cpcs 48/ 39 /40 instrumentos financeiros€¦ · de instrumentos financeiro, preço de mercadoria,...
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DEFINIÇÕES
• Instrumento Financeiro é um contrato que origina ativo
financeiro para uma entidade e um passivo financeiro ou
título patrimonial para outra entidade.
ATIVO FINANCEIRO
• Ativo Financeiro é qualquer Ativo que seja:
– Caixa;
– Titulo patrimonial de outra entidade;
– Direito contratual:
• De receber caixa ou outro ativo financeira de outra entidade;
• De trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob
condições potencialmente desfavoráveis para entidade (por exemplo,
derivativos ativos)
PASSIVO FINANCEIRO
• Passivo Financeiro é qualquer passivo que seja:
– Obrigação contratual:
• De entregar caixa ou outro ativo financeiro para outra
entidade; ou
• De trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade
sob condições potencialmente desfavoráveis para a entidade
(derivativos passivos)
TITULO PATRIMONIAL
Titulo Patrimonial é qualquer contrato que
estabeleça um interesse residual nos ativos de
entidade após a dedução de todos os seus
passivos (normalmente ações).
DERIVATIVO
• Derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato
(dentro do alcance do CPC 38) que possuem as três
características seguintes:
– O seu valor altera-se em resposta à alteração na taxa de juros especificada, preço
de instrumentos financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de
preços ou de taxas, avaliação ou índices de créditos, ou outra variável, desde
que, no caso de variável não financeira, a variável não seja específica de uma
parte do contrato (as vezes denominada – subjacente)
DERIVATIVO
– Não é necessário qualquer investimento liquido inicial ou investimento
liquido inicial que seja inferior ao que seria exigido para outros tipos de
contratos que se esperaria tivessem reposta semelhante às alterações
nos fatores de mercado; e
– É liquidado em data futura;
EXEMPLOS DE DERIVATIVOS E
INDEXADORES
Tipo de Contrato Indexadores variáveis
• Swap de taxas de juros
• Futuros cambiais
• Futuros de commodities
• Swap de crédito
• Opções de ações compradas
ou lançadas (call ou put)
Tipo de contrato
• Taxa de juros
• Variações cambiais
• Preços das commodities
• Preço de crédito ou rating
de crédito
• Preços das ações
Indexadores
variáveis
CATEGORIAS DE ATIVOS E
PASSIVOS FINANCEIROS
• Os ativos e Passivos financeiros são divididos nas seguintes
categorias:
– Ativos financeiros e Passivos financeiros registrados pelo valor justo
por meio do resultado;
– Ativos financeiros mantidos até o vencimento;
– Empréstimos e recebíveis;
– Ativos financeiros disponíveis para venda;
– Outros passivos financeiros
ATIVO E PASSIVO FINANCEIRO
MENSURADO PELO VALOR JUSTO POR
MEIO DO RESULTADO - FVTPL
• Um ativo ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio
do resultado é um ativo ou passivo que satisfaz qualquer uma das
seguintes condições:
– É classificado como mantido para negociação. Um ativo ou passivo
é classificado como mantido para negociação quando for:
ATIVO E PASSIVO FINANCEIRO
MENSURADO PELO VALOR JUSTO POR
MEIO DO RESULTADO - FVTPL
– Adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de
recompra em prazo muito curto;
– No reconhecimento inicial é parte de carteira de instrumentos
financeiros identificados que são gerenciados em conjunto e para os
quais existe evidência de modelo real de tomada de lucros a curto
prazo; ou
– Derivativo;
– É designado pela entidade no reconhecimento inicial, como mensurado
ao valor justo por meio do resultado.
ATIVO E PASSIVO FINANCEIRO
MENSURADO PELO VALOR JUSTO POR
MEIO DO RESULTADO - FVTPL
• No momento do reconhecimento inicial, ele é designado pela
entidade pelo valor justo por meio de resultado. A entidade só
pode utilizar esta designação quando for permitido pelo CPC 38.11,
ou quando tal resultar em informação mais relevante, porque:
– Elimina ou reduz significativamente uma inconsistência na mensuração
ou no reconhecimento que de outra forma resultaria da mensuração de
ativos ou passivos ou do reconhecimento de fanhos e perdas sobre
eles em diferentes bases; ou
ATIVO E PASSIVO FINANCEIRO
MENSURADO PELO VALOR JUSTO POR
MEIO DO RESULTADO - FVTPL
– Um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou ambos, ser
utilizado como base para gerenciamento e avaliação de performance,
conforme estratégia de investimento ou gerenciamento de risco de
mercado documentada, e como base para envio de informações para a
alta administração.
INVESTIMENTOS MANTIDOS ATÉ O
VENCIMENTO
• Investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros
não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com
vencimentos definidos para os quais a entidade tem a intenção
positiva e a capacidade de manter até o vencimento, exceto:
– Os que a entidade designa no reconhecimento inicial pelo valor justo
por meio do resultado;
– Os que a entidade designa como disponível para venda; e
– Os que satisfazem a definição de empréstimos e contas a receber.
EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS
• Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos
com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em
mercado ativo, exceto:
– Os que a entidade tem a intenção vender imediatamente ou no curto
prazo, os quais são classificados como mantidos para negociação e os
que a entidade, no reconhecimento inicial, designa pelo valor justo por
meio do resultado.
– Os que a entidade, após o reconhecimento inicial, designa como
disponível para venda; ou
EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS
– Aqueles com relação aos quais o detentor não possa recuperar
substancialmente a totalidade do seu investimento inicial, que não seja
devido à deterioração do crédito, que são classificados como
disponíveis para venda.
ATIVOS FINANCEIROS
DISPONÍVEIS PARA VENDA
• Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos
financeiros não derivativos que são designados como como
disponíveis para venda ou que não são classificados como:
– Empréstimos e contas a receber;
– Investimentos mantidos até o vencimento;
– Ativos financeiros pelo valor justo por meio do resultado.
DERIVATIVOS EMBUTIDOS
• Derivativo embutido é um componente de instrumento híbrido
(combinado) e que também inclui um contrato principal não
derivativo.
• Um derivativo deve ser separado do seu contrato principal e ser
contabilizado separadamente como um derivativo quando:
– As características econômicas e os riscos do derivativo embutido não
estiverem intimamente relacionados com as características econômicas
e os riscos do contrato principal;
DERIVATIVOS EMBUTIDOS
– Um instrumento separado com as mesmas características que o
derivativo embutido satisfizer a definição de derivativo; e
– Instrumento híbrido (combinado) não for medido pelo valo justo com as
alterações no valor justo reconhecidas no resultado (o derivativo que
esteja embutido num financeiro ou passivo financeiro pelo valor justo por
meio do resultado não é um derivativo separado).
CLASSIFICAÇÃO DOS ATIVOS E
PASSIVOS FINANCEIROS
• Os ativos e passivos financeiros são classificados no balanço
patrimonial na seguinte forma:
• Designados como valor justo por meio do resultado:
– Mantidos com o propósito de gerar ganho por flutuações de preço no
curto prazo;
– Existe evidência de lucro no curto prazo;
– É aplicável a todos os instrumentos financeiros.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATIVOS E
PASSIVOS FINANCEIROS
• Mantido até o vencimento: (HTM)
– Possuem pagamentos determináveis e vencimento fixo;
– Existe a intenção positiva de mantê-los até o vencimento.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATIVOS E
PASSIVOS FINANCEIROS
• Empréstimos e Valores a Receber originados pela empresa:
– Possuem como origem o fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a
um devedor;
– Não possuem intenção de venda imediata ou no curto prazo;
– Classificação independente dos instrumentos mantidos até o
vencimento.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATIVOS E
PASSIVOS FINANCEIROS
• Disponíveis para Venda (AFS)
• São instrumentos financeiros que não se enquadram em nenhuma
das classificações a seguir:
– Mantidos para negociação;
– Mantidos até o vencimento;
– Empréstimos e valores a receber originados pela empresa.
MENSURAÇÃO INICIAL
• Mensurado ao valor justo no reconhecimento inicial.
• Custos da transação são incluídos na mensuração inicial dos
instrumentos financeiros que não são mensurados pelo valor justo
por meio do resultado.
MENSURAÇÃO INICIAL
• O preço de transação deve ser a melhor evidência do valor justo no
reconhecimento inicial, a não ser que o valor justo desse instrumento
seja tornado evidente por comparação com outras transações de
mercado correntes observáveis relativas ao mesmo instrumento ou
baseadas em técnica de avaliação cujas variáveis incluem apenas
dados de mercados observáveis.
• Aplica-se a todos os instrumentos financeiros – se negociados ou
não em uma base com isenção de interesses (arm’s length basis)
(ex., empréstimos com isenção de juros de um acionista ou
governo).
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE DE
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Instrumento Avaliação Mudanças de valor
Resultado
Não relevante
(exceto Recuperação)
Resultado
Resultado
Investimentos mantidos até o vencimento
Custo amortizado
(taxa de juros efetiva)
Não relevante
(exceto Recuperação)
Custo amortizado
(taxa de juros efetiva)Empréstimos e recebíveis
Disponíveis para venda valor justo
Ativos financeiros pelo valor justo com contrapartida no resultado
valor justo
Derivativos valor justo
Passivos financeiros pelo valor justo com contrapartida no resultado
valor justo
Outros passivos Não relevanteCusto amortizado
Patrimônio Líquido
(exceto Recuperação)
VALOR JUSTO
Mercado ativo: cotações de preço publicadas, sem ajustes
Sem mercado ativo: técnicas de avaliação usando o máximo de
dados do mercado e o mínimo de dados específicos da entidade
Valor justo de instrumentos de patrimônio líquido: na ausência
de cotação de mercado, deve ser baseado em estimativas, ou
custo menos 'Recuperação' (como último recurso e somente se
for impossível fazer estimativas confiáveis)
Mercado ativo de instrumento semelhante: Ajustar o preço de instrumento semelhante para as condições do instrumento
avaliado
CUSTO AMORTIZADO
• Custo amortizado de ativo financeiro ou de passivo financeiro é a
quantia pela qual o ativo financeiro ou passivo financeiro é medido
no reconhecimento inicial menos os reembolsos de capital, mais ou
menos a amortização cumulativa utilizando o método dos juros
efetivos menos perdas por valor recuperável.
CUSTO AMORTIZADO
O custo amortizado é calculado utilizando-se o método da taxa de juros efetiva
Valor reconhecid
o inicialment
e
Custo amortizad
o
Dinheiro recebido
Receita/ despesa de
jurosImpairment
No final de cada período aplique o método da taxa de juros efetiva para determinar a receita e despesa de juros.
= -/+- -
RECONHECIMENTO
• Todos os ativos e passivos financeiros, incluindo derivativos,
deverão ser reconhecidos no balanço quando a entidade se torna
parte das disposições contratuais do instrumento.
• Custos da transação são custos incrementais diretamente atribuíveis
à aquisição, emissão ou alienação de um ativo ou passivo financeiro.
Ativos financeiros
ao
“valor justo” do
pagamento
Passivos financeiros
ao
“valor justo” do
recebimento
RECLASSIFICAÇÕES DA
CATEGORIA MANTIDOS ATÉ O
VENCIMENTO
E classificação como ativos disponíveis para venda por
dois anos
Mudança de intenção ou
capacidade
reclassificar TODOS os
instrumentos
"Contaminação" leva à avaliação pelo valor justo
Vendas antes do
vencimento
de parcela significativa
reclassificar TODOS os
instrumentos
RECLASSIFICAÇÃO DE CERTOS ATIVOS
FINANCEIROS
• A reclassificação para valor justo por meio do resultado é permitida
para qualquer ativo financeiro não derivativo, o qual não foi
designado como valor justo por meio do resultado no
reconhecimento inicial, sujeito a certos critérios que devem ser
atendidos.
• A reclassificação para disponível para venda (“DPV”) é permitida
para um ativo financeiro na categoria DPV para a categoria
empréstimos e recebíveis se certos critérios forem atendidos.
• Avaliação para separação de derivativos embutidos
CLASSIFICAÇÃO COMO
INSTRUMENTO PATRIMONIAL
• Será considerado instrumento patrimonial quando:
– Não há a obrigação contratual para entregar caixa ou outro ativo
financeiro para outra parte, ou de trocar ativos / passivos financeiros com
outra parte em condições que possam ser potencialmente desfavoráveis
para o emissor do instrumento;
CLASSIFICAÇÃO COMO
INSTRUMENTO PATRIMONIAL
• Será considerado instrumento patrimonial quando:
– O instrumento será ou pode ser liquidado com a emissão de
instrumentos patrimoniais do emissor:
• o instrumento é um não derivativo que não inclui obrigação contratual
de entregar um número variável de instrumentos patrimoniais
próprios; ou
• o instrumento é um derivativo que será liquidado somente pelo
emitente por meio da troca de um montante fixo de caixa ou outro
ativo financeiro por número fixo de instrumentos patrimoniais
OPÇÕES DE LIQUIDAÇÃO EM
INSTRUMENTOS DERIVATIVOS
Todas as alternativas de liquidação resultam na classificação como
instrumento patrimonial?
Ex.: instrumento
financeiro derivativo com
uma opção de ação em
que o emitente pode
decidir liquidar em caixa
ou pela troca de suas
próprias ações por caixa.
sim não
INSTRUMENTO
PATRIMONIAL
INSTRUMENTO
FINANCEIRO
CONTRATOS DERIVATIVOS LIQUIDADOS
COM INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS DA
PRÓPRIA ENTIDADE
O instrumento financeiro concede ao detentor o direito de adquirir um
número fixo de instrumentos patrimoniais da própria entidade por um valor
fixo em qualquer moeda?
A entidade oferece a parcela pro rata dos
instrumentos financeiros aos proprietários
existentes da mesma classe de seus
instrumentos patrimoniais não derivativos
próprios?
sim não
nã
o
sim
INSTRUMENTO
PATRIMONIAL
INSTRUMENTO
FINANCEIRO
INSTRUMENTOS COMPOSTOS
• Os instrumentos compostos podem conter:
– Componente de passivo financeiro – Passivo Financeiro
– Componente de Patrimônio Líquido – Instrumento Patrimonial;
• Contabilização separada - O emitente do instrumento composto
classifica os componentes de passivo e patrimônio líquido do
instrumento composto separadamente como passivo financeiro e
instrumento patrimonial
ALOCAÇÃO INICIAL DO VALOR
CONTÁBIL DE INSTRUMENTO
COMPOSTO
Valor justo total do instrumento composto
(ex. título conversível $ 100)
1. Determinar o valor justo do
componente da obrigação
incluída em quaisquer derivativos
embutidos (ex. $ 60)
2. Valor residual do instrumento
patrimonial
(ex. opção de conversão $ 40)
INSTRUMENTO
PATRIMONIAL
INSTRUMENTO
FINANCEIRO
Montante do crédito recebido
diretamente no patrimônio líquido
Montante do débito pago
diretamente no patrimônio líquido
AÇÕES EM TESOURARIA
sim
Instrumentos patrimoniais próprios
são adquiridos?
Nenhum ganho / perda deve ser reconhecido no resultado:
♦ Na compra, venda, emissão ou cancelamento de
instrumentos patrimoniais da própria entidade ou
♦ Com relação a quaisquer mudanças no valor das ações
em tesouraria
Instrumentos patrimoniais próprios
são vendidos?
sim
INSTRUMENTO
PATRIMONIAL
CUSTOS DE DISTRIBUIÇÕES E DE
TRANSAÇÕES
Reconhecer no
resultado
Reconhecer
diretamente no
patrimônio líquido
A classificação de um instrumento financeiro
emitido determina o tratamento dos custos de
distribuições e de transação relacionados ao
instrumento.
Distribuições
Custos de
transação
INSTRUMENTO
PATRIMONIAL
INSTRUMENTO
FINANCEIRO
AVALIAÇÃO DA PERDA NO VALOR
RECUPERÁVEL
• A avaliação da perda ao valor recuperável deve ser feita:
• De forma Individual - Se o ativo financeiro é individualmente significativo;
• De forma Coletiva – Quando o ativo individualmente não for significativo;
• Na avaliação coletiva as perdas no valor recuperável reconhecidas numa
base coletiva representam um passo preliminar estando pendente a
identificação de perdas no valor recuperável sobre ativos individuais. Tão
logo estejam disponíveis informações que identifiquem especificamente
perdas no valor recuperável de ativos individuais em um grupo, esses ativos
deixam de ser incluídos na avaliação coletiva de perda no valor recuperável.
Exemplos de eventos que podem
fornecer evidência de perda no
valor recuperável
• Dificuldade financeira significativa do emissor;
• Uma quebra de contrato como por exemplo a inadimplência ou falta de
pagamento de juros ou principal;
• Renegociação dos termos devido a dificuldade financeira;
• Reestruturação significativa devido a dificuldade financeira ou falência
esperada;
• Desaparecimento de um mercado ativo devido a dificuldades financeiras;
• Dados observáveis indicam que existe uma queda mensurável nos fluxos de
caixa estimados de um grupo de ativos financeiros desde seu
reconhecimento inicial, embora a queda ainda não possa ser identificada
com ativos individuais no grupo;
CÁLCULO DA PERDA NO VALOR
RECUPERÁVEL DE ATIVOS FINANCEIROS
MENSURADOS AO CUSTO AMORTIZÁVEL
• O cálculo para o valor recuperável de ativos financeiros mantidos até
o vencimento e empréstimos e recebíveis mensurados ao custo
amortizado deve ser feito:
• Considerando a Diferença entre: Valor contábil (custo amortizado) e
o Valor presente dos fluxos de caixa estimados (excluindo perdas
de crédito futuras que não tenham sido incorridas) descontadas pela
taxa juros original efetiva;
• A perda deve ser reconhecida no resultado do período.
CÁLCULO DA PERDA NO VALOR
RECUPERÁVEL DE INSTRUMENTOS
PATRIMONIAIS
• O cálculo para o valor recuperável de instrumentos patrimoniais deve
ser feito considerando a:
• Diferença entre custo de aquisição e o valor justo corrente menos
perdas no valor recuperável reconhecidas anteriormente no
resultado
• A perda deve ser reconhecida no resultado do período.
REVERSÃO DE PERDAS NO VALOR
RECUPERÁVEL
Requerido quando as condições forem
atendidas:♦ Revertidas através do resultado
♦ Limitado ao valor dos custos amortizados na
ausência de perda no valor recuperável
Reversão de perda no valor recuperávelTipo de ativo financeiro
Não permitido♦ Aumentos considerados como
reavaliações e reconhecidos em outros
resultados abrangentes
Requerido quando as condições forem
atendidas:♦ Escolha de política contábil com relação a
natureza do evento que desencadeia a reversão
♦ Escolha de política contábil na mensuração da
reversão da perda no valor recuperável
Instrumentos de dívida
mensurados ao custo
amortizado (HTM e L&R)
Instrumentos
patrimoniais AFS
Instrumentos de dívida
AFS
PROTEÇÃO POR HEDGE
• Como resultado de suas atividades, as entidades estão expostas a
riscos oriundos de:
– Ativos e passivos (financeiros) mensurados numa base que não
seja a de valor justo por meio do resultado (FVTPL); ou
– Certos contratos não reconhecidos;
• Entidades podem gerenciar o risco de exposição através do hedge
com:
– Derivativos mensurados pelo valor justo por meio do resultado
(FVTPL);
– Não-derivativos para hedges de risco de moeda estrangeira
OBJETIVO DA CONTABILIDADE
DE HEDGE
• A aplicação da contabilidade de hedge permite:
• Remensurar tanto os itens sobre os quais a exposição ao risco surge
e como os instrumentos utilizados para gerenciar o risco no
resultado; ou
• Diferir o reconhecimento de certos ganhos e perdas com derivativos
no resultado pelo seu reconhecimento em outros resultados
abrangentes;
• Soluciona a inconsistência contábil no resultado.
ITENS QUE SE QUALIFICAM
COMO INTRUMENTOS DE HEDGE
• Derivativo;
• Ativo financeiro não derivativo ou passivo financeiro não
derivativo só pode ser designado como instrumento de
hedge para cobertura de risco cambial;
ITENS QUE SE QUALIFICAM COMO
OBJETO DE HEDGE
• Um ativo ou passivo reconhecido;
• Um compromisso firme não reconhecido;
• Uma transação altamente provável;
• Investimento líquido em operação no exterior.
ITENS QUE SE QUALIFICAM COMO
OBJETO DE HEDGE
• Compromisso firme é um acordo obrigatório para a
troca de quantidade específica de recursos a um preço
especificado em data ou datas futuras especificadas.
• Transação prevista (altamente provável) é uma
transação futura não comprometida, mas antecipada.
Qualificação de riscos de hedge
QUALIFICAÇÃO DE RISCO DE
HEDGE
Podem ser protegidos com
relação a:♦ todos os seus riscos
♦ Qualquer um ou mais de seus
tipos de risco individuais que
são identificavelmente
separáveis e mensurados com
segurança
Podem ser protegidos com
relação a:♦ todos os seus riscos
♦ risco de moeda estrangeira
Itens financeiros Itens não-financeiros
Hedges de valor
justo
de exposições no valor
justo
3 Modelos de contabilidade de
hedge
IAS 39 (CPC 38) contem 3 modelos de contabilidade de hedge
Hedges de fluxos de
caixa
de exposições nos
fluxos de caixa
Hedges de
investimento líquidode exposição de moeda
em investimento líquido
em operação no exterior
Hedges de valor justo
Item objeto de hedge é um ativo
ou passivo reconhecido, um
compromisso firme não
reconhecido ou uma parcela
identificada desse
ativo, passivo ou
compromisso firme.
As mudanças no valor justo
podem afetar o resultado
Hedge de exposições a mudanças
no valor justo do item objeto de
hedge
O item objeto de hedge pode ser a
mudança no valor justo atribuível
a um risco particular se certas
condições são atendidas
Hedges de fluxos de caixa
O item objeto de hedge está exposto a
variação nos fluxos de caixa
atribuíveis a um ativo ou passivo
reconhecido, uma transação
prevista altamente provável ou
risco de variação cambial
de um compromisso firme
Variações no fluxo de caixa podem
afetar o resultado
Hedge de exposição às variações
no fluxo de caixa
O item objeto de hedge pode ser
variações no fluxo de caixa
atribuíveis a um risco particular
Soluciona a inconsistência
contábil
Contabilidade de hedges de
fluxo de caixa
Reconhecimento e
mensuração regular
Mensurado ao valor justo com:♦ Parcela efetiva de mudanças em
seu valor justo reconhecidas em
outros resultados abrangentes e
reclassificado para o resultado
quando o item objeto de hedge
afeta o resultado
♦ Parcela inefetiva das mudanças
em seu valor justo reconhecidas
no resultado
Item objeto de hedge Instrumento de hedge
Hedges de investimento líquido
O item objeto de hedge é um
investimento líquido em uma
operação no exterior
A exposição em moeda estrangeira
pode afetar o resultado
Hedge de exposição em moeda
estrangeira
Soluciona a inconsistência
contábil
Contabilidade de hedges de
investimento líquido
Mensuração regular - IAS 21:
♦ Diferenças de moeda
estrangeira reconhecidas em
outros resultados
abrangentes
Mensurado ao valor justo com:♦ Parcela efetiva de diferenças
em moeda estrangeira
reconhecidas em outros
resultados abrangentes e
reclassificadas para o resultado
quando o item objeto de hedge
afeta o resultado
♦ Parcela inefetiva das mudanças
em seu valor justo
reconhecidas no resultado
Item objeto de hedge Instrumento de hedge
Critérios da contabilidade de
hedge
Contabilidade
de hedge
permitida
sim
Designação formal e documentação por escrito no
início do hedge
A efetividade da relação do hedge pode ser
mensurada com segurança
Espera-se que o hedge seja altamente eficaz ao
conseguir alterações de compensação no valor justo
ou nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto,
consistentemente com a estratégia de gestão de
risco originalmente documentada
Para um hedge de fluxo de caixa de uma transação
prevista, a transação é altamente provável e cria uma
exposição a variação nos fluxos de caixa que
poderiam em última análise afetar o resultado
To
do
s o
s c
rité
rio
s d
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tab
ilid
ad
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e
hed
ge
fora
m a
tin
gid
os?
Documentação de hedge
Identifica claramente o item
objeto de hedge e o
instrumento de
hedge
Descreve como a eficácia do
hedge será avaliada tanto
prospectiva como
retroativamente
Contem o objetivo e estratégia de
e gerenciamento de risco da
entidade para a realização do
hedge
Descreve a natureza do risco a ser
coberto
Teste de efetividade
Espera-se que o hedge seja
altamente eficaz em alcançar
alterações de compensação no
valor justo ou nos fluxos de caixa
atribuíveis ao risco coberto durante
o período para o qual o hedge foi
designado?
Contabilidade de hedge é permitida
&
Inefetividade é reconhecida no resultado
A efetividade atual está dentro do
intervalo de 80 – 125%?
sim
Teste de efetividade prospectiva(No início e a cada data de reporte)
Efetividade retrospectiva(A cada data de reporte)
sim
Modelo estatístico:
Demonstrar alta
correlação estatística entre o valor
justo ou fluxos de caixa do item
objeto de hedge e aqueles do
instrumento de hedge
Métodos para mensuração de
efetividade prospectiva
Método de compensação:
comparar mudanças passadas
no valor justo ou fluxo de caixa
do item objeto de hedge
atribuível ao risco
protegido com os
instrumentos de hedge
Combinação de termos críticos:
Aplicável apenas se todos os
termos críticos se relacionam e o
instrumento de hedge possui um
valor justo inicial de zero
O IFRS/CPC não especifica
método de mensuração
Métodos estatísticos como
análise regressiva
Métodos para mensuração da
efetividade retrospectiva
O método da compensação é o
método geralmente
usado na prática
IFRS /CPC não especifica método
de mensuração
♦ Inefetividade reconhecida
automaticamente no resultado
como consequência da
remensuração separada do
instrumento de hedge e o item
objeto de hedge no resultado
Inefetividade
Existe uma inefetividade relacionada
a hedges de valor justo?
Existe uma inefetividade
relacionada a hedges de fluxos de
caixa e de investimento líquido?
♦ Inefetividade reconhecida no
resultado apenas quando a
variação acumulada no valor
justo é > que a variação
acumulada no valor justo do
item objeto de hedge atribuível
ao risco protegido
♦ Inefetividade atual calculada
utilizando o método da
compensação numa base
cumulativa
sim sim
Descontinuação da
contabilidade de hedge
♦ A transação prevista protegida não é mais altamente provável?
♦ O instrumento de hedge expirou, foi vendido, terminado ou exercido?
♦ O item objeto de hedge foi vendido, liquidado ou caso contrário, eliminado?
♦ O hedge não é mais altamente eficaz? ou
♦ A designação foi revogada?
Descontinuar a contabilidade de hedge prospectivamente e reverter para
a contabilidade seguindo os princípios usuais
sim
Hedge de fluxo de caixa:
♦ Espera-se que a transação prevista ainda possa
ocorrer reclassificar de outros resultados
abrangentes quando a transação afeta o
resultado
♦ Não é mais esperado que a transação prevista
ocorra reclassificar de outros resultados
abrangentes para o resultado imediatamente
Hedge de valor justo:
♦ Amortizar o ajuste de
valor justo no item
objeto de hedge
mensurado ao custo
amortizado
A compensação é
requerida
A compensação não é
permitida
A entidade possui a intenção
de tanto liquidar em base
líquida, ou realizar o ativo e
liquidar o passivo
simultaneamente?
Compensação de ativo
financeiro e passivo financeiro
A entidade possui um direito legalmente executável para liquidar os
valores reconhecidos pelo montante líquido?
sim
sim
nã
o
não
OBJETIVOS DO CPC 40
• Fornecer divulgações que permitam que os usuários
avaliem a significância dos instrumentos financeiros para
a posição financeira e desempenho da entidade.
• Divulgações que permitam que os usuários avaliem a
natureza e extensão dos riscos resultantes dos
instrumentos financeiros a que a entidade está exposta e
como a entidade gerencia esses riscos;
VISÃO GERAL DO CPC 40
Significância dos instrumentos
financeiros para a posição
financeira e desempenho
Natureza e extensão dos riscos
resultantes dos instrumentos
financeiros
♦ Balanço patrimonial
♦ Demonstração do resultado
abrangente
♦ Outras divulgações (ex. valor justo)
♦ Qualitativo
♦ Quantitativo
CLASSES DE INSTRUMENTOS
FINANCEIROS E NÍVEL DE
DIVULGAÇÃO
• Para fins de divulgação, os instrumentos financeiros são agrupados
em classes apropriadas de acordo com a natureza da informação
divulgada;
• As classes levam em consideração a natureza da informação
divulgada e as características dos instrumentos financeiros;
• Deve ser fornecida informação suficiente para permitir a
reconciliação de informações fornecidas por classe com
os itens de cada linha no balanço patrimonial;
DIVULGAÇÕES DE VALOR
JUSTO
• Para cada classe de instrumentos financeiros divulgar o valor justo
para permitir comparação com o valor contábil;
• Divulgar métodos utilizados para determinar o valor justo e quando
uma técnica de valorização é utilizada, divulgar também as
premissas utilizadas na determinação do valor
justo;
• Divulgar informação sobre o nível na hierarquia de valor justo;
• Divulgar quaisquer mudanças nas técnicas de avaliação e razões
para a mudança.
Nível 1Valores justos
mensurados
utilizando preços
negociados no
mercado ativo (sem
ajustes) para ativos
ou passivos
idênticos
Nível 2Valores justos
mensurados
utilizando inputs
diferentes dos preços
negociados incluídos
no Nível 1 que são
observáveis
diretamente ou
indiretamente
Nível 3Valores justos
mensurados
utilizando inputs que
não são baseados
em variáveis
observáveis de
mercado
HIERARQUIA DE VALOR
JUSTO
TIPOS DE RISCO
• Risco de crédito: risco de uma das partes contratantes de instrumento
financeiro causar prejuízo financeiro à outra parte pelo não cumprimento
da sua obrigação;
• Risco de liquidez: risco de que uma entidade irá enfrentar dificuldades
para cumprir obrigações relacionadas a passivos financeiros que são
liquidadas pela entrega de caixa ou outro ativo financeiro;
• Risco de mercado: risco de que o valor justo ou os fluxos de caixa
futuros de um instrumento financeiro irão oscilar devido a mudanças nos
preços de mercado (inclui moeda, taxas de juros e outros riscos de
preço);
• Outros tipos de risco.
Exposição ao
risco e como ele
surge
Objetivos,
políticas e
processos para o
gerenciamento
do risco
Métodos usados
para mensurar o
risco
Divulgações qualitativas
A razão para quaisquer mudanças nos itens acima são
divulgadas
Uma entidade divulga para cada tipo de risco
Sumário de dados
quantitativos baseado
nas informações
fornecidas
internamente ao
pessoal chave da
administração
Divulgações
detalhadas no
IFRS 7.36-42
(CPC 40.36-42)
Concentrações de
risco
Divulgações quantitativas
Se os dados quantitativos divulgados no final do período não são
representativos da exposição ao risco da entidade durante o período, a
entidade deve fornecer outras informações que sejam representativas.
Uma entidade divulga para cada tipo de risco
Transferência de ativos
financeiros – principais
divulgações*
Ativos financeiros que não são
desreconhecidos em sua totalidade
Ativos financeiros que são
desreconhecidos em sua totalidade
mas quando a entidade mantém
envolvimento contínuo
♦ Natureza dos ativos e dos riscos e
benefícios associados
♦ Relacionamento entre os ativos
transferidos e os passivos associados
♦ Restrições do uso desses ativos pela
entidade
♦ Valor justo dos ativos transferidos e
passivos associados com direito a recurso
apenas dos ativos transferidos
♦ Valor contábil dos ativos transferidos e
passivos associados
♦ O valor contábil e os valores justos dos
ativos e passivos representando o
envolvimento continuado
♦ Exposição máxima a perdas
♦ Análise de vencimentos dos fluxos de
caixa descontados que podem ser pagos
ao cessionário
♦ Informação qualitativa
♦ Informação específica para cada tipo de
envolvimento continuado