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A Revista da Bayer CropScience para a Agricultura Moderna - 2009

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Os números estão crescendo. Estima-se que em 2012 a população mundialalcançará a marca de sete bilhões de pessoas, passando em 2025 para oitobilhões. Esse rápido crescimento ocorrerá quase exclusivamente nospaíses em desenvolvimento, onde já vivem mais de 80% da popu-lação mundial. E são precisamente esses países os mais atingidospela carência de alimentos.O Banco Mundial calcula que, nesse período, o número depessoas famintas no mundo poderia subir dos 850 milhõesatuais para 950 milhões. Enquanto isso, as previsões daONU mostram que, em 2050, estarão em condições de usopara assegurar o suprimento de alimentos per capitaapenas 40% da área que era disponível para a agricul-tura em 1950.

2 CORREIO

Correio - 2009A revista Correio é uma publicação da Bayer CropScience,dirigida a engenheiros agrônomos, agricultores, técnicosagrícolas, faculdades de agronomia, bibliotecas e pessoasinteressadas em agricultura.Coordenação geral: Comunicação CorporativaBayer CropScienceCoordenação técnica: Engenheiros AgrônomosPaulo Renato Calegaro, Gilmar Franco,LuizWeber e Pedro SingerJornalista responsável: Fabiana Pinho (MTB 39.353)Editor: Allen A. DupréEditoração: Assessoria de Propaganda Bayer S.A.Fotos: arquivo Bayer, DirceuGassen, Angelo Yoshimura,Fundecitrus e KeystoneGráfica: Ultraprint Ltda.Tiragem: 35.000Bayer S.A. -MatrizRuaDomingos Jorge, 1100, Prédio 9504São Paulo - SP / Fone (0xx11) 5694-5166www.bayercropscience.com.br

Deixamos de publicar a bibliografia da maioriadas matérias desta edição, que permanece àdisposição dos interessados.

Índice

6

SEGUNDA REVOLUÇÃO VERDE2

10

SEMENTESTratamento completoprotege numerosas eimportantes culturas

14

MILHO Convencional e BtSementes tratadas elevamrendimento da cultura

16

MILHOSoberan mostra eficácia emtodas as regiões produtoras

20

INOVAÇÃOInseticida com sistemicidadecompleta

26

BATATA e TOMATERequeima e pinta-pretaexigem cuidados

22

“É necessária umaPara assegurar a alimentação dacrescente população mundialnas próximas décadas

SOJAControle seletivo delagartas

ALGODÃOManejo seletivo delepidópteros

LANÇAMENTO

LANÇAMENTO

LANÇAMENTO

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segunda revolução verde”

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Para culminar, as reservas mundiais de ali-mentos estão neste momento em seu maisbaixo nível em 30 anos. O principal problemaé que não há praticamente nenhum potencialpara a expansão das áreas de produção detrigo, arroz ou milho. Em muitas partes daÁsia, todas as elevações que poderiam seraproveitadas já estão cobertas por campos eterraços de arroz. Da mesma forma, emmuitas regiões da África, é quase impossívelexpandir a quantidade de áreas agricultáveis.Isso se deve em parte ao fato de os solos nãoserem adequados e em parte porque a agri-cultura intensiva levaria esses campos à de-sertificação.

Fenômenos climáticosextremos ameaçam lavouras

Outro problema é que os meteorologistas nomundo inteiro estão registrando eventos ex-tremos com frequência crescente – a falta dedeslocamento de chuvas tropicais assimcomo fenômenos anormais de correntesmarítimas. Um exemplo bem conhecido é odo El Niño: de três a seis anos, chuvas tor-renciais devastam áreas inteiras de terra naAmérica do Sul, enquanto ocorrem secas nasregiões Sul e Leste da África, na Indonésia ena Austrália e geadas na Flórida, causando

enormes perdas para os produtores rurais.Mas não são apenas as catástrofes naturaisque provocam a perda de bilhões de dólaresde riqueza agrícola todos os anos: persis-tentes condições agrícolas desfavoráveiscomo falta de água, aumento da salinizaçãode solos agricultáveis e calor ou frio extremosão causas primárias de enormes perdas decolheita. Milho, arroz e trigo já não con-seguem suportar as mudanças climáticasextremas, que se somam aos estresses aosquais as plantas estão sujeitas, com efeitosgraves. Mesmo com os melhores cuidadosdispensados às suas lavouras, os agricultoresperdem regularmente de 30% a 70% de suascolheitas.

Produção agrícola deve serobtida com sustentabilidade“Há uma necessidade urgente não só detornarmos a produção agrícola mais eficiente,mas também de fazê-la de forma sustentável”,afirma o Professor Friedrich Berschauer,presidente do Conselho da Bayer CropScience.Um objetivo-chave dos cientistas dedicados àproteção das plantas é aumentar a produtivi-dade das culturas e tornar as plantas mais re-sistentes à intensidade de frio, calor, seca ouexposição ao sol. Estes fatores colocam asplantas sob enorme estresse, desencadeandoprocessos que podem até mesmo conduzi-las àautodestruição: as plantas aumentam seu con-sumo de energia e, por conseguinte, podemnão mais produzir certas moléculas que trans-portam energia, as quais, entretanto, sãonecessárias para a sobrevivência das células.Essa perda tem consequências dramáticas paraa planta, que não consegue mais suprir ade-

Bayer CropScience investe fortemente no desenvolvimento de plantas mais resistentes Uma grande variedade de produtos vegetais é fundamental

Garantia de alimentos com menos áreas de produção

Nos cerca de 13 bilhões de hectares de terras que cobrem a superfície terrestre,aproximadamente 1,5 bilhão de hectares são utilizados para a agricultura e outros3,5 bilhões de hectares são ocupados por pastagens e campos. Essa área não podeser aumentada. Anualmente, cerca de sete milhões de hectares de terra agricultávelsão perdidos como resultado de construções, erosão, desertif icação e outrascausas. Sem medidas modernas de proteção das lavouras e fertilização, necessi-taríamos de uma área agricultável significativamente maior, por volta de quatrobilhões de hectares. Em consequência do crescimento populacional, a produçãoagrícola deve crescer por volta de 2% ao ano para garantir o suprimento de ali-mentos necessário para nutrir todas as pessoas.Esse número ainda não leva em conta o aumento da demanda por carne. Na China,por exemplo, o consumo de carne dobrou nos últimos 15 anos. Para cada quilo-grama de carne bovina, é necessário produzir mais de sete quilos de ração animal– o que também eleva as necessidades de alimentos para os animais, aumentandoa competição por terras agricultáveis para a produção de alimentos.

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quadamente as folhas, os frutos e as hastes deenergia. As células individuais gradualmentemorrem e, no final, morre a própria planta.

Pesquisa busca plantastolerantes ao estresse

Os pesquisadores da Bayer CropScienceestão utilizando um artifício para proteger asplantas de arroz, por exemplo, contra váriosfatores de estresse. Eles as introduziram emum programa de fitness. “Nossa ideia foicolocar as lavouras em forma”, diz MichaelMetzlaff, do Centro de Inovação para Biotec-nologia de Plantas da Bayer CropScience,situado em Gent, na Bélgica. Para conseguirisso, sua equipe está adotando duas estraté-gias. Primeiro, os cientistas incorporam gensem plantas que devem ajudá-los a lidar com oestresse excessivo causado por condiçõessecas ou úmidas. Depois, eles apenas desati-vam os gens individuais que desencadeiamreações ao estresse excessivo em plantas nor-mais e prejudicam a produtividade. “Nossameta é capacitar as plantas para que pro-duzam rendimentos elevados e estáveis porlongo prazo a despeito da flutuação dascondições ambientais”, diz Metzlaff.

Por que é necessária uma“segunda revolução verde”

Para Berschauer, a biotecnologia é uma ferra-menta vital para assegurar o suprimento dealimentos para a população do mundo no fu-turo. “É necessária uma segunda revoluçãoverde. Se utilizarmos a biotecnologia em con-junto com as soluções para a proteção das plan-tas de maneira bem dirigida, poderemosalcançar avanços significativos em produtivi-dade”, comenta o presidente do Conselho daBayer CropScience. Outros especialistas com-partilham essa visão: de acordo com as estima-tivas do Grupo Consultivo em PesquisaAgrícola Internacional , somente com a biotec-nologia será possível elevar a produção agrícolaem aproximadamente 25%.

Agentes antifungo ajudamo desenvolvimento do trigo

Pesquisadores da Bayer CropScience no Ca-nadá já estão empregando avanços no cultivo desementes que aumentam o rendimento de óleode canola em até 30% se comparado com asvariedades convencionais.Além da biotecnolo-gia vegetal, novos agentes de proteção daslavouras também podem elevar o rendimentodas colheitas. O exemplo mais recente é o in-grediente ativo trifloxystrobin. Agricultores domundo inteiro têm utilizado esse agente há anospara proteger culturas de cereais, hortaliças efrutas contra doenças fúngicas.Mas o trifloxystrobin, um agente fungicida per-tencente ao grupo das estrobilurinas, pode fazermais: também aumenta a capacidade das plan-tas enfrentarem o estresse. “Ensaios de campo

revelam que as culturas nas quais foram apli-cadas estrobilurinas produzem colheitas me-lhores do que as protegidas com outros agen-tes fungicidas”, diz o Dr. Dirk Ebbinghaus,pesquisador científico da Bayer CropScience.As culturas protegidas com trifloxystrobin tam-bém se desenvolvem melhor do que as nãotratadas em condições de seca. “Nosso ingre-diente ativo claramente desencadeia uma sériede diferentes efeitos positivos nas plantas, osquais resultam em um crescimento do rendi-mento acima da média”, diz Ebbinghaus.Os resultados mais recentes da pesquisa tam-bém têm demonstrado que determinados in-gredientes ativos, como o imidacloprid, daBayer CropScience, também podem tornar asplantas de arroz mais resistentes à flutuação doteor de sal na água.

Compromisso: proteção àbiodiversidade

Uma vez que a demanda por alimentos de altaqualidade em quantidades adequadas e a preçosacessíveis não pode ameaçar a natureza, a BayerCropScience comprometeu-se com um impor-tante princípio: utilizando as mais avançadastecnologias, a companhia deseja ajudar tanto ospequenos quanto os grandes agricultores aobterem maior produtividade no solo já uti-lizado para a agricultura. Isso protege os habi-tats naturais, evitando que sejam transformadosem áreas agrícolas.

Autor: Utz Klages

Mais informações no sitewww. bayercropscience.com

para uma nutrição saudável

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Controle seletivo de lagartasSOJASOJA

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A grande responsável pelo recente cresci-mento da agricultura brasileira é a soja.Atualmente, o País é o segundo maior pro-dutor mundial dessa oleaginosa, liderandoas exportações do seu complexo, que com-preende grão, farelo e óleo.A soja é cultivada desde o extremo Sul doPaís até as regiões Norte/Nordeste. Na safra2008/09, ocupou uma área de 21,6 milhõesde hectares, com produção de 57,6 milhõesde toneladas de grãos. Responde por 7% dasexportações brasileiras ou 19,5% das ex-portações do agronegócio, gerando anual-mente US$ 11,4 bilhões em receitascambiais. A indústria nacional transformapor ano 30,7 milhões de toneladas dessegrão, produzindo 5,8 milhões de toneladas

de óleo comestível e 23,5 milhões detoneladas de farelo protéico, contribuindopara a competitividade nacional na pro-dução de carnes, ovos e leite (REETZ et al.,2008).Ante a enorme escala de produção da soja,é esperado o surgimento de desafios fi-tossanitários, que necessitam ser equa-cionados para preservar a produtividade e aprópria sustentabilidade dessa cultura tãoimportante para o Brasil e sua agricultura.Os insetos-praga que ocorrem na sojapodem reduzir significativamente o rendi-mento de grãos/sementes da cultura. Dentreas principais pragas, destacam-se a lagartafalsa-medideira Pseudoplusia includens e alagarta-da-soja Anticarsia gemmatalis.

O controle químico é extremamente importante emnumerosas situações para complementar a eficáciado controle biológico

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Lagarta-falsa-medideira

Apresenta coloração verde claro com umasérie de linhas brancas longitudinais espa-lhadas sobre o dorso. Tem dois pares de per-nas abdominais e no seu deslocamentoocorre intenso movimento do corpo, pare-cendo medir palmos. A fase de pupa ocorrenas folhas, no interior de um abrigo pro-duzido pela lagarta, a qual tem coloraçãovariando de marrom a verde. A mariposaapresenta asas dispostas na forma de umaquilha quando está em repouso, tem cormarrom ou cinza, com duas manchasprateadas em cada uma das asas do primeiropar (DEGRANDE e VIVAN, 2008).

Ciclo de vida

Duração de 46 dias: ovo = 5 dias; lagarta =20 dias; pupa = 7 dias; adulto = 14 dias;cada fêmea oviposita cerca de 500 ovos(DEGRANDE e VIVAN, 2008).

Danos

A lagarta alimenta-se das folhas e não des-trói suas nervuras, conferindo-lhes aspectorendilhado (DEGRANDE e VIVAN, 2008).

Lagarta-da-soja

Apresenta coloração totalmente verde,pardo-avermelhada ou preta, com estriasbrancas sobre o dorso e quatro pares de per-nas abdominais. Nos estádios iniciais, pen-dura-se por um fio de seda, tanto paramudar de lugar na planta, quanto para nãocair ao solo e se comporta como a mede-palmo. Entretanto, ao desenvolver-se, perde

o hábito mede-palmo, torna-se ativa e cai nosolo quando incomodada. Em alta popu-lação, pode apresentar coloração preta,mantendo as estrias brancas. Passa por seisestádios larvais e a fase de pupa ocorre nosolo ou sob restos culturais. O adulto é umamariposa de coloração variando entre cinza,marrom, bege, amarelo ou azul claro, tendosempre uma linha transversal unindo aspontas do primeiro par de asas. O processoreprodutivo ocorre no período noturno,sendo os ovos depositados isoladamente nocaule, nos ramos, nos pecíolos e na face in-ferior das folhas (ÁVILA et al., 2006;DEGRANDE e VIVAN, 2008).

Ciclo de vida

Duração média de 47 dias: ovo = 3 dias; la-garta = 15 dias; pupa = 9 dias; adulto = 20dias; cada fêmea oviposita cerca de mil ovos(DEGRANDE e VIVAN, 2008).

Danos

Durante a fase mede-palmo (de “fio”), a la-garta inicialmente raspa o tecido foliar.A partir do terceiro estádio, consome a su-perfície foliar, inclusive as nervuras e ospecíolos (ÁVILA et al. 2006; DEGRANDEe VIVAN, 2008).

Amostragem

Para o monitoramento das lagartas e de ini-migos naturais presentes na cultura da soja, as

amostragens devem ser realizadas com umpano de batida de cor branca, com 1 m decomprimento e 1 m de largura, preso em duasvaras. Esse pano deve ser estendido em umafileira de soja, com sua outra parte sobre afileira ao lado. As plantas da área compreen-dida pelo pano (1 m) devem ser sacudidasvigorosamente sobre este, provocando aqueda dos insetos, que deverão ser contados.Esse procedimento deve ser repetido emvários pontos da lavoura, considerando-secomo resultado, a média de todos os pontosamostrados. Quanto maior for o número deamostragens realizadas na área, maior será asegurança de correta avaliação da infestaçãode insetos-praga e inimigos naturais. Re-comenda-se, para áreas de até 10 ha, realizarseis amostragens; de 11 a 30 ha, oito amostra-gens; e de 31 a 100 ha, dez amostragens. Emáreas maiores, recomenda-se dividi-la emtalhões de 100 ha e realizar dez amostra-gens (Embrapa-Soja, 2008; DEGRANDE eVIVAN, 2008).

Alternativas de controle

Várias são as alternativas para o controle delagartas em soja, dentro do Manejo Inte-grado de Pragas (MIP). O controle biológicopode ser feito pela ação dos predadores(hemípteros e coleópteros), parasitóides(de lagartas e ovos) e patógenos (vírus –Baculovirus anticarsia; bactérias – Bacillusthuringiensis; fungos – Nomuraea rileyi).O controle químico deve ser efetuado pormeio do uso de inseticidas seletivos.Para a tomada de decisão de controlequímico das lagartas, é importante consi-

Níveis de açãoPraga Época Nível de ação

antes do florescimento20 lagartas maiores que 1,5 cm/m

30% de desfolhamentoLagartas desfolhadoras

após o florescimento20 lagartas maiores que 1,5 cm/m

15% de desfolhamento

Fonte: Embrapa Soja, 2008

Pragas

Lagarta-falsa-medideiraPseudoplusia includens

Lagarta-da-sojaAnticarsia gemmatalis

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derar os hábitos de cada espécie. A lagarta-falsa-medideira localiza-se geralmente nobaixeiro e/ou no terço médio das plantas. Osinseticidas aplicados na cultura normal-mente não atingem o local onde está a praga,principalmente se a cultura estiver fechada,protegendo o inseto da ação dos produtos.Assim, as pulverizações de inseticidasdevem ser realizadas com gotas pequenas,empregando-se preferencialmente bicos tipocone (ÁVILA e GOMEZ, 2007).O controle químico da lagarta falsa-me-dideira também tem sido mais difícil,quando comparado ao da lagarta-da-soja,por ser a primeira uma espécie mais tole-rante às doses recomendadas, além do quemuitos ingredientes ativos têm se mostradoineficientes no seu controle (ÁVILA et al.,2006).Embora o controle biológico seja de extremaimportância, o controle químico é indispen-sável em muitas situações. Os produtos maisadequados para utilização do MIP na sojasão aqueles que combinam um bom controledo alvo biológico com o mínimo impactosobre os inimigos naturais. A preservaçãodos inimigos naturais é muito importante,não só no manejo de lagartas, mas tambémpara os demais insetos-praga na cultura(BUENO et al., 2007).Existem diversos inseticidas registrados parao controle das lagartas (A. gemmatalis e P.includens) na cultura da soja (ANDREI,2009). Entretanto, as Comissões de Ento-mologia da Reunião de Pesquisa de Soja daRegião Sul e Reunião de Pesquisa de Sojada Região Central do Brasil, em função dosresultados de pesquisa, indicam os insetici-das mais eficientes no controle de pragas eque ainda são seletivos aos inimigos natu-rais. Entre os produtos considerados sele-tivos para a maioria dos insetos benéficos,

encontram-se os inseticidas reguladoresde crescimento – inibidores da síntese dequitina (ex: triflumuron) e o recém-des-coberto grupo químico de inseticidas regu-ladores de receptor de rianodina, asdiamidas (ex: flubendiamida).No caso dos reguladores de crescimento,como o triflumuron, as pulverizações devemser realizadas quando as lagartas, em suamaioria, ainda forem pequenas (menos de1,5 cm), devido à ação mais lenta (ÁVILA eGOMEZ, 2007). Já a flubendiamida mostra-se eficaz sobre lagartas (Anticarsia, Pseudo-plusia e Spodoptera) em qualquer estádio,mas como sua ação é por ingestão, é prefe-

rível que se aplique, com boa cobertura fo-liar, também nas primeiras fases de desen-volvimento das lagartas, quando estas aindanão tiverem causado dano significativo.Em outras situações, a aplicação de um in-seticida de maior efeito de choque podetornar-se necessária. Nesse caso, os car-bamatos (ex: tiodicarbe) são os indicadospara o controle (BUENO et al., 2007;Embrapa-Soja, 2008).

Autor: Silvestre BellettiniUniversidade Estadual do Norte do Paraná(UENP)

9CORREIO

Inimigos Naturais

CalosomaCalosoma granulatum

Aranha

Bayer CropScience oferece soluçõesadequadas ao MIP da soja

Com o lançamento de Belt (flubendiamida) no Brasil, inseticida com mecanismo de açãoinédito no mercado, como regulador dos receptores de rianodina, agindo nos canais de cál-cio das fibras musculares das lagartas, a Bayer CropScience passa a oferecer um programade manejo das lagartas desfolhadoras da cultura da soja, seletivo aos inimigos naturais depragas e plenamente compatível com o MIP – Manejo Integrado de Pragas.Para que este programa se torne ainda mais completo, também é importante o tratamentode sementes com CropStar (em fase de registro para extensão à cultura da soja), que exercecontrole de pragas mastigadoras e sugadoras e evita o ataque dos nematóides ao sistemaradicular, protegendo as plantas de soja nos primeiros dias após a emergência na lavoura.Desta maneira, por meio da utilização de inseticidas que apresentam tanto seletivididadeecológica (CropStar*), quanto seletividade fisiológica (Certero, Belt e Larvin), os inimigosnaturais serão preservados desde a emergência até a fase reprodutiva e se tornarão aliadosno manejo integrado das pragas da soja.

CropStar*: no tratamento de sementes, protegendo contra as pragas iniciais que atacam a cul-tura, inclusive os nematóides de galhas e das lesões.Certero: Na primeira aplicação, na fase vegetativa, no manejo da lagarta-da-soja (Anticar-sia gemmatalis).Belt: em aplicação até o início da fase reprodutiva, no manejo do complexo de lagartas des-folhadoras (Pseudoplusia, Spodoptera e Anticarsia).Larvin: em aplicações tardias, corretivas e na soja fechada, para o complexo de lagartas.

*em fase de extensão de uso para soja

Autor: Desenvolvimento de Inseticidas - Bayer CropScience

Produtos seletivos para a cultura da soja

Nível de dano na fase vegetativa30% de desfolha ou

20 lagartas/m

Manejo de lagartas na soja

Ingrediente Ativo: FlubendiamidaFormulação: 480 SC

Grupo Químico: Diamidas (grupo 28 do IRAC)Modo de Ação: Ingestão

Classe Toxicológica: III

Nível de dano na fase reprodutiva15% de desfolha ou

20 lagartas/m

LANÇAMENTO

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10 CORREIO

Na cultura do algodão são encontrados inú-meros insetos. Parte deles é constituída porpragas prejudiciais à planta, que atacam suasestruturas e causam danos diretos e quantita-tivos, reduzindo sua produtividade, ou indi-retos e qualitativos, depreciando a qualidadeda sua fibra. Por outro lado, há insetos bené-ficos ao sistema produtivo, predando ou pa-rasitando as pragas.

Os insetos que o algodoeiro atrai atacamas raízes, o caule, as folhas, os botõesflorais, as flores, as maçãs e os capulhos, enestes, danificam as fibras e as sementes(Tabela 1).Dentre os vários insetos que atacam as es-truturas do algodoeiro, os lepidópteros sedestacam pela diversidade de espécies, pelavariedade de danos causados por essas

espécies e também pela capacidade de danoscausados em várias estruturas de uma plantae por uma única espécie, com destaque paraa Spodoptera frugiperda.As principais lagartas que atacam a cultu-ra do algodão durante a fase vegetativa eprodutiva são: curuquerê, falsa-medideira,lagarta-rosada, lagarta-das-maçãs e lagarta-militar.

Manejo e controle seletivode lepidópterosPor sua diversidade, pela capacidade de atacar diferentes estruturas daplanta e pela variedade de danos que causam, os lepidópteros estão entreas pragas mais nocivas à cultura do algodão

ALGODÃO

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Curuquerê

A lagarta do curuquerê (Alabama argillacea)provoca desfolhas que podem ser de gran-de intensidade, variando de acordo com onúmero e o tamanho das lagartas. As lagar-tas pequenas raspam o parênquima foliardeixando as folhas translúcidas, enquanto aslagartas maiores devoram todo o tecido dasfolhas, com exceção das nervuras. As desfo-lhas ocorrem no sentido descendente. Emaltas infestações, podem devorar toda aplanta, incluindo as brácteas das estruturasprodutivas.O curuquerê deve ser controlado com, nomáximo, 30% dos pontos amostrados compresença de lagartas e com o mínimo de des-folha. Se necessário, o controle deverá serrealizado com percentuais menores paraevitar desfolhas.

Falsa-medideira

A falsa-medideira (Pseudoplusia includens)é a predominante nas lavouras quando com-parada a Trichoplusia ni. Ambas possuemtrês pares de patas torácicas, dois paresde pseudopatas e um par abdominal. NaTrichoplusia ni as patas torácicas são verdesenquanto na Pseudoplusia includens são es-curas. O ataque nas lavouras de algodãocoincide com a maturação das lavouras desoja.A lagarta falsa-medideira também provocadesfolhas, porém os danos nas folhas sãoperfurações circulares entre as nervuras e osentido é da desfolha ascendente.A presença de 20% das plantas com lagar-tas pequenas determina o momento de con-trole.As desfolhas tardias durante o período deabertura dos capulhos são provocadas porpopulações mistas de curuquerê e falsa-me-dideira e o controle deve ser realizado antesda deposição de excrementos nas fibras.

Lagarta-rosada

A lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella)poderá ocorrer desde a fase F1 (quando oprimeiro botão floral do primeiro ramofrutífero se transforma em flor), que ocorreaos 50 dias, até os 140 dias após a emer-gência.Seu monitoramento deverá ser feito por meiodo acompanhamento de capturas de adultosem armadilhas de atratividade sexual. A cap-tura de quatro mariposas nas armadilhas tipoDelta (casinha), ou de 15 mariposas nas ar-madilhas de garrafa em um intervalo de 48horas, identifica a revoada da praga e deter-mina o momento de controle. Caso hajacapturas constantes de adultos, aplicaçõessemanais de piretróides em controle simultâ-neo dos adultos do bicudo resultam emexcelente controle da lagarta-rosada.

Lagarta-das-maçãs

A lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens) émuito parecida com a Helicoverpa zea. Al-gumas diferenças não são percebidas pelosamostradores durante o monitoramento,como a presença de microcerdas sobre ostubérculos do 2° e do 8° segmentos na la-garta da Heliothis virescens, enquanto naHelicoverpa zea a base do pêlo é lisa.Porém, nesta, uma placa escura e brilhante,logo atrás da cabeça, permite a diferen-ciação. Após a eclosão dos ovos, que sãodepositados nos ponteiros, as pequenas la-gartas se alimentam da folha expandida maisjovem da planta, permanecendo ali até o se-gundo ínstar. A partir do segundo ínstar, alagarta ataca as estruturas produtivas daplanta no sentido descendente. Ataca ini-cialmente o botão floral mais jovem daplanta e, à medida que a lagarta cresce, vaiatacando botões florais maiores, flores e atémaçãs.Durante toda a fase de lagarta, que duraaproximadamente 15 dias, uma lagarta atacasete estruturas produtivas, sendo em médiacinco a seis botões florais e uma maçã.Para o controle da lagarta-das-maçãs, deveráser considerado um nível de dano eco-nômico (NDE) de 10% de plantas infestadascom lagartas pequenas (percentual válidoapenas para a primeira infestação) ou 5%de plantas infestadas com lagartas detamanho variado (pequenas e médias). Nãoé aceitável a existência de lagartas grandesna lavoura, devido ao difícil sucesso no con-trole e aos danos já causados.

Lagarta-militar

A lagarta-militar (Spodoptera eridanea,Spodoptera cosmioides e Spodopterafrugiperda) ocorre em praticamente todo operíodo vegetativo da lavoura, atacandopraticamente todas as estruturas da planta.Podem ser encontradas posturas de massascom aproximadamente 100 ovos na regiãointermediária entre os terços superiores emédios (5ª folha expendida) ou sintomas deeclosão nas brácteas dos botões florais, dasflores e das maçãs. O ataque da Spodopterafrugiperda no algodoeiro geralmente estárelacionado com a migração de adultos dasgramíneas forrageiras (sorgo, milheto ebraquiária) nas infestações iniciais ou daslavouras de milho nas infestações mais tar-dias.Para a lagarta-militar, além do percentual deplantas atacadas com a presença das lagar-tas, é extremamente importante quantificar aintensidade do ataque em número de lagar-tas por planta. Intensidade superior a umalagarta por planta ocorre em plantas próxi-mas a eclosões de posturas em massas deovos ou em migrações intensas de adultos epoderá prejudicar a avaliação da eficiênciade um produto aplicado. O controle da la-

garta-militar deverá ser realizado quando forconstatada:• presença de lagartas pequenas em 10% dasplantas, vistoriando-se botões florais, flo-res e maçãs;

• presença de lagartas de tamanho variado(pequenas e médias) em 5% das plantas;

• presença de postura e eclosão de massas deovos em 1% das plantas.

O amostrador também deverá observar,durante o caminhamento entre os pontosde avaliação, a presença de sintomas deeclosão e considerar essa informação paraauxiliar na tomada de decisão. Cada lagarta-militar destrói em média seis estruturas pro-dutivas, sendo dois a três botões florais e trêsa quatro maçãs, durante um período deaproximadamente 20 dias que completa ociclo larval. Lagartas grandes são de difí-cil controle e apresentam alta capacidadedestrutiva.Quando a lagarta-das-maçãs e a lagarta-mi-litar ocorrem separadamente ou em períodosdistintos, são considerados os mesmos va-lores de referência para o seu controle, já queos danos provocados por ambas no períodoconsiderado ideal para controle (2° ínstar),são semelhantes. Quando as duas pragasocorrem simultaneamente, deve-se consi-derar a somatória das espécies para a tomadade decisão.

Níveis de controleA tomada de decisão para o controle dasprincipais lagartas que ocorrem no algo-doeiro considera níveis de referência paraintervenção e controle, muitas vezes esta-belecidos por experiências e práticas de cadaregião ou propriedade. Essas referências, queem conjunto recebem a denominação denível de dano econômico (NDE), são apro-ximadas e variam de acordo com alguns fa-

11CORREIO

Pragas

Lagarta-das-maçãsHeliothis virescens

Lagarta-militarSpodoptera sp

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12 CORREIO

Percevejo-castanho X XLagarta-rosca X XLagarta-elasmo X XBroca-da-raiz X X XBroca-da-haste X X XPulgão-do-algodoeiro (*) X X X X X X X X XTripes X X X X XCigarrinha X XMosca-branca (*) X X X X X XCuruquerê (*) X X X X X X XFalsa-medideira (*) X X X X XLagarta-das-maçãs X X X X X X X XSpodoptera cosmioides X X X XSpodoptera eridanea X X X XSpodoptera frugiperda X X X X X X X X XPercevejos migrantes X X X X XPercevejo-rajado X X X X X XPercevejo-manchador (**) (***) X X X X X X XÁcaro-rajado X X X XÁcaro-branco X X X XBicudo-do-algodoeiro(**) X X X X X X X XLagarta-rosada(**) (***) X X X X X X X

(*) O ataque a outras estruturas provoca danos à qualidade da fibra por deposição de excrementos.(**) O ataque ao capulho provoca danos à qualidade da fibra por deposição de excrementos e ruptura dos fios.(***) O ataque ao capulho provoca danos à qualidade da fibra por ruptura dos fios e danos a semente.

Esta

bele

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Capu

lhoPragas

Inimigosnaturais

Tabela 2: Principais inimigos naturais das pragas do algodoeiro

Tabela 1: Fases e estruturas da planta atacadas pelas pragas do algodoeiro tores. Destes, os principais são: idade da cul-tura, sistema de cultivo, tamanho da lavoura,características da variedade e custo das apli-cações.Idade da cultura - A capacidade de dano deuma praga não tem a mesma influência naprodutividade quando ocorre em plantasmais ou menos desenvolvidas ou quandoocorre em folhas ou estruturas vegetativasem comparação com estruturas produtivas,por exemplo.Sistema de cultivo - A ocorrência de pragasnas culturas ou vegetações que antecedem oplantio do algodão atua como fator facilita-dor de multiplicação e migração de pragas.Tamanho da lavoura - Considera-se a in-fluência de pragas migratórias e/ou maior ex-posição das lavouras menores ao avançodessas pragas (da bordadura para o centro daárea).Características da variedade - As pragaspodem ser vetores de doenças, devendo con-siderar-se o potencial de prejuízo destas parao algodão.Custo das aplicações - Consideram-sedoses, combinações e perfil dos produtosaplicados para o controle do complexo depragas ocorrentes, assim como o custo deaquisição destes produtos.

Inimigos naturais

Alguns inimigos naturais atacam predandoou parasitando pragas específicas, muitasvezes em períodos também específicos,porém outros predam ou parasitam pragasdiferentes e em fases diferentes. Na tabela 2são descritos os principais inimigos naturaisque atacam predando ou parasitando pragasno sistema produtivo do algodoeiro.Nesse cenário de lavouras e insetos, surgiu anecessidade de conhecer as característicasdas pragas e dos inimigos naturais, asdoenças e o acompanhamento do desen-volvimento vegetativo e das práticas opera-cionais.Foi criada então a figura doAmostrador Téc-nico de Campo, um profissional treinado ecom a responsabilidade de coletar e reunir asinformações que auxiliam na tomada de de-cisão de controle. Para isso, os amostradoresdevem conhecer e identificar os insetos-praga e os insetos benéficos, conhecendo suacapacidade de danos ou suas capacidadesbenéficas, quantificando sua ocorrência naslavouras, mediante amostragens periódicas.A boa qualidade da amostragem é funda-mental para diminuir os riscos de danos daspragas e depende do método utilizado, doperíodo de reavaliação e da representativi-dade do número de plantas amostradas naárea (por amostragens, por pontos ou porplantas). O tamanho da área ajuda a definir onúmero de amostras. Para isso, a amostradeve ser considerada em função do tamanhoda área e do intervalo entre amostragens. Asáreas menores, por estarem mais expostas aFonte: Bastos & Torres (2003) Observação: Pragas citadas na matéria aparecem com fundo laranja

PredadoresFormicidae X X X X X X XCoccinelidae X X X X X XAnthocoridae X X X X X X X X X XNabidae X X X X X X X XGeocoridae X X X X X X X X X XAsopinae X X X X X XReduviidae X X X X X XCarabidae X X X X XDermaptera X X X X X XVespidae X X X X XChrysopidae X X X XSyrphidae X XDolichopodidae X XAranhas X X X X X X X X XÁcaros X X XPássaros X X X X X XParasitóidesTrichogramma X X X X X XBraconidae X X X X X XIchneumonidae X X X XEulophidae X X XAphinidae XAphelinidae X XPteromalidae XEupelmidae XTachinidae X X X X X

Agrotis

ipsilon

Alab

amaargilla

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Helio

this

viresc

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Pectinop

hora

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Plus

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ltzei

Page 13: Correio 2009 bayer

migrações de pragas, deverão ter amostrascom maior número de plantas vistoriadas in-dividualmente, que são proporcionalmentemais representativas em comparação comáreas maiores, nas quais as amostras são obti-das em pontos ao acaso.Geralmente o número de plantas sugeridasnas avaliações periódicas é de duas plantaspor hectare, quando a opção for por plantasao acaso, ou de cinco plantas por hectare,quando a opção for por pontos ao acaso (umponto de dez plantas cada dois hectares). Nocaso de pontos ao acaso, existe a variação donúmero de plantas por pontos para idadesdiferentes da lavoura. A tabela 3 publicada aofinal deste texto relaciona a área, o númerode pontos e o número de plantas por ponto,totalizando o número de plantas por área.Embora a quantidade de plantas monitoradaspor hectare, na opção de monitoramento porplantas ao acaso, seja menor do que onúmero de plantas monitoradas por hectarena opção por pontos ao acaso, deve-se con-siderar que cada planta avaliada é um pontoobservado durante o caminhamento. Se, porum lado, o número de plantas é menor, poroutro lado, o número de pontos visualizadosé bem maior.O bom Amostrador Técnico de Campo deveestar atento à identificação e diferenciaçãodas pragas e dos inimigos naturais durante asamostragens e observar as características dosprodutos aplicados quanto à eficiência nocontrole das pragas e sua seletividade aosinimigos naturais. Certos produtos possuemmodos de ação específicos a algumas pragas,tornando-os bastante seletivos aos inimigosnaturais, uma característica importante edesejável, pois se mostram adequados aomanejo integrado de pragas.

Autor: Paulo Edimar SaranSolo e Planta Consultoria

13CORREIO

Ingrediente Ativo: Grupo Químico:Flubendiamida Diamidas (grupo 28 do IRAC)

Formulação: Modo de Ação:480 SC Ingestão

Classe Toxicológica:III

Idade Área da lavourada 50 ha 100 ha 150 halavoura Plantas Plantas Pontos Total Plantas Pontos Total< 40 DAE 100 50 10 500 75 10 75040 a 80 DAE 100 50 05 250 75 05 375> 80 DAE 100 50 03 150 75 03 225

DAE = Dias após a emergência

Inimigos Naturais

Percevejo predadorNabis sp

Joaninha-vermelhaCycloneda sanguinea

Tabela 3: Amostragens para o monitoramento considerando-se a idade e a área da lavoura

Produtos se-

Bayer CropScience oferecesoluções compatíveis com o MIP

Omonitoramento regular e o uso de produtos seletivos são premissas básicas para o ManejoIntegrado de Pragas (MIP). Para o controle de lagartas importantes na cultura do algodão,há uma carência de inseticidas que apresentem seletividade e, ao mesmo tempo, sejameficazes.A Bayer CropScience está lançando no mercado o inseticida Belt (flubendiamida),altamente seletivo, do grupo químico das diamidas. Com Belt, a empresa passa a oferecerum programa de manejo das principais lagartas do algodão, seletivo aos inimigos naturaise compatível com MIP.Para tornar o programa ainda mais completo, está em curso o processo de registro paraextensão de uso de CropStar para algodão, controlando de forma seletiva, por meio do trata-mento da semente, as pragas iniciais e protegendo as plântulas nos primeiros dias após aemergência e, inclusive, evitando o ataque dos nematóides ao sistema radicular.Desta maneira, por meio do manejo seletivo com os inseticidas da Bayer CropScience,os inimigos naturais serão preservados no ambiente da cultura, desde a emergência até afase reprodutiva, e se tornarão aliados no controle das pragas.

CropStar*: no tratamento de sementes, protegendo contra as pragas iniciais que atacam acultura, inclusive nematóides de galhas e das lesões.Certero: conforme monitoramento, no controle de Alabama argillacea.Belt: seguindo monitoramento, para infestações mistas deHeliothis virescens e Spodopterafrugiperda.Larvin: para as aplicações tardias e corretivas, no controle de lagartas.

*Produto em fase de extensão de uso para algodão.

Autor: Desenvolvimento de Inseticidas - Bayer CropScience

Manejo de lagartas do algodoeiro

Curuquerê - Alabama argillacea:Aplicar quando 30% dos pontos amostrados mostrarem dano foliar.

Lagarta-das-maçãs - Heliothis virescens e Lagarta-militar - Spodoptera frugiperda:Aplicar com 10% de plantas infestadas com lagartas pequenas (percentual válido apenas para aprimeira infestação) ou 5% de plantas infestadas com lagartas de tamanho variado (pequenas emédias).

LANÇAMENTO

Produtos seletivos para a cultura do algodão

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14 CORREIO

Numa agricultura moderna, em que o valorgenético das sementes é cada vez mais ele-vado, a quantidade destas por área é reduzidae o uso do solo é intenso, o tratamento ade-quado das sementes com defensivos adquiremaior importância para o manejo das pragasiniciais e dos nematóides, que são fatores li-mitantes da produtividade de grande parte dasculturas anuais.A diversidade de espécies, suafrequência de aparecimento e sua populaçãotêm aumentado consideravelmente nas últi-mas safras. Manejar essas pragas é um desafioconstante para os técnicos e produtores liga-dos a essas culturas. O tratamento de se-mentes, cada vez mais adotado, é uma práticaeficiente e segura quando se busca implantarlavouras com alto potencial produtivo. Con-

fere proteção à lavoura no momento crítico,em que todos os recursos investidos se trans-formarão em uma lavoura com plantas sadias,protegidas, com vigor e com estande ideal.A Bayer CropScience é a empresa que, nosúltimos anos, mais tem investido nesse seg-mento. Em todos os países em que atua, de-senvolve esse mercado, sempre voltada aatender as necessidades dos produtores.Assim, percebeu a grande necessidade de secontrolar pragas mastigadoras (como lagar-tas), pragas sugadoras (como percevejos epulgões) e nematóides das culturas anuaiscom apenas um produto. Afinal, é cada vezmaior o número de áreas infestadas, aomesmo tempo, com esses problemas fi-tossanitários.

Seguindo sua linha de inovação e busca desoluções, a Bayer CropScience desenvolveuCropStar* no Brasil para um grande númerode culturas: algodão, amendoim, arroz, aveia,cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja,sorgo e trigo.

AlgodãoCom CropStar*, nas doses de 1.500 a2.400 ml/100 kg de sementes, as plantas fi-carão protegidas do ataque das mais impor-tantes pragas iniciais do algodoeiro, quesão o pulgão (Aphis gossypii), o tripes(Frankliniella schultzei) e a lagarta-elasmo(Elasmopalpus lignosellus). Na maior dose(2.400 ml/100 kg), o produto também evita os

SEMENTESTratamento completo protege

numerosas e importantes culturasNas culturas de oleaginosas e cereais, o tratamento de

sementes visando o manejo de pragas iniciais enematóides é essencial para proteger o desenvolvimento

e assegurar o potencial produtivo das plantas

Page 15: Correio 2009 bayer

15CORREIO

danos provocados nas raízes das plantas pelonematóide-de-galhas (Meloidogyne incognita)e pelo nematóide-das-lesões (Pratylenchusbrachyurus). Como se vê, trata-se de um pro-duto completo para a proteção da fase inicialda lavoura de algodão.

Amendoim

O tripes-do-bronzeamento (Enneothripsflavens) vive abrigado nos folíolos fechados,localizados nos ponteiros das plantas, ras-pando e sugando a seiva e, com isso, apare-cem estrias e deformações nos folíolos,acarretando expressivos danos na lavoura.Nas doses de 200 a 400 ml/100 kg de se-mentes, CropStar* promove uma efetiva pro-teção contra esta praga na fase inicial dacultura.

Arroz

A dose recomendada de CropStar* paraas pragas é variável com a espécie a sercontrolada. Se o alvo for o pulgão-da-raiz(Rhopalosiphum rufiabdominale), praga sub-terrânea e sugadora de seiva, bastam 250 a350 ml/100 kg de sementes, enquanto as pra-gas mastigadoras que habitam o solo - lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e cupim(Procornitermes triacifer) - exigem doses quepodem chegar a 1.000 ml/100 kg de sementes.Portanto, o produto apresenta um amplo es-pectro, controlando diferentes espécies de pra-gas no arroz.

Cereais de inverno

O coró (Phyllophaga cuyabana), larva de be-souro que ataca o sistema radicular das plan-tas de trigo, cevada e aveia, o perce-vejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus)e os pulgões (Metopolophium dirhodum eRhopalosiphum graminum), os quais se ali-mentam da seiva, podem causar expressivosprejuízos na fase inicial da lavoura. Na dosede 300 ml/100 kg de sementes, CropStar*protege o estande e a parte aérea das lavourasdos cereais de inverno, controlando váriasespécies de dife-rentes ordens de pragas (co-leópteros, hemípteros e homópteros).

Feijão

Além da mosca-branca (Bemisia tabaci), aprincipal praga da cultura e que pode trans-mitir o vírus do mosaico-dourado para asplantas, CropStar* controla outras pragas pre-judiciais da parte aérea do feijoeiro, como acigarrinha-verde (Empoasca kraemeri), quetambém se alimenta de seiva, e a vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa), queconsome as folhas, diminuindo a área foliarfotossintética.As doses variam de acordo coma praga visada (500 a 1000 ml/100 kg de se-mentes).

Girassol, mamona e sorgo

Em populações altas, a lagarta-elasmo(Elasmopalpus lignosellus) ataca as plantasnovas, provocando falhas nas plantações e re-duzindo o estande de plantas. CropStar*,aplicado nas doses de 700 ml/100kg de se-mentes em girassol e mamona e de 1.250 a1.500 ml/100 kg em sorgo, previne essesdanos e proporciona uma densidade de plan-tas adequada.

Milho

CropStar está registrado e já é largamente uti-lizado há três safras em todas as regiões pro-dutoras do Brasil para a proteção do milhocontra o complexo, representado por seispragas: lagarta-do-cartucho (Spodopterafrugiperda), percevejo-barriga-verde(Dichelops melacanthus), lagarta-elasmo(Elasmopalpus lignosellus), tripes (Frankliniellawilliamsi), pulgão-do-milho (Rhopalosiphummaidis) e cigarrinha-das-pastagens (Deoisflavopicta). De acordo com o local, acondição climática e a época de plantio, essaspragas podem atacar a cultura em sua fase ini-cial com menor ou maior intensidade, sendoCropStar, na dose de 300 ml/ha, o tratamentode sementes mais completo do mercadobrasileiro.

Soja

O aumento das pragas na fase inicial da plan-tação e dos nematóides está se tornadocomum nas lavouras de soja em determinadasregiões do País. O piolho-de-cobra (Julushesperus), as larvas de corós (Phyllophagacuyabana e Liogenys sp) e a lagarta-elasmo(Elasmopalpus lignosellus) têm exigido muitaatenção para evitar a redução do estan-de de plantas. Já o nematóide-das-galhas

(Meloi-dogyne javanica) e o nematóide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus) atacam asraízes e causam danos cada vez mais seve-ros às lavouras. Também as perdas de áreafoliar provocadas por pequenos besouros,como a vaquinha-verde-amarela (Diabroticaspeciosa) são consideráveis quando a popu-lação é alta. Todas esses problemas fitos-sanitários podem ser manejados comCropStar*, utilizando-se as maiores doses(500 a 700 ml/100 kg sementes) para o manejode nematóides e lagarta-elasmo e a menor(300 ml/100 kg de sementes), para as demaispragas citadas.

Características favoráveis

Devido às suas propriedades físico-químicas,CropStar tem estabilidade em diferentescondições climáticas, sendo absorvido etranslocado rapidamente, protegendo a plantano momento mais crítico. Como apresentaamplo espectro de controle, protege a fase ini-cial da lavoura do ataque de várias espéciesde insetos-praga pertencentes às ordens doslepidópteros, hemípteros, homópteros, ti-sanópteros, isópteros, coleópteros e, também,dos nematóides, todos eles se alimentando daseiva ou de órgãos vegetais. CropStar confereum maior período de proteção e, em virtudeda sua modalidade de aplicação, tem seletivi-dade ecológica para os inimigos naturais,mostrando-se adequado para o manejo inte-grado de pragas (MIP). Enfim, áreas tratadascom CropStar resultam em plantas vigorosas,com estande normal, uniformes e com poten-cial produtivo, tanto por seu desempenhocomo inseticida-nematicida, quanto pelosbenefícios proporcionados pela Força Anti-Stress, característica exclusiva que confere àsplantas tolerância adicional ao estresseabiótico.

*Produto em fase de extensão de uso.

Autor: Desenvolvimento TécnicoBayer CropScience

Nematóides

Cropstar* também proporciona proteção àsplantas contra os nematóides

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O agronegócio brasileiro vem passando, nosúltimos anos, por inúmeras modificaçõesvisando ao aumento da sua competitividadetanto no âmbito do mercado interno comono internacional. É visível o ganho de pro-dutividade de várias commodities. Fato-res ambientais favoráveis aliados a umagenética avançada são elementos fundamen-tais associados ao aumento de produtivi-dade. No entanto, igualmente importanteestá o manejo da lavoura, expressão que sig-nifica o uso adequado das tecnologias exis-tentes que permitam a expressão máxima dopotencial produtivo da planta, dentro de umacondição favorável do ambiente. Significatambém, na atualidade, redução no custo daprodução, seja esta financeira ou ambiental.O milho é um dos componentes importantesdo agronegócio brasileiro. A cada ano,novos recordes de produtividade são obtidos

em diferentes regiões produtoras. No en-tanto, ainda podem ser verificadas dife-renças significativas na produtividade emfunção dos fatores climáticos e do usode tecnologias (quantidade, qualidade eoportunidade).A presença de espécies de insetos fitófagosé um fator importante a ser consideradocomo possível limitador da produtividade domilho. Sem a presença de seus inimigos na-turais, a população de tais espécies de inse-tos geralmente atinge o chamado nível dedano econômico (NDE). Ou seja, os insetospresentes na planta, se não controlados, irãoocasionar prejuízos superiores ao valor mo-netário do custo do controle. Portanto, é fun-damental conhecer, além das espéciesfitófagas, o seu nível populacional, paraentão, se necessário, utilizar a medida apro-priada de controle.

O tratamento desementes do milhoconvencional e Btcom inseticidassistêmicos é aalternativa de menorcusto para o controledas pragas iniciaisda lavoura

Sementes tratadaselevam rendimento da cultura

MILHOConvencional e Bt

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17CORREIO

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Pragas que atacam a cultura

Dentro do agroecossistema do milho, muitojá se sabe sobre a dinâmica populacional dasespécies de insetos. Sabe-se também quealgumas das pragas são de difícil controle,particularmente pela dificuldade de moni-toramento. Por exemplo, há as pragas sub-terrâneas que se alimentam das sementes eraízes como, por exemplo, as larvas de al-guns besouros (bicho-bolo ou coró, larva-arame, larva-angorá, larva-alfinete), cupins,percevejos (percevejo-castanho e percevejo-preto) e, mais recentemente, cochonilhas daraiz.A decisão sobre o manejo de tais pragas deveser tomada antes do plantio. Pragas que ocor-rem logo após a emergência da planta sãotambém importantes devido ao fato de aplanta, no início de seu desenvolvimento, sermuito sensível ao dano. Monitoramentosconstantes devem ser realizados para quesejam tomadas as medidas de controle emtempo hábil para evitar os danos. Lagarta-elasmo, cigarrinha da pastagem, cigarrinhaverde transmissora de doenças, percevejos,tripes e lagarta-do-cartucho são espéciesgeralmente associadas a plantas de milho eminício de desenvolvimento vegetativo. A açãodessas pragas, sozinhas ou em conjunto comas pragas de hábito subterrâneo, sem sombrade dúvida, é responsável pela redução nonúmero de plantas em condições de produzire, portanto, reduzem a produtividade erentabilidade do agronegócio.

Lagarta-do-cartuchoA lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugi-perda) é a espécie de praga mais importantedo milho. Está presente em praticamente emtodas as fases de desenvolvimento da planta.Ocorre todos os anos e em todas as áreas deprodução. Inicialmente causa um sintoma dedano muito característico, pelo fato de as la-gartas rasparem a folha. Também caracterís-tico é o sintoma de dano e da presença delagartas mais desenvolvidas no cartucho daplanta. Além da grande desfolha, especial-mente na região do cartucho da planta, apraga deixa visível grande quantidade defezes, que secas se assemelham a serragem.A presença marcante da praga e a visibili-dade dos danos são condições que geral-mente podem levar o agricultor com menorconhecimento a tomar medidas de controleda praga. O problema é que, quando tais sin-tomas de danos são visíveis, a lagarta geral-mente já está bem desenvolvida e a planta játeve seu potencial produtivo reduzido. Por-tanto, além da queda na produtividade, há oaumento do custo de produção por meio dosgastos financeiros com o produto químico ecom a mão-de-obra da aplicação. Comocomplicador, o uso continuado de um pro-duto químico nessa situação, por não con-siderar ao estádio de desenvolvimento dalagarta, fatalmente leva ao desenvolvimento

de populações resistentes aos inseticidas,como já bem documentado no Brasil e no ex-terior. Atualmente, o manejo da lagarta-do-cartucho tem sido realizado com sucessocom a utilização, como ferramenta de de-cisão sobre a época de adotar medidas decontrole, de armadilhas contendo feromôniosexual sintético para monitorar a presença dapraga numa fase em que há tempo hábil parao seu controle sem que cause prejuízos.O desenvolvimento de tecnologias maisavançadas visando a reduzir os danos espe-cialmente da lagarta-do-cartucho, como a domilho geneticamente modificado, conhecidocomo milho Bt, além de reduzir a populaçãoda praga, traz como grande valor agregadoa diminuição na quantidade de produtosquímicos no ambiente. A melhoria do ambi-ente traz também, como consequência, apossibilidade de reequilíbrio no agroecossis-tema, dando oportunidade para algumas es-pécies de insetos benéficos (agentes decontrole biológico natural) fazerem parte doprocesso de supressão das espécies fitófagas.Obviamente, o uso da tecnologia do milhotransgênico tem o seu custo. O valor pago

Pragas

Adulto de lagarta-do-cartuchoSpodoptera frugiperda

Larva de lagarta-do-cartuchoSpodoptera frugiperda

Larva-angoráAstilus variegatus

Percevejo barriga-verdeDichelops sp

Larva de coró(bicho-bolo ou pão-de-galinha)

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19CORREIO

para se usar a semente ainda é bem superiorao de uma semente convencional. A com-pensação para o agricultor, logicamente vaidepender de seu dispêndio histórico para ocontrole da lagarta-do-cartucho.O milho Bt é de uso comercial recente noBrasil. Com o passar do tempo será possívelter uma informação mais adequada sobre oseu valor para o agronegócio, considerando-se em particular o controle da lagarta-do-cartucho. Além disso, deve ser consideradoo fato de que outras pragas já mencionadasnão são eficazmente controladas pelo milhoBt, o que poderá resultar em perdas signi-ficativas para o agronegócio do milho.

Tratamento de sementes

O controle de pragas iniciais do milho pormeio do tratamento de sementes com in-seticidas sistêmicos tem sido utilizadono Brasil com grande benefício para oagronegócio. Consiste na escolha correta deum inseticida para o controle das pragas dehábito subterrâneo e controle daquelas es-

pécies que atacam a parte aérea da plantalogo após a emergência.Apesar de ser utilizado aparentemente demaneira preventiva, seu uso deve-se ao riscopotencial das pragas mencionadas e tambémao custo alto e método muitas vezes impre-ciso envolvidos na amostragem. O customédio do tratamento de semente (inseticidae mão-de-obra) também é inferior a qual-quer outro método utilizado para a mesmafinalidade. Neste caso, além do preço doproduto ainda há o custo da aplicação e olongo tempo despendido na pulverização.Adicionalmente há inegavelmente umgrande diferencial relativo à seletividade dométodo. A presença de um inseticida uti-lizado via tratamento de sementes é confi-nada em uma área ao redor de 55 m2 emrelação a um hectare (10 mil m2), ou seja,ocupa apenas 0,55% da área. A pulveriza-ção no sulco de plantio como alternativa

ocupa 5% da área. Obviamente, se a opçãofor a pulverização, o inseticida estará dis-tribuído em toda a área. Portanto, o uso dotratamento de sementes visa a controlar aspragas iniciais do milho, garantindo uni-formidade de plantio e preservação do vigorda planta, reduzindo os riscos na implan-tação da lavoura. Também propicia a re-dução no número de pulverizações iniciais.

Considerações finais

O tratamento de sementes com inseticidassistêmicos é hoje um dos componentes domanejo de pragas na cultura do milho.Devido ao potencial destrutivo das pragasiniciais, da complexidade de espécies en-volvidas, da dificuldade de controle comoutros métodos (necessidade maior no usode equipamentos de segurança, necessidadede pulverizadores e/ou tratores e maiortempo gasto nas operações) e a relativaeficácia do método, o tratamento de se-mente é apropriado para áreas produtivasindependentemente do seu tamanho. Paraáreas de produção com milho transgê-nico, onde há um grande investimento eminsumos e tecnologias, o tratamento desementes também é fundamental, con-siderando-se o valor econômico da pro-dução.

Autor: Ivan CruzPesquisador - Embrapa Milho e Sorgo

Inimigo Natural

TesourinhaDoru sp

Page 20: Correio 2009 bayer

A produção de cereais, leguminosas eoleaginosas na safra 2008/2009, divulgadapelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), é a segunda maior dahistória do país, totalizando cerca de 135milhões de toneladas. Esse número poderiater sido bem maior, constituindo-se em umnovo recorde, não fossem as adversidadesclimáticas e a redução de plantio em relaçãoà safra anterior, calculada em 3,6%. A co-lheita ficou 7,5% abaixo da maior safra jácolhida no Brasil, de 145,8 milhões detoneladas, registrada em 2007/2008.Nesse cenário, o milho continua desempe-nhando papel preponderante. É, em volumede produção, a segunda principal cultura doPaís, perdendo apenas para a soja. Porém,por ter sido a mais prejudicada pelo clima,foi a principal responsável pela frustraçãodas expectativas de que em 2008/2009 fos-sem superados os números de 2007/2008.De acordo com levantamentos da Compa-nhia Nacional de Abastecimento (Conab), aprodução final ficou abaixo de 50 milhõesde toneladas, ante 58,65 milhões de tone-ladas na safra anterior, com queda de apro-ximadamente 15%, considerando-se os doisperíodos de plantio.O comportamento da produção variou deregião para região. No Nordeste, apesar doexcesso de chuvas, a cultura obteve bom de-sempenho e a colheita foi 6,8% superior àdo ano anterior. Por outro lado, a estiagemna fase de desenvolvimento vegetativo e flo-ração ocasionou perdas importantes de pro-dutividade média na região Centro-Sul,calculadas em 6,3%. Para a segunda safra,

as estimativas da Conab indicam, reduçõesexpressivas de áreas em Mato Grosso eMato Grosso do Sul, de 9,2% e 8,5%, res-pectivamente, e, em Minas Gerais, reduçõestanto em área quanto em produtividade,refletindo os baixos preços praticados pelomercado.

Produtividade é essencialEm circunstâncias marcadas por dificuldadescomo as que cercaram a cultura do milho em2008/2009, proteger a produtividade é medidafundamental. Nesse particular, de acordo comdados da Embrapa Milho e Sorgo , o País tem

20 CORREIO

Soberan mostra eficácia emtodas as regiões produtorasNovo ingrediente ativo Tembotrione apresentou o melhor nívelde controle de plantas daninhas entre os herbicidas usualmenteaplicados na lavoura do milho, proporcionando ganhos deprodutividade em todas as regiões de cultivo

Produtividade Produtividade GanhoPropriedade – município, UF - Soberan (1) tratamento (sacas de

padrão 60 kg/ha)

Fazenda AgricertMontevidiu, GO

Agropecuária MissõesCampo Novo do Parecis, MT

Propriedade do Sr. José Roberto FigueiredoSantana da Vargem, MG

Propriedade da Sra. Marcia FestugatoCascavel, PR

Propriedade do Sr. Renor TreméaDoutor Ricardo, RS

(1) SOBERAN 240 ml/ha + Aureo 1,0 l/ha + Atrazina 2,0 l/ha(2) Nicosulfuron 500 ml/ha + Atrazina 3,0 l/ha(3) Atrazina + Simazina(4) Atrazina + Mesotrione

147,3 138,0 (2) 9,7

130,9 96,7 (2) 34,2

159,8 129,9 (2) 29,9

220,0 209,0 (3) 11,0

123,0 116,0 (4) 7,0

Soberan proporciona ganhos de produtividade

Em todas as regiões produtoras, as lavouras tratadas com Soberan, deacordo com as recomendações de uso da Bayer CropScience, apre-sentaram produtividade superior à das áreas que receberam o trata-mento padrão recomendado para a respectiva localidade,

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um espaço enorme a crescer, pois ainda sãoobservadas disparidades extremas: enquantohá produtores comerciais altamente tecnifica-dos que, em condições de campo, obtêm maisde 200 sacas de 60 kg por hectare (mais de12 t/ha), há agricultores familiares quecolhem menos de 20 sacas por hectare. Issoexplica a baixa produtividade média bra-sileira, inferior a 4 t/ha (ante 8 t/ha nos Esta-dos Unidos, por exemplo).A produtividade da cultura do milho é influ-enciada fortemente por cinco fatores princi-pais: disponibilidade hídrica, fertilidade dosolo, ciclo da cultivar escolhida (há maisde 300 híbridos registrados, adaptados àsdiferentes condições de solo e clima doBrasil), época de semeadura e densidade deplantio. No que diz respeito em especial aosdois primeiros fatores, o aumento da produ-tividade das lavouras só é possível se foremadotadas medidas eficazes de proteção contrafatores adversos, como a ocorrência de plan-tas daninhas. E estas apresentam alto poten-cial de desenvolvimento no País, em razão desua latitude predominantemente tropical.

Molécula diferenciadaPara atender à necessidade de proteção daslavouras em relação à infestação de plantasdaninhas, a Bayer CropScience lançou a novamolécula herbicida Tembotrione (Soberan),que confirmou em lavouras de milho de todasas regiões brasileiras, na safra 2008/2009, osbons resultados mostrados em ensaios decampo realizados em cinco anos de desen-volvimento no País. Esse novo ingredienteativo pertence ao grupo químico das trique-tonas. Sua ação herbicida se dá por meio dainibição da enzima HPPD (hidróxi-fenil-piruvato-dioxigenase), responsável pela sín-tese de carotenóides nas plantas. A ausênciadestes inviabiliza a ação da clorofila noprocesso de fotossíntese. Em consequência, asplantas morrem.Tembotrione é eficaz contra gramíneas e fo-lhas largas. Considerando-se a diversidade defertilidade de solo, clima e espécies de plantasdaninhas que ocorrem nas diferentes regiõesbrasileiras, recomenda-se aplicar Soberan emdose única, associado a Atrazine 500 e Aureo

(respectivamente 240 ml/ha + 2,0 litros/ha +1,0 litro/ha). A aplicação deve ser feita empós-emergência, no período em que as plantasdaninhas estiverem no estádio precoce (duas aquatro folhas) e a cultura em torno da quartafolha totalmente expandida.

Autor: Allen A. Dupré

Controle de plantas daninhas (%)

1. Fazenda Agricert - Montevidiu, GO

2. Agropecuária Missões - Campo Novo doParecis, MT

3. Fazenda de propriedade do Sr. José RobertoFigueiredo - Santana da Vargem, MG

Com Soberan, tivemos um melhor controle das plantas daninhas em comparação com aárea tratada com outros produtos. Economizamos uma aplicação, pois a Atrazina que uti-lizamos é incompatível com este produto. Conseguimos visualizar o resultado poucos diasapós a aplicação.Diogo Neves Rocha – Gerente da Agropecuária Missões – Campo Novo do Parecis/MT

Soberan, a tecnologia que deu certo na minha lavoura, pelo melhor custo/benefício do mer-cado.Vitor Festa – Veranópolis/RS

Com Soberan obtivemos o melhor resultado em 20 anos de cultivo de milho, sem causardanos ao produto e ainda permitindo colher a silagem no limpo.Renato Scherer - Bom Retiro do Sul/RS

Plantamos 280 hectares de milho de diferentes cultivares na safra 2008/2009. UtilizamosSoberan de acordo com as recomendações para a época de aplicação e a dosagem. Os re-sultados foram muito bons no controle tanto de folhas largas quanto de folhas estreitas. Emnossa avaliação, o produto apresentou resultados superiores aos de outros herbicidas quevínhamos aplicando nessa cultura.Ivan Crestani - Agropecuária Arciso Crestani – Lagoa Vermelha/RS

Ficamos muito satisfeitos com os resultados obtidos com o conjunto de produtos daBayer CropScience (CropStar, Soberan, Larvin e Certero). Plantamos 650 ha na safra e350 ha na safrinha, esta para silagem. Conseguimos uma produtividade cerca de 15%maior, com uma silagem isenta de plantas daninhas. Também obtivemos melhor controle delagartas tanto de solo, favorecendo o stand da cultura, quanto da parte aérea.Roberto Hugo Jank - Diretor da Fazenda Santa Rita (Agrindus ) – Descalvado/SP

Usei Soberan por ser um produto inovador e oferecer vários benefícios, entre os quais nãoter lista de híbrido, poder ser aplicado junto com a cobertura e apresentar maior eficiên-cia sobre as plantas daninhas. Aqui enfrento problemas com capim-colchão e pé-de-galinha e Soberan teve um ótimo controle sobre estas plantas daninhas. Obtive váriosbenefícios: excelente controle, sobre melhor momento para fazer a cobertura, aumento de30 sacas por hectare e pude fazer a colheita do milho no limpo. Economizei até na desse-cação para o próximo plantio. Uso e recomendo.Pedro Francisco Barreira- Fazenda Barreira - Itaberá/SP

DepoimentosDepoimentos

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BATATARequeima e pinta-

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e TOMATE-preta requerem cuidados

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Requeima

A requeima, causada pelo fungo Phytophthorainfestans, e a pinta-preta, causada pelo fungoAlternaria solani, são as principais doençasdas culturas de batata e tomate, causando aperdas consideráveisA requeima ataca as folhas, as hastes e os fru-tos do tomateiro e as folhas, as hastes e ostubérculos da batateira. A doença normal-mente ataca os tecidos novos nas duasculturas, comprometendo seriamente a produ-tividade.Até o momento não há cultivares de batata etomate resistentes ao fungo e a ocorrência dasepidemias é favorecida por fatores como:- excesso de nitrogênio nas adubações deplantio;

- plantios mais adensados;- irrigações noturnas;- grande produção de esporos por parte dofungo (esporângios e zoosporângios);

- rápida disseminação dos esporos pelo vento;- rápida instalação e desenvolvimento dadoença;

- pulverizações com equipamentos desregula-dos;

- resistência do fungo aos principais fungici-das de ação sistêmica;

- equívocos nas associações e/ou rotações defungicidas;

- surgimento de novas raças do fungo;- desconhecimento, por parte do produtor, dociclo da doença.

A ocorrência da requeima sempre foi asso-ciada ao clima, como temperaturas baixas e aocorrência de chuvas ou garoas. Na prática,observa-se que os fatores mais importantes sãovento, umidade e temperatura.Vento: ventos moderados removem os es-porângios e zoosporângios das lesões e os dis-tribuem dentro da área ou os transportam paranovas áreas.

Umidade: a presença de umidade livre sobreos tecidos (hastes, folhas e frutos) por umperíodo de três a quatro horas é suficiente paraque tenha início o processo de germinação epenetração do fungo. Não é preciso chover ougaroar, basta o sereno para se ter a umidadeideal para o fungo.Temperatura: na cultura do tomate, a re-queima ataca com temperaturas abaixo de26° C e na cultura da batata a temperaturaideal é de 16° C.Os esporângios ou zoosporângios são car-regados pelo vento e atingem o tecido novo daplanta. Em poucos minutos, aderem à super-fície e, em menos de três horas, ocorre agerminação e a penetração. Os primeiros sin-tomas surgem três a quatro dias depois: sãopequenas manchas de cor verde oliva, muitodiscretas e de difícil visualização. Mais três aquatro dias e as lesões são facilmente visua-lizadas com a formação dos esporângios ezoosporângios na face inferior das lesões(massa pulverulenta de cor branca).O controle deve ser feito de forma preventivae os intervalos entre as aplicações dos fungi-cidas não deve ser superior a cinco a seis diase quando surgirem os primeiros sintomas dadoença os intervalos devem ser entre dois etrês. Os fungicidas de ação sistêmica são maisfacilmente absorvidos pelos tecidos novos dasplantas e, como a requeima também atacaos tecidos novos das plantas, as aplicaçõesdevem ser feitas quando as plantas foremjovens, a fim de garantir uma boa proteçãoinicial.

Pinta-Preta

A pinta-preta ataca folhas, hastes e frutos notomate e as folhas na batata.A doença ataca com maior intensidade comtemperaturas entre 24º C e 32º C e elevadaumidade relativa do ar. A agressividade torna-se maior quando as plantas são submetidas aum estresse hídrico e/ou nutricional. Os sin-tomas surgem primeiro nas folhas mais próxi-mas ao solo (baixas) e depois evoluem para assuperiores.O fungo pode sobreviver no solo por longo

período. Dentro da cultura a doença é disse-minada por vento, água, insetos, trabalhadorese implementos. Com umidade livre sobre asfolhas e temperaturas favoráveis, a germinaçãoe a penetração ocorrem rapidamente e aslesões surgem após três a cinco dias.Na cultura da batata, as plantas se tornammais suscetíveis à doença quando entramna fase de formação dos tubérculos e asprimeiras folhas atingem a maturidade. Entre35 e 45 dias, começa a tuberização (formaçãodos tubérculos). Na cultura do tomate, asuscetibilidade é maior a partir do desen-volvimento dos primeiros frutos, entre 40 e 45dias.Nas duas culturas, a demanda por nutrientespara a formação dos tubérculos e frutos égrande e os sintomas de deficiências de mag-nésio podem surgir nas folhas mais velhas,tornando-as mais suscetíveis ao ataque dofungo. A falta de água ou nitrogênio tambémpode favorecer o ataque do fungo.

Autor: Angelo YoshimuraConsultor Técnico

Batata

Pinta-preta - Alternaria solani

Requeima - Phytophthora infestans

Tomate

Pinta-preta - Alternaria solani

Requeima - Phytophthora infestans

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Em comparação com os demais fungos queatacam as culturas agrícolas em geral,Phytophthora infestans, que causa a re-queima, encontra-se entre os de mais difícilcon-trole, devido à patogenicidade, rapidezde disseminação na lavoura e grande po-tencial de prejuízos econômicos. Alémdisso, é um patógeno considerado como dealto risco para o desenvolvimento de re-sistência aos fungicidas, configurando-secomo uma grande ameaça para as culturasdo tomate e da batata e, também, para osfungicidas destas culturas.Recentemente, fitopatologistas reportaramque em importantes países do hemisférioNorte já não predomina mais o biótipo A1de Phytophthora infestans na batata, que éo mais sensível ao controle químico, ouseja, mais fácil de se controlar. Os espe-cialistas afirmam que na Europa (França,Alemanha, Holanda, Reino Unido) e nosEUA, o biótipo dominante na populaçãoagora é o A2, chamado de "blue 13". Essenovo biótipo da requeima é muito agres-sivo, apresentando desenvolvimento muitomais rápido e maior produção de esporos.Preocupada com esses acontecimentose com esta nova realidade de ocorrência darequeima nos principais países produtores,a Bayer CropScience decidiu trazer para oBrasil um novo fungicida para o manejodessa doença.Infinito é o nome desse novo produto,composto por dois ingredientes ativos(fluopicolide + propamocarbe), os quaispertencem a diferentes grupos químicos,visando a melhor proteção às culturas, bemcomo evitar o aparecimento de resistência.Infinito associa as caracteríticas doscomponentes isolados, tanto pela açãosistêmica e translaminar nos tecidos daplanta, como também pelos distintosmecanismos de ação que, somados, agemem todas as fases do ciclo de vida dopatógeno.

Combinação de características positivas

Infinito é um produto inovador por váriasrazões. Em primeiro lugar, é composto porum novo ingrediente ativo com mecanismode ação inédito (fluopicolide) e por outroingrediente ativo (propamocarbe) já pre-sente no mercado, porém sem nenhum casorelatado de resistência até hoje no mundo.Em segundo lugar, atua nas diferentes fasesde desenvolvimento do fungo, culminandocom efeitos anti-esporulante e esporicida.Em terceiro lugar, proporciona proteção(cobertura) mais abrangente da planta, umavez que reúne as ações sistêmica e transla-minar, possibilitando, com isso, melhor de-

sempenho no controle da doença nas fo-lhas, no caule e também no tubérculo.Sendo assim, Infinito caracteriza-se comouma ferramenta-chave dentro do manejoda requeima. Deve ser utilizado na faseinicial das culturas da batata e do tomate,de forma a impedir a entrada da doença.Após a fase da “amontoa” na cultura dabatata ou “amarrio” na cultura do tomate,ocorre um intenso desenvolvimento vege-tativo, com surgimento e crescimento demuitas novas folhas. Nesta fase, é impor-tante que o fungicida tenha ação sistêmicapara proteger as folhas novas que não re-ceberam fungicida e controlar todas asfases do fungo, de forma a evitar que oinóculo da requeima se instale na lavourae traga problemas na fase reprodutiva.Infinito reúne todas estas característicasem apenas um produto.

Outro lançamento: Consento

Como não se deve utilizar apenas umproduto para o manejo da requeima, aBayer CropScience lança também o fungi-cida Consento, dentro de um programa de

alternância, juntamente com o fungicidaAntracol.Consento é a mistura dos ingredientesativos fenamidone e propamocarbe, tam-bém muito eficientes para fungos oomice-tos como Phytophthora infestans.Dentro do ciclo da cultura, Consento deveser utilizado sempre após as aplicaçõesde Infinito, de forma a exercer umamanutenção da proteção às culturas.

Pinta-preta

Para completar o portfólio de fungicidaspara o manejo das principais doençasnas culturas da batata e tomate, aBayer CropScience oferece o fungicidaNativo, uma mistura de triazol e estobilu-rina (Tebuconazole & Trifloxystrobin),que apresenta excelente controle da pinta-preta (Alternaria solani), doença impor-tante na fase reprodutiva do tomate e apartir da fase de formação dos tubérculosna batata

Autor: Desenvolvimento de FungicidasBayer CropScience

Lançamentos para fungo de difícil controle

Doses recomendadas:Infinito: 1,25 L/ha Consento: 1,70 L/ha Nativo: 0,75 L/ha

Batata

Tomate

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O Brasil cada vez mais se reafirma comoceleiro do mundo, graças à rápida moder-nização da sua agricultura. Inovações cons-tantes nos campos da genética, no manejo efertilização de solos, no parque de máquinas enos insumos usados, geram grandes avançosde produtividade. Mas as ameaças aos ganhosem produção e à qualidade das colheitas, aspragas, doenças e plantas daninhas, tambémevoluíram e se alteraram de forma muito ace-lerada nos últimos anos, exigindo sempresoluções mais adequadas para o seu manejo,pois as medidas convencionais de controle nãosatisfazem mais os objetivos de proteção dasculturas.Sempre acreditando na evolução da agriculturabrasileira, a Bayer CropScience tornou-se aempresa que mais investe no lançamento desoluções de vanguarda, disponibilizando fer-ramentas inovadoras para os produtores dasdiferentes culturas. Esta inovação significa airradiação das descobertas e dos conhecimen-

tos científicos seguros gerados nos labo-ratórios da empresa para as

l avou ra s ,

n aforma de pro-dutos que oferecemrespostas eficazes contra aspragas e são mais adequados à saúdehumana e ao meio ambiente.

Movento Plus* (em fase de registro) será opróximo lançamento da Bayer CropScience.É um inseticida que combina o novo ingredi-ente ativo espirotetramate com imidaclopridem uma formulação única. São dois mecanis-mos de ação atuando sinergicamente no con-trole de pragas que se alimentam da seiva dasplantas.Com imidacloprid, a Bayer CropSciencelançou no mercado mundial a classe neonico-tinóide, com mecanismo de ação dirigido aosistema nervoso central dos insetos, agin-do como agonista do receptor acetilcolinanicotílico (grupo 04 da classificação doIRAC-MOA). Foi uma grande revolução nocampo dos inseticidas, inaugurando uma novafase no campo dos defensivos agrícolas no quetange à eficácia, sistemicidade e toxicologia.Imidacloprid é sistêmico e age sobre as pragaspor contato e ingestão, atingindo os insetos nasfases jovens a adulta. Possui amplo espectrode ação contra um grande número de in-setos-praga, principalmente os sugadores,como mosca-branca, perce-vejos, pulgões,cigarrinhas, tripes, cigarras, cochonilhas e,ainda, para muitas espécies de coleópteros.

Seu uso é consagrado nomundo todo e

sua alta sistemicidade representou uma ino-vação também nas formas de aplicação. Alémde pulverização na parte aérea das plantas(Provado), as várias formulações do ingredi-ente ativo são aplicadas via tratamento de se-mentes (Gaucho e CropStar) via tronco(Winner) e via solo em forma de “drench”(Confidor). É também muito conhecido pelasua Força Anti-Stress, cientificamente com-provada e também observada pelos produtores.Já o espirotetramate demonstra novamente avocação inovadora da Bayer CropScience.Será o terceiro ingrediente ativo de uma classequímica de inseticidas-acaricidas genuína daempresa, os cetoenóis. Depois de Envidor (es-pirodiclofeno), em 2003, e Oberon (espirome-sifeno), em 2005, dentro desta nova classequímica surge agora o espirotetramate, tam-bém derivado de ácido tetrâmico. Seu meca-nismo de ação inibe a síntese de lipídios nosprocessos bioquímicos da lipogênese - LBI(Grupo 23 da classificação do IRAC-MOA).Espirotetramate age principalmente por in-gestão e, pela importância da síntese de lipí-dios nos processos de crescimento, atuafortemente sobre as formas jovens das pragase afeta a fecundidade de adultos. Atua contraum grande número de insetos-praga, prin-cipalmente sugadores, como mosca-branca,

pulgões, cochonilhas, psilídeo

Movento Plus* combina o novo ingrediente ativo espirotetramatecom o imidacloprid, em formulação única, apresentando amploespectro de ação contra insetos sugadores de seiva

INOVAÇÃOInseticida com sistemicidade completa

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cigarrinhas, percevejos, tripes e algumas larvasminadoras, possuindo ainda efeito supressorsobre certas espécies de ácaros. Constitui-setambém em uma ferramenta para manejo de re-sistência de mosca-branca, afídios e psilídios aoutros inseticidas.É um ingrediente ativo com propriedade únicade sistemicidade em duas vias. Uma vez ab-sorvido pelas folhas, move-se para cima e parabaixo, pelo xilema e pelo floema das plantas,atingindo pragas escondidas (como pulgões nasraízes) e protegendo as novas brotações quesurgem após a aplicação do produto, impor-tantes alvos de ataque dos sugadores. É o únicoinseticida que apresenta translocação das folhasjá existentes para as brotações novas, ofere-cendo proteção completa e prolongada contraas pragas.Uma outra característica é a sua ação prolon-gada de controle, conferida por sua afinidadelipofílica associada a outros fatores como baixasolubilidade e estabilidade à luz e a tempera-turas extremas, o que permite sua aplicação emtodas as estações do ano com o mesmo desem-penho.A combinação destes dois ingredientes ativos,com características tão especiais, confere aMovento Plus* um potencial de controle de pra-gas sugadoras, marcante e destacado, atingindoas pragas tanto nas fases jovens como os adul-tos com ação de choque e efeito prolongado.Para um bom controle da mosca-branca, espe-cialmente, este é um efeitomuito desejado, poisrealmente interrompe o ciclo da praga e diminuia transmissão de viroses.As características toxicológicas de MoventoPlus* também o tornam um potencial substitutopara produtos de classe toxicológica I em di-versas culturas.O registro doMovento Plus* no Brasil contem-plará as nove culturas e 22 pragas relacionadasna tabela 1.

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CULTURA PRAGAS CONTROLADAS

Algodão Pulgão-do-algodoeiroAphis gossypii

Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Citros PsilídeoDiaphorina citri

Cochonilha-OrtheziaOrthezia praelonga

Minadora-das-folhasPhyllocnistis citrella

Cochonilha-escama-farinhaPinnaspis aspidistrae

Pulgão-pretoToxoptera citricida

Cochonilha-farinhaUnaspis citri

Mosca-negra-dos-citrosAleurocanthus woglumi

Feijão Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Cigarrinha-verdeEmpoasca kraemeri

Melão Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Pulgão-das-inflorescênciasAphis gossypii

Melancia Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Palma Cochonilha-do-carmimforrageira Dactylopius ceylonicus

Pepino Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Soja Percevejo-verdeNezara viridula

Percevejo-verde-pequenoPiezodorus guildinii

Percevejo-marromEuschistus heros

Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Tomate Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Pulgão-verdeMyzus persicae

Descrição do produto:

Movento Plus*Ingredientes ativos: Espirotetramate + Imidacloprid

Classes químicas: Ácido tetrâmico (Cetoenol) + neonicotinóide

Formulação: SC 480 (120 g/L de espirotetramate + 360 g/L deimidacloprid)

Mecanismos de ação: Inibidor da biossíntese de lipídios +agonista do receptor acetilcolina nicotinílico

Sítios de ação: Mitocôndria + sistema nervoso central

Toxicidade aguda em ratos: LD50 oral e dermal > 2000 mg/kg

* Produto em fase de registro

Tabela 1: Culturas e pragas controladas porMovento Plus*

Pragas

PsilídeoDiaphorina citri

Mosca-brancaBemisia tabaci raça B

Percevejo-marromEuschistus heros

Pulgão-do-algodoeiroAphis gossypiiAutor: Desenvolvimento de Inseticidas

Bayer CropScience

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Um novo mecanismo de açãoFlubendiamida, o ingrediente ativo do inseticida Belt, age emum sítio de ação inédito relativamente aos atuais inseticidas emcomercialização. A nova substância (cor amarela) liga-se aosreceptores de rianodina nas miofibrilas dos músculos do inseto.Em conseqüência, grandes quantidades de cálcio fluem do retículosarcoplasmático (depósito de cálcio) para as miofibrilas, ondefazem com que os filamentos de miosina (em azul) deslizem(setas) por entre os da actina (em verde). As miofibrilas encur-tam-se e o músculo contrai-se permanentemente. Com isso, o in-seto morre pela contração muscular irreversível.

membrana da fibra

Fibra muscular(célula muscular)

MiofibrilaFilamentode actina

Receptorrianodina

Flubendiamida

Cálcio

Depósito de cálcio(retículo sarcoplasmático)

Filamentode miosina

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