construção da escrita

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GRAMÁTICA ORTOGRAFIA 1 Carmen Silvia C. Torres de Carvalho Maria da Graça Barreto Baraldi ESCRITA ESCRITA Manual do Professor

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Língua Portuguesa

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  • G R A M T I C AORTOGRAFIA

    1

    Carmen Silvia C. Torres de CarvalhoMaria da Graa Barreto Baraldi

    ESCRITAESCRITA

    Manual do Professor

  • 2ndice

    Distribuio das atividades do Livro do Aluno em Mdulos ................... 4Carta ao Professor ......................................................................................... 6Apresentao da coleo .............................................................................. 7

    Dinmica do trabalho ................................................................................. 8

    Mdulo I Ordem alfabtica

    1. O alfabeto ................................................................................................. 9Letras conceito e identidade .............................................................. 9

    2. Ordem alfabtica ....................................................................................... 103. Trabalhando com o dicionrio ................................................................ 11

    Jogos para velocidade na busca do dicionrio ..................................... 12Descoberta do significado ....................................................................... 13Desenvolvendo a deduo ...................................................................... 14

    Respostas das atividades do Mdulo I ........................................................ 14

    Mdulo II Vogal, consoante, slaba e palavra

    1. Objetivos .................................................................................................. 152. Estratgias para a compreenso do conceito de slaba ...................... 163. Estratgias de sistematizao ................................................................ 174. Ampliao do conceito de slaba ........................................................... 185. Estratgias para sistematizao ............................................................. 206. Palavra como identidade entre dois espaos ......................................... 20Respostas das atividades do Mdulo II ..................................................... 20

    Mdulo III Significao do espao na escrita

    1. Objetivos .................................................................................................. 232. Estratgias para se trabalhar a significao do espao ....................... 243. Sistematizao ......................................................................................... 254. Palavras de uma e duas letras ................................................................ 26

    Estratgia ................................................................................................. 27Respostas das atividades do Mdulo III .................................................... 29

  • Mdulo IV Anlise do sistema ortogrfico

    1. Objetivos .................................................................................................. 322. Reflexes sobre a letra H ....................................................................... 32

    Estratgias ............................................................................................... 323. Reflexes sobre a letra R .......................................................................... 35

    1 momento ........................................................................................... 352 momento ........................................................................................... 363 momento ........................................................................................... 37

    4. Reflexes sobre a letra L .......................................................................... 381 momento ............................................................................................ 392 momento ........................................................................................... 393 momento ........................................................................................... 40

    5. Reflexes sobre o sistema de nasalizao ............................................. 41Respostas das atividades do Mdulo IV .................................................... 44

    Mdulo V Pontuao

    1. Observaes gerais ................................................................................. 482. O trabalho de pontuao na 1 srie ..................................................... 48

    O prncipe Harum ................................................................................... 493. A pontuao interna ............................................................................... 514. O discurso direto ...................................................................................... 52

    Estratgia ................................................................................................ 52Respostas das atividades do Mdulo V ..................................................... 53

    Apndice

    Paragrafao ................................................................................................ 56Sugestes de jogos ortogrficos para sistematizao ................................ 57

    Jogos de Stop ......................................................................................... 57Bingo ortogrfico .................................................................................... 60Jogo das dicas ........................................................................................ 61Palavras cruzadas ................................................................................... 61Soletrando ............................................................................................... 61Jogo dos animais ................................................................................... 62

    Bibliografia para pesquisa terica .............................................................. 63

    3

  • 4Charada ......................................................................... 7Qual a diferente? ...................................................... 9Qual a ordem? ..................................................... 10Na loja de discos ...................................................... 11O guia das ruas ...................................................... 12Procurando no setor de informaes ................... 13Procurando na enciclopdia .................................. 14Brincando de farmacutico ...................................... 15Arrumando o arquivo da escola ............................ 16Qual o nmero de seu telefone? ....................... 17 Montando a biblioteca ............................................ 19Vogais e consoantes ............................................... 20Quantas letras? ........................................................... 21Forca ........................................................................ 22Salada de letras ...................................................... 23Milk-shake ................................................................ 24Trocando! ................................................................ 25Diagrama ................................................................. 26Letras e slabas ....................................................... 27Construa .................................................................. 29Recriando ................................................................ 30Brr! Que medo .................................................... 31Cruzadinha ............................................................... 32Trinca ....................................................................... 33Descobrindo... ......................................................... 34Por fora ................................................................... 35Qual ?! ................................................................... 36Quantas slabas? ..................................................... 37Quem procura ...................................................... 39Brincando de rima ................................................. 40Fura-bolo ou indicador? .................................... 41Adivinhe .................................................................. 42Stop das plantas .................................................... 43M MMMMMMMMMMM (prosa) ................................. 44MMMMMMMM (poesia) ......................................... 46A ilha do pavo ...................................................... 48Batatinha quando nasce ........................................ 49Um bilhete meio estranho ..................................... 51Versinhos... .............................................................. 52Um dois ............................................................ 53Cdigo .................................................................. 54Quais so? ............................................................... 55Descubra os erros! ................................................. 56E agora? ................................................................... 57Continuando ........................................................ 58Ah! Os homens .................................................... 60Fim da linha! .......................................................... 62Separando em dois! .............................................. 63

    MDULO IOrdem alfabtica

    MDULO IIVogal, consoante, slaba

    e palavra

    MDULO IIISignificao do espao

    na escrita

    Distribuio das atividades do Livro do Aluno em Mdulos

    Livro do Aluno Mdulos

  • 5Labirinto .................................................................. 64Super-super ............................................................ 66Sem H... Com H ..................................................... 67Jogo dos sete erros ................................................... 68Esconde e acha! ...................................................... 69Que perfume ...................................................... 70s vezes de noite ................................................... 71Bolhas ...................................................................... 72Com tantos rr, no erres! ..................................... 73Descubra o segredo .............................................. 74Salada de letras com R ......................................... 75Produes ............................................................... 76Desenhando ............................................................ 77Stop ......................................................................... 78Descobrindo ............................................................ 79Cruzando palavras .................................................. 80O bicho que come a lua ............................................ 81Cuidado com o Minotauro! .................................. 82Caa-palavras com L .............................................. 84Sem L... Com L ..................................................... 86Anel ou Lena? ......................................................... 87Voc o detetive... ............................................... 88Esconde-Esconde ................................................... 89Circulando .................................................................... 90Descobrindo o m, o n e o til ...................................... 92Descobrindo o som nasal sem marca ................. 95Achou?!? ................................................................. 96Descubra o segredo .............................................. 97Hum... Hum!... ........................................................ 98Onde?! .................................................................... 99Tudo pronto pra festa surpresa? ................................ 100Cebolinha?! ............................................................ 101Fim de domingo ........................................................... 104Boi da Cara Preta!?! ..................................................... 108Para ler e pensar ......................................................... 113Posso brincar na chuva? .............................................. 115Ah! Ah! Ah!!! ............................................................... 116O menino que aprendeu a ver 1 parte .................. 118O menino que aprendeu a ver 2 parte .................. 120O menino que aprendeu a ver 3 parte .................. 121O menino que aprendeu a ver 4 parte .................. 125

    Referncias bibliogrficas ........................................... 127

    MDULO IVAnlise do sistema ortogrfico

    Reflexes sobre a letra H

    Reflexes sobre a letra R

    Reflexes sobre a letra L

    Reflexes sobre o sistema de nasalizao

    MDULO VPontuao

  • 6Carta ao Professor

    Este material o produto de 14 anos de trabalho experimental. Nestes anos to-dos tenho buscado compreender de que forma uma pessoa se apropria de um objetode conhecimento para, atravs deste saber, pensar um meio de ajudar professores ealunos a realizarem uma apropriao da lngua que seja efetiva e gratificante.

    Algumas idias nortearam o trabalho. Em primeiro lugar, a conscincia de quetodo contedo, qualquer que seja ele, nunca um fim em si mesmo. Ele , sim, ape-nas um pretexto para se aprender a pensar o prprio conhecimento, para se com-preender que aprender no reproduzir verdades alheias, mas sim aprender a olharpara o mundo colhendo dados, transformando-os e tirando concluses. Enfim, co-nhecer produzir, e no reproduzir conhecimento. Esta descoberta da prpria ca-pacidade de produo de conhecimento tem sido fonte de energia interna para as pes-soas olharem o mundo atravs de seus prprios olhos (e no atravs dos olhos deoutrem...), acreditando no valor daquilo que vem e pensam. S desta forma acreditoque possamos formar gente crtica e forte o bastante para saber-se capaz de ser agentetransformador de sua prpria vida e da realidade que a cerca.

    Para que este objetivo pudesse ser atingido era necessrio que a lngua fossevista como um objeto a ser descoberto, analisado nas suas mltiplas possibilidades derecortes, organizaes e relaes. No mais como um conjunto de modelos e regrasa serem introjetados, mas um sistema articulado a ser desvendado. Como uma teiaonde o aluno pudesse ir se apropriando de cada fio e gradativamente tecendo a tramadas relaes e significaes. Para tal seria necessrio agir sobre a lngua e no se sub-meter a ela. Seria preciso reinvent-la a todo instante para descobri-la.

    Esta postura de investigar o conhecimento em geral e a lngua em particular sseria possvel de acontecer se houvesse uma forma diferenciada de transformar emao todos estes ideais dentro da sala de aula. E transformar idias em realidade no uma tarefa nada simples. (Vocs, professores, bem o sabem!!!)

    Para empreend-la, ao longo destes anos pude contar com uma equipe enormede trabalho a quem agradeo profundamente. Teoricamente, fundamentando-me, en-sinando-me a pensar e olhar pela perspectiva da teoria de Jean Piaget pude ter o orgu-lho e prazer de ter sido formada por meu grande mestre, professor Lino de Macedo,que mais do que uma perspectiva terica ensinou-me um modo de olhar para a vida.Na prtica, fui auxiliada por um nmero grande de professores de vrias escolas ondetrabalhei ou trabalho como assessora e que foram pesquisadores a meu lado, experi-mentando estratgias, ajudando-me a conhecer a realidade das crianas, a analisarsucessos e fracassos para que o trabalho pudesse ser aperfeioado. Contei tambmcom centenas de crianas que, investigadores inatos do mundo, ajudaram-me a en-xergar coisas que no via e que, atravs de seu entusiasmo iam me apontando adireo a seguir.

    Hoje, finalmente, um antigo sonho, o de partilhar com um nmero maior de pes-soas toda minha reflexo, est se tornando realidade. Sonhos so coisas muito sriase por isso v-los acontecer sempre muito emocionante. O primeiro impulso para es-crever deu-me minha amiga Guila, cuja f na possibilidade do meu trabalho vir a setornar um livro foi decisiva. Meus agradecimentos tambm Graa, minha co-autora,que partilhou comigo este sonho e ajudou-me a fazer dele realidade.

    Espero que esta coleo possa ajud-los a manter o prazer de aprender sem-pre vivo dentro da sala de aula.

  • 7APRESENTAO DA COLEO

    Esta coleo de 1 a 4 srie formada de 5 volumes. Na 1 srie, por um livro comatividades de sistematizao da Gramtica e da Ortografia. De 1 a 4 sries, livros com pro-posta de leitura e anlise de textos j publicados.

    Em relao ao livro de Gramtica e Ortografia, o Livro do Professor correspondeperfeitamente ao Livro do Aluno, que vir acompanhado deste Manual do Professor, comas orientaes, reflexes e sugestes de estratgias para a melhor utilizao do Livro doAluno. de extrema importncia que o professor acompanhe, paralelamente a seu traba-lho em sala de aula, a leitura das orientaes do Manual do Professor, a fim de compreen-der os objetivos e a postura de trabalho propostos.

    Esta coleo tem como pressuposto terico uma perspectiva construtivista deaprendizagem. Portanto, o conhecimento no visto como algo posto para dentro do apren-diz em doses controladas, mas sim como algo a ser produzido, construdo por ele enquan-to sujeito e no enquanto objeto da aprendizagem.

    Assim sendo, as atividades propostas so vistas como desencadeadoras de re-flexes sobre a forma como a lngua escrita se organiza e se articula para produzir dife-rentes significados e emoes.

    A idia central do trabalho a compreenso de que a lngua escrita um outro sis-tema de representao em relao lngua falada. Falar e escrever so objetos de conhe-cimento diferentes, que exigem que o sujeito se aproxime de cada um de forma diferen-ciada. Assim sendo, aprender a escrever compreender as leis de composio do sistemade representao da escrita.

    A Gramtica e a Ortografia so, assim, vistas como sistemas a serem desvenda-dos e compreendidos como um conjunto de leis e articulaes possveis, impossveis,provveis ou pouco provveis. Aprend-las no memorizar regras arbitrrias s quais osujeito deve se submeter, mas agir sobre a lngua, pensar suas propriedades, recort-laem suas mltiplas facetas para ir gradativamente construindo sua teia de relaes.

    Por termos neste trabalho buscado um olhar diferenciado sobre a lngua, o Manualdo Professor traz toda uma discusso terica de como a compreendemos, e estratgiaspara desenvolver em sala de aula que possam propiciar esta reflexo e suas descobertas.

    Em relao Ortografia, nossa postura se mantm a mesma que em relao Gramtica. A Ortografia tem sido analisada e trabalhada pela maior parte dos educadorescomo uma questo de imitao, memorizao ou introjeo de um modelo. O erro or-togrfico tem sido visto dentro desta linha, como mera falta de memria e de ateno porparte da criana e, em conseqncia, o trabalho baseia-se apenas na repetio exaustivade um modelo ortogrfico.

    Mas, se a questo da Ortografia fosse apenas uma questo de memria, no de-veria haver erro, uma vez que a criana se depara a primeira vez e inmeras vezes depois,com essa mesma palavra, escrita corretamente. No entanto, ela erra. Erra porque reflete,busca regularidades, trabalha sobre hipteses de como se constituiria esse sistema or-togrfico.

    Na coleo Construindo a escrita, o trabalho com Ortografia se prope a discutircom os alunos como se organiza este sistema, levando-os a operar sobre a grafia daspalavras, observar identidades, classificar e relacionar as informaes da lngua em buscade maior compreenso do sistema.

    A estrutura do trabalho compe-se de atividades de descoberta e da sistematiza-o atravs de jogos lgicos. As atividades de descoberta esto descritas no Manual doProfessor e devem ser realizadas antes das atividades de sistematizao, que so apre-sentadas no Livro do Aluno.

    Nossa escolha por uma sistematizao atravs de jogos lgicos fundamenta-se notrabalho desenvolvido no LaPp (Laboratrio de Psicopedagogia do Instituto de Psicologiada USP) coordenado pelo prof. Lino de Macedo, que pesquisa a influncia da utilizao de

  • 8jogos lgicos (em sala de aula e em clnica) como elementos de desenvolvimento da in-teligncia e estruturao do pensamento, alm de propiciarem um trabalho de relaciona-mento humano. A utilizao de jogos lgicos lingsticos tem possibilitado aos alunos umarelao mais ativa com o sistema da lngua, alm da ampliao do universo vocabular euma relao afetiva com um contedo geralmente to rido.

    Alm dos jogos e atividades j contidos no Livro do Aluno, no Manual doProfessor h a descrio de mais jogos, todos de sistema aberto, ou seja, jogos cuja estru-tura o professor pode adaptar ao universo vocabular e ao assunto que estiver desenvol-vendo. Podem ser auxiliares no trabalho de sistematizao das descobertas dos alunos.Vivendo a Ortografia e a Gramtica sob este outro enfoque, esperamos que voc e seusalunos possam redescobrir o prazer de aprend-la.

    Dinmica do trabalho

    Para que o material possa proporcionar um trabalho mais rico e eficiente impor-tante que algumas posturas sejam garantidas. Desta maneira, observe:

    1. As atividades esto agrupadas pelo assunto da Gramtica ou da Ortografia a ser traba-lhado e no por ordem de uso. Portanto, no devem ser utilizadas na seqncia em queaparecem. acompanhando o ritmo e o interesse da classe que o professor vai cons-truindo a prtica proposta nesta coleo.

    2. Nosso objetivo no foi esgotar os assuntos com as atividades propostas. Cabe ao pro-fessor, a partir das caractersticas e necessidades de sua classe, criar outras atividadesque preencham essas lacunas propositadamente deixadas por ns. Este material pre-tende ser uma espinha dorsal que norteia o trabalho, devendo o professor, atravs daobservao das necessidades especficas da classe, ampli-lo, complet-lo, adequ-lo.Apresentamos, no final deste livro, um apndice com sugestes de jogos que podem seradaptados ao assunto a ser trabalhado.

    3. As atividades foram pensadas como desencadeadoras de discusso sobre propriedadesdo sistema da lngua e devem ser tratadas como tal, ou seja, nosso grande objetivo adiscusso em si mesma, a reflexo que emerge dela, a possibilidade de se fazer gene-ralizaes, e no simplesmente a obteno de uma resposta correta. Para que isto acon-tea efetivamente, necessrio que o professor mantenha uma postura coerente comesta proposta:a) Postura de investigao atravs de perguntas abertas. Atravs destas perguntas o pro-

    fessor dirige o olhar do aluno para aspectos relevantes do objeto de investigao, masno d as respostas. Estas, o aluno deve buscar dentro de si, na troca com a lngua.

    b) Diante de uma hiptese levantada por uma criana, pedir confirmao do grupo ou daprpria lngua. Colocaes do tipo: O que voc observou para chegar a esta con-cluso? ou Como voc pensou para concluir isso? ou Algum mais tambm ob-serva isto em suas palavras? so procedimentos que levam as crianas a desen-volverem uma postura de investigao de conhecimento, que logo ampliada em ex-tenso a outros contedos, escolares e de vida.

    4. As descobertas feitas devem ser registradas para que no se percam. Por esta razo,sugerimos que as crianas tenham um caderno de registro das descobertas, ondepossam organizar o conhecimento e utilizar como fonte de pesquisa na hora de estudar.As descobertas devem ser redigidas pelo grupo-classe juntamente com o professor.

    5. A maior parte das atividades deve ser desenvolvida em duplas ou em pequenos grupos.A troca resultante do trabalho em equipe permite a ampliao de perspectiva e o desen-volvimento da capacidade de argumentao do aluno, alm de dinamizar o processo deaprendizagem.

  • 96. O trabalho de investigao pode ser organizado parte em sala de aula e parte em casa.Esta dinmica agiliza o trabalho e vem descrita em seus passos ao longo do Manual doProfessor.

    7. As perguntas feitas pelas crianas devem ser objeto de reflexo do professor. Oua-ascom ateno, pois atravs delas que em geral o aluno revela seu pensamento. Ao saberouvi-los o professor descobre qual o caminho de interferncia que pode ser tomado.Gostaramos que o professor tivesse tambm, dentro de si, a clareza de que a construode um conhecimento um processo e, enquanto tal, que h um caminho de aquisioonde o objeto, parcialmente construdo, ainda no se mostra em sua totalidade. Isto nosignifica que no tenha havido aprendizagem ou evoluo. No temos a inteno de que,atravs deste trabalho, o aluno termine o ano sem errar. Nosso objetivo que, ao tratara Gramtica e a Ortografia desta forma, eles aprendam a pensar o conhecimento espec-fico e a prpria vida como conjunto de possveis, e que saibam que atravs da reflexoe da ao sobre o mundo que ele apropriado e transformado.

    MDULO I Ordem alfabtica1. O alfabetoLetras conceito e identidade

    As atividades que desenvolvem este assunto tm por objetivo fazer com que osalunos:a) desenvolvam o conceito de letra;b) reconheam as letras do alfabeto; e c) percebam que h diferentes possibilidades de se grafar uma mesma letra.

    Estes conceitos sero necessrios para que eles possam, posteriormente, refletirsobre alguns aspectos do sistema ortogrfico.

    Sugerimos a seguir algumas estratgias para trabalhar este assunto:Pedir aos alunos que recortem letras em textos, jornais, revistas, bulas, receitas,

    etc., de todos os tipos que encontrarem.Espera-se que tragam, a partir desta solicitao geral, todas as letras do alfabeto

    em tipos diferentes. Pedir que se renam em pequenos grupos e que juntem(classifiquem)todas as que representam a mesma letra num mesmo monte, formando um monte paracada letra do alfabeto. O professor deve deixar a atividade livre, pois atravs dela que vaipoder perceber se as crianas sabem ou no fazer a correspondncia entre as diversasgrafias e quais elas ainda confundem.

    No caso de erro, isto , de fazerem uma classificao indevida, agrupando letrasdiferentes no mesmo monte ou separando letras iguais em montes diferentes, o professorpode interferir da seguinte maneira:a) Mostrar textos de jornais, revistas, rtulos, anncios, etc., escritos em tipos de letras

    diferentes, e perguntar se eles acham que so as mesmas letras que aparecem emtodos os textos ou se em cada texto aparecem letras diferentes. Provavelmenterespondero que so as mesmas letras. Pedir, ento, que leiam as palavras, iniciando umprocesso de correspondncia, para que percebam os diferentes traados da mesma le-tra. Conforme as descobertas vo acontecendo, as crianas vo agrupando as letras quetrouxeram.

    b) A seguir o professor pode contar para elas que as letras foram organizadas em uma or-dem, que foi chamada de ordem alfabtica, e apresent-la para elas.

    c) Pedir aos alunos que arrumem as letras em ordem alfabtica, formando diversos alfa-betos com os diferentes tipos de letras, e colando-as em cartolina para montar cartazes.Caso faltem letras de algum tipo, deixar o espao em branco e propor uma pesquisa parapreencher as lacunas e completar os diferentes alfabetos.

  • 10

    d) Deixar os cartazes expostos na classe para que as crianas copiem em seus cadernos osquatro principais tipos de letras: imprensa maiscula, imprensa minscula, cursiva mais-cula e cursiva minscula.

    interessante apresentar situaes de passagem de um tipo de letra para outronesse momento.

    No Livro do Aluno h 2 propostas: CHARADA, com a palavra amor, e QUAL A DIFERENTE?

    Outras atividades devero ser criadas pelo professor.

    2. Ordem alfabticaPara trabalhar a ordem alfabtica, sugerimos as seguintes estratgias:

    1. Confeccionar em cartolina letras mveis com vrios tipos de letra para os alunosmontarem os diferentes alfabetos. A atividade pode ser feita em duplas ou individual-mente. Pode ser transformada em jogo se se propuser um desafio: Quem termina demontar o alfabeto em primeiro lugar?

    2. No ptio, o professor leva cartazes com cada uma das letras escritas em tamanho grande.Pode-se tambm pedir que as prprias crianas faam os cartazes. Todas as letras socolocadas fora de ordem e empilhadas no centro, com a letra para baixo. A uma ordemdo professor, cada aluno pega um cartaz e fica com ele. A uma nova ordem, todos de-vem procurar seus lugares, por ordem alfabtica, formando um semicrculo. O jogo podeser repetido vrias vezes, sempre trocando-se os cartazes das crianas, de tal maneiraque um aluno que na primeira partida pegou um g, na seguinte pegue um x, e assim pordiante.

    3. Aproveitando os mesmos cartazes, podem-se deixar de fora quatro crianas (com seuscartazes) e, a um sinal, as quatro saem correndo para achar seus lugares.

    4. Utilizando ainda os mesmos cartazes, o professor pode deixar de entregar trs letras, porexemplo, e um aluno ter que descobrir que letras esto faltando.

    5. Jogo para se trabalhar a seqncia das letras. Os alunos, com os cartazes na mo e forada ordem alfabtica, esperam o professor falar uma letra. O aluno que estiver comessa letra deve correr para a frente, e os dois vizinhos (aqueles que estiverem com aletra anterior e a posterior) devem se colocar ao seu lado na posio correta. Percebidoo esquema do jogo, o professor falar duas, trs ou quatro letras em seguida, e as dife-rentes trincas devem sair correndo para se arrumar.

    Depois de bem trabalhada a ordem alfabtica atravs destes jogos, o professorpode pedir que os alunos faam as primeiras atividades do Livro do Aluno.

    No livro:

    QUAL A ORDEM?

    NA LOJA DE DISCOS

    O GUIA DAS RUAS

    Nestas atividades, as palavras so organizadas apenas pela primeira letra. Nofaa todas as atividades de ordem alfabtica em seguida, pois fica muito cansativo para ascrianas. 6. Esta estratgia representa um novo passo neste trabalho com a ordem alfabtica: Pedir

    aos alunos que se organizem em fila por ordem alfabtica. O que se espera que acontea que os alunos se sintam confusos, uma vez que haver mais de um aluno com o mes-mo nome ou com a mesma inicial. Diante do problema, eles comeam a discutir qual de-les o primeiro: a Ana ou o Andr? o Lus Carlos ou o Lus Antnio? Diante do impasse,o professor pergunta aos alunos como poderia ser solucionado o problema, que critriopoderiam adotar. Ou os alunos vo sugerir que se observe qual a segunda letra, a ter-ceira, e assim por diante, ou buscaro outras solues que no dizem respeito ordemalfabtica. Caso ocorra a segunda hiptese, o professor deve sugerir que peguem o dirio

  • 11

    de classe e vejam que critrio a secretria da escola utilizou. Neste momento a secretriarepresenta a soluo social. Analisando a ordem da secretria, eles descobriro a possibi-lidade de se organizar pelas letras subseqentes, inclusive pelo sobrenome em caso de doisnomes iguais. Esta descoberta deve ser registrada no Caderno de Descobertas, passando-se em seguida aos exerccios de sistematizao do livro, que no devem ser feitos todosem seguida, mas espalhados ao longo do trabalho geral.

    Muitas vezes os alunos acabam concluindo que a ordem alfabtica serve apenaspara procurar palavras no dicionrio, porque isto o que a vivncia lhes sugere.

    Os exerccios de sistematizao deste livro tm por objetivo que a criana des-cubra e treine a ordem alfabtica em situaes do mundo em que efetivamente ela ocritrio de organizao.

    Desta forma, os exerccios que so propostos pedem que os alunos organizem:

    listas de discos por nome de cantores; listas de ruas, como um guia de ruas; listas com nomes de alunos; listas de assuntos encontrados em enciclopdias; listas de remdios de uma farmcia; listas das lojas do shopping no setor de informaes; listas de livros de uma biblioteca; listas telefnicas, com o nome de assinantes, endereos e nmeros de telefone.

    Orientar os alunos para que faam as atividades em duplas, trios ou quartetos,para que possam discutir entre si, ajudar-se mutuamente, confrontar dvidas e superar aangstia das dificuldades.

    No Livro do Aluno:

    PROCURANDO NO SETOR DE INFORMAES

    PROCURANDO NA ENCICLOPDIA

    BRINCANDO DE FARMACUTICO

    ARRUMANDO O ARQUIVO DA ESCOLA

    QUAL O NMERO DO SEU TELEFONE?

    MONTANDO A BIBLIOTECA

    Na atividade PROCURANDO NA ENCICLOPDIA, colocamos propositadamenteanimais pouco conhecidos misturados a alguns mais comuns. Use este pretexto para su-gerir que os alunos pesquisem e tragam fotos dos animais, que contem sobre outros ani-mais pouco comuns que conheam, que faam uma lista de animais estranhos emordem alfabtica, ou outra atividade que a situao sugira.

    Aps a atividade BRINCANDO DE FARMACUTICO, o professor pode pedir aosalunos que tragam de casa caixas de remdio vazias para organizarem na classe uma far-mcia, como uma de verdade!

    Uma vez exercitada a ordem alfabtica por diversas letras, inicia-se o trabalho como dicionrio.

    3. Trabalhando com o dicionrioO trabalho com dicionrio envolve diversos momentos e vrias dificuldades:

    a) saber que a palavra deve ser procurada pela primeira, segunda, terceira letra e assim su-cessivamente;

    b) ter certa rapidez para encontrar as letras (caso contrrio o dicionrio torna-se um pro-blema e no uma soluo);

  • 12

    c) saber que determinadas palavras encontradas no texto no esto daquela mesma formano dicionrio. Por exemplo: palavras femininas que, no dicionrio, esto no masculino;palavras no plural que s aparecem no singular; palavras no grau aumentativo ou diminu-tivo que s aparecem no grau normal; verbos conjugados no texto que s aparecem noinfinitivo;

    d) conseguir identificar, diante de vrias possibilidades de significado de uma mesmapalavra, qual o significado que interessa no texto;

    e) aprender a utilizar o dicionrio de uma forma mais plena, atravs da descoberta da sig-nificao das outras informaes nele contidas, como por exemplo: as abreviaturas queinformam classes gramaticais; as expresses que aparecem em negrito; os diferentestipos de letras que indicam diferentes informaes, etc.

    Na primeira srie pretende-se que o dicionrio seja utilizado preferencialmente co-mo recurso de verificao ortogrfica, constituindo-se um trabalho de base para as sriesseguintes. Por isso, o trabalho centrar-se- na obteno dos itens a e b e incio do item capenas.

    As atividades para a organizao pelas diversas letras das palavras j foram ex-postas. Vm a seguir algumas sugestes de estratgias para que exercitem a rapidez parase encontrar as palavras.

    Jogos para velocidade na busca do dicionrio

    1. Socializao de estratgiasO professor diz alguma palavra e todos os alunos procuram no dicionrio. Os trs

    primeiros que encontrarem a palavra contam para os outros como fizeram para ach-la. O objetivo que todos percebam que no se deve procurar pgina por pgina,

    mas sim localizar a letra no alfabeto e j abrir o dicionrio no meio ou no final, caso a letrase encontre nessas posies. Outra descoberta importante que no necessrio ler todasas palavras de cada pgina, uma vez que a palavra que est separada no alto da pgina nosindica se a palavra que procuramos est ou no nesta pgina.

    Com as diferentes palavras que o professor vai sugerindo, gradativamente, osalunos vo descobrindo estes critrios, comunicando-os para a classe toda.

    2. Procurando em equipesO professor divide a classe em equipes (determinadas por ele ou por livre esco-

    lha) de 3 a 4 alunos e prope um jogo: ele fala uma palavra e todas as equipes devemprocur-la. A que encontrar primeiro a palavra ganha.

    Pode-se tambm pedir que cada palavra seja escolhida por uma equipe, alternan-do-as de tal maneira que cada equipe escolha uma ou mais palavras.

    importante que, no incio, a atividade seja feita em grupos para que os alunospossam ensinar uns aos outros.

    3. Stop de dicionrioO professor fala uma palavra. Todos os alunos comeam a procur-la, e aquele

    que a encontrar primeiro fala Stop. Os outros param e ele avisa em que pgina a palavrase encontra.

    Caso o professor sinta que ainda h necessidade, deve pedir que ele explique aoscolegas como fez para encontr-la, a fim de continuar o processo de socializao das es-tratgias.

    Estas atividades podem e at devem estar associadas a um trabalho de ortografia,porque, se a criana estiver com a imagem mental da palavra com a grafia errada, ela noa encontrar. Se ela imagina que a palavra exerccio com z, vai procur-la no local cor-respondente a esta grafia e no vai encontr-la, tendo, ento, que pensar em outras hipte-ses ortogrficas. Assim sendo, o professor deve selecionar as palavras a serem procuradasdentro do universo daquelas que as crianas costumam errar mais.

  • 13

    4. Escrevendo palavrasComo atividade de lio de casa, o professor pode pedir que os alunos encontrem

    uma determinada palavra no dicionrio e copiem a anterior, a palavra que procurou e a ime-diatamente posterior, alm de registrarem a pgina do dicionrio em que elas se encon-tram.

    5. CuriosidadeAs crianas costumam gostar de brincar de procurar palavras diferentes ou es-

    tranhas no dicionrio, pela curiosidade que sentem por um universo novo. O professor podepedir que elas abram o dicionrio aleatoriamente e encontrem palavras que achem en-graadas, estranhas, curiosas, etc. Depois de encontradas, pode-se fazer uma atividade emque elas vo imaginar seu significado, e s depois o professor vai dizer o que significam. engraado verificar as sugestes de significao que a sonoridade das palavras traz, porassociao com outras palavras.

    Esta atividade ajuda a ampliar o vocabulrio e preparar o esprito das crianas paratrabalhar, mais tarde, com a descoberta de significado por deduo.

    Uma vez estabelecidas formas de se encontrar palavras no dicionrio, e uma cer-ta agilidade que possa transformar essa busca em uma atividade prazerosa, pode-se pro-blematizar este conhecimento ao faz-las descobrir que nem todas as palavras esto no dicionrio da mesma forma que so encontradas nos textos.

    Esta ampliao pode se dar por dois caminhos:a) o caminho mais natural. Aproveitar uma situao espontnea em que a palavra do tex-

    to a ser procurada est, por exemplo, no plural, e os alunos no a encontram no dicionrio.Neste momento, o professor lana para a classe a questo, ouve as solues e, casoningum d a soluo correta, ele mesmo diz como a palavra est no dicionrio e pedeque as crianas faam a generalizao. Por exemplo: a palavra procurada solues.Os alunos no a encontram e no conseguem descobrir como isto pode ser resolvido.O professor pede que procurem soluo, palavra que iro encontrar, e, em seguida,pede que eles descubram o porqu de s terem encontrado soluo. O que se esperaque digam que algumas palavras do texto encontradas no plural s aparecem, no di-cionrio, no singular. claro que eles no diro com estas palavras, pois provavelmenteno conhecem esta terminologia, mas so capazes de expressar esta idia, com ou-tras palavras.

    b) Pode-se usar alguns dos jogos que foram sugeridos para exercitar a busca no dicionrio,pedindo que encontrem palavras no plural, no feminino, etc. A postura do professor deveser a mesma descrita no item a.

    Todas as descobertas e concluses das crianas devem ser registradas no Cadernode Descobertas, que conter o registro dos contedos trabalhados e das concluses a quechegaram, e ser consultado pelas crianas para estudar e pesquisar quando tiveremdvidas.

    O trabalho de utilizao do dicionrio deve prosseguir naturalmente atravs dostextos, no sendo necessrio que se faam muitas atividades extras para que exercitem esteconhecimento.

    Descoberta do significadoUm grande problema enfrentado pelos alunos diante do dicionrio conseguir li-

    dar com a questo das significaes. Muitas vezes o aluno encontra a palavra, mas nocompreende a explicao dela, ou o verbete remete a um sinnimo que ele tambm nocompreende, ou ainda oferece vrias possibilidades de significao. O aluno no conseguesaber qual delas lhe interessa, copia todas e termina o trabalho sem saber o significado dapalavra.

    Estes problemas so srios, exigem da criana um universo de conhecimento ques aos poucos vai sendo ampliado e que, em geral, os alunos de primeira srie no tmcondies de resolver. Por estas razes que o objetivo do trabalho com dicionrio na 1srie mais voltado para a Ortografia do que para a busca de significado. Mesmo assim,pode-se fazer um trabalho de descoberta de significado pelo contexto, sem a expectativa

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    de que venham a dominar completamente este assunto, mas com o objetivo de desenvolveruma atitude do aluno diante da significao.

    Este trabalho importante no s por preparar a criana para lidar com a signifi-cao no dicionrio, mas tambm por desenvolver o pensamento dedutivo, que , na rea-lidade, o instrumento mais utilizado e eficaz de descoberta de significado no dia-a-dia.

    Desenvolvendo a deduoUma vez que as palavras no existem soltas no mundo, mas fazem parte, ou cons-

    tituem textos, o problema da significao deve ser trabalhado sempre dentro do texto, daseguinte forma:a) Diante da palavra desconhecida, o professor pede que a criana tente descobrir o sig-

    nificado pelo contexto: O que vocs imaginam que esta palavra quer dizer? Ascrianas vo sugerindo significados e o professor vai relendo a frase ou pargrafo e ana-lisando a sugesto do aluno para verificar se no contexto faz sentido. Pode ajud-los afazer a deduo com perguntas do tipo: Ser uma caracterstica de fulano?, Ser al-guma coisa que ele est sentindo?, Poderia ser o nome de alguma coisa? De que tipode coisa?, Ser alguma coisa que esto fazendo? e assim por diante, para que pos-sam ir classificando universos possveis de significao naquele contexto.

    b) Levantadas as hipteses e trabalhadas as sugestes, o professor pede que os alunos pro-curem a palavra no dicionrio e verifiquem se acertaram ou no. Encontr-la, agora, um jogo de verificao, e a criana vai com muitas idias a respeito dela e, portanto, commaiores possibilidades de compreender a explicao do dicionrio ou de descobrir qualdos significados expostos o que lhe interessa.

    No incio importante que esta atividade seja feita oralmente para que os alunosdesenvolvam os recursos. Depois pode-se pedir que eles escrevam o que imaginaram quea palavra significava, e em seguida o significado dado pelo dicionrio.

    Acreditamos que com estes procedimentos, que devem se estender ao longo doano, atingimos o nvel de profundidade esperado para uma 1 srie. Os passos seguintessero desenvolvidos nas sries posteriores.

    Respostas das atividades do Mdulo I

    CHARADA1. 4 vezes.2. AMOR, AMOR, amor e amorQUAL A DIFERENTE?

    BoM dIA.COMo vAI VOc? EsPERO QUe pOSSAMOS DESCOBrIR

    MuITAS COISaS JUNToS!CARMEn

    NA LOJA DE DISCOSAnglica Leandro e Leonardo Trem da Alegria Xuxa

    O GUIA DAS RUASgua Branca, avenida Bandeirantes, avenida Duque de Caxias, rua Indianpolis,avenida Jaan, avenida Lorena, alameda Nove de Julho, avenida Paulista, aveni-da Sumar, avenida.

    PROCURANDO NO SETOR DE INFORMAESBarco Bruxelas Caf Cheiroso Casa dos Artistas Depsito Moraes Florentinas Mame Elegante Palmeirense Patrcia Paulete

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    PROCURANDO NA ENCICLOPDIAabelha andorinha anac arraia bacurau barrigudinho batata beija-flor bicho-de-p broca-do-caf camaleo cobra-preta coruja-do-campo

    ARRUMANDO O ARQUIVO DA ESCOLAAlessandra Ana Maria Carolina Csar Ester Fbio Felipe Jos Augusto Jos Carlos Lus Fernando Manolo Mariana Marina Paulo Renata Roberto

    QUAL O NMERO DE SEU TELEFONE?Abreu, Carlos Augusto Lacerda de Abreu, Douglas de Abreu, Lus Fernando Cardosode Souza, Antnio Carlos de Souza, Marina Carvalho de Souza, Srgio Maurcio de.

    MDULO II Vogal, consoante, slaba e palavra1. Objetivos

    As atividades deste Mdulo tm como objetivo fornecer alguns conceitos, termose princpios da lngua que sero base para a anlise do sistema ortogrfico que os alunosfaro posteriormente. Para tal, montamos atividades que tm como objetivos:1. Saber quais so as vogais e quais so as consoantes da lngua para poder utilizar esses

    conceitos. 2. Descobrir a vogal como constituinte da slaba e compreender por que o alfabeto se di-

    vide em vogais e consoantes. Para isso, devem compreender que existem slabas for-madas exclusivamente por uma vogal, por exemplo, unha, mas no existe slaba forma-da exclusivamente por uma consoante.

    3. Observar que uma mesma forma grfica pode ter diferentes significados dependendo docontexto em que aparece, para que possam perceber que algumas vogais podem ser si-multaneamente letra, slaba e palavra, evitando, assim, posteriores aglutinaes.

    4. Perceber o valor posicional das letras na slaba, criando novos significados. Exemplos:prato-parto; claros-Carlos.

    5. Ao analisar os diferentes tipos de slaba, compreender alguns aspectos relevantes do sis-tema ortogrfico que possam ser teis para a conquista de uma melhor ortografia. Paratal, refletiremos sobre: nasalizao, slabas de estrutura complexa (qu, gu, lh, nh, rr, ss)e slabas finais com trs letras (Exemplo: ficou).

    6. Compreender a palavra como identidade entre dois espaos.

    VOGAIS E CONSOANTESOs alunos j trabalharam com ordem alfabtica e, portanto, sabem o que so le-

    tras e que servem para formar palavras. Por isso introduziremos diretamente a terminolo-gia vogal e consoante para indicar diferentes formas de agrupamento das letras.

    Vale a pena ressalvar que utilizaremos neste livro os termos vogais e consoantescomo letras vogais e letras consoantes e no como a Fontica utiliza estes conceitos.Optamos por esta terminologia por no haver outro termo especfico na Gramtica para de-nominar estes agrupamentos, que desejvamos destacar enquanto seqncias de letrasdentro da slaba ou da palavra.

    A atividade VOGAIS E CONSOANTES tem como objetivos: introduzir a terminologia; indicar quais so as letras vogais e quais so as letras consoantes.

    No exerccio 1 os termos j esto dados. Destaque para eles quais so as letras vo-gais e quais so as consoantes, o que h mais vogais ou consoantes , e se eles sabemquais as diferenas entre elas. No restante, o trabalho vai procurar o reconhecimento e uti-lizao das vogais e consoantes e no qualquer discusso mais conceitual.

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    comum a criana confundir os termos letra e palavra, usando um pelo outro; aintroduo de mais dois termos pode, em um primeiro momento, trazer novas confuses,mas, gradativamente, elas se resolvero. esta a finalidade das atividades QUANTAS LE-TRAS? e FORCA.

    Alm desta diferenciao essencial que percebam o valor posicional das letrasdentro da palavra a fim de que compreendam aspectos relevantes do sistema ortogrfico.

    As atividades SALADA DE LETRAS, MILK-SHAKE e TROCANDO! tm por objetivolevar os alunos a observar o quanto o valor posicional de uma letra tem o poder de trans-formar o som e o significado de uma palavra. Estas atividades devem ser realizadas emgrupo para promover a discusso entre eles e enriquecer as possibilidades de aprendiza-gem e de soluo de problemas. No se esquea de oferecer letras mveis (caso no te-nha em sua escola, faa as letras do jogo em quadradinhos de papel), pois, sem um mate-rial concreto de apoio, ela ser difcil demais para as crianas.

    Na atividade TROCANDO!, temos uma possibilidade de formao de novaspalavras muito maior do que o espao proposto no livro. Caso sua turma goste do desafio,proponha outras palavras para que joguem em seus cadernos ou como lio de casa. Ascrianas costumam se deliciar com a brincadeira.

    De posse destas duas idias: a) as letras podem ser agrupadas em vogais e consoantes e b) a ordem em que elas aparecem dentro de uma palavra determinante mudou a or-

    dem, mudou a palavra, podemos partir para a etapa seguinte: a slaba.

    2. Estratgias para a compreenso do conceito de slaba

    O conceito de slaba bastante complexo e envolve muitas dificuldades, por issofaremos um trabalho cuidadoso. Oralmente as crianas so capazes de separar e identificarslabas sem problemas, mas, na escrita, a coisa se complica. A relao da slaba com asonoridade no direta, e quando solicitados a dividir uma palavra em partes, utilizam osmais variados critrios. Foi para conhecer o pensamento das crianas e introduzir o con-ceito de slaba que montamos a atividade DIAGRAMA, apresentada no Livro do Aluno.

    Para realiz-la, organize sua classe em duplas ou trios (o confronto das hipteses fundamental) e pea que coloquem cada pedao da palavra em um quadradinho, de talforma que cada um possa ser lido sozinho. Deixe-os ir completando como acharem quedeve ser e v circulando pela classe, observando como eles partem as palavras para com-pletar o exerccio. Caso o professor interfira, deve ser no sentido de perguntar Como vocpensou para dividir a palavra em pedaos?

    As palavras da atividade foram cuidadosamente escolhidas porque queramos queaparecessem palavras com diferentes nmeros de letras por slaba. Exemplos:

    Ana slabas com 1 e 2 letrasCarlos slabas com 3 letrasGuilherme slabas com 2, 3 e 4 letrasAlexandre slabas com 1, 2, e 3 letrasMartins slabas com 3 e 4 letrasJ slaba com 2 letrasCristina slabas com 2 e 4 letrasQuim slaba com 4 letrasAnbal slabas com 1, 2, e 3 letras

    Esperamos que, para realizar essa atividade, o aluno:

    a) utilize um conhecimento inconsciente de slaba, construdo na oralidade;b) ao utilizar esse conhecimento na escrita, tome conscincia de sua existncia, para poder

    ampli-lo;

  • 17

    c) perceba diferentes possibilidades de unidades menores slabas de 1, 2, 3 e 4 letras como formadoras de uma unidade maior a palavra.

    Ao fazer a atividade DIAGRAMA a criana acertar ou far parties indevidas. Nahiptese do erro, o professor deve recorrer oralidade, pedindo que a criana fale a palavrae verifique em quantos pedaos ela foi dividida. Ouvir como as outras crianas pensarampara solucionar seu diagrama excelente estratgia para a socializao do conhecimento.

    Uma vez concluda a discusso, o professor informa que esses pedaos daspalavras so chamados slabas. Em seguida brinca um pouco com a idia de nmero deslabas, pedindo que digam uma palavra de uma slaba, duas, trs slabas, etc.

    Este um momento importante, pois atravs dele o professor pode limpar arestasdo conceito que a criana est utilizando. Imagine a situao: o professor pede que algumdiga uma palavra que tenha duas slabas. Um aluno diz cobra, e o outro diz treiz.. umexcelente momento para o professor pedir que a criana escreva na lousa a palavra ecomo faria a diviso. No caso da criana que estou citando, ela sugeriu tr-es. O professorpediu, ento, que a criana lesse cada parte separadamente e perguntou: Ser que d paraler? Como ela no conseguiu, sugeriu que dividisse novamente. Nova diviso: tre-s.Novamente no conseguiu ler e acabou concluindo que essa palavra tinha que ser s deuma slaba.

    Razoavelmente interiorizado o conceito de slaba, o professor pede que os alunosobservem, no DIAGRAMA, com quantas letras pode-se formar uma slaba, retomando a dis-cusso. Registre estas descobertas todas no Caderno de Descobertas, pois muito impor-tante que saibam que uma slaba pode ser formada por uma, duas, trs, quatro e at cincoletras. Pergunte-lhes em seguida que letras podem ser slabas para que observem que ape-nas as vogais podem cumprir este papel.

    3. Estratgias de sistematizaoPara a sistematizao, o professor pode fazer atividades do tipo Adivinhe a pala-

    vra em que eu estou pensando. um jogo que pode ser realizado de muitas formas. Seguemtrs sugestes de procedimento:1. O professor rene as crianas em grupos de 3 ou 4 alunos e vai dando dicas para que

    eles descubram a palavra que ele tenha escolhido. Estas pistas devem utilizar os con-ceitos trabalhados. Exemplo: A palavra em que eu estou pensando tem 7 letras, sendo 3vogais e 4 consoantes. Em geral as crianas ficam ansiosas e j comeam a arriscarpalavras! Alm disso, essa palavra tem 3 slabas. Algum j adivinhou?! Continuando:A primeira slaba tem 3 letras. (...) o nome de uma coisa gostosa de comer! (...) ge-lada! Descobriram?!

    2. Depois de realizada a atividade com a palavra que o professor deu, pode-se pedir a umaluno que monte uma charada para o seu grupo descobrir.

    3. Um grupo monta a charada para o outro grupo descobrir. Pode-se tambm pedir quefaam charadas como lio de casa e que troquem entre si no dia seguinte.

    importante que o professor tenha clareza de que neste momento no se pre-tende que os alunos saibam fazer diviso silbica, ou que tenham total domnio do conceitode slaba. Nosso objetivo fazer com que reflitam sobre ele e saibam reconhecer slabaspara que possam utilizar esse conceito em atividades de ortografia.

    No Livro do Aluno existem vrias atividades para trabalhar a confusoletra e slaba que podem ser aplicadas:

    LETRAS E SLABAS

    CONSTRUA

    RECRIANDO

    BRR! QUE MEDO...

  • LETRAS E SLABAS e CONSTRUANosso objetivo no trabalhar diviso silbica, apenas que observem as dife-

    renas entre slaba e letras. No se esquea de utilizar o erro das crianas como oportu-nidade para descobrir como elas esto pensando e criar uma situao que as ajude a apro-fundar o conceito.

    RECRIANDOEsta atividade inicia um novo momento dentro da seqncia de conceitos que es-

    tamos trabalhando. Foram escolhidas palavras com as mais variadas estruturas. Ao pro-pormos que os alunos escrevam as slabas destas palavras em cada quadrinho trazemos tona a dificuldade que a diviso silbica na escrita implica. Em palavras como universo,como pensar para saber se o r fica com a slaba ve ou com a slaba so? Para resolver estasquestes sugerimos dois caminhos de discusso. Primeiro: faa a relao com a oralidade.Ser que lemos u-ni-ve-rso ou lemos u-ni-ver-so? Outro caminho a ser seguido a anliseda letra seguinte: que tipo de letra vem depois do r: vogal ou consoante? Confronte comoutras palavras em que o r aparece seguido de vogal e seguido de consoante e deixe-osdescobrir que:a) quando ele aparece seguido de vogal, a primeira letra da slaba;b) quando seguido de consoante, a ltima letra da slaba.

    Terminada a questo 1, pedimos que pintem a primeira slaba de cada palavra.Faa-os observar de quantas letras uma slaba pode ser, quais as letras que so a ltima decada slaba. Depois, pea que criem novas palavras como foi proposto na questo 3.

    Na questo 3, possvel que algum grupo solucione da seguinte forma: sal sala.Ao apresentar esta soluo, a slaba inicial que era sal passa a ser sa. Caso isto acontea,pea s crianas que pintem a slaba seguinte ao l , por exemplo, e verifiquem se depoisvem vogal ou consoante. Ao verificarem que depois vem vogal, pergunte, ento, o que acon-tece com o l quando depois dele vem vogal. Eles vero que o l vai formar nova slaba. Dessaforma, eles vo concluir que para a slaba ser sal preciso que depois venha uma con-soante, nunca uma vogal.

    No se esquea de avis-los de que no preciso manter o acento na palavra queeles vo criar. Por exemplo, a partir de p eles podem formar: povo, polcia, pobre, etc.

    Ao fazer a correo na lousa, o professor tem a possibilidade de ampliar enorme-mente o universo vocabular do grupo.

    4. Ampliao do conceito de slabaO prximo passo, agora, ampliar a idia de estrutura silbica, ajudando-os a com-

    preender quais so as estruturas de slabas possveis, impossveis, provveis e poucoprovveis dentro do sistema de nossa lngua.

    Para tal preciso analisar algumas propriedades constitutivas da slaba.

    Atividades no Livro do Aluno:objetivo: anlise da estrutura da slabaCRUZADINHATRINCADESCOBRINDOPOR FORAQUAL ?!

    objetivo: anlise do nmero de slabasQUANTAS SLABAS?QUEM PROCURA

    objetivo: confronto letra X slaba X vogal X consoanteBRINCANDO DE RIMAFURA-BOLO OU INDICADOR?ADIVINHESTOP DAS PLANTAS

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  • 19

    DESCOBRINDO... Esta atividade apresenta palavras com slabas de estruturas diferentes (slabas for-

    madas apenas por vogal, por vogais e consoantes com nmeros diferentes de letras) paraque os alunos analisem.

    TRINCAObjetivo: fazer os alunos observarem a estrutura das slabas de final de palavras

    que so formadas por 3 letras.A partir desta atividade, pode-se pedir, como lio de casa, que descubram outras

    slabas de 3 letras que aparecem no final de palavras.Durante a correo do exerccio, importante ir pedindo que digam como fizeram

    a diviso para verificar como esto pensando a slaba.Depois de concluda a atividade, pedir que descubram por que as autoras deram

    o nome TRINCA atividade. Estas atividades permitem a sistematizao dos conceitos le-tra X slaba, vogal X consoante.

    DESCOBRINDO e CRUZADINHAEstas atividades procuram investigar com quantas letras possvel formar uma

    slaba.POR FORA e QUAL ?!Nestas atividades, os alunos vo aplicar o conhecimento que tm da estrutura da

    slaba, sendo solicitados a reconhecer mentalmente palavras que tenham as estruturas in-dicadas.

    A partir da discusso das estruturas de slabas, abre-se o espao para discutirmospalavras de uma slaba com uma, duas, trs e quatro letras. No livro encontramos a ativi-dade QUANTAS SLABAS? que cumpre este objetivo.

    QUANTAS SLABAS? uma atividade importante, pois, alm de trabalhar com a estrutura das slabas,

    atravs da ltima questo Ser que existem palavras de uma s slaba? lana um srioproblema conceitual que vai lev-los a observar que, neste caso, slaba igual a palavra, oque ser objeto de nossa prxima discusso.

    muito importante que voc no d a soluo. Pea que pesquisem nos textos edescubram a resposta. uma investigao que empolga as crianas e importante para quese trabalhe depois o espao e uma srie de erros de grafia.

    As atividades QUEM PROCURA..., BRINCANDO DE RIMA, FURA-BOLO... OU INDI-CADOR?, ADIVINHE e STOP DAS PLANTAS tm como objetivo confrontar todos os con-ceitos trabalhados neste mdulo. Lance-se a elas e bom divertimento.

    STOP DAS PLANTASAs instrues no constam no livro para que os alunos no faam a atividade antes

    de dado o sinal de incio. Combinado o sinal, o professor d classe a seguinte ordem: Pintem com lpis

    colorido a primeira slaba de cada palavra e depois escrevam cada palavra no quadro emque esta primeira slaba se encaixa.

    Depois de realizadas as atividades, pedir que observem se existe slaba: a) de apenas uma vogal;b) de apenas uma consoante;c) de mais de uma vogal; d) de mais de uma consoante;e) sem vogal, etc.

    Esta discusso sobre a estrutura da slaba X vogal e consoante importante atpara que percebam o estatuto diferenciado das vogais e, conseqentemente, que com-preendam por que o alfabeto foi dividido em vogais e consoantes.

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    5. Estratgias para sistematizaoPara sistematizar o conhecimento das diferentes estruturas de slabas, sugerimos

    que pesquisem em jornais, revistas, etc., palavras com slabas formadas por:a) uma vogal;b) consoante e vogal;c) 2 vogais;d) 2 vogais e 1 consoante;e) 2 consoantes e 1 vogal;f) 2 vogais e 2 consoantes, etc.

    Sugerimos tambm um jogo para a sistematizao do conceito de slaba:Brincando com letras mveis

    O professor escolhe palavras, escreve-as em cartolina (cada palavra em uma cordiferente), recorta as letras e mistura-as. Em seguida, oferece aos alunos uma folha com asestruturas das palavras em termos de vogais e consoantes. Por exemplo, se a palavra forabelha, na folha aparecer:

    V CV CCV

    importante dar, tambm, o universo das palavras em forma de dicas: So 5palavras. (...) Todas so nomes de animais (ou de objetos de cozinha, objetos escolares,sentimentos, etc.).

    Vence o grupo que descobrir quais so as palavras, arrumando-as corretamenteno quadro.

    6. Palavra como identidade entre dois espaosSistematizado o conceito de slaba, podemos comear a trabalhar com o conceito

    de palavra. Este conceito traz, para a criana desta faixa etria, um problema maior do quecostumamos imaginar, pois eles acham que palavra apenas a palavra que corresponde aalgo do mundo. Desta maneira, os artigos, as preposies, , etc., ficariam como algo in-definido, mas que no seriam palavras. por esta razo que trabalharemos com o conceitode palavra como a unidade sonora que est entre dois espaos. Este um critrio mais con-creto para a criana, at porque visvel.

    Para se trabalhar com a palavra desta forma, preciso que iniciemos uma dis-cusso sobre a significao do espao que, por encerrar outros objetivos e constituir umtrabalho que dever se ampliar ao longo do tempo, apresentada no Mdulo III.

    RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DO MDULO II

    QUANTAS LETRAS?1. e 2. janeiro (7) fevereiro (9) maro (5) abril (5) maio (4) junho (5)3. fevereiro 4 consoantes

    FORCA1. pegador 2. amarelinha 3. roda, bola 4. esconde-esconde 5. polcia-e-ladro

    SALADA DE LETRAS amor rom Roma mora armo ramo roam lama alma mala vela lave leva vale

  • MILK-SHAKE1. Usar s as letras da palavra manual. / No precisa usar todas as letras.2. Exemplos:

    CANRIO: cana, rio, Ana, cara, caro, etc.LUCIANO: Lcia , Lcio, lua, cano, ano, aluno, etc.RENATA: nata, rena, ata, reta, arena, etc.MARISOL: si, Mrio, mar, rio, amor, sola, etc.

    TROCANDO!Exemplo: FOGO, JOGO, JOGA, JOTA, BOTA, BOLA

    DIAGRAMAA-na; Car-los; Gui-lher-me; A-le-xan-dre; Mar-tins; J; Cris-ti-na; Quim; A-n-bal.Slaba.

    LETRAS E SLABAS1. No esperamos respostas lingisticamente corretas. O importante que as crianas for-

    mulem, com suas prprias palavras, uma resposta a partir de sua observao das palavras.Redija a resposta com a classe.

    2. lobisomem: 9 letras e 4 slabascoruja: 6 letras e 3 slabasmel: 3 letras e 1 slababichos: 6 letras e 2 slabasnaquele: 7 letras e 3 slabas

    CONSTRUA1. cimento, azulejo, martelo, tijolo, cal, parafuso, prego, areia, tbua, p2. trs slabas: martelo, tijolo, cimento, areia

    uma slaba: cal, pduas letras: pquatro slabas: azulejo, parafusotrs letras: cal

    RECRIANDO1. e 2. u-ni-ver-so bron-qui-te ser

    pri-ma-ve-ra tem-pes-ta-de ur-soplan-ta sal a-morp trans-por-te an-te-na

    BRR! QUE MEDO...1. Horizontais: esqueleto; bruxa; fantasma; mmia

    Verticais: drago; lobisomem2. seis letras: drago

    cinco letras: bruxa; mmiaquatro slabas: esqueleto; lobisomemtrs slabas: fantasma

    CRUZADINHA1. Horizontais: asa; abacate; abajur; aranha

    Verticais: abbora; agulha; anel2. Comeam com a letra A.

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  • 22

    4. uma slaba de uma letra: todas as palavrasuma slaba de duas letras: a-sa; a-ba-ca-te; a-ba-jur; a-ra-nha;a-b-bo-ra; a-gu-lhauma slaba de trs letras: a-ba-jur; a-ra-nha; a-gu-lha; a-nel

    TRINCA1. e 2. l-pis; ca-paz; a-con-te-cer; co-ra-o; cin-zei-ros; a-zul; cha-pu;

    ven-der; tam-bm2. trs letras3. todas tm trs letras;

    so formadas por vogais + consoantes, nunca s vogais ou s consoantes.

    DESCOBRINDO...1. e 2. amarelo (1 letra); sentimento (3 letras); ltima (2 letras); transporte (5 letras); unha

    (1 letra); plstico (4 letras); chapu (3 letras); quantidade (4 letras)3. Uma slaba pode ser formada de 1 a 5 letras.

    POR FORA1. gan gos per tam mal fe

    mi te fa ra vo ber2. plas bran clau gran cons: slabas de 4 letras

    ho ir as ha al he hi on: slabas de 2 letras

    QUAL ?!1. fantasma; histrias; atrapalhadas; aquela; incio; hoje; transformou; barulhinho; apren-

    deu; irmo2. slabas de 1 letra: a; i

    slabas de 2 letras: t; ho; irslabas de 3 letras: tra; tas; nhoslabas de 4 letras: prenslabas de 5 letras: trans

    QUANTAS SLABAS?1.

    2. palavras de duas slabas: capalavras de trs slabas: ricao; ladeira; regrada; deitadopalavras de quatro slabas: retirada; compreender; isolado; preguioso; adotada

    QUEM PROCURA...1. piloto, garom, bilheteira, contador, advogado, cozinheira2. palavras com 3 slabas: piloto, contador3. slabas com 3 letras: bi-lhe-tei-ra, con-ta-dor, gar-om

    COM

    PRE

    EN

    DER

    GUI

    RI

    CA

    O

    A

    GRA DAI

    SO

    LA

    DO

    DEI

    TA

    DO

    RE

    TI

    RA

    DA

  • BRINCANDO DE RIMA1. varal jornal; cenoura vassoura; abacate alicate; leiteira lixeira; corao mamo

    FURA-BOLO... OU INDICADOR?1. mnimo, mdio, indicador, anular, polegar2. palavras:

    com seis letras: anular, mnimocom trs slabas: polegar, anular, mnimoque terminam com r: polegar, indicador, anularque comeam com a letra m: mdio, mnimocom quatro slabas: indicadorcom cinco letras: mdio

    ADIVINHE lousa, lpis, rgua, livro e outros amor, dio nibus branco, marrom martelo, serrote

    STOP DAS PLANTAS

    MDULO III Significao do espao na escrita1. Objetivos

    As atividades deste mdulo tm por objetivo levar o aluno a:a) perceber que o espao na escrita significativo, isto , ele uma marca assim como as

    letras;b) entender que o espao pode ter diferentes significados dependendo do contexto em que

    aparece.Compreender os diferentes significados do espao importante para que o pro-

    fessor possa trabalhar com alguns problemas apresentados pelas crianas de 1 srie,tais como: Aglutinao de palavras. Diagramao do texto:

    a) os alunos costumam escrever o texto denteado, ou seja, comeando e terminan-do em qualquer ponto da linha;

    b) escrevem o ttulo e iniciam o texto em seguida, na mesma linha;c) no conseguem saber, ao copiar da lousa, quando o professor muda de linha e eles

    tambm devem mudar e quando o professor muda de linha mas eles devem conti-nuar escrevendo na mesma linha. O mesmo acontece quando copiam de outro local;

    d) no deixam a marca espacial de pargrafo;e) no separam espacialmente narrador e personagem, escrevendo o que de um e de

    outro em seguida, na mesma linha.

    23

    vogal

    azalia, ip

    consoante-vogal

    lrio, camlia

    vogal-consoante

    orqudea, antrio

    consoante-vogal-vogal

    quaresmeira

    consoante-vogal-consoante

    hortnsia, margarida,jasmim

    consoante-consoante-vogal

    cravo, primavera

  • 24

    Para que possam transformar estes procedimentos de forma significativa e nocomo simples exigncia esttica, na discusso sobre o espao na escrita o aluno da 1 srieprecisa:1) Compreender que a escrita da prosa vai de um extremo a outro da linha (da esquerda

    para a direita), portanto ele deve evitar o uso do texto denteado para garantir a sig-nificao do tipo de texto e do pargrafo.

    2) Entender que o espao entre as palavras define a prpria identidade delas, conceito esteque vai permitir que:a) compreendam por que no devem aglutinar as palavras e,b) posteriormente, possam tambm utilizar o conceito no trabalho de ortografia. Exemplo:

    a gente agente.3) Compreender que a localizao do ttulo antes do texto, no centro da pgina e separado

    por um espao d-lhe a importncia de elemento antecipatrio do prprio texto: despertaa curiosidade do leitor e abre o espao da intertextualidade, na medida em que o reme-ter a todos os outros textos que conhece sobre o assunto.

    Nossa proposta de trabalho que o aluno desenvolva uma postura de leitura. Ele,enquanto leitor, est numa situao de troca com o texto. Ele traz todo seu universo deconhecimentos anteriores, tanto do mundo quanto sobre o assunto especfico do texto, oque lhe permite todo um trabalho de antecipao de significados. esta postura que trans-forma a leitura e viabiliza a prpria possibilidade de compreenso do texto.4) Compreender que o nome do autor, escrito abaixo do ttulo, um pouco direita, apre-

    senta-se, da mesma forma que o ttulo, como mais um elemento antecipador, estabele-cendo-se como mais um aspecto de intertextualidade. Quem conhece Carlos Drummond,ao ler seu nome como autor j espera um tipo de texto e um tratamento do tema dife-rente de um Millr Fernandes, por exemplo, ainda que o ttulo do texto seja o mesmo.

    5) Entender que a noo de pargrafo inscreve trs relaes simultneas do ponto de vistado espao:a) h uma certa distncia entre a margem esquerda e o incio da escrita;b) a escrita inicia-se com letra maiscula;c) a continuao da escrita, ao mudar de linha, d-se prxima margem esquerda, em

    oposio ao incio do pargrafo. a conscincia dessas trs relaes simultneas que definiro o pargrafo e

    levaro escrita do texto no denteado e, posteriormente, compreenso da diagra-mao espacial do discurso direto.

    A reflexo sobre o significado e o uso do pargrafo encontra-se no Mdulo V Pontuao e no Apndice I Paragrafao.6) Compreender a diferenciao entre prosa e poesia sob o ponto de vista do espao, ob-

    servando a diagramao dos versos e estrofes em oposio ao uso da linha toda e dopargrafo na prosa.

    Estes no so os nicos espaos significativos nos diferentes portadores e tiposde textos. Mas para no haver acmulo de informao na 1 srie, trabalharemos apenasestes por serem os mais freqentes nos tipos de textos que so utilizados nesta srie. im-portante lembrarmos que os poetas concretistas levaram a significao do espao ao ex-tremo, e que a compreenso desse significado depende de poder ver o espao como sig-nificante.

    2. Estratgias para se trabalhar a significao do espao1. Pedir aos alunos que copiem um poema sem que se d nenhuma instruo sobre a ocu-

    pao do espao. Isto importante para que o professor possa observar quais os espaosque os alunos j enxergam, e a partir da trabalhar com o erro (no-observao do es-pao no ato da cpia), transformando-o em algo observvel. Constatadas as diferenasentre as cpias de diversas crianas entre si e em relao ao modelo, o professor apre-senta a seguinte questo: Ser que faz diferena escrever de uma maneira ou de outra?Tanto faz escrever comeando aqui ou ali?

  • Lanada a pergunta, o professor ouve as crianas e, a partir de suas colocaes,prope que observem diferentes textos em prosa e verso para que verifiquem o que serepete e o que se diferencia na maneira de diagramar esses textos.

    2. Para que fiquem evidentes os significados do espao, oferecer aos alunos dois textossem palavras.

    Atividades no Livro do Aluno:M MMMMMMMMMMM (prosa) eMMMMMMMM (poesia)

    A partir destes exerccios, perguntar-lhes: Se houvesse palavras, o que poderia es-tar escrito em cada parte? Apontar o ttulo, o nome do autor, onde comearia e terminariaa histria; perguntar quantas palavras haveria na primeira e na segunda linha; na poesia,se no existisse a margem do lado esquerdo e se o texto fosse copiado direto de um ex-tremo a outro, se seria a mesma coisa, etc.

    3. SistematizaoO objetivo primeiro dessa conscientizao do espao na escrita iniciar uma re-

    flexo sobre sua significao e sua aplicao na escrita da criana. Para sistematizar essasdescobertas, o professor pode: Rediscutir com os alunos quando estes devem ou no mudar de linha ao copiar textos ou

    atividades da lousa. importante que o olhar do professor esteja dirigido para a im-portncia de discutir por que eles mudariam ou no de linha e no simplesmente dar aresposta do certo ou errado naquela situao.

    Pode tambm oferecer alguns textos com falhas de diagramao e pedir que as crianasidentifiquem onde elas se encontram.

    Ver, no Livro do Aluno, as atividades:DESCUBRA OS ERROS!E AGORA? CONTINUANDO...AH! OS HOMENS...

    Tais atividades levam a estas reflexes. O professor deve sempre retomar os con-ceitos trabalhados nas situaes do dia-a-dia sempre que a oportunidade e a necessidadeaparecerem. Uma vez desenvolvido este olhar geral sobre os sentidos do espao,comearemos a discutir mais profundamente alguns espaos.

    O trabalho com a partio de palavras deve aprofundar-se mais ou menos, de-pendendo da situao da classe.

    No Livro do Aluno h as propostas: A ILHA DO PAVOBATATINHA QUANDO NASCEUM BILHETE MEIO ESTRANHO

    Estas atividades pretendem aprofundar a discusso de como pensar para separaruma palavra da outra dentro de um texto.

    A ILHA DO PAVO um poema que nos remete a uma imagem muito bonita. No geral, as crianas

    conhecem o pavo e o pr-do-sol, mas no sabem o que um delta. Assim, vale a penacomear a explorar o poema, pedindo que imaginem o pavo de cauda aberta no pr-do-sol, e depois explique que o delta uma forma de um rio desaguar no mar, abrindo-se em

    25

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    canais com ilhas. Se possvel, mostrar fotografias de deltas. Podero, ento, perceber quenas trs imagens pavo, pr-do-sol e delta h um movimento de abrir-se em leque.Pea-lhes, ento, que faam uma ilustrao no livro, compondo a imagem final sugeridapelo poema.

    Saboreada a beleza do poema, pedir que realizem a tarefa solicitada no exerccio.A questo 4 a mais importante, pois as crianas costumam saber na prtica quando umapalavra termina e comea a outra, mas no tm conscincia de que o espao entre elasque observado para se ter esta certeza. Por isso, importante que o professor aproveiteo espao aberto pela questo para ajud-los a enxergar o espao que d a identidade daspalavras.

    A atividade BATATINHA QUANDO NASCE procura sistematizar esta idia de for-ma bem concreta.

    UM BILHETE MEIO ESTRANHO, que tambm sistematiza o espao entre palavras,deve ser realizada em grupos e, se possvel, com o alfabeto de letras mveis para que ascrianas investiguem concretamente as vrias possibilidades de partio. H alfabetosde letras mveis disposio no mercado, mas, caso voc no os tenha disposio, poderconfeccion-los com cartolina, pois o uso das letras mveis riqussimo para o trabalho departio de palavras. Com ele, as crianas podem manusear as letras, pensar e discutir livre-mente, uma vez que ele no fixa a forma como acontece com a escrita (que, depois de re-alizada, s desaparece sendo apagada). Concluda a melhor partio, eles copiam a soluo,resultando um trabalho muito significativo.

    No Livro do Aluno h tambm as atividades: VERSINHOSUM... DOIS...CDIGOQUAIS SO?

    Repare que em todas estas atividades foram utilizados textos populares para quea compreenso do significado ajude as crianas a compreender a relao entre a presenado espao e o significado das palavras como critrio de deciso sobre onde colocar o es-pao. Alm destas situaes o professor deve criar outras com sua classe, se houver ne-cessidade.

    A construo desta segmentao das palavras no se d de forma imediata. Muitasvezes ns, professores, no temos conscincia das dificuldades conceituais envolvidas nosdiferentes contedos e no agentamos esperar o tempo de que o aluno necessita para asua elaborao interna. Depois de realizado o trabalho com segmentao das palavras, ain-da costumam permanecer situaes em que as crianas emendam artigos e preposies asubstantivos, pois para deixarem de fazer isso precisam resolver um difcil problema con-ceitual: admitir que uma letra sozinha possa existir como palavra. Em geral, mesmo j sendoalfabticos h algum tempo, no conseguem reconhecer como palavra algo que tem topoucas letras e nenhum significado (qual o sentido de A?). por isso que propomos a in-vestigao que segue.

    4. Palavras de uma e duas letrasAs crianas costumam aglutinar os artigos e preposies s palavras grandes das

    quais esto prximas. Escrevem amenina, doce deleite, udinossauro, etc. Deixar deaglutinar estas palavras implica admitirem que existam palavras de uma e duas letras, oque conceitualmente algo complicado para elas: so poucas letras para serem palavras eno tm significao, coisas muito difceis de serem admitidas pelas crianas. Alm disto,elas costumam graf-las incorretamente, escrevendo-as como falam. Costumam escrever:U Pedro i a Maria, gosto di voce, foi nu cinema, etc. Assim, vale a pena propor-lhesuma investigao sobre estas palavras para que possam descobrir recursos de deciso or-togrfica ao compreenderem algumas propriedades do sistema da lngua.

  • EstratgiaPea s crianas que pintem com caneta colorida as palavras de uma letra de um

    texto qualquer do livro. Faa esta proposta na classe, nunca como lio de casa.Este pedido costuma desencadear uma discusso importante, pois as crianas no

    incio no admitem que uma s letra possa ser palavra. Pea, ento, que pintem as palavrasda primeira linha, uma palavra de cada cor. Elas costumam cumprir a tarefa sem problemas.

    Depois, pergunte-lhes: O que vocs olharam para saber que havia terminado umapalavra e comeado a outra? O que a cabea pensava para saber quando acabava a palavra?Uma vez que muitas atividades sobre o valor do espao entre as palavras j foram rea-lizadas, acreditamos que as crianas cumpriro a tarefa sem problema.

    Concluda a discusso, defina com eles que palavra quando h uma ou mais le-tras entre dois espaos. Pea-lhes, em seguida, que investiguem se h letras que sopalavras porque esto entre dois espaos.

    Ao fazerem a investigao, descobriro que existem palavras de uma letra. Senecessrio, pea-lhes de lio de casa, que investiguem tambm em jornais, revistas e livros.Depois discuta com eles em classe e v fazendo as descobertas. Podero descobrir que:1) S existem 4 palavras de uma letra (a, e, o, ).2) S podem ser vogais.3) O I e o U nunca so palavras (ou nunca aparecem sozinhos).4) No existe nenhuma consoante que aparea sozinha.5) Existe E e , um com acento e outro sem. Defina com eles quando se usa um ou outro.

    Depois de realizadas as descobertas, em outro dia, pea-lhes que investiguem aspalavras de duas letras. Encontraro: ao, ou, as, os, da, de, do, na, no, em, um, se, si, eu,ia, me, j, l, p, v, f, p, p, v, v, r, v, vi, s, r, nu e outras.

    Coletadas as palavras, o professor pede que observem tudo o que podem desco-brir e que possa ajud-los a escrever ou a decidir quando usar uma letra ou outra. Poderodescobrir que:

    1) Existem muitas palavras de duas letras.2) Algumas aparecem muitas vezes (os, as, um, na, no, da, de, do, ao, em, se).3) No existem: ne, ni; di, du.4) Quando AO sempre com O. Al no existe, e AU existe mas o barulho do cachorro,

    e s aparece de vez em quando. Este que aparece sempre sempre AO.5) O SE que aparece com freqncia sempre com S. CE nunca aparece sozinho como

    palavra, sempre grudado em mais letras, como parte de palavra.6) A palavra NU existe, mas quer dizer pelado e s aparece de vez em quando. Este que

    aparece sempre NO, com O, nunca com U.7) IS, ES, US no existem. No aparecem sozinhos.8) Existem palavras de duas letras formadas por duas vogais ou por uma vogal e uma con-

    soante, mas nenhuma de duas consoantes.Dependendo do envolvimento e flego da classe, o professor pode aprofundar

    mais ou menos essas questes. Pode-se, alm das concluses acima expostas, descobrir-se que:9) As palavras de duas letras que mais aparecem no querem dizer nada que tem no

    mundo.10) Algumas palavras de duas letras querem dizer coisas que tem no mundo, como f, p,

    etc., mas estas aparecem poucas vezes.11) Quando elas no querem dizer nada que existe no mundo, elas no costumam ter acen-

    to; as que querem dizer coisas que existem no mundo podem ter acento (a maioria), ouno.

    12) A maior parte das palavras de duas letras termina por A, E, O.13) Quando terminam por consoante, so sempre S, M, R.

    O procedimento do professor ao longo da estratgia deve ser de desencadear asdescobertas atravs de perguntas que faam as crianas refletirem sobre as propriedadesda lngua. Por exemplo, quando as crianas dizem que encontraram DA DE DO, o profes-

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  • 28

    sor pergunta: E Di e DU, algum encontrou? Como ningum encontrar, o professor con-tinua: Ser que ningum encontrou ou no existe mesmo? Vamos verificar? e assim por di-ante.

    As descobertas feitas pelas crianas devem ser escritas na lousa pelo professor ecopiadas no Caderno de Descobertas pelos alunos. Como h um nmero muito grande dedescobertas e os alunos ainda so lentos para copiar, tem se revelado uma boa estratgiao professor copiar em papel Kraft e deixar afixado na classe para que possam copi-las aospouquinhos.

    A conscincia das propriedades das palavras de uma e duas letras leva os alunosa se colocarem numa postura de investigadores, tendo a ortografia como um objeto de re-flexo, alm de, atravs dela, diminurem uma boa quantidade de erros de grafia.

    Alm destas investigaes, ainda ligadas idia de partio, encontramos as ativi-dades FIM DA LINHA! e SEPARANDO EM DOIS!, que tm por objetivo discutir com ascrianas como se pensar para separar uma palavra que no est cabendo na linha. Optamospor incluir este item no mdulo de significao do espao por estar a soluo deste pro-blema ligada a possibilidades de se organizar o texto. As crianas costumam utilizar espon-taneamente algumas solues: espremem a letra para que a palavra caiba inteira na linha;algumas vo escrevendo de lado, quase na vertical do canto da folha, a maioria escreve apalavra completa na outra linha e, para isso, deixa um espao enorme na linha de cima,fazendo com que o texto fique denteado.

    Ressaltamos aqui que nosso objetivo no trabalhar com diviso silbica. A di-viso silbica encerra algumas complexidades a mais do que a partio das palavras no fi-nal da linha, alm das regras no serem todas as mesmas. Nossa questo ser: de que for-mas posso partir uma palavra em dois pedaos? Como eu penso para saber onde fao es-sa partio?

    Sugerimos que voc proponha que as crianas se renam em grupos e descubramde quantos jeitos pode-se partir uma lista de palavras que voc vai oferecer a elas, sempreem dois pedaos. Deixe que faam as parties espontaneamente e, em cima do que tiveremtrazido como solues possveis, discuta com a classe. Em primeiro lugar, escolha palavrasde nmero variado de slabas (2, 3, 4, 5, 6 etc.) para a atividade. Procure garantir tambmque apaream palavras como martelo, esmago, brinquedo, cantiga, cambalhota, almoo,texto. Nelas aparecem os finais de slabas por consoantes mais freqentes, para que pos-sam trabalhar com esta idia. Conforme os grupos forem mostrando suas solues, discu-ta com eles que letra vem depois, quando que pode terminar por consoante, quando nopode. Os alunos vo poder tirar estas concluses a partir da anlise das parties que fi-zerem.

    Depois de realizada a discusso, interessante fazer as atividades do livro. Elasno esto presentes em nmero suficiente propositadamente. Crie outras de comum acor-do com a classe e seu universo cultural.

    Alm de textos com a ltima palavra da linha faltando para o professor ditar e osalunos completarem dividindo a palavra em dois, pode-se fazer a brincadeira da mquinade escrever, que comea o pargrafo cada vez em um lugar. Exemplo:

    Foi quando encontrei o primeiro drago da minha vi- da.

    Foi quando encontrei o primeiro drago da mi-nha vida.

    Foi quando encontrei o primeiro dra-go da minha vida.

    Foi quando encontrei o primei-ro drago da minha vida.

    E assim por diante. No imagine que as crianas sejam capazes de superar todasas situaes de partio de palavras em final de linha na 1 srie. um longo processo quetem incio neste momento, mas que vai precisar de elementos conceituais ainda no tra-balhados para ser totalmente resolvido. O que buscamos um incio de reflexo, a supe-rao de um bom nmero de situaes, mas no a soluo de qualquer situao.

  • RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DO MDULO III

    M MMMMMMMMMMM (prosa)1. O aluno pode citar qualquer texto que seja em prosa.2. Ttulo. s vezes os alunos se referem a nome do texto por desconhecer o termo ttu-

    lo. Neste caso, aceitar e dar o nome ttulo como o oficial, convencional.3. O nome do autor.4. Sete palavras. Muitas vezes esta resposta gera polmica por acharem que com uma le-

    tra no poderia ser palavra. Neste caso, no dar simplesmente a resposta correta, masestimular e ampliar o debate. Veja no item 2 as instrues sobre a forma de conduzir es-ta discusso.

    5. Os espaos entre elas.6. Resposta pessoal das crianas. O objetivo da pergunta dirigir o olhar delas para a pre-

    sena de espaos entre as palavras que facilitam a identificao de cada uma.7. Tambm resposta pessoal das crianas. O objetivo da pergunta faz-las observar a mar-

    ca do pargrafo.

    MMMMMMMM (poesia)1. O aluno pode citar qualquer poesia que conhea.2. Poesia.3. Ttulo.4. O nome do autor, do escritor.5. No.6. Dar aos alunos a oportunidade de discutir a resposta antes de redigi-la. O importante no

    obter uma resposta padro, mas fazer as crianas raciocinarem e elaborarem a respostacom suas prprias palavras. Nosso objetivo faz-las perceber que cada espao dentroda escrita tem um significado.

    A ILHA DO PAVODar oportunidade aos alunos de discutirem as respostas antes de redigi-las. O importanteno obter uma resposta padro, mas que os prprios alunos tentem raciocinar e elabo-rar as respostas com suas prprias palavras. Por exemplo, nas questes 3 e 4 nosso obje-tivo que percebam a presena do espao entre as palavras, mais do que simplesmenteobter a resposta: 5 palavras.

    BATATINHA QUANDO NASCEBatatinha quando nasceespalha a rama pelo cho.O menino quando dormepuxa a cama e cai no cho.

    UM BILHETE MEIO ESTRANHOTia Carmen

    Hoje eu vou a sua casa para jogar futebol com os meus primos. Faa, por favor,aquele bolo de chocolate que eu gosto tanto, t bom?

    Obrigado. Um beijo.Pedrinho

    VERSINHOSRetiramos as letras maisculas ao escrever sem separao para no induzir a resposta.Quando discutir com as crianas, levantar a polmica: prosa ou poesia? como seria or-ganizado? etc. O mais importante a prpria discusso, e no a oferta de uma resposta cor-reta para ser copiada.

    29

  • 30

    L em cima daquele morro passa boi, passa boiada.Tambm passa voccom a roupa rasgada!L em cima do piano tem um copo de veneno.Quem bebeu morreu.O azar foi seu.Rei, capito,soldado, ladro.Moa bonitado meu corao.

    UM... DOIS...Um, dois, feijo com arroz,trs, quatro, feijo no prato,cinco, seis, feijo ingls,sete, oito, comer biscoito,nove, dez, comer pastis.

    CDIGO...Picol

    Amanh esperamos voc no ptio da escola, perto da cantina, na hora do recreiopara terminarmos de combinar o plano de ataque.

    assinado: FranjinhaQUAIS SO?

    O trem maluco quando sai de Pernambucovai fazendo xique-xiqueat chegar no Cear.

    Rebola, bola,voc diz que d e d,voc diz que d na bola,mas na bola voc no d.

    Rebola pai,rebola me,rebola filha,eu tambm sou da famlia,tambm quero rebolar.

    DESCUBRA OS ERROS!Erros: localizao do ttulo e do nome do autor na linha:

    Tatu na cascaTatiana Belinky

    O Saci estava contente...

    E AGORA?/ CONTINUANDODiscuta e redija a resposta com a classe incentivando os alunos a refletir sobre a questo eformular a resposta com suas prprias palavras.O importante nestas duas atividades que o aluno perceba a importncia da disposio dotexto na pgina, sabendo que neste caso o texto deve ocupar todo o espao da linha, res-peitando o espao para indicar o pargrafo.

  • 31

    AH! OS HOMENS...Criar um clima de suspense durante a leitura desta parte da histria, motivando cada alunoa escrever seu prprio final da histria.Final da histria de Tatiana Belinky:

    E faz muito bem, primo Caipora aprovou o Saci. No sei o que seria dos bichos desta floresta sema sua proteo.

    isso a confirmou o Caipora. Pacas, tatus, cutias, antas, veados, macacos, porcos, tamandus emesmo onas, todos os bichos de plo, de couro e de chifre so meus amigos e tm a minha proteo! E agora eu j vouindo, que estou com pressa!

    O Caipora cutucou a sua feia montaria e saiu toda, sacudindo o comprido chuo de ponta de ferro. Umferro com poderes mgicos, como vocs vo ver logo.

    Mas o Saci, xereta como ele s, foi pulandinho atrs dele, pra espiar o que o Caipora ia fazer...Anoitecia, e os caadores que o protetor dos bichos procurava j tinham acampado numa clareira, para

    preparar a janta. Estavam todos satisfeitos com a rica caada, pois haviam matado uma poro de bichos, na verdademuito mais do que podiam carregar que dir comer. E agora estavam assando sobre a fogueira, dentro da sua prpriacarapaa, um tatu destripado, espetado numa vareta de espingarda, enquanto os ces de caa aguardavam impacientesa sua vez de comer.

    Homens e cachorros j lambiam os beios, curtindo o cheirinho de churrasco de tatu, quando, de repente,com grande alarido de gritos selvagens e assovios estridentes, montado no caititu e sacudindo o seu chuo, surgiu oCaipora!

    Que susto! E, antes que os homens pudessem gritar Socorro!, j o Caipora, rpido como um raio, apagoua fogueira, deu uma surra nos cachorros, que ganiam desesperados, e espalhou os caadores para todos os lados, pon-do-os a correr em fuga desabalada, largando armas e bagagens.

    Enquanto os homens fugiam apavorados, o Caipora foi cutucando os bichos abatidos com o seu ferro mgi-co, gritando: Acorda, preguioso! E vejam s: pacas, veados e cutias baleados ressuscitavam na mesma hora, acor-davam da morte e corriam a embrenhar-se na mata, vivinhos da Silva. S o pobre tatu continuava pendurado no espeto,j meio assado no prprio casco.

    Ento o Caipora foi e deu um cutuco mais forte nele, soltando um formidvel grito de comando: Upa! Vambora, Tatu!E o tatu, destripado e meio assado como estava, pulou do espeto e saiu corren