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TELESCÓPIO O avanço da Sany EVENTO Premiação dos vencedores do Top Crane-Heavy Duty’2015 ESPECIAL - ENERGIA Um panorama atualizado dos projetos eólicos e as perspectivas já a partir de 2016 OPERADORES “Galego”: 150 torres eólicas no currículo RIGGING Verticalização e içamento no Metrô de SP PERFIL Santin Guindastes EMPRESA Masal associa-se a turcos e amplia opções ARTIGO Aços especiais: alternativa na crise TRANSPORTE (HD Magazine) NOMES E NOTAS Comando jovem no Setcesp PERFIL Tomiasi Logística Pesada, do Grupo Chibatão BALCÃO FENATRAN’2015 DICAS Guindastes montados sobre esteiras INFOCRANE Refugiados nas gruasTRANSCRIPT
LOCADOR Perfil e capacitação técnica da Santin Guindastes
BRASILCRANEmanuseio, movimentAção e tRANSPO RtE de cargas e materiais
ANO V NO 44 R$ 25,00
DICAS Conceitos e configurações dos guindastes sobre esteiras
ENERGIA EÓLICA
ENERGIA EÓLICAProjetos e investimentos em um dos
segmentos mais dinâmicos do Brasil atual
EMPRESA Parceria entre Masal e World Power, da Turquia
TOP CRANE-HEAVY DUTY 2015 Premiação das melhores empresas de
elevação e transporte pesado
TRANSPORTE Chibatão: uma
potência logística no Norte do país
OPERADORES A história de “Galego”:
150 torres eólicas no currículo
Projetos e investimentos em um dos segmentos mais dinâmicos do Brasil atual
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REVISTA CRANE BRASIl
20 15
AF_anuncio NLMK_Quend.pdf 1 7/23/15 16:55
CRANE Brasil & H D Magazine São publicações da Facto Editorial dirigidas aos
profissionais da área de movimentação e manuseio de cargas,construtoras, indústrias, projetistas, órgãos públicos,
transportadoras, locadoras, distribuidores e usuários de equipamentos. Redação: Rua Pereira Stéfano, 114, conjunto 911 -
CEP 04144-070 - Brasil – São Paulo (SP), (11) 3477-6768 Editor-Chefe: Wilson Bigarelli (MTB 20.183)
[email protected] Redação: Tébis Oliveira (Editora),
Fernanda Mendes (assistente), Ricardo Gonçalves e Haroldo Aguiar
Editor de Arte: Moacyr MW Fotografia: Gildo Mendes Publicidade:
Luís Carlos Garcia - Magal (gerente comercial) e Odair Sudário (11) 2848-5989
[email protected] [email protected]
Enquanto aguardamos um des-fecho favorável no novelão ence-nado em Brasília, estamos, como todos os brasileiros, buscando ni-chos de mercado onde os investi-mentos estão sendo feitos, a des-peito de tudo. Nesta edição, nos
voltamos para o mais evidente de todos e com impacto direto nos segmentos de mercado cober-tos pela CRANE Brasil e o seu caderno de transportes, a HD Magazine.
Estamos falando, é claro, da verdadeira indús-tria de energia eólica, felizmente instalada no Brasil, que tem, diante de si, um horizonte tão favorável e são tais as perspectivas de negócios que seus investidores e executivos podem dar de ombros e passar ao largo dos ventos contrários da política praticada atualmente no Brasil.
Na verdade, também aí devem haver favoreci-mentos, já que existem leilões públicos de energia e esses dinâmicos operadores precisam de linhas de transmissão, igualmente públicas, para alavancar seus parques eólicos. Estamos bem escaldados.
Esperamos sinceramente que não. Principal-mente nessa área, de “energia limpa”, onde o Brasil caminha praticamente pari passu com as grandes potências mundiais. Onde surpreenden-temente estabeleceu uma rede interna de fornece-dores e prestadores de serviço e continua a atrair investimentos. Que seja aí então que cidadãos investidos em funções públicas e executivos da indústria deem sua parcela para que o país possa resgatar a credibilidade perdida.
Wilson Bigarelli, [email protected]
BRASILCRANE
ENERGIA EÓLICA
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4 TELESCÓPIO O avanço da Sany
6 EVENTO Premiação dos vencedores do Top Crane-Heavy Duty’2015
13 ARTIGO Aços especiais: alternativa na crise
14 ENERGIA EÓLICA Um panorama atualizado e as perspectivas já a partir de 2016
24 RIGGING Verticalização e içamento no Metrô de SP
26 PERFIL Santin Guindastes
30 EMPRESAS Masal: mais opções, com a World Power
31 OPERADORES “Galego”: 150 torres eólicas no currículo
33 TRANSPORTE HD Magazine
35 NOMES E NOTAS Comando jovem no Setcesp
36 PERFIL Grupo Chibatão
39 BALCÃO FENATRAN’2015
40 DICAS Guindastes montados sobre esteiras
42 INFOCRANE Refugiados nas gruas
Nesta edição
Nº 21 – ANO iii – R$ 25,00 • NOV/DEZ
uma publicação
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Perfil
Balcão Implementos mais leves e resistentes com uso de aços especiais
Nomes&NotasFENATRAN: geração de negócios em momento de crise
PEso PEsAdo
Chibatão: referência logística na região Norte
doAmAzoNAs
Capa_HD_21.indd 1 12/2/15 12:04 PM
Foto de capa: Saraiva
Equipamentos
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PAISAGEM paulistana
A Cisa Trading e a norte-americana Steel Warehouse for-maram uma joint-venture para processamento e bene-
ficiamento de aços especiais com o foco em mercados como agricultura, construção, mineração, máquinas e equipamen-tos, guindastes e automotivo, entre outros. A Steel Warehouse Cisa, que terá uma unidade industrial instalada em Paulínia (SP), vai adotar uma nova tecnologia para processamento de bobinas de aço carbono, de até 1 polegada, tanto em graus co-merciais, quanto de alta resistência. Entre ele figura o S700MC, por exemplo, que oferece maior precisão, qualidade e produti-vidade aos processo industrial. “No mundo todo existem cerca de 20 máquinas desta linha em operação e esta será a primeira a operar no Brasil”, diz David Sánchez, Diretor Geral da Steel Warehouse Cisa.
A Locar Guindastes e Transportes adotou seis motobombas da Itubombas, modelo ITUPP66S11, para operarem no
lastreamento de embarcações. Os equipamentos foram utili-zados por 15 dias em um serviço de load out (transferência) do módulo de processo da plataforma P76, da Petrobras.
A PM Terminals, operador portuário de Itajaí, dá suporte à DC Logistics na chegada da Alemanha de prensa de 55 t
adquirida pela fábrica de peças e componentes de bicicletas Royal Ciclo, de Rio do Sul (SC).
Desde que instalou sua fábrica no Brasil, a Sany não para de crescer no mercado de guindastes e, segundo suas
projeções, já lidera as vendas nesse segmento. “Ingressa-mos no mercado de guindastes em 2011 e já computamos cerca de 750 unidades vendidas nesse período”, afirma Ma Xianlin, presidente da Sany do Brasil. Ele destaca o esforço na adaptação dos equipamentos às necessidades locais, com três modelos já tropicalizadas, de 80 t, 100 t e 120 t de capacidade. Além disso, a empresa reestruturou suas áreas de vendas e pós-vendas e, desde setembro, atende os clientes diretamente a partir da fábrica ou de equipes regionais, sem a intermediação de concessionárias.
Com conclusão prevista para 2017, a obra do
novo museu do Instituto Moreira Salles (IMS) avança rapidamente na avenida Paulista, centro financeiro e principal cartão postal da cidade de São Paulo. O projeto, cuja execução está sob responsabilidade da All’e Engenharia, conta com o apoio de uma grua para a movimentação dos materiais de construção. O
equipamento se destaca em meio ao movimentado trânsi-to da região, não apenas em função do alto tráfego de veí-culos e pedestres em seu entorno, mas também por ter sua operação circunscrita em um terreno de 50x20 m de área.
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Por Ricardo GonçalvesFo
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AçOS especiais
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Carona nas áRVORES
Motobombas no LOAD OuT
PEçAS de bicicleta
É de olho no mercado florestal que a gaúcha Argos fez par-ceria com a Finlandesa Kesla para criar a Argos kesla, que
está produzindo guindastes florestais desde o início do ano. A Argos está entre as 10 maiores do mundo em guindastes veiculares. E a Kesla é a terceira maior em produção de má-quinas para floresta. Os guindastes florestais, a princípio, serão voltados a pequenos e médios produtores que hoje enfrentam um “vazio tecnológico” pela falta de opções com grande tecnologia produzindo em solo nacional.
O avanço DA SANy
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m uma cerimônia solene, dia 15 de outubro, no Palácio dos Transportes, sede da NTC &
Logística, Setcesp ((Sindicato das Em-presas de Transporte de Carga de São Paulo e Região) e Fetcesp ((Federação de Transporte de Carga do Estado de São Paulo), foram premiadas as melho-res empresas de elevação de cargas, tra-balho em altura e transporte pesado. O prêmio Top Crane-Heavy Duty é uma realização anual da Facto Editorial, edi-tora das revistas Crane Brasil e In The Mine. Além do apoio institucional das entidades representativas do setor de transporte, a premiação teve este ano como patrocinadores as empresas Ma-nitowoc, XCMG, Terex, Genie, Tada-no, Liebherr e Sany.
E Um público de 150 pessoas, entre lo-cadores, transportadores, autoridades e fornecedores, esteve presente à cerimô-nia. A opinião unânime entre os convi-dados foi de congratulação tanto à Facto Editorial quanto aos patrocinadores por terem conseguido viabilizar essa premia-ção em um ano tão difícil na economia brasileira, quanto tem sido 2015. Apesar do momento econômico conturbado, houve um número recorde de empresas inscritas. Baseada nos indicadores insti-tucionais e de desempenho do ano de 2014, e no regulamento divulgado pre-viamente aos participantes, a comissão julgadora definiu o ganhador de cada categoria. Confira a seguir breves depoi-mentos dos vencedores e patrocinadores do Top Crane & Heavy Duty’2015.
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Valorização à ExCELêNCIA
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Um público de 150 pessoas, entre locadores, transportadores, autoridades e fornecedores, esteve presente à cerimônia de premiação
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FROTA STANDARD Fabrício Scopel Andrade, diretor comercial da
Guindastes Centro Oeste, do Espírito Santo e Shang Lina, diretora da XCMG
FROTA ADVANCEDRicardo Cardoso Teixeira, diretor de
Transportes da Locar Guindastes e Transportes Intermodais, de São Paulo,
e Paulo César Reis, da área de vendas de guindastes da Terex Latin América
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SEGURANçA E TREINAMENTOMaria Beatriz Barbosa, gestora de qualidade
e desenvolvimento organizacional, da Elba Equipamentos e Serviços, de Minas Gerais, e Yazuaki Kishimoto, diretor de Vendas da
Tadano Brasil Equipamentos de Elevação
FROTA FULL Denys Garzon Esparbieri, presidente, e Edson
Garzon Rodrigues, diretor Administrativo-Financeiro da Guindastes Tatuapé, de São Paulo, e Luciano Dias, Vice-Presidente de
Vendas da Manitowoc
FROTA FULLValter Tonon Júnior, diretor geral da Megatranz
Transportes, de São Paulo e Ma Xianlin, presidente da Sany do Brasil
REMOçÃO TÉCNICATatiana Vichinsky Guimarães, da área de
Sistemas de Gestão Integrados e Cláudio Rizzuti, gerente de Operações, da Primax
Transportes Pesados, de São Paulo, e Ma Xianlin, presidente da Sany do Brasil
PLANO DE RIGGINGDavid Rodrigues, CEO, e Cláudio dos Santos
Ramos do Carmo, da Makro Engenharia,do Ceará, e Camilo Filho, especialista em
Rigging e engenheiro da Odebrecht
FROTA STANDARDJosé Renato Rodrigues Felício, diretor da Jota Rotaner Transportes Pesados,
do Paraná, e Heron Gayean, engenheiro de Vendas de Guindastes Móveis sobre
Esteiras e Pneus da Liebherr
FROTA ADVANCEDLuiz Natal Laurenti, diretor de Operações da
Transdata Movimentação de Cargas Especiais, de São Paulo, e Shang Lina, diretora da XCMG
TRABALHO EM ALTURANivaldo Fidelis, gerente comercial nacional da Saraiva Equipamentos, de Pernambuco,
e Rodrigo Borges, da área de vendas de guindastes da Terex Latin América, para realizar
a entrega desse prêmio Top Crane’2015
INOVAçÃOAlexander Biskupiski, diretor da Máquinas
Bolbi, de Minas Gerais, e Bárbara Gietz, da área de vendas da Tadano Brasil
Equipamentos de Elevação
ESTRUTURA OPERACIONALMarcello Augusto Mari, diretor comercial
da Locar Guindastes e Transportes Intermodais, de São Paulo, e César Schmidt,
gerente comercial de Guindastes Móveis Sobre Esteiras e Pneus, da Liebherr
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Denys Garzon Rodrigues, diretor comercial da Tatuapé: “A premiação norteia o setor, comercialmente falando. A informação dos vencedores chega até os contratantes e guia as novidades do mercado. É um importante reconhecimento”
David Rodrigues, CEO da Makro Engenharia: “O evento virou uma referência. Nossa equipe passa o ano com uma expectativa alta. A categoria de Plano de Rigging é sempre muito cobiçada por nós, pois reconhece a melhor solução de engenharia de movimentação. É um orgulho ver a equipe de engenheiros se transformando nos melhores profissionais”
Beatriz Barbosa, gestora de Qualidade e Desenvolvimento Organizacional do Grupo EES (Elba Equipamentos e Serviços): “Só comprova que o nosso software voltado para o Programa de Segurança e Desempenho, onde todo funcionário passa por uma série de inspeções e recebe uma pontuação, tem sido bem utilizado”.
Antonio Luiz Leite, diretor da Primax Transportes Pesados: “O evento é sensacional, é esperado o ano todo pelo setor. Sempre fazemos questão de trazer vários membros da equipe para participar da premiação, pois sabemos o quanto eles ralaram o ano inteiro. Vencer sempre mostra que o cliente pode confiar em nós, ou seja, valoriza todo o nosso trabalho”
SEGURANçA E TREINAMENTOJoão Henrique Leite, da área de Controladoria
e Júlio César Apolinário, gerente de Operações da Primax Transportes Pesados, de São Paulo,
e Wilson de Melo Júnor, diretor do Instituto Opus, da Sobratema
ESTRUTURA OPERACIONALRogê Gabrielli, diretor comercial da
Transpes - Transportes Pesados Minas, de Minas Gerais, e Luciano Dias vice-presidente de vendas da Manitowoc
CASE’2015Henrique Zupardo, presidente da Megatranz
Transportes, de São Paulo, e Celso Masson, diretor adjunto do SETCESP
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êmio Ma Xianlin, presidente da
Sany do Brasil: “Quando o mercado retrai, você tem que ganhar participação no total das vendas, algo que estamos conseguindo e, por esse motivo, participamos do Top Crane para nos aproximar dos clientes e entender o que eles querem”
Rafael Felício, diretor de Negócios da J. Rotaner Transportes Pesados: “A nossa premiação é fruto de um trabalho de longos anos. Aplicamos a parte do treinamento na operação”
Yasuaki Kishimoto, diretor de Vendas e Suporte ao Cliente da Tadano Brasil: “Trazer os contratantes foi uma boa sacada. Ampliar a presença deles aqui será ainda melhor, para trazer mais e mais pessoas do segmento ao Top Crane & Heavy Duty”.
Luciano Dias, vice-presidente de Vendas da Manitowoc Brasil: “É uma ótima oportunidade para conversarmos com os clientes e é importante a premiação mostrar que está sempre evoluindo. O evento já é plenamente reconhecido pelo mercado”.
Shang Lina, diretora da XCMG: “O Top Crane é um evento importante para a indústria de guindastes e ocorre em um momento que o mercado precisa de ações como esta, voltadas a sua valorização”
Cesar Schmidt, gerente comercial da Liebherr: “A queda do mercado já era previsível após a Copa, mas um evento como esse, único no setor e que reúne os profissionais do mercado, nos ajuda a refletir sobre os caminhos a seguir”
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Alexander Biskupski, diretor da Máquinas Bolpi: “Me orgulho em vencer numa categoria que premia a inovação e responda às necessidades do cliente, e não em uma que reconhece apenas seus investimentos em ativos”
Luiz Natal Laurenti, diretor da Transdata: “Ganhar o Top Crane é importante, principalmente em um ano como este em que, apesar dos percalços, conseguimos manter o mesmo nível das atividades e de faturamento”
Nivaldo Fidelis, diretor da Saraiva “Ganhar nessa categoria, nova no Top Crane, Trabalho em Altura, reflete o reconhecimento aos investimentos que realizamos no passado em novas frentes de atuação”
Marcello Mari, diretor da Locar: “O Top Crane sempre movimenta o setor e é gratificante ter seus esforços reconhecidos, principalmente em um mercado competitivo como o nosso”
Ricardo Teixeira, diretor da Locar: “Todo ano estamos presentes neste evento, o que comprova nosso compromisso com a eficiência, qualidade e segurança nas operações dos contratantes”
Rogê Gabrielli, diretor da Transpes: “Momentos de retração sempre impulsionam a criatividade e isto nos ajudou a diversificar, pois com nossa estrutura de 23 filiais, passamos a oferecer serviços de armazenamento ao mercado”
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Fabricio Scopel Andrade, diretor da Guindastes Centro-Oeste: “O Top Crane é uma premiação única no mercado, que representa o reconhecimento ao trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano”
Heron Gayean, da Liebherr: “Eventos como este nos ajudam a prestigiar o esforço dos clientes, motivo pelo sempre marcamos presença no Top Crane”
SORTEIO DE BRINDES AOS PARTICIPANTESLogo após a cerimônia de entrega dos prêmios Top Crane-Heavy Duty,
como tradicionalmente ocorre, há um concorrido sorteio para distribuição de miniaturas de guindastes aos participantes. Neste ano, os brindes foram oferecidos pela XCMG (truck crane QY 70K), Tadano (o modelo RT GR – 1000XL) e a Terex-Genie (plataformas Z-135/70 e GS-4069).
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Manutenção de equipamentos é a solução
para driblar crise econômica brasileira
Maior VIDA úTILPor Paulo Seabra*
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Artigo
* Paulo Seabra é engenheiro mecânico formado pela Es-cola de Engenharia Mauá em São Pau-lo, possui MBA pela Fundação Getúlio Vargas e atua há 8 anos no mercado de siderurgia. Atualmente é o Diretor Geral da NLMK Group para a América do Sul.
crise econômica tem afetado diversos setores, en-tre eles o da mineração e da construção civil, que vêm se desdobrando para não perderem receita e
para garantirem o emprego de milhares de trabalhadores. Uma das decisões tomadas por alguns empresários é a de não adquirir novos equipamentos, ou pelo menos avaliar uma manutenção ou reforma dos maquinários e equipa-mentos existentes antes, como forma de reduzir gastos e continuar produzindo.Essa alternativa tem contribuído de forma significativa tan-to para a indústria siderúrgica, como as produtoras e dis-tribuidoras de aço de alta resistência, que podem manter a produção e continuar comercializando os seus produtos para a manutenção das escavadeiras, de guindastes, de pavimen-tadores, entre outros. Tal solução traz significativo aumento da vida útil e um melhor aproveitamento do equipamento.
Empresas como a NLMK Group, que possuem em seu portfólio chapas grossas especiais, como o Quard e o Quend, respectivamente aços antidesgaste e estruturais de alta resis-tência, conseguem atender os clientes na reforma dos equi-pamentos e maquinários, tornando-os mais resistentes, com um aproveitamento total das chapas que são entregues com borda aparada. Estas chapas de alta resistência da NLMK são produzidas na NLMK Clabecq, na Bélgica, onde o foco da produção são os aços de alta resistência, 100% especiais na espessura, largura e tratamento térmico.
Com o uso de elementos de ligas especiais como o nióbio, os lingotes são laminados em um laminador com quatro es-tações que resultam em espessuras muito mais precisas do que as obtidas em laminadores convencionais, para garantir a eficiência tanto na fabricação de um novo equipamento, quanto para o reparo.
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De vento EM POPA
om o PROINFA (Progra-ma de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elé-
trica), a partir de 2004, e os leilões realizados pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica -, desde o final de 2009, a capacidade insta-lada de geração de energia eólica no Brasil, cresceu de 601 MW (Mega-watts) em 2009 para 7,1 mil MW em setembro passado. As projeções são de que o volume ultrapasse 9 mil MW até dezembro de 2015.
comprometiam a alavancagem do se-tor foram sendo aparadas. Outras, nem tanto. Uma delas é o licenciamento am-biental, demorado e oneroso, na visão do diretor de engenharia da Eletrosul, Ronaldo Custódio, afetando direta-mente a competitividade dos projetos no mercado brasileiro.
Mesmo assim a área evoluiu muito, avalia José Roberto de Moraes, presi-dente da Atlantic: “Os órgãos ambien-tais já conhecem bem o segmento eó-lico e tem melhorado sua relação com
Considerado um investimento pro-missor, esse mercado tem atraído ge-radoras tradicionais de energia como a Eletrosul e o Grupo Serveng e, principalmente, novos players como a Atlantic Energias Renováveis. Somente esses três empreendedores já possuem parques eólicos com 992,7 MW de ca-pacidade instalada e outros 453,4 MW sendo acrescentados até 2018, resulta-do de novos projetos ou expansão de operações existentes.
Nesses 6 anos, várias arestas que
Mercado de geração eólica ganha impulso
no Brasil e reúne novos empreendedores e
empresas tradicionais do setor elétrico
público e privadoPor Tébis Oliveira
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De vento EM POPA
os investidores e a definição das con-dicionantes ambientais”, argumenta. No IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ainda há complicadores relacionados aos sí-tios arqueológicos. A questão regulató-ria acaba inibindo o mercado, também para Mário Augusto Lima e Silva, di-retor da Serveng Energia. “Existe certo descompasso entre o fluxo de investi-mentos em novos projetos no setor eólico e os órgãos oficiais em âmbito municipal, estadual e federal”, afirma.
O principal desafio, no entanto, apontado por todos, é a carência de sistemas de transmissão. Só a Eletrosul deve investir R$ 3,2 bilhões na instala-ção e ampliação de linhas e subestações até 2018. “A velocidade de crescimento da rede é incompatível com o apetite dos investidores e a demanda por essa nova energia”, concorda Moraes.
TRANSMISSÃOCriada em 1968, a Eletrosul, sediada
em Florianópolis (SC), é uma empresa
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Atlantic Energias RenováveisParques/Complexos Eólicos em Operação
Especificações Eurus II Renascença C.E. (1) de MorrinhosLocalização João Câmara (RN) Parazinho (RN) Campo Formoso (BA)Capacidade 30 MW 30 MW 180 MWContratação Aneel (LER 2010)2 Aneel (LER 2010) Aneel (Leilões A-5/2011 e A-3/2013)3Componentes 15 Aerogeradores (2 MW) e 15 Aerogeradores (2 MW) e 90 Aerogeradores (2 MW) e Pás Eólicas Vestas; Torres c/80 m Pás Eólicas Vestas; Torres c/80 m Pás Eólicas Gamesa; Torres c/70 m Obras Civis Cortez Cortez ConvebaEletromecânica Arteche Arteche AlstomOperação Jan/2015 Jan/2015 Out/2015
Parques/Complexos Eólicos em ExpansãoEspecificações C.E. (1) Santa Vitória do Palmar Lagoa do BarroLocalização Santa Vitória do Palmar (RS) Lagoa do Barro (PI)Capacidade 207 MW 195 MWContratação Aneel (Leilões A-5/2013 e A-3/2014)3 Aneel (Leilão A-5/2014)3Componentes 69 Aerogeradores (3 MW) e 65 Aerogeradores (3 MW) e Pás Eólicas Acciona; Torres c/120 m Pás Eólicas Acciona; Torres c/120 mObras Civis Redram A contratarEletromecânica WEG A contratarOperação Set/2016 Abr/2017(1) C.E.: Complexo Eólico; (2) LER: Leilão de Energia Reserva; (3) Leilão de Geração de Energia
José Roberto de Moraes,
presidente da Atlantic:
Tabela I
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pública controlada pela Eletrobras, li-gada ao Ministério de Minas e Energia (MME). A busca por fontes alternati-vas visando diversificar a matriz energé-tica nacional, resultado de um trabalho intenso de pesquisa e desenvolvimento, fez com que a empresa se consolidasse como a maior empreendedora em ener-gia eólica no Sul do País.
Atualmente, através de parcerias es-
tratégicas, ela finaliza a implantação do maior complexo eólico da América La-tina (veja tabela III), com capacidade instalada de 583 MW (Megawatts), o Campos Neutrais, no Rio Grande do Sul (RS). Segundo Ronaldo Custódio, a próxima meta, antes de pensar em novos projetos, é ampliar os sistemas de transmissão do estado. Para isso, a Eletrosul vai investir mais de R$ 3,2 bi-lhões, até 2018, em concessões obtidas no Leilão 04/2014 da ANEEL.
Os projetos, que incluem também o Estado do Mato Grosso do Sul, to-talizam 2,1 mil km de linhas, 8 novas subestações e a ampliação de outras 16 existentes. “Não há como planejar novos projetos eólicos de grande porte sem esse sistema de transmissão. Após essas obras, poderemos retomar os in-vestimentos no segmento eólico”, ex-plica Custódio.
EXPANSÃOEmbora críticas da falta de uma in-
fraestrutura adequada de transmissão,
outras duas empresas continuam a ex-pandir seu portfólio eólico: a Atlantic e a Serveng Energia.
Holding composta pela britânica Ac-tis (60%), pela brasileira Pattac (24%) e pela espanhola Servinoga S.L. (16%), a Atlantic foi fundada em 2009, em Curitiba (PR). Hoje, já possui empre-endimentos eólicos e hidrelétricos no Piauí (PI), Bahia (BA), Rio Grande do Sul (RS) e em Santa Catarina (SC).
Na geração eólica, quatro projetos estão cadastrados para participar dos leilões da ANEEL. Dois são complexos em implantação na Bahia: Licínio de Almeida, com 180 MW de capacidade instalada, e Tanque Novo (166 MW). Os dois restantes são obras de expan-são: do complexo Santa Vitória do Pal-mar (RS), em 150 MW, e do complexo Lagoa do Barro (PI), em 27 MW.
Em operação desde 2015 estão o Eu-rus II e o Renascença V, no Rio Grande do Norte, e Morrinhos, na Bahia (veja tabela I). Segundo Moraes, os parques Eurus II e Renascença V, em conjun-
ENER
GIA Serveng Energia
Empreendimentos Eólicos Em OperaçãoParque(s) Eólico(s) Pedra Grande (RN) Parque(s) Eólico(s) São Miguel do Gostoso (RN)EOL União dos Ventos 1, 2 e 3 22,40 MW cada EOL União dos Ventos 5 24 MWEOL União dos Ventos 8 e 10 14,40 MW cada EOL União dos Ventos 7 14,40 MWEOL União dos Ventos 4 e 9 11,20 MW cada EOL União dos Ventos 6 12,80 MWContratação 100 % Mercado LivreEngenharia e Obras Civis ServengOperação 2014Total de Componentes 106 Aerogeradores GE 1.6-100; Pás Eólicas Tecsis c/comprimento de 50 m; Torres Gestamp: 105 de aço c/80 m; 1 de concreto c/107 m
Empreendimentos Eólicos Em Expansão ou ImplantaçãoParque(s) Eólico(s) Pedra Grande (RN) Parque(s) Eólico(s) São Miguel do Gostoso (RN)EOL União dos Ventos 12 25,20 MW EOL União dos Ventos 15 25,20 MWEOL União dos Ventos14 21,00 MW EOL União dos Ventos 16 23,10 MWEOL União dos Ventos 13 18,90 MW Contratação 70% Mercado Regulado/30% Mercado Livre Engenharia e Obras Civis ServengOperação 2018Total de Componentes 54 Aerogeradores Gamesa 2.1; Pás Eólicas Tecsis c/comprimento de 57 m; Torres Eolicabras de concreto, c/120 m
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Tabela II
Mário Augusto Lima e Silva, diretor
da Serveng Energia.
Guindastes sobre esteiras LR da Liebherr Altas capacidades em todas as classes de içamento Sistemas de lança variáveis para diversas aplicações Configuração para transporte otimizada facilita
deslocamento até a obra Abrangente pacote de recursos que garantem conforto e
segurança Assistência técnica em todo o mundo, pelo fabricante
Viva o Progresso.
The Group
www.liebherr.com.br [email protected] www.facebook.com/LiebherrConstruction
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to, alcançaram fator de capacidade de 79,2% em agosto passado, conforme relatório do ONS (Operador Nacio-nal do Sistema Elétrico). O índice foi o maior entre os parques eólicos em operação no Brasil no período avaliado.
Moraes diz que o plano é chegar a 652 MW de capacidade instalada até o final de 2018. Em 2016, os acio-nistas da holding devem discutir o segundo business plan para atingir o pipeline de 1 GW (Gigawatt) em projetos eólicos.
Já a Serveng Energia integra o Grupo Serveng, que atua na área de infraestrutura desde 1954 e agrega empresas de mineração, transportes e desenvolvimento imobiliário. No setor de geração de energia elétrica, o único empreendimento era, até pou-co tempo, a UHE Corumba IV, em Goiás. Desde 2014, a divisão passou a investir em geração eólica, através do projeto Ventos Potiguares.
“Por enquanto, nosso interesse permanece no Rio Grande do Nor-te (RN). A decisão de diversificar para outros estados é estratégica e será avaliada antes de cada leilão da ANEEL”, explica Lima e Silva. No estado, a empresa possui 10 par-ques eólicos em operação e outros cinco em implantação ou expansão (veja tabela II).
Em sua opinião, o crescimento do mercado brasileiro de energia eólica será constante nos próximos 20 anos, a uma taxa de 1 GW, no mínimo, ao ano. “Nossa estratégia é continuar crescendo neste mercado, aos pou-cos, mas de forma contínua”, com-plementa o executivo.
Eletrosul – Empreendimentos EólicosEspecificações Complexo Eólico Cerro Chato Complexo Eólico Campos NeuraisLocalização Sant’Ana do Livramento (RS) Santa Vitória do Palmar e Chuí (RS)Parque(s) Cerro Chato I, II e III Geribatu I a X (Parque Eólico Geribatu) Eólico(s) Capacidade: 90 MW Capacidade: 258 MW Contratação: Aneel (LER 2009)1 Contratação: Aneel (12º LEN A-3/2011)2
45 Aerogeradores Wobben/ 129 Aerogeradores Gamesa G 97 (2 MW); Enercon E-82 (2 MW); Torres c/ 108 m; Torres c/78 m; Pás c/47,5 m de comprimento; Pás c/39 m de comprimento; Rotor c/97 m de diâmetro Rotor c/82 m de diâmetro Ibirapuitã Chuí I, II, IV e V (Parque Eólico Chuí) Capacidade: 25,2 MW Capacidade: 144 MW Contratação: Aneel (12º LEN A-3/2011)2 Contratação: Aneel (12º LEN A-3/2011)2
12 Aerogeradores WEG AGW 110/2.1 (2,1 MW); 72 Aerogeradores Gamesa G 97 (2 MW); Torres c/80 m; Pás c/comprimento de 53,7 m; Torres c/78 m; Pás c/comprimento de 47,5 m; Rotor c/110 m de diâmetro Rotor c/97 m de diâmetro Galpões, Capão do Inglês e Coxilha Seca Chuí 9 (Parque Eólico Chuí) Capacidade: 48 MW Capacidade: 17,9 MW Contratação: Aneel (Leilão A-3 09/2013)3 Contratação: Aneel (Leilão A-3 09/2013)3
24 Aerogeradores Gamesa G114 (2 MW); 10 Aerogeradores GE 1.7-100 (1.79 MW); Torres c/80 m; Pás c/comprimento de 56 m; Torres c/80 m; Pás c/comprimento de 48,7 m; otor c/114 m de diâmetro Rotor c/100 m de diâmetro Verace 24 a 31 e 34 a 36 (Parque Eólico Hermenegildo) – Em Implantação4 Capacidade: 163 MW Contratação: Aneel (Leilão A-3 09/2013)3 91 Aerogeradores GE 1.7-100 (1.79 MW); Torres c/80 m; Pás c/comprimento de 48,7 m; Rotor c/100 m de diâmetro
1 LER: Leilão de Energia Reserva; 2 LEN: Leilão de Energia Nova; 3 Leilão de Geração de Energia; 4 A maioria dos aerogeradores já está operando em testes. O prazo previsto para operação plena é janeiro de 2016
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Tabela III
Ronaldo Custódio, diretor de engenharia
da Eletrosul
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a contramão da correnteza de incertezas econômicas nas quais o Brasil tenta na-
dar, sobreviver e chegar até a praia, encontra-se praticamente isolado o setor de energia eólica. Com um po-tencial efetivo praticamente infinito, como brinca Elbia Gannoum, presi-dente executiva da Associação Brasilei-ra de Energia Eólica (ABEEólica) – os números apontam 500 GW, mais de três vezes a necessidade total do Bra-sil por energia, de 160 GW instalados hoje –, o país já tem o dado real de crescimento, que chegará a cerca de 18,5 GW instalados até 2019, o que já deve corresponder a 12% da matriz energética brasileira. “Esse é um dado concreto. Em termos de projeção, até 2020, esperamos 22 GW instalados,
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Com um potencial imenso,
crescimento vertiginoso do setor eólico no Brasil contrasta com o restante das atividades
econômicas
Voo alto E SOLO
Por Ricardo Gonçalves
da no Rio Grande do Sul, enquanto o Nordeste tem uma boa distribuição entre os estados. Para se ter uma ideia do crescimento acelerado, em 2013, o Brasil estava em 13º no ranking global de potência instalada. No ano passa-do, entrou no Top 10 pela primeira vez, alcançando o 10º lugar. “Fomos o quarto país que mais investiu no se-tor eólico, aumentando em 2,5 GW. Acabamos de entrar também no Top 10 em capacidade instalada”, relata Elbia. Hoje, o país tem 8,2 GW de capacidade atual Instalada, distribuí-dos por 323 parques eólicos. O cresci-mento tem sido em média de 2,3 GW por ano, o que faz do Brasil um dos mercados mais atrativos do mundo. Dessa forma, consegue movimentar contratantes, prestadoras de serviços, fornecedoras de equipamentos e com-ponentes, consultoras, entre outras companhias.
MAIORES PROJETOSA Makro Wind, divisão de Eólica da
Makro Engenharia, já entregou mais de 700 WTGs (Wind Turbine Gene-rators) pelo Brasil, oferecendo solu-ções completas em turn key, logística integrada e locação de equipamentos. Grandiosos projetos foram executados ao longo dos últimos anos. Alguns destaques são os Projetos União dos Ventos e Morro dos Ventos, para a GE, com a respectiva entrega de 105 WTGs em Exu Queimado (RN), por 10 meses, e de 91 WTGs em Queima-das (RN), por 11 meses. Esses são ape-nas dois exemplos, há outros grandes projetos executados pela companhia (veja tabela).
Elbia Gannoum
o que representaria a segunda maior fatia da matriz energética brasileira, atrás apenas da energia hidrelétrica”, afirma Elbia.
As regiões que esfregam mais as mãos são o Nordeste e o Sul, com os maiores potenciais de crescimento. No Sul, boa parte parece concentra-
MAIORES PROJETOS DA MAKRO ENGENHARIAProjeto Cliente Local Quantidade PrazoMangue Seco Wobben Guamaré (RN) 56 WTGs 10 mesesRei dos Ventos Miassaba - Alstom Galinhos (RN) e Macau (RN) 112 WTGs 1 anoIlha Grande Ribeirão - Alstom Icaraizinho de Amontada (CE) 28 WTGs 6 mesesIcarai I e II Taiba I e II - Suzlon Icaraizinho de Amontada (CE) e Taiba (CE) 58 WTGs 8 mesesParajuru Morgado e Volta do Rio - IMPSA Acarau (CE) e Parajuru (CE) 66 WTGs 1 ano
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Uma característica atraente deste guindaste
é seu tamanho pequeno. Ele também tem
uma alta capacidade de elevação e
possui a maior lança em
sua classe.
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O seu design compacto e de fácil manobra permite aos operadores executar trabalhos mais eficientemente em comparação com outros modelos alternativos mais volumosos.
• Fácil aproximação em locais de trabalho confinados.
• Configuração rápida.
• Estabilizadores assimétricos oferecem facilidade e segurança no trabalho.
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de intervenções, utilizamos também soluções em máquinas treliçadas so-bre esteiras”, diz Luna. “No caso dos projetos, geralmente segmentamos em etapas ou marcos. Primeiro, os carregamentos e descarregamentos de componentes e torres são feitos com guindastes com capacidade entre 70 e 300 t. Na fase de pré-montagem de componentes e torres, optamos por guindastes com capacidade entre 100 e 500 t. E na montagem principal (na-celles, conjunto rotor/blades e módu-los finais de torres ou intermediários, com peso relevante), são guindastes com capacidade entre 600 e 1.200 t”.
Mas de nada adianta ter os equipa-mentos sem conceder os treinamentos adequados aos operadores. “A Makro Engenharia possui, em sua matriz, um centro de treinamento avançado. No caso da Makro Wind, são ministrados treinamentos voltados para cada tipo de operação desenvolvida nos par-ques, atendendo as normas brasileiras e exigências operacionais/QSMS dos fabricantes de aerogeradores, torres e investidores dos projetos. Atendemos também nossos clientes, com treina-mentos voltados para instruções sobre movimentação de cargas, equipamen-tos e segurança operacional, visando fa-cilitar o entendimento do nosso escopo
Nesses projetos, a Makro Engenha-ria utilizou, na parte de transporte, conjuntos com carretas extensivas, li-nhas de eixo, carretas pranchas com 5 e 6 eixos e dolly. Para os içamentos, foram mobilizados os guindastes treli-çados sobre esteiras Liebherr LR 1400, com capacidade máxima para 400 t, LR 1600, para até 600 t, LR 1750, para até 750 t e outros similares. Tam-bém foram usados os guindastes sobre pneus Grove GMK 5220, para até 220 t, e GMK 6300, para até 300 t, Liebherr LTM 1400, para 400 t, LTM 1500, para 500 t, LTM 11200, para 1.200 t, e outros de menores portes, com 70, 100 e 160 t de capacidade.
A escolha dos equipamentos é ex-plicada de forma bem didática por Napoleão Luna, gerente comercial da Makro Wind. “Para operações de ma-nutenção de parques eólicos (OMS), por uma questão de mobilidade, uti-lizamos geralmente guindastes teles-cópicos sobre pneus, pois são serviços de curta duração. Em parques eólicos com vias planas e com maior cadência
de atuação para os gestores responsá-veis pelas contratações e para os usuá-rios nos sites”, detalha Napoleão Luna, gerente comercial da Makro Wind.
A Saraiva Equipamentos também já executou vários projetos importantes para o segmento eólico. Um deles foi inclusive premiado neste ano com o Top Crane, na nova categoria de Tra-balho em Altura. O case vencedor se deu no Projeto Bons Ventos da Serra, execução em 2014, quando a empre-sa transportou, montou e instalou 11 WTGs para a WEG, em Ibiapina (CE). Foram percorridos 4.000 km e o prazo de execução era de 45 dias. Há vários outros projetos realizados, com transporte, montagem e instalação de WTGs (veja outras operações na tabe-la abaixo).
“Além de uma estrutura operacional a nível de máquinas, equipamentos e ferramentas especiais para o segmento eólico, contamos com uma equipe al-tamente qualificada e preparada”, con-ta Nivaldo Fidelis, gerente comercial nacional da Saraiva Equipamentos. A escolha dos equipamentos e máquinas para cada projeto depende de inúme-ros fatores. “Temos equipamentos de diversas marcas. O que se leva em con-sideração na hora de escolher é sempre a largura da pista, as inclinações laterais
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MAIORES PROJETOS DA SARAIVA EQUIPAMENTOSProjeto Turbinas Local Quantidade AnoFaisas Suzlon Trairi (CE) 65 WTGs 2013/2014Icarai Suzlon Icarai de Amontada (CE) 8 WTGs 2012Energisa Vestas Parazinho (RN) 75 WTGs 2013Galvão Vestas São Bento do Norte (RN) 47 WTGs 2013
Napoleão Luna, gerente comercial da
Makro Wind
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e longitudinais, além da altura da torre e os pesos dos componentes, para adaptar ao projeto sempre o equipamento que apresente um melhor desempenho ope-racional. Nossa frota é bem dinâmica nesse sentido”, completa.
PROJETOS ATUAISUm grande destaque em andamento
pela Makro Wind é o Projeto Energia dos Ventos. A WEG e a Cassol Pré-Fa-bricados contrataram a empresa para um serviço de armazenagem, logística interna de torres de concreto e compo-nentes eólicos, montagem de torres e componentes, numa altura de 120 m. No total, serão 47 WTGs em Aracati (CE). A execução teve início em abril de 2015 e será concluída em fevereiro do ano que vem.
“O principal desafio foi viabilizar a aplicação de um guindaste Liebherr, modelo LR 1750, com esteiras con-vencionais, para vias estreitas de 6 m. Envolvemos nossas áreas técnica e ope-racional, a fim de apresentarmos uma solução customizada para o projeto, obedecendo a cadência de montagem e o cronograma da obra. Foram execu-tados road surveys e análises de viabili-dade técnica, para garantia de execução das operações”, comenta Luna.
Em execução do lado da Saraiva Equi-pamentos está o Projeto Alto Sertão III, que começou neste ano e será conclu-ído em 2016. “Estamos realizando os transportes, o içamento com guindastes e a montagem eletromecânica de 265 WTGs”, revela Fidelis. O cliente especí-fico é a Renova Energia. As turbinas são Alstom ECO 100, ECO 110 e ECO 122. As execuções se dão em diferentes munícipios baianos: em Caetité (BA), Igaporã (BA) e Pindaí (BA).
VANTAGENSA energia eólica, assim com a hidre-
létrica é renovável e limpa. No entan-to, diferentemente da segunda, trata--se de um recurso não esgotável. Hoje, é a segunda fonte de energia mais ba-rata, atrás apenas da fonte de energia mais comum do Brasil. Em 2014, houve a geração de 40 mil empregos,
e a qualidade das estradas”, afirma.Napoleão Luna, gerente comercial
da Makro Wind, tem outra opinião. “O Brasil demorou a investir nessa área. Vários outros países investiram desde cedo e hoje têm projetos e tec-nologias bem mais aprimoradas, sejam os aerogeradores, componentes, mo-delos de torres ou a cadeia mais madu-ra e robusta de fornecedores”, ressalta. “No entanto, com os incentivos atuais e maior constância de leilões, avan-çamos consideravelmente em relação ao volume de projetos implantados no Brasil e em negociação. No médio prazo, o país será uma referência mun-dial em energias renováveis”.
O setor eólico, de qualquer for-ma, não será apenas um gerador de energia. Vai gerar renda, emprego e tecnologia. Em 2015, o Brasil já terá atingido o segundo lugar no mundo em termos de geração de empregos a partir de fontes renováveis, com cer-ca de 90 mil postos de trabalho. Até 2020, a projeção é de que essa quan-tidade mais que triplique, chegando a 300 mil pessoas empregadas direta e indiretamente. Outro mercado poten-cial, que deve receber grandes investi-mentos, é o Mercado Livre, com uma evolução atual e em franco desenvolvi-mento. Hoje, já são cerca de 2 GW em projetos. Os próximos anos do Brasil será difícil de adivinhar, com uma cri-se econômica e política em curso. No entanto, que o segmento continuará recebendo mais e mais investimentos e que a energia eólica responderá por uma parcela cada vez maior da matriz energética brasileira, isso é um fato.
enquanto este ano deve fechar com a geração de mais 50 mil, direta e in-diretamente. “Ainda em termos eco-nômicos, é importante destacar que não concorre com outras atividades. Os parques eólicos arrendam a terra dos proprietários, pagando aluguéis por 20 anos, e não requerem o fim de uma atividade pecuária ou agrícola, por exemplo”, conta Elbia.
FUTUROIsso por conta da baixa ocupação de
área, de apenas 3%. Algo que repre-senta também um ganho ambiental muito significativo, ainda mais com-parado à produção de energia hidre-létrica. “Some isso a não emissão de CO2 para a atmosfera”, acrescenta Elbia. Duas desvantagens antigas hoje já não representam mais proble-mas para o segmento.
Falava-se muito antes da poluição so-nora local, por causa do barulho emi-tido pelas torres, e de uma alta quan-tidade de pássaros que morriam. No entanto, com o avanço da tecnologia, os novos e modernos aerogeradores praticamente não emitem mais ruídos, enquanto a construção de parques eóli-cos em rotas transitórias de pássaros já não é mais permitida.
Antes, a tecnologia para a produção de energia eólica era cara. E o Brasil focava em custos mais baixos. Na opi-nião de Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, os investi-mentos vieram na hora certa. “Esta-mos seguindo uma trajetória adequa-da, com um crescimento acelerado. Temos alguns desafios, não diria gar-galos, como a logística de transportes
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FICHA TéCNICA
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Desafiométodo de montagem tradicional (montagem modulada) foi inviabilizado devido à densidade e emendas da arma-ção, com luvas rosqueadas em toda seção, impossibilitan-
do sua união por soldas enquanto suspensa pelo guindaste. Foi ne-cessária uma solução técnica que permitisse o içamento mantendo a integridade da armação e de sua instrumentação.
Ela incluiu o desenvolvimento de uma estrutura treliçada auxiliar sobre trilhos para verticalizar o conjunto (armação e treliça), com comprimento de 45,5 m, largura de 5,5 m, altura de 6,25 m e peso de 93,6 t. Em uma das extremidades do conjunto foi acoplado um siste-ma de avanço sobre trilhos para auxiliar na verticalização da armação.
O ângulo final da verticalização foi definido em 75º pela análise de rigging. A estrutura treliçada foi içada até esse ângulo pelo guin-daste de 500 t. Com a estrutura travada e apoiada ao solo, foi içada a armação pelo guindaste de 200 t. O momento mais crí¬tico da operação foi a remoção da armação. Em uma extremidade, a treliça auxiliar se mantinha içada pelo guindaste de 500 t e, na outra extre-midade, estava apoiada no solo. Conforme a armação era retirada da estrutura, aliviava-se a carga do conjunto. O guindaste HS895 içou a armação até retira-la da treliça auxiliar, realizando um giro para posicioná-la em seus respectivos furos. Após esse içamento, a treliça auxiliar foi retornada à posição inicial na horizontal.
O Dimensões 42 m de comprimento, 2,5 m da carga de diâmetro e peso de 56,4 tEquipamentos 1 Liebherr HS895 (200 t) e utilizados 1 Liebherr LTM 1500 (500 t)Apoio Carro de deslocamento sobre trilhos para 100 tÁrea UrbanaTerreno PlanoEspaço AbertoCarga Armadura para estacasVolume de 561,6 tmovimentação Prazo de execução 45 diasSoftwares Autocad 2011N° de funcionários Seis da contratada Formação Técnica Técnicos, projetistas e engenheirosExperiência Profissional 12 anos
ESTUDO DE CASO-RIGGING CONTRATANTE:
Consórcio Expresso Linha 6AUTORIA:
IPS Engenharia de RiggingLOCAL:
São Paulo (Futura estação de Metrô Freguesia do Ó)
PROJETO: Verticalização e içamento de 6
armações para construção
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riada para atender às deman-das de um grupo empresa-rial que atua em segmentos
como os de caldeiraria, construção civil, montagens industriais e eletro-mecânicas, serviços em agricultura mecanizada e outros, a Santin Guin-dastes não para de ampliar seu campo de atuação. Em um ano que marcado pela retração no setor, ela espera en-cerrar as atividades com um cresci-mento de 10% no faturamento. Isto se deve a sua estrutura verticalizada,
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Atuando de forma verticalizada, a Santin executa toda a montagem, das bases civis ao transporte dos materiais e sua movimentação com guindastes
Todas as soluções DENTRO DE CASA
já que a maioria dos contratos se deve às obras de engenharia e mon-tagem de outras empresas do grupo.
Mesmo assim, Fernando Barbieri Santin, diretor do grupo, diz que a área de guindastes atende a todo o mercado nacional e não apenas às empresas do grupo. “A diferença é que não atuamos no mercado spot e contamos com uma boa carteira de contratos”, ele afirma. Em 2014, o grupo Santin atingiu uma receita bruta de quase R$ 209 milhões, com crescimento de 21% em relação ao resultado no ano anterior. A divisão de equipamentos, que abrange a loca-ção de guindastes e os serviços na área de transportes especiais, respondeu por
Por Haroldo Aguiar
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Santin Guindastes: atendimento a obras de engenharia e montagem do próprio grupo e de terceiros
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26,75% dos negócios do grupo.Nascido a partir de uma indústria
metalúrgica, que o empresário Cid Santin fundou em 1959, o grupo ainda deve quase 47% de seu faturamento à área de caldeiraria, que produz equipa-mentos para montagens industriais, em mineradoras, obras de óleo e gás e usi-nas sucroalcooleiras. Outros 17,57% veem das atividades de montagens, mas a área de movimentação de materiais, que nasceu no ano 2000, figura como uma das mais dinâmicas e tem contri-buído para o crescimento contínuo dos negócios na última década.
O passo mais recente do grupo foi em 2010, com a aquisição de cavalos mecânicos e semirreboques, que resul-tou na criação da área de logística, hoje integrada à de guindastes. Atualmente, a Santin opera com aproximadamente 130 guindastes, de até 600 t de capa-cidade, além de caminhões guindauto, bem como 160 cavalos mecânicos e cerca de 300 semirreboques, entre li-nhas de eixo, carretas e pranchas. “Os equipamentos têm menos de cinco anos devida útil, o que nos garante alta disponibilidade e produtividade nas operações”, completa Fernando.
Grupo tem hoje condições de executar todo o serviço
de montagem industrial ou eletromecânica,
desde o fornecimento dos equipamentos de
caldeiraria, sua instalação, a execução das bases civis e a
movimentação de cargas
Os irmãos Alexandre e Fernando Barbieri Santin: “Apesar de pequenos em relação a outros grupos, estamos crescendo de forma consistente e sustentada.”
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Ele destaca que muitas dessas car-retas são extensíveis e adequadas para o transporte de pás eólicas, contando com suspensão hidráulica, eixos dire-cionais e sistema de controle remoto que permite manobrar seus eixos. “Fomos a primeira empresa do setor a transportar pás eólicas de Sorocaba ao Nordeste por cabotagem, com a movi-mentação desse material até o porto de Santos em um contrato que tivemos alguns anos atrás.”
Fernando destaca que os investimen-tos no setor eólico estão contribuindo para manter as atividades na área de transportes especiais, mas cita outros projetos que contam com participação da empresa. Entre eles estão a recente obra para implantação da indústria de celulose Fíbria e quase uma dezena de contratos de longo prazo para serviços de movimentação de materiais, com usinas sucroalcooleiras e até mesmo a mineradora Anglo American.
Entre outros projetos que contaram com a participação da empresa, Fer-nando cita a instalação da fábrica da Manitowoc, em Passo Fundo (RS), bem como diversas usinas de etanol, obras da Ferrovia Centro-Atlântica
(FCA) e do porto de Açu. Em 2012, o grupo partiu para a internaciona-lização, atuando na montagem da usina de etanol da Biocom, em An-gola. “Continuamos prospectando oportunidades no mercado externo”, afirma o empresário.
Atualmente, o grupo é dirigido por Fernando e seu irmão, Alexandre Bar-bieri Santin, que dividem as atribui-ções em todas as atividades das em-presas. “Para atuar em algumas áreas específicas, buscamos parceria com profissionais experientes nesses mer-cados e que possam conduzir esses ne-gócios com maior eficiência”, afirma o executivo. Seguindo essa linha, na área de movimentação de materiais os em-presários têm sociedade com Luciano
Bizzarri e na construção civil, com Jú-lio Cesar Salvador.
O empresário ressalta que, com essa diversidade de negócios, a Santin figu-ra como “único player do mercado em condições de executar todo o serviço de montagem industrial ou eletromecâni-ca”, desde o fornecimento dos equipa-mentos de caldeiraria, sua instalação, a execução das bases civis e a movimen-tação dos materiais, incluindo os guin-dastes e as carretas para seu transporte. “Apesar de sermos pequenos em relação a alguns grupos, estamos crescendo de forma consistente e sustentada.”
Dos cerca de 3000 funcionários do grupo, aproximadamente 700 tra-balham nas áreas de movimentação de materiais, incluindo a locação de guindastes e os serviços de transpor-tes especiais. “Trata-se de uma mão de obra qualificada, cuja qualidade é fundamental para a segurança e bom desempenho das operações; por esse motivo, investimos na capacitação desse pessoal e conseguimos retê-los, mesmo em momentos como o atual”, completa o empresário.
Além da sede do grupo, em Américo Brasiliense (SP), a Santin opera com mais de uma dezena de filiais, em Vi-tória (ES), Contagem (MG), Itaguaí (RJ), Passo Fundo (RS), Ribeirão Boni-to (SP), Maracaju (MS) e nas operações de clientes para os quais presta serviços. “Cada unidade conta com uma área de manutenção, embora as intervenções nos nossos equipamentos sejam pre-dominantemente preventivas, já que a maioria deles está coberta pela garantia dos fabricantes”, diz Luciano Bizzarri.
Área de logística foi criada em 2010 e hoje está
integrada à de guindastes.
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ARTICuLADOS e projetos especiais
om uma história de 62 anos, a Masal formalizou mais uma etapa de sua parceria
com a World Power, empresa turca, também de origem familiar. A partir de agora, a fabricante gaúcha vai pro-duzir componentes dos guindastes articulados veiculares da World Power no Brasil. “Nossa ideia é aumentar a produção local, passo a passo, até atin-girmos o FINAME”, afirma Thiago Vitola, diretor comercial da Masal.
A estratégia das empresas, neste mo-mento, é trazer ao Brasil os guindastes articulados ER75000, ER110000 e ER240000, com capacidades, respec-tivamente, de 75 t, 110 t e 240 t. A Masal acredita muito no potencial desses modelos no país, por conta de seu design e de suas aplicações. Trata--se de um terceiro tipo de articulado, ficando entre a goleira e o canivete. A lança fica posicionada bem no centro, lembra até um caminhão-guindaste. É um conceito da World Power, que libera espaço para transportar alguma
CParceria entre Masal e World Power é fortalecida e empresa gaúcha passará a fabricar componentes dos guindastes desenvolvidos pelos turcos no Brasil
quiser, sob medida. Se ele precisar de uma montagem menor e um al-cance maior, fazemos. Nossa equipe de engenharia é capaz de executar”, conta Mehmet Erkin, um dos pro-prietários da companhia turca, junto de seus outros dois irmãos. “Muitas prestadoras de serviços e locadoras de equipamentos dobraram seu ta-manho de 2009 para cá, mas acaba-ram investindo nos mesmos equi-pamentos, não diversificaram suas frotas. Acreditamos fortemente que o futuro sejam os Projetos Especiais, com equipamentos especializados e prontos para atender um determina-do tipo de operação”, diz Vitola.
Apesar do momento econômico pelo qual o Brasil atravessa, a World Power tem uma visão positiva dos pró-ximos anos. “Estamos muito ansiosos para ver o futuro do país. Confiamos totalmente na Masal e sabemos que existe um grande potencial de cresci-mento aqui, devido à demanda por obras suprimida”, encerra Erkin.
carga no caminhão. Além disso, os equipamentos po-
dem ser usados em montagens e re-moções industriais e na construção civil, substituindo gruas e pórticos. Isso em função da alta capacidade e pela configuração de projeto da lança, que pode abrir e fechar com a carga. “A diferença é que o guindaste abre a patola e já pode operar, além de poder ser deslocado”, detalha Vitola.
A tecnologia World Power chegou ao Brasil em 2010, com o modelo ER365000 com capacidade para 365 t, que foi montado em um caminhão 31330 especialmente desenvolvido pela Volkswagen, com cinco eixos, sendo os três primeiros direcionais. O guindaste já está sendo utilizado pela MS Guindastes e Transportes.
A parceria com a World Power, uma típica companhia “tailor-ma-de”, fortalecerá a Masal também nos chamados Projetos Especiais. “Podemos montar o que o cliente desejar e da forma como ele bem
Por Ricardo Gonçalves
Empr
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Equipamento adquirido pela MS Guindastes
e Transportes em operação
Guindaste articulado ER365000, com capacidade para 365 t
Claudio Bier, presidente da Masal, com Mehmet Erkin, um dos proprietários da World Power
CR
AN
EBRASIL
31
rancisco Inácio do Nas-cimento tem 54 anos e é conhecido como “Galego”.
O operador de guindastes é uma referência não só dentro da Makro Engenharia, onde atua desde 1998, mas em todo o mercado, devido à sua vasta experiência com operações, que tiveram início em 1980. É comum
F ver outros operadores tirando dúvidas com ele ou clientes da Makro Enge-nharia se sentindo completamente se-guros ao reconhecê-lo no canteiro de obras.
“Eu já montei cerca de 150 torres, entre projetos e manutenções, apenas no segmento eólico. Minha primeira operação foi em 2002, no site da Wo-
Madrugada adentro
bben Windpower, em Macau (RN). Operei o guindaste Liebherr LTM 1400 na verticalização do conjunto rotor”, conta “Galego”. O setor eóli-co se diferencia dos demais por alguns fatores. Os clientes têm níveis de exi-gência altíssimos, baseados nos locais de obras, normalmente próximos a litorais ou serras, com grande presença de ventos, e as atividades costumam ser realizadas durante as madrugadas. “Além disso, as torres chegam hoje a alturas de 120 m, as nacelles são cada vez mais pesadas e é comum a utiliza-ção de acessórios especiais, como ba-lancins e cintas”.
Em julho deste ano, Nascimento realizou a execução mais delicada de sua carreira. No site da Siemens, em Trairi (CE), era necessário trocar o rolamento principal, peça de 28 t. O rolamento só pôde ser trocado depois que o conjunto rotor, com um total de 60 t, foi tirado da torre eólica de 80 m e descido, próximo ao solo. O prazo para a realização era de 15 dias. “Uti-lizamos o guindaste principal Liebherr LTM 11200, na configuração T37YE VEN, e o guindaste auxiliar Grove RT 9130, utilizando lança principal”, relata “Galego”.
Como obstáculos para a execução, estavam associados os usuais ventos e o horário de operação. “Trabalhamos durante as ‘janelas de vento’, que cos-tumavam aparecer às 2h da manhã, pois a operação estava limitada a ven-tos de 9 m/s”, conta. No entanto, tal-vez o grande desafio da obra tenha sido o fato de que a Siemens nunca tinha utilizado antes guindastes telescópicos com luffing num projeto desse tipo. “Como estavam acostumados com guindastes treliçados sobre esteiras, tinham receio em relação ao desem-penho do LTM 11200”, diz ele. Esse paradigma foi superado depois que a Makro apresentou uma configuração segura e favorável. “A operação foi um sucesso e surpreendeu positivamente a equipe americana da Siemens”, come-mora “Galego”.
?O
peradores
Francisco Inácio do Nascimento, o “Galego”, detalha a principal operação de sua carreira no setor eólico, realizada para a Siemens, em Trairi (CE)
Nascimento ao lado de outros
operadores da Makro
Engenharia
“Galego” operou o guindaste Liebherr LTM 11200
e o considera o melhor até hoje
NovEmbro/dEzEmbro
BRASILCRANE
Parabéns às Melhores Empresas do Brasil em Elevação e Transporte de Cargas Pesadas e Especiais
PRÊM
IO TOP CRANE
REVISTA CRANE BRASIl
20 15
Frota Standard Guindastes Centro Oeste
Frota Full Guindastes Tatuapé
Frota Advanced Locar Guindastes e Transportes Intermodais
Estrutura Locar Guindastes e Operacional Transportes Intermodais
Plano de Rigging Makro Engenharia
Inovação Máquinas Bolbi
Trabalho em Altura Saraiva Equipamentos
Segurança e Elba Equipamentos Treinamento e Serviços
Remoção Técnica Primax Transportes Pesados
Frota Standard Primax Transportes Pesados
Frota Full Megatranz Transportes
Frota Advanced Transdata Movimentação de Cargas Especiais
Estrutura Transpes – Transportes Operacional Pesados Minas
Segurança J.Rotaner Transportes e Treinamento Pesados Case’2015 Megatranz Transportes
TOP CRANE’2015 HEAVY DUTY’2015
42 | HDmagazine acesse HDmagazine.com.br42 | HDmagazine acesse HDmagazine.com.br
Heavy Duty MaGaZINe transportes especiais é uma publicação da Facto Editorial especializada em cargas pesadas e extrapesadas.
editor-Chefe Wilson Bigarelli (MTB 20.183)[email protected]
Redação Tébis Oliveira (Editora), Fernanda Mendes (assistente), Ricardo Gonçalves e Haroldo Aguiar
Direção de arte Ari Maia
Publicidade Vicente Madella (Gerente comercial) · [email protected],
Luís Carlos Garcia (Magal) · [email protected] e
Odair Sudário (gerentes de contas) · [email protected]
tels.: [11] 5589.0340/5589.0283
Rua Paracatu, 309, conjunto 121,
04302-020 - Brasil - São Paulo - SP
(11) 5589 0340
VARIAÇÕES
APLICAÇÕES SOBRE FUNDOS
VERSÃO NEGATIVA
GRAYSCALE
As melhores empresas de
transporte de cargas extrapesadas
v e j a N e s t a e D I ç ã o
»Di
vulg
ação
Índice
»Di
vulg
ação
Os grandes vencedores em 2014
PrêmioHeavy Duty
»Di
vulg
ação
44Scania e MAN: começa a integração 43Nomes & Notas
Transporte continua com prioridade 50Frota Full
Pronta pra enfrentar desafios 52Frota Advanced
Áreas de excelência na operação 54Segurança & Treinamento
Logística do porto à indústria 56Integração
Configuração inédita na América Latina 59Case’2014
Renovação e ampliação constante 48Frota Standard
Investimentos para manter a liderança 46Estrutura Operacional
HD_14.indd 42 10/14/14 9:22 PM
Patrocinadores Gold
Patrocinadores Platinum
Apoio Institucional
RealizaçãoNovEmbro/dEzEmbro
HEAVY DUTY’2015
Realização
Nº 21 – ANO iii – R$ 25,00 • NOV/DEZ
uma publicação
hDmAgAZiNE.cOm.bR
Perfil
Balcão Implementos mais leves e resistentes com uso de aços especiais
Nomes&NotasFENATRAN: geração de negócios em momento de crise
PEso PEsAdo
Chibatão: referência logística na região Norte
doAmAzoNAs
Capa_HD_21.indd 1 12/2/15 12:04 PM
MAI/JUN • HDmagazine | 35
Nomes&Notas
FENATRAN SURPREENDEA Fenatran – 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga, realizada entre 9 e 13 de novembro, no Anhembi, em São Paulo, até que surpreendeu positivamente expositores e visitantes. Em plena de crise, com forte impacto na indústria automobilística e apenas duas das montadoras do país presentes (a Volvo e a DAF), o público visitante, de 27 estados e 49 países, chegou a 50.222 pessoas. Dois anúncios de última hora foram determinantes para a realização de negócios durante o evento: a reabertura do PSI e o convênio da Caixa Econômica Federal para compra de implementos rodoviários.
DESBUROCRATIZAÇÃOO DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) prepara mudanças na Resolução 11/2004, que trata da emissão de Autorização Especial de Trânsito (AET), documento exigido para o transporte de cargas excedentes e indivisíveis. A consulta pública encerrou no último dia de novembro e o setor espera uma redução na burocracia e nos prazos para a obtenção desse documento.
ESTREIAUma viga desenvolvida pela Goldhofer, para o transporte de cargas indivisíveis de grandes dimensões, estreou com sucesso no mercado internacional. Trata-se da viga G² K 600 , que tem capacidade para 600 t de carga e foi adquirida pela transportadora alemã Kahl Schwerlast. Ela a utilizou no transporte de um transformador de 261 t, no Oeste da Alemanha, em conjunto com duas linhas de eixo autopropelidas de 16 eixos cada.
COMANDO JOVEMA FENATRAN’2015 marcou a estreia de Tayguara Helou, como novo presidente do Setcesp – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região, para o triênio 2016-2018. Também integram a diretoria, dentre outros, o ex-presidente da entidade, Manoel Souza Lima Jr, da MSL Services Logística, Antonio Luiz Leite, da Primax Transportes Pesados, e Celso Masson, da Cetramaq Equipamentos e Serviços.
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acesse HDmagazine.com.br acesse HDmagazine.com.br34 | HDmagazine • nOV/Dez
VARIAÇÕES
APLICAÇÕES SOBRE FUNDOS
VERSÃO NEGATIVA
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Heavy Duty MaGaZINe transportes especiais é uma publicação da Facto Editorial especializada em cargas pesadas e extrapesadas.
editor-Chefe Wilson Bigarelli (MTB 20.183)[email protected]
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Rua Pereira Stéfano, 114 - cj 911
São Paulo - SP - Brasil
CEP 04144070
Logística:estrutura própria de
armazenamento e distribuição
»Di
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ação
Índice
Chibatão: investimento em tecnologia e áreas de negócio integradasPerfil
»Di
vulg
ação
36Comando jovem na presidência do Setcesp 35Nomes & Notas
39BalcãoStrenx: resistência estrutural e redução de peso
v e j a N e s t a e D I ç ã o
HD21.indd 34 12/2/15 12:06 PM
MAI/JUN • HDmagazine | 35
Nomes&Notas
FENATRAN SURPREENDEA Fenatran – 20º Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga, realizada entre 9 e 13 de novembro, no Anhembi, em São Paulo, até que surpreendeu positivamente expositores e visitantes. Em plena de crise, com forte impacto na indústria automobilística e apenas duas das montadoras do país presentes (a Volvo e a DAF), o público visitante, de 27 estados e 49 países, chegou a 50.222 pessoas. Dois anúncios de última hora foram determinantes para a realização de negócios durante o evento: a reabertura do PSI e o convênio da Caixa Econômica Federal para compra de implementos rodoviários.
DESBUROCRATIZAÇÃOO DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) prepara mudanças na Resolução 11/2004, que trata da emissão de Autorização Especial de Trânsito (AET), documento exigido para o transporte de cargas excedentes e indivisíveis. A consulta pública encerrou no último dia de novembro e o setor espera uma redução na burocracia e nos prazos para a obtenção desse documento.
ESTREIAUma viga desenvolvida pela Goldhofer, para o transporte de cargas indivisíveis de grandes dimensões, estreou com sucesso no mercado internacional. Trata-se da viga G² K 600 , que tem capacidade para 600 t de carga e foi adquirida pela transportadora alemã Kahl Schwerlast. Ela a utilizou no transporte de um transformador de 261 t, no Oeste da Alemanha, em conjunto com duas linhas de eixo autopropelidas de 16 eixos cada.
COMANDO JOVEMA FENATRAN’2015 marcou a estreia de Tayguara Helou, como novo presidente do Setcesp – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região, para o triênio 2016-2018. Também integram a diretoria, dentre outros, o ex-presidente da entidade, Manoel Souza Lima Jr, da MSL Services Logística, Antonio Luiz Leite, da Primax Transportes Pesados, e Celso Masson, da Cetramaq Equipamentos e Serviços.
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36 | HDmagazine • nOV/Dez acesse HDmagazine.com.br
Perfil por»Ricardo Gonçalves
Com oito unidades em Manaus
(AM), uma em Belém (PA) e ou-
tra em Porto Velho (RO), o Grupo
Chibatão consegue atender inú-
meros segmentos de mercado no
Brasil, com ênfase no Norte. Para
se ter uma ideia, alguns dos prin-
cipais clientes da empresa são
Petrobras, Odebrecht, Andrade
Gutierrez, Samsung, LG, Honda e
Envision. Isso graças à diversida-
de das empresas que compõem o
grupo, cujo início se deu em 1978,
Logísticaintegrada:
Do transporte à montagem
metálica da Arena da
Amazônia,em Manaus,
estádio construído e
inaugurado em 2014
Com diversificação e dinamismo, Grupo
Chibatão atende variados mercados
na Região Norte, de armazenamento
de contêineres a montagens metálicas
com a fundação da J. F. Oliveira
Navegação, em Coari (AM) – hoje,
uma das principais operadoras da
Região Norte no transporte fluvial
de cargas na rota Belém-Manaus-
-Porto Velho, com 120 balsas e 80
empurradores.
Além da companhia pioneira, o gru-
po engloba também outras quatro
empresas logísticas: a Tomiasi Lo-
gística Pesada, com capacitação
técnica para içar cargas de até
500 t, a HTR – Armazéns, Transpor-
tes e Logística, com um pátio de
cerca de 50 mil m² para armaze-
nagem de contêineres, a ATR, que
apoia a J. F. Oliveira no controle e
entrega de contêineres numa área
de 250 mil m², e a recém-criada
OGT, que opera o transporte de
cargas entre o porto e os clientes.
Com o objetivo de impulsionar o
“universo amazonense” e resolver
seus gargalos logísticos, desenvol-
vendo a região, o Grupo Chibatão
possui o maior complexo privado
POTÊNCIA LOGÍSTICA AMAZONENSE
HD21.indd 36 12/2/15 9:49 AM
MAI/JUN • HDmagazine | 37
portuário da América Latina. “O
Porto Chibatão, em Manaus (AM),
tem uma capacidade para 16 mil
TEUs (Twenty-foot Equivalent
Unit – unidade equivalente a um
contêiner de 20 pés) e uma área
de aproximadamente 2 milhões
de m², monitorados por um mo-
derno sistema de segurança ele-
trônica”, detalha Jackson Garrido,
Gestor Administrativo Operacio-
nal da Tomiasi Logística Pesada.
Algumas das tecnologias imple-
mentadas no local são a automa-
ção de gates, o pátio virtual e um
scanner para contêineres, que
ajudaram a aumentar em 30% a
produtividade na movimentação
de cargas do Polo Industrial de
Manaus (PIM). Outro destaque é
o sistema de cais flutuante, com
seis berços para atracações si-
multâneas. “Temos a maior rede
integrada de armazenamento e
distribuição do Brasil”, garante
Garrido. Com essa rede comple-
ta, o grupo obteve um cresci-
mento de 30% do faturamento
em relação a 2014.
Estruturaprópria dearmazenamentoe distribuiçãogarantirá umcrescimentode 30% nofaturamento emrelação a 2014
HD21.indd 37 12/2/15 9:49 AM
38 | HDmagazine • nOV/Dez acesse HDmagazine.com.br
Perfil
“Para o setor específico de logísti-
ca e transporte, onde temos uma
forte atuação, os clientes mais re-
correntes são as empresas benefi-
ciadas pelo PIM (Polo Industrial de
Manaus)”, afirma Garrido. O Grupo
Chibatão possui uma frota comple-
ta, com 172 equipamentos, para
atender esses segmentos (veja
Infográfico e Tabela).
Ao longo de sua história, o Gru-
po Chibatão realizou operações
grandiosas. Um dos destaques
foi a montagem metálica do Porto
Organizado de Santarém, no Pará,
para a Cargill. Com a necessidade
de transportar e içar uma carga de
48 t a uma altura de 45 m, e com
10 dias de prazo entre preparação
e conclusão, foram utilizados dois
guindastes Terex AC200, com ca-
pacidade para 200 t, uma balsa de
2500 t e um empurrador de 600 HP.
Outro serviço relevante foi a logís-
tica completa para a montagem
metálica da Arena da Amazônia,
em Manaus, estádio construído e
inaugurado em 2014, para a Copa
do Mundo. Foram realizados o re-
cebimento no porto das peças, a
armazenagem, o transporte rodo-
viário entre porto e o estádio e a
própria montagem de um total de
6,67 mil toneladas de estrutura.
Ao todo, foram necessárias 134
viagens, todas noturnas, entre o
porto e a arena. Foram utilizados
seis guindastes Terex AC-200, um
guindaste treliçado sobre esteiras
Terex CC2400, para 400 t, pran-
chas de 3 e 4 eixos, carretas exten-
sivas e linhas de eixos. No total, a
execução levou seis meses.
PrinciPais destaques da frota de equiPamentos:equiPamento(s) marca/modelo esPecificações
2 Guindastes Terex AC-500 Capacidade: 500 t3 Guindastes Terex AC-350 Capacidade: 350 t8 Guindastes Terex AC-200 Capacidade: 200 t2 Guindastes Zoomlion QY20 Capacidade: 20 t1 Guindaste Zoomlion QY40 Capacidade: 40 t1 Guindaste PALFINGER MD600 Capacidade: 60 t
14 Carretas – Pranchas Rebaixadas 4 Eixos
3 Carretas – Retas 3 Eixos2 Cavalos Volvo FH520 6x4, Capacidade: 520 t2 Cavalos Volvo FH480 6x4, Capacidade: 480 t2 Cavalos Ford/Cargo 2932 E Capacidade: 380 t2 Cavalos Scania/P114GA4X2NZ Capacidade: 340 t2 Cavalos Mercedes Axor 1933 Capacidade: 310 t
3 Linhas de Eixo Cometto 6 Eixos4 Linhas de Eixo Cometto 4 Eixos6 Empilhadeiras – Diesel, Capacidade: 8 t
frota própria diversificada
garante cobertura de
operações de transporte
e içamento de cargas
para vários segmentos de
mercado
TOTAL DE EQUIPAMENTOS UNIDADES172
8%4%
13%
15% 60%
104 · Guindastes (Guindautos inclusos)
7 · Empilhadeiras
13 · Linhas de Eixo
22· Cavalos
26 · Carretas
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MAI/JUN • HDmagazine | 39
Anú
ncio
S
ervi
x
Balcão
LEVE E SUSTENTÁVELA SSAB destacou o aço estrutural de alta resistência Strenx, marca
lançada neste ano, e indicado para estruturas em que a alta resis-
tência estrutural e a redução de peso são fundamentais, como na in-
dústria de elevação de cargas, movimentação e transporte. O Strenx
está disponível em tubos, bobinas e chapas em espessuras que va-
riam de 0,7 mm a 160 mm. É produzido e fornecido com a maior va-
riedade, em nível mundial, tanto em termos de resistência como em
dimensões. Os limites de escoamento variam de 600 a 1300 Mpa
garantindo ao Strenx a condição de maior resistência do mercado.
PESO REDUZIDOA Librelato Implementos desta-
cou seu carrega tudo, de 4 eixos,
com comprimento de 21,30 e 3 m
de largura, e também um mode-
lo de 3 eixos, que tem como dife-
rencial uma rampa traseira com
sistema eletro-hidráulico. Os
novos implementos da Librelato
já utilizam aços especiais, com
redução de peso próprio.
TRAÇÃO DE 60.000 KGA DAF anunciou novas op-
ções de tração (4x2 e 6x2)
para o seu cavalo mecânico
CF85. No primeiro caso, o
PBTC será de 53.000 Kg e, no
segundo, chegará a 56.900.
Em ambas configurações, a
capacidade máxima de tra-
ção será de 60.000 Kg.
CARREGA TUDOO grupo gaúcho TRIEL-HT apresentou o seu semirreboque, carrega
tudo, de quatro eixos, e divulgou outros modelos de sua linha de
implementos especiais, como o semirreboque com pescoço re-
movível hidráulico, que pode ser fornecido com 4, 5 ou 6 eixos.
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SET/OUT • HDmagazine | 41
elétrica em Maracanaú (CE). Na ocasião, o
veículo Actros tracionou um reboque mo-
dular hidráulico com 24 linhas de eixo e
192 pneus.
Completa a frota de veículos diferenciados
da Megatranz, uma viga Scheuerle, com
capacidade máxima para 1000 t, reconhe-
cida como a maior viga modular do mundo.
Todos os equipamentos possuem uma
idade média entre 5 e 10 anos. Para isso, a
empresa investiu no ano passado R$ 11,6
milhões em renovação e ampliação da fro-
ta e R$ 104 mil em suporte técnico.
Em 2014, os equipamentos acumularam
561,8 mil horas trabalhadas, no Brasil e
exterior, em serviços diversos como trans-
portes pesados (rodoviário, portuário e ae-
roportuário), preparação e logística Door
to Door, instalações industriais, mudança
e adequação de layout e transferência de
unidades fabris em regime Turn-Key.
A empresa possui 107 funcionários pró-
prios, sendo 17 deles motoristas. O treina-
mento é interno e somou 150 horas-aula
no ano. Em termos de segurança, foram
248 dias trabalhados consecutivamente
sem nenhum tipo de ocorrências. Houve
dois acidentes, que exigiram afastamento
de funcionários. O sistema de rastreamen-
to Ituran está presente em 100% da frota
de equipamentos, além da existência de
diversas coberturas para seguro (.RCTRC /
RR / RCF-V-DM-C / RC Operações / Seguro
de Vida / Seguro Saúde).
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ACESSE www.cranebrasil .Com.brNovEmbro/dEzEmbro
40
CR
AN
EBRASIL
40
E Agora Camilo ???
Dic
as Os guindastes montados sobre esteiras
Em termos de população de máquinas, a quantidade de treliçados é infinitamente maior do que o de telescópicos. Os guindastes de esteiras treliçados, são os equipamentos em-pregados nos grandes içamentos, os chamados “Heavy Lifts”.
Os guindastes de esteiras têm uma enorme vantagem em relação aos outros tipos, pois podem locomover-se, fazer curvas e, inclusive, contra-rotação com carga. Outra vanta-gem é o fato de que durante a locomoção podem executar outras funções, tais como, girar ou baixar lança ao mesmo tempo, com a carga içada.
Muitos destes equipamentos executam todos os meios de locomoção (frente, ré, curvar e contra rotação), não apenas com carga e sim com a carga máxima tabelada, o que para os trabalhos de montagem pesada, torna-os uma excelente ferramenta.
Outra característica importante é a distribuição da car-ga no solo; como trabalha sobre esteiras, as quais possuem uma grande área de apoio, exercem “em princípio”, cargas menores no solo, o que de forma alguma os isenta da ne-cessidade de preparação do piso e do uso de “mats”. Há equipamentos que possuem duas, quatro e até oito esteiras, como é o caso da MW 21000.
or definição, um guindaste de esteiras, consiste de uma superestrutura montada sobre um chassi provido de esteiras, as quais são utilizadas para
sua locomoção. A superestrutura e seus acessórios giram 360º. Os guindastes de esteiras podem ter lança treliçada ou telescópica, as quais podem ser equipadas com vários acessórios (jibs, luffing jib, narizinhos e etc). Com relação às lanças treliçadas, existem algumas variações de forma e utilização. Dependendo do fabricante, uns adotam a lança gêmea, outros a mudança de seção ou a duplicidade das seções em parte dela.
Na foto acima temos uma Manitowoc 21000 montada com o acessório Maxer – que consiste em um chassi pro-vido de rodas, sobre o qual são montados contrapesos. A função do Maxer é aumentar o MR (Momento resistente) do equipamento. Este acessório normalmente aumenta a capacidade do guindaste, na área da tabela relacionada à estabilidade.
P
ACESSE www.CRANEBRASIL .Com.br
Liebherr LTR 1220 – 220t de
capacidade
Manitowoc 21000 –
Montada com Maxer –
Cap. 907,1t
Sky Horse
Dois guindastes Liebherr com
Luffing Jib
?
CR
AN
EBRASIL
41
Por Camilo Filho*
Continuando nossa série de apresentação dos equipamentos, chegou à vez da minha preferida, o popular “Pé de Ferro”, o guindaste montado sobre esteiras
Para utilização do Maxer, que no Brasil é tradicional-mente conhecido também como Sky Horse em função do criador deste sistema ter sido a American Hoist, também é necessária a preparação do solo, já que os pneus exercerão grande pressão no piso.
Para que se tenha uma ideia, a capacidade nominal stan-dard da MW 888 é de 200 t e no Ringer é de 544 t. Neste caso, há uma melhora de capacidade em toda a tabela, tan-to na área estrutural quanto na de estabilidade!
Os treliçados de produção normal, e quando digo isso estou me referindo aos fabricantes tradicionais, têm sua capacidade máxima em torno de 3000 t. Fabricantes inde-pendentes podem chegar a 5000 t, como é o caso da ALE, que produziu o AL.SK350.
Acima, a DEMAG CC-8800, com acessório conhecido como “flutuante”, o qual tem basicamente a mesma função do Maxer, com algumas vantagens e outras desvantagens.
Outro acessório muito utilizado para aumento de capa-cidade, é o Ringer. Este acessório é composto por um anel, vigas de transferência, conjunto de lança, carro porta-lança, carro porta-contrapeso, power pack auxiliar e etc. Neste caso, o guindaste é posicionado dentro de um anel como vemos na foto abaixo. Há um aumento muito significativo na capacidade.
* Camilo Filho é engenheiro mecânico, especialista em içamentos pesados, com mais de 30 anos de experiência em operações com guindastes e movimentação de carga. Com vários cursos na área feitos no exterior, é responsável por vários trabalhos de grande envergadura no Brasil e no exterior. Atualmente é engenheiro mecânico na Ode-brecht e membro da ACRP (Association of Crane & Rigging Professionals-USA). Sugestões e comentários enviar para [email protected]
CR
AN
EBRASIL
42
ACESSE www.cranebrasil .Com.br
E m Guerra Civil desde 2011 e agora enfrentando constan-tes invasões de membros do
grupo radical Estado Islâmico (conhe-cido como ISIS), o número de habitan-tes que deixam a Síria cresce a cada dia. As informações no país são de que cerca de 250 mil pessoas já morreram desde o início da guerra, enquanto mais de 4 milhões saíram do país – quase 2 mi-lhões se registraram na Turquia.
Com a onda de atentados jihadistas recente em Paris, na França, os refugia-dos têm até receio em escolher seus des-tinos. Mas não se trata apenas de medo. Eles reclamam da falta de iniciativa de governantes europeus, pois muitos não tomam ações efetivas. Oito pessoas, sendo seis homens e duas mulheres – uma delas grávida –, decidiram pro-testar por duas noites no topo de duas gruas localizadas em Porte de Namur, bairro no sul de Bruxelas, capital da Bélgica. Os refugiados afirmaram que as autoridades belgas não concederam uma moradia a eles, mesmo com a ga-rantia de que isso seria feito.
Os ventos fortes durante a segun-da noite da estadia dos sírios e a che-gada de policiais no local motivaram a descida deles do equipamento. Uma equipe médica foi solicitada para atender a mulher grávida.
CR
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Infocrane
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CuRtA NossA págiNA Em fACEbook.Com/CRANEBRASIL
Vista das gruas em operação, próximas à
estação do metrô de Porte de Namur, em Bruxelas
REFúGIO nas gruas
Por: Ricardo Gonçalves
Belgas protestam contra o Governo
e recebem de braços abertos os refugiados sírios
Policiais isolam o local por medidas de segurança
Cabine de uma das gruas ocupadas por
oito refugiados
MADAL PALFINGER S/A | WWW.PALFINGER.COM | [email protected] | FONE: (54) 3026.7000
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