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Controle de Qualidade em Metalurgia Dureza:
Na ciência dos materiais, dureza é a propriedade característica de um material
sólido, que expressa sua resistência a deformações permanentes e está diretamente
relacionada com a força de ligação dos átomos.
Basicamente, a dureza pode ser avaliada a partir da capacidade de um material
"riscar" o outro, como na popular escala de Mohs para os minerais, que é uma tabela
arbitrada de 1 a 10 na qual figuram alguns desses em escala crescente a partir do
talco ao diamante.
Outra maneira de avaliar a dureza é verificar a capacidade de um material penetrar o
outro. Na engenharia e na metalurgia, utiliza-se o chamado ensaio de penetração
para a medição da dureza. A partir de um referencial intermediário, a dureza pode
ser expressa em diversas unidades. São comuns usar os seguintes processos:
Dureza Materiais Brinell Metais Rockwell Metais Meyer Metais Vickers Metais, Cerâmicas Knoop Metais, Cerâmicas Shore Polímeros, Elastômeros, Borrachas Barcol Alumínio, Borrachas, Couro, Resinas IRHD Borrachas
Desde que haja um referencial intermediário, é a resistência oferecida por uma
determinada liga padrão à penetração de um outro material que fornecerá o índice
de dureza para os metais, sendo, portanto, de particular interesse para avaliar a
resistência ao desgaste, o grau de endurecimento superficial por tratamentos
térmicos e a resistência mecânica em geral do material, uma vez que as
características mecânicas de sua superfície associadas ao grau de transferência
térmica é que responderão como um todo.
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No entanto, um fator que gera imprecisões neste tipo de ensaio é o de que os
materiais tendem a deformar a impressão deixada após a remoção da carga, devido
à excessiva elasticidade ou à grande aderência por plasticidade.
Estes ensaios de dureza são realizados mais freqüentemente do que outros ensaios
mecânicos devido aos seguintes fatores:
• São simples e de baixo custo – não é necessário a preparação de outro
material e o equipamento é relativamente pouco dispendioso;
• Os ensaios não são destrutivos (em geral) – o material não é fraturado ou
excessivamente deformado, sendo deixada apenas uma pequena impressão.
(Porém, um ensaio com penetrador maior, tal como o de dureza Brinell, pode
ser considerado destrutivo);
• Outras propriedades mecânicas podem ser obtidas através dos ensaios de
dureza, como a tensão máxima de tração, que pode ser obtida, para a maioria
dos aços, através da seguinte equação:
TS(MPa) = 3,45HB (formula prática).
onde "HB" é a dureza na escala Brinell.
A facilidade de conversão da dureza em um escala para outra é algo desejável. No
entanto, como a dureza não é uma propriedade do material muito bem definida e,
devido às diferenças entre os vários métodos, um esquema compreensível de
conversão não foi totalmente definido. As conversões entre os diversos métodos de
medição devem ser aplicadas com cautela, devido a variações nos resultados, em
função de possíveis hetereogeneidades da microestrutura do material. Estas
heterogeneidades resultam em resultados diferentes de dureza, principalmente
quando se utilizam métodos com cargas muito reduzidas ( Viickers e Knoop ). Os
métodos com cargas mais elevadas ( Brinell e Rockwell ) resultam em resultados
mais homogêneos, representando uma "média" da dureza de uma determinada
região da peça. Assim sendo, as durezas Vickers e Knoop são consideradas
durezas de laboratório, sendo utilizadas mais frequentemente, para a determinação
de durezas em pontos específicos de uma determinada peça, podendo-se distinguir
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a dureza entre diferentes fases do material ou entre áreas distintas, formadas por
tratamentos térmicos como a cementação ou a nitretação. Estes métodos , quase
sempre, exigem a preparação de corpo de prova, com lixamento fino ou mesmo o
polimento metalográfico. Outra característica destes dois métodos é a possibilidade
de variação da carga aplicada, com cargas entre 10 gramas e 100 kgf. A escolha da
carga é feita em função do tipo de peça ou tipo de pesquisa que se realiza. Apesar
de, teoricamente, para todas as cargas as durezas obtidas encontrarem-se dentro
de uma mesma escala, na realidade cargas diferentes podem resultar em durezas
diferentes, devido a possível presença de heterogeneidades no material. As durezas
Brinell e Rockwell, são utilizadas para a medição de peças mais brutas, em geral,
não é necessário a preparação de corpos de prova, sendo apenas realizado um
pequeno lixamento na superfícia a ser testada. Estes métodos são apropriados para
a utilização em linhas de produção e oficinas. Informações úteis para a conversão de
dureza foram obtidas de modo experimental e podem ser vistas na ASTM E140
(Standard Hardness Conversion Tables for Metals). A tabela mostrada baixo não
pode ser tomada como verdadeira para cálculos de engenharia. A conversão de
resultados de dureza para valores de resistência a tração não é confiável, ocorrendo
grandes variações , em função do tipo de aço e do tipo de tratamento térmico ao
qual o aço foi submetido. Da mesma forma, resultados de dureza não levam em
consideração possíveis falhas microestruturais que, por exemplo, poderiam haver
fragilizado o aço, resultando em valores totalmente fora da tabela. "USE APENAS
COMO REFERÊNCIA"
Tensão Máxima de Tração Brinell Rockwell Vickers Shore
MPa mm HB HRC HRB HV D
- - - 68 - 940 105
- 2,30 712 67 - 903 104
- 2,30 697 66 - 870 103
- 2,35 682 65 - 840 102
- 2,37 668 64 - 813 100
- 2,40 653 63 - 787 98
- 2,43 639 62 - 762 96
- 2,45 624 61 - 738 93
- 2,48 611 60 - 715 91
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- 2,51 595 59 - 693 89
- 2,54 582 58 - 672 87
Tensão Máxima de Tração Brinell Rockwell Vickers Shore
MPa mm HB HRC HRB HV D
- 2,57 568 57 - 652 84
2148 2,60 555 56 - 632 82
2089 2,63 542 55 - 612 80
2011 2,66 530 54 - 593 78
1933 2,69 517 53 - 574 76
1874 2,72 507 52 - 558 74
1815 2,75 495 51 - 542 72
1756 2,78 485 50 - 526 70
1687 2,81 473 49 - 510 68
1638 2,85 462 48 - 495 67
1579 2,88 451 47 - 480 65
1530 2,91 440 46 - 466 64
1472 2,95 429 44 - 449 62
1413 3,00 415 42 - 429 60
1364 3,05 401 41 - 410 58
1315 3,20 388 40 - 393 56
1265 3,15 376 39 - 379 54
1226 3,20 363 37 - 365 52
1187 3,25 353 36 - 353 51
1148 3,30 341 35 - 341 50
1118 3,35 331 34 - 331 49
1079 3,40 321 33 - 321 48
1050 3,45 311 31 - 311 46
1020 3,50 302 30 - 302 45
991 3,55 294 29 - 294 44
961 3,60 285 28 - 285 43
932 3,65 277 27 - 277 42
902 3,70 269 26 - 269 41
873 3,75 262 25 - 262 40
853 3,80 255 24 - 255 39
834 3,85 248 23 - 248 38
814 3,90 241 21 - 241 37
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795 3,95 235 20 - 235 36
775 4,00 229 19 100 229 -
755 4,05 223 18 99 223 35
Tensão Máxima de Tração Brinell Rockwell Vickers Shore
MPa mm HB HRC HRB HV D
735 4,10 217 17 98 217 -
716 4,15 212 16 97 212 34
696 4,20 207 15 96 207 33
677 4,25 201 14 95 201 -
667 4,30 197 13 94 197 32
647 4,35 192 12 93 192 31
628 4,40 187 - 92 187 -
608 4,45 183 - 91 183 -
598 4,50 178 - 90 178 -
589 4,55 174 - 89 174 -
569 4,60 170 - 88 170 -
559 4,65 167 - 87 167 -
549 4,70 163 - 86 163 -
528 4,75 159 - 85 159 -
520 4,80 156 - 84 156 -
510 4,85 152 - 83 152 -
500 4,90 149 - 82 149 -
490 4,95 146 - 81 146 -
490 5,00 143 - 79 143 -
480 5,05 140 - 78 140 -
470 5,10 137 - 77 137 -
460 5,15 134 - 76 134 -
450 5,20 131 - 75 131 -
441 5,25 128 - 74 128 -
431 5,30 126 - 73 126 -
421 5,35 123 - 71 123 -
411 5,40 121 - 70 121 -
411 5,45 118 - 69 118 -
401 5,50 116 - 67 116 -
392 5,55 114 - 65 114 -
382 5,60 111 - 64 111 -
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382 5,65 109 - 63 109 -
372 5,70 107 - 62 107 -
362 5,75 105 - 60 105 -
353 5,80 103 - 58 103 -
Tensão Máxima de Tração Brinell Rockwell Vickers Shore
MPa mm HB HRC HRB HV D
343 5,90 100 - 56 100 -
333 6,00 95 - 52 95 -
314 6,15 90 - 47 90 -
294 6,30 85 - 42 85 -
274 6,50 80 - 36 80 -
Existem diversos fatores que influenciam a dureza dos metais, principalmente:
• Soluções Sólidas e Elementos de Liga;
• Tamanho de Grão e Direções Cristalográficas;
• Trabalho a Frio.
Para efeito de nossa matéria somente iremos estudar as durezas mais usadas, tais como Brinell (HB), Rockwel (HRC e HRB), Vickers (HV) e Shore (D).
A história da determinação de dureza
Ao escrever a lápis ou lapiseira, você sente com facilidade a diferença entre uma
grafite macia, que desliza suavemente sobre o papel, e uma grafite duro, que deixa
o papel marcado.
Entretanto, a dureza de um material é um conceito relativamente complexo de
definir, originando diversas interpretações.
Num bom dicionário, você encontra que dureza é qualidade ou estado de duro,
rijeza. Duro, por sua vez, é definido como difícil de penetrar ou de riscar,
consistente, sólido.
Essas definições não caracterizam o que é dureza para todas as situações, pois ela
assume um significado diferente conforme o contexto em que é empregada:
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• Na área da metalurgia, considera-se dureza como a resistência à deformação
plástica permanente. Isso porque uma grande parte da metalurgia consiste em
deformar plasticamente os metais.
• Na área da mecânica, é a resistência à penetração de um material duro no outro,
pois esta é uma característica que pode ser facilmente medida.
• Para um projetista, é uma base de medida, que serve para conhecer a resistência
mecânica e o efeito do tratamento térmico ou mecânico em um metal. Além disso,
permite avaliar a resistência do material ao desgaste.
• Para um técnico em usinagem, é a resistência ao corte do metal, pois este
profissional atua com corte de metais, e a maior ou menor dificuldade de usinar um
metal é caracterizada como maior ou menor dureza.
• Para um mineralogista é a resistência ao risco que um material pode produzir em
outro. E esse é um dos critérios usados para classificarem minerais. Ou seja, a
dureza não é uma propriedade absoluta. Só tem sentido falar em dureza quando se
comparam materiais, isto é, só existe um material duro se houver outro mole.
Introdução
É importante destacar que, apesar das diversas definições, um material com grande
resistência à deformação plástica permanente também terá alta resistência ao
desgaste, alta resistência ao corte e será difícil de ser riscado, ou seja, será duro em
qualquer uma dessas situações.
Vamos então, conhecer um dos métodos de ensaio de dureza mais amplamente
utilizados: o ensaio de dureza Brinell. Saberão quais são suas vantagens e
limitações e como é calculada a dureza de um material a partir deste tipo de ensaio.
Vai ser duro? Nem tanto! Estude com atenção e faça os exercícios sugeridos.
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Avaliação da dureza: como tudo começou
Há registros de que no século XVII já se avaliava a dureza de pedras preciosas,
esfregando-as com uma lima.
No século XVIII desenvolveu-se um método para determinar a dureza do aço,
riscando-o com minerais diferentes.
Mas o primeiro método padronizado de ensaio de dureza do qual se tem notícia,
baseado no processo de riscagem, foi desenvolvido por Mohs, em 1822.
Este método deu origem à escala de dureza Mohs, que apresenta dez minérios-
padrões, ordenados numa escala crescente do grau 1 ao 10, de acordo com sua
capacidade de riscar ou ser riscado.
Esta escala não é conveniente para os metais, porque a maioria deles apresenta
durezas Mohs 4 e 8, e pequenas diferenças de dureza não são acusadas por este
método. Por exemplo, um aço dúctil corresponde a uma dureza de 6 Mohs, a
mesma dureza Mohs de um aço temperado.
As limitações da escala Mohs levaram ao desenvolvimento de outros métodos de
determinação de dureza, mais condizentes com o controle do aço e de outros
metais. Um deles é o ensaio de dureza Brinell, que você vai estudar a seguir.
Curiosidade
Escala Mohs (1822)
1 - Talco
2 - Gipsita
3 - Calcita
4 - Fluorita
5 - Apatita
6 - Feldspato (ortóssio)
7 - Quartzo
8 - Topázio
9 - Safira e corindo
10 - Diamante
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Dureza Brinell
Em 1900, J. A. Brinell divulgou este ensaio, que passou a ser largamente aceito e
padronizado, devido à relação existente entre os valores obtidos no ensaio e os
resultados de resistência à tração.
O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço
temperado, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal,
por meio de uma carga F, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de
diâmetro d .
A dureza Brinell é representada pelas letras HB. Esta representação vem do inglês
Hardness Brinell, que quer dizer .dureza Brinell.
A dureza Brinell (HB) é a relação entre a carga aplicada (F) e a área da calota
esférica impressa no material ensaiado (Ac).
Em linguagem matemática:
A área da calota esférica é dada pela fórmula: pDp, onde p é a profundidade da
calota. Substituindo Ac pela fórmula para cálculo da área da calota, temos:
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Devido à dificuldade técnica de medição da profundidade (p), que é um valor muito
pequeno, utiliza-se uma relação matemática entre a profundidade (p) e o diâmetro
da calota (d) para chegar à fórmula matemática que permite o cálculo da dureza HB,
representada a seguir:
Acompanhe um exemplo de aplicação desta fórmula:
F HB = ----- Ac
A área da calota esférica é dada pela fórmula:
π DP, onde p é a profundidade da calota e D é o diâmetro da esfera.
Substituindo Ac pela fórmula para cálculo da área da calota, temos:
F HB = -----
π DP
Devido à dificuldade técnica de medição da profundidade (p), que é um valor muito
pequeno, utiliza-se uma relação matemática entre a profundidade (p) e o diâmetro
da calota (d) para chegar à fórmula matemática que permite o cálculo da dureza HB,
representada a seguir:
2F HB = -------------------------------------
π D ( D - ²² dD − ) • Uma amostra foi submetida a um ensaio de dureza Brinell no qual se usou uma
esfera de 2,5 mm de diâmetro e aplicou-se uma carga de 187,5 kgf. As medidas dos
diâmetros de impressão foram de 1 mm. Qual a dureza do material ensaiado?
Uma vez que todos os valores necessários para calcular a dureza HB são
conhecidos, podemos partir diretamente para a aplicação da fórmula:
Substituindo na fórmula acima:
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2 x 187,5 HB = -------------------------------------
π x 2,5 ( 2,5 - ²1²5,2 − )
HB = 227 Os cálculos anteriores são dispensáveis, se você dispuser de uma tabela
apropriada.
Veja a seguir um exemplo de tabela que fornece os valores de dureza Brinell normal,
em função de um diâmetro de impressão d. Os valores indicados entre parênteses
são somente referenciais, pois estão além da faixa normal do ensaio Brinell.
DUREZA BRINELL EM FUNÇÃO DO DIÂMETRO DA IMPRESSÃO
(DIÂMETRO DA ESFERA DO PENETRADOR: 10 MM)
d (mm) HB (F = 3000 kgf) d (mm) HB (F = 3000 kgf)
2,75 (495) 4,05 223 2,80 (477) 4,10 217 2,85 (461) 4,15 212 2,90 444 4,20 207 2,95 429 4,25 201 3,00 415 4,30 197 3,05 401 4,35 192 3,10 388 4,40 187 3,15 375 4,45 183 3,20 363 4,50 179 3,25 352 4,55 174 3,30 341 4,60 170 3,35 331 4,65 167
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3,40 321 4,70 163 3,45 311 4,75 159 3,50 302 4,80 156 3,55 293 4,85 152 3,60 285 4,90 149 3,65 277 4,95 146 3,70 269 5,00 143 3,75 262 5,10 137 3,80 255 5,20 131 3,85 248 5,30 126 3,90 241 5,40 121 3,95 235 5,50 116 4,00 229 5,60 111
Verificando o entendimento:
Tente localizar na tabela da página anterior o valor de dureza para um material que
deixou um diâmetro de impressão de 3,55 mm.
Resposta: ...............................
É possível que os valores de dureza encontrados por cálculos, com aplicação da
fórmula matemática, apresentem pequenas diferenças em relação aos valores
correspondentes encontrados em tabelas. Não se preocupe. Essas diferenças se
devem aos arredondamentos utilizados nos cálculos.
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Dureza Rockwell
Em 1922, Rockwell desenvolveu um método de ensaio de dureza que utilizava um
sistema de pré-carga. Este método apresenta algumas vantagens em relação ao
ensaio Brinell, pois permite avaliar a dureza de metais diversos, desde os mais
moles até os mais duros. Entretanto, também tem limitações, o que indica que está
longe de ser a solução técnica ideal.
O ensaio Rockwell, que leva o nome do seu criador, é hoje o processo mais utilizado
no mundo inteiro, devido à rapidez e à facilidade de execução, isenção de erros
humanos, facilidade em detectar pequenas diferenças de durezas e pequeno
tamanho da impressão.
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Todas essas razões justificam dedicar uma aula ao estudo deste método de ensaio.
No final, você ficará sabendo como é feito o ensaio Rockwell, qual o equipamento
empregado e como utilizar as diferentes escalas de dureza Rockwell.
Em que consiste o ensaio Rockwell:
Neste método, a carga do ensaio é aplicada em etapas, ou seja, primeiro se aplica
uma pré-carga, para garantir um contato firme entre o penetrador e o material
ensaiado, e depois aplica-se a carga do ensaio propriamente dita.
A leitura do grau de dureza é feita diretamente num mostrador acoplado à máquina
de ensaio, de acordo com uma escala predeterminada, adequada à faixa de dureza
do material.
Os penetradores utilizados na máquina de ensaio de dureza Rockwell são do tipo
esférico (esfera de aço temperado) ou cônico (cone de diamante com 120º de
conicidade).
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Quando se utiliza o penetrador cônico de diamante, deve-se fazer a leitura do
resultado na escala externa do mostrador, de cor preta. Ao se usar o penetrador
esférico, faz-se a leitura do resultado na escala vermelha.
Nos equipamentos com mostrador digital, uma vez fixada a escala a ser usada, o
valor é dado diretamente na escala determinada.
O valor indicado na escala do mostrador é o valor da dureza Rockwell.
Este valor corresponde à profundidade alcançada pelo penetrador, subtraídas a
recuperação elástica do material, após a retirada da carga maior, e a profundidade
decorrente da aplicação da pré-carga.
Em outras palavras: a profundidade da impressão produzida pela carga maior é a
base de medida do ensaio Rockwell. Veja a seguir a representação esquemática da
profundidade produzida por um penetrador cônico de diamante.
Curiosidade
A escala do mostrador é construída de tal modo que uma impressão profunda
corresponde a um valor baixo na escala e uma impressão rasa corresponde a um
valor alto na escala. Desse modo, um valor alto na escala indica que se trata de um
material de alta dureza.
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Dureza Vickers
Nas aulas anteriores, ficamos sabendo que o ensaio de dureza Rockwell
representou um avanço em relação ao ensaio Brinell, já que possibilitou avaliar a
dureza de vários metais, que antes não podiam ser ensaiados quanto à dureza.
Entretanto, o ensaio Rockwell também mostra limitações. Por exemplo, suas escalas
não têm continuidade. Por isso, materiais que apresentam dureza no limite de uma
escala e no início de outra não podem ser comparados entre si quanto à dureza.
Outra limitação importante é que o resultado de dureza no ensaio Rockwell não tem
relação com o valor de resistência à tração, como acontece no ensaio Brinell.
Vários pesquisadores tentaram encontrar uma solução para superar essas
dificuldades.
Coube a Smith e Sandland, em 1925, o mérito de desenvolver um método de ensaio
que ficou conhecido como ensaio de dureza Vickers. Este método leva em conta a
relação ideal entre o diâmetro da esfera do penetrador Brinell e o diâmetro da calota
esférica obtida, e vai além porque utiliza outro tipo de penetrador, que possibilita
medir qualquer valor de dureza, incluindo desde os materiais mais duros até os mais
moles.
Isso não quer dizer que o ensaio Vickers resolva todos os problemas de avaliação
de dureza dos materiais. Mas, somado aos outros dois métodos já estudados, é um
bom caminho para atender às necessidades de processos industriais cada vez mais
exigentes e sofisticados.
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Cálculo da dureza Vickers
O ensaio desenvolvido por Smith e Sandland ficou conhecido como ensaio de
dureza Vickers porque a empresa que fabricava as máquinas mais difundidas para
operar com este método chamava-se Vickers-Armstrong.
A dureza Vickers se baseia na resistência que o material oferece à penetração de
uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob uma
determinada carga.
O valor de dureza Vickers (HV) é o quociente da carga aplicada (F) pela área de
impressão (A) deixada no corpo ensaiado.
Essa relação, expressa em linguagem matemática é a seguinte:
A máquina que faz o ensaio Vickers não fornece o valor da área de impressão da
pirâmide, mas permite obter, por meio de um microscópio acoplado, as medidas das
diagonais (d1 e d2) formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide.
Conhecendo as medidas das diagonais, é possível calcular a área da pirâmide de
base quadrada (A).
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Dureza Shore
A dureza por choque é um ensaio dinâmico que produz a impressão num corpo de
prova por meio de um penetrador que bate na sua superfície plana. Esse choque
pode ser produzido por meio de um pêndulo (já abandonado) ou pela queda livre de
um êmbolo, tendo na ponta um penetrador.
Em 1907, Shore propôs uma medida de dureza por choque que mede a altura do
ressalto de um peso que cai livremente até bater na superfície lisa e plan de um
corpo de prova. Esta altura de ressalto mede a perda de energia cinética do peso,
absorvida pelo corpo de prova.
Ainda que, o comprimento e peso do martelo, além da altura de queda e o
diâmetro da ponta de diamante dependem de cada fabricante, todos os aparelhos
indicam a mesma dureza para um mesmo material.
A impressão Shore:
• é pequena
• o equipamento é portátil
• pode executar dureza em peças grandes
• superfícies deve ser lisas
• é contínua e a norma ASTM E-448 descreve o ensaio
Outros estudos puderam correlacionar a dureza Shore e o limite de resistência de
alguns aços, como mostrado na figura 21.
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Ensaios Mecânicos dos Materiais
Objetivo : Determinar as propriedades mecânicas de um material.
Propriedades Mecânicas : refere-se à forma com que os materiais reagem aos
esforços externos.
Esforços Externos : podem ser de tração, compressão, cisalhamento, flexão, torção
ou uma combinação deles.
Os ensaios mecânicos podem ser realizados em protótipos ou em corpos de prova.
Protótipo : versão preliminar de um produto, produzida em pequena quantidade, e
utilizada durante a fase de testes.
Corpo de Prova : amostra do material que se deseja testar, com dimensões e forma
especificadas em normas técnicas.
Os ensaios podem ser do tipo destrutivos e não destrutivos.
Destrutivos:
- Tração
- Compressão
- Cisalhamento
- Dobramento
- Flexão
- Embutimento
- Torção
- Dureza
- Fluência
- Fadiga
- Impacto
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Não destrutivos:
- Visual
- Líquido penetrante
- Partícula magnética
- Ultra-som
- Radiografia industrial
Ensaio de Tração
O ensaio de tração consiste em submeter o material a um esforço axial que tende a
alongá-lo até a ruptura. Este ensaio permite conhecer como os materiais reagem ao
esforço de tração, quais os limites de tração que suportam e a partir de que
momento se rompem.
É realizado em máquinas de ensaio que aplicam uma força axial no corpo de prova,
fazendo com que se deforme até sua ruptura.
Nestas máquinas a força aplicada e a deformação obtida são registradas para a
confecção do Diagrama Tensão-Deformação.
Propriedades Avaliadas:
Alongamento : Deformação de um corpo de prova (aumento do seu comprimento
com diminuição da área da seção transversal) devido a aplicação de uma força axial.
O alongamento plástico define a ductibilidade do material. Quanto maior for o
alongamento plástico, maior a facilidade de deformar o material.
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Lf - Lo Along = ------------ x 100%
Lo em que:
Lf = comprimento final do corpo de prova
Lo = comprimento inicial do corpo de prova
Estricção :
Redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde
se localiza a ruptura. A estricção determina a ductibilidade do material. Quanto maior
for a estricção, mais dúctil será o material.
So - Sf Z = --------------
So em que: So = área inicial da seção transversal
Sf = área final da seção transversal
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Deformação elástica : A deformação plástica não é permanente. Uma vez cessado
os esforços, o material volta à sua forma original.
Deformação plástica : A deformação plástica é permanente. Uma vez cessado os
esforços, o material recupera a deformação elástica, mas fica com uma deformação
residual plástica, não voltando mais à sua forma original.
Limite de Proporcionalidade : Até este limite o material obedece a Lei de Hooke,
onde suas deformações são diretamente proporcionais às tensões aplicadas.
Limite Elástico : Tensão limite para a qual o material deixa de comportar de forma
elástica. O limite de Proporcionalidade e o Limite Elástico normalmente estão muito
próximos. Na prática, podem ser considerados coincidentes.
Módulo de Elasticidade : (Módulo de Young) Relação constante entre a tensão e a
deformação na fase elástica do material. O Módulo de Elasticidade é a medida da
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rigidez do material. Quanto maior for o módulo, menor será a deformação elástica e
ais rígido será o material.
σ E = ------
∈
Escoamento : Fenômeno que ocorre entre o fim da fase elástica e o começo da fase
plástica. Caracteriza-se por uma deformação permanente do material sem que haja
aumento de carga, mas com aumento da velocidade de deformação.
Limite de Resistência : Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um
endurecimento causado pela quebra dos grãos que compõem o material, quando
deformado a frio. O material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma
tensão cada vez maior para se deformar. O valor máximo que a tensão atinge é
chamado de Limite de Resistência.
F max σ U = -------------
So
Limite de Ruptura : É definido como sendo a tensão correspondente à ruptura do
material. O Limite de Ruptura é menor que o Limite de Resistência devido a
diminuição da área que ocorre no corpo de prova depois que atinge a carga máxima.
Resiliência : Representa a habilidade de um material em absorver energia sem
qualquer dano permanente.
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Tenacidade : Está relacionada à capacidade do material em absorver sobre-cargas
acidentais. Materiais com alta tenacidade sofrem grandes deformações devido a
uma sobre-carga. Materiais com baixa tenacidade podem romper subitamente sem
dar sinais de um rompimento eminente.
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As ligas utilizadas em metais podem alterar a resiliência e a tenacidades.
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Ensaio de Fadiga
Quando um metal está sujeito a ciclos repetidos de tensões ou deformações
específicas, podemos esperar uma quebra em sua estrutura, o que conduz à sua
fratura. Este comportamento é denominado fadiga e é usualmente responsável por
um grande percentual de falhas em elementos sujeitos a carregamentos cíclicos. Em
todos os casos a fadiga ocorrerá com um nível de tensão abaixo da tensão de
escoamento do material.
Aparentemente, esta falha ocorre devido ao fato de existirem regiões microscópicas,
geralmente na superfície do elemento, onde a tensão localizada torna-se muito
maior do que a tensão média atuante ao longo da seção transversal do elemento.
Sendo cíclica esta tensão, provoca o aparecimento de microtrincas. O aparecimento
destas trincas causa um aumento da tensão em seu entorno, fazendo com que se
estendam para o interior do material. Eventualmente, a área da seção transversal do
elemento é reduzida ao ponto de não mais resistir à carga, resultando na fratura
súbita do elemento. Assim, o material, originalmente conhecido como dúctil,
comporta-se como se fosse frágil.
Limite de Resistência á Fadiga : Tensão abaixo da qual, sendo o material
carregado ciclicamente, nunca irá falhar por fadiga, ou seja, o elemento terá vida
infinita.
Resistência à Fadiga : Tensão para a qual, sendo o material carregado
ciclicamente, o elemento terá uma vida finita correspondente a um determinado
número de ciclos de carregamento.
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Tipos de Ensaios de Fadiga : O ensaio é realizado de diversas maneiras, de acordo
com o tipo de solicitação que se deseja aplicar.
- torção
- tração-compressão
- flexão
- flexão rotativa
Máquina para ensaio de flexão rotativa
Teste de impacto
Um método para determinar o comportamento de materiais submetidos a uma carga
de choque em curvatura, tensão ou torção. A quantidade normalmente medida é a
energia absorvida na ruptura do corpo de prova em um único impacto, como no
Teste de Impacto Charpy, Teste de Impacto Izod e Teste de Impacto de Tensão. Os
testes de impacto também são realizados submetendo-se os corpos de prova a
vários impactos de intensidade crescente, como no teste de impacto de queda de
esfera de aço, e testes de impacto repetido. A resiliência ao impacto e dureza
escleroscópica são determinadas em testes de impacto não-destrutivos.
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Teste de dobramento
O ensaio de dobramento é indicado em geral para componentes que serão
efetivamente submetidos a operações de dobramento ou flexão em serviço. As
normas recomendam o procedimento específico para vários tipos de componentes e
materiais.
Entre as aplicações usuais estão:
Barras para construção civil
Barras soldadas;
Pequenos componentes para uso em micro-eletrônica;
Peças para indústria automotiva;
Peças acabadas como parafusos e pinos.
Das aplicações mencionadas foram detalhadas abaixo as mais comuns, que são os
testes para barras de construção civil e para barras soldadas.
Ensaio de barras para uso em construção civil
Barras de aço para armação de concreto e outras finalidades são vastamente
utilizadas na construção civil. Usualmente estas barras são submetidas a
dobramento durante sua aplicação. Portanto é rotineira a aplicação do teste de
dobramento para este tipo de componente.
O ensaio de dobramento de barras para a construção civil utiliza um ângulo de
dobramento de 1800. O diâmetro do cutelo depende da classificação da barra.
Configuração do ensaio de dobramento de vergalhão
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A norma brasileira classifica as barras de acordo com o valor da resistência ao
escoamento nas categorias CA-25, CA-40, CA-50, e CA-60. O número 25 significa
tensão limite de escoamento de 250 MPa, e respectivamente 400 MPa, 500 MPa e
600 MPa para as barras 40, 50 e 60. De acordo com o processo de fabricação,
barras da classe A (segunda letra da especificação) são laminadas a quente sem
posterior deformação a frio e apresentam patamar de escoamento.
Para as barras descritas acima, o diâmetro do cutelo para o ensaio de dobramento
varia de 2 a 5 vezes o diâmetro nominal da barra, proporcionalmente à tensão limite
de escoamento. O ensaio é do tipo semi-guiado (ver figura acima). Para aprovação
da barra, não devem aparecer fissuras ou fendas na região de tração.
Ensaio de dobramento em peças soldadas
O ensaio de dobramento de peças soldadas tem o objetivo de qualificar a solda, o
soldador e o processo de soldagem. O dobramento pode ser livre ou guiado
dependendo dos objetivos do ensaio. Para a verificação da qualidade da solda o
dobramento é em geral guiado.
Os corpos de prova são extraídos de tubos ou chapas soldadas e devem obedecer
as dimensões estabelecidas por norma. Em geral a largura do corpo de prova é uma
vez e meia a sua espessura. O ângulo de dobramento é de 1800 para todos os
testes.
O alongamento das fibras externas é medido sobre a largura da solda antes do
teste, L0. No final do teste a largura atinge um valor L, resultando pra o alongamento
o valor indicado na figura.
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Corpo de prova soldado e linhas de medição
O resultado do teste é novamente feito pela observação da existência ou não de
fissuras e fendas na região tracionada do corpo de prova. Defeitos com dimensões
acima de 3 mm de comprimento são causa para rejeição. Fissuras que ocorram nas
arestas não são consideradas para rejeitar a peça, exceto se provenientes de
inclusões ou outros defeitos internos.
A solda deve ser testada em diferentes posições para efeitos de qualificação. Para
soldas de topo e teste de qualificação de soldadores, o eixo do corpo de prova pode
ser orientado transversamente ou paralelamente à direção do cordão de solda.
Para espessuras muito grandes é permitido o teste com corpos de prova obtidos por
fracionamento, desde que toda a espessura seja coberta.
A maioria das especificações de solda requer a execução de pelo menos dois testes
de raiz e dois testes de face, ou quatro testes laterais para cada peça com solda de
topo.
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Teste se ultra-som
Princípios básicos:
Entre o ciciar das folhas de um bosque e o estrondo de um avião super-
sônico, estende-se o campo de sensibilidade do ouvido humano. O órgão auditivo
humano não pode realmente perceber sons em quaisquer intensidades ou
freqüências.
Entre os dois extremos de audibilidade, se estabelece toda gama contínua de
sons que o ouvido humano, além de perceber, ainda identifica de onde procedem,
qual a sua entoação e dentro de certos limites, a espécie de fonte sonora que os
produziu. No passado, testes de eixos ferroviários ou mesmo sinos, eram
executados através de testes com martelo, em que o som produzido pela peça,
denunciava a presença de rachaduras ou trincas grosseiras.
Por outro lado, sons extremamente graves ou agudos podem passar
desapercebidos pelo aparelho auditivo humano, não por deficiência do mesmo, mas
por caracterizarem vibrações com freqüências muito baixas ( Infra-som ) ou com
freqüências muito altas ( Ultra-som ), ambas inaudíveis.
A parte da física que estuda o som, assim como as vibrações mecânicas,
denomina-se acústica, que descreve suas leis e características ondulatórias.
Como sabemos, os sons produzidos em um ambiente qualquer, refletem-se
ou reverberam-se nas paredes que constituem o mesmo, podendo ainda ser
transmitidos a outros ambientes.
Fenômenos como este, apesar de simples, e serem freqüentes em nossa vida
cotidiana, constituem os fundamentos do ensaio Ultra-sônico de materiais.
Assim como uma onda sonora, reflete ao incidir num anteparo qualquer, a
vibração ou onda ultra-sônica ao percorrer um meio elástico, refletirá da mesma
forma, ao incidir numa descontinuidade ou falha interna a este meio considerado.
Através de aparelhos especiais, detectamos as reflexões provenientes do
interior da peça examinada, localizando e interpretando as descontinuidades.
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Finalidade do exame
O ensaio por ultra-som, caracteriza-se num método não destrutivo que tem
como objetivo a detecção de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos
mais variados tipos ou forma de materiais ferrosos ou não ferrosos.
Tais defeitos são caracterizados pelo próprio processo de fabricação da peça
ou componente a ser examinada, como por exemplo:
• Bolhas de gás em fundidos;
• Dupla-laminação em laminados;
• Micro trincas em forjados;
• Escórias em uniões soldadas e muitos outros.
Portanto, o exame ultra-sônico, assim como todo exame não destrutivo, visa
diminuir o grau de incerteza na utilização de materiais ou peças de
responsabilidades.
Hoje, a moderna indústria, principalmente nas áreas de caldeiraria,
automotiva e estrutura naval, o exame ultra-sônico constitui uma ferramenta
indispensável para a garantia da qualidade de peças de grandes espessuras,
geometria complexa de juntas soldadas, chapas.
Na maioria dos casos, os exames são aplicados em aços-carbono, baixa liga
e em aços inoxidáveis. Materiais não ferrosos também podem ser examinados,
requerendo, entretanto procedimentos especiais.
Limitações em comparação com outros exames
Assim como todo ensaio não destrutivo, o exame ultra-sônico possui
vantagens e limitações nas aplicações, como segue:
a) Vantagens em relação a outros exames
O método ultra-sônico possui alta sensibilidade na detectabilidade de
pequenas descontinuidades internas, por exemplo, trincas devido a tratamento
térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio de radiações
penetrantes ( radiografia ou gamagrafia ).
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Para a interpretação das indicações, dispensa processos intermediários,
agilizando a inspeção.
No caso da radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo
de revelação do filme, que via de regra demanda tempo no informe de
resultados.
Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o exame ultra-
sônico não requer planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para
sua aplicação.
A localização, avaliação do tamanho e interpretação das
descontinuidades encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultra-sônico,
enquanto que outros exames não definem tais fatores.
Por exemplo um defeito mostrado num filme radiográfico define tamanho
mas não sua profundidade, e em muitos casos este é um fator importante para
proceder um reparo.
b) Limitações em relação a outros exames
• Requer grande conhecimento teórico e experiência por parte do
inspetor;
• O registro permanente do teste não é facilmente obtido;
• Faixas de espessuras muito finas, constitui uma dificuldade para
aplicação do método;
• Requer o preparo da superfície para sua aplicação. Em alguns
casos de inspeção de solda, existe a necessidade da remoção total do
reforço da solda, que demanda tempo de fábrica.
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PRINCÍPIOS FÍSICOS
Vibrações ultra-sônicas
Como já vimos, o teste ultra-sônico de materiais é feito com uso de ondas
mecânicas ou acústicas colocadas no meio em inspeção, ao contrário da técnica
radiográfica, que usa ondas eletromagnéticas.
Qualquer onda mecânica é composta de oscilações das partículas do meio
em que se propaga.
A passagem de energia acústica pelo meio faz com que as partículas que o
compõem executem um movimento de oscilação em torno da sua posição de
equilíbrio, cuja amplitude do movimento será diminuída com o tempo, em
decorrência da perda da energia adquirida pela onda.
Se assumirmos que o meio em estudo é elástico, ou seja, que as partículas
que o compõem não estão rigidamente ligadas, mas que podem oscilar em qualquer
direção, então podemos classificar as ondas acústicas em quatro categorias.
a) Ondas longitudinais ( ou ondas de compressão )
São ondas cujas partículas do meio vibram na mesma direção da
propagação da onda.
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λ
ZONA DE COMPRESSÃOSENTIDO DE VIBRAÇÃO
DIREÇÃO DE PROPAGAÇÃO
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Figura 1 - onda longitudinal
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As partículas oscilam na direção de propagação, podendo ser
transmitidas a sólidos, líquidos e gases.
No desenho acima, nota-se que no primeiro plano de partículas vibra e
transfere sua energia cinética para os próximos planos de partículas, que
passam a oscilar.
Desta maneira, todo o meio elástico vibra na mesma direção de
propagação da onda ( longitudinal ), e aparecerão “zonas de compressão” e de
diluição.
As distâncias entre duas zonas de compressão ou de diluição
determinam o comprimento de onda ( λ ).
Em decorrência do processo de propagação, este tipo de onda possui
uma alta velocidade de propagação, que é uma característica do meio.
Exemplo:
Aço VL = 5900 m/s
Água
VL = 1480 m/s
Ar VL = 330 m/s
b) Ondas transversais ( ou ondas de corte ou cizalhamento )
Uma onda transversal é definida, quando as partículas do meio vibram
na direção perpendicular a direção de propagação.
Neste caso, observamos que os planos de partículas, mantem-se na
mesma distância um do outro, movendo-se apenas verticalmente.
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DIREÇÃODE PROPAGAÇÃO SENTIDO
DE VIBRAÇÃO
λ
Figura 2 - Onda transversal
As partículas oscilam na direção transversal à direção de propagação,
podendo ser transmitidas somente a sólidos.
O comprimento de onda é a distancia entre dois “vales” ou dois “picos”,
como mostra a figura acima.
As ondas transversais são praticamente incapazes de se propagarem
nos líquidos e gases, pelas características das ligações entre partículas destes
meios.
c) Ondas superficiais ou ondas de Rayleigh
São assim chamadas, pela característica de se propagar na superfície
dos sólidos.
A figura abaixo mostra a superfície entre dois meios diferentes, ar e aço,
e a onda superficial se propagando, não de maneira estritamente senoidal, pelo
fato das partículas do meio executarem um movimento elíptico em torno da
posição de equilíbrio.
AR INTERFACE
AÇO
DIREÇÃO DEPROPAGAÇÃO
λ
Figura 3 - Onda superficial
As partículas adquirem um movimento elíptico, na superfície de
separação entre dois meios diferentes.
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Devido ao complexo movimento oscilatório das partículas da superfície,
a velocidade de propagação da onda superficial entre duas faces diferentes é
de aproximadamente 10% inferior que a de uma onda transversal.
Para o tipo de onda superficial, que não possui a componente normal,
portanto se propaga em movimento paralelo à superfície e transversal em
relação à direção de propagação recebe a denominação de onda de “Love”.
Sua aplicação se restringe ao exame de finas camadas de material que
recobrem outros materiais.
d) Ondas de Lamb
Para as ondas superficiais que se propagam com comprimento de onda
próxima à espessura da chapa ensaiada, neste caso a inspeção não se
restringe somente à superfície, mas todo material e para esta particularidade
denominamos as ondas superficiais de ondas de “Lamb”.
DIREÇÃO DEPROPAGAÇÃO
λ
CHAPA FINA
Figura 4 - Ondas superficiais de “Lamb”
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Figura 5 - As ondas de “Lamb” podem ser geradas a p artir das ondas longitudinais, incidindo segundo um ângulo de incli nação em relação à
chapa. A relação entre o ângulo e a velocidade é fe ita pela relação.
velocidade da onda longitudinal
velocidade da onda de “Lamb”
O ensaio ultra-sônico de materiais com ondas superficiais é, aplicado
com severas restrições, pois somente são observados defeitos de superfície e
nestes casos, existem processos mais simples para a detecção destes tipos de
descontinuidades, dentro dos testes não destrutivos, como por exemplo o
Líquido Penetrante e Partículas Magnéticas, que em geral são de custo e
complexidade inferior ao ensaio ultra-sônico.
Sen α
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PEÇA CAMPO DE FUGA
ACUMULO DE PÓ MAGNÉTICO
FLUXO MAGNÉTICO
P.M
PEÇA
LÍQUIDO PENETRANTE VERMELHO
CONTRASTE BRANCO
L.. P.
Figura 6 - Indicação típica por Partículas Magnéticas
Figura 7 - Indicação típica por Líquido Penetrante
Líquido Penetrante
Teste para a detecção de descontinuidades abertas à superfícies em
diferentes matérias isentos de porosidade, tais como: Metais Ferrosos e Não-
Ferrosos, Ligas Metálicas, Cerâmicas, Vidros, alguns tipos de Plásticos ou materiais
organo-sintéticos. Líquidos Penetrantes também são utilizados para a detecção de
vazamentos em tubos, tanques, soldas e componentes.
Este método está baseado no fenômeno da capilaridade que é o poder de
penetração de um líquido em locais extremamente pequenos devido a suas
características físico-químicas como a tensão superficial. O poder de penetração é
uma característica bastante importante uma vez que a sensibilidade do ensaio é
enormemente dependente do mesmo.
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Descontinuidades em materiais fundidos tais como gota fria, trincas de tensão
provocadas por processos de têmpera ou revenimento, descontinuidades de
fabricação tais como trincas, costuras, dupla laminação, sobreposição de material ou
ainda trincas provocadas pela fadiga do material ou corrosão sob tensão, podem
ser facilmente detectadas pelo método de Líquido Penetrante.
O processo de ensaio se caracteriza pela utilização básica de três produtos:
� Líquido Removedor, para a pré-limpeza da superfície de ensaio.
� Líquido Penetrante, para penetrar nas descontinuidades abertas à
superfície e formar as indicações.
� Revelador, que irá evidenciar e revelar a descontinuidade.
A superfície do material recebe uma pré-limpeza com um líquido removedor
para que haja a eliminação de sujeiras, óleos, graxas ou resíduos de materiais
diversos que possam impedir a penetração do penetrante em possíveis
descontinuidades que se deseje detectar.
O líquido penetrante é aplicado por pincel, pistola, em aerossol ou mesmo
imersão sobre a superfície a ser ensaiada, que então age na superfície por um certo
tempo denominado de tempo de penetração (tempo necessário para o Líquido
Penetrante utilizar-se de seu poder de capilaridade para penetrar nas
descontinuidades). Faz-se então a remoção deste penetrante da superfície por meio
de lavagem com água ou remoção com solventes, sem que haja a remoção do
Líquido Penetrante retido nas descontinuidades.
A aplicação de um terceiro produto denominado Revelador (substancias
brancas utilizadas sob a forma líquida, dispersas em água ou em solventes ou
aplicadas sob a forma de pó puro através de pulverizadores, pincéis ou mesmo por
imersão), irá mostrar a localização das descontinuidades superficiais por absorver
para a superfície o Líquido Penetrante retido até então dentro das descontinuidades
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formando o que chamamos de Indicação. A inspeção destas descontinuidades
reveladas é realizada em ambiente com luz comum se o Líquido Penetrante for
Vermelho (portanto visível) e será dada pelo contraste formado entre a fina camada
uniforme branca, do revelador e o líquido penetrante, na cor vermelho intenso; ou
então em Cabine Escura sob uma luz Ultra Ultravioleta se o líquido penetrante
utilizado por o do tipo fluorescente.
APLICAÇÕES
O ensaio se caracteriza pela facilidade que o método proporciona na
aplicação, em qualquer lugar, ou seja, em instalações industriais, oficinas ou em
campo, independente de disponibilidade de recursos, que outros métodos
necessitam.
As vantagens são o baixo custo, facilidade na aplicação, alta sensibilidade e
possibilidade de utilização em materiais como ferro, aço, alumínio, ligas de titânio ou
níquel, cerâmica, vidro, e etc; em processos de fabricação como fundição,
forjamento, laminação, solda e na verificação de materiais em serviço quanto a
fadiga ou corrosão sob tensão.
O ensaio se aplica normalmente a superfícies em temperatura ambiente,
entretanto, é possível utilização em superfícies com temperaturas de até 65°C.
Nestes casos os parâmetros de processo do ensaio como tempos de penetração, de
revelação e de secagem, devem ser adequados as condições em que se realizarão
o ensaio.
Os segmentos de maior aplicação do método são indústrias aeronáutica,
automobilística, petroquímica, mecânica, naval, siderúrgica, ferroviária e nuclear.
As aplicações poderão ser efetuadas, desde as mais simples, como a manual,
utilizadas normalmente em campo ou para ensaio de peças e montagens industriais
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de grandes dimensões, ou as mais sofisticadas que envolvem instalações
automáticas, para ensaio de grandes quantidades de peças seriadas.
VANTAGENS:
O processo de ensaios por líquidos penetrantes possui como grandes
vantagens:
� A possibilidade de aplicação do ensaio em quaisquer tipos de
materiais, desde que não porosos.
� A facilidade de aplicação, pela simplicidade do processo e a excelente
sensibilidade na detecção de descontinuidades superficiais.
� A facilidade de utilização do ensaio em peças de grandes dimensões,
em locais de difícil acesso, em instalações industriais, em manutenções
preventivas de complexos industriais e em toda e quaisquer aplicações em
campo.
DESVANTAGENS
Algumas das desvantagens do processo são:
� As limitações de aplicação do processo em superfícies com extrema
rugosidade ou micro porosidade.
� O tempo de desenvolvimento do ciclo total do processo, normalmente
mais longo, quando comparados outras técnicas de ensaio.
� A complexidade geométrica das peças, é um fator limitador de
aplicação do ensaio; pode não haver possibilidade de acesso aos locais a serem
ensaiados.
� A dificuldade de documentação e registro dos resultados do ensaio.
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Ferramentas da Qualidade
Ciclo PDCA
É um ciclo de análise e melhoria, criado por Walter Shewhart, em meados da
década de 20 e disseminado para o mundo por Deming. Esta ferramenta é de
fundamental importância para a análise e melhoria dos processos organizacionais e
para a eficácia do trabalho em equipe.
O Ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta
gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à
sobrevivência de uma organização, sendo composto das seguintes etapas:
Planejar (PLAN)
� Definir as metas a serem alcançadas;
� Definir o método para alcançar as metas propostas.
Executar (DO)
� Executar as tarefas exatamente como foi previsto na
etapa de planejamento;
� Coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de
verificação do processo;
� Nesta etapa são essenciais a educação e o treinamento
no trabalho.
Verificar, checar (CHECK)
� Verificar se o executado está conforme o planejado, ou
seja, se a meta foi alcançada, dentro do método definido;
� Identificar os desvios na meta ou no método.
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Agir corretivamente (ACTION)
� Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e
implementar soluções que eliminem as suas causas;
� Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar
um trabalho preventivo, identificando quais os desvios são passíveis de
ocorrer no futuro, suas causas, soluções etc.
O PDCA pode ser utilizado na realização de toda e qualquer atividade da
organização. Sendo ideal que todos da organização utilizem esta ferramenta de
gestão no dia-a-dia de suas atividades.
Desta forma, elimina-se a cultura “tarefeira” que muitas organizações insistem
em perpetuar e que incentiva a se realizar o trabalho sem antes planejar,
desprezando o autocontrole, o uso de dados gerados pelas medições por
indicadores e a atitude preventiva, para que os problemas dos processos nunca
ocorram.
PDCA FLUXO ETAPA OBJETIVO 1 Identificação do
Problema Definir claramente o problema/processo e reconhecer sua importância.
2 Observação Investigar as características específicas do problema/processo com uma visão ampla e sob vários pontos de vista.
3 Análise Descobrir a causa fundamental.
P
4 Plano de ação Conceber um plano para bloquear a causa fundamental.
D 5 Execução Bloquear a causa fundamental. C 6 Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo.
7 Padronização Prevenir contra o reaparecimento do problema.
A
8 Conclusão Recapitular todo o método de solução do problema para trabalhos futuros.
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Brainstorming
O Brainstorming é uma ferramenta associada à criatividade e é, por isso,
preponderantemente usada na fase de Planejamento (na busca de soluções). Este
método foi inventado por Alex F. Osbom em 1939, quando ele presidia, à época,
uma importante agência de propaganda.
Ele é usado para que um grupo de pessoas crie o maior número de idéias
acerca de um tema previamente selecionado. O seu nome deriva de Brain = mente e
Storming = tempestade, que se pode traduzir como: Tempestade Cerebral. É
também usada para identificar problemas no questionamento de causas ou para se
fazer a análise da relação causa-efeito.
O Brainstorming pode ser de dois tipos:
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� Estruturado : todos os integrantes devem dar uma idéia
quando chegar a sua vez na rodada, ou passar a vez até a próxima
rodada. Isso evita a preponderância dos integrantes mais falantes, dá
a todos uma oportunidade igual para contribuir com idéias e promove
um envolvimento maior de todos os integrantes, mesmo os mais
tímidos. O Brainstorming termina quando nenhum dos integrantes tem
mais idéias e todos “passam a vez” numa mesma rodada;
� Não-estruturado : Qualquer integrante lança idéias à
medida que vão surgindo na mente. Tende-se a criar uma atmosfera
mais relaxada, mas também há o risco dos integrantes mais falantes
dominarem o ambiente. Torna-se mais fácil para certos integrantes
pegar carona nas idéias dos outros. Essa técnica termina quando
nenhum integrante tem mais idéias e todos concordam em parar.
Um Brainstorming é realizado em 6 etapas básicas:
� Construir a equipe : a equipe deve ser definida.
Geralmente participam os membros do setor que busca envolver o
problema. Eventualmente, pessoas criativas, de outros setores da
empresa, podem ser convocadas. Os participantes devem estar
reunidos em torno da uma mesa e devem indicar uma pessoa para
secretariar (facilitador) a reunião, isto é: anotar as idéias que cada
membro vai ditando.
� Definir foco e enfoque : foco é o tema principal, o
assunto. Geralmente está associado a um resultado indispensável
(problema) ou a um desafio que se quer vencer. Definido o foco é
necessário estabelecer o enfoque, que mostrará como o foco vai ser
abordado. Por exemplo, se o nosso foco é “férias” podemos abordar
este foco de ângulos distintos (enfoques), como, por exemplo:
� Onde vamos passar as férias?
� O que podemos fazer para diminuir nossas
despesas nas férias?
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Pagina: 47
� Geração de idéias : O que importa, nesta etapa, é a
quantidade de idéias geradas. Não importa a “qualidade”:
� O exercício deve centrar-se sobre o único foco já
clara e previamente definido;
� As idéias emitidas, nesta etapa, devem ser
anotadas pelo facilitador e devem ficar isentas de críticas. Pode-
se dizer que quanto mais “potencialmente disparatada” for uma
idéia, melhor, pois mais facilmente pode induzir a criatividade
para a solução. O objetivo, nesta etapa, é emitir idéias que
possam ser associadas a outras já emitidas;
� O participante deve emitir qualquer idéia, sem
nenhum exercício de censura quanto às próprias e quanto às
idéias dos demais. A idéia deve ser formulada mesmo que num
primeiro instante pareça ridícula;
� O facilitador deve anotar as idéias emitidas pelos
participantes sem qualquer crítica. Quando emitir uma idéia
deve expressá-la em voz alta e anotá-la;
� Periodicamente, o facilitador faz a leitura de todas
as idéias até então anotadas. Ao término de um determinado
período de tempo (de 10 a 20 minutos) as idéias começam a
rarear e o facilitador pode propor o encerramento, passando-se
para a etapa seguinte.
� Crítica : nesta etapa o que se objetiva é a qualidade. Isso
é obtido através de uma primeira crítica às idéias geradas. O facilitador
lê as idéias emitidas uma a uma, e, em conjunto, é feita uma primeira
análise:
� A idéia está voltada para o foco do problema? Se
sim, ela continua; caso contrário é riscada (eliminada).
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Pagina: 48
� Agrupamento : Uma vez selecionadas as idéias em
consonância com o foco, estas são agrupadas por “parentesco” ou
semelhança de conteúdo, de forma a gerar subtítulos ou múltiplas
respostas.
� Conclusão : feita uma análise dos tópicos, subtítulos ou
respostas, deve-se selecionar aquelas que, combinadas ou
isoladamente, respondem à questão exposta no foco.
Matriz GUT
Esta matriz é uma forma de se tratar problemas com o objetivo de priorizá-los.
Leva em conta a gravidade, a urgência e a tendência de cada problema.
Gravidade : impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados,
processos ou organizações e efeitos que surgirão a longo prazo, caso o problema
não seja resolvido.
Urgência : relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o
problema.
Tendência : potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de
crescimento, redução ou desaparecimento do problema.
A pontuação de 1 a 5, para cada dimensão da matriz, permite classificar em
ordem decrescente de pontos os problemas a serem atacados na melhoria do
processo.
Este tipo de análise deve ser feita pelo grupo de melhoria com colaboradores
do processo, de forma a estabelecer a melhor priorização dos problemas.
Lembrando que deve haver consenso entre os membros do grupo.
Após atribuída a pontuação, deve-se multiplicar GxUxT e achar o resultado,
priorizando de acordo com os pontos obtidos.
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G U T Total Priorização
1
2
3
4
5
6
7
8
Problemas
Matriz GUTOrganização:
Processo:
Pontos Gravidade Urgência Tendência
5Os prejuízos ou dificuldades são
extremamente graves
É necessária uma ação imediata
Se nada for feito, o agravamento será
imediato
4 Muito gravesCom alguma
urgênciaVai piorar a curto
prazo
3 Graves O mais cedo possívelVai piorar amédio prazo
2 Pouco gravesPode esperar um
poucoVai piorar a longo
prazo
1 Sem gravidade Não tem PressaNão vai piorar ou
pode até melhorar
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Diagrama de Ishikawa
Objetivo
O diagrama de Ishikawa leva este nome em homenagem a seu criador, Kaoru
Ishikawa, que desenvolveu esta ferramenta na década de 40. Ela se apresenta
como uma ferramenta de qualidade muito eficiente na identificação das causas e
efeitos relacionados com a maioria dos problemas detectados em uma organização.
A exemplo do que ocorre na maioria das empresas, os pontos fracos acabam por
gerar inúmeras dificuldades e problemas operacionais, com grandes e inevitáveis
reflexos negativos sobre o meio organizacional.
Os diagramas Espinhas de Peixe têm também um papel decisivo na
identificação de possíveis novos gargalos com os quais o bom funcionamento das
engrenagens e os conseqüentes tempos de prosperidade para toda a organização.
No entanto, uma implementação bem sucedida do diagrama Espinha de Peixe
requer a adoção de alguns procedimentos, dos quais a empresa não deve abrir mão:
Descrição do método
As causas ou fatores são representados por setas que concorrem para o
efeito que está estudado. As causas ou fatores complexos podem ser decompostos
em seus mínimos detalhes, sem com isso perder a visão de conjunto. Normalmente
os processos são analisados a partir de 06 grandes grupos de fatores:
� Máquina : inclui todos os aspectos relativos a máquinas,
equipamentos e instalações, que podem afetar o efeito do processo;
� Método : inclui todos os procedimentos, rotinas e técnicas
utilizadas, que podem interferir no processo e, consequentemente, no
seu resultado;
� Material : inclui todos os aspectos relativos a materiais
como insumos, matérias-primas, sobressalentes, peças etc., que
podem interferir no processo e, consequentemente, no seu resultado;
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Pagina: 51
� Mão-de-Obra : inclui todos os aspectos relativos à pessoal
que, no processo, podem influenciar o efeito desejado;
� Medida : inclui a adequação e a confiança nas medidas
que afetam o processo como aferição e calibração dos instrumentos de
medida;
� Meio ambiente : inclui as condições ou aspectos
ambientais que podem afetar o processo, além disso, sob um aspecto
mais amplo, inclui a preservação do meio ambiente.
Em geral, as CAUSAS são levantadas em reuniões do tipo “Brainstorming”.
As causas mais prováveis podem então ser discutidas e pesquisadas com maior
profundidade.
� Identificar todos os problemas existentes, para posterior
análise e avaliação, estabelecendo as prioridades de acordo com o
tamanho do estrago que cada um deles vem causando na empresa.
� Identificar o maior número possível das causas geradoras
dos efeitos (problemas) detectados, fazendo-o de forma participativa,
ou seja, promovendo discussões com os colaboradores e estimulando-
os a apresentarem uma tempestade de idéias (brainstorming) que
poderão contribuir na solução dos problemas.
� Esta é a etapa da montagem do diagrama. À frente (no
“bico” do peixe) coloca-se o efeito e nos elementos da espinha
colocam-se as causas, de modo a facilitar a visualização de todas as
causas do efeito e permitir um ataque preciso ao âmago da questão
com ferramentas e mecanismos adequados, para eliminar de vez os
gargalos e suas fragilidades.
� A última etapa consiste em analisar minuciosamente as
inúmeras causas de cada efeito encontrado, agrupando-as por
categorias, as comumentes conhecidas por 06 EMES: Método, Mão-
de-obra, Material, Máquina, Medida e Meio-ambiente. Estas categorias
podem variar de acordo com o tipo de problema que está sendo
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analisado. No caso do Policiamento Comunitário, podemos utilizar
categorias como: vítimas, agressores, comunidade etc.
Cumpridas estas quatro etapas é só arregaçar as mangas e mãos à obra.
Para a implementação do diagrama Espinha de Peixe não há limites. As
organizações que preferem ir além dos padrões convencionais, podem identificar e
demonstrar em diagramas específicos a origem de cada uma das causas do efeito,
isto é, as causas das causas do efeito. A riqueza de detalhes pode ser determinante
para uma melhor qualidade dos resultados do projeto. Quanto mais informações
sobre os problemas forem disponibilizadas, maiores serão as chances de livrar-se
deles.
A partir deste momento saímos da etapa de análise de processo e iniciamos a
etapa de melhoria do mesmo.
Vítimas Agressores Órgãos de Segurança
Comunidade (família, vizinhos,
etc.)
Meio ambiente (local, horário)
Instituições Governamentais
PROBLEMA
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Plano de Ação – 5W e 2H
Após descobrir as causas, elaborar alternativas e descrever as soluções mais
relevantes é momento de implementá-las fazendo as seguintes perguntas da
ferramenta 5W2H:
“De tudo que sei, de 7 amigos me vem, são seus nomes:
WHAT? – O QUÊ?”
WHY? – POR QUÊ? os mais importantes
HOW? – COMO? a forma de mudança
WHEN? – QUANDO?
WHERE? – ONDE?
HOW MUCH? – QUANTO CUSTA?
WHO? – QUEM? o ultimo a ser procurado:,inibi as pessoas, da
impressão do culpado
A ordem deve ser da forma como esta escrita, não in teressa num
primeiro momento o “quem”, mas sim “o que” e “o por quê” (o foco do
problema), e em segundo plano “o como”(a forma da m udanç).
Para cada uma das soluções priorizadas, a equipe estabelece as
metas de melhoria a serem alcançadas. O estabelecimento de metas é importante
para constatar o nível de melhoria a ser incorporado ao processo, a partir da causa
do problema que foi priorizada para ser eliminada. Esta etapa permite explicitar o
nível de resultado esperado, como também, programar as atividades para a
implementação da melhoria.
Deve-se indicar na fase de planejamento as providências a serem tomadas
relativas às oportunidades e necessidades de melhorias, metas/objetivos, revisão do
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Pagina: 54
processo, controles e medidas, responsabilidades, cronograma, etapas de
implantação e necessidades de recursos.
Este passo tem o objetivo de implantar a melhoria do processo e
avaliar se os problemas foram solucionados e se todo o processo está funcionando
conforme previsto.
Desenvolvimento da solução - Cronograma
Planejar o desenvolvimento da solução proposta, sendo necessário
estabelecer prazos e ações, elaborando um cronograma.
Através desta ferramenta fica fácil viabilizar a implantação da solução
proposta para o problema.
Cronograma MÊS Atividades
01 02 03 04
Este passo tem o objetivo de implantar a melhoria do processo e avaliar se os
problemas foram solucionados e se todo o processo está funcionando conforme
previsto.
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Implantação das soluções e Avaliação - Indicadores
As medições promovem a melhoria do desempenho. Um bom sistema de
medição impulsiona a organização numa direção positiva. As medições são o ponto
de partida para as melhorias porque nos possibilitam entender onde nos
encontramos e fixar metas que nos ajudem a chegar onde desejamos. Elas se
constituem em insumos para o bom julgamento, tornando as decisões que tomamos
muito mais seguras.
Indicadores
� Formas de representações quantificáveis das
características de processos e produtos/serviços;
� São utilizados pela organização para controlar e melhorar
a qualidade e o desempenho dos seus produtos/serviços e processos
ao longo do tempo;
� São as relações entre as variáveis representativas de um
processo que permitem gerenciá-lo;
� São as grandezas resultantes da relação matemática
entre duas ou mais medidas de desempenho, cujo objetivo é
dimensionar o comportamento de um processo, inclusive seus
resultados, permitindo, através da comparação com padrões
preestabelecidos, melhor gerenciá-lo.
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Exemplo de Indicador
Níveis de Indicadores
� Estratégico (alta direção): usados para avaliar os
principais efeitos da estratégia nas partes interessadas e nas causas
desses efeitos, refletindo os objetivos e as ações que pertencem à
organização como um todo, e não a um setor específico;
� Gerencial: usados para verificar a contribuição dos
setores (departamentos, unidades ou gestores de processos
organizacionais) à estratégia e para avaliar se os setores buscam a
melhoria contínua de seus processos de forma equilibrada;
� Operacional: servem para avaliar se os processos
individuais estão sujeitos à melhoria contínua e à busca da excelência.
Vendas
400 450 470
380
490 520 480
0100200300400500600
ago
set
out
nov
dez
jan
refe
renc
ial
com
para
tivo
Mês/2004-2005
Uni
dade
s
Und vendidas/mês
Meta 2004/2005
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Classificação de Indicadores
Os indicadores podem ser subdivididos em categorias, dimensões ou
perspectivas do negócio:
� Financeiros, de qualidade, de produtividade, de mercado,
de responsabilidade social, etc. (1º e 2º níveis);
� Balanced Scorecard: financeira, mercado/clientes,
processos internos e aprendizado/crescimento;
� Livros “Gerenciamento pelas Diretrizes” e
“Gerenciamentos da Rotina no trabalho do dia-a-dia”: qualidade,
entrega ou tempo, custo, moral e segurança.
Outra classificação – Utilização no processo decisório:
� Resultantes (Outcomes ou Item de Controle): permitem
saber se o efeito desejado foi obtido;
� Direcionadores (Drivers ou Item de Verificação):
permitem analisar as causas presumidas do efeito, de forma pró-ativa.
Exemplo de Resultantes e Direcionadores do dia-a-dia
Emagracer ou engordar
� Resultantes: peso ou % de gordura – que mostram se o
objetivo foi alcançado. Só que o resultado demora a aparecer.
� Direcionadores: Km caminhados, calorias consumidas
– mostram se a disciplina está sendo mantida, ou seja, se as ações
estão sendo tomadas conforme planejado.
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Para a correta determinação dos indicadores, devem ser observados alguns
critérios que asseguram a geração dos dados mais relevantes bem como a
disponibilidade desses dados. Os critérios podem ser assim resumidos:
� Seletividade ou importância : não se deve ter a
preocupação de identificar um grande número de indicadores, mas sim
escolher aqueles que se apresentam como relevantes para a gestão da
organização;
� Simplicidade e clareza : o indicador a ser escolhido não
deve exigir cálculos e processamento complexos ou grandes
dificuldades para a obtenção dos dados;
� Baixo custo de obtenção : gerado a baixo custo,
utilizando unidades dimensionais simples, tais como porcentagem,
unidades de tempo etc.
Na etapa de avaliação, os policiais avaliam a efetividade de suas respostas.
Um número de medidas tem sido tradicionalmente usado pela polícia e comunidade
para avaliar o trabalho da polícia. Isso inclui o número de prisões, nível de crime
relatado, tempo de resposta, redução de taxas, queixas dos cidadãos e outros
indicadores.
Várias dessas medidas podem ser úteis na avaliação do esforço para solução
de problemas, entretanto, um número de medidas não tradicional vão irradiar luz
onde o problema tem sido reduzido ou eliminado:
a) reduzidos exemplos de vitimização repetidos;
b) redução nos relatos de crimes ou ocorrências;
c) indicadores de bairros que podem incluir - salários para comerciários em
uma área-alvo, aumento de utilização da área, aumento do valor das propriedades,
diminuição da vadiagem, menos carros abandonados, lotes sujos, etc.;
d) aumento da satisfação do cidadão com respeito à maneira com que a
polícia está lidando com o problema (determinado através de pesquisas, entrevistas,
etc.);
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e) redução do medo dos cidadãos relativo ao problema.
A avaliação é, obviamente, chave para o modelo I.A.R.A. Se as respostas
implementadas não são efetivas, as informações reunidas durante a etapa de
análise devem ser revistas. Nova informação pode ser necessária ser coletada antes
que nova solução possa ser desenvolvida e testada.
Controle Estatístico de Processo.
O “Controle Estatístico da Qualidade” é muito mais amplo, envolvendo
métodos úteis para planejar (projeto do produto e processo), manter e melhorar a
qualidade. Há o envolvimento de técnicas como: Planejamento de Experimentos,
Gráficos de Controle e Planos de Inspeção.
O uso de cartas de controle é chamado CEP – Controle Estatístico do
Processo.
Processo
É um conjunto de fatores que atuando em conjunto e padronizadamente,
modificam, alteram, transformam, produzem bens ou serviços. O produto é o
resultado de um processo.
A um processo devem ser aplicados: Método, Mão de obra, Matéria prima,
Máquina, Medição e Meio ambiente.
Qualidade
A qualidade é um dos termos mais empregados na atualidade, mas a sua
definição é alvo de dúvidas. Os conceitos de qualidade são definidos em oito dimensões:
- Desempenho
- Confiabilidade
- Durabilidade
- Assistência Técnica
- Estética
- Características
- Qualidade Percebida
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- Conformidade com Especificações.
Aprofundando mais, pode-se definir “qualidade”, resumidamente, como “atender e
se possível exceder as expectativas”; portanto, quanto menor a variabilidade, ou seja, o
desvio em relação ao valor nominal, melhor será a qualidade.
Histograma
O histograma nos dá uma idéia geral a respeito do estágio atual do processo,
podendo-se responder através de seus dados as seguintes questões:
- O atual perfil do processo está consistente com as verificações anteriores?
O histograma, como ferramenta gerencial, tem algumas utilidades
específicas que são:
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- Avaliar ou inspecionar processos e fornecedores;
- Indicar necessidade de ações corretivas;
- Avaliar os efeitos de alterações no processo;
- estudos comparativos nos efeitos causados por mudanças de
procedimentos no processo.
Como limitações do histograma, podemos citar:
- É necessária uma amostra grande para sua construção (normalmente 30 ≤
n ≤ 100);
- Não leva em consideração o tempo, mostrando a situação atual do
processo;
- Não tem condições de separar fontes de variações em causas “naturais”
ou “assinaláveis”;
- Não indica tendências, representa o que já ocorreu.
Algumas variações clássicas de histogramas são mostradas abaixo, com as
suas respectivas explicações:
Algumas variações clássicas de histogramas são mostradas abaixo, com as
suas respectivas explicações:
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A mais importante limitação do uso de histogramas para controle de
processos pode ser vista no exemplo dado a seguir:
- Foram feitas 5 amostragens (K=5; n=30), com um intervalo de 1,0 hora entre
elas, obtendo-se valores de freqüência absoluta (coluna Ft) no quadro abaixo. Se as
freqüências absolutas (F1 a F5)de cada amostragem forem distribuídas nas mesmas
classes, teremos:
Classe FT F1 F2 F3 F4 F5
1 2 2
2 5 4 1
3 15 12 3
4 24 10 12 1 1
5 18 2 10 2 4
6 27 3 11 12 1
7 21 1 10 8 2
8 16 4 3 9
9 14 2 2 10
10 6 6
11 2 2
Construindo-se os histogramas, verificamos que, se analisarmos somente o
histograma referente ao processo como um todo (coluna KTotal), o mesmo se
encontra centrado e capaz; porém, ao analisarmos as amostragens individualmente
(coluna K1 a K5), podemos observar a existência de uma causa assinalável que leva
o processo tendenciosamente em direção ao limite superior da especificação.
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Diagrama de Pareto.
O diagrama de Pareto é uma forma especial do gráfico de barras verticais,
que dispõe os itens analisados desde o mais freqüente até o menos freqüente. Tem
como objetivo estabelecer prioridades na tomada de decisão, a partir de uma
abordagem estatística.
Principio de Pareto
Analisando a distribuição da renda entre os cidadãos, o economista italiano
Vilfredo Pareto concluiu que a maior parte da riqueza pertence a poucas pessoas.
Essa mesma conclusão foi depois constatada em outras situações, sendo
estabelecida a relação que ficou conhecida como Principio de Pareto ou a relação
20-80. Segundo esse princípio 20% das causas são responsáveis por 80% dos
efeitos.
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Análise de Pareto
No campo da qualidade o Dr. Juran aplicou esse princípio demonstrando que
alguns poucos fatores são responsáveis pelas maiorias dos efeitos observados.
Estabeleceu assim, um método que permite classificar os problemas da
qualidade identificando os poucos problemas que são vitais e diferenciando-os dos
muitos que são triviais.
Esse método foi por ele denominado Análise de Pareto .
A forma gráfica de apresentar os dados estudados por esse método focou
conhecida como gráfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto.
O gráfico de Pareto é usado sempre que for preciso ressaltar a importância
relativa entre problemas ou condições, no sentido de:
a) Escolher o ponto de partida para a solução de problemas;
b) Avaliar o progresso de um processo;
c) Identificar a causa básica de um problema.
Para construir o diagrama de Pareto:
1. Defina o objetivo da análise (por exemplo: índice de rejeições).
2. Estratifique o objeto a analisar (índice de rejeições: por turno;
por tipo de defeito; por máquina; por operador; por custo).
3. Colete os dados, utilizando uma folha de verificação.
4. Classifique cada item.
5. Reorganize os dados em ordem decrescente.
6. Calcule a porcentagem acumulada.
7. Construa o gráfico, após determinar as escalas do eixo
horizontal e vertical.
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8. Construa a curva da porcentagem acumulada. Ela oferece uma
visão mais clara da relação entre as contribuições individuais de cada um dos
fatores
Modelo de Lista de verificação:
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