correio da umbanda ed.25

50
Artigo – Autor / Remetente / Instituição............................................................................. Pág O Terreiro é o Hospital / Vovó Benta por Leni W. Saviscki / Vozes de Aruanda .............. 02 Refletindo a Umbanda / Yutomi por Noberto Peixoto / Choupana do Caboclo Pery ......... 03 Oferendas & Despachos / por Alex de Oxossi / Caboclo 7 Pembas ................................ 07 Oxossi / por Noberto Peixoto / mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery ......... 09 Oxossi / por Filho do Vento / mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery ........... 10 Oração ao Pai Oxossi / enviado por Maurício Gavanski / Sol e Esperança ..................... 11 Depois de Tudo Aterminado / Baiano Zé do Côco por Luzia / Luz de Aruanda ............... 12 Cartas de Gandhara / Premanandhâchâryâ por João batista Goulart Fernandes ........... 13 Ressonância do Passado / enviado por Flecheiro / msg lista Choupana ......................... 15 Um cheirinho de alecrim / Lucia Helena dos Santos / enviado por Sandro APEU ........... 17 História de Nhá Barbina / por Luzia Nascimento / Luz de Aruanda ................................. 19 Potencializar Sentimentos Nobres / O Indiano / por Luzia / Luz de Aruanda ................... 21 Prece da Compreensão / Emmanuel por Chico Xavier / enviado por Luzia ..................... 21 Prece do Sr. Exú Ti-ri-rí / enviado por Noberto Peixoto / msg lista Choupana.................. 22 Ano de Ogum e Iansã / Vera Ghimel / enviado por Noberto Peixoto ............................... 23 Há muitas moradas na casa de meu Pai / Guaracy Stachuk / Nação de Aruanda ........... 24 A culpa foi do obsessor / Baiano Zé do Côco por Luzia / Luz de Aruanda ....................... 32 Cartas de Gandhara II / por João batista Goulart Fernandes............................................ 33 Renascimentos / enviado por Norberto Peixoto / msg lista Choupana Caboclo Pery ....... 36 A Umbanda exige reforma íntima ... / por Início / Xangô Gino e Ogum Beira-Mar ........... 37 Desiderata / enviado por Alexandre Morós / Caboclo Arruda .......................................... 38 Um dia de Alegria / por Sandro Mattos / APEU ................................................................ 39 Cigana das 7 Linhas / Cigana Jussara por Sandra Gonçalves / Pai João de Angola ...... 40 Política / por Mônica Caraccio / enviado por Maço Boeing - Assema .............................. 41 A última viagem de Táxi / Don Rico / enviado por Adriana / Amigos da Umbanda ........... 43 Grupos, Templos e Instituições ......................................................................................... 46 Expediente ........................................................................................................................ 48 Correio da Umbanda Edição 25 – Janeiro de 2008

Upload: vinicius-martins

Post on 17-Nov-2015

34 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Duvidas e respostas de algumas questões importantes na UMBANDA

TRANSCRIPT

  • Artigo Autor / Remetente / Instituio............................................................................. Pg O Terreiro o Hospital / Vov Benta por Leni W. Saviscki / Vozes de Aruanda .............. 02 Refletindo a Umbanda / Yutomi por Noberto Peixoto / Choupana do Caboclo Pery......... 03 Oferendas & Despachos / por Alex de Oxossi / Caboclo 7 Pembas ................................ 07 Oxossi / por Noberto Peixoto / mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery ......... 09 Oxossi / por Filho do Vento / mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery ........... 10 Orao ao Pai Oxossi / enviado por Maurcio Gavanski / Sol e Esperana ..................... 11 Depois de Tudo Aterminado / Baiano Z do Cco por Luzia / Luz de Aruanda ............... 12 Cartas de Gandhara / Premanandhchry por Joo batista Goulart Fernandes ........... 13 Ressonncia do Passado / enviado por Flecheiro / msg lista Choupana ......................... 15 Um cheirinho de alecrim / Lucia Helena dos Santos / enviado por Sandro APEU ........... 17 Histria de Nh Barbina / por Luzia Nascimento / Luz de Aruanda ................................. 19 Potencializar Sentimentos Nobres / O Indiano / por Luzia / Luz de Aruanda ................... 21 Prece da Compreenso / Emmanuel por Chico Xavier / enviado por Luzia ..................... 21 Prece do Sr. Ex Ti-ri-r / enviado por Noberto Peixoto / msg lista Choupana.................. 22 Ano de Ogum e Ians / Vera Ghimel / enviado por Noberto Peixoto ............................... 23 H muitas moradas na casa de meu Pai / Guaracy Stachuk / Nao de Aruanda ........... 24 A culpa foi do obsessor / Baiano Z do Cco por Luzia / Luz de Aruanda ....................... 32 Cartas de Gandhara II / por Joo batista Goulart Fernandes............................................ 33 Renascimentos / enviado por Norberto Peixoto / msg lista Choupana Caboclo Pery ....... 36 A Umbanda exige reforma ntima ... / por Incio / Xang Gino e Ogum Beira-Mar ........... 37 Desiderata / enviado por Alexandre Mors / Caboclo Arruda .......................................... 38 Um dia de Alegria / por Sandro Mattos / APEU ................................................................ 39 Cigana das 7 Linhas / Cigana Jussara por Sandra Gonalves / Pai Joo de Angola ...... 40 Poltica / por Mnica Caraccio / enviado por Mao Boeing - Assema .............................. 41 A ltima viagem de Txi / Don Rico / enviado por Adriana / Amigos da Umbanda ........... 43 Grupos, Templos e Instituies......................................................................................... 46 Expediente ........................................................................................................................ 48

    Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    2

    O TERREIRO O HOSPITAL

    A dificuldade de cumprir a tarefa de dirigente sempre se acentua dentro do terreiro, com os mdiuns e muito pouco na caridade com o povo. Todo mdium de tarefa, um ser encarnado para curar seu esprito endividado e o terreiro o hospital onde vai se internar por um longo tempo de sua vida na terra. Sabemos que a maioria dos pacientes so impacientes, no mesmo? E, a que complica!

    O dirigente tambm no deixa de ser um doente que alm de se tratar, agora pode estagiar ajudando aos mdiuns de sua corrente hospitalar. Isso no o coloca como um semi-deus perfeito do qual no se admitem mais erros, muito menos como algum que tudo pode, em qualquer hora e em qualquer situao.

    Dele ser exigido posturas mais firmes bem como entendimento mais apurado. Ele dever se aprimorar constantemente com estudo e reforma ntima, exigindo da corrente igual compromisso. Tais posturas sero necessrias em funo do tamanho de sua responsabilidade e dentre elas est a de cortar o mal pela raiz, priorizando sempre a corrente como um todo, sem privilgios a quem quer que seja.

    Ao assumir tal posto diante da espiritualidade, antes de reencarnar, j estar consciente de que sua vida no ser comum e que certamente ter que abdicar de muitas coisas materiais, em favor do lado espiritual.

    O termo Pai e Me agracia o mdium com a postura de se colocar como tal, amparando, educando e auxiliando a corrente como verdadeiros filhos de seu corao. Tarefa mais difcil ainda, pois esses filhos no vieram de seu ventre e no nasceram ontem. So adultos, viciados e com personalidade formada. Cada um com seus egos aflorados, com suas necessidades de reformulao e o fato de portarem a mediunidade, j os qualifica como devedores em potencial.

    E certamente, reeducar um adulto muito mais difcil do que educar uma criana. pepino torto. Observo nos terreiros por onde ando que muito se exige do dirigente e muito pouco se retribui. Falta nos mdiuns, desde respeito at aquilo que os deveria mover dentro da corrente, que amor. Humildade ento, meus filhos, coisa rara. Em compensao sobra bajulao, geralmente usada como meio de se fazer preferido na corrente.

    Nega via costuma dizer que criana que se cria como bibel, como tal vai quebrar quando adulto. Todo aquele que no teve rdea firme na infncia para domar suas ms tendncias, vai chegar no terreiro e exp-las de modo a perturbar a ordem do lugar. Hora e vez de impor as leis que regem a Casa, independente do que possa pensar a respeito disso, o mdium em questo. Se mesmo indisciplinado, tiver algo de humildade, vai receber o chamamento como aprendizado e ali vai crescer, mas se pelo contrrio, alm da indisciplina prevalecer nele a arrogncia e o orgulho, acolher como ofensa e infelizmente, o remdio amargo para essa doena.

    A tarefa to rdua que muitos desistem na metade da caminhada, outros se corrompem, mas, ainda bem que uma grande maioria volta casa com sua coroa iluminada pela luz do dever cumprido e a estes, o mrito de conseguir dar um salto em sua evoluo.

    Vov Benta

    por Leni Winck Saviscki Templo de Umbanda Vozes de Aruanda - Erechim RS

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    3

    REFLETINDO A UMBANDA

    Refletir a Umbanda compartilhando conceitos com os proslitos umbandistas se torna complexo porque, no universo ritualstico externo, e no mais das vezes no interno, dado a diversidade do mundo espiritual, a legitimidade daquele que fala ou escreve sempre questionada.

    Esta situao leva a uma inibio de muitas lideranas, que poderiam participar mais ativamente da porta de entrada dos terreiros para fora, para a sociedade, se unindo a outros terreiros, no somente para dentro, para o pblico assistente e corpo medinico.

    Na atualidade, nem mesmo nas comunidades internas de cada agremiao possvel um consenso, desde que perguntarmos para cada mdium manifestado incorporado - numa entidade o que Umbanda, cada uma ter um conceito e orientao diferente.

    Talvez esta situao mudasse se quebrssemos o tabu de no se falar em conscincia medinica, o que nos traria muito mais responsabilidade como instrumentos dos espritos no sentido que seramos artfices ativos, em vez de passivos, do que falamos e orientamos. A manuteno do tabu da inconscincia, um dogma em alguns terreiros, talvez ainda a maioria, nos faz acomodar, pois o que dito e orientado culpa das entidades, nos liberando de maiores esforos, lamentavelmente tambm de estudar, pois o guia faz tudo. Concluir-se- que pouco se estuda no meio umbandstico.

    As discusses bizantinas nos terreiros sobre a verdadeira maneira de fazer as coisas, em que sempre se encontram detalhes ritualsticos, ditos fundamentos, que permitem a diferenciao e do nfase a interpretao pessoal de cada lder chefe, inclusive dos mdiuns incorporados em que a entidade d a sua opinio, no raras vezes questionando diretamente a chefia dos trabalhos, s fazem demonstrar a extrema dificuldade de um campo muito fragmentado na sua relao com o mundo dos espritos, na qual a prpria idia de ortodoxia, muito tnue, inevitavelmente constitui paradoxos:

    - convergncia no significa unidade na diversidade;

    - a fala dos espritos pode ser questionada e muitos chefes de terreiros quando contrariados pela orientao de um guia subalterno na hierarquia do espao sagrado, acusam o mdium de simulao.

    Em se tratando de prtica ritualstica e fundamento de cada terreiro, se conclui que dificilmente haver uma unidade em toda a diversidade existente. Diante desta constatao, se infere que o movimento de convergncia est mais ligado a preceitos mais simples e comuns, num tratado epistemolgico de linguagem acessvel.

    consenso fazer a caridade desinteressada, o maior ponto convergente na Umbanda.

    H que se refletir como surgiu na Umbanda a vinculao com a sua essncia, fazer a caridade. Pode haver crticas, contrariedades, mas no h como se negar que o apelo caritativo da Umbanda, assim como a sua ligao a Jesus Cristo, foi instituda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas atravs da inequvoca mediunidade de Zlio de Moraes.

    Este canal, desobstrudo, natural, simples, no teve nenhuma iniciao na Terra, no fez raspagens e nunca precisou de sangue ou corte ritualstico para reforar o seu tnus medinico. O apelo inicitico dispensado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, que preparou

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    4

    seu mdium em muitas encarnaes antes da atual personalidade ocupada. Pensemos sobre isto.

    Eis um ponto de contrariedade em muitas lideranas: a vinculao Jesus e caridade desinteressada. Na verdade o mal estar no est ligado propriamente a Jesus, nas tentativas de dessincretizar a Umbanda, mas sua prpria vibrao, que a do Cristo Csmico, liberando os santos das personalidades transitrias, como foi a de Jesus, uma mera encarnao deste representante dos Orixs.

    O que est se tentando dizer que o movimento de reafricanizao no meio umbandstico, dispensando a Umbanda da imagem de Jesus e da caridade desinteressada, libera os adeptos para cobrarem as consultas e trabalhos, para realizarem tranqilamente os sacrifcios dos animais, que desta forma no se confrontaria com a caridade, j que matar nunca poder ser considerado um ato de amor, logo caritativo.

    Este o fulcro de toda a desarmonia existente nas tentativas de se criar uma unidade de preceitos, de fundamentos, uma mnima ortodoxia doutrinria - obvio que isto no significa cartilha dogmtica - no seio da Umbanda.

    EXU, O GRANDE PARADOXO NA CARIDADE UMBANDSTICA

    Poder-se-ia aprofundar esta questo, polmica por si. Como por exemplo refletindo as mltiplas facetas de EXU e a diversidade de interpretaes existentes nos cultos.

    Desde os idos da antiga frica que EXU deixa estupefatos os circunstantes. Para alguns umbandistas, mais ligados a dualidade catlico-espirtica um grande incmodo e no permitido as suas manifestaes. Para outros liberados de constries culposas, EXU ainda vestido pelo inconsciente do imaginrio popular com capa vermelha, tridente, p de bode, sorridente entre labaredas. H os que despacham EXU para no incomodar o culto aos orixs.

    Exu, sendo considerado entidade, no deve entrar, dizem os ortodoxos que preconizam a pureza das naes. Ali no tem lugar para egum...esprito de morto...

    Existem os mais entendidos nos fundamentos da natureza oculta que compreendem EXU como o movimento dinmico de comunicao entre os planos de vida. Entendem que o ax as impulsiona a prtica litrgica que, por sua vez, o realimenta, pondo todo o sistema em movimento. EXU, vibrao indiferenciada, no manifestada na forma transitria de um corpo astral ou outro veculo do plano concreto, o que pe em movimento a fora do ax as por meio da qual se estabelece a relao de intercmbio da dimenso fsica concreta com a rarefeita, a dimenso espiritual.

    Em conformidade com esta conceituao, passa EXU a ser indispensvel e o elemento de ligao mais importante em toda liturgia e prtica mgica umbandstica.

    Sendo EXU o transportador, o que leva e traz, fecha e abre, para os africanistas ligados as tradies antigas, como conceb-lo sem o sacrifcio animal para realimentao da fora vital o as -, diante do preceito - tabu que o sangue o perfeito e indispensvel condensador energtico com esta finalidade?

    Quando referimos africanista, no que dizer negro. Para ser africanista, no sentido de se preconizar a retomada dos antigos ritos tribais, pode se ter qualquer cor de pele. Existem muito

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    5

    negros que tem verdadeira ojeriza a qualquer sacrifcio assim como h muitos brancos a postos com a faca afiada.

    Neste artigo no se preconiza contra as oferendas ritualsticas. Pedimos to somente a reflexo.

    Reduzir toda a movimentao das foras csmicas e seu ciclo retro-vitalizador ao derramamento de sangue pelo corte sacrificial uma viso estreita, fetichista, da DIVINDADE. uma posio reducionista, que demonstra dependncia psicolgica. Na atualidade se verifica que esta prxis extrapolou os limites de f dos antigos cls tribais e est inserida na variedade racial da sociedade que a compe e ao mesmo tempo a confronta, j que objetiva a manuteno financeira de cultos religiosos e o prestgio de seus chefes, dado que o sangue equivocadamente est ligado a fora, poder, resoluo de problemas e abertura dos caminhos. Saber manipul-lo, ter cabea feita, ser iniciado no santo simboliza este poder. Este apelo mgico divino atrai mais que retrai, pelo natural imediatismo das pessoas em resolver seus problemas.

    Afirmamos que plenamente possvel se movimentar todo o ax as -, harmonicamente integrado com a natureza de amor csmico e crstica da Umbanda, equilibrado com a sua essncia que fazer a caridade desinteressada, e GRATUTA, sem ceifar vidas e derramar sangue.

    O prprio aparelho medinico o maior e mais importante vitalizador do ciclo csmico de movimentao do ax as. Ele o fornecedor, a cada batida do seu corao, o sangue circula em todo seu corpo denso, repercutindo energeticamente nos corpos mais sutis e volatilizando no plano etreo. Desta forma, os espritos mentores, que no produzem estas energias mais densas e telricas, se valem de seus mdiuns que fornecem a vitalidade necessria aos trabalhos caritativos aos necessitados. H os espritos que vampirizam estes fludos. So dignos de amor, de amparo e socorro, o que fazem as falanges de Umbanda.

    O APELO MGICO DA INICIAO: RASPAR A CABEA E DEITAR PRO SANTO

    Vamos levantar algumas questes para a reflexo. No visamos julgar quem quer que

    seja, pois o respeito ao livre arbtrio de cada um soberano.

    Por outro lado, muitos ritos das naes se contrapem a Umbanda pelo lado esttico, exterior: o luxo e a criatividade das roupas usadas contrastam violentamente com a simplicidade e austeridade umbandstica. Assim, embora o carter festivo das cerimnias das naes seja confrontado com a utilidade do trabalho simplrio da Umbanda, justamente o luxo e as apoteoses que agem como im sobre os mdiuns que esto na Umbanda.

    Mesmo com o custo excessivos das iniciaes e dos adereos, muitos umbandistas acabam se interessando pelas raspagens e deitar pro santo, por qu?

    Segue algumas constataes dos motivos: - Na Umbanda os mdiuns incorporam espritos simples para fazer a caridade,

    anonimamente se identificando em nomes simblicos. Nas naes os iniciados se transformam em deuses poderosos que controlam os troves e ventos, cuja presena do santo no cavalo motivo de venerao coletiva. A combinao de msica, dana, luxo, decorao, comida, gera uma fascinao irresistvel sobre os espectadores;

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    6

    - Tornar-se iniciado, significa prestgio e brilhar nas cerimnias confere autenticidade

    manifestao do santo;

    - Os que so iniciados e continuam em seus terreiros de Umbanda, chefes espirituais, aos olhos da assistncia e clientes, se tornam mais poderosos, com um ax as mais forte, aumentando a procura pelos servios mgicos o que oportuniza um maior ganho financeiro, status e prestgio frente ao mercado religioso;

    - Reforar sua mediunidade, achando que fazendo o corte ritual, no alto do crnio, assentando o orix, tero mediunidade mais inconsciente, o que tornar seu tnus medinico mais forte.

    Cada vez mais se verifica terreiros que se rendem ao apelo mgico deste tipo de iniciao, introduzindo as raspagens, camarinhas, cortes ritualsticos. Numa segunda etapa, preconizam libertar a Umbanda, dessincretizando-a, africanizando-a s tradies antigas, dispensando o atrito destes ritos frente a essncia umbandstica: a caridade desinteressada.

    CONCLUSO DESTAS REFLEXES: EST FALTANDO MEDIUNIDADE NA UMBANDA

    Pensemos a Umbanda. Relembremos o Caboclo das Sete Encruzilhadas e o canal

    mediunidade. A manifestao medinica cristalina, inequvoca, num jovem de 17 anos. Reflitamos na essncia da Umbanda com o Cristo Csmico, na sua maior representatividade que foi Jesus na Terra.

    Qual o motivo do Caboclo das Sete Encruzilhadas ter associado o movimento nascente, que era pr-existente no Astral muito antes, caridade, disciplina, austeridade do branco, igualdade entre todos, simplicidade sem ritos complexos e sacrificiais.

    Na verdade, pensemos que para ser mdium no precisa de pai-de-santo para manifestar os guias, pois nascemos com eles. Quem tem mediunidade, quem tem coroa pra trabalhar, j vem com ela antes de encarnar. No precisa pagar para ningum firmar o seu santo, assent-lo na sua glndula pineal.

    A mediunidade um dom de Deus, de Olorum, dos Orixs.

    Reflitamos sem julgamentos, baseado em fatos. Somos umbandistas. O QUE SER UMBANDISTA????

    Fraternalmente,

    Yutomi* - O Caravaneiro do Umbral

    * esprito que se apresenta como um samurai indo-chins. Trabalha na Umbanda como caravaneiro socorrista nas regies do umbral inferior. Faz parte do agrupamento do Oriente.

    Este artigo faz parte do livro A MISSO DA UMBANDA - Ed. Conhecimento.

    por Norberto Peixoto Dirigente da Choupana do Caboclo Pery (terreiro filiado ao CECP)

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    7

    OFERENDAS & DESPACHOS

    Nenhum Esprito de Luz precisa de sacrifcios de animais em encruzilhadas ou qualquer lugar que seja. O que os Espritos usam a energia que est na mente de cada um que Os procuram e no na vida de simples seres vivos. Devemos lembrar que no Astral os Espritos no possuem corpo fsico; portanto, no tem olhos para ver, nariz para cheirar as oferendas, muito menos eles comem os alimentos deixados em oferendas. Primeiramente so captadas as vibraes mentais e depois as vibraes das oferendas. As vibraes essenciais so as da mente das pessoas.

    Muitos Umbandistas devem fazer suas oferendas como so capazes de faz-las, mas recebida com muito mais alegria a oferenda quando a mesma transformada em doao a uma pessoa carente, pois captada a vibrao de alegria na mente de quem est recebendo a doao e, com muito mais intensidade, na mente de quem a est fazendo.

    Qualquer trabalho feito para prejudicar considerado um trabalho de baixa magia (magia negra). Os trabalhos realizados para ajudar ou para desmanchar outro trabalho, so chamados de alta magia (magia branca). O verdadeiro Umbandista nunca usa a baixa magia, pois so sabedores os efeitos da Lei de Retorno ou da Lei de Causa e Efeito.

    A baixa magia, pode ser realizada at mesmo atravs de pensamentos, basta uma pessoa projetar vibraes de dio contra voc, j est havendo um trabalho mental contra sua pessoa.

    Lembre-se que somente voc poder desmanchar um trabalho que fizeram contra voc, pois sua mente precisa criar ou reforar o campo vibratrio ao seu redor, a chamada aura.

    Lamentavelmente, muitas pessoas so ludibriadas em sua boa f, deixando vultuosas importncias na mo de FALSOS umbandistas, que se aproveitam da dor alheia. Eles alegam terem foras para desmanchar um trabalho de baixa magia (magia negra). Ingenuamente as pessoas acreditam e, sugestionada pela f dos espertalhes (ladres), sem saber quebram o trabalho pela prpria fora mental. O VERDADEIRO Umbandista NO ILUDE ningum, no cobra por seus trabalhos de caridade, no usa estratagemas para tirar dinheiro dos outros. muito importante que a pessoa, sob efeito de baixa magia, participe da anulao desse trabalho, ento NO ACREDITEM, nesse negcio de TELE ATENDIMENTO, de ATENDIMENTO VIRTUAL, ningum poder lhe ajudar desta maneira, isso tudo conversa para lhe enrolar e amanh lhe tirar uns suados cobres. A fora esta em ti. Voc mesmo poder se cuidar, mas pode e deve pedir ajuda. Pea ajuda a quem quer lhe ajudar, no a quem quer tirar proveitos de sua dor. No seja enganado, jamais deixem brincar com sua F, pois todos ns temos DEUS dentro de ns, basta encontr-LO e nada h para temer.

    Amados, vamos voltar ao tema do titulo, lembre-se que todo despacho uma oferenda, mas a recproca no verdadeira, ou seja, nem toda oferenda um despacho. A oferenda em si um gesto de amor, enquanto o despacho pode ter um sentido muito diverso.

    Exemplo: se voc oferecer a Oxossi, uma vela verde, acesa ao lado cuit (vasilha feita da casca do coco, cuia), dentro de uma floresta, e pede ao Senhor das Matas sade, fora e sabedoria, voc est realizando uma oferenda. Mas se voc vai mesma floresta, acende uma

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    8

    vela verde e pede para Oxossi afastar seus inimigos, voc est realizando um despacho, pois ele tem o sentido de demanda.

    Na oferenda, o Umbandista no assume um compromisso crmico que possa prejudica-lo; mas no despacho, se houver um sentido de agresso e no de defesa, invariavelmente, ele aumentar seus dbitos com os senhores do destino, mesmo que veladamente procure dissimular, alegando a si mesmo tratar-se de uma oferenda, pois suas intenes so captadas em primeiro lugar. O amor ainda arma mais eficiente e forte, principalmente se municiada de perdo, para vencer nossos inimigos desta ou de outras encarnaes.

    Em resumo, tudo que contrrio ao livre-arbtrio de outro ser, vivo ou desencarnado, que em nosso limitar pensamento, achamos ser causado por um inimigo, e que usamos da magia atravs de oferendas, para liquidar algum dano causado ou causador de algum problema que estamos passando, devido a ao destes inimigos, ser sempre um despacho, o que devemos fazer quando assim formos vitimas, fazer uso do amor ao prximo, Oraes a este que identificamos como inimigos, pois somente atravs do amor e das Oraes iremos conseguir cumprir a vontade do Pai.

    Amados Irmos neste momento devemos lembrar de uma s frase, do Pai Nosso que

    nos diz: Perdoai as nossas ofensas, assim como procuramos perdoar a quem nos tem ofendido

    Ou ento uma frase da Orao de So Francisco de Assis: perdoando que se

    perdoado e sofrendo que se vive

    Amados, no podemos acusar as pessoas de estarem nos prejudicando o tempo todo, de ver em tudo a ao dos Espritos, de ver em tudo uma demanda, de acreditar que sempre existe algum preocupado em fazer despachos contra ns. Precisamos superar nossas fraquezas, encarar nossos problemas de frente e enfrentar as dificuldades do dia-a-dia com altivez. O ser, daqui para frente, precisa aprender a se libertar de suas muletas psquicas, para caminhar mais rpido, pois ningum, por mais que o ame, poder caminhar por ele.

    Preste ateno: a hora chegada. Oua quem tiver ouvidos para ouvir, veja quem tiver olhos para ver. Mas se for impossvel de todo voc caminhar sem muletas psquicas, ande com elas, pois o importante seguir o caminho, seja de que forma for.

    Adaptao do Texto Oferendas e Despachos (Ebs e Obrigaes Adaptao feita por Alex de Oxssi)

    Retirado do livro A Umbanda do III Milnio Editora Pensamento Autor: Tlio Alves Ferreira

    Alex de Oxssi

    e-mail: [email protected] http://povodearuanda.wordpress.com

    Mdium da Casa de Umbanda do Caboclo 7 Pembas

    Saquarema - RJ

    mailto:[email protected]://povodearuanda.wordpress.com

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    9

    OXOSSI

    Atributo Conselho.

    Corresponde a nossa necessidade de sade, nutrio, energia vital, equilbrio fisiolgico.

    um trabalho constante de surgimento, expanso, crescimento e renovao. Caador de Almas.

    A fartura a riqueza! Liberdade de expresso o seu ponto mais marcante!

    Os seus tipos psicolgicos so graciosos, inteligentes, com uma curiosidade e senso de observao de grande penetrao simbolicamente o caador solitrio que entra na mata. Apresentam-se de comportamento metdico e propenso a magia cerimonial. Gostam de ficar ss e so discretos, fiis e aparentemente reservados e tmidos. Apresentam uma propenso natural a desbravarem o desconhecido e so pioneiros para novos projetos e mtodos de trabalho. So sensveis, com qualidades artsticas. De estrutura psquica emotiva, com certa freqncia precisam se isolar para refazerem suas as energias.

    Aspectos Positivos: rapidez de raciocnio. So de idias mutveis. Oralidade; a comunicao. Extrovertidos, generosos, hospitaleiros e amigos. Ligados a todos os tipos de arte. Vivem com dinamismo e otimismo. Facilidade para ganhar dinheiro. Amvel com seus amigos, sincero no seu desejo de ajudar os outros.

    Aspectos negativos: Um pouco de preguia a vontade de nada fazer... s vezes, vacilante naquilo que quer, vive de iluses. A falta de alimento, o desperdcio, o plantio escasso e a arte mal-acabada. Gasta todo o dinheiro que ganha. Podem se tornar agressivos. Dificuldade de se comunicar. Florais (Bach) Clematis; chestnut bud; Saint Germain: Amygdalus; Gernio; Thea; Alcachofra; Boa Sorte; Abundncia. Mineral: lpis-lazli. Metal: Cobre Signo regente: Touro/Libra Planeta: Vnus Ervas: Arruda; guin Flor: palma Chacra: esplnico

    Mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery - Porto Alegre RS Enviado por Norberto Peixoto

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    10

    OXOSSI

    Oxossi o senhor absoluto das florestas, prados e cerrados, matas e campos, onde floresce e reverdece a natureza fecunda, pulmes plenos de ar e ps na terra que tem a virtude de trazer o alimento vital, produto que da seara: oxignio puro do ar, alm de todos os gases do cosmo.

    Frutos sazonados, ervas, folhas, razes curadoras esto afetas aos Orix, que assim, fornece a base de todos os medicamentos para a humanidade enferma.

    Seu reino estende-se por todo o orbe terrqueo e tem a colaborao eficiente do seu irmo Osse.

    Os habitantes da mata tm em Oxossi o seu natural defensor, por que dele emana amor, vitalidade e harmonia. Nenhum Orix to desprendido nas suas aes que tm, como resultante o retemperar das energias perdidas, emprestando novos anseios de vida e ideal.

    Depois de Ogun, Oxossi o mais popular e simptico dos Orixs. Sua vibrao nos terreiros acompanhada de manifestaes de uma certa austeridade mas com muito carinho, sabendo ainda que os caboclos e outros espritos simples da mesma plaina so diretamente protegidos pelo formoso Orix.

    Embora senhor de toda fauna e flora planetria, consignamos algumas ervas e frutos afins vibratoriamente com este Orix: accia, arruda, guin, amoreira (folhas e fruta), abre caminho, gengibre, jureminha, coco. Seus cnticos so brejeiros, mas de grande profundidade esotrica, sem contar com a intensidade fagueira do ritmo, eis que a vibrao de alta velocidade:

    Eu vi chover, Eu vi relampear, Mas mesmo assim O cu estava azul. Sambor pemba, Na folha da jurema

    Oxossi dono do Maracaj.

    Neste lindo cntico, observamos a maravilhosa ordem do cosmos em benefcio do planeta Terra:

    Zambi quem governa o mundo, S Zambi pode governar,

    Ele quem ilumina as estrelas, Que clareia Oxossi, L no Jurem.

    Quando necessrio e sem poluir o meio ambiente, suas oferendas podem ser opostas

    no meio da mata, debaixo de frondosas rvores, atapetadas de folhas e elementos naturais.

    Elementos: Ar e Terra - responde melhor os silfos e slfides - espritos da natureza ar - quando invocados para esta vibratria pela afinidade de acelerao de suas ondas eletromagnticas, ao contrrio dos duendes - ligados terra.

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    11

    Convive junto com o Orix Ossanha, que guardador de seus domnios no tocante a toda a seiva - ax - vegetal. O Exu guardio do seu reino pode ser Marab. Festeja-se esse Orix por todo ms de janeiro, mas o seu dia de maior culto 20/01. Sua insgnia o arco e a flecha.

    Oxossi o vivificador das humanidades. naturalmente o vitalizador principal de todos os frutos, ervas e flores e de toda a vida existente nas florestas, campos, matas e adjacncias.

    Saudao: Ok arou ! Ok arou! Ok arou ! ( do Yorub: ok monte. Ar ttulo dado aos caadores)

    Salve o maior, o mais alto dos caadores ! ou Salve o grande caador!, juntando-se palmas e assovios, num brado alegre.

    Na Umbanda, usualmente adotamos a saudao OK CABOCLO !!!

    Mensagem divulgada na lista da Choupana do Caboclo Pery - Porto Alegre RS Enviado por Filho do Vento - [email protected]

    ORAO AO PAI OXSSI

    Meu pai Oxssi! Vs que recebestes de Oxal o domnio das matas, de onde tiramos o oxignio necessrio manuteno de nossas vidas durante a passagem terrena. Inundai os nossos organismos com as Vossas energias, para a cura de nossos males! Vs que sois o protetor dos caboclos; dai-lhes a vossa fora, para que possam nos transmitir toda a pujana, a coragem necessria para suportarmos as dificuldades a serem superadas.

    D-nos paz de esprito, a sabedoria para que possamos compreender e perdoar queles

    que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mnimo da f.

    Dai-nos pacincia para suportarmos queles que se julgam os nicos com problemas e

    desejam merecer das entidades todo o tempo e ateno possvel, esquecendo-se de outros irmos mais necessitados!

    Dai-nos tranqilidade para superarmos todas as ingratides, todas as calnias. Dai-nos

    coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matria, no h cura.

    Dai-nos fora para repelir queles que desejam vinganas e querem a todo custo

    magoar seus semelhantes. Dai-nos, enfim, a Vossa proteo e a certeza de que, quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar at ns, ali estar a Vossa vibrao!

    Ok Ar! Ok Bambi--clime! Que assim seja!

    Enviado por Maurcio Gavanski

    Templo Espiritualista Sol e Esperana - Curitiba PR [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    12

    DEPOIS DE TUDO ATERMINADO No h a mal que no tenha fim No h bem que no venha a mim Nenhuma luz deixa de brilhar Mesmo que as trevas as queiram ofuscar tempo perdido meu povo Querer fazer enganador e quem sabido como baiano faz mesmo o esclarecedor Tem muita canga meu povo Que suncs querem acarregar se errar no livre-arbtrio dona causa e efeito vem lhe cobrar nenhum filho nesta terra essa menina pode burlar pois no livro de Xang a ao escrita vai estar Quanto sofre o ser perverso: Quanto sofre o ser pequeno Pensa que t construindo o cu mas, vai vagar ao lu provando seu prprio veneno baiano, finalmente qual a sua finalidade? Eu lhe arrespondo meu povo: -Defender os filhos de f, que esto prestando a caridade!

    Em, 10/10/2007 por Luzia Nascimento

    Centro Espiritualista Luz de Aruanda

    Recife-PE

    [email protected]

    Eita, baiano! essa prosa t com voz muito mansinha talvez filho nem entenda e nem v olhar na entrelinha Filho de Umbanda! meu povo! Tem que tomar posio pois se ficar dividido vai arrumar confuso Depois de tudo aterminado Vai ver que ficou sozinho Pois as pedras que arremessou Caiu em seu prprio caminho! Sarav meu Pai Xang! d Bahia meu Pai!

    Baiano Z do Coco

    gosto do coco, que d cocada

    e do aucar que adoa!

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    13

    CARTAS DE GANDHARA

    O Mestre Jesus nada tinha para Si, de bens materiais, e mesmo assim no era menos poderoso que os Reis da terra! E enquanto os governantes transitrios, em sua sede de conquistas, patrocinavam o genocdio, conquistando raas e naes pela fora do constrangimento e humilhao, o Sublime Peregrino promovia verdadeira revoluo pelas vias de Seu Sagrado Corao!

    Manso por excelncia de alma, humilde por vocao de Esprito, e Sbio por herana

    divina, chamava todos de irmos e atraa por fora de simpatia os deserdados da sociedade.

    Gandharananda Shanti

    Pergunta: Porqu o Mestre Jesus guardou silncio diante de Pilatos, quando este a ss com o Rabi, na intimidade da fortaleza Antonia lhe inquiriu o que era a verdade? realmente verdade este episdio da vida do Messias como consta nos evangelhos? Gostaramos de saber vossa opinio neste particular, guisa de esclarecimento. Resposta de Premanandchry: J no segredo para a humanidade encarnada, a epopia de Jesus nazareno, cuja poesia transcendental se transfigurou no glgota, transmitindo s sucessivas geraes, pginas de profunda beleza contidas em Seu evangelho de amor e redeno em favor da raa humana! A memria privilegiada de nosso amado Instrutor Ramats nos brinda com a narrao deste episdio em seu famoso livro intitulado O Sublime Peregrino, atravs das faculdades medianmicas de seu discpulo Herclio Maes. Basta folhear o captulo Jesus e Poncio Pilatos para deleitar-vos nas elucidaes ali contidas. Ao nosso entendimento, sem ter a presuno de acrescentar outros detalhes excelente obra ditada por transmentao de Ramats, nos limitamos comparar a sbia compreenso do Mestre Jesus, cuja formao consciencial teve incio em outros planos sidreos, a eons do vosso calendrio terrcola, em relao ao limitado entendimento da mentalidade de Pilatos, que procurava compreender Jesus atravs dos seus acanhados recursos sensrios, comuns aos homens mundanos, apoquentados ainda pelas vicissitudes de suas mazelas interiores. semelhana do impbere, que ainda no atingiu a maturao gensica de suas glndulas reprodutoras, e que no consegue conceber o fenmeno das transformaes fsicas em seu prprio aparelhamento carnal, Piltos diante do Mestre Jesus era qual criana estupefata a olhar admirada o revolucionrio gigante nazareno outorgar-se o Po da Vida e Filho de Deus! Em sua pequenez de alma e pelo acanhado recurso de suas faculdades anmicas, quase nulas, Pncio Pilatos tentava embrenhar-se no mundo fantstico de Jesus que Se declarava O Messias prometido ao povo de Israel, cujo advento excitou o Rei Erodes chacina dos inocentes! Quis saber diretamente dos lbios do Santo Homem o que era a verdade...

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    14

    Jesus, psiclogo sideral por excelncia, com Sua poderosa faculdade hiper-sensorial apenas se limitou ao silncio por compreender que a mentalidade de Piltos quela poca remota jamais conseguiria ter o alcance necessrio compreenso de Suas mximas evanglicas! Por isso o Mestre se limitou a responder que Seu Reino no era deste mundo. como se uma criana de apenas dez primaveras perguntasse a Heinstein sobre as leis da relatividade! Jesus apesar de seus largos conhecimentos, no constrangia seus contemporneos e nem humilhava-os com Sua sabedoria incontestvel, limitava-se explicar por parbolas as suas mximas de luz. Pginas e pginas, livros e livros poderiam ser escritos e montanhas de papel e rios de tintas seriam necessrios para narrar as belezas dos apontamentos de Jesus em Seu inesquecvel e sempre atualssimo evangelho, atravs das pginas vivas e coloridas de Sua vida vivida unicamente em favor da felicidade das humanas criaturas! Porm, com certa tristeza, que ainda observamos os Pilatos hodiernos, cheios de cinismos quais fariseus, eternizando a mesma pergunta de h dois mil anos! Mesmo depois da Obra monumental do glgota ter inaugurado com Seu prprio sangue a mensagem universal do amor em socorro das misrias humanas, podemos observar irmos infelizes; que se demoram a atender ao chamado do Abenoado Mestre, por comodismos, vaidades e presuno! Mesmo entre os que se dizem religiosos dos diversos seguimentos, ao invs de absorver em seus coraes as ilaes benficas do Amai-vos uns aos outros como Eu vs amei, se preocupam em trocar farpas, acusarem-se mutuamente, e promover campanhas insidiosas em desfavor de seus irmos por no compactuarem com seus pontos de vistas sempre deturpados por seus desvarios. Esquecem que toda a verdade que no procede dos ensinamentos do Cristo Jesus, defectvel verruga no corpo sagrado de Suas sacrossantas lies! Oxal aproximam-se os tempos em que o silncio sagrado de Nosso Mestre e Benfeitor, clarear as mentalidades retrgradas, que por falta de Boa Vontade no experimentaram reeducar suas vidas sob os ditames de seu Magnnimo Amor. Paz e Luz!

    Premanandhchry.

    por Joo batista Goulart Fernandes. [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    15

    Os Guias Espirituais trabalham muito com a Apometria

    Muito tem se falado e escrito sobre Apometria. Este texto foi extrado do livro Causos de Umbanda de Leni Saviscki, Editora do Conhecimento. um livro de Umbanda, com estrias de Pretos Velhos que fala de desdobramento, freqncia vibratria, corpo astral, mental e etrico, ressonncia do passado uma das tcnicas (regras) apomtricas. Os Guias Espirituais trabalham muito com apometria e muitos mdiuns e consulentes infelizmente no o sabem, pois se soubessem, entenderiam muito mais o que o plano astral e o que evoluir em esprito consciente de seus atos, sabendo que a semeadura livre e a colheita obrigatria na caminhada do esprito entre as encarnaes sucessivas.

    Esse texto mostra tambm, que nem tudo demanda e que em toda a Ao tem uma

    Reao, a famosa Lei do Retorno to conhecida mas pouco entendida pois SOMOS HERDEIROS DE NOSSO PASSADO E RESPONSVEIS PELO NOSSO FUTURO.

    RESSONNCIA DO PASSADO

    Aconselhada por seu terapeuta, dona Augusta buscava ajuda espiritual. Muito deprimida e com insnia crnica, apresentava idia suicida. De crena catlica, visitava constantemente o tmulo de seus pais, a quem havia amparado at o final da vida terrena. Em suas ltimas visitas ao tmulo dos entes queridos, havia passado mal, sentindo tonturas e uma sensao de vazio na cabea, alm de uma angstia muito grande.

    O atendimento de dona Augusta foi encaminhado ao grupo de apometria*, e, com a ajuda dos guias da Umbanda, seriam buscadas as desarmonias existentes nos planos etreo, astral e mental, alm de socorro aos possveis obsessores.

    Assim que se abriu sua freqncia vibratria, de imediato manifestou-se pai Benedito,

    um preto velho que auxilia o grupo na busca das ressonncias do passado*. - Esta filha est vibrando numa ressonncia que se abriu a partir de suas visitas ao

    campo santo, pela culpa que traz gravada em seu mental, de um passado em que o poder e o mando lhe faziam acreditar ter direitos que no possua. Naquela vida, era um latifundirio de posses, porm de conduta duvidosa. Para aumentar seu patrimnio, no media conseqncias. Certa vez resolveu que queria comprar uma rea de terra pertencente Igreja que fazia divisa com uma de suas fazendas. Recusadas todas as propostas, ameaou os padres de transformar o prprio cemitrio em lavoura se eles no cedessem, e assim o fez. Gargalhando, como um verdadeiro sdico, mandou sua gente arar o campo santo, destruindo todos os tmulos como num verdadeiro filme de terror. Depois juntou todas as ossadas e mandou jogar num precipcio, fazendo aluso ao inferno. Naquela encarnao morreu louco, obsediado pelos espritos que ainda se mantinham nas ossadas, alm de ter absorvido, pela condio vibratria baixa, toda a maldio dos sacerdotes e de todo o povo do local. O mesmo esprito, hoje reencarnado como mulher, ao visitar o cemitrio, sente culpa quando entra em contato com o quadro mrbido que criou no passado, que passa a vibrar no plano mental, trazendo ao fsico as sensaes de que se lamenta. Soma-se a isso atrao natural daquele bolso* de espritos que ainda vibram etericamente, no precipcio em que foram jogados, em condies de total desordem mental, em busca de seus ossos, tentando remontar incessantemente o prprio esqueleto. Em seu desdobramento, durante o sono fsico, a filha,

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    16

    em tratamento, atrada at o local e entra na mesma faixa vibratria, trazendo para o fsico todo o desespero das entidades que l esto culpando-a pelo sofrimento que passam e que julgam ser uma maldio eterna. Por isso est renitente em adormecer, da a insnia.

    Aps a explanao de pai Benedito, a equipe medinica evocou, por meio de pontos

    cantados, a vibratria de Ogum, para comandar uma expedio que se faria, pelo desdobramento dos mdiuns, at o bolso localizado no astral inferior. Com o prestimoso e insubstituvel trabalho dos exus guardies, dando segurana ao grupo, aqueles espritos dementados foram socorridos e encaminhados s alas hospitalares do astral que davam sustentao aos trabalhos da casa. Por meio do elemento do fogo, foi desmaterializado o local, transmutando suas energias para evitar que continuasse exercendo atrao magntica negativa a todos os que ainda vibrassem na mesma faixa.

    Com a catarse necessria, manifesta-se por intermdio de um mdium toda a desordem

    existente no corpo astral de dona Augusta, aliviando, assim, suas emoes desequilibradas pela atuao da culpa.

    Enquanto era cantado um ponto, os pretos velhos, exmios curadores e magistas,

    atuavam no corpo etreo, desmagnetizando o aparelho parasita* implantado em seu crebro etreo, para ativar as ressonncias que a atormentavam, ao mesmo tempo em que solicitavam aos exus de sua serventia uma busca entidade responsvel pelo feito. Por tratar-se de um mago adestrado nesse tipo de implante, com conhecimento do psiquismo humano, foi tentado, aps sua apreenso, um dilogo para seu prprio entendimento e possvel mudana de rumo em sua caminhada espiritual. Diante da renitncia manifestada pelo deboche de suas palavras, assim como tambm pelo negativismo de sua energia, cuja presena e irradiao abalavam a equipe trabalhadora, foi retirado do ambiente e encaminhado aos tribunais adequados, onde a justia de Xang seria exercida, uma vez que ele extrapolara seu direito de atuao, contrariando a Lei.

    *Apometria: tcnica que designa o desdobramento do corpo astral. *Ressonncia do passado: lembranas de vivncia passada registrada na memria

    perene do ser (inconsciente) e que afloram na personalidade atual (consciente), determinando impulsos ou tendncias.

    *Bolso de espritos: local onde se mantm aprisionados por sintonia vibratria espritos

    sofredores de mesma condio mental. *Aparelhos parasitas: engenhocas eletrnicas fabricadas e utilizadas por magos negros

    e seus comandados, que so acopladas nos corpos etreo e astral dos encarnados, com finalidade de comando e desarmonia mental e emocional.

    Mensagem divulgada na lista da Choupana do Caboclo Pery Porto Alegre RS

    www.choupanadocaboclopery.blogspot.com

    Enviado por Flecheiro - [email protected]

    http://www.choupanadocaboclopery.blogspot.commailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    17

    UM CHEIRINHO DE ALECRIM

    H dias em que tem-se a impresso de se estar dentro de um espesso nevoeiro.

    Tudo parece montono e difcil e o corao fica triste.

    a noite escura da alma.

    Era meu aniversrio e justamente um destes dias estranhos, quando uma voz interior me disse:

    "Voc precisa tomar ch de alecrim".

    Fui ao jardim e l estava nosso vioso p de alecrim. Interessante que quase todos que visitam nossos jardins demonstram afeio e respeito pelo alecrim.

    Confesso que nunca liguei muito para ele.

    Mas, naquele dia, com toda reverncia, colhi alguns ramos, preparei um ch e o servi em uma linda xcara. O aroma era muito agradvel e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando.

    Uma sensao de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti enorme felicidade no corao.

    Fiquei muito impressionada com a capacidade dessa planta transmitir alegria.

    Alis, o nome alecrim j lembra alegria.

    Resolvi pesquisar a respeito e - veja s que maravilha!

    O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da regio mediterrnea - foi muito apreciado na Idade Mdia e no Renascimento, aparecendo em vrias frmulas, inclusive a "gua da Rainha da Hungria", famosa soluo rejuvenescedora.

    Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo ( um monge? ) quando estava paraltica e sofria de gota.

    Com o uso do preparado, recobrou a sade, a beleza e a alegria.

    O rei da Polnia chegou a pedi-la em casamento!

    Madame de Svign recomendava gua de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria.

    Rudolf Steiner afirmava que o alecrim , acima de tudo, uma planta calorfera que fortalece o centro vital e age em todo o organismo.

    Alm disso, equilibra a temperatura do sangue e, atravs dele, de todo o corpo.

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    18

    Por isso recomendado contra anemia, menstruao insuficiente e problemas de irrigao sangnea. Tambm atua no fgado.

    E uma melhor irrigao dos rgos estimula o metabolismo.

    Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma viso de Jesus que o tornou capaz de livrar-se do vcio. Jesus lhe sugeria que tomasse ch de alecrim para regenerar e limpar as clulas do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-ris.

    O alecrim digestivo e sudorfero.

    Ajuda a assimilao do acar (no diabetes) e indicado para recompor o sistema nervoso aps uma longa atividade intelectual.

    recomendado para a queda de cabelo, caspa, cuidados com a pele, leses e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansao mental e estafa; ainda para perda de memria, aumentando a capacidade de aprendizado.

    Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim:

    Quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo medida que a sagrada famlia passava por elas.

    O lils ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lrio abriu seu clice.

    O alecrim, sem ptalas nem beleza, entristeceu lamentando no poder agradar o menino.

    Cansada, Maria parou beira do rio e, enquanto a criana dormia, lavou suas roupinhas.

    Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estend-las.

    "O lrio quebrar sob o peso, e o lils alto demais". Colocou-as ento sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de corao a nova oportunidade e as sustentou ao sol durante toda a manh.

    "Obrigada, gentil alecrim" - disse Maria.

    "Daqui por diante ostentars flores azuis para recordarem o manto azul que estou usando.

    E no apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, sero aromticos.

    Eu abeno folha, caule e flor, que a partir deste instante tero aroma de santidade e emanaro alegria."

    Por Lucia Helena dos Santos

    Sandro da Costa Mattos - [email protected] APEU - Associao de Pesquisas Espirituais Ubatuba

    Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba. www.apeu.rg.com.br

    mailto:[email protected]://www.apeu.rg.com.br

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    19

    HISTRIA DE NH BARBINA

    Quando nega velha veio de Luanda, veio com os olhos rasos dgua.

    O corao vinha to sofrido, to despedaado, era tanta dor que chegava int sufocar. Nega veia ficava o tempo todo a indagar:

    - Donde est o Deus de nossos Ancestrais que nada fez para nos livrar dessa situao, dessa vergonha?

    Donde tava os guerreiros de nossa tribo que nada faziam? Donde tava toda valentia que demonstravam na tribo? Maldita ambio de ser rico, de herdar outras terras e conquistar outras tribos! Maldito Barnab! Por culpa dele nois estava ali aprisionado. O que me dava um certo conforto que ele tambm tava preso iguarzinho a ns. Caiu na merma arapuca que armou! Em um momento nosso olhar se cruzou e eu lhe disse:

    - maldito negro, viu no que deu tua ambio? Tu vendeu toda tua gente. Enquanto vida eu tiver Barnab vou te cobrar por tudo isso! Fica bem longe de mim! Pois se me sortar daqui num sei de que sou capaz.

    O capataz que tomava conta de nois a tudo ouviu e me disse:

    - Negra melhor parar com essa briga, pois nada vai adiantar, porque se continuar falando eu vou cortar tua lngua.

    - Me aquietei por alguns instantes no meu canto, ou melhor, no canto que me restava. Como aquelas correntes doam! Como fedia aquele poro! Como eu tinha nojo daquela

    situao! Ambrsio que vinha ao meu lado disse: - Barbina, Barbina! Cala tua boca se no vai ser pior pra nois. A tua revorta pode nos

    levar a coisa pior e seja l pra donde eles to nos levando eu quero chegar vivo.

    - Sunc outro Ambrsio, frouxo e covarde! Mas, deixa eu sair daqui, sunc e os outros vo ver o que eu vou fazer... Nem cheguei a terminar o que estava dizendo j senti nas minhas costas forte chibatada e a voz do capataz a dizer:

    - Negra atrevida e arredia se tu trata os da tua laia assim, o que no irs fazer aos que vais servir? O patro no gosta de quem reclama e fala demais, j te avisei para fazer silncio ou queres virar comida de peixe?

    - Eu estava ensandecida, num tinha ainda aprendido a lio. A chibata ao invs de me amedrontar fez com que eu sortasse a lngua mais uma vez.

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    20

    - Num tenho medo de sunc, nem do seu patro, alm do mais sunc s mostra valentia porque tem uma chibata na mo, queria ver se sunc to valente sem ela. Qui me alembre foi ltima frase que falei.

    Para dar exemplo aos outros negros, o maldito capataz disse: - Pensando bem negra, no vou fazer voc virar comida de peixe no, seria um

    desperdcio, pois, voc tem braos e pernas fortes. O dio que sentes e corre em tuas veias vai te ajudar a trabalhar; se eu te matar vou ter de pagar ao patro que no fica com nenhum prejuzo. Vou fazer algo melhor! Vejo que o teu corpo tem uma parte que no muito boa e quando algo no tem serventia deve ser retirado. J sei como vou te calar negra maldita!

    Em seguida o capataz olhou para os outros negros e disse: - Que sirva de exemplo a todos. E de uma vez por todas entendam quem manda por

    aqui. - Levei mais dez chibatadas, desmaiei de tanta dor. Porm, o pior ainda vinha. Sem

    piedade nenhuma o capataz arrancou minha lngua e entre risos e sarcasmos disse: - Fala negra! Fala agora que eu quero ver! Mostra tua valentia! - Olhei para negro Ambrsio, dos olhos dele desciam fortes lgrimas. Barnab nem

    levantava o rosto e tapava os ouvidos para no ouvir meus gemidos. Ele enlouqueceu de tanto pavor!

    Ambrsio convenceu ao capataz a deixar cuidar de mim j que se eu morresse haveria

    prejuzo para o patro. Nunca mais negro Ambrsio se afastou de mim e servimo juntos na mesma fazenda. Eu na cozinha da Casa e ele cuidando dos animais da fazenda e na poca do charqueado ficava nessa lida.

    Num preciso dizer que levei o resto dessa existncia amargando minha rebeldia e da

    minha voz nenhum som mais se ouviu. Porm eu escutava muito bem, e embora, no pudesse responder escutava vozes que diziam: tem pacincia Barbina, um dia tudo isso vai passar e sunc outra vez vai fazer falad.

    Suncs nem imaginam minha alegria quando voltei pra Aruanda dispois de fazer meu

    passad ao ver que tudo voltava a ser como antes; nada fartava em meu corpo. A lngua que me fizera tanta farta na vida fsica agora s usaria para as coisas teis. Nega Barbina havera aprendido a lio: ouvir mais, trabalhar e falar menos.

    Nh Barbina, Preta Velha de Luanda

    Recebido em 20/01/2007 por Luzia Nascimento Centro Espiritualista Luz de Aruanda - Recife-PE

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    21

    POTENCIALIZAR SENTIMENTOS NOBRES

    Paisagens existem de vrios nveis na Terra, tanto do ponto de vista material, quanto do ponto de vista espiritual.

    Todos os lugares so e esto habitados. A criao divina vibra em todos os Reinos. A Terra um grande escoadouro. Todos os ambientes se mantm pela fora do pensamento que os criou. Diante dessa peculiaridade cada Ser pensante responsvel pelos climas psquicos que constri para si. H ambientes fsicos que so de difcil acesso, de difcil escalada; porm, h uma regio bastante ignota e pouco explorada pelo homem. No corpo fsico essa regio denomina-se corao, ao qual esto vinculados os sentimentos e emoes. Conhecer esse grande ignoto, eis! O grande desafio humano! Potencializar sentimentos nobres e drenar emoes, eis! O grande triunfo ntimo!

    O Indiano

    Recebido em 03/10/2007 por Luzia Nascimento Centro Espiritualista Luz de Aruanda - Recife-PE

    [email protected]

    PRECE DA COMPREENSO

    Senhor Jesus! Auxilia-nos a compreender- Te mais, a fim de que possamos servir melhor, j que somente assim as bnos que nos concedes podem fluir, atravs de ns, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existncia.

    Induze-nos prtica do entendimento que nos far observar os valores que, porventura,

    conquistemos, no na condio de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda no obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.

    E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que

    nos honraste em servio aos semelhantes, especialmente na doao de ns mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em Ti, tanto quanto permaneces em ns, agora e sempre.

    Assim seja.

    Emmanuel por Chico Xavier

    Enviado por Luzia Nascimento Centro Espiritualista Luz de Aruanda - Recife-PE

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    22

    PRECE DO SR. EXU TIRIRI

    Sou EXU, Senhor.

    Pai permite que assim te chame, pois, na realidade, Tu s o meu criador. Formaste-me da poeira csmica, mas como tudo que provm de Ti, sou real e eterno.

    Permite Senhor, que eu possa servir-Te nas mais humildes e desprezveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos. Os homens me tratam de anjo decado, de povo traidor, de rei das trevas, de gnio do mal e de tudo o mais em que encontram palavras para exprimir o seu desprezo por mim; no entanto, nem suspeitam que nada mais sou do que o reflexo deles mesmos. No reclamo, no me queixo porque esta a Tua Vontade.

    Sou escorraado, sou condenado a habitar as profundezas escuras da terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provao humana.

    Sou invocado pela inconscincia insana dos homens a prejudicar o seu semelhante. Sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que so odiados, movido pela covardia e maldade dos egos.

    Pelo pensamento dos iludidos da crosta, atuo na descrena, na confuso e na ignomnia humana, pois esta a condio que Tu me impuseste como instrumento de reajustamento crmico destes cidado incautos.

    No reclamo, Senhor, mas fico triste por estes filhos que criaste Tua imagem e semelhana, serem envolvidos pelo turbilho de iniqidades que eles mesmos criaram e, eu, por Tua lei inflexvel, delas tenho que participar reajustando-os dentro do equilbrio universal que reaza que a semadura livre e a colheita obrigatria. Eu sou instrumento para a colheita, doa quem doer.

    No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e misria, como me sinto grande e feliz quando encontro nalgum corao, um osis de amor e sou solicitado a ajudar na prestao de uma caridade. Pois assim tenho licena de Xang, o soberano da justia e atuo com toda a minha fora e ax.

    Aceito, sem queixumes, Senhor, a lei que, na Tua infinita sabedoria e justia, me impuseste, a de executor das conscincias no evolutivo crmico de cada um, mas lamento e fico triste mais porque os homens at hoje, no conseguiram compreender-me e entender a encruzilhada que atuo, que est dentro deles mesmos.

    Peo-Te, Oh, Pai infinito que lhes perdoe.

    Peo-Te, no por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha evoluo de milnios nesta Terra, mas por eles, os teus humanos filhos.

    Perdoa-os, e torna-os bons, porque somente atravs da bondade do teu corao eles podero ter tempo para se tornarem homens de bem.

    Mesmo quele que perdoou na cruz ainda incompreendido e, desde l, quando encarnei um centurio romano com aoite a mo, converti-me por amor a Ti, Pai Amantssmo.

    Mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery - Porto Alegre RS Enviado por Norberto Peixoto

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    23

    ANO DE OGUM E IANS Ians menina, dos cabelos loiros, onde sua morada, na mina do ouro.

    Quando entrei para a Umbanda, aos 18 anos, era essa a msica que mais gostava de ouvir.

    Mais tarde, a saudosa Clara Nunes consagrava o Orix com o canto Ians cad Ogum, foi pro mar

    a deusa dos ventos, embora possua 21 manifestaes em todas as reas da natureza. Temida pelos eguns (mortos), seu reino est em quase todas as manifestaes da natureza.

    Suas filhas so belas e sensuais e sempre ocupam posio de destaque. Ambiciosas e vaidosas, no saem de casa se no estiverem impecveis, mesmo que por dentro estejam um caco. Vamos sofrer, mas com dignidade e sempre prontas para uma eventual foto. So alegres e divertidas e acham muito desagradvel a companhia de pessoas deprimidas. Com uma filha de Ians por perto ningum fica deprimido.

    So custicas nas suas observaes, mas assim como criticam, amparam, desde que no estraguem a sua ida para uma festa ou viagem, coisa que mais adoram fazer. Por serem audaciosas, poderosas, autoritrias e dinmicas, as filhas de Ians esto sempre procurando algo para se ocupar. Jamais passam despercebidas. So agressivas, mas podem ser doces e meigas, quando possuem interesse em seduzir algum homem.

    Existe uma controvrsia quanto ao seu dia de maior manifestao. Uns cultuam a tera-feira e outros a quarta. Como a regncia do ano se d a partir do dia da semana que cai o dia 01 de Janeiro, o ano de 2008 poder ser regido por Ians, junto com Ogum (tera-feira). Particularmente, acho que neste ano de 2008 teremos a influncia desses 2 arqutipos, o que produzir efeitos bastante turbulentos na natureza, como ventos, tempestades, e questes de guerra.

    Essas manifestaes arquetpicas so para sinalizar a tendncia dos prximos acontecimentos.

    Seguindo a tradio e considerando o ano de 2008 como regido de Ogum e Ians, interessante usar o vermelho, o amarelo, o verde ou o azul marinho, na virada do ano.

    Na numerologia, temos a vibrao do 1 (2+0+0+8 = 10=1) que O MAGO, que segundo Constantino K. Riemma, do Clube do Tarot, este arcano o da relao entre o esforo pessoal e a realidade espiritual. Domnio, poder, auto-realizao, capacidade, impulso criador, ateno, concentrao sem esforo, espontaneidade so as suas influncias.

    O ser, o esprito, o homem ou Deus; o esprito que se pode compreender; a unidade geradora dos nmeros, a substncia primordial. Ponto de partida. Causa primeira. Influncia mercuriana. No campo fsico, muita vitalidade e poder sobre as enfermidades de ordem mental ou nervosa, neuroses e obsesses. Esta Carta indica uma tendncia favorvel para questes de sade, mas no assegura a cura.

    Com todos os aspectos das filosofias e religies, o que preciso manter esse ano de 2008 serenidade. Amor, compaixo e dignidade, certamente nos ajudaro a atravess-lo.

    Feliz Ano Novo! Eparrei Ians! Ogun-I! por Vera Ghimel

    Mensagem da lista da Choupana do Caboclo Pery - Porto Alegre RS Enviado por Norberto Peixoto

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    24

    H MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI ! Diferentes estados da alma na erraticidade - Diferentes categorias de mundos habitados - Destinao da Terra Causa das misrias humanas- Instrues dos espritos Mundos superiores e mundos inferiores Mundos regeneradores; Progresso dos mundos. 1. No se turbe o vosso corao. - Credes em Deus, crede tambm em mim. H muitas moradas na casa de meu Pai; se assim no fosse, j eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, tambm vs a estejais. ( S. JOO, cap. XIV, vv. 1 a 3.) DIFERENTES ESTADOS DA ALMA NA ERRATICIDADE 2. A casa do Pai so os Universos de onde houver matrias densas, sutis, eterizadas em graus adiantados de conscincia. As diferentes moradas so, a laico exemplo, mundos fsicos, ultra e extras fsicos que vibram no espao infinito e oferecem, aos Espritos que neles reincorporam estagirios, moradas correspondentes ao adiantamento destes. Independente da diversidade dos orbes, tais palavras de Jesus tambm podem referir-se ao estado venturoso ou desgraado do Esprito na erraticidade conforme se encontre este mais ou menos depurado e desprendido dos laos materiais, variaro ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensaes que experimente, as percepes que tenha. Enquanto uns no se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espao e os mundos; enquanto alguns Espritos culpados erram nas trevas. Os bem-aventurados gozam de flamejante claridade e do espetculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolao, separado dos que constituam objeto de suas afeies, sofre ntimos martrios sob o peso dos sofrimentos morais; o justo, em convvio com aqueles a quem ama, frui as delcias de uma felicidade indizvel. Tambm nisso, portanto, h muitas moradas, embora no circunscritas, nem localizadas na geografia das galxias como nas astrais, inclusive, aquelas correspondentes aos estados de conscincia. Nessa linha,, as Sete Casas de Aruanda, ou Ncleos Vibratrios da Ptria da Luz, por Seus respectivos Arshas. DIFERENTES CATEGORIAS DE MUNDOS HABITADOS 3. Do ensino dado pelos Espritos, resulta que muito diferentes umas das outras so as condies dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles h os em que estes ltimos so ainda inferiores aos da Terra, fsica e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe so mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existncia toda material, reinando soberanas as paixes, sendo quase nula a vida moral. medida que esta se desenvolve, diminui a influncia da matria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida , por assim dizer, toda espiritual, etrea. 4. Nos mundos intermdios, misturam-se vibraes de bem e mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se no possa fazer, dos diversos mundos, uma classificao absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinao que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados s primeiras encarnaes da alma humana; mundos de expiao e provas, onde domina o mal; mundos de regenerao, nos quais as almas que ainda tm o que expiar haurem novas foras, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    25

    ou divinos, habitaes de Espritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence categoria dos mundos de expiao e provas, razo por que a vive o homem a braos com tantas misrias. Podemos at comparar, modestamente, que este planeta Terra (Urantia) escola que mais reprova que aprova, porque a gradao meritria de seus alunos mais que hipocrisia, mais que soberbia e autotitulaes sacerdotais de ordens e castas pseudo-religiosas. 5. Os Espritos que encarnam em um mundo no se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeio. Quando, em um mundo, eles alcanam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, at que cheguem ao estado de puros Espritos. So outras tantas estaes, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que j conquistaram. -lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como um castigo o prolongarem a sua permanncia em um mundo desgraado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal. DESTINAO DA TERRA - CAUSAS DAS MISRIAS HUMANAS 6. Muitos se surpreendem de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixes grosseiras, tantas misrias e enfermidades de toda natureza, e da concluem que a espcie humana bem triste coisa . Provm esse juzo do acanhado ponto de vista cm que se colocam os que o emitem e que lhes d uma falsa idia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra no est a Humanidade toda, mas apenas uma pequena frao da Humanidade. Com efeito, a espcie humana abrange a todos os seres dotados de razo que povoam os inmeros orbes do Universo. Ora, que a populao da Terra, em face de a populao total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande imprio. A situao material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinao da Terra e a natureza dos que a habitam. 7. Faria dos habitantes de uma grande cidade falsa idia quem os julgasse pela populao dos seus quarteires mais ntimos e srdidos. Num hospital, ningum v seno doentes e estropiados; numa penitenciria, vem-se reunidas todas as torpezas, todos os vcios; nas regies insalubres, os habitantes, em sua maioria so plidos, franzinos e enfermios. Pois bem: figure-se a Terra como um subrbio, um hospital, uma penitenciaria, um stio malso, e ela simultaneamente tudo isso, e compreender-se- por que as aflies sobrelevam aos gozos, porquanto no se mandam para o hospital os que se acham com sade, nem para as casas de correo os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correo se podem ter por lugares de deleite. Ora, assim como, numa cidade, a populao no se encontra toda nos hospitais ou nas prises, tambm na Terra no est a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da priso os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando est curado de suas enfermidades morais. INSTRUES DOS ESPRITOS Mundos Inferiores e Superiores 8. A qualificao de mundos inferiores e superiores nada tm de absoluta; , antes, muito relativa. Tal mundo inferior ou superior com referncia aos que lhe esto acima ou abaixo, em gradao progressiva ou faixa magntico viibratria. Tomada a Terra por termo de comparao, pode-se fazer idia do estado

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    26

    de um mundo inferior, supondo os seus habitantes na condio das raas selvagens ou das naes brbaras que ainda entre ns se encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Nos mais atrasados, so de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos no tm a abrand-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolncia, nem as noes do justo e do injusto. A fora bruta , entre eles, a nica lei. Carentes de indstrias e de invenes, passam a vida na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da inteligncia jaz, latente, a vaga intuio, mais ou menos desenvolvida, de um Ente supremo. Esse instinto basta para torn-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a ascenso a uma vida mais completa, porquanto eles no so seres degradados, mas crianas que esto a crescer. Entre os degraus inferiores e os mais elevados, inmeros outros h, e difcil reconhecer-se nos Espritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glria, os que foram esses seres primitivos, do mesmo modo que no homem adulto se custa a reconhecer o embrio. 9. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condies da vida moral e material so sensivelmente diversas das da vida na Terra. Como por toda parte, a forma corprea a sempre a humana, mas embelezada, aperfeioada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre e no est, conseguintemente, sujeito s necessidades, nem s doenas ou deterioraes que a predominncia da matria provoca. Mais apurado, os sentidos so aptos a percepes a que neste mundo a grosseria da matria obsta. A leveza especfica do corpo permite locomoo rpida e fcil: em vez de se arrastar penosamente pelo solo, desliza, a bem dizer, pela superfcie, ou plana na atmosfera, sem qualquer outro esforo alm do da vontade, conforme se representam os anjos, ou como os antigos imaginavam os manes nos Campos Elseos. Os homens conservam, a seu grado, os traos de suas passadas migraes e se mostram a seus amigos tais quais estes os conheceram, porm, irradiando luz divina, transfigurados pelas impresses interiores, ento sempre elevadas. Em lugar de semblantes descorados, abatidos pelos sofrimentos e paixes, a inteligncia e a vida cintilam com o fulgor que os pintores ho figurado no nimbo ou aurola dos santos. A pouca resistncia que a matria oferece a Espritos j muito adiantados torna rpido desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infncia. Isenta de cuidados e angstias, a vida proporcionalmente muito mais longa do que na Terra. Em princpio, a longevidade guarda proporo com o grau de adiantamento dos mundos. A morte de modo algum acarreta os horrores da decomposio; longe de causar pavor, considerada uma transformao feliz, por isso que l no existe a dvida sobre o porvir. Durante a vida, a alma, j no tendo a constringi-la a matria compacta, expande-se e goza de uma lucidez que a coloca em estado quase permanente de emancipao e lhe consente a livre transmisso do pensamento. 10. Nesses mundos venturosos, as relaes, sempre amistosas entre os povos, jamais so perturbadas pela ambio, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que da decorre. No h senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; s a superioridade moral e intelectual estabelece diferena entre as condies e d a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mrito conferida e se exerce sempre com justia. O homem no procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeioando-se. Seu objetivo galgar a categoria dos Espritos puros, no lhe constituindo um tormento esse desejo, porm, nobre ambio, que o induz a estudar com ardor para os igualar. L, todos os sentimentos delicados e elevados da natureza humana se acham engrandecidos e purificados; desconhecem-se os dios, os mesquinhos cimes, as baixas cobias da inveja; uni lao de amor e fraternidade prende uns aos outros todos os homens, ajudando os mais fortes aos mais fracos. Possuem bens, em maior ou menor quantidade, conforme os tenham adquirido, mais ou menos por meio da inteligncia; ningum, todavia, sofre, por lhe faltar o necessrio, uma vez que ningum se acha em expiao. Numa palavra: o mal, nesses mundos, no existe.

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    27

    11. No vosso, precisais do mal para sentir o bem, da noite, para admirardes a luz, da doena, para apreciardes a sade. Naqueles outros no h necessidade de tais contrastes. A eterna luz e serenidade da alma proporcionam alegria perene, livre de ser perturbada pelas angstias da vida material, ou pelo contacto dos maus, que l no tm acesso. Isso o que o esprito humano maior dificuldade encontra para compreender. Ele foi bastante engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas nunca pde imaginar as alegrias do cu. Por qu? Porque, sendo inferior, s h experimentado dores e misrias, jamais entreviu as claridades celestes; no pode, pois, falar do que no conhece. A medida, porm, que se eleva e depura, o horizonte se lhe dilata e ele compreende o bem que est diante de si, como compreendeu o mal que lhe est atrs. 12. Entretanto, os mundos felizes no so orbes privilegiados, visto que Deus no parcial para qualquer de seus filhos; a todos d os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais mundos. F-los partir todos do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que aos outros; a todos so acessveis as mais altas categorias: apenas lhes cumpre a eles conquist-las pelo seu trabalho, alcan-las mais depressa, ou permanecer inativos por sculos de sculos no lodaal da Humanidade. (Resumo do ensino de todos os Espritos superiores.) MUNDOS DE EXPIAES E DE PROVAS 13. Que vos direi dos mundos de expiaes que j no saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligncia, em grande nmero dos seus habitantes, indica que a Terra no to primitiva, destinada encarnao dos Espritos que acabaram de sair das mos do Criador, ou por seus estgios missionrios. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que j viveram e realizaram certo progresso. Mas, tambm, os numerosos vcios a que se mostram propensos constituem o ndice de grande imperfeio moral. Assim, os colocou Deus num mundo ingrato, para purgarem a suas faltas, mediante penoso trabalho e misrias da vida, at que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso. 14. Entretanto, nem todos os Espritos que encarnam na Terra vo para a em expiao. As raas a que chamais selvagens so formadas de Espritos que apenas saram da infncia e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educao, para se desenvolverem pelo contacto com Espritos mais adiantados. Vm depois as raas semicivilizadas, constitudas desses mesmos os Espritos em via de progresso. So elas, de certo modo, raas indgenas da Terra, que a se elevaram pouco a pouco em longos perodos seculares, algumas das quais ho podido chegar ao aperfeioamento intelectual dos povos mais esclarecidos. Os Espritos em expiao, se nos podemos exprimir dessa forma, so exticos, na Terra; j tiveram noutros mundos, donde foram excludos em conseqncia da sua obstinao no mal e por se haverem constitudo, em tais mundos, causa de perturbao para os bons. Tiveram de ser degradados, por algum tempo, para o meio de Espritos mais atrasados, com a misso de fazer que estes ltimos avanassem, pois que levam consigo inteligncias desenvolvidas e o grmen dos conhecimentos que adquiriram. Da vem que os Espritos em punio se encontram no seio das raas mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raas que de mais amargor se revestem OS infortnios da vida. E que h nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raas primitivas,cujo senso moral se acha mais embotado. 15. A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatrios, cuja variedade infinita, mas revelando todos, como carter comum, o servirem de lugar de exlio para Espritos rebeldes lei de Deus. Esses Espritos tem a de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemncia da Natureza, duplo e rduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    28

    corao e as da inteligncia. E assim que Deus, em sua bondade, faz que o prprio castigo redunde em proveito do progresso do Esprito. - Santo Agostinho. Paris, 1862.) MUNDOS REGENERADORES 16. Entre as estrelas que cintilam na abbada azul do firmamento, quantos mundos no haver como o vosso, destinados pelo Senhor expiao e provao! Mas, tambm os h mais miserveis e melhores, como os h de transio, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilho planetrio, a deslocar-se no espao em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exlio, de provas, de regenerao e de felicidade. J se vos h falado de mundos onde a alma recm-nascida colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbtrio. J tambm se vos revelou de que amplas faculdades dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! h as que sucumbem, e Deus, que no as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnao em encarnao, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glria que lhes fora destinada. 17. Os mundos regeneradores servem de transio entre os mundos de expiao e os felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito s leis que regem a matria; a Humanidade experimenta as vossas sensaes e desejos, mas liberta das paixes desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impe silncio ao corao, da inveja que a tortura, do dio que a sufoca. Em todas as frontes, v-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside s relaes sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis. Nesses mundos, todavia, ainda no existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem l ainda de carne e, por isso, sujeito s vicissitudes de que libertos s se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porm, sem as pungentes angstias da expiao. Comparados a Terra, esses mundos so bastante ditosos e muitos dentre vs se alegrariam de habit-los, pois que eles representam a calma aps a tempestade, a convalescena aps a molstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vs, o futuro; compreende a existncia de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Ento, liberta, a alma pairar acima de todos os horizontes. No mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perisprito puro e celeste, a aspirar as emanaes do prprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam. 18. Mas, ah! nesses mundos, ainda falvel o homem e o Esprito do mal no h perdido completamente o seu imprio. No avanar recuar, e, se o homem no se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiao, onde, ento, novas e mais terrveis provas o aguardam. Contemplai, pois, noite, hora do repouso e da prece, a abbada azulada e, das inmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeas, indagai de vs mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que uni mundo regenerador vos abra seu seio, aps a expiao na Terra. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.) PROGRESSO DOS MUNDOS 19. O progresso lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criao, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandea e prospere. A prpria destruio, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, apenas uni meio de se chegar, pela transformao, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento. Ao mesmo

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    29

    tempo em que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros tomos destinados e constitu-lo, v-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptveis para cada gerao, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradvel, medida que eles prprios avanam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, os progressos do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitao, porquanto nada em a Natureza permanece estacionrio. Quo grandiosas essa idia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrrio, mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providncia no imperceptvel gro de areia, que a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam! Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alar sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele h chegado a um dos seus perodos de transformao, em que, de orbe expiatrio, mudar-se- em planeta de regenerao, onde os homens sero ditosos, porque nele imperar a lei de Deus. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.). CARACTERSTICAS DIMENSIONAIS: - ALGUMAS DAS CASAS DO PAI As dimenses da natureza se fundem sem no entanto confundirem-se. So como ondas de rdio, em freqncias diferentes. importante observar que perceber outras dimenses diferente e ter conscincia sobre elas, de estar desperto e poder mover-se livremente de uma para outra. PRIMEIRA DIMENSO: Relativa ao comprimento. Seres unidimensionais. Comunicam-se apenas por intermdio de sensaes: frio, calor, gostos. No percebem outras dimenses conscientemente. No formulam conceitos. Possuem corpos perceptveis na 3D e deixam um rastro (imaginrio ou no) ao moverem-se. Exemplos de seres unidimensionais: minhocas, lesmas e seres rastejantes. SEGUNDA DIMENSO: Relativa largura. Seres bidimensionais. Comunicam-se por meio das sensaes e das percepes (os 5 sentidos). No percebem outras dimenses conscientemente (Exceo ao gato, que pode "perceber" as dimenses superiores). Ainda no formulam conceitos. Observar aqui que existem diferentes nveis evolutivos destes seres, de acordo com a roda de Sansara. Alguns j podem entender pequenos comandos, porm ainda no h uma conceituao sobre eles. Tambm possuem corpos perceptveis na 3D. Exemplos de seres bidimensionais: co, gato, cavalo, etc, exceto os seres humanos. TERCEIRA DIMENSO: Relativa altura. Seres tridimensionais. Tambm chamado mundo fsico ou tridimensional, regido pelas leis fsicas da 3D. Comunicam-se pelas sensaes, percepes (os 5 sentidos) e os conceitos. Podem perceber as outras dimenses conscientemente, desde que tenham trabalhado fortemente sobre si mesmos, despertando e dominando suas conscincias. Ser tridimensional: homem fsico, com o corpo fsico.

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    30

    QUARTA DIMENSO: Relativa ao tempo. Conhecida pela cincia como 4 coordenada ou hiperespao. Seres quadri-dimensionais. Tambm chamada de mundo etrico (ter). conhecida pelas religies como "O Paraso". Regida pelas leis da 4 D. A 4D est dividida em duas regies: - regio inferior - cincia dos "jinas negros". Regio habitada por "bruxos", e outros elementos negativos. - regio superior - cincia dos "jinas brancos", os elementais da natureza. QUINTA DIMENSO: A 5D onde podemos investigar (com autorizao superior e monitorados por este) passado e futuro usando dos corpos astral e mental. oportunidade de descobrir erros e acertos, pois que temos acesso ao 'Livro da Vida' (akasha) onde esto dbitos e crditos individuais. possvel descobrir o exato momento da nossa prxima morte fsica. Descobrir por qu, quando, como e onde. possvel transcender esta morte. O ego no ultrapassa esta dimenso. Porm, se no praticarmos o desdobramento astral CONSCIENTE, estaremos sempre merc das armadilhas do ego nesta dimenso, pois ele cria formas diversas, muitas vezes belas, para permitir aos eu's continuar manipulando nossa vontade. Sem conscincia nesta dimenso (sem a pratica do desdobramento astral CONSCIENTE) estaremos tambm a merc dos ataques dos magos negros e seus terrveis poderes. - Relativa Eternidade. Est alm do tempo, um - eterno agora. Tambm chamada de mundo molecular. A 5D est dividida em dois mundos (astral e mental), que se subdividem em inferior e superior: MUNDO ASTRAL - inferior As religies denominam esta regio de limbo, pois vo para l os vivos e os mortos. para esta regio que vamos quando do desdobramento astral *inconsciente* (SONHOS). Existem nesta regio muitos templos das 'Lojas Negras'. - superior Onde esto alguns dos Templos das 'Lojas Brancas'. Os tribunais divinos da justia (encarregados de julgar o Karma e o Dharma). Esto aqui os Anjos da morte, encarregados dos processos de desligamento. MUNDO MENTAL - inferior Muitos templos da 'Loja Negra' com os mais terrveis e perigosos 'magos negros'. - superior Os indostnicos chamavam esta regio de 'devachan'. Muitos templos das 'Lojas Brancas'. SEXTA DIMENSO: Esto os primeiros mundos eletrnicos (sol espiritual). Est alm da prpria eternidade. a morada da Essncia. Pode ser explorada apenas pela real meditao, que consegue liberar a Essncia aprisionada pelo ego. Divide-se em: - MUNDO CAUSAL.

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    31

    As religies chamam esta regio de "cu". Refere-se ao Corpo Causal, plasmado pela vontade consciente (homem autntico). Alma humana. - MUNDO BDICO (corpo bdico). Alma divina. No mundo causal e bdico esto as almas dos seres humanos. fato que a grande parte da humanidade hoje "no possui alma, nem esprito". preciso fabric-los. STIMA DIMENSO: Integra os mundos eletrnicos.Conhecida como dimenso ou regio "zero". a morada do Pai (ou Absoluto). a morada do nosso ntimo. Para onde tornaremos, com a eliminao total do ego, mas somente aps a aquisio da total conscincia, da fabricao dos corpos solares, da alma, do esprito e da encarnao do nosso ntimo...eis um longo e difcil caminho a percorrer... a Fora que movimenta a natureza ( Sa ra v !) E os Ncleos Vibratrios de Aruanda com a hierarquia dos Arshas (Orixs) Csmicos e Ancestrais, onde dimensionalmente, se encontram??? FONTES DE CONSULTA: 01 - KARDEC, Allan. H Muitas Moradas na Casa do Pai. In: . O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro. 111. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1995. Cap. II. Item 2, pg. 71. 02 - Item 3, pg. 72. 03 - Item 4, pgs 72-73. 04 - Da Criao. In: O Livro dos Espritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 75. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1994. Parte 1, Cap. III. Comentrio perg. 55, pg. 69.

    Palestra realizada em: 4 de maio de 2006 - 20h Centro de Estudos e Pesquisas Espritas de Curitiba

    Rua Henrique Correia, 345 - Bairro Alto - Curitiba / PR

    Palestrante: Guaracy Stachuk

    Templo Escola Nao de Aruanda Ncleo de Estudos Superiores de Aum Bhan Dham - Curitiba PR

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • Correio da Umbanda Edio 25 Janeiro de 2008

    32

    A CULPA FOI DO OBSESSOR!

    Legado de umbanda sacerdcio Onde cada um tem que cumprir sua misso

    Muitos passam pelo terreiro... Poucos so os que ficam vivenciando lio

    Para muitos a escola Aruanda boa

    Quando atende aos seus anseios Mas quando contraria ao que se quer

    Valha-me Nossa Senhora, a comea o desmantelo.

    Tem filho de tudo quanto qualidade Tem at os que perderam a identidade

    E no vaivm da vida deixa passar oportunidade Eita povo mal-criado como faz complicad

    Bate cabea no Conga, mas num se alembra de Nosso Sinh.

    Baiano de sua redinha olha os filhos que esto na corrente Fico feliz quando encontro uma alma que no esta ausente A Umbanda boa baiano? E eu arrespondo: sim senhor! Mas pr trabalhar na umbanda num tem que ter cansador.

    Tem filho injuriado e desconsolado tambm

    Tem aquele que sonhador e c pra terra no vem Prefere viver nas nuvens pra no machucar ningum

    Ainda tem o filho que faz birra feito criana mimada Bast a me levantar a voz j se acha injustiada

    Porque conselho dos guias e pr outros pra ela num serve nada!

    Virgem minha Me Santssima Agora baiano que num sabe quem t errado?

    Pois tem filho que avalia os outros, mas, num quer ser avaliado. Leva a vida toda no aprendizado e adispois reprovado

    No escolheu o amor como melhor opo

    E da passa o resto do tempo a fazer reclamao No final diz que se enganou a culpa foi do obsessor!

    E passa o resto da existncia fazendo seu rezador

    Lamuria, lgrima e arrependimento foi s o que ele lucrou. Pois ao invs de trabalhar na Umbanda ele deu foi trabalhador1

    da Bahia meu Pai!

    Salve o Senhor do Bonfim!

    Baiano Z do Coco Em 27 de novembro de 2007

    por L