comunicado à imprensa 04-12-2012

1
____________________________________________________________________________ Pessoa Colectiva de Utilidade Publica D.R., 2ª Série, nº 133, de 9 de Junho de 1992 Comunicado à Imprensa 04/12/2012 O diz que não disse e, afinal o que diz que disse, não deixa de nos preocupar… A FERLAP está preocupada com as palavras vindas a público, como sendo proferidas pelo Sr. Primeiro-ministro: se primeiramente nos chegou a intenção de o Ensino Secundário passar a ser cofinanciado pelos Encarregados de Educação, logo depois chegou-nos a informação de que afinal o Ensino Secundário já não era para cofinanciar pelos Encarregados de Educação. Não afastou no entanto a ideia avançada, de que os Encarregados de Educação deviam passar a cofinanciar o Ensino Público. Ora o Ensino Público em Portugal pode dividir-se em três grandes níveis, Ensino Básico, Ensino Secundário e Ensino Superior, nos dois primeiros é obrigatório, logo gratuito, no terceiro opcional, mas neste caso, já pago pelos Alunos. Assim, a FERLAP não consegue compreender o que pretende dizer o Sr. Primeiro- ministro com a ideia avançada de cofinanciamento pelos Encarregados de Educação do Ensino Público. Esta não compreensão deixa-nos preocupados com o futuro que se avizinha. Pela experiência que fomos ganhando ao longo dos anos, sabemos que “não há fogo sem fumo” e que o que diz o Sr. Primeiro-ministro hoje, não é muito provavelmente verdade amanhã. Assim, a FERLAP solicita ao Governo e à Assembleia da República a clarificação desta problemática. As famílias já não conseguem suportar mais encargos, talvez esteja na altura de se optar por outras soluções até agora descartadas por quem nos governa. A FERLAP está disponível para dar a sua contribuição no sentido de se encontrarem soluções, que não passem pelo aumento dos encargos a suportar pelo cidadão, comum, com a Educação dos seus filhos. Se não é intenção do Governo mexer no financiamento do Ensino Público Obrigatório, então não se entende o porquê de o Sr. Primeiro-ministro levantar esta hipótese, atirando, mais uma vez, para a praça pública hipóteses que apenas trazem ainda mais instabilidade às escolas e às famílias. O Conselho Executivo

Upload: ferlap-federacao-regional-de-lisboa-das-associacoes-de-pais

Post on 22-Feb-2016

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Comunicado à Imprensa 04-12-2012 à cerca da possibilidade de o Ensino Secundário passar a ser comparticipado pelos Encarregados de Educação

TRANSCRIPT

Page 1: Comunicado à Imprensa 04-12-2012

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PPeessssooaa CCoolleeccttiivvaa ddee UUttiilliiddaaddee PPuubblliiccaa DD..RR..,, 22ªª SSéérriiee,, nnºº 113333,, ddee 99 ddee JJuunnhhoo ddee 11999922

Comunicado à Imprensa

04/12/2012

O diz que não disse e, afinal o que diz que disse, não deixa de nos preocupar…

A FERLAP está preocupada com as palavras vindas a público, como sendo proferidas

pelo Sr. Primeiro-ministro: se primeiramente nos chegou a intenção de o Ensino

Secundário passar a ser cofinanciado pelos Encarregados de Educação, logo depois

chegou-nos a informação de que afinal o Ensino Secundário já não era para cofinanciar

pelos Encarregados de Educação.

Não afastou no entanto a ideia avançada, de que os Encarregados de Educação

deviam passar a cofinanciar o Ensino Público. Ora o Ensino Público em Portugal pode

dividir-se em três grandes níveis, Ensino Básico, Ensino Secundário e Ensino Superior,

nos dois primeiros é obrigatório, logo gratuito, no terceiro opcional, mas neste caso, já

pago pelos Alunos.

Assim, a FERLAP não consegue compreender o que pretende dizer o Sr. Primeiro-

ministro com a ideia avançada de cofinanciamento pelos Encarregados de Educação do

Ensino Público. Esta não compreensão deixa-nos preocupados com o futuro que se

avizinha. Pela experiência que fomos ganhando ao longo dos anos, sabemos que “não

há fogo sem fumo” e que o que diz o Sr. Primeiro-ministro hoje, não é muito

provavelmente verdade amanhã.

Assim, a FERLAP solicita ao Governo e à Assembleia da República a clarificação desta

problemática.

As famílias já não conseguem suportar mais encargos, talvez esteja na altura de se

optar por outras soluções até agora descartadas por quem nos governa. A FERLAP está

disponível para dar a sua contribuição no sentido de se encontrarem soluções, que não

passem pelo aumento dos encargos a suportar pelo cidadão, comum, com a Educação

dos seus filhos.

Se não é intenção do Governo mexer no financiamento do Ensino Público Obrigatório,

então não se entende o porquê de o Sr. Primeiro-ministro levantar esta hipótese,

atirando, mais uma vez, para a praça pública hipóteses que apenas trazem ainda mais

instabilidade às escolas e às famílias.

O Conselho Executivo