conto curto
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ANTOLOGIA DE CONTO CURTO
8ºS anos
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Imagens em palavras: conto curto
Há uma tendência na literatura moderna conhecida como
conto curto que exige um amadurecimento de recursos
linguísticos a fim de criar emoção em poucos parágrafos. Essa
modalidade de conto interessa-se por aspectos definidos pelo
mundo interior, pela reação das personagens, ou seja, apoia-se
no conflito psicológico. Fluxo de consciência; discurso indireto
livre; uso do ponto de exclamação, das reticências e da
interjeição; descrição breve; frases curtas; informações
implícitas; uso de frases nominais, foram alguns dos recursos
estudados e empregados pelos alunos em sua produção escrita.
Conciliando fotografia e literatura, nossos promissores
contistas fizeram as imagens falarem através de suas
saborosas histórias, que têm como cenário, a encantadora
cidade de Paraty, onde observaram e aprenderam o valor da
preservação do patrimônio histórico.
Esperamos que apreciem estas rápidas, entretanto
envolventes histórias.
Prof.ªElenice Rodrigues
Prof.ª Emília Maciel
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SUMÁRIO
Contos 8ºA .............................................08
Contos 8ºB..............................................38
Contos 8ºC..............................................60
Contos 8ºD..............................................82
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Contos 8ºA
AQUI É O MEU LUGAR................................................................................ Beatriz Rossetto Branco e Clara Marques Fernandes
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ROTINA........................................................................................................ Bábara Brasil e Larissa Nicoletti
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ROTINA DE MINHA TERRA........................................................................ Henrique Harudi M. Torihara eThiago Mattoso Mitushima
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A NOIVA....................................................................................................................... Akira Higashi e Pedro Rodante
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HISTÓRIAS DE PARATY.......................................................................................... Bianca B. Altieri e Beatriz Roman
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UM CAMINHO EM VOLTA....................................................................................... Daniela eThais Bulhões
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MINHA AFLIÇÃO E DESESPERO.......................................................................... Julia Dandara e Giovanna Innamorato
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ROMANCE ENTRE LÍNGUAS.................................................................................. Virgilio Henrique K. Santopaolo e Renan Lambert Pereira
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MORTES AO LUAR..................................................................................................... Gustavo Tadeo Testoni e Beatriz Pires Pazine
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PRAZER!..........................................................................................................................
Matheus Mazzocato e Léo Rinaldi
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ROTINA DE ANGÚSTIA........................................................................................... Fernando Spinola e Nicholas de Araújo Cintra
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UM DIA QUE FOI ESPECIAL.................................................................................. Mirella S. d Castro e Verônica Rocha A. Gomes
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MINHA QUERIDA PARATY..................................................................................... Renata e Isabela Fagundes
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Aqui é o meu lugar?
Beatriz Rossetto Branco Clara Marques Fernandes
Uma cidade. Paraty. Uma vida inteira passada aqui. Um
sonho... realizado! Construir um restaurante. Puxa, é trabalho
toda a vida! Entra. Senta. Come. Paga. Sai. Julie. François.
Manoel. Juan. Sophie. Stella. Aguinello. Carmela. A cada minuto
parece que estou em um país diferente.
É aqui que quero estar? Buscar peixe fresco ao nascer do
sol? Ver o pôr-do-sol sentada no cais? Andar pelas ruas de
pedras cheias de histórias? Ver o luar da Igreja Santa Rita? Sim!
Com certeza é aqui que quero estar. Continuar a sonhar!
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Rotina
Bábara Brasil Larissa Nicoletti
Janelas e portas coloridas, flores. Uma cidade banhada
pelo mar. Pedras na rua tranquila. Uma grande igreja histórica
que deveria passar harmonia e paz, mas nem sempre é assim.
5h da manhã... O galo canta e mais uma jornada começa.
Faca, pão, manteiga... hum! Pai, pesca. Mãe, artesanato. Eu,
irmãos, escola, zero. Educação de confiança vem de casa. Pratos,
água e sabão, vassouras, rodos e panos, meus únicos amigos. O
mais novo, o alvo de todos, sempre o culpado. Isso vai ser para
sempre. As marcas de meus erros nunca se apagarão. Gritos,
brigas, socos, lágrimas daqueles que mais deveriam me amar. 6h,
a paz retorna. Mentiras, lágrimas, sono, cama.
E mais uma vez o galo canta.
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Rotina de minha terra
Henrique Harudi M. Torihara Thiago Mattoso Mitushima
Casa branca, parede azul. Cruzo essa cidade cheia de história
à meia-noite. Shuuu! Artesanato é o meu ganha pão. Shuuu!
Poucos carros, ando tranquila pela cidade. Shuuu! Com alguns
passos já cruzo a cidade inteira. Shuuu! Pão com manteiga, café
com leite. Shuuu! Sábado e domingo, solzinho na praia. Segunda à
sexta passo na vendinha. Shuuu! Do pôr-do-sol à noite estrelada.
Shuuu! À meia-noite, em frente da igreja matriz, tem em minha
vista minha noiva a chorar.
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A noiva
Akira Higashi Pedro Rodante
Ao longe na estrada escura, uma mulher avistara. Vestia um
vestido branco, um véu de casamento.
Quando aproximei-me, ela saiu de perto. Correu para a mata.
Não a vi mais. Preocupado, fui a sua procura na mata perto. Na
mata encontrei uma estrutura velha. Fiquei com medo. Cidade
estranha. Saí da mata, dobrei a esquina e me deparei com algo
inacreditável. Estranho.
A mulher estava pendurada em uma luminária. Com uma corda
em seu pescoço, segurando-a no ar. Entrei em pânico, desespero.
Liguei para a emergência. Quando voltei meu olhos a ela, havia
desaparecido, sem rastros e eu mais em pânico.
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Histórias de Paraty Bianca B. Altieri
Beatriz Roman
Sossego e agitação. Moderno e antigo. Branco e colorido. Estudo
e festa. Pousada e casa. Essa é Paraty. Minha cidade. A cidade
onde todos querem morar.
FLIP...
Artesã. 52 anos. Maria das Dores. Contarei histórias.
FLIP...
Tinha cinco anos. Estava voltando da escola à noite. Sozinha. Vi
alguma coisa. Era uma mulher. Estava de vestido branco. A segui.
Quando cheguei ao final da rua não tinha nada. Ninguém. Segui
meu caminho. Quando cheguei em casa, ela estava na minha
frente. Na minha casa. Fiquei assustada, mas ela começou a me
contar histórias...
FLIP...
Noiva. 72 anos. Renata.
FLIP...
Conheci um homem. Era especial. Me apaixonei. Íamos casar.
Comprei o vestido perfeito. No dia do casamento eu não estava
bem. A música tocou. Subi no altar. Olhei para o meu noivo.
Alguma coisa aconteceu. Caí no chão. Precisava de água. Pedia.
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Pedia. Até que meu coração resolveu parar. Mas, antes, meu noivo
me contou uma história.
FLIP...
Dono de pousada. 25 anos. Joaquim.
FLIP...
Tinha 15 anos. Estava andando, quando ouvi um latido. Olhei para
trás. Não era cachorro. Era um lobo. Era um homem. Era um
lobisomem. Corri. Ele seguia. Corria. Seguia. Corria. Seguia. Vi
uma árvore. Subi. Ele foi embora. Desistiu. Fiquei lá por exatas
seis horas. As piores seis horas.
TUM !
Com essas histórias eu escrevi o conto que você acabou de ler.
Essa é Paraty. Essas são suas histórias.
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Um caminho em volta
Daniela Thais Bulhões
Há cinco anos não ando mais sozinha.
Um velho artesão que tem seu ateliê na rua do Comércio me
contou uma história. É o meu avô. Antigamente existia um
escravo que trabalhava em uma fazendo. O dono da fazenda tinha
uma filha. Eles trocaram um beijo. Criaram algo especial.
Apaixonaram-se. Mas uma dia, uma moça, descobre esse amor e
conta para o pai dela. O pai tão zangado com a menina, a manda
para a casa de Deus, onde passa todo o verão confinada, com
freiras, para “reaprender” os caminhos de Deus. Quando volta,
está perturbada, e de noite, quer ver o seu amado. Mas ela fica
sabendo de uma coisa horrível. Triste. Revoltante. Ela sente seu
coração partir. Corre, corre, corre, corre... Chega ao Caminho do
ouro. Anda. Sobe, sobe, sobe... Vê. O corpo de seu amado,
torturado, sangrando, vivo. Respirando com muita dificuldade.
Trocaram um último beijo. Trocaram suas últimas palavras: “te
amo”.
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Ele morre. Revoltada. Ela começa a gritar e adentra na
enorme floresta selvagem do Caminho do Ouro. Antes, coloca o
corpo de seu amado em uma caverna. Fome. Dor. Fome. Dor. Ela
morreu de fome e sede.
Agora, seu espírito, para se vingar, pega todas as moças
com 22 anos que andam sozinhas. Ela as induz a adentrarem na
mata, e morrem de fome.
Minha irmã desapareceu há seis anos. Três dias depois de
seu aniversário de 22 anos. Seu corpo nunca foi encontrado. Ela
só me disse que ia passear no Caminho do ouro.
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Minha aflição e desespero Julia Dandara
Giovanna Innamorato
Sempre passava naquela rua, estava indo trabalhar. Sou
garçonete em um bar em uma rua deserta. O bar não lotava muito
só em época de festivais e época de férias. Estava sozinha,
tropecei naquela rua de pedra e logo veio um barulho.
VRUUMMMM...... Um vulto passou do meu lado. Senti um calafrio,
como nunca havia sentido antes. Como algo de ruim fosse
acontecer comigo, algo que nunca havia imaginado, como se o
demônio estivesse do meu lado e aparecesse do nada.
VRUUMMMM........ Comecei a correr louca e desesperada, estava
iluminada apenas pela luz da lua.
VRUUMMMM........ Cachorros começaram a latir e percebi que
estava ali em um beco sem saída. Eu, a lua, os cachorros ao fundo
e as pedras da rua. Sem ninguém para vir me socorrer naquele
momento de aflição e desespero.
VRUUMMMM........ O barulho aumentou e minha aflição e
desespero também.
VRUUMMMM...... Uma luz no fim do túnel apareceu, uma luz forte
e colorida, a luz da minha salvação, que me levaria ao fim daquela
situação.
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VRUUMMMM...... O barulho foi abaixando a cada passo que eu
dava e chegava cada vez mais perto daquela luz forte e colorida.
VRUUMMMM...... Cheguei na esquina da luz, dei outra tropeçada e
ouvi meu nome “Carolina, Carolina...”
VRUUMMMM..... Respirei e percebi que finalmente estava salva,
e aquela não era a minha hora de ir embora, mas sim um novo
recomeço. Havia chegado ao bar que hoje estava com mínimo
movimento. Hora de trabalhar.
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Romance entre línguas
Virgilio Henrique K. Santopaolo
Renan Lambert Pereira
Era dia de festejar! Dia de São João. Ruas coloridas. Casas
tombadas. Monumentos antigos...
Estamos em Paraty! Cidade pequena de Deus. Muitas
pessoas não falam meu idioma. Todos felizes. Dançando e
comemorando. Todos bebendo e comendo. E então vi um turista.
Seu nome é... Caio. Ele era alto. Tinha um sorriso que me seduzia.
Tomei a coragem e fui falar com ele. O que gosta de fazer?
What? Droga!!! Ele era americano, e agora?! O que vou fazer? Eu
viro e saio correndo. Chego em casa. Nervosa, vou para meu
quarto. Choro muito em minha cama. O telefone toca. Eu atendo.
Do outro lado ouço: Who are you? Meu coração dispara.
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Mortes ao luar
Gustavo Tadeo Testoni
Beatriz Pires Pazine
Janelas e portas coloridas. Ruas de pedras. Era aqui que eu
morava. Paraty. Sou Joaquim. Recentemente achei a mulher da
minha vida. Era Joaquina. Foi amor à primeira vista. Era a mulher
mais linda que eu já tinha visto. Mas foi esta beleza que me fez
ter ciúmes.
Eu nem conversava com ela. O problema era que os outros
conversavam. Quando a vi abraçada a outro na ciranda ou
admirando a lua no forte com Marcelo. Ah! Que dor!
Foi desse ciúme que parti para o desejo de morte. Toda
noite que via um de seus supostos pretendentes, matava-o na rua
da igreja. Logo não havia mais nenhum moço no local. Sentia culpa.
Queria morrer. Mas não antes de levar minha amada.
Logo silêncio. Um grito. E no fim, medo. Tragédia.
Escuridão. Último grito de terror. Mas ainda estávamos
separados. Enquanto eu continuava nas trevas. Ela virava
divindade.
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Prazer!
Matheus Mazzocato
Léo Rinaldi
Paraty. 1998. Ele está prestes a conhecer o amor de sua
vida. Ela se prepara para a festa. 9 de novembro. 7 horas e 51
minutos da noite. A música toca. Ela passa. Praça da Matriz. 7
horas e 53 minutos da noite. Ela arruma o cabelo. Colorida a casa
dela, ele passa. Rua de pedra. Mais charmosa que a cidade, ela
passa. 8 horas e 12 minutos da noite. A brisa quente traz com ela
a solidão. 8 horas e 15 minutos da noite. A ciranda passa colorida
e animada com ele, o seu amor. 9 horas da noite. Ele e ela. Prazer!
Ela linda. Ele apaixonado.
A vida é feita de escolhas. As deles se cruzaram. Formando
o destino.
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Rotina de angústia
Fernando Spinola
Nicholas de Araújo Cintra
Paraty. Uma tarde triste. Foi nesta rua. Sempre os mesmos
sentimentos. Não sei dizer, mas é algo muito forte. Me lembro de
minha irmã, que agora está em um lugar melhor. Passo sempre
aqui Para ir para o trabalho, para voltar para casa e para ver
minha mãe.
Estávamos eu ela. Um carro em alta velocidade. Estavam
tentando matar os policias. Mas não foram os policiais que eles
mataram. A angústia corria solta pelas ruas. Nada conseguia me
animar. Naquela hora só a morte dela vinha em minha cabeça. A
angústia tomava conta de mim .Como minha mãe ficaria depois de
saber da notícia? Ela ficaria arrasada. E toda vez que passo por
esta rua ainda sinto a angústia correndo solta. Esta é a minha
rotina.
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Um dia que foi especial
Mirella S. d Castro
Verônica Rocha A. Gomes
Cidade pequena. Turistas invadem suas ruas de pedra.
Cachorros vagam pelas ruas sombrias. Muitas lendas são
contadas. Ruas curvas. Noite quente. No fim da rua avista-se um
ponto branco. Antigamente havia festas. Igreja. Imagens.
Máscaras. “Não se case com ela!”. Vozes repentinas. Pai
contrariava. No altar houve um imprevisto. Muitas lágrimas eram
derramadas. Caras fechadas. Os sorrisos haviam saído dos
rostos. Noivo muito preocupado. Você deixou saudades! Dias
depois. De bruços. No cemitério. Sombrio. Caixão arranhado.
Marcas de sangue. Tum... tum... tum... Essa foi a última vez que
bateu o seu pequeno coração.
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Minha querida Paraty
Renata e Isabela Fagundes
Estava em meu santuário de descanso em São Paulo, quando
TRIM TRIM! Era do hospital. Mulher que me deu a luz. Dor.
Febre. Mal estar. Voltar para Paraty, minha cidade natal.
Mala. Ônibus. Cansaço. Aquela viagem foi como um mar de
tédio. MÃE VOCÊ ESTÁ BEM? Não, não estava. Presenciei seu
último suspiro, sua última piscada, seu último sorriso. Uma
depressão me veio, decidi ficar em Paraty, ao lado de meu pai.
Férias. Páscoa. Festa Junina. Férias. Natal . Ano novo.
Férias novamente.
Tentei a diversão após meu ano obscuro, fui a uma antiga
festa da cidade. Naquela noite, Paraty virou paraíso. Foi na
frente da igreja da Matriz que conheci minha companheira
eterna.
Anos se passaram e nosso amor só aumentava. Decidimos
nos casar. Pena que isso nunca aconteceu. Esperava por ela no
altar, quando presenciei o seu último suspiro, sua última piscada,
seu último sorriso. A última imagem que me lembro dela hoje, é
sendo jogada naquele caixão frio e solitário. Mas em nosso lugar
sagrado, a igreja da Matriz.
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A CACHOEIRA DE PARATY.........................................................................
Caique Piccelli da Costa
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O QUE DEVO FAZER?.................................................................................
Camila Catellani e Maria Rita
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SÓ ELA!.......................................................................................................
Fernanda Greco e Pedro Isaia
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MEDITANDO...............................................................................................................
Isabel Mitre e Julia Labritz
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AMOR E TRAIÇÃO......................................................................................................
Matheus Degan e Murilo Bondezan
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MARES DE PARATY....................................................................................................
Ana Luiza Greco, Clarissa Esteves e Bruno Bordini
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TUDO O QUE EU QUERIA.......................................................................................
Fernando Augusto e Gabriel Sanches
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PARATY VERDE............................................................................................................
Mateus Blanco e Bruno Henrique dos Santos
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O TURISTA..................................................................................................................
Felipe N. Veríssimo e Pedro Villela
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UM PASSEIO...............................................................................................................
Jamille Adriano Rosa
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A MAIS DOLOROSA LEMBRANÇA........................................................................
Julia Lanças Fagundes e Maria Paula Brandão F. de Moraes
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Contos 8ºB
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A cachoeira de Paraty
Caique Piccelli da Costa
O João e a Paula foram caminhando pelo Caminho do Ouro.
Quando o João e a Paula chegaram lá, viram uma belíssima árvore
perto da cachoeira . Depois eles entraram na cachoeira gelada .
Algumas horas depois veio uma tempestade tão forte , tão
forte que o João e a Paula tiveram de ir embora dali da cachoeira
.
Quando eles saíram da cachoeira, encontraram uma linda
casinha e ficaram ali mesmo até parar a chuva.
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O que devo fazer?
Camila Catellani Maria Rita
Como esta casa está ficando bonita! Pena que são todas
iguais. Prefiro cidade grande. Quero crescer na vida... A ciranda
de ontem foi tão boa... "Pé , pé , pé, outra mão lá-lá-lá-lá-lá..."
Imagine se me vissem dançando assim.. MEU DEUS! Não
acredito! Se... se for o Lukinhas... Ai meu Deus! E a Mariá? Como
ele pôde? Trair a minha melhor amiga com essa... essa ... Karina!
Vou falar com eles? Não, tô ficando louca? Não, não... Mas para a
Mari eu vou contar! Ela precisa saber disso! Cadê a chave de
casa? Ah, no meu bolso de trás! Nossa, como é difícil abrir essas
portas antigas! Odeio! Não sei como eles viviam assim
antigamente.
Dentro de casa meus pensamentos fluem e meu coração
apertado para fazer a coisa certa. Pego o telefone.
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Só ela! Fernanda Greco
Pedro Isaia
Apareceu de repente, sem eu perceber, sem saber o que ela
fazia. Não sei por que eu estava lá, só sei que depois daquele dia,
só pensava nela.
Não sabia nada sobre ela. Depois dela, não tive mais
vontade de ir para outro lugar.
Estava realmente apaixonado. Ela era um colírio para os
meus olhos.
Quando voltei novamente para lá, fiquei por mais tempo, e
assim pude conhecê-la melhor. Mas nossa! Como ela era vazia!
Que decepção.
Fiquei só mais alguns dias para tomar minhas notas finais.
Por fim redescobri que ela era maravilhosa. E como!
Suas janelas eram compridas, suas ruas feitas de
pedra...mas aí! Que dor me dava nos pés quando andava descalço
sobre suas ruas de pedra.
Ela tem muitas histórias para contar. Amei suas danças.
Puxa, não queria voltar para casa! Mas preciso. Adeus, Paraty!
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Meditando
Isabel Mitre Julia Labritz
Subi, subi, subi. Era alto e verde. Fiquei pensando: quantos
escravos já passaram por aqui? Sofrendo. Carregando ouro.
Sendo mal tratados. Suando... Que horror! Esse caminho já me
cansa sem carregar nada! Depois de todo esse caminho, avistei
montanhas cobertas de plantas. Ah! Que paisagem maravilhosa!
Precisamos tirar foto. Cadê a máquina? Me empresta a sua?
Parece até que nunca mais andarei... Esta subida é forte. Nossa
que sede! Estou com fome! O macarrão que comi ontem estava
muito bom. Estou sonhando com ele até agora. Quero minha cama!
Estou com dor no pé! E agora para descer? Ah! No final até que
valeu a pena! A cidade de Paraty é maravilhosa!
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Amor e traição
Matheus Degan Murilo Bondezan
Conheci uma mulher. Seu nome, Raquel. Cheia de amor.
Amor falso. Traição em seu sangue. Amor em seus olhos.
Paraty. Que pôr-do-sol!! Lugar perfeito... para uma mulher
de ouro... coração de pedra.
Já são 6h30! Preciso voar! Nossa! Aquele carro quase me
pegou. A maré está subindo... ali está ela! Agora é olho no olho.
Coração mais rápido. Palavras confusas. Não entendo. Boca na
boca. Ninguém olhando. Ruas desertas. Portas lacradas. Janelas
fechadas. As casas, testemunhas.
No dia seguinte, fui à praia. Será que ela está lá? Janela
engraçada. Toda colorida. Que símbolo é esse? Um abacaxi ali?
Enfim a vi. Duas sombras na areia. Outro em meu lugar.
Conversando. Se beijando. Indignação no olhar. Raiva no coração.
Decidi só conversar. A conversa piorou. Mãos em sua
garganta. Ela sem arma. Sem faca. Sem ar.
Pegamos nossas adagas. Três corpos na praia. Sem vida.
Sem destino. Sem amor.
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Mares de Paraty
Ana Luiza Greco Clarissa Esteves
Bruno Bordini
Lembro daqueles dias como se fosse ontem. Dias
inesquecíveis. As águas do mar afogavam minha esperança. Cada
espaço preenchido era uma lembrança apagada. Havia dias que
não comia. 1816. Foi o ano em que aqui cheguei. Vim de um lugar
distante. Quando fui comprado, ainda jovem, pensei que as coisas
iriam mudar. Inocente!
Paraty. Ainda nem uma cidade! Acho que minha vida seria
melhor se fosse branco! Caminho longo e árduo. Sacos cheios de
ouro tínhamos que carregar! Mas eram almas tristes que
caminhavam ao meu lado.
Faça isso! Pegue aquilo! Vai logo, seu desgraçado! Hoje vai
ficar na senzala! Era só isso que ouvia. Eles achavam que não
éramos gente. Não tínhamos sentimentos! Éramos apenas...
Escravos!
Triste foi o meu caminho. Paraty para todos muito linda,
para mim apenas lembranças que tento apagar.
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Tudo o que eu queria
Fernando Augusto Gabriel Sanches
Cadê o José? Queria jogar bola! Quem são essas
pessoas? Odeio esta cidade! Sozinho de novo! Tranquei a
porta de casa? Sou Diogo, moro em Paraty, só tenho um
amigo fora da escola, o José.
Minha escola é longe, em outra cidade. Acordo muito
cedo e volto muito tarde. Faço minha lição e espero por
José. Cansei, vou jogar bola sozinho... Aqui não dá, as ruas
são de pedra. Vou para praia. Que preguiça! Já cheguei?!
Nossa, foi rápido! Agora posso jogar bola. Delém! Delém!
Nossa já é tarde! Vou me atrasar para a ciranda.
Me enxuguei, me aprontei e fui. Dancei muito, sou um
pé de valsa! Dancei com a Joana.
O dia foi tão bom! Boa-noite.
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Paraty Verde
Mateus Blanco e Bruno
Henrique dos Santos
Cidade histórica de Paraty. Talvez patrimônio histórico da
humanidade. Tudo é tombado, preservado. Por isso, Tonico mora
lá. Certo dia, ele decide adentrar na floresta. O Caminho do ouro
decidiu trilhar ao nascer do sol.
Às 6 da manhã adentrou...
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54
O turista
Felipe N. Veríssimo Pedro Villela
Cheguei só, viagem longa, cansativa, desgastante. E esse
chão, trem estranho! Desci. Frio, umidade, tranquilidade. Onde
vou dormir? Humm... ali tem um lugar, vou dar uma “vorta”.
Ao longo avistei uma capela. Lugar calmo, tranquilo e
misterioso... Sentei-me em uma pedra, a encarei. Deve ter muita
história... Imagino então todas aquelas casas dessa rua. Como
pode, um lugar tão pequeno com tanta história? O começo de um
país tão grande em um lugar tão pacato...
Penso se deveria ter sido esquecido pelo tempo... tenho que
voltar, o crepúsculo começa a tomar conta das ruas de pedra
cheias de história.
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Um passeio Jamille Adriano Rosa
Era uma vez um menino chamado Paulo. Um dia
ele estava dormindo e precisou acordar para ir se
encontrar com a Isa.
Os dois foram andar na praia e ver o mar. De repente
começou uma chuva forte e os dois se esconderam em uma
cabana.
A chuva passou e cada um foi para a sua casa.
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A mais dolorosa lembrança
Julia Lanças Fagundes
Maria Paula Brandão F. de Moraes
E foi assim que tudo começou. Viajando no tempo, eu trago
de volta minhas piores lembranças. Fim de tarde em Paraty.
Sentados, conversando na beira do mar. Eu devia ter percebido,
como fui cego! Eu olhava mas não conseguia enxergar...
E o pior de tudo... é que a justiça não foi feita. Tantos
suspeitos, sem ao menos um ser o culpado. Pelo menos, eu
aproveitei meus últimos momentos ao lado dela. E assim ela me
deixa... POW-POW ! Foi o último som em sua presença. As
risadas quando a gente não sabia o que falar.
Hoje, lembro de tudo como se fosse ontem. Mas na
verdade faz sete dias que o desastre ocorreu, e agora, andando
com meus amigos compartilho a minha dor. Faz sete dias que eu
perdi o amor da minha vida, minha razão de viver, meu porto
seguro, minha vida!
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EMBRIAGADO..................................................................................................
Bruna Tokura, Isabella Sposito e Bárbara Ribeiro
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UM DIA DIFÍCIL EM PARATY................................................................................
Daniel Galvão e Felipe Bellini
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PARATY CIDADE ANTIGA..........................................................................
Daniela Ifuki e Juliana Kozuki
66
A MARÉ DA MINHA VIDA.......................................................................................
Eduardo Cortese Neto e Gabriel G. Borrillo
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A ENCRUZILHADA.....................................................................................................
Felipe de Melo Malengo e Haroldo Giribola Neto
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QUANDO FUI PARA PARATY..................................................................................
Isabella Gnazzo e Camille Victoria Guerra
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HISTÓRIAS, NOSSAS HISTÓRIAS... ...............................................................
Giuliana Soares Patricio e Laura Vilela Pimenta
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BOLA DE CANHÃO.....................................................................................................
Marina Mercadante e Mariá Rosa
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PARAT Y A CIDADE TRANQUILA.........................................................................
Matheus Palaio e Pedro Victor
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ANGÚSTIAS NA ÁGUA............................................................................................
Felipe Nakano, Otávio Luís e Bruno Ribeiro
80
Contos 8ºC
61
62
Embriagado
Bruna Tokura, Isabella Sposito e Bárbara Ribeiro
Festa da cachaça. Bar. Mulheres. Bebida. Amigos.
Pôquer. Quanto você aposta? Tô sem dinheiro, coloco minha
bota? Joga carta, joga carta, joga carta... GANHEI!
Bebe, bebe, bebe... Desde quando ele tem seis dedos na
mão? Aquilo não era uma mulher antes? Por que você tem três
olhos? Tô com vontade de vomitar. Ai que dor de cabeça! Preciso
nadar! Que gelado, tão gelado que me sinto quente, há-há, me
sinto um peixe no mar, por que estou afundando? Ai que dor na
perna... Quem vai me pescar?
Boia, boia, boia... Terra?! Não. Pedras. Quantas pedras!
Nossa! E essas casas tão iguais e brancas; me deixam tonto! As
janelas tão coloridas! Onde eu estou? Rua... do... Co... Comércio.
Chuva? Agora? Mas não está caindo do céu! Quanta água! Acho
que é do mar! COF! COF! Preciso parar de pensar, estou me
afogando em pensamentos! Preciso nadar!
Nada, nada, nada... Uma ponte no meio do rio? A água
está tão alta assim? Ai! Minhas pálpebras estão parecendo
janelas, mas não consigo mantê-las abertas. Abre, fecha, abre,
fecha... Não aguento! Vou fechar. Dormi.Sonhei com essa linda
cidade, Paraty.
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Um dia difícil em Paraty
Daniel Galvão Felipe Bellini
Paraty. História. Ponte. O ciclista vem à toda. Cuidado! Na
curva fechada, ele faz o drift. RRRRIIIIIHHH!! Quase é
atropelado. Cuidado! Ele anda na calçada como numa zona de
guerra. Esquerda!! Direita!! Atravessei a ponte. Quase que
tropeço no gato. As pedras parecem uns buracos constantes. As
ruas estão desertas. Passei pela igreja. Pack!! O pneu estourou.
Cadê o borracheiro ? Me lembrei. Na próxima à direita.
PIIIISSSHHH. Enchi o pneu. Dez reais. Cheguei ao cais. Entrei
num barco que estava zarpando. Quase fui junto. Está ficando
tarde. Saí do cais. Atravessei a ponte. Voltei à zona de guerra ...
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Paraty, cidade antiga
Daniela Ifuki e Juliana Kozuki
Paraty. Cidade bonita. Cidade antiga. Janelas e portas
coloridas. Ruas de pedras. Tropeço e tropeço, mas não caio.
Mas afinal, quem ligaria se eu caísse? Ando sozinho. Viajo
sozinho. Tropeço sozinho. Ruas vazias.
Por uma janela vejo a arte. Por outra, vejo o Brasil. Quem
olhava por essa janela antigamente? Um príncipe? Um rei?
Quem?
Ai! Caí! Dor. Muita dor. Mas quem ligou? Me estendem a
mão. O senhor está bem? Doeu muito?
Sinto pela primeira vez o amor. Um fogo que arde dentro de
mim. Que acabou com minhas angústias. Que me impulsionou para
frente.
E assim, ouvindo as ondas do mar... CHUÁ, CHUÁ. Descanso
no fogo que arde dentro de mim.
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A maré da minha vida
Eduardo Cortese Neto Gabriel G. Borrillo
Paraty. Vendendo artesanato nas ruazinhas. Nunca ganho
mais que R$100,00 por dia. Mas quem sabe hoje pode ser melhor,
não é? Toc-toc na madeira. Lixo, serro e pinto. R$3,00, mas pra
você faço R$2,50. Obrigado. Chuá... chuá... Ih! Começou a chover,
vou entrar. Não! Não! A rua está alagando, minhas coisas, não!
Perdi tudo... agora perdi tudo mesmo. Estou realmente pobre,
sem nada. Acho que só tem uma coisa para eu fazer...Toc-toc na
madeira de novo.
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A encruzilhada
Felipe de Melo Malengo Haroldo Giribola Neto
Quando estava voltando para minha casa com as pálpebras
pesadas, o corpo dormente, vi meu pai. Ele estava andando pela
escuridão de um modo estranho.
Aproximei-me. Refleti. Ele, parado, naquela encruzilhada.
Quando coloquei a mão nele, ele sumiu no ar. Contei para as
pessoas de Paraty. Poucos acreditaram em mim. Duas semanas
depois, fui visitá-lo em seu túmulo. Quando cheguei lá, haviam
aberto a parede pelo lado de dentro. O caixão estava quebrado e
a minha história virou uma lenda em Paraty.
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Quando fui para Paraty
Isabella Gnazzo Camille Victpria Guerra
Paraty. Nunca estive aqui antes. Parece que voltei no
tempo. Cada casa. Cada porta. Um arco-íris de cores. Parece
Restart. Ruas estreitas. Calçadas de pedra. Telhados estranhos.
Telhados retos. Essa calmaria está me irritando. Minha casa, São
Paulo, não tem nada disso. Neste momento: medo, raiva. Estranho.
Restart. Calmo. Caminhada sem fim. Caminho do ouro. Saudades de
casa. Mamãe. Papai. Maninhos. Vovô. Vovó. Lucky. Meus amores.
TUDO!
Tchau Paraty. Tchau cidade histórica. Tchau casas
coloridas. Tchau telhados retos. Tchau pescadores. Tchau cidade
estranha que eu tanto amei.
Finalmente “Lar-doce-lar”. Com meus amores de novo.
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Histórias, nossas histórias...
Giuliana Soares Patricio
Laura Vilela Pimenta
Delém, delém... O sino toca na cidade de Paraty, anunciando
mais um dia de suas histórias. Delém, delém... os artesãos se
preparam para mais um dia de vendas. Delém, delém... Corsários
tentam invadir o forte. Delém, delém... Hoje, 16° festa das
máscaras. Delém, delém... Quinta-feira, 20 horas, noite.
Cirandeiros na praça. Delém, delém... Que coisa é essa? Parati
está entrando em extinção. Delém, delém... “Outra vez a mão a
mão, bate o pé, bate o pé”. Delém, delém... Uma outra trilha!
Aumentou o Caminho do ouro. Delém, delém... A casa da família
real foi restaurada. Delém, delém... Cria-se uma lei na qual todas
as casas têm que ser brancas. Delém, delém... Suas histórias
nunca acabam. Paraty foi, é e será fonte inesgotável de histórias.
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Bola de canhão
Marina Mercadante
Mariá Rosa
Século XVIII. Há dez anos protegendo a pequena muralha,
e hoje foi a primeira vez que ouvi o barulho da tão temida bola.
Antes do massacre começar, pude ver o peixe que deu nome à
minha terra. PÉÉÉÉ... o sinal do pânico.
Não conseguia me mexer. Pensei na mulher que me esperava
em casa. Pensei nos barcos que estavam ali naquela manhã. Pensei
na cachaça que tomaria naquela tarde. Pensei na ciranda que
dancei desde criança. Pensei, pensei, pensei... Era só o que eu
conseguia fazer...
Fui para perto do canhão para impedir a invasão. Com um
tiro certeiro, fui empurrado contra a minha vontade. Deitado no
chão, pude ver como o céu estava claro, no último dia da minha
vida. Antes de partir, me lembrei daquela imagem. Não a do
ataque, mas daquela que me trouxe paz.
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Paraty, a cidade tranquila Matheus Palaio
PedroVictor
Cidade tão bela e antiga. Muitas histórias para contar.
Lugar onde qualquer pessoa queria estar. Estrangeiro .
Ricos.
Pobres . Pescadores. Artesãos .
Muita gente trocaria a cidade do crime, do trânsito, pelo
lugar simples e humilde. Misteriosa de dia e festiva de noite.
Nome trocado várias vezes. Parati, Paraty e agora Paraty.
Paraty, Paraty o que seria a vida sem ti.
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Angústias na água
Felipe Nakano, Otávio Luís Bruno Ribeiro
Já eram 6 da manhã. Ele começava a arrumar suas tralhas
para sair: minhocas, vara, linha, carretel, marmita. Por que
entrara neste ramo se poderia trabalhar perto de casa? A
angústia começava a tomar conta da minha cabeça. Beijei-o,
abracei-o. Bom trabalho, meu amor. Vejo-o entrando no barco.
Começara minha dor no coração. Será que passaria frio? Será que
passaria fome? Não! Tinha de me acalmar. Pensava no dia em que
nos conhecemos. Naquele humilde bar, quando me oferecera uma
cerveja e me convidara para sair. Nos casamos. Vivíamos felizes,
mas todo dia sofria da mesma angústia. Fui para a frente da
capela esperá-lo. Tic-tac... Cadê ele? Tic-tac... Ele não chega. Já
eram 11 horas da noite. Voltei para casa. Já se passavam duas
semanas. Ele não tinha voltado... quando soube da notícia. Tinha
morrido.
Pensava. Boa-noite, meu amor, boa-noite, bom trabalho... Fui
ao bar em que nos conhecemos. Bebi, bebi, bebi, bebi... Me decidi.
Fui à beira do mar. Me joguei. Carlos, me espere!. Nunca mais vi o
dia clarear!
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A TV EM PARATY...........................................................................................
Leonardo Lamelas
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O FISGADO..................................................................................................................
Caio Naoto Gushikem e Heloísa D'Angelo Fernandes
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TODOS IGUAIS...........................................................................................
Caio Rocha e Eric Mikio
88
IGREJA SOMBRIA.....................................................................................................
Camilla Veraldi e Maíra Loreto
90
DESPEDIDA.................................................................................................................
Cecília Cristófaro Ribeiro e Daniele do Vale de Almeida
92
ANDAR DE BICICLETA.............................................................................................
Jonas Bortman e Felipe Fraga
94
PARATY A CIDADE DOS SONHOS.......................................................................
Thiago Amaral Marques e Flavio de Paula Toni
96
QUANDO O AMOR ACONTECE..............................................................................
Carolina Mazetto de Arruda Fernandes e Giulia Maria D‟Aquino de Paula
98
PARATY ENCANTADA...............................................................................................
Beatriz Lee
100
QUANDO TUDO APAGOU........................................................................................
André Fayad e Michel Kenta
102
VOU-ME EMBORA DE PARATY............................................................................... 104
Rafael Moretti e Ulisses Lopresti
A CASA DA JUVENTUDE......................................................................................... 106
Caio Rana de Camargo e Lucas Gigante da Silva
FORTE DE PARATY..................................................................................................... 108
Pedro Amato e Raphael Ossamo
Contos 8ºD
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A TV em Paraty Leonardo Lamelas
Fomos à cidade de Paraty para estudar os pontos turísticos.
Logo que chegamos, enquanto arrumávamos o quarto, meu amigo
ligou a TV. TXXX... ``um ponto turístico importante para a
cidade é o caminho do ouro, lá... `` TXXX... Vamos brincar?
TXXX...eu quero ficar assistindo à TV TXXX...´ Você não pode
deixar de visitar também o Forte...`` TXXX...O almoço está na
mesa. TXXX... No centro histórico, o visitante poderá conhecer
um pouco de nossa época colonial, não deixe de visitar a igreja...
TXXX... À tarde vamos à cidade. TXXX... Paraty também é a
cidade de lendas, venha ouvir a lenda da Noiva sedente, na
praça... TXXX... É a comida está muito boa. Clic. Hoje o dia foi
cansativo. Boa noite. Ah! Pode ligar a TV? TXXX...
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O Fisgado
Caio Naoto Gushikem Heloísa D'Angelo Fernandes
Os raios de sol penetravam no mar enquanto amanhecia na
bela cidade de Paraty. Começava mais um dia... chato. Vida de
peixe é mesmo muito tediosa. Queria ter nascido siri. Peixe só
nada, come, dorme, nada, come, dorme, até morrer. E os peixes
grandes? Ah, eles adoram caçar peixes pequenos, tipo eu. AH!
FOI SÓ FALAR! Olha um predador aí! Não olha para cá, não olha
para cá... Olhou! Nadei em disparada para lugar nenhum. De
repente, vejo alguma coisa brilhante na água. O que seria?
Resolvi me aproximar. Não parece perigoso, é simplesmente lindo,
exuberante! Ah, que mal pode fazer? Só quando toquei a
estranha coisa percebi o que estava acontecendo: era o jeito de
morrer sobre o qual todos os peixes falavam. Eu tinha sido
fisgado!
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Todas Iguais Caio Rocha Eric Mikio
Todas iguais. Mesma estrutura. Nem reconhecia meu
próprio lar. Combinamos sempre na mesma esquina, ele, meu
vizinho sempre me levava para casa. Me sentia meio triste por
não reconhecer nem minha própria casa, e ainda tinha
dificuldades de andar naquelas ruas de pedras em Paraty.
Sempre tive dificuldades de fazer tudo. Minha melhor amiga era
minha bengala de metal, ela me acompanhava em todos os lugares.
Será que sempre terei dificuldades em enxergar?
É muito bom sentir o vento no rosto, ouvindo o som da maré
e os passarinhos cantando.
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Igreja Sombria
Camilla Veraldi Maíra Loreto
2h30 da manhã. Passos fortes até a Igreja. O vento
batendo gelado no corpo, frio. Ruídos estranhos, folhas de
árvores batendo umas nas outras, um gato preto passa, calafrio.
Devagar abro a porta, réééééém, tudo muito escuro, vejo um olho
amarelado no telhado, morcegos, pripripripri, eles todos saíram
pela porta. Entrei, calmamente, em outra porta, rééééém. Tinha
uma escada de madeira, track, track, track, track. Comecei a
ouvir alguns barulhos, pareciam pessoas morrendo, wááááááááh.
De repente, senti uma mão no meu tornozelo, gelada. Logo caí e
fiquei preso em um lugar pequeno, fechado, quente com pouco
oxigênio, não sei mais como sair. Me ajudem!
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Despedida Cecília Cristófaro Ribeiro
Daniele do Vale de Almeida
Paredes brancas, grande portão azul, flores vermelhas
sobre minha cabeça. Chão de pedras, que tanto pisei, e que agora
deixo se perder no pensamento. Janela grande, imponente, que
parece acenar em minha direção. Deixo para trás as muitas
lembranças que algum dia tive aqui.
Amedrontada paro e penso; estou fazendo a coisa certa?...
Nem sei ao certo o que estou fazendo. Será que algum dia
voltarei? Reflito...Muito duvido. Quero cair no mundo, vou sair
vagando por ai.
Pego o trem das onze como Adoniran. Sinto tristeza,
paixão, ternura e olho pela janela. Esta já não é nem alta nem
imponente, todavia me faz chorar. Não posso mais ver a minha
cidade, ela já está longe demais. Adeus Paraty!
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Andar de Bicicleta
Jonas Bortman e
Felipe Fraga
Que delícia!
Andando de bicicleta, em um dia nublado, parei para
descansar. Cansado deitei-me no chão, logo após outra bicicleta
passou por cima de mim, será que foi de propósito? Fui para casa
pensando naquilo. Sentia muita dor.
No dia seguinte, encontrei a pessoa que me atropelou. Era
loiro, alto e feio. Disse que não tinha intenção, apenas estava
com pressa. Já não estava com raiva e fui para casa na minha
bicicleta com o vento batendo em meu rosto. Que delícia!
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Paraty
A cidade dos sonhos
Thiago Amaral Marques Flavio de Paula Toni
Com calma, tranquilidade e alegria digo que Paraty é uma
bela cidade, com boas pessoas, lindas casas e maravilhosas
paisagens. Muitos perguntam insistentemente para outros e a si
mesmos como é viver em Paraty?
Paraty é a cidade onde o pôr-do-sol ilumina as ruas e o
mar, alegrando o povo que lá vive. Com grande alegria em seus
corações eles vivem suas vidas na bela cidade Paraty, onde suas
histórias estão submersas por causa de sua beleza exuberante.
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Quando o amor acontece
Carolina Mazetto de Arruda Fernandes
Giulia Maria D‟Aquino de Paula
Cenário cinematográfico! Brisa do mar sobre a pele! Ela
ainda pensa em mim? Ainda vamos ficar juntos depois de tudo o
que passamos? Senti uma pontinha de arrependimento, todavia,
meu orgulho era maior.
Consolei-me com as palavras de Adriano “Filho, a vida é
curta de mais para sofrer em vão‟‟.
Talvez se eu não tivesse sido tão duro com ela, as coisas
não chegariam a esse ponto. Sentia que precisava dela. Por que
havia feito aquilo? E mesmo em meus pensamentos Adriano disse
„‟Vá! Não fique aqui sua vida toda! Corra atrás dela!” E foi quando
deparei-me com a figura mais encantadora de toda Paraty. Sabe
quem era? Milena Matuske.
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Paraty encantada
Beatriz Lee
Eu fui a Paraty com meus amigos e minhas amigas. Eu passei
bastante. Eu fui ao Forte, no Caminho do Ouro, onde andamos
muito. Também tomei sorvete e refrigerante. Comi um churro
com doce de leite muito gostoso. No hotel, fui para a piscina. Lá
fiquei muito tempo nadando. Lá aprendi muitas coisas. Vi os
santos nas Igrejas antigas. Eu participei das danças. Eu conheci a
lenda da noiva. Eu gostei muito de tudo isso. Estudamos e
descansamos bastante. Paraty é uma cidade muito bonita e
quente.
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Quando Tudo Apagou André Fayad
Michel Kenta
Chovia uma verdadeira tempestade que não acabava mais,
estava na loja de roupas presenteando minha mãe.
Apressadamente, compramos a roupa, pois a dona da loja estava
nos expulsando. Compro a roupa lá, e ela não me deixa eu ficar
até a chuva parar. Que falta de consideração!
Como não tinhamos carro, fomos embora a pé, quando
dobramos a esquina a chuva apertou e tivemos que esperar na
velha Igreja Da Matriz.
Mas, infelizmente, a chuva não parava, e a cada minuto que
passava aquela igreja parecia ficar mais sombria. De repente
ouvimos um ruído. Quase choramos. Que barulho é esse? Será de
algum defunto? Até que começou a escurecer, escurecer, tudo se
apagou...
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Vou-me embora de Paraty
Rafael Moretti Ulisses Lopresti
Já sou grande, não tenho tempo a esperar. Socorro! Não sei
o que fazer, e minha família… o que irá acontecer? Aluguei o Lua
Nova para me afastar desta solidão. Vou para São Paulo ganhar a
minha vida e me divertir. Sinto meu coração bater forte e o
sangue correr saltitante. As ondas balançam o Prainha, e a moça
linda e exuberante vem ao meu encontro com o vento batendo na
face e os cabelos voando. Será que vou conseguir despedir-me
dessa bela? Acho que esqueci meu casaco, vou ter que, feliz e
acomodado, ficar com meu amor em Paraty.
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A casa de minha juventude
Caio Rana de Camargo e Lucas Gigante da Silva
Deixe uma mensagem após o bi... bi...
-Alô? Wilson? Você se lembra dela? Que bela! Que estupenda!
Será que poderei ter tal casa? Essa foto me remete a muitas
recordações: a casa na qual desfrutei minha infância tão querida,
tão amada. Pegava goiaba no meu quintal, ajudava meu avô a fazer
cachaça, tocava meu violão. Em Paraty, meu amor desabrotou,
primeiro veio Irene depois Berenice, que gostava de brincar de
detetive e muitas outras. E ai, Wilson, eu vou para lá semana que
vem, gostaria de se juntar a mim? Aguardo ansiosamente pela
resposta. Até lá... BI...
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Forte de Paraty Pedro Amato e
Raphael Ossamo
Paraty estava fria. O Forte, sombrio. O vento gelado batia
em meu rosto. Já faz anos que sou vigia e nunca tinha visto nada
igual. Escutei um forte rugido de um animal estranho. Que animal
seria? A água do mar começou a baixar, os barcos começaram a
balançar. Que animal seria? Óhh! Mesmo depois de tantas
buscas, tantas procuras, nunca descobri.
Moradores não acreditam nessa história, mas juro de pé
junto que vi uma coisa assombrosa, gigante, repugnante. Toda
noite vou ao Forte para ver se vejo a criatura horripilante
novamente. Quando estou lá sinto medo, arrepios e calafrios. Mas
nada de descobrir o que seria aquela coisa.