oportunidade de fazer cursos, e a
possibilidade de entrar em contato com outros estudantes de diferentes classes sociais,
culturais, econômicas e experimentais. Como conseqüência os estudantes ganham não só
conhecimento, mas também novas habilidades sociais, incluindo a habilidade de comunicar e
colaborar com colegas largamente dispersos, a quem eles podem nunca ter visto.
2.3.1 A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
O surgimento da “Educação à Distância” data do século XIX, onde instituições
particulares nos Estados Unidos e na Europa faziam cursos por correspondências. No entanto,
esse meio estava muito limitado ao ensinar, devido a pobreza acadêmica que os materiais
impressos tinham. Além disso, a maioria das pessoas que participavam desses cursos eram
aquelas que buscavam uma outra chance no ensino, por já terem tido problemas anteriores na
educação. Isso tudo gerou uma conseqüência negativa quando se falava em novas propostas
para a Educação à Distância. No Brasil, a “Educação à Distância” também data desse século,
tendo sido baseada principalmente por correspondências [RITZ 00].
Posteriormente, a Educação à Distância foi sendo desenvolvida utilizando-se dos
mais variados ferramentais pedagógicos possíveis, dependendo de fatores tais como: as
características da escola e dos professores, o tipo de curso ministrado, da distribuição
geográfica entre escola e alunos e, principalmente, a tecnologia disponível e a relação custo/
24
benefício para o uso da mesma. Em função, principalmente, da tecnologia de transmissão de
informação adotada, a evolução da Educação à Distância pode ser dividida em três fases
cronológicas, ou gerações [SABA 97] [ROBE 96]:
A primeira foi a geração textual, que se baseou no auto-aprendizado com suporte
apenas em simples textos impressos, o que ocorreu até a década de 1960. A segunda foi a
geração analógica, que se baseou no auto-aprendizado com suporte em textos impressos
intensamente complementados com recursos tecnológicos de multimídia tais como gravações
de vídeo e áudio, o que ocorreu entre as décadas de 1960 e de 1980. A terceira é a atual
geração digital que se baseia no auto-aprendizado com suporte quase que exclusivamente em
recursos tecnológicos altamente diferenciados, que podem ser comprovados pelos seguintes
fatores [WILS 97] [SPOD 97]:
1. A eficiência e o baixo custo dos modernos sistemas de telecomunicação digital
e via satélite;
2. A alta interatividade e o baixo custo dos modernos computadores pessoais;
3. A amplitude e o custo acessível das redes computacionais locais e remotas, tais
como as Intranets e a Internet.
A Educação á Distância pode atuar nos seguintes campos da educação [SINE
01]:
1. Na democratização do saber: é fortemente apoiada na educação formal, sendo
que esta deve ter a condição mínima de oferecer a devida estrutura de acesso à cultura e
informação a milhões de pessoas;
2. Formação e capacitação profissional: campo importante da Educação à
Distância, pois é o local onde se habilitam profissionais de diversas áreas. Dessa forma
projetos voltados a áreas importantes recebem incentivos e apoio da sociedade pela sua
importância;
25
3. Capacitação e atualização de professores: é outro campo que merece
destaque devido estar voltado aos professores já que são eles os responsáveis pelo ensino e
formação de nossos cidadãos. Além de capacitar os professores é necessário que se façam
programas para a promoção dos professores junto daqueles órgãos que fazem parte do
contexto educacional;
4. Educação aberta e continuada: faz com que a educação seja expandida a
todos os horizontes. Tem um alcance geográfico e social gigantesco. Com isso uma boa
formação cultural é alcançada por aquelas pessoas menos possibilitadas de freqüentarem as
instituições formais de ensino;
5. Educação para a cidadania: fazer com que obrigações cívicas por lei sejam
levadas até a Educação à Distância dando a oportunidade aos cidadãos tomarem participação
e conscientização do processo.
Com a constante evolução científica e tecnológica juntamente com o cenário
sócio-politico e econômico, fortemente influenciado pela globalização econômica, exige-se
dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, uma postura
ativa no sentido de se adaptar e sobreviver a esta realidade. A possibilidade de comunicação
imediata, on line, faz com que a informação chegue ao mesmo tempo no mundo todo
permitindo maior rapidez nos processos de mudança sejam eles políticos, econômicos,
educacionais ou sociais [MART 02].
Esses novos paradigmas exigem uma nova postura de todos os setores da
sociedade, principalmente o setor educacional [MART 02].
Atualmente a situação da Educação à Distância já melhorou muito. Porém, esse
fato é devido fundamentalmente às tecnologias existentes, que facilitam o desenvolvimento
dela com resultados mais eficientes, atendendo um público bem maior, mais rápido e também
na disponibilidade do interessado [ALVE 94].
26
2.4 CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA DE ENSINO/
APRENDIZAGEM BASEADO NA WEB
Um curso ensinado via Internet, bem como em outro sistema de Educação à
Distância, deve ser muito bem preparado para que o aluno não tenha qualquer tipo de dúvidas
na aquisição de conhecimentos. Uma boa estruturação do mesmo permite que a sua
implementação inicial, bem como qualquer alteração que seja necessária, se torne um
problema de fácil resolução, sem grande perda de tempo e ocupação de recursos [SA 00].
O desenvolvimento instrucional é essencial para a Educação à Distância, pois
fornece um processo e um ambiente de trabalho para planejamento, desenvolvimento e
adaptação da instrução, baseada nas necessidades do aluno e nos requisitos do conteúdo.
Willis [WILL 92] descreve esse processo de desenvolvimento instrucional para “Educação à
Distância”, consistindo de algumas etapas básicas de projeto, desenvolvimento, avaliação e
revisão e afirma ainda que seguir estas etapas não superará todos os obstáculos encontrados
no desenvolvimento de programas de Educação à Distância, entretanto, fornecerá
procedimentos para direcionar as mudanças instrucionais que certamente ocorrerão.
Esse método processa-se em quatro etapas [WILL 92]:
1ª Etapa - Projeto: Definem-se as prioridades, objetivos e qual vai ser o público
alvo.
2ª Etapa - Desenvolvimento: Faz-se uma estruturação dos conteúdos a ensinar,
tentando aproveitar o que já existe publicado.
3ª Etapa - Avaliação: Avalia-se o que está pronto e tenta-se acrescentar algo que
pareça necessário.
4ª Etapa - Revisão: Retificam-se alguns erros que possam existir e, visto esse
processo ser iterativo, caso seja necessário fazer alguma alteração mais tarde, reinicia-se o
27
processo. Sendo que as revisões geralmente são baseadas em feedback dos instrutores,
especialistas, e alunos. Cursos que dependem de informações voláteis devem ser
constantemente atualizadas.
Uma Educação à Distância com sucesso envolve interatividade entre professores e
alunos, entre alunos e o ambiente de aprendizado, e entre os estudantes. Como participantes
ativos no processo de aprendizado, estudantes afetam a maneira pela qual lidam com o
material a ser aprendido. Estudantes devem ter um senso de posse dos objetivos do
aprendizado. Eles devem ser tanto prestativos como aptos a receber mensagens instrucionais
[MILL 94].
Para Castanho a Web não é um produto pronto para utilização, mas uma
plataforma básica, constituída de um sistema ou conjunto de protocolos de comunicação e um
conjunto de definições de interfaces que permitem a contínua adição de recursos para
transmissão de informações das mais diversas formas. A concepção da Web teve como
propósito o estabelecimento de um canal uniforme para troca de informações entre
pesquisadores através da Internet usando um cliente universal, independente da plataforma
computacional utilizada [CAST 98]. A capacidade como o meio de comunicação e
transmissão de informação é, portanto, a característica mais importante a ser avaliada,
levando-se em conta a discussão acima [CUNH 99].
E é indiscutível que a Web tornou possíveis avanços na comunicação, além de
trazer um padrão de qualidade e desempenho. Armazenando a informação do mesmo modo
que em meios magnéticos tais como discos flexíveis, fitas magnéticas, ou óticos, por exemplo,
CD-ROM. A Web tem a vantagem de disponibilizar um grande número de informações, para
muitos usuários de forma livre e gratuita. Entretanto, existem vários outros aspectos que a
tornam mais interessantes que outros meios [CUNH 99]. As vantagens da WWW como meio
de comunicação e transmissão de informação, descritas a seguir são encontradas em [CAST
98]:
1. Independência de formatos: Os dados podem ser encapsulados segundo
padrões específicos e transmitidos via rede. Para a sua visualização correta é necessário que o
cliente (Browser) possua programas (plug-ins, helpers ou add-ons) para realizar a
28
decodificação correta desses dados. Como a transmissão é padronizada por organizações
independentes não se corre o risco de dependência de formato proprietário;
2. Sistema dinâmico e incremental: É um meio de transmissão em que há uma
atualização constante do conteúdo facilitada pela arquitetura cliente/servidor. Essa arquitetura
permite que a informação original fique armazenada no servidor e que os clientes utilizem da
mesma fonte, logo após a atualização os clientes já têm acesso aos novos dados.
3. Independência geográfica: À distância entre cliente e servidor não afeta em
nada o acesso aos dados. A única restrição é a ligação desse cliente/estação à Internet e a
disponibilidade de um browser.
4. Independência temporal: O usuário não tem a obrigação de acessar os dados
em um determinado horário, ele realiza esta atividade de acordo com a sua necessidade e
disponibilidade.
Algumas dessas características dependem de recursos que devem ser utilizados de
forma apropriada e, ás vezes, plena. Ou seja, se um usuário possui um MODEM antigo ele
pode estar com uma taxa de transferência aquém da normal, pois, apesar de sua conexão com
a Internet oferecer velocidades de acessos maiores ele não as alcança devido ao “gargalo”
provocado pelo MODEM [CUNH 99]. A avaliação da WWW como meio de ensino destaca
outras características também encontradas em [CAST 98]:
1. Integração com o ambiente computacional: Como browsers do mercado têm
a sua interface quase que independente da sua plataforma/sistema operacional, existe a
possibilidade de execução de diferentes aplicativos a partir do mesmo. Isso auxilia os novos
usuários, que não necessitariam aprender a forma de utilizar uma nova interface para cada
plataforma.
2. Criação: A criação de materiais para a Web ainda sofre alguns problemas
como desconhecimento das características da própria Web. A solução virá com o tempo e a
conseqüente familiaridade dos professores/tutores com a mesma e também através de
ferramentas a serem desenvolvidas.
29
3. Comunicação: A utilização da WWW como nova tecnologia em educação se
deve em grande parte à comunicação possibilitada pela Web, que permite diversos graus de
interação entre pessoas, fator fundamental para a educação. A Web permite diversas formas
de comunicação face-a-face, como por exemplo:
a) Comunicação de um para um: os participantes de uma aula na WWW podem
conversar entre si privativamente através de e-mail (forma assíncrona) ou de chats on-line
(forma síncrona), a utilização do e-mail permite a troca de documentos complexos, já chats
limitam esses arquivos, quando muito, a imagens; outra possibilidade é a utilização da
vídeoconferência.
b) Comunicação de um para muitos: São apresentações on-line ou anúncios, que
podem ser colocados em quadros de avisos na Web, listas de discussão ou até mesmo em
sessões de chat com presença de todos.
c) Comunicação de muitos para muitos: Esse tipo de comunicação é facilitado por
diversos recursos da WWW, como por exemplo, chats on-line, listas de discussão e
conferências de áudio e vídeo.
A comunicação eletrônica, em especial a assíncrona, traz a vantagem de não
limitar o contato entre o professor e aluno a um determinado período de tempo. O que não é
motivo para a abolição da comunicação pessoal, tão pouco se pode julgar a comunicação
eletrônica fria ou pouco social - há tempos atrás, as mesmas características eram atribuídas ao
telefone [CAST 98].
Lewis [LEWI 98] identifica diferentes estilos de aprendizagem em cursos
preparados para a Web e aponta algumas diretrizes para o desenvolvimento desse tipo de site
levando-se em conta cada estilo de aprendizado:
1. Aprendizado ativo e reflexivo:
a) Criar interações de grupo onde os alunos possam trabalhar em equipes e as
equipes possam criar/sugerir tópicos para serem discutidos em uma aula de discussão em
grupo;
30
b) Permitir que os alunos coloquem seus projetos a disposição no site (up-load), e
permitir que outros alunos comentem sobre os mesmos.
2. Aprendizado intuitivo e sensitivo:
a) Ilustrar os problemas com situações reais;
b) Relacionar as informações com os campos de trabalho, acadêmico, entre outros
do aluno.
3. Aprendizado visual e verbal:
a) Usar gráficos, figuras, fotos, diagramas, clips de áudio e vídeo;
b) Ter certeza de que o conteúdo dessas mídias tem relação com o assunto tratado.
4. Aprendizado global e seqüencial:
a) Criar mapas de informação para os estudantes. Esses mapas podem ser usados
tanto pelos aprendizes seqüenciais que desejam seguir ordenadamente, quanto pelos
aprendizes globais que desejam seguir suas próprias ordens;
b) Ter certeza de que as informações nesses mapas estão definidas de forma clara.
De Jacobson [JACO 98] foram retiradas algumas características comuns encontradas em
projetos de Educação à Distância para a Web citadas a seguir:
1. Utilizar uma abordagem construtivista;
2. Envolver os estudantes em tarefas e atividades autênticas;
3. Promover a motivação intrínseca, realçar as questões geradas pelos estudantes e
o interesse no aprendizado independente;
4. Mudar o papel do professor de fornecedor de informação para facilitador e
mentor;
31
5. Prover suporte tecnológico a professores e alunos para facilitar a produção de
atividades de aprendizagem;
6. Fornecer atividades síncronas e assíncronas em diferentes lugares e tempos e
prover acesso eqüitativo às tecnologias de aprendizado em rede.
Pimentel [PIME 01] classificou os modelos de Educação à Distância em função
do tipo de comunicação predominante entre professores e alunos listadas a seguir:
1. Difusão: Professor estabelece comunicação com aluno, mas não existe a
comunicação do aluno para o professor (não existe interação). Ex: Cursos televisionados,
livros, tutoriais em rede, etc.
2. Tutoração: Ocorre a interação, contudo, a comunicação é predominantemente
no sentido do professor para o aluno. A comunicação no sentido inverso, do aluno para o
professor, é ocasional esporádica. Ex: Explicação de um conteúdo (a ênfase é dada na
comunicação do professor para o aluno, embora possam existir algumas “poucas
interrupções” para o aluno esclarecer alguma dúvida); cursos via Internet onde a ênfase é a
leitura de material didático, embora o aluno possa enviar algumas “poucas mensagens” por
correio-eletrônico.
3. Moderação: A comunicação entre professor e aluno é equilibrada. Não existe
(ou existe pouca) predominação de ambas as partes. Ex: Algumas aulas particulares, diálogos,
etc.
4. Orientação: A comunicação é predominantemente do aluno para o professor.
Ex: Orientação de testes e trabalhos científicos; casos onde o professor precisa compreender o
aluno (que comunica-se mais) para só então poder orientar ou tirar uma dúvida específica
(professor comunica-se menos).
5. Participação: A interação entre professor e aluno pode seguir qualquer modelo
acima - a diferença consiste na existência de interação propositada e incentivada entre os
32
alunos. Esta interação não é vista como “algo ruim” ou ineficiente, embora a participação de
todos não seja obrigatória, não exista comprometimento. Ex: Debates.
6. Cooperação: Cada participante compartilha informações aprendidas, trocam
idéias e alinham esforços para estudar algo em comum. A interação é equilibrada e contínua,
existe comprometimento, não existe a clara distinção entre “professor” e “aluno”. Ex: Grupo
de estudo.
7. Auto-instrução: O próprio indivíduo é responsável pela sua instrução. A
ênfase está no controle autônomo de seu estudo – objetivos, planejamento e outras estratégias
são estabelecidas pelo próprio aprendiz. Ex: O desenvolvimento de uma pesquisa, o trabalho
de um cientista, o estudo através de materiais encontrados e selecionados a partir de uma
busca na Web etc.
2.4.1 PRINCIPAIS ASPECTOS DOS SITES DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Os sites educacionais reúnem um conjunto de funcionalidades, tais como
biblioteca de software educacional, espaços para comunicação, software para download, links
para outras páginas Web [SANT 00].
Existem muitos sites na rede Internet, que disponibilizam informações,
treinamentos e cursos, através dos recursos convencionais da Web, tais como correio
eletrônico (e-mail) e teleconferência, por exemplo. Problemas onde os aspectos geográficos e
de tempo impossibilitavam um indivíduo de participar do processo de aprendizagem, estão
sendo contornados [LIMA 00].
Com tantas ferramentas disponíveis na Web, a disponibilização de cursos se
tornou cada vez mais freqüente e caminha no sentido de fomentar o processo educativo via
Web. Essas ferramentas contribuíram de forma inquestionável para o surgimento dos
ambientes de aprendizado interativo que estimulam ainda mais o processo de construção de
33
conhecimento onde o aluno passa ser um integrante provedor de informação e o professor um
tutor que norteia esse processo [LIMA 00].
Os sistemas de Educação à Distância podem ser classificados de acordo com
vários aspectos, sendo que os principais são: Ferramentas de comunicação, Ambiente
educacional, Participação dos alunos e Relacionamentos entre sites [CAMP 00]:
- Ferramentas de Comunicação
Um site de Educação à Distância deve disponibilizar para seus usuários
(professores/alunos) ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas de forma que as
barreiras geográficas e temporais sejam rompidas e a aprendizagem cooperativa seja
incentivada. Dentre as ferramentas síncronas disponíveis estão: Chat, Videoconferência e
Audioconferência. Já entre as assíncronas podem ser disponibilizadas as ferramentas: correio
eletrônico (e-mail), fórum de discussão (Newsgroups), lista de discussão e quadro de avisos
[CAMP 00].
- Ambiente Educacional
O ambiente educacional pode ser participativo ou passivo. No ambiente
educacional participativo devem ser gerados cursos a distância que permitam: definir metas,
objetivos e contextos, para incentivar a construção do conhecimento e a participação do aluno
no processo, o que não acontece no ambiente passivo [CAMP 00].
-Motivação intrínseca
Em um sistema de Educação à Distância pode tanto haver o relacionamento do
assunto com o cotidiano do aluno como também o contrário. Mas o ideal seria que todas as
disciplinas fossem desenvolvidas com o objetivo de relacionar o assunto com o cotidiano do
aluno, através do lançamento de desafios que os levassem a relacionar os conteúdos das
disciplinas com suas atividades profissionais e características individuais, ou seja, é
necessário prover o site de ferramentas que permitam o atendimento individualizado ao aluno
[CAMP 00].
34
- Questionamento e sugestões dos alunos
Os sites de Educação à Distância podem ou não permitir questionamentos e
sugestões dos alunos. Os que permitem devem incentivar a participação do aluno
disponibilizando facilidades que o permitam questionar e sugerir atividades para relacionar o
processo educacional com suas áreas de interesse. Ao aluno, deve ser permitido também,
publicar as informações por ele geradas [CAMP 00].
- Navegação por outros sites/sistemas da Web
Os cursos gerados pelos sites de Educação a Distância podem ou não incentivar a
navegação por outros sites relacionados que abordam o mesmo contexto. Os que permitem
devem, necessariamente, incentivar a livre navegação na Internet para a busca de informações
[CAMP 00].
- Avaliação dos alunos
A avaliação pode ser feita de duas formas qualitativamente ou quantitativamente:
No caso da avaliação qualitativa dos alunos, considera-se a não linearidade, a
escolha de caminhos navegacionais por parte do aluno e a liberdade na busca da informação,
devem-se propor problemas realistas, interessantes e relevantes para os alunos onde seja
permitido testar diversas soluções, estimulando assim a colaboração, o diálogo e a negociação
no trabalho em grupo, como forma de encorajar múltiplas interpretações [CAMP 00]. Em
termos qualitativos, são avaliados a participação nos Fóruns de Discussão e o nível de
envolvimento com as leituras sugeridas [NUPP 02]. Segundo Willis [WILL 96] a pesquisa
qualitativa é tipicamente mais subjetiva, envolve coletar uma grande variedade de
informações em profundidade, é mais difícil de tabular em categorias, é menos afetada por
classes pouco numerosas, é mais flexível e dinâmica, não é limitada por questões pré-
formuladas e permite que os alunos proponham os tópicos.
35
Já a avaliação quantitativa dos alunos, baseia-se no gerenciamento do sistema,
permitindo identificar quem acessou o curso, quanto tempo levou, que textos foram
acessados, o último dia de acesso, entre outras informações [NUPP 02]. De acordo com Willis
[WILL 96], o método quantitativo pressupõe questões que possam ser estatisticamente
tabuladas e analisadas, limitando as respostas às categorias disponíveis e necessitam de
grande quantidade de alunos para uma análise relevante.
2.5 CONSIDERAÇÕES DO CAPÍTULO
A Educação à Distância evolui constantemente devido a influência de seus meios,
suas características e suas necessidades. O desenvolvimento da Educação à Distância tem sua
construção fundamentalmente identificada nas características pertinentes a cada modalidade
de ensino ou treinamento a que se pretende utilizá-lo, ou seja, o desenvolvimento da
Educação à Distância tem como característica a maneira com que é utilizado o espaço, com o
fim de gerar, promover e implementar situações e condições de aprendizagem [IMMI 02].
Sendo assim os avanços da informática e da tecnologia de redes de
computadores, principalmente da Internet, deram nova dimensão a Educação à Distância,
tendo em vista tornar possível formar mais alunos, independentemente da reunião física ou
temporal dos participantes dos processos de ensino/aprendizagem. A Internet torna-se,
gradativamente, um meio comum de troca de informações, acesso a especialistas em inúmeras
especialidades, formação de equipes para trabalho cooperativo, independentemente das
distâncias geográficas, e acesso a arquivos e repositórios remotos de informação. De forma
diferente das inovações tecnológicas surgidas nos últimos anos, a Internet rompe as barreiras
geográficas de espaço e tempo, permite o compartilhamento de informações em tempo real e
apóia a cooperação e a comunicação, também em tempo real [SANT 00]. De fato existem
muitas razões para a busca do ensino à distância: falta de tempo, distância, e recursos
financeiros, a oportunidade de fazer cursos, e a possibilidade de entrar em contato com outros
estudantes de diferentes classes sociais, culturais e econômicas [SHER 94].
36
Os Ambientes virtuais de aprendizagem são cenários que envolvem interfaces
instrucionais para a interação de aprendizes. Incluem ferramentas para atuação autônoma e
automonitorada, oferecendo recursos para aprendizagem coletiva e individual. O foco desse
ambiente é a aprendizagem, ou seja, precisam oferecer situações para que os alunos registrem
suas anotações, resoluções, dificuldades, perguntas, enfim definindo sua caminhada na busca
de novas idéias e descobertas. Esses ambientes precisam levar em conta o perfil do público
alvo, que habilidades eles já têm, quais precisam desenvolver [VIEI 03].
Esses ambientes incentivam o aluno à reflexão para resolução de problemas,
estimulam a pesquisa, aplicam exercícios dirigidos, tiram dúvidas, propõem estudo de casos,
apresentam dicas e curiosidades além de oportunizarem a auto-aprendizagem e uso de
recursos para conversação em tempo real. Além desses recursos, os modelos virtuais simulam
a sala de aula, buscam incentivar o relacionamento com o professor e a equipe, com o intuito
de minimizar o impacto em relação ao uso da tecnologia [KEMC 98].
A estrutura do ambiente possui os seguintes módulos integrados: Conteúdo
Programático (roteiro da disciplina), Agenda (com links para atividades), Biblioteca virtual,
Fórum (ferramenta de groupware destinada a debates entre alunos-professores e alunos-
alunos), Diário de Bordo (formulário destinado a reflexão do processo de aprendizagem pelo
aluno) e Menu de Apoio (informações complementares ao conteúdo programático). O
desenvolvimento das atividades propostas no ambiente virtual programado visa incentivar a
reflexão, a cooperação e a interação aluno-aluno e aluno-professor, bem como a construção de
relações que sintetizem os conhecimentos referentes aos conceitos e as condutas envolvidas
no processo ensinar e aprender [VIEI 03].
Novas tecnologias de informação e de comunicação têm ampliado
significativamente as fronteiras na Educação à Distância. Com a Internet, podem-se criar salas
de aula virtuais, acessíveis de qualquer local em que haja conexão para a rede. É possível não
apenas disponibilizar palestras, textos e outros materiais para estudo, mas também (através do
intercâmbio de correio eletrônico entre professores e alunos, de quadros de avisos, salas de
bate-papo, listas de discussão, videoconferência e outros) criar um ambiente de aprendizagem
interativo e eficaz [NAVI 03].
37
No Capítulo seguinte será feita uma análise comparativa de alguns sites
educacionais selecionados, levando em consideração os conceitos aqui apresentados e
procurando encontrar similaridades entre os mesmos, sendo que as características mais
relevantes encontradas, serão a base para o desenvolvimento de uma futura Taxonomia a ser
desenvolvida.
38
3 SITES EDUCACIONAIS
Uma das formas de se descrever uma área do conhecimento é definir os conceitos
básicos, os relacionando e representando em árvores hierárquicas. Algumas vezes, não é
trivial descrever os conceitos básicos e/ou fazer os relacionamentos. Esse é o caso da área da
informática na educação. Certamente é mais difícil compor uma Taxonomia para uma área
interdisciplinar, pois os relacionamentos entre os conceitos envolvidos podem não estar
estruturados em classes, com suas sub-classes claras, e universalmente aceitas. Mas
analisando a literatura, verifica-se que a Web fornece infra-estrutura para atender a criação de
ambientes voltados para a educação baseada na Web e de ambientes de aprendizagem
cooperativa [SANT 02].
Existem hoje inúmeros ambientes que reúnem uma série de recursos para criação
e estruturação de curso na modalidade à distância. Esse capítulo apresenta um levantamento
sobre os ambientes de Educação à Distância mais utilizados atualmente, contemplando tanto
sistemas desenvolvidos pela iniciativa de empresas e parcerias com instituições públicas,
como o Quantum, quanto aqueles gerados por universidades e grupos de pesquisa, como o
AulaNet e TelEduc.
39
3.1 SISTEMA QUANTUM DE ENSINO
O Sistema Quantum de Ensino, atualmente disponibilizado no endereço
(http://www.semear.com/quantum/livre), em sua trajetória, passou por uma série de
reestruturações, que fizeram com que seu desenvolvimento fosse temporariamente
interrompido, tendo acompanhado e coordenado o projeto desde quando ainda era apenas uma
idéia, Marcus Vinicius Grandão Barbosa, o retoma e junto com sua equipe incorpora, novas
parcerias comercias, visando tornar possível a evolução do empreendimento.
A parceria firmada com Centro de Ensino à Distância do Estado do Rio de Janeiro
(CEDERJ), formado pelo consórcio das universidades públicas do estado do Rio de Janeiro
(Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Universidade do Estado do Rio de Janeiro –
UERJ; Universidade Federal Fluminense – UFF; Universidade Estadual do Norte Fluminense
- UENF; Universidade do Rio de Janeiro - UniRio e Universidade Rural do Rio de Janeiro -
UFRRJ), torna esse órgão público co-autor da Plataforma CEDERJ/Sistema Quantum,
abrindo o caminho para a ampliação do projeto nos moldes desejados pela equipe,
objetivando tornar o Quantum um sistema gestor de Educação à Distância [ABRE 01].
(a) OBJETIVOS E PÚBLICO ALVO DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO À
DISTÂNCIA QUANTUM
O sistema tem como objetivo principal auxiliar professores no desenvolvimento,
gerenciamento e aplicação de cursos através da Internet. Para se obter acesso às aulas e aos
conteúdos, basta apenas um cadastro de login e senha, que é fornecido pelo administrador do
sistema após a matrícula efetivada.
3.1.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL DISCENTE
A página inicial do Sistema Quantum versão 2.8 (Ilustração 3.1) fornece uma
breve explanação ao perfil discente, sobre qual o objetivo do sistema, informações relativas à
40
forma para se entrar no sistema, sendo necessário para isto um cadastro prévio; exibe a
explicação de que modo se tornar um aluno; quais os procedimentos necessários para se
cadastrar, podendo a partir da efetivação do cadastro solicitar qualquer inscrição em um curso
disponibilizado pelo sistema; como assistir uma aula, após ter tido aprovação para ter acesso
ao curso e o disponibiliza o e-mail do administrador do sistema para eventuais
questionamentos que os usuários possam vir a ter.
Ilustração 3-1 Página Inicial do Sistema Quantum de Ensino [www.semear.quantum/livre/]
É importante salientar que depois de efetuado o cadastro no sistema e ter tido sua
inscrição aceita em um dos cursos oferecidos pelo ambiente do Sistema Quantum de Ensino, o
usuário passa a ser integrante do Perfil Discente.
41
O sistema oferece ao usuário a possibilidade de alterar sua senha e seus dados
cadastrais, poderá ser feito também o download do Guia de utilização do Sistema Quantum e
permite o envio de mensagens, onde poderão ser escritas dúvidas ou solicitações de
informações ao administrador do sistema.
3.1.2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL DOCENTE
O perfil Docente tem acesso a todas as funcionalidades e sub-funcionalidades
disponíveis ao perfil Discente. Em específico, o Docente realiza parte das atribuições do
coordenador, cuidando especificamente das ferramentas que envolvem interação e
coordenação de estudo como fórum, agenda, mural e chat.
O sistema permite que o Docente tenha acesso às informações cadastrais do aluno
e seu histórico escolar, envie uma mensagem de correio eletrônico para qualquer um dos
participantes cadastrados no Sistema Quantum, podendo também excluir seus cursos.
O Sistema Quantum de Ensino dispõe de uma ampla variedade de relatórios para
o acompanhamento do curso, da freqüência de acesso dos alunos a plataforma (Relatório de
freqüência de alunos por curso/turma), Freqüência de profissionais por Curso; Número de
Alunos por turma e suas notas; Médias das Notas por Curso/Turma; Número de Turmas por
Curso.
3.1.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL ADMINISTRADOR
Uma vez que alguém foi promovido a administrador, esse não poderá mais perder
essa atribuição. O perfil Administrador pode acessar todas as funcionalidades e sub-
funcionalidades que o sistema oferece aos perfis Docente e Discente.
Um administrador do Sistema Quantum pode inserir e promover um usuário
cadastrado à posição de Coordenador/Professor de um determinado curso, ou o contrário,
retirar a posição de Coordenador/Professor de um usuário, ou seja, o sistema recebe
42
solicitações de pedidos para se tornar um professor ou para se matricular em um determinado
curso, o administrador deve avaliar e responder tais solicitações.
O sistema permite ainda a criação de categorias de cursos, após a criação de uma
determinada Categoria o Administrador pode adicionar vários cursos na mesma, ou seja,
agrupando de acordo com a área desejada.
3.1.4 PRINCIPAIS ASPECTOS DO SISTEMA QUANTUM DE ENSINO EM
RELAÇÃO AOS SITES DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
O Sistema Quantum de Ensino disponibiliza várias Ferramentas para seus
usuários (administradores/professores/alunos), objetivando romper as barreiras geográficas e
temporais características da Educação à Distância, no entanto deve ser observado que o uso de
uma determinada ferramenta por um curso irá variar de acordo com a necessidade e
características do mesmo. Abaixo serão listadas todas as funcionalidades e ferramentas
disponibilizadas pelo ambiente do sistema, sendo classificadas em categorias em função de
seu uso.
(a) FERRAMENTAS
(1) Ferramentas de Comunicação Síncronas: Chat
(2) Ferramentas de Comunicação Assíncronas: Fórum de Discussão, Agenda
(Através da Agenda os coordenadores e professores do curso avisam os alunos a respeito de
eventos que irão ocorrer, como por exemplo, um Chat com a participação de algum
especialista), Mural (Ao contrário da área da Agenda, o Mural é um espaço livre onde tanto
professores como alunos podem deixar os seus recados; apesar da informalidade que rege esse
recurso, todos os participantes devem usar de bom senso na utilização desse recurso), Quadro
de Avisos, E-mail, Tira-Dúvidas (O aluno faz uma pergunta e o professor responde, mas todos
os outros alunos do curso enxergam), Sala de Tutoria (Tem o mesmo processo do tira-
dúvidas, mas com duas diferenças, só o orientador e o aluno enxergam as informações e o
aluno pode replicar uma resposta e o orientador dar novas orientações e assim desenvolver um
43
fórum entre os dois), PopUp (Ao abrir uma janela do sistema, o administrador poderá
configurá-la para que apareça automaticamente uma outra janela contendo um aviso).
(3) Ferramentas de Pesquisa: Biblioteca (Com o advento e popularização da
Internet, recursos como as bibliotecas virtuais se tornaram uma poderosa ferramenta de
consulta. Nesse recurso são apresentados links para páginas da Web (webpages), contendo
informações úteis relativas ao curso), Bibliografia (O funcionamento do link bibliografia é
muito semelhante ao da biblioteca virtual, a diferença está apenas no significado do conteúdo.
Nesse é colocada toda a literatura usada para desenvolver o curso, e que pode servir de
material de pesquisa para os alunos), Colaboração (Disponibilização de arquivos e endereços
de páginas de sites, denominados URLs (Universal Resource Locator)), Downloads (A área
de downloads é mais um recurso que a Internet disponibiliza para enriquecer os cursos, pois o
professor pode disponibilizar arquivos de computador contendo aplicações específicas que o
aluno pode usar mesmo depois de se desconectar da Internet).
(4) Ferramentas de Auxílio: Perguntas Freqüentes/FAQ (Perguntas e Respostas
Freqüentes, originalmente do Inglês Frequently Asked Questions - é uma importante fonte de
consulta disponibilizada pelo professor, que de acordo com as perguntas a ele dirigidas,
seleciona as questões mais freqüentes ou relevantes e as esclarece), Glossário (Sinônimos de
palavras não comuns utilizadas em conteúdos de cursos), Mapa do Curso (O Mapa do Curso é
fundamental para um bom aproveitamento, principalmente em aulas que possuem diversos
itens e sub-itens, exercícios e provas. Através desse recurso o aluno pode ter noção do escopo
do curso, pode revisar conteúdos e exercícios, além de entender como os conteúdos,
exercícios e provas estão organizados hierarquicamente), Help (Pode ser um conteúdo de
ajuda do curso ou do sistema), Onde Parei (Auxilia o aluno na retomada de suas atividades em
um curso).
(5) Ferramentas de Controle: Boletim (O boletim registra as atividades relativas a
exercícios e provas na forma de nome da atividade, nota e data, desse modo, o aluno pode ter
noção do aproveitamento da aula e o professor é municiado com parâmetros para avaliar o
potencial do curso, podendo ajustar e até melhorar a sua aula em função da aplicação prática),
Freqüência (Esse recurso permite ao usuário ter um controle de sua freqüência).
44
(6) Ferramentas Complementares: Ambiente off-line (O professor tem condições
de apresentar suas aulas para estudo on-line ou off-line), Quem esta on-line? (Permite aos
usuários terem a informação de quem além dele está on-line em um determinado momento),
Bloco de Notas (É utilizado para que se possa escrever comentários ou anotações
importantes), Perfil (São disponibilizados dados dos alunos para que outros alunos do curso
vejam).
Observação: Para fins didáticos a Ferramenta Bloco de Notas será referenciada
como Anotações, preservando seu significado e aplicação.
(b) AMBIENTE EDUCACIONAL
O Sistema Quantum de Ensino oferece condições para a realização de um
ambiente participativo, pois disponibiliza ferramentas que permitem a troca de informações,
incentivam a construção do conhecimento e a participação do aluno no processo, tais como os
trabalhos em grupo que estimulam o espírito colaborativo, ou ainda o Fórum que é um amplo
espaço para discussão de idéias entre alunos e professores, incentivando o diálogo como
forma de desenvolver um maior senso crítico por parte dos envolvidos no processo de
aprendizagem, e também o Mural que é um espaço livre onde tanto professores como alunos
podem deixar os seus recados. Alunos e professores poderão estar sempre em contato através
do Correio Eletrônico, o que permite uma constante troca de informações, idéias e opiniões.
No entanto, fica a critério do autor, atribuir esse recurso ao ambiente de ensino.
(c) MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA
O Sistema Quantum de Ensino, possibilita o gerenciamento de cursos on-line,
com ferramentas de upload de arquivos, ou seja, permitindo o envio de seu conteúdo em
HTML, ZIP etc. Podendo ser largamente customizado, atendendo às várias necessidades dos
usuários professores, tais como: gerenciar e acompanhar o processo de estudo; dar
atendimento individualizado aos alunos; desenvolver trabalhos cooperativos; utilizar
apresentações de conteúdos interativos; disponibilização de conteúdos para download; criação
de Biblioteca virtual para pesquisa. Estas funcionalidades permitem ao aluno relacionar os
assuntos e conteúdos das disciplinas com o seu cotidiano, suas atividades profissionais e suas
45
características individuais. A utilização da motivação relacionando o assunto com o cotidiano
do aluno depende do autor uma vez que ele possui autonomia para a escolha e inserção do
material a ser utilizado no seu curso.
(d) QUESTIONAMENTO E SUGESTÕES DOS ALUNOS
O Sistema Quantum permite sugestões dos alunos, sendo um formulário para que
possam ser enviadas mensagens ao Administrador do sistema e ao ministrante do curso.
Ao aluno matriculado em um curso fica sempre disponibilizada a comunicação
com o professor através de Correio Eletrônico (e-mail), isto incentiva o aluno a questionar e
sugerir atividades para relacionar o processo educacional com suas áreas de interesse. A
ferramenta Mural, também pode ser utilizada pelo aluno para publicar as informações por ele
geradas.
(e) NAVEGAÇÃO POR OUTROS SITES/SISTEMAS DA WEB
O Sistema Quantum de Ensino permite a navegação por outros sites da Web,
podendo ser associados a seus cursos, links para Bibliotecas Virtuais e links de Bibliografias
onde são disponibilizadas toda a literatura usada para desenvolver o curso e que pode servir
de material de pesquisa para os alunos, buscando incentivar a navegação por outros sites
relacionados que abordam o mesmo contexto. O Sistema ainda possui uma Ferramenta
denominada Colaboração que fornece opções de downloads e também disponibiliza URLs
(Universal Resource Locator), ou seja, endereços para páginas de vários sites disponíveis na
imensa rede que é a Internet.
(f) AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
A avaliação segundo definições disponíveis no Capítulo 2, pode ser feita de duas
formas qualitativamente ou quantitativamente.
O sistema Quantum de Ensino, possui os dois gêneros de avaliação o uso de
cada uma delas vai depender do autor, no caso da avaliação qualitativa poderão ser
encontradas no sistema, ferramentas como o Fórum de Discussão que permite avaliar o
46
entendimento do aluno sobre determinado tema proposto, as questões discursivas propõem
problemas realistas, interessantes e relevantes para os alunos onde é permitido testar diversas
soluções, os trabalhos em grupo/individual que também podem ser classificados como
qualitativos uma vez que encorajam múltiplas interpretações.
Já no estilo de avaliação quantitativa, o sistema disponibiliza as seguintes
ferramentas: múltipla escolha, palavra chave, preenchimento de lacunas, correlação,
certo/errado, verdadeiro/falso, caça palavras, forca, palavra cruzada, prova (on-line e
impresso), exercício (on-line e impresso), a classificação destas ferramentas nesta categoria
teve como base que o método quantitativo pressupõe questões que possam ser
estatisticamente tabuladas e analisadas, limitando as respostas às categorias disponíveis.
3.1.5 PERSONAGENS PARTICIPANTES DO SISTEMA DE ENSINO À
DISTÂNCIA
O Sistema Quantum de Ensino possui ao todo Cinco perfis: Administrador;
Coordenador; Docente; Tutor e Discente. Para obter uma melhor descrição do sistema, foram
considerados como personagens do processo de Educação à Distância:
(1) Administrador: Os administradores do Sistema Quantum são os responsáveis
pela aprovação das requisições/cadastramento para a função de professor. O administrador do
Sistema Quantum deverá realizar o login para fazer a elevação de um usuário à categoria de
professor.
(2) Coordenador: Deve ser observado que no Sistema Quantum é essencial à
existência do perfil coordenador (sua função é coordenar, podendo aceitar a inscrição de
alunos, definir turmas, estabelecer conteúdos e habilitar todos os mecanismos de comunicação
disponíveis para o curso); uma vez que esse pode assumir os pápeis de professor (realiza parte
das atribuições do coordenador, cuida especificamente das ferramentas que envolvem
interação e coordenação de estudo como fórum de discussão, agenda, mural e chat. Tem
acesso às informações cadastrais do aluno e seu histórico escolar) e de tutor (auxilia o
professor nas tarefas complementares. Prepara a infra-estrutura para que os alunos aproveitem
47
bem o curso); por motivos didáticos, esse perfil será referido no presente trabalho como
Docente/Professor.
(3) Aluno: É o alvo do ambiente do sistema, podendo se cadastrar no sistema,
alterar seus dados cadastrais, solicitar inscrição em um determinado curso, ter acesso à sala de
aula e utilizar as ferramentas e flexibilidades disponibilizadas pelo sistema, cujo objetivo é
proporcionar uma melhor comunicação e interação Aluno/Professor, aprimorando com isto o
processo de Ensino/Apredizagem.
3.2 SISTEMA AULANET
O AulaNet disponibilizado no site (http://www.les.inf.puc-rio.br/aulanet) é uma
ferramenta de ensino a distância e um ambiente de software baseado na Web, que foi
desenvolvido inicialmente no Laboratório de Engenharia de Software (LES) do Departamento
de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e é
constantemente atualizado pelo LES e pela EduWeb. A EduWeb é distribuidora e
representante exclusiva do software. Sua distribuição é feita gratuitamente pela empresa por
meio de download ou por aquisição de CD-ROM [AULA 02].
Os coordenadores do projeto são os professores Carlos Lucena e Hugo Fuks, do
Departamento de Informática.
(a) OBJETIVOS E PÚBLICO ALVO DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO À
DISTÂNCIA DO AMBIENTE AULANET
O AulaNet tem como objetivo a disponibilização de ambientes de criação e
manutenção de cursos apoiados em tecnologia da Internet podendo ser utilizado tanto para
ensino a distância como para complementação às atividades de educação presencial e
treinamento de profissionais.
Qualquer usuário de computador pode fazer o download gratuito da versão 2.0 do
software no site (http://www.eduweb.com.br) e conhecer os cursos que foram montados pelos
48
professores, desde que se cadastre no AulaNet. O administrador aprova a senha e a
identificação, e o visitante pode participar das aulas e dos cursos ou montar uma aula ou
treinamento.
3.2.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL DISCENTE
O Ambiente AulaNet proporciona uma série de funcionalidades para a
participação do usuário como discente. É essencial o registro no sistema, para que se possa
efetuar a matrícula em cursos disponibilizados pelo mesmo, podendo assim acessar as
inúmeras ferramentas de comunicação e flexibilidades encontradas no sistema.
O sistema apresenta em quase todas as suas janelas uma ferramenta denominada
Dicas (Onde são fornecidas dicas/sugestões de como se deve proceder em caso de dúvidas e
problemas que os usuários possam vir a ter).
A página principal do AulaNet (Ilustração 3-2) é composta das opções:
(1) Contato: permite o envio de mensagens para a administração do ambiente, inclusive por
pessoas não cadastradas.
(2) O que é AulaNet?: apresenta um tutorial, organizado em módulos, cujo conteúdo indica
como criar, participar e fazer manutenção de cursos no AulaNet;
(3) Condições de Uso: apresenta o contrato para o uso do ambiente AulaNet, informações de
Copyright e um link para realizar o download da última versão;
(4) Cursos Oferecidos: lista todos os cursos oferecidos no ambiente AulaNet;
(5) Problemas: permite relatar um erro ou mau funcionamento do ambiente para o
administrador;
(6) Entrada: permite o cadastro e o ingresso de novos participantes no ambiente.
49
Ilustração 3-2 Página Inicial do AulaNet [http://guiaaulanet.eduweb.com.br]
Para se ter acesso ao conteúdo do ambiente é necessário que o usuário se
inscreva/registre no sistema, pois são exigidas a identificação e a senha, sendo solicitado o
preenchimento de um formulário requisitando informações pessoais do mesmo.
O controle remoto (Ilustração 3-3) é uma janela que pode ser minimizada,
desativada, ou pode ficar escondida atrás de uma das janelas de conteúdo.
Esse controle oferece ao Discente, acesso a várias funcionalidades do ambiente de
ensino/apredizagem, dentre elas, comunicação com o docente e ou outros participantes,
acesso a Lista de Discussão, Conferência, Debate, Avisos, Planos de Aula (O Plano de Aula
um é mecanismo onde estão as aulas que disponíveis para o discente assistir; o sistema
disponibiliza a ferramenta Anotação, ou seja, as anotações feitas pelo usuário ficarão
armazenadas no ambiente; para acessar as aulas, deve ser selecionado o Plano de Aulas no
controle remoto, ambiente apresentará uma janela com a lista de aulas existentes), Tarefas (O
Mecanismo de Tarefas contém os exercícios e trabalhos que foram definidos para os
aprendizes, ficará visível a lista de tarefas da sua turma), Avaliação (Nesse mecanismo o
discente poderá visualizar e resolver as avaliações existentes no curso. Será apresentada a lista
de avaliações do curso), Bibliografia (Será apresentada à lista de bibliografias do curso),
Webliografia, Documentação, Download.
50
Ilustração 3-3 Controle Remoto [http://guiaaulanet.eduweb.com.br/]
3.2.2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL DOCENTE
Todas as opções do perfil Discente podem ser utilizadas pelo Docente, sendo que
esse possui as opções de Atualizar Cursos (Caso já possua), Criar Cursos e ainda ter
disponibilizado os cursos onde pode participar como coordenador ou mediador.
O AulaNet oferece ao docente uma orientação para a criação e atualização do
curso. Esta orientação é realizada pela barra de criação de curso que fornece mecanismos que
serão utilizados na montagem final do curso e que serão convertidos em serviços para os
aprendizes. O Docente poderá escolher um dos participantes discentes para envio de
mensagens, motivando-os no processo de aprendizado.
Outras opções disponibilizadas são: comunicação, cooperação, coordenação e
configuração.
51
�Mecanismos de Comunicação:
(a) O contato do aprendiz com o docente: Realiza-se através de mensagens de
correio eletrônico. O ambiente registra as mensagens trocadas entre os docentes e aprendizes.
O aprendiz pode iniciar uma conversação escolhendo um docente (coordenador, mediador)
como destinatário. Esse mecanismo é um canal adequado para o aprendiz solucionar dúvidas,
fazer sugestões, críticas, comentários, etc. O ambiente disponibiliza a lista de mensagens
trocadas, caso exista.
(b) As mensagens para participantes: Permitem que os mesmos vejam a lista de
membros da turma, saibam quem está conectado e participando do curso naquele momento, e
troquem mensagens entre si. As mensagens podem ser enviadas por correio eletrônico ou por
mensagens instantâneas. As mensagens instantâneas só podem ser enviadas para participantes
que estejam conectados no ambiente, já que elas são mostradas em janelas que se abrem
automaticamente na tela do participante, no estilo do software ICQ.
(c) A Lista de Discussão: Possibilita a comunicação entre todos os participantes
da turma. As mensagens enviadas por esse mecanismo, além de ficarem armazenadas no
ambiente, são enviadas à caixa de correio eletrônico de todos os participantes do curso.
Devido à abrangência de destinatários (toda a turma) e sua característica de chegar na caixa de
correio dos participantes, ela é útil para notícias, alertas e outras mensagens que sejam de
interesse da turma toda.
(d) Conferências (Newsgroups/Fórum de Discussões): Será apresentada uma tela
contendo a lista de tópicos da conferência; podendo ser selecionado um deles e será
apresentada a lista das mensagens trocadas nesse tópico.
(e) Debate: Por se tratar de uma ferramenta síncrona, os participantes têm que
estar conectados simultaneamente no ambiente para comunicarem-se uns com os outros.
Assim, recomenda-se que os debates sejam previamente agendados.
52
�Mecanismos de Coordenação
(a) Avisos: Mecanismo destinado à divulgação de eventos, como, por exemplo,
uma sessão de debate, transferência de prova, etc.
(b) Plano de Aulas: O Discente deverá organizar o seu curso em aulas para, em
seguida, adicionar os conteúdos por aula, ou seja, uma aula pode ter vários conteúdos, onde
conteúdo pode ser uma apresentação em PowerPoint, um texto no Word, um vídeo, etc.
(c) Tarefas: Com esse mecanismo, será possível criar trabalhos ou exercícios para
os aprendizes. O docente fornece o título do trabalho, a data limite para resolução, e se os
aprendizes podem ver as resoluções uns dos outros. Também é possível definir se a tarefa
deverá ser resolvida em grupo ou individualmente. O ambiente gerencia a submissão dos
arquivos pelos aprendizes ou grupos e possibilita ao mediador avaliá-los na forma de
conceitos e comentários. Cabe também ao mediador, caso a tarefa seja em grupo, a criação e
associação dos grupos. Um aprendiz só pode resolver uma tarefa em grupo, se estiver
associado a um grupo e esse à tarefa.
(d) Avaliação: Possibilita a criação de exames para a avaliação (e autoavaliação)
dos aprendizes, podendo ser tanto qualitativa quanto qualitativa.
(e) Acompanhamento da Participação: É o mecanismo permite o
acompanhamento através de relatórios de avaliação das diversas formas de contribuições dos
aprendizes durante o curso: mensagens (Lista de Discussão e Conferências), atuações nos
debates e submissão de conteúdos (Co-Autoria de Aprendiz). Mesmo que esse mecanismo
não seja selecionado, ainda será possível visualizar os relatórios dos serviços que podem ser
avaliados como Tarefas e Avaliação.
�Mecanismo de Cooperação
(a) Bibliografia: Permite a disponibilização das referências bibliográficas do
curso.
53
(b) Webliografia: Permite criar referências para sites externos (URLs) ao
ambiente, os quais podem complementar o conteúdo do curso.
(c) Documentação: Contêm artigos ou qualquer outro tipo de documento que não
seja adequado aos demais mecanismos. Será apresentada a lista de documentação do curso.
Ao selecionar uma documentação será apresentada a lista de conteúdos correspondentes.
(d) Co-autoria de Docente: Permite atribuir a outro(s) docente(s) do ambiente o
status de co-autor do seu curso, o que implica em dar permissão para esse docente realizar as
mesmas tarefas do docente criador do curso, tanto na criação quanto na manutenção do curso.
(e) Co-autoria de Aprendiz: Através desse mecanismo pode-se atribuir a um
aprendiz, matriculado no seu curso, a autoria de conteúdos. Desta forma, ele poderá submeter
conteúdos que, depois de aprovados pelo docente, passarão a fazer parte do curso.
(f) Download: No mecanismo de Download encontram-se todos os conteúdos
disponíveis no curso para download.
3.2.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL COORDENADOR
O coordenador é o criador do curso, participando desde a descrição inicial até a
entrada dos conteúdos do mesmo. Pode contar ou não com o auxílio de um Docente co-autor.
Sendo o responsável pela correção das avaliações, precisa estar exercendo o papel de
Coordenador.
3.2.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL MEDIADOR
O Mecanismo de Tarefas contém os exercícios e trabalhos que foram definidos
para os aprendizes. Sendo mediador esse terá as funções de associar grupos às tarefas, que
devem ser desenvolvidas em grupo, e corrigir as tarefas.
O Mediador pode criar, renomear e remover grupos. O ambiente mostrará uma
janela na qual deverá ser informado o número de grupos que se deseja criar. O AulaNet tem
54
uma lista com nomes padrão para os grupos e uma com os aprendizes da turma. Também é
possível desassociar um aprendiz de um grupo. Grupos sem aprendizes não serão criados.
3.2.5 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL ADMINISTRADOR
O administrador tem acesso a funcionalidades e sub-funcionalidades:
(a) Relacionadas aos participantes, como: Listar os participantes, Pesquisa
Participantes (pesquisar participantes, sendo listados os seus dados de registro), Verificar
Pedidos de Registro, Verificar Pedidos de Matrícula, Verificar Pedidos de Trancamento de
Matrícula, Enviar Mensagens (enviar mensagens a um determinado participante do ambiente).
Pode ser feita ainda a autorização ou desautorização de um de um pedido para se tornar
docente no ambiente.
(b) Relacionadas aos Cursos, como: Listar Cursos (lista todos os cursos existentes
no ambiente), Pesquisar (realiza uma pesquisa através da inserção do nome do curso, sendo
listadas as suas descrições), Visualizar Estatísticas de Acesso (O Ambiente AulaNet
disponibiliza ao administrador estatísticas de acesso ao servidor e aos cursos que estão sendo
desenvolvidos. Estas estatísticas também relatam ao administrador o horário e os meses em
que ocorreu maior quantidade de acessos ao servidor), Configurar o ambiente (podendo
mudar aparência da página inicial do ambiente).
3.2.6 PRINCIPAIS ASPECTOS DO SISTEMA AULANET EM RELA ÇÃO AOS
SITES DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
O Sistema AulaNet disponibiliza várias Ferramentas para seus usuários
(administradores/coordenadores/professores/mediadores/alunos), objetivando romper as
barreiras geográficas e temporais características da Educação à Distância, no entanto deve ser
observado que o uso de uma determinada ferramenta por um curso irá variar de acordo com a
necessidade e características do mesmo. Abaixo serão listadas todas as funcionalidades e
ferramentas disponibilizadas pelo ambiente do sistema, sendo classificadas em categorias em
função de seu uso.
55
(a) FERRAMENTAS
Os mecanismos de comunicação fornecem meios para a troca de informações
entre professores e alunos. Tais mecanismos incluem ferramentas de correio eletrônico e lista
de discussão, ferramenta de conferência assíncrona textual (newsgroup), ferramenta de
conferência síncrona textual (chat) e ferramenta de videoconferência. Os mecanismos de
coordenação oferecem suporte às atividades de acompanhamento do curso. Incluem
ferramentas para o planejamento de tarefas (agenda, quadro de avisos) e para avaliação do
aprendizado (provas, trabalhos, exercícios). Os mecanismos de cooperação correspondem ao
instrumental pedagógico que deverá ser utilizado no decorrer do curso. No AulaNet,
cooperação deve ser entendida como a preparação do material ao qual os alunos terão acesso
e, sob uma perspectiva construtivista, como a permissão para que outras pessoas (outros
professores e alunos) possam preparar materiais que poderão ser incorporados ao curso. Como
mecanismos de cooperação têm-se: transparência, apresentação gravada, texto de aula, livro-
texto, bibliografia, webliografia, demonstração, co-autoria de professor e co-autoria de aluno.
(1) Ferramentas de Comunicação Síncronas: Debate, Audioconferência,
Videoconferência.
Observação: Para fins didáticos a Ferramenta Debate será referenciada com Chat,
preservando seu significado e aplicação.
(2) Ferramentas de Comunicação Assíncronas: Fórum de Discussão, Quadro de
Avisos, E-mail.
(3) Ferramentas de Pesquisa: Webliografia (O Mecanismo de Webliografia
permite criar referências para sites externos (URLs) ao ambiente, os quais podem
complementar o conteúdo do curso), Bibliografia (Nesse é colocada toda a literatura usada
para desenvolver o curso, e que pode servir de material de pesquisa para os alunos),
Downloads (A área de downloads é mais um recurso que a Internet disponibiliza para
enriquecer os cursos, pois o professor pode disponibilizar arquivos de computador contendo
aplicações específicas que o aluno pode usar mesmo depois de se desconectar da Internet).
56
(4) Ferramentas de Auxílio: Dicas (Onde são fornecidas dicas/sugestões de como
se deve proceder em caso de dúvidas e problemas que os usuários possam vir a ter),
Documentação (O mecanismo de Documentação contém artigos ou qualquer outro tipo de
documento que podem auxiliar a utilização do ambiente e ou curso).
Observação: Para fins didáticos a Ferramenta Documentação será referenciada
como Help, preservando seu significado e aplicação.
(5) Ferramentas de Controle: Acompanhamento da Participação (Esse mecanismo
permite o acompanhamento através de relatórios de avaliação das diversas formas de
contribuições dos aprendizes durante o curso: mensagens (Lista de Discussão, Conferências),
atuações nos debates e submissão de conteúdos (Co-Autoria de Aprendiz)).
(6) Ferramentas Complementares: Ambiente off-line (O professor tem condições
de apresentar suas aulas para estudo on-line ou off-line), Anotações (É utilizado para que se
possam escrever comentários ou anotações importantes).
(b) AMBIENTE EDUCACIONAL
O Ambiente AulaNet possui condições para se obter um ambiente participativo,
pois a interatividade do curso é garantida por uma série de serviços Internet de comunicação e
cooperação, entre alunos e entre alunos-professor, disponibilizando ferramentas que permitem
a troca de informações, incentivando a construção do conhecimento e a participação do aluno
no processo, tais como os trabalhos em grupo que estimulam o espírito colaborativo, listas de
discussão, grupos de discussão, sessões de chat e videoconferências, ou ainda o Fórum que é
um amplo espaço para discussão de idéias entre alunos e professores, incentivando o diálogo
como forma de desenvolver um maior senso crítico por parte dos envolvidos no processo de
aprendizagem. Alunos e professores poderão estar sempre em contato através do Correio
Eletrônico, o que permite uma constante troca de informações, idéias e opiniões. Mas é
importante salientar que esse recurso fica a critério do autor.
(c) MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA
57
Os cursos criados têm como objetivo ter uma grande capacidade de interatividade,
de forma a atrair a participação intensa do aluno no processo de aprendizado. Os recursos
oferecidos para a criação de cursos buscam corresponder aos de uma sala de aula
convencional, acrescidos de outros normalmente disponíveis no ambiente Web, possibilitando
a reutilização de conteúdos já existentes em mídia digital, através, por exemplo, da
importação de arquivos. Os cursos criados no ambiente AulaNet enfatizam a cooperação entre
os alunos e entre aluno e professor e são apoiados em uma variedade de tecnologias
disponíveis na Internet, onde podem ser desenvolvidos trabalhos cooperativos; utilização de
apresentações de conteúdos interativos; disponibilização de conteúdos para download. Estas
funcionalidades permitem ao aluno relacionar os assuntos e conteúdos das disciplinas com o
seu cotidiano, suas atividades profissionais e suas características individuais. No entanto o
relacionamento do assunto com o cotidiano do aluno depende do autor uma vez que ele possui
autonomia para a escolha e inserção do material a ser utilizado no seu curso.
(d) QUESTIONAMENTO E SUGESTÕES DOS ALUNOS
O Ambiente AulaNet permite sugestões dos alunos, sendo um formulário para que
possam ser enviadas mensagens ao Administrador do sistema e ao ministrante do curso e a
outros participantes. Ao aluno matriculado em um curso fica sempre disponibilizada a
comunicação com o professor através de Correio Eletrônico (e-mail), isto incentiva o aluno a
questionar e sugerir atividades para relacionar o processo educacional com suas áreas de
interesse.
(e) NAVEGAÇÃO POR OUTROS SITES/SISTEMAS DA WEB
O Ambiente AulaNet permite a navegação por outros sites da Web, podendo ser
associados a seus cursos links. O Sistema ainda possui uma Ferramenta denominada
Webliografia que disponibiliza URLs (Universal Resource Locator), ou seja, endereços para
páginas de vários sites disponíveis na imensa rede que é a Internet.
(f) AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
58
A avaliação segundo definições disponíveis no Capítulo 2, pode ser feita de duas
formas qualitativamente ou quantitativamente.
A diferença primordial da a avaliação com o auxílio de máquinas (por
exemplo, questões de Verdadeiro/Falso) é que estas permitem a construção do conhecimento
entre aluno e professor de forma delimitada, não sendo aproveitado o que o aluno sabe no
processo de aprendizagem. Já as avaliações feitas pelos discentes (em questões, por exemplo,
dissertativas) há um aproveitamento do potencial do aluno, pois apresentam maior
flexibilidade para a proposta de correção dos exercícios. Podendo estabelecer o diálogo,
diluindo a pedagogia da resposta, aproveitando as opiniões e comentários enriquecendo o
processo de aprendizado.
O Ambiente AulaNet, possui os dois gêneros de avaliação, dependendo da
escolha do autor, no caso da avaliação qualitativa poderão ser encontradas no Sistema,
ferramentas como os Fóruns de Discussão que permitem avaliar o entendimento do aluno
sobre determinado tema proposto, as questões discursivas propõem problemas realistas,
interessantes e relevantes para os alunos onde é permitido testar diversas soluções, os
trabalhos em grupo/individual que também podem ser classificados como qualitativos uma
vez que encorajam múltiplas interpretações.
Já no estilo de avaliação quantitativa, o sistema disponibiliza as seguintes
ferramentas:
Questões de múltipla escolha, verdadeiro/falso. As respostas das questões de
verdadeiro/falso e de múltipla escolha serão automaticamente verificadas. O ambiente oferece
estatísticas sobre a atuação dos aprendizes no exame, a classificação destas ferramentas nesta
categoria teve como base que o método quantitativo pressupõe questões que possam ser
estatisticamente tabuladas e analisadas, limitando as respostas às categorias disponíveis.
59
3.2.7 PERSONAGENS PARTICIPANTES DO SISTEMA DE ENSINO À
DISTÂNCIA
O Ambiente AulaNet considera que os seguintes perfis estão envolvidos no
processo ensino/aprendizagem:
(a) Administrador: é o facilitador da integração docente/curso/aprendiz, tratando
de questões de natureza eminentemente operacional, como inscrição de docentes, admissão de
aprendizes em cursos, etc.
(b) Aprendiz: é o usuário final do curso, representando o público-alvo para quem
o curso se destina.
(c) Coordenador: é o criador do curso, participando desde a descrição inicial até a
entrada dos conteúdos do mesmo. Pode contar ou não com o auxílio de um Docente co-autor.
(d) Docente Co-Autor: é o responsável em ajudar o Coordenador na criação e
fornecimento de conteúdos educacionais para um curso.
(e) Mediador: é o responsável pela aplicação do curso.
3.3 SISTEMA TELEDUC
O ambiente TelEduc disponibilizado no site (http://teleduc.nied.unicamp.br/),
surgiu a partir da dissertação de mestrado de Alessandra de Dutra e Cerceau. O
desenvolvimento do ambiente foi feito conjuntamente pelo Instituto de Computação (IC) e
pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) do Instituto de Computação da
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sob a orientação da Profª. Dra. Heloísa
Vieira da Rocha do IC. O TelEduc é um software livre, podendo ser redistribuído e/ou
modificado sob os termos da GNU - General Public License versão 2, como publicada pela
Free Software Foundation.
60
(a) OBJETIVOS E PÚBLICO ALVO DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO À
DISTÂNCIA DO AMBIENTE TELEDUC
O TelEduc é um ambiente para a criação, participação e administração de cursos
na Web. Ele foi concebido tendo como alvo o processo de formação de professores para
informática educativa, baseado na metodologia de formação contextualizada desenvolvida por
pesquisadores do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp). O seu desenvolvimento tem sido feito de forma
participativa, tendo todas as suas ferramentas idealizadas, projetadas e depuradas segundo as
necessidades relatadas por seus usuários e por ser um software livre, permite a sua instalação,
modificação e adaptação a outras situações [TELE 01].
O ambiente TelEduc pode ser obtido gratuitamente da página do projeto
(http://teleduc.nied.unicamp.br/) e instalado em qualquer máquina com sistema operacional
Linux.
3.3.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL DISCENTE
Para se tornar aluno é preciso se inscrever em um curso dentro do período de
inscrição, então o coordenador do curso recebe um e-mail demonstrando o interesse do
usuário no curso e autoriza, ou não seu acesso.
O Ambiente TelEduc disponibiliza uma série de funcionalidades para a
participação do usuário como aluno. Para se ter acesso às aulas de um respectivo curso, os
alunos devem estar efetivamente matriculados e terem cumprido os critérios estabelecidos na
forma de pagamento, na qual receberão uma senha de acesso ao curso. O curso será
ministrado através da ferramenta TelEduc. Por meio dessa ferramenta, o aluno receberá a
agenda da semana com as respectivas tarefas, assim como material de apoio, um e-mail
privado, acesso a grupos de discussão e a bate-papos (síncrono).
No site, os alunos encontrarão uma série de links que lhes possibilitarão:
acompanhar todas as atividades do curso; saber quais são os trabalhos individuais ou em
61
grupos que deverão ser feitos; saber onde tirar dúvidas; acessar a agenda de atividades;
interagir com o professor; conhecer o número de acessos feitos, dentre outros.
Após o término do curso, o aluno poderá ter acesso e fazer cópia do material
disponível, durante um certo tempo determinado pelo facilitador/coordenador.
(1) Página Inicial
A página principal do sistema (Ilustração 3-4) funciona como um canal de
comunicação direto dos professores com os alunos. Nela são colocadas informações que
seriam fornecidas normalmente no início de uma aula presencial. O conteúdo de "Agenda"
pode ser atualizado semanalmente.
Ilustração 3-4 Página Inicial do Ambiente TelEduc [http://hera.nied.unicamp.br/]
62
Ao entrar no curso, é apresentado o conteúdo da ferramenta "Agenda" que contém
informações atualizadas, dicas ou sugestões dos professores para os alunos.
Pode ser encontrado ainda na Página Inicial o item Curso, contendo: Cursos em
andamento; Cursos com Inscrições Abertas; Cursos já oferecidos e ainda uma breve descrição
de como criar um curso, informando ao usuário que se o mesmo desejar utilizar o ambiente
TelEduc para realizar um curso a distância, deverá entrar em contato com os responsáveis
pelo ambiente.
Cada aluno participante do curso terá que se inscrever e aguardar a liberação do
professor. Desta forma, durante o período de inscrição, o professor deve verificar diariamente
se há alunos inscritos ou não no seu curso e aceitá-los ou não.
Os recursos do ambiente estão distribuídos de acordo com o perfil de seus
usuários: alunos e formadores.
Serão descritos a seguir, os recursos disponíveis para alunos e formadores:
(1) Estrutura do Ambiente (Contém informações sobre o funcionamento do ambiente de
cursos à distância);
(2) Dinâmica do Curso (Contém informações sobre a metodologia e a organização do curso);
(3) Agenda (É a página de entrada do curso com a programação do dia);
(4) Atividades (Apresenta as atividades a serem realizadas durante o curso);
(5) Material de Apoio (Apresenta informações úteis relacionadas à temática do curso,
subsidiando o desenvolvimento das atividades propostas);
(6) Leituras (Apresenta artigos relacionados à temática do curso e algumas sugestões de
revistas, jornais, endereços na Web, etc);
(7) Perguntas Freqüentes/FAQ (Contém a relação das perguntas realizadas com maior
freqüência durante o curso e suas respectivas respostas);
63
(8) Parada Obrigatória (Contém materiais que visam desencadear reflexões e discussões entre
os participantes ao longo do curso);
(9) Mural (Espaço reservado para todos os participantes disponibilizarem informações
consideradas relevantes no contexto do curso);
(10) Fóruns de Discussão (Permite acesso a uma página que contém os tópicos em discussão
naquele momento do andamento do curso, permitindo o acompanhamento da discussão
através da visualização de forma estruturada das mensagens já enviadas e a participação na
mesma por meio do envio de mensagens);
(11) Bate-Papo (Permite uma conversa em tempo-real entre os alunos do curso e os
formadores. Os horários de bate-papo com a presença dos formadores são marcados na
"Agenda". Se houver interesse do grupo, o bate-papo pode ser utilizado em outros horários);
(12) Correio Eletrônico (É um sistema de correio eletrônico que é interno ao ambiente. Assim,
todos os participantes de um curso podem enviar e receber mensagens através desse correio.
Todos, a cada acesso, devem consultar o conteúdo desse recurso a fim de verificar as novas
mensagens recebidas);
(13) Grupos (Permite a criação de grupos de pessoas para facilitar a distribuição de tarefas);
(14) Perfil (Todos os participantes de um curso preenchem um formulário com perguntas que
resultam no perfil de cada um. A idéia desse recurso é, em princípio, fornecer um mecanismo
para que os participantes possam se conhecer e desencadear ações de comprometimento entre
todos, abrindo caminho para a escolha de parceiros para desenvolver as atividades do curso
(formação de grupos de pessoas com interesse em comum). Além disso, esse recurso também
permite a edição de dados pessoais e a alteração de senha);
(15) Diário de Bordo (Utilizado para facilitar que os alunos descrevam e reflitam sobre seu
processo de aprendizagem. Enfim, o aluno pode descrever, registrar, analisar seu modo de
pensar, expectativas, conquistas, questionamentos e suas reflexões sobre a experiência
vivenciada no curso e na atividade de cada dia. As anotações dos alunos poderão ser lidas e
comentadas pelos formadores);
64
(16) Portfólio (Nesta ferramenta os participantes do curso podem armazenar textos e arquivos
a serem utilizados ou desenvolvidos durante o curso, bem como endereços da Internet. Esses
dados podem ser particulares, compartilhados apenas com os formadores ou compartilhados
com todos os participantes do curso. Cada participante pode ver os portfólios dos demais,
podendo ainda fazer comentários sobre eles);
(17) Acessos (Permite acompanhar a freqüência de acesso dos usuários ao curso e às suas
ferramentas).
3.3.2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL DOCENTE TELEDUC
Para se tornar um formador no ambiente é necessário que o usuário esteja
cadastrado como tal pelo coordenador do curso, o coordenador é definido no momento da
criação do curso. O formador pode alterar dados nas ferramentas, como editar agenda, mudar
material em Material de apoio.
Todo o processo de aprendizagem no TelEduc é organizado por meio da
ferramenta Agenda que apresenta a programação de um período do curso. Na Agenda o
formador pode descrever os objetivos de aprendizagem a serem alcançados no período em
questão, as atividades planejadas para que o aprendiz alcance tais objetivos e os recursos
disponibilizados para apoiar o aprendiz no desenvolvimento das atividades planejadas. O
aprendiz visualiza a Agenda atual sempre que entra no curso.
O TelEduc foi concebido para apoiar a aprendizagem baseada na resolução de
problemas. Dessa forma, a ferramenta Atividades é o elemento central do ambiente, e
ferramentas como Material de Apoio, Leituras, Fóruns de Discussões, Bate-Papo, Mural,
Perguntas Freqüentes e Portfólio, foram criadas para apoiar o desenvolvimento das atividades.
O InterMap facilita a visualização de dados quantitativos das interações como, por
exemplo, a visualização, por meio de um grafo, do fluxo das mensagens de correio trocadas
entre os participantes do curso, ou a visualização das mensagens diárias enviadas por cada
aprendiz a um determinado fórum de discussão, que pode ser representado por uma tabela
65
preenchida por meio de uma técnica que define uma cor para cada quantidade de mensagens
trocadas. Com o InterMap, o formador passa a ter “pistas” semelhantes àquelas que dispõe em
aulas presenciais, como a falta de interação de alguns aprendizes, a formação de grupos e a
identificação entre pares.
O TelEduc possui também a ferramenta Acessos, que permite a geração de
relatórios contendo o número de acessos, data e hora do último acesso de cada participante ao
curso, a freqüência dos acessos de cada participante durante um determinado período do
curso, e os acessos dos aprendizes a cada uma das ferramentas do TelEduc. Esta ferramenta
tornou-se necessária para possibilitar a diferenciação entre o “aprendiz calado” mas presente e
o “aprendiz ausente”, que é extremamente importante no acompanhamento de um curso.
Além dos recursos anteriores, os formadores do curso têm acesso a outras
ferramentas que estão sendo desenvolvidas para facilitar o processo de administração de um
curso, como o menu Administração: Permite aos formadores disponibilizar materiais nas
diversas ferramentas do ambiente, bem como configurar opções em algumas delas e também
permite ainda gerenciar as pessoas que participam do curso.
3.3.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL COORDENADOR
O curso possui um coordenador e um ou mais formadores (que são cadastrados
pelo coordenador). O coordenador e os formadores controlam as aulas, disponibilizando
material, alterando agenda.
O coordenador recebe o pedido de solicitação de curso feito pelo usuário e se
aprovar, então faz um cadastro do usuário como aluno que recebe um e-mail confirmando a
sua inscrição, e-mail esse que também contém uma senha provisória. O coordenador pode
ainda inscrever o aluno diretamente, sem que o mesmo faça qualquer tipo de inscrição.
66
3.3.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PERFIL ADMINISTRADOR
O administrador tem a função de criar e gerenciar os cursos disponíveis no
ambiente, extrair e reinserir cursos, consultar estatísticas, configurar o ambiente e gerenciar as
bases de dados, além de outras atividades de cunho mais técnico.
O ambiente fornece uma variedade de ferramentas específicas para administração
dos cursos. Estas ferramentas são divididas em duas categorias. As que permitem a edição do
conteúdo do curso e as que estão voltadas para administração do curso, alunos, inscrições e
formadores.
As ferramentas da primeira categoria são: “Dinâmica do Curso”, “Agenda”,
“Atividades”, “Material de Apoio”, “Leituras”, “Perguntas Freqüentes” e “Parada
Obrigatória”. As ferramentas: “Dinâmica do Curso”, “Agenda”, “Atividades”, “Material de
Apoio” e “Leituras” proporcionam praticamente a mesma funcionalidade de inserir, atualizar,
remover e visualizar conteúdos do ambiente.
As ferramentas da segunda categoria são: “Marcar Ferramentas”, “Enviar Senha”,
“Gerenciamento do Curso”, “Gerenciamento de Inscrições”, “Gerenciamento de Alunos” e
“Gerenciamento de Formadores”. A ferramenta “Marcar Ferramentas” é utilizada para
selecionar as ferramentas que devem ser acessadas pelos alunos em um determinado momento
do curso. Em “Gerenciamento de Cursos” pode-se editar o cronograma e escolher ferramentas
que irão aparecer no curso. O “Cronograma do Curso” é editado através das datas de início e
de fim das inscrições e dos cursos.
3.3.5 PRINCIPAIS ASPECTOS DO AMBIENTE TELEDUC EM REL AÇÃO AOS
SITES DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
O Ambiente TelEduc disponibiliza várias Ferramentas para seus usuários
(administradores/alunos/coordenadores/formadores), objetivando romper as barreiras
geográficas e temporais características da Educação à Distância, no entanto, cada curso
apoiado pelo ambiente pode utilizar um subconjunto das ferramentas e oferecer ou não uma
67
ferramenta, em diferentes momentos do curso, faz parte da metodologia adotada por cada
formador. Abaixo serão listadas todas as funcionalidades e ferramentas disponibilizadas pelo
ambiente do sistema, sendo classificadas em categorias em função de seu uso.
(a) FERRAMENTAS
No TelEduc a comunicação é garantida através do “Correio Eletrônico”, “Bate-
Papo” e “Fórum de Discussão”, que são implementadas no mesmo formato que as usadas
usualmente na Internet. Todas essas ferramentas são internas ao ambiente exigindo que o
aluno esteja “logado” ao ambiente para ter acesso.
(1) Ferramentas de Comunicação Síncronas:
Bate - Papo (Permite uma conversa em tempo-real entre os alunos do curso e os
formadores. Os horários de bate-papo com a presença dos formadores podem ser marcados
com antecedência. Poderá ser visualizado o que aconteceu no bate-papo). Com o “Bate-
Papo”, o objetivo é o estabelecimento de uma interação mais imediata e próxima. Esta
comunicação é previamente agendada através da ferramenta “Agenda”. Esta comunicação
pode ocorrer em qualquer outro horário.
Observação: Para fins didáticos a Ferramenta Bate - Papo será referenciada como
Chat, preservando seu significado e aplicação.
(2) Ferramentas de Comunicação Assíncronas:
Mural (Espaço reservado para todos os participantes disponibilizarem
informações consideradas relevantes no contexto do curso); Fórum de Discussão (Permite
acesso a uma página que contém os tópicos em discussão durante o andamento do curso. O
acompanhamento da discussão é feito através da visualização de forma estruturada das
mensagens já enviadas e a participação na mesma por meio do envio de mensagens); Grupos
de Discussão (Permite a criação de grupos de pessoas para facilitar a distribuição e o envio de
tarefas); Correio Eletrônico (É um sistema de correio eletrônico interno ao ambiente. Todos
os participantes de um curso podem enviar e receber mensagens através desse correio. A cada
acesso ao TelEduc o participante consulta o conteúdo desse recurso a fim de verificar as
68
novas mensagens recebidas); Portfólio (Nesta ferramenta os participantes do curso podem
armazenar textos e arquivos a serem utilizados ou desenvolvidos durante o curso, bem como
endereços da Internet. Esses dados podem ser particulares, compartilhados apenas com os
formadores ou compartilhados com todos os participantes do curso. Cada participante pode
ver os portfólios dos demais, podendo ainda fazer comentários sobre eles).
Observação: para fins didáticos a Ferramenta Correio Eletrônico será referenciada
como E-mail, preservando seu significado e aplicação.
(3) Ferramentas de Pesquisa:
Leituras (Apresenta referências bibliográficas relacionados à temática do curso e
sugestões de artigos, revistas, jornais, endereços na Web, etc); Material de Apoio (Apresenta
materiais relacionados à temática do curso, subsidiando o desenvolvimento das atividades
propostas. Nesse local ficam apostilas, notas de aulas, textos em arquivos para download
(.doc, .pdf .ppt) ou páginas em html se preferir).
Observação: para fins didáticos a Ferramenta Leituras será referenciada como
Bibliografia e a ferramenta Material de Apoio como Colaboração, ambas preservando seus
significados e aplicações.
(4) Ferramentas de Auxílio:
Programação do dia (É a página de entrada do curso com a programação do dia);
Dinâmica do Curso (Contém informações sobre a metodologia e a organização do curso);
Atividades (Apresenta as atividades a serem realizadas durante o curso. Descrição de projetos,
exercícios e demais atividades propostas aos alunos); Perguntas Freqüentes (Contém a relação
das perguntas realizadas com maior freqüência durante o curso e suas respectivas respostas).
Observação: para fins didáticos a Ferramenta Programação do Dia será
referenciada como Agenda, preservando seu significado e aplicação.
(5) Ferramentas de Controle:
69
Ferramenta Interaction Map – InterMap (Mapeia interação e participação de
forma quantitativa, ou seja, permite acompanhar a freqüência de acesso dos usuários ao curso
e às suas ferramentas).
Observação: Para fins didáticos a Ferramenta Intermap será referenciada como
Interação, preservando seu significado e aplicação.
(6) Ferramentas Complementares:
Perfil (Todos os participantes de um curso preenchem um formulário de cadastro
que resulta no perfil de cada um. É um mecanismo para que os participantes possam se
conhecer e desencadear ações de comprometimento entre todos, abrindo caminho para a
escolha de parceiros para desenvolver as atividades do curso, formação de grupos de pessoas
com interesse em comum. Além disso, esse recurso também permite a edição de dados
pessoais e a alteração de senha); Diário de Bordo (Utilizado para facilitar que os alunos
descrevam e reflitam sobre seu processo de aprendizagem. O participante pode descrever,
registrar, analisar seu modo de pensar, expectativas, conquistas, questionamentos e suas
reflexões sobre a experiência vivenciada no curso e na atividade de cada dia. As anotações
dos alunos poderão ser lidas e comentadas pelos formadores); Parada Obrigatória (Contém
materiais que visam desencadear reflexões e discussões entre os participantes ao longo do
curso).
(b) AMBIENTE EDUCACIONAL
O TelEduc oferece recursos para se tornar um Ambiente Participativo de
Aprendizagem, uma vez que permite a ocorrência de aprendizagem e a compreensão sob
múltiplas perspectivas; propõe problemas contextualizados e compatíveis com o
conhecimento externo à sala de aula; permitir a interpretação significativa e reflexiva;
incentiva o pensamento crítico; encoraja a troca de idéias e testagem das alternativas e
fornece assistência ao estudante, ao contexto da aprendizagem e ao processo de
aprendizagem. Contendo um conjunto de ferramentas de comunicação (que permite a
interação entre alunos e formadores), ferramentas de consulta (que disponibilizam para os
formadores informações geradas no curso) e a possibilidade de incluir diversos tipos de mídia
70
e outros arquivos, o TelEduc constitui um completo ambiente colaborativo tanto para
formadores, que poderão expor suas aulas de várias formas (textos, imagens, animações,
áudio, vídeos e softwares), como para os alunos, que poderão interagir entre si e ter um
material didático diferente e mais interessante que o da sala de aula tradicional a qualquer
hora do dia. A ferramenta Intermap é a grande inovação em relação a outros ambientes da
mesma categoria, permitindo aos formadores visualizarem a interação dos participantes do
curso nas ferramentas Grupos de Discussão e Bate-Papo. Embora o recurso de participação
seja o mais indicado, ele fica a critério do autor.
O material pode ser disponibilizado para download nas ferramentas “Material de
Apoio”, “Leituras”, “Parada Obrigatória” ou “Atividades”, que são diferentes apenas
conceitualmente.
(c) MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA
O TelEduc foi concebido tendo como elemento central a ferramenta que
disponibiliza Atividades. Isso possibilita a ação onde o aprendizado de conceitos em qualquer
domínio do conhecimento é feito a partir da resolução de problemas, com o subsídio de
diferentes materiais didáticos como textos, software, referências na Internet, dentre outros,
que podem ser colocadas para o aluno usando ferramentas como: Material de Apoio, Leituras,
Perguntas Freqüentes, etc.
A intensa comunicação entre os participantes do curso e ampla visibilidade dos
trabalhos desenvolvidos também são pontos importantes, por isso foi desenvolvido um amplo
conjunto de ferramentas de comunicação como o Correio Eletrônico, Grupos de Discussão,
Mural, Portfólio, Diário de Bordo, Bate-Papo etc., além de ferramentas de consulta às
informações geradas em um curso como a ferramenta Intermap, Acessos, etc.
O professor/formador pode enviar mensagens para um e-mail externo
disponibilizado pelo aluno. Além disso, há a funcionalidade 'Notificação de novidades' que
manda e-mails para os participantes uma ou duas vezes ao dia (à escolha do participante)
avisando sobre novidades no curso (novos materiais disponibilizados, dentre outras coisas).
71
O ambiente permite o tratamento individualizado do aluno, para tal o formador
pode enviar mensagens de e-mail interno, ou externo ao ambiente para o aluno e vice-versa.
Além disso, cada aluno (e formador também) possui um Perfil e um portfólio individual, onde
podem disponibilizar atividades individuais ou quaisquer coisas de interesse ao curso. É
importante observar que o ambiente oferece as motivações, mas o uso depende da autonomia
que o autor possui de usá-la ou não.
(d) QUESTIONAMENTO E SUGESTÕES DOS ALUNOS
O Ambiente TelEduc permite sugestões e questionamentos dos alunos, ou seja,
eles podem enviar sugestões ou críticas através do correio eletrônico do ambiente para os
formadores, ou mesmo postar mensagens nos “Fóruns de Discussão”. Caso a sugestão ou
crítica seja ao ambiente TelEduc, há a ferramenta “Suporte”, que abre um canal de e-mail
entre o usuário e o suporte ([email protected]).
(e) NAVEGAÇÃO POR OUTROS SITES/SISTEMAS DA WEB
O ambiente permite que sejam oferecidos links para outros sites, endereços da
Internet podem ser disponibilizados nas seguintes ferramentas: “Material de Apoio”,
“Leituras”, “Perguntas Freqüentes”, “Parada Obrigatória” e “Portfólio”.
(f) AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
A avaliação segundo definições disponíveis no Capítulo 2, pode ser feita de duas
formas qualitativamente ou quantitativamente.
O TelEduc, apresenta os dois tipos de avaliação, a escolha fica a critério do autor,
apesar de que ainda não possui uma ferramenta de avaliação disponível, porém a mesma está
em fase final de desenvolvimento e deve estar disponível em pouco tempo. Por enquanto os
professores podem sugerir atividades para avaliação e pedir para os alunos enviem-nas para
seus respectivos “Portfólios”.
72
A ferramenta que controla os passos dos alunos no sistema, como freqüência e
tempo de acesso, pode, ou não, ser utilizada para fins de avaliação, ou seja, depende do
professor.
Avaliação atual no TelEduc se faz através da verificação das participações,
geração da tabelas de notas; Análise da coerência e conteúdo das mensagens, no entanto, sem
o apoio de ferramentas específicas de avaliação. Uma Implementação de uma ferramenta de
análise qualitativa dos dados reduziria o trabalho final de avaliação durante todo o processo
do curso [ROCH 02].
3.3.6 PERSONAGENS PARTICIPANTES DO SISTEMA DE ENSINO À
DISTÂNCIA
O Ambiente TelEduc considera que os seguintes perfis estão envolvidos no
processo ensino/aprendizagem:
(a) Administrador: é o facilitador da integração docente/curso/aluno, tratando de
questões de natureza eminentemente operacional, como inscrição de docentes, admissão de
aprendizes em cursos, etc.
(b) Discente: é o usuário final do curso, representando o público-alvo para quem o
curso se destina.
(c) Coordenador: é o criador do curso, participando desde a descrição inicial até a
entrada dos conteúdos do mesmo.
(d) Docente/Formador: é o responsável em ajudar o Coordenador na criação e
fornecimento de conteúdos educacionais para um curso.
73
3.4 QUADRO COMPARATIVO DOS SITES EDUCACIONAIS
A partir das questões discutidas no capítulo 2 e analisadas nesse presente capítulo,
será ilustrado o quadro comparativo para estudo e classificação de Sites de Educação à
Distância, visando o desenvolvimento de uma Taxonomia futura.
O quadro 3.1 ilustra os aspectos a serem avaliados e a possibilidade de cada um
acontecer.
Aspectos Possibilidades
Ferramentas de Comunicação Síncronas
AudioconferênciaChatVideoconferência
Ferramentas de Comunicação Assíncronas
AgendaE-mailFórum de DiscussãoGrupo de DiscussãoMural PopUpPortfólioQuadro de AvisosSala de TutoriaTira-Dúvidas
Ferramentas de PesquisaBibliografia BibliotecaColaboração DownloadsWebliografia
Ferramentas de AuxílioAtividadesDicasDinâmica do CursoFAQGlossárioHelpMapa do CursoOnde PareiProgramação do Dia
74
Aspectos Possibilidades
Ferramentas de ControleAcompanhamento da ParticipaçãoBoletimFreqüênciaInteração
Ferramentas ComplementaresAmbiente off-lineAnotaçõesDiário de BordoParada Obrigatória PerfilQuem esta on-line?
Ambiente Educacional ParticipativoPassivo
Motivação IntrínsecaRelacionamento com o assunto do cotidianoNão - relacionamento com o cotidiano
Questionamento e Sugestões dos Alunos
PermiteNão Permite
Navegação por outros sites/sistemas da Web
SimNão
Avaliação dos AlunosQualitativaQuantitativa
Quadro 3-1 Quadro Comparativo dos aspectos a serem avaliados
75
Analisando os Sites apresentados anteriormente, serão descritas as características
relevantes encontradas nos ambientes de ensino à Distância, foram observados os seguintes
aspectos:
(1) Ferramentas de comunicação que podem ser classificadas como Síncronas ou
Assíncronas, no quadro comparativo, foi detalhada cada ferramenta em particular dentro de
sua respectiva classe Síncrona/Assíncrona, sendo confirmada a sua existência no Ambiente de
Ensino, pelo uso da afirmação ‘Sim’ e caso contrário a negação ‘Não’ será utilizada (Quadro
3-2).
(2) Ambiente educacional, pode ser Participativo ou Passivo, os sites analisados
possuem recursos para que o ambiente seja participativo, no entanto isto vai depender do
autor para torná-lo desta forma ou não (Quadro 3-3).
(3) Motivação intrínseca, ocorre quando há um relacionamento do assunto com o
cotidiano do aluno esse fator também depende do autor uma vez que ele possui autonomia
para a escolha e inserção do material a ser utilizado no seu curso. O que de fato não é
desejado é que o conteúdo apresentado não corresponda com a realidade vivida pelo aluno
(Quadro 3-4).
(4) Questionamentos e sugestões dos alunos, os ambientes podem ou não permitir
os questionamentos e sugestões dos alunos, nos Site analisados todos permitiam, uma vez que
atualmente à educação é vista como um fator de colaboração onde as boas idéias são sempre
bem vindas (Quadro 3-5).
(5) Navegação por outros sites/sistemas da Web, os ambientes pesquisados eles,
sim permitem a navegação por outros sites ou não, no caso dos analisados, todos
apresentaram esta funcionalidade como forma de enriquecer ainda mais o aprendizado,
tornando-o mais dinâmico e sugestivo (Quadro 3-6).
(6) Avaliação dos alunos, pode ser efetuada qualitativamente e quantitativamente,
na análise feito pode ser observado que é feito o uso de ambos os tipos e vai depender do
autor, atualmente há uma predisposição a preferir a qualidade á quantidade de forma que nos
76
ambientes educacionais a alternância de uso entre as mesma não causa nenhum transtorno e
nem prejuízo ao processo de ensino/aprendizagem (Quadro 3-7).
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Ferramentas de Comunicação Síncronas
Audioconferência Não Sim Não
Chat Sim Sim Sim
Videoconferência Não Sim Não
Ferramentas de Comunicação Assíncronas
Agenda Sim Não Não
E-mail Sim Sim Sim
Fórum de Discussão Sim Sim Sim
Grupo de Discussão Não Não Sim
Mural Sim Não Não
PopUp Sim Não Não
Portfólio Não Não Sim
Quadro de Avisos Sim Sim Não
Sala de Tutoria Sim Não Não
Tira-Dúvidas Sim Não Não
77
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Ferramentas de Pesquisa
Bibliografia Sim Sim Sim
Biblioteca Sim Não Não
Colaboração Sim Não Sim
Downloads Sim Sim Não
Webliografia Não Sim Não
Ferramentas de Auxílio
Atividades Não Não Sim
Dicas Não Sim Não
Dinâmica do Curso Não Não Sim
FAQ Sim Não Sim
Glossário Sim Não Não
Help Sim Sim Não
Mapa do Curso Sim Não Não
Onde Parei Sim Não Não
Programação do Dia Não Não Sim
Ferramentas de Controle
Acompanhamento da Participação
Não Sim Não
Boletim Sim Não Não
Freqüência Sim Não Não
Interação Não Não Sim
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
78
Ferramentas Complementares
Ambiente off-line Sim Sim Não
Anotações Sim Sim Não
Diário de Bordo Não Não Sim
Parada Obrigatória Não Não Sim
Perfil Sim Não Sim
Quem esta on-line? Sim Não Não
Quadro 3-2 Quadro Comparativo das Ferramentas de Comunicação
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Ambiente Educacional
Ambiente educacional participativo
Depende do Autor
Depende doAutor
Depende do Autor
Ambiente educacional passivo Depende do Autor
Depende doAutor
Depende do Autor
Quadro 3-3 Quadro Comparativo do Ambiente Educacional
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Motivação Intrínseca
Relacionamento do assunto com o cotidiano do aluno
Depende do Autor
Depende doAutor
Depende do Autor
Não relacionamento do assunto com o cotidiano do aluno
Depende do Autor
Depende doAutor
Dependedo Autor
Quadro 3-4 Quadro Comparativo da existência ou não de Motivação Intrínseca
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Questionamento e Sugestões dos Alunos
Permite questionamento e Permite Permite Permite
79
sugestões dos alunos
Quadro 3-5 Quadro Comparativo de questionamentos e sugestões dos alunos
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Navegação por outros sites/sistemas da Web
Permite navegação por outros sites/sistemas da Web
Sim Sim Sim
Quadro 3-6 Quadro Comparativo da permissão de navegação ou não por outros sites
Sistemas Características Quantum AulaNet TelEduc
Avaliação dos Alunos
Avaliação qualitativa do aluno Depende do Autor
Depende doAutor
Depende do Autor
Avaliação quantitativa do aluno Depende do Autor
Depende do Autor
Depende do Autor
Quadro 3-7 Quadro Comparativo dos tipos de avaliações presentes nos sites
3.5 CONSIDERAÇÕES DO CAPÍTULO
Percebeu-se nessa comparação feita que os ambientes previamente estudados
apresentam características e funcionalidades similares.
Apesar de todas as facilidades e vantagens apregoadas pela tecnologia, observa-se
que a metodologia e a pedagogia assumem o papel principal no processo ensino
-aprendizagem.
As plataformas de ensino a distância oferecem diversas ferramentas de
comunicação e diversas formas de disponibilização do material didático, que facilitam o
acesso remoto a esses materiais e aos participantes do treinamento. No entanto, o computador
80
e a Internet ainda se apresentam como interfaces que se colocam entre o aluno e o professor e
entre o aluno e o objeto de estudo.
A correta escolha das mídias a serem utilizadas e a escolha das formas de
comunicação dos professores com os alunos e dos alunos entre si, juntamente com a
sinalização clara do caminho a seguir (instruções para os alunos) compõem um conjunto
imprescindível ao sucesso do processo.
81
4 CONCLUSÃO
Os métodos de Ensino à Distância -EAD devem buscar reduzir a distância entre as
pessoas promovendo a interação entre professor-aprendiz e aluno-aluno, garantindo a
aprendizagem e a transferência de mensagens. A Internet é um espaço de troca e produção
coletiva de conhecimento e informação que propicia uma maior interação entre os professores
e alunos. Essa interação se dá através de um Site Educacional disponível para todos os
indivíduos envolvidos no curso. Nesse Site devem estar disponíveis as ferramentas
necessárias para o aprendiz se comunicar com os professores e com os outros alunos;
questionar e discutir temas relacionados ao curso; enviar sua produção ao professor; acessar
biblioteca virtual e outras informações importantes ao curso. O e-mail, chats e fóruns de
discussões são outras ferramentas importantes que devem estar disponibilizadas afim de
promover discussões entre todos os indivíduos do curso [CAST 03].
A motivação é fundamental no ensino à distância. Durante a realização desse
trabalho, foi feita uma participação em um Seminário sobre Cenários da Educação à
Distância, onde se obteve a oportunidade de trocar informações com vários profissionais da
área, através do Fórum de Discussão, o mesmo foi realizado pelo Sistema Quantum de Ensino
em conjunto com o Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM). Pôde ser avaliada mais
claramente a grande contribuição que a ferramenta fórum de discussão, proporciona na troca
de experiências entre os seus participantes. Além, das abordagens relacionadas com a
Educação à Distâncias, tais como, interatividade e aprendizagem cooperativa à distância.
A comparação realizada nesse trabalho é de extrema importância, pois sem a sua
realização não há como obter o próximo passo que é o desenvolvimento de uma Taxonomia
para Sites Educacionais. Durante todo o trabalho o objetivo foi o de criar meios para obtenção
de um modelo de referência para os Sites Educacionais, agrupando as características de forma
que possam ser depois classificadas e representadas através do uso das relações de
82
generalização/especialização e através de herança simples/múltipla, ou seja, agrupar e
organizar o conhecimento num domínio, sendo isso o que a Taxonomia objetiva.
Em trabalhos futuros as Ferramentas de comunicação, se tornarão uma classe, que
irá abrigar as principais ferramentas disponibilizadas nos sites comparados. As Ferramentas
Síncronas, Assíncronas, de Pesquisa, de Auxílio e as demais encontradas no quadro
comparativo (Quadro 3-1), serão sub-classes que herdarão as características da classe
Ferramentas de Comunicação.
As classes poderão ser criadas com base nos aspectos avaliados, ou seja, o
ambiente educacional, irá se tornar uma classe, vindo a ter como sub-classes o Ambiente
Participativo e o Ambiente Passivo, que irão herdar os atributos da Classe ambiente
educacional.
Existem outras Classes, sub-classes além das citadas acima, porém foi feita apenas
uma indicação de como seriam utilizados os aspectos disponibilizados na comparação,
objetivada pelo trabalho.
Durante a realização do estudo comparativo foram encontradas várias
dificuldades, relativas a sistema operacional e software, isto leva a crer que um site
educacional além de fornecer mecanismos eficientes de comunicação e interação entre os
agentes do processo de ensino/ aprendizado, deve também levar em conta os problemas que
os usuários encontram no uso e instalação do sistema.
A questão do suporte é muito problemática, o presente trabalho não tem como
meta julgar, apenas demonstrar que ainda se tem muito a fazer e aprimorar no ensino à
distância de um modo geral. O uso de sistemas, como o Linux vem aumentando não há
dúvida, e sites educacionais já fazem uso desta plataforma, mas infelizmente o suporte para
WinModem no Linux realmente é sofrível, poucos fabricantes dão suporte oficial ao Linux e
disponibilizam seus drivers.
Outra questão importante é relativa à vasta gama de softwares que devem ser
instalados para o completo funcionamento de alguns Sites de Ensino à Distância, isto exige
83
que o usuário tenha relativo conhecimento de informática e também recursos de hardware
mais robustos, um fato que se sobrepõe aqui é que se restringe o uso do sistema de ensino à
distância, devido ao fato de que nem todos os usuários possuem os requisitos recomendados.
A questões citadas também são ótimas sugestões para desenvolvimentos de
trabalhos futuros na área de Educação à Distância, pois foram fatores que muito influenciaram
no desenvolvimento desse trabalho no que diz respeito ao acesso para que a comparação fosse
realizada. Portanto minimizar problemas quanto a instalação e suporte aos sites para cursos à
distância trará muitos benefícios para essa modalidade de ensino.
84
5 BIBLIOGRAFIA
[ABRE 01] Mestrado em Informática e Educação UFRJ/NCE - Disciplina: Fatos e Artefatos como Construções Sóciotécnicas - Professores: Fernando Manso e Ivan da Costa Marques Nome da Aluna: Sueli de Abreu – Abril.
[ALVE 94] ALVES, João R. M. - A educação a distância no Brasil. Instituto de pesquisas avançadas em educação. Rio de Janeiro – RJ. 1994.
[ARET 94] ARETIO, Lorenzo G. Educación a distancia hoy. UNED, 1994. La Educación a distancia: de la teoria a la práctica. Barcelona/0ES: Editorial Ariel, 2001.
[ARME 87] Armengol, M.C. (1987). Universidad sin classes. Educación a distância en América Latina. Caracas.
[AULA 02] AULANET - Manual do Administrador, Professor e Aprendiz – versão 2.0 Disponível em WWW por: http://guiaaulanet.eduweb.com.br/ - Visitado em Setembro de 2003.
[BARA 99] BARANAUSKAS, M. C.; DA ROCHA, H. V.; MARTINS, M. C.; D'ABREU, J. V. V. 1999. Uma Taxonomia para Ambientes de Aprendizado Baseados no Computador. O Computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas: NIED-UNICAMP. Disponível em WWW por: http://www.ic.unicamp.br/~ra007250/mo622/artigo/ - Visitado em Julho de 2003.
[BERN 01] BERNERS-LEE, Tim; HENDLER, James; LASSILA, Ora. The Semantic Web. A new form of Web content that is meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities. Scientific American, Issue 01/05/2001. Disponível em WWW por: http://www.sciam.com/2001/0501issue/0501berners-lee.html - Visitado em Julho de 2003.
[CAMP 00] Campos, Fernanda Claudia Alves; Santos, Neide ; Villela, Paulo R. de C.
Sites de educação a distância: da teoria à prática
Disponível em WWW por: http://www.c5.cl/ieinvestiga/actas/ribie2000/posters/197/ -Visitado em Julho de 2003
85
[CAST 98] Castanho, J. E. C. et al., “Ambiente de Apoio a Cursos de educação à Distância Mediada por Computador (EDMC)” - In: - Anais do 2º Congresso da Associação Brasileira de Educação à Distância - (ABED) – Disponível por WWW em: http://www.abed.org.br/artigos2/artigos/an06.htm - Visitado em Agosto de 2003.
[CAST 03] Nivalde J. Castro - O Estudo a Distância com Apoio da Internet – UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) - Disponível por WWW em: http://www.abed.org.br Visitado em Agosto de 2003.
[CORT 96] Cortelazzo, Iolanda Bueno de Camargo - Redes de Comunicações e Educação Escolar: a atuação de professores em comunicações telemáticas - Dissertação de Mestrado - Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 1996. Disponível em WWW por: http://www.geocities.com/Athens/Agora/9828/redecom2.htm - Visitado em Outubro de 2003.
[CUNH 99] Cunha, Leonardo Magela - Educação a Distância: Proposta de Design Patterns para Sites da Internet - Monografia submetida ao corpo docente do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Juiz de Fora
[FIUZ 02] Fiuza, Patricia Jantsch - Aspectos motivacionais na educação a distância: Análise estratégica e dimensionamento de ações. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Mídia e Conhecimento, como requisito parcial para obtenção do título Mestre em Engenharia de Produção. Florianópolis, 30 de setembro de 2002.
Disponível em WWW por: teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/4928.pdf - Visitado em Outubro de 2003.
[GUAR 98] Guarino, N., Formal Ontology and Information Systems, Proceedings of Conference on Formal Ontology (FOIS98) – Disponível em WWW por:
http://www.ladseb.pd.cnr.it/infor/Ontology/Papers/FOIS98.pdf - Visitado em Dezembro de 2003.
[GOME 03] Vocabulário de Filosofia, Compilado por A.R. Gomes -Disponível em WWW por: http://www.terravista.pt/ancora/2254/lex19.htm - Visitado em Dezembro de 2003.
[HOLM 85] HOLMBERG, Börge. Educación a distancia: Situación e perspectivas. Buenos Aires: Editorial Kpelusz, 1985.
86
[IMMI 02] Immig, Herique. Avaliação da aprendizagem em ambientes de educação a distância. Monografia apresentada à Faculdade de Ciência da Computação do Centro Universitário FEEVALE, para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação. Orientador: Professor Luís Fernando Garcia - Novo Hamburgo, Junho de 2002. Disponível por WWW em: http://www.garcia.pro.br/orientacoes/HenriqueTC..PDF - Visitado em Julho de 2003.
[JACO 98] Jacobson, M. J. et al. (1998). "Lessons Learned and Lessons to Be Learned: An Overview of Innovative Network Learning Environments". WebNet 98, Orlando, November.
[KEAR OO]Kearsley, G.- The nature and value of interaction in distance learning. Third Distance Learning Education Research Symposium, 1995. Disponível em WWW por: www.gwu.edu/~etl/interact.html - Visitado em Agosto de 2003.
[KEEG 91] Keegan, Desmond. (1991) Foundations of distance education. 2a.ed. Londres: Routledge.
[KEMC 98] Kemczinski, Avanilde – Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Sistemas de Apoio à Decisão - Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas - Centro Tecnológico - C.P. 476 - Campus Universitário – Trindade 88040-900 - Florianópolis – SC
A Transposição do Conteúdo de Aulas Presenciais para Virtuais: Uma Experiência no Ensino de Graduação - Disponível por WWW em: http://www.nead.ufmt.br/pesquisa/pdf/8.pdf - Visitado em Agosto de 2003.
[KIST 02] KIST, Tânia, DIVERIO, Tiarajú Asmuz, LIMA, José Valdeni. Ambientes de Gerenciamento de Cursos a Distância. Relatório de Pesquisa 314 (Mestrado em Ciência da Computação) – Instituto de Informática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
[LDB 96] Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), número 9394 de 20/12/1996, artigo 80. Disponível em WWW por: http://www.mec.gov.br/legis/default.shtm - Visitado em Dezembro de 2003.
[LEWI 98] Lewis, B., 1998, “Designing Web Cousers for Different Learning Styles”, In: Proceedings of WEBNET - World Conference on the WWW, Internet, & Intranet, Orlando, Florida, November.
[LIMA 00] Lima, Carlos Magno R. da R.; Neto, Francisco D. de Medeiros; França, Halisson F. de C.; Gomes, Ítalo Herbert S. e ; Dantas, George Henrique C. e Filho, Guido Lemos de
87
Souza - Visões sobre o Processo de Criação de Cursos via Web: O desenvolvimento convencional versus Ambientes Integrados de Ensino.Projeto Natalnet - Grupo de Ensino à Distância - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Disponível em WWW por: http://www.rnp.br/wrnp2/2000/posters/CursoviaWeb.pdf - Visitado em Setembro de 2003.
[LOYO 98] Loyolla, Waldomiro P. D. C. & Prates, Maurício - Educação À Distância Mediada por Computador (EDMC): Diretrizes De Projeto Para Pós-graduação. Instituto de Informática PUC- Campinas - IV Congresso RIBIE, Brasília 1998 - Disponível em WWW por: http://www.niee.ufrgs.br/ribie98/TRABALHOS/125.PDF - Visitado em Julho de 2003.
[MART 02] MARTINS, Alejandro e FIUZA, Patricia J. - Conceitos, características e importância da motivação no acompanhamento ao aluno distante. In: Anais do Congreso de Educación a Distancia MERCOSUR/SUL realizado em Antofagasta, Chile nos dias 06 a 09 de agosto de 2002.
[MELO 01] Melo, Meincke, Amanda. - Semiótica e ambientes Educacionais Baseados na Web - Universidade Estadual de Campinas - Instituto de Computação - M0622 Fatores Humanos em Sistemas Computacionais - Disponível por WWW em: http://www.ic.unicamp.br/~ra007250/mo622/artigo/ - Visitado em Julho de 2003.
[MILL 94] Millbank, G. (1994). Writing multimedia training with integrated simulation. Paper presented at the Writers' Retreat on Interactive Technology and Equipment. Vancouver, BC: The University of British Columbia Continuing Studies.
[MOOR 96] MOORE, Michael G.; KEARSLEY, Greg. “Distance Education: a systems view” Belmont (USA): Wadsworth Publishing Company, 1996. Pgs. 1-18
[NAVI 03] Núcleo de Aprendizagem Virtual – NAVi - Disponível em WWW por: http://navi.adm.ufrgs.br/educacao_a_distancia/educacao.htm - Visitado em Dezembro de 2003.
[NOVE 02] Novello, Taisa Carla - Ontologias, Sistemas Baseados em Conhecimento e Modelos de Banco de Dados. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Informática - Disponível em WWW por:
http://www.inf.ufrgs.br/~clesio/cmp151/cmp15120021/artigo_taisa.pdf - Visitado em Março de 2003.
88
[NUNE 93] Nunes, Ivônio Barros - Noções de educação à distância - Disponível por WWW em: http://www.intelecto.net/ead_textos/ivonio1.html - Visitado em Abril de 2003.
[NUPP 02] NUPPEAD (Núcleo de Pesquisa e Extensão)
Disponível em WWW por: http://planeta.terra.com.br/arte/lasvegas1/pesquisa_completa.doc - Visitado em Novembro de 2003.
[PIME 01] PIMENTEL, Mariano G.; ANDRADE, Leila C.V.. Educação a distância: Mecanismos para classificação e análise.
[RITZ 00] RITZEL, Marcelo Iserhardt. Um sistema para controle de uso de material didático a distância. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre. PGCC da UFRGS, 2000. 173p.
[ROBE 96] Roberts, J.M. - The Story of Distance Education: A Practitioner’s Perspective, Journal of the American Society for Information Science, 47 (11): 811- 816, 1996.
[ROCH 02] Rocha, H. V. (2002). O ambiente TelEduc para Educação à Distância baseada na Web: Princípios, Funcionalidades e Perspectivas de desenvolvimento. In: Moraes, M.C. (Org). Educação à Distância: Fundamentos e Práticas. Campinas, SP:Unicamp/Nied, 2002, pp. 197- 212.
[SABA 97] Saba, F. - Introduction to Distance Education - Disponível Em WWW por: http://www.distanceeducator. com, 04 pags., 14/07/97 - Visitado em Agosto de 2003.
[SANT 00] Santos, Neide - Estado da Arte em Espaços Virtuais de Ensino e Aprendizagem Laboratório de Engenharia de Software - PUC-Rio COPPE/Sistemas/UFRJ - Disponível por WWW em: http://www.inf.ufsc.br/sbc-ie/revista/nr4/070TU-santos.htm - Visitado em Abril de 2003.
[SANT 01] Santos, N. & Campos, F. (2001). Uma taxonomia para o Domínio da Educação Mediada pela Internet. Anais do XI SBIE. Vitória. Novembro.
Disponível por WWW em: http://www.inf.ufes.br/sbie2001/figuras/posters_aceitos.htm -Visitado em Março de 2003.
[SANT 02] Santos, N., Campos, F. & Braga, R.M.M. (2002). Ontologias para o Domínio da Educação Mediada pela Web. Anais do XIII SBIE. São Leopoldo. Novembro.
89
[SINE 01] SINEPE/RS. Educação em revista: Educação a distância. Editora III Milenio, Pinhais – PR. Nov/Dez.2001, N29.
[SHER 94] Sherry, Lorraine (5/12/94). Issues in Distance Learning. - Disponível por WWW em: http://penta.ufrgs.br/edu/edu1_1.html - Visitado em Setembro de 2003.
[SPOD 97] Spodik, E.F., The Evolution of Distance Learning - 4. Tools Available for Distance Education - Disponível em WWW por: http://sqzm14.ust.hk - Visitado em Julho de 2003.
[TELE 01] TELEDUC - Apresentação do ambiente. - Disponível em WWW por: http://hera.nied.unicamp.br/teleduc - Visitado em Novembro de 2003.
[VIEI 02] Vieira, André A. - Departamento de Sistemas e Computação, Instituto Militar de Engenharia; Tanaka, Astério K. - Escola de Informática Aplicada, UNIRO - Universidade do Rio de Janeiro & Moura, Ana Maria de C.-Departamento de Sistemas e Computação, Instituto Militar de Engenharia - Ferramenta para Extração de Ontologias a Partir de Bancos de Dados Relacionais. Disponível em WWW por:
http://www.fing.edu.uy/infouyclei2002/conflat/articulos/resumenes/72.html - Visitado em Maio de 2003.
[VIEI 03] Vieira, Martha Barcellos; Luciano, Naura Andrade - Construção e Reconstrução de um Ambiente de Aprendizagem para Educação à Distância. Disponível em WWW por: http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=178&sid=104&UserActiveTemplate=4abed - Visitado em Setembro de 2003.
[WILL 92] Willis, Barry. (1992). Instructional development for distance education. (ERIC Document Reproduction Service No. ED 351 007). Disponível em WWW por: http://www.ericfacility.net/databases/ERIC_Digests/ed351007.html - Visitado em Julho de 2003.
[WILL 96] WILLIS, B. Distance education at a Glance (1996) Series of guides prepared by engineering Outreach at the University of Idaho.
Disponível em: http://www.uidaho.edu/evo/distglan.html - Visitado em Julho de 2003.
[WILS 97] Wilson, J.M. - Distance Learning for Continuous Education, Disponível em WWW por: http://www.educon.edu, 05 pags., 14/07/97 - Visitado em Julho de 2003.
90