consenso brasileiro dpoc

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J Pneumol 26(Supl 1) – abril de 2000 S 1 I Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) I Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Coordenadores JÚLIO CÉSAR ABREU DE OLIVEIRA Professor Adjunto-Doutor da Disciplina de Pneumologia Faculdade de Medicina Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF JOSÉ ROBERTO DE BRITO JARDIM Professor Adjunto-Doutor da Disciplina de Pneumologia Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo – Unifesp ROGÉRIO RUFINO Professor Assistente da Disciplina de Pneumologia Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ Colaboradores Alberto Cukier Anita Sachs Carlos Alberto Barros Franco Carlos Viegas Carmem Sílvia Valente Barbas Cyro Kirchenchtejn Eliane Folador Fábio Jatene Francisco Elmano Marques Souza Geraldo Lorenzi Filho Ilma Paschoal Irma de Godoy Jairo Sponholz Araújo Jorge Lima Hetzel José Camargo José Manoel Jansen José Roberto Jardim Júlio César Abreu de Oliveira Luiz Carlos Corrêa da Silva Luís Carlos Losso Luiz Eduardo Mendes Campos Luiz Eduardo Nery Luiz Fernando Ferreira Pereira Maria Helena Pignatti Maria Isabel Carmagnani Renato Albuquerque de Medeiros Ricardo Beyrutti Ricardo Marques Dias Ronaldo Laranjeira Ronaldo Nascentes Rogério Rufino Rui Haddad Sérgio Faro Sônia Cendon Sônia Maria Faresin Vicente Forte

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Consenso Brasileiro sobre aspectos fisiopatológicos, tratamento e prevenção da Dpoc.

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Page 1: Consenso Brasileiro Dpoc

J Pneumol 26(Supl 1) – abril de 2000 S 1

I Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

I Consenso Brasileiro de DoençaPulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

CoordenadoresJÚLIO CÉSAR ABREU DE OLIVEIRA

Professor Adjunto-Doutor da Disciplina de PneumologiaFaculdade de Medicina

Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

JOSÉ ROBERTO DE BRITO JARDIMProfessor Adjunto-Doutor da Disciplina de Pneumologia

Escola Paulista de MedicinaUniversidade Federal de São Paulo – Unifesp

ROGÉRIO RUFINOProfessor Assistente da Disciplina de PneumologiaUniversidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ

ColaboradoresAlberto Cukier

Anita SachsCarlos Alberto Barros Franco

Carlos ViegasCarmem Sílvia Valente Barbas

Cyro KirchenchtejnEliane Folador

Fábio JateneFrancisco Elmano Marques Souza

Geraldo Lorenzi FilhoIlma Paschoal

Irma de GodoyJairo Sponholz Araújo

Jorge Lima HetzelJosé Camargo

José Manoel JansenJosé Roberto Jardim

Júlio César Abreu de Oliveira

Luiz Carlos Corrêa da SilvaLuís Carlos LossoLuiz Eduardo Mendes CamposLuiz Eduardo NeryLuiz Fernando Ferreira PereiraMaria Helena PignattiMaria Isabel CarmagnaniRenato Albuquerque de MedeirosRicardo BeyruttiRicardo Marques DiasRonaldo LaranjeiraRonaldo NascentesRogério RufinoRui HaddadSérgio FaroSônia CendonSônia Maria FaresinVicente Forte

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I Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

S 2 J Pneumol 26(Supl 1) – abril de 2000

Prefácio

A SBPT tem o prazer de apresentar às classes pneumológica e médica em geral oI Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A despeitode sua alta prevalência, aproximadamente igual à da asma, a DPOC é freqüentemen-te considerada como sendo uma condição menos importante, que atinge uma popu-lação idosa, na qual a terapêutica é pouco eficaz, gerando um prognóstico reserva-do.

Desse modo, os relatores deste consenso se propõem a oferecer uma visão didá-tica, abrangente e atualizada da DPOC, demonstrando sua significância real, uma vezque ela acomete cerca de cinco por cento da população adulta brasileira e apresentauma taxa de mortalidade ascendente.

O objetivo deste Consenso foi não somente estabelecer uma ampla revisão daliteratura, como também, usando o vasto conhecimento existente na pneumologiabrasileira, ordenar estratégias que atuem no sentido de reduzir a morbimortalidade emelhorar a qualidade de vida dos pacientes portadores de DPOC.

Podemos considerar que este consenso foi fruto de um processo extremamenteparticipativo e que por este motivo teve um período maior de elaboração. O primei-ro passo na sua execução foi a realização de uma reunião em São Paulo, aberta àparticipação de toda a classe médica, em que foram discutidos os principais aspectosda DPOC, e que funcionou como o esqueleto para elaboração do consenso. Seguiu-sea redação dos diversos temas abordados por um grupo de aproximadamente 30autores e sua posterior revisão e organização editorial. Como, por uma série demotivos, este processo levou mais tempo que o inicialmente planejado, um novogrupo, agora com aproximadamente 15 participantes, encarregou-se de uma atua-lização dos temas abordados, seguida de revisão por parte dos coordenadores. As-sim sendo, as opiniões aqui expressas foram baseadas não unicamente em relatos deliteratura, mas também em experiências clínicas, não nos tendo escapado a percep-ção de que a Medicina se fundamenta essencialmente na boa prática clínica.

A SBPT agradece a todos os que colaboraram para que este trabalho fosse concluí-do e espera que ele seja útil no sentido de melhorar a compreensão dos diferentesaspectos relacionados à doença, permitindo melhorar a qualidade do atendimentooferecido aos portadores de DPOC.

Finalmente, cabe-nos deixar a lembrança de que “a Medicina é uma ciência deverdades temporárias, feitas definitivas para fins didáticos”.

JÚLIO ABREU OLIVEIRA JOSÉ ROBERTO JARDIM ROGÉRIO RUFINO

Page 3: Consenso Brasileiro Dpoc

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I Consenso Brasileiro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Siglas utilizadas neste consenso

ATS – American Thoracic SocietyAVD – atividades da vida diáriabd – broncodilatadorCO2 – dióxido de carbono/gás carbônicoCPAP – pressão positiva contínua em vias aéreasCPP – complicações pulmonares pós-operatóriasCPT – capacidade pulmonar totalCRF – capacidade residual funcionalCVF – capacidade vital forçadaDCO – capacidade de difusão do monóxido de carbonoDPOC – doença pulmonar obstrutiva crônicaECG – eletrocardiogramaEEG – eletroencefalogramaEPAP – pressão expiratória positivaERS – European Respiratory SocietyGEB – gasto energético basalGED – gasto energético diárioICC – insuficiência cardíaca congestivaIMC – índice de massa corpóreaIPAP – pressão inspiratória positivaLBA – lavado broncoalveolarO2 – oxigênio

PaCO2 – pressão parcial de gás carbônico no sangue arterialPaO2 – pressão parcial de oxigênio no sangue arterialPEEP – pressão positiva expiratória finalPE max – pressão expiratória máximaPI max – pressão inspiratória máximaPMAP – pressão média da artéria pulmonarQRC - Questionário Respiratório CrônicoQV – qualidade de vidaSASO – síndrome da apnéia do sono obstrutivaSGRQ – Questionário de Doenças Respiratórias do Hos-pital St. GeorgeTCAR – tomografia computadorizada de alta resoluçãoTEP – tromboembolismo pulmonarUTI – unidade de terapia intensivaVA – volume alveolarVC – volume correnteVEF1 – volume expiratório forçado no primeiro segundoVEF1 ppo – volume expiratório forçado no primeiro se-gundo no pós-operatórioVEM – volume de espaço mortoVO2max – consumo de O2 máximoVR – volume residual

SUMÁRIOUnidade I – Dos aspectos diagnósticos1 – Definição2 – Epidemiologia3 – Diagnóstico4 – Estadiamento

Unidade II – Da exacerbação aguda e dosprocedimentos terapêuticos habituais

5 – Exacerbação aguda6 – Ventilação mecânica7 – Antibióticos8 – Broncodilatadores9 – Corticóides

10 – Oxigenoterapia11 – Vacinação12 – Drogas mucoativas

13 – Tratamento do cor pulmonale crônico eda hipertensão pulmonar

Unidade III – Das avaliações diversas14 – Avaliação pré-operatória e do risco cirúr-

gico15 – Avaliação da qualidade de vida16 – Avaliação do estado nutricional17 – Avaliação do sono18 – Avaliação da capacidade de exercício

Unidade IV – Das novas abordagens tera-pêuticas19 – Cessação do tabagismo20 – Reabilitação21 – Cirurgia de redução volumétrica22 – Transplante pulmonar