construindo monografias

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Construindo Monografias e TCC’S Elias Ferreira Porto Eliethe Xavier de Albuquerque Everson Mückenberger Kátia Corina Vieira Leonardo Tavares Martins Oswalcir A. de Azevedo Paulo Gomes Lima UNASP 2006

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Page 1: Construindo Monografias

Construindo Monografias e TCC’S

Elias Ferreira Porto Eliethe Xavier de Albuquerque

Everson Mückenberger Kátia Corina Vieira

Leonardo Tavares Martins Oswalcir A. de Azevedo

Paulo Gomes Lima

UNASP 2006

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UNASP CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO ADMINISTRAÇÃO DA ENTIDADE MANTENEDORA

Presidente: Domingos José de Souza Tesoureiro: Élnio Álvares de Freitas Secretário: Edson Rosa ADMINISTRAÇÃO GERAL DO UNASP

Reitor: Euler Pereira Bahia Pró-Reitora: Thalita Regina Garcia da Silva Pró-Reitor Administrativo: Élnio Álvares de Freitas Secretário Geral: Paulo César de Azevedo

Pró-Reitor do Campus SP: André Marcos Pasini Pró-Reitor do Campus EC: José Paulo Martini Pró-Reitor do Campus HT: Alacy M. Barbosa PRODUÇÃO EDITORIAL

Comissão de Pesquisa:

Ausberto Silvério Castro Vera Célia Barbosa P. dos Santos Elias Ferreira Porto Eliethe Xavier de Albuquerque Everson Mückenberger Oswalcir A. de Azevedo Paulo Gomes de Lima Wanderley Dorneles da Silva

Capa: Geyvison Souto Projeto Gráfico e Diagramação: Fábio Borba Revisão: Elias F. Porto, Eliethe X. Albuquerque, Leonardo T. Martins Edição: Dezembro 2006

001.42 Construindo monografias & TCC´s / Elias Ferreira Porto et al. – São Paulo

C775 UNASP SP, 2006. vi, 194 p. : il. Referências e Tabelas.

1. Pesquisa – Metodologia 2. Pesquisa – Projetos 3. Trabalhos científicos – Normas 4. Trabalhos científicos – Redação 5. Trabalhos científicos – Técnicas I. Porto, Elias Ferreira. II. Albuquerque, Eliethe Xavier de. III. Mückenberger, Everson. IV. Vieira, Kátia Corina. V. Martins, Leonardo Tavares. VI. Azevedo, Oswalcir A. de. VI. Lima, Paulo Gomes. VII. Título.

Dados de Catalogação AACR2 2ª. ed. e Classificação CDD 22ª ed.

Realizado pelo Departamento de Bibliotecas do UNASP Campus SP Bibliotecária responsável: Eliethe Xavier de Albuquerque

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“O processo do conhecimento da investigação epistemológica deve ser caracterizado pelo desvelamento do objeto, não de forma fragmentária e/ou fragmentada, como se numa perspectiva unilateral as respostas ao problema suscitado se mostrassem suficientemente contempladas; muito pelo contrário. Esse toma como sustentação maior a totalidade do objeto, escrutinando os domínios conceituais e metodológicos que, desvelando a abrangência contextual da problemática levantada, possibilita tanto a explicação, a descrição, a compreensão, como também encaminhamentos recorrentes como críticas ou contribuições alternativas a uma dada realidade” (LIMA, 1986, p.262).

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APRESENTAÇÃO

A produção de um manual que contemple os elementos metodológicos da

pesquisa científica, embora materializada, nunca é tarefa acabada, visto que a

dimensão metodológica é muito ampla, requerendo, portanto, seleção dos pontos

principais que auxiliem o trabalho do pesquisador.

Dessa forma, foram reunidos em oito capítulos os elementos considerados

imprescindíveis à construção da produção científica, como se segue.

O capítulo I enfatiza os princípios básicos da pesquisa científica a partir de

três aspectos: compromisso, comunicação e rigorosidade científica.

No capítulo II estão descritos os passos necessários à divulgação da

investigação científica através de resumos e resenhas.

O terceiro capítulo trata das questões éticas que envolvem e norteiam a

pesquisa científica.

No capítulo IV são apresentados os principais elementos a compor um projeto

de pesquisa, enquanto que o quinto capítulo descreve os passos fundamentais na

elaboração de uma monografia.

O capítulo VI trata da normalização para uso de citações, conforme a

NBR10520 da ABNT, e no sétimo capítulo estão descritos e exemplificados os

diversos tipos de referências de documentos que dão suporte teórico à pesquisa, de

acordo com a NBR 6023.

No oitavo capítulo estão arrolados os itens básicos e as iniciativas

indispensáveis à elaboração do pôster científico.

O objetivo dos autores desses capítulos e da Comissão de Pesquisa do

UNASP é dar a você o apoio necessário para ingressar nesta fantástica aventura

que é a investigação e a descoberta de novos conhecimentos !

Bom trabalho !

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PESQUISA CIENTÍFICA

Paulo Gomes de Lima

[email protected]

É razoável pensar-se que a ciência pode tornar-se meio de libertação se for sustentada por uma teoria filosófica que tente compreender o significado da atividade científica como empreendimento de um ser pensante criativo, à procura de compreensão da realidade que o envolve e com a qual está interagindo (VON ZUBEN, 1995, p. 15).

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1 PESQUISA CIENTÍFICA

A pesquisa científica é uma contribuição que o pesquisador oferece ao

universo do conhecimento. Dessa forma, em sua construção, é preciso ter como fio

condutor, princípios e normas técnicas que estruturem o grau de sua confiabilidade.

Tais princípios envolvem tanto o comprometimento do pesquisador com a qualidade

e fidedignidade da pesquisa quanto a forma de comunicação da mesma.

Assim, antes da construção da pesquisa o pesquisador precisa estar atendo

aos princípios fundamentais considerados neste capítulo.

1.1 Princípio do Compromisso

A importância dos vários tipos de pesquisa científica, desde uma monografia

até uma tese, não se esgota no cumprimento de um requisito acadêmico. A posterior

divulgação das descobertas e das idéias defendidas, seja perante a banca

examinadora ou por meio da publicação de um livro, atribui à pesquisa um papel

elevado. Os conceitos divulgados podem orientar novas pesquisas, provocar

mudanças na sociedade e mesmo contribuir para o desenvolvimento do país.

Reconhecendo-se tal importância, o princípio do compromisso deve conduzir o

pesquisador, desde a escolha do tema, a seleção e a leitura das fontes

documentais, a sistematização da vida de estudos, até a redação e divulgação dos

resultados da investigação.

1.1.1 Sobre a Definição da Área de Estudo e a Escolha do Tema

A seleção do tema de estudo depende da preferência, da disponibilidade e

das inclinações do pesquisador. O tema pode ser encontrado dentro do conjunto de

interesses e dos conhecimentos imediatos acumulados pelo pesquisador.

Na escolha do tema, primeiro deve-se identificar o campo de estudo, a área

do conhecimento e o tema propriamente dito. A partir desses elementos é que será

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feita a proposta do problema a ser pesquisado, bem como a abordagem a ser

desenvolvida.

Exemplos:

Campo de estudo: Psicologia

Área do conhecimento: O inconsciente individual

Tema: O inconsciente e o processo de tomada de decisões

Problema: Em que consiste a influência do inconsciente na tomada de decisões?

Campo de estudo: Administração

Área do conhecimento: Recursos Humanos

Tema: Critérios éticos e contratação de pessoal

Problema: Por que critérios éticos estão sendo utilizados atualmente na seleção de

pessoal no mundo corporativo?

O tema deve ser escolhido partindo-se sempre do geral para o específico.

Quanto mais objetiva e delimitadamente o pesquisador define seu tema, mais

facilidade vai ter, no decorrer da pesquisa, para organizar e expandir a abordagem

sem perder o foco proposto.

Assuntos sobre os quais pouco se tem escrito ou que ainda se mostram

duvidosos podem se constituir em terreno movediço para o pesquisador médio ou

principiante. Uma escolha mais acertada do tema pode resultar de consulta prévia a

diversos autores, numa área específica. Nessa consulta, o estudante pode identificar

brechas, que ele eventualmente venha a preencher.

Salomon (1991) enumera algumas fontes de inspiração e de sugestão para a

escolha de temas de pesquisa, entre elas a observação, reflexão, senso comum,

experiência pessoal, seminários e controvérsias. A observação direta e minuciosa

dos fatos e dos comportamentos sociais conduz a problemas potenciais, cuja

pesquisa certamente apresentará resultados práticos. Por sua vez, a reflexão

permite ao pensamento perscrutar o mundo sensível e a realidade interior, de onde

podem emergir temas originais. Salomon destaca ainda que, importantes pesquisas

podem ainda ser oriundas da experiência pessoal, uma vez que cada pessoa tem

comportamentos e maneiras próprias de reagir às situações concretas da vida.

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Definido o tema de estudo, passa-se em seguida à elaboração de uma

estrutura provisória a ser seguida durante a pesquisa. Essa estruturação provisória,

bem como a definitiva, deve levar em conta a questão da interdisciplinaridade.

O mundo globalizado requer do pesquisador a habilidade de interligar

diferentes áreas de estudo, em torno da área principal escolhida. Morin (2000, p. 14),

afirma que os desenvolvimentos próprios de nossa era planetária nos confrontam,

inevitavelmente e com mais e mais freqüência, com “os desafios da complexidade”.

Segundo ele os diferentes componentes da sociedade (fator econômico, político,

sociológico, psicológico, afetivo, mitológico) são inseparáveis e “existe um tecido

interdependente, interativo e inter-retroativo entre as partes e o todo, o todo e as

partes”. Para Morin, a política da especialização, que leva o pesquisador a se fixar

numa área cada vez mais restrita, não se mantém no mundo globalizado.

Considerando essa realidade, disciplinas como psicologia, filosofia, história,

antropologia ou religião devem ser incluídas numa pesquisa voltada para a área de

administração, economia, gastronomia, saúde, comunicação ou pedagogia, dentre

outras. A pesquisa interdisciplinar parte do pressuposto de que o ser humano é um

todo interligado, bem como a sociedade e as ciências.

1.1.2 Sobre a Seleção de Fontes Técnico-Científicas Necessárias

A revolução industrial possibilitou tornar a cultura uma mercadoria a ser

produzida, vendida e consumida. Assim, o mercado editorial, em todo o mundo,

oferece uma multiplicidade de obras, cabendo ao leitor inteligente exercer senso

crítico e seletivo a fim de que seu programa de pesquisa tenha rendimento e

eficácia.

Há inúmeras leituras sem proveito, tanto para um leitor comum quanto para o

pesquisador. É preciso, portanto, realizar uma criteriosa seleção das obras. Pode-se

começar essa seleção levando-se em conta:

• a qualificação do autor e o tipo de abordagem que faz de seu tema;

• o sumário da obra; nele o pesquisador deve analisar se os itens

relacionados são claros e se podem contribuir significativamente para o

andamento coerente da pesquisa eleita;

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• nenhuma obra deve ser selecionada sem que se leve em conta ainda a

bibliografia citada. É certo que bons livros já foram publicados sem fontes

de consulta, mas a regra geral é que o valor de um trabalho está

relacionado diretamente com as fontes utilizadas;

• a apresentação da obra ou do autor, constante das orelhas, da quarta capa,

da introdução ou do prefácio pode se constituir em elemento importante no

processo de seleção de fontes;

• outros quesitos de seleção podem ser ainda o padrão e o reconhecimento

de que goza a editora que publica o material, o número de edições já

lançadas e a data de produção da obra. As edições mais recentes ou

revisadas devem ser preferidas às mais antigas;

• o pesquisador deve ampliar suas fontes, para além dos limites do livro.

Dicionários e enciclopédias são consultas básicas para qualquer pesquisa.

Há dicionários das mais variadas áreas ou ciências, como psicologia,

teologia, filosofia, sociologia, música, história, etc., sendo indispensável a

menção aos mesmos segundo a área pesquisada; além dessas fontes, o

pesquisador deve utilizar revistas e jornais, que oferecem uma abordagem

de temas variados muito próxima do cotidiano. Seminários, palestras, aulas

e debates podem também se constituir numa fonte fecunda de idéias;

• é preciso ainda que o pesquisador esteja atento à realidade que se

desdobra ante seus olhos no dia-a-dia. Muitas conclusões ou descobertas

históricas aconteceram em momentos inesperados, sendo captadas por

observadores atentos.

A pesquisa científica requer também uma observação ou análise mais detida

da realidade, na pesquisa de campo ou num laboratório. O campo da análise pode

ser uma sala de aula, uma empresa, uma cidade, uma região geográfica ou uma

faixa etária, dentre outros. Pode também ser uma seleção de documentos, atas,

relatórios, boletins, fotografias, reportagens ou entrevistas. O campo escolhido deve

ser analisado segundo parâmetros estabelecidos na introdução da pesquisa.

Há pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, estando esta última focada

primordialmente na análise do campo definido para estudo, não dispensando,

porém, o embasamento teórico ou bibliográfico.

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1.1.3 Sobre o Ato de Ler

Estudantes de todas as áreas de conhecimento apresentam uma evidente

dificuldade de expressar-se com clareza e objetividade através da escrita. Essa

limitação, capaz até de impedir a produção de um trabalho científico, está

diretamente relacionada com a dificuldade de leitura, como fartamente indicada pela

maioria dos professores de todos os níveis de ensino. Ler fontes cuidadosamente

selecionadas e compreensivelmente, portanto, é decisivo para a produção de um

trabalho científico. Uma leitura contínua e consciente aperfeiçoa o estilo literário,

amplia os conhecimentos, melhora o vocabulário e ajuda a sistematizar as idéias na

hora de redigir.

A leitura, porém, que aperfeiçoa e enriquece, não é aquela voltada para o

entretenimento do leitor. É leitura pausada, acompanhada de anotações, pesquisa a

dicionários, resumos e tomada de posição. O pesquisador que deseja entrar no

mundo do conhecimento e dar sua contribuição deve primeiro ser atento e

observador. Medeiros (1991) pontua que a leitura exige análise, síntese, reflexão,

aplicação do conteúdo, além de concentração, constância, rejeição à passividade e

também ao excessivo espírito crítico, preguiça, deslealdade ou distorção das idéias

lidas.

A leitura constante e seguida dessas práticas pode provocar o

desencadeamento de muitas idéias proveitosas para a pesquisa que se pretenda

desenvolver. É durante a reflexão, análise e síntese dos conteúdos lidos que a

mente estabelece ligações entre as novas idéias e aquelas já armazenadas seja por

meio da visão, audição, do tato ou por leituras anteriores. Essas ligações, ou

sinapses, são indispensáveis à criatividade e ao ordenamento das idéias.

Uma leitura proveitosa jamais dispensará o ato de sublinhar. Os textos

sublinhados podem ser consultados mais rapidamente, facilitam a tomada de notas e

o resumo das idéias do autor. Só se deve sublinhar, porém, um texto após

compreendê-lo bem, a fim de que sejam destacadas as palavras ou frases-chave da

leitura. Tópicos muito importantes podem ser sublinhados com duas linhas. Trechos

obscuros podem ser indicados com um ponto de interrogação à margem. Setas ou

traços verticais à margem também servem para destacar pontos mais relevantes do

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texto. O uso de uma só das margens para todos os sinais torna a anotação mais

organizada.

É preciso considerar ainda que, no processo de execução de uma pesquisa

científica, alguns tipos de leitura se fazem necessários, segundo a finalidade com

que se lê. Os tipos de leitura podem ser classificados em quatro categorias principais

conforme Medeiros (1991):

• leitura de reconhecimento: é muito útil quando se quer ter uma visão geral

da obra, identificar a linha de argumentação do autor e suas tendências;

• leitura scanning: é também rápida e superficial, sendo útil para se

encontrar uma citação desejada ou certo tópico da obra de pesquisa e

crítica;

• leitura de pesquisa: a leitura de pesquisa requer mais tempo, e inclui o ato

de ler, reler, anotar e resumir, e resulta em armazenamento de

informações;

• leitura crítica: requer concentração, reflexão, avaliação e comparação,

proporcionando seleção e domínio dos conteúdos.

Um fator indispensável para a leitura produtiva é a concentração. Sem ela não

é possível dominar, entender e criticar idéias. Como nossa cultura é permeada de

ruídos e de exposição de imagens que concorrem a nossa atenção, é preciso criar

condições que favoreçam a concentração. Isso inclui, entre outras coisas, espaço

tranqüilo, arejado, iluminado e, principalmente, com ausência de ruídos.

No momento de redigir o texto da pesquisa é conveniente ter à mão os livros

e textos consultados, além das anotações colhidas. Mas, durante o processo de

leitura, o trabalho pode ser mais produtivo quando se lê um documento após o outro.

Cada autor deve ser lido, analisado e criticado separada e atentamente num primeiro

momento, para que, num segundo momento, ao se estabelecer relação entre

autores com diferentes linhas de pensamento, perceba-se as convergências,

divergências e contribuições originais sobre o problema em foco. Sendo possível ao

pesquisador, seu trabalho ainda se torna mais produtivo se conseguir selecionar

autores de diferentes tendências e lê-los um de cada vez, por grupos afins,

buscando a sistematização interdisciplinar de forma lógica e organizada.

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1.1.4 Sobre o Ato Intencional de Sistematizar a Vida de Estudos

No processo de produção de uma pesquisa científica, o contato com o tema

escolhido não deve se limitar à discussão mental durante a leitura. É preciso abrir

espaço para discussão do assunto em sala de aula, com amigos e mesmo em casa,

com a família. A leitura é só o início do processo de construção das idéias.

A expansão da prática de estudo e a discussão de idéias é algo mais

particular dos cursos superiores e de programas de pós-graduação. O aluno recém-

saído do curso médio deve se conscientizar de que a vida de estudos num curso

superior e a produção de uma pesquisa científica requerem seu envolvimento além

dos limites da escola e da sala de aula. Inclui também a formação de uma biblioteca

particular segundo a área da graduação escolhida e atuação profissional, o

desenvolvimento de hábitos de pesquisa e a freqüência a ambientes e eventos

acadêmicos.

Além disso, para que um programa de estudos e pesquisa se torne efetivo é

indispensável também que se defina claramente o objetivo a ser alcançado. O

pesquisador precisa delimitar seu tema e estabelecer, de início, sua meta. Feito isso,

também é necessário estabelecer um cronograma de atividades, com prazos

previamente estabelecidos. A pesquisa científica tem períodos de concepção,

amadurecimento, desenvolvimento e ponto de chegada (resultados), mesmo que

não acabado. Um cronograma com limites elásticos ou freqüentemente

flexibilizados, fatalmente compromete a conclusão da pesquisa, não sendo poucos

os que já viram seus créditos serem invalidados pelo retardamento de sua

conclusão.

O método de execução de um trabalho científico deve também ser

programado. Alguns afirmam que a redação só deveria ser iniciada após feita toda a

pesquisa. Outros entendem ser produtivo redigir durante todo o processo. Cabe ao

pesquisador identificar a prática mais adequada a seu caso ou acordar com o seu

orientador a sistematização que mais se adequa ao seu perfil. Deve-se notar,

entretanto, que durante a leitura e investigação das fontes, surgem idéias que não

podem ficar sem registro imediato. Por outro lado, durante a redação podem ficar

evidentes certas brechas na pesquisa, o que requer seleção de novas fontes e mais

consultas.

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Há pessoas que se sentem confusas quando começam a redigir o trabalho,

tendo que organizar simultaneamente um conteúdo imenso e variado. Nesse caso, o

trabalho pode ser facilitado ao se redigir trechos na medida em que o conteúdo de

cada capítulo ou seção esteja mais ou menos definido. De qualquer forma, antes de

se começar a redigir e dar forma às informações obtidas na pesquisa é

indispensável demorada e atenta reflexão.

Realizada a pesquisa, o passo seguinte é a redação e divulgação do material,

que certamente será mais eficaz seguindo-se alguns critérios ou princípios.

1.2 Princípio da Comunicação

O trabalho do pesquisador não termina com a conclusão da pesquisa ou com

a comunicação oral desta, mas com a redação e publicação de suas idéias e

descobertas. Só então seu esforço poderá se constituir numa contribuição

permanente à comunidade acadêmica e à sociedade. Sendo assim, a redação do

material deve obedecer a princípios básicos da comunicação, como objetividade,

clareza e coerência, entre outros.

Esses princípios estarão presentes no ato de escrever, na capacidade de

comunicar a descoberta de forma clara e eficiente. Um texto objetivo e coerente, não

um mero relatório ou um amontoado de termos técnicos e idéias acadêmicas; uma

contribuição literária capaz de transmitir eficazmente as idéias do emissor

(pesquisador) ao receptor (leitor).

Algumas pessoas consideram que o leitor é que deve empreender esforço a

fim de conseguir acesso e compreensão ao conteúdo de uma pesquisa acadêmica,

o que é grave equívoco. O pesquisador deve ser a pessoa mais interessada na

divulgação da sua produção. Assim sendo, deverá investir tempo e esforço na

construção de um texto lúcido, acessível ao seu público alvo. O emissor da

mensagem (pesquisador) deve comunicar suas idéias de maneira que esta possa

alcançar o receptor na condição em que se encontra. Isto significa que o leitor

depende do autor para bem entender e absorver as informações transmitidas.

Feitosa (1995) estabelece cinco motivos principais para que o pesquisador se

empenhe na comunicação eficaz de suas descobertas:

• a comunicação da ciência é indispensável ao desenvolvimento de um país;

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Note
Qual a contribuição que meu trabalho tentará dar a sociedade? R: O valor da sistematização na produção das idéias para cinema.
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• a sociedade democrática exige a ampla divulgação dos feitos e inovações que

afetam o seu dia-a-dia;

• cientistas e pesquisadores ocupam obrigatoriamente o lugar de emissores no

processo de comunicação da ciência;

• o primeiro passo a ser dado para se chegar à comunicação bem-sucedida é a

caracterização do receptor;

• a eficácia da comunicação depende primordialmente da empatia que o

emissor consegue estabelecer com o seu receptor.

Dentre os vários princípios da comunicação eficaz destacamos três, a

objetividade, a clareza e a coerência, como tripé que sustenta a pesquisa científica.

1.2.1 Objetividade

Quanto mais direta e claramente a mensagem for transmitida mais chance

terá de alcançar o seu objetivo.

A objetividade de um texto resulta da resposta às questões básicas com que

se procura conhecer determinado fato ou fenômeno. Karam apud Pereira Junior

(2000) enfatiza que na Antigüidade, o historiador Marco Túlio Cícero, já havia

identificado essa questão como um dos elementos-chave para qualquer tipo de

texto. Cícero considerava que para um texto literário ser considerado apropriado,

deveria responder a algumas indagações que iriam ou não atestar a sua validade.

As perguntas eram e ainda são: Quem? (persona), O quê? (factum), Onde? (lócus),

Como? (modus), Quando? (tempus) e Por quê? (causa).

Dito de outra forma, Feitosa (1995, p.18, 35) propõe que as questões básicas

da narrativa científica são necessariamente: Qual a novidade?, Por quê?, Como? e

E agora?. Para a autora, a novidade pode ser um método, uma peça, equipamento,

conceito ou idéia, recomendação ou sugestão. Algo que foi criado, construído,

testado, provado, finalizado, supervisionado, pela pesquisa realizada.

Portanto, a primeira informação a ser dada num texto científico é a novidade,

a descoberta que se alcançou. Quando essa descoberta está clara na mente do

pesquisador é hora de começar a narrativa.

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Note
Qual a novidade? R: A novidade estaria no fato de que a sistematização no cinema deve começar muito antes da produção ou pré-produção.
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O Por quê?, por sua vez, tem que ver com a coerência e a lógica da idéia ou

descoberta apresentada. Ao responder à questão Por quê?, o pesquisador leva o

receptor a compreender a razão e a lógica de sua descoberta. Procurando

responder à questão Como?, o autor mostra os meios que utilizou ou como

procedeu a fim de chegar àquela descoberta, oferecendo fundamentos e provas ao

leitor.

Em seguida, cabe finalmente dar as implicações ou desdobramentos da

descoberta ou idéia. Isso se faz respondendo à pergunta E agora?.

Seguindo-se esse roteiro é possível dar objetividade e concisão à narrativa

científica.

A objetividade se evidencia também com a utilização de dados e informações

concretas em lugar do uso de adjetivos ou linguagem apaixonada. Por exemplo: Em

vez de se dizer que determinado modelo de computador é muito mais veloz, deve-se

informar que ele processa as informações 30 ou 40 vezes mais rapidamente que os

modelos x e y. A frase “a televisão prejudica grandemente a formação moral das

crianças” se tornaria mais objetiva se fosse escrita assim: “a televisão brasileira

mostrou, no período de janeiro a junho de 2002, uma média diária de 40 cenas de

crime, 25 de sexo e nenhuma cena de diálogo educativo entre pais e filhos”. A

maioria dos adjetivos pode dar lugar a um dado objetivo, que acrescenta qualidade

informativa ao texto.

O envolvimento sentimental do pesquisador também pode comprometer a

objetividade do texto. Isso ocorre especialmente em pesquisas nas áreas

humanísticas, quando se trata temas políticos e sociais. O pesquisador objetivo e

comprometido com a verdade não permitirá que seus sentimentos interfiram na

formulação de julgamentos.

1.2.2 Clareza

A clareza do texto resulta do domínio das idéias por parte do autor e do uso

adequado da língua.

O texto é tão claro na apresentação do objeto de pesquisa tanto quanto forem

claras as idéias na mente do autor. A fim de expressar-se com clareza, o autor

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precisa assimilar o assunto de modo a distinguir com precisão todas as partes e a

relação entre elas.

Embora o texto de uma pesquisa seja científico, a fraseologia deve ser

simples. O vocabulário precisa ser utilizado segundo a caracterização do público

alvo. As frases devem ser curtas, pois quanto mais longas, mais dificultam o

raciocínio do leitor. A simplicidade também se alcança com o uso predominante da

ordem direta (sujeito - verbo - predicado). Quando o autor não consegue identificar

claramente o sujeito, verbo e predicado, deve reescrever a frase.

Cada parágrafo deve iniciar-se com a voz ativa e com frases fortes. As frases

indiretas e os gerúndios devem ser evitados, especialmente no início dos parágrafos.

Exemplo: “Considerando que a comunidade é um fator determinante dos hábitos da

personalidade e que o indivíduo não é uma célula isolada, conclui-se que o ser

humano é interdependente”. Essa construção seria mais clara assim: “Conclui-se

que o ser humano é interdependente, considerando que a comunidade é um fator

determinante dos hábitos da personalidade e o indivíduo não é uma célula isolada”.

A clareza de um texto pode ser testada com a formulação de uma frase-

chave, um tipo de sentença geral, para cada capítulo ou seção da pesquisa. Após

redigir o texto, o autor procura resumir o conteúdo numa única frase. Se isso não for

possível, provavelmente as idéias não estejam apresentadas com clareza. Verificada

a ausência de clareza, o texto deve ser reescrito ou revisado até que a sentença

geral se evidencie com naturalidade.

Após a redação de todo o material, o autor deve ainda proceder a algumas

revisões. Uma revisão inicial pode ser feita com o objetivo de se adequar a estrutura

e o desenvolvimento lógico das idéias. Numa segunda etapa, com uma revisão

voltada para detalhes, podem-se eliminar erros gramaticais, ortográficos e de

digitação, incluindo espaços a mais entre as palavras. Por fim, numa terceira

revisão, deve-se excluir toda informação repetitiva, que comprometa a concisão do

texto.

De modo geral, os textos acadêmicos e científicos são redigidos em

linguagem formal ou impessoal, evitando-se os pronomes você, eu e nós. Mais

recentemente essa formalidade tem perdido espaço, uma vez que demanda o uso

de variantes lingüísticas e de estruturas cansativas notadamente a voz passiva, que

torna o texto cansativo e menos claro. Isso tem facilitado certo uso da narrativa

informal ou pessoal, com inclusão dos pronomes acima citados. No entanto, esse

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uso deve guardar certa moderação a fim de que não comprometa a natureza

científica do texto.

1.2.3 Coerência

A coerência deve se manifestar ao longo de todo o trabalho científico. Uma

correlação ininterrupta deve patentear-se entre a introdução, o desenvolvimento e a

conclusão.

Ferreira (1986, p. 426) define coerência como “ligação ou harmonia entre

situações, acontecimentos ou idéias” e ainda como “conexão, nexo e lógica”. Essa

conexão ou harmonia deve ser vista entre as diferentes idéias ou os diversos

capítulos da pesquisa. Toda nova posição assumida pelo autor deve ser colocada

em paralelo com as posturas anteriores.

A seqüência lógica e crescente entre os capítulos e as seções também atribui

coerência ao texto. Essa seqüência se alcança com a elaboração de uma estrutura

adequada, na introdução da pesquisa. Durante a pesquisa, caso a estrutura

proposta inicialmente não comporte a coerência e a lógica necessárias, deverá ser

alterada.

Faz parte também da coerência do pesquisador evitar citações de citações.

Uma citação de terceiros extraída de determinada obra pode estar fora do contexto.

Pode conter erros de tradução ou de compilação. A fim de não incorrer nesses

equívocos, que certamente depõem contra a coerência, o pesquisador deve buscar

as fontes primárias ao citar o autor da frase ou pensamento em questão.

As referências de uma pesquisa científica devem ser revisadas quantas vezes

forem necessárias até que se consiga uma leitura sem que se identifique um único

erro. A revisão das referências deve levar em conta a grafia do nome do autor, a

precisão do título da obra, a edição, local de publicação, editora e data, e

especialmente o número da página.

Da mesma forma os outros documentos consultados devem ser revisados,

não se permitindo a exclusão de um só título utilizado.

Os princípios aqui expostos não esgotam os critérios da pesquisa científica,

mas certamente colocam o pesquisador numa margem de segurança, ao executar,

redigir e divulgar seu trabalho.

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1.3 Princípio da Rigorosidade Científica

A pesquisa científica é desenvolvida através de procedimentos intencionais e

sistemáticos buscando respostas para as situações-problema que são evidenciadas

pelo pesquisador. O ato intencional de estudo desse problema deve,

necessariamente, obedecer aos critérios do conhecimento científico, que conferem

maior fidedignidade e aproximação da solução das questões levantadas. A esta

conceituação denominamos de rigorosidade científica, pois requer metodologia

própria e uma leitura crítica dos referenciais teóricos e do objeto empírico

propriamente dito.

1.3.1 A Pesquisa Científica Requer Uma Metodologia Própria

Quando se trata da pesquisa científica há que se considerar uma metodologia

que lhe seja particular na condução do estudo do problema. Tal metodologia se

totaliza desde a escolha do tema a ser trabalhado, passando pela elaboração do

problema de pesquisa, levantamento de hipóteses até a comunicação dos

resultados. Portanto, a construção científica não é algo aleatório. Vai exigir do

pesquisador domínio de conceitos prévios como pré-requisitos para sua

operacionalização, que poderão ser adquiridos através de uma leitura crítica dos

referenciais teóricos e do contexto.

1.3.2 A Pesquisa Científica Requer Uma Leitura Crítica dos

Referenciais Teóricos e do Contexto do Objeto

Após a leitura dos textos, o pesquisador iniciante deve se preocupar em

analisá-los, não de forma passiva, reproduzindo literalmente ou concordando com

todas as afirmações e negações dos autores, ou mesmo discordando sem nenhuma

fundamentação teórica. O pesquisador deve utilizar a leitura crítica na pesquisa dos

diferentes referenciais teóricos, a qual lhe fornecerá elementos mais adequados para

a realização de uma leitura de mundo.

A leitura crítica é entendida como uma co-construção das idéias e conceitos

que estão sendo analisados, pois a contribuição direta do leitor sobre outro enfoque

Page 19: Construindo Monografias

19

poderá proporcionar novos entendimentos de determinada questão, à luz das

demais leituras já efetuadas.

Para que a leitura crítica seja contemplada no processo de formação do futuro

pesquisador é necessário:

• desenvolver o hábito de leitura no campo de conhecimento ou temas de sua

preferência;

• comparar teorias, idéias e conceitos trabalhados por diferentes autores;

• através de um olhar dialético, ir construindo sua própria leitura, considerando

as contribuições e limites de cada uma das categorias estudadas. Neste

momento a leitura preocupa-se em problematizar um determinado assunto,

analisando sua consistência com o objetivo de propor sua transformação ou

superação se for o caso;

• ter consciência de que a ciência não apresenta uma característica absolutista,

imutável e inflexível, mas que se esforça por construir um diálogo permanente

entre ordem, desordem e organização no estudo das problemáticas, evitando

o paradigma da simplificação que reduz e transforma o conhecimento em

compartimentos isolados, conforme atesta morin (1999);

• discutir no espaço coletivo as novas contribuições pessoais sobre a

perspectiva científica efetuadas por esforço individual, tornando o momento

solitário em momento solidário de novas descobertas onde o aprender e o

ensinar são cíclicos;

• compreender que a leitura do contexto de determinada problemática pode ser

enriquecida pela olhar multidimensional da leitura da palavra. A partir deste

vínculo o pesquisador poderá contemplar o estudo do objeto em sua

totalidade.

Page 20: Construindo Monografias

20

RESUMOS E RESENHAS

Everson Muckenberger

[email protected]

Não há como desenvolver uma pesquisa epistemológica sem considerarmos os elementos básicos de sua sustentação, dado o caráter de investigação sistemática do objeto do conhecimento que esta desenvolve. Este “caráter sistemático” cremos, não fecha o estudo das possibilidades de desenvolvimento da pesquisa científica num olhar, mas como caminho, almeja acompanhar avaliativamente o avanço, o retrocesso ou a estagnação da pesquisa e dos processos que a compõem, buscando, é claro, o seu melhor crescimento e desenvolvimento (LIMA, 2001, p.145).

Page 21: Construindo Monografias

21

2 LEITURA: O ALIMENTO

Por mais que existam patins, skates e até carros, um atleta de corridas, seja de

100 metros ou uma maratona, ainda precisa se exercitar primordialmente fazendo o

óbvio: correr. O mesmo acontece no preparo acadêmico. Hoje existem sites

multimídia na Internet, televisão, rádio, vídeo e DVD. Mas, a atividade básica e óbvia

para o estudante é e provavelmente continuará sendo a leitura. A leitura é o

alimento, a água, o ar do atleta acadêmico. Mas não basta apenas comer qualquer

coisa. É preciso saber selecionar o que estudar, o que ler. É preciso saber como

estudar e como ler para tirar o maior proveito. “Com a imensa maré de material

impresso a derramar-se constantemente do prelo, velhos e jovens formam o hábito

da leitura apressada e superficial, e a mente perde a sua capacidade para um

pensamento contínuo e vigoroso” (WHITE, 1997, p. 189).

Você consegue se ver na declaração acima? Acredite ou não, isto foi escrito a

mais ou menos um século atrás. Contudo, continua absurdamente atual.

Poderíamos perfeitamente acrescentar à afirmação de White todos os meios

eletrônicos de leitura disponíveis no século XXI. Com tantas opções, assim como na

alimentação de um atleta, precisamos aprender a selecionar o que vamos ler, a fim

de aproveitarmos melhor o tempo escasso que temos para a leitura e fazermos

dessa leitura uma atividade que, de fato, desenvolva a nossa capacidade mental.

2.1 Seleção do Que Ler

Quanto à seleção, uma boa parcela do que você terá que ler durante um

curso superior já terá sido previamente selecionada pelos seus professores. Preste

atenção ao tipo de leitura que lhe será exigida para também desenvolver ou

aperfeiçoar, a partir daí, os seus próprios critérios de seleção de leituras. Nesse

sentido, aí vão algumas sugestões que podem ser úteis na seleção do seu material

de leitura pessoal:

• Conteúdo – Em primeiro lugar, procure aquilo que edifica. Não perca

tempo com frivolidades, fofocas, matérias que fazem do ser humano

uma simples mercadoria de consumo e assuntos que em nada vão

Page 22: Construindo Monografias

22

contribuir para o seu crescimento pessoal e profissional. Há

determinados veículos de comunicação que, pela sua proposta básica,

nem são dignos da mais remota consideração para leitura. Daquilo que

passar por esse primeiro crivo, avalie o título, leia o resumo, as linhas

iniciais e os subtítulos, considere as ilustrações e suas legendas. Com

isso você pode decidir se o conteúdo lhe interessa e se pode ser útil

para você, além de ser possível obter uma boa noção do grau de

seriedade e confiabilidade. Desconfie de textos sensacionalistas, com

assuntos do tipo “bombástico”. É preferível um texto de aparência e

leitura “monótona”, mas de conteúdo confiável, do que um texto

cativante de conteúdo dúbio.

• Fontes – Informe-se sobre quem é o autor, o que ele faz, que

autoridade ele tem para tratar do assunto. Avalie também o veículo de

comunicação utilizado. Se for uma revista, dê preferência às revistas

mantidas por editoras conceituadas e tradicionais. Neste sentido,

atenção especial deve ser dada quando o material de leitura encontra-

se na internet. Mesmo na internet, procure descobrir quem é o autor.

Verifique quem mantém o site. São mais confiáveis sites oficiais de

órgãos mundiais (Organização das Nações Unidas, Organização

Mundial do Comércio, etc), governamentais (Ministério da Educação,

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, etc) Organizações Não

Governamentais (Greenpeace, Care, etc), imprensa (Veja, Exame,

Último Segundo, Reuters, AFP, etc) empresas (Petrobrás, Shell, etc),

universidades (Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de

Campinas, Pontifícia Universidade Católica, etc) e bancos de dados de

artigos (SCIELO, CAPES, etc). Desconfie do que não for conhecido e

estiver com a autoria e responsabilidade pelo site mal identificados.

• Comparabilidade e Aplicabilidade – Se o material passou até aqui, com

certeza é um fonte boa à leitura. Mas, ainda vai uma dica

especialmente para textos que relatem a realidade de outro lugar, país,

ou estado: avalie bem se o conteúdo ali exposto é passível de

comparação e/ou aplicação às suas necessidades de estudo. Caso não

seja, isso não quer dizer que a leitura não vale a pena. Quer dizer

apenas que, talvez, você deva priorizar outra leitura antes dessa e que,

Page 23: Construindo Monografias

23

quando ler esse material, você deverá ter bem claro que o seu

conteúdo servirá apenas como informação do que aconteceu em outro

lugar. Você não poderá partir do pressuposto de que o que aconteceu

em outro lugar será válido para a sua realidade.

2.2 Como Ler

Antes de você começar o seu estudo, a sua leitura, atente para mais alguns

detalhes:

• procure um local tranqüilo, limpo, arejado e iluminado;

• Coloque-se em postura adequada. Não leia na cama, em frente da TV ligada,

ou sentado de maneira desleixada. Isso fará com que você se sinta sonolento

e desconcentrado;

• coloque ao seu alcance tudo de que vai precisar para o estudo; caneta, lápis,

borracha, régua, caneta marca-texto, folhas de papel, um copo de água;

• evite interrupções seguidas durante o seu período de leitura;

• se, depois de algum período de leitura, você se sentir cansado,

desconcentrado, sonolento ou entediado, não desista; o hábito da leitura

exige persistência; levante-se, ande um pouco, respire fundo, lave o rosto,

tome um pouco de água, alongue os músculos, enfim, faça uma pausa de uns

5 a 10 minutos e depois volte à sua leitura;

• depois que você estiver mais acostumado com o estudo e a leitura, mesmo

que você não se sinta fatigado como antes, uma pausa de 5 a 10 minutos a

cada 1 ou 2 horas será sempre revigorante. Quando você retomar à leitura,

perceberá que o seu rendimento terá melhorado.

Mas como ler? Como estudar? Assim como os atletas, sejam corredores de

100m ou maratonistas, para que você tire maior proveito de sua leitura, poderá

lançar mão de algumas técnicas. Isso não significa necessariamente que você

precisa fazer um curso de leitura dinâmica. A leitura dinâmica tem o seu lugar.

Porém, para um estudo aprofundado, provavelmente, somente a leitura dinâmica

não será suficiente.

No que diz respeito às técnicas para se entender e interpretar um texto,

apresentam-se, a seguir, as recomendações destacadas por Severino (2002):

Page 24: Construindo Monografias

24

• Delimitação da unidade de leitura – Antes de iniciar a leitura é

importante que você previamente defina o que e quanto pretende ler.

Por exemplo, você pretende ler um livro. Como se trata de um livro

extenso, não é possível ler tudo de uma só vez. Portanto, você define

que quando for ler o livro lerá sempre um capítulo inteiro, sem

interrupções. Assim, a sua unidade de leitura será sempre um capítulo.

Obviamente, não se recomenda espaços de tempo muito grandes

entre a leitura de uma unidade de leitura e a próxima.

Preferencialmente, faça tudo em seqüência, apenas com os pequenos

intervalos sugeridos anteriormente.

• Análise textual – Trata-se da primeira leitura do texto. Procure

conhecer o autor, descubra quais as palavras-chave do texto.

Identifique as palavras que são desconhecidas ou de significado dúbio,

verifique e assinale teorias ou acontecimentos históricos que você

desconhece, mas faça tudo isso, pelo menos por enquanto, sem

interromper a leitura. Quando terminar de ler, procure esclarecimento

para todos esses pontos. Use dicionários, enciclopédias, trabalhos

científicos, converse com especialistas, faça uma busca na internet,

enfim, procure esclarecer todos os pontos antes de continuar o seu

estudo. Sugere-se que, ao final desta etapa, você elabore um esquema

que represente a estruturação do texto: o que compõe a introdução, o

desenvolvimento e a conclusão, incluindo aí todas as subdivisões de

cada um desses itens.

• Análise Temática – Você começa a estudar o texto mais a fundo.

Procure identificar claramente qual o tema ou o assunto principal. Em

geral esta informação encontra-se de maneira mais explícita. Tente

descobrir o que inquietou o autor sobre esse assunto para que ele

fosse levado a escrever sobre ele. Este aspecto às vezes encontra-se

implícito nas entrelinhas do texto. Em seguida, preste atenção à

maneira como o autor abordou essa inquietação sobre o assunto e

como ele fez para resolvê-la. Procure encontrar respostas para as

seguintes questões: Que argumento o autor usa? Que idéia ele

defende? Como ele defende essa idéia ou argumento? O que ele usa

Page 25: Construindo Monografias

25

para fundamentar suas afirmações: fatos, inferências? Que provas ou

evidências ele apresenta? Onde ele buscou essas provas e

evidências? Que idéias secundárias ou paralelas ao tema central o

autor desenvolve? Ao final da análise temática você estará apto para

fazer um resumo do texto e um esquema gráfico e lógico das idéias

apresentadas no texto.

• Análise Interpretativa – A intenção nesta etapa é ter um “diálogo” com

o autor do texto. Procure entender como o texto lido se encaixa no que

o autor já escreveu antes. Tente perceber se a posição do autor

defendida no texto é coerente com alguma tendência filosófica em

específico (determinismo, materialismo histórico, liberalismo, etc).

Identifique, nas entrelinhas, que pressupostos o autor tomou para si na

construção do texto. A seguir vem a fase da crítica. Avalie o texto

quanto ao alcance dos objetivos propostos, à sua coerência lógica e

argumentativa. Considere também o nível de profundidade alcançado.

Se as idéias apresentadas pelo autor estão devidamente embasadas e

se são originais ou meras repetições das idéias de outros. Finalmente,

posicione-se e fundamente o seu posicionamento em relação ao texto.

Com este nível de análise você estará em condições de fazer uma

resenha crítica sobre o texto.

• Problematização – Cumpridas as três etapas anteriores, você deverá

ser capaz de propor discussão sobre o texto. Isso é problematizar. A

partir do que estudou, o que você gostaria de questionar ou debater

num grupo em classe ou com o professor? A partir da problematização,

você tem condições de dar os primeiros passos rumo à construção de

um seminário ou projeto de pesquisa.

• Síntese pessoal – Depois de analisar a fundo o texto, interpretá-lo,

criticá-lo e problematizá-lo, espera-se que você seja capaz de tecer

suas conclusões sobre o tema abordado pelo autor. É o momento de

você produzir a partir do que estudou. A partir da síntese pessoal, você

terá condições de propor hipóteses e desenvolver a argumentação

necessária para a produção de monografias.

Page 26: Construindo Monografias

26

Parece trabalhoso? Na verdade, esse tipo de estudo não se resolve numa

leitura superficial do texto nem em sua memorização. Porém, vale a pena destacar

que:

Durante séculos a educação tem tido que ver especialmente com a memória. Esta faculdade foi sobrecarregada ao extremo, enquanto outras faculdades mentais não foram desenvolvidas de maneira correspondente. [...] ao sacrificar o estudante a faculdade de raciocinar e julgar por si mesmo, torna-se incapaz de discernir entre a verdade e o erro, e cai fácil presa do engano (WHITE, 1997, p. 230).

Não espere resultados milagrosos da noite para o dia se você não tem

desenvolvido o hábito da leitura e estudo reflexivo. Isso demanda perseverança e

força de vontade. Lembre-se de que, apesar de você viver na era do imediatismo da

TV e da Internet, esse imediatismo é ilusório. Por trás das imagens instantâneas da

TV, há horas de planejamento, produção, pesquisa, estudo, aprendizado. Por trás

dos cliques na Internet há horas de programação, planejamento, design, estudo e

testes. Se é assim com as coisas mais supérfluas apresentadas nas mídias

eletrônicas, por que então teria que ser diferente com o seu preparo profissional que

é bem mais complexo e importante do que o entretenimento eletrônico?

Mas, para ajudá-lo nesse processo de estudo e leitura, existem ferramentas

bastante simples que poderão lhe ajudar ainda mais em qualquer das etapas

envolvidas no estudo de um texto. A sublinha e os esquemas são duas ferramentas

muito utilizadas.

2.3 O Que Sublinhar

A sublinha constitui-se numa ferramenta extremamente simples, cujo uso já é

feito de maneira intuitiva por muitos. Trata-se de destacar no texto as principais

idéias, com parcimônia, procurando separar o essencial do acessório (MEDEIROS,

2004). Para este propósito podem ser usados lápis e canetas comuns, bem como

canetas propícias para este fim. Obviamente, a sublinha deve ser usada apenas se

o material de leitura for de sua propriedade. Quaisquer materiais pertencentes à

biblioteca nunca, jamais, sob hipótese alguma deverão ser riscados, amassados ou

dobrados.

Page 27: Construindo Monografias

27

O objetivo da sublinha é permitir que, ao pegar um texto algum tempo após a

realização da leitura, você possa rapidamente retomar o conteúdo ali exposto, sem a

necessidade de ler o texto inteiro outra vez para saber do que se trata. Por isso,

além das idéias chave, às vezes é fundamental também destacar negações e

palavras de oposição, como mas, embora, contudo, todavia, entretanto e outras.

Medeiros (2004) não recomenda a sublinha numa primeira leitura ou quando você

fizer aquela “leitura Bung Jump” pois, nesse tipo de leitura não se pode separar o

essencial do acessório com clareza. Portanto, recomenda-se o uso da sublinha

depois de uma leitura demorada e analítica do texto.

Cada um pode desenvolver o seu próprio método de sublinhar ou destacar as

idéias principais de um texto. Porém, abaixo são apresentadas algumas formas de

destaque bastante utilizadas:

• sublinha simples – apenas um traço para destacar os principais aspectos;

• sublinha dupla – dois traços para destacar palavras chave ou o principal

aspecto;

• traço vertical ao lado do texto - para destacar trechos mais longos use uma

linha vertical ao lado do texto ao invés de sublinhar diversas linhas;

• ponto de interrogação ao lado do texto – para destacar algum ponto do texto

que não ficou claro; pode ajudar se você anotar à lápis, ao lado do texto, junto

ao ponto de interrogação, a sua dúvida ou questionamento;

• ponto de exclamação ao lado do texto – para destacar algum ponto do texto

que surpreendeu ou que gerou algum insight.

É possível fazer observações às margens dos trechos destacados,

escrevendo resumidamente os seus pensamentos, conclusões ou idéias

relacionadas. Com ou sem essas anotações, depois de feita a sublinha, ao passar

os olhos sobre o que foi sublinhado e anotado será possível reconstituir o

pensamento original do texto completo.

A título de exemplo, a seguir, um texto do Prof. Dr. Rodrigo P. Silva, retirado

de sua obra “Um desconhecido galileu” (2001), já sublinhado:

Jesus Histórico e Cristo da Fé

1 – O Iluminismo Alemão

Page 28: Construindo Monografias

28

No século XVII, a Alemanha passou por um período de forte sobrevalorização

do racionalismo em detrimento à fé evangélica. Foi o chamado Iluminismo Alemão

(Aufkärung). Este movimento surgiu devido às seguintes situações:

A) O próprio espírito crítico-racionalista que dominou a Europa naquele tempo

(ela estava vivendo praticamente sob a influência do ponto mais alto e final da

Idade Moderna que era a Revolução Francesa).

B) O deísmo inglês que contribuiu em muito para o surgimento de conceitos

cépticos como os esboçados por Voltaire e outros pensadores que surgiram

na Alemanha.

C) A modificação radical popular do deísmo na França que se tornou quase

um cepticismo.

D) O pietismo alemão que foi um rompimento com o protestantismo

germânico que, entre outras, deu muita ênfase ao sentimentalismo, exagerou

em sua pregação o tom ascético para com o mundo e negligenciou os

elementos intelectuais da religião.

A pretensão básica dos iluministas alemães era criar uma religião cristã mais

racional e menos sentimentalista. Sentiam-se pressionados a não ceder para o

extremo de um dogmatismo infundado, como julgavam ser as crenças oficiais da

Igreja, nem cair na negação completa de Cristo, como fizeram os pensadores

franceses. Logo, começaram a surgir vários teólogos pretendendo expor teorias

sobre quem haveria de ser Jesus Cristo. Suas novas idéias acerca do fundador do

cristianismo contradiziam totalmente a visão tradicional da Igreja acerca do Filho de

Deus. Eles faziam uma distinção entre o Jesus histórico (historicher Jesus) e o Cristo

da fé (Geschichtlicher Christus). O primeiro, se existiu, constitui o Jesus

historicamente real, ao passo que o segundo, seria um ser mitológico “inventado” e

“mantido” pela Igreja através dos tempos.

Page 29: Construindo Monografias

29

2.4 Anotações

De acordo com Medeiros (2004) outra ferramenta disponível para a

compreensão de textos não apenas escritos, mas também de palestras, seminários

e aulas expositivas são as anotações. Talvez as anotações possam ser

consideradas o embrião de um resumo. Normalmente assumem uma de duas

modalidades: corridas ou esquemáticas, sendo que as esquemáticas podem ser

montadas através da itemização numerada ou através de chaves ou setas. Se

tomarmos o texto de Silva (2001) como referência, as anotações poderiam ser

apresentadas da seguinte forma:

• Corridas

Iluminismo alemão: racionalização. Surgimento: espírito crítico racionalista;

deísmo inglês e francês; pietismo alemão. Pretensão: religião racional; não

extremista. Resultados: teorias teológicas; Jesus histórico real e Cristo da fé

mitológico.

• Esquemáticas

Modelo 1

1 Iluminismo alemão (Séc. XVII)

1.1 Racionalismo

1.2 Século XVII

1.3 Causas

1.3.1 Espírito crítico

1.3.1.1 Revolução Francesa

1.3.2 Deísmo inglês e francês

1.3.2.1 Ceticismo

1.3.3 Pietismo alemão

1.3.3.1 Ruptura com sentimentalismo

1.4 Pretensão

1.4.1 Religião racional

1.4.1.1 Não extremista

1.5 Resultados

1.5.1 Teólogos

1.5.1.1 Teorias não tradicionais

Page 30: Construindo Monografias

30

1.5.1.1.1 Jesus histórico real

1.5.1.1.2 Cristo da fé mitológico

Modelo 2

Racionalismo

Século XVII Espírito crítico (Revolução Francesa)

Causas Deísmo inglês e frances (ceticismo)

Pietismo alemão (ruptura com o sentimentalismo

Iluminismo

Pretensão Religião racional e não extremista

Alemão

Jesus histórico - real

Resultados Teorias teológicas

não tradicionais Cristo da fé – mitológico

Page 31: Construindo Monografias

31

2.5 Resumos: Exercícios Para Desenvolver Força e

Velocidade

Um atleta não treina sempre o mesmo exercício e nem se prepara para

uma Olimpíada praticando somente a modalidade na qual irá competir. Há

diversos outros exercícios preparatórios que o ajudam a adquirir a força

necessária para que no momento certo consiga ter um desempenho adequado,

seja de velocidade, seja de resistência. Um maratonista, por exemplo, não

começa correndo 42Km. Ao contrário, aos poucos, começa com corridas

menores adquirindo a resistência necessária para sobreviver à maratona.

O resumo é um desses tipos de exercícios. Proporciona pelo menos dois

benefícios primários:

• Para quem lê – economia de tempo, pois apresenta o conteúdo de um

texto e suas principais idéias, muitas vezes eliminando a necessidade de

leitura do texto original ou, no mínimo, tornando a sua compreensão

mais simples e rápida.

• Para quem faz – excelente exercício de retenção das principais idéias de

um texto.

De acordo com a NBR 6028, resumo é uma “Apresentação concisa dos

pontos relevantes de um texto” (grifos acrescentados) Medeiros (2004)

complementa a definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas –

ABNT, ao afirmar que um resumo é uma “Apresentação sintética e seletiva das

idéias de um texto, ressaltando a progressão e articulação delas. Nele devem

aparecer as principais idéias do autor do texto” (grifos acrescentados).

Um resumo pode ser praticado em pelo menos quatro modalidades

(Medeiros, 2004) diferentes: resumo indicativo, resumo informativo, resumo

informativo/indicativo e resumo crítico.

O Resumo Indicativo, também conhecido como Resumo Descritivo é um

sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos. Refere-se às

partes mais importantes do texto, porém exige a leitura do original. Não são

emitidos juízos de valor ou críticas.

Page 32: Construindo Monografias

32

Exemplo:

PINTO, U. A. Os cursos de complementação pedagógica e a

formação de pedagogos na cidade de São Paulo (1970-2000).

Dissertação de Mestrado em Educação, PUC – Campinas, 2000, 115 p.

Trata-se de trabalho vinculado à linha de pesquisa “Avaliação

Institucional”. Tem por objetivo examinar a experiência desenvolvida

pelos cursos de Complementação Pedagógica em “habilitar o

especialista de ensino no professor de 5ª série em diante”, oferecidos a

professores já licenciados em uma graduação entre 1970 e 2000.

O segundo tipo de resumo é o Informativo ou Analítico. Neste caso o

autor do resumo deve procurar salientar as principais idéias, os objetivos,

métodos e técnicas utilizados, resultados e conclusões. Não devem ser

emitidos quaisquer juízos de valor ou críticas ao texto original. Para quem lê

este resumo, pode dispensar a leitura do original.

Exemplo:

PINTO, U. A. Os cursos de complementação pedagógica e a

formação de pedagogos na cidade de São Paulo (1970-2000).

Dissertação de Mestrado em Educação, PUC – Campinas, 2000, 115 p.

Este trabalho vinculado à linha de pesquisa “Avalição Institucional” tem

por objetivo examinar a experiência desenvolvida pelos cursos de

complementação Pedagógica em “habilitar o especialista de ensino no

professor de 5ª série em diante”. Esta modalidade do curso de

Pedagogia, prevista pelo Parecer 252/69 do MEC, foi oferecida de 1970

ao ano 2000, para professores já licenciados em uma graduação. O

estudo de caráter histórico busca registrar a experiência acumulada por

estes cursos na cidade de São Paulo ao longo deste período. Os dados

da pesquisa foram coletados em cinco instituições de ensino superior,

junto aos alunos, professores e coordenadores de curso nos anos de

1989 e 2000. A análise dos dados evidencia que a experiência docente

dos alunos facilita a articulação entre a “teoria” (conteúdo veiculado ao

curso) e a “prática” (pedagógica) na formação do especialista. As

Page 33: Construindo Monografias

33

conclusões do estudo são interpretadas no interior do debate atual sobre

o curso de Pedagogia, recomendando ao final que a formação do

pedagogo escolar seja acessível somente aos professores com

experiência em sala de aula.

O terceiro tipo é o Resumo Informativo/Indicativo. Trata-se de um

formato híbrido, onde é feito um sumário narrativo do texto, semelhante ao

resumo Indicativo, porém são salientadas as conclusões. Pode dispensar a

leitura do original somente quanto às conclusões.

Exemplo:

PINTO, U. A. Os cursos de complementação pedagógica e a

formação de pedagogos na cidade de São Paulo (1970-2000).

Dissertação de Mestrado em Educação, PUC – Campinas, 2000, 115 p.

Trata-se de trabalho vinculado à linha de pesquisa “Avaliação

Institucional”. Tem por objetivo examinar a experiência desenvolvida

pelos cursos de Complementação Pedagógica em “habilitar o

especialista de ensino no professor de 5ª série em diante”, oferecidos a

professores já licenciados em uma graduação entre 1970 e 2000. . As

conclusões do estudo são interpretadas no interior do debate atual sobre

o curso de Pedagogia, recomendando ao final que a formação do

pedagogo escolar seja acessível somente aos professores com

experiência em sala de aula.

Caso você deseje poderá encontrar outros exemplos de resumos na

biblioteca, em periódicos científicos, teses, dissertações e TCC´s.

O quarto e último tipo de resumo é o Resumo Crítico. É aquele que

apresenta uma síntese e uma crítica ao conteúdo do texto original. Boa parte

dos autores afirma que os resumos são exercícios que não incluem crítica,

apenas síntese. Assim, o resumo crítico é considerado uma resenha, próximo

assunto a ser abordado.

De acordo com Medeiros (2004) um resumo, normalmente deve

contemplar as seguintes características:

• Linguagem objetiva;

Page 34: Construindo Monografias

34

• Pouca ou nenhuma utilização de trechos inteiros copiados do original;

• Respeita a ordem de apresentação de idéias e fatos do texto original;

Quanto ao estilo de redação:

• Frases concisas;

• Evita-se enumeração de tópicos;

• A primeira frase explica o assunto do texto;

• Usa-se, preferencialmente os verbos em voz ativa e na terceira pessoa

do singular.

Quanto ao conteúdo, dependerá do tipo de resumo que se pretende

redigir (ver a definição dos tipos de resumos).

Quanto à estruturação:

• Referência bibliográfica;

• Identificação do tipo do texto (literário, didático, acadêmico, científico,

etc.);

• Resumo do conteúdo.

Finalmente, talvez o aspecto mais característico de um resumo: a

extensão. De acordo com a ABNT, dependendo do tipo do texto original, a

extensão deverá ser:

• Resumo de notas e comunicações breves = 100 palavras;

• Resumo de artigos e monografias = 250 palavras;

• Resumo de relatórios e teses = 500 palavras.

Atualmente nao é mais necessário contar as palavras, pois pode ser

utilizado o recurso específico do MSWord disponível no menu Ferramentas,

Contar Palavras.

Page 35: Construindo Monografias

35

2.6 Resenhas: Exercícios para Desenvolver Resistência e

Capacidade Cardiovascular

As resenhas são exercícios mais complexos do que os resumos e,

portanto, exigem preparo e amadurecimento para serem realizadas.

Definitivamente não é para atletas em início de carreira, pelo menos não como

jogo oficial.

De acordo com Andrade (2001) a resenha é um trabalho que exige

domínio do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da

mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de

valor.

O principal objetivo da Resenha é oferecer informações suficientes ao

leitor, para que se decida pela leitura ou não do original. Ao escrever o

resenhista deve:

• descrever as características estruturais da obra (número de páginas,

dimensões, capítulos, etc);

• relatar as credenciais do autor, suas idéias, conclusões e metodologia

(quem é o autor, que outros trabalhos já fez, o que ele pensa, qual a sua

posição final e qual o processo que ele utilizou para coletar, tratar e

analisar as informações necessárias para confecção do texto);

• expor o quadro de referências do autor (quais as bases filosóficas e

teóricas do autor);

• apresentar uma avaliação da obra e a quem ela se destina (a obra será

de proveito para quem, quando e por que?).

A exemplo dos resumos, também há modalidades diferentes de

resenhas (Medeiros, 2004):

• RESENHA DESCRITIVA – Dispensa apreciação crítica do resenhista.

Porém são destacadas a estrutura da obra (partes, número de páginas,

capítulos, assuntos tratados, índices); informações sobre o(s) autor(es) e

tradutor(es); contém resumo da obra, destacando a perspectiva teórica

adotada, o gênero (literário, negócios, religioso, esotérico, acadêmico,

científico, romance, teatro, ensaio, dissertação, tese, etc.) e o método

adotado.

Page 36: Construindo Monografias

36

• RESENHA CRÍTICA – Exige a crítica do resenhista. Além do que

compõe a Resenha descritiva, são acrescentadas a crítica do resenhista

(contribuição, originalidade, estilo do autor, coerência, etc) e as

indicações (a quem é destinada a obra, para que disciplina,

possibilidade de ser utilizada como obra didática, para que curso).

A estruturação de uma resenha deve contemplar, na medida do

possível, as seguintes partes:

• REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA – incluindo número de páginas e

formato (livros);

• CREDENCIAIS DO AUTOR – informações sobre o autor (nacionalidade,

formação, títulos, outras obras publicadas, etc.);

• RESUMO DA OBRA – principais idéias e características, descrição dos

capítulos ou partes da obra, necessidade ou não de conhecimento

prévio para a compreensão, objetivos propostos, problema abordado;

• CONCLUSÕES DO AUTOR – solução do problema, resolução dos

objetivos propostos;

• METODOLOGIA – dedutivo, indutivo, histórico, comparativo, estatístico;

• QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR – apontar a teoria ou modelo

teórico utilizados pelo autor como fundamento da obra;

• CRÍTICA DO RESENHISTA – julgamento da obra, suas contribuições,

originalidade, estilo do autor, coerência, consecução dos objetivos, etc;

• INDICAÇÕES DO RESENHISTA – a quem ou para que a obra é

indicada.

É importante relembrar que tanto nos resumos quanto nas resenhas a

referência bibliográfica deve aparecer no topo da folha, antes do resumo ou da

resenha e não ao final como nos papers ou monografias.

Observe o quadro comparativo:

Page 37: Construindo Monografias

37

RESUMOS RESENHA

•Apenas narra ou apresenta de maneira sucinta as idéias do autor do texto original; •Na modalidade de resumo Analítico, serve para que se tenha uma visão resumida, mas completa do texto original. •O objetivo do resumo é informar do que se trata o texto, podendo até dispensar a leitura do texto original.

•Descreve a estrutura do texto original, apresenta narrativa sobre o autor e o resumo da obra e disserta avaliando a obra, comparando-a a outras e destacando a quem se destina •Na modalidade Resenha Descritiva, o julgamento do resenhista é dispensado; •O objetivo é oferecer informações suficientes para que o leitor da resenha decida-se por ler ou não ler o texto original.

Quadro 1 Características diferenciadoras entre Resumos e Resenhas

Quando se coloca lado a lado resumos e resenhas, pode-se identificar

um crescendo em relação a abrangência e complexidade, como demonstra a

Figura 1, a seguir:

Figura1 - Níveis de abrangência entre as modalidades de Resumos e Resenhas

Resumo Descritivo

Resumo Descritivo/Analítico

Resumo Analítico

Resenha Descritiva

Resumo Crítico

Resumo Descritivo

Resumo Descritivo/Analítico

Resumo Analítico

Resenha Descritiva

Resenha Crítica

Resumo Crítico

Page 38: Construindo Monografias

38

ASPECTOS ÉTICOS NA PESQUISA

Oswalcir Almeida de Azevedo

[email protected]

O homem moderno e civilizado preferiria pensar que a violação sistemática dos princípios morais por parte dos cientistas ocorria em séculos anteriores e não em tempos recentes, porém não é assim (POLIT; HUNGLER, 1997).

Page 39: Construindo Monografias

39

3 INTRODUÇÃO

Ética é a ciência que trata dos padrões de conduta nas relações

humanas. A “ciência da moral” menciona Buarque de Hollanda (1985).

O dicionário médico Dorland’s, (1994) define ética como conjunto de

“códigos ou princípios que regem a conduta correta”; já Polit e Hungler (1997)

vinculando o conceito ao âmbito da pesquisa assim a definem: “sistema de

valores que determina o grau com que os procedimentos do investigador se

apegam ás obrigações profissionais, legais e sociais que possui ante os

sujeitos de sua investigação”.

No campo da pesquisa, encontramos outro conceito fundamental que é

o de Bioética.

Bioética é definida como: “obrigações de natureza moral relacionadas à

pesquisa biológica e suas aplicações” (DORLAND’S, 1994).

Embora a literatura de metodologia científica pouco trate das questões

éticas, entendeu-se ser importante inserir nesta obra uma seção com

orientações sobre como proceder na condução de estudos de cunho científico,

especialmente aqueles em que estejam envolvidos seres humanos.

Como afirmam Polit e Hungler (1995) “quando são utilizados indivíduos

como sujeitos de investigação científica, precisa-se ter muito cuidado para

assegurar que seus direitos estejam protegidos”.

O cuidado no sentido de garantir os direitos da pessoa humana deve

ser a preocupação maior da equipe de pesquisa. O ponto central destes

direitos envolve a possibilidade de optar soberanamente em participar ou não

de determinado estudo após receber as informações que permitam ao sujeito

tomar uma decisão de forma esclarecida.

Desde a construção do projeto, o pesquisador deve ter cuidado com os

aspectos éticos referentes a: 1) utilização de textos de suporte teórico e

revisão bibliográfica; 2) respeito aos direitos humanos; 3) tratamento dos

dados; 4) autoria do trabalho.

Page 40: Construindo Monografias

40

3.1 Suporte Teórico e Revisão Bibliográfica

É necessário que cada texto de onde forem extraídos trechos ou idéias,

seja mencionado corretamente, indicando-se os dados bibliográficos que

permitam ao leitor saber onde encontrar o texto original. Isto tornará possível

encontrar a fonte, caso deseje ampliar seu conhecimento sobre o tema. As

normas da ABNT, descritas nos próximos capítulos, definem que informações

devem ser disponibilizadas.

A inserção de partes de um texto sem a respectiva menção dos autores

consiste em plágio.

Para saber como proceder, consulte o Capítulo 6 deste manual.

3.2 Respeito aos Direitos Humanos

O segundo aspecto se refere ao cuidado com a manutenção de um

direito inalienável do ser humano: o exercício do livre-arbítrio. Ninguém pode

ser forçado a participar de um estudo, por mais simples que seja. Deve ser

assegurado a todos os participantes o direito de tomar uma decisão de forma

autônoma, sem coerção, esclarecidamente.

Práticas que não respeitem este direito devem ser banidas dos

procedimentos de coleta de dados.

Normatiza esta questão a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde,

que estabelece as Diretrizes e Normas Regulamentadoras da pesquisa

envolvendo seres humanos que pode ser encontrada no site do Conselho

Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

Em todas as circunstâncias as pessoas devem ser respeitadas.

Requer-se da equipe de pesquisa, que apresente aos sujeitos um documento

denominado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido o qual explicita as

intenções dos pesquisadores, a liberdade dos colaboradores em optar por

participar do estudo e de sair do mesmo no momento em que desejar sem

sofrer qualquer descontinuidade no tratamento ou atendimento, e o direito de

se manterem no anonimato.

Page 41: Construindo Monografias

41

3.3 Tratamento dos Dados

É necessário honestidade na apresentação dos resultados obtidos na

pesquisa. São desonestas as omissões “convenientes” (descarte dos

resultados indesejáveis) feitas a fim de se conseguir um valor estatisticamente

significante com os resultados de estudos quantitativos. Spector (2002)

recomenda que o coordenador do projeto guarde os originais de forma

organizada e em local de fácil acesso para consulta, durante cinco anos.

Havendo qualquer dúvida poderão ser revisados.

Os registros obtidos por meio de questionários, formulários, fitas

gravadas, filmagens, devem ser utilizados apenas para os objetivos do estudo

e guardados em local de acesso exclusivo dos pesquisadores, tomando-se o

cuidado necessário para garantir permanentemente o anonimato das pessoas

que participaram como sujeitos da pesquisa. Após o período determinado,

devem ser destruídos.

3.4 Autoria do Trabalho

Conforme estabelecido nos Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals (conhecidos como Normas de Vancouver)

são autores apenas aqueles que participaram suficientemente do trabalho

para compartilhar a responsabilidade pública por seu conteúdo.

Para ser considerado co-autor é necessária participação em cada uma

das seguintes fases do estudo: concepção do projeto ou na análise e

interpretação dos dados; redação inicial ou na revisão crítica do manuscrito;

aprovação da versão final para publicação (SPECTOR, 2002).

Portanto, nas produções acadêmicas, orientandos e orientadores são

autores e seus nomes devem constar no trabalho onde quer que ele seja

apresentado: para bancas examinadoras, congressos, seminários, simpósios

e outros eventos de cunho científico. O mesmo se dá quando do envio para

publicação.

A retirada de nomes de algum autor ao ser enviado o trabalho para

publicação ou evento científico (especialmente quando o número de autores

Page 42: Construindo Monografias

42

excede o limite), fere os princípios éticos, e não pode ser feita, sob pena de

impugnação da apresentação pelo co-autor excluído. Só há exceção quando é

estabelecido acordo prévio entre os autores.

3.4.1 Resolução 196/96

A utilização de seres humanos em pesquisas, eminentemente no

período da II Guerra Mundial – durante o qual experimentos foram levados a

efeito pela comunidade médica militar na Alemanha, Estado Unidos e outros

países, utilizando seres humanos sem consentimento prévio, causando

sofrimento e mesmo a morte – gerou um movimento de repúdio na

comunidade internacional.

Este movimento resultou na elaboração do Código de Nuremberg em

1947, seguido pela Declaração dos Direitos do Homem em 1948, e pela

Declaração de Helsinque em 1964.

Em 1982, tendo como base a Declaração de Helsinque, a Organização

Mundial de Saúde elaborou as Diretrizes Internacionais Propostas para a

Pesquisa Biomédica em Seres Humanos (HADDAD, 2004).

Estes documentos estabelecem as regras que pesquisadores do

mundo todo devem respeitar, quando a pesquisa for realizada com seres

humanos.

No Brasil, em 1996, o Ministério da Saúde elaborou a Resolução

196/96 que apresenta as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de

Pesquisas Envolvendo Seres Humanos um documento, visando regulamentar

a condução dos trabalhos científicos na área da saúde.

A mesma Resolução estabelece o Conselho Nacional de Ética em

Pesquisa (CONEP), que passa a emitir parecer sobre os projetos de pesquisa

a nível nacional, orientando os pesquisadores e servindo como órgão

regulador das práticas investigativas em humanos.

Quatro princípios básicos estão associados às práticas bioéticas

preconizadas na Resolução 196/96 quanto à conduta na pesquisa com seres

humanos:

• Autonomia

Page 43: Construindo Monografias

43

• Não maleficência

• Beneficência

• Justiça

3.4.2 Autonomia

Considera-se autonomia, o direito do indivíduo decidir por si próprio.

Toda pessoa adulta tem este direito assegurado por lei. Ninguém pode

legitimamente tomar decisões por outro, quando este está no pleno domínio

de suas faculdades físicas e mentais.

Ao ser abordada quanto a participar de um estudo, a pessoa deve ser

respeitada em seu desejo. Cabe ao pesquisador oferecer as informações que

sejam necessárias à tomada de decisão: tema, objetivos, procedimentos de

coleta de dados, tempo requerido, riscos envolvidos, alternativas no caso de

tratamentos ou uso de técnicas novas, entre outros. Caso não queira

participar, a pessoa não poderá ser obrigada ou coagida a fazê-lo.

Pessoas que não podem responder por si próprias: menores de idade,

indivíduos considerados incapazes, comunidades indígenas, deve-se obter

autorização do responsável legal. Entretanto, mesmo com autorização do

responsável deve haver consentimento por parte de quem se submete aos

procedimentos da pesquisa.

3.4.3 Não-maleficência

Bastante controverso, este princípio estabelece que nenhum

procedimento de pesquisa possa causar dano, mesmo que sem intenção.

Havendo possibilidade de dano, devem ser usados outros métodos.

De acordo com Spector (2001) garantir que danos previsíveis sejam

evitados.

Goldim (2005) comenta que a não-maleficência está associada ao

princípio “que justifica não fazer pequenas concessões, aparentemente sem

maiores conseqüências, em temas controversos”.

Page 44: Construindo Monografias

44

Por uma espécie de efeito cascata, embora pequenas, certas

concessões podem levar a outras, de forma sucessiva, atingindo proporções

que fogem ao controle do pesquisador.

3.4.4 Beneficência

Para Spector (2002) é a ponderação entre riscos e benefícios, tanto

atuais como potenciais, individuais ou coletivos; é quando a equipe de

pesquisa se compromete a promover o máximo de benefícios e o mínimo

possível de danos e riscos.

O Princípio da Beneficência é o que estabelece que devemos fazer o

bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não (GOLDIM, 2005).

3.4.5 Justiça ou Eqüidade

Justiça é um princípio moral. Conforme estabelecido na própria

Resolução 196/96, é a relevância social da pesquisa com vantagens

significativas para os sujeitos da pesquisa e minimização do ônus para os

sujeitos vulneráveis, o que garante a igual consideração dos interesses

envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária.

Pode-se dizer, portanto, que é a contribuição que o estudo trará para os

que dele participarem diretamente.

Os resultados obtidos devem trazer benefício aos que forneceram as

informações – entendendo-se como tal, as de natureza oral, escritas ou

resultantes de outros tipos de mensurações. Por este motivo os trabalhos

realizados devem ser úteis para algum fim claro, e cumpre divulgar os

resultados para os sujeitos a fim de que estes se beneficiem com eles.

Pesquisas realizadas com animais devem seguir o que está expresso

na Lei 6638, de 08 de maio de 1979, que pode ser obtida no site:

http://www.bioetica.ufrgs.br/lei6638.htm. Os animais merecem ser tratados

com dignidade e de forma humanitária. Não são admitidos maus-tratos,

causar-lhes sofrimento ou dor, exceto se a dor for o alvo do estudo. Mesmo

Page 45: Construindo Monografias

45

neste caso, há que se tomar cuidados reduzindo ao mínimo necessário o

número de espécimes na amostra.

3.5 Encaminhamento dos Projetos ao Comitê de Ética em

Pesquisa

Todo projeto de pesquisa, que envolva seres humanos, deve ser

submetido à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP),

preferencialmente o da instituição onde será realizada a Coleta de dados. São

considerados neste caso dados obtidos diretamente dos informantes ou

indiretamente, por meio de consulta a documentos que contenham

informações referentes aos sujeitos do estudo. Arquivos de recursos

humanos, prontuários impressos ou em meio eletrônico estão aí incluídos.

Caso a instituição não possua um Comitê de Ética, o projeto será

avaliado pelo comitê da instituição de origem dos investigadores.

A fim de ser encaminhado à CEP, o projeto deverá ter sido revisado

pelo orientador, com as correções ortográficas e metodológicas necessárias, e

vir acompanhado da Folha de Rosto de pesquisa envolvendo seres humanos

que pode ser obtida, no endereço eletrônico:

http://conselho.saude.gov.br/docs/FolhaRosto0312.doc.

Para a análise da proposta, é imprescindível que os objetivos,

procedimentos ou protocolos de pesquisa estejam descritos de forma

detalhada fornecendo aos membros do Comitê os elementos necessários à

emissão do parecer que autoriza o início da coleta de dados da pesquisa.

Antes da emissão do parecer do CEP, os pesquisadores não poderão

iniciar a coleta de dados, sob pena de a proposta ser indeferida.

A revisão do projeto por este órgão visa garantir que os princípios

estabelecidos na Resolução 196/96, já descritos, estejam sendo obedecidos

rigorosamente. No caso de alguma impropriedade, o Comitê solicita aos

proponentes do projeto que façam as correções necessárias, após o que a

proposta é revisada e emitido novo parecer.

O prazo para obter a resposta do CEP aos pedidos de análise do

projeto variam de instituição para instituição, mas não é inferior a 30 dias.

Page 46: Construindo Monografias

46

Portanto os pesquisadores devem providenciar com a devida antecedência o

envio do material para apreciação, sabendo que havendo necessidade de

reformular alguma etapa do projeto, serão necessários mais alguns dias para

a resposta final.

Não há por parte do CEP intenção de inviabilizar os trabalhos, mas sim

de evitar que sejam cometidas infrações éticas, desrespeitando os direitos das

pessoas.

A Resolução 196/96 prevê também que cada alteração no protocolo de

pesquisa seja apreciada pelo CEP, por isto o projeto deve ser elaborado

cuidadosamente para evitar idas e vindas, o que requer tempo.

3.5.1 Termo de Consentimento

Também denominado Consentimento Informado ou ainda,

Consentimento Pós-informação, é o documento elaborado pelo pesquisador,

no qual são expostas ao participante voluntário, as informações necessárias

para que o mesmo tome a decisão sobre sua participação no estudo de forma

esclarecida e autônoma.

Francisconi e Goldim (2005) comentam alguns elementos que devem

estar presentes no Termo de Consentimento Informado, dos quais são

destacados:

• linguagem – evitar termos técnicos que sejam de difícil compreensão

para os sujeitos da pesquisa, sendo ideal um texto compreensível para

pessoas com escolaridade até 8ª série;

• informações sobre o projeto – devem ser apresentados os objetivos,

justificativas e os procedimentos a serem utilizados, sem omitir

informações. Caso seja necessária alguma omissão por razões

metodológicas, isto deve ser informado ao Comitê de ética;

• riscos e desconfortos – quando previsíveis devem ser informados,

discriminando os desconfortos rotineiros dos procedimentos daqueles

relacionados com a pesquisa em si;

• benefícios – apresentar os prováveis benefícios pessoais e sociais.

Caso não haja benefício direto para o sujeito, notificá-lo deste fato;

Page 47: Construindo Monografias

47

• voluntariedade – o voluntário deve ter a garantia de que a qualquer

momento poderá deixar o estudo sem que isto represente qualquer

prejuízo para o seu atendimento dentro da instituição onde o projeto

está sendo realizado; evitam-se selecionar voluntários que possam ser

coagidos de alguma maneira;

• confidencialidade e anonimato – as informações coletadas devem ter

garantia de privacidade, e o anonimato do participante deve ser

mantido todo tempo;

• indenização ou compensação por danos – embora não seja permitido

no país a remuneração por participação em pesquisas, o pesquisador

poderá ressarcir eventuais gastos que o voluntário tiver decorrentes da

pesquisa com alimentação e/ou traslados;

• crianças e adolescentes – sempre que forem estes os colaboradores,

devem ser tomadas as assinaturas dos pais ou responsáveis, para

permissão do estudo, contudo a partir dos sete anos as crianças e

adolescentes devem ser informados sobre o que será feito e

respeitados quanto a sua decisão em participar ou não da pesquisa;

• assinaturas – o Termo de Consentimento, preenchido em duas vias,

identificadas com o nome do participante e do representante legal, se

houver, datadas e assinadas, terá uma das vias arquivada pelo

pesquisador e a outra pelo sujeito da pesquisa, ou por seu

representante legal. Um número de documento do participante também

deverá ser anotado no termo.

Estas orientações, uma vez seguidas, contribuirão ao bom andamento

da pesquisa respeitando os padrões bioéticos.

Em situações especiais como uso de informações em bases de dados

ou de prontuários, o pesquisador poderá solicitar a dispensa do uso do Termo

de Consentimento ao Comitê de Ética em Pesquisa, o qual julgará a

propriedade do pedido. Entretanto o pesquisador não tem autonomia para

decidir sobre esta questão.

Page 48: Construindo Monografias

48

A apresentação do Termo de Consentimento junto aos instrumentos de

pesquisa é um erro, pois esta prática permitirá a identificação do informante,

transgredindo um requisito básico na pesquisa que é seu anonimato.

Antes de ser assinado o Termo de Consentimento, devem ser

oferecidas a cada sujeito as explicações quanto ao tipo de estudo, objetivos,

procedimentos, riscos, benefícios, voluntariedade, confidencialidade e demais

informações solicitadas pelo mesmo.

3.5.2 Carta de Apresentação e Termo de Esclarecimento

Por vezes é enviado um texto apresentando a proposta do estudo,

descrevendo seus objetivos, pedindo a colaboração dos respondentes,

salientando a importância da veracidade das respostas, bem como a forma

como deverá ser devolvido o questionário, e o prazo para devolução.

Este texto é chamado Carta ou Termo de Apresentação, e visa suprir

as orientações que não são possíveis oferecer de outra forma, pois o

pesquisador não estará presente – o questionário foi enviado por

correspondência ou sua entrega por outra pessoa facilita o anonimato, ou

outra razão qualquer.

Neste caso tenha certeza de que as informações sejam suficientes para

permitir a compreensão da finalidade do trabalho e conquistar o respondente a

fim de que ele colabore dando respostas fidedignas.

Garanta que o respondente não será identificado ao devolver o Termo

de Consentimento o qual deve prever a permissão para divulgação dos

resultados e oferecer segurança quanto ao sigilo da fonte. Para tal fim

questionário e Termo de Consentimento devem ser apresentados em folhas

diferentes.

Para facilitar a construção deste importante instrumento são

apresentados a seguir dois exemplos.

Page 49: Construindo Monografias

49

3.5.3 Folha de Rosto para Pesquisa Envolvendo Seres

Humanos

A Folha de Rosto, obrigatoriamente deve ser preenchida antes da

entrega do projeto ao Comitê de Ética da instituição onde se pretende realizar

a pesquisa.

Este documento é padronizado pela Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa, pode ser obtido no endereço eletrônico abaixo e já vem com as

instruções de preenchimento, na página 2:

http://conselho.saude.gov.br/docs/FolhaRosto0312.doc.

As informações sobre o Pesquisador Responsável solicitadas neste

documento devem ser preenchidas com os dados do orientador no caso dos

trabalhos acadêmicos. As informações sobre outros membros do grupo de

pesquisa são descritas no projeto.

3.6 Endereços Eletrônicos Úteis

São apresentados a seguir alguns endereços úteis para esclarecimento

sobre as questões de ética na pesquisa:

• http://www.bioetica.ufrgs.br - Elaborado por pesquisadores do Núcleo

Interdisciplinar de Bioética da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul, o portal de Bioética foi criado, em fevereiro de 1997, e é mantido

sob a responsabilidade do Prof. Dr. José Roberto Goldim. Os materiais

contidos no portal têm finalidade basicamente para pesquisa e ensino

em Bioética. Há grande riqueza nos textos contidos neste portal,

alguns dos quais foram utilizados como base para este capítulo.

• http://200.214.130.41/sisnep/pesquisador/ - SISNEP - Sistema Nacional

de Informação sobre Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos

tem como objetivo beneficiar os envolvidos em pesquisas permitindo:

o Facilitar o registro das pesquisas envolvendo seres humanos;

Page 50: Construindo Monografias

50

o Orientar a tramitação de cada projeto para apreciação ética antes

de seu início;

o Facilitar aos pesquisadores o acompanhamento da situação de

seus projetos;

o Permitir o acompanhamento dos projetos já aprovados (em

condições de serem iniciados) pela população em geral e,

especialmente, pelos participantes nas pesquisas.

• http://www.datasus.gov.br/conselho/comissoes/etica/conep.htm ou

http://conselho.saude.gov.br/comissao/eticapesq.htm - A Comissão

Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP – órgão do Conselho

Nacional de Saúde (CNS) foi criada através da Resolução 196/96, com

a função de implementar as normas e diretrizes regulamentadoras de

pesquisas envolvendo seres humanos, aprovadas pelo Conselho. Tem

função consultiva, deliberativa, normativa e educativa, atuando

conjuntamente com uma rede de Comitês de Ética em Pesquisa - CEP-

organizados nas instituições onde as pesquisas se realizam. Neste site

é encontrada, entre outros assuntos, a documentação relacionada com

ética em pesquisa:

o Registro, renovação de registro e acompanhamento dos CEPs;

o Documentos requeridos para apresentação de projetos de

pesquisa;

o Fluxograma para tramitação dos projetos;

o Roteiro de parecer consubstanciado a ser emitido pelos CEPs.

3.7 Termo de Consentimento

Estes modelos podem ser obtidos nos endereços eletrônicos citados e

poderão servir de base para elaboração de outros termos. Os exemplos foram

adaptados para o UNASP.

Page 51: Construindo Monografias

51

Modelo 11

Termo de Consentimento

Você possui as características adequadas a uma pesquisa que estamos

iniciando que são: (descrever as características que fazem do sujeito um

candidato á pesquisa) e está sendo convidado a participar do estudo intitulado

(nome do estudo). Estudos semelhantes têm permitido diversos avanços na

área da saúde, permitindo novas descobertas e melhores formas de lidar com

as doenças. Portanto sua participação é muito importante. Os objetivos deste

estudo são (colocar sumariamente) e caso você participe, será necessário

(responder perguntas sobre .... , medir .... , coletar sangue para ..., consultas

de enfermagem semanais, etc.). (Em caso de não haver riscos ou

desconfortos: Não será feito nenhum procedimento que lhe traga qualquer

desconforto ou risco à sua vida) (Ou especificar todos os desconfortos, se

houver possibilidade de que eles ocorram: Você poderá ter algum desconforto

quando receber uma picada para colher o sangue do seu braço, etc.).

Você poderá ter todas as informações que quiser e poderá não

participar da pesquisa ou retirar seu consentimento a qualquer momento, sem

prejuízo no seu atendimento. Pela sua participação no estudo, você não

receberá qualquer valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as

despesas necessárias para a realização da pesquisa não serão de sua

responsabilidade. Seu nome será mantido em sigilo, não aparecendo em

qualquer momento do estudo. (Depois de lido e explicado o que estiver

expresso no documento com os detalhes de esclarecimento, o participante -

colaborador ou sujeito do estudo - deve assinar a parte final do documento,

descrita na página seguinte).

1 O modelo 1 foi consultado no endereço eletrônico: http://www.fmtm.br/ pesquisa/cep/cep-modificacoes/cep-internet/modelo_de_termo_de_consentimento.htm Acesso em: 15 dez 2005.

Page 52: Construindo Monografias

52

Descrição dos Esclarecimentos

Termo de Consentimento Livre, Após Esclarecimento

Eu, (nome do voluntário), li e/ou ouvi o esclarecimento acima e

compreendi para que serve o estudo e qual procedimento a que serei

submetido. A explicação que recebi esclarece os riscos e benefícios do

estudo. Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a

qualquer momento, sem justificar minha decisão e que isso não afetará

minha relação com a instituição onde estou sendo atendido. Sei que

meu nome não será divulgado, que não terei despesas e não receberei

dinheiro por participar do estudo.

Eu concordo em participar do estudo.

São Paulo, ............./ ............../...............

Assinatura (do voluntário ou

responsável legal):

Número do RG

Assinatura do pesquisador

responsável:

Assinatura do

pesquisador orientador:

Telefone de contato dos

pesquisadores:

Em caso de dúvida em relação a esse documento, você pode entrar em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário

Adventista de São Paulo pelo telefone (número com DDD).

Page 53: Construindo Monografias

53

Modelo 22

TERMO DE CONSENTIMENTO Eu, __________________________________, RG ____________, abaixo

qualificado, DECLARO para fins de participação em pesquisa, na condição de (sujeito

objeto da pesquisa/representante legal do sujeito objeto da pesquisa), que fui

devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado:

________________________(Título do trabalho)_____________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

desenvolvido pelo(a) aluno ______________________________________________

do Curso ______________________________do Centro Universitário Adventista de

São Paulo, quanto aos seguintes aspectos:

a) justificativa, objetivos e procedimentos que serão utilizados na pesquisa;

b) desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados;

c) métodos alternativos existentes;

d) forma de acompanhamento e assistência com seus devidos responsáveis;

e) garantia de esclarecimentos antes e durante o curso da pesquisa, sobre a

metodologia, com informação prévia sobre a possibilidade de inclusão em grupo de

controle e placebo;

f) liberdade de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase

da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;

g) garantia de sigilo quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa,

assegurando-lhe absoluta privacidade;

h) formas de indenização diante dos eventuais danos decorrentes da pesquisa;

i) formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa.

DECLARO, outrossim, que após ter sido convenientemente esclarecido pelo

pesquisador e ter entendido o que me (nos) foi explicado, consinto voluntariamente

(em participar/que meu dependente legal participe) desta pesquisa.

São Paulo, de de 200__

2 O modelo 2 foi consultado no endereço eletrônico: http://www.unit.br/ CEP/Termo-de-Consentimento-Livre-e-Esclarecido.doc Acesso em: 15 dez 2005.

Page 54: Construindo Monografias

54

TERMO DE CONSENTIMENTO Sujeito da Pesquisa: (Nome):..........................................................................................

RG:........................... Data de nascimento:........ / ........ / ...... Sexo: M ( ) F ( )

Endereço: ............................................................................................... nº....................

Apto: ................. Bairro:.................................. Cidade:............................

Cep:................ Tel.:.................

__________________________

Assinatura do Declarante

Representante legal:........................................................................................................

Natureza da Representação:..........................................................................................

RG:................................. Data de nascimento:......./........./...... Sexo: M ( ) F ( )

Endereço:.....................................................nº................................Apto:.......................

Bairro:....................................... Cidade:.......................Cep:..............Tel.:.....................

__________________________

Assinatura do Declarante

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de

Consentimento, cumprindo todas as exigências contidas nas alíneas acima elencadas

e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do

declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa.

São Paulo, de de 200.....

__________________________

Assinatura do Pesquisador

Page 55: Construindo Monografias

55

A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

Elias F. Porto [email protected]

Leonardo Tavares Martins

[email protected]

Paulo Gomes Lima [email protected]

Qualquer que seja o campo de atividade a que o trabalhador científico se aplique, a reflexão sobre o trabalho que executa, os fundamentos existenciais, os suportes sociais e as finalidades culturais que o explicam, o exame dos problemas epistemológicos que a penetração no desconhecido do mundo objetivo suscita, a determinação da origem, poder e limites da capacidade perscrutadora da consciência, e tantas outras questões deste gênero, que se referem ao processo da pesquisa científica e da lógica da ciência, não podem ficar à parte do campo de interesse intelectual do pesquisador, que precisa conhecer a natureza do seu trabalho, porque,... este é constituído da sua própria realidade individual (VIEIRA PINTO, 1979, p.3).

Page 56: Construindo Monografias

56

Para que qualquer pesquisa científica seja desenvolvida é necessário o

estabelecimento de um projeto de pesquisa. O projeto de pesquisa é o

planejamento prévio da pesquisa que sistematiza todas as etapas que serão

realizadas no desenvolvimento da mesma. Por exemplo, é no projeto de

pesquisa que se explicita o problema a ser estudado; qual campo do

conhecimento, local epistemológico e época em que se situa a problemática

(introdução); a relevância de se estudar determinado assunto (justificativa); o

que o estudo pretende demonstrar ou explicar (objetivos); que teorias e

metodologias ajudarão o pesquisador na realização de seus objetivos

(metodologia); em quanto tempo o estudo será realizado (cronograma); uma

apresentação do tema da pesquisa, demonstrando que o pesquisador já

conhece o que a literatura apresenta sobre o assunto (desenvolvimento do

tema) e todas as fontes consultadas para desenvolvimento do projeto

(bibliografia).

4.1 PROJETO DE PESQUISA

Um projeto pode ser organizado de diferentes formas, na verdade “não

existe um padrão rigidamente estabelecido e imutável” (GONSALVES, 2003,

p.13), entretanto, todo projeto, para que tenha pertinência científica, deve

reunir, no mínimo, os elementos citados anteriormente, uma vez que são eles

que proporcionarão diretrizes metodológicas válidas dentro das convenções

científicas.

Assim, o projeto de pesquisa deverá apontar para o problema a ser

estudado e para o procedimento adotado para estudá-lo. Ao se formular um

problema de pesquisa, precisamos considerar algumas regras importantes

(GIL, 1999):

4.1.1 O Problema Deve Ser Formulado Como Uma Pergunta

O problema deve responder a algo que inquiete o pesquisador, por isso

ao elaborar o projeto, deve-se ter claramente qual é questão à qual se deseja

uma resposta. Quando o problema é formulado como uma questão, facilita a

identificação da problemática que se deseja estudar. Tem-se, por exemplo, o

Page 57: Construindo Monografias

57

tema: “a relação entre nutrição e obesidade”, percebe-se que está muito

abrangente, mas quando formula-se uma pergunta, o problema fica mais

evidente e é possível compreender sua delimitação; veja como poderíamos

transformar este tema em um problema corretamente formulado: “Que hábitos

alimentares podem estar relacionados com a obesidade em escolares da

terceira série do ensino fundamental de uma escola particular do município de

São Paulo?”

4.1.2 O Problema Deve Ser Delimitado a Uma Dimensão Viável

O projeto deve ser exeqüível, ou seja, ao formular o problema certifique-

se de que a execução do projeto é viável. Como um problema possui muitas

dimensões, o pesquisador deverá selecionar somente aquela(s) que

interessa(m) ao estudo a ser realizado. Assim, não caberia propor um projeto

de pesquisa para estudar a obesidade e as crianças, pois sem a devida

delimitação isto seria inviável (quais crianças seriam estudadas? todas as

brasileiras? todas as crianças do mundo? todas as crianças de escola

particular?).

4.1.3 O Problema Deve Ter Clareza

Os termos utilizados na construção do projeto devem ser claros e

precisos. Atenção ao escolher as palavras para que não haja contradição nem

sentido diferente ao pretendido. Caso o problema não esteja claro, haverá

dificuldade em se compreender qual a pretensão do projeto. Por exemplo, um

projeto que se proponha a analisar o conceito de operários sobre a política

pública mostra-se incompleto e, portanto, confuso sobre qual a pretensão do

pesquisador (quais operários? de que política pública? de algum governo

específico?)

Page 58: Construindo Monografias

58

4.1.4 O Problema Deve Apresentar Bases Científicas Para a

Análise

Qualquer que seja o tipo de pesquisa proposto no projeto, deve-se usar

como ferramentas para análise das informações o que seja aceito

academicamente e nunca se apropriar de juízos de valor, de forma particular

pois este tipo de procedimento não tem validade científica. Assim, se os dados

a serem analisados forem quantitativos, deve-se deixar claro qual o

procedimento estatístico para tratar tais informações e ao se fazer uso de uma

proposta de estudo que seja qualitativa, deve-se deixar claro quais as fontes a

serem consideradas e qual o procedimento adotado para análise.

4.2 A Estrutura de Um Projeto de Pesquisa

Embora existam diferentes propostas de estrutura de projeto na

literatura, há similaridade entre as diferentes formas, pois os itens principais,

mencionados anteriormente, devem estar contemplados. Assim, propomos

uma estrutura didática de projeto de pesquisa que pretende ser ao mesmo

tempo eficiente e pedagogicamente viável para os pesquisadores iniciantes.

4.2.1 Esboço do Projeto de Pesquisa: 1 INTRODUÇÃO

2 OBJETIVOS

3 JUSTIFICATIVA

4 METODOLOGIA

5 DESENVOLVIMENTO DO TEMA

6 CRONOGRAMA

7 ORÇAMENTO

8 REFERÊNCIAS

Page 59: Construindo Monografias

59

4.2.2 Definição dos Itens Essenciais no Projeto de Pesquisa

1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação e Delimitação do Tema

Delimitação inicial, definindo o campo de conhecimento. Situa-se como

pano de fundo, apresentando o que envolve o tema escolhido. Exponha como

chegou ao tema de investigação, qual foi a gênese do problema, as

circunstâncias que interferiram nesse processo, porque fez tal opção, se houve

antecedentes. Aborde o assunto geral sobre o qual se deseja realizar a

pesquisa. Apresente o campo de conhecimento que pertence o assunto e

identifique qual é a questão ou o problema a ser pesquisado. Problemas são

perguntas que a pesquisa pretende resolver. Coloque o problema em forma

interrogativa tornando-o mais diretivo, o que demandará uma resposta clara.

Ex: “Qual foi o papel desempenhado pela Associação Brasileira de Educação

(ABE) no desenvolvimento da educação brasileira?”.

A delimitação consiste na indicação, de modo breve, do tema a ser

pesquisado, definindo claramente o campo de conhecimento que pertence o

assunto, situando seus limites e o lugar que ocupa no tempo e no espaço.

Exemplo: “Este estudo delimita-se por desenvolver um estudo sobre a

contribuição da ABE para o desenvolvimento da educação formal brasileira

particularmente na década de 20, decorrente de suas Conferências Nacionais

de Educação”.

No exemplo dado acima, podemos identificar a delimitação do tema,

pois há indicação:

• Do campo do conhecimento: história da educação brasileira;

• Do local ao qual se refere o estudo (local epistemológico da pesquisa):

Brasil – Conferências Nacionais de Educação;

• Do tempo: anos 20 (época da criação da ABE).

Page 60: Construindo Monografias

60

2 OBJETIVOS

Nesta parte indica-se o que é pretendido com o desenvolvimento da

pesquisa. “O Objetivo é o que você pretende atingir com a sua pesquisa e não

o que você vai fazer para atingi-lo” (GONSALVES, 2003, p.56). Assim, os

objetivos servem para indicar a direção da ação. É importante que os objetivos

sejam exeqüíveis, ou seja, não é pertinente um objetivo aparentemente

importante e bem construído, mas que não poderá ser atingido. Divide-se em

objetivo geral e objetivos específicos. Deve ser sucinto e sugere-se que inicie

com verbo no infinitivo. O objetivo geral deve ser apenas um e os objetivos

específicos podem ser de 3 a 5, estes são aspectos secundários do projeto.

2.1 Objetivo Geral

Utilizando-se um verbo no infinitivo indica-se qual é a grande questão

que procuraremos estudar na pesquisa. Para formular o objetivo geral, pense

em responder à pergunta: o que você pretende com este projeto? (dentre os

verbos mais utilizados, podemos citar, como exemplo: Analisar, Avaliar,

Classificar, Comparar, Construir, Contrastar, Criticar, Decidir, Descrever,

Desenvolver, Determinar, Diferenciar, Discriminar, Discutir, Documentar,

Explicar, Entender, Esclarecer, Escolher, Especificar, Esquematizar,

Estabelecer, Estimar, Examinar, Formular, Identificar, Interpretar, Localizar,

Medir, Produzir, Propor, Selecionar, Verificar, etc...). É interessante que este

objetivo seja apenas um e que esteja ligado diretamente ao problema

levantado pelo pesquisador. Exemplos:

• Formular uma proposta de análise postural para crianças de 7 a 10

anos;

• Comparar o comportamento de crianças escolares em situação de

competição e de cooperação;

• Verificar a incidência de problemas posturais em crianças e

adolescentes, alunos do ensino fundamental da Escola Adventista de

Florianópolis;

Lourenço
Highlight
Lourenço
Note
Qual o verbo que definiria o meu objetivo geral? Talvez seja Esquematizar.
Page 61: Construindo Monografias

61

• Analisar em que grau e em que medida Zeferino Vaz contribuiu para a

criação da Universidade Estadual de Campinas.

2.2 Objetivos Específicos

Aspectos que em conjunto propiciam a resolução do objetivo geral.

Estes objetivos, embora com um caráter secundário, irão contribuir para que se

alcance o objetivo geral. Aqui poderemos elencar mais de um objetivo

acessório, no entanto, não é interessante que o pesquisador desenvolva mais

de 5 objetivos específicos, pois isto poderá dificultar o controle de sua

pesquisa. Se o pesquisador elaborar de 3 a 5 objetivos específicos, não

necessariamente, mas, também, poderá indicar um objetivo específico para

cada capítulo ou caso prefira, buscar alcançá-los difusamente no

desenvolvimento do trabalho. Exemplos:

• Destacar a situação do ensino público superior no Estado de São Paulo

em geral e no sudeste paulista em particular nos anos 60;

• Analisar os modelos que foram seguidos na formulação da proposta da

Unicamp.

• Explicar a atuação direta e papel de Zeferino Vaz como ator expoente

na criação da Unicamp.

3 JUSTIFICATIVA

Nesta seção, o pesquisador procura demonstrar o valor do seu objeto de

estudo. Para tanto, destacará a relevância do assunto, tanto em termos

acadêmicos quanto nos seus aspectos de utilidade social, mostrará a

viabilidade do tema enquanto objeto de pesquisa e indicará as razões de

ordem pessoal que o levaram a eleger este tópico do conhecimento. Esta

seção deve ser redigida a partir das seguintes perguntas:

� O que esta pesquisa pode acrescentar à ciência onde se inscreve?

(relevância científica);

� Que benefício poderá trazer à comunidade com a divulgação do

trabalho? (relevância social);

Page 62: Construindo Monografias

62

� O que levou o pesquisador a se inclinar e, por fim, escolher, por este

tema? (interesse);

� Em termos gerais, quais são as possibilidades concretas de esta

pesquisa vir a se realizar? (viabilidade).

4 METODOLOGIA

O quadro teórico-metodológico é o referencial organizativo do “como” a

pesquisa será realizada, em outras palavras é o percurso ou o caminho a ser

percorrido para se alcançar o objetivo estabelecido. Associar metodologia a

um conjunto de técnicas ou procedimentos para coleta de dados é uma

redução da amplitude deste item. Buscando o sentido etimológico de

metodologia encontraremos “Méthodos significando o caminho para chegar a

um fim, enquanto logos indica estudo sistemático, investigação. Assim,

metodologia significa o estudo dos caminhos a serem seguidos, incluindo aí os

procedimentos escolhidos” (GONSALVES, 2003, p.62). Neste item do projeto,

você deverá deixar claro quais procedimentos pretende utilizar na produção

dos dados, quais são os autores que serão as principais fontes teóricas de

sustentação da pesquisa, quais os principais procedimentos empregados para

que todos os objetivos planejados sejam satisfatoriamente alcançados, quais

as etapas da análise dos dados e outros detalhes como tipo da pesquisa,

sujeitos da pesquisa e espaço da pesquisa.

Pode-se iniciar a metodologia com a indicação dos autores que serão o

referencial da pesquisa. Ex: “Este trabalho terá como referencial teórico as

contribuições de Barros (2001), Witter (1999), Lima (2001), Silva (2003),

Ramos Lamar (1998)...” (Atenção: estes exemplos são apenas para finalidade

didática, não se tratando em hipótese alguma de referências específicas).

Indique no texto a relação entre o trabalho dos referidos autores e a

proposta contemplada em teu projeto e as possíveis diferenças.

Page 63: Construindo Monografias

63

4.1 Abordagem da Pesquisa

Aqui o pesquisador deverá deixar claro que tipo de pesquisa

desenvolverá: experimental, bibliográfica, estudo de caso, documental, ex-post-

facto, pesquisa ação, pesquisa participante ou ainda se a pesquisa será um

levantamento bibliográfico. É importante também indicar a natureza da

pesquisa, se qualitativa, se quantitativa ou se dialética. Dizer apenas: “Como

instrumento utilizarei a entrevista semi-estruturada” definitivamente não é

suficiente para a metodologia! Requer-se uma detalhada descrição de todo o

procedimento. Existe na literatura diferentes conceituações a respeito da

classificação da pesquisa e pode-se utilizar a perspectiva que melhor se

adequar ao seu tipo de trabalho, entretanto a partir de quatro grandes linhas de

pesquisa (Histórica, Descritiva, Experimental e Ex-Post-Facto) observe os

diferentes tipos de classificação possíveis:

• Segundo os objetivos: Exploratória; Descritiva; Experimental; Explicativa;

• Segundo as fontes de informação: Campo; Laboratório; Bibliográfica;

Documental;

• Segundo a natureza dos dados: Quantitativa; Qualitativa;

• Segundo os procedimentos de coleta: Experimento; Levantamento;

Estudo de Caso; Bibliográfica; Documental; Participativa.

4.2 Sujeitos da Pesquisa

É importante deixar claro qual a população a ser estudada e dentro de

qual universo esta população se encaixa. Algumas perguntas podem ajudar a

deixar claro este item do projeto: Quais os critérios adotados para a escolha

desta população? Quais as características particulares desta população que a

diferencias de outros grupos? Toda a população escolhida será estudada ou

será selecionada uma amostra para o estudo? Como se deu a escolha da

amostra (forma probabilística – aleatória simples ou randômica estratificada ou

não-probabilística – acidental ou intencional)?

Page 64: Construindo Monografias

64

4.3 Coleta de Dados e Instrumento

A forma como se procederá a coleta deve estar detalhada. Diferentes

formas de pesquisa devem esclarecer sobre o que está envolvido na forma de

se obter os dados a serem analisados, pois existem diferentes técnicas para a

obtenção dos dados: o questionário, a entrevista, o formulário, levantamento de

dados, observação direta, etc. Se a pesquisa for documental, deve-se

esclarecer sobre quais são as fontes, onde serão obtidas, o que será extraído

das fontes para a análise, se a pesquisa envolver seres vivos, deve-se

esclarecer no projeto se haverá alguma alteração no meio onde vivem, quais

alterações, se haverá a administração de algum produto aos seres em

observação, se a pesquisa prevê a aplicação de questionário, deve-se deixar

claro qual critério adotado na escolha do instrumento, se foi criado pelo

pesquisador, se foi adaptado ou se está seguindo um modelo sugerido por

outro pesquisador. Deve-se ainda evidenciar quais informações pretende obter

a partir de determinado procedimento ou instrumento e como será aplicado. Se

o projeto pretende, por exemplo, fazer a avaliação física em crianças, deve-se

dizer quem fará as medidas, em que local, quais as medidas serão tomadas,

que instrumentos serão utilizados nas avaliações. Outra informação

absolutamente necessária que o projeto deve apresentar é que, havendo seres

vivos envolvidos na pesquisa (quer seja a aplicação de um questionário, uma

entrevista, avaliação física, manipulação de animais), deverá haver aprovação

do comitê de ética para que haja continuidade do projeto.

4.4 Organização e Análise dos Dados

O processo de análise dos dados pode envolver diversos

procedimentos: codificação das repostas, tabulação dos dados e cálculos

estatísticos, análise de discurso, análise de conteúdo entre outras formas

possíveis. Este item do projeto deverá esclarecer o leitor sobre o que será feito

com os dados obtidos, ou seja, como se dará a interpretação dos dados. Se

houver cálculos estatísticos, deve-se dizer se haverá algum software ou

fórmulas específicas para a análise.

Lourenço
Highlight
Lourenço
Highlight
Lourenço
Highlight
Lourenço
Highlight
Lourenço
Highlight
Lourenço
Highlight
Page 65: Construindo Monografias

65

5 DESENVOLVIMENTO DO TEMA

Esta é a parte central do texto, onde o aluno deve apresentar de forma

mais profunda o que conhece sobre o tema, as leituras já realizadas, como a

literatura aborda o objeto de estudo e mostrar que as questões envolvidas com

o tema já são de seu conhecimento. Para facilitar a apresentação do projeto,

este item pode estar dividido em capítulos. Como o projeto e a redação final do

TCC estão muito próximos no tempo, este item mostra-se importante para que

o aluno possa alcançar o texto final completo, a partir do que foi feito no

projeto. Assim, o texto deste item será usado também no trabalho final,

logicamente que acrescido de mais informações, citações e comentários.

Retomando o que já foi anunciado na Introdução, procure agora, com

uma exposição mais objetiva e técnica, colocar o problema, ou seja, como o

tema está problematizado e, consequentemente porque ele precisa ainda ser

pesquisado. Trata-se portanto de delimitar, circunscrever, o tema-problema

com um maior aprofundamento. Na introdução é apresentado o tema de forma

mais ampla e aqui de forma mais profunda. Aqui cabe fazer a contextualização

do que há publicado sobre o assunto e como outros autores têm estudado este

tema. Se em comum acordo com o orientador, pode-se ter um capítulo

destinado a revisão de literatura, entretanto não é obrigatório este capítulo, pois

dependendo do tipo de pesquisa, a revisão se mostrará presente em vários

capítulos. Este é o momento onde os textos/documentos estudados devem

aparecer. Privilegie os textos mais importantes e mais recentes sobre seu

tema; esta é uma varredura exploratória, mas que não pode ser precária. Você

deve demonstrar domínio sobre o que outros autores estudaram a respeito do

tema escolhido e expor tais idéias.

A utilização de uma Hipótese no projeto não é obrigatória, pois há

perspectivas metodológicas que excluem a utilização de uma hipótese

afirmando que a ciência deveria ir em busca a uma resposta sem pressupor

uma possível resposta pois isto poderia influenciar no encaminhamento da

pesquisa. Entretanto, se em comum acordo com o orientador houver a

proposta para a inclusão de Hipótese no projeto, poderá ser feito dentro deste

item. Sendo a Hipótese uma resposta provisórias, anterior à pesquisa, que o

Page 66: Construindo Monografias

66

pesquisador oferece, caberia esta colocação dentro do desenvolvimento do

tema como a perspectiva do pesquisador sobre o problema estudado.

Evidentemente a Hipótese não deve estar dissociada de uma atenta relação

com o que a literatura apresenta sobre a temática estudada. O resultado da

pesquisa poderá negar ou confirmar a hipótese. Um bom procedimento seria

trabalhar com um problema e uma hipótese centrais e bem definidas.

6 CRONOGRAMA

Neste item deve ser feita a previsão de duração de cada fase do projeto,

delimitando o tempo para cada momento. O detalhamento dos itens mostra a

organização do pesquisador e isto poderá ser decisivo para se obter êxito na

execução do projeto. Sugere-se a seguir dois modelos distintos. Qualquer que

seja o modelo adotado, o importante é detalhar cada parte do projeto e o tempo

em que se dará cada atividade.

ANO MÊS ATIVIDADE 2006 Fevereiro Levantamento de obras que interessam à pesquisa 2006 Março a Abril Aquisição e leitura dos textos 2006 Abril a Maio Digitação da introdução 2006 Junho Encaminhamento ao comitê de ética

No detalhamento das atividades e do tempo necessário para a execução

você deverá definir quais itens estarão previstos para o teu projeto, a seguir

listamos alguns destes itens, de forma sugestiva, ou seja, nem todos precisam

estar mencionados em teu projeto e você poderá acrescentar outros que julgar

necessário.

• Levantamento das obras que interessam à pesquisa.

2006 MÊS ATIVIDADE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1

2 1. Levantamento de obras que interessam à pesquisa X

2. Aquisição e leitura dos textos X X 3. Digitação da introdução X X 4. Encaminhamento ao comitê de ética X

Lourenço
Highlight
Page 67: Construindo Monografias

67

• Aquisição de textos ou livros pertinentes ao objeto de pesquisa

• Leituras intensivas sobre o tema

• Registro dos conteúdos (literaturas e coletas efetuadas)

• Sistematização do material

• Coleta de dados

• Interpretação dos dados, conforme categorias estabelecidas

• Primeira redação

• Correções e intervenções do orientador

• Segunda redação

• encadernação

• Apresentação do trabalho

• Correções do texto final

• Encaminhamento do texto final corrigido

7 ORÇAMENTO

A previsão orçamentária não será necessária a todos os projetos,

entretanto se você pretende utilizar reagentes, material de laboratório,

equipamentos ou se haverá despesa com pessoal, transporte, ou qualquer

outro tipo de custo para a execução do projeto ou análise dos dados, isto

deverá estar previsto. Inclua detalhadamente o valor para cada item a ser

custeado e em que momento isto deve ocorrer. É importante descrever se

haverá solicitação de financiamento para órgãos de fomento à pesquisa ou

quem deverá custear o projeto. Se teu projeto não prevê custos, não há a

necessidade de colocar este item no projeto.

8 REFERÊNCIAS

Reúne-se aqui uma relação das fontes / obras utilizadas para a

elaboração do Projeto e que serão utilizadas na Pesquisa propriamente dita,

bem como no TCC. O pesquisador deve ter claro que esta lista de referências

poderá ampliar-se ao final da pesquisa, portanto as obras aqui mencionadas

não devem servir de limite para a continuidade do projeto, já que novos

Lourenço
Highlight
Lourenço
Highlight
Page 68: Construindo Monografias

68

documentos poderão ser identificados no desenvolvimento do processo de

investigação. As referências devem seguir a norma apresentada no capítulo 7.

4.2.3 Apresentação Gráfica

O projeto deve incluir capa, página de rosto e sumário, segundo o

modelo a seguir. O texto deve estar formatado em papel A4, fonte 12, Arial,

espaço 1,5. Deixe 3cm de margem esquerda e superior e 2cm de margem,

inferior e direita. A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte

textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha. Siga a

ordem dos itens do projeto conforme descrito anteriormente.

Page 69: Construindo Monografias

69

FIGURA 1 Modelo de capa para projetos de pesquisa

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS ...

CURSO ...

(Arial 14 / Negrito)

TÍTULO DO PROJETO (Arial 18 / Negrito)

AUTOR(ES) (Arial 14 / Negrito)

CIDADE – ESTADO

ANO

(Arial 14 / Negrito)

Page 70: Construindo Monografias

70

FIGURA 2 Exemplo de capa para projeto de pesquisa

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO CAMPUS ENGENHEIRO COELHO

CURSO DE PEDAGOGIA

HÁBITOS DE ESTUDO E RENDIMENTO ESCOLAR DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

FÁBIO LUIS SILVA LUÍZA BELA SILVA

ENGENHEIRO COELHO – SP 2005

Page 71: Construindo Monografias

71

FIGURA 3 Modelo de folha de rosto para projeto de pesquisa

NOME (Arial 14)

TÍTULO (Arial 18)

CIDADE – ESTADO

ANO

(Arial 14 / Negrito)

Page 72: Construindo Monografias

72

FIGURA 4 Exemplo de folha de rosto para projeto de pesquisa

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Pedagogia do Centro Universitário Adventista São Paulo, campus ___, como requisito parcial à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I. Orientador(a) Prof. ___ (Arial 12)

FÁBIO LUIS SILVA LUÍZA BELA SILVA

HÁBITOS DE ESTUDO E RENDIMENTO ESCOLAR DE

ALUNOS DE ENSINO MÉDIO

.

Engenheiro Coelho – SP 2005

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Pedagogia do Centro Universitário Adventista São Paulo, campus EC, como requisito parcial à Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I. Orientadora Prof. Ms. Maria Silva

Page 73: Construindo Monografias

73

FIGURA 5 Exemplo de sumário para projeto

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 3

2. OBJETIVOS.......................................................................................... 5

3. JUSTIFICATIVA.................................................................................... 6

4. METODOLOGIA ................................................................................... 8

5.DESENVOLVIMENTO DO TEMA.........................................................11

5.1 Nome do Capítulo ................................................................... 11

5.2 Nome do Capítulo .................................................................. 14

5.3 Nome do Capítulo .................................................................. 16

6. CRONOGRAMA.................................................................................. 18

7. ORÇAMENTO..................................................................................... 19

8. REFERÊNCIAS................................................................................... 20

Page 74: Construindo Monografias

74

A CONSTRUÇÃO DA MONOGRAFIA

Elias F. Porto

[email protected]

Kátia Corina Vieira [email protected]

Leonardo Tavares Martins

[email protected]

Paulo Gomes Lima [email protected]

A atividade de pesquisa é uma atividade racional. Implica no mais profundo e elevado exercício da razão da parte do homem. Talvez seja nessa atividade mais do que em qualquer outra que o homem possa dar expressão ao seu ímpeto de criatividade (DUSILEK, 1978, p.34).

Page 75: Construindo Monografias

75

5 MONOGRAFIA

O capítulo anterior apresentou o que é um projeto e como estruturá-lo.

Agora, chegou a hora de fazer tudo o que o projeto previa. É hora de usar o

projeto como um mapa, um guia, na realização da pesquisa.

Boa parte do que se escreveu no projeto foi um exercício de definição e

previsão. Definição do que se irá pesquisar, de quais objetivos pretende-se

alcançar, de argumentos que justifiquem a realização da pesquisa, definição e

previsão dos aspectos metodológicos mais adequados à realização e alcance

dos objetivos propostos e quais seriam os fundamentos teóricos essenciais,

definição das tarefas a serem realizadas, previsão de quando essas tarefas

seriam realizadas e de despesas para fazer a pesquisa. Percebe-se que tudo

que está ligado ao projeto gira em torno de planejamento. Após o planejamento

vem a execução: construção da monografia.

5.1 O Que é Uma Monografia

Após o projeto estar pronto e aprovado, pode-se pensar na monografia,

pois esta será a realização daquilo que foi expresso no projeto. Este é o

momento de buscar nas mais variadas fontes a informação necessária para

aprofundar e desenvolver a pesquisa previamente planejada e, ao final,

apresentar os resultados da pesquisa. A essa apresentação de resultados

chamamos de monografia. De acordo com Medeiros (2004, p. 248), monografia

“é uma dissertação que trata de um assunto particular, de forma sistemática e

completa.”

É necessário destacar, inicialmente, que a monografia constitui-se num

estilo específico de redação: a dissertação. Sobre este estilo, a dissertação,

vale lembrear que ela costuma discorrer sobre um tema determinado, de forma

argumentativa, ou seja, o escritor de uma dissertação costuma ter uma idéia,

uma posição, um ponto de vista e discute o tema escolhido. Para tanto, o texto

de uma dissertação costuma ser inquisidor e, às vezes, até provocativo,

através da apresentação de fatos e evidências. Quanto à estrutura, as

Page 76: Construindo Monografias

76

dissertações, costumam ter uma introdução, um desenvolvimento e uma

conclusão.

Em segundo lugar, deve-se notar que uma monografia deve tratar de

apenas um tema, apenas um assunto. Esse tema ou assunto foi definido e

delimitado quando da elaboração do projeto de pesquisa. Alguns elementos do

projeto definem o tema ou o assunto da monografia. Desses elementos, os

mais importantes são o problema de pesquisa e o objetivo ou os objetivos.

Estes itens do projeto mostram-se alicerces da pesquisa e, conseqüentemente,

da monografia.

Em terceiro lugar, uma monografia trata o tema de forma sistemática.

Algo sistemático, no senso comum, pode ser considerado negativo. No dia a

dia pode-se dizer que fulano é “sistemático”, como uma forma educada de dizer

que esse alguém, sob determinado ponto de vista, é uma pessoa “caxias",

“certinha demais”, “metódica demais”, “chata”. Mas, para que se compreenda o

que significa sistemático, deve-se primeiro entender o que significa a palavra

sistema, que é a origem do termo sistemático.

A definição de sistema está associada à idéia de um conjunto de partes

que se relacionam entre si e que, juntas, formam um todo. Ao traduzirmos essa

idéia para algo mais concreto, poderíamos exemplificar dizendo que o

computador no qual se produz um texto, composto de uma CPU, um monitor,

um teclado e um mouse, é um sistema. Também poderíamos dizer que o

UNASP, com seus três campi e dezenas de departamentos e cursos é um

sistema. O corpo humano, com seus órgãos, membros, células e tecidos é um

sistema.

A partir daí, se compreendemos o que é um sistema, fica mais fácil

entendermos o que significa ser sistemático. De acordo com o dicionário

Aurélio, sistemático é aquilo que é ordenado, metódico, coerente com uma

determinada linha de pensamento ou ação. Então, como podemos entender

um texto, uma redação, uma monografia dentro dessa idéia de sistema e

sistemático? Bem, a monografia será composta e estruturada a partir de

diversas partes, cada qual com sua função. Mas, quando todas essas partes

forem olhadas em conjunto, devem fazer sentido, devem compor um único

trabalho. Uma monografia deve ser sistemática porque nela deve haver

Page 77: Construindo Monografias

77

coerência, organização e método que lhe dêem um sentido de unidade às suas

diversas partes.

Em quarto lugar, uma monografia deve tratar de um tema ou assunto de

forma completa. Isso quer dizer que ao escrever uma monografia deve-se

atentar para a necessidade de tratar o tema escolhido em seu todo.

Evidentemente mostrar domínio completo de determinado assunto, com a

quantidade de informaçoes disponíveis atualmente, seria, no mínimo,

presunçoso, afinal, quem é que sabe tudo sobre alguma coisa para tratá-la de

maneira completa? Quem é que consegue num único trabalho escrito tratar de

tudo que faz parte de um determinado assunto? Por isso é tão importante

delimitar o tema da pesquisa. Mais uma vez, a correta definição do problema

de pesquisa e dos objetivos é essencial para que isso seja possível. Quando o

problema de pesquisa e os objetivos estão definidos, fica claro o quanto se

propõe a abranger dentro da monografia. Portanto, uma monografia deve ser

completa, inteira, dentro do que foi estipulado como problema de pesquisa e

objetivos.

5.2 Tipos de Monografia

A partir do conhecimento básico do que é uma monografia, é preciso

reconhecer que há mais de um tipo de monografia. Entende-se monografia

como um termo genérico que identifica trabalhos escritos com as

características que acabamos de discutir. A esses trabalhos chamamos de

trabalhos monográficos.

Durante um curso de graduação normalmente se produz diversos

trabalhos monográficos. É bastante comum que o professor de uma disciplina

solicite aos alunos que façam um trabalho escrito sobre um determinado tema,

a partir de pesquisa bibliográfica ou até mesmo com alguma coleta de dados

em campo, através de entrevistas ou análise de documentos. Estes trabalhos

não costumam ser muito extensos. Geralmente acabam por ter entre 10 e 20

páginas e possuem uma estruturação bastante simplificada. Essa estrutura

costuma ser composta de capa, folha de rosto, sumário, introdução, as partes

ou capítulos de desenvolvimento, conclusão ou considerações finais e

Page 78: Construindo Monografias

78

referências. Alguns chamam estes trabalhos de monografias, outros de papers,

outros de trabalhos acadêmicos, outros ainda apenas de trabalho escrito. De

qualquer forma, por suas características, apesar da relativa simplicidade, esses

trabalhos em geral podem ser classificados como monografias e, na medida

em que são bem produzidos, já servem como preparo para a monografia de

conclusão de curso ou TCC.

De acordo com a ABNT (NBR 14724), o Trabalho de Conclusão de

Curso (TCC) é um

documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador (2000, p. 2).

Um TCC, se comparado aos trabalhos monográficos feitos durante o

curso de graduação, em geral costuma ser mais extenso e assume uma

estrutura mais complexa. Os tipos, formas e extensão dos TCCs variam

bastante de curso para curso. Na maioria dos cursos do UNASP o tipo de TCC

mais comum é aquele que apresenta os resultados de uma pesquisa científica.

Nos cursos de ciências aplicadas como Administração, Comunicação Social,

Educação Física, Enfermagem, Nutrição e outros, costuma-se recomendar

fortemente que os resultados dessas pesquisas tenham algum benefício prático

ou utilidade na atividade profissional. Há também cursos que abrem a

possibilidade ao aluno de fazer um TCC que não seja necessariamente uma

pesquisa científica, mas que seja uma espécie de relatório de atividades

profissionais desenvolvidas, ou até mesmo a proposta de um trabalho

profissional, com a possibilidade de vir a ser executado ou não. Há também a

possibilidade de algum curso oferecer a possibilidade que um aluno entregue

um artigo submetido a publicação em lugar do Trabalho de Conclusão de

Curso. Estas outras formas não serão aqui discutidas, pois dadas as

particularidades de cada curso e as diferentes alternativas, o curso deverá, ao

apresentar a proposta, apresentar também a estrutura que será aceita.

Dependendo do curso, é possível fazer um excelente TCC de 20

páginas. Em outro curso, os TCCs podem ter em geral 50 ou mais páginas. Em

alguns cursos o TCC é desenvolvido apenas individualmente, em outros pode

ser realizado em duplas ou trios. Essas questões, em geral, dependem das

Page 79: Construindo Monografias

79

políticas de ensino definidas em cada curso, do tipo do curso, dos recursos

humanos e materiais disponíveis, além de outros fatores que não cabe aqui

detalhar. Você deve procurar se informar sobre as peculiaridades sobre TCC

do seu curso antes de iniciar o processo de execução.

Os dois últimos tipos de trabalhos monográficos que apenas

mencionaremos, são a Dissertação e a Tese. A Dissertação é uma espécie de

TCC para quem faz um curso de mestrado e a Tese, para quem faz doutorado.

Ambas são obrigatoriamente resultantes de pesquisa científica e, obviamente,

espera-se um maior grau de profundidade e rigor do que no TCC da

graduação. Além disso, a Tese ainda se diferencia pelo fato de o autor precisar

apresentar uma “real contribuição para a área de especialidade” (NBR 14724).

5.3 Estrutura e Formatação da Monografia

A norma da ABNT que estipula os padrões dos trabalhos acadêmicos,

tais como os trabalhos monográficos, é a NBR 14724, de agosto de 2002.

Portanto, de acordo com esta norma, um TCC deve ser composto pelas

seguintes partes:

Page 80: Construindo Monografias

80

Quadro 1 – Elementos da monografia ESTRUTURA ELEMENTOS

Pré-texto Capa Folha de rosto Ficha catalográfica Errata* Folha de aprovação* Dedicatória(s)* Agradecimento(s)* Epígrafe* Resumo em português Abstract (resumo em inglês)** Lista de ilustrações*** Lista de tabelas*** Lista de abreviaturas e siglas*** Lista de símbolos*** Sumário

Texto Introdução Desenvolvimento**** Conclusão

Pós-texto Referências Glossário Apêndice(s)* Anexo(s)* Índice(s)*

*Elemento opcional ** Elemento definido como opcional ou obrigatório pela coordenação de TCC de cada curso *** Elemento condicionado à quantidade de elementos a serem listados **** O Desenvolvimento se subdivide em 5 capítulos: Objetivos, Justificativa, Metodologia,

Revisão Bibliográfica e Apresentação e Análise dos Dados Fonte: ABNT, NBR 14724, 2002

Quanto à formatação, de acordo com a NBR 14724 (2002) o trabalho

deve obedecer aos seguintes parâmetros gerais:

Quadro 2 – Critérios e parâmetros de formatação da monografia Item Parâmetro

Tamanho do papel A4 Cor da impressão Preta

Local de impressão Apenas na frente da folha, com exceção da folha de rosto que é utilizada na frente e no verso.

Tipo de letra Arial Tamanho da letra na capa e folha de rosto

Texto: 16 Título: 16 ou 18

Tamanho da letra no restante do trabalho

Texto: 12 Títulos: 14 Citações longas: 11 Notas de rodapé: 10

Margens

Superior: 3 cm Esquerda: 3 cm Inferior: 2 cm Direita: 2 cm

Page 81: Construindo Monografias

81

Recuos Epigrafes e dedicatórias: 7,5 cm Citações longas e texto da folha de aprovação: 4 cm Início de parágrafos: 1,25 cm ou 1 tab

Espaço entre linhas

Texto: De acordo com a ABNT, espaço duplo; porém, para os TCCs do UNASP, recomendamos o uso de espaço 1,5 Citações longas, epígrafes, notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações, tabelas, figuras, gráficos e ficha catalográfica: Simples Subtítulos: 2 X 1,5 entre o subtítulo e o texto que o precede e 1 X 1,5 entre o subtítulo e o texto que sucede

Notas de rodapé

Tamanho da letra: 10 Espaço entre linhas: Simples As notas de rodapé devem ser separadas do texto por uma linha de 3 cm de cumprimento, a partir da margem esquerda

Alinhamento

Títulos não numerados (errata, agradecimentos, resumo, abstract, listas, sumário, referências, apêndices, anexos e índice): centralizados Títulos numerados (parte textual): alinhados à esquerda Subtítulos (2º, 3º nível) numerados: alinhados à esquerda, sem recuo Texto: alinhamento justificado

Numeração

Títulos principais ou de 1º nível: 1, 2, 3... Subtítulos 2º nível: 1.1, 1.2, 2.1, 2.2, 3.1, 3.2... Subtítulos de 3º nível: 1.1.1, 1.1.2, 2.1.1, 2.1.2, 3.1,1, 3.1.2... Evitar subtítulos de 4º nível para cima (1.1.1.1) O título ou subtítulo é separado de seu respectivo número apenas por um espaço, não devem ser usados pontos, hífens e quaisquer outros recursos gráficos.

Paginação

Início da contagem: a folha de rosto será a primeira folha a ser contada, mas não será numerada. Início da numeração: a partir da primeira folha da parte textual, ou seja, a partir da primeira folha da introdução, não há, portanto, numeraçao no pré-texto, embora as folhas sejam contadas. Término da numeração: última folha do pós-texto Localização da numeração: canto superior direito da página Tipo de número: arábicos Tamanho do número: 10

Ilustrações, figuras, gráficos, quadros

Localização da ilustração: o mais próximo possível do texto que faz referência à ilustração. Identificação: em letra tamanho 12, abaixo da ilustração, apresentar o termo designativo (ilustração, figura, gráfico, quadro), seguido da numeração de ordem de ocorrência no texto e do título; se a identificação ocupar mais de uma linha, deve ser usado espaço simples. Indicação da fonte: caso o que estiver sendo apresentado não tenha sido elaborado pelo autor do trabalho, a fonte deve ser indicada na linha subseqüente à identificação da ilustração.

Page 82: Construindo Monografias

82

Tabelas

Localização da tabela: o mais próximo possível do texto a que se refere Identificação: em letra tamanho 12, acima da tabela, apresentar o termo designativo (tabela) seguido da numeração de ordem de ocorrência no texto e do título; se a identificação ocupar mais de uma linha, deve ser usado espaço simples. Indicação da fonte: caso a tabela não tenha sido elaborada pelo autor do trabalho, a fonte deve ser indicada, logo abaixo da tabela, alinhada á esquerda da tabela.

Fonte: Adaptado de ABNT, NBR 14724, 2002

5.4 Elementos Pré-textuais

O TCC, como toda monografia, é subdividido em três grandes partes: o

pré-texto, o texto e o pós-texto. Os elementos pré-textuais são todas as partes

que antecedem a introdução. Em geral são feitos depois que a parte textual do

TCC já está pronta. Alguns desses elementos são opcionais e, mesmo sendo

opcionais, são amplamente utilizados, especialmente aqueles de caráter

pessoal, tais como dedicatória, agradecimentos e epígrafe.

A seguir são apresentados comentários e instruções gerais sobre cada

um destes itens. Após esses comentários e antes de passarmos para a parte

textual do TCC, há um exemplo da parte pré-textual contendo os elementos em

geral incluídos em um TCC.

5.4.1 Capa

A capa deve contar as seguintes informações, exatamente nesta ordem: Nome da instituição: centralizado, em Arial maiúsculas, tamanho 16:

Centro Universitário Adventista de São Paulo;

Unidade da instituição: centralizado, em Arial maiúsculas, tamanho 16:

Campus Engenheiro Coelho, Campus Hortolândia ou Campus São

Paulo;

Título: centralizado, em Arial maiúsculas, negrito, tamanho 16 ou 18,

dependendo do tamanho do título;

Complementos do título: centralizados, em Arial maiúsculas, sem

negrito, tamanho 16; quando houver algum complemento, após o título,

deve-se acrescentar dois pontos após a última letra do título;

Page 83: Construindo Monografias

83

Nome completo do(s) autor(es): centralizado(s), em Arial maiúsculas,

sem negrito, tamanho 16;

Local: centralizado, em Arial maiúsculas, sem negrito, tamanho 16:

Engenheiro Coelho, Hortolândia ou São Paulo e estado (SP);

Ano: de entrega do trabalho, centralizado, em Arial maiúsculas, sem

negrito, tamanho 16.

5.4.2 Folha de Rosto

A folha de rosto é a única de todo o TCC que apresenta conteúdo na

frente e no verso. Na frente devem ser apresentadas as seguintes informações,

nesta ordem:

Nome completo do(s) autor(es): centralizado(s), em Arial maiúsculas,

sem negrito, tamanho 16;

Título: centralizado, em Arial maiúsculas, negrito, tamanho 16 ou 18,

dependendo do tamanho do título;

Complementos do título: centralizados, em Arial maiúsculas, sem

negrito, tamanho 16; neste caso, se houver algum complemento, após o

título, a existência desse complemento deve ser indicada

acrescentando-se dois pontos após a última letra do título;

Epígrafe descritiva do trabalho: localizada a 7,5 cm da margem, em

Arial 12, alinhamento justificado, fazendo uso de letras maiúsculas e

minúsculas, sem negrito e espaço simples entre as linhas; o texto da

epígrafe deve indicar o tipo do trabalho (Projeto de Pesquisa, Trabalho

de Conclusão de Curso, Projeto Experimental, Dissertação, Tese,

Monografia de Pós-Graduação), motivo pelo qual o trabalho foi realizado

(para aprovação em uma disciplina, para obtenção do bacharelado,

licenciatura ou especialização), área de concentração (curso) e nome da

instituição à qual o trabalho será submetido à avaliação (Centro

Universitário Adventista de São Paulo, Campus Engenheiro Coelho, ou

Campus Hortolândia, ou Campus São Paulo);

Page 84: Construindo Monografias

84

Nome completo do orientador: deve ser apresentada, a exemplo da

epígrafe descritiva, com um recuo de 7,5 cm. A respectiva titulação e o

nome do professor, deve ser antecedido pela indicação “Orientador:” ;

Local: centralizado, em Arial maiúsculas, sem negrito, tamanho 16:

Engenheiro Coelho, Hortolândia ou São Paulo;

Ano: de entrega do trabalho, centralizado, em Arial maiúsculas, sem

negrito, tamanho 16.

5.4.3 Ficha Catalográfica

A ficha catalográfica deverá ser impressa no verso da folha de rosto. A

elaboração de ficha catalográfica envolve conhecimentos técnicos de

biblioteconomia. Por isso, para elaborá-la, procure orientação junto à

coordenação de TCC do seu curso a fim de saber como proceder. Ao final

deste item (elementos pré-textuais) incluímos um exemplo dos elementos pré-

textuais, entretanto não colocamos a Ficha Catalográfica pois a confecção

desta ficha requer conhecimentos técnicos conforme mencionamos acima e

sua elaboração está, normalmente, a cargo da biblioteca do campus.

5.4.4 Errata

A errata é opcional. Mas, o que é errata e quando incluí-la? Se, depois

de impresso o trabalho, identifica-se ainda algum erro no texto, pode-se fazer

uso da errata. Ela serve para indicar ao leitor a presença de erros no texto,

indicando qual o erro, a forma correta e a localizaçao no texto. No alto da folha

aparece o título “Errata”, centralizado, Arial 14, negrito. Logo abaixo, apresente

a errata da seguinte maneira:

Página Linha Onde se lê Leia-se

43 12 Constituisse constitui-se 52 1 Finalmnte Finalmente,

Apesar da possibilidade de utilização da errata, deve-se considerar que

a página da errata deverá ser contada, apesar de não numerada, o que alterará

a numeração de todo o texto e que, como os erros para aparecerem na errata

Page 85: Construindo Monografias

85

deverão estar localizados, talvez seja mais simples corrigir os erros no texto.

Vale ainda ressaltar que uma errata contendo erros mais sérios, ou muito

extensa, acaba por desqualificar todo o texto. O melhor é não terminar o

trabalho às pressas a fim de que haja tempo para se fazer uma boa revisão do

texto antes de entregá-lo.

5.4.5 Folha de Aprovação

A folha de aprovação não deve ser titulada, Arial 14, sem negrito. Deve

ser colocado, no alto, com um recuo de 4 cm, um texto semelhante ao que se

segue (justificado, espaço 1,5)):

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado por

Lucélia Priscila Rodrigues, para obtenção do

título de Bacharel em Nutrição, sob o título

“Culinária brasileira: um estudo sobre o uso do

gengibre na culinária do sul do Brasil”,

apresentado e aprovado no dia 20 novembro de

2006, por banca composta pelos seguintes

membros:

Após este pequeno texto você deverá incluir as linhas para assinatura

dos membros da banca. Abaixo de cada linha, deve constar o nome do

componente da banca, precedido da respectiva titulação. O primeiro nome da

lista de assinaturas deve ser do professor orientador, seguido pelo avaliador.

Utilize o espaço disponível da folha completamente, distribuindo bem os nomes

dos componentes da banca. Assim, haverá espaço para assinaturas grandes.

5.4.6 Dedicatória

A dedicatória é opcional e, assim como a folha de aprovação, também

não é titulada. Trata-se de um texto, em geral curto, de caráter sentimental, no

Page 86: Construindo Monografias

86

qual o autor dedica o trabalho a alguma instituição ou a alguém. O texto deve

aparecer na parte inferior da folha, com 7,5 cm de recuo, à margem direita e

com alinhamento justificado, Arial 14, sem negrito.

5.4.7 Agradecimentos

Também é opcional. Recomenda-se que a menção seja feita a pessoas

ou instituições que contribuíram diretamente para a realização do trabalho e

pessoas que de forma indireta foram importantes para a concretização do

trabalho. Considere que deixar de agradecer a uma instituição ou empresa que

abriu as portas para a realização da pesquisa, ou àqueles que deram suporte

técnico e operacional (como coordenação do curso, coordenação de TCC,

instituição de ensino superior, professores do curso, professor orientador),

indica no mínimo falta de humildade e maturidade acadêmica e profissional.

No alto da folha indica-se “Agradecimentos”, centralizado, Arial 14,

negrito. Logo após o título, vêm os agradecimentos, que podem ser

apresentados na forma de um texto corrido, ou em tópicos, como uma lista.

5.4.8 Epígrafe

Trata-se de mais um elemento opcional e não deve ser titulado. A

epígrafe deve aparecer na parte inferior da página, com um recuo de 7,5 cm,

junto à margem direita e com alinhamento justificado, Arial 14, negrito. Em

geral são usados para epígrafe pensamentos, provérbios, uma frase célebre,

trecho de música ou de algum texto. É interessante que, de alguma maneira,

se estabeleça uma relação entre a epígrafe e a idéia central do trabalho. Deve

ser apresentada entre aspas, em negrito e, ao final, entre parênteses, a autoria.

5.4.9 Resumo

No alto da página indique o título “Resumo”, centralizado, Arial 14,

negrito. O resumo deve ser um texto composto por frases preferencialmente

curtas. A primeira frase deve deixar claro o tema do trabalho. O restante do

Page 87: Construindo Monografias

87

resumo deve apresentar os objetivos do trabalho, quais os principais

fundamentos teóricos, os direcionamentos metodológicos mais importantes e

os resultados e conclusões mais relevantes. O texto deve ser apresentado num

único parágrafo justificado, Arial 12, sem negrito, espaço 1,5 e deve ter no

mínimo 150 e no máximo 500 palavras, ou seja, não deve ocupar mais do que

uma página. O resumo não deve conter minúcias sobre o trabalho, mas deve

apresentar aspectos gerais sobre a pesquisa e despertar o interesse no leitor

pelo trabalho. O resumo deve ser seguido de palavras representativas do

conteúdo do trabalho, ou seja, palavras chave.

5.4.10 Resumo em Língua Estrangeira

É a tradução do resumo para outro idioma (inglês, francês, espanhol,

italiano, etc.). A forma de apresentação e formatação é a mesma do resumo

em português, com a diferença de que o título no alto da página e centralizado

será “Abstract”, se for em inglês, “Résumé”, em francês, “Resumen”, em

espanhol, “Abstract”, também, se for em italiano. Atenção: o resumo em língua

estrangeira será definido como elemento obrigatório ou não pelo coordenador

de TCC de teu curso. Portanto, para alguns cursos este resumo será

obrigatório e para outros cursos será opcional. Certifique-se sobre a

obrigatoriedade ou não com o coordenador de TCC de teu curso. É importante

destacar que a mera tradução por meio eletrônico não garante confiabilidade

ao texto traduzido, portanto evite cometer erros grosseiros que este tipo de

tradução sempre deixa escapar; se o resumo em língua estrangeira é elemento

obrigatório, certifique-se que a tradução está adequada.

5.4.11 Listas

A existência das listas está condicionada à quantidade de elementos a

serem listados. Se o seu trabalho apresenta até quatro itens que comporiam

uma lista, então não será necessário apresentá-la. Porém, quando há cinco ou

mais elementos, a inclusão de uma lista é obrigatória.

Page 88: Construindo Monografias

88

Se o trabalho requer a inclusão de listas, então o título “Lista de

ilustrações”, ou “Lista de figuras”, ou “Lista de gráficos”, ou “Lista de tabelas”,

ou “Lista de abreviaturas e siglas”, ou “Lista de símbolos” deve aparecer no alto

da página, centralizado, Arial 14, negrito. A lista deve mencionar os itens, na

mesma ordem que aparecem no trabalho, com a respectiva indicação da

página onde aparece no texto. Uma lista é como um sumário, indicando o item

e a página, exceção feita para a lista de símbolos e lista de abreviaturas e

siglas, que não requer a indicação do número da página, estas devem ser

apresentadas em ordem alfabética e apresentar o símbolo, a abreviação ou a

sigla, acompanhada de seu significado por extenso.

5.4.12 Sumário

De acordo com a ABNT, NBR6027, sumário é uma “Enumeração das

divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma ordem e grafia

em que a matéria nele se sucede.” Cuidado: índice não é sinônimo de

sumário. A mesma norma (NBR 6027) define índice como “Lista de palavras ou

frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as

informações no texto.” (2003, p. 2). Portanto, enquanto o sumário apresenta os

diversos capítulo e suas subdivisões, na ordem em que aparecem no texto, o

índice serve apenas para localizar palavras, frases ou expressões presentes no

texto, independentemente de sua ordem de apresentação. Uma das formas

mais comuns para a utilização do índice é organizar as palavras ou frases em

ordem alfabética.

A página de sumário deve iniciar com o título “Sumário” no alto da

página, centralizado, Arial 14, negrito. No sumário devem estar listados todos

os itens que o sucedem, ou seja, todos os elementos do trabalho até aqui

apresentados (pré-texto) não devem ser incluídos no sumário.

Também deve ser indicada no sumário a subordinação existente entre

os diversos títulos e subtítulos. Isso deve ser feito através da numeração, que

já indica a subordinação dos itens e da apresentação tipográfica do texto.

Portanto, além da numeração (1 TÍTULO, 1.1 Subtítulo), a subordinação dos

subtítulos aos títulos deve ser evidenciada por meio de recuos. Nas próximas

Page 89: Construindo Monografias

89

páginas você poderá ver um exemplo contendo todos os elementos pré-

textuais.

Page 90: Construindo Monografias

90

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO CAMPUS ENGENHEIRO COELHO

CURSO DE LETRAS

O USO DO SIMBOLISMO NA LITERATURA BRASILEIRA: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE

JOSÉ DE ALVARENGA E GRACILIANO RAMON

RICARDO JEFFERSON VALÉRIO

ENGENHEIRO COELHO - SP 2006

Page 91: Construindo Monografias

91

RICARDO JEFFERSON VALÉRIO

O USO DO SIMBOLISMO NA LITERATURA BRASILEIRA: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE

JOSÉ DE ALVARENGA E GRACILIANO RAMON

Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção do título de licenciatura em Letras, pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho Orientador: Ms. Luis Inácio Cardoso

ENGENHEIRO COELHO - SP 2006

Page 92: Construindo Monografias

92

ERRATA

Página Linha Onde se lê Leia-se 43 12 constituise constitui-se 52 1 Finalemnte Finalmente, 55 21 Luisia Luzia 57 15 Noueira Nogueira 60 6 Moore MOORE

Page 93: Construindo Monografias

93

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado por

Ricardo Jefferson Valério, para obtenção do título

de Licenciatura em Letras, sob o título “O uso do

simbolismo na literatura brasileira: um estudo

comparativo entre José de Alvarenga e Graciliano

Ramon”, apresentado e aprovado no dia 20

novembro de 2006, por banca composta pelos

seguintes membros:

Prof. Ms. Luis Inácio Cardoso

Prof. Dr. Fernando Henrique da Silva

Page 94: Construindo Monografias

94

Dedico este trabalho ao meu

saudoso avô, de quem aprendi

que com as palavras posso

expressar tudo que preciso e

desejo.

Page 95: Construindo Monografias

95

AGRADECIMENTOS

Este trabalho é resultado da colaboração de diversas pessoas e

organizações. Por isso agradeço em especial:

• Ao prof. Ms. Luis Inácio Cardoso, pelo incentivo e orientação precisa;

• Ao prof. Ms. Geraldo Sarney que disponibilizou, de seu acervo pessoal,

cópias das primeiras edições das obras analisadas neste estudo;

• À profa. Heloisa Helena Frossard, bibliotecária da Biblioteca Dr. Enoch

de Oliveira, por ter permitido o acesso ao acervo de obras raras e

antigas, essenciais para a realização deste estudo;

• Aos professores do curso de Letras do UNASP, campus Engenheiro

Coelho, por todo conhecimento transmitido e que foi devidamente

aplicado neste trabalho;

• Ao Jânio Quadrado, ao José Dirceu Maluf e ao Paulo Salim Brizola, que

ao criticarem este trabalho demonstraram não apenas competência e

profissionalismo, mas também coleguismo e amizade;

• Ao UNASP, Campus Engenheiro Coelho, pelo ambiente aprazível ao

aprendizado e pelos recursos disponibilizados para a realização deste

estudo;

• A Deus, que permitiu a conjunção de todas as pessoas e recursos

necessários para a realização deste trabalho.

Page 96: Construindo Monografias

96

“Água mole em pedra dura, tanto

bate até que fura.”

(Dito Popular)

Page 97: Construindo Monografias

97

RESUMO

O simbolismo utilizado na linguagem escrita foi o foco deste trabalho. O

objetivo era comparar a simbologia utilizada em dois períodos distintos da

literatura brasileira. No período do romantismo foram analisadas as obras de

José de Alvarenga e no período do modernismo as obras de Graciliano Ramon.

Como critérios de avaliação foram utilizados não apenas a quantidade de

recursos simbólicos utilizados por cada autor, mas também a qualidade desses

símbolos. O método utilizado para tanto foi o da pesquisa bibliográfica e

documental, através de análise das obras desses autores, em suas edições

primeiras, bem como através de comentários literários feitos a respeito dessas

obras. Quando comparados os dois períodos, foi possível constatar o uso de

simbologia em maior número nas obras do romantismo de José de Alvarenga.

Nas obras modernistas de Graciliano Ramon a menor número de simbologias é

compensado pela maior elaboração e complexidade dos símbolos utilizados.

Diante disto é possível concluir que, a julgar pelas obras dos dois principais

expoentes dos dois períodos analisados, com o passar do tempo o uso de

símbolos na linguagem da literatura brasileira tem diminuído quantitativamente

e melhorado qualitativamente.

Palavras-chave: Literatura brasileira – Simbolismo, Literatura brasileira –

Romantismo.

Page 98: Construindo Monografias

98

ABSTRACT

Simbolism within written language was the focus of this paper….o texto

continua em inglês. Deve ser uma tradução fiel do texto em português, seguido

de Key-words.

Page 99: Construindo Monografias

99

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – José de Alvarenga em 1850.......................................................... 15 Figura 2 – Graciliano Ramon em 1925........................................................... 17 Figura 3 – Capa da primeira edição de “A garra do leão” de José de

Alvarenga....................................................................................... 37

Figura 4 - Capa da primeira edição de “Ludmilla” de José de Alvarenga....... 39 Figura 5 - Capa da primeira edição de “O tupy” de José de Alvarenga......... 41 Figura 6 - Capa da primeira edição de “Ubiratam” de José de Alvarenga..... 43 Figura 7 - Capa da primeira edição de “Iraci” de José de Alvarenga............. 45 Figura 8 - Capa da primeira edição de “Caetanos” de Graciliano Ramon...... 49 Figura 9 - Capa da primeira edição de “Noites em claro” de Graciliano Ramon............................................................................................................

53

Figura 10 - Capa da primeira edição de “Jornada” de Graciliano Ramon...... 55 Figura 11 - Capa da primeira edição de “Curvas retas” Graciliano Ramon.... 67 Figura 12 - Capa da primeira edição de “Aristóteles e outros filósofos”

Graciliano de Ramon................................................................... 69

Page 100: Construindo Monografias

100

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................... 12

2 OBJETIVOS............................................................................ 14

3 JUSTIFICATIVA.................................................................................. 15

4 METODOLOGIA...................................................................... 17

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................... 20

6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS........................... 36

7 CONCLUSÃO ......................................................................... 60

REFERÊNCIAS.......................................................................... 63

APÊNDICE A – Título do apêndice.......................................... 64

APÊNDICE B – Título do apêndice.......................................... 65

ANEXO A – Título do anexo..................................................... 66

Page 101: Construindo Monografias

101

5.5 Elementos Textuais

Conforme apresentado no exemplo de sumário apresentado, nota-se

que a estruturação da parte textual do TCC é muito semelhante à estruturação

do projeto. Por isso, um bom projeto é a melhor forma de se iniciar um bom

TCC.

5.5.1 Introdução

Pode ser chamada também de Apresentação, mas refere-se ao mesmo

conteúdo. A introdução do projeto pode ser adotada como um ponto de partida.

Verifique se o tema e o problema de pesquisa do TCC, se comparados aos

apresentados no projeto, continuam os mesmos. Se houve alguma mudança

entre o projeto e o TCC, faça os devidos ajustes e alterações necessárias,

reescrevendo o que for necessário. Mas, caso a proposta apresentada no

projeto tenha sido seguida à risca, provavelmente a introdução do projeto

possa ser utilizada como introdução do TCC.

Independentemente das particularidades de cada curso, é sempre

aconselhável que, antes de apresentar a pergunta do problema de pesquisa,

esteja claro qual é a linha de pensamento teórica e/ou prática que o levou a

formular a pergunta. Consulte sempre o seu orientador sobre o que manter, o

que mudar e o que incluir na sua introdução do projeto, para que ela possa ser

usada como introdução do TCC.

5.5.2 Desenvolvimento

Conforme descrito no Quadro 1 (elementos da monografia) o

Desenvolvimento do TCC deverá incluir cinco itens ou capítulos: Objetivos,

Justificativa, Metodologia, Revisão Bibliográfica e Apresentação e Análise dos

Dados. Boa parte do texto do projeto também será aproveitada aqui, entretanto

o último item (Apresentação e Análise dos Dados) será uma parte nova. A

seguir estão descritos cada um destes itens.

Page 102: Construindo Monografias

102

5.5.2.1 Objetivos

Outra vez, retome os objetivos do projeto. A exemplo da introdução,

verifique se os objetivos apresentados no projeto continuam pertinentes com os

rumos que a pesquisa tomou durante a execução. Em geral, se houver alguma

alteração no problema de pesquisa, isso leva também a alterações nos

objetivos, principalmente no objetivo geral.

Uma situação bastante comum é quando um ou mais dos objetivos

específicos apresentados no projeto não são realizados até o final da pesquisa.

Quando isso ocorrer consulte sempre o seu orientador para decidir o que fazer.

5.5.2.2 Justificativa

No projeto de pesquisa a justificativa revelou a razão do estudo em

questão. Agora que a pesquisa está pronta volta-se a ela indicando a finalidade

do trabalho, justificando e esclarecendo sob que ponto de vista o assunto é

tratado. Pode-se fazer referência aos tópicos principais do texto, sempre

mostrando a relevância científica do trabalho, a relevância social, o interesse

do pesquisador e finalmente a sua viabilidade. A justificativa é relevante porque

muitas vezes contribui diretamente na aceitação da pesquisa por alguma

agência financiadora como CAPES, CNPQ e FAPESP. É possível que o autor

da pesquisa exponha algum aspecto relacionado à sua experiência em relação

ao tema estudado, destacando sua relevância. Medeiros (2004, p. 266) cita

alguns exemplos:

“Em minha experiência como aluno do curso de Ciências Contábeis...”

“Minha experiência de redator de textos jornalísticos...”

Por fim acrescentamos que, na justificativa, pode-se pontuar as

contribuições teóricas e práticas da pesquisa:

“Este trabalho científico é relevante para a confirmação de teorias que

mostram aos interessados em obesidade infantil...”

Page 103: Construindo Monografias

103

O texto da justificativa é sempre pessoal, o que não exclui a

possibilidade de usar citações diretas ou indiretas. A idéia aqui é convencer o

leitor, portanto, o pesquisador tem aqui a oportunidade de testar seu

conhecimento e sua habilidade em argumentar coerentemente, utilizando

recursos adequados e suficientes para que atinja este objetivo de convencer o

leitor do valor de seu trabalho. Pense como responder à questão: porque este

trabalho é importante? Ou ainda, suponha que este trabalho será avaliado para

concorrer a uma bolsa de estudos no exterior, quais argumentos seriam

apresentados para destacar a importância da realização deste estudo?

5.5.2.3 Metodologia

Continue usando o texto do projeto como referência. Contudo, em

relação à metodologia o projeto servirá apenas como roteiro sobre os tópicos a

serem tratados (abordagem da pesquisa, sujeitos da pesquisa, procedimentos

de coleta de dados, instrumento de coleta de dados, procedimentos de

organização e análise dos dados). Lembre-se que no projeto, como era um

planejamento de procedimentos futuros de pesquisa, os verbos foram

conjugados no futuro. Agora, no TCC, a metodologia assume uma

característica mais de relatório, ou descrição de como a pesquisa foi

conduzida, portanto, os verbos devem ser conjugados no passado. É bastante

recomendável contar como tudo de fato aconteceu. Isso inclui os problemas

enfrentados na coleta de dados e como esses problemas foram solucionados.

Não poupe detalhes. Apresente justificativas plausíveis e metodologicamente

fundamentadas para todas as decisões tomadas. Em muitos trabalhos, é na

metodologia que o trabalho ganha credibilidade, especialmente no caso dos

trabalhos que envolvem pesquisa de campo ou laboratório.

5.5.2.4 Revisão Bibliográfica

Após a revisão bibliográfica realizada para o projeto, provavelmente para

o TCC será necessário apenas atualizá-la com informações mais recentemente

publicadas. É importante destacar que é a revisão bibliográfica que apresenta

Page 104: Construindo Monografias

104

os fundamentos teóricos de todo o trabalho. Se considerarmos que não há

trabalho científico sem fundamentação teórica, fica bastante evidente o peso e

relevância desta parte do trabalho.

As principais funções da revisão bibliográfica são (ROESCH, 2005):

• apontar soluções alternativas para o problema de pesquisa;

• contextualizar o problema de pesquisa dentro da discussão teórica atual;

• identificar métodos e instrumentos de análise apropriados;

• assegurar a originalidade do trabalho;

• proporcionar precisão conceitual;

• promover consciência crítica.

De acordo com Roesch (2005) é preciso ter algum critério para definir o

conteúdo a ser apresentado no texto da revisão bibliográfica. Para auxiliá-lo

nesta tarefa, transformamos as orientações de Roesch em perguntas:

• Este conteúdo ajuda a esclarecer as origens do problema de pesquisa

do TCC?

• Este conteúdo está em sintonia com os objetivos do TCC?

• Este conteúdo ajuda a demonstrar a relevância de se pesquisar sobre o

assunto escolhido para o TCC?

• Este conteúdo me ajuda a perceber e entender as opções de

metodologia disponíveis para tratar com o problema de pesquisa do

TCC?

• Este conteúdo me ajuda e identificar procedimentos de coleta e análise

de dados mais usados, ou mais adequados para o problema de

pesquisa do TCC?

• Este conteúdo esclarece ou define os termos e conceitos básicos e

essenciais para a pesquisa?

• Este conteúdo descreve modelos e teorias que me ajudam a sair da

superficialidade das aparências do problema de pesquisa do TCC?

• Este conteúdo permite comparação, discussão e analise crítica entre

diferentes autores sobre o tema do TCC?

Existem dois erros mais comuns nas revisões bibliográficas: um texto

extenso demais que divaga sobre diversos assuntos e não tem foco no

Page 105: Construindo Monografias

105

problema de pesquisa e objetivos propostos; ou o outro extremo, um texto

muito sucinto, pobre e superficial, anote e evite cometê-los.

Contudo, de acordo com Roesch (2005), e a nossa experiência nesses

anos de orientação de TCC confirma, ainda há outros erros bastante comuns

de serem encontrados nas revisões bibliográficas. Para que você não seja uma

vítima desavisada, esses erros costumam ser os seguintes:

• a revisão bibliográfica se resume a cópia pura e simples de textos de

outros autores, às vezes, sem nem copiá-los numa ordem lógica e que

faça sentido;

• o autor não faz uso de subtítulos para organizar e separar os diversos

conteúdos;

• o autor usa subtítulos em excesso, abrindo subtítulos para escrever

duas linhas ou, o que é pior, não apresenta texto algum entre títulos e

subtítulos;

• o autor não se preocupa em fazer frases de conexão entre os diversos

conteúdos, títulos e subtítulos, tornando difícil ao leitor entender que

lógica de pensamento foi usada;

• o autor apresenta páginas e páginas de conteúdo sem indicar as fontes;

lembre-se que não são apenas os trechos copiados que precisam ter

suas fontes reconhecidas; todas as idéias que não são suas, mesmo

que escritas com as suas próprias palavras precisam de indicação das

fontes;

• as normas de como fazer citações são desconsideradas ou mal

aplicadas.

É importante ressaltarmos que a forma e estilo de redação fazem toda a

diferença na revisão bibliográfica.

5.5.2.5 Apresentação e Análise de Dados

Nesta etapa o pesquisador mostrará evidências concretas que

possibilitaram a visualização dos resultados obtidos e de como estes foram

alcançados. Ao redigir este capítulo o pesquisador deve ter em mente que

Page 106: Construindo Monografias

106

deverá relatar detalhadamente o resultado de seu experimento. Os dados

devem ser apresentados em conformidade com sua análise estatística,

incorporando no seu texto tabelas, gráficos, quadros e outras ilustrações que

facilitarão a compreensão do leitor. Note que apenas os gráficos ou tabelas

sem texto são absolutamente indesejáveis, pois estes recursos servem como

um auxílio na compreensão do texto, servindo para deixar o texto mais

transparente. Lembrando que a função deste relato é demonstrar as evidências

a que se chegou com a pesquisa e para tanto se faz necessário que todos os

dados pertinentes sejam apresentados, mesmo que algum resultado seja

inconclusivo.

No projeto, assunto do capítulo anterior, o autor apresenta como está

planejando coletar os dados para confirmação ou negação de sua hipótese, já

na apresentação e discussão do TCC, o planejamento já foi executado,

portanto, é o momento de relatar o que foi feito. Após a apresentação dos

dados faz-se a análise dos dados coletados. Roesch (2005, p. 189) lembra que

os dados poderão ser cruzados a fim de possibilitar a identificação de pontos

críticos, problemas, descobertas etc. Os resultados também podem ser

comparados com outros projetos ou situações. Em alguns casos, pode-se

analisar os resultados à luz de modelos teóricos sobre o tema.

Na apresentação e análise dos resultados o pesquisador deve relatar,

obviamente, o que for de interesse da pesquisa, pois, por vezes, de posse de

informações diversas o trabalho acaba por apresentar detalhes dispensáveis.

Cabe ressaltar então a presença do orientador que poderá ajudar no recorte

das informações pertinentes para que o texto não se torne cansativo. As

análises estatísticas podem ser feitas por estatísticos que não seriam

necessariamente o próprio autor do trabalho, contudo, é oportuno um cuidado

especial a fim de que o autor da pesquisa compreenda as análises para que

possa discorrer sobre as mesmas em seu discurso oral e escrito.

Apresentar e analisar os dados coletados é um momento especial do

trabalho científico porque o pesquisador se depara com o resultado de uma

etapa trabalhosa, que pode apresentar agradáveis surpresas.

É sobremodo indispensável ter sempre à mão os objetivos da pesquisa

no momento em que o texto da apresentação e análise dos resultados estiver

sendo redigido. É uma cadeia que possui uma ordem a ser seguida, e dela

Page 107: Construindo Monografias

107

depende o sucesso do pesquisador ao comunicar os resultados de sua

pesquisa. Se os resultados apontarem para uma direção oposta em relação

aos objetivos do trabalho, há um problema sério na sistematização do TCC.

Há que se observar que diferentes formas de pesquisa evidenciarão

diferentes estruturas de dados. Por exemplo, uma pesquisa onde se faz uma

investigação quantitativa, os dados são bastante evidentes, mensuráveis e a

criação de tabelas e gráficos parece bastante pertinente, entretanto, há outros

tipos de pesquisa. Se a pesquisa for histórica, documental ou uma revisão de

literatura, os dados podem não se mostrar tão evidentes e quantificáveis,

assim, neste capítulo o autor deverá evidenciar quais são os elementos

identificados em sua investigação, quer tenha a natureza quantitativa ou

qualitativa e fazer a devida análise de tais dados. Se julgar por bem, esta parte

do trabalho pode estar dividida em mais de um capítulo.

Conforme mencionamos anteriormente, a utilização de gráficos, tabelas,

figuras, mapas ou outras imagens sempre enriquecem o texto, assim o uso

destas ilustrações não deve nunca excluir o texto, mas complementá-lo.

A forma de se apresentar as tabelas, quadros, gráficos ou outras figuras

deve seguir o padrão apresentado a seguir. “As tabelas podem ser construídas

por séries de elementos cronológicos, temporais, geográficos, de qualidade,

mista ou conjugada” (TRALDI, 2006, p. 45). As informações necessárias para a

compreensão da tabela devem estar apresentadas de forma clara e objetiva na

própria tabela. Uma tabela tem as linhas horizontais e verticais, mas não é

fechada nas laterais. A tabela deve conter um título (deve haver relação com o

conteúdo), precedido do número da tabela (exemplo: Tabela 1 Número de

pacientes ambulatoriais atendidos mensalmente por gênero), informação sobre

a forma de se avaliar, medir, ou interpretar o que está sendo apresentado,

informação acerca do fenômeno estudado e menção da fonte de onde foi

extraída (caso não tenha sido criada pelo autor da monografia). No texto o

autor deve fazer menção sobre a tabela para dirigir o leitor até ela, não

deixando a tabela solta no texto. As tabelas devem ser numeradas (algarismos

arábicos) em ordem crescente. A diferença entre tabela e quadro, é que este é

fechado nas laterais e a tabela além de não ser fechada nas laterais, tem traço

duplo em seu limite superior. Já uma figura (gráficos, fotografias, mapas,

desenhos, ilustrações são todos denominados como figura) tem o título

Page 108: Construindo Monografias

108

0

5

10

15

20

25

30

35quantidade de alunos

11 12 13 14 15 16 17 idade(anos)

colocado abaixo e não tem moldura, mantendo a mesma forma de numeração.

Veja os exemplos a seguir.

Tabela 1 Número de pacientes ambulatoriais atendidos mensalmente por gênero

GÊNERO MÊS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

Masculino 155 (45,99%) 170 (45,57%) 167 (44,89%) 172 (46,36%)

Feminino 182 (54,01%) 203 (54,43%) 205 (55,11%) 199 (53,64%)

Total 337 373 372 371

Fonte: mencionar quando o autor da tabela não for o mesmo da monografia

Quadro 1 Contratos de trabalho de professores

Tipo de contrato Forma de pagamento

Professor A1 Pagamento por hora aula ministrada

Professor DP Pagamento por dedicação parcial (20 horas aula)

Professor DI Pagamento por dedicação integral (40 horas aula)

Fonte: mencionar quando o autor do quadro não for o mesmo da monografia

Figura 1 Quantidade de alunos com sobrepeso por idade

Fonte: mencionar quando o autor do quadro não for o mesmo da monografia

Page 109: Construindo Monografias

109

5.5.3 Conclusão

Neste capítulo o autor deverá fazer um breve resumo do trabalho,

apresentando uma idéia conclusiva que fornecerá condições de se elucidar

aspectos importantes que trarão condições de responder ao problema inicial de

pesquisa enfocado na introdução. Este capítulo poderá também ser chamado

de Considerações Finais, o que não faz alterar seu conteúdo. Todos os

capítulos da monografia devem ter relação com o problema de pesquisa, assim

sendo, a conclusão deve decorrer da discussão.

Os itens que não devem faltar na conclusão são:

• Comparação entre os resultados e as hipóteses: neste momento embora

já se tenha confirmado ou refutado as hipóteses é interessante compará-

las com os resultados traçando um paralelo conclusivo.

• Confronto entre os objetivos do trabalho e as conquistas alcançadas:

agora que o autor terminou a pesquisa é possível olhar os objetivos

iniciais diante das vitórias conquistadas no decorrer do mesmo.

• Exame da ligação existente entre os fatos verificados e a revisão

bibliográfica: aqui o autor pode relacionar a prática com a teoria, ou seja,

as informações adquiridas a partir do que já está publicado sobre o

assunto e a sua vivência, as informações adquiridas com a aplicação da

pesquisa.

• Contribuição do estudo para a ciência: agora de posse dos resultados, o

autor pode constatar o valor de seu trabalho para a ciência e para a

sociedade na qual ele se insere. Na prática, em que área o trabalho será

melhor utilizado?

• Limitações do estudo: Faz-se menção aqui às opções metodológicas

para o determinado estudo. Não se trata de erros cometidos pelo

pesquisador. São exemplos de limitações: tamanho da amostra, opção

de amostragem e etc. Portanto, pode-se começar este item (as

limitações) discutindo os aspectos que limitaram as generalizações dos

resultados, como por exemplo, a característica no processo do

instrumento de coleta de dados.

Page 110: Construindo Monografias

110

• Sugestões para outros estudos: São percursos para novas pesquisas

relacionadas ao mesmo fenômeno ou que tenham ligação a ele. Estas

sugestões podem ter origem em novas questões que tenham se

originado durante o desenvolvimento da pesquisa. Até porque não

podemos esquecer de que a ciência é fruto do aumento de uma

pesquisa após outra, sempre se atentando para os resultados

anteriores.

5.6 Elementos Pós-textuais

Os elementos pós-textuais são todos aqueles que sucedem a conclusão

do seu TCC. Com exceção das referências, que é obrigatória, todos são

opcionais. Outra característica aos elementos pós-textuais é que você não

numera mais os títulos, apenas as páginas. A seguir você encontrará o que são

esses elementos e como elabora-los.

5.6.1 Referências

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (NBR

6023: 2002 p. 2), referências “é o conjunto padronizado de elementos

descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação

individual”. Numa linguagem mais simples pode-se dizer que se trata de uma

listagem de autores utilizados em sua pesquisa. São as obras que você de fato

citou no texto. Todas as obras citadas no texto de sua monografia devem

constar na listagem de referência. Afinal nenhum texto científico sai da cabeça

de um autor isolado no mundo. Quando você escreve um trabalho científico

que pode ser um projeto de pesquisa, um trabalho de conclusão de curso, uma

monografia etc., irá se referir muitas vezes a outros autores. É imprescindível

que se permita ao leitor encontrar os textos com os quais você está

interagindo. Além de livros, revistas, ou seja, material impresso, nas referências

podem constar periódicos eletrônicos, CDs, DVDs, partituras, notas de aulas,

seminários, worshops, entre outros, desde que citados. Para cada tipo de

Page 111: Construindo Monografias

111

material há uma maneira peculiar de referenciá-lo. Consulte o capítulo VII deste

manual que trata em detalhes sobre como fazer as referências.

5.6.2 Glossário

O glossário será recomendável se no texto do TCC forem usadas muitas

palavras ou termos altamente técnicos ou de significado obscuro. Neste caso,

deve-se colocar no alto da folha o título “Glossário”, centralizado, Arial 14,

negrito. Abaixo do titulo, deve aparecer a lista de palavras em ordem alfabética.

Cada palavra deverá estar acompanhada de sua respectiva definição.

5.6.3 Apêndices

Os apêndices são documentos produzidos pelo próprio autor do TCC.

Vamos supor que tenha sido produzido pelo autor, diversas tabelas com

tratamento estatístico de dados. Ao escrever a parte de apresentação e análise

de dados você conclui que nem todas essas tabelas precisam ser

apresentadas na parte textual do trabalho. Provavelmente a apresentação de

todas as tabelas ocuparia muito espaço, tornaria a leitura muito cansativa e,

além disso, você percebe que seria possível atender aos objetivos da pesquisa

e obter os argumentos principais sem a sua apresentação na íntegra.

Contudo, no seu texto da apresentação e análise de dados, você precisa

mencionar a existência dos dados existentes nessas tabelas. Alguns leitores

provavelmente desejarão ver essas tabelas e os dados nelas contidos. Outros

leitores não se interessarão. Mas, para aqueles que desejarem ver esses

dados, a falta deles no trabalho pode fazer toda a diferença para que entendam

ou fiquem confusos sobre as análises e conclusões do seu TCC. É para essas

situações que existem os apêndices: para que se inclua o material que pode

ser consultado por algum leitor, pertinente ao trabalho, mas não essencial.

Pode-se incluir um ou mais apêndices, onde o leitor que assim desejar, poderá

consultar os dados na íntegra.

Obviamente os apêndices não servem apenas para incluir tabelas com

dados estatísticos. Podem ser incluídos textos, cartas, figuras, desenhos,

Page 112: Construindo Monografias

112

gráficos, mapas, plantas, organogramas, fluxogramas, enfim, o que for

necessário. Porém, tudo que estiver nos apêndices deve ser citado na parte

textual do seu TCC. Ou seja, você deve indicar ao leitor, que ele poderá

encontrar o material nos apêndices e deverá também indicar em qual apêndice,

se houver mais de um. Por exemplo:

Foram realizadas 12 entrevistas semi-estruturadas. Para tanto foi

elaborado um roteiro de entrevistas (Apêndice A).

Os apêndices devem ser identificados sempre por letras maiúsculas

consecutivas (Apêndice A, Apêndice B, Apêndice C). No sumário você deverá

indicar todos os apêndices e, no final do trabalho, todos devem ser

identificados no alto da folha, com título centralizado, Arial 14, negrigo, da

seguinte forma:

APÊNDICE A – Roteiro de entrevistas

Se dentre os apêndices houver um que seja folha já impressa, na qual

não seja possível incluir o título da maneira como foi exemplificada, então

pode-se colocar uma folha com a identificação do apêndice em destaque bem

no centro, como se fosse uma capa do apêndice. Logo após esta folha deve-se

seguir o documento.

5.6.4 Anexos

As situações de uso e os procedimentos para inclusão de anexos são os

mesmos dos apêndices. Há apenas uma diferença entre apêndices e anexos:

Os anexos são documentos elaborados ou criados por outra pessoa. Ou seja,

se há algum documento que se deseja deixar à disposição para que o leitor

possa consultar e esse documento tenha uma autoria diferente da autoria do

TCC, então, deve-se colocá-lo como anexo.

Page 113: Construindo Monografias

113

Os anexos também devem ser identificados com letras maiúsculas

consecutivas, exatamente da mesma maneira que os apêndices. Basta apenas

usar o termo Anexo ao invés de Apêndice.

5.6.5 Índice

O índice deve ser identificado no alto da página, com letras maiúsculas,

centralizado, Arial 14, negrito. O que deve conter um índice já foi apresentado

quando da explicação do sumário.

5.7 Sugestões Sobre a Apresentação

Temos visto, nas apresentações de TCC, alguns equívocos que podem

ser evitados facilmente, desde que se observem alguns detalhes importantes.

Assim, colocamos a seguir uma série de sugestões e advertências que servirão

para melhorar a qualidade da apresentação orall e também do trabalho escrito.

No dia da apresentação oral do trabalho considere:

• apresentação pessoal – a maneira como o aluno se apresenta pode

representar o valor que se dá ao trabalho;

• saudação – ao treinar sua apresentação, não esqueça de incluir um

rápido cumprimento (bom dia / boa noite) à banca examinadora;

• se você estiver usando apresentação com projetor multimídia ou outra

forma de apresentação visual, não esqueça de incluir no slide de

abertura o título do trabalho, o nome dos autores, o nome do orientador

e Centro Universitário Adventista de São Paulo;

• se julgar conveniente, inclua os autores como rodapé nos outros slides;

• enquanto estiver falando, procure olhar para a banca examinadora, isto

o aproxima da banca;

• atenção com tua posição - procure não ficar na frente da banca,

encobrindo a projeção;

• como apontar na tela – evite entrar na frente da projeção para mostrar

algum ponto específico da projeção;

Page 114: Construindo Monografias

114

• atenção com as imagens na apresentação – embora uma imagem possa

equivaler a 1.000 palavras e este seja um aspecto positivo do uso de

imagens, não sature a apresentação com excesso de imagens e cuidado

para não haver contradição entre o que você fala e alguma imagem

projetada;

• cor da letra e contraste com o fundo – algumas apresentações ficam

nítidas no monitor do computador, mas no momento da apresentação

ficam quase ilegíveis. Para evitar isto, use cores de fundo e das letras

que tenham contraste;

• tamanho da letra – evite um texto longo na projeção, lembre-se que o

texto os avaliadores já receberam. Além de evitar textos longos, evite

projetar textos com tamanho de letra pequeno. A fonte de tamanho 12

serve muito bem para o texto impresso, mas não serve para uma

projeção. O tamanho ideal da letra variará de acordo com o tipo de letra

escolhida, sua posição na projeção, a existência ou não de imagens sob

o texto, assim, para evitar problemas, teste antecipadamente;

• palavra errada - reveja atentamente a apresentação para evitar o uso de

palavras erradas, falta de letras e erros de acentuação na projeção;

• tópicos fora de ordem – atenção para não inverter a ordem dos itens que

você estará apresentando, ou seja, apresentar a conclusão antes do

objetivo é um equívoco grave;

• uso de siglas – cuidado com o uso de siglas na projeção, pois se não há

explicação do significado o avaliador pode ficar em dúvida sobre o que

você está falando;

• domínio do tema – a apresentação do TCC é o momento de demonstrar

domínio do tema, embora possa existir certa apreensão e nervosismo,

esteja seguro sobre o que você vai apresentar e evite chegar o momento

de tua apresentação sem que haja segurança e domínio do tema a ser

explanado;

• extrapolar o tempo dado – a apresentação precisa ser treinada várias

vezes, inclusive com marcação do tempo necessário para ela. Se você

estiver ultrapassando o tempo predeterminado, reveja a apresentação e

faça os cortes necessários;

Page 115: Construindo Monografias

115

• tempo verbal e pessoa usada – atenção para manter sempre o mesmo

tempo verbal, não misture ações do passado e do futuro no presente.

Lembre-se que o projeto é relativo ao futuro e que o TCC é relativo ao

que já foi estudado, cabendo o futuro apenas para propostas, sugestões,

projeções. Se o trabalho foi realizado em dupla ou em trio, evite falar na

primeira pessoa do singular, pois isto deixa a banca examinadora em

dúvida se o trabalho foi realizado por apenas uma pessoa ou por todo o

grupo;

• anotar / gravar o que a banca fala – as sugestões e/ou críticas feitas

durante a apresentação oral do trabalho pela banca são importantes e

têm por objetivo melhorar o trabalho, então não perca este momento,

sugerimos que as observações feitas sejam anotadas ou até mesmo

gravadas, para que as devidas correções sejam feitas para a versão

final do trabalho;

• não esqueça a mídia de apresentação – não corra o risco de chegar o

momento da apresentação e não poder apresentar, por isso não

esqueça a mídia e não leve apenas uma mídia. As máquinas não são

infalíveis, portanto não corra o risco de levar apenas um disquete e ele

não funcionar, leve mais de uma mídia e em formas diferentes (disquete,

cd, drive portátil);

• calma para responder as questões – certamente o momento que a

banca faz algumas questões é um momento de apreensão. Lembre-se,

entretanto, que o objetivo da banca não é te desmoralizar, pelo

contrário, é o momento de te avaliar sobre o que você já estudou por

meses e de contribuir para aperfeiçoar o trabalho, então mantenha a

calma para que as respostas alcancem o que a banca de fato pergunta;

• falar de modo formal – a apresentação não deixa de ser um momento de

avaliação, portanto evite construções extremamente coloquiais e

desprovidas de argumentação embasada academicamente;

• cuidado com o que dizer – evite demonstrar insegurança com

colocações tais como “que mais posso falar?” ou “acho que acabou”,

pois isto releva certa fragilidade de conteúdo;

Page 116: Construindo Monografias

116

• orientador não recebeu texto – este tipo de problema é fácil de ser

resolvido: não esqueça de encaminhar ao orientador o texto para revisão

antes de ser entregue para a apresentação;

• citação que não está nas Referências – cuidado para não fazer citações

no texto e não referendá-los ao final.

O coordenador de TCC de teu curso poderá encaminhar outras dicas de

apresentação e também o que é específico de cada área.

Page 117: Construindo Monografias

117

CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ

Eliethe Xavier de Albuquerque

[email protected]

No Egito, as bibliotecas eram chamadas ‘Tesouro dos remédios da alma’. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras (BOSSUET, 2006).

Page 118: Construindo Monografias

118

6 CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ

Citação é a menção de informações extraídas de fontes documentais,

com o objetivo de ratificar, esclarecer ou ilustrar o assunto que está sendo

apresentado no texto. A Norma Brasileira que regulamenta tecnicamente as

formas de citação é a NBR10520, da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT).

Quando um assunto é de conhecimento público, amplamente divulgado,

rotineiro, ou quando se tratar de uma abordagem didática, as citações são

dispensadas.

A NBR10520 prevê que as citações podem estar no sistema autor-data

ou numérico. A escolha de um destes sistemas definirá também o padrão da

Referência do documento citado.

O sistema numérico é o que utiliza um número sobrescrito logo após a

citação, remetendo à Referência:

Segundo Dumas, as idéias nasceriam na terra dos sonhos e ao se

concretizarem passariam a habitar o mundo real 1.

Albuquerque afirma que “A habilidade reflexiva vem pelo exercício;

professor e aluno juntos trabalhando com posturas crítico-reflexivas.” 2.

Os números sobrescritos indicam a Referência do documento citado.

Observa-se que neste tipo de citação não se menciona datas e paginações.

Apenas o sobrenome do autor e ao final da citação, a indicação numérica da

referência. Assim, na lista de referências, os autores citados aparecerão na

ordem em que foram citados (e não alfabeticamente), como segue:

1 DUMAS, F. D. Filosofia do pensamento humano. 45. ed. São Paulo :

ATA, 2002.

2 ALBUQUERQUE. E. X. de. Construindo o perfil do pesquisador. São

Paulo : UNASP, 2003.

Page 119: Construindo Monografias

119

A opção Autor-Data, a ser adotada neste Manual, menciona o nome do

autor, ano e paginação, conforme demonstra o exemplo a seguir:

As idéias nasceriam na terra dos sonhos e ao se concretizarem

passariam a habitar o mundo real (DUMAS, 2002, p. 104).

“A habilidade reflexiva vem pelo exercício; professor e aluno juntos

trabalhando com posturas crítico-reflexivas” (ALBUQUERQUE, 2003, p.

98).

O sistema autor-data possibilita a imediata identificação da autoria e da

atualidade da citação; neste sistema as referências serão mencionadas em

ordem alfabética, como exemplificado a seguir:

ALBUQUERQUE, E. X. de. Construindo o perfil de pesquisador. São

Paulo : UNASPRESS, 2003.

DUMAS, F. F. Filosofia do pensamento moderno. 45. ed. São Paulo :

ATA, 2002.

Utilizando-se do sistema autor-data, o pesquisador terá à sua disposição

a possibilidade de optar entre dois tipos básicos de citação: direta e indireta.

6.1 Citação Indireta

Citação indireta é aquela em que a menção é feita através de um texto

redigido pelo autor do trabalho ou pesquisa, baseada em um ou mais autores

de documentos pesquisados, respeitando fielmente o sentido do texto original

na(s) obra(s) citada(s). A citação indireta aparecerá na forma de paráfrase ou

de condensação.

A citação indireta parafraseada expressa a idéia contida em uma

pequena parte do(s) documento(s) pesquisado(s), porém com palavras do

Page 120: Construindo Monografias

120

autor da pesquisa ou trabalho. Não utiliza aspas, espaços ou tamanhos de

letras diferentes; esta citação integrará o texto, e poderá aparecer a qualquer

momento, inclusive dando continuidade a um dos parágrafos.

Exemplo:

O estudo sistemático deste tema pode favorecer grandemente

aos interessados nos resultados das pesquisas genéticas, tais como

portadores e familiares de pessoas com doenças degenerativas e

terminais, seqüelados por acidentes (ALVARENGA, 2005, p. 37-54).

A citação indireta condensada expressa a idéia contida em um ou

mais capítulos do(s) documento(s) pesquisado(s), ou mesmo na obra completa.

A menção da citação indicará o capítulo ou, quando se tratar de toda a obra,

apenas o ano de publicação.

Exemplo:

Nas suas publicações sobre a importância da pesquisa na

formação de alunos com perfil crítico-reflexivo, os dois Pedros deixam

claro que não haverá aluno pesquisador se antes não houver professor

pesquisador (DEMO, 2001; DEMO 2003; GOERGEN 2004; DEMO

2005).

6.2 Citação Direta

Citação direta é a transcrição literal de um texto ou de parte dele; na

citação direta conserva-se a grafia, pontuação, uso de maiúsculas, o idioma

original do texto citado. Recomenda-se o uso de citações diretas apenas

quando as palavras do autor citado tiverem tal significado que uma

alteração ocasionaria perda da força do texto.

As citações diretas classificam-se em dois grupos: com até três linhas e

com mais de três linhas.

Citação direta com até três linhas – Também chamadas de citações

curtas, as menções deste grupo poderão ser incorporadas ao texto

Page 121: Construindo Monografias

121

corrido, com o mesmo tipo e tamanho de fonte (ou letra), mesmo espaço

entre as linhas, destacadas apenas por aspas.

Exemplo:

O tema motivação tem sido cada vez mais recorrente nas

empresas que valorizam o capital intelectual, nos mais variados

aspectos. “A motivação constitui o fator principal e decisivo para o êxito

da ação em qualquer empreendimento coletivo.” (MONTEIRO, 2000, p.

26). Neste caso, é possível considerar a motivação como elemento

agregador, que impulsiona as equipes e os indivíduos.

Citação Direta Com Mais de Três Linhas – Quando a citação direta

tiver mais de três linhas, deverá ser destacada do texto corrido, recuada

a 4cm da margem esquerda, sem deslocamento de parágrafo na

primeira linha; a fonte (letra) será a mesma do texto, tamanho 11, com

espaço simples entre as linhas. Neste caso não será necessário o uso

de aspas.

Exemplo:

White (2002, p. 672) refere-se à provação afirmando que:

Os homens não podem compreender os caminhos de Deus; e, olhando às aparências, interpretam os transes, provações e experiências que Deus permite que venham sobre eles, como coisas que contra eles são, e que apenas farão a sua ruína. Assim Davi olhava para as aparências, e não para as promessas de Deus.

6.3 Citação de Poemas e de Textos Teatrais

Estas citações não têm limite de tamanho e seguem as mesmas regras

para as citações com mais de três linhas, em estrofes:

Sou bem nascido. Menino Fui, como os demais, feliz. Depois veio o mau destino

Page 122: Construindo Monografias

122

E fez de mim o que quis. Veio o mau gênio da vida, Rompeu em meu coração, Levou tudo de vencido Rugiu como um furacão. (BANDEIRA, 1970, p. 5)

6.4 Omissões em Citação

É permitida a omissão de parte do texto citado, desde que o seu sentido

não seja alterado. Estas serão indicadas pelo uso de reticências entre

colchetes no local da omissão:

Omissão no início da citação:

“[...] e, se depositarem confiança em sua força, jamais se tornarão

joguete das circunstâncias” (WHITE, 2001, p. 421).

Omissão no meio da citação:

“§ 2º - Qualquer dos membros pode pedir vistas do processo pelo prazo

de uma sessão e desde que a matéria não seja urgente [...] Sendo

vários os pedidos, a Secretaria providencia a distribuição do prazo,

proporcionalmente, entre os interessados” (OAB, 1998, p. 99-100).

Omissão no final da citação:

“É muitos fácil chorar com os que choram; difícil é se alegrar com os que

se alegram. Diante do sucesso do outro o lado escuro da natureza

humana entra em cena, abastecido pela inveja e pelo ciúme e as críticas

tendem a fluir [...]” (SWINDOLL, 2004, p. 234).

Omissão em poemas ou textos teatrais:

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123

Será indicada por uma linha pontilhada no local da omissão, para

cada verso omitido:

Sou bem nascido. .................................................... Depois veio o mau destino E fez de mim o que quis. (BANDEIRA, 1970, p. 5)

6.5 Interpolações em Citação

Interpolações em citação são acréscimos, explicações ou comentários

do autor do trabalho, inseridos nas citações; estas inserções são feitas entre

colchetes, para indicar que não fazem parte do original da citação:

“A alimentação vegetariana [frutas, legumes, verduras, grãos]

proporciona um aumento das defesas orgânicas e potencializa a energia

vital” (GARCIA, 2003, p. 11).

6.6 Incorreções e Incoerências

Os erros de ortografia e coerência textual encontrados no texto que está

sendo citado, não serão corrigidos ao se fazer a citação direta, mas apenas

referidos através do termo [sic] que aparecerá imediatamente após o

erro/incoerência; sic, que significa Assim mesmo, indica que está conforme o

original.

Exemplo:

“Os exercícios de alongamento deverão ser rpaticados [sic] a cada 50

minutos, sob a orientação do coordenador da ginástica laboral; todos os

fumcionários [sic] deverão participar da atividade, em conjunto, uns

apoiando os outros” (FEITOSA; MOURA, 2005, p. 321).

Page 124: Construindo Monografias

124

6.7 Ênfase e Destaque em Citação

Quando o autor do trabalho considerar importante e indispensável

enfatizar um trecho da citação, poderá fazê-lo servindo-se de uma exclamação

entre colchetes [!] colocada imediatamente após a parte a ser enfatizada; se

desejar dar destaque a uma parte da citação, poderá negritar aquela parte e

indicar com grifo nosso a distinção feita.

Exemplo:

“Mesmo no Brasil, país em desenvolvimento, o número de internautas se

amplia exponencialmente [!] a cada dia, o que nos remete à questão

financeira que envolve a inclusão digital hoje” (BARROSO, 2001, p. 43).

“O interesse no estudo da genética hoje já não está confinado à paredes

dos laboratórios especializados; antes transcendendo os interesses

dos pesquisadores, passou a fazer parte da agenda de interesse de

grande parte da população” (ALBERGARIA, 2005, p. 489, grifo nosso).

Se o grifo já faz parte da citação, indica-se como segue:

“A participação em iniciação científica e mesmo na pesquisa realizada

pelo docente, estimulará o aluno e despertará nele o desejo de ser

também um pesquisador” (ALBUQUERQUE, 2002, p. 213, grifo do

autor).

6.8 Notas de Rodapé

O uso de notas de rodapé deve ser evitado; considera-se que este

recurso favorece ao desvio da atenção do leitor para fora do texto principal.

Assim, as notas de rodapé serão usadas, preferencialmente, apenas para

Citação de Citação.

Uma citação de citação é considerada fonte de informação menos

confiável que uma citação de fonte direta, por isto mesmo o seu uso é pouco

Page 125: Construindo Monografias

125

recomendável e só deve ser feito em casos de extrema necessidade por falta

de acesso ao documento original. Neste caso, indica-se no texto

primeiramente o autor do documento consultado, seguido de citado por, e

então a menção do autor cujo assunto é objeto da citação. A referência do

documento onde se encontra o texto do primeiro autor será feita em Nota de

Rodapé e a do segundo autor aparecerá na lista de Referências (lista de todos

os documentos citados) ao final do trabalho.

Exemplo:

Segundo Goergen1, citado por Balzan (2004, p.36), o que se espera no

trabalho docente transcende ao exercício do ensino, vai além; é mais

que uma mera transmissão de conhecimentos; é um partilhar de

experiências, de vivências que favorecem a independência na aquisição

de novos saberes e na geração de novas perspectivas científicas.”

Desta citação, a Referência do Goergen irá aparecer em nota de rodapé

e a de Balzan, na lista de Referências.

Assim, no rodapé:

_____________ 1 GOERGEN, P. Professor pesquisador: um desafio para as

universidade brasileiras. Campinas : Papirus, 2003. 349 p.

E na Referência:

REFERÊNCIAS

BALZAN, N. C. Novos paradigmas da docência no ensino superior.

Campinas : Papirus, 2005, 407 p.

Page 126: Construindo Monografias

126

6.9 Citação de Informação Obtida por Canais Informais

Citação de informação obtida por canais informais são aquelas

originárias de entrevistas, palestras, conferências, seminários, etc.

Preferencialmente devem ser usadas apenas quando extremamente

necessárias e somente se puderem ser comprovadas por meio de documentos

que atestem sua fidedignidade (gravações, registros escritos e similares), com

a autorização explícita do autor da informação.

Assim, a citação será feita e relacionada na lista de Referências, como

segue:

Na citação:

“Pesquisar é, antes de tudo, despir-se de certezas e paradigmas já

estabelecidos e partir em busca do desconhecido, com possibilidades de

aparentes fracassos” (GOERGEN, 2001).

E na Referência:

REFERÊNCIAS

GOERGEN, P. Pesquisa e docência no ensino superior. 2001. Palestra

proferida na PUCCAMP.

6.10 Citação de Trabalhos Não Publicados

Preferencialmente devem ser usadas apenas quando extremamente

necessárias; na referência serão fornecidas todas as informações já

disponíveis, seguidas do termo no prelo ou em fase de elaboração.

Assim, na citação:

“Há muito a tarefa do professor escolar transcende o ensinar; alcança as

fronteiras do educar e vai além: forma cidadãos atuantes desde a

primeira infância” (ALBUQUERQUE, no prelo).

Page 127: Construindo Monografias

127

Na Referência:

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, E. X. de. Novos professores. Novos tempos. Capinas :

Papirus, 2007?. no prelo.

6.11 Citação de Informações Retiradas da Internet

As informações extraídas da Internet devem ser usadas com cautela,

sempre depois de garantida a sua autenticidade e atualidade. Considerados

estes importantes detalhes, a Citação será feita normalmente e a Referência,

conforme indicado no próximo capítulo, no item referente a referências de

fontes eletrônicas.

6.12 Citação da Bíblia

Após o texto citado, indica-se entre parêntese a fonte (a obra em si), o

livro, capítulo e versículos.

Exemplo:

“O caminho de Deus é perfeito. As suas promessas sempre se

cumprem” (BÍBLIA, A. T. Salmos, 18:31).

A forma de fazer a Referência será indicada no próximo capítulo.

6.13 Tradução em Citação

A citação de um texto em língua estrangeira pode ser traduzida para o

idioma do trabalho através de citação indireta. Se o autor do trabalho optar,

pode citar no idioma original; neste caso a citação será direta. Em ambos os

casos, segue-se a regra já estabelecida para citações diretas ou indiretas. Se

Page 128: Construindo Monografias

128

desejar, o pesquisador poderá apresentar a tradução do texto citado em língua

estrangeira, em nota de rodapé.

Se a tradução é apenas de uma expressão dentro do texto original,

pode-se indicar logo após a chamada da citação que se trata de um texto

traduzido.

Exemplo:

“Estudos matemáticos indicam que o uso das calculadoras têm

favorecido cada vez mais a fuga discente às práticas de cálculo”

(Zimmermann, 2001, p. 44, tradução nossa).

6.14 Algumas Orientações Sobre Fontes (Documentos) Citadas

Quando uma citação tiver mais de um autor, estes serão indicados como

segue:

Dois Autores:

Castanho e Balzan (2004, p. 255) afirmam que ..... .

“[...] cientes de sua particularidade imediata no que se refere ao

paciente” (MOURA; RAVEL, 2003, p. 564)

Três Autores:

“A metodologia da pesquisa pode....” (ALMEIDA JÚNIOR ; FERREIRA ;

ALBUQUERQUE, 2002, p. 117-119).

Ferreira, Moura e Barreto (2005, p. 65) sinalizam que o estudante de

física necessita de....

Quatro ou mais autores:

Pasqualli et al. garantem que o sistema solar.... (2000, p. 90).

Na busca pela identidade do estudante, o docente precisa... (SAVIER et

al., 2001, p. 35-104).

Page 129: Construindo Monografias

129

Quando a responsabilidade de um texto citado estiver a cargo de uma

Entidade ou Instituição:

Departamento Subordinado a Instituição:

“... valores atribuídos às sociedades hodiernas” (CENTRO

UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE ENSINO. Curso de Comunicação

Social, 2004, p. 3).

Instituição cujo nome é uma sigla:

“[...] tratando-se de direito dos alunos, a instituição deve ser a primeira a

sair em defesa destes” (UNASP, 2002, p. 2).

Textos condensados de um mesmo autor:

... os nutrientes serão balanceados de acordo com as características de

cada paciente (GÜNTERYT, 2002, 2003, 2005).

Vários documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo

ano:

Utiliza-se uma letra minúscula logo após a data, para cada publicação

citada, conforme a ordem de citação. Na Referência, este recurso se

repetirá, visando relacionar cada texto citado à sua correspondente

publicação. Assim, na Citação:

A interpretação equivocada ocasiona erros e impossibilita ao

aluno a execução e solução dos problemas matemáticos

propostos (CARDOSO, 2002a, p. 18; CARDOSO, 2002b, p. 87).

E na Referência:

REFERÊNCIA

CARDOSO, S. Problemas matemáticos são um problema ! São Paulo

: Saraiva, 2002a. 123 p.

Page 130: Construindo Monografias

130

___________ . Problemas propostos e mal resolvidos : o que

acontece na hora da avaliação. Belo Horizonte : ALP, 2002b. 231 p.

Vários autores citados para reforçar uma mesma idéia:

A isenção e a ética são características condicionais à prática jornalística.

O perfil exigido ao bom profissional da imprensa já ultrapassou há muito,

estas fronteiras; dele hoje se espera que vá muito além (TRANCOSO,

2001, p.12; ALBERGARIA, 2001, 78; FERREIRA MOTTA, 2004, p. 154).

Documentos sem data:

Citações de documentos que não apresentam data específica de

publicação não são recomendadas; sugere-se evitar o uso deste tipo de

documento. Todavia, quando imprescindível, seguirão o mesmo padrão

para Referências, apresentado no capítulo a seguir.

Citação de Eventos Científicos:

Neste caso, logo após a citação, menciona-se o nome completo do

Evento, todo em letra maiúscula, seguido do ano, conforme o padrão

para Referências – próximo capítulo – tudo entre parêntese.

Exemplo:

“... especialmente as possíveis discussões do direito privado”

(ENCONTRO BRASILEIRO DE JURISTAS, 2004).

Documentos Anônimos:

Citações de documentos cuja autoria é desconhecida, serão indicadas

pelo título – que terá a primeira palavra toda em letra maiúscula,

inclusive o artigo definido, seguida da data e paginação, tudo entre

parêntese:

“... mesmo porque, o projeto genoma não está patenteado nem

por uma nem por outra.” (GENOMA. Uma ideologia ou uma

saída?, 2003, p. 67).

Se o título for muito longo, poderá abreviado com o uso de reticências.

Page 131: Construindo Monografias

131

Documentos eletrônicos:

Seguirão o mesmo padrão para Referências, conforme referido no

capítulo a seguir.

Page 132: Construindo Monografias

132

ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS

Eliethe Xavier de Albuquerque

[email protected]

O perfil do pesquisador implica compartilhamento não apenas de conhecimento, mas de fontes; o compreender saberes e conhecer suas origens anda junto. O pesquisador tem o dever de deixar claro aos que o acompanham, quais as suas fontes de pesquisa. Estas fontes podem ser agrupadas em documentos impressos e registrados e documentos e informações eletrônicas (ALBUQUERQUE, 2002a; UFPR, 2000b, p.1-3.).

Page 133: Construindo Monografias

133

7 REFERÊNCIAS

Segundo a ABNT, NBR6023, atualizada em 2002, Referência é o

conjunto padronizado de informações agrupadas em elementos descritivos,

retirados de um documento e que permitem a sua identificação no todo ou em

parte. Em outras palavras, cada referência conterá um padrão de informações

que permita ao interessado identificar o documento pesquisado. O conjunto de

referências é uma lista ordenada – alfabeticamente ou numericamente – com

os dados dos documentos citados pelo autor de uma pesquisa, no texto.

Documento é qualquer suporte que contenha uma informação registrada

graficamente, visualmente, eletronicamente, por meio sonoro, etc. Por

exemplo: livros, periódicos, materiais cartográficos, normas técnicas, gravações

sonoras ou de vídeo, fotografias, selos, arquivos eletrônicos, entre outros

(UFPR, 2002a, v. 6, p.1-3).

As informações para a elaboração das referências devem ser obtidas,

sempre que possível, da principal parte do documento, ou seja:

Da folha de rosto de documentos impressos, como livros, monografias,

periódicos e similares;

De etiquetas e invólucros de disquetes, fitas de vídeo, fitas cassetes,

discos e similares;

De molduras e materiais explicativos de slides, transparências e

similares;

Do próprio documento, quando este se constitui em uma única parte,

como globos, cartões postais, cartazes, selos e similares.

Quando não for encontrada a informação no próprio documento e esta

for conhecida ou obtida de outra fonte (bibliografias, catálogos de editoras,

pessoas ou outra), pode-se incorporá-la à referência, devendo-se para isso

colocá-la entre colchetes (UFPR, 2002b, v. 6, p.3).

Antes de elaborar a referência de um documento, é necessário conhecer

alguns detalhes que auxiliarão na indicação correta dos elementos

fundamentais à identificação da fonte pesquisada por outros interessados.

Estes importantes detalhes também são mencionados na NBR6023, o que

significa que não podem ser ignorados:

Page 134: Construindo Monografias

134

Elementos Essenciais da Referência: São as informações que

obrigatoriamente devem aparecer: autor, título, local de publicação,

editora, ano ou data da publicação. Se o documento não fornecer estas

informações, a Norma definirá como proceder.

Elementos Complementares da Referência: São as informações que

auxiliarão numa melhor identificação do documento: subtítulo, número

de páginas. Mesmo não sendo fundamentais a sua menção é

importante, especialmente para o pesquisador iniciante.

Os elementos que comporão a referência podem variar conforme o

documento; todavia, alguns padrões são válidos para qualquer tipo de fonte

pesquisada.

7.1 Elementos

Autoria: o nome do autor iniciará sempre pelo último sobrenome, que

será indicado todo em letra maiúscula, seguido das iniciais dos prenomes.

Exemplo: A referência do autor João Augusto da Fonseca ficará assim:

FONSECA, J. A. da.

Indicação de Parentesco: Tais como Filho, Segundo, Neto, Júnior, etc.,

aparecerão imediatamente após o sobrenome, antes dos prenomes.

Exemplo: A referência do autor Cristian Vasile Segundo ficará assim:

VASILE SEGUNDO, C.

Exemplo: A referência do autor Antonio Castro de Moares Júnior ficará

assim:

MORAES JÚNIOR, A. C. de.

Cargos, Formação Profissional: Não são indicados na referência.

Exemplo: A referência do autor Doutor Carlos Sampaio Filho ficará

assim:

SAMPAIO FILHO, C.

Page 135: Construindo Monografias

135

Exemplo: A referência do autor M. D. Silvio Monteiro de Almeida ficará

assim:

ALMEIDA, S. M. de.

Ordens Religiosas: Serão indicadas pelo nome do autor, na ordem

direta (ou seja, do prenome para o sobrenome), seguido pelo título religioso.

Exemplo: A referência do autor Papa Bento XVI ficará assim:

BENTO XVI, Papa.

Exemplo: A referência da autora Madre Tereza, ficará assim:

TEREZA, Madre.

Dois ou Três Autores: Serão indicados na ordem em que aparecem no

documento.

Exemplo: A referência dos autores Enio Antunes Santos e Fernando

Monteiro ficará assim:

SANTOS, E. A.; MONTEIRO, F.

Exemplo: A referência dos autores Daniel Monclaro, Francisca Dames e

Alisandra Bitencourt Castro ficará assim:

MONCLARO, D.; DAMES, F.; CASTRO, A. B.

Mais de Três Autores: Indica-se apenas o primeiro autor mencionado

no documento, seguido da expressão et al., que deriva do latim e quer dizer e

outros.

Exemplo: A referência dos autores Silvio Murilo Melo de Azevedo,

Gustavo Martins de Souza, Petrônio Albergaria Filho e Pedro Pellegrini

ficará assim:

AZEVEDO, S. M. M. de et al.

Exemplo: A referência dos autores Maria Eugênia Castanho, Maria

Dulce de Almeida Santos, Adalgisa Fialho, Ruth de Souza Scobbar

ficará assim:

CASTANHO, M. E. et al.

Page 136: Construindo Monografias

136

Pseudônimos: Se o autor do documento usou um pseudônimo para se

identificar, indica-se o pseudônimo do autor. Se o nome verdadeiro for

conhecido, pode-se indicar este nome entre parêntese após o pseudônimo.

Exemplo: A referência do autor Gugu Liberato ficará assim:

LIBERATO, G. (e não LIBERATO, A. de Augusto Liberato que é o nome

verdadeiro do Gugu).

Exemplo: A referência do autor Tristão de Athayde (cujo nome

verdadeiro é Alceu de Amoroso Lima) ficará assim:

ATHAYDE, T. de [Alceu de Amoroso Lima].

Entidades Coletivas 1: Se o autor do documento é um órgão da

administração governamental direta (Ministério, Secretaria, etc.), começa-se a

referência pelo nome geográfico (lugar onde fica o órgão – o país, o estado ou

o município).

Exemplo: A referência do autor Secretaria da Saúde de São Paulo

começará assim:

SÃO PAULO (Município). Secretaria da Saúde.

Exemplo: A referência do autor Ministério do Planejamento do Brasil.

Secretaria de Finanças começará assim:

BRASIL. Ministério do Planejamento. Secretaria de Finanças.

Entidades Coletivas 2: Se o autor do documento é uma sociedade,

organização, instituição ou entidade de natureza científica ou cultural, começa-

se a referência pelo nome da entidade todo em letra maiúscula. Em caso de

ambigüidade (duas ou mais instituições com o mesmo nome), acrescenta-se o

local geográfico onde fica a entidade, entre parêntese. As unidades

subordinadas são mencionadas após o nome da instituição, apenas com as

iniciais em letra maiúscula.

Exemplo: A referência do autor Centro Universitário Adventista de São

Paulo ficará assim:

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO.

Page 137: Construindo Monografias

137

Exemplo: A referência do autor Biblioteca Nacional que fica em Londres,

ficará assim:

BIBLIOTECA NACIONAL (Londres).

Exemplo: A referência do autor Curso de Pós-graduação em

Administração Hospitalar do Centro Universitário Adventista de São

Paulo ficará assim:

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO. Curso de

Pós-graduação em Administração Hospitalar.

Entidades Conhecidas por Siglas: Se o autor de um documento for

Entidade e no documento aparecer a SIGLA correspondente à Entidade

(SOMENTE se aparecer a SIGLA), esta pode ser utilizada no lugar do nome

da Entidade por extenso.

Exemplo: A referência do autor Empresa Brasileira de Correios e

Telégrafos – EBCT poderá ficar assim:

EBCT.

Exemplo: A referência do autor Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística / IBGE poderá ficar assim:

IBGE.

Eventos Científicos: Se o autor de um documento é um Evento –

Congresso, Reunião, Seminário, Simpósio, Conferência, etc. – a referência

dele iniciará pelo nome do evento, seguido do número do evento indicado em

algarismo arábico, do ano e do local de realização do evento.

Exemplo: A referência do Segundo Encontro Brasileiro de Profissionais

da Enfermagem, ocorrido em Gramado, Rio Grande do Sul, em 2004,

ficará assim:

ENCONTRO BRASILEIRO DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM, 2.,

2004, Gramado.

Page 138: Construindo Monografias

138

Exemplo: A referência do XVI Congresso Internacional de telejornalistas,

ocorrido em São Paulo, em junho de 2005, ficará assim:

CONGRESSO INTERNACIONAL DE TELEJORNALISTAS, 16., 2005,

São Paulo.

Autoria Desconhecida: Se o autor de um documento é desconhecido,

a referência deste se iniciará pelo título do documento.

Exemplo: A referência do autor História das Civilizações de Todas as

Eras, cuja autoria é desconhecida – não foi citada no documento – ficará

assim:

HISTÓRIA das civilizações de todas as eras.

Exemplo: A referência do autor Problemas e Exercícios de Matemática

Financeira, cujo autor não foi mencionado no documento, ficará assim:

PROBLEMAS e exercícios de matemática financeira.

Título: O título de um documento será referenciado exatamente igual

como aparece no documento. Aparecerá sempre em destaque, que, conforme

o padrão da NBR6023, pode ser negritado ou sublinhado ou itálico. O

destaque utilizará apenas uma das opções indicadas. Ou seja, o título não

poderá ser destacado com negrito e sublinhado ou com negrito e itálico ou

ainda itálico e sublinhado. Ao definir-se uma das três opções (negritado ou

sublinhado ou itálico), esta será utilizada durante todo o trabalho; isto significa

que o destaque utilizado para os títulos não poderá ser alternado, num mesmo

trabalho, entre as opções permitidas pela NBR. Observa-se ainda a regra de

que apenas a inicial do título ou dos nomes próprios que ele contenha, estarão

em maiúscula.

Exemplo: A referência do documento cujo título é GEOGRAFIA DO

RECÔNCAVO BRASILEIRO, cujo autor é Rafael Furtado de Almeida,

ficará assim:

ALMEIDA, R. F. de. Geografia do recôncavo brasileiro.

Page 139: Construindo Monografias

139

Observe-se que neste caso optou-se por destacar-se o título em

sublinhado. Outro exemplo: A referência do documento cujo título é CONHEÇA

MELHOR A SUA LITERATURA, de autoria do professor Pedro Apolinário,

ficará assim:

APOLINÁRIO, P. Conheça melhor a sua literatura.

Subtítulo: O subtítulo de um documento será referenciado sem qualquer

destaque, logo após a indicação do título, e antecedido de dois pontos. Se

houver dúvida quanto a tratar-se de título ou subtítulo, coloca-se tudo em

destaque.

Exemplo: A referência de um documento de autoria de Ullianna de

Albuquerque Vasile, cujo título é ESTUDOS E EXERCÍCIOS

AVANÇADOS PARA VIOLINOS, e cujo subtítulo é UMA PERSPECTIVA

DIDÁTICA PARA JOVENS TALENTOS, ficará assim:

VASILE, U. de A. Estudos e exercícios avançados para violinos: uma

perspectiva didática para jovens talentos.

Exemplo: A referência de um documento de autoria de Tia Koc, cujo

título é UMA FORMIGUINHA CHAMADA PIMBINHA, e cujo subtítulo é

PIMBINHA VAI AO PARQUE, ficará assim:

KOC, Tia. Uma formiguinha chamada Pimbinha: Pimbinha vai ao

parque.

Título com Nomenclatura Científica: Um documento cujo título

contenha uma nomenclatura científica será referenciado com duplo destaque

para a referida nomenclatura. Esta será a única ocasião em que o título

terá duplo destaque.

Exemplo: A referência de um documento de autoria da professora

Márcia Oliveira de Paula, cujo título é CITOLOGIA DE DROSOPHILA

MELANOGASTER ficará assim:

PAULA, M. O. de. Citologia de Drosophila melanogaster.

Page 140: Construindo Monografias

140

Observe-se que o termo científico teve duplo destaque (sublinhado e

itálico, enquanto o restante do título foi apenas sublinhado). Um outro exemplo:

A referência de um documento de autoria do Dr. Mário Caldeira Schmidt, cujo

título é COMPREENDENDO O PORTADOR DA HIPOCEPHALEA PATHOGEN

e cujo subtítulo é CONVERSANDO COM PAIS E PROFESSORES, ficará

assim:

SCHMIDT, M. C. Compreendendo o portador da hipocephalea pathogen:

conversando com pais e professores.

Títulos em Outros Idiomas: Os documentos que estiverem escritos em

mais de um idioma, terão o título indicado no idioma que estiver em destaque

ou que aparecer em primeiro lugar.

Exemplo: A referência de um documento de autoria de Francesco

Buonno, cujo título aparece nas formas GLI AMICI ITALIANI e OS

AMIGOS ITALIANOS, ficará assim:

BUONNO, F. Gli amici italiani.

Observe-se que o título foi indicado em italiano porque este foi o

primeiro mencionado no documento. Um outro exemplo: A referência de um

documento de autoria de Ellen Gould White, cujo título aparece nas formas O

GRANDE CONFLITO e THE GREAT CONTROVERSY, terá o título indicado

em português, por ser a primeira forma mencionada; ficará assim:

WHITE, E. G. O grande conflito.

Edição: Indica-se a edição de um documento somente quando esta for

mencionada no documento e desde que não se trate da primeira edição. A

indicação deverá ser em algarismo arábico cardinal, seguido de ponto e um

espaço, e da abreviatura da palavra edição. Exemplo: A referência do

documento de autoria de Dr. Marenos Schmidt, cujo título é FALANDO

FRANCAMENTE COM O ADOLESCENTE, e que já está na Quarta Edição,

ficará assim:

SCHMIDT, M. Falando francamente com o adolescente. 4. ed.

Page 141: Construindo Monografias

141

Edições Revistas, Ampliadas, Atualizadas, etc.: São indicadas na

forma abreviada, conforme o padrão da ABNT:

Edição Revista – ed. rev.

Edição Ampliada – ed. ampl.

Edição Atualizada – ed. atual.

Edição Aumentada – ed. aum.

Edição Revista e Atualizada – ed. rev. e atual.

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Fernando

Henrique Cardoso, cujo título é SOCIOLOGIA DO BRASIL NO SÉCULO

21, cuja edição é a 3ª. Revista e Atualizada, ficará assim:

CARDOSO, F. H. Sociologia do Brasil no século 21. 3. ed. rev. e atual.

Local de Publicação: É a indicação da cidade onde o documento foi

publicado e deve ser feita após a edição (ou após o título se não houver edição

a ser indicada). Se for uma cidade desconhecida ou que tenha uma

homônima, indica-se também a sigla do estado onde se localiza a cidade que

está sendo citada. Se mais de uma cidade estiver sendo indicada, cita-se

apenas a primeira indicação. Se o local for desconhecido, indica-se com [S. l.].

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Mário Augusto de

Alencar, cujo título é ECONOMIA URUGUAIA VERSOS ECONOMIA

BRASILEIRA, cuja edição é a Segunda, e que foi publicado em

Campinas, ficará assim:

ALENCAR, M. A. de. Economia uruguaia versos economia brasileira. 2.

ed. Campinas

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Francisco Buarque

de Holanda, com título PORQUE COMPOR A BANDA, que está na

Quinta edição e foi publicado em São Paulo, ficará assim:

HOLANDA, F. B. de. Porque compor A Banda. 5. ed. São Paulo

Note-se que A Banda é nome próprio e por este motivo as iniciais são

maiúsculas.

Page 142: Construindo Monografias

142

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Pedro Bandeira,

com título POESIAS PARA BRINCAR, publicado em local desconhecido,

ficará assim:

BANDEIRA, P. Poesias para brincar. [S. l.]

Editora: Indica-se a editora responsável pela publicação do documento,

logo após a indicação da cidade onde o mesmo foi publicado, antecedida de

dois pontos. O nome da editora pode vir abreviado quando tiver mais de uma

palavra. Dispensa-se o uso da palavra ‘editora’. Se a editora não for indicada

no documento, indica-se [s. n.].

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Lucas Brandão,

com o título HISTÓRIA DO BRASIL, que está na 6ª. Edição, publicado

em Campinas, pela editora Papirus, ficará assim:

BRANDÃO, L. História do Brasil. 6. ed. Campinas : Papirus

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Paulo Souza

Ferreira, com título MINHA VIDA, publicado em Santo André, sem a

indicação do nome da editora responsável, ficará assim:

FERREIRA, P. S. Minha vida. Santo André : [s. n.].

Data da Publicação: é indicada sempre em algarismo arábicos, sem

espaçamento nem pontuação, logo após a editora indicada e antecedida por

vírgula.

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Frei Beto, com

título SOLIDARIEDADE, que está na segunda edição, publicada no Rio

de Janeiro, pela editora Vozes, em 2004, ficará assim:

BETO, Frei. Solidariedade. 2. ed. Rio de Janeiro : Vozes, 2004.

Se a data for desconhecida, a ABNT dá algumas opções para indicação

do período de publicação (para o caso de livros):

[2004?] para o ano provável de publicação

Page 143: Construindo Monografias

143

[ca 2001] para a data aproximada de publicação, cerca de...

[200-] para indicar a década certa da publicação

[200-?] para indicar a provável década da publicação

[19--] para indicar o século certo da publicação

[19--?] para indicar o provável século da publicação

[s. d.] para indicar que não há indícios da data de publicação

Se o documento estiver em vários volumes e a data de publicação do

primeiro volume for diferente da do último, indica-se as duas datas, separadas

por hífen. Exemplo: 1999-2001.

Descrição Física: É a indicação do número de páginas p, volumes v ou

folhas f de um documento. Indica-se logo após a data de publicação.

Exemplo: A referência de um documento cujo autor é Leonardo Silvério

Neto, com título QUÍMICA ORGÂNICA, subtítulo ESTUDO E ENSINO,

segunda edição, publicado em São Paulo pela editora Melhoramentos,

em 2005, que tem 240 páginas, ficará assim:

SILVÉRIO NETO, L. Química orgânica. 2. ed. São Paulo :

Melhoramentos, 2005. 240 p.

7.1.2 Localização das Referências

As opções para indicação das Referências dos documentos utilizados

em uma pesquisa, são variadas. A preferencial é a que se apresenta ao final

do trabalho, em ordem alfabética, em uma única listagem.

À lista dos conjuntos de dados para identificação (ver item 5.1) de

documentos citados no texto redigido sobre a pesquisa realizada, se

denomina Referências. À lista dos conjuntos de dados para identificação (ver

item 5.1) de documentos consultados, mas NÃO citados, no texto redigido

sobre a pesquisa realizada, se denomina Documentos Consultados. Ambas

as listagens terão a mesma formatação e seguem a normalização já descrita

até aqui.

Page 144: Construindo Monografias

144

A diagramação destes conjuntos de dados para identificação dos

documentos pesquisados com o objetivo de dar embasamento teórico ao

trabalho – seja Documentos Consultados ou Referências – seguirá o padrão:

• Título da listagem digitado em negrito, tamanho 14, centralizado, tudo

em letra maiúscula.

• Texto das referências – Documentos Consultados ou Referências –

digitado em tamanho 12, não negritado, espaço 1,5 entre as linhas e

duplo entre uma referência e outra, texto justificado, respeitando as

margens estabelecidas para o trabalho.

o A Fonte (modelo de letra) utilizada será a mesma do restante do

texto da pesquisa. Vale lembrar que as opções indicadas são Arial

ou Times New Roman (TNR). Em nenhum momento haverá

variação de Fonte (modelo de letra). Quanto à pontuação, é aquela

já apresentada nos tópicos anteriores. Assim, uma listagem de

Referências ou de Documentos Consultados terá o seguinte

formato:

3 cm

78

REFERÊNCIAS

ALBERGARIA, C. A. de. M. Metodologia da pesquisa científica: temas

controversos. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo : Atlas, 2002. 230 p.

BAROSA SOBRINHO, J. J. Filosofia. 3. ed. atual. Rio de Janeiro : McGrow-

Hill, 2005, 409 p.

3 cm 2 cm

GARCIA, H. Sintaxe na língua portuguesa. Campinas : Papirus, 2003, 111 p.

LEMOS, S. Ciência em tempo real. Belo Horizonte : MMN, 90 p.

TURCCILLO, Z. Limonada suíça em tempos rosas: literatura e poesia

moderna. 2. ed. São Paulo : Melhoramentos, 2005, 780 p.

2 cm

Page 145: Construindo Monografias

145

A partir destes conhecimentos básicos, o pesquisador terá condições de,

consultando, elaborar as Referências ou a lista de Documentos Consultados,

de todas as fontes de informação teórica utilizadas em sua pesquisa. Os

elementos a serem indicados em cada uma destas listagens irão variar de

acordo com o tipo de documento:

7.2 Livros e Documentos Não Periódicos

Os livros e documentos não periódicos são referenciados de forma

bastante similar; todavia, cada documento, conforme a sua particularidade, é

referenciado levando-se em conta detalhes específicos. Basicamente, a

referência de documentos na forma de livro terá os elementos:

Chave:

Exemplo:

CERQUEIRA, J. K. Fronteiras do saber. 3. ed. São Paulo : Ática, 2005.

309 p.

Se o livro for usado apenas em parte (um capítulo, volume ou

fragmento), o ideal é que a referência seja apenas da parte utilizada.

7.2.1 Partes de Livros (Capítulos, Fragmentos, Volumes)

Se a parte (capítulo, volume ou fragmento) utilizada tiver um autor

específico (publicações em que cada capítulo tem um autor diferente, por

exemplo), a referência iniciará pelo autor da parte, seguido do título da parte

(sem qualquer destaque). Depois coloca-se o termo In: (que significa ‘dentro

de’), o autor responsável por todo o livro (se houver), o título do livro, em

destaque, e os demais elementos previstos para referência de livros. A

paginação será indicada com o número da página inicial e da página final da

parte, separadas por hífen, conforme o modelo a seguir:

AUTORIA. Título. Edição. Local : Editora, Ano. Número de Páginas.

Page 146: Construindo Monografias

146

Chave:

Exemplo:

MORAES, L. O desenvolvimento da planta. In: HILLTER, B. ;

STADLER, T. Falando em ecologia: conceitos e estudos de casos. 2.

ed. rev. e atual. Belo Horizonte : Artes Médicas, 2000. p. 143-187.

7.2.2 Verbetes de Enciclopédias e Dicionários

Quando o documento utilizado for uma Enciclopédia ou um Dicionário, a

referência será a do verbete consultado. Verbete é o texto referente ao item

(palavra ou tema) consultado. A referência de um verbete é feita citando-se os

elementos indicados a seguir.

Chave:

Exemplo:

MARKETING. In: MICHAELIS dicionário ilustrado. Rio de Janeiro :

Melhoramentos, 2002, v. 2, p. 1.204.

7.2.3 Relatórios Técnicos

Quando o documento utilizado for um Relatório Técnico, os elementos

que comporão a referência são:

Chave:

AUTORIA DA PARTE DA OBRA. Título da parte. In: AUTORIA DA OBRA.

Título da obra. Edição. Local : Editora, Ano. Página inicial – Página final da

parte referenciada.

PALAVRA OU TEMA DO VERBETE CONSULTADO. In: NOME da

enciclopédia ou dicionário consultado, Ano. Volume, Página (ou páginas

inicial e final, quando for o caso).

AUTOR DO RELATÓRIO. Título do relatório. Local : Editora, Ano.

Paginação. Indicação do tipo de documento.

Page 147: Construindo Monografias

147

Exemplo:

MONTEIRO, G. Análise do grau de segurança na biblioteca do Colégio

Piloto. Petrópolis : Colégio Piloto, 2001. 87 p. Relatório técnico.

7.2.4 Teses, Dissertações e Monografias

Quando o documento utilizado for resultado de produção acadêmica ou

científica (Teses, Dissertações e Monografias), os elementos que comporão a

referência são:

Chave:

Exemplo:

SILVEIRA, R. A Filosofia vai à escola? : estudo do programa de filosofia

para crianças de Matthew Lipman.. Campinas, 1998. 441 f. Tese

(Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade

Estadual de Campinas.

PEREIRA, M. Implementação do Just-in-time em uma empresa

fabricante de armações de óculos. Santa Bárbaro D’Oeste (SP), 2000.

139 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Faculdade

de Engenharia Mecânica e de Produção, Universidade Metodista de

Piracicaba – UNIMEP.

SANTOS, M. Linguagem de sinais. Engenheiro Coelho (SP). 2002. 45 f.

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Curso de Pedagogia,

Centro Universitário Adventista de São Paulo/Campus 2.

AUTORIA. Título. Local, Ano. Número de folhas. Indicação de Tese, Dissertação

ou Monografia (Grau e Área) – Unidade de Ensino, Instituição.

Page 148: Construindo Monografias

148

7.2.5 Trabalhos Acadêmicos

Quando o documento utilizado for resultado de trabalhos acadêmicos, os

elementos que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

SANTOS, V. Modelos matemáticos para o ensino fundamental. São

Paulo, 2002. 32 f. Trabalho Acadêmico (Didática II) – Curso de

Matemática, Centro Universitário Adventista de São Paulo/Campus SP.

7.2.6 Congressos, Conferências, Encontros e Outros Eventos

Científicos

Quando o documento utilizado for resultado de eventos científicos, os

elementos que comporão a referência são:

Chave:

Exemplos:

ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. 4., 2004, São Paulo.

Anais do 4º. Encontro anual de iniciação científica. São Paulo :

UNASP/Campus SP, 2005. 322 p.

CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E

DOCUMENTAÇÃO, 22., 2003, Florianópolis. Anais do XXII Congresso

Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação – Superando Obstáculos

em Direção à Tecnologia. Curitiba : PUCPR, 2004. 2 v.

NOME DO EVENTO, número do evento, ano de realização, local. Título.

Local: Editora, ano de publicação. número de páginas ou volume.

AUTOR(ES) DO TRABALHO. Título. Local, Ano. Número de folhas.

Indicação de Trabalho Acadêmico (Disciplina) – Curso, Instituição.

Page 149: Construindo Monografias

149

7.2.7 Trabalhos Apresentados em Eventos Científicos

Quando o documento utilizado for resultado de um trabalho apresentado

em evento científico, os elementos que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

LEANDRO FILHO, J.; LIMA, E. J. Divulgação seletiva da informação

por meio eletrônico. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS

INFORMACIONAIS EM BIBLIOTECAS VIRTUAIS, 3., 2004, São José

do Rio Preto. Anais do 3º. Simpósio sobre recursos informacionais em

bibliotecas virtuais. São José do Rio Preto : UNSJRP, 2005. p. 345-456.

7.3 Publicações Periódicas

Publicações periódicas são as publicadas de período em período –

anualmente, semestralmente, mensalmente, quinzenalmente, semanalmente,

diariamente, e assim por diante. Exemplos: jornais, revistas.

Os periódicos científicos são publicações positivamente significativas

para o pesquisador, especialmente pela possibilidade de oferecerem

informações atualizadas sobre temas do momento. Podem ser utilizados no

todo – o periódico inteiro ou sua coleção – ou em partes, quando o pesquisador

utiliza apenas um ou outro artigo de cada periódico. Em cada caso a referência

terá detalhes específicos.

AUTORIA. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO, número do evento, ano

de realização, local. Título. Local : Editora, ano de publicação. Página inicial-

final.

Page 150: Construindo Monografias

150

7.3.1 Periódicos Considerados no Todo

Quando o documento utilizado for um periódico e ele for integralmente

utilizado (vários artigos de toda a coleção), os elementos que comporão a

referência são:

Chave:

Exemplo:

REVISTA DE EDUCAÇÃO DA PUCRS. Porto Alegre : PUCRS, 1970-

1999.

7.3.2 Artigos de Periódicos

Quando o documento utilizado for um artigo de periódico, os elementos

que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

ALBUQUERQUE, E. X. de. Teoria do currículo sim. O currículo da teoria

não. Revista de Educação da IASD, Campinas, v. 3, n. 2, p. 23-27, jan.

2002b.

7.3.3 Artigos de Jornais

Os jornais também são publicações periódicas; todavia, devido à sua

característica peculiar, tem uma referenciação particular. Quando o documento

utilizado for um artigo de jornal, os elementos que comporão a referência são:

TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação : Editora, Ano de início-término

da publicação.

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico, Local de publicação,

número do volume, número do fascículo ou ano, páginas inicial-final do artigo,

data.

Page 151: Construindo Monografias

151

Chave:

Exemplo:

PADOVANI, F. A economia continua em crise. O Estado de São Paulo,

São Paulo, 22 set 2001. Economia, p. 12A-13A, coluna 3.

DONIZETTE, L. As eleições e a educação. Folha de São Paulo. 13 out.

2000. Política, p. 11-12.

7.4 Resumos

Os Resumos são textos técnicos que sintetizam livros ou artigos de

periódicos e são publicados em documentos específicos (publicações que

reservam espaços apenas para resumos ou só publicam resumos). Cada um

destes tipos terá uma referência adequada às suas características.

Quando o documento utilizado for um resumo de livro, publicado numa

seção de resumos, por exemplo, os elementos que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

GÓIS, H. História dos povos bárbaros. Belo Horizonte : ATTB, 2001.

Revista de História da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo

Horizonte, v. 21, n. 12, p. 233-302, ago. 2002. Resumos.

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do jornal, Local de publicação,

data (dia, mês, ano). Número ou título do caderno, seção, suplementos, etc.,

páginas inicial-final do artigo referenciado, número de ordem da(s) coluna(s).

AUTORIA DA PARTE RESUMIDA. Título da parte resumida. Local : Editora,

Ano. Fonte onde o resumo foi publicado. Nota indicativa de resumo.

Page 152: Construindo Monografias

152

• No caso do exemplo acima, H. Góis fez o resumo de um texto (pode ser

livro, monografia, etc.) e publicou em 2001 este resumo. Em 2002 a

Revista de História da UFMG publicou este resumo na íntegra em um de

seus números. Esta é uma das possibilidades de se referenciar

resumos utilizados em trabalhos científicos.

Quando o documento utilizado for o resumo de um artigo de periódico,

publicado numa seção específica para resumos, os elementos que comporão a

referência são:

Chave:

Exemplo:

Exemplo:

FRANCO, K. Adolescentes e gravidez. Revista de Psicologia da USP,

São Paulo, v.23, n. 1, p. 213-219, Jul. 2000. Revista de Psicologia da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p.

44-47, Jan. 2001. Resumo.

No caso do exemplo acima, K. Franco publicou um artigo em 2000 e o

resumo deste artigo foi publicado em 2001, em um outro periódico. Quando a

autoria do resumo for indicada, acrescenta-se a nota indicativa Resumo de:

antecedendo a fonte de onde foi retirado o resumo.

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico original de onde o

artigo foi publicado, Local de publicação do periódico original de onde o artigo

foi publicado, volume do periódico original de onde o artigo foi publicado,

número do fascículo ou ano do periódico original de artigo foi publicado,

páginas inicial-final do artigo que foi resumido, data de publicação do periódico

original de onde o artigo foi publicado. Título do periódico onde o resumo foi

publicado, Local de publicação do periódico onde o resumo foi publicado,

número do volume do periódico onde o resumo foi publicado, número do

fascículo ou ano do periódico onde o resumo foi publicado, página(s inicial-

final) do resumo publicado, data de publicação do periódico onde o resumo foi

publicado. Nota indicativa de resumo.

Page 153: Construindo Monografias

153

Exemplo:

FRANCO, K. Adolescentes e gravidez. Revista de Psicologia da USP,

São Paulo, v.23, n. 1, p. 213-219, Jul. 2000. Resumo de: MENDES, O.

Revista de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 44-47, Jan. 2001. Resumo.

7.5 Resenha

Resenhas são textos técnicos que resumem e comentam livros ou

artigos de periódicos e são publicadas em documentos específicos

(publicações que reservam espaços para resenhas ou só publicam resenhas).

Cada resenha terá uma referência adequada às suas características.

Quando o documento utilizado for uma resenha sem título próprio os

elementos que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

FRAGOSO, J. Nomeações e vetos em tempos de CPI: uma análise

comparativa. Revista de Administração da FGV. Rio de Janeiro, v. 14,

n. 2, p. 234-236, 2004. Resenha.

Quando o documento utilizado for uma resenha com título próprio os

elementos que comporão a referência são:

Chave:

AUTORIA DA RESENHA. Título do livro ou artigo resenhado. Título do

periódico que publicou a resenha. Local de publicação do periódico, volume do

periódico, número do fascículo do periódico, páginas inicial e final do texto da

resenha, data. Nota indicativa de resenha.

AUTORIA DA RESENHA. Título da resenha. Título do periódico que publicou a

resenha. Local de publicação do periódico, volume do periódico, número do

fascículo do periódico, páginas inicial e final do texto da resenha, data. Nota

indicativa contendo Resenha de: coloca-se o nome do autor do texto

resenhado e o título do texto resenhado, seguidos das demais informações

sobre a fonte onde se encontra o texto resenhado..

Page 154: Construindo Monografias

154

Exemplo:

PARANHOS, E. Concepções filosóficas sobre a análise do discurso na

perspectiva de J. Duran. Revista da Faculdade de Letras da UFBA,

Salvador, v. 2, n.1, p. 63-71, Jan.-Mar. 2005. Resenha de: DURAN, J.

R. A análise do discurso: divagações ou ferramenta científica ?.

Campinas : PAPIRUS, 2004. 379 p.

7.6 Normas Técnicas

Normas Técnicas são parâmetros estabelecidos para definir posturas,

padrões, procedimentos, processos, etc.

Quando o documento utilizado for uma norma técnica os elementos que

comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

PEIXOTO, S. NBR6023 : norma técnica sobre referências. Brasília,

2002.

7.7 Documentos Legislativos

São documentos legislativos as leis, os decretos, os acórdãos, as

decisões e sentenças judiciais, os pareceres, resoluções e indicações.

7.7.1 Leis e Decretos

Quando for utilizado um documento legislativo do tipo Leis e Decretos,

os elementos que comporão a referência são:

ORGÃO NORMALIZADOR. Título (que em geral é o número da norma) :

subtítulo da norma, Local, Ano.

Page 155: Construindo Monografias

155

Chave:

Exemplo:

BRASIL. Decreto n. 2324, de 12 de setembro de 2002. Estabelece

parâmetros para a realização do referendo sobre a proibição da

comercialização de armas de fogo e projéteis no Brasil. Diário Oficial da

União, Brasília, v.98, n. 111, p. 45, 13 Set. 2002. Seção 1, coluna 3.

7.7.2 Acórdãos, Decisões, Sentenças de Cortes ou Tribunais

Quando for utilizado um documento legislativo nesta categoria, os

elementos que comporão a referência são:

Chave: Exemplo:

Exemplo:

BRASIL. Do Supremo Tribunal Federal. Deferimento de habeas corpus.

Habeas corpus n. 2.218. Promotoria da cidade de São Paulo e Antonio

Pedro de Paranhos Neto. Relator: Dr. Albergaria Felinto Motta. 2 maio

2003. Diário Oficial da União, Brasília, v.98, n. 111, p. 45, 13 Set. 2002.

Seção 1, coluna 3.

7.7.3 Pareceres, Resoluções e Indicações

Quando for utilizado um documento legislativo nesta categoria, os

elementos que comporão a referência são:

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Título e número da lei ou decreto,

data. Ementa. Dados da publicação que divulgou o documento.

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Nome da corte ou tribunal,

Ementa ou acórdão. Tipo e número do recurso. Partes litigantes (agravo,

apelação, embargo, hábeas corpus). Relator: nome. Data. Dados da

publicação que divulgou o acórdão, decisão ou sentença.

Page 156: Construindo Monografias

156

Chave: Exemplo:

Exemplo:

BRASIL. Consultoria Geral da República. Parecer n. 2324 de 31 mar.

2004. Competência para extradição de estrangeiros que atuam nas

instâncias do governo federal. Consultor> Alceu Amoroso Lima. In:

MONTEIRO, C. de F. Direito internacional. São Paulo : Mc-GrawHill,

2003. v.3, p. 265-266.

7.8 Bíblia

7.8.1 Bíblias Consideradas no Todo

Quando o documento utilizado for a Bíblia em sua íntegra – toda ou

quase toda a bíblia – os elementos que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

BÍBLIA. Inglês. Holly Bible. Kings James Version. 22th ed. New York :

LCD, 2001.

7.8.2 Partes da Bíblia

Quando o documento utilizado for um dos livros da Bíblia, os elementos

que comporão a referência são:

Chave:

Exemplo:

AUTORIA (Instituição ou Pessoa). Tipo (parecer, resolução, indicação),

número e data. Ementa. Relator ou consultor: nome. Dados da publicação que

divulgou o documento.

BÍBLIA. Língua. Título. Tradução ou versão. Edição. Local : Editora, Ano.

BÍBLIA. Nome do Livro da Bíblia. Língua. Título. Tradução ou versão. Edição.

Local : Editora, Ano.

Page 157: Construindo Monografias

157

BÍBLIA. Apocalipse. Português. A Bíblia Viva. Versão Antonio Pereira de

Figueiredo. 35. ed. São Paulo : Paulinas, 2000.

7.9 Catálogos de Exposições, Editores, etc.

Muito utilizados por pesquisadores de algumas áreas específicas.

Quando o documento utilizado for um catálogo, os elementos que comporão a

referência são:

Chave:

Exemplo:

ASSOCIAÇÃO PRÓ-ARTE DE LONDRINA. Mostra de pintura da

UnisTest Mendel. Londrina, 2002. Catálogo.

7.10 Entrevistas

As entrevistas são excelentes ferramentas de pesquisa. Tanto as

elaboradas pelo pesquisador, quanto as publicadas. Em geral, são

instrumentos de divulgação de informações atualizadas e precisas, quando

realizadas na perspectiva científica.

7.10.1 Entrevistas Não Publicadas

Chave:

Exemplo:

HERCULES, M. Ingresso de carteiras de negócio internacionais em

instituições financeiras brasileiras. São Paulo, 2001.

AUTORIA (instituição, associação, organização, etc.). Título do catálogo.

Local, Ano. Nota indicativa de catálogo quando não constar no título.

AUTORIA (nome do entrevistado – aquele que concedeu a entrevista). Ementa

da entrevista. Local, Data.

Page 158: Construindo Monografias

158

Quando a entrevista é concedida em função de cargo ocupado pelo

entrevistado, acrescenta-se o cargo, a instituição e o local ao título.

Exemplo:

HERCULES, M. Entrevista concedida pelo Cherman do Commertz Bank

no Unibanco Brasil, São Paulo. Ingresso de carteiras de negócio

internacionais em instituições financeiras brasileiras. São Paulo, 2001.

7.10.2 Entrevistas Publicadas

Chave:

Exemplo:

GRACIANO, Y. Cirurgias de redução do estômago. Revista de Medicina

da USP. São Paulo, v. 23, n. 112. Jul-Ago. 2002. p. 1.1230-1.254.

Entrevista.

É possível indicar o nome do entrevistador na nota da entrevista, quando

for de interesse do pesquisador. A nota de entrevista ao final da referência

deve ser omitida quando figurar no título.

Exemplo:

PEREIRA. A. A era das academias. Revista de Educação Física da

UNIMAR. Marília, v. 3, n.2, Maio 2005. p. 204-209. Entrevista concedida

a Paulo Antunes Maia.

7.11 Projetos de Pesquisa

Quando o documento utilizado for um Projeto de Pesquisa, os elementos

da referência são:

Chave:

AUTORIA (nome do entrevistado – aquele que concedeu a entrevista). Título

da entrevista. Título do documento que publicou a entrevista. Dados completos

da fonte que publicou a entrevista. Indicação de entrevista.

AUTORIA (Coordenador do Projeto). Título do Projeto. Local : Unidade

executora, data de início, paginação. (Sigla da instituição mantenedora. Nome

e número do Programa – Título do programa, Código do Projeto). Nota de

status (Se é anteprojeto, projeto em andamento ou projeto concluído).

Page 159: Construindo Monografias

159

Exemplo:

ANDRADE, S. (Coord.). Atividades gestoras em ONGS. São Paulo :

ONG Viva Rio, 2001, 15 p. (ong Viva Rio. Programa 116 – Gestões de

ONGS. Projeto 3635). Projeto concluído.

7.12 Obras Inéditas (Documentos Não Publicados)

Quando o documento utilizado não houver sido publicado, os elementos

da referência são:

Chave:

Exemplo:

NEVES, U. de C. Teoria quântica. Palestra proferida na Faculdade de

Física da UFSCAR, São Carlos, 31 mar. 2001.

7.13 Atas de Reuniões

Quando o documento utilizado for uma Ata de Reunião, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO.

Hortolândia. Ata da reunião do colegiado do Curso de Educação Física

realizada em 21 de março de 2002. Livro 23, p. 23-24.

AUTORIA. Título. Nota indicativa de origem do documento (palestra, notas de

aula, etc.).

AUTORIA (Instituição, associação ou outro), Local. Título e data. Livro número,

páginas inicial-final.

Page 160: Construindo Monografias

160

7.14 Documentos Cartográficos

São documentos cartográficos os mapas, globos, atlas, e similares.

7.14.1 Mapas e Globos

Mapas e globos são referenciados de forma muito semelhante. A única

variação é o termo indicativo mapa ou globo e a dimensão que no globo será

indicado o diâmetro em cm.

Quando o documento utilizado for um mapa ou um globo, os elementos

da referência são:

Chave:

Exemplo:

GEOMAPAS. Relevo geográfico brasileiro. São Paulo : LTF, 2004. 1

mapa : color.; 78 x 88 cm. Escala 1:500.000.

GEOMAPAS. Globo terrestre. São Paulo : LTF, 2004. 1 globo : color.;

115 cm.

7.14.2 Atlas

Quando o documento utilizado for um atlas, os elementos da referência

são:

Chave:

Exemplo:

MAIA, G.; STILL, R. Atlas geográfico dos Estados Unidos da América.

Washington, 2001.

AUTORIA. Título. Local : Editora, Ano. Número de unidades físicas : indicação

de cor; altura X largura. Escala.

AUTORIA (autor e/ou editor). Título do atlas. Local : Editora, Ano.

Page 161: Construindo Monografias

161

Quando não há autor ou editor, a referência será iniciada pelo título do

atlas.

Exemplo:

ATLAS histórico dos Estados Unidos da América. Washington, 2001.

Se a palavra atlas não aparece no título do documento, deve-se fazer a

indicação ao final da referência.

Exemplo:

GEOGRAFIA do Brasil: relevos e fronteiras. São Paulo : Ática, 2004.

Atlas.

7.15 Partituras

Quando o documento utilizado for uma partitura, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

DIAS, R. Nossa gente nossa música: ano 2002. São Paulo : UNASP,

2002. 1 partitura (8 p.)

7.16 Gravações Sonoras

São documentos em gravação sonora: CDs, vinil, videodisco laser,

cassete.

AUTORIA (compositor). Título. Indicações complementares de

responsabilidade. Local : Editora, Ano. Número de partituras (quantidade de

páginas).

Page 162: Construindo Monografias

162

7.16.1 Discos Compactos Áudio – CD Áudio

Quando o documento utilizado for um CD para áudio (somente aparelho

de música), os elementos da referência são:

Chave:

Exemplo:

PARALAMAS DO SUCESSO. 9 luas. Rio de Janeiro : Odeon, 2001. 1

CD (50 min) : digital, estéreo. 20030-2-1020.

HANDEL, G. F. O Messias. Orquestra Filarmônica de Frankfurt, J. Klein,

regente. Toronto : WCA Music, 2001. 2 Cd (96 min). Digital, estéreo.

2320-9-80.

7.16.2 Discos de Vinil

Quando o documento utilizado for um disco de vinil, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

MOTA, R. Prá cima Brasil. Regina Mota, Grupo Vocal VP. Nova

Friburgo : ADSAT, 2000. 1 disco (45 min) : 331/3 rpm, microssulco,

estéreo. D223 S145 12/89.

Em caso de coletânea, a Referência se iniciará pelo título; se

necessário, será iniciada pelo(a) intérprete.

AUTORIA (compositor). Título. Executante. Local : Gravadora, Ano. Número

de CDs (tempo de gravação em minutos) : tipo de gravação, número de canais

sonoros. Número de CDs.

AUTORIA (compositor). Título. Executante. Local : Gravadora, Ano. Número

de discos (tempo de gravação em minutos) : número de rotação(ções) por

minuto, sulco ou digital, número de canais sonoros. Número do disco.

Page 163: Construindo Monografias

163

Exemplo:

FONSECA, R. Chuva de bênçãos. São Paulo : RCA, 2004. 4 discos

(240 min): 331/3 rpm, microssulco, estéreo, 89208347.

Caso o pesquisador utilize apenas um dos lados do disco, somente este

lado deve ser referenciado e, neste caso, deve ser feita a designação Lado A

ou B, após a data.

Exemplo:

FONSECA, R. Chuva de bênçãos. São Paulo : RCA, 2004. Lado B, 1

disco1 (40 min): 331/3 rpm, microssulco, estéreo, 89208389.

7.16.3 Videodisco (Laser)

Quando o documento utilizado for um videodisco laser (ou CDL), os

elementos da referência são:

Chave:

Exemplo:

CORAL CARLOS GOMES. A glória e magestade. São Paulo : RCA,

2001. 1 videodisco (35 min) : laser, estéreo. UO-34-598.

7.16.4 Cassetes

Quando o documento utilizado for um cassete sonoro, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

AUTORIA. Título. Local : Gravadora, Ano. Número de unidades físicas

(duração em minutos) : laser, número de canais sonoros. Número do disco.

AUTORIA (compositor). Título. Executante. Local : Gravadora, Ano. Número

de unidades físicas (duração) : tipo de gravação.

Page 164: Construindo Monografias

164

AZEVEDO, E. ; AZEVEDO, Z. Cristo ama as criancinhas. Zilda e Elias

Azevedo e os Pequenos Cantores da Colina. São Paulo : INC, 1997. 1

cassete (45 min) : son., estéreo.

7.17 Filmes e Gravações em Cassetes

7.17.1 Gravações em Cassetes

Quando o documento utilizado for uma gravação em cassete, os

elementos da referência são:

Chave:

Exemplo:

SEMÕES do pastor Stina. Direção de Williams Costa Júnior. Rio de

Janeiro : Está Escrito, 2002. 1 cassete (100 min) : son.; 12 mm. VHS

NTSC.

Observações: Os dados de descrição física de filmes cinematográficos e

gravações em cassete devem ser registrados assim:

• Número de unidades físicas: deve-se utilizar os termos (bobina,

cartucho, cassete, rolo), conforme o caso.

• Tempo de projeção: deve ser indicado em minutos.

• Características de som: deve-se indicar: mudo, sonoro (son.), legendado

(leg.) ou dublado (dubl.), conforme o caso.

• Cor: deve-se utilizar as abreveaturas p & b para preto e branco ou

color. para colorido.

• Dimensão: deve-se registrar a bitola (largura) em milímetros (mm) ou

polegadas (pol).

• Sistema de Gravação para Vídeo: deve-se registrar o sistema utilizado

(VHS, NTSC, APL-M, Betamax).

TÍTULO. Direção de. Local : Distribuidora, Ano. Número de unidades físicas

(duração em minutos) : indicação de som (legenda ou dublagem), indicação de

cor; largura e milímetros. Sistema de gravação.

Page 165: Construindo Monografias

165

7.18 Microfilmes, Microfichas, Slides e Diafilmes

Também chamadas de Microformas, a utilização deste material é muito

comum entre pesquisadores de algumas áreas específicas do conhecimento.

Quando o documento utilizado for um microfilme, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

CARVALHO, I. de S. Paleontologia. São Paulo : LTC, 2004. 2 v. 1

bobina de microfilme, 35 mm.

Quando o documento utilizado for uma microficha, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

MONTEIRO, I. de S. Geografia do Brasil. São Paulo : LTC, 2003. 3 v. 2

microfichas, redução de 1;24.000.

Quando o documento utilizado for um slide, os elementos da referência

são:

Chave:

Exemplo:

MOURA, D. Trigonometria euclidiana. São Paulo: NCN: color.; 5 x 5

cm.

AUTORIA. Título. Local : Editora, Ano. Número de unidades físicas, largura

em milímetros.

AUTORIA. Título. Local : Editora, Ano. Número de unidades físicas, redução.

AUTORIA. Título. Local : Produtor, Ano. Número de slides : indicação de cor;

dimensão em centímetros.

Page 166: Construindo Monografias

166

Quando o documento utilizado for um diafilme, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

BARBOSA, W. Hidrografia da região nordeste do Brasil. Rio de Janeiro :

IBGE, 2002. 1 diafilme (78 fotogramas); 35 mm.

7.19 Transparências

Quando o documento utilizado for uma transparência, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

VICENTE, S. 500 anos de história da Educação. São Paulo :

Melhoramentos, 2005. 35 transparências : p & b.

7.20 Fotografias

Quando o documento utilizado for uma fotografia, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

AUTORIA. Título. Local : Produtor, Ano. Número de unidades físicas (número

de fotogramas); largura em milímetros.

AUTORIA. Título. Local : Editora, Ano. Número de unidades físicas : indicação

de cor.

AUTORIA (fotógrafo). Título. Ano. Número de unidades físicas : indicação de

cor; dimensões.

Page 167: Construindo Monografias

167

ALMEIDA, V. Estrutura em concreto protendido. 2004. 1 fot. : color. ; 18

x 36 cm.

Fotografias de obras de arte terão a referência iniciada pelo nome

do autor da obra, seguido do título da obra. Somente então é indicado o

nome do fotógrafo e demais dados:

Exemplo:

MICHELANGELO. Moisés. Fotógrafo René Monges, 2001. 1 fot. : p & b;

15 x 18 cm.

Se o pesquisador houver utilizado uma coleção de fotografias com

suporte físico próprio (álbum, por exemplo), este dado antecederá o número de

fotos.

Exemplo:

RAFAEL. Dois nobres na corte. Fotógrafo René Monges, 2001. 1 álbum

(50 fot.) : p & b; 15 x 18 cm.

7.21 Pôsteres

Quando o documento utilizado for um pôster, os elementos da referência

são:

Chave:

Exemplo:

FISIOLOGIA da mão. Belo Horizonte : UFMG, 2004. 1 pôster : color.

7.22 Cartas

Quando o documento utilizado for uma carta não publicada, os

elementos da referência são:

TÍTULO. Local : Editora, Ano. Número de unidades físicas : indicação de cor.

Page 168: Construindo Monografias

168

Chave:

Exemplo:

WHITE, E. G. Carta ao filho William, viajando na Suíça. Berna, 17 out.

1899. 2 f.

Quando o documento utilizado for uma carta publicada, os elementos

da referência são:

Chave:

Exemplo:

WHITE, E. G. Cartas de Ellen White escritas aos jovens da igreja.

Mensagens aos jovens. Tatuí : CPB, 2001. 789 p.

7.23 Bula de Remédio

Quando o documento utilizado for uma bula de remédio, os elementos

da referência são:

Chave:

Exemplo:

SINTROYD: tiroxina. Marilena Almeida Gomes. São José do Rio Preto :

NOVACIL Farmacopédia, 2002. Bula.

AUTORIA DA CARTA. Ementa da carta. Local, data (dia, mês e ano).

Descrição física

AUTORIA DA OBRA ONDE A CARTA FOI PUBLICADA (Indicação de

responsabilidade do autor) Ementa da carta. Título da publicação. Local

(dados complementares da publicação).

NOME COMERCIAL DO MEDICAMENTO: nome genérico. Responsável

técnico. Local : Laboratório/Fabricante, Ano. Nota indicativa de bula.

Page 169: Construindo Monografias

169

7.24 Informações e Documentos Eletrônicos

São considerados documentos eletrônicos os Arquivos Eletrônicos, os

Softwares, os disquetes, as fitas magnéticas e os CD-Roms. As informações

oriundas deste tipo de fonte (mesmo quando livros, periódicos, relatório, etc.)

receberão tratamento específico no momento de sua referenciação.

7.24.1 Disquetes e Similares

Quando o documento utilizado estiver registrado em um disquete, os

elementos da referência são:

Chave:

Exemplo para Livro em Disquete:

FURTADO, E. Saberes e discursos sobre educação especial: uma

análise comparativa. São Paulo : EDUSP, 2001. 1 disquete 31/2 .

Exemplo para Periódico em Disquete:

PEREIRA, D. ; WALMOR, R. ; SAMPAIO, T. de H. Ética na propaganda.

Jornalista de Hoje, Fortaleza, v.34, n. 2, p. 77-79, jan. 2004. 1 disquete

31/2 .

7.24.2 Arquivos Eletrônicos

Quando o documento utilizado estiver registrado em um arquivo

eletrônico – de dados e textos criados no computador – os elementos da

referência são:

Chave:

AUTORIA. Título. Dados complementares da fonte da informação (livro,

periódicos, etc.). Indicação de disquete e dimensão do mesmo.

AUTORIA DO ARQUIVO. Nome do arquivo. Extensão. Ementa. Custódia

(depositário). Local, data (dia, mês e ano). Descrição física. Programa gerador.

Page 170: Construindo Monografias

170

Exemplo:

CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO/Campus

HT. Curso de Pedagogia. Projeto Pedagógico. Projeto pedagógico do

curso, elaborado para utilização a partir de 2003. Biblioteca

Universitária. Hortolândia, 13 out. 2002. 3 disquetes 51/4pol. Windows

2002.

Chave:

Exemplo:

MIROSOFT CORPORATION. Windows XP. Chicago, 2005. 5 disquetes

51/4pol.

Se o documento consultado for um conjunto de softwares,

contendo diferentes tipos de materiais e estejam sendo mantido juntos –

por necessidade – os elementos da referência são:

Chave:

Exemplo:

MIROSOFT CORPORATION. Projects for Windows XP. Chicago, 2005.

Conjunto de softwares: 8 disquetes 3 ½ , 5 fitas magnéticas DAT 2GB,

4mm, 2 folhetos e 1 manual.

AUTORIA. Título e versão. Local : Editor/Produtor, Ano. Descrição física; tipo

de suporte. Notas: indicação dos elementos que compõem o conjunto de

softwares.

AUTORIA DO PROGRAMA. Nome do programa e versão. Local, Ano.

Descrição física; tipo de suporte. Nota indicativa sobre aplicação do programa.

Page 171: Construindo Monografias

171

7.24.3 Fitas Magnéticas e Similares

Quando o documento utilizado for uma fita magnética, os elementos da

referência são:

Chave:

Exemplo:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA. Estudos de fisiologia do

movimento dos membros inferiores em humanos na faixa etária de 0 a

10 anos. Rio de Janeiro, 2003. Fita magnética DAT 3GB, 4mm.

7.24.4 CD-Rom, Base de Dados e Similares

No CD-Rom, que possui grande capacidade para armazenar textos e

imagens, poderão estar registrados livros, periódicos, eventos, etc. Assim, ao

referenciar as informações contidas em um CD-ROM, levar-se-á em conta, a

fonte original da informação e em seguida, faz-se a indicação da mídia onde

está contida a informação. Quando o documento utilizado for um CD-ROM, os

elementos da referência variarão conforme o caso:

• Livros no todo:

Faz-se a referência do livro, completa, e ao final, indica-se em quantos

CD-ROM está contido o livro.

Chave:

Exemplo:

GIROTO, E. Sermões para todas as ocasiões. São Paulo :

UNASPRESS, 2001. 24 CD-ROM

• Partes de Livros:

Faz-se a referência da parte do livro, capítulo, fragmento, e ao final,

indica-se em quantos CD-ROMS está contido o livro.

AUTORIA. Título. Local, Ano. Indicação de fita magnética, dimensão.

AUTORIA. Título. Local, Ano. Indicação de fita magnética, dimensão.

Page 172: Construindo Monografias

172

Exemplo:

FRANCCESCO. L. A história da arte contemporânea na Europa do

século XIX. In: BUCCO, M. História da Arte no Velho Mundo. Rio de

Janeiro : McGraw-Hill, 2004. 1 CD-ROM.

Seguindo este raciocínio, para qualquer outra situação – por exemplo:

eventos, publicações periódicas, relatórios, etc – faz-se a referência conforme o

tipo de fonte e em seguida a indicação de CD-ROM.

7.25 Fontes Eletrônicas Online

São aquelas disponíveis e acessíveis via protocolos:

• E-mail (comunicações pessoais)

• http (usado pelo www)

• ftp

• Gopher

• Telnet

• Listas de Discussões

As informações oriundas deste tipo de fonte têm como elementos da

referência:

Chave:

Exemplo de documento não publicado:

XIMENES, K. Estudo do idioma alemão no Brasil: pesquisa da USP nos

Estados do Sul. Disponível em:

<http://risc.unijui.tche.br/~alemao/autodidata.html> Acesso em: 23 set.

2005.

AUTORIA. Título. Fonte (se for documento também publicado). Disponível em:

<endereço eletrônico> Acesso em: data (dia, mês, ano).

Page 173: Construindo Monografias

173

Exemplo de documento publicado:

FARIA, U. Física para segundo grau. Belo Horizonte : JKL, 2002. 234 p.

Disponível em: <http://www.usp.fisica/segundograu.html> Acesso em: 01

out. 2005.

Para publicações periódicas online, observa-se o seguinte padrão: faz-

se a referência do documento – do autor/título até a data – e na seqüência a

indicação de disponibilidade e acesso.

Exemplo para eventos científicos:

KONNOR, V. O relacionamento enfermeiro(a) e familiares de pacientes

terminais. In: ENAIC, 7., 2005, São Paulo. Anais do Sétimo Encontro

Anual de Iniciação Científica do UNASP Campus SP. Disponível em:

<http://unasp.edu.br/enaic 7.html> Acesso em: 21 jan. 2005.

Page 174: Construindo Monografias

174

PÔSTER PARA EVENTOS CIENTÍFICOS

Eliethe Xavier de Albuquerque

[email protected]

O Pôster científico é um veículo de divulgação apropriado em qualquer evento. Para trabalhos em fase de conclusão ou já concluídos. Bem elaborado, desperta o interesse de pesquisadores iniciantes, afins e até mesmo de fomentadores de pesquisa. Equivoca-se aquele que não vê num Pôster científico oportunidades semelhantes às oferecidas por mídias como a TV e a Internet (ALBUQUERQUE, 2005).

Page 175: Construindo Monografias

175

8 PÔSTER CIENTÍFICO

Concluído o trabalho de pesquisa propriamente dito, o ato de pesquisar;

chegando-se às considerações finais, chega-se também ao momento de

registrar, redigir, o trabalho, a fim de que o mesmo seja divulgado entre as

comunidades científica e acadêmica, e para a sociedade.

As opções para a efetivação desta divulgação podem ser as conhecidas

monografias, dissertações ou teses – a depender do tipo de trabalho

desenvolvido; ou ainda um artigo científico, um paper, um resumo, um pôster –

chamado por alguns de banner.

Em geral, as oportunidades para divulgação determinarão de quantas

destas opções o pesquisador se utilizará para comunicar e divulgar o seu

trabalho. É importante lembrar que o trabalho poderá ser divulgado em mais

de uma forma, concomitantemente, se as oportunidades assim permitirem.

Se a opção de divulgação for o pôster, o primeiro passo nesta direção

será “pensar” o pôster!

A função do pôster é apresentar dados relevantes de uma pesquisa, de

forma sintetizada.

Esta síntese deverá ser construída de tal forma que desperte a atenção

das pessoas que poderão ser beneficiadas com o novo conhecimento em

divulgação. Isto implica qualidade; qualidade de conteúdo e de forma!

A partir desta perspectiva, serão apresentados a seguir alguns

parâmetros a serem considerados na elaboração de um Pôster Científico.

8.1 Ler as Instruções

Quando se elabora um pôster, objetiva-se que seja exposto em algum

lugar ou em algum evento. Os coordenadores responsáveis pelo evento ou

central de exposições, disponibilizam, juntamente com a oportunidade de

participação, instruções e normas que condicionam tal participação. Em geral,

elas informam sobre:

Page 176: Construindo Monografias

176

8.1.1 Conteúdo

O que se espera do pôster em termos de conteúdo é muito semelhante

às expectativas para os demais meios de divulgação de pesquisas

acadêmicas: Introdução, objetivos, justificativas, metodologia, dados coletados,

análise e discussão dos dados, considerações finais e referências

bibliográficas.

8.1.2 Tamanho

As dimensões do pôster são divulgadas, considerando-se o espaço

disponível para cada participante; geralmente variam entre 60cm X 80cm a

1,20m X 1,50m. É fundamental estar atento a esta informação e respeitá-la

para evitar dificuldades no momento da exposição.

8.1.3 Local

As equipes experientes informam aos interessados o local onde o pôster

será exposto e quais são as condições destes locais; isto garantirá ao

interessado elaborar o seu pôster em material adequado às condições locais.

Caso isto não ocorra, o pesquisador deverá investigar este detalhe, evitando

assim, dificuldades no momento da exposição.

8.1.4 Fixação

O local e as condições infra-estruturais definirão o tipo de fixação que o

pôster exigirá: prego, taxinhas, fitas adesivas, etc. Um pesquisador prevenido

garantirá que o seu trabalho esteja afixado desde os primeiros momentos da

exposição.

Page 177: Construindo Monografias

177

8.1.5 Horário

É fundamental estar atento a este detalhe; especialmente quando

houver mais de uma sessão de exposição. Este cuidado é exigido tanto para a

fixação quanto para a retirada. Atenção a este item evitará perdas de tempo e

até mesmo o furto do pôster, por parte dos “aficionados” pela temática

trabalhada.

8.1.6 Evite os excessos de informação

Mesmo o pesquisador experiente pode ter alguma dificuldade para

“pinçar” do conteúdo de sua pesquisa, os elementos extremamente relevantes,

de modo a apresentar sob a forma de pôster, os resultados de seu trabalho.

Afinal, o envolvimento faz com que considere cada detalhe significativo.

Todavia, é fundamental que o pôster não contenha excesso de informações,

caso contrário, o pesquisador poderá afastar o seu público em potencial, ao

invés de conquistá-lo e prender a sua atenção.

8.1.7 Respeite a estrutura básica dos trabalhos científicos

Não importa a forma da divulgação, a estrutura básica do conteúdo será

a mesma – partindo da introdução e chegando às considerações finais ou

conclusão.

8.1.8 Utilize-se dos elementos básicos

O Pôster será composto de TEXTOS, DADOS (gráficos, tabelas,

diagramas, estatísticas...) e IMAGENS (desenhos, fotos, ilustrações...).

Page 178: Construindo Monografias

178

8.1.9 Elementos de identificação

As primeiras informações expostas no Pôster serão: O TÍTULO DO

TRABALHO (todo em caixa alta), Autor(es), Orientador, Instituição de Origem,

endereço para cont@to.

Exemplo:

EDUCAÇÃO DIGITAL INCLUSIVA

Antonia Lima Souza Aluna do 3º sem. de Pedagogia Centro Universitário Adventista de São Paulo [email protected]

Silvio Almeida Júnior (Orientador) Docente no Centro Universitário Adventista de São Paulo – Disciplina: Informática aplicada

almeidajú[email protected]

8.2 Texto

Sobre o texto, considera-se:

8.2.1 Quantidade de conteúdo

Nem muito nem pouco; o essencial é indispensável!

Page 179: Construindo Monografias

179

8.2.2 Presença dos elementos básicos

Já referidos anteriormente, devem estar expostos de forma sucinta, mas

com clareza.

8.2.3 Destaque especial

Na exposição do conteúdo, as Considerações Finais merecem destaque

em relação ao restante do texto; elas são “o presente” do pesquisador para as

comunidades científica, acadêmica e cidadã.

8.2.4 Referências

Devem ser indicadas e com o devido destaque; todavia, se na exposição

for necessário optar entre estas e outros conteúdos do texto, pode-se fazê-lo,

desde que se indique onde o interessado poder conferi-las.

Exemplo:

Referências Bibliográficas: Ver [email protected].

8.2.5 Diagramação

Este é um fator de grande importância, pois pode afastar ou atrair os

possíveis interessados na temática pesquisada. Ao invés de textos corridos,

pesados, eles devem ser distribuídos em colunas, leves, sempre com

alinhamento lateral (à esquerda ou à direita, conforme a localização do texto no

pôster). Textos com alinhamento centralizados ou justificados devem ser

evitados, pois dificultam a leitura, quando em posição vertical (após a fixação

do pôster no local de exposição). Além disto, o texto disposto em colunas,

“descansa a vista” do leitor... Compare os exemplos a seguir:

Page 180: Construindo Monografias

180

Mofkçsldkfkslçdfk

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dçak.

Qkdjaksjkdjaklsjdjaskldjklasjdkljaskldjklasjdlajdkljalsjlasjk.

8.2.6 Cuidado com as Fontes

O texto deve ser redigido utilizando-se fontes (modelos de letras)

simples, com traços retos, tipo: Arial, Century, Times New Roman (TNR), etc.

Evitem-se fontes artísticas ou rebuscadas. Recomenda-se usar o mesmo tipo

de fonte em todo o conteúdo do pôster. Quanto ao tamanho, o texto de

conteúdo deve ser redigido com fonte em tamanho 25, no mínimo. O texto em

CAIXA ALTA – tudo em maiúsculas – deve ser utilizado apenas para títulos.

8.2.7 Uso de Ilustrações

É importante e necessário, mas é preciso respeitar alguns parâmetros:

• Figuras de Fundo – Podem ser utilizadas, desde que não prejudiquem

a leitura do texto; preferencialmente elas devem aparecer sob a forma

de “marca d´agua”; se a figura for colocada em resolução normal, nunca

deve ser colocada sob o texto. Neste caso, o texto deve vir à margem

da figura, à esquerda ou à direita; há ainda a opção de vir acima ou

abaixo. Exemplo:

Maksdkadkçalskdlçksdlçkaksdçlkaslçdkaçsdkalçsdklçaskdloaspdopasodpospdoasdjksdkljlçksjdklsjdkljsdlj.mlçdkaçsdkçlsdçksdlçkslçdkçsdkçlskdçksdlçksdçlkçsdkçlskdlçkasdçlksçdksç.

Maksdkadkçalskdlçksdlçkaksdçlkaslçdkaçsdkalçsdklçaskdl.

NalskdlçksdlçkaksdçAlkaslçdkaçsdkalçsdklçuoniiooiooiioi

ask.

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Page 181: Construindo Monografias

181

• Cuidados com a Resolução – É comum encontrar trabalhos com baixa

qualidade na resolução de textos ou ilustrações, por variados motivos: “o

cartucho acabou bem na hora...” “a impressora deu defeito...” “Tenho

dificuldades para usar o computador...”. Todavia este tipo de justificativa

não é aceito; apenas demonstra que o pesquisador foi relapso neste

sentido.

• Não usar ilustrações do CLIPARTS – As ilustrações oferecidas por

estes recursos têm a finalidade de facilitar o dia a dia das empresas, e

não são adequadas para ilustrar trabalhos científicos. Para estes, além

das tabelas e gráficos, podem ser utilizadas fotografias ou desenhos

personalizados (elaborados especialmente para ilustrar aquele trabalho).

8.3 Composição artística

A divulgação do trabalho científico objetiva, inclusive, atrair aliados à

pesquisa, e deve utilizar dos melhores recursos disponíveis para tal. Entre

estes recursos, os da composição artística. Mesmo na mais livre composição

artística, existe princípios que devem ser observados, a fim de que a arte

também comunique. São eles:

8.3.1 Alinhamento

Sobre este item, em vários dos tópicos anteriores já existem orientações

e referências indicativas de uso.

8.3.2 Simetria e Equilíbrio

Os conteúdos expostos no pôster – texto e imagens – devem obedecer

aos princípios da harmonia simétrica, ou seja, um lado não deve ter mais

conteúdo que o outro.

Page 182: Construindo Monografias

182

8.3.3 Ordem

Os conteúdos devem ser apresentados na ordem estabelecida para os

elementos básicos – introdução, objetivos, justificativas, metodologia, dados

coletados, análise e discussão dos dados, considerações finais, referências

bibliográficas.

8.3.4 Oposição e Contraste

São princípios que auxiliam na percepção dos detalhes. Tanto para

ilustrações quanto para textos. Por exemplo: Texto na cor preta, em fundo

branco; figuras claras sobre fundo escuro e vice versa.

8.3.5 Simplicidade

Os excessos de toda natureza são dispensáveis! Muita ilustração, muita

informação, muito colorido, falta de colorido, pouco texto, muito texto... esses

extremos provocam o desinteresse do possível interessado na temática da

pesquisa apresentada sob a forma de pôster. A simplicidade é elegante, e

sempre bem vinda em qualquer situação que envolva a ciência.

8.4 Dicas Tecnológicas

Para elaborar o pôster, os programas mais apropriados são:

PowerPoint, CorelDraw, PhotoShop, Ilustrator, FreeHand. Sabendo utilizá-

los, os resultados são sempre gratificantes! Mas, cuidado: o que se vê na tela

do computador não é, necessariamente, igual ao que se verá impresso. Deve-

se testar a impressão com antecedência. É recomendável ter sempre à mão

uma cópia do pôster, para servir-se dela em caso de emergência.

8.5 Divulgação Eletrônica

Se pretender divulgar o Pôster na Rede deve-se utilizar o padrão:

Page 183: Construindo Monografias

183

• Formato: jpg

• Largura: 600x900 pixels

• Resolução: 72 dpi

8.6 Vale Lembrar

Não se deve deixar para elaborar o pôster na última hora; “deixar

descansar a massa do pão possibilita maciez e rendimento.” Recomenda-se

deixar o pôster “descansar” um ou dois dias, antes de ser impresso. Isto

possibilita a correção dos “erros invisíveis” garantindo a qualidade – irmã da

credibilidade. Os erros mais freqüentes em posters são:

• Dificuldade de ler o pôster a uma distância de 1,20m ou mais porque a

fonte ficou pequena (menor que 25);

• Excesso de informações;

• Objetivos e conclusões não destacadas.

A recomendação da American Gastroenterological Association

(AGA) é:

Cabeçalho: Cabeçalho deve empregar no mínimo fonte 150 pontos (33

mm), indicando o título do trabalho, autor(es) e instituição.

Texto: Letras do texto devem empregar fonte com 36 pontos (10mm).

Destaque as seções: Numerar ou destacar cada seção para guiar o

leitor do pôster. O uso de cores é um método efetivo de separar as

seções e garantir um impacto visual. Mas, é importante verificar se a

combinação de cores não prejudica a leitura.

Desenvolvimento: O pôster deverá incluir 3 a 5 breves sentenças

destacando as informações necessárias para compreender a pesquisa e

porque foi feita. As questões da pesquisa ou as hipóteses de trabalho a

serem testadas devem ser clara e sucintamente apresentadas.

Page 184: Construindo Monografias

184

Metodologia: Destacar brevemente a metodologia, apresentando

apenas detalhes de novos métodos ou modificações de métodos já

utilizados.

Gráficos: Resultados apresentados sob a forma de gráficos são muito

mais efetivos do que blocos de texto. Usar legenda para símbolos, e

incluía a interpretação dos resultados abaixo de cada gráfico.

Conclusões: Apresentar as conclusões sucintamente, em fonte maior.

(Muitos leitores lêem isso primeiro. Assim, as conclusões devem ser

facilmente identificadas e compreendidas).

Como foi dito a princípio, o pôster é apenas uma conseqüência possível,

de uma PESQUISA BEM REALIZADA. Dedicação é a palavra de ordem.

Recomenda-se ao pesquisador, especialmente o iniciante, gastar tempo

LENDO SOBRE O TEMA escolhido. E em todo o processo, BUSCAR O

APOIO DO ORIENTADOR!

Page 185: Construindo Monografias

185

BIBLIOGRAFIA

[...] bibliografia é um registro de documentos, livros, inventários, escritos, impressos ou quaisquer gravações em variados meios (madeira, metal, argila, papiro, papel, etc.) sobre determinado assunto ou de determinado autor, que venham a servir como fonte para consulta. A primeira bibliografia publicada data de 1494 (Liber de scriptoribus ecclesiasticis). Embora a palavra bibliografia só tenha surgido em 1633, a atividade que ela designa remonta à antiguidade: catálogo, repertório, índice, inventário, e todas as formas pelas quais os eruditos têm procurado reunir, sobre um assunto ou dentro de uma disciplina, à informação mais completa (BIBLIOGRAFIA, 2006).

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