construir nordeste - edição 57

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Construir Nordeste - Edição 57

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Page 1: Construir Nordeste - Edição 57

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Page 2: Construir Nordeste - Edição 57

O Brasil está se tornando um grande canteiro de obras. Novas oportunidades surgem a todo momento. Para aproveitá-las, você vai precisar da força e do know-how da Case, há mais de 90 anos no País. De máquinas leves a mais pesadas, a Case tem uma linha completa de produtos e serviços que atendem a todas as necessidades deste novo Brasil que cresce como nunca. Porque Case é sinônimo de alta tecnologia aliada a um pós-venda eficiente e a uma rede que alcança todo o território nacional. Case, uma marca em constante evolução. Acesse e descubra tudo que a Case pode fazer por você. www.casece.com.br

um país que não para de crescer precisa de uma marca que não para de evoluir.

Page 3: Construir Nordeste - Edição 57

| MAIO 20116 |

SUMÁRIO

TECNOLOGIA

ECONOMIA & NEGÓCIOS

SEÇÕES

COLUNAS

RESÍDUOS SÓLIDOS

ARQUITETURA & INTERIORES

18 PIETRO PALLADINO

ENTREVISTA

VIDA SUSTENTÁVEL

43 FEIRAS

ESPECIAL

36 CAPA | CHANTECLAIRA restauração de um dos mais emblemáticos edifícios do Recife

40 MUSEU DO IMIP

O projeto de iluminação do museu impressiona pela sutileza e tecnologia

50 CONSTRUÇÃO VERDE

Empresas trazem ao Nordeste sistemas com certificação ambiental

54 MERCADO DO CIMENTO

Construção em alta no país impulsiona vendas e novas fábricas

58 LOUÇAS E METAIS

Banheiros populares na mira de fabricantes como Deca e Docol

63 COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO

Cresce a procura de construtoras por tecnologia e sustentabilidade

64 SALÃO DE PERNAMBUCO

Ademi/PE registra menor oferta e queda nas vendas em relação a 2010

66 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Pernambuco cria secretaria para ajudar na formação de mão de obra

14 SHARE

22 ESPAÇO ACADÊMICO

26 RESPONSABILIDADE SOCIAL

30 PAINEL CONSTRUIR

32 TRENA

34 VITRINE

46 COMO SE FAZ

52 DIA A DIA NA OBRA

70 INSUMOS

75 ONDE ENCONTRAR

16 PALAVRA | EDUARDO MORAES

49 D&A | RICARDO CASTRO

56 VISTO DE PORTUGAL | RENATO LEAL

62 ECONOMIA | JOSUÉ MUSSALÉM

68 INDICADORES IVV | JOSÉ FREITAS

69 INDICADORES CUB | CLÉLIO MORAES

Legislação leva construtoras a adotar soluções para os resíduos sólidos

O lighting designer italiano fala sobre sua carreira e grandes projetos

Feicon Batimat e Expo Revestir revelam efervescência da construção

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Page 4: Construir Nordeste - Edição 57

R enasce a revista. Da Construir Nordeste surge a Construir NE, abreviando na nova logomarca uma proposta de expansão que segue o ritmo acelerado

da construção civil e de toda a sua cadeia na região e no Bra-sil. Novo design, novas seções e colunas se agregam para lhe dar ainda mais prazer em ler a revista, que vem, em 12 anos, trazendo notícias e um movimento que passa também pela arquitetura e ainda mistura o mundo acadêmico com o dos negócios e grandes projetos.

Esta edição começa revelando a dinâmica entre o passado e o presente na restauração do Edifício Chanteclair, símbo-lo do ecletismo arquitetônico do histórico Bairro do Recife. Sob o comando do arquiteto Jorge Passos, artesãos, pedreiros e outros profissionais recriam o passado que promete muito futuro, num exemplo de obra que pode ser como vinho e ficar ainda melhor com o tempo.

Mais espaço, agora, para as empresas mostrarem suas ações de responsabilidade social e o que vem acontecendo nos can-teiros, no retorno da seção Dia a Dia na Obra, que nesta edição traz uma matéria sobre o projeto Aprender na Obra, coorde-nado pela conselheira e professora da Universidade Federal de Pernambuco, Risale Neves.

E se ora retornamos, ora avançamos e vamos criando novas seções e colunas como a Trena, assinada pela jornalista Etiene Ramos, editora executiva da Construir NE, que trará notícias de bastidores e uma rápida análise de assuntos do universo da construção e da arquitetura. Ao mesmo tempo, estreamos a seção Share, uma plataforma de divulgação do site www.cons-truirnordeste.com.br e da presença da nossa revista nas redes sociais, integrando cada vez mais a comunicação impressa com a virtual.

Nesta edição, você vai encontrar uma análise do economis-ta Josué Mussalém sobre o Minha Casa, Minha Vida, além do temor do mercado de viver, no Brasil, uma reedição da falên-cia do setor imobiliário americano, acentuada com a crise fi-nanceira mundial. Mas fiquem tranquilos: ele garante que não corremos riscos.

E, mantendo nossos espaços consagrados, destacamos a en-trevista exclusiva do lighting designer italiano Pietro Palladino. Ele é autor, dentre muitos projetos famosos, da iluminação da Catedral Duomo, em Milão, de onde falou ao jornalista Vitório Júnior, radicado em São Paulo.

Um projeto de iluminação das arquitetas Cláudia Torres, Márcia Chamixaes e Beatriz Esteves também ganha destaque na edição: o do museu do Instituto de Medicina Integrada Prof. Fernando Figueira - o Imip.

Como se vê, espalhamos muita luz ao começar esse novo caminho. Boa leitura.

Elaine LyraPublisher

| MAIO 20118 |

CARO LEITOR

Page 5: Construir Nordeste - Edição 57

DIRETORA GERAL | Elaine Lyra

REVISTA CONSTRUIR NORDESTE | edição 57 | maio 2011 | 10.000 exemplares

CONSELHO EDITORIALAdriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão, Clélio Moraes, Eduardo Moraes,

Elaine Lyra, Francisco Berek, Haroldo Azevedo, José G. Larocerie, Lailson de Holanda, Mário Disnard, Renato Leal, Ricardo Leal, Risale Neves, Serapião Bispo

CONSELHO TÉCNICO Professores

Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Béda Barkokébas, Cezar Augusto Cer-queira, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette,

Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas

REDAÇÃO | [email protected] | Elaine Lyra

[email protected] EXECUTIVA | Etiene Ramos

[email protected]

Cristina França | Edilson Vieira | Patrícia BragaCOLUNISTAS

André Freitas | Clélio Morais | Josué Mussalém | Renato LealREVISÃO DE TEXTO | Betânia Jerônimo

[email protected], PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO | Felipe Gabriele

Z.diZain Comunicação (www.zdizain.com.br)FOTO (CAPA) | Alexandre Albuquerque

PUBLICIDADE E PROJETOS ESPECIAIS | [email protected] E EVENTOS | Ana dos [email protected]

PUBLICIDADE | Marise [email protected]

REDES SOCIAIS E SITE | Mirella [email protected]

REPRESENTANTES PARA PUBLICIDADEBAHIA | Sandra Meneses

+55 81 71 8745 8710 | +55 71 3014 2414 | [email protected]Á | Aldamir Amaral

+55 85 3264 0576 | [email protected] CATARINA | Ana Luísa

+55 48 9981 9588 | [email protected]ÃO PAULO | Demetrius Sfakianakis

+55 11 3255 2522 | [email protected] DE JANEIRO | Aílton Guilherme

+55 21 2233 8505 | +55 21 8293 6198 | [email protected] GRANDE DO SUL | Everton Luís

+55 51 9986 0900 | [email protected] - PROJETOS ESPECIAIS | B4 Business Consulting & Investiments

[email protected] | +351 21032 9111

ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | +55 81 3325 2782SECRETÁRIA EXECUTIVA | Alda Paula de Andrade

[email protected] ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | Stanislau Macário Júnior

[email protected]

ASSINATURAS E DISTRIBUIÇÃO | +55 81 3325 2782Felipe Silva | [email protected]

ENDEREÇOAv. Conselheiro Aguiar, 1555/36 - Boa Viagem - Recife/PE - CEP 51111-011

+55 81 3325 2782 | 3038 1046 | [email protected]

Page 6: Construir Nordeste - Edição 57

FALE

CON

OSCO

25ª CASA COR SÃO PAULOLocal: Jockey Club Data: 24 de maio a 12 de julho Internet: www.casacor.com.br/saopaulo/

MOSTRA BLACK – DESIGN E DECORAÇÃO CONCEITUALLocal: Rua Groenlândia, 448 – Jardim EuropaSão Paulo/SPData: 21 de junho a 17 de julhoTelefones: (11) 3062.6989/9142.7587

23ª FEIRA NACIONAL DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTELocal: Expo Center Norte - São Paulo/SPData: 1 a 3 de agostoInternet: www.fenasan.com.br

83º ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVILLocal: World Trade Center - São Paulo/SPData: 10 a 12 de agosto Internet: www.enic.org.br

CONSTRUIR BAHIALocal: Centro de Convenções – Salvador/BAData: 17 a 20 de agosto Internet: www.feiraconstruir.com.br/ba/

14º FÓRUM CONSTRUIR – INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS Local: Auditório da FIEPE - Av. Cruz Cabugá - Recife/PEData: 29 de setembro Internet: www.forumconstruir.com.br/

CONCRETE SHOW Local: Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo/SPData: 31 de agosto a 2 de setembroInternet: www.concreteshow.com.br

Como evoluiu, no período intercensitário, ou seja, entre os anos 2001 e 2009, o acesso à rede de esgoto sanitário no Nordeste?

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí-lios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2001, havia um total aproxi-mado de 12.210.000 domicílios particulares permanentes na Re-gião Nordeste, dos quais cerca de 22% eram ligados à rede coleto-ra de esgotamento sanitário. Em 2009, foram registrados cerca de 15.331.000 domicílios, dos quais, aproximadamente, 31% tinham acesso a tais serviços.

Observamos que houve algum avanço no período, entretanto, encontramos, em 2009, um to-tal aproximado de 10.600.000 domicílios ainda não ligados à

rede coletora de abastecimento sanitário. Portanto, apesar dos avanços observados, ainda exis-te uma larga parcela da popula-ção que não tem acesso a esses serviços de rede coletora de es-gotamento sanitário na Região Nordeste. Convém lembrar que o acesso a serviços adequados de esgotamento sanitário, além de estar ligado à qualidade de vida e do meio ambiente, tem, entre ou-tros fatores, fortes implicações na área da saúde pública.

Prof. Dr. Cezar Augusto CerqueiraPoli/UPE/Unicap

Qual o verdadeiro significado de um “material de construção verde”?

Ao classificar um material de construção com o suposto selo de “material verde”, é importan-te atentar para o perfil ambien-tal desse material. Quando no momento de sua produção e/ou transformação é consumida uma menor quantidade de matéria e energia, significa dizer que se trata de uma premissa importan-te para o seu perfil ambiental. No entanto, há que se enxergar a fase de uso e reintegração à natureza desse material, que ao final de sua vida útil poderá tra-zer significativos impactos para o ambiente. Tomemos como exemplo o concreto, que é um dos materiais mais consumidos no mundo, consequentemente com um enorme consumo de

matéria e energia. Se a durabili-dade desse material não for tra-tada com especial atenção, logo cedo ele terá que ser substituído ou recuperado, causando com isso a necessidade de retirar da natureza outra grande quantida-de de matérias-primas e energia, com seus respectivos impactos ambientais. Daí para produzir-mos um concreto “verde”, terá que ser aumentada a sua vida útil e, com isso, ampliado o seu perfil ambiental. Desse modo, ao compará-lo a outro concreto de baixa durabilidade, ele será considerado mais amigável com o ambiente.

Prof. Dr. Arnaldo Cardim PEC/Poli/UPE

REDAÇÃO/SUGESTÕES DE [email protected]. Conselheiro Aguiar, 1555Boa Viagem | Recife | PECEP: 51111-011

ATENDIMENTO AO [email protected]: + 55 81 3325 2782Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h

e das 14h às 18h

CARTASAv. Conselheiro Aguiar, 1555Boa Viagem | Recife | PECEP: 51111-011

CARTAS AGENDA

Page 7: Construir Nordeste - Edição 57

| MAIO 2011 MAIO 2011 |14 | | 15| MAIO 201114 |

Para saber mais, acesse www.construirnordeste.com.br ou mande um e-mail para [email protected]. Nos siga no Twitter! Nosso perfil é o @Construir_NE. Procure por Revista Construir Nordeste no Facebook e curta a nossa página!

EDILSON VIEIRA

EDILSON VIEIRA

SHARE

P ara quem não labuta nas searas do marketing e da publicida-de, o termo pode soar estranho,

mas croosmedia é um recurso cada vez mais utilizado no mundo do jornalismo midiático, que trata de uma espécie de cruzamento entre os diversos veículos ou formas de comunicação. Esse balaio junta informação do mundo virtual, revistas e redes sociais, tornando-se um prolon-gamento do outro. A revista Construir Nordeste, atenta aos novos meios, já está

CRoSSmEDIA

IMAGENS | Na galeria, fotos inéditas sobre a restauração do Edifício Chanteclair, no Recife Antigo, que não estão na maté-ria de capa da edição 57 da nos-sa revista. O fotógrafo Alexandre Albuquerque passou uma tarde inteira subindo e descendo andai-mes para tirar as belíssimas fotos que ilustram a reportagem. Fo-ram mais de 200 registros. Depois de uma árdua seleção, as fotos mais bonitas estão nas páginas da revista e no nosso site

NOTÍCIAS | Noticiário atualizado focando a construção civil no Brasil e no mundo. A nova seção de noticias é dividida em diversos assuntos - econo-mia e negócios, tecnologia e agenda

EDIÇÃO ATUAL Traz as principais matérias e a en-trevista de capa da edição atual, só para dar um gostinho de ler a re-vista completa

EDIÇÕES ANTERIORESNão começamos hoje, nem ontem. Nesta seção, você poderá relembrar a evolução do setor nos últimos 12 anos, através de todas as edições da nossa revista publicadas até agora, com suas principais matérias

PROMOÇÕES EXCLUSIVAS PARA AS REDES SOCIAISMirella Lima e Ana dos Anjos, nossas criativas meninas do marketing, estão bolando novidades para os nossos seguidores do Twitter e Facebook. Aguardem

EM CONSTRUÇÃOO pessoal da Z.dizain Comunicação desen-volveu a nova logomarca e o novo projeto gráfico da revista, afora a turma da UNU Soluções de Informática, que está ralando pixels e bytes para botar o novo site no ar

nas principais redes (Twitter, Facebook e Linkedin), agora se debruçando sobre o site que, em breve, se tornará o maior por-tal de notícias sobre mercado, tecnologia, sustentabilidade e negócios do Nordeste. O novo projeto gráfico que estreia nesta edição será levado para a Web e ficará mais interativo, com mais informações multimídia, fotos e vídeos exclusivos, além de bastidores que complementam alguns temas da edição impressa. Mas não estamos satisfeitos. Queremos mais

conteúdos ao seu alcance. Por isso é bom ir se acostumando a esse admirável mun-do novo. Seremos cada vez mais crossme-dia. E vem por aí: newsletter para leitores cadastrados (inscreva-se no site para rece-ber nosso boletim), publicação de índices da construção civil, artigos, promoções exclusivas para as redes sociais e muito mais. Sabe como é... Reforma nunca ter-mina e sempre pode melhorar. Para co-meçar, você já pode conferir tudo isso em www.construirnordeste.com.br:

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FÓRUM CONSTRUIR VAI AO INTERIOR

O Fórum Construir chegou a Carua-ru, uma das cidades que mais cres-cem no interior de Pernambuco,

com o tema “Construindo o Nordeste pelas paredes da sustentabilidade”. Em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Caruaru (Acic), a Construir NE realizou, no dia 24 de maio, no auditório desta associa-ção, a primeira edição do fórum fora de uma capital. “Cumprimos o objetivo de apresen-tar sistemas construtivos para multiplicar conceitos e informações que casam projeto arquitetônico com tecnologia construtiva e sustentabilidade”, comemorou a publisher da Construir NE, Elaine Lyra. Na programação, palestras dos engenheiros Luiz Priori Júnior e Gamal Asfura, e dos arquitetos João Dal-berto Ziani e Juliano Dubeux, que levaram conhecimento para arquitetos, engenheiros, empresários e estudantes. O evento, patroci-nado pela CP Construção, Associação Bra-sileira de Cimento Portland (ABCP), Tupan e Condomínio Monte Verde, teve o apoio da Learning Soluções Tecnológicas e da Rádio Caruaru FM. Mais sobre o fórum no www.construirnordeste.com.br.

Franco Vasconcelos: “Fórum Construir,

um eventoimportante para

Caruaru”

Os palestrantes Gamal Asfura, João Dalberto

Ziani e Luiz Priori Jr. também

mediador e coordenador do Fórum Construir

Presença do público da região

valorizou ainda mais o Fórum

Construir

Luiz Priori Jr; Elaine Lyra; o diretor da Acic, Ricardo Montenegro; o presidente da Acic, João Bezerra; o secretário de Desenvolvimento de Caruaru, Franco Vasconcelos; e o diretor da Learning, Mário Disnard, atentos ao coordenador da Câmara da Construção Civil da Acic, Gláucio Cruz

João Bezerra, presidente da Acic; diretor da CP Construção, Clauston Pacas; arquiteto Juliano Dubeux; e Elaine Lyra

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| MAIO 201116 |

CONSTRUÇÃO CIVIL:GRANDES MUDANÇASEDUARDO MORAES*

* Eduardo Moraes é gerente do Escritório Regional N/NE da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

A construção civil enfrenta signifi-cativas transformações que têm impactado diretamente na cultu-

ra das empresas que executam obras. Nos últimos anos, como as fronteiras tecnológi-cas se tornaram virtuais, o Brasil passou a absorver as melhores influências do Primei-ro Mundo, dentre elas uma é fundamental para o seu desenvolvimento: o planejamen-to em suas variadas vertentes.

Na engenharia civil, não poderia ser di-ferente. A efervescência do setor da cons-trução e a necessidade de executar obras em um curto espaço de tempo, com maior qualidade, produtividade e racionalização, têm levado as construtoras a investir corre-tamente em planejamento e projeto.

A obra passa a ser uma “simples monta-gem”, dentro do curto prazo que se dispõe. Antes de iniciá-la, é preciso um período de planejamento e maturação do projeto, em que devem ser feitos estudos diversos - layout, compatibilização de projetos, ela-boração de cronograma físico detalhado, in-terligando as diversas etapas da construção. Com isso, elimina-se totalmente a necessi-dade de “adequações” no canteiro de obras.

Alguns fatores podem explicar a falta de planejamento na construção civil. Um deles é o clima mais estável e ameno, durante longos períodos do ano, em determinadas regiões do país, o que possibilita o trabalho a céu aberto. Nos países desenvolvidos, quase todos locali-zados no Hemisfério Norte, as empresas têm menos de seis meses para executar as obras, sendo obrigadas a uma maior produção in-door. No Brasil, as empresas despendem no projeto curto espaço de tempo para construir as obras em três anos. No Primeiro Mundo, é quase o inverso: muito tempo no projeto e pouco na execução.

Outro fator importante é a cultura do imediatismo nos segmentos público e pri-vado. Assistimos a governos que não dão sequência às gestões anteriores e acabam gerindo as cidades, as capitais e os Esta-dos sem um planejamento estruturado, ainda que mínimo. Até há pouco tempo, não existiam nem mesmo planos direto-res das cidades. A maneira de o Estado licitar e contratar obras não exige proje-tos completos e detalhados, deixando um distanciamento entre o que é licitado e a realidade das obras.

A mudança já começou a ocorrer e será radical. Um passo importante é a proativa atitude do Sindicato Nacional das Empre-sas de Arquitetura e Engenharia Consulti-va (Sinaenco), tanto em nível estadual – no caso, em Pernambuco, como em nível fe-deral, no sentido de desenvolver um exce-lente, amplo e vigoroso trabalho de divul-gação e conscientização da necessidade de um bom planejamento e projeto.

A evolução da informática também tem colaborado para esse processo de transfor-mação, à medida que oferece ao mercado softwares modernos para compatibilização de projetos de variadas especialidades. Já existem hoje várias empresas trabalhando dentro de um processo integrado, chamando à respon-sabilidade os autores dos projetos de cálculo, estrutura e instalações em geral.

Nesse período, também surgiram empresas terceirizadas em segmentos específicos, como o de revestimento de fachadas. Em um passado muito recente, só havia três tipos de projeto (arquitetura com detalhamento, estrutural e de insta-lações). Hoje, no entanto, há vários ou-tros - alvenaria de vedação e estrutural, impermeabilização etc.

Há depoimentos de construtoras que atuam em Pernambuco que reve-lam as vantagens do planejamento e da compatibilização de projetos. São ati-tudes que tornam as construções mais racionais, reduzem a quase zero os re-síduos e não geram retrabalho durante a execução das obras, aspecto que re-sulta em custos elevados nas obras. Um empreendimento pode ter seus custos reduzidos entre 4% e 8% com um tra-balho de articulação das suas equipes.

Recentemente aconteceu o lançamento do Manual Pernambucano de Coordena-ção de Projetos, elaborado pela comuni-dade da construção do Recife, sob a con-sultoria da empresa Proactive, que seguiu as diretrizes do Manual de Escopo de Serviços para Coordenação de Projetos da Associação Brasileira dos Gestores e Coor-denadores de Projeto (Agesc), um modelo nacionalmente respeitado pelo alto desem-penho que apresenta.

O manual é resultado de um trabalho feito com 13 empresas integrantes da co-munidade, que durante os últimos quatro anos participaram de encontros periódicos para a sua formatação, estando disponível para todas as construções, independen-temente do padrão do empreendimento. Sua utilização, aliada ao empenho das construtoras e incorporadoras de se dedi-carem a planejar seus empreendimentos em conjunto com projetistas, ainda na fase da concepção, deve, certamente, garantir a redução dos custos das obras e também diminuir o volume de desperdícios.

PALAVRA

Page 9: Construir Nordeste - Edição 57

MAIO 2011 | | 19

ENTREVISTA

| MAIO 201118 |

LUZ: “UM VESTIDO SOB MEDIDA”

Quando foi que a arquitetura e a ilu-minação começaram a fazer parte da sua vida?

Enquanto estudava engenharia, fui atraí-do como agente físico e tenho estudado as leis que regulam a geração, propagação e interação da luz com a matéria desde os tempos da universidade. Nos primeiros anos de carreira profissional, me propus a abordar a questão da iluminação, prin-cipalmente do ponto de vista técnico. No final dos anos 80, fiquei interessado nos efeitos da luz no ambiente construído. Percebi a possibilidade de transformar um edifício e uma paisagem natural (ou urbana) mediante o uso da iluminação artificial como ferramenta para criar e comunicar. Foi então que passei a lidar com a arquitetura e inventar uma nova metodologia para projetar a luz.

Como foi a criação de uma identidade própria em um universo onde tudo é muito parecido?

Ao longo dos anos, tenho desenvolvido uma sensibilidade e uma metodologia específica para abordar os problemas de iluminação. Primeiro percebi que a luz tem uma lingua-gem única, que é recusada por todas as apli-cações. Isto me permitiu criar um método para interpretar, tecnicamente, os diferentes tipos de sistema de iluminação. Na prática, dirijo com muito cuidado a definição de “conceito” e, em seguida, tento criar valor através da escolha de soluções técnicas para os mínimos detalhes. Desta forma, meus projetos de iluminação sempre têm uma identidade específica que os difere da média.

Dentro de um mercado tão competiti-vo, o que fazer para se manter sempre atualizado?

Para se manter atualizado, é necessário também encontrar soluções para se dife-renciar dos concorrentes. Este é um pro-cesso contínuo que envolve toda a minha equipe de trabalho. O objetivo é fazer sempre o melhor e ter essas soluções an-tes de qualquer outra pessoa. Para tal, é preciso coragem, pois as responsabilida-des são grandes e você nunca tem certeza

dia inteiro. A partir dessa experiência, contamos cada vez mais com as soluções tridimensionais. Hoje temos inúmeros hardwares e softwares avançados, com re-sultados muito melhores.

Na iluminação pública, como os gestores municipais podem conseguir um melhor resultado investindo menos?

Na minha opinião, este é um problema di-fícil. A realidade é que o operador escolhi-do persegue o lucro, que deve ser o maior

possível. Isto é uma contradição daquilo que vivemos na Itália. O problema poderia ser resolvido mediante a gestão de todas as atividades de instalação e manutenção do projeto e escolha de materiais. Em outras palavras, os municípios deveriam continu-ar sendo os verdadeiros responsáveis pela iluminação pública em vigor no desenho urbano e na estética da formação do con-texto urbano.

Que conselho daria para um profissional que acaba de entrar no mercado? Que er-ros ele deverá evitar?

O designer de iluminação deve primeiro ter uma formação profissional completa.

A minha experiência diz que uma boa formação básica demora, pelo menos, entre quatro e cinco anos de prática para se qualificar como designer. (...) O desenho de luz não é para todos

do resultado quando escolhe um cami-nho inovador. Na maioria das vezes, é o projeto da planta que nos remete a novas ideias e nos leva a criar novos produtos. Na verdade, nosso negócio é completado pelo design de luminárias novas - muitas vezes os produtos surgem durante o pro-jeto de uma luz específica. Uma maneira de ser diferente, com soluções originais, é também criar dispositivos com insta-lações “customizadas”, que caracterizam fortemente um maior prestígio para os nossos projetos.

O que podemos esperar acerca da susten-tabilidade na iluminação?

No futuro, o planeta será iluminado com leds. Também serão excluídas lâmpadas fluorescentes compactas, que contêm mercúrio e são altamente prejudiciais à saude humana. Os leds também chegarão às residências por economia de energia e a iluminação pública vai voltar para postes de madeira, pois certamente eles são ambientalmente mais sustentáveis do que o metal.

Como atingir os níveis de eficiência ener-gética, impostos pelos governos dos paí-ses, nos atuais projetos de iluminação?

Simplesmente com a boa qualidade do de-sign de iluminação. A iluminação deve ser como um vestido feito sob medida.

No projeto de iluminação da Catedral Duomo, em Milão, quais foram as tecno-logias utilizadas para que o seu projeto atingisse o efeito esperado?

O projeto de iluminação externa da ca-tedral, feito há dez anos, exigiu muita pesquisa e ousadia. Naquela época, deci-dimos construir um modelo tridimensio-nal. Levamos seis meses para terminar o modelo e o design da iluminação. Com o novo modelo, foi possível avaliar os efei-tos de luz em cada sombra do monumento e também nas estátuas. Os softwares que utilizamos foram os mais avançados do período e exigiram que os computadores, para obter os resultados desejados após cada alteração, tivessem que esperar um

Com quase 30 anos de atuação, o lighting desiner italiano Pietro

Palladino é considerado uma sumidade da luminotécnica. Radicado

em Milão, publicou diversos livros, um deles inclusive com a chancela

da Universidade da Itália. Projetou a iluminação de obras emblemáticas

de renomados arquitetos e tem entre seus projetos mais famosos o da

Catedral Duomo. Nesta entrevista ao jornalista paulista Vitório Júnior,

fala sobre o futuro da iluminação em sintonia com as correntes

de sustentabilidade e eficiência energética, e dá conselhos para

os que pretendem enveredar na profissão.

Amar

ildo

Leal

ENTREVISTA

Page 10: Construir Nordeste - Edição 57

ENTREVISTA

| MAIO 201120 |

Os leds também chegarão às residências por economia de energia e a iluminação pública vai voltar para postes de madeira

O problema é chegar a essa formação, pois em muitos países não existe grau completo ou formação especializada. O conselho que posso dar a um jovem designer de ilumina-ção é fazer um estágio em um estúdio de design de iluminação, a fim de ter conta-to direto com problemas específicos. Isto pode fazer a diferença. O erro mais comum é ele pensar que pode se tornar um bom designer de iluminação em um curto espa-ço de tempo. A minha experiência diz que uma boa formação básica demora, pelo menos, entre quatro e cinco anos de prática para se qualificar como designer. Depois há também um problema fundamental: como acontece com todas as profissões, esse pro-fissional deve ter a atitude certa. O desenho de luz não é para todos.

No Brasil, os profissionais de ilumina-ção usam bem a luminosidade tropical ou procuram mais adaptar as tendên-cias internacionais aos seus projetos?

A escolha dos níveis de iluminação e da cor da luz é fortemente influenciada pelo lugar. Não existem regras preci-sas, mas a tendência mundial é utilizar quantidades menores e mais baixas de energia. Afora, por exemplo, o uso de conceitos baseados na criação de fortes contrastes de luminância ou de cores, que pode ajudar a criar sistemas para economizar energia. Em última análise, acredito que a globalização vai nivelar as diferenças na abordagem do design de iluminação.

Amar

ildo

Leal

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Page 11: Construir Nordeste - Edição 57

| MAIO 201122 |

A indústria da construção civil é um dos setores de maior cresci-mento na economia brasileira,

contudo é consenso afirmar que é uma das maiores consumidoras de matérias-primas naturais e, devido ao grande volume de resíduos gerados, causadora de grandes impactos ao meio ambiente. Surge daí a necessidade de ir em busca de novos ma-teriais, que possam minimizar os danos causados pelo setor.

Um dos estudos que tem sido desenvol-vido pelo Grupo de Pesquisa Engenharia

Aplicada ao Meio Ambiente (Ambitec), da Escola Politécnica de Pernambuco/Uni-versidade de Pernambuco, é a utilização de agregado miúdo reciclado de Resíduos da Construção Civil (RCC) como material para a produção de concreto. Nesse sentido, foi definido um programa de investigação laboratorial para caracterização física do RCC, considerando a substituição em teores de 0,50% e 100% do agregado miúdo natu-ral, ou seja, areia por agregado miúdo reci-clado de RCC, para a produção de concre-to. O programa experimental laboratorial

consistiu na realização de ensaios de carac-terização física (composição gravimétrica, granulometria, teor de material pulverulen-to, massa específica e absorção) nos agrega-dos natural e reciclado (RCC).

O material empregado para o desenvolvi-mento da fase experimental da pesquisa foi o RCC gerado em uma obra de edificação residencial de multipavimentos, na etapa de estrutura, da cidade do Recife, com uso de tecnologia construtiva de concreto armado e vedação vertical com blocos cerâmicos. A empresa responsável pela execução do

CLARISSA RODRIGUES E STELA FUCALE*

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CURVA GRANULOMÉTRICA

abertura da malha (mm)

% re

tido

acu

mul

ado

0,01

agregado reciclado agregado normal

Figura 1: Curvas granulométricas.

empreendimento possui sistema de gerencia-mento de resíduos, ou seja, o resíduo gerado é segregado por classes. Antes de iniciar os ensaios de caracterização física, a amostra de RCC foi submetida a um processo de benefi-ciamento, que consistiu na redução do tama-nho das partículas, por meio de um britador, atingindo a dimensão máxima de 2,4mm. O agregado miúdo natural utilizado veio do Rio Sirinhaém, em Pernambuco. Todo mate-rial foi homogeneizado e passou por uma pe-neira de # 4,8mm, sendo retirada toda fração superior a esta malha.

A realização da composição gravimé-trica com a amostra de RCC possibilitou comprovar que o concreto é o material mais representativo, com 69,23% do peso total da mesma. Vale salientar que a com-posição gravimétrica do resíduo pode variar bastante, de acordo com a região, a etapa e a tecnologia construtiva utilizada.

O ensaio de granulometria revelou semelhanças entre a classificação do

 

 

tamanho dos grãos dos agregados na-tural e reciclado. Apesar do diâmetro máximo dos grãos do agregado natural ser superior em relação ao agregado reciclado, percebe-se que os módulos de finura de ambos os materiais estão muito próximos, com valores de 2,64 e 2,56 para agregados natural e reciclado, respectivamente. A Figura 1 indica as curvas granulométricas dos agregados natural e reciclado, verificando-se a se-melhança entre as curvas.

O ensaio do teor de material pulveru-lento revelou que o agregado reciclado possui um valor cerca de oito vezes su-perior ao agregado natural, característica que deve ser controlada no momento da dosagem do concreto, pois pode acarretar um consumo elevado de água. Os resulta-dos podem ser visualizados na Tabela 1.

A Tabela 2 apresenta os resultados do ensaio de massa específica, indicando que o valor do agregado reciclado é menor

TEOR DE MATERIAL PULVERULENTO (%)

Agregado natural Agregado reciclado

1,0 8,7

MASSA ESPECÍFICA (g/cm3)

Agregado natural Agregado reciclado

2,62 2,54

que o do agregado natural. O fato pode ser atribuído à presença de materiais porosos - como o tijolo cerâmico - no resíduo.

No que se refere à absorção do ma-terial reciclado, este apresentou-se cerca de dez vezes maior que o natural, apre-sentando valores de 10,28 % e 1% para os agregados reciclado e natural, res-pectivamente. Logo, para que não haja absorção da água de amassamento, alte-rando a relação água/cimento, deve-se realizar a pré-umidificação do material antes da dosagem.

Diante dos resultados apresentados, as amostras de agregados reciclados de RCC comportaram-se de forma sa-tisfatória nos ensaios realizados, com características físicas semelhantes às amostras de agregados naturais, deven-do-se tomar alguns cuidados antes da utilização do material.

Tabela 1: Resultados do ensaio de teor de material pulverulento.

Tabela 2: Valores de massa específica.

AGREGADO MIÚDO RECICLADO DE RESÍDUOS É APLICADO NA PRODUÇÃO DE CONCRETO

* Clarissa Ribeiro de Sá Rodrigues é mestranda em Engenharia Civil na Poli/UPE ([email protected]).

* Profª Drª Stela Fucale é professora ad-junta da Escola Politécnica de Pernam-buco e membro do corpo docente per-manente do mestrado em Engenharia Civil da Poli/UPE ([email protected]).

A busca de novos materiais pode minimizar os danos ambientaisda construção civil

ESPAÇO ACADÊMICO

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| MAIO 201126 |

N o entorno da Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife,

várias ações têm modificado positivamen-te o dia a dia da região, integrando antigos moradores ao desenvolvimento gerado pela implantação de obras estruturais, tais como o bairro planejado da Reserva do Paiva, via-bilizado pela Odebrecht Realizações Imobili-árias, e o sistema viário do Paiva, administra-do pela concessionária Rota dos Coqueiros.

Na Reserva do Paiva, vigoram as premis-sas da conservação de áreas de preservação ambiental, acessibilidade e desenvolvimento urbanístico, respeitando critérios como bai-xo adensamento e uso racional de energia e água. Tais premissas estão no Plano de Ges-tão Ambiental que norteia o desenvolvimen-to sustentável da região. Ele permite a criação de novas práticas processuais com impacto positivo no resultado dos empreendimentos, beneficiando quem mora no entorno.

Para implementar essas ações, a comu-nidade conta com o apoio da Associação Geral da Reserva do Paiva, que gerencia o programa de sustentabilidade da região em parceria com o poder público e os empre-endedores locais. Entre os programas estão o projeto Papéis da Vida, onde o papelão descartado das obras locais é transformado em objetos de decoração.

Parte dos resíduos que foram gerados na obra de construção do Condomínio Morada

da Península e em outras obras do bairro vira arte nas mãos dos moradores da região. Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Associação Geral da Reserva do Paiva plane-ja expandir o negócio dos 22 artesãos bene-ficiados pelo projeto, gerando renda para as comunidades vizinhas do empreendimento. Desde 2008, quando foi implantado, mais de quatro toneladas de papelão foram utilizadas, gerando um retorno financeiro estimado en-tre R$ 20 mil e R$ 30 mil para a população.

Em março deste ano, o grupo trabalhou na confecção de um portfólio dos produtos que estão passando por uma requalificação, a fim de atingir novos públicos e mercados. Desde 2010, eles trabalham no diagnósti-co, desenvolvimento e melhoria de produ-tos, bem como na inovação de processos que resultarão numa coleção de obras com previsão de exposição, promoção e comer-cialização nos próximos meses. As oficinas acontecem em local recém-construído para os artesãos, onde há espaço para vendas, de-pósito, salas de aula e produção.

Ainda este ano está prevista a construção de um centro de capacitação, com cerca de 350 metros quadrados, para a realização de cursos profissionalizantes que beneficiarão as comunidades do Cabo de Santo Agosti-nho. Ainda em fase inicial de implantação, outro projeto em destaque - o Costurando Vidas - já conta com 14 beneficiados. Entre

NOVO BAIRRO INTEGRA COMUNIDADEArtesãs da reserva do Paiva transformam resíduos em arte

DA REDAÇÃO

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ação

as atividades, a confecção de chapéus (tipo safári) com reaproveitamento de fardamen-tos dos trabalhadores das obras do local. O material será utilizado em ações de marke-ting com clientes da Odebrecht.

A adoção da Escola Maria Madalena Tabosa, em Itapuama, pelo projeto Ponte para a Educação, da Rota dos Coqueiros, é outra iniciativa implantada no município. Na volta às aulas, em fevereiro passado, 98 alunos da instituição encontraram o espa-ço completamente reformado. A escola ga-nhou reparos na estrutura já existente, além de ampliação da área externa e revisão do poço artesiano e banheiros. E, em breve, irá contar com área de vivência e biblioteca, cujas obras estão em fase de conclusão. Os investimentos ultrapassam a soma de R$ 60 mil. Ao longo de 2011, os professores esta-rão sendo capacitados para ministrar ofici-nas de educação no trânsito para os alunos.

Já pelo projeto Mudas da Sustentabi-lidade, espécies nativas da região foram resgatadas, cultivadas e aproveitadas no paisagismo do novo bairro. O viveiro conta com mais de 100 mil amostras de 110 es-pécies e prioriza a reprodução de mudas da restinga e da Mata Atlântica. Também são realizados eventos educativos em datas comemorativas e voltados para o público infantil, no intuito de despertar na comu-nidade uma conscientização ambiental com foco especial na coleta seletiva.

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| MAIO 201128 |

O projeto Casa da Criança lançou, no dia 22 de fevereiro, a huma-nização do ambulatório de on-

cologia pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso. Esta ação, terceira em Cuiabá e 34ª no Brasil, conta com o apoio dos parceiros máster Instituto Ronald McDonald e Cimento Nassau, a colabora-ção da Pizza Hut (Ceará/Paraíba) e o pa-trocínio nacional de Amanco, Araforros, Brasilit, Celite, Cerâmica Eliane, Cimen-to Nassau, Esmaltec, Fabrimar, Florense, Sicmol e Siemens, que doam todo o ma-terial necessário para a reforma, transfor-mando os ambientes em locais muito mais confortáveis e divertidos para crianças em tratamento contra o câncer.

HUMANIZAÇÃO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA EM MATO GROSSO

No lançamento da ação do projeto Casa da Criança, animadores alegram crianças da ala de quimioterapia

O Hospital de Câncer de Mato Grosso é responsável por mais de 75% dos atendimentos a crianças e adolescentes em tratamento quimio-terápico no Estado, dos quais 90% são pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A obra de humanização be-neficiará 112 crianças e adolescentes entre zero e 17 anos. Por dia, cerca de 20 crianças são atendidas para consultas e quimioterapia ambula-torial. Destas, cerca de 15 permane-cem internadas.

O evento foi um sucesso de mobiliza-ção e reuniu arquitetos, designers, artis-tas plásticos, entre outros profissionais voluntários. Estiveram presentes Patrícia Chalaça, Marcelo Souza Leão e Lavínia Petribú, coordenadores nacionais do projeto; Francisco Neves, do Instituto Ronald McDonald; João Castilho More-no, presidente da Associação Matogros-sense de Combate ao Câncer; Suely San-tos Araújo, vice-presidente do Hospital de Câncer de Mato Grosso; Roseli Barbo-sa, primeira-dama do Estado, além dos franqueados sociais Vagner Giglio, Emili Ayoub Giglio, Leila Ayoub Malouf, Neili Bumlai Ayoub Grunwald, Michel Daud Ayoub Sobrinho e Alan Ayoub Malouf.

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A NORMA das tintas econômicas

FEIRÃO da Casa Própria

RECIFE incentiva construção de hotéis

N o final de abril, a As-sociação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT) publicou a norma revi-sada NBR 15079:2011, que esta-belece os requisitos mínimos de desempenho das tintas látex e traz a indicação para uso exclusivo de ambientes internos. Antes tais tintas eram indicadas para am-bientes internos e externos – hoje

A sétima edição do Fei-rão da Casa Própria, promovida pela Caixa

Econômica Federal, no Centro de Convenções, de 20 a 22 de maio, teve cobertura ao vivo no Twit-ter, Facebook e blogs. E, quem os visitou, participou. Afinal, quem não quer contar para o mundo como realizou o grande sonho da vida? A Caixa vem usando todos os meios para manter o ritmo no financiamento de imóveis. Onze

A conselheira da Construir NE, arquiteta Celeste Leão, trouxe um olhar especial do

Salone del Mobile de Milão deste ano. Confira.

“Se o mundo é a nossa casa”, a Itália leva a frase ao pé da letra e dá um show de supe-ração. Assim o Salone del Mobile de Mi-lão completou 50 anos em 2011, demons-trando seu potencial de inovação, beleza e tecnologia. Podemos definir o evento com duas expressões: conforto/ergonomia e or-ganização - todos os produtos apresentados convergem para estes dois temas.

Nos livings, os sofás camaleões fo-ram as vedetes. Com proporções perfei-tas, transformam-se em cama de casal com um simples toque. Aparecem reves-tidos em pele (como o couro costuma ser chamado por lá) ou outros materiais como o ecocouro, o linho e o veludo, nas versões clássicas. Predominam o cinza, o grafite e até o preto, recebendo “to-ques de luz” nas almofadas em tons azul (turquesa), fúcsia, amarelo ou vermelho.

Estantes organizadoras do espaço dividem-se em microvãos, com alguns fechamentos em vidro e montantes in-clinados ou ortogonais amarelo (limão), fúcsia, uva, cinza e branco, tornando o habitar muito lúdico e prático.

Nos dormitórios, as camas de ca-sal ou solteirão se resumem a bons colchões box, agregados a cabeceiras reclináveis e estofadas, com capas mutantes em tecido (linho, veludo ou brim), pele e ecocouro. Os armários são o ponto alto dos quartos - suntu-osos pela simplicidade das linhas, mas com grandes portas deslizantes e alta tecnologia nas ferragens e acabamen-tos e aparecem sem puxadores.

Já nos dormitórios dos jovens, im-peram os quartos temáticos tipo ”lou-cos por futebol”, fadinhas românticas e Hello Kittys, com uso de muito lamina-do plástico colorido.

No jantar, grandes mesas fazem a “festa”, retráteis ou não, adornadas com até quatro micropendentes sobre elas ou lustres gigantes. Cadeiras em versões incríveis também deixam o consumidor indeciso na hora de escolher.

Milão... Não perder, não perder ja-mais. E respirar novidade, modernidade e tecnologia”.

U ma nova lei, proposta pela Prefeitura do Recife e aprovada em maio pela Câmara Legislativa do Recife, estabelece parâmetros

urbanísticos e normas de uso e ocupação do solo para edificações de uso coletivo em serviços de hospeda-gem. A lei promete incentivar os hoteleiros a ampliar ou construir hotéis, permitindo mais flexibilidade na construção em bairros como Boa Viagem, um dos que mais atraem empreendimentos. A iniciativa visa a au-mentar a disponibilidade de leitos para a Copa 2014 e o turismo de negócios que cresce em Pernambuco.

RUMO ao Nordeste

NÚCLEO Destaque

ROSSI: altas vendas

E nquanto desenvolve tecnologias próprias para suas ferramentas, a paulista Diaman-glass planeja abrir uma nova unidade, ainda

este ano, para aproveitar o “embalo” da construção. O Estado ainda não foi definido, mas segundo o diretor presidente da empresa, Nélson Carvalho Filho, a aber-tura de novas filiais trará uma logística condizente com as necessidades do mercado. Para ele, o grande poten-cial de consumo do Nordeste, região onde a partici-pação da Diamanglass ainda pode crescer, é uma das razões para pensar na expansão.

mil unidades das 15 mil ofereci-das eram novas ou ainda estavam na planta. E, quem vende, já par-te para outra obra, girando com a grande mola propulsora do Minha Casa, Minha Vida. No primeiro quadrimestre, Pernambuco contri-buiu com uma média de 83 finan-ciamentos por dia, 6.749 contra-tos assinados e um volume de R$ 440,6 milhões de um total nacional de R$ 20,2 bilhões. O feirão con-tinua no www.feirao.caixa.gov.br.

a indicação para os dois ambientes vale apenas para as tintas Standard e Premium, que têm maior dura-bilidade, resistindo melhor às in-tempéries. De acordo com a nova norma, as embalagens das tintas econômicas produzidas a partir de 27 de abril de 2011 deverão es-tampar apenas a palavra “interior”. Tintas com os dizeres “interior/exterior” serão avaliadas conforme

os requisitos das tintas Standard definidos pela mesma norma.

Os fabricantes de tinta com-prometeram-se a seguir as especi-ficações da norma revisada antes mesmo da sua publicação, adap-tando embalagens e materiais de divulgação e promoção. Com a pu-blicação da norma, que tem força de lei, o restante do mercado terá que fazer o mesmo.

BONS negócios

N o balanço do Adit Invest, realizado de 10 a 12 de maio, em Fortaleza, o presidente executivo da Adit Brasil, Luiz Henrique

Lessa, revelou a expectativa de gerar negócios da ordem de R$ 2,7 bilhões. Acompanhado do diretor do Departamento de Financiamento e Promoção de Investimentos do Ministério do Turismo, Hermano Carvalho, Lessa revelou que o volume é 50% superior ao do último ano, embora as rodadas de negócios te-nham sido reduzidas. “Isso mostra que, mais do que quantidade, estamos buscando qualidade, trazendo investidores qualificados que tenham um real interes-se em investir no Brasil”, declarou. Para Carvalho, os números traduzem o esforço que tem sido feito pela Adit e pelas entidades parceiras.

O evento reuniu investidores do Brasil, Grã-Bre-tanha, Holanda, Portugal, Espanha, Polônia, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Foram re-alizados 35 painéis relativos ao segmento imobiliário e turístico na conferência internacional que contou com 93 palestrantes, enquanto 33 empresas participaram do Salão Imobiliário. Jornalistas brasileiros e estrangeiros cobriram o Adit Invest para 58 veículos de comunicação.

C au Biglia e Eduardo Cardoso, presidente e diretor de marketing do Núcleo de Deco-ração da Bahia, respectivamente, recebem profissionais da área no próximo dia 3 de junho, no Salão Catarineta, do Pestana Bahia Hotel, para a entrega do prêmio Núcleo

Destaque 2011 nas categorias Residencial (casa), Residencial (apartamento), Comercial, Mos-tras/Decorados e Consciência Ambiental.

Fotos e ilustração: divulgação

As vendas contratadas da Rossi, uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil, no primeiro trimestre de 2011, totalizaram R$ 768 milhões, 15% acima do primeiro trimestre de 2010. Já os lançamen-tos registraram R$ 723 milhões, aumentando 27% em comparação com o mesmo período de 2010. Nos pri-meiros três meses de 2011, a empresa lançou 11 em-preendimentos, somando 2.650 unidades. O segmento econômico representou 50% das unidades lançadas e 26% do VGV (Valor Geral de Vendas) total. “As vendas foram distribuídas em 17 Estados, o que confirma a es-tratégia da Rossi em focar nos mercados emergentes, onde a concorrência é menor e a demanda aquecida”, afirma o CEO da Rossi, Heitor Cantergiani.

Page 16: Construir Nordeste - Edição 57

| MAIO 201132 | | MAIO 201132 |

ETIENE RAMOS

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TRENA

FALTAS DE ABRIL

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O final de abril traduziu em núme-ros os problemas que os constru-tores vêm enfrentando há mais

de um ano. A Sondagem Especial da Cons-trução Civil, realizada pela Confederação Nacional da Indústria e Câmara Brasileira da Indústria da Construção com 385 em-presas do país, entre 3 e 20 de janeiro deste ano, apontou o principal fantasma do setor: a falta de mão de obra qualificada. Enge-nheiros e arquitetos estão escassos, mas a

pesquisa revela que 94% dos empresários não encontram trabalhadores de nível bási-co como serventes e pedreiros. Isto vem pre-judicando a produtividade, na opinião de 64% dos entrevistados. O problema é maior nas grandes empresas, levando 64% delas a investir na capacitação de pessoal e 45% a fortalecer políticas para reter seus emprega-dos. O percentual que realiza parcerias com instituições de ensino ainda é baixo - ape-nas 14%, menor que os 17% que recrutam

PRêMIO ADEMI/SEA Construtora Cosil, que atua nos mercados de Sergipe, São Paulo e Pernambuco, foi a “empre-sa do ano” na quinta edição do Prêmio Ademi Sergipe, levando ainda o destaque na premia-ção de Campanha Publicitária 2011. O prêmio foi recebido pela diretora de Incorporações da empresa, Danusa Silva.

PRATA NOVA | A Adit Brasil tem um novo diretor de investimentos. É André Gustavo Menezes, que substitui Luiz Lessa, alçado a presidente da entidade no co-meço do ano. Menezes será responsável pela captação e estruturação de projetos da agência de investimentos da Adit, contando com uma maior estrutura para acompa-nhar o processo de nacionalização e o site www.adit.com.br/investimentos.

ADEUS pIngA-pIngAA Tigre criou um curso iné-dito sobre hidráulica, voltado exclusivamente para mulheres. A líder na fabricação de tubos de PVC quer capacitá-las para pequenos reparos domésticos ou para acompanhar o trabalho de um bom profissional com mais segurança. O programa será replicado em todo o Bra-sil, nos principais home centers e revendedores da Tigre. Em maio, Pernambuco terá cursos no Recife e em Goiana. Depois das aulas, as alunas vão tirar de letra o pinga-pinga de tor-neiras, vasos sanitários, pias e ralos entupidos.

APê VIA FACEBOOK | Um mês e meio após o lançamento inédito do seu canal de vendas pelo Facebook, a Cyrela Brazil Realty comemorou sua primeira venda efetiva: um apartamento do Vita Residencial Clube no Recife. Um aplicativo para iPhone ajudou nessa comercialização, integrando as informações sobre o empreendimento em dois importantes canais on-line da companhia, a primeira do setor imobiliário a lançar o canal no Facebook e fechar uma venda.

PEDRA DE JERUSALÉMMármores off-white das variedades “jasmine white” e “golden veil” estão mais perto dos pro-jetos de Pernambuco. Importados de Jerusalém pela Inpermal , as pedras em tons de bege são indicadas para áreas internas e externas, pisos, revestimentos e bancadas. A empresa também promete trazer da Itália nada menos que 500 me-tros quadrados de revestimento - mosaicos, már-more (botticino, royal e o tradicional carrara) e pastilhas de vidro.

operários em outras regiões. Dados preocu-pantes que revelam um problema estrutural de um país que não se preparou para cres-cer num dos setores de base que mais gera empregos e movimenta a economia. Vale lembrar que estamos apenas no começo de uma demanda que cresce com os eventos da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 e da retomada dos investimentos em infraestru-tura, mobilidade e logística, cada vez mais próximos.

Page 17: Construir Nordeste - Edição 57

VITRINE

P ortas capazes de transformar um ambiente. É o que promete a curitibana MR Closet. São portas personalizadas, com vários tipos de

acabamento, que aliam modernidade, criatividade e funcionalidade. A MR Closet fabrica portas de correr com trilho suspenso, biarticuladas, que podem ser de-senvolvidas para as mais diversas finalidades, inclusive dividir ambientes. Já para armários e closets, elas po-dem ser fabricadas em acidato, acrilato, vidro, espelho prata, espelho dourado, além do risque e rabisque, in-dicado para quartos de crianças ou despensas.

A ntenada com as exi-gências do mercado e disposta a investir

em produtos top de linha, a Ouro Fino acaba de lançar três novos modelos de banheiras com de-sign diferenciado. As banheiras Vega, Acrux e Sirius, que inte-gram a Série Ouro, são fabricadas

A Atlas lançou pastilhas de por-celana com esmalte de ouro e platina, capazes de dar um to-

que de suntuosidade a um ambiente mais básico e padronizado. Em formato 2,5cm x 2,5cm, as pastilhas não se diferenciam apenas pelo visual, mas pela qualidade, já que a porcelana absorve pouca água, fator importante para a durabilidade. A nobreza e o futurismo do novo esmalte lançado pela Atlas enriquecem o mer-cado com uma nova, moderna e valiosa opção para os projetos internos.

O bjeto para consumidores que primam pela orga-nização, o porta-controle remoto aparece agora em versão politicamente correta, fabricado pela

Eco.lógica Design, uma loja virtual que trabalha com arte-sãos e designers brasileiros que usam descartes urbanos e madeiras de reflorestamento. O produto é produzido em MDF com certificado Forest Stewardship Council, o FSC - o selo verde mais reconhecido do mundo. A certificação FSC, promovida pelo Conselho Brasileiro de Manejo Flo-restal, identifica produtos originados de florestas maneja-das de forma responsável.

A Electrolux aliou-se a estudantes do mestrado em Design de Milão, na Itália, num projeto futurista para cozinhas. O ReSouce (novas fontes) foi concebido com base nos fatores tecnologia, sustentabi-

lidade e influências multiculturais, resultando em nove modelos de eletrodo-mésticos típicos da cozinha do futuro. Entre eles, a Kewa, uma lava-louças à base de ar comprimido que economiza água, tempo e energia; o Cleair, um purificador de ar com atualizações automáticas sobre as condições do ar da casa; e o Chefiamo, um livro de receitas virtual que ajuda, orienta, inspira e mantém tradições de cozimento usando a projeção de receitas.

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A FEIRA DA CONSTRUÇÃO DA BAHIA

17–20 AGOSTOCENTRO DE CONVENÇÕES DA BAHIA

Page 18: Construir Nordeste - Edição 57

MAIO 2011 | | 37

A história do edifício Chanteclair é cercada de anonimato, glamour, esquecimento e persistência. Um

novo capítulo está sendo escrito - o do seu renascimento - pelas mãos do arquiteto e restaurador pernambucano Jorge Passos, contratado pelos investidores do Comple-xo Paço Alfândega (que inclui o shopping de mesmo nome) para devolver a vida ao símbolo da era de ouro das maiores festas noturnas do Bairro do Recife, surgido em volta do porto que deu origem à capital pernambucana. “O Chanteclair já faz parte do imaginário da cidade; não são poucas as pessoas que me procuram para saber se realmente estamos trabalhando na recu-peração do prédio”, diz o arquiteto. Não é para menos. Entre todas as grandes edificações do Recife Antigo, o Chante-clair é a que mais ganhou destaque na mídia, desde que foi anunciada a sua primeira restauração, em 2001.

O prédio começou a ser estudado e recebeu as primeiras intervenções para restauro há mais de dez anos, mas a empresa que o arrendou do seu antigo proprietário, a Santa Casa de Misericórdia, acabou de-sistindo da empreitada. O Chan-teclair chegou a ser desapropria-do pela Prefeitura do Recife, que alardeou sua restauração e transformação em centro

cultural no final de 2007. Mais uma vez a obra começou e parou logo no início.

Em novembro de 2010, a Jorge Passos Restauro assumiu a restauração das facha-das e a cobertura da obra, como determi-nou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério Público federal aos novos responsáveis pelo Complexo Paço Alfandêga. “Fomos contratados para estancar o processo de degradação do prédio”, revela o arquiteto. Pode parecer algo simples, mas o que está acontecendo por baixo da tela verde que envolve o Chanteclair é um minucioso tra-balho de reviver o passado do antigo pré-dio, reproduzindo o máximo possível de suas características originais.

O mais novo capítulo da história do Chanteclair começou em 2001, com o le-vantamento do mapa de danos por Jorge Passos, incluindo a análise laboratorial das patologias existentes. “Já naquela época, levantamos a situação de degradação do prédio e suas condições de restauro, catalo-gando todos os detalhes estruturais e arqui-tetônicos”, explica o arquiteto. A primeira constatação foi que o prédio não ameaçava desabar, como chegou a ser propagado, mas a sua fachada, bastante deteriorada pela ação da maresia próxima ao porto do Re-cife, estava se degradando e ruía aos poucos.

Como não havia nenhum documento histórico ou planta da época da construção

CHANTECLAIR

DE VOLTA À CENAUm dos mais emblemáticos prédios antigos do Bairro do Recife será finalmente restaurado, mas os investidores não revelam seu destino

EDILSON VIEIRA

(estimada nas primeiras décadas do século XX), foi realizado um mapeamento mi-nucioso para entender o ritmo do prédio, com a identificação e repetição dos ele-mentos decorativos, visto que o Chante-clair apresentava uma estucaria sofisticada para um edifício que tinha uma ocupação originalmente residencial e comercial.

O prédio apresenta uma curiosa consti-tuição: são seis células habitacionais de três pavimentos mais o térreo, ocupando todo um quarteirão, com fachada única de estilo eclético. Assim, foram catalogados 733 orna-tos integrados, ou seja, que fazem parte da estrutura, e 2.500 m2 aplicados, 106 janelas, 130 portas, 1.180 ferrolhos, 2.622 dobradiças e 57 grades de ferro fundido. O sistema cons-trutivo é de alvenaria, com tijolos maciços, lajes e varandas em concreto armado.

OFICINA DE ESTUCARIA

Jorge Passos gosta de lembrar que o trabalho de recuperação e produção dessa vasta gama de ornatos só está sendo possí-vel porque boa parte do material foi reti-rada das ruínas e guardada em depósitos, desde o primeiro estudo, há dez anos. “Pela observação dos ornatos originais, podemos reconstituir as peças faltantes ou incomple-tas”, diz o arquiteto. Para isto, foi montada uma oficina de restauro no próprio can-teiro de obras, onde todos os ornatos são

Vista aérea do centro do Recife, no início do século XX. No detalhe, o Chanteclair

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reconstruídos manualmente por artesãos especializados em estucaria. É a arte de produzir ornamentos arquitetônicos usan-do fôrmas, registrada desde o Antigo Egito. Cada modelo de ornato (pinhões, jarrões, caracóis) é reconstituído em seu tamanho e formato originais, com todos os detalhes. A partir dessas peças, faz-se um molde de gesso que servirá como fôrma para a re-produção de novos ornatos. É um trabalho que exige paciência, atenção e capricho do artesão. Alguns moldes são revestidos com silicone, o que permite maior riqueza de detalhes. As peças, que variam de menos de 30 centímetros a três metros de altura, são confeccionadas com argamassa e mui-tas ganham reforço de estruturas em ferro galvanizado. Foi montada também uma pequena central para produzir três tipos de argamassa (emboço, reboco e massa única). Não haverá lugar para a moderna massa acrílica - o acabamento das paredes será feito com argamassa de areia finíssima e cal, como era no início do século passado.

Por conta da proximidade do mar e da ação direta da maresia, o arquiteto substi-tuiu a estrutura da cobertura original em peroba-do-campo por estruturas metálicas de aço com tratamento anticorrosivo. “Es-tamos recuperando o prédio para resistir ao tempo. Não havia sentido reproduzir a cobertura original em madeira, reconheci-damente menos resistente. Optamos pela

O objetivo inicial do investidor é devolver ao Recife uma parte do seu passado (...) Estamos fazendo isso com absoluto respeito à história da cidade

ARQUITETURA & INTERIORES

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Cobertura ganhou estrutura em aço galvanizado Jorge Passos: torniquete contra a degradaçãoMoldes em silicone ajudam a detalhar ornatos

Projeção do Chanteclair após a reforma

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uro estrutura de aço e a coberta será semelhan-te à original, em telhas francesas”, revela o arquiteto. O curioso é que boa parte da linha central da estrutura em madeira ori-ginal, retirada da coberta, será aproveitada em algumas das novas esquadrias, que se-guem o desenho original das portas e jane-las aplicadas no Chanteclair.

PÁGINAS ARRANCADAS

Percorrer a obra do edifício Chanteclair é como folhear um livro antigo do qual fo-ram arrancadas as primeiras páginas. Não há registros da sua construção, estimando-se que tenha sido erguido no final do século XIX ou início do século XX, quando o Bairro do Recife sofreu uma alteração radical em sua estrutura para a expansão do porto, sendo abertas novas ruas em sentido radial e partin-do de um ponto central – o Marco Zero da cidade. Daí surgiram novos e imponentes prédios, seguindo a tendência dos bair-ros planejados das principais cidades da Europa à época.

A ocupação inicial era prioritariamen-te residencial, nos três andares superiores, e comercial, no térreo – provavelmente

formada por escritórios alfandegários e armazéns comerciais. O prédio só adotou o nome que tem hoje nos anos 40, no pe-ríodo da Segunda Guerra, de acordo com o historiador e jornalista Leonardo Dantas Silva, quando ali passou a funcionar a boa-te Chantecler – na escrita original. Nesses tempos, o Bairro do Recife recebia não só os militares ávidos por diversão, mas os ri-cos e boêmios da capital recifense, a então principal cidade do Nordeste.

Mas se faltam registros históricos, nas paredes do antigo casarão é possível encon-trar vestígios desses 100 anos de existência. A cor original era uma espécie de ocre, a ser atualizada seguindo o estudo feito pe-los restauradores. As pinturas, pichações, azulejos, escadarias e mesmo interferências mais grosseiras - como a introdução de co-lunas no interior do andar térreo de um dos módulos - revelam, de maneira própria, a trajetória do prédio: endereço residencial de trabalhadores dos escritórios alfandegá-rios, em um primeiro momento; salões de festa, bares e restaurantes, nas décadas de 40 e 50; e pensões baratas e prostíbulos, en-tre os anos 60 e 80, quando apenas o andar térreo tinha algum valor comercial. Nele

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funcionavam uma lanchonete, uma loja de ferragens, uma agência bancária e o lendá-rio restaurante Gambrinus, o último locatá-rio a deixar o prédio, em 2000, depois de 70 anos de atividade no local.

Coordenar o trabalho de cerca de 45 ho-mens movendo-se no intrincado interior do prédio não é fácil. Ainda mais com o emara-nhado de quase 4.500m2 de andaimes, que servem de reforço estrutural, e plataformas de trabalho, tudo visando à segurança dos trabalhadores e à integridade do prédio.

“O Chanteclair não ameaça desabar, mas o prédio tem um equilíbrio próprio, que foi alterado ao longo de todos esses anos com elementos estranhos ao seu projeto original, tais como a abertura de passagens internas, a divisão de andares com inclusão de novos pisos e a troca de esquadrias de madeira por basculantes”, declara o arquiteto, que deci-diu sistematizar o trabalho com a criação de frentes de ataque. Em comparação com uma obra comercial, uma obra de restaura-ção tem um tempo diferente de execução. A do Chanteclair não é diferente, mesmo trabalhando com o prazo de 18 meses para entrega. Enquanto um grupo encarrega-se do reforço e da montagem dos andaimes,

outro produz o material necessário para a obra e mais outro trata da restauração pro-priamente dita, com aplicação de ornatos, colocação de esquadrias e acabamento. As-sim, em pouco mais de quatro meses de tra-balho, já é possível encontrar, em parte da fachada, uma amostra de como será a nova estampa do velho Chanteclair.

A nova empresa investidora, responsá-vel pelo arrendamento do prédio, não di-vulga qual será a utilização do Chanteclair depois de restaurado. No escritório regio-nal do Iphan, há um projeto aprovado du-rante a primeira tentativa de restauração, para funcionamento de um centro cultu-ral no local com bares, café, restaurante e salas de exibição de filmes ou anfiteatro. Não se sabe se o novo investidor irá ado-tar este projeto ou apresentar um outro, mas seja qual for o destino dado ao novo Chanteclair, a cidade já tem o que come-morar. “O objetivo inicial do investidor é devolver ao Recife uma parte do seu pas-sado, um prédio que é uma das portas de entrada do conjunto arquitetônico histó-rico do bairro. Estamos fazendo isso com absoluto respeito à história da cidade”, conclui o restaurador Jorge Passos.

ARQUITETURA & INTERIORES

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MUSEU DO IMIP

UMA LUZ PARA A HISTÓRIA DA MEDICINA EM PERNAMBUCO

TEXTO | PATRÍCIA BRAGAFOTOS | ALEXANDRE ALBUQUERQUE

N o sentido figurado, a palavra ilu-minação significa “ilustração” e, iluminar, “esclarecer”, ou seja,

utilizar a luz para passar informações. Num contexto geral, a iluminação tem o objetivo de “acender” e dar destaque. O diferencial na hora de fazer um projeto está no tipo de objeto (ou espaço) a ser iluminado. Em mu-seus é imprescindível que a luz utilizada não emita calor e nem raios ultravioletas capazes de desvalorizar as obras. Este cuidado é bem visível no museu do Instituto de Medicina Integrada Prof. Fernando Figueira (Imip), único espaço do gênero no Estado localizado

nas dependências de uma unidade hospita-lar. Inaugurado em 22 de novembro de 2010, o museu do Imip é considerado um referen-cial em iluminação, projetada na intenção de equilibrar a apreciação e preservação de objetos históricos. Para isso, foi utilizado um sistema de fibra ótica e luz fluorescente de última geração, artifício que consegue aliar sutileza a funcionalidade.

Com duas salas no térreo do prédio onde funcionava a farmácia do secular Hospital Pe-dro II, hoje incorporado ao complexo hospi-talar do Imip, o museu guarda relíquias histo-ricamente preciosas. De acordo com Cláudia

Torres, uma das três arquitetas responsáveis pelo projeto, existem materiais difíceis de ilu-minar, o que exigiu muito estudo e pesquisa. A sala “Imip: uma ideia, um caminho, uma história” abriga objetos utilizados tanto pelo antigo Pedro II, como pelo hospital pediá-trico. São materiais cirúrgicos, fotografias, placas condecorativas, produções científicas, informativos e documentos antigos.

Para dar destaque ao acervo, foi usada a fibra ótica linear, mais espalhada e que ilumina áreas maiores, onde estão docu-mentos, informativos e trabalhos científi-cos; e a pontual, que valoriza a modelagem

tridimensional dos objetos pequenos como medalhas, tesouras e placas. De acordo com Cláudia Torres, apesar de ser um tipo de condutor, a fibra tem vantagens como a não emissão de raios UVA, além de maior precisão no controle do nível de luz. “A gente consegue usar um dímer e observar a iluminação apropriada para os objetos existentes no museu que merecem mais cuidado, no que se refere à preservação”, explica. Já as lâmpadas fluorescentes per-mitem uma iluminação que incide de for-ma indireta, principalmente no acervo de papel - a chamada luz por rebatimento.

A segunda sala, batizada de Professor Fernando Figueira, guar-da objetos pessoais do fundador do Instituto, tais como medalhas, livros, fotografias, vídeos, material de trabalho e até relógios, abotoa-duras e alianças. “É necessário uma luz ainda mais sutil para espaços menores que precisam de iluminação mais delicada”, destaca a arqui-teta. Segundo ela, trata-se de um projeto desafiador, uma vez que a preservação das características originais da sala foi uma prerrogativa da própria instituição.

ARQUITETURA & INTERIORES

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INTERIORES

ano II | nº 6 | maio 2011

EU DIGOO engenheiro Luiz Priori Jr. analisa o impacto do lixo no meio urbano

ENTREVISTASérgio Xavier: “Resíduo não é problema; é solução”

RESÍDUOS SÓLIDOS

O que fazer com as sobras do canteiro de obras

HISTÓRIA E PRESERVAÇÃO

Cada projeto tem uma história e a do Imip, iniciada em 13 de junho de 1960, é fruto de um sonho do seu fundador, o pro-fessor Fernando Jorge Simão dos Santos Figueira. Primeiro hospital de pediatria de Pernambuco, começou a funcionar em um único prédio, passando para um complexo hospitalar e, posteriormente, incorporan-do o Hospital Pedro II, de arquitetura hos-pitalar francesa. Hoje ocupa um quarteirão inteiro e guarda parte da história acadêmi-ca dos profissionais de saúde que passa-ram pela instituição. Essa memória pode ser conferida no acervo preservado pelo museu, um patrimônio aberto a médicos, estudantes de medicina, pacientes, alunos de escolas públicas e particulares, enfim, à população em geral.

Como solução, as profissionais decidi-ram inserir, nos móveis históricos, vitrines em MDF, onde estão expostos os objetos do museu iluminados pelas minúsculas lâmpadas de fibra ótica. “A gente procu-rou, com a luz, valorizar o novo - mais claro para ressaltar o que se quer olhar - e deixar o antigo menos destacado, como pano de fundo.” A arquiteta ressaltou que a fibra ótica tem também a vantagem de proporcionar uma iluminação cuja inten-sidade varia de acordo com o que se quer destacar, a exemplo das placas, materiais difíceis de iluminar, uma vez que podem gerar reflexos. “A angulação foi toda estu-dada e cada detalhe contemplado, pensado, amadurecido”, revela orgulhosa. Tanta mi-núcia requer um monitoramento especial da iluminação, ou seja, tanto o teto quanto as vitrines são controlados de forma digital e por trechos. “As fontes de luz são todas numerizadas. Contamos com toda uma estrutura de automação, para que várias cenas (durante o dia ou à noite) possam ser criadas”, detalha. Sem dúvida, um projeto singular que alia bom gosto e funcionali-dade, levando o visitante a viajar no tempo e na trajetória histórica do hospital infantil.

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EXPEDIENTE SUMÁRIO

CARO LEITOR

EU DIGO

ENTREVISTA

CAPA

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Antigamente, construir era sinônimo de desenvolver. Os dois conceitos pare-ciam interligados e inseparáveis. Mas hoje, o ato de construir, no sentido de mo-dificar o meio ambiente através da intervenção humana, com o intuito de facili-tar a vida do homem, teve que abrir espaço para mais um substantivo inevitável: sustentabilidade. De tão utilizada na mídia, nos relatórios e até nos documentos oficiais, já há os que dizem estar o termo desgastado. Será? Nesta edição de Vida Sustentável, trazemos a problemática da destinação dos resíduos sólidos. Ouvimos, na matéria principal deste caderno, especialistas e suas queixas em relação à legislação existente no Brasil, mas não deixamos de mostrar o exem-plo de um canteiro de obras de um grande empreendimento - o Shopping Rio-mar, no Recife, que sabe o que fazer com o que sobra no local de trabalho.

O engenheiro, consultor e pesquisador na área de Construção Sustentável, Luiz Priori Júnior, define, em seu artigo, que quanto mais evoluída a aplicação de uma tecnologia da construção, menor o resíduo gerado. E como gerar resíduos é algo que pode ser minimizado, mas não eliminado totalmente, é preciso que políticas públicas apontem caminhos para a reciclagem e o destino correto das sobras desse desenvolvimento talhado em concreto, aço, pedra, gesso e vidro. Por isso, trazemos também a entrevista do engenheiro, jornalista e secretário do Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier. Ele tem a dura missão de gerir – ou seria melhor conter – os excessos do desenvolvimento econômico que, em outras eras, não olhava para trás em seu caminho de progresso.

Longe da pretensão de ter esgotado o assunto, achamos que esse é o iní-cio de um longo debate, ao qual retornaremos com a esperança de que o leitor nunca se canse de ouvir o termo “sustentabilidade”, mas, se por acaso deixar de percebê-lo por aí, que não seja pelo seu desaparecimento e sim pela sua incor-poração à nossa vida diária. De qualquer forma, quando cansarmos de falar em sustentabilidade, poderemos substituir esta palavra por outra, tão necessária quanto a primeira: sobrevivência.

Boa leitura.

Elaine Lyra

CONSELHO EDITORIALAna Lúcia Rodrigues

Carlos ValleInez Luz Gomes

José Lucas SimonKilvio Alessandro Ferraz

Ozeas OmenaRenato LealRicardo Leal

Serapião Bispo

PUBLISHERElaine Lyra

[email protected]

EDITORA EXECUTIVAEtiene Ramos

[email protected]

REPÓRTEREdilson Vieira

[email protected]

COLABORAÇÃO TÉCNICARoberta Marques Feijó | gestora ambiental

REVISÃO DE TEXTOBetânia Jerônimo

[email protected]

CAPA, PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOFelipe Gabriele | Z.diZain Comunicação

www.zdizain.com.br

FOTO (CAPA)Alexandre Albuquerque

Especialista em construção sustentável, Luiz Priori Júnior diz que há soluções para o “entulho das obras”

As construtoras mobilizam-se pela redução de resíduos e pelo cumpri-mento da legislação

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier, tem ideias para reduzir o impacto ambiental da construção civil

Page 23: Construir Nordeste - Edição 57

O impacto ambiental gerado pela indústria da construção enquanto setor industrial é provavelmen-

te maior nos países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos. O fato des-ses países ainda estarem em processo de construção, aliado ao seu baixo grau de industrialização, faz com que a indústria da construção civil seja uma das que mais pro-duz impactos negativos no meio ambiente.

Seguindo esse raciocínio, pode-se con-cluir que a pouca mecanização e as téc-nicas construtivas predominantemente artesanais, utilizadas na construção civil, contribuem para o aumento do volume de perdas nos canteiros e na produção de re-síduos sólidos nas obras, agravando a ge-ração de impactos para a região.

A falta de locais apropriados para o de-pósito dos resíduos da construção é outro agravante provocado pela construção civil no meio ambiente. Restos de construção jo-gados em locais irregulares como cursos de água ou terrenos baldios contribuem para a proliferação de animais peçonhentos.

Os resíduos sólidos produzidos em canteiros provêm primordialmente de quatro materiais básicos, empregados em praticamente todas as obras de edi-ficação: concreto, argamassa, materiais cerâmicos e gesso. Na sua maioria, são

compostos por materiais de base cimen-tícia ou cerâmica, que contribuem signifi-cativamente para as mudanças climáticas, devido ao alto consumo de energia neces-sária para a sua produção.

Uma vez que o processo de recicla-gem demanda mais gasto de energia, essa tecnologia só deveria ser proposta, como solução para a destinação dos resíduos, depois da implementação de técnicas que possibilitassem a redução da sua geração e reutilização no próprio canteiro, uma vez que através da utilização de procedimentos de simples execução e sem necessidade de grandes investimentos em equipamentos se pode conseguir uma expressiva redução no volume de perda desses materiais.

Todavia, apenas través de uma mudan-ça de mentalidade e da forma de encarar a execução das tarefas esse desafio po-derá ser vencido, já que a disponibilidade para uma nova capacitação em serviços há muito executados da mesma maneira gera ansiedade e desprezo nos operários. Para a conquista de resultados positivos, a alte-ração no modo de trabalhar e no ambiente de trabalho é significativa.

É como a necessidade de manter o ambiente de trabalho asseado e de ter cuidado em não deixar o material sujo, limpando e reaproveitando o resíduo

GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MEIO URBANO

remanescente, muitas vezes encarado pelo funcionário como uma perda de tem-po e, por conseguinte, de produtividade. Este fato naturalmente ocorre na implan-tação de qualquer mudança de método ou sistema de execução de uma tarefa, entretanto consiste em uma barreira a ser vencida rumo à diminuição da geração de resíduos em canteiros de obra.

A implementação de métodos que pos-sibilitem a redução, reutilização e recicla-gem de resíduos sólidos no próprio cantei-ro, além de contribuir com a melhoria da organização, limpeza e logística do local, apresenta outras vantagens como redução da necessidade de retirada dos popular-mente denominados “entulhos de obra”. E, desta maneira, colabora diretamente para a redução de impactos ambientais através da diminuição da queima de combustíveis fós-seis – utilizados pelos veículos que fazem a coleta – e do volume de entulhos acumu-lados em aterros sanitários que, em muitas situações, não apresentam condições para acondicioná-los adequadamente.

* Luiz Priori Júnior é engenheiro civil pela UFPE, mestre em Engenharia pela Universi-dade Católica de Pernambuco, e consultor e pesquisador na área de construção sustentá-vel ([email protected]).

LUIZ PRIORI JR. *

EU DIGO

AGENDA

3º FÓRUM INTERNACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Local: Porto Alegre/RSData: 13 a 15 de junho de 2011

Reunindo pesquisadores, empresários e técnicos, o evento trará convidados do exte-rior para apresentar a realidade da construção sustentável em outros países.

2º ENCONTRO NACIONAL SOBRE APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

2º SEMINÁRIO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Local: Maceió/ALData: 7 a 8 de julho de 2011

Os eventos reunirão pesquisadores, profissionais, empresários e órgãos de fiscalização para troca de ideias e experiências que visam ao desenvolvimento de uma construção civil sustentável.

11ª CONFERêNCIA INTERNACIONAL SOBRE A ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS E PERSPECTIVAS AMBIENTAIS

Local: Tejada Lucy Pereira (Colômbia)Data: 10 a 13 de agosto de 2011

O encontro analisará a situação da Gestão de Resíduos Sólidos com troca de experiências de sucesso locais, nacionais e internacionais, em gestão e elimina-ção de resíduos. Expositores da Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Argentina, Chile e Japão irão abordar temas globais como aterros sanitários, reciclagem e resíduos perigosos.

4º SEMINÁRIO PERNAMBUCANO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Local: Recife/PEData: 17 de agosto de 2011

O Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco promove seu semi-nário anual reunindo cases dos grupos de trabalho de seu fórum permanente e convidados nacionais.

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RESÍDUO HOJE, SOLUÇÃO AMANHÃ

O senhor considera que a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a Lei Estadual 14.236/2010, que tratam da questão dos resíduos sóli-dos, são suficientemente abrangentes?

A legislação brasileira (e estadual) relativa aos resíduos sólidos, aprovada em 2010, é moderna e abrangente, mas tudo depende que suas diretrizes sejam seguidas para que o mercado implemente as mudanças dese-jadas. A resolução do Conama estabelece diretrizes claras, cujo cumprimento gera benefícios sociais, ambientais e econômi-cos, possibilitando o fortalecimento da ca-deia produtiva da construção civil. Além da obrigação de cumprir a lei, as empresas mais inovadoras já perceberam as vantagens de aproveitar, reutilizar, reciclar e gerenciar adequadamente os resíduos de obras. Com isso, estão obtendo retorno não apenas econômico, mas também de imagem posi-tiva, já que a sociedade está cada dia mais exigente quanto ao respeito ambiental. Os empreendedores e profissionais mais quali-ficados estão conscientes das possibilidades de redução de custos com o menor uso de matéria-prima e energia, além da economia

de tempo e do reaproveitamento de mate-rial. Também estão atentos à necessidade de modernizar suas marcas, associando sua imagem às melhores práticas internacionais.

De que forma a Lei Estadual 14.236/2010 está sendo aplicada, principalmente no tocante à fiscalização?

A política estadual de resíduos sólidos foi aprovada há pouco mais de quatro meses e seu decreto deve sair até junho de 2011. A lei estabelece prazos para adaptações e im-plantação dos planos de gerenciamento in-tegrado de resíduos sólidos no âmbito mu-nicipal. Os órgãos públicos estão na fase de regulamentação, formação de consórcios e parcerias, para uma atuação integrada e o

planejamento de ações em conjunto com os diversos setores empresariais. Juntamente com a implantação da política nacional de resíduos sólidos, as cadeias produtivas se-rão integradas, fortalecendo a cultura da ecoeficiência e gerando inúmeras opor-tunidades no mercado. As prefeituras e os principais setores produtivos deverão de-senvolver e implantar planos compartilha-dos de gerenciamento de resíduos. Está em pauta a instalação do Fórum Pernambucano de Resíduos Sólidos, cujo decreto de cria-ção já foi assinado pelo governador Eduar-do Campos, visando a implantar as ações previstas na lei de 2010 e estimular o uso racional e planejado dos diversos tipos de resíduos reaproveitáveis e recicláveis. Com a participação de órgãos governamentais e representantes dos setores empresarial e acadêmico, além das cooperativas de re-ciclagem, construiremos planos de gestão que vão incluir sistemas colaborativos de coleta reversa, com incentivos, capacitação, fomento à pesquisa, canais de acesso a fi-nanciamentos, campanhas informativas e educação ambiental. A lei prevê um esforço conjunto dos governos, das empresas e dos cidadãos consumidores.

Segundo a Resolução 307 do Conama, os municípios deveriam ter leis complemen-tares que definissem procedimentos em relação a resíduos sólidos. Atualmente, no Nordeste, só Recife e Salvador pos-suem essas leis. A lei estadual supre a lacuna em relação aos municípios per-nambucanos ou o ideal seria uma maior participação das prefeituras?

A lei define diretrizes e obrigações, in-cluindo dos municípios, que consorciados ou não devem, até agosto de 2012, apre-sentar um plano municipal de gerencia-mento integrado de resíduos sólidos. A participação das prefeituras vai melhorar substancialmente quando elas se capaci-tarem e formularem seus planos, que serão exigidos na captação de recursos federais, para custear atividades como coleta, trata-mento e disposição final.

Uma crítica das construtoras é que o custo para destinação dos resíduos só-lidos (aterros ou reciclagem) é muito alto, principalmente para empresas de pequeno porte. De que forma o gover-no poderia contribuir para a diminuição desses custos?

Na medida em que os processos são im-plantados em maior escala, os custos se reduzem. Todo lixo é matéria-prima fora do lugar. Com planejamento e inteligência, resíduo deixa de ser despesa e problema, passando a ser riqueza e solução. A lei pre-vê incentivos e o governo já está planejan-do formas de motivar e apoiar a implanta-ção dos novos processos.

As leis determinam que resíduos como sobras de gesso e sacos de cimento de-vem retornar para os seus fabricantes (logística reversa), no entanto não apon-tam propostas de reciclagem para estes materiais, quando devolvidos, e nem levam em conta a distância do mercado consumidor para a origem. Por exemplo, o gesso que vem do Sertão do Araripe e é utilizado na capital.

São desafios que precisam ser en-frentados com uma visão mais ampla,

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, jornalista e presidente do Partido Verde (PV) no Estado, Sérgio Xa-vier, assumiu em março a missão de dar mais visibilidade às políticas

ambientais do governo estadual e estimular o desenvolvimento econômico sustentável. Nesta entrevista ao repórter Edilson Vieira, Sérgio Xavier adianta que o Governo de Pernambuco planeja a instalação do Fórum Pernambucano de Resíduos Sólidos e uma série de ações em conjunto com órgãos gover-namentais, empresários e cooperativas de reciclagem para construir planos de gestão que incluem coleta reversa, incentivos e educação ambiental para tratar do lixo que, para ele, é apenas uma matéria-prima fora do lugar: “Com planejamento e inteligência, resíduo deixa de ser despesa e problema, e pas-sa a ser riqueza e solução”.

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incorporando os novos conhecimentos e observando as justas responsabilidades. É fundamental que o ciclo de produção e vida dos produtos seja planejado, bus-cando soluções antecipadamente. A lei determina a responsabilidade compar-tilhada de cada elo da cadeia produtiva. A inovação tecnológica é o caminho para convertermos velhos processos poluen-tes em novos ciclos de produção e con-sumo sustentáveis, promovendo uma economia forte, estável e socialmente inclusiva. As políticas de fomento à ino-vação devem ser aplicadas para ajudar as empresas na transição para novos pro-cessos e tecnologias verdes. Um relató-rio lançado em fevereiro pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), intitulado “Rumo a uma econo-mia verde: caminhos para o desenvol-vimento sustentável e a erradicação da pobreza”, mostra que investir na susten-tabilidade abre horizontes, fortalece a economia, consolida as empresas e gera empregos duradouros, contribuindo para erradicar a exclusão e a pobreza.

A inovação

tecnológica

é o caminho para

convertermos velhos

processos poluentes

em novos ciclos de

produção e consumo

sustentáveis

Todo lixo é matéria-prima fora do lugar

ENTREVISTA

Page 25: Construir Nordeste - Edição 57

9construir VIDA SUSTENTÁVEL | 9construir VIDA SUSTENTÁVEL

COMO NÃO DEIXAR RASTROS?

EDILSON VIEIRA

A construção civil consome cerca de 20% a 50% dos recursos naturais e produz de 300kg a

500kg de resíduos/habitante/ano. Boa parte desse entulho é descartada em aterros impróprios ou de maneira ilegal e irresponsável em terrenos baldios, nas periferias das cidades, à margem de la-gos, rios ou estradas. O impacto ambien-tal é altíssimo e a necessidade de dar uma destinação correta a esse material levou o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a publicar, em 2002, a Resolu-ção 307, que estabelece diretrizes, crité-rios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

É a lei-mãe que se tornou a base para Estados e municípios criarem dis-positivos próprios de controle e regu-lação dos Resíduos da Construção Civil (RCC). Na prática, poucos municípios

As leis exigem, mas a destinação final dos resíduos sólidos dos canteiros de obra ainda é cara e carece de fiscalização. Empresários criam alternativas e esperam incentivos

interessaram-se pela questão. “No Nor-deste, apenas Recife e Salvador desen-volveram leis de controle de resíduos da construção civil e, mesmo assim, a lei recifense tem muitas omissões”, diz Ân-gelo Márcio Pinheiro, engenheiro e con-sultor de projetos ambientais da Escola Técnica da Construção Civil do Senai, no Recife. A Lei 17.072/05, do Recife, prevê multas de até R$ 5 mil para quem expur-gar os RCCs em locais não autorizados e exige a apresentação de um projeto de gerenciamento de resíduos para a con-cessão do “Habite-se” das obras.

Há oito anos elaborando projetos obri-gatórios para o licenciamento das constru-ções, Pinheiro já chegou a ser procurado pelos responsáveis depois da obra fina-lizada. “Não há uma fiscalização atuante durante as obras, que acompanhe o cum-primento do plano de gerenciamento”,

afirma. Pela legislação brasileira, cabe aos municípios exigir o projeto de gerencia-mento de resíduos da obra e fiscalizar o seu transporte. Ao órgão estadual de meio ambiente, cabe autorizar o funcionamento e fiscalizar aterros e unidades de bene-ficiamento específicos para este fim; aos construtores, rastrear os resíduos desde a saída da obra até a destinação final - ater-ro, beneficiamento ou reciclagem. As leis ainda não apontam diretrizes para a reu-tilização de materiais e nem obrigam os fabricantes de insumos a recolher ou rece-ber resíduos como os do gesso, proibidos de serem largados no meio ambiente, ou mesmo embalagens descartadas, a exem-plo dos sacos de cimento.

Com as brechas da legislação e o alto custo para execução de um projeto de gerenciamento de resíduos no orçamen-to da obra, as empresas vão adiando, ou

simplesmente driblando, as questões ambientais do dia a dia. “Para as peque-nas construtoras cumprirem as normas ambientais, isso ainda é muito caro”, diz Ângelo Pinheiro. Os aterros privados credenciados para receber os resídu-os de construção no Grande Recife, por exemplo, cobram R$ 35,00 por tonelada. Uma alternativa, segundo ele, é a criação de uma certificação ou selo verde para obras ambientalmente responsáveis, a fim de dar mais visibilidade às práticas ambientais corretas e promover as em-presas que nelas investirem.

O tom de crítica é compartilhado pelo coordenador do Grupo de Trabalho em Resíduos Sólidos, do Fórum Pernambuca-no de Construção Sustentável, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sindus-con/PE), Thilo Schmidt. Ele reclama da fal-ta de infraestrutura para recebimento de materiais e tratamento adequado dos resí-duos, bem como da ausência de incentivo aos empresários para atuarem no setor de reciclagem ou reaproveitamento dos RCCs.

Para Schmidt, os governos deveriam obrigar as construtoras que executam obras públicas a utilizar material reciclado

em suas obras, criando um estímulo à re-ciclagem de materiais inclusive de de-molição. “Enviar entulhos para um ater-ro, mesmo que autorizado, não resolve o problema do meio ambiente. O ideal seria reutilizá-los, o que pouparia a extração de matérias-primas da natureza”, diz o enge-nheiro. Segundo ele, 90% dos resíduos da construção civil poderiam ser reciclados para reaproveitamento nas próprias obras, por meio de unidades de beneficiamento ou de postos de coleta voluntária, recurso previsto nas leis ambientais.

NEGOCIANDO RESÍDUOS

O Sistema de Bolsa de Resíduos, criado pela Confederação Nacional das Indús-trias (CNI), virou um canal de negociação entre as empresas geradoras de resíduos e os compradores ou recebedores desses materiais. A proposta é mantida pelas fe-derações das indústrias e seus convenia-dos em seis Estados, entre eles Pernam-buco, Sergipe e Bahia.

A Bolsa de Resíduos é uma facilitadora da livre negociação por meio do site www.sibr.com.br, que permite a compra, venda, troca ou doação de resíduos. As empresas

precisam estar cadastradas no sistema em seu Estado, mas podem negociar na-cionalmente com cadastrados de outras regiões. Os resíduos são classificados por categorias de procedência e subdivididos em função da sua condição de qualidade, acondicionamento, uso ou negociação pre-tendida. O único requisito para participar é ter uma empresa formalmente regulariza-da, não sendo obrigatório estar associado a uma federação industrial.

Hoje em Pernambuco há 109 em-presas cadastradas no programa, mas apenas uma é da construção civil. Para Aristophanes Pereira, secretário exe-cutivo do Centro das Indústrias do Es-tado de Pernambuco (Ciepe), vincula-do à operadora da bolsa - a Federação das Indústrias do Estado de Pernambu-co (Fiepe), o setor ainda não despertou para a ferramenta moderna que está à disposição das construtoras, ou falta mais divulgação da Bolsa de Resíduos. “Quando começamos a operar, em ju-nho de 2010, as consultas ao sistema não passavam de 30 por mês. Hoje, com o site funcionando plenamente, passamos para cerca de mil acessos mensais”, estima.

CLASSE CARACTERÍSTICAS

A Resíduos reutilizáveis ou recicláveis para uso - como agregados - na própria construção: concreto, argamassa, materiais cerâmicos (tijolos, blocos, azulejos, telhas etc), solos provenientes de terraplenagem, demolição e reformas, reparos de pavimentação etc

B Resíduos recicláveis para outras destinações: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e outros

C Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação: derivados do gesso

D Resíduos perigosos - tintas, solventes, óleos e outros - ou aqueles contaminados, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais etc

Classificação dos resíduos da construção civil segundo a Resolução 307 do Conama

A legislação ainda não resolveu o problema dos aterros

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DESTINO CERTO

CADEIA CONSTRUTIVA EM FRANCA EBULIÇÃO

Nas máquinas, os resíduos viram uma multimistura reaproveitada na obra

Educação ambiental na comunidade amplia o reaproveitamento

N a Bacia do Pina, às margens do en-contro do Rio Jordão com o mar, surge um gigante que irá ocupar

uma área de 290 mil metros quadrados, mas que foi concebido para ser ambientalmente correto, desde a construção até a sua opera-ção. O paradigma ainda é novo na construção civil. O engenheiro responsável pela obra e diretor da divisão imobiliária do Grupo JCPM, Francisco Bacelar, revela que o empreendedor tem todo o interesse em divulgar as práticas socioambientais introduzidas no canteiro de obras, uma nova tendência daqui por diante. “Antigamente um shopping era construído da maneira mais econômica possível: um prédio caixão, de linhas retas, pé-direito baixo e pou-ca ou nenhuma preocupação com os recursos naturais”, explica Bacelar. Hoje os investido-res entenderam que cada real aplicado a mais na reciclagem de materiais, educação am-biental, tecnologias racionais e preservação rende economia e dividendos no futuro.

No caso do Shopping Riomar, que será erguido ao lado de uma área preservada de mangue, a primeira preocupação foi com o destino para o entulho gerado com a demo-lição de prédios e armazéns da antiga fábrica de bebidas que funcionava no terreno. “Se fôssemos retirar todo o resíduo da demoli-ção, teríamos que armar um grande esque-ma logístico com o recebimento do material em aterros especiais localizados fora do Re-cife, ou seja, além dos gastos com transporte, estaríamos poluindo o meio ambiente e co-laborando para piorar o trânsito da cidade”, explica Bacelar. Na ponta do lápis, a decisão

O Shopping Riomar, do Grupo JCPM, adota um sistema construtivo ambientalmente responsável

O bom momento do mercado da construção aparece nos resultados das maiores feiras do setor: a Feicon Batimat e a Expo Revestir

de reciclar o entulho de demolição no pró-prio canteiro de obras mostra-se ainda mais acertada. Até março passado, foram gerados 14.743m3 de entulhos de demolição que, para serem expurgados, demandariam cerca de 1.300 viagens de caminhão.

A saída foi contratar a cearense Usi-fort Ambiental, que montou uma pequena usina de reciclagem dos resíduos sólidos da demolição numa máquina que lembra um grande moedor, capaz de triturar 100 toneladas de resíduos por hora. “Entram blocos de parede e sai o que eu chamo de ‘multimistura ecológica’, formada basica-mente por areia e cascalho”, diz Marcos Kaiser, sócio da Usifort. O resultado é todo reaproveitado na obra, gerando economia com a compra de brita e areia, além de evi-tar a exploração desses materiais no meio ambiente. A máquina também separa toda a ferragem que é enviada para reciclagem no alto-forno da Gerdau, no Recife.

Para completar o portfólio de sustenta-bilidade da obra, a educação ambiental é assunto sempre presente entre funcioná-rios e terceirizados. Gilvete Soares, gerente de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS), explica que todos passam por palestras e capacitações sobre coleta seletiva, reciclagem, preservação do man-gue e resíduos sólidos. “Capacitamos, inclu-sive, pessoas da própria comunidade, para que saibam a melhor maneira de cuidar do lugar onde vivem”, ensina a engenheira que calcula já ter 128 moradores da localidade capacitados e trabalhando na obra.

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Depois da inauguração, prevista para o final de 2012, o Shopping Riomar terá a sustentabilidade em sua operação, com sistemas de aproveitamento da água da chuva, esgoto sanitário a vácuo - o que traz uma economia de 90% de água, climati-zação inteligente com reaproveitamento da água usada nas torres de resfriamento e redução de 25% e 19% no consumo de água e energia, respectivamente, além do grande aproveitamento da iluminação na-tural e da implantação de 40 mil metros quadrados de área verde.

O bom momento do mercado da construção aparece nos resulta-dos das maiores feiras do setor:

a Feicon Batmat e a Expo Revestir. A 19ª Feira Internacional da Construção - a Fei-con Batimat, realizada de 15 a 19 de março, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, reuniu as principais marcas e novidades do mercado da construção em 85 mil metros quadrados de exposição.

De acordo com a organização, 125.732 pessoas, entre diretores, presidentes e ge-rentes de empresas, passaram pela Feicon, considerada a maior feira de construção da América Latina.

Executivos do setor participaram de ro-dadas de negócios e discutiram temas rele-vantes da área de sustentabilidade, no even-to que congrega toda a cadeia produtiva da

construção. Mais de 2.500 produtos foram apresentados para arquitetos, engenheiros, construtores, lojistas, representantes de home centers e compradores do Brasil e do exterior, além de consumidores que estão construindo ou reformando imóveis.

Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, organiza-dora e promotora da feira, ressaltou o alto nível dos itens em exposição e a represen-tatividade da Feicon que, este ano, recebeu expositores de 20 países com 120 empresas – cerca de 15% do total. “O Brasil está em um momento muito propício, com gran-de visibilidade, pela realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016”, avaliou a diretora da feira, Liliane Bortoluci.

Segundo o presidente da Associa-ção Brasileira dos Fabricantes de Tintas

(Abrafati), Dilson Ferreira, a presença cada vez maior de um público altamente qualificado favorece a geração de novos negócios. “O evento foi, mais uma vez, um grande ponto de encontro de negociações, contribuindo para o clima de otimismo justificado que existe no setor há algum tempo”, afirmou.

Já Sérgio Watanabe, presidente do Sin-dicato da Construção de São Paulo (Sin-duscon/SP), reforçou a necessidade de novos investimentos em tecnologia para atender à demanda crescente do setor e as-segurar o crescimento sustentável na cons-trução. “Na Feicon Batimat, conhecemos novos insumos e inovações tecnológicas que certamente são muito necessários nes-te momento vivido pela construção civil no país”, concluiu o executivo.

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A ZELOART lança a linha GOS, indicada para aplicação em esquadrias e tipologias de correr, em parceria com a Selta Metais e com a Giesse – empresa italiana fabricante de aces-sórios e componentes para esquadrias de alu-mínio. Trata-se de um sistema com isolamento acústico e térmico, alta estanqueidade, resistên-cia à água, segurança, capacidade de movimen-tação e fecho até 200kg.

VITRINE | FEICON

INDICADO para residências acima de 500 m², o Reservatório Térmico Soletrol Prime, fabricado em aço inoxidável, traz isolamento duplo em poliuretano sem CFC e difusor de entrada de água. Tem ainda o sistema WBS (Water Blocker System) que evita perda de água na eventual troca da resistência e CDT (Controlador Digital de Temperatura). Com capaci-dades de 600 litros e 1.000 litros, pode ser usado para instalações individuais ou em conjunto com outros reservatórios térmicos da mesma linha na Central Solar de Água Quente Sole-trol Prime, um conceito adequado para residências de alto padrão.

PRImE DECoR é a linha residencial de interruptores e tomadas com proteção anti-bacteriana Microban® da Schneider Eletric. A tecnologia inibe o crescimento de fungos e bactérias, proporcionando uma superfície mais higiênica. A proteção dura por toda vida útil dos interruptores e não sai com a limpeza dos produtos, agindo inclusive nos intervalos entre os procedimentos de higie-nização e esterilização do ambiente.

FALTOU LUZ? Uma ótima opção para situações de emergência, a nova lanterna da Eccofer é indicada para locais sujeitos a que-da de energia como residências, escritórios, escadas de acesso em edifícios, indústrias, en-tre outros. Possui compartimento para duas lâmpadas e bateria recarregável – seis horas de uso para uma lâmpada e três para duas.

A TECNOLOGIA italiana de coextrusão de tripla camada é o chamariz das telhas em placas de PVC da Afort, com design seme-lhante às tradicionais coberturas coloniais e reciclável. A camada superior protege o material dos agentes atmosféricos, como raios UV e intempéries, e das solicitações mecânicas a longo prazo; a camada central liga as duas camadas de forma indissolúvel, pro-porcionando mais força e mesclando as qualidades da superior e da inferior; e a camada inferior confere mais resistência e protege de impactos, fumaça e agentes químicos, o que as torna propícias também para instalações industriais.

J á conhecida como a Fashion Week da arquitetura e construção, a Fei-ra Internacional de Revestimen-

tos (Expo Revestir), em sua nona edição, atraiu 41 mil visitantes de 60 países. De 22 a 25 de março, o Transamérica Expo Cen-ter, em São Paulo, abrigou 200 expositores, nacionais e internacionais, que apresenta-ram novos revestimentos cerâmicos, ro-chas ornamentais, laminados, madeiras, mosaicos, cimentícios, vítreos, insumos e outras soluções especiais.

Promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Reves-timento (Anfacer), o evento gerou negó-cios da ordem de US$ 170 milhões, superando todas as expectativas. “A maior feira do setor na Améri-ca Latina ofereceu aos profissionais brasileiros o que há de mais atual na indústria mundial de revesti-mentos e acabamentos”, afirmou o

presidente da Expo Revestir e do Fórum Internacional de Arquitetura e Constru-ção, Antônio Carlos Kieling. Para Lauro Andrade Filho, diretor dos dois eventos, “a principal marca da Expo Revestir é o fato de reunir conhecimento de alto ní-vel em palestras com atrações mundiais e novidades internacionais em revestimen-tos e design”.

Entre os destaques de 2011, os lan-çamentos que seguem a demanda pela sustentabilidade com empresas de to-dos os segmentos, buscando matérias--primas, processos produtivos e produtos com consciência ambiental. As inovações

EXPO REVESTIR GEROU US$ 170 MILHÕES EM NEGÓCIOS

A Construir NE marcou presença na Feicon Batimat e na Expo Re-vestir com o Espaço Construir

NE, um estande onde exibiu a sua nova logo-marca e a edição 56, lançada em março pas-sado. No Espaço Construir NE, patrocina-do pela Queiroz Galvão Empreendimentos

Imobiliários, o público viu projetos e o de-senvolvimento da construção no Nordeste.

A publisher da revista, Elaine Lyra, e Ana dos Anjos, do Marketing e Projetos Especiais, circularam pela feira, reno-vando contatos e descobrindo novidades para seus leitores.

OFERECIMENTO:

Fotos: divulgação

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tecnológicas, tais como revestimentos ce-râmicos com impressão digital e HD, pas-tilhas e rochas ornamentais, também cha-maram atenção, assim como as coleções de revestimentos com design arrojado.

A 9ª Expo Revestir teve a participação de 105 profissionais estrangeiros, convi-dados pela Anfacer com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Da parceria entre as duas instituições surgiu o encon-tro entre estilistas da Abest/Abit e empre-sários do setor cerâmico, com a proposta de criar novas conexões entre o universo da moda e a indústria de revestimentos.

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BOAS RECEITAS COM TECNOLOGIA DE PONTA

PATRÍCIA BRAGA

D e um modo geral, as cozinhas comerciais foram projetadas com a função única de produzir e for-

necer refeições prontas e em massa, funcio-nando como verdadeiras indústrias, onde cada setor exerce uma função específica. Os equipamentos eram mais simples e seguiam uma linha básica, fosse a que tipo de estabe-lecimento se destinasse. Com o avanço tec-nológico, o conceito de cozinha industrial foi se aperfeiçoando. O maquinário passou a se pautar pelo conceito de sustentabilidade e os fabricantes de cozinhas industriais, cada vez mais, começaram a levar em considera-ção fatores como higienização, praticidade, segurança alimentar, resistência, otimização

de tempo, qualidade dos alimentos, respon-sabilidade social, economia e conforto no ambiente de trabalho.

Daí surgiram as cozinhas industriais de forno combinado, ou seja, com equipamen-tos acoplados de cozimento a vapor plane-jados para o preparo conjunto de refeições inteiras, capazes de suprir demandas de produção em grande escala. Mas como de-vem proceder as empresas interessadas em utilizar o sistema de última geração?

O primeiro passo para o empresário instalar uma cozinha profissional, desen-volvida dentro de padrões de alta qualidade, é o mesmo da cozinha tradicional, seja em restaurantes, hotéis, marmitex, fast-foods ou

Sistemas inteligentes, climatização e ergonomia reinam entre as panelas e asseguram o retorno do investimento

outros negócios. Inicialmente é necessária a contratação de um arquiteto especializado em cozinhas industriais para que o empre-endimento tenha sucesso, seja qual for a natureza ou a especialidade dos produtos oferecidos. Trocando em miúdos, o profis-sional deve fazer uma espécie de briefing, levando em conta as necessidades do esta-belecimento, a dimensão dos espaços neces-sários e a quantidade de refeições servidas. Isto irá pautar o layout e a especificação dos equipamentos para o seu funcionamento.

Esse tipo de cozinha deve ser projetado para atender às demandas específicas dos clientes, fazendo com que cada projeto, mo-delo de negócio e investimento sejam únicos.

Por isso, nenhum projeto de cozinha indus-trial pode ser aproveitado completamente para outra cozinha, sob o risco de gerar um grande prejuízo para o empreendedor. Mes-mo assim, para se montar uma cozinha in-dustrial, é estabelecida uma estrutura de área mínima correspondente a 80m², espaço que deve ser racionalizado levando em conta os padrões desejáveis de eficiência.

“Atualmente é muito importante levar-mos em consideração a racionalização dos processos, para servir um grande número de refeições, com mais segurança contra toxoin-fecções e maior velocidade no preparo dos alimentos”, orienta a arquiteta e ergonomista Alexana Vilar. Ela ressalta ainda que algumas regras devem ser mantidas nesse processo, para garantir a higiene e organização - uma delas é o circuito fechado. “Os diferentes setores do trabalho devem ser ligados por circuitos reduzidos, com iluminação adequa-da e levando em conta o fluxo da matéria--prima, como se passassem por uma linha de montagem sem retomo”, detalha.

De acordo com Alexana, que tem mes-trado em Cozinha Industrial, é justamente

a combinação de fatores de grande impacto no resultado final do processo de produção que diferencia a cozinha industrial, com tec-nologia de ponta, da tradicional. No que se refere ao bem-estar do trabalhador, a dife-rença é latente, segundo a ergonomista. Ou seja, numa cozinha industrial tradicional, o funcionário enfrenta condições árduas, pois além de permanecer todo o tempo em pé, é obrigado a carregar pesados panelões num ambiente com alta temperatura e piso úmi-do e escorregadio, ficando sujeito a aciden-tes e sérios problemas de coluna.

“O próprio sistema inteligente dá um plus na questão da climatização”, explica Alexana. O esforço físico do funcionário, causado pelo peso carregado em cozinhas de cocção tradicional, também é elimina-do pelas empresas que adotam o sistema combinado, onde utensílios são carregados por carrinhos e roldanas que circulam pelo espaço inteiro. Tal logística, aliada à maior praticidade no preparo de alimentos, via-biliza as pausas ergonômicas e, consequen-temente, gera menos desgaste no ambiente de trabalho, além de minimizar os riscos da

Alexana Vilar defende a racionalização nas cozinhas

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atividade, evitando a exposição de funcio-nários ao clima insalubre de uma cozinha.

A tecnologia utilizada pelas cozinhas inte-ligentes também permite que se faça um pla-nejamento capaz de otimizar a organização e o preparo das refeições, que podem ser fei-tas com antecedência. É possível apresentar uma grande variedade de cardápios, a partir da compra de matéria-prima planejada e do armazenamento de alimentos por um longo período, com temperatura de 22ºC.

ITENS DO SISTEMA INTELIGENTE DE FORNO COMBINADO

Ilha de cocção central (vários equipamentos em um só - fogão acoplado à fritadeira, chapa, banho-maria, todos servidos por uma coifa única)

Câmara frigorífica de congelados

Área de balcão com frigorífico (parte inferior para refrigeração)

Piso de alta resistência e fácil limpeza (de preferência cerâmico), alta densidade (LPI-5) e antiderrapante

Teto de preferência em chapa de alumínio

VANTAGENS EM RELAÇÃO À COZINHA INDUSTRIAL CONVENCIONAL

Investimento inicial compensado pelo resultado final

Diminuição da mão de obra

Melhor organização das horas de trabalho

Flexibilidade (assa, cozinha, frita, gratina, regenera, descongela, grelha) e fácil higienização

Redução de riscos de contaminação/segurança alimentar

Circulação de ar forçada (melhor transmissão de calor no alimento)

Controle preciso de temperatura e tempo

Diminuição do “estresse” na cozinha

Melhoria da qualidade de alimentos

Redução de resíduos e desperdícios

Melhoria do atendimento (o tempo entre a entrada da comanda na cozinha e a saída do prato pronto é reduzido, aumentando a satisfação do cliente e o giro das mesas)

COMO SE FAZ

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• Recepção e armazenamento (engloba os setores de controle - qualitativo e quanti-tativo - e armazenamento de alimentos)

• Preparo prévio (descasque, fatiamento, separação em porções, lavagem e de-sinfecção de legumes, cereais e carnes)

• Copa (serviços de sobremesa, lanches, café e bebidas)

ETAPAS DO SISTEMA DE REFEIÇÃO

O s chamados fomos combinados, utilizados nas cozinhas inteligen-tes, são compostos por uma área

de balcão com frigorífico - localizado na parte de baixo, destinada à refrigeração - e uma ilha de cocção central, com fogão aco-plado à fritadeira e chapa, além de banho--maria, sendo todo o conjunto servido por uma coifa única para captação de vapores e gases gordurosos, com filtros capazes de ab-sorver a gordura e tratá-la antes de ser lan-çada no ar. Outros eletrodomésticos como máquinas de descascar batatas, moedores de carnes, liquidificadores industriais, extrato-res de sucos e cafeteiras fazem parte desse conjunto. A cozinha é toda seccionada em áreas climatizadas, incluindo o espaço para cortes de vegetais, além da área de posicio-namento de carnes que está contígua às pró-prias câmaras frigoríficas.

Na verdade, trata-se de um sistema que permite a montagem de uma refeição inteira, ou seja, uma série de alimentos ao mesmo tempo dentro de um forno só

EQUIPAMENTOS DA COZINHA INDUSTRIAL MODERNA

U m conceito de cozinha comercial ainda mais moderno que o siste-ma combinado é utilizado, desde a

década de 70, na Europa e Estados Unidos. Trata-se do Sistema Cook & Chill, conside-rado top de linha no processo de preparo

e sem troca de sabores. A “combinação” é necessária para que se cumpram os proces-sos de recepção, estocagem, preparação e distribuição de produtos, formando uma sequência de acesso e distribuição até a devolução de bandejas e pratos, seguindo algumas etapas (quadro abaixo). A viabi-lidade física e econômica do projeto e o custo-benefício do empreendimento são fa-tores de peso na montagem de uma cozinha industrial moderna. Resumindo, o sistema de forno combinado é uma ferramenta

multiuso que garante aumento da produti-vidade, redução de pessoal, fluidez no pre-paro e distribuição, graças à maior eficiên-cia dos equipamentos. A cozinha moderna ainda agrega o fator tempo para planejar o feitio de alimentos e minimizar perdas, por utilizar um processo inteligente, mais com-pacto e bem distribuído. O resultado é a di-luição rápida do investimento que, segundo Robson Santana, gerente regional de duas empresas que fabricam e comercializam co-zinhas no Brasil, América Latina, Europa, África e, em breve, Estados Unidos, varia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Além disso, o processo de cocção combinada permite que a cozinha se torne um ambiente mais limpo, agradável e organizado.

• Confecção (preparo final de refeições)• Higienização (serviços de lavagem

de vasilhames e utensílios)• Distribuição (área para atendimento

ao público)• Vestiários, sanitários e escritório

de refeições industriais. O Cook & Chill (“cozimento a frio”, na tradução ao pé da letra) utiliza recursos semelhantes ao siste-ma combinado, a exemplo do cozimento a vapor. A diferença é que o processo utiliza um equipamento ainda mais completo e, ao mesmo tempo, compacto, além do ultra-congelamento. O cozimento dos produtos é feito em temperatura de pelo menos 75ºC, por mais de sete minutos, seguido do res-friamento rápido, até que o alimento saia da zona de perigo (entre 4ºC e 6ºC, quando os micro-organismos se reproduzem rapida-mente). O processo de cozer e resfriar gera economia no tempo final de preparo e con-serva os nutrientes próprios dos alimentos. Isto porque o próprio processo de resfria-mento evita a troca de calor, fazendo com que se mantenha um clima constante den-tro do ambiente, o que evita contaminações e faz com que os alimentos cheguem mais saudáveis à mesa do consumidor. Adotado principalmente nas regiões Sudeste e Sul

do país, o sistema de cocção com resfria-dor rápido/ultracongelado faz a diferença da estocagem à finalização das refeições, segundo Robson Santana, compensando o investimento. Para montar uma cozinha com este sistema, é necessário adquirir qua-tro tipos de equipamentos: a cozinha com-binada, que custa até R$ 70 mil; a máquina de ultracongelamento, cujo preço varia de R$ 15 mil a R$ 150 mil; a câmara frigorí-fica, estimada entre R$ 14 mil e R$ 30 mil; e o embalador a vácuo, que fica em torno de R$ 6 mil. Apesar do investimento inicial alto, o processo “cozer/resfriar/regenerar” é mais compacto, podendo ser instalado em espaços bem menores do que os tradi-cionais, já que utiliza menos equipamen-tos para a cocção de alimentos, gerando grande economia de mão de obra e maior aproveitamento de alimentos que podem ser regenerados. Tudo isso, explica Robson, acaba otimizando o custo final dos pratos e a comercialização das refeições.

SISTEMA COOK & CHILL

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COMO SE FAZ

S implesmente encantador o projeto de decoração, assina-do por Marta Lins e Débora

Julinda, de um luxuoso apartamento de cobertura no bairro de Tambaú, em João Pessoa. Com telas da artista plástica Marlene Almeida e objetos da Kaza Arte e Decoração, os am-bientes ficaram muito requintados. Os objetos de decoração da Kaza são marcantes e deixam qualquer am-biente com total sofisticação.

O caderno D&A - Decora-ção e Arquitetura, criado por este editor e veiculado

anteriormente pelo jornal A União, passará a ser encartado no jornal Correio da Paraíba, o mais lido do Estado. Depois de uma pausa estra-tégica, o D&A retornará com força total no próximo dia 13, dentro da festa “La vie avec passion”, que terá na sua programação o lançamento do Troféu D&A, o Oscar da arqui-tetura e decoração paraibana. A en-trada do D&A no Correio da Paraíba foi uma iniciativa do novo diretor comercial do Sistema Correio, Au-gusto Correia Lima, que teve a visão de agregar nossa marca ao jornal, além - é claro - do aval poderoso de Beatriz Ribeiro, diretora executiva do grupo. Ganham também os leito-res com informações sobre o mundo da arquitetura e da decoração.

U m grupo de arquitetos e decoradores foi recepcionado pelo empre-sário Adroaldo Carneiro em torno de um coquetel, oferecido em abril no átrio da loja Adroaldo Tapetes do Mundo, em João Pessoa.

Com a coordenação do gerente Roberto Lopes, o evento prestou uma home-nagem aos profissionais que mais se destacaram nas pontuações da parceria interna da loja. Na ocasião, foi apresentada uma nova coleção de tapetes im-portados, assinados pelo proprietário e um designer italiano. Na foto, Adro-aldo Carneiro e Roberto Lopes.

A s arquitetas Fernan-da Barros e Renata Aquino são profis-

sionais de grande atuação no mercado paraibano. Muitos projetos especiais estão por vir e outros já estão em andamento, tais como a reforma e ambien-tação da clínica Dermoplástica, em Manaíra, dos médicos Fábio Lucena e Suzana Kilian; as resi-dências no Condomínio Alpha-ville e no Condomínio Vilas do Atlântico (na BR-230); e a am-bientação de apartamentos no Varandas do Atlântico.

S ucesso total a inauguração, na cidade de Patos (PB), da filial da loja Officina Móveis Planejados, que possui sua matriz em João Pessoa. A filial em Patos é resultado da ampla demanda de projetos na cidade, que vem crescendo

bastante com a construção de novos empreendimentos comerciais e residenciais. A Officina é uma das lojas de móveis planejados mais requisitadas em João Pessoa. Na inauguração, em março passado, o arquiteto Manoel Farias e os donos da loja, Adeilton e Sony Pereira, ao lado do gerente Ramos Santos (e sua Mercês).

COBERTURA D&A

ADROALDO TAPETES

ATUANTES

OFFICINA

Fotos: divulgação

RICARDO CASTRODECORAÇÃO & ARQUITETURA

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O sistema construtivo da LP Brasil, baseado em estrutura de aço galvanizado e placas OSB, já é usado no Rio Grande do Norte, com financiamento do Minha Casa, Minha Vida. Em breve, chega a Pernambuco pela Eccoframe

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PERNAMBUCO NA MIRAEmpresas com tecnologia para construção e certificação “verde” preparam-se para disputar mercado no Estado

CRISTINA FRANÇA

U m dos principais empecilhos para o crescimento de modelos cons-trutivos de baixo impacto am-

biental – a reticência da Caixa Econômica Federal em financiar – foi superado. O em-presário capixaba Luiz Cláudio Lima, da Eccoframe, comemora o passe livre para construir 500 unidades “verdes” dentro do programa Minha Casa, Minha Vida ao custo de R$ 90 mil cada. Com este lastro e 14 anos de mercado em construção con-vencional, a Eccoframe, antiga Concreta, está saindo do Rio Grande do Norte com foco em Pernambuco.

A empresa deve chegar ao Estado ain-da este ano, oferecendo apenas imóveis com estrutura metálica de aço galvani-zado, painéis estruturais de OSB, paredes de contraventamento, gesso acartonado internamente e telhas Shingle. A Eccofra-me usa o sistema no condomínio Lagoa do Mato Vila Timbaúba, em Macaíba, no Rio Grande do Norte, onde 70% dos 650 lotes devem ter casas de 150 metros quadrados, em média, construídas em um terço do tempo da construção convencio-nal. “Essas casas têm garantia de 20 anos e as tecnologias propiciam uma manuten-ção ambientalmente sustentável, dispen-sando água, cimento, tijolo e areia”, diz o empresário. Neste semestre, a Eccoframe

certificará ambientalmente a construção de 28 unidades em Parnamirim, outro município potiguar.

Assim como a Eccoframe, que fará escala para negócios na Paraíba, onde projeta o em-preendimento Riserva Alhandra, na cidade de Alhandra, a 36 quilômetros de João Pes-soa, a paulista Inovatech Engenharia, consul-toria especializada em projetos sustentáveis, também prepara pouso no Recife em 2011. “Temos propostas em andamento na Pa-raíba e na Bahia, visando à certificação Aqua (Alta Qualidade Ambiental). Acredi-tamos no potencial de Pernambuco e precisa-mos de uma base no Nordeste”, adianta o di-retor Luiz Henrique Ferreira. Ele é porta-voz de uma certificação que engloba 14 critérios de sustentabilidade divididos em quatro fases: ecoconstrução, ecogestão, conforto e saúde.

De saída, Ferreira bate numa tecla óbvia – projetos arquitetônicos menos pasteuriza-dos podem propor soluções passivas como aproveitamento da ventilação e da luz natu-ral, sem custos adicionais. Com a chancela da Fundação Vanzolini, a certificação Aqua baseia-se em baixo impacto ambiental, me-nor consumo de recursos naturais e menos resíduos no meio ambiente durante toda a vida útil do empreendimento. “Mas so-mos realistas quanto ao meio no qual está inserido o empreendimento. Em Brasília temos uma construção certificada que não precisou de sistema de captação de água da chuva. Implantar apenas para certificar não compensaria em função do clima seco”, ex-plica. Tanto a Eccoframe quanto a Inovatech reforçam em Pernambuco os diversos inte-resses comerciais de empresas que produ-zem e/ou comercializam materiais ambien-talmente sustentáveis.

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Luiz Henrique Ferreira trará a certificação Aqua para o Nordeste

A TECNOLOGIA NO MERCADO

A Eccoframe constrói com mate-riais da LP Brasil, líder mundial na fabricação de placas OSB (unida-des nos EUA, Chile e Canadá) e de toda uma linha para a denominada Construção Energitérmica Sus-tentável (CES). A Miro Represen-tações, que representa a LP Brasil em Pernambuco há cinco anos, vê na chegada da Eccoframe a luz que faltava para chamar clientes. “Con-quistamos nosso primeiro cliente CES agora: um condomínio com 12 chalés para classe A no Recife. É uma aposta na construção sus-tentável de uma empresa do ramo alimentício”, conta Valdemiro An-drade Filho sem revelar nomes.

Nos chalés estão sendo utiliza-dos praticamente todos os produtos LP, inclusive o recém-lançado siding vinílico – revestimento de PVC para uso externo que oferece excelente custo/benefício, dispensa pintura e possui alta performance no quesito resistência a intempéries – e as te-lhas Shingle, quatro vezes mais le-ves que as comuns.

A Inovatech (e sua Casa Aqua) tem o suporte da rede de depósitos de materiais de construção Leroy Merlin, que ainda não tem pontos no Nordeste, mas tudo pode ser uma questão de disputa de espaço. A rede fornece à Casa Aqua mate-riais como chapa reciclada da Reci-plac, feita com alumínio, polímeros sintéticos e papel cartão, com alta resistência térmica e mecânica. E também os blocos de concreto da Precon, que podem ser facilmente serrados, furados e escarificados (para a passagem de tubulações).

No quesito telha, a disputa é entre a manta de vidro saturada em asfalto e grânulos cerâmicos, da LP Shingle, e as fibras vegetais produzidas pela On-duline. Tecnologia não falta. E se fal-tavam fornecedores batendo à porta, novos ares estão chegando.

TECNOLOGIA

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ALÉM DA SALA DE AULACom o programa Aprender na Obra, alunos de arquitetura da UFPE resgatam a prática nos canteirosEDILSON VIEIRA

R afaela Mota tem 24 anos e é alu-na do nono período do curso de Arquitetura e Urbanismo da Uni-

versidade Federal de Pernambuco (UFPE). Há cerca de um ano, a sua rotina acadêmica ganhou mais um compromisso: chegar às 8h num canteiro de obras, colocar o unifor-me da empresa, bem como botas e capacete, e armar-se de trena e plantas baixas para percorrer cada um dos 17 pavimentos do prédio residencial, ainda em construção, no bairro da Madalena, no Recife.

Na obra, conversa com engenheiros e colegas estagiários e troca ideias com mes-tres, pedreiros e serventes. “No início, fi-quei meio ansiosa sem saber se conseguiria lidar com os operários”, diz Rafaela. Soube. Tanto que, concluído o seu trabalho na-quela obra, foi convidada para atuar num

novo prédio residencial, desta vez de 26 pa-vimentos e 156 apartamentos, no bairro de Casa Amarela, também no Recife.

Rafaela Mota faz parte do projeto Aprender na Obra, idealizado há 12 anos pela professora da UFPE e arquiteta Ri-sale Neves, mestra em Desenvolvimento Urbano e doutoranda em Geociências. A professora conseguiu transformar seu projeto numa cadeira eletiva do curso de Arquitetura e já levou cerca de 150 alunos para vivenciar o dia a dia na obra. Ela gosta de lembrar que quando iniciou sua carrei-ra profissional, era comum o estudante de arquitetura aprender não só a teoria acadê-mica das salas de aula, mas também sujar as botas nos canteiros de obra.

No estágio, Rafaela ficou encarregada de checar se o projeto arquitetônico estava

sendo seguido à risca. “Era minha função observar, por exemplo, se os pontos de ener-gia estavam no lugar certo, para evitar pro-blemas na instalação de eletrodomésticos depois da entrega do apartamento”, diz a es-tudante. Outra missão era agendar as visitas com clientes ou arquitetos contratados pelos clientes, e juntamente com o pessoal de enge-nharia da obra discutir o que podia ser mo-dificado no imóvel, sem risco de alteração na estrutura, além de elaborar o orçamento das modificações propostas para a construtora. O resultado é que as obras dos edifícios Bos-que da Madalena e Joaquim Cardozo, onde atuou, tiveram um índice baixíssimo de res-serviços – aqueles pequenos ajustes feitos durante o acabamento final (ou mesmo de-pois dos apartamentos entregues) que tiram o sono de qualquer engenheiro responsável.

“Em algum momento do ensino essa rotina se perdeu. Ficamos muito presos à sala de aula e aos escritórios de projetos, tanto que, hoje em dia, é natural encon-trarmos estagiários de engenharia numa obra, mas estudantes de arquitetura ainda são raros”, diz a professora. O motivo, se-gundo ela, seria um pouco de preconceito ou a antiga divergência de interesses entre engenheiros e arquitetos. “Eu era total-mente contra o fato de ter um estagiário de arquitetura dentro da obra”, admite sem nenhum acanhamento o engenheiro Érico Trummer, diretor geral da Habiserve In-corporações e primeiro chefe de Rafaela.

MUDANDO PARADIGMAS

Trummer não nega que pertencia ao time dos que acreditavam que o arquiteto quer o impossível e o engenheiro só tra-balha com o possível. Mas mudou radical-mente de opinião depois de ver os resul-tados práticos do trabalho da estagiária. “Hoje eu sou um defensor do projeto da professora Risale”, afirma. “O estagiário de

arquitetura vai no detalhe, no retoque final, que muitas vezes escapa ao engenheiro na rotina diária de lidar com cálculos, prazos, fornecimento de materiais”, justifica. Para o engenheiro, ter alguém que fiscalize o cumprimento do projeto original, converse com arquitetos contratados pelos clientes para a reforma e racionalize a obra como um todo contribui para uma maior quali-dade final do imóvel, com diminuição de custos. “Gostei tanto da experiência que já pedi à universidade mais dois estagiários de arquitetura”, revela.

Risale Neves comemora a adesão de cerca de 20 construtoras e incorpora-doras ao projeto nesses dez anos. Neste semestre, 11 futuros arquitetos fazem o estágio monitorado em obras de seis construtoras na Região Metropolitana do Recife. Eles recebem uma bolsa no valor de um salário mínimo, além de vale-transporte, seguro de vida e um manual de procedimentos básicos sobre o que é preciso observar na obra. A ava-liação é feita em um seminário, onde é relatado o acompanhamento da obra. “É

o início da prática profissional com ro-tina, tarefas, responsabilidades e chance de aprender”, diz a professora que, des-de o início, teve o apoio da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE) e da UFPE para realizar o projeto.

Para Rafaela, o estágio monitorado na obra vale a pena. “Aprendi no dia a dia, in-clusive, o que não deve ser feito, ou seja, muitas vezes o detalhe arquitetônico pode não casar com o projeto estrutural e isto se percebe melhor quando a obra é acompa-nhada”. A estudante diz ainda que ganhou uma valiosa experiência em contatos com profissionais, tanto operários como enge-nheiros e arquitetos, “Pude ver como tudo é feito e conheci projetos de reformas de ambientes de vários arquitetos. Foi muito rico para mim”, conclui com entusiasmo.

Pelo seu desempenho no Aprender na Obra, Rafaela foi convidada por outra em-presa para estagiar, desta vez, no setor de gerenciamento de projetos, um novo desa-fio profissional conquistado – pelo menos até a formatura no final do ano.

DIA A DIA NA OBRA

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| MAIO 201154 |

U m dos índices que atestam a saúde da economia de um país é o que registra o seu consumo de ci-

mento. Se a economia vai bem, o consumo cresce. Com o Brasil não é diferente. Após amargar quase uma década de estagnação, entre os anos 80 e o final dos anos 90, o cenário começou a mudar com a chegada do Plano Real e, a partir daí, cresceu paula-tinamente. Em 1999, o consumo chegou a 40 milhões de toneladas e, em 2007, atin-giu 45 milhões, chegando a ocorrer falta do produto no Nordeste, o que forçou a importação. Agora a indústria de cimento vive, mais uma vez, um momento contra-ditório de sucesso e apreensão. Comemora 59.867.634 milhões de toneladas consumi-das em 2010, com o Nordeste no segundo lugar de consumo dentre as regiões do país e atingindo12.255.297 milhões de tonela-das (atrás apenas do Sudeste com cerca de 28 milhões de toneladas), ao mesmo tempo

em que espera R$ 15 bilhões em investi-mentos que vão injetar mais 44 milhões de toneladas de cimento na produção brasi-leira, segundo um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico.

Os projetos governamentais de habita-ção popular e as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 elevam ainda mais esses números. Os primeiros vetores de 2011 já confirmam que, ao contrário das projeções para a economia brasileira, a indústria ci-menteira vai continuar crescendo. Em feve-reiro deste ano, as vendas de cimento para o mercado interno chegaram a 4,7 milhões de toneladas, com um crescimento de 14% em relação a fevereiro de 2010. No acumulado (janeiro e fevereiro de 2011), foram vendi-das 9,4 milhões de toneladas de cimento, o que significa um aumento de 10,3% em rela-ção ao mesmo período em 2010. As vendas

acumuladas, nos últimos 12 meses (de mar-ço do ano passado a fevereiro deste ano), atingiram 59,9 milhões de toneladas, apre-sentando um incremento de 14,2% quando comparadas com o período anterior (março de 2009 a fevereiro de 2010).

Segundo o Sindicato Nacional da Indús-tria do Cimento (Snic), operam atualmente no Brasil 70 fábricas (18 delas no Nordeste), pertencentes a 12 grupos industriais nacio-nais e estrangeiros, com capacidade instalada da ordem de 67 milhões/toneladas/ano, ou seja, o parque industrial ainda está capacita-do para atender à atual demanda interna.

Para José Otávio Carvalho, presidente do Snic, não há nenhum risco de desabas-tecimento no setor, mesmo com o cres-cimento da demanda. “No ano passado, chegamos a importar cimento, mas numa quantidade irrisória - cerca de 700 mil to-neladas para um consumo total de quase 60 milhões de toneladas”, calcula Carvalho,

referindo-se ao montante do produto des-tinado, sobretudo, a suprir necessidades pontuais no mercado nordestino.

Quanto às obras de infraestrutura ne-cessárias para os grandes eventos espor-tivos mundiais que o Brasil vai sediar, Carvalho vê um exagero na contabiliza-ção desses eventos. “As obras da Copa do Mundo, por exemplo, vão ter um impacto pouco significativo no consumo de cimen-to, que já está num patamar bastante alto”, afirma, trazendo um exemplo da história. “A construção do Maracanã, feito para abrigar os jogos da Copa de 50, consumiu 20 mil toneladas de cimento, numa obra que durou quase três anos. Em três anos de consumo, isto representa muito pou-co para nossa indústria atual”, reitera, ao mesmo tempo lembrando que as obras são descentralizadas, ou seja, espalhadas por diversas regiões do país, muitas já com lar-ga produção de cimento.

O maior desafio do setor, para o presiden-te do Snic, está na manutenção desse cresci-mento atual da construção civil, sobretudo num cenário imprevisível como o da eco-nomia. “Estamos bastante otimistas com os investimentos anunciados pelos empresários do setor, mas num momento em que se fala na volta da inflação e na diminuição dos in-vestimentos públicos, acreditamos que todo investimento deve ser feito com os pés no chão”, afirma afastando qualquer sugestão de euforia com o cenário atual.

Reservas à parte, a expectativa do pró-prio setor é que a demanda se mantenha alta pelos próximos quatro ou cinco anos. O consumo “formiguinha” - aquele do consumidor individual que compra cimen-to para reformar ou ampliar o seu imóvel - continua em franca expansão, sobretudo no Nordeste por conta da melhoria da ren-da da população. Com isso, as projeções para os próximos anos apontam para um consumo no Brasil de cerca de 70 milhões de toneladas/ano, que representa 350 qui-los do produto por habitante. Como a média mundial está em torno de 420 kg/habitante, os mais otimistas acreditam que ainda há espaço para muito crescimento.

A Votorantim Cimentos é uma das di-versas empresas a apostar no otimismo. Está entre os dez maiores players globais no seg-mento de materiais básicos de construção

(cimento, concreto e agregados) e lidera o mercado nacional de produção com uma capacidade instalada de 27 milhões de tone-ladas por ano - cerca de 40% do mercado, anunciando novos investimentos na Região Nordeste. A Votorantim já possui quatro unidades na região, sendo duas no Ceará (Sobral e Pecém), uma em Sergipe (Laran-jeiras) e uma que está sendo construída no Maranhão, em São Luís, com capacidade para produzir 750 mil toneladas de cimen-to por ano e inauguração prevista para o segundo semestre de 2011, além da recém--concluída unidade em Paulista, Pernambu-co, com capacidade de 700 toneladas/ano e investimento de R$ 80 milhões. A previsão é que, até o final de 2011, a produção chegue a 32 milhões de toneladas/ano e, até 2013, a 42 milhões de toneladas/ano, quase dobran-do a capacidade instalada atual.

Uma nova fábrica de cimento representa um investimento alto, podendo chegar a R$ 300 milhões dependendo de sua capacidade produtiva. Só a Votorantim Cimentos está investindo R$ 2,5 bilhões na construção de oito fábricas em sete Estados brasileiros, consolidando R$ 5 bilhões em investimen-tos de 2007 a 2013. Além da construção, estão sendo reativadas 22 fábricas no Brasil. Em Sergipe, a Votorantim pretende dobrar a capacidade produtiva de sua fábrica, pas-sando de um para dois milhões de toneladas de cimento por ano. Com esta ampliação, Sergipe terá uma das maiores fábricas de ci-mento do Brasil. A empresa ainda estuda a viabilidade de projetos no Ceará e na Bahia.

“Estamos fazendo grandes investi-mentos para atender os nossos clientes com produtos de alta qualidade e elevado nível de serviço. O investimento em Paulis-ta consolida estes objetivos. Na operação, lançamos o Poty CPIV-32 RS RRAA, um cimento que tem maior resistência à mare-sia e à umidade e maior durabilidade”, co-menta Fred Fernandes, diretor comercial da Votorantim Cimentos.

Ainda segundo a Votorantim, o investi-mento maciço no Nordeste justifica-se pela demanda aquecida do mercado regional. Assim como fez em 2010, enquanto as novas plantas não entram em operação, a empresa não descarta a possibilidade de importar ci-mento para abastecer o mercado, garantindo o suprimento de seus clientes.

CONSUMO EM ALTA DESCOLA NOVOS INVESTIMENTOSObras do PAC, da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016 levam fábricas a ampliar produçãoEDILSON VIEIRA

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ECONOMIA & NEGÓCIOS

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A s pessoas saem de férias e es-colhem algumas cidades para compor o seu roteiro turís-

tico. Nelas comem o prato da região, escutam sua música ou veem a dança típica; e visitam museus que expõem peças que retratam a história daquele país. Não esquecem de comprar arte-sanato e condimentos, ou ingredientes especiais para culinária - também com-pram bebidas e roupas típicas. A paella, o fado, a ciranda, o berimbau, as ervas de Provence, o azeite e o champanhe compõem o que chamamos de identi-dade de um local. Todos são pertencen-tes a uma cidade, região ou país.

Se esses elementos deixassem de existir e as cidades fossem apagando eles do seu dia a dia, da vida cotidia-na, deixaríamos de ter motivações para viajar. Seria tudo igual; algo como o slogan “vá para fora aqui dentro”. Te-ríamos, globalmente, uma vida pouco diversa e estúpida.

Seguindo na enumeração desses ele-mentos de identidade, há prédios, ruas, monumentos, praças. Alguns têm um peso marcante nessa identidade. Se ob-servarmos o turismo de uma cidade, al-guns elementos sempre se destacam: o Cristo Redentor, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, o Teatro de Santa Isabel, o Museu do Prado, Alfama e Bairro Alto, só para escolher uns poucos, provas desta simplória argumentação. Afinal, quantas pessoas viajam para ver a Casa de Anne Frank?

Mas não são apenas os turistas que sentiriam a ausência desses elementos. Nós, residentes, passaríamos a achar

que “mudamos sem sair de casa”. Que estamos vivendo “não sei onde”. Tudo isto veio à tona em função da recupera-ção do Chanteclair, mostrada nas pági-nas desta edição, que reintegra à cidade um ícone da sua história.

Há pelo menos três elementos des-truidores da identidade histórica de um lugar: as guerras, o progresso e a ignorância.

O exemplo mais marcante do pri-meiro elemento destruidor foi a Se-gunda Guerra na nossa histórica Eu-ropa. O esforço global despendido na sua recuperação repôs praticamente todos os símbolos que identificam e diferenciam cada recanto europeu, fa-zendo com que seus cidadãos ali con-tinuassem a viver. Aliaram-se capital e cultura - uso aqui como antônimo de ignorância - nessa reconstrução.

O segundo (o progresso) - proposi-tadamente não utilizo a palavra desen-volvimento - é tão ou mais avassalador do que a guerra. Contra ela podemos todos ser contra; contra ele, não é bem assim. Quando alguém defende uma rua, um monumento ou uma pra-ça – elementos de identidade – contra uma nova obra, logo é taxado de anti-progressista. Tentam impingir em nós a ideia de que não pode haver cresci-mento, se respeitarmos o passado. Isto é tão falso quanto a ideia de que para haver desenvolvimento, terá que exis-tir a inflação tão apregoada em tempos idos, por ser a forma de crescer a eco-nomia do país concentrando renda nas elites. Da mesma forma, transgredir os elementos básicos da identidade de

uma cidade nada mais é do que tras-mitir mais valia para um determinado segmento empresarial, às vezes em de-trimento da história da cidade.

Sou contra o progresso, o cresci-mento pelo crescimento, mas defendo o desenvolvimento. Quanto ao impasse deste com aquele, tem que haver esfor-ços no sentido de buscar uma solução que não sacrifique nenhum dos dois. Dá mais trabalho, mas há de compen-sar a longo prazo.

Os que passam por Recife não se agradam do que veem, sejam eles tu-ristas ou naturais da cidade e que re-sidem fora dela. Há também os mora-dores que ainda mantêm senso crítico e observação do que está a se passar ao redor deles. A cidade vem perdendo a sua identidade e, ironicamente, o cres-cimento desmedido e desregrado vai parar o próprio “progresso”. A cidade não vai se desenvolver. Estamos fican-do iguais a todas as outras. Mal para quem vem nos conhecer e pior para quem aqui vive.

Não ia deixar de mencionar o tercei-ro fator. Ficou para o fim. A ignorância, indiretamente, é o mais forte de todos, pois permite destruir e esquecer de re-construir ou reclamar, manisfestando--se num silêncio brutal. Os ignorantes não percebem o que está acontecendo, não sabem que hoje têm força para trocar progresso por desenvolvimento e que a sua omissão vai fazê-los viver numa cidade não mais sua.

* Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e Portugal ([email protected])

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BANHEIROS PARA TODOS OS BOLSOSFabricantes de louças e metais sanitários de alto padrão apostam em linhas popularesPATRÍCIA BRAGA

Q ue o Brasil vive um momen-to de expansão no mercado imobiliário, já está mais do

que constatado. E o boom de imóveis residenciais em construção atinge todos os níveis de público. Programas oficiais como Minha Casa, Minha Vida indicam que o país continuará investindo firme na intenção de garantir o acesso da po-pulação de baixa renda a moradias com padrões mínimos de segurança e habi-tabilidade. Mesmo porque, apesar de todo incentivo imobiliário, ainda exis-tem realidades na contramão dos con-ceitos de desenvolvimento.

Um exemplo é a Região Nordeste, que detém um percentual considerável de casas populares desfalcadas de cô-modos básicos e vitais para as condições elementares de higiene, ou seja, de ba-nheiros internos. De acordo com dados recentes do IBGE, em 2009, 1.500 do-micílios particulares permanentes não possuíam banheiros, o que corresponde a 9,78% das residências permanentes da

região. Deste total, 1.197 (ou 7,81%) de-les estão localizados na zona rural e 303 (ou 1,97%) na zona urbana.

Em todas as casas, os banheiros estão na parte de fora do imóvel e são inade-quados para uso, fato preocupante no que se refere à saúde pública. Por conta disso, Estados nordestinos anunciam a intenção de investir, nos próximos anos, na construção de banheiros para essas residências. Ao mesmo tempo, fabrican-tes de louças sanitárias conceituadas no mercado, com linhas de alta qualidade direcionadas às classes A e B, decidiram apostar na criação de produtos econo-mizadores, abrindo um novo nicho no mercado de produtos sanitários, com matéria-prima e preço final acessíveis ao consumidor assalariado.

DECA NO PECÉM

Uma das empresas que aderiram ao novo filão foi a Deca, maior fabricante de louças e metais sanitários do hemisfério sul

e líder nacional no segmento. Conceitua-da por fabricar produtos de alto padrão, a empresa passou a investir também na linha popular, guiada pelo aquecimento das ven-das, fermentadas, inclusive, pelas iniciati-vas do Governo Federal. De acordo com a assessoria da Deca, que possui oito filiais no Brasil e uma na Argentina, a expansão imobiliária atinge todas as faixas de renda no país, dos grandes centros urbanos às regiões mais remotas, tendo levado a fa-bricante a impulsionar os investimentos, dando um salto de cerca de 50% em sua capacidade produtiva. Para a Deca, o Brasil vive um “efeito bola de neve”, no qual todos os envolvidos - fabricantes, projetistas, ar-quitetos, construtores e, claro, revendedo-res - deverão crescer juntos.

Em fevereiro deste ano, a Deca passou a produzir na Paraíba, adquirindo a Eliza-beth Louças Sanitárias, de João Pessoa, por R$ 80 milhões. Primeira unidade localiza-da no Nordeste, a Deca Nordeste Louças Sanitárias deverá produzir 1,8 milhão de peças por ano, o que irá ampliar a atual capacidade de produção da Deca em 25%.

Para a empresa, que exporta para os quatro continentes, o grande desafio agora é manter a marca reconhecida na classe A, além de atender à demanda e encarar a concorrência acirrada na ven-da de artigos mais populares. A estraté-gia para isso é apoiar-se no prestígio que conseguiu ao longo dos seus quase 64 anos, oferecendo produtos mais baratos, mas procurando manter a qualidade.

O certo é que fatores como aquecimen-to no setor e projetos públicos para cons-truções de moradias e banheiros populares

são motivo mais do que suficiente para que grandes empresas ampliem suas políticas de investimento, sobretudo no Nordeste. Fundado há 71 anos e com sede em São Paulo, o grupo Eternit conquistou o mer-cado fabricando telhas metálicas e de fibro-cimento, caixas d’água de fibrocimento e polietileno, e outros itens como divisórias e mezaninos. Há dois anos, a Eternit entrou no mercado de louças - das populares às de alto luxo - para banheiros, comprando o produto de outros fabricantes. Agora a empresa planeja instalar uma fábrica para produção de louças sanitárias no Com-plexo Industrial e Portuário do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará. A expectativa, de acordo com o governo cearense, é que a unidade para fabricação de louças entre em funciona-mento até o final de 2012. O projeto para construção da fábrica está orçado em mais de R$ 100 milhões e faz parte do progra-ma estruturado de expansão e diversifica-ção das atividades da empresa no mercado da construção civil. Atualmente a Eternit

possui cinco fábricas localizadas no Para-ná, Goiás, Rio de Janeiro e Bahia.

FÉ NO MOMENTO

No Agreste de Pernambuco, na ci-dade de Caruaru, encontramos uma empresa especializada na fabricação de material de construção que, até maio, irá ampliar em 50% a produção de lou-ças sanitárias. A Luzarte Estrela deve in-vestir o correspondente a R$ 7 milhões para atender à demanda de material para banheiros. A Luzarte foi funda-da em março de 1960 e fabricava louça artística, além de mesas e adornos. Em 1994, mudou de segmento, passando a produzir e distribuir louças sanitárias em três linhas: luxo, semiluxo e popular, que corresponde a 85% da produção.

“Nós exportávamos para sete países, incluindo Espanha, Portugal, Cabo Ver-de e Cuba, até dois anos atrás, quando resolvemos nos concentrar na demanda do mercado interno, que cresceu muito,

Raul Penteado, executivo da Deca, agora com produção na Paraíba

Chuveiro Balance – Deca

ECONOMIA & NEGÓCIOS

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H á 55 anos, a catarinense Docol sempre buscou inovar em ter-mos de tecnologia de mercado.

Fez sucesso com a sua válvula de descarga de alto padrão – que resultou numa joint venture com a alemã Georg Rost & Soh-ne. Daí em diante, ampliou a oferta de produtos para torneiras, misturadores, chuveiros e acessórios, e foi a primeira do segmento a oferecer 10 anos de garantia. Durante as décadas de 80 e 90, a Docol só fez ampliar a oferta de produtos, apostan-do tanto em torneiras top de linha com acabamento em ouro, quanto em padrões financeiramente viáveis e com designs simples, a exemplo das linhas Pertutti, as

Fotos: divulgação

Torneira FiltoDeca

DOCOL TAMBÉM APOSTA NA LINHA POPULAR

tradicionais torneiras de sistema rotativo, ou seja, de três giros e meio. Porém, depois de inúmeros investimentos, associações com empresas de renome internacional, políticas de exportações de produtos com fechamento automático como torneiras, chuveiros, válvulas e registros reguladores de vazão, a Docol mais uma vez resolveu inovar. Na Feicon 2011 fez um pré-lança-mento da sua mais nova criação, produ-zida para ingressar no mercado em abril passado. Trata-se da Brilho, uma linha economicamente acessível, voltada para o Programa Minha Casa, Minha Vida, mas com uma diferença salutar em relação à Pertutti. O produto tem design de última

enquanto a do exterior se retraiu”, decla-ra Fernando Francisco da Costa, diretor e proprietário da Luzarte Estrela. Ele atribui o aquecimento do setor à soma de fatores como o incentivo da Caixa Econômica Federal, o Programa Minha Casa, Minha Vida e a redução do IPI no segmento de materiais de construção,

incluindo as louças sanitárias. “A gente acredita no momento que estamos atra-vessando. Sentimos, de 2008 para cá, o crescimento em termos de produção. Esse crescimento nos levou a fazer investimen-tos”, afirma Fernando Costa, que confessa acreditar em mais quatro anos de evolução contínua do setor.

geração, torneiras com volante moderno, no formato quadrado, volante com ¼ de volta - permitindo abertura e fechamento mais rápidos, pastilhas cerâmicas e are-jador (equipamento que mistura água e ar), permitindo um volume constante e homogêneo do jato, uma vez que retém e distribui o líquido igualmente, viabilizan-do a utilização racional da água. “A linha Brilho levou um ano para ser desenvolvida e segue a tendência de casar tecnologia de ponta com viabilidade financeira, ou seja, uma linha popular com design arrojado”, propaga Ivaldir Vilaça, representante re-gional da empresa. Ganho para o fabrican-te, satisfação para o consumidor.

Louça sanitária com qualidade Deca e preço popular

ECONOMIA & NEGÓCIOS

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A inda é cedo para se fazer uma avaliação precisa sobre o pro-grama oficial do Governo Fe-

deral voltado para as populações de baixa e média rendas - o Minha Casa, Minha Vida. Criado no penúltimo ano do Go-verno Lula, foi considerado mais um vetor eleitoreiro, já que não tinha maiores infor-mações sobre projetos, disponibilidade de terrenos, licenças ambientais e tudo que concentra a burocracia para o empresário da construção civil conseguir trabalhar em nosso país. O próprio ex-presidente, no discurso de lançamento, com pompa e circunstância, pediu ao público que não cobrasse prazos dele, ou seja, nem ele sa-bia se o programa daria certo.

O Brasil experimenta hoje um boom imobiliário sem precedentes na sua his-tória econômica. Esse boom atinge várias regiões e não se limita aos programas in-centivados do Governo Federal. Também imóveis de alta renda estão mais valori-zados em Regiões Metropolitanas como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza, com preços subindo bem acima da média inflacionária dos últimos 24 meses.

Vários profissionais do setor constru-tivo perguntam sobre o risco aparente dessa performance imobiliária e tentam compará-la com a brutal crise america-na que jogou o mundo numa forte crise financeira. Será que nós podemos cair numa armadilha deste nível? A resposta é não! E explico por quê.

A bolha americana alcançou US$ 100 bilhões de financiamento com recursos de bancos privados, os quais, por sua vez, re-vendiam os papéis vinculados a hipotecas

para outros bancos, criando uma espiral ascendente de endividamento. Esse endivi-damento crescente encontrou uma barrei-ra na inadimplência generalizada dos ad-quirentes de imóveis, o que desvalorizou, de forma abrupta, os papéis vinculados aos bancos. Resultado: os papéis não valiam nada e os bancos amargaram grandes pre-juízos, extensivos a um número bem maior de bancos que tinham adquirido esses ti-pos de papéis para ganhar na especulação.

No Brasil, a maior parte do financia-mento imobiliário está vin-culada à Caixa Econômica Federal (CEF), instituição financeira totalmente estatal e que, por não ser um banco com ações em bolsa de valo-res e não ter nenhum sócio privado, não pode falir. Os bancos privados e também o Banco do Brasil entraram no financiamento imobiliário, mas não chegam perto dos aportes da CEF para o setor construtivo nacional.

O programa Minha Casa, Minha Vida finalmente começa a deslanchar por meio das contratações efetivas de obras. Segun-do dados da CEF, o saldo de propostas de contratações do programa atingiu, em 1º de dezembro de 2010, R$ 68,87 bilhões nas três faixas de renda familiar que variam de 0 a 10 salários mínimos. Na faixa de 0 a 3 mínimos, os recursos financeiros de sustentação do programa são oriundos do Orçamento Geral da União (OGU).

O valor indicado refere-se a 6.578 em-preendimentos propostos com 1.192.499 unidades distribuídas por todo o território

nacional. Em termos operativos, foram contratadas por volta de 816.269 unida-des, sendo 761.064 diretamente pela CEF, 50.456 pelo Ministério das Cidades e 4.748 pelo Banco do Brasil.

O Sudeste responde por 36% desse to-tal, enquanto o Nordeste por 31% e, a Re-gião Sul, por 18%. Juntas, as três regiões concentram 85% do programa.

CONTRATAÇÃO GLOBAL POR REGIÃO GEOGRÁFICA

* Josué Souto Maior Mussalém é economista e titular da MRSA Consultoria([email protected])

FAIXA CAIXA BB MIN.CIDADES TOTAL %**

CO 65.703 981 3.860 70.544 9

NE 220.870 - 28.101 248.971 31

NO 49.315 - 7.693 57.008 7

SE 282.793 2.760 7.227 292.780 36

SUL 142.383 1.007 3.575 146.965 18

TOTAL 761.064 4.748 50.456 816.965 100

Data posição CEF: 1/12/2010 - BB e Min. Cidades: 26/11/2010

A CONSTRUÇÃO NO BRASIL E O “MInhA CASA, MInhA VIDA”

JOSUÉ MUSSALÉM*

Segundo as mesma fontes, o total dos investimentos contratados no programa Minha Casa, Minha Vida atingiu, até de-zembro de 2010, R$ 43,94 bilhões, dos quais R$ 13,62 bilhões (31%) serão investidos no Nordeste entre 2011 e 2013. Sem dúvida, neste e nos próximos anos, o Minha Casa, Minha Vida vai manter aquecida a cadeia produtiva da construção civil em todo o Brasil e o Nordeste será um dos principais beneficiados pela iniciativa.

ECONOMIA

RECIFE E SALVADOR APRESENTAM ÚLTIMOS RESULTADOS

N os últimos dois anos, 30 cons-trutoras e 19 fornecedores pernambucanos participaram

do 4º Ciclo de Atividades da Comunida-de da Construção do Recife, de acordo com o balanço apresentado no último dia 23 de março, no Sindicato da Indús-tria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon/PE).

O número foi maior do que nos ciclos anteriores e, segundo o gerente regional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP/NE), Eduardo Moraes, mostra que as construtoras perceberam no projeto um espaço de desenvolvimento de soluções para as suas necessidades. “Nas universidades, há muita teoria, mas aqui juntamos a teoria com a execução”, afirmou considerando o 4º Ciclo de Atividades muito rico tecnologicamente.

No workshop realizado para apresen-tar o balanço, o professor Alberto Casado, coordenador do grupo de trabalho em al-venaria de vedação, mostrou os resultados do programa Obra Monitorada, voltado para estudos e capacitações sobre a alve-naria racionalizada de vedação com blo-cos de concreto. Na Construtora Romarco, do Recife, o novo sistema foi aplicado na construção do Edifício Orquídea, que fica no Condomínio Morada Verde, e avaliado durante três meses. Os indicadores médios de perdas de blocos de concreto ficaram

em torno de 2,6%, enquanto a média quan-tificada pela Escola Politécnica de Pernam-buco (Poli/UPE) para o Estado é de 13,9%, ao passo que pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Finep/Epusp), em 37 construções, é de 17%.

No evento também foram discutidas as ações do próximo ciclo, que durará outros dois anos. As construtoras interes-sadas em aderir devem procurar a ABCP. “É importante que as empresas menores, normalmente terceirizadas pelas grandes construtoras, e as que ingressaram mais recentemente no mercado participem das capacitações e dos outros projetos, para trocar informações e se beneficiarem das novas metodologias e tecnologias constru-tivas”, incentiva.

SALVADOR ENCERRA SEU CICLO

Em Salvador, o balanço das atividades do 4º Ciclo de Atividades, divulgado no último dia 24 de março no Fiesta Con-vention Center, também registrou avanços significativos no emprego da alvenaria ra-cionalizada com blocos de concreto e da alvenaria estrutural, e nos outros sistemas construtivos estudados no período. No total, foram envolvidas 21 construtoras e 10 fornecedores da Bahia, com direção da Associação Brasileira de Cimento Portland

(ABCP/BA) e em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon/BA).

No evento, o gerente nacional de Pla-nejamento e Mercado da ABCP/SP, Válter Frigieri, avaliou o cenário da construção civil e o que está ocorrendo no mercado em termos de financiamento, programas go-vernamentais e unidades lançadas, além do comportamento das empresas na tomada de decisões diante de problemas que o setor tem enfrentado para atender à demanda.

Durante o balanço, foi lançado o Manu-al de Alvenaria de Vedação com Blocos de Concreto. “A partir das ações desenvolvi-das neste ciclo, elaboramos diretrizes sobre a execução e o controle desse sistema para que as boas práticas sejam seguidas por ou-tras construtoras da Bahia e de todos os 17 polos onde a Comunidade da Construção está presente no país”, revelou a engenhei-ra Ana Gabriela Saraiva, representante da ABCP no Estado.

Também foi divulgado o segundo fo-lheto da série “Concreto – Como receber, como moldar e como aceitar”, criado para divulgar as boas práticas na especificação e no controle do concreto empregado nas estruturas. O trabalho é a sequência do primeiro folheto – “Concreto – Como es-pecificar, como solicitar e como verificar”, lançado no terceiro ciclo.

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COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO

Page 37: Construir Nordeste - Edição 57

MAIO 2011 | | 65| MAIO 201164 | MAIO 2011 | | 65

IV SALÃO IMOBILIÁRIO DE PERNAMBUCO

MENOR OFERTA REDUZ VENDASPúblico menor que em 2010 procura imóveis mais acessíveis e justifica queda na comercialização

PATRÍCIA BRAGA

Residenciais e empresariais entre as opções

P ode-se dizer que, na opinião dos expositores, o resultado do IV Sa-lão Imobiliário de Pernambuco foi

inversamente proporcional ao constatado pelos números. O público foi menor em relação às três edições anteriores, ou seja, menos de 15 mil pessoas visitaram o salão, duas mil a menos que em 2010, e apenas 506 imóveis foram vendidos, enquanto no ano passado o evento viabilizou a comer-cialização de 762 unidades.

Um dos motivos da queda foi a dimi-nuição da oferta de novos imóveis, o que, na avaliação da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco

(Ademi/PE), acabou justificando e até gerando um equilíbrio no resultado fi-nal. “Tivemos menos unidades ofertadas para cada unidade vendida”, argumentou o presidente do Conselho Consultivo da associação, Marcello Gomes. Segundo ele, várias empresas até que tentaram fazer ins-crições de novos lançamentos, mas acaba-ram ficando de fora por causa da demora da prefeitura e dos cartórios em aprovar os respectivos projetos.

O certo é que uma conjunção de fatores como o momento de transição do mercado imobiliário e o surgimento de problemas pontuais contribuiu para o baixo volume

de vendas, durante os cinco dias do evento, ocorrido de 30 de março a 3 de abril deste ano. “O mercado da construção é aberto e por isso suscetível ao surgimento de ele-mentos-surpresa, sem falar no momento de transição que o setor está enfrentando, tanto em termos quantitativos como quali-tativos”, justificou Marcello Gomes.

Um desses elementos teria sido o lan-çamento, simultâneo ao salão, de um em-preendimento de porte na cidade. Já a transição, nem tão pontual, aponta para a mudança de perfil do público presente no evento, de poder aquisitivo mais baixo e em busca de imóveis com preços mais

A Construtora Duarte foi um dos destaques em ven-das no IV Salão Imobiliário de Pernambuco. Em cinco dias de evento, liquidou 60% das unidades

do Condomínio Sítio das Roseiras Home Club, localizado no bairro do Rosarinho, no Recife. O empreendimento terá 33 andares, com apartamentos de dois e três dormitórios. As unidades, a serem entregues em 2013, custam R$ 190 mil (dois quartos) e R$ 215 mil (três quartos). A Duarte também lançou, durante o evento, um empreendimento diferenciado – o Shopping Park Residence, que está enquadrado no Minha Casa, Minha Vida. “O prédio é um produto único no merca-do, por ser o mais bem localizado entre os imóveis do gênero: a menos de 500 metros do Shopping Center Recife”, diz o ge-rente comercial da Duarte, Helly Seabra (foto). Terá 17 anda-res, com 10 apartamentos por andar, cada unidade com 45,5 metros de área útil. Já a estrutura de lazer contará com pisci-na, minicampo, sala de ginástica, sauna e salão de festa.

ECONOMIA & NEGÓCIOS

acessíveis. Sendo assim, fecharam mais negócios as empresas com maior oferta de unidades voltadas para um público de ren-da inferior. A despeito dos fatores de maior interveniência no tímido resultado final do salão, seis empresas não conseguiram efe-tuar nenhuma venda durante o evento.

RAÍZES DO PROBLEMA

Mesmo com a baixa nas vendas de imóveis, para Marcello Gomes o IV Salão Imobiliário chegou a corresponder - e até superar - às expectativas em alguns pon-tos. No balanço apresentado pela Ademi/PE, fica evidente a maturidade do evento, da mesma forma que iniciativas como o Prêmio Ademi/PE de Jornalismo e o se-minário “A cidade que queremos” foram destaque no salão deste ano, considerado o melhor em montagem e exposição. Po-rém, além dos já citados fatores que inter-feriram negativamente nas vendas, outras questões, que podem ser consideradas crônicas, foram ressaltadas pelo presiden-te do Conselho Consultivo.

Incluídos na lista, que é significativa, estão problemas como o baixo índice de fi-nanciamento para produção, ou seja, a limi-tação de capital de giro. “Tivemos evolução

de crédito, mas ao comprador. O crédito ao produtor imobiliário ainda é escasso”, lamenta Marcello Gomes, que cita outros itens como a insuficiência de terrenos na Região Metropolitana do Recife – muitos têm limitadores geológicos (solo ruim), não possuem estrutura e estão localizados em áreas onde não há demanda. Outro pro-blema é a burocratização nos processos de aprovação de licenças e do “Habite-se”, o que, segundo Gomes, deve mudar até o final do ano. “A partir de maio, a gente começa a ter um procedimento diferente em relação aos projetos que serão apresentados para aprovação acima de cinco mil metros”.

O mercado da construção é aberto e por isso suscetível ao surgimento de elementos-surpresa, (...) tanto em termos quantitativos como qualitativos

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Page 38: Construir Nordeste - Edição 57

| MAIO 201166 |

PERNAMBUCO: HORA DE CONSTRUIR QUALIFICAÇÃO

A o mesmo tempo em que festeja uma “virada” na construção civil imobiliária e pesada, Pernambu-

co procura saídas para suprir a demanda de trabalhadores para os milhares de em-pregos que estão sendo gerados pelo setor. A solução vem esbarrando num limitador: a baixa qualificação dos pernambucanos para ocupar as vagas. Como resolver a questão é um desafio lançado pelo gover-nador de Pernambuco, Eduardo Campos com a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, criada assim que as-sumiu seu segundo mandato, em janeiro.

A missão foi entregue ao professor Antonio Carlos Maranhão de Aguiar que, como diretor regional de Pernambuco do Serviço Nacional de Aprendizagem In-dustrial (Senai) firmou eficientes parcerias com a iniciativa privada para formar mão de obra destinada aos grandes empreendi-mentos do Complexo Industrial e Portuá-rio de Suape, como o polo petroquímico e a Refinaria Abreu e Lima, e no interior, a exemplo da transposição do São Francisco e da ferrovia Transnordestina.

Pernambuco terá, em breve, obras de estaleiros, da montadora da Fiat e da Si-derúrgica Suape, e precisará ampliar, con-sideravelmente, os cerca de 48 mil traba-lhadores que estão na região de Suape no complexo refinaria/petroquímica e nas obras rodoviárias e de arte como os via-dutos duplos em Prazeres, na Região Me-tropolitana (sul), e na Pan Nordestina, na parte norte do Grande Recife. Para o se-cretário, há ainda um acréscimo importan-te na construção habitacional decorrente do êxito do programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal.

Tantos empreendimentos representam, hoje, algumas dezenas de milhares de no-vos postos de trabalho, o que não acontecia na década passada. Segundo Maranhão, o problema é que não se investe em qua-lificação profissional quando não existe mercado, e por isso temos a escassa oferta de profissionais qualificados. Uma das so-luções, para ele, é associar, paralelamente à educação básica, uma formação técnica que prepare jovens para o mercado de tra-balho, no próprio período do aprendizado

escolar. “É necessária uma correção de es-colaridade no processo de capacitação pro-fissional”, defende. “Só aliando uma forma-ção profissional à educação básica é que Pernambuco poderá atender à demanda de mão de obra num futuro próximo.”

PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO

As empresas radicadas em Suape bus-cam profissionais também radicados no próprio Estado. Por isso, a Secretaria do Trabalho está elaborando um Mapa de Demandas por Pessoas Qualificadas em Pernambuco. Secretarias ligadas às obras como Infraestrutura, Cidades, Transpor-te, Desenvolvimento Econômico, Turis-mo e até Agricultura são consultadas para que o governo tome conhecimento de todas as demandas nos próximos qua-tro anos e, junto aos sindicatos patronais, possa avaliar o número de funcionários que deverão ser contratados e as suas res-pectivas ocupações. O secretário garante que o levantamento termina no início do próximo semestre e a construção civil

está tendo prioridade no planejamento. “Hoje a gente já tem em andamento um programa nos municípios circunvizinhos a Suape como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Escada, Moreno e Jaboatão para formação de dois mil profissionais para a construção civil”, revela.

Ele fala do Plano Setorial de Quali-ficação (Planseq), que tem recursos do Ministério do Trabalho, apoio das agên-cias de trabalho do Governo do Estado e é voltado para a formação de profissionais como pedreiros, armadores, carpinteiros e encarregados de obras. O curso terá 250 horas e a expectativa é formar todas as turmas até o final do ano. Além disso, o governo prevê uma parceria com o Sis-tema S num programa de cerca de cinco mil qualificações, que contempla 800 pessoas para a construção civil. Grande parte é voltada para a Região Metropoli-tana do Recife, com atenção especial para Camaragibe e São Lourenço da Mata, por causa das obras para a Cidade da Copa.

Também serão contemplados cursos para Caruaru e Petrolina.

A intenção do Governo de Pernam-buco, segundo o secretário, é montar um programa permanente de formação

para valorizar a mão de obra profissio-nal. Isso porque o próprio desequilíbrio entre oferta (menor) e demanda (maior) tem puxado pra cima a questão da re-muneração. Ou seja, ao procurar um curso de formação profissional, o jovem costuma se pautar pela remuneração inicial e possibilidades de progresso na carreira. “A gente não pode ser país de primeiro mundo, querendo traba-lhadores com perfil de competência de primeiro mundo, sem pagar salários de primeiro mundo”, adverte.

Um dos desdobramentos dessa falta de ajuste está nas regras que as empresas adotam para trazer pessoas de outras ci-dades. O ideal, na opinião de Antônio Carlos Maranhão, é que sejam enviados não candidatos, mas trabalhadores sele-cionados, com carteira assinada e aloja-mentos definidos. “Estamos orientando e tendo reuniões com a Superintendên-cia do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho”, anuncia.

PATRÍCIA BRAGA

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eGrandes obras em execução no Estado – e as anunciadas todos os dias – exigem pernambucanos prontos para ocupar as vagas

ECONOMIA & NEGÓCIOS

Antônio Carlos Maranhão assume a missão de capacitar profissionais em todo o Estado

Av. João de Barros, 1350 - Sala 01, EspinheiroTel/Fax: (81) 3427.4980

Avenida Domingos Ferreira, 90, PinaTel/Fax: (81) 3465.6275 / 3213.0300

Recife/PE - [email protected]

Page 39: Construir Nordeste - Edição 57

| MAIO 2011 MAIO 2011 |68 | | 69

* José André Freitas é coordenador da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe

E m 2010, a construção civil foi destaque na elevação do Produ-to Interno Bruto (PIB) do país.

Segundo o IBGE, no fechamento do ano passado, em relação a 2009, o segmen-to obteve o segundo maior crescimento (11,6%), dentre os subsetores da indústria, somente ficando atrás da indústria extra-tiva mineral, que cresceu 15,7%. Ademais, ainda se pode citar a recuperação frente ao desempenho negativo que houve na comparação entre 2008 e 2009, quando recuou 6,3%. Em Pernambuco, no mes-mo período de avaliação supracitado, tal atividade se revelou com maior dinamis-mo, podendo comemorar a variação mais significativa entre os demais subsetores industriais, segundo a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernam-buco (Condepe/Fidem). Enquanto o PIB da indústria de transformação elevou-se em 12,5%, entre 2009 e 2010, o PIB da construção civil cresceu quase 30%.

Quanto ao destaque do desempenho do setor da construção civil em Pernam-buco, no ano passado, não resta dúvida, face ao crescimento de tamanha magni-tude: 26,1%. No entanto, há uma pergun-ta de ordem que certamente permeia os pensamentos da sociedade: “Será que há sustentabilidade nesse crescimento”? Res-ponder a este questionamento de forma positiva não é uma tarefa difícil, ou seja, a fundamentação para o otimismo não é complicada. Primeiramente, faz-se coeren-te recorrer ao relatório da própria Agência Condepe/Fidem, que cita o desempenho do setor da construção civil ancorado, especialmente, nas obras de infraestru-tura dos investimentos estruturadores. E

também por conta das construções imo-biliárias. Portanto, seguindo uma lógica, é salutar uma investigação mais aprofunda-da a respeito das duas causas.

Com relação à primeira citação do es-tudo - os investimentos estruturadores, é patente a movimentação no Estado. Só para se ter uma ideia desse fluxo, a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) elaborou um relatório, em outubro passado, elencando os principais investi-mentos. Observaram-se elevados aportes dessas novas plantas industriais, algo em torno de R$ 20 bilhões, com a geração de mais de 12 mil empregos diretos. Isto tudo somente compilando as maiores plantas. Além disso, há outros investimentos que também possuem forte impacto no setor da construção, tais como o Canal do Ser-tão, o Complexo de Suape, o Suape Global, a Transnordestina, a plataforma logística multimodal, o polo farmacoquímico, a transposição do Rio São Francisco.

No que tange às construções imobiliá-rias como outra causa do desempenho do setor, o resultado do fechamento de 2010

A CONSTRUÇÃO DEVE MANTER O RITMOJOSÉ ANDRÉ FREITAS*

Empresa Área (ha)

Investimento (em US$)

Empregos na construção

Empregos diretos na operação (indiretos)

Refinaria 630,0 13,3 Bi 23.300 1.500 (4.500)

Petroquímica (PTA) 16,0 1,0 Bi 2.800 500 (1.000)

Petroquímica (POY) 20,0 442,0 Mi 1.500 1.100 (2.200)

Petroquímica (PET) 19,0 266,0 Mi 1.000 200 (400)

Estaleiro Atlântico Sul 156,0 1,0 Bi 6.000 5.000 (25.000)

Montadora Fiat 44,0 3,0 Bi (**) 3.500 (10.500)

Laminadora de aço 300,0 1,5 Bi 3.000 800 (2.800)

TOTAL 1.185,0 20,51 Bi 37.600 12.600 (46.400)

da pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) explica, com elevada pro-priedade, o porquê desta referência. Neste ano, por exemplo, o mercado imobiliário dos imóveis novos, residenciais, da Região Metropolitana do Recife, apresentou o maior IVV médio da série histórica do es-tudo. Além disso, tivemos um número mé-dio de vendas por mês acima de 700 unida-des, o que também o coloca como o melhor da série histórica, iniciada em 1995.

Enfim, pelo exposto, as informa-ções apresentadas são de extrema im-portância, permitindo que qualquer pessoa possa responder com otimismo àquela pergunta do inconsciente coleti-vo: “Será que há sustentabilidade nesse crescimento”? Aliás, falar em otimismo não é a maneira mais ideal de expressão nesse contexto, por tudo que o setor da construção civil vive no Estado. Portan-to, a resposta afirmativa é apenas uma simples evidência do óbvio.

Fonte: AD Diper.(**) Dado não informado

INDICADORES IVV

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas,

atingiu, no primeiro trimestre de 2011, uma variação positiva de 1,13%, ficando o gru-po de mão de obra com 0,52% e o de ma-teriais, equipamentos e serviços com 1,72%. Comparando com os índices do Recife, da mesma FGV, que atingiram 1,62%, 0,47% e 2,65%, respectivamente, verificamos que os custos do grupo de materiais, equipamentos e serviços no Recife, em Pernambuco, fica-ram 0,93% acima dos preços nacionais, en-quanto os do grupo de mão de obra ficaram praticamen-te os mesmos.

Analisando as variações do CUB padrão (R-16-N), do Sinduscon/PE, encontra-mos para o mesmo período 3,34% de variação total, com o grupo de mão de obra sem alteração, e 5,87% de varia-ção para o grupo de mate-riais, equipamentos e servi-ços. Ou seja, comparando com o INCC, temos 2,21% a mais no índice total, 0,52% a menos no índice de mão de obra e 4,15% a mais no índi-ce de materiais, equipamen-tos e serviços.

Observamos variações bem próximas em outros indicadores da FGV. Os índices IGP-DI e IGP-M apresentaram variações de 2,566% e 2,431%, respecti-vamente, tendo o IPC-BR variado 2,488%.

No primeiro trimestre de 2011, tivemos variações

diferentes nos seguintes indicadores gerais de preços: ICV/Dieese - 2,866%; IPC/Fipe - 2,052%; INPC/IBGE - 2,216%; e poupan-ça - apenas 1,846%.

Com relação à variação de preços dos insumos do lote básico, utilizada para cálculo dos CUBs do Recife, destaca-mos os que apresentaram maiores va-riações: vidro liso transparente de 4mm colocado (24,09%), placa de gesso liso 0,60mx0,60m (20,77%), disjuntor tripolar 70A (19,26%), fechadura para porta inter-na em ferro cromado (15,26%), esquadria

* Clélio Fonseca de Morais é consultor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE) e diretor da CM Assessoria de Obras, respon-sável pelo cálculo do Custo Unitário Básico da construção civil (CUB) conforme a NBR-12.721/2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Mais informações no www.cub.org.br.

de correr em alumínio anodizado natural (14,21%) e registro de pressão cromado de 1/2” (11,05%).

PROJETOS PADRÃO DE ACABAMENTO

PROJETOS PADRÕES R$/M2

VARIAÇÃO PERCENTUAL

MENSAL ACUMULADONO ANO

ACUMULADOEM 12 MESES

RESIDENCIAIS

R-1 (residência unifamiliar)

Baixo R-1-B 899,35 0,07% 4,01% 13,10%

Normal R-1-N 1.084,20 0,18% 3,66% 12,80%

Alto R-1-A 1.393,41 0,33% 4,36% 13,89%

PP-4 (prédio popular)

Baixo PP-4-B 843,71 0,12% 4,37% 13,65%

Normal PP-4-N 1.023,12 -0,20% 3,51% 11,82%

R-8 (residência multifamiliar)

Baixo R-8-B 798,58 -0,25% 4,13% 12,85%

Normal R-8-N 885,91 -0,44% 3,22% 11,83%

Alto R-8-A 1.119,08 -0,13% 3,99% 12,57%

R-16 (residência multifamiliar)

Normal R-16-N 866,69 -0,35% 3,34% 11,82%

Alto R-16-A 1.127,74 -0,73% 2,98% 11,38%

PIS (Projeto de Interesse Social) PIS 602,90 0,93% 4,30% 12,98%

RP1Q (residência popular) RP1Q 867,29 0,90% 3,51% 13,14%

COMERCIAIS

CAL-8 (comercial andares livres)

Normal CAL-8-N 1.012,16 -0,77% 3,16% 11,36%

Alto CAL-8-A 1.107,31 -0,67% 3,59% 11,98%

CSL-8 (comercial salas e lojas)

Normal CSL-8-N 859,69 -0,88% 2,57% 10,78%

Alto CSL-8-A 959,89 -0,73% 2,83% 11,23%

CSL-16 (comercial salas e lojas)

Normal CSL-16-N 1.146,60 -0,88% 2,59% 10,97%

Alto CSL-16-A 1.280,09 -0,69% 2,86% 11,39%

GI (galpão industrial) GI 488,15 -0,90% 2,61% 10,87%

INDICADORES SETORIAIS E ECONôMICOS EVOLUEM EM 2011

CLÉLIO FONSECA DE MORAIS*

INDICADORES CUB

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AGLOMERANTES un R$Cal hidratado Calforte Narduk kg 0,42

Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10kg) sc 4,04

Cimento Portland kg 0,38

Cimento Portland (saco c/ 50kg) sc 19,00

Cimento branco específico Narduk kg 0,94

Cimento branco específico Narduk (saco com 40kg) sc 37,60

Gesso em pó de fundição (rápido) kg 0,40

Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg) sc 15,67

Gesso em pó para revestimento (lento) kg 0,30

Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg) sc 12,17

Gesso cola kg 1,37

Gesso cola (saco com 5kg) sc 6,50

ARTEFATOS DE CIMENTO un R$Bloco concreto p/ alvenaria vedação c/ 9x19x39cm (2,5MPa) un 1,50

Bloco concreto p/ alvenaria vedação c/ 12x19x39cm (2,5MPa) un 1,72

Bloco concreto p/ alvenaria vedação c/ 14x19x39cm (2,5MPa) un 1,92

Bloco concreto p/ alvenaria estrutural c/ 14x19x39cm (4,5MPa) un 2,15

Bloco concreto p/ alvenaria estrutural c/ 19x19x39cm (4,5MPa) un 2,87

Caixa de concreto p/ ar condicionado 7.000 BTUs aberta 60x40x40cm

un 47,00

Caixa de concreto p/ ar condicionado 7.000 BTUs fechada 60x40x50cm

un 59,27

Caixa de concreto p/ ar condicionado 10.000 BTUs aberta 70x50x40cm

un 59,07

Caixa de concreto p/ ar condicionado 10.000 BTUs aberta 70x45x60cm

un 60,83

Caixa de concreto p/ ar condicionado 10.000 BTUs fechada 70x45x60cm

un 69,33

Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm un 2,80

Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm

un 2,65

Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm

un 2,70

Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de lobo 39x18x9cm

un 3,10

Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm m2 14,75

Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm

m2 15,50

Meio-fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm un 15,00

Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2 m 6,93

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 27,00

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 27,33

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 33,17

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 35,17

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 MPa (34pç/m2)

m2 34,67

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 MPa (34pç/m2)

m2 39,33

Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma) m2 26,67

Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1 m 12,20

Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1 m 19,40

Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1 m 27,15

Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1 m 35,50

Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1 m 54,75

Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1 m 02,28

Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1 m 48,05

Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1 m 82,00

Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2 m 38,80

Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2 m 48,50

Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2 m 61,50

Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2 m 89,00

Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2 m 65,00

Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2 m 20,00

Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2 m 98,00

Verga de concreto armado de 10x10cm m 11,79

Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/ vão de até 4,00m

m 31,71

Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/ vão de até 4,00m

m 34,08

Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/ vão de até 6,00m

m 37,11

Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/ vão de até 6,00m

m 40,15

Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/ vão de até 7,00m

m 39,82

Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/ vão de até 7,00m

m 43,20

Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/ vão de até 8,00m

m 45,57

Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/ vão de até 8,00m

m 48,94

Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/ vão de até 9,00m

m 55,02

Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/ vão de até 9,00m

m 59,08

ARTEFATOS DE PETROCIMENTO un R$Caixa d'água cônica CRFS de 250l c/ tampa Brasilit un 84,80

Caixa d'água cônica CRFS de 500l c/ tampa Brasilit un 45,80

Caixa d'água cônica CRFS de 1.000l c/ tampa Brasilit un 82,30

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit un 3,75

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit un 3,75

Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit un 47,30

Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit un 47,30

Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit un 32,95

Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit un 32,95

Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit un 32,95

Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit un 14,60

Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit un 48,00

Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit un 0,30

Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit un 88,50

Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit un 30,35

Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit un 87,00

Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit un 18,50

Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit un 462,60

Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit un 514,11

Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit un 575,30

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit un 6,00

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit un 10,65

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit un 11,30

Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit un 122,40

Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit un 166,90

Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit un 189,85

Telha residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit un 21,30

Telha residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit un 26,80

Telha residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit un 32,00

Telha residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit un 37,40

Telha residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit un 45,40

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit un 25,70

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit un 32,40

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit un 38,30

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit un 44,85

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit un 53,77

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit un 34,40

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit un 43,30

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit un 51,85

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit un 60,60

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit un 69,70

AGREGADOS un R$Areia fina m3 41,50

Areia grossa m3 45,00

Saibro m3 37,50

Barro para aterro m3 21,50

Barro para jardim m3 35,00

Pó de pedra m3 45,00

Brita 12 m3 72,50

Brita 19 m3 71,67

Brita 25 m3 69,33

Brita 38 m3 71,67

Brita 50 m3 65,00

Brita 75 m3 65,67

Pedra rachão m3 52,87

Paralelepípedo un 0,33

Meio-fio de pedra granítica m 10,00

ARGAMASSA PRONTA un R$Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg) sc 4,84

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno kg 0,24

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg) sc 10,66

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo kg 0,53

Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg) sc 17,00

Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg) sc 24,73

Massa para alvenaria (saco 40kg) sc 8,67

Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg) sc 4,91

Reboco externo pronto (saco 20kg) sc 4,74

Rejunte aditivado interno (saco 40kg) sc 24,87

Rejunte aditivado interno Narduk kg 0,98

Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg) sc 35,00

Rejunte aditivado flexível externo Narduk kg 0,93

ARAMES un R$Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm kg 4,30

Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm kg 4,60

Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm kg 4,75

Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm kg 5,35

Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm kg 6,10

Arame recozido 18 BWG preto kg 5,00

Arame farpado "elefante" - fio 2,2mm - rolo com 250m un 112,00

Arame farpado "elefante" - fio 2,2mm - rolo com 400m un 169,00

Arame farpado "touro" - fio 1,6mm - rolo com 250m un 90,00

Arame farpado "touro" - fio 1,6mm - rolo com 500m un 170,00

BOMBAS CENTRÍFUGAS un R$Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider un 499,52

Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider un 542,90

Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider un 562,38

Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider un 688,44

Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider un 740,08

Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider un 906,03

Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider un 1.713,93

Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider un 2.095,46

Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider un 368,67

Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider un 426,40

Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider un 438,54

Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG un 170,00

Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG un 170,00

Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG un 191,67

Boia para bomba com 10 amperes un 42,73

Boia para bomba com 20 amperes un 44,73

CARPETES un R$Carpete Flortex Tradition grafite Fademac com 3mm m2 13,09

Carpete Reviflex Diloop grafite Fademac com 4mm m2 12,73

CONCRETO USINADO un R$Concreto usinado FCK=10MPa m3 235,00

Concreto usinado FCK=15MPa m3 232,00

Concreto usinado FCK=15MPa bombeável m3 245,00

Concreto usinado FCK=20 MPa m3 252,00

Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável m3 260,00

Concreto usinado FCK=25 MPa m3 262,00

Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável m3 270,00

Concreto usinado FCK=30 MPa m3 272,00

Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável m3 280,00

Concreto usinado FCK=35 MPa m3 282,00

Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável m3 290,00

Taxa de bombeamento m3 30,00

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO un R$Janela de alumínio com bandeira m2 351,00

Janela de alumínio sem bandeira m2 361,50

Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m m2 351,00

Porta de alumínio com saia e bandeira m2 396,03

ESQUADRIAS DE FERRO un R$Gradil de ferro c/ cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4" m2 126,53

Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) m2 147,53

Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12 m2 135,38

Tubo de ferro preto de 2" m 18,37

Tubo de ferro preto de 4" m 38,76

Tubo de ferro preto de 6" m 90,87

CUB | INSUMOS

Tubo de ferro galvanizado de 2" m 31,12

Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2" m 38,98

Tubo de ferro galvanizado de 4" m 86,13

EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO un R$Adaptador de 2.1/2"x1.1/2" un 60,33

Adaptador de 2.1/2"x2.1/2" un 67,65

Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial un 248,38

Chave Storz un 20,00

Esguicho Jato sólido de 1.1/2" un 57,00

Extintor de água pressurizada 10 litros un 108,76

Extintor de CO2 de 6kg un 444,33

Extintor de pó quimico 4kg un 102,60

Extintor de pó quimico 6kg un 108,34

Extintor de pó quimico 8kg un 155,00

Extintor de pó quimico 12kg un 169,86

Mangueira predial de 1.1/2" x 15m com união un 209,00

Mangueira predial de 1.1/2" x 30m com união un 375,00

Porta corta fogo P90 de 0,80x2,10m un 730,00

Porta corta fogo P90 de 0,90x2,10m un 795,00

Registro Globo 45° de 2.1/2" un 141,79

Tampa de ferro fundido de 60x40cm "incêndio" un 210,00

Tampão cego de 1.1/2" T.70 articulado un 63,12

ESQUADRIAS DE MADEIRA un R$Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m un 45,41

Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m un 46,08

Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m un 46,74

Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m un 50,00

Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI un 60,36

Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI un 66,21

Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI un 76,02

Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI un 86,44

Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 119,63

Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 139,73

Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 171,67

Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m un 163,77

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 113,50

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 120,50

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 209,75

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 126,59

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 134,26

Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 157,66

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m un 186,33

Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 46,33

Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 89,00

Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera un 55,00

EQUIPAMENTOS un R$Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador) h 75,83

Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m) mês 11,67

Betoneira elétrica de 400L sem carregador mês 330,57

Compactador CM/13 elétrico mês 353,33

Compactador CM/20 elétrico mês 688,08

Cortadora de piso elétrica mês 403,33

Furadeira industrial Bosch ref. 1174 mês 215,00

Guincho de coluna(foguete) mês 234,33

Mangote vibratório de 35mm mês 70,67

Mangote vibratório de 45mm mês 70,00

Motor elétrico para vibrador mês 70,00

Pistola finca pinos mês 170,00

Pontalete metálico regulável (1 peça) mês 5,83

Serra elétrica circular de bancada mês 203,33

FERROS un R$Ferro CA-25 de 12,5mm kg 2,90

Ferro CA-25 de 20mm kg 2,90

Ferro CA-25 de 25m kg 2,90

Ferro CA-50 de 6,3mm kg 3,55

Ferro CA-50 de 8mm kg 3,45

Ferro CA-50 de 10mm kg 3,10

Ferro CA-50 de 12,5mm kg 2,90

Ferro CA-50 de 16mm kg 2,90

Ferro CA-50 de 20mm kg 2,90

Ferro CA-50 de 25mm kg 2,90

Ferro CA-50 de 32mm kg 3,25

Ferro CA-60 de 4,2mm kg 3,00

Ferro CA-60 de 5mm kg 3,00

Ferro CA-60 de 6mm kg 3,25

Ferro CA-60 de 7mm kg 3,60

Ferro CA-60 de 8mm kg 3,00

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

kg 4,80

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

m2 4,64

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

kg 4,83

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

m2 7,14

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

kg 4,85

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

m2 8,71

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

kg 4,80

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

m2 10,54

FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO un R$Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória un 4,47

Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm un 2,10

Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado m 8,00

Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado m 10,03

Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado m 12,73

Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2cm aplicada m 7,73

Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3cm aplicada m 8,37

FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO un R$Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte

un 4,31

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte

un 4,55

Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte

un 8,74

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte un 75,86

Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte un 56,08

Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte un 56,08

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte un 56,31

Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte un 46,41

Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte un 46,41

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte un 73,87

Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte un 49,67

Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte un 54,59

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte un 127,63

Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte un 101,49

Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte un 101,49

FERRAGENS DE PORTA un R$Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte

un 4,31

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte

un 4,55

Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte

un 8,74

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte un 75,86

Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte un 56,08

Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte un 56,08

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte un 56,31

Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte un 46,41

Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte un 46,41

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte un 73,87

Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte un 49,67

Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte un 54,59

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte un 127,63

Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte un 101,49

Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte un 101,49

GRANITOS un R$Granilha nº 02 (saco com 40kg) sc 11,80

Granilha nº 02 kg 0,32

Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp.

m 164,95

Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm m 19,27

Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm m 22,62

Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm m 18,75

Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm m2 74,63

Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm m2 114,97

Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm m2 86,50

Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm m 213,65

Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm m 33,70

Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm m 36,67

Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm m 29,00

Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm m2 96,84

Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm m2 47,70

Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm ml 166,01

Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm ml 26,77

Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm ml 27,50

Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm ml 17,67

IMPERMEABILIZANTES un R$Acquella (galão de 3,6 litros) gl 63,83

Acquella (lata de 18 litros) lata 283,65

Bianco (galão de 3,6 litros) gl 34,91

Bianco (balde de 18 litros) bd 147,39

Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) kg 38,26

Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6l) gl 31,35

Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18l) bd 113,31

Frioasfalto (galão de 3,9 kg) gl 23,89

Frioasfalto (balde de 20kg) bd 120,44

Neutrol (galão de 3,6 litros) gl 55,13

Você pode adquirir com o consultor Clélio Morais ([email protected]), colaborador da revista Construir NE e responsável por esta seção, as composições detalhadas dos serviços apresentados na tabela de preços de assinantes da revista.

Os preços unitários dos insumos utilizados nesta listagem foram cotados no período de 5 a 26/3/2011

Page 41: Construir Nordeste - Edição 57

Neutrol (lata de 18 litros) lata 217,29

Vedacit (galão de 3,6 litros) bd 7,54

Vedacit (balde de 18 litros) bd 64,95

Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg) gl 16,06

Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg) bd 115,79

Vedaflex (cartucho com 310ml) cart 11,65

Vedapren preto (galão de 3,6 litros) gl 44,12

Vedapren preto (balde de 18kg) bd 146,10

Vedapren branco (galão de 4,5 kg) gl 30,99

Vedapren branco (balde de 18kg) bd 232,33

Sika nº 1 (balde de 18 litros) bd 57,38

Igol 2 (balde de 18kg) bd 116,15

Igol A (balde de 18kg) bd 100,74

Silicone (balde de 18 litros) bd 85,04

MADEIRAS un R$Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm m2 59,00

Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm m2 74,18

Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm m 7,47

Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm m2 29,50

Folha de "Fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25m un 48,33

Folha de "Fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25m un 44,00

Estronca roliça tipo litro m 1,62

Barrote de madeira mista de 6x6cm m 6,24

Sarrafo de madeira mista de 10cm (1"x4") m 2,95

Tábua de madeira mista de 15cm (1"x6") m 4,38

Tábua de madeira mista de 22,5cm (1"x9") m 5,93

Tábua de madeira mista de 30cm (1"x12") m 9,30

Madeira serrada para coberta (Massaranduba) m3 2.345,67

Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm m 16,60

Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm m 14,72

Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm m 6,87

Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm m 3,79

Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm m 9,24

Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm m 21,80

Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m un 42,33

Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m un 45,00

Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m un 53,50

Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m un 66,33

Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m un 76,85

Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m un 15,28

Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m un 21,50

Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m un 30,75

Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m un 37,86

Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m un 43,71

MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS un R$Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2" m 0,94

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4" m 1,36

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3m) vara 3,72

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3m) vara 5,62

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m) vara 8,73

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3m) vara 10,42

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3m) vara 13,11

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3m) vara 17,31

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3m) vara 34,90

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3m) vara 42,99

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" un 0,92

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" un 1,15

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" un 1,63

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" un 2,49

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" un 2,85

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" un 4,65

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" un 11,18

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" un 12,90

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" un 0,38

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" un 0,60

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" un 0,80

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" un 1,36

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" un 1,63

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" un 2,53

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" un 7,48

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" un 8,85

Bucha de alumínio de 1/2" un 0,30

Bucha de alumínio de 3/4" un 0,39

Bucha de alumínio de 1" un 0,57

Bucha de alumínio de 1.1/4" un 0,79

Bucha de alumínio de 1.1/2" un 0,95

Bucha de alumínio de 2" un 1,79

Bucha de alumínio de 2.1/2" un 2,23

Bucha de alumínio de 3" un 2,73

Arruela de alumínio de 1/2" un 0,19

Arruela de alumínio de 3/4" un 0,25

Arruela de alumínio de 1" un 0,45

Arruela de alumínio de 1.1/4" un 0,61

Arruela de alumínio de 1.1/2" un 0,77

Arruela de alumínio de 2" un 0,94

Arruela de alumínio de 2.1/2" un 1,40

Arruela de alumínio de 3" un 2,75

Caixa de passagem em PVC de 4"x4" un 2,01

Caixa de passagem em PVC de 4"x2" un 1,24

Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3" un 2,60

Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4" un 2,20

Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho un 1,45

Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho un 1,50

Cabo de cobre nú de 10mm2 m 3,78

Cabo de cobre nú de 16mm2 m 5,38

Cabo de cobre nú de 25mm2 m 7,41

Cabo de cobre nú de 35mm2 m 10,96

Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico m 0,46

Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico m 0,74

Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico m 1,31

Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico m 1,83

Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico m 3,46

Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico m 6,09

Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico m 10,40

Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico m 13,26

Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico m 0,46

Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico m 0,72

Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico m 1,36

Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico m 2,03

Fita isolante de 19mm (rolo com 20m) un 6,79

Disjuntor monopolar de 10A Pial un 7,44

Disjuntor monopolar de 15A Pial un 6,78

Disjuntor monopolar de 20A Pial un 7,11

Disjuntor monopolar de 25A Pial un 7,11

Disjuntor monopolar de 30A Pial un 7,11

Disjuntor tripolar de 10A Pial un 42,38

Disjuntor tripolar de 25A Pial un 42,38

Disjuntor tripolar de 50A Pial un 44,84

Disjuntor tripolar de 70A Pial un 69,09

Disjuntor tripolar de 90A Pial un 69,09

Disjuntor tripolar de 100A Pial un 69,09

Disjuntor monopolar de 10A GE un 5,38

Disjuntor monopolar de 15A GE un 5,25

Disjuntor monopolar de 20A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 25A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 30A GE un 5,50

Disjuntor tripolar de 10A GE un 45,00

Disjuntor tripolar de 25A GE un 41,25

Disjuntor tripolar de 50A GE un 42,00

Disjuntor tripolar de 70A GE un 60,00

Disjuntor tripolar de 90A GE un 60,00

Disjuntor tripolar de 100A GE un 60,00

Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores un 11,34

Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores un 26,74

Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores un 40,57

Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores un 92,23

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores

un 37,73

Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores un 123,50

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores

un 46,33

Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores un 168,15

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores

un 66,10

Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de embutir un 28,90

Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de sobrepor un 29,35

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis cj 4,92

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis cj 9,84

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis cj 12,24

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis cj 6,68

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis cj 11,79

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis

cj 11,70

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 9,95

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 12,65

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 5,97

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 10,77

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis

cj 7,38

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis

cj 8,90

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis

cj 10,55

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis

cj 5,15

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis

cj 5,45

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis cj 10,61

Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis un 0,61

Suporte padrão 4"x4" Pial un 1,23

Placa cega 4"x2" Pial Pratis un 1,91

Placa cega 4"x4" Pial Pratis un 4,34

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus cj 8,00

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus cj 13,98

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus cj 18,45

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus cj 10,36

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus cj 19,00

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus

cj 16,40

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 14,33

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 18,75

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus

cj 7,24

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus

cj 16,13

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus

cj 14,50

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus

cj 11,03

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus

cj 10,50

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus cj 7,17

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus cj 7,53

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus cj 13,53

Suporte padrão 4"x2" Pial Plus un 1,20

Placa cega 4"x2" Pial Plus un 2,00

Placa cega 4"x4" Pial Plus un 4,87

Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores un 19,63

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis

cj 8,65

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis cj 14,73

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus

cj 11,68

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus cj 18,60

Cabo telefônico CCI 50 - 1 par m 0,24

Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares m 0,45

Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares m 0,77

Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares m 0,91

Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares m 1,14

Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares m 1,54

Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm un 35,30

Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm un 48,39

Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm un 78,50

Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm un 83,56

Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm un 140,99

Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm un 242,49

Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm un 550,00

MATERIAIS HIDRÁULICOS un R$Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda

un 6,58

Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda

un 10,55

Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda

un 14,68

Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda

un 17,25

Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha un 4,66

Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório un 1,33

Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm

un 1,49

Curva de PVC soldável para água de 20mm un 1,35

Curva de PVC soldável para água de 25mm un 1,63

Curva de PVC soldável para água de 32mm un 3,63

Curva de PVC soldável para água de 40mm un 6,52

Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4" un 1,80

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2" un 0,95

Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4" un 1,30

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1" un 2,22

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4" un 5,52

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2" un 6,57

Joelho 90° de PVC roscável para água de 2" un 13,48

Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm un 0,26

Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm un 0,37

Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm un 1,27

Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm un 2,75

Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm un 2,89

Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm un 13,44

Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm un 48,65

Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm un 57,20

Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm un 8,93

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm un 0,97

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm un 1,48

Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm un 1,90

Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm un 8,80

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca un 56,60

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca un 89,02

Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca un 41,14

Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar un 48,63

Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca un 55,05

Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 1,13

Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 1,76

Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 4,03

Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 8,87

Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 10,80

Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 17,97

Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 0,62

Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 16,70

Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 30,37

Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 47,63

Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra un 4,05

Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 16,78

Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 21,60

Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 46,28

Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 57,13

Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 71,33

Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 110,62

Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 8,20

Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 10,77

Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 24,33

Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 35,25

Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 42,83

Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 71,35

Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 110,00

Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 141,60

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 19,50

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 50mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 31,23

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 75mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 38,83

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 100mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre(vara c/6m)

vara 50,57

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 150mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 119,49

Válvula de retenção horizontal com portinhola de 2" Docol un 124,63

Vedação para saída de vaso sanitário un 4,57

Adesivo para tubos de PVC (tubo com 1 litro) litro 22,02

Solução limpadora para tubos de PVC (tubo com 1 litro) litro 27,27

MATERIAIS DE INOX un R$

Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 94,47

Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 127,95

Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 236,44

Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 460,63

Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 286,55

Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 460,95

Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat

un 172,45

Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat un 391,95

Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat un 676,95

Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x 1 1/2", Franke Douat un 10,62

MÁRMORES un R$Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm m 116,87

Bancada de mármore branco extra de 60x2cm m 483,20

Bancada de mármore travertino de 60x2cm m 201,20

Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm m2 63,07

Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm m2 54,00

Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm m2 41,67

Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm m2 68,33

Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm m2 56,67

Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm m 15,50

Rodapé em mármore travertino de 7x2cm m 23,50

Soleira em mármore branco extra de 15x2cm m 58,50

Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm m 18,33

Soleira em mármore travertino de 15x2cm m 29,00

MATERIAIS DE PINTURA un R$Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão) gl 55,47

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão) gl 25,90

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros) lata 113,63

Selador acrílico para parede externa (galão) gl 22,60

Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros) lata 86,60

Massa corrida PVA (galão) gl 11,00

Massa corrida PVA (lata c/18 litros) lata 27,87

Massa acrílica (galão) gl 22,50

Massa acrílica (lata c/18 litros) lata 84,27

Massa à óleo (galão) gl 41,07

Solvente Aguarrás (galão c/5 litros) gl 47,60

Tinta latex fosca para interior (galão) gl 19,20

Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros) lata 84,93

Tinta latex para exterior (galão) gl 35,60

Tinta latex para exterior (lata c/18 litros) lata 149,95

Líquido para brilho regulador (galão) gl 43,00

Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros) lata 239,40

Tinta acrílica fosca (galão) gl 49,73

Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros) lata 154,63

Textura acrílica (galão) gl 20,23

Textura acrílica (lata c/18 litros) lata 92,53

Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão) gl 48,29

Verniz marítimo à base de poliuretano (galão) gl 40,93

Tinta antiferruginosa Zarcão (galão) gl 68,40

Esmalte sintético acetinado (galão) gl 59,47

Esmalte sintético brilhante (galão) gl 50,83

Tinta à óleo (galão) gl 41,64

Tinta à óleo para cerâmica (galão) gl 59,30

Tinta acrílica especial para piso (galão) gl 33,10

Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros) lata 140,63

Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão) gl 124,40

Diluente epoxi (litro) l 15,57

Lixa para parede un 0,32

Lixa para madeira un 0,37

Lixa d'água un 0,92

Lixa para ferro un 2,13

Estopa para limpeza kg 4,73

Ácido muriático (litro) l 4,45

Cal para pintura kg 0,75

Tinta Hidracor (saco com 2kg) sc 2,98

Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas) lata 5,75

MATERIAIS P/ INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE un R$Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m) un 72,00

Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m) un 119,80

Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m) un 142,50

Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m) un 250,05

Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m) un 445,35

MATERIAIS SANITÁRIOS un R$Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca un 71,23

Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra un 42,46

Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra un 14,63

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite

un 191,93

Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite un 165,87

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca

un 242,17

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca

un 257,49

Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite un 90,93

Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca un 236,83

Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca un 62,20

Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca un 107,66

Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca un 108,74

Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca un 156,63

Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca un 160,00

Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca un 41,23

Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca un 39,90

Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca

un 76,00

Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca un 59,63

Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca un 49,30

Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca

un 118,63

Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca un 60,92

Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite un 47,27

Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra un 2,50

Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre

un 17,30

Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi

un 2,35

Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi un 2,83

Chuveiro de PVC de 1/2" com braço un 3,83

Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca un 182,67

Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par)

par 5,87

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Page 42: Construir Nordeste - Edição 57

Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par) par 12,03

Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par) par 5,88

Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" un 49,27

Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves un 54,93

Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" un 6,27

Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)

un 2,29

Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca

un 237,67

Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca un 68,00

Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca

un 147,00

Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca un 61,99

Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite

un 148,99

Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam un 48,80

Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol un 49,30

Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol

un 49,10

Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol

un 57,73

Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca un 232,84

Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca

un 365,40

Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca

un 365,40

Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca un 53,18

Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca un 51,41

Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca un 85,66

Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca

un 57,89

Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca un 171,60

Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca un 168,78

Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca un 91,18

Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca un 161,73

Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca un 146,95

Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca un 24,90

Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca un 34,60

Válvula de PVC para lavatório un 2,63

Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha un 4,28

OUTROS un R$Corda de nylon de 3/8" kg 13,78

Tela de nylon para proteção de fachada m2 3,82

Bucha para fixação de arame no forro de gesso kg 4,03

Pino metálico para fixação à pistola com cartucho un 0,56

Cola Norcola (galão com 2,85kg) gl 33,63

Cola branca (pote de 1 kg) kg 7,43

Bloco de EPS para laje treliçada m3 174,69

PRODUTOS CERÂMICOS un R$Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm mil 373,33

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm mil 186,50

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm mil 298,72

Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm mil 354,39

Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm mil 441,06

Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm mil 450,00

Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm mil 380,00

Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm mil 417,50

Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2 mil 360,00

Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2 mil 480,00

Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2 mil 700,00

Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2 mil 1.400,00

Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2 mil 1.075,00

Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm mil 1.285,80

Massa refratária seca kg 0,72

Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro) mil 50,00

Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada mil 720,00

PREGOS E PARAFUSOS un R$Prego com cabeça de 1.1/4"x14 kg 6,03

Prego com cabeça de 2.1/2"x10 kg 5,07

Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas un 1,24

Arruela de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,17

Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16" un 0,16

Porca de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,15

Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas un 0,24

Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas un 0,29

Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas un 0,67

Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas un 0,79

Arruela de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,17

Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4" un 0,12

Porca de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,10

REVESTIMENTOS CERÂMICOS un R$Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A" m2 17,44

Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4 m2 14,45

Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm m2 39,40

Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm m2 41,74

Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722 m2 23,65

Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041 m2 21,15

Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 m2 21,65

Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm m2 17,17

Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A" m2 16,41

REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS un R$Pedra Ardósia cinza de 20x20cm m2 9,97

Pedra Ardósia cinza de 20x40cm m2 11,23

Pedra Ardósia cinza de 40x40cm m2 12,93

Pedra Ardósia verde de 20x20cm m2 17,53

Pedra Ardósia verde de 20x40cm m2 21,00

Pedra Ardósia verde de 40x40cm m2 24,57

Pedra Itacolomy do Norte irregular m2 14,73

Pedra Itacolomy do Norte serrada m2 21,07

Pedra São Thomé Cavaco m2 24,00

Pedra Cariri serrada de 30x30cm m2 14,07

Pedra Cariri serrada de 40x40cm m2 14,73

Pedra Cariri serrada de 50x50cm m2 15,07

Pedra sinwalita de corte manual m2 18,57

Pedra Sinwalita serrada m2 21,47

Pedra portuguesa (2 latas/m2) m2 15,67

Pedra Itamotinga Cavaco m2 12,80

Pedra Itamotinga almofada m2 15,13

Pedra Itamotinga Corte Manual m2 19,50

Pedra Itamotinga Serrada m2 22,00

Pedra granítica tipo Canjicão Almofada m2 19,83

Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm m2 19,17

Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros) lata 33,00

Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros) gl 38,00

REVESTIMENTOS VINÍLICOS DE BORRACHA un R$Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash m2 32,00

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash m2 40,25

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash m2 44,39

Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar m2 23,60

TELHAS METÁLICAS un R$Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm m2 24,14

Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm un 125,30

Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm m2 20,20

Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm un 103,76

VIDROS un R$Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado) m2 23,88

Vidro Canelado incolor (cortado) m2 24,84

Vidro aramado incolor de 7mm (cortado) m2 107,04

Vidro anti-reflexo (cortado) m2 30,40

Vidro liso incolor de 3mm (cortado) m2 23,64

Vidro liso incolor de 4mm (cortado) m2 29,38

Vidro liso incolor de 5mm (cortado) m2 37,44

Vidro liso incolor de 6mm (cortado) m2 41,42

Vidro liso incolor de 8mm (cortado) m2 62,89

Vidro liso incolor de 10mm (cortado) m2 74,00

Vidro laminado incolor 3+3 (cortado) m2 125,61

Vidro laminado incolor 4+4 (cortado) m2 159,20

Vidro laminado incolor 5+5 (cortado) m2 194,00

Vidro bronze de 4mm (cortado) m2 41,78

Vidro bronze de 6mm (cortado) m2 65,27

Vidro bronze de 8mm (cortado) m2 101,39

Vidro bronze de 10mm (cortado) m2 129,50

Vidro cinza de 4mm (cortado) m2 35,05

Vidro cinza de 6mm (cortado) m2 60,99

Vidro cinza de 8mm (cortado) m2 83,16

Vidro cinza de 10mm (cortado) m2 101,08

Espelho prata cristal de 3mm (cortado) m2 53,39

Espelho prata cristal de 4mm (cortado) m2 78,28

Espelho prata cristal de 6mm (cortado) m2 120,74

Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado) m2 92,00

Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado) m2 116,95

Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado) m2 124,74

Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado un 9,67

Junta de vidro para piso m 0,48

Massa para vidro kg 1,00

MÃO DE OBRA un R$Armador h 3,67

Azulejista h 4,52

Calceteiro h 4,52

Carpinteiro h 3,67

Eletricista h 4,52

Encanador h 4,52

Gesseiro h 4,52

Graniteiro h 4,52

Ladrilheiro h 4,52

Marceneiro h 4,52

Marmorista h 4,52

Pastilheiro h 4,52

Pintor h 4,52

Serralheiro h 4,52

Telhadista h 4,52

Vidraceiro h 4,52

Pedreiro h 3,67

Servente h 2,76

ONDE ENCONTRAR

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T

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REVESTIMENTO DE ALUMÍNIO TIPO ACM

REVESTIMENTO PARA FACHADA

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Fabricação de peças e montagem de estruturas pré-fabricadas de concreto, sobretudo para obras de médio a grande portes. Produtos: lajes alveolares, vigas armadas, protendidas e centrifugadas, telhas de concreto, painéis, blocos de concreto para alvenaria estrutural e de vedação, e pisos intertravados de cimento

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Page 43: Construir Nordeste - Edição 57

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