concreto projetado (1)

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  • Universidade Federal de Alagoas Unidade Acadmica Centro de Tecnologia

    Curso de Engenharia Civil Cidade Universitria Campus A. C. Simes

    Tabuleiro dos Martins CEP 57072-970 Macei Alagoas

    Daniele Arcanjo Jssica Beatriz da Silva

    Mariana Soares

    Mayara Jordana Thiago Tenrio

    Concretos Especiais Concreto Projetado

    Professor Paulo Csar Correia Gomes

    Macei - Alagoas

    Dezembro de 2013

  • Sumrio 1. Introduo.................................................................................................................. 3

    2. Materiais e Equipamentos ......................................................................................... 5 2.1. MATERIAL .......................................................................................................... 5 2.1.1. Cimento .............................................................................................................. 5 2.1.2. Agregados .......................................................................................................... 5 2.1.3. gua ................................................................................................................... 5 2.1.4. Aditivos .............................................................................................................. 6 2.1.5. Limitao do Cloro ............................................................................................ 6 2.2. Equipamentos ........................................................................................................ 6 2.2.1. Mquina de Projeo ......................................................................................... 6 2.2.2. Compressor ........................................................................................................ 7

    2.2.3. Suprimento de gua .......................................................................................... 7 2.2.4. Dosador automtico de aditivos ......................................................................... 7 3. Processos de Projeo ............................................................................................... 7 4. PRINCIPAIS PROBLEMAS .................................................................................... 9 4.1. Reflexo, desplacamento e ocluso ....................................................................... 9 4.2. Laminao e sombra ............................................................................................ 10

    5. Trao e Materiais Via Seca .................................................................................. 11 6. Trao e Materiais Via mida ............................................................................... 12 7. Controle ................................................................................................................... 13

    7.1. Cimento ............................................................................................................... 13

    7.2. Agregados ............................................................................................................ 13

    7.3. gua .................................................................................................................... 13 7.4. Aditivos ............................................................................................................... 14 7.5. Execuo .............................................................................................................. 14 8. Campos de Aplicao .............................................................................................. 15 9. Bibliografia.............................................................................................................. 17

  • 1. Introduo A inveno do concreto projetado atribuda a Carl Ethan Akeley, escultor e naturalista do Museu Americano de Histria Natural. Em 24 de junho de 1907, foi inventado por Akeley uma mquina muito rudimentar, que forava gesso seco por um tubo com ar comprimido. Quando atingia o bico, era adicionada gua por uma outra tubulao. Com o jato de gesso, gua e ar comprimido, Akeley aplicou uma camada de de polegada na fachada do museu. Em 1912 construdo um reservatrio de gua de 24 m de dimetro (argamassa projetada), e em 1947 surgiram primeiras mquinas a rotor, similar aos equipamentos atuais que fazem a projeo do concreto. No Brasil desde os anos 1950 em pequenos trabalhos de estabilizao de taludes e reparo em estruturas de concreto o concreto projetado vem sendo usado.

    Defini-se um concreto projetado (mistura de cimento, areia , pedrisco , gua ,aditivos e adies) que transportado por um mangote, desde o equipamento de projeo at um bico, que por meio de ar comprimido o projeta a grande velocidade contra uma superfcie (figura 01). um processo de aplicao de concreto utilizado sem a necessidade de formas, bastando apenas uma superfcie para o seu lanamento. O no emprego de formas pode ser por opo, ou quando, pelas caracterstica da concretagem seu emprego difcil ou impossvel. Esse sistema muito utilizado em concretagens de tneis, paredes de conteno, piscinas e em recuperao e reforo estrutural de lajes, vigas, pilares e paredes de concreto armado. No Brasil a Associao Brasileira de Normas tcnicas (ABNT) faz uma boa definio contemplando todos aspectos do concreto projetado.

    Existem dois sistemas de projeo: o processo via seca e o via mida. O Concreto Projetado via seca consiste em efetuar uma mistura seca ou com pouca umidade, de cimento, areia, pedrisco, aditivo que transportada at o bico de projeo, onde acrescentada a gua necessria por meio de um anel perfurado (anel umificador). No caso de aditivo lquido ele misturado com a gua antes de entrar em contato com os materiais secos. As vantagens desse procedimento so a baixa relao a/c, alta velocidade de projeo, maior aderncia as superfcies midas, menor quantidade de cimento, comparada a via mida, e a aplicao de menos aditivo acelerador que o via

  • mida. Sua principal desvantagem a maior reflexo que o de via mida (da ordem de 25% em massa).

    O Concreto Projetado via mida consiste em se efetuar uma mistura plstica de cimento, areia, pedrisco, gua, aditivos plastificante e superplastificante e transport-la atravs do mangote at o bico de projeo, onde adicionado o aditivo acelerador de pega lquido. No processo via mida se utiliza mais gua que a necessria para hidratao do cimento propiciando formao de fissuras por retrao, por isso a necessidade de se utilizar um superplastificante. As vantagens desse procedimento so a menor reflexo (menor que 15%), relao a/c constante e precisa de menos volume de ar que o de via seca. Como desvantagens deste processo temos o alto custo do equipamento, as interrupes causam grandes perdas de concreto, relao a/c maior e a resistncias inicial e final menores que o de via seca. Os aditivos mais utilizados em concreto projetado so o aditivo acelerador em p ( base de carbonato de sdio) para o via seca/lquido ( base de aluminato de potssio) para o via seca e mida, so aditivos custicos mas j existem no mercado brasileiro aditivos no custicos. Eles tem por finalidade o aumento da resistncia inicial, a reduo dos tempos de incio e fim de pega, o aumento da espessura das camadas de concreto projetado de uma s vez e a diminuio da reflexo do concreto projetado. Como inconvenientes temos a reduo da resistncia do concreto a 28 dias em relao a um concreto sem aditivo (maior com o uso de aditivo lquido e menor com o uso do aditivo em p) e o aumento da porosidade do concreto.

    Figura 01 - Aplicao de Concreto projetados.

  • 2. Materiais e Equipamentos

    2.1. MATERIAL O concreto projetado deve ser dosado, misturado e lanado por equipamento projeo de capacidade mnima de produo de 10 m/h. A cada mquina de projeo, corresponde uma composio granulomtrica tima, funo das dimenses do mangote do bico e das presses de ar e gua, entre outros fatores.

    2.1.1. Cimento O cimento utilizado pode ser o Portland comum ou o Portland de alta resistncia inicial que atendam respectivamente s exigncias da NBR 5732(1) e da NBR 5733(2). A dosagem de cimento empregada em concreto projetado a mesma utilizada nos concretos tradicionais, oscilando entre 300 e 375 kg/m3, em alguns casos necessrio utilizar dosagens com consumo de cimento de at 500 kg/m3. Os aditivos aceleradores de pega, impermeabilizantes ou plastificantes podem ser utilizados, na proporo de 2% a 3%, para aumentar a resistncia inicial ou diminuir a reflexo.

    2.1.2. Agregados Os agregados midos e grados devem obedecer s especificaes da NBR 7211(3), exceto no que se refere composio granulomtrica. Deve-se utilizar agregados de tamanho superior a 9,5 mm para possibilitar a reduo de cimento e com isso a diminuio da retrao hidrulica. Desta forma o concreto projetado pode ser utilizado como material estrutural.

    2.1.3. gua A gua para mistura e cura deve ser limpa e isenta de teores prejudiciais de substncias estranhas, tais como, leos, cidos e matria orgnica, e devem obedecer aos requisitos da NBR 6118(4). A relao gua/cimento deve variar entre 0,35 e 0,50 de forma a garantir a aderncia e a resistncia do material.

  • 2.1.4. Aditivos permitida a utilizao de aditivos em concreto projetado com a finalidade de melhorar determinadas propriedades ou de solucionar problemas especficos. Os aditivos devem atender s especificaes ASTM C 494(5), ASTM C 260(6), ASTM C 350(7) e ASTMC 402(8). Quando utilizados aceleradores de pega, recomendvel a realizao de ensaios de compatibilidade segundo a NBR 13069(9). proibida a utilizao de cloreto de clcio quando o concreto projetado estiver em contato com a armadura convencional, telas de ao, cordoalhas, ou fios para contato entre si, tais como: alumnio e ao.

    2.1.5. Limitao do Cloro Para a aplicao de concreto projetado em peas protendidas, o total de ons cloro (Cl-), de todas as fontes, gua de mistura, cimento aditivo e agregado, no podem ser superiores a 0,06% do peso de cimento. Para concreto armado esse limite de 0,10% do peso de cimento.

    2.2. Equipamentos

    2.2.1. Mquina de Projeo A mquina de projeo deve permitir ejeo do material pelo bico, sob velocidades que garantam um mnimo de reflexo e um mximo de aderncia do concreto superfcie, bem como, mxima densidade. O bocal de descarga deve ser equipado com um sistema de injeo de gua ajustvel manualmente, para dirigir e distribuir a gua na argamassa, a vlvula de controle de gua deve permitir o ajuste instantneo da vazo de gua. O bocal deve ainda ser capaz de projetar um jato de formato cnico e aparncia uniforme. Distores no jato e aparncia heterognea indicam desgaste do bocal ou mal funcionamento do sistema de injeo de gua. O bocal de descarga deve ser rigorosamente limpo ao fim de cada concretagem, em locais apropriados, devendo tomar cuidado para que o material de lavagem no obstrua o sistema de drenagem superficial da pista.

  • 2.2.2. Compressor O compressor de ar deve ser capaz de fornecer ar comprimido para manter a velocidade no bocal e, simultaneamente, operar o tubo de limpeza do material refletido. O compressor deve suprir quantidade necessria de ar (m3/min) por bico, mantendo presso constante, sem oscilao.

    2.2.3. Suprimento de gua A presso de gua deve ser constante em cerca de 1.0 kgf/cm2 superior do ar comprimido para assegurar mistura adequada com o restante dos materiais. Deve ser prevista uma bomba, para permitir a manuteno de um fluxo uniforme, e de um tanque, para garantir o abastecimento.

    2.2.4. Dosador automtico de aditivos Este equipamento praticamente condiciona o volume produzido em funo de sua capacidade dosadora, salientando que o consumo, da ordem de 6% em relao massa e cimento, impe uma dosagem contnua de mais ou menos 200 litros/hora, dependendo do modelo e da produo do equipamento.

    3. Processos de Projeo O sucesso da aplicao do concreto projetado requer um equipamento com operao e manuteno apropriada, assim fundamental o conhecimento do processo de projeo, para que se possa tirar o mximo proveito do equipamento. Pode ser classificado segundo o tipo de equipamento utilizado , que tambm define em que condies se trabalhar com o material, assim como as propriedades que ele apresentar. Basicamente pode ser de dois tipos; projeo por via mida ou via seca.

    O processo de projeo por via seca tem esse nome pelo fato do concreto ser levado a mquina de projeo seco. Neles uma mistura de agregado e cimento conduzida por ar comprimido atravs de um mangote at o bico de projeo, onde ento adicionada a gua. Nos ltimos anos tm-se adotado um procedimento que melhora e facilita a projeo via seca chamada via semi-mida, que utiliza o mesmo equipamento

  • da projeo via seca modificando apenas o local de entrada da gua na mistura, havendo outro ponto do acrscimo de gua, o mangote seccionado a mais ou menos cinco metros antes do bico onde conectado um dispositivo que permite a injeo da gua. O pr umedecimento facilita a aplicao, inclusive diminuindo a quantidade de p gerado na operao.

    Na projeo via mida o concreto chega bomba com toda a gua necessria j misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeo no bico. O uso do concreto projetado traz vantagens e desvantagens. Umas das principais desvantagens, que ocorre nos dois processos reflexo dos agregados e os desplacamentos, podendo chegar a 60% do volume projetado.

    No processo via seca o controle do fator gua/cimento fica a critrio do operador mangoteiro que vai alterando a quantidade de gua em funo do desplacamento ou do ricochete. O fator gua/cimento o que determina em alguns casos a opo pelo processo via mida. No Brasil h uma preferncia pela via seca, devido ela apresentar vantagens como menor consumo de cimento, baixa relao a/c, velocidade de projeo, boa aderncia e menor compactao. As desvantagens so a maior reflexo, maior consumo de ar e maior gerao de poeira.

    No processo via mida h um maior controle do fator gua/cimento, resultando uma maior uniformidadedo produto e da superfcie tratada. H um menor ricochete de agregados, menor consumo de ar, melhor conservao do equipamento, mangotes e bicos, e como apresenta uma maior relao de a/c, para um mesmo consumo, menores resistncias.

    Nos dois processos, o operador mangoteiro fundamental para a qualidade do processo, existe uma norma da ABNT para esta atividade NBR 13597/96, Concreto Projetado-Procedimento para qualificao de mangoteiro por via seca. O magoteiro (figura 02) acima de tudo tem a responsabilidade de conhecer e executar a aplicao adequadamente, evitando problemas como laminao, reflexo excessiva, imperfeies superficiais; tambm deve ter cuidado em fazer a projeo com o bico ortogonal superfcie, controlar a distncia do bico superfcie procurando eficincia e evitar sobretudo a formao de ocluses (regies sem adensamento), e em superfcies inclinadas ou verticais, evitar cobrir ou incorporar, o concreto refletido ou desplacado ao projetado.

  • Quando se trabalha com grandes volumes, indispensvel o uso de aditivos, aceleradores de pega e endurecimento, lquidos ou em p. Neste caso preferencial que o concreto seja projetado por via mida, pois permiti uma melhor uniformidade, o produto tende a reduzir o consumo de aditivos e apresentar caractersticas melhores que o via seca. No entanto o consumo de cimento maior para as mesmas resistncias obtidas no processo via seca.

    Equipamento importante na aplicao do concreto projetado o dosador automtico de aditivos. Este equipamento praticamente condiciona o volume produzidoem funo de sua capacidade dosadora, salientando que o consumo, da ordem de 6%em relao massa de cimento, impe uma dosagem contnua de mais ou menos 200litros/hora, dependendo do modelo e da produo do equipamento.

    Figura -02 Aplicao do concreto Projetado.

    4. PRINCIPAIS PROBLEMAS

    4.1. Reflexo, desplacamento e ocluso Existem inconvenientes durante a projeo do concreto, dentre eles, a reflexo, que se d pelo impacto do concreto contra superfcies duras, sejam elas: o prprio concreto, as armaduras etc., onde parte dele refletida e no se incorpora a superfcie. A quantidade de material refletido varia com a posio de trabalho, presso de ar, consumo de cimento, consumo de gua, granulometria dos agregados, uso de aditivos, densidade da armadura, espessura da camada e forma geomtrica e experincia do

  • operador do bico de projeo. A massa projetada que se destaca da estrutura pode ocorrer por falta de aderncia sendo um outro inconveniente durante a projeo, o desplacamento. Se o substrato no estiver adequadamente preparado, contendo ainda materiais soltos e lisos, provenientes da reflexo, presena de camada de carbonato de clcio formada a partir da lixiviao da cal do cimento, substrato muito mido, excesso de umidade e retardo do incio de pega do concreto, haver facilmente uma falta de aderncia. O desplacamento pode ser observado como buracos na estrutura ao longo de sua superfcie contnua de concreto e ainda que seja uma quantidade de massa que se desprende da estrutura no deve ser considerada como reflexo.

    Existe ainda como influncia da reflexo outro inconveniente, o da ocluso que a incorporao de material refletido, segregado na superfcie em projeo. Isso ocorre com a falta de limpeza do material refletido. Esse limpeza pode ser facilmente feita pelo auxiliar de mangoteiro operando o bico auxiliar de limpeza, jateando ar e assim conseguir manter fora do campo de trabalho do mangoteiro o material refletido e qualquer material solto durante a projeo. O autor afirma que se pode verificar uma queda na resistncia em corpos de prova ensaiados quanto compresso devido ao efeito da ocluso.

    4.2. Laminao e sombra A laminao a ocorrncia de camadas que so visivelmente diferenciadas nos testemunhos extrados de uma determinada espessura de concreto projetado e estas se devem a uma mistura muito seca, segregao do concreto a at mesmo ao prprio processo de projeo.

    Os vazios que se formam atrs de armaduras ou embutidos, em relao ao fluxo de projeo, so denominados sombra. a origem desse inconveniente pode ser uma m aplicao em funo da distncia e do ngulo do bico de projeo em relao superfcie de projeo incorretos e excesso de acelerador de pega, que tem como efeito pelo seu uso em demasia, uma acelerao da hidratao do cimento em uma velocidade que o concreto projetado no tem a consistncia necessria para preencher os vazios atrs da armadura. Quando realizamos a projeo sobre a armadura, o jato deve ser dirigido para esta com pequena inclinao, de modo a evitar a formao de vazios sob as barras e garantir a aderncia com o concreto. Os problemas sombra ocluso e laminao no concreto projetado ocorrem com maior freqncia no concreto projetado

  • por via seca quando este no aplicado corretamente o que em caso contrrio observvel a no ocorrncia.

    5. Trao e Materiais Via Seca Geralmente os traos utilizados em mquinas de projeo para at 6 m 3 /h,so compostos com areia natural ou artificial e brita zero (Dmx. = 12,5 mm). Seu trao no segue as propores convencionais dos concretos plsticos, ento a proporo pode chegar a 60% de areia para 40% de brita zero, podendo haver peneiramento para reduo do Dmx, pois os agregados de maior dimetro refletem mais facilmente com o impacto em superfcies duras como o concreto antigo, rochas ou mesmo a armadura.

    Deve-se secar a areia antes de executar a mistura. Trabalhar com areia muito mida, acima de 3%, pode provocar com mais frequncia o entupimento do sistema. O entupimento um grande transtorno no rendimento do servio. A operao de desentupimento consiste em desconectar mangotes e desmontagens de discos para limpeza, o que acarreta atrasos indesejveis.

    O trao genrico mais indicado, geralmente com consumos altos, acima de 400 kg/m 3 , para projetado via seca, e resistncias aos 28 dias da ordem de 25 MPa ,em volume:

    Um saco de cimento CP II 32 (50 kg) 45 litros de brita zero

    90 litros de areia mdia

    Mantendo- se este trao e acrescentando- se 4,0 kg de microsslica por saco de cimento de 50 kg, atinge-se facilmente resistncias acima de 40 MPa aos 28 dias. Qualquer cimento pode ser usado na execuo de concreto projetado, mas os cimentos tipo ARI (Alta Resistncia Inicial) do respostas mais rpidas s resistncias iniciais e so os preferidos no Brasil. Cimentos do tipo CP III e CP IV, com adio de escria ou pozolana, respondero mais lentamente s resistncias iniciais.

    Agregados menos angulares, granito ou calcrio,proporcionam um trao com mais trabalhabilidade que agregados lamelares ou com formas pontiagudas, caso de

  • algumas jazidas de basalto ou quartzito. A cura do concreto projetado, recebe os mesmos cuidados que o concreto convencional. Recomenda- se que quando a obra esta a cu aberto ou exposta, o cobrimento com lonas de polietileno para evitar a evaporao. Vale salientar que os traos so indicativos e dependem fundamentalmente do operador (mangoteiro), do controle da gua e da granulometria e textura dos agregados.

    6. Trao e Materiais Via mida Dominante na Europa. Uso crescente no Brasil, devido ao aditivo superplastificante , o concretos projetado so de grande compacidade de resistncia compresso (50 MPa). O uso em revestimentos secundrios de tneis devido baixa reflexo (< 10 %) e alta produtividade com robs o faz hoje um dos concretos mais utilizados

    em obras de grande porte.

    A aplicao dos equipamentos dependem do fluxo a ser lanado o concreto, pode ser fluxo denso e fluxo aerado. Quando a fluxo denso utilizamos bombas a pisto e o concreto lanado na cuba transportado dentro do mangote pela bomba. O ar comprimido e o aditivo so injetados no bico de projeo. O mangote tem o comprimento variando de 80 a 100 m, para reflexo baixa < 5%.

    O fluxo aerado utilizamos bombas a rotor diferente da via seca apenas pelo concreto lanado na bomba ser plstico. Esse processo ao longo do tempo pode ocasionar entupimentos e pulsaes, para isso determinado que mangotes com comprimento

  • O teor de argamassa, presena de adies, curva granulomtrica e forma dos gros dos agregados so fatores que devem ser analisados para a aplicao do fluxo denso. Nesse tipo de aplicao pode-se trabalhar com abatimentos menores (entre 8 e 12 cm), pois o mecanismo de lanamento facilita o adensamento. O trao piloto ir definr o consumo de cimento da determinada mistura, onde deve ser analisado se h necessidade de finos para facilitar o bombeamento ( cimento entre 400 a 500 kg/m3).

    Deve se aplicar de duas areias e uma brita e esse agregado deve atender as faixas do ACI 506-R-90 (buscar granulometria uniformemente distribuda para fluxo denso, para facilitar bombeamento). Os aditivos plastificantes devem ser inseridos na mistura e deve-se controlar a dosagem para alcanar abatimento para bombeamento. A coeso pode ser melhorada com a alterao em proporo, entre areias, e/ou substituir parte do cimento por material fino (slica ativa, metacaulim, etc.). O diagrama de dosagem e a determinao do trao deve ser realizado preliminarmente. Com o trao podemos fazer ensaios a analisar trs placas com diferentes teores de aditivo acelerador e monitorar as resistncias iniciais.

    7. Controle

    7.1. Cimento Verificar se os cimentos atendem, em cada caso, s suas regulamentaes especficas. Verificar se o cimento se encontra dentro do prazo de validade, se as embalagens esto invioladas, e no existem evidencias de hidratao precoce.

    7.2. Agregados Verificar se os agregados atendem NBR 7211(3), exceto a granulometria.

    7.3. gua Verificar se a gua atende aos requisitos da NBR 6118(4).

  • 7.4. Aditivos Verificar se os aditivos atendem as especificaes de cada tipo de projeto.

    7.5. Execuo Verificar com antecedncia se o trao adotado para o concreto corresponde ao especificado. Verificar que no seja utilizado concreto com suspeita de ter iniciado pega antes do lanamento. Verificar que seja realizado controle da cura, mantendo mida a superfcie exposta com sacos de estopa molhados ou utilizao de geradores de neblina, por um perodo mnimo de 3 dias. A resistncia compresso deve ser determinada atravs da extrao de testemunhos de placas moldadas durante a projeo, a freqncia de amostragem e dos ensaios, deve ser definida pela fiscalizao em funo do volume aplicado e durao de cada etapa de aplicao; verificar se a geometria, alinhamentos e dimenses finais das peas esto conforme indicado nos desenhos de projeto, com as seguintes tolerncias dimensionais:

    Em nenhum caso a dimenso pode ser inferior indicada em projeto; Em nenhum caso a dimenso pode ser superior a 20 % da dimenso indicada

    em projeto; A menos de expressamente indicado em projeto, o cobrimento das armaduras

    no pode resultar em valor superior a 6 cm.

    Figura 06 - Teste de qualidade do concreto projetado, para projeo consistncia de 200 + - 30.

  • 8. Campos de Aplicao O concreto projetado indicado para locais especiais com superfcies irregulares, aplicaes no bordo inferior de lajes, reforos com aplicaes urgentes ou com eliminao do uso de formas. O grande problema no lanamento, principalmente em tneis (figura 04), a gerao de p. Existem braos hidrulicos robotizados para controlar o lanamento de volumes maiores e operao em condies insalubres.

    Na construo de grandes barragens, aps escavao e limpeza da rocha, o leito e encostas so tratados com concreto projetado, por apresentar boa aderncia epreencher bem reentrncias e cavidades com bom adensamento, antes do lanamentodo concreto convencional ou compactado com rolo. Geralmente em casos de incndio, quando recuperveis, a tcnica mais indicada e muitas vezes conveniente o concreto projetado (figura 03).

    Figura 03 - Aplicao do Concreto Projetado.

    Figura 04 - Aplicao do Concreto Projetado em tneis.

  • Figura 05 - Tneis em Concreto Projetado.

  • 9. Bibliografia

    1) ABNT NBR 13317:2012 - Concreto projetado - Determinao do ndice de reflexo por medio direta, que revisa a norma ABNT NBR 13317:1995.

    2) ABNT NBR 13069:2012 - Concreto projetado - Determinao dos tempos de pega em pasta de cimento Portland, com ou sem a utilizao de aditivo acelerador de pega, que revisa a norma ABNT NBR 13069:1994.

    3) ABNT NBR 13597:2012 - Procedimento para qualificao de mangoteiro de concreto projetado aplicado por via seca, que revisa a norma ABNT NBR 13597:1996.

    4) NORMA DNIT 087/2006 Execuo e acabamento do concreto projetado Especificao de servio.

    5) Slide de aulas do Prof. Dr. PAULO SRGIO DOS SANTOS BASTOS, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA- UNESP - Campus de Bauru/SP FACULDADE DE ENGENHARIA.

    6) SILVA, P. F. Arajo. Concreto Projetado Para Tneis. Editora Pini Ltda, 1997. So Paulo, pp 94.

    7) Artigo, Geol. Carlos de Oliveira Campos, sobre CONCRETO PROJETADO. REGIONAL DO IBRACON - GOINIA.

  • ANEXO 1

    Quadro 1- Comparao entre os mtodos de projeo por via seca e mida