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CONTROLE DA CORROSÃO
Denise Souza de Freitas Engª de Corrosão, Ph.D.
AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE E
REABILITAÇÃO DE DUTOS
u Controle em fase de projeto u Proteção Catódica u Controle do Meio: Inibidores de
Corrosão u Revestimentos protetores
Modos de controlar a corrosão
CONTROLE EM FASE DE PROJETO
¨ relação entre as áreas anódicas e catódica: pequena área anódica com grande área catódica ⇒ corrosão severa da parte anódica. Ex chapa de aço inox com rebite de aço
¨ contato entre materiais diferentes (ddp) ¨ tratamentos térmicos, químicos ou mecânicos ¨ localização → umidade, T, P.
Ex: tubulações parcialmente enterradas (aeração diferencial e estacas em zona de maré
¨ relação material/meio → escolha criteriosa
Tubo precedido por metal catódico
Gentil, V. Corrosão (2007)
Caso de soldas descontínuas
Cavitação e Impingimento
Cavitação e Impingimento
Cavitação e Impingimento
Cavitação e Impingimento
Cavitação e Impingimento
Corrosão galvânica
Controle da corrosão através de modificações do eletrólito
¨ 4 processos básicos envolvem a corrosão do metal: ¤ A reação anódica; ¤ A reação catódica; ¤ A condução iônica através do eletrólito; ¤ E a condução eletrônica através do metal (normalmente não
é afetado pelo eletrólito). A taxa em que o metal corroi é controlada pelo processo
mais lento ¤ A presença de íons afeta a taxa de corrosão através:
n da mudança de condutividade, n atacando ou fortalecendo o filme passivo e n alterando o pH
Inibidores de corrosão
DEFINIÇÃO
SUBSTÂNCIAS QUE, QUANDO ADICIONADAS A UM MEIO CORROSIVO QUALQUER, NAS CONCENTRAÇÕES ADEQUADAS, TÊM O OBJETIVO DE EVITAR, INIBIR OU RETARDAR O DESENVOLVIMENTO DAS REAÇÕES DE CORROSÃO
Inibidores de corrosão
¨ Os inibidores de corrosão podem ser classificados em: ¤ Anódicos; ¤ Catódicos; ¤ Formadores de filme; ¤ Desaeradores (remoção de O2); ¤ Neutralizantes; ¤ Fase vapor.
INIBIDORES ANÓDICOS
• REAGEM COM O PRODUTO DE CORROSÃO. • FORMAM UM FILME ADERENTE E BASTANTE INSOLÚVEL NA ÁREA
ANÓDICA. • O FILME FORMADO É, QUASE SEMPRE, UM HIDRÓXIDO DO METAL
¨ CROMATO ¨ MOLIBDATO ¨ NITRITO ¨ SILICATOS ¨ POLIFOSFATOS ¨ BORAX ¨ BENZOATO DE SÓDIO ¨ COMPOSTOS ORGANO--FOSFONATOS
INIBIDORES ANÓDICOS
• INIBIDORES ANÓDICOS: • A DOSAGEM DEVE SER TAL QUE TODA A SUPERFÍCIE SEJA PASSIVADA.
SENÃO, HAVERÁ FORTE CORROSÃO LOCALIZADA.
• VANTAGENS
• INIBIDORES INORGÂNICOS • FORMAM FILME DE ÓXIDO FINO E ADERENTE.
• INIBIDORES ORGÂNICOS
• NÃO TÓXICO. • MUITO USADO COMO INIBIDOR EM SISTEMAS DE ÁGUA.
INIBIDORES ANÓDICOS
• DESVANTAGENS
• INIBIDORES INORGÂNICOS • TOXIDEZ (CROMATOS). • SUSCEPTÍVEIS À CORROSÃO LOCALIZADA. • PERDA DAS CARACTERÍSTICAS PROTETORAS, QUANDO OXIDADOS POR BACTÉRIAS (NITRITOS).
• INIBIDORES ORGÂNICOS • FILME FORMADO NÃO TÃO ADERENTE
INIBIDORES CATÓDICOS
• FORMAM FILME NA REGIÃO CATÓDICA. • FILME FORMADO DEVIDO À REAÇÃO DOS ÍONS METÁLICOS DA
SOLUÇÃO COM AQUELES FORMADOS NA REGIÃO CATÓDICA. • IMPEDEM A DIFUSÃO DO OXIGÊNIO E A CONDUÇÃO DE
ELÉTRONS. • NÃO APRESENTAM PROBLEMAS REFERENTES À DOSAGEM.
¨ SAIS DE ZINCO ¨ POLIFOSFATOS ¨ COMPOSTOS ORGANO-FOSFONATOS ¨ ÉSTERES DE FOSFATOS
DESAERADORES
SÃO SUBSTÂNCIAS OU MISTURAS DE SUBSTÂNCIAS QUE REMOVEM O OXIGÊNIO PRESENTE NUM FLUIDO.
¨ HIDRAZINA ¨ SULFITO SÓDIO ¨ BISSULFITO DE AMÔNIO ¨ HIDROQUINONA
INIBIDORES FORMADORES DE FILME
• CONHECIDOS COMO INIBIDORES DE ADSORÇÃO • TEM SEU COMPORTAMENTO E DESEMPENHO AFETADOS POR:
• pH; • VELOCIDADE DO FLUIDO; • PRESSÃO; • CONCENTRAÇÃO DO INIBIDOR; • VOLUME; • QUANTIDADE DE CONTAMINANTES;
• OS PRINCIPAIS, SÃO:
• AMINAS ETOXILADAS DE ALTO PESO MOLECULAR;
• AMIDAS; • IMIDAZOLINAS; • TIOURÉIAS
INIBIDORES NEUTRALIZANTES
• NEUTRALIZAM A AÇÃO CORROSIVA PRINCIPALMENTE DO CO2 E H2S.
• OS PRINCIPAIS, SÃO: • DIETILETANOLAMINA; • MORFOLINA;
Seleção de inibidores de corrosão
¨ Deve ser eficiente e compatível com todos os metais, ligas e materiais compósitos;
¨ Não deve ser suscetível à formação de resíduos, depósitos ou espuma;
¨ Deve ser estável, solúvel e compatível com outros inibidores, neutralizantes e biocidas, etc.
Proteção Catódica
n Definição: Prevenção anti-corrosiva que faz com que a estrutura a ser protegida aja como um catodo. ¨ Aplicada a estruturas enterradas,
submersas ou em concreto armado ¨ O metal mais comum a ser protegido por
este método é o aço.
Proteção com Base Ciné[ca
Curva anódica
Curva catódica
A
B
Log da densidade de corrente, i
Pote
ncia
l, E
Taxa decorrosão c/potencialaplicado
Taxa de corrosão sempotencial aplicado
n Mudança de uma das taxas de reação (catódica ou anódica) de maneira que seu ponto de interseção fique com uma menor densidade de corrente, logo, a taxa de corrosão será reduzida
Proteção com Base Termodinâmica
• É quando um potencial externo é aplicado na estrutura de forma que o metal se torna estável termodinamicamente n exemplo: n se o Fe está imerso em uma solução aquosa de pH 4 e é polarizado por uma fonte externa a um potencial de -0.8V. O Fe elementar estará estável com respeito a seus íons e o Fe estará protegido da corrosão
Superproteção
2H2O + 2e-è2OH- + H2ñ
Proteção Catódica Galvânica Corrente gerada por ddp (limitada, função da resistividade do meio) ¨ anodos de uso prático: zinco (Zn), alumínio (Al) e
magnésio (Mg) ¨ água do mar ou solos com baixa resistividade -
anodos de Mg: até 6.000 ohm.cm ¨ - anodos de Zn ou Al: até 1.500 ohm.cm
Proteção por Corrente Externa
¨ Corrente fornecida por fonte externa (gerador, bateria, retificadores)
¨ Anodos inertes (distribuição da corrente): Titânio revestido com MMO, Fe-Si, Fe-Si-Cr, grafite
Proteção catódica em concreto
¨ A principal mecanismo de proteção dos reves[mentos é a barreira, podendo também proteger por inibição anódica ou por proteção catódica
¨ O tempo de proteção de um reves[mento depende de fatores tais como: ¤ forças de coesão e adesão ¤ espessura ¤ permeabilidade à passagem do eletrólito ¤ [po de proteção (barreira, anódica, catódica)
n Revestimentos
Classificação dos Reves[mentos
¨ reves[mentos metálicos ¨ reves[mentos não metálicos inorgânicos ¨ reves[mentos orgânicos
Reves[mentos Metálicos
¨ Eletrodeposição ¨ imersão a quente ¨ aspersão térmica/metalização ¨ difusão/cementação ¨ deposição química ¨ deposição por evaporação a vácuo ¨ deposição por explosão ¨ cladeamento
Revestimentos Não-Metálicos Inorgânicos
¨ São películas não metálicas inorgânicas entre o meio corrosivo e o metal
¨ Os mecanismos de corrosão são por barreira e por inibição anódica
Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos Tipos de revestimentos: ¨ anodização
¤ consiste em tornar mais espessa a camada protetora passivante existente em certos metais, especialmente o alumínio
¤ A oxidação se dá por meio de banhos oxidante ou banhos eletrolíticos
¨ Cromatização ¤ reação da superfície metálica com soluções ligeiramente
ácidas contendo cromatos. ¤ a camada de cromatos é passivante aumentando a
resistência à corrosão
Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos
¨ Fosfa.zação ¤ adição de uma camada de fosfatos à superjcie metálica.
¤ a camada de fosfato inibe processos corrosivos ¤ pode ser excelente base para pintura quando a camada é fina e uniforme
¤ o processo de fosfa[zação é precedido de desengraxe da superjcie metálica em seguida a pintura
Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos
¨ Reves.mentos com argamassa de cimento ¤ colocação de argamassa de cimento, com espessura de 3 a 6mm, sobre o metal.
¤ Usado na parte interna de tubulações, sendo aplicado por centrifugação
¤ Em tubulações de grande diâmetro usa-‐se um reforço com tela metálica
¤ o reves[mento interno é u[lizado para o transporte de água salgada, de refrigeração, tubulações de água de incêndio e água potável
Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos
¨ Revestimentos com vidro ¤ colocação de uma camada de vidro sobre o metal. ¤ Esta camada é aplicada sob a forma de esmalte e
fundida em fornos apropriados ¤ é uma película de alta resistência química
¨ Revestimento com material cerâmico ¤ colocação de camada de cerâmicos, geralmente
silicoso, de alta resistência a ácidos ¤ utilizado principalmente para revestimentos de pisos e
canais de efluentes
Reves.mentos Orgânicos
¨ São revestimentos de natureza orgânica que são colocados entre a superfície metálica e o meio corrosivo
¨ Os principais revestimentos orgânicos são classificados como: ¤ Pintura industrial ¤ Revestimentos com plásticos reforçados ¤ Revestimentos com borrachas ¤ Revestimentos para tubulações enterradas ou
submersas
Mecanismos de Proteção n A duração de um revestimento é ampliada quando ele possuir:
• pigmentos inibidores anódicos → tintas de fundo contendo zarcão, cromato de zinco, fosfato de zinco
• mecanismo adicional de proteção catódica → quando se usa revestimentos metálicos menos nobres que o metal, como tintas com pigmento de zinco n Revestimento de zinco sobre superfície de aço n → proteção catódica
n 41
n Considerações Finais
MUNDO IDEAL vs MUNDO REAL 1. Condições de corrosão
constantes, ou seja, não alteradas ao longo do tempo.
1. Condições de corrosão são variáveis. Condições industriais, diferentes materiais, envelhecimento das unidades.
2. Métodos de controle da corrosão sempre efetivos
2. Controle nem sempre efetivo. Variações localizadas de temperatura, pressão, concentração dificultam ou impedem o controle.
3.Taxa de corrosão é constante. 3. A taxa nem sempre é conhecida. Varia com as condições do processo.
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n CONCLUSÃO
n A corrosão deve ser sistema.camente medida e controlada ao longo do tempo. A monitoração deve ser a prioridade em um programa de controle da corrosão, uma vez que assim obtemos informações rela.vas às taxas de corrosão e os seus parâmetros de controle.