criação comercial de capivaras
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Criação de capivaras, em formato de AulaTRANSCRIPT
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08/03/2013
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Criao Comercial de Capivaras
Profa. Diana C. NascimentoAdaptada Prof. Rodrigo Prazeres
Biologia da Espcie
Capivara = Hydrochoerus hydrochaeris Hydrochoerus = Porco dgua Caapi = capim / uara = comer (tupi guarani)
o maior roedor atualmente vivo
Pet (?)
Pode pesar at 100kg 50Kg Fmeas 60Kg Machos
Classificao Zoolgica
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Famlia: Hydrochaeridae
Subfamlia: Cavioidae
Gnero: Hydrochaeris
Espcie: Hydrochaeris hydrochaeris
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Introduo
Carne apreciada
Couro produo de artefatos, como luvas de golfe
Gordura utilizada na teraputica indgena brasileira e sul-americana com eficcia comprovada
A rentabilidade da criao de capivaras 6 vezes superior a alcanada com os sunos
Introduo: Capivara x Vacatens Capivaras Vaca
Gestao (dias) 150 275
Filhotes/Parto (mdia)
4,73 1
Partos/ano 1,8 0,5
Peso da me 45 350
Peso mdio dos filhotes
1,75 28,00
Eficincia reprodutiva
0,33 0,04
Herbvoro generalista de hbito semi-aqutico Ocorre: Amrica Central e do Sul Do Panam ao Nordeste da Argentina
Habitat: Excelente nadadora: ps com pequenas membranas Pastagem gua permanente Beber, copular, regular a temperatura e fugir de predadores
rea no inundvel e arbustiva para descanso Conhecida por dormir submersa focinho fora d gua
Biologia da Espcie
Biologia da Espcie
Olfato muito apurado Percebe odores h 30 m de distncia
Possui boa audio
Viso deficiente o que a torna presa fcil
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Animais sociais vivem em grupos Grupos territorialistas Tamanho do territrio = tamanho do grupo
Macho dominante Reproduo o ano todo Dieta humana h milhares de anos Matrias-primas para a produo de diversos artefatos funcionais
Biologia da Espcie
Importante sob o ponto de vista de sade pblica Transmisso da febre maculosa Bacteria Rickettsia rickettsii
Picada do carrapato Amblyomma cajennensis.
Biologia da Espcie
Hbitos noturno ou crepusculares
gua = refugio
Animal muito tolerante vida em ambientes alterados pelo homem Rio Tiet / Pinheiros
Biologia da Espcie
Em cativeiro No Brasil, em 1500, os ndios j domesticavam Carne muito apreciada EUA: mantida como pet
Biologia da Espcie
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Animais rsticos e de alta resistncia a doenas Animais fceis de lidar Baixo custo de implantao Para baratear a atividade possvel combinar com a bovinocultura, piscicultura, criao de emas, galinhas e aves aquticas
a espcie nativa selvagem mais criada no Brasil As instalaes so simples e podem ser aproveitados terrenos alagados, brejos, tanques e audes
Manejo ambiental - Introduo Projeto e Legislao
Pretensos criadores devem consultar uma assessoria tcnica para obter o registro do IBAMA Por lei, necessrio que um proficional especializado assine o projeto da criao
Caractersticas que a fazem um bom animal de criao: Preo de venda do peso vivo superior ao de espcie domsticas
Alta prolificidade Alimentao diversificada, com excelente aproveitamento de carboidratos estruturais (fibra)
Boa taxa de ganho de peso Rusticidade
Manejo ambiental - Reproduo
Manejo ambiental - Matrizes
Em vida livre grupos familiares - 20 indivduos ou mais
Macho dominante
Mnimo em cativeiro cinco fmeas e um macho
O rebanho adquirido de outros criadores ou capturado no ambiente natural com autorizao do IBAMA
Os animais devero permanecer no mesmo grupo, para evitar infanticdio
Manejo ambiental - Matrizes
Estima-se que um criadouro em escala comercial deva prever instalaes para 30 matrizes ou mais
Com o rebanho de 15 fmeas e dois machos previsto o abate de cerca de 80 terminados por ano
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Manejo ambiental - Ambiente
Gostam de nadar e so boas saltadoras Atividade intensa: incio e final do dia Vivem bem em famlias e grupos hierrquicos Fazem marcao de territrio Evite locais com muito movimento e barulho Estresse Cercas vivas isolamento do ambiente
Manejo ambiental - Ambiente
Faa abrigos com materiais Brete de manejo Capineiras prximas para facilitar a alimentao
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Manejo ambiental Estrutura das instalaes
Os piquetes de reproduo podem ser de 0,5ha para sete fmeas e um macho ou de 1ha para 15 fmeas e dois machos
Os cercados de crescimento / terminao tambm devem variar entre 0,5 e 1ha, prevendo-se a carga mxima 60 animais e devem conter aude, sombra e pastagem natural
A rea deve ser cercada com tela de malha 7x7cm (arame 12) at um metro e fios de arame at a altura de 1,5m
Manejo ambiental Estrutura das instalaes
Moures de madeira a cada 10m e piques a cada 2m constituem a estrutura de suporte a tela
Os piquetes podem ser dispostos paralelo a um corredor central, no fim do qual haver uma mangueira de madeira (8x16m p. ex) com brete, subdividida em dois compartimentos, contendo um comedouro coberto (4x2m) em cada uma
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Manejo ambiental Estrutura das instalaes
Equipamentos Balana mecnica para mais de 150kg Gaiolas de madeira e de ferro Cambo enforcador para conteno Pu de captura Alicate assinalador para piques em v e furos Trator Reboque para transporte de forrageiras cortadas Arado Grade Gadanhas
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Manejo Nutricional
Dieta Vida livre grama e tambm de vegetao aqutica Alimentao concentrada composta por milho como componente energtico, fornecido numa mdia de 250g / cabea / dia
Resduos de limpeza de arroz seco, sorgo granfero ou rao feita na propriedade so outras alternativas
Todo o volumoso fornecido cortado, obtido de forrageiras cultivadas como capim-elefante, aveia azevm, milheto, sorgo forrageiro para corte/pastejo, cana-de-acar
Mandioca e batata doce tambm so apreciados
Manejo Reprodutivo
Caractersticas: Relao macho / fmea: 1 macho p/ 6 a 8 fmeas
Maturidade sexual: Fmeas 13-15 meses Macho 15-18 meses
Vida til da fmea 6 a 8 anos (at 8 partos)
Vida til do macho 5 a 7 anos
Longevidade At 12 anos
Manejo Reprodutivo
Caractersticas: Ciclo estral 7,5 dias
Cio 24 horas
Perodo de gestao 5 meses
Idade do primeiro parto 26,3 meses
Intervalo entre partos 9,4 meses
Nmero de partos por fmea por ano 1,5
Manejo Reprodutivo
Caractersticas: Crias / parto 1 e 2 partos: 4 crias Crias / parto 3 e 4 partos: 5 crias Crias / parto 5 parto: 6-9 crias Peso mdio ao nascer: 1,75kg Perodo de lactao: 3,5 4 meses 1 Cio ps-parto: 15 a 28 dias
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Manejo Reprodutivo
Caractersticas: Peso ao desmame com +-3 meses: +-6kg Peso ao abate (com +-12 meses):35 a 45kg Peso mximo: 100kg Rendimentos de carcaa: 70% Mortalidade de adultos:2-3% Mortalidade de filhotes: 5-6%
Manejo Sanitrio
Nutrio Fundamental! Capivaras bem nutridas so muito mais resistentes
Forragem verde e fresca como alimento Fonte de vitamina C Volumoso fresco e de boa qualidade = bem-estar
Nas criaes semiextensivas e extensivas, deve-se calcular bem as taxas de lotao, para no tornarem-se insuficientes a gua e a pastagem, principalmente na poca seca
Manejo Sanitrio
Outros fatores importantes gua de boa qualidade Limpeza e remoo de dejetos Controle de pragas e vetores biolgicos / mecnicos Ratos, pombos, baratas, mosquitos, etc. Transmissores de enfermidades
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Manejo Sanitrio
Criaes intensivas
Responsvel /Sanidade Inspecionar os recintos Incio da manh e no final da tarde Alteraes mnimas de comportamento podero ser notadas e problemas detectados precocemente
Utilizao de vermfugos a cada 60 dias Na criaes semiextensivas e extensivas, o intervalo tende a ser maior, 90 a 120 dias respectivamente
Manejo Sanitrio
Quando intervir? Cuidado com estresse
Feridas decorrentes de brigas muito comum Na maioria das vezes, prefervel apenas observar
Miases?
Se o ferimento for leve, em 48 horas restar apenas uma cicatriz
Principais Doenas
Em cativeiro Alimentao e ambiente adequados = baixa ocorrncia de doenas
Ferimentos de pele, por brigas, etc. Parasitoses Mais graves quanto maior for a taxa de lotao Filhotes so os mais susceptveis
Abortamentos: causa desconhecida
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Principais Doenas
Doenas parasitrias Sarna Sarcoptes scabiei hydrochoeri
Ivermectina Verminoses Nematoides / Cestoides / Trematides
Levamizol, mebendazol.... Coccidioses Eimeria sp
Terramicina, cloranfenicol....
Doenas bacterianas Salmonelose Salmonella sp
Antibitico e tto de suporte ZOONOSE!!!
Doenas virais Febre aftosa Aphthovirus
No h tratamento - preveno
Principais Doenas
Doenas zoonticas Febre Maculosa Brasileira Rickettsia rickettsii
Tuberculose bovina Mycobacterium bovis
Raiva - Lyssavirus
Aspectos comerciais
Implementao de criatrios gastos relativamente pequenos
Custo com aquisio de plantel baixa So consideradas pragas agrcolas
Custos de produo mais elevados, porm com expressivo retorno de capital Animais silvestres, em geral, possuem ndices reprodutivos baixos e pequenas carcaas, resultando em custos de produo relativamente elevados quando comparados s espcies domsticas
H um rpido retorno do capital inicial investido, quando comparado s espcies domsticas
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Aspectos comerciais
Demanda Acreditava-se populao de determinadas regies Hoje a maior demanda so os grandes restaurantes de centros urbanos
Criadores comercializam diretamente seus produtos e subprodutos
Aspectos comerciais
Demanda pela carne de capivara crescente SP 2000Kg/ms de carne de capivara
Couro de excelente qualidade, que tambm aproveitado nas criaes comerciais de carne de caa Calados, vesturios e bolsas Porm, ainda pouco utilizado no Brasil
Aspectos comerciais
Interao Animal X Meio Ambiente Presso Superproduo de produtos agrcolas Competio de produtos no exterior
Resultado Maior interesse no desenvolvimento de criaes alternativas aumentar os rendimentos das atividades agropecuris
Aspectos comerciais
Interao Animal X Meio Ambiente A explorao zootcnica de espcies de vida silvestre tem atrado ateno de muitos produtores rurais A competio nas atividades tradicionais, o alto valor agregado e a normatizao da explorao de animais silvestres so fatores que esto contribuindo para a ampliao da atividade
Mais do que uma nova atividade comercial, a criao de animais silvestres se integra em um conjunto de alternativas para utilizao sustentada e racional dos recursos naturais, que afirma que pode explorar comercialmente esses recursos sem necessariamente devast-los ou extingui-los
Da mesma forma, promove a valorizao dos recursos faunsticos nacionais, representando uma alternativa para a produo de protena e subprodutos de origem animal altamente adaptada s reais condies naturais do ambiente