1Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.165

19Quinta-FeiraFevereiro / 2015

Edio 1165

Esquema da Lava Jato pelo menos 20 vezes maior que o do mensalo

O escndalo de corrupo na Petrobras investigado pela Operao Lava Jato , em quantia de dinheiro desviado, pelo menos 20 vezes maior que o mensalo. Estimativas do Ministrio Pblico Federal (MPF) sobre os dois casos apontam que o mensalo teria envolvido R$ 101,6 milhes, enquanto o petrolo j est em R$ 2,1 bilhes. O nmero de empresas e pessoas inves-tigadas no episdio atual tambm superior.

As avaliaes do MPF sobre valores podem ser con-sideradas conservadoras se comparadas com outras fontes dos dois casos. Entre 2005 e 2006, a Comisso Parlamen-tar Mista de Inqurito (CPMI) dos Correios levantou cerca

de R$ 1,3 bilho em recursos desviados pelo esquema de compra de apoio parlamentar durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT). A antiga diretoria da Petrobras tambm chegou a calcular que a perda de ativos pelos epi-sdios recentes de corrupo na estatal chegaria a R$ 88,6 bilhes.

A Lava Jato investiga no momento 150 pessoas, das quais 86 se tornaram alvo de denncia criminal. A apurao atinge 232 empresas. A CPMI dos Correios, que investigou o mensalo no Congresso anos antes do julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu 115 indiciamen-tos e investigou 44 empresas.

Pgina 3Carnaval de Rua leva 15 mil

pessoas em Jacarezinho

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Estou sofrendo', diz homem suspeito de matar me e bebs gmeos em SP

O empresrio Matusalm Ferreira Jnior, de 48 anos, prin-cipal suspeito dos homicdios de uma jovem de 22 anos e de dois bebs gmeos, afirmou na noite de tera-feira (17) que sofre com a morte das vtimas. O homem, que se entregou Polcia Civil em Uberaba (MG) no incio da tarde, negou a autoria do crime e atribuiu o triplo homicdio a um

comparsa de 37 anos, que est foragido. "No fui eu fazer (sic). O cara desequilibrou e eu estou per-plexo com isso. Estou sofrendo com isso tambm", disse o empre-srio, aps sair da delegacia de Aramina (SP).

A jovem Izabella Gianvechio e os bebs desapareceram na ltima quinta-feira (12), em Ube-raba. Segundo a Polcia Civil, a

me e as crianas foram vistas pela ltima vez sendo levadas de carro por Ferreira Jnior, que at ento no teria assumido a paternidade dos bebs. O corpo de Izabella foi encontrado no mesmo dia em Aramina (SP). J os gmeos foram localizados na tarde de tera-feira (17) em Buri-tizal (SP). Os corpos dos bebs foram enterrados na manh

desta quarta-feira (18) em Ube-raba.

O advogado Odilon dos Santos, que acompanhou a apresentao de Ferreira Jnior Polcia Civil, informou que vai deixar o caso. A famlia do sus-peito j foi informada. De acordo com o defensor, a deciso foi motivada aps descobrir que os bebs estavam mortos.

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Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.1652 OpiniO

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CHARGE DO DIAExcelncia em gesto: um novo marco institucionaljairo Martins da Silva Qualquer organizao ou insti-

tuio, independentemente do seu setor, porte e natureza, pblica ou privada, deve ter o propsito de transformar recursos em valor cole-tivo para a sociedade. Por recursos entende-se capital humano, natu-ral, financeiro e valores morais, que devem ser transformados em entregas econmicas, sociais, ambientais e ticas. Se alguma entidade no capaz de cumprir essa misso, a sua existncia desnecessria. Esse conceito se aplica, de forma abrangente e sem exceo, a organizaes, institui-es, pases, estados, municpios e comunidades.

Nesse contexto, devemos enxergar o Brasil como uma grande cadeia de valor que, por meio do alinhamento de todas as partes interessadas governo, empresas, sociedade e cidados , precisam ser eficientes e eficazes, de norte a sul e de leste a oeste, na transformao de recursos em valor para o seu povo.

H algum tempo, sinais e fatos tm mostrado certo desconten-tamento dos brasileiros com as entregas feitas pela Cadeia de Valor Brasil. As manifestaes desencadeadas a partir de junho de 2013 e as margens apertadas das vitrias nas ltimas eleies deixaram clara a insatisfao da populao com a forma como esta-mos gerindo os nossos recursos, fazendo entregas que ningum deseja.

Se por um lado somos privi-legiados em termos ainda uma

natureza exuberante, um clima favorvel, um povo pacfico, paciente e trabalhador e um perfil demogrfico equilibrado, do outro lado estamos na contramo do mundo civilizado. Estamos entre os ltimos no ranking mundial de produtividade e competitividade, entre os pases mais corruptos e inseguros do mundo, alm de termos nos tornado um pas caro e com baixa qualidade de servios, o que tem nos deixado isolado no comrcio internacional.

Diagnsticos existem e as demandas da populao so claras. Como bem disse a pre-sidente Dilma Rousseff no dia 21 de junho de 2013, a voz das ruas precisa ser ouvida e respei-tada. Terminar um ano e iniciar outro no uma mera contagem de dias. Assim como terminar um governo e iniciar outro no deve ser a manuteno do statu quo. So transies que nos do espe-rana de renovao, com novos planos e novos projetos para um novo perodo. Tambm uma oportunidade para avaliarmos as nossas realizaes, competn-cias, conquistas e aprendizados.

Fazendo um balano anal-tico do desempenho da Cadeia de Valor Brasil, a concluso de que, na maioria dos casos, no estamos sendo eficientes e efica-zes no uso dos nossos recursos para gerar bem-estar para a popu-lao. A m notcia que estamos diante de problemas de gesto quase que generalizados. A boa notcia que temos no Brasil um Modelo de Excelncia da Gesto

(MEG), disseminado pela Funda-o Nacional da Qualidade (FNQ), atualizado e respeitado mundial-mente, que pode ser utilizado imediatamente.

Assim, para que o Brasil retome definitivamente a trilha do desenvolvimento sustentvel preciso promover o alinhamento pblico-privado, estabelecendo claramente duas frentes: os planos de governo, logicamente atrelados aos diferenciais estra-tgico-partidrios; e planos de Estado, apolticos, apartidrios e que passem de governo a governo, sem risco de desconti-nuidade, para resolver as grandes questes do Brasil, como educa-o, sade, segurana, infraestru-tura, mobilidade e saneamento.

No h dvidas de que, em um mundo em constante mutao, os setores pblico e privado devem estar atentos e se unir para, cora-josamente, enfrentar os desafios atuais. Nesse processo de alinha-mento de esforos imprescind-vel que cada um assuma um papel questionador, ativo e convergente, formando cidados, promovendo o bem-estar econmico-social coletivo e preservando os recur-sos naturais. preciso, portanto, que a excelncia da gesto seja o novo marco institucional do Brasil, que alinhe a sociedade e os seto-res pblico e privado, resgatando a produtividade e a competitivi-dade do pas, para que possamos retomar o desenvolvimento sus-tentvel que tanto queremos e de que tanto precisamos.

Justia e direitos para quem?Fernando G. V. Prioste e

Maiara Bitencourt de LimaLogo aps o fim do processo

eleitoral de 2014, o Poder Execu-tivo do Paran, sob a justificativa de grave crise financeira, adotou medidas severas para diminuir despesas em alguns setores. Alm de prejudicar setores como educao, funcionalismo e trans-porte pblico coletivo, as medidas adotadas acometem diretamente a Defensoria Pblica do estado.

No ltimo dia 6, a Secretaria da Fazenda do estado publicou no Dirio Oficial a Resoluo 25/2015, que retira da Defensoria Pblica grande parte de seu oramento para este ano. A resoluo uma afronta s decises do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, que concedeu duas liminares nas Aes Diretas de Inconstitucionali-dade 5.217 e 5.218, suspendendo todos os efeitos da Lei Comple-mentar 180/2014.

Enviada pelo Poder Execu-tivo Assembleia Legislativa em dezembro de 2014, a Lei Comple-mentar 180/2014 previa o corte de quase 70% do oramento da instituio para 2015. Alm disso, alteraria a forma de escolha do chefe do rgo, passando do atual

modelo de eleio direta entre os defensores para o modelo de indi-cao pelo governador. Nas deci-ses, o presidente do STF deixou claro que a nova lei subjugaria inconstitucionalmente a Defenso-ria Pblica ao Poder Executivo do estado.

O governador empreendeu o ataque contra a Defensoria sob a justificativa de que o rgo paga-ria supersalrios aos defensores pblicos, afirmando que acabaria com a farra, segundo reportagem da Gazeta do Povo de 7 de novem-bro de 2014. Entretanto, se o obje-tivo aparente do Poder Executivo estava relacionado com a fiscali-zao dos aumentos conferidos aos defensores, a ao concreta se travestiu de ataque institucional autonomia administrativa, fun-cional e financeira da instituio. Se efetivado o corte oramentrio descrito na resoluo da Secretaria da Fazenda, 21 das 22 sedes da Defensoria Pblica seriam fecha-das. Assim, o ataque institucional comandado pelo governador pode impedir que o rgo esteja pre-sente em todas as comarcas do estado at julho de 2022, como obriga o art. 98 do Ato das Dispo-sies Constitucionais Transitrias da Constituio Federal.

As afrontas Defensoria devem ser combatidas juridica-mente, mas devem, sobretudo, ser enfrentadas politicamente. A apro-ximao da instituio com a socie-dade, a construo participativa de um planejamento que viabilize a implementao da defensoria em todas as comarcas do estado at 2022 (o que demandar vertigino-sos aumentos anuais dos repasses financeiros), bem como uma atua-o forte e eficaz dos defensores, pode ajudar a instituio a enfren-tar a sanha do Poder Executivo.

A construo de uma Defen-soria Pblica forte beneficia toda a sociedade, seja por viabilizar acesso Justia para as cama-das mais pobres da populao, seja atravs de aes estrat-gicas autnomas de promoo dos direitos humanos de todos os cidados. Contudo, um governa-dor que precariza a remunerao de professores e retira subsdios do transporte pblico coletivo da Regio Metropolitana de Curitiba no deve estar muito preocupado com a efetivao dos direitos humanos, muito menos com as milhares de pessoas que neces-sitam de acesso Justia e no podem pagar advogados particu-lares.

3Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.165pOLTiCA

ROTEIRO DO VINHOUm dos passeios mais procurados na Regio Metropolitana de Curitiba, o Caminho do Vinho. Na altura da cidade de Araucria, possvel visitar vincolas todas as teras, quintas e sbados. O roteiro oferece aos visitantes, uma imerso no processo de elabo-rao e engarrafamento de vinhos e espumantes, alm da degus-tao dos produtos fabricados pelos produtores locais.

DESTINOS MAIS PROCuRADOSCuritiba e Foz do Iguau esto entre os dez destinos tursticos mais competitivos do Brasil. Segundo pesquisa da Fundao Getlio Vargas para o Ministrio do Turismo. No estudo, que mede a competitividade de 65 destinos indutores do turismo em todo o Pas, a capital paranaense se configura em quinto lugar com 77,9 pontos, seguido de Foz, com 76,9 pontos na classificao dos des-tinos mais procurados.

PROGRAMAO INFANTILA terceira edio do Festival de Contadores de Histrias em Ponta Grossa j tem data marcada. O encontro ser realizado entre os dias 13 e 17 de abril. A festividade ir incluir outras quatro cidades da regio na programao. Entre as atraes j confirmadas esto a contadora de histrias Antonia Souza de So Paulo e Alicce Oli-veira de Cuiab.

DESENHOS DO PARANNos ltimos 60 anos foram descobertos diversos pontos de arte rupestre no Paran. Os mais importantes se encontram na regio dos Campos Gerais e no Norte Pioneiro. Esto conservados nessas reas, desenhos feitos por povos chamados de Umbu e J que viveram a cerca de 9 mil anos atrs.

INFORMAO TURSTICAOs turistas que visitarem Londrina a partir do ms de maro tero mais informaes disponveis em totens espalhados pelo centro da cidade. A administrao municipal pretende finalizar a instalao de 65 placas de informao turstica para pedestres em 52 pontos at o fim de fevereiro. O objetivo utilizar de uma linguagem aces-svel e facilitar o deslocamento de turistas pelo municpio.

ARQuITETuRA E BELEZAA Praa Dom Benjamim de Sousa Gomes em Paranava, noroeste, destaque pela sua arquitetura e beleza. A obra uma homena-gem e leva o nome do primeiro bispo da cidade que foi ordenado durante a dcada de 40. A rea em torno da praa cercada de belas rvores do tipo ip que florescem e cobrem em amarelo o local.

NO LITORALO trapiche de embarque e desembarque da Praia de Encantadas, na Ilha do Mel, est passando por obras de revitalizao. O obje-tivo melhorar a estrutura para a populao local e os turistas que visitaro a Ilha durante a temporada de vero. O investimento soma cerca de R$ 95 mil, por meio do Instituto Ambiental do Paran (IAP).

FESTA DA COLHEITASo Jos dos Pinhais, Regio Metropolitana de Curitiba, realiza durante o ms de maro, a Festa da Colheita. O evento conside-rado um dos mais visitados da regio, direcionado a comemo-rao das safras e colheitas da Colnia Murici. A diversidade de comidas tpicas o ponto alto da festividade com inmeros doces produzidos a partir de frutas orgnicas, sem o uso de agrotxicos.

GuAS MINERAISA Prainha So Carlos est localizada no Distrito de gua Boa, a 30 km de Maring, norte. O espao atrai milhares de turistas de toda a regio norte e tem como diferencial a pureza das guas minerais e a culinria rural. Para garantir o conforto da estadia na cidade, tambm possvel utilizar os quiosques, campo de futebol e piscina com lanchonete disponveis no local.

PRESERVAOO Rio Cedro em Missal, oeste paranaense, ser recuperado. A ideia instalar estacas nas proximidades do rio a fim de preservar a mata ciliar e a qualidade da gua. As aes sero desenvolvidas pelo projeto Encontros e Caminhos nas Bacias do Paran, par-ceira entre a Itaipu e prefeitura do municpio.

BELEZAS NATuRAISO Patrimnio Natural de Salto Morato, em Guaraqueaba, Litoral, concentra uma das biosferas mais exuberantes do Brasil. Recen-temente foram catalogados no parque mais de 600 tipos de vege-tais, 325 aves e 70 nascentes. Outra atrao que tem chamado ateno dos visitantes uma cachoeira com 100 metros de altura de gua cristalina.

Esquema da Lava Jato pelo menos 20 vezes maior que o do mensaloMPF estima que o petrolo desviou pelo menos R$ 2,1

bilhes. J o mensalo chegou a R$ 101 milhes

Do ParanGazeta do Povo O escndalo de corrupo na

Petrobras investigado pela Ope-rao Lava Jato , em quantia de dinheiro desviado, pelo menos 20 vezes maior que o mensalo. Estimativas do Ministrio Pblico Federal (MPF) sobre os dois casos apontam que o mensalo teria envolvido R$ 101,6 milhes, enquanto o petrolo j est em R$ 2,1 bilhes. O nmero de empresas e pessoas investigadas no episdio atual tambm supe-rior.

As avaliaes do MPF sobre valores podem ser consideradas conservadoras se comparadas com outras fontes dos dois casos. Entre 2005 e 2006, a Comisso Parlamentar Mista de Inqurito (CPMI) dos Correios levantou cerca de R$ 1,3 bilho em recur-sos desviados pelo esquema de

compra de apoio parlamentar durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT). A antiga diretoria da Petrobras tambm chegou a calcular que a perda de ativos pelos episdios recentes de corrupo na estatal chegaria a R$ 88,6 bilhes.

A Lava Jato investiga no momento 150 pessoas, das quais 86 se tornaram alvo de denncia criminal. A apurao atinge 232 empresas. A CPMI dos Correios, que investigou o mensalo no Con-gresso anos antes do julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu 115 indicia-mentos e investigou 44 empresas.

Ao final dos trabalhos sobre o mensalo, a Procuradoria-Geral da Repblica (PGR) encaminhou ao STF denncia com 40 nomes, dos quais 25 receberam condena-es. A denncia de autoridades envolvidas no petrolo com foro no

STF, como congressistas e minis-tros, deve ser formalizada pelo procurador-geral Rodrigo Janot at o final deste ms. A expectativa de que a lista contenha entre 40 e 60 polticos.

SemelhanasRelator da CPMI dos Correios,

o deputado paranaense Osmar Serraglio (PMDB) diz que, apesar das diferenas de valores, pes-soas e empresas investigadas, h semelhanas explcitas entre os dois casos. Para ele, o mensalo est no DNA do petrolo.

Com o fim do esquema do mensalo, os partidos e polticos envolvidos precisaram buscar outra forma de financiamento. A Lava Jato mostra os desvios da Petrobras como uma espcie de segundo caminho, diz o peeme-debista.

Outros dois paranaenses que participaram da CPMI citam

coincidncias nos escndalos. O petrolo um mensalo em guas profundas: a barganha, a promiscuidade nas relaes polti-cas ainda mais acentuadas, diz o senador Alvaro Dias (PSDB).

Ex-deputado federal pelo PT, Dr. Rosinha avalia que ambos os episdios tm na essncia o caixa dois de campanhas eleitorais. Todo grande desvio de contrato pblico, seja federal, estadual e municipal, tem por trs o finan-ciamento dos polticos, diz. Mas no foram os petistas que inven-taram isso. O erro foi ter entrado nesses esquemas ao invs de denunci-los. Serraglio diz que, uma dcada aps a CPMI dos Cor-reios, sente tristeza por ter acredi-tado que um esquema similar ao mensalo no se repetiria. Achei que tinha sido tudo to didtico que nenhum partido entraria nesse mesmo caminho de volta.

Plenrio da cmara Federal: mensalo envolveu 17 polticos; petrolo pode chegar a at 60

GAzETA DO POVO

Metade do Congresso tem parentesco com polticosDos atuais 594 deputados e senadores, 307 tm algum lao familiar com pessoas que fazem

ou fizeram carreira poltica no BrasilBrasilGazeta do PovoO Congresso Nacional que

tomou posse no incio do ms reala um aspecto da poltica bra-sileira: o lao familiar. Dos 594 parlamentares, 307 tm algum grau de parentesco com outros polticos. No Rio Grande do Norte, so 10 dos 11 eleitos. No Rio de Janeiro e em So Paulo, passam de 40%. E mais: 63% dos 73 depu-tados e senadores estreantes tm algum poltico na famlia. Trata-se do maior porcentual dos ltimos 40 anos.

Alm disso, 69% dos parlamen-tares do PMDB, que divide com o PT a maior bancada do Congresso, tm algum lao familiar com outros polticos. No PSDB, so 55% e no PT, 29%.

52% dos deputados e senado-res que compe hoje o Congresso tm algum grau de parentesco com

outros polticos. No total, 307 dos 594 parlamentares tm esse lao familiar. O partido com a maior ligao familiar o PMDB, com 69% da bancada. Logo atrs vem o PSDB, com 55%. No PT, so 29%. Outro dado mostra que 74 con-gressistas comearam a carreira poltica durante o regime militar.

O levantamento ainda mostra que 38% dos 307 parlamentares que tm algum grau de parentesco com polticos comearam a car-reira como deputados federais. E dos 366 que tm dados judiciais consolidados, 51% tm processo em andamento na Justia.

PaternalismoUma das matizes da pol-

tica brasileira o lao familiar, o paternalismo, o nepotismo, diz a cientista poltica e historiadora Marly da Silva Motta . uma linha que j vem representada desde a Primeira Repblica, com as oli-

garquias. E isso s reduz quando o pas passa por um perodo mais ideolgico. Ento se v diminudo o impacto das relaes familiares. Agora, quando o eleitor tem a per-cepo de que os partidos no so muito diferentes, cresce a tradio familiar.

LongevidadeO levantamento revela ainda

que dois congressistas da atual legislatura esto h 60 anos na poltica o senador Jos Mara-nho (PMDB-PB) e o deputado federal Bonifcio Andrada (PSDB-MG) . No total, 74 parlamentares comearam a carreira durante o regime militar, que terminou h 30 anos.

Outro dado do estudo mostra que a infidelidade partidria cos-tuma ser alta. Dos 56 parlamenta-res que comearam a vida eletiva no PSDB, apenas 61% permane-cem no partido. No PMDB, so

47%. O PT uma exceo, pois 89% dos polticos que comea-ram a carreira na sigla continuam sendo petistas.

Metodologia do estudoOs nmeros do levantamento

foram retirados das bases de dados do Tribunal Superior Eleito-ral (TSE), dos tribunais regionais eleitorais (TREs), das assembleias legislativas, dos portais da Cmara e do Senado, do site Transparn-cia Brasil e das pginas pessoais dos parlamentares.

OramentoCom mais de 25 mil funcion-

rios, o Congresso tem oramento maior do que muitos municpios. Em 2013, estavam disponveis R$ 8,5 bilhes para despesas que incluam de salrios at compra de materiais. Os parlamentares votam os projetos mais importantes do pas, como o oramento da Unio, e fiscalizam o governo federal.

Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.1654 eDiTAiS

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MUNICPIO DE SO JOS DA BOA VISTA ESTADO DO PARAN

EDITAL n 13/2015.

(PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO Professor EDITAL n 05/2015)

A Comisso Organizadora designada nos termos da Portaria n 03/2015, nos termos do

Edital de abertura n 05/2015, FAZ SABER que: I Ficam HOMOLOGADAS os pedidos de inscries dos candidatos abaixo relacionados:

n. ordem Nome N Inscrio Documento 1 Adriele Maria Barbosa dos Santos 005-2015-016 7.067.797-0 2 Ana Maria Rodrigues Correa 005-2015-032 10.348.120-1 3 Ana Paula Ribeiro 005-2015-010 13.264.565-5 4 Andreia Cardoso de Oliveira 005-2015-004 1243709-3 AC 5 Bruna Azevedo de Paiva 005-2015-007 10.185.057-9 6 Cheila Fatima de Oliveira 005-2015-049 9.808.723-0 7 Clarice Dias de Oliveira 005-2015-023 4.302.639-8 8 Crislaine Marques Dias 005-2015-013 9.659.502-6 9 Fabrissa de Fatima Camargo 005-2015-018 10.641.377-0

10 Fernanda Leticia de paiva Barbosa 005-2015-002 9.567.851-3 11 Flavia Jalile Machado 005-2015-012 9.837.689-5 12 Gabriela de Cssia Mantoani 005-2015-031 12.912.923-9 13 Gabriele da Costa 005-2015-047 12.920.085-5 14 Gisele Alves Dias Nassar 005-2015-019 8.664.100-3 15 Gisele da Silva Hermes 005-2015-026 6.892.567-3 16 Isabel Cristina Ferreira Fiats 005-2015-046 13.592.301-0 17 Karina Rosa Naumes 005-2015-011 13.061.278-4 18 Katiane Keyt Vieira Simes 005-2015-039 10.641.527-7 19 Lea Maria Rogenski 005-2015-037 6.132.945-5 20 Leila de Cassia Azevedo 005-2015-022 6.969.855-7 21 Lorena Andronic da Silva 005-2015-001 12.443.498-0 22 Luan Rafael da Silva 005-2015-044 12.468.556-7 23 Maria Helitelma Barbosa 005-2015-027 10.387.191-3 24 Mayara Simo 005-2015-038 12.562.433-2 25 Monika Moro Vieira 005-2015-028 6.848.799-4 26 Ozane dos Santos Esperidio 005-2015-024 13.132.894-0 27 Pamela Heloisa Almeida 005-2015-006 10.641.307-0 28 Paulo Ricardo da Silva 005-2015-020 10.115.728-8 29 Rosemeri Santos Pinto 005-2015-029 11.085.248-7 30 Rosimeri Maria Barbosa Azevedo 005-2015-009 6.892.599-1 31 Sandra Regina Vilas Boas da Silva 005-2015-043 4.977.903-8 32 Silvana de Cacia Oliveira Mancera 005-2015-008 9.832.273-6 33 Sirlene das Graas Silva Maluf 005-2015-036 7.388.765-8 34 Suzana de Oliveira Messias 005-2015-042 8.337.953-7 35 Terezinha de Jesus Rosa de Moraes 005-2015-040 5.298.677-0 36 Terezinha Vieira 005-2015-003 6.659.628-1 37 Txay Manoel Pinto 005-2015-034 13.940.271-5

2

38 Veridiana Aparecida de Oliveira 005-2015-041 10.709.259-5

n. ordem Inscrio Especial - Deficiencia N Inscrio Documento 1 Rosangela do Rocio Azevedo 005-2015-005 6.580.693-3

n. ordem Inscrio Especial - Afrodescendente N Inscrio Documento 1 Daniela Francine Camargo 005-2015-045 10.067.655-9 2 Elizabete de Oliveira Roque 005-2015-021 5.178.801-0 3 Mayara do Rocio de Oliveira 005-2015-035 12.720.772-0 4 Regiane Reis 005-2015-048 6.977.975-1

II Ficam os candidatos acima relacionados devidamente CONVOCADOS para a

realizao da prova escrita objetiva, nos termos do previsto no item 6.1 do Edital n 05/2015, a realizar-se no dia 22 de fevereiro de 2015, s 09:00 horas, na Escola Municipal Francisco Ablio Lopes, Rua Joo Leopoldino de Souza, 250, Bairro Alphaville II, So Jos da Boa Vista-PR.

III Ficam INDEFERIDAS as inscries dos candidatos abaixo relacionados por razes de

no atendimento ao disposto no item 4.2 do Edital n 05/2015.

n. ordem INDEFERIDAS N Inscrio 1 Ana Paula Sabchuk 005-2015-030 2 Gizlle da Silva Santos 005-2015-033 3 Patrcia Terezinha Budel 005-2015-014 4 Rafaela de Souza Messias 005-2015-017

So Jos da Boa Vista-PR; 18 de Fevereiro de 2015.

PEDRO SERGIO KRONEIS JANETE APARECIDA DE CARVALHO Prefeito do Municpio Membro da Comisso Organizadora JACIRA MARIA DE ANDRADE MARISA LOPES ROLIM VACILOTO Membro da Comisso Organizadora Membro da Comisso Organizadora

5Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.165eDiTAiS

Carnaval de Rua leva 15 mil pessoas em Jacarezinho

Nem mesmo a chuva atrapalhou o tradicional desfileDe jacarezinhoMarcos juniorA noite de segunda-feira, 16,

foi de grande festa no tradicional desfile das escolas de samba em Jacarezinho, nem mesmo a fina chuva que caiu espantou os foli-es. Segundo a organizao do evento mais de 15 mil pessoas acompanharam a passagem das alegorias e fantasias das escolas Cruzeirinho, Obatal e Unidos do SACODJE pela Rua Paran.

Para o prximo ano quere-mos colocar mais dias de festa. Com atrao num ponto na cidade e mantermos o tradicional des-file que referncia em todo o Norte Pioneiro, comenta o pre-feito Srgio Eduardo de Faria. Dr. Srgio. Na ocasio, ele destacou que pretende trazer um trio eltrico para animar a comunidade nos outros dias de carnaval prximo

antiga FAFIJA.O municpio vem aumentando

a tradio das festividades popu-lares. No incio do ms de feve-reiro houve um show na Praa Rui Barbosa para a escolha da rainha do Carnaval 2015. A jovem Cntia Alves foi escolhida com a pre-sena de mais de trs mil pessoas. Quero agradecer a todo o pblico que abrilhantou mais uma vez esta festa em nossa cidade. E tambm toda a equipe do Departamento de Cultura e da Secretria de Inds-tria e Comrcio que se empenha-ram para a realizao do evento, argumenta Dr. Srgio.

Ainda na noite da segunda-feira a escolha Cruzeirinho foi decla-rada campe aps a contagem dos pontos pelos jurados. Muito mais importante que a competio participao das trs escolas, finaliza o prefeito de Jacarezinho.

Desfile reuniu dezenas de pessoas nas ruas de Jacarezinho

MARCOS JNIOR

Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.1656 GerAL

Chuva antecipa volta das praias, mas movimento nas estradas alto

Por conta do clima e a previso do pico de movimento do retorno do feriado de Carnaval muita gente antecipou a volta a CuritibaDo ParanRedao Bem Paran

A Ecovia, concessionria que administra o trecho entre Curitiba e o Litoral do Paran, estima que passem pela BR-277, sentido Curi-tiba, 22 mil carros at esta quarta-feira, destes oito mil j esto na Capital. Por conta disso, o movi-mento nas estradas est alto, mas sem grandes pontos de lentido apesar da chuva. Na BR-277, sen-tido Curitiba, passam 1.700 vecu-los por hora no final desta manh de quarta-feira,18. O movimento trs vezes maior que a mdia de 500 veculos por hora, segundo as informaes da Ecovia.

Para facilitar a subida do litoral, a Ecovia segue operando somente no sentido Alexandra a rodovia PR 407. A Operao Mo nica na PR-407 vai at s 13 horas, com o

fluxo somente no sentido BR-277. O acesso Praia de Leste pode ser feito atravs da rodovia PR-508. Na rodovia PR-508, o fluxo alto no retorno a Curitiba. Porm, no h lentido na pista.

Trnsito De acordo com as informaes de trnsito, da Secre-taria Municipal de Trnsito (Setran) o trnsito nas imediaes da rodo-ferroviria ficou bastante compli-cado bem no comecinho da manh desta quarta-feira, 18, entre s 6 horas e 7h30.

No meio da manh, apesar do grande movimento de nibus que chegam Rodoferroviria, vindos do litoral e de cidades interioranas, normal o trfego na Rua Conse-lheiro Laurindo na regio do bairro Rebouas. O acesso ao centro, para quem vem pela Avenida das Torres, procedente de Garuva e praias catarinenses, tambm

normal.Na Avenida Sete de Setem-

bro, na regio do Centro e Btel, h alguns trechos de trfego lento, no sentido Batel. Em frente Praa Eufrsio Correia, at a esquina com a Avenida Marechal Floriano e no trecho entre as ruas Desem-bargador Westphalen e Nunes Machado. No sentido da Rodovi-ria, a lentido vai da Rua Buenos Aires Rua Lamenha Lins.

J na regio do Atuba, h len-tido de trfego na Avenida Mare-chal Mascarenhas de Moraes, que o acesso a Curitiba para quem vem de So Paulo pela BR-116. Por isso, na avenida a velocidade dos carros baixa, no sentido centro, da Rua Maria Augusta da Silva Rua Joo Fonseca Mercer. E da Rua Alberto Edart at o entroncamento com a Rua Padre Joo Wislinski. imagem da cmera da ecovia, do km 82 da Br-277, j em curitiba

REPRODUO CMERA ECOVIA

Lojas virtuais preparam Black Friday de maroPrincipais comrcios virtuais do pas vo realizar uma

grande promoo no prximo ms, como forma de antecipar compras no e-commerce nacional

BrasilGazeta do PovoCerca de 200 lojas virtuais bra-

sileiras vo participar, em 18 de maro, de uma promoo anloga Black Friday, que deve conceder ao consumidor descontos de at 60% e intensificar as vendas neste primeiro semestre. Trata-se do Dia do Consumidor Brasil, que entrar na segunda edio e tem previso de alcanar um faturamento de R$ 278,3 milhes.

Se confirmado, o valor repre-sentar um avano de 60% sobre os R$ 174 milhes faturados no ano passado. Esperam-se 630 mil pedidos, com um valor mdio de R$ 437 cada um em 2014, houve menos pedidos (460 mil) e o gasto individual foi menor (R$ 376). O crescimento esperado porque, agora, h mais lojistas envolvidos os principais varejistas do pas devem participar e a preparao

da promoo foi iniciada com mais antecedncia.

Borer acrescenta que os des-contos oferecidos variam conforme o segmento e a loja. Um iPhone 5s com 8% de desconto um timo negcio, pois o preo desse tele-fone varia muito pouco. J no ramo de casa e decorao, o desconto, para ser atrativo, precisa passar de 40%. A estimativa de des-contos de at 60% foi elaborada com base nas ofertas feitas no ano passado. Deve haver grande volume de produtos em exposio nas reas de eletrodomsticos e eletrnicos, mas a promoo ser variada, englobando itens de diver-sos gnero.

Promoes sazonais como esta, segundo Borer, buscam modi-ficar o cronograma de comprar do consumidor, fazendo com que, diante da possibilidade de receber desconto, ele antecipe a aquisio

de um bem que j pretendia obter. A expectativa de que a data cresa e se consolide, a exemplo do que tem ocorrido com a Black Friday, realizada em novembro.

Nesta semana, o Buscap comear a divulgar a promoo, que vai durar 24 horas, com incio zero hora do dia 18 de maro.

Dia do ConsumidorA promoo tem como gancho

a data de 15 de maro, trs dias antes, que reconhecida pela ONU como Dia Mundial do Consu-midor e se volta para a valorizao dos direitos dos compradores.

A Black Friday, realizada h quatro anos no Brasil, foi respon-svel por cerca de 20% das vendas do e-commerce brasileiro no ano passado. O evento gerou R$ 1,16 bilho em faturamento cerca de 300% a mais que o previsto para esta edio do Dia do Consumidor Brasil.

Nova frente fria avana e clima continua instvel no Paran

Uma nova frente fria se aproxima do Paran e deve trazer mais chuvas a todo o Estado neste fim de semana

ParanRedao Bem Paran De acordo com informaes

desta quarta-feira (17), do Instituto Meteorolgico Simepar, a frente fria que avanar pela regio Sul nos prximos dias vai reduzir a temperatura e provocar fortes chuvas, principalmente entre sex-ta-feira e sbado (20 e 21).

O Instituto alerta para poss-veis temporais e tambm de queda de granizo nas regies mais quen-tes. A meteorologista do Simepar, Sheila Paz, explica que a instabili-

dade resulta da frente fria formada no Uruguai e que traz umidade do oceano.

Aps o carnaval com muita chuva e baixas temperaturas, vamos entrar num novo ciclo de instabilidade que trar ao Estado chuvas irregulares, especialmente tarde, afirmou a meteorologista.

ESTVEL - Nesta quinta-feira (19), o clima fica estvel com nebulosidade varivel e o sol volta a aparece entre muitas nuvens no Leste e Litoral. No interior haver maior presena de sol. As chuvas

irregulares ocorrem a partir da tarde.

No fim de semana a tempe-ratura tende a baixar, variando por regio. Em Curitiba e RMC a previso de 17C a 26C. A regio Oeste seguem amenas com mnima de 20C e mxima de 30C. No Litoral, os term-metros chegam a 29C. O clima melhora no domingo (22), quando a frente fria perde fora e avana para regio Sudoeste. O sol volta a aparecer e a temperatura volta a aumentar na maioria das regies.

IMAGEM ILUSTRATIVA

7Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.165pOLiCiAL

Estou sofrendo', diz homem suspeito de matar me e bebs gmeos em SP

Suposto pai das crianas nega autoria do homicdio e atribui crime a comparsa. Homem se entregou polcia na tera-feira e est preso em Uberaba, MG

De FrancaG1

O empresrio Matusalm Fer-reira Jnior, de 48 anos, principal suspeito dos homicdios de uma jovem de 22 anos e de dois bebs gmeos, afirmou na noite de tera-feira (17) que sofre com a morte das vtimas. O homem, que se entregou Polcia Civil em Ube-raba (MG) no incio da tarde, negou a autoria do crime e atribuiu o triplo homicdio a um comparsa de 37 anos, que est foragido. "No fui eu fazer (sic). O cara desequili-brou e eu estou perplexo com isso. Estou sofrendo com isso tambm", disse o empresrio, aps sair da delegacia de Aramina (SP).

A jovem Izabella Gianvechio e os bebs desapareceram na ltima quinta-feira (12), em Uberaba. Segundo a Polcia Civil, a me e as crianas foram vistas pela ltima vez sendo levadas de carro por Ferreira Jnior, que at ento no teria assumido a paternidade dos bebs. O corpo de Izabella foi encontrado no mesmo dia em Aramina (SP). J os gmeos foram localizados na tarde de tera-feira (17) em Buritizal (SP). Os corpos dos bebs foram enterrados na manh desta quarta-feira (18) em Uberaba.

O advogado Odilon dos Santos,

que acompanhou a apresentao de Ferreira Jnior Polcia Civil, informou que vai deixar o caso. A famlia do suspeito j foi infor-mada. De acordo com o defensor, a deciso foi motivada aps desco-brir que os bebs estavam mortos.

O empresrio se apresentou na delegacia de Uberaba na tarde de tera-feira, depois que o carro que teria sido no crime foi localizado na zona rural de Pedregulho (SP). O veculo estava completamente queimado. Depois de prestar depoimento e negar o homicdio, o suspeito levou os investigadores a uma estrada de terra em Buritizal, onde os gmeos, que at ento estavam desaparecidos, foram encontrados mortos. No local, tambm foi apreendido um revl-ver com cinco projteis usados - a arma provavelmente utilizada no crime, segundo a polcia.

Ferreira Jnior, que j estava com a priso temporria decretada pela Justia, foi levado delega-cia de Aramina, e posteriormente encaminhado Penitenciria Pro-fessor Aluzio Igncio de Oliveira, em Uberaba. O outro suspeito, apontado pelo empresrio como autor dos homicdios, j foi identi-ficado, mas permanece foragido.

O casoIzabella, me dos gmeos, foi

a primeira a ser encontrada morta

com um ferimento na cabea s margens da Rodovia Jos Scha-votelo, em Aramina, na noite da ltima quinta-feira. Ela chegou a ser enterrada sem que fosse reconhecida, mas uma equipe de investigao em Uberaba, ao saber da localizao do corpo, solicitou fotos da vtima.

Em seguida, o pai reconheceu a filha e informou t-la visto pela ltima vez em um carro com um homem que no teria assumido a paternidade dos bebs.

Em uma gravao obtida pela polcia e divulgada nesta semana, Izabella afirma por telefone a uma amiga que iria encontrar o homem de 48 anos, que ainda no tinha reconhecido a paternidade dos gmeos.

Izabella chega a contar que o homem pediu para ela levar os bebs Ana Flavia e Lucas, de dois meses. Segundo a jovem, o suposto pai disse que nin-gum poderia saber do encontro. No entanto, ela pediu para um parente, que taxista, lev-la at o local combinado. Aps deix-la, o taxista disse que seguiu o carro do suspeito, mas perdeu o veculo de vista.

A polcia tambm divulgou ima-gens de um vdeo feito por uma cmera de segurana. As imagens mostram o momento em que o

carro do suspeito, onde j estavam Izabella e os bebs, parou pr-ximo ao Parque Fernando Costa. O suposto comparsa de Ferreira Jnior, que agora considerado foragido, aguardava o veculo e carregava uma bolsa quando entrou.

Segundo o delegado regional da Polcia Civil em Uberaba, Fran-

cisco Gouveia, os bebs foram mortos pouco depois de a me ter sido assassinada e deixada perto de Aramina. "Um [suspeito] ficou no carro e o outro desceu com os gmeos, entrou no mato e atirou nas crianas, segundo a verso do suposto pai das crianas", afir-mou ao G1.

O inqurito est sendo feito

em Uberaba e, conforme os delegados, os suspeitos sero indiciados por sequestro, triplo homicdio qualificado e ocultao de cadveres. J a Justia, assim que receber o inqurito vai deci-dir de quem ser a competncia do caso, se ser da Delegacia de Uberaba ou do estado de So Paulo.

Matusalm Ferreira jnior, suspeito de matar jovem e bebs gmeos

VALDINeI MALAgutI/ePtV

Famlia leva dois dias para liberar corpo no IML de CuritibaGisele Fagundes foi encontrada morta no ltimo dia 8, mas famlia s foi notificada no dia 16.

Documentao ficou "presa" em sala de funcionria do IML e corpo s foi liberado dois dias depoisParanLucas Sarzi, DO PARAN

-ONLINEUm problema de falta de comu-

nicao acabou com falta de res-peito e frustrao para familiares de uma mulher que teve o corpo encaminhado ao Instituto Mdi-co-Legal (IML) de Curitiba. Desde o comeo do ms, a famlia pro-curava por Gisele Fagundes, 31 anos. Quando souberam que a mulher estava morta e o corpo estaria no IML, comeou mais um problema: a documentao estava presa na sala de uma funcionria.

Gisele foi encontrada morta por agresso, domingo da semana passada (8), em um matagal na Estrada do Lara, zona rural da Lapa, na Regio Metropolitana de Curitiba (RMC). Familiares estranharam o sumio de Gisele e comearam a procur-la. Ela morava em Fazenda Rio Grande com a me, e desapareceu. Nem sabamos que conhecia algum da Lapa, disse a irm, Amanda Mar-condes, de 20 anos.

Os parentes telefonaram e foram ao IML para ver se o corpo de Gisele estava l, mas foram informados que a mulher no tinha dado entrada no necrotrio. Porm, na segunda-feira (16), a me de Gisele recebeu visita de

um agente funerrio, que estava com o nome da moa. Ele contou que o corpo dela estava no IML desde o dia 8, disse a irm.

DocumentosOs parentes foram at a dele-

gacia da Lapa, retiraram a docu-mentao para liberar o corpo e voltaram ao IML. Fomos informa-dos de que no poderamos retirar o corpo dela, porque a papelada da liberao estava presa na sala de uma funcionria, que estava viajando.

Os funcionrios da recepo orientaram a famlia para retornar na tera-feira (17) pela manh e, s 9 horas, os parentes estavam no IML. Chegamos cedo para que desse tempo de contratarmos uma funerria e soubemos que no iramos conseguir liberar o corpo, porque a tal funcionria no tinha voltado e as mulheres que estavam na recepo nos disseram que ela voltaria s na quarta-feira, contou Amanda. A famlia no arredou p. Fomos maltratados, tentaram nos expulsar para fechar os portes do prdio e procuramos a imprensa.

Depois de quase 10 horas de espera e insistncia, a documen-tao para liberao do corpo foi entregue aos familiares, que devem voltar hoje com uma fune-rria para ento enterrar o corpo

de Gisele.DescasoA famlia alega que foi maltra-

tada e que o que aconteceu no necrotrio foi descaso, por falta de comunicao. Em todo o tempo que ficamos esperando para a retirada do corpo, no fomos rece-bidos por nenhum responsvel do IML ou algum que nos desse uma resposta concreta. Pelo contrrio, ainda zombaram com nossos sen-timentos, disse Amanda Marcon-des.

Os irmos de Gisele estavam revoltados com a forma em que foram atendidos antes mesmo de saberem que a mulher estava morta. Por que quando procu-ramos o IML nos disseram que o corpo dela no estava no necrot-rio e, para uma funerria, passaram a informao? A quem interessaria a informao, a funerria ou aos familiares, que procuravam pela parente?, indagou a irm.

Com a chegada da funcion-ria, que teria trancado a docu-mentao na sala, os familiares foram chamados para uma rpida reunio em que a mulher escla-receu a eles o que teria aconte-cido. Ela nos disse que ela nem sabia que a documentao estava na sala dela, porque a papelada no era nem para estar l. Mas as

outras funcionrias disseram que era responsabilidade dela, por isso estava na mesa dela, contou Amanda.

Segundo a famlia, a fun-cionria disse que no viajou a lazer e sim a trabalho. Ela falou que precisou ir a outros IMLS do Paran, no entrou em detalhes, mas o carro que a deixou na porta do IML veio com uma prancha de surf. O que isso significa?.

A mulher teria dito ainda aos familiares que o documento foi colocado por debaixo da porta por outras funcionrias que ten-taram a derrubar. O que espera-mos agora que isso no acabe por aqui. Porque queremos uma resposta, queremos que alguma coisa seja feita, disse Amanda. No IML, ningum se pronunciou sobre o assunto, muito menos conversou com a reportagem de

forma oficial para esclarecer a situao.

O secretrio da Segurana Pblica, Fernando Francischini, disse que interveio diretamente na situao que envolveu a fam-lia de Gisele. Ele afirmou ainda que a diretoria do IML mudou na semana passada e que a nova administrao est mudando padres para dar agilidade e con-forto aos familiares.

Famlia no iMl em curitiba

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Quinta-Feira - 19 de Fevereiro de 2015Edio 1.1658 LOCAL

Crise avana e estados buscam ajustesNo Paran, secretrio est "juntando moedas" para pagar funcionalismo estadual e fornecedores

BrasilRedao ADI

No s o Paran que est fazendo ajustes nas contas para pagar o funcionalismo e fornece-dores. Estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Gois tomam medidas de cortes no oramento e nas despesas frente crise j considerada de carter nacional. Estamos juntando dinheiro para poder pagar, pelo menos, a folha (de fevereiro), que nossa prio-ridade, reagiu o secretrio esta-dual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa.

A crise, segundo levanta-mento do prprio governo fede-ral, atinge todas as regies e os cortes anunciados pelos gover-nadores devem atingir R$ 13,2 bilhes. Seguindo a cartilha de reequilibrar as contas usadas pelo ministro da Fazenda, Joa-quim Levy, est em formao uma espcie de "corrente" do

ajuste fiscal entre os secretrios estaduais de Fazenda. Quando foi feito o oramento, o cenrio que se previa era bem diferente do que realmente aconteceu. O oramento est totalmente desequilibrado: as receitas esto superestimadas, em razo da situao econmica do pas. E as despesas foram subestimadas. preciso fazer esse ajuste fiscal, disse Mauro Ricardo Costa.

Nos estados - Em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel (PT) suspendeu as frias-prmio de todos os servi-dores, reduzir em 20% os gastos com contratao de servidores, e pediu listas com os cortes aos secretrios. No Rio Grande do Sul, o governador Jos Ivo Sartori (PMDB) j limitou por 180 dias os gastos e suspendeu o pagamento de fornecedores e prestadores de servios. Os cortes afetaram reas como segurana pblica e sade.

O governo gacho tambm

comunicou a reduo do repasse de verba a santas casas e hospi-tais filantrpicos. O novo pacote, alm de reduzir as despesas de custeio, vai cortar 25% a 40% do oramento de secretarias, autar-quias, fundaes e empresas pblicas.

O Rio de Janeiro far um corte de gastos de R$ 2,6 bilhes em todas as suas secretarias e autarquias. O governador Luiz Fernando Pezo (PMDB) no poupou sequer a rea de segu-rana, uma das mais crticas do Estado. Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) tambm alegou crise financeira e anunciou redu-o do nmero de rgos pbli-cos e nmero de servidores, com uma estimada economia de R$ 200 milhes em 2015. E o gover-nador Marconi Perillo (PSDB), de Gois, prev a extino de 17 mil cargos, entre comissionados e temporrios, para dar uma folga de R$ 400 milhes ao ano no oramento.

Panorama - Os Estados argu-mentam que a queda da receita recente, nos ltimos seis meses, e aponta ainda o impacto cau-sado pela reduo de repas-ses federais como FPE (Fundo de Participao dos Estados) que em janeiro tiveram R$ 280 milhes a menos em comparao ao mesmo ms do ano passado.

A queda de receita e agra-

vamento da crise levou as admi-nistraes estaduais a seguir um perfil fiscalista semelhante ao que tem sido imposto pelo minis-tro da Fazenda, Joaquim Levy, em Braslia. O pas quebrou e os estados e municpios esto pagando a conta, diz um secre-trio.

Com o fim das medidas de estmulo dadas pelo governo

federal nos ltimos anos e a arre-cadao de impostos deprimida, muitos Estados faro ajustes to ou mais fortes do que a presi-dente Dilma Rousseff (PT). Em 2015, Estados e municpios tero de garantir uma "poupana fiscal" de R$ 11 bilhes, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto - os R$ 55,3 bilhes restantes viro do governo federal.

Secretrio estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa

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