correio da usalma n.º 28 & 29

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Abril-Junho 2012 Mostra de Ensino 2012 Abril-Junho 2012 Números 28 e 29 Distinção Medalha de Ouro 2007 Câmara Municipal de Almada

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Correio da USALMA n.º 28 & 29 abril & junho 2012

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Abril-Junho 2012

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Mostra de Ensino 2012

Abril-Junho 2012 Números 28 e 29

Distinção Medalha de Ouro 2007Câmara Municipal de Almada

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EditorialProf. Jerónimo de Matos

1 Realizou-se no dia 17 de Fevereiro a 1.ª reunião do Conselho Científico, cuja constituição e respectivo regulamento foram aprovados em Assembleia Geral da

Associação de Professores, efectuada em 10 de Novembro de 2012.Da ordem de trabalhos constava a eleição do Presidente e Vice-Presidente, levada a efeito com o seguinte

resultado:Presidente – Prof. Doutor Alexandre CerveiraVice-Presidente – Prof. Doutor Fernando SerraTrata-se de duas personalidades com currículos na docência universitária de reconhecida qualidade e rele-

vância.O Professor Alexandre Cerveira, Catedrático Jubilado, rege actualmente na USALMA a disciplina de In-

formática.O professor Fernando Serra, que integrou em vários mandatos os corpos Sociais da Associação de Profes-

sores/APCA, é actualmente Professor Catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.Com a criação deste órgão científico de acompanhamento e consulta completa-se a arquitectura de gestão

pedagógica e científica da USALMA e de participação democrática das várias instâncias directivas, docente e discente (ver organograma na pg. 5).

Ao Conselho Científico competem tarefas da maior relevância para o aprofundamento e evolução da USALMA como Instituição de ensino ao longo da vida, promotora da solidariedade e do convívio social e cultural, atenta e participante no progresso e investigação científica nacionais e internacionais, aberta às rela-ções intergeracionais e interculturais.

2 Uma das características das sociedades contemporâneas e suas instituições é a informação, de tal modo omnipresente e instantânea, que se tornou o seu qualificativo principal. É a sociedade da informação.

Trata-se de uma conquista irreversível e com evidentes vantagens numa sociedade que entrou decisivamente na era da globalização.

Mas, como todas as conquistas civilizacionais, envolve perigos e perversões.Um dos perigos é o da saturação que leva ao caos e ao desinteresse. Há hoje estudos científicos que definem

o limiar que separa a informação virtuosa e útil da sobre-informação que gera a confusão e o estado caótico.A perversão resulta de a circulação da informação ser cada vez menos institucional e certificada e cada vez

mais de decisão e utilização individual.Também aqui há as duas vertentes: a da aproximação e troca imediata de bens culturais, a comunicação à

distância entre familiares e amigos, a criação de novas relações, a dinâmica intercultural. Esta é a vertente virtuosa.

Há, porém, a vertente perversa de que a blogosfera irresponsável e o bulling electrónico, cujos perigos têm levado às escolas e às famílias inquietação e violência, são exemplos negativos.

Servir-se destes meios para levantar suspeitas infundadas, espalhar boatos, fazer contra-informação, é um uso abusivo e uma actividade reprovável que lesa pessoas e instituições.

As mudanças verificadas nos corpos sociais da Apcalmada/USALMA e a sobrecarga de tarefas daí decor-rentes levaram à necessidade de publicar como número duplo os boletins n.ºs 28 e 29.

Ficha TécnicaDiretor: Jerónimo de MatosRedação : Ernesto Fernandes (coord.), Carmo Manique, Edite Prada, Feliciano Oleiro, Joaquim Silva,Teodolinda SilveiraConceção Gráfica e Paginação: Joaquim Ribeiro

Colaboração: Américo Morgado, A. Tomás, Diana Ferreira, Edite Condeixa, Edmundo Abrantes, José Gonçalves, Julieta Ferreira, Maria de Lourdes AlbanoSecretariado: Sónia Tomás Propriedade e Editor: Associação de Prrofessores do Concelho de Almada Depósito Legal: 284512/08ISSN 1647-1067Redação e Administração: Rua Conde Ferreira 2800-077 AlmadaTelefone e fax: 21 274 39 28E-Mail: [email protected]: www.apcalmada.orgPeriodicidade: Trimestral

Aos Leitores

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Apresentação

Prezados estudantes e professores da USALMA.Na qualidade de Presidente da Associação de Professores do Concelho de Almada

(APCA), entidade responsável pelo projeto que a USALMA materializa, venho cumpri-mentar-vos, ao mesmo tempo que faço um pequeno balanço dos primeiros três meses de efetiva atividade da nova direção da APCA, no que à USALMA diz respeito.

Permitam-me que vos fale de coração aberto. A APCA é uma associação que pretende englobar todos os pro-fessores do nosso concelho e que desenvolve diversos projetos, alguns mais orientados para os associados, outros de cariz mais alargado, dos quais saliento a Universidade Sénior, o projeto de voluntariado Uma Palavra Um Alento e o projeto de Formação. Este procura fazer chegar a todos um conjunto de conhecimentos inovadores e de qualidade, na forma de conferências e colóquios; com a USALMA, queremos ajudar os seniores a manter uma atividade e com ela uma vida mais ativa; com o projeto Uma Palavra Um Alento procuramos apoiar os seniores que não têm já condições de se deslocar e que, isolados em casa, precisam de uma voz amiga e de uma presença que os faça sentir vivos e os ajude a fazer coisas tão simples como sair para beber um café, ou para ir ao cabeleireiro.

Devo dizer-vos que, enquanto professora ainda no ativo, não tenho tanto tempo quanto gostaria para dedicar à APCA e aos seus projetos. Uma das coisas que já iniciei, mas que está menos avançada do que eu gostaria, é a minha visita às turmas da USALMA, para, pessoal e informalmente, me dar a conhecer e recolher as vossas impressões sobre o nosso trabalho. Confesso que nas turmas que já visitei me senti em casa. Fui bem recebida e gostei da experiência.

Digo-vos ainda que abracei o desafio de presidir a APCA porque acredito no valor cidadania ativa e do volun-tariado. Não tinha um conhecimento prévio muito profundo da estrutura a que hoje presido. Mas tenho feito todo o possível por me integrar e por proporcionar a todos, Associados, Estudantes e Professores, um serviço de qua-lidade. Não esperem de mim, porém, a perfeição. Todos sabemos que isso não existe. Apenas vos posso garantir que tenho dado, que vou continuar a dar, o meu melhor.

Nesse sentido, e antes de fazer o balanço prometido dos primeiros três meses, devo dizer-vos que lamento profundamente que muito do pouco tempo que tenho para me dedicar a todos vocês, Associados, Estudantes e Professores, tenha sido gasto numa atividade desgastante e infrutífera de responder a um conjunto elevadíssimo de mensagens cuja intenção maior me parece ser a de colocar em causa a ação desta instituição. Centrando-me agora na USALMA, gostaria de recordar-vos que ela existe graças ao sonho e à vontade inabalável do homem que, na qualidade de Presidente da APCA, propus como diretor. Porque a ele se deve a existência da USALMA e, se outras razões não houvesse, esta chegaria para o fazer destinatário de todo o meu respeito. Estamos a falar de um dos fundadores da nossa Universidade Sénior. Como tal, todos lhe devemos respeito e admiração. Aqui deixo expresso o meu agradecimento e a minha admiração pelo trabalho que foi feito. Espero estar à altura de ajudar a continuar o percurso iniciado. Conto com todos vós para o conseguir.

A atividade dos primeiros três meses poderá ter ficado aquém das vossas expectativas, ou daquilo a que esta-vam habituados. Mas coloquem-se no meu lugar e no da equipa a que presido. Seriam capazes de, em simultâ-neo, perceber como funciona uma instituição e avançar com tarefas acerca das quais ainda não tivessem pleno conhecimento? Ainda assim, e no que à USALMA diz respeito, creio que a atividade principal, ou seja, as aulas, decorreu com normalidade. Deve-se esse facto ao vosso interesse e ao profissionalismo dos nossos professores aos quais endereço a minha gratidão. A par desta atividade principal, outras foram desenvolvidas: organizámos três conferências; assinámos alguns protocolos que dão vantagens a associados e estudantes da USALMA dos quais vos damos conta em anexo a este boletim; formalizámos outros já existentes; fomos ao teatro ver a peça Judy Garland de La Féria; fomos ao Museu do Fado; fomos ao Museu de Arte Antiga; propusemos uma visita a Sevilha que não se realizou por não ter havido disponibilidade da vossa parte, o que nos obrigou a cancelar a viagem; fomos ao Barreiro; foram realizadas algumas visitas de estudo, estas organizadas, na sequência do que era hábito, e como deverá ser, do meu ponto de vista, pelos professores das disciplinas com o apoio dos respeti-vos delegados, que estabelecem a ponte entre o professor e a nossa sede. Neste sentido, gostaria de recordar que as visitas de estudo devem ser dirigidas, por princípio, exclusivamente aos estudantes das respetivas turmas. O alargamento a outras turmas pode ocorrer, de acordo com a prática institucional, por convite pessoal do professor a colegas seus, ou através de informação fornecida à nossa secretaria que assumirá a sua divulgação junto de todos os professores.

Termino endereçando a todos uma saudação sincera.

Prof.ª Maria de Lourdes AlbanoPresidente da Direção da APCA

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Como já vem sendo hábito, a Câmara Mu-nicipal de Almada levou a efeito, nos passados dias 18, 19 e 20 de Abril, a Mostra de Ensino com representação de todas as instituições de ensino superior, secundário e profissional do concelho, tendo a USALMA, tal como nos úl-timos cinco anos, estado representada na ex-posição e nas animações que decorreram ao longo dos três dias.

Sendo o tema deste ano “Mobilidade e in-tercâmbios escolares”, foi com toda a faci-lidade que o projeto social e solidário que a USALMA corporiza, nela se integrou, pois como todos sabemos, este projeto nasce sob o signo da mobilidade, nas suas mais diversas vertentes.

Mobilidade 1Criada pela Associação de Professores

(APCA) um ano após a fundação desta asso-ciação de docentes de todos os graus de ensi-no do Concelho de Almada, não dispondo de instalações próprias, nem recursos financeiros para proceder à sua construção ou aluguer, re-correu à hospitalidade das escolas secundárias do Concelho.

E este projecto social e solidário teve a me-lhor compreensão e aceitação das Direcções dos estabelecimentos contactados, que assim manifestavam uma visão moderna da escola pública, como recurso de educação e cultura aberto à comunidade.

O projecto da USALMA passou a constituir também um projecto da própria escola, na sua dimensão comunitária.

E foi assim que se iniciou um processo de mobilidade social e cultural: no 1º.Ano (2005) em quatro escolas do centro da Cidade (Anselmo de Andrade, Emídio Navarro, Ca-cilhas/Tejo e D. António da Costa); nos anos seguintes a peregrinação prosseguiu (Fernão Mendes Pinto, António Gedeão) e foi ao en-contro das freguesias excêntricas – Monte da Caparica, Costa de Caparica, Laranjeiro (Ruy Luís Gomes) Feijó (Romeu Correia). O cres-

A Universidade Sénior de Almada na Mostra de Ensino

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cimento rápido levou-nos a solicitar a hospitalidade de instituições do Município (Arquivo Municipal), do ensino particular (Frei Luís de Sousa e Seminário de S. Paulo) e associativas (Imargem-Associação de Ar-tistas Plásticos de Almada).

Esta opção não foi um mero recurso de circunstân-cia, mas uma solução com objectivos bem definidos e de interesse mútuo nas parcerias estabelecidas. Entre estes objectivos destaco:

- A optimização dos recursos educativos públicos e privados;

- A relação intergeracional, levando, em alguns ca-sos, à troca de experiências pedagógicas;

- O estímulo aos jovens pelo exemplo dos seniores na sua dedicação ao estudo das ciências e das artes.

Mobilidade 2 A USALMA surge em 2005, num momento de afir-

mação do movimento sénior e do seu interesse pelo estudo ao longo da vida. O número de universidades seniores rondaria, então, as 30 organizações, ultrapas-sando, hoje, as 200.

Esta rápida expansão do movimento deu lugar ao interesse pelo encontro e o intercâmbio de experiên-cias e à criação duma associação de apoio às relações entre Universidades Séniores, a Rede de Universida-des da Terceira Idade (RUTIS).

A USALMA participou, desde o seu início, nos encontros promovidos por esta associação e co-or-ganizados por Universidades Séniores, previamente

escolhidas.Assim, nos encontros Nacionais, a USALMA este-

ve presente em Almeirim, Stª Maria da Feira, Amado-ra, Covilhã, Portimão, Guimarães, S. João da Madeira e, no corrente ano, em Torres Vedras.

Nos concursos “O saber não tem idade” concorreu em Lisboa (1), Santarém, Sintra, Lisboa(2), Loures e Miranda do Corvo.

Nos encontros de Teatro esteve em Santarém, Ga-vião e Cabeção.

Mobilidade 3 A Mostra do Ensino do Concelho de Almada criou,

também, condições para um intercâmbio entre as ins-tituições do ensino superior, secundário e particular, constituindo uma excelente oportunidade, não só para levar a cabo a amostragem do conjunto de oportuni-dades e recursos educativos, de todos os níveis, que jovens e seniores têm ao seu dispor no concelho, mas também para a troca de experiências e parcerias entre as instituições que, sob a coordenação do Departa-mento da Educação e Juventude da Câmara Munici-pal, realizam este evento.

Neste momento aguardamos a resposta à candida-tura da USALMA ao programa da U E Grundwig II Sénior, como oportunidade de intercambio interna-cional, a qual concretizará mais uma vertente da gran-de abertura e mobilidade da Universidade Sénior de Almada.

Prof.ª Teodolinda Silveira

A Universidade Sénior de Almada na Mostra de Ensino

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Primeira Reunião do Conselho Científico

Aprovada a constituição e o respetivo regulamento na Assembleia Geral da APCA de 10 de novembro de 2011, sob proposta da Direção, teve lugar no dia 16 de fevereiro a 1.ª Reunião do Conselho Científico da USALMA, de cuja ordem de trabalhos constava a eleição do Presidente e do Vice-Presidente.

Foram propostos para Presidente o Professor Alexandre Cerveira e Vice-Presidente o Professor Fernando Ser-ra, eleitos pelos votos dos membros presentes com uma abstenção.

Como consta das respetivas competências regulamentares, o C.C. tem larga intervenção nos domínios científico e das relações com instituições do ensino superior nacionais e internacionais, bem como nas candidaturas a con-cursos de investigação e aplicação científica em Portugal e na União Europeia.

Com a criação deste novo órgão de consulta completa-se o organograma que estrutura a USALMA, ficando assim constituído:

Integram o C.C. os 10 coordenadores das áreas disciplinares por inerência e cinco professores doutorados, após convite, para cumprir a regra dos C.C. das Universidades Clássicas.

Entretanto no dia 5 de Maio teve lugar a 2.ª reunião do C. C. que, entre outras tarefas de carácter organizativo e de verificação das suas competências, analisou os currículos dos novos professores e as linhas gerais das respec-tivas disciplinas a implementar no próximo ano lectivo.

 

Organograma

Associação de Professores do Concelho de Almada

USALMA

Órgão Deliberativo

Órgão Executivo

Órgão Fiscalizador

Órgãos Consultivos da Direção

Conselho de Delegados

Assembleia de Delegados

 

Assembleia Geral

Direção

Conselho Fiscal

Conselho Científico

Conselho Pedagógico

 

Coordenação Diretor

Assessores

Coordenadores das

Áreas Disciplinares

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Clube de Leitura da USALMAProf. Diana Ferreira

Porque ler é um prazer que deve ser partilhadoEstamos a comemorar o segundo aniversário da existência do Clube de Leitura da USALMA

nascido a 20 de fevereiro de 2010, fruto de um desejo de alguns dos alunos e da professora de Língua Portuguesa Diana Ferreira terem um momento de partilha de leituras, saberes e vivências. E assim, da vontade se passou à concretização, com o apoio e disponibilidade da Direção da USALMA, cujo espaço, nos tem cedido amavelmente. Os encontros têm tido lugar a um sábado por mês, agendado por todos os membros e em que são propostos livros de diversos escritores, tendo sido até ao momento maioritariamente autores lusófonos. Este projeto tem como objetivos:

1) Criar um espaço de exercício de leitura;2) Estabelecer uma relação de proximidade com os livros;3) Conhecer vários autores contemporâneos da literatura nacional, bem como clássicos ou autores estrangeiros;4) Aprofundar a capacidade de interpretação individual;5) Trocar ideias;6) Desenvolver o sentido crítico;7) Aumentar o nível de sociabilidade.

E neste sentido, os encontros têm sido muito profícuos, enaltecendo o tesouro cultural dos livros pertencentes à literatura lusa como Caim de José Saramago, Eurico o Presbítero de Alexandre Herculano, Os meus Amores de Trindade Coelho, Livro de José Luís Peixoto, os de autores estrangeiros como As Travessuras da Menina Má, de Gabriel Garcia Marquez, o Mil novecentos e oitenta e quatro de George Orwell e, por fim, autores locais, que muito nos honram com a sua presença, com Saga de Pequenas Memórias do Professor Feliciano Oleiro e o Papa-Açorda de Vicente Cóias.

Com efeito, a experiência tem sido adoçada por momentos de discussão de ideias, de experiências leitoras e até nutrida com uma narrativa interpares, com participação de alguns membros. E mais do que um clube, é um momento cultural, em que a gastronomia se enamora e acalenta a leitura.

Esta doce infância vai amadurecendo com o desiderato de crescer saudavelmente numa constante partilha e aprendizagem e como tal será lançado brevemente um blogue onde poderão acompanhar as leituras, opiniões e poderão ainda participar, porque ler é realmente um prazer que deve ser partilhado.

Chá com PoesiaAluna Julieta Ferreira

No dia 30 de março de 2012 pelas 17 ho-ras, no Teatro Municipal de Almada, no âmbito da disciplina Encontro com

a Poesia das Prof.as Helena Peixinho e Ângela Mota, realizou-se mais uma sessão, a segunda, do Chá com Poesia, na sala do restaurante do Teatro.

Foi uma sessão bastante participada. Estive-ram 35 pessoas presentes, incluindo os 13 alunos da disciplina e o músico convidado, Manuel Fer-nandes, que animou bastante com a sua viola e dizendo alguns poemas de sua autoria.

A sessão foi iniciada com apresentação da Prof.ª Ângela Mota, que deu as boas vindas a to-dos, agradecendo a sua presença, pessoas aman-tes de poesia que se deslocaram ao Teatro para terem uma tarde agradável, ouvindo e lendo poemas de vários poetas.

De seguida foi servido o lanche, composto por chás, scones e torradas. Muito agradável.E deu-se início à leitura dos poemas escolhidos pelos colegas da disciplina Encontro com a Poesia. E

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muitos foram os poetas selecionados: Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Ruy Belo, Ary dos Santos, Guerra Junqueiro. Alexandre O`Neill, Miguel Torga, Almeida Garrett, António Ramos Rosa, Alice Vieira, Isabel Bar-reno e alguns inéditos de colegas com veia poética. Não esquecer ainda a leitura do poema «Invictus», de um autor inglês, William Ernest Henley, que inspirou Nelson Mandela enquanto este esteve prisioneiro.

Todos os presentes, que não alunos da disciplina, foram convidados também a dizer poesia. E alguns assim o fizeram.

Para terminar, por iniciativa da Prof.ª Ângela, foi distribuído por todos um poema de Almada Negreiros, para uma leitura coletiva, que foi muito bem aceite.

A sessão terminou com a alegria estampada em todos os rostos por mais um momento de convívio cultural que nos purificou a alma.

Para que estas sessões Chá com Poesia continuem a ser um sucesso, convidamos todos os alunos da USAL-MA e amigos, que gostam de poesia, a participar todas as últimas sextas-feiras de cada mês, pelas 17 horas no restaurante do Teatro Municipal de Almada.

Política Política é Poderfaz obedecerpara o bem comum. Desumuanizadaé dano e ainda mais é dano insanoquando endeusada. Não é para nósfica perpetuamente, inacabada e nesta inquietude, vivemos acabadosousados na espera esta sina malfadada!

Aquela árvore Inclinado para o maro azul infinitoo último redutoque por paixãoo atrai. Tronco carcomidonas formas, bonitoresistenteramos e folhas afirmativamente verdese ali está quedocomo houvera nascido. Areias, pedras, água para bebertão pouco para vivere ali está desafiante. Aquela velha árvoresofridaagarrada à vidaquisera eu ser.

Prof. Américo Morgado

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Museu das ComunicaçõesAluno Edmundo Abrantes

No dia 18 de janeiro de 2012 pelas 9 horas da manhã em Cacilhas, alguns alunos da Usalma concentraram--se com outros alunos do 11.º e 12.º anos do Curso

Profissional de Eletrónica, Automação e Computadores da Es-cola Secundária Emídio Navarro, juntamente com os professo-res, por forma a efetuarmos uma Visita de Estudo ao Museu das Comunicações em Lisboa.

Apesar das idades divergirem, o ambiente gerado à volta do grupo demonstrou um intercâmbio bastante bom nas pessoas envolvidas.

Na minha opinião, este tipo de iniciativas torna-se bastante benéfico dado que permite aos jovens e “ menos jovens” troca-

rem ideias que possam servir de extrema importância pelo menos para a geração atual.Realçando o aspecto da Visita de Estudo pareceu-me importante adquirirmos alguns conhecimentos, no-

meadamente, ao vermos a casa do futuro. Um outro facto terá sido a ocorrência de aulas ao vivo de todos os tipos de comunicações, desde a sua origem até à atualidade, o qual achei tam-bém importante.

Por último, quero deixar aqui expresso o contributo do Professor Rui Baltazar por nos ter convidado e proporcionado este dia mara-vilhoso.

Também deixo aqui uma palavra de agrade-cimento aos jovens e Professores pela forma como fomos integrados no grupo da Visita de Estudo realizada.

Visitas de Estudo

Sé de Lisboa, o seu Tesouro e Teatro RomanoHistória da Arte III

Prof. J. Matos

Após o estudo do Românico e da transição para o Gótico, a Sé Catedral de Lisboa era o objectivo ideal para a visita de estudo complementar.

Esta visita teve lugar no dia 21 de janeiro passado, guiado pelo Professor Jerónimo de Matos e participada pelos alunos da cadeira e familiares próximos.

Iniciada a construção, logo após a conquista de Lisboa, no espaço antes ocupado pela Mesquita, sob a Dire-ção de mestre Roberto, a Sé é erguida no apogeu do estilo românico na Península, quando no centro da Europa já se dava a transição para o gótico. É, pois, neste estilo que, após o terramoto do Séc. XIII, é reconstruída a abside, o deambulatório com as capelas radiais e o claustro, nos reinados de D. Dinis e D. Afonso IV.

Visitada a Sé e o seu claustro, foi a vez de entrar no deslumbrante tesouro de alfaias e paramentos sacros, escultura, pinturas, livros “iluminados”, em que sobressai a custódia esplendorosa, há alguns anos alvo de uma tentativa de furto.

O dia primaveril tornou mais agradável o passeio pelos velhos bairros de Lisboa, com a visita ainda ao Teatro Romano e um almoço regional na casa do Alentejo, edifício em que o mudéjar e o popular alentejano se conjugam em boa harmonia.

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BiodiversidadeViver Melhor na Terra

Aluno A. Tomás

Visita de estudo ao oceanário e pavi-lhão do conhecimento promovida pelas disciplinas de Biodiversidade:

Sustentabilidade na Terra e Viver Melhor na Terra, teve lugar no dia 9 de fevereiro de 2012.

Concentração no Centro Sul pelas 08.50 h. Cerca das 9.10 h iniciou-se a viagem. Chegada ao Oceanário cerca das 9.45 h e às 10 horas di-vidimo-nos em dois grupos sendo um acompa-nhado pela Bióloga Dra. Rita Luís e pelas pro-fessoras Ivone Ferro e Emília Evaristo e o outro grupo acompanhado pela Bióloga Dra. Patricia Agostinho e pelas professoras Maria da Graça Pessoa e Carmo Nascimento.

A visita começou com uma palestra que de-correu numa sala de aulas onde foi apresentado detalhadamente toda a riqueza da Biodiversi-dade existente no Oceanário e fomos alertados para a necessidade de a humanidade corrigir o seu comportamento e proteger as espécies em vias de extinção. Foi apontado o perigo real que pode estar em causa, num futuro próximo, uma

parte substancial da nossa alimentação.De seguida foi apresentado o programa Educativo Ateliê dos Oceanos o Mercado do Peixe que procurou

sensibilizar os presentes para os perigos das capturas intensivas e ilegais que destroem as espécies pequenas e conduzem à redução e consequente extinção de algumas espécies. Ao som de uma música de Amália Rodrigues, datada de 1977, a Caldeirada da Poluição, foram apresentados grandes problemas como a poluição dos mares, a contaminação por petróleo, a rotura dos stocks, a sustentabilidade dos recursos renováveis e os perigos da des-truição dos recursos não renováveis .

Quanto ao fiel amigo - bacalhau, aprendemos que, reduzir o seu consumo, ou seja comer mais batatas menos bacalhau, será obrigatório no futuro ou então ficaremos só com as batatas. Como alternativa foi sugerido o con-sumo do paloco (o bacalhau do Pacífico) que não se encontra em tanto perigo de extinção.

Foi distribuída uma régua e documentos explicativos, com as medidas legais para peixe a consumir e algumas figuras de peixe de papel , para comparação. Pelo interesse manifestado por todos, certamente ficamos mais sen-sibilizados para defender a biodiversidade marinha. Foi ainda distribuído um folheto VASCO – SOS OCEANO com sugestões para um Oceano sustentável: qual a melhor escolha ; que alternativa; o que evitar.

Durante a visita, as Biólogas Dr.ª Patricia Agostinho e Dr.ª Rita Luís, explicaram toda a agitada vida aquática nos diferentes tanques do Oceanário correspondentes aos diferentes ecossistemas do Planeta, desde os animais de grande porte como a Manta, o Tubarão, passando pelas aves que nidificam nas rochas, as lontras, meigas para as crias mas muito comilonas (5 kilos de comida por dia) até ao minúsculo sapinho sem esquecer uma espécie de cavalo-marinho que se assemelha a uma planta, «bichinho raro» tratado com mil carinhos porque só se repro-duz numa zona restrita da Costa Australiana.

Seguiu-se o almoço-convívio no próprio restaurante do Oceanário, no Pavilhão do Conhecimento.O entusiasmo generalizou-se, todos mostraram grande interesse pelas Ciências, Náutica, Física e Mecânica,

interagindo com os diversos equipamentos postos à sua disposição.Cerca das 17 horas, iniciou-se o regresso.

Visitas de Estudo

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Museu de ArqueologiaAluna Edite Condeixa

No dia 10 de março, a turma de História de Arte I e V foi em visita de estudo ao Museu de Arqueologia, acompanhada pelo respetivo

professor,dr.Jerónimo Matos. No presente ano letivo a nossa programação iniciou-se na Pré-História, avançou para a Civilização Suméria e Egípcia, tendo chegado recentemente ao Antigo Israel . Esta viagem pelas an-tigas civilizações tem sido fascinante e é justo realçar o empenhamento e a actualização contínua do nosso pro-fessor, para nos ter a par das mais recentes investigações sobre uma temática constantemente renovada com no-vas descobertas arqueológicas. Nada mais pertinente do que uma visita guiada ao Museu de Arqueologia , onde vimos peças desde a Pré-História até aos primeiros séculos da nossa era.

Iniciámos pela visita a uma exposição temporária, muito do agrado deste grupo almadense, pois alguns residem na zona focada , a Quinta do Rouxinol, sobre a qual está patente um ótimo núcleo expositivo, subordinado ao tema Uma Olaria Romana no Estuário do Tejo. As escavações arqueológicas junto ao Moinho de Maré, de Corroios, em 1986, deram a conhecer dois fornos romanos, do séc. II ao séc. V, e o seu espólio de loiça de cozinha,de mesa, ânforas e lucernas.Um núcleo muito bem apresentado, muito atualizado e muito interessante.

Seguidamente o nosso guia do Museu conduziu-nos ao núcleo permanente relativo às Religiões da Lusitânia. Como não podia deixar de ser iniciou por elogiar o nosso grande filólogo e antropólogo Leite de Vasconcelos, fun-dador deste museu, arqueólogo primeiro e maior do nosso país.

A “receber-nos “ temos alguns guerreiros lusitanos, iguais ao que está à entrada, na rua, à porta e que é o ícone, o ex-libris do museu de Arqueologia. Pudemos logo observar os torques, aquela espécie de colares muito grossos que usavam os guerreiros lusitanos e que vimos posteriormente, em ouro, na Sala do Tesouro.

O guia foi-nos mostrando peças arqueológicas referentes ao culto endovélico, ao culto de Júpiter, Juno e Minerva (deuses da tríade capitolina), de Marte e Vitória (a guerra e a vitória), da Fortuna (a divinização do destino) e de cultos orientais e helénicos.

Fomos conduzidos posteriormente para o local da nossa maior curiosidade, pois fez parte da nossa matéria re-cente: a Sala das Antiguidades Egípcias. Foi com alegria (e até emoção) que vimos peças verdadeiras,que só tínhamos visto em fotografia colorida na documentação facultada nas au-las e nas projeções. A saber: os vasos canópicos,com e sem tampa,onde eram guardadas as entranhas, (retiradas para serem embalsamados)e que eram depo-sitados nos seus túmulos; os sarcógra-fos com as múmias (havia três, muito bonitos e bem conservados); escarave-lhos típicos; pequenas peças de escul-tura, enfim, toda uma panóplia de arte egípcia.

A visita terminou na magnífica Sala do Tesouro, onde observámos os tor-ques em ouro puro (já atrás referidos) e outras peças valiosíssimas, que acom-panhavam os nossos antepassados nos túmulos e que nos vieram proporcionar o conhecimento de civilizações tão ri-cas e tão antigas .

Visitas de Estudo

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Museu GulbenkianAluna Julieta Ferreira

No dia 24 de março de 2012, as turmas I / V e II / III de História de Arte do Prof. Jerónimo de Matos, organizaram uma visita ao Museu Gulbenkian, em complemento da matéria dada nas aulas de His-tória de Arte, para apreciar a Arte Oriental e Clássica, através de um circuito de galerias dedicadas

ao Egipto, Grécia e Roma (com uma incursão na Assíria), do Oriente Islâmico e do Extremo Oriente. Com as sábias explicações do nosso Professor, fomos percorrendo as diversas salas, admirando toda aquela

arte de civilizações tão antigas, desde esculturas, tapeçarias, cerâmicas, iluminuras, encadernações e lâmpadas de mesquita. Todas aquelas peças foram adquiridas pelo Snr. Calouste Gulbenkian, que naturalmente devido à sua origem (arménio), revelou um interesse particular pela produção artística do Oriente, de tendências de arte desde a Pérsia, Turquia, Síria, Cáucaso, Arménia e Índia.

Ainda neste circuito do Oriente, visitámos a galeria de Arte da China e do Japão, com as suas famosas porcelanas , tecidos e biombos.

De seguida passámos a outro percurso dedicado à Arte Europeia desde o século XI a meados do século XX. Aqui destacam-se pela sua beleza os livros manuscritos iluminados , onde se incluem os livros de horas. Ainda pudemos admirar marfins, mobiliário, medalhística, tapeçarias de Mântua e Bruxelas, pinturas e es-culturas dos séculos XV a XVII, com destaque para Rubens e Rembrand.

Calouste Gulbenkian, que viveu durante um longo período em Paris, dedicou especial atenção à arte fran-cesa, aliás as referências à sua casa naquela cidade, de onde teria vindo a maioria das peças expostas, estão bem patentes ao longo de todo o percurso da exposição. Podem-se ver peças de ourivesaria, pinturas, escul-turas, conjunto notável de móveis das épocas de Luis XV e Luis XVI. Uma das obras primas da arte francesa da colecção é a escultura de mármore de “Diana” de Houdon. Também Rodin está representado por peças lindissimas, como o busto de Vitor Hugo.

O século XVIII está ainda representado na pintura, através de quadros de pintores italianos como o grande veneziano Francesco Guardi, o inglês Turner com as suas marinhas e ainda quadros de Manet, Degas, Renoir e Claude Monet.

A nossa visita terminou na sala dedicada à Arte Nova, com um conjunto fabuloso de jóias e vidros (que fez a delícia das senhoras presentes) de René Lalique, conjunto considerado único no mundo.

Depois das 13 horas saímos do museu, todos mais ricos em cultura, desejando a repetição destas visitas o mais rápido possível.

Visitas de Estudo

Condolências

A Associação de Professores do Concelho de Almada (APCA) e a Universidade Sénior de Almada (USALMA) cumprem o dever de informar o falecimento deJosé Luis de Sá Martins Varanda, nascido em 5 de julho de 1943, sócio n.º 854, professor aposentado e aluno da USALMA.E a morte de Cacilda Nunes Rosa Patrício, nascida em 16 de junho de 1930, aluna da USALMA entre 2006 e 2011.

Aos familiares, amigos, associados da APCA e colegas da USALMA manifestamos o pesar da nossa comunidade associativa com sentido humanista.

A Presidente da Direção

Maria de Lourdes Albano

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Exposição Fernando Pessoa, Plural como o UniversoAluna Julieta Ferreira

No passado dia 29 de Março a disciplina Encontro com a Poesia, ministrada pelas Profs. Helena Peixinho e Ângela Mota, organizou uma visita à Exposição Fernando Pessoa - Plural como o Universo- na Fundação Calouste Gulbenkian.

Esta visita foi aberta não só aos alunos da disciplina, mas a todos os que admiram e gostam do poeta, autor da frase “ Minha Pátria é a Língua Portuguesa”

Assim, saímos do centro sul em Almada na quinta- feira de manhã, em autocarro com destino a Pessoa e ao seu universo.

Esta exposição, resultante da colaboração entre a Fundação Roberto Marinho e o Museu da Língua Portu-guesa de São Paulo (Brasil), com o apoio da Fundação Gulbenkian, chegou agora a Portugal para trazer, a todos os leitores portugueses de Pessoa, a multifacetada personalidade do genial poeta.

Com a ajuda da explicação de uma guia, que se mostrou bem documentada, atravessámos a exposição , tentando melhor conhecer a alma de Fernando Pessoa nas formas dos seus diversos heterónimos e persona-gens literárias.

Fomos sabendo que Pessoa criou muitos heterónimos, não só em português mas, nomeadamente, em inglês e francês.Fernando Pessoa viveu e estudou em Durban na Africa do Sul, país para onde se deslocou com a sua mâe e

padrasto. Aí ganhou, com 15 anos, o prémio Rainha Vitória para o melhor ensaio em inglês, em concurso da Universidade da cidade do Cabo.

Na exposição, pudemos ver a descrição dos heterónimos mais conhecidos e com mais obras publicadas: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e o considerado semi-heterónimo Bernardo Soares, autor do famoso “Livro do Desassossego”. A obra estava curiosamente apresentada, utilizando-se meios áudio-visuais para facultar a leitura dos vários poemas.

Continuando o nosso percurso, deparámo-nos em lugar bem destacado, com o quadro muito conhecido de Pessoa pintado por Almada Negreiros. A convite da guia ( formada em Artes Plásticas) estivemos a analisá-lo ao pormenor , tentando interpretar as ideias de Almada sobre Pessoa, transmitidas na sua pintura.

Prosseguindo, pudemos ainda ver uma maquete do gabinete de Pessoa e a arca, que foi encontrada em sua casa com milhares de textos inéditos, manuscritos e datilografados; alguns deles expostos nesta sala. Esses textos, que foram sendo descobertos e publicados ao longo do século XX, passaram a ser considerados uma das mais belas e importantes obras da língua portuguesa, verdadeiro tesouro universal da humanidade.

Quase no fim da visita, podíamos ainda ler e entrar em contacto com muitas obras de Pessoa e seus hete-rónimos, através dos vários livros de várias editoras que se encontravam numa mesa, ao dispor dos visitantes.

E … acabámos. Uma bela exposição, com muito interesse, bem documentada e apresentada.Regressámos a Almada, ainda antes de almoço, muito mais ricos. Para os admiradores e conhecedores de

Fernando Pessoa e para os que o descobriram naquele momento, certamente que essa descoberta os levará a aprofundar e a conhecer a obra imensa deste genial Poeta português e universal que há muito também é considerado (segundo os autores da exposição) por adoção e amor, o mais brasileiro dos poetas portugueses.

Visitas de Estudo

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O Ciclo do Gótico Portuguêsde Santarém à Batalha

O notável conjunto de monumentos góticos da velha Praesidium Julium dos romanos, levou Virgílio Correia a atribuir a

Santarém o justificado título de “capital do gótico”, sem prejuízo do importante espólio artístico desta antiga Vila Real, que teve paço real e foi estância régia até ao trágico acidente que roubou a vida ao Infante D. Afonso, filho de D. João II e herdeiro do trono.

Completado o estudo do “modo gótico” na disciplina de História de Arte, não havia melhor epílogo que uma visita de estudo à antiga Scallabis, cedo escolhida pelas ordens mendicantes de domínicos e franciscanos, fundadas no dealbar do séc. XIII, para construir os seus conventos e Igrejas, destinadas à pregação nos centros urbanos.

Com este objectivo, quarenta estudantes acompanhados pelo professor, rumaram à outrora vila que recolheu nas águas do Tejo, a mártir Santa Iria ou Irene, de quem recebeu o seu nome actual, a fim de contactarem e aplicarem conhecimentos aos numerosos monumentos góticos que documentam o ciclo do gótico, da transição do romântico, até às manifestações do gótico flamejante.

Diligente e bem preparada guia orientou o passeio com o início na Igreja de Santa Clara, magnífica basílica de três naves em cuja fachada se destaca a bela rosácea raiada de arqui-voltas. Digno de nota o túmulo de D. Leonor Afonso, filha de D. Afonso III, obra do séc. XIV.

Fica próximo o convento de S. Francisco, construído no reinado D. Sancho II (1242), o monumento que melhor documenta o gótico em Santarém, apesar da ruína que o acometeu do séc. XIX até finais do sec. XX, travada recentemente por obras de consolidação. Ali, no pórtico ornado de gablete, foi aclamado rei D. João II. No interior de três naves foi construído o coro alto, nas obras de ampliação e cobertura com abóbada de nervuras, a expensas de D. Fernando cujas armas se ostentam nos fechos.

De passagem pela bela Igreja manuelina de Marvila, verdadeiro museu do azulejo dos séculos XVII e XVIII e pelo cabaceiro, a célebre torre quinhentista que anda ligada à lenda do castigo dos vereadores incompetentes, chegámos à Igreja que melhor documenta em Portugal a passagem do romântico ao gótico: S. João do Alporão, do séc. XII – XIII em que se sucedem os dois estilos: silharia de arranque romana e cobertura e ábside gótica.

De destacar o túmulo de D. Duarte de Meneses, sec. XV, herói morto em Alcácer Ceguer, em 1464, de que o cenotáfio guarda apenas um dente.

O ciclo gótico conclui-se com a belíssima Igreja da Graça em que se destaca, no exterior, o magnífico pórtico chamejante encimado pela rosácea de luz etéria e a volumetria vertical e no interior de três amplas naves, divididas por 12 colunas em que assentam elegantes arcos ogivais. De salientar ainda um conjunto de mausoléus, entre os quais, em campa rasa, o de Pedro Álvares Cabral.

No centro cívico houve ainda tempo para observar a fachada barroca do Seminário patriarcal, e a janela manuelina dum pequeno palácio encaixado entre edifícios modernos. Depois do almoço, degustadas as especialidades da doçaria santarena (celestes, arrepiados e campilhos), rumámos à Batalha, para uma larga e minuciosa visita à Igreja e mosteiro dos Frades domicanos, a quem D. João I fez entrega da monumental memória da vitória de Aljubarrota.

A falta de espaço obriga-nos a adiar o relato da visita ao Mosteiro da Batalha para próximo número.

Prof. Jerónimo de Matos

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Do colecionismo erudito aos museus virtuaisProf. Edite Prada

Decorreu no dia 3 de fevereiro, na sala Pablo Neruda do Fórum Romeu Cor-reia, a conferência subordinada ao

tema Do colecionismo erudito aos museus vir-tuais, da responsabilidade do Professor Doutor José Brandão.

Numa apresentação bem estruturada e apre-sentada de forma dinâmica e entusiasta, o pro-fessor começou por delimitar o tema, exploran-do o sentido do termo colecionismo - reunião de objetos a que se atribui determinado valor mágico, religioso, económico, ou outro. Distin-guiu ainda dois níveis de colecionismo: amador e profissional.

Salientou ainda o facto de o colecionismo se constituir um motor de diversificação do saber que ajuda a contextualizar e compreender a própria coleção. Exemplificou, explicando que um colecionador de bilhetes de transportes poderá vir a interessar-se e a explorar e investigar o sistema dos meios de transporte de uma dada região ou país (tipo de transporte, evolução dos preços, rede de cobertura, horários, etc.).

A par desta necessidade que o colecionador sente de investigar sobre o tema das suas coleções, foi ainda referido que ele delimita os temas que coleciona influenciado pelos seus interesses, pelas suas vivências e pelo meio ambiente, ao mesmo tempo que se sente motivado para continuar a colecionar.

Embora as coleções possam evidenciar objetos característicos de um dado momento, não se poderá, toda-via, reduzir o colecionismo a um modismo, uma vez que, embora os objetos disponíveis num dado momento influenciem o tipo de coleções que surgem, o ato de colecionar acompanha a evolução do homem, sendo, simultaneamente, um processo isolado, mas também, na medida em que estimula a troca de experiências entre colecionadores, de socialização.

Após a apresentação geral do tema, o orador fez uma breve abordagem cronológica da atividade. Referiu a Grécia, e a Pinacoteca da Acrópole.

Os Romanos organizam coleções particulares de arte grega. Terão sido, além disso, os primeiros a fazer cópias de objetos. É, também, a primeira vez que a coleção se torna, por via das cópias realizadas e vendidas, um investimento.

No período medieval é sobretudo a igreja que anima o colecionismo, reunindo, e comprando, relíquias. São, igualmente procuradas e vendidas alfaias agrícolas e objetos do Médio Oriente. É neste período que surgem os primeiros hortos botânicos.

O Renascimento acresce ao colecionismo um valor formativo. A descoberta de novos mundos desencadeia um grande interesse pelos temas naturais. Surgem as coleções privadas que se constituem o embrião dos mu-seus. Apesar do seu aspeto aparentemente caótico, as coleções, muito graças ao horror ao vazio que caracteriza a organização destes espaços, os gabinetes estão organizados por temas.

Gradualmente, muitas coleções particulares passam, no séc. XIX, para o Estado, que define espaços para acolher estas coleções e para as preservar. As coleções passam, assim a estar disponíveis para todos.

Finalmente, foi feita uma breve alusão à atualidade, em que é possível visitar coleções de museus através do computador. A par deste aspeto positivo, foi igualmente referida a possibilidade, polémica, de substituir as peças originais por outras virtuais.

A sessão terminou com um breve debate.

Colóquios

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O Português: uma língua vários sotaques

Prof. Edite Prada

A consciência de que a presença de alunos não falantes de Português na escola tem feito avançar os estudos sobre a área, ao mesmo tempo que se tem constituído um desafio para os professores.

No dia 13 de abril de 2012 teve lugar, no auditório da Escola Secundária Cacilhas Tejo, uma conferência subordinada ao tema do bilinguismo nas salas de aula. A sessão foi dinamizada pela Doutoranda Ana Josefa Cardoso, que dividiu a temática em duas grandes áreas.

Num primeiro momento fez um balanço cronológico da forma como evoluiu o problema da existência, nas nossas escolas, de alunos que não tinham o português como língua materna.

Até ao início do século XXI para a tutela da Educação em Portugal só se ensinava o português como língua materna, pois assumia-se que todos os que entravam na escola sabiam português. Esta ideia geral ignorava completamente a situação dos imigrantes vindos, sobretudo, de Cabo-Verde, que continuavam a falar crioulo em casa e que, muitas vezes, só tinham contacto com o português nas brincadeiras de rua, ou com a entrada na escola.

Esta forma de encarar o ensino do português em Portugal só se al-terou claramente, com a chegada de imigrantes vindos do Leste, face aos quais se não assumia o portu-guês como língua de contacto e co-municação.

Com esta alteração, começaram a surgir estudos sobre a temática da aprendizagem do português como língua não materna (ou, como ul-timamente se diz, para falantes de outras línguas) nas nossas escolas, analisando, por exemplo, as diferenças entre a aquisição de uma língua estrangeira - que implica sempre uma aprendizagem mais ou menos formal, mais ou menos orientada, e a aquisição da língua materna que acontece, até um nível considerável, de forma espontânea, por exposição à língua falada em casa.

Começam a ser identificadas as línguas faladas nas nossas escolas (num relatório de 2005, intitulado Di-versidade Linguística na Escola Portuguesa, estão identificadas 54 línguas faladas nas nossas escolas, além do português) e cresce a consciência de que muitos erros dados na aprendizagem de uma língua acontecem por interferência da língua materna. A partir do momento em que se reconhece esta interferência o erro ad-quire uma outra importância e exige uma outra abordagem. Se a língua materna de um aluno implica uma ordem de organização da frase diferente da do português e o aluno comete esse erro, não basta assinalá-lo. É preciso explicar ao aluno a diferença para que ele tome disso consciência e se aproprie da regra.

Depois de apresentada esta problemática, a oradora apresentou um projeto em que está envolvida, que envolve uma abordagem prática mas também de investigação: a criação de turmas bilingues no primeiro ci-clo. Os alunos destas turmas aprendem em simultâneo as duas línguas. Esse projeto está a avançar com uma turma bilingue, como 20 alunos, tendo 10 o português como língua materna e outros 10 o crioulo. Todos os alunos aprendem todas as matérias nas duas línguas. A par desta turma há uma outra, com características semelhantes, mas em que o português é a única língua de comunicação. O projeto vai no seu terceiro ano e, até agora, os resultados da turma bilingue são melhores em todas as áreas, o que confirma a tese de que a exposição a mais de uma língua desenvolve as competências cognitivas dos indivíduos.

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A moralidade, a personalidade e o livre arbítrio

Prof. Edite Prada

Sob o título A moralidade, a personalidade e o livre arbítrio, a doutoranda Ângela Catarina Calero Brandão, professora da USALMA, lecionando a disciplina Temas de Neurociências, dinamizou mais uma das conferências que a Associação de Professores tem organizado. Esta sessão teve lugar

no dia 24 de abril de 2012, no auditório da Escola Secundária de Cacilhas Tejo.A oradora analisou de forma clara e entusiasta as consequências para o comportamento de um indivíduo

de uma lesão no córtex frontal do cérebro. Começou por abordar o primeiro caso descrito, o de Pheneas Gage (1849), que foi analisado também pelo casal Damásio que recuperou a descrição do caso feita pelos médicos que, ao tempo, o observaram e descreveram as alterações comportamentais que ele sofreu depois de ter sofrido uma lesão no córtex frontal.

Pheneas Gage era o coordenador do grupo das dinamites numa mina, respeitado por todos pelo seu senti-do de justiça e verticalidade moral. Depois do acidente, assumia comportamentos isentos de qualquer filtro moral, com traços de personalidade totalmente opostos aos que o caracterizavam.

Esse caso foi descrito pelos médicos que observaram este paciente, os quais apontavam para a possibi-lidade de o acidente ser o causador das alterações de caráter sofridas. A partir da análise deste caso, dos estudos realizados e da observação in vivo de indivíduos que apresentam lesões na mesma área cerebral conclui-se hoje que a zona afetada condiciona a tomada de decisão em assuntos que envolvam diretamente o indivíduo. Esse facto conduz a um comportamento desprovido de conceitos morais, levando-os indivídu-os a tomar decisões menos corretas e condicionando os traços da sua personalidade. A tomada de decisões destes pacientes não revela empatia, não envolvendo aspetos emocionais expectáveis em determinadas tomadas de decisão.

Os pacientes com lesões na área analisada respondem adequadamente a todos os testes, falhando num especificamente criado para identificar este tipo de lesões pelo casal Damásio, salientando o facto de não reagirem de modo ponderado perante a necessidade de tomar decisões em situações em que se torne necessário ponderar entre o lucro possível e o risco inerente. Em situações deste tipo um indivíduo sem lesões nesta área tende a optar pela opção mais segura, mesmo que envolva menos lucro, ao passo que os pacientes com lesão nesta área arriscam sempre na maior possibilidade de lucro, sem terem em conta o risco associado.

Depois da comunicação seguiu-se um período intenso de debate, que possibilitou a abordagem de outros aspetos relacionados com o tema analisado.

Movimento e saúde

O golfe é: Prof. José Gonçalves

É uma oportunidade para uma caminhada. É um exercício cons-tante para o nosso cérebro.

Os movimentos resultam de pouca forçaO golfe é um desporto que pode ser jogado sem se utilizar muita

força, normalmente o resultado é melhor. Um campeão famoso dizia mais ou menos isto: Deve-se segurar o taco como se fosse um passarinho, sem o apertar que o magoe, mas sem o deixar fugir. Os movimentos espetaculares de que é famoso, resultam de pouca força e deixar que a força da gravidade atue. Todas as jogadas são diferentes, são um exercício constante para o nosso cérebro, experimentamos e avaliamos de imediato o resultado. É uma boa oportunidade para uma caminhada, a con-versar na natureza. Em 11.3.2012 ao ler o Correio da Manhã tomei conhecimento de mais uma forma para jogar (ver foto). Estão convidados a aparecer nas nossas aulas e experimentar. Conversem com os nossos alunos, perguntem-lhes como é fácil, barato e … Se o tempo deixar fazemos uma competição no campo dos Capuchos, onde de vez em quando treinamos.

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A Poesia Cabo -Verdiana da Modernidade

Prof. Edite Prada

A Poesia Cabo-Verdiana da Modernidade foi o tema da conferência dinamizada pelo professor Al-berto Carvalho, no Auditório da Escola Secundária Emídio Navarro, a 27 de abril de 2012.

O professor Alberto Carvalho começou por referir a especificidade da abordagem de um texto poético, que, embora possa ser lido como um jornal, ao fazê-lo estamos a limitar a poesia, uma vez que en-quanto o texto jornalístico se pretende monossémico, ou seja, veiculando um só sentido, o texto poético é, por natureza polissémico, veiculando muitos sentidos. Daí que olhar para um poema implica um trabalho gradual de descodificação e interpretação como quando se olha para uma pintura.

Por outro lado, importa ter em conta que o poema não é o poeta. Podemos queimar um poema sem que isso tenha qualquer penalização legal, mas não se espera que façamos o mesmo ao poeta. Por outro lado um poema de extrema beleza e arte pode ser elaborado por um poeta que, como pessoa, é péssimo.

Na interpretação de um poema a linguagem determina o sentido, sendo este distinto do significado. A lin-guagem, matéria-prima na literatura, pela sua estruturação a que obedece, permite a criação de sentido. Na poesia o mais importante são as boas palavras e não as boas ideias.

Esclarecida a relação do poema com a linguagem, o orador abordou a escrita da modernidade em Cabo Verde que terá tido início ao mesmo tempo que em Portugal, embora com evoluções e registos escritos diferenciados. A esta diferenciação associa-se, também, para o Professor, a necessidade de distinguir entre Modernismo, que, em Cabo Verde, tem sentido um pouco diverso do que em Portugal se lhe atribui. Por essa razão prefere a designação de Modernidade.

Numa primeira referência à antologia que o professor elaborou, e que foi distribuída, o Professor alertou para o facto de, numa antologia de sete páginas, só nas últimas duas ser explicitado o conceito Modernidade. É que, embora haja expressão de uma poesia da modernidade em Cabo-Verde desde os anos 30 do século passado, com a revista Claridade, a sua representatividade era minoritária, no universo literário cabo-ver-diano. Esta poesia vai-se impondo atingindo nos anos 90 uma expressão literária de maior expressividade.

A diversidade poética, todavia, não deve ser encarada como inibidora. Antes pelo contrário. Quanto mais diversa for uma poesia maior é a sua riqueza. Mesmo no seio da Modernidade a expressão poética é diversa quer na linguagem, quer na utilização que dela se faz e, consequentemente, nos sentidos que ela permite extrair.

Aprofundando um pouco mais a interpretação dos poemas, o Professor alertou para o facto de ser neces-sário compreender as querelas subjacentes, para poder compreender a poesia. A Modernidade sistemática surge depois da independência, com o regresso de Baltasar Lopes a Cabo Verde e a sua influência na con-gregação da Modernidade.

Este movimento literário foca muitas problemáticas, desde a subjetividade amorosa à questão étnica e à consciência social reivindicativa. A poesia como problemática poética está também presente, quer cons-truindo intertextualidades, «Pobre Fernando sem Dom nem Formoso / rei somente em poesia» (Arménio Vieira, Poemas - 1981), quer introduzindo a escrita e as palavras no seio do poema, «Nesse estado em que a qualidade é o turvo / a descrição / não cabe em palavras.» (Mário Lúcio Sousa, Para nunca mais falarmos de amor – 1991).

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Estatuto Editorial do Boletim Correio da USALMA

1. O Correio da USALMA é o órgão de informação da Universidade Sénior de Almada (USALMA) que visa informar e dinamizar professores, estudantes e amigos da USALMA, nas várias vertentes das suas atividades.

2. O Correio da USALMA é uma publicação periódica orientada por critérios de criatividade, rigor e independência, ao serviço do ensino, da cultura e da solidariedade.

3. O Correio da USALMA tem dois suportes: impresso e eletrónico, cabendo aos destinatários escolher e indicar aos serviços administrativos o meio de receção.

4. O Correio da USALMA está aberto à colaboração diversificada que passa pela reflexão e debate de ideias em torno da Universidade e do seu quadro disciplinar, do ensino sénior e da sua pedagogia, dos temas da atualidade, da informação das suas atividades, da criação literária, das memórias e histórias de vida, da investigação científica, das relações interculturais, interuniversidades e internacionais.

5. A equipa que organiza o Correio da USALMA procede à paginação, revisão e fixação do texto, introduzindo alterações que correspondam a gralhas do ponto de vista gramatical, com total respeito pelo conteúdo veiculado.

6. Com o objetivo de uniformizar a apresentação do Correio da USALMA, a formatação dos textos é da responsabilidade do designer.

7. Sempre que um texto venha acompanhado de fotografias, num máximo de três, estas serão preparadas de forma a que o resultado final seja melhorado e adequado à conceção gráfica do Boletim.

8. O Correio da USALMA em colaboração estreita com o Profalmada assume periodicamente a forma de revista, com o titulo Memórias e Futuro que conjuga a antologia dos textos destes boletins com ensaios de natureza literária, pedagógica e científica.

Esclarecimento: USALMA ou Usalma?

O leitor atento decerto se apercebeu de que, em certa altura, demos preferência à grafia Usalma, de detri-mento de USALMA. Esteve na base desta alteração o facto de Usalma ser, como Frelimo, por exemplo, um acrónimo, constituído pela letra inicial de Universidade e de Sénior e pelas quatro letras iniciais de Almada. Dizem as regras da boa ortografia que, em situações deste tipo, se deve escrever com minúscula, mantendo a maiúscula inicial nos casos em que as regras impliquem que a palavra se escreva com maiúscula inicial, como é o caso de instituições. Ainda que fosse uma sigla, porque tem seis letras, a grafia preferencial seria, também, Usalma, como Unesco

As regras da ortografia preconizam também que nomes de empresas ou instituições devidamente regista-das não obedeçam, necessariamente, às regras gerais da ortografia. É essa a razão pela qual, a partir de ago-ra, grafaremos de novo USALMA, pois trata-se de uma forma provinda do registo desta nossa universidade como marca registada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, no âmbito das atividades educativas e socioculturais.

Nota: respeitou-se a escrita de acordo com a antiga ortografia de alguns dos autores.

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Corpos Sociais Triénio 2012-2014

Assembleia Geral – Presidente – sócio n.º 9 – Jerónimo Augusto Guerra de Matos, 1.º Secretário – sócio n.º 266 – Joaquim António da Silva Gomes Barbosa,

2.º Secretário – sócio n.º 4 – Maria Carreiras Costa Saldanha Seabra

Direção – Presidente – sócia n.º 865 – Maria de Lourdes Almeida Oliveira Albano, Vice-Presidente – sócia n.º 863 – Maria Teodolinda Monteiro Silveira,

Tesoureiro – sócia n.º 722 – Edite da Conceição Fernandes Prada, 1.º Secretário – sócia n.º 123 – Maria José Sampaio Lopes, 2.º Secretário – sócia n.º 246 – Maria do Carmo

de Oliveira Martins Manique, 1.º Vogal efetivo – sócio n.º 71 – António Manuel Valadas Palma, 2.º Vogal efetivo – sócia n.º 864 – Maria Teresa Bellino Athayde Antunes

Varela, Vogal suplente – sócia n.º 652 – Rosa Maria Franco Fernandes Pita, Vogal suplente – sócia n.º 862 – Maria Madalena Cabrita Mendes

Conselho Fiscal – Presidente – sócio n.º 473 – Joaquim Santos Silva, 1.º Secretário – sócio n.º 254 – Jorge Álvaro Teixeira de Sintra,

2.º Secretário – sócio n.º 95 – Maria Adelaide Paredes da Silva

Edições da APCA-USALMA

José Monteiro

Associação de Professores do Concelho de Almada

Estas edições, já publicadas, poderão ser adquiridas ao balcão da sede da APCA.Colabore na divulgação.